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Texto - 2 Resumo
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Modos de Morar
Linguagem da Arquitetura
Por fim, o autor sugere que o objetivo final é criar uma arquitetura que permita que
as pessoas "morem poeticamente", ou seja, em harmonia com a terra e o céu,
encontrando sentido e identidade através do espaço em que vivem. A arquitetura,
segundo essa visão, é uma maneira de resistir ao tempo e à transitoriedade,
proporcionando uma estrutura onde a vida pode florescer.
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O conceito de "morar" vai muito além de ter um teto sobre a cabeça. Envolve um
sentimento mais profundo de pertencimento, uma sensação de estar em casa que
é tanto física quanto emocional. No texto "Dwelling and Architecture", explora-se a
relação entre essa sensação de pertencimento e a arquitetura, mostrando como
as construções e os espaços que criamos refletem nossa necessidade de
encontrar um lugar no mundo.
A discussão começa com a ideia de que morar é uma experiência complexa, com
diferentes dimensões. Uma delas é a dimensão coletiva, que se refere à forma
como nos conectamos com outras pessoas em espaços públicos e urbanos. Esse
é o local onde trocamos ideias, produtos e sentimentos. É o aspecto comunitário
do morar, onde a diversidade e a riqueza da vida em sociedade se manifestam.
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Espero que esse resumo mais detalhado capture a essência do texto e seus
principais conceitos. Se quiser mais detalhes sobre um tema específico, fique à
vontade para pedir.
2 – Resumo
O autor destaca que cada paisagem possui um caráter distinto, seja ele
determinado por vales, bacias ou planícies. A topografia, a presença de água, a
vegetação e a orientação para a luz natural são fatores que contribuem para esse
caráter. O conceito de centros naturais é explorado, indicando locais onde a terra
e o céu se encontram de maneiras notáveis, criando picos, depressões e corpos
d'água. Essas áreas naturalmente atrativas têm historicamente desempenhado
um papel na escolha dos assentamentos humanos.
Cada paisagem tem um certo caráter e estrutura espacial que são indicados por
nomes. Assim, dizemos: "vale", "bacia" e "planície"; ou seja, espaços que variam
conforme a topografia e a presença de rochas, vegetação e água. A orientação
também é importante, pois relaciona o local com a luz natural e a um microclima
específico. As paisagens possuem diferentes graus de complexidade,
compreendendo localidades subordinadas com um caráter distinto. No passado,
essas diferenças determinavam a localização de santuários que representavam as
“forças” naturais. Centros naturais são especialmente significativos, ou seja,
aqueles lugares onde o mundo, por assim dizer, se reúne. Centros naturais
desempenham um papel decisivo ao determinar a escolha de um “aqui” para
assentamento humano e, portanto, devem receber alguma atenção.
Kahn sugere que a cidade oferece muitas atividades e, através delas, a revelação
de um mundo. A vida é apresentada em sua riqueza multifacetada, mas não
"como tal": a cidade faz com que a revelação da vida seja possível, porque ela é
um lugar. Portanto, a cidade e a vida estão intrinsecamente ligadas. A revelação
por meio do encontro não é apenas um ajuntamento aleatório, mas um processo
de construção de uma existência significativa.
Para permitir que esses encontros aconteçam, a cidade precisa ser densa,
indicando uma proximidade entre as coisas. A densidade é essencial para uma
cidade funcional; quando os elementos estão dispersos, a cidade perde sua
coesão. Além disso, a variedade é outro elemento importante para o encontro na
cidade, proporcionando um leque de opções. No entanto, variedade sem unidade
pode levar ao caos, portanto, deve haver uma certa continuidade e coesão para
manter a cidade funcional.
O texto também aborda a natureza tipológica dos espaços urbanos, indicando que
uma tipologia bem definida pode ajudar a construir espaços urbanos mais
coerentes e funcionais. No entanto, a busca por padrões abstratos pode
prejudicar a verdadeira função do espaço urbano, que é permitir encontros e
escolhas significativas.
O arquiteto Louis Kahn ilustra essa ideia ao afirmar que a cidade é um lugar onde
uma criança pode ver algo que vai inspirar o que ela quer fazer pelo resto da vida.
