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Unidade I

ESTUDOS DISCIPLINARES
Formação Geral

Prof. Bruno César


Questão 01: Meio ambiente – consumo sustentável e
descarte de resíduos

(Enade 2016)
Leia a charge
a seguir:
Questão 01: Meio ambiente – consumo sustentável e
descarte de resíduos

A partir das ideias sugeridas pela charge, avalie as asserções a


seguir e a relação proposta entre elas:

I. A adoção de posturas de consumo sustentável, com


descarte correto dos resíduos gerados, favorece a
preservação da diversidade biológica.
PORQUE
II. Refletir sobre os problemas socioambientais resulta em
melhoria da qualidade de vida.
Questão 01: Pergunta

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:

a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma


justificativa correta da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é
uma justificativa correta da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma
proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição
verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
Questão 01: Resposta

I. Asserção correta.
Justificativa: práticas adequadas de consumo e de descarte de
resíduos beneficiam a manutenção da diversidade biológica.

II. Asserção incorreta.


Justificativa: apenas refletir sobre os problemas
socioambientais não gera melhoria da qualidade de vida. Na
charge, uma pessoa está em uma ilha coberta por resíduos de
atividades humanas e “sonha” com uma ilha paradisíaca.

Alternativa correta: C.
Questão 02: Formação do Brasil – reflexos da
colonização

Leia o texto a seguir:


O que Portugal tem a ver com o Brasil
 Alexandra Lucas Coelho – Os portugueses não parecem ter
uma boa relação com os brasileiros, disse-me uma alemã,
conhecedora profissional de Portugal e Brasil. Estávamos na
Alemanha, o Brasil temia uma guerra civil, foi há dez dias.
Agora, de volta a casa, continuo a pensar na observação desta
veterana, que nada tinha de provocadora, era só vontade de
entender.
 Mas, é impossível ignorar o que se tem manifestado em
Portugal de equívoco face ao Brasil ao longo destes dias.
Segundo um desses equívocos, provável pai dos outros, o
tema da colonização encerrou-se, chega de falar dele,
é passado.
Questão 02: Formação do Brasil – reflexos da
colonização

 Penso o contrário, que mal começamos, que é presente, e a


atual crise brasileira acentua isso. Não só pelo que expõe
das estruturas brasileiras, como pelo que revelou do olhar de
Portugal sobre o Brasil, e sobre si mesmo. Com esse nome,
o Brasil viveu 322 anos de ocupação portuguesa e 194 de
independência.
 Se alguém acredita que o tempo da independência poderia já
ter curado o tempo da ocupação, precisa voltar à história luso-
brasileira, porque o alcance da violência vai longe, e em
muitas direções.
 Esses 322 anos atuam diariamente naquilo que é hoje o Brasil,
na clivagem entre São Paulo e o Nordeste, nos milhões que
ainda moram em favelas...
Questão 02: Formação do Brasil – reflexos da
colonização

... na relação Casa-Grande & Senzala das elites com os


empregados, na violência da polícia que continua a ser militar,
no desmando oligárquico dos que controlam aparelhos e
estados, no saque catastrófico da natureza, na traição aos
grupos indígenas, na evangelização dos pobres, radicalizando o
conservadorismo num país onde se morre de aborto.
 Não é elenco para uma crônica, tem sido e será para muitas,
livros, bibliotecas. O lulismo fez coisas importantes contra
parte dessa herança (nas desigualdades mais urgentes, na
cultura), não fez o suficiente contra boa parte disto (na
educação, na saúde, na polícia), fez coisas que pioraram isto
(um capitalismo com consequências devastadoras no
ambiente e nas questões indígenas) e historicamente produziu
uma geração que o critica e supera pela esquerda...
Questão 02: Formação do Brasil – reflexos da
colonização

... num caldo inédito de periferias politicamente empoderadas e


uma nova faixa politizada vinda da elite. A violência sistêmica
brasileira tem raízes nas duas violências fundadoras da
colonização portuguesa, extermínio indígena e escravatura
africana.