A cidade, portanto, é um lugar onde o encontro ocorre e onde podemos
experimentar a diversidade da vida. Tudo na cidade reflete, espelha e se apresenta
mutuamente, criando um ambiente onde novas ideias e experiências podem
surgir.
O texto examina como ruas e praças desempenham papéis vitais como espaços
de encontro e escolha. As ruas conectam diferentes partes da cidade e devem ser
densas e variadas para fomentar encontros significativos. As praças, por outro
lado, são espaços de reunião e foco para a comunidade. A continuidade é
fundamental para ambos, permitindo que o ambiente flua de maneira natural,
sem interrupções bruscas.
As instituições são pontos de encontro entre a vida privada e a esfera pública. Elas
são lugares onde se deve encontrar tanto estrutura quanto espaço para
interpretação e variedade. Por exemplo, no teatro e na escola, a identidade
individual é parte integrante da função do edifício, enquanto na igreja e na
prefeitura, a expressão da individualidade é regulada por rituais e cerimônias.
O edifício público deve oferecer uma síntese entre a praticidade da vida cotidiana
e uma visão mais ampla do mundo. Ele deve ser um símbolo de um entendimento
compartilhado, mas ao mesmo tempo, estar aberto à variedade e à diversidade. A
arquitetura do edifício público é uma combinação de forma, espaço e significado,
onde a fachada é uma transição entre o exterior e o interior, preparando-nos para a
experiência de um espaço interior significativo. O edifício público também deve
refletir o genius loci, ou espírito do lugar, relacionando-se com a paisagem ao seu
redor.
Resumo 5
O texto fala sobre o papel do lar na vida humana, como descrito por Gaston
Bachelard. Ele começa afirmando que o lar é o "berço" do homem, onde ele se
torna familiar com o mundo em sua imediaticidade. Diferente do mundo exterior,
onde é necessário escolher um caminho e encontrar um objetivo, dentro do lar o
mundo simplesmente existe. O lar é o lugar onde a vida diária acontece e oferece
uma base para nossa existência.
O texto segue explorando o conceito de propósito na vida humana e como isso
está conectado ao mundo exterior. Embora o lar forneça um espaço de reconforto,
é necessário sair dele para encontrar um propósito maior na sociedade. As
instituições como igrejas, teatros, escolas e outras estruturas públicas
representam sistemas sociais que exigem nossa participação. Quando nosso
trabalho social é concluído, retornamos para casa para reestabelecer nossa
identidade pessoal. Nesse sentido, a casa é um lugar de descanso, onde
recuperamos nossa essência.
O autor menciona que, para Heidegger, o humor ou estado de espírito é o que nos
dá a percepção do mundo ao nosso redor e nos ajuda a direcionar nossas ações.
No lar, experimentamos essa percepção em sua forma mais simples e imediata. O
humor e o entendimento estão intimamente ligados; ao mesmo tempo que o
humor nos faz sentir parte do mundo, ele também nos ajuda a compreender as
coisas ao nosso redor. A casa deve ser capaz de expressar essa imediaticidade,
visualizando fenômenos naturais como luz e cor, assim como as atividades
humanas como comer, dormir, conversar e entreter.
O exemplo do Hill House, projetado por Charles Rennie Mackintosh, é usado para
demonstrar como uma casa pode representar tanto o ambiente externo quanto o
humor das ações que ocorrem dentro dela. O texto discute como os diferentes
ambientes da casa, como o hall de entrada, a sala de estar e o quarto principal,
foram projetados para refletir essas nuances.
Além disso, o autor fala sobre a relação entre a casa e a estrutura do mundo ao
seu redor. Ele menciona a ideia da casa como um microcosmos que reflete o
ambiente em que está inserida. A descrição de casas em diferentes regiões da
Europa ilustra como a arquitetura pode ser adaptada para refletir a paisagem
local.
O texto encerra discutindo a relevância da arquitetura moderna na construção de
lares. O Movimento Moderno trouxe novas ideias sobre design de casas, mas
também enfrentou críticas por ter perdido a conexão com a essência do lar como
refúgio e fonte de significado. Obras de arquitetos como Frank Lloyd Wright e
Robert Venturi ajudaram a reintroduzir elementos mais figurativos e simbólicos na
arquitetura de casas, buscando reconquistar um sentido de propósito e
identidade no design residencial.