 Os portugueses não inventaram a escravatura, mas


inauguraram o tráfico em grande escala. Dos 12 milhões de
indivíduos que as potências europeias deportaram de África
até o século XVIII, 5,8 milhões foram traficados por Portugal.
Isto significa 47 por cento, ou seja, quase metade do tráfico foi
assegurado por Portugal, e a maioria destinava-se a sustentar
a colonização do Brasil.
Questão 02: Formação do Brasil – reflexos da
colonização

 A escravatura é um horror antiquíssimo, sim, e entre os


séculos XV e XVIII a forma portuguesa de a praticar foi
secundada por ingleses, espanhóis, franceses, holandeses,
sim. Mas, a Portugal coube esta iniciativa: deportação em
massa, para nela assentar a exploração brutal de um território
gigante, à custa do qual um território minúsculo viveu, como
toda uma bibliografia tem mostrado de forma cada vez mais
desassombrada.
 Não aprendi isto na escola, e tenho sérias dúvidas de que a
maior parte dos portugueses faça ideia de que Portugal,
sozinho, deportou tantos africanos como os judeus mortos no
Holocausto, com a ajuda teológica e logística da Igreja
Católica, depois de ter levado ao extermínio de ninguém sabe
quantos índios, provavelmente, não menos de um milhão.
Questão 02: Pergunta

Com base no texto, assinale a alternativa correta:

a) Para entender o que ocorre no Brasil, atualmente, o tema da


colonização portuguesa é passado, encerrou-se, é
desnecessário falar dele.

b) Os atuais problemas brasileiros, das mais diversas


naturezas, tiveram origem no sistema português de
colonização do Brasil, cujos reflexos são sentidos até hoje.

c) Os atuais problemas brasileiros agravaram-se com o lulismo,


que pôs fim à herança colonial portuguesa, deu poder às
periferias e politizou as elites.
Questão 02: Pergunta

Com base no texto, assinale a alternativa correta:

d) Os portugueses, que inventaram o sistema escravocrata,


introduziram uma violência sistêmica no território brasileiro
contra índios e africanos.

e) O fato de os portugueses terem sido responsáveis por


mais da metade do tráfico em grande escala de africanos
escravizados deixou um peso na história brasileira
equivalente ao Holocausto.
Questão 02: Resposta

a) Incorreta: há muitos reflexos da colonização na atualidade


brasileira, por isso, o passado não pode ser ignorado.
b) Correta: “A violência sistêmica brasileira tem raízes nas
duas violências fundadoras da colonização portuguesa,
extermínio indígena e escravatura africana”.
c) Incorreta: o texto não afirma que os problemas se
agravaram com o lulismo e nem que ele pôs fim à herança
colonial.
d) Incorreta: a escravidão não foi inventada pelos lusos.
e) Incorreta: a escravidão deportou da África tantas pessoas
quantas as que foram mortas no Holocausto dos judeus, na
Segunda Guerra Mundial. Não se afirma que as duas
tragédias tenham tido pesos históricos equivalentes.
INTERVALO
Questão 03: Meio ambiente e saúde – poluição do ar

 Leia o texto e a charge a


seguir:
Questão 03: Meio ambiente e saúde – poluição do ar

Níveis de poluição do ar estão crescendo em muitas das


cidades mais pobres do mundo – OPAS/OMS Brasil
 Mais de 80% das pessoas vivendo em áreas urbanas que
monitoram a poluição do ar estão expostas a níveis de
qualidade do ar que excedem os limites da Organização
Mundial de Saúde (OMS).
 Embora todas as regiões do mundo sejam afetadas,
populações de baixa renda são as que mais sofrem impacto.
De acordo com o último banco de dados sobre a qualidade do
ar em áreas urbanas, 98% das cidades em países de baixa e
média renda com mais de 100 mil habitantes não atendem às
diretrizes de qualidade do ar da OMS.
Questão 03: Meio ambiente e saúde – poluição do ar

 Em países de alta renda, no entanto, esse percentual cai para


56%. Nos dois últimos anos, o banco de dados – que agora
abrange 3 mil cidades em 103 países – quase dobrou, com
mais cidades medindo os níveis de poluição de ar e
reconhecendo os impactos associados à saúde.

 Enquanto a qualidade do ar em áreas urbanas cai, o risco de


acidentes vasculares cerebrais, doenças cardíacas, câncer de
pulmão e doenças respiratórias crônicas e agudas (incluindo
asma) aumenta para as pessoas que vivem nesses locais.

 “A poluição do ar é uma das principais causas de doenças e


mortes. A notícia de que mais cidades estão intensificando o
monitoramento da qualidade do ar é positiva, então...
Questão 03: Meio ambiente e saúde – poluição do ar

...quando tomam medidas para melhorá-lo, passam a ter um


ponto de referência”, afirmou Flavia Bustreo, diretora-geral
assistente do programa da OMS sobre Saúde das Crianças,
Mulheres e Família.

 “Quando o ar poluído toma nossas cidades, as populações


urbanas mais vulneráveis – mais jovens, mais velhos e mais
pobres – são as mais afetadas.”

Disponível em
<http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5096&Itemid=839>.
Acesso em 28 jun. 2016
Questão 03: Meio ambiente e saúde – poluição do ar

Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa


correta:
I. O objetivo da charge é criticar os problemas do sistema de
saúde brasileiro, mostrando que ele salva alguns e prejudica
outros.
II. De acordo com o texto, 80% da população mundial sofrem os
males provocados pela poluição.
III. O texto e a charge abordam os problemas de saúde causados
pela poluição do ar nas cidades e propõem o monitoramento
do ar como a solução para reverter essa situação.
IV. Nos países de alta renda, 56% das pessoas são afetadas pela
poluição.
Questão 03: Pergunta

Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a


alternativa correta:

a) Nenhuma afirmativa é correta.


b) Somente as afirmativas II e III são corretas.
c) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
e) Somente as afirmativas I e III são corretas.
Questão 03: Resposta

I. Afirmativa incorreta: a charge enfatiza a poluição causada


pela ambulância, não se trata de uma crítica ao sistema de
saúde.
II. Afirmativa incorreta: de acordo com texto, 80% das pessoas
que vivem em áreas urbanas monitoradas estão expostas à
má qualidade do ar.
III. Afirmativa incorreta: na charge e no texto, não há qualquer
proposta de solução. Eles apenas apresentam o problema.
IV. Afirmativa incorreta: de acordo com o texto, 56% das
cidades em países de alta renda não atendem às diretrizes
de qualidade do ar da OMS.

Alternativa correta: A.
INTERVALO
Questão 04: Arte urbana – expressões artísticas e
grafite

São Paulo, a capital mundial do grafite


 A cidade mais populosa da América Latina concentra um dos
mais grandiosos museus a céu aberto de arte urbana do
mundo.
 Quando estiver andando por São Paulo, olhe para cima. Ou
para os lados. Não importa muito se está caminhando por um
bairro de classe média ou pela periferia.
 Há uma característica comum às diferentes regiões da maior
cidade mais populosa da América Latina: os grafites e
pichações, que vêm tomando conta dos muros nos mais de
1.500 quilômetros quadrados da área de extensão, estão
transformando São Paulo na capital mundial do grafite.
 De maneira geral, a arte urbana não agrada a todos os gostos.
Questão 04: Arte urbana – expressões artísticas e
grafite

 Mas, é unânime a opinião de que São Paulo é uma cidade


cinza, e o grafite insere cor a esse cenário. “O grafite é uma
manifestação artística que faz parte do cotidiano de todos,
quer você goste ou não. Ele se impõe”, dizem os irmãos
Otávio e Gustavo Pandolfo, mais conhecidos como Os
Gêmeos.
 A dupla de artistas é conhecida, ao redor do mundo, pelos
trabalhos que misturam certo realismo fantástico com
personagens bem característicos, sempre com cores e figuras
geométricas parecidas. Os irmãos começaram a grafitar em
1987, no bairro onde cresceram, o Cambuci, na zona sul da
capital paulista. “A arte não é para você gostar, é para você
refletir e pensar”, completa Thiago Mundano, 27 anos, que se
autointitula “artivista”, por atrelar o grafite a ações sociais.
Questão 04: Arte urbana – expressões artísticas e
grafite

 Na Avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte da capital, bem


próximo a uma das duas rodoviárias da cidade, um grupo de
58 artistas fez 66 painéis, criando, em 2011, o primeiro Museu
Aberto de Arte Urbana de São Paulo (MAAU).
 Eles levaram para as ruas uma das maiores características
dessa arte: a acessibilidade. “O fato de a arte estar na rua já
é muito mais democrático. A pessoa não precisa entrar numa
galeria fechada para ver”, diz a artista e grafiteira Prila Paiva,
35 anos.
 Organizado com autorização da Prefeitura, esse museu é uma
exceção. Como o grande negócio do grafite é ocupar a cidade,
os artistas nem sempre pintam em muros autorizados.
Questão 04: Arte urbana – expressões artísticas e
grafite

 Existe um aspecto de subversão, que envolve, entre outras


coisas, “a adrenalina de pichar”, segundo Mundano. Para ele,
tudo é relativo.
 “Um outdoor é tão agressivo quanto um grafite. Eu posso
achar ruim, para a minha filha, por exemplo, abrir a janela de
casa e dar de cara com uma mulher de calcinha e sutiã numa
propaganda para vender lingerie.”
 São Paulo adotou, em janeiro de 2007, a Lei Cidade Limpa,
durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD),
proibindo a propaganda em outdoors e em imóveis públicos e
privados. Já em relação aos grafites, ainda não houve um
acordo entre artistas e o poder público.
Questão 04: Arte urbana – expressões artísticas e
grafite

 Por isso, de um lado, a Prefeitura apaga, cobrindo com tinta


cinza, muitos dos muros grafitados. De outro, grafiteiros e
pichadores pintam os locais apagados novamente.