Resumo 6
O autor explora a ideia de que a arquitetura também fala, mas de uma maneira
diferente, não usando palavras, mas "colocando a verdade em trabalho" através
de formas e figuras. A arquitetura, como uma das artes, é uma forma de poesia, e,
segundo Heidegger, a poesia é a verdadeira maneira de habitar o mundo. A
arquitetura "fala" ao criar figuras que refletem o entrelaçamento entre terra e céu,
assim como a relação entre seres humanos e a natureza. O texto cita exemplos
como templos gregos que, ao simplesmente "ficarem ali", revelam um mundo ao
seu redor.
A Casa
E esta é a tarefa da casa: revelar o mundo, não como essência, mas como
presença, ou seja, como material e cor, topografia e vegetação, estações do ano,
clima e luz. A Hill House mostra que essa revelação é alcançada de duas maneiras
complementares: abrindo-se para o mundo ao redor e oferecendo um refúgio do
mesmo mundo. No entanto, um refúgio não é um lugar onde o mundo exterior é
esquecido; em vez disso, é um lugar onde o homem reúne suas memórias do
mundo e as relaciona com sua vida diária de comer, dormir, conversa e
entretenimento. E um refúgio é, além disso, um lugar onde os fenômenos são
condensados e enfatizados para aparecerem como “forças ambientais”. Assim,
Frank Lloyd Wright diz para explicar seu uso da lareira como o núcleo mais íntimo
da casa: “Confortava-me ver o fogo queimando profundamente na alvenaria da
casa.”
Morfologia
A relação entre a casa e a paisagem não é estabelecida apenas pela forma geral e
pelo formato do telhado. Ela também é visualizada pelo uso de materiais e pelo
tipo de construção, e, portanto, pela forma construída da parede. Neste contexto,
podemos apenas apontar para as variações significativas no tratamento das
construções com estrutura de madeira, desde a estrutura "pitoresca" da
romântica Francônia até a grade regular da Baixa Saxônia.
Uma diferença básica obviamente não pode existir, uma vez que o assentamento
como um todo deve manter e visualizar a “paisagem habitada”. A casa urbana, no
entanto, faz parte de um contexto social e, portanto, precisa se adaptar mais
diretamente aos seus vizinhos. A moradia suburbana, por outro lado, permanece
livre dessa restrição. Assim, Alberti escreveu: “...na cidade, você é obrigado a
moderar-se em vários aspectos de acordo com os privilégios do seu vizinho;
enquanto no campo você tem muito mais liberdade”. Portanto, “os ornamentos
para a casa na cidade devem ser muito mais graves do que para uma casa no
campo, onde todos os enfeites mais alegres e irrestritos são permitidos.” A
diferença apontada por Alberti é enfatizada pelo fato de que casas urbanas
geralmente contêm mais de uma residência e, portanto, requerem uma
coordenação geral dos elementos. No entanto, isso não contradiz o objetivo
básico de visualizar os fenômenos característicos do lugar. As casas urbanas de
cidades antigas como Veneza, Florença, Siena, Roma e Nápoles são, de fato,
diferentes, obviamente porque representam um ambiente diferente, embora
traços tipológicos básicos possam ser comuns.
A casa suburbana recebeu uma nova interpretação por Frank Lloyd Wright. Ou
melhor, Wright trouxe de volta nossa atenção para a natureza essencial da casa
como ponto de partida e retiro. Assim, ele abriu seus planos para interagir com o
ambiente, ao mesmo tempo em que criou um mundo interior de proteção e
conforto. Ele mesmo caracterizou a casa como um “abrigo amplo ao ar livre”. Para
alcançar esse resultado, ele trabalhou com planos paralelos à terra, que fazem
com que o edifício se identifique com o solo, em justaposição com elementos
verticais que direcionam o espaço e o fixam onde necessário. O núcleo é sempre a
grande chaminé ereta, onde o fogo “está queimando profundamente na alvenaria
da própria casa”.
Tipologia
A relação íntima da casa com o que é imediatamente dado faz dela o elemento
constituinte do pano de fundo geral da vida humana, condicionando, assim, seu
humor. É como se ela representasse a "vida", enquanto o edifício público
representa a "ideia". Quando os tipos básicos de casas são repetidos, esse pano
de fundo se manifesta como uma matriz estendida que sustenta a vida diária. No
entanto, a repetição não é mecânica. Em vez disso, consiste no que chamamos de
"tema e variações". A arquitetura doméstica sempre foi baseada nesse princípio.
Na matriz das casas, figuras aparecem, desaparecem e reaparecem como os
motivos da polifonia musical, refletindo assim a transitoriedade e a recorrência
dos fenômenos.
A referência aos tipos básicos do Sul e do Norte sugere que os temas de diferentes
localidades não são os mesmos. No "clássico" Sul, o mundo é imediatamente
dado como algo construído e ordenado, e o homem não precisa da casa
estruturada para compreendê-lo. Daí a forma volumétrica "neutra" da casa do sul,
que só serve para oferecer um "aqui" permanente. Como resultado, a matriz
doméstica torna-se um pano de fundo geral para os edifícios públicos distintos e
marcantes, que revelam as propriedades da ordem dada. No "romântico" Norte,
ao contrário, o mundo é complexo e variável, distinguido por uma multidão de
nuances incompreensíveis. Para compreender este mundo, a explicação geral da
arquitetura pública não é suficiente; aqui, o homem também precisa de uma
imagem que ofereça segurança em sua vida diária. Ou seja, ele precisa de uma
casa que seja simultaneamente refúgio e abertura para o mundo.
Tipologia
A organização espacial não se torna um lugar até ser trabalhada por meio de uma
forma construída. As figuras típicas que constituem os substantivos da linguagem
da arquitetura podem ser definidas como figuras espaciais possuindo limites
concretos. A figura espacial em si é um "volume"; quando é trabalhada, no
entanto, torna-se um edifício com um caráter definido. Trabalhar significa tornar
um modo de estar entre terra e céu manifesto. Assim, um edifício pode se levantar
no espaço, estender-se ou delimitar um espaço, ao mesmo tempo em que se abre
de várias maneiras. Já destacamos que nossa linguagem possui nomes para esses
"seres": "torre", "bloco", "ala", "salão", "corredor" e "cúpula". Uma torre não é
apenas uma vertical abstrata, mas algo que se levanta e sobe. Uma ala não é
apenas uma horizontal, mas algo que se estende pelo chão. Um salão não é
apenas um volume, mas um espaço que se relaciona com o chão e o teto, e uma
cúpula é uma forma que lembra o céu imaterial sobre a terra sólida. As figuras
podem ser simples ou compostas; o Batistério em Florença, por exemplo, é uma
figura elementar, mas distinta, enquanto a catedral adjacente é composta. Esta
última, de fato, combina salão, cúpula e torre em uma complexa, mas distinta
totalidade.
Para entender a natureza da tipologia, não é suficiente referir-se aos modos gerais
de estar entre terra e céu. Também precisamos lembrar que eles sempre
acontecem "como algo". Não nos referimos aqui às manifestações locais e
temporais, mas sim às categorias de ser coletivo, público e privado no mundo.
Assim, devemos investigar os arquetipos do ser coletivo no mundo, do ser público
no mundo e do ser privado no mundo. Essas são, evidentemente, variedades dos
arquetipos gerais ou representam escolhas entre eles. A torre, por exemplo, é
usada principalmente como uma forma pública, enquanto a contenção topológica
urbana se adequa ao coletivo.
Linguagem hoje
A moradia moderna é uma continuação dessa tradição, mas com adaptações para
se adequar ao estilo de vida atual. Como apontado por Frank Lloyd Wright, uma
das mudanças mais significativas é a abertura dos espaços internos para a
paisagem externa. Isso não apenas melhora a conexão com a natureza, mas
também cria uma sensação de liberdade dentro da casa. No entanto, com o
advento da modernidade, também houve uma perda do caráter figurativo da casa.
As casas modernas, embora práticas e funcionais, podem parecer sem vida e
carentes de personalidade.
Por fim, a casa é o lugar onde a humanidade pode encontrar paz e conforto. É um
lugar onde a família se reúne, onde as memórias são feitas e onde encontramos
nosso refúgio. Ao compreender o significado profundo da casa e sua relação com
o mundo, podemos criar espaços que sejam mais do que apenas um teto sobre
nossas cabeças; podemos criar lares que apoiem nossa jornada pela vida. Em
última análise, a casa é uma expressão do nosso ser no mundo, um lugar onde
podemos ser nós mesmos e encontrar a paz que tanto procuramos.