 “Nunca sentimos, por parte da prefeitura, interesse de


entender e respeitar a cultura do grafite”, contam Os Gêmeos.

 “Existem problemas sérios em São Paulo que precisam desse


dinheiro do contribuinte, em vez de ser investido em tinta
cinza para apagar trabalhos de arte”. Mesmo assim, no final
da gestão de Kassab, a Prefeitura publicou um guia bilíngue
de lugares para ver os grafites na cidade, com uma
pequena ficha de alguns artistas.
Questão 04: Arte urbana – expressões artísticas e
grafite

 Por tratar-se de uma arte muito efêmera, um dia a obra está lá


e no outro pode já ter sido apagada, o consultor financeiro
Ricardo Czapski e a produtora cultural Marina Gonzalez
tiveram a ideia de eternizar algumas pinturas.
 Eles acabam de lançar o livro Graffiti em São Paulo, que
nasceu de um acervo de mais de dez mil fotos que Czapski
tirou, por cinco anos, de muros grafitados. “O grafite tem uma
recepção muito boa em todos os níveis. Não tem mais aquela
má impressão da arte marginal”, diz Gonzalez.
 Com o passar dos anos, além do reconhecimento do público,
o grafite foi se tornando um negócio mais rentável. Hoje, a
arte urbana está presente em galerias e exposições pelo Brasil
e pelo mundo.
Questão 04: Arte urbana – expressões artísticas e
grafite

 “Depois que fizemos a exposição dos Gêmeos, ganhamos


outro público na galeria. Esses artistas têm um apelo que
outros não têm”, diz Alexandre Gabriel, diretor da galeria
Fortes Vilaça, que representa Os Gêmeos.
 Neste momento, a cidade abriga a 14ª edição da Graffiti Fine
Art, um projeto com curadoria do artista Binho Ribeiro, que
expõe grafites no Museu Brasileiro da Escultura (MuBE). A
exibição é gratuita.
 O museu fica em um bairro nobre da capital, no Jardim
Europa, uma prova de que essa arte marginal anda mais ao
centro do que à margem da cidade. “Não existe preconceito
do mercado, o que existe são pessoas preconceituosas”,
conclui Ribeiro.
Questão 04: Arte urbana – expressões artísticas e
grafite

Pimp My Carroça
 Exemplo do cunho social que o grafite pode desenvolver, em
2007, Thiago Mundano começou a pintar as carroças dos mais
de 20.000 catadores de lixo reciclável de São Paulo que
transportam, em um carrinho improvisado, toneladas de
papelão, vidro e alumínio para os centros de reciclagem.
“Percebi que essas pessoas são invisíveis, ninguém
olha para elas”, diz Mundano.
 A meta, na época, era pintar 100 carroças, mas, com o tempo,
Mundano viu que apenas pintar não bastava. As carroças
precisavam de itens de segurança, como tintas refletoras
para a noite, espelhos retrovisores, luvas e cordas para os
catadores. Assim, nasceu o projeto Pimp My Carroça.
Questão 04: Arte urbana – expressões artísticas e
grafite

 Por meio do site de crowdfunding Catarse, Mundano


arrecadou 64.000 reais (27,8 mil dólares), de 792 apoiadores.
O projeto cresceu, se transformou em um evento no centro de
São Paulo, onde as carroças foram pintadas e os catadores
ganharam camisetas, alimentos e uma consulta com um
clínico geral.
 De lá para cá, Rio de Janeiro e Curitiba, a capital do Paraná,
no Sul do país, receberam uma edição do projeto,
contabilizando mais de 120 voluntários e um número já
incontável de carroças pintadas. O próximo passo é
desenvolver um aplicativo para que qualquer um possa
localizar os catadores que estiverem mais próximos e entregar
a eles o lixo reciclável.
Disponível em <http://brasil.elpais.com/brasil/2013/11/23/cultura /1385165447_940154.html>. Acesso
em 05 jun. 2016 (com adaptações).
INTERVALO
Questão 04: Recapitulando – Pixação
(SP – Minhocão + Avenida São João)

Disponível em: <goo.gl/j6yQQZ


Questão 04: Recapitulando – Pixação
(SP – Bela Vista + Avenida São João)

<goo.gl/cYAuHk> <goo.gl/r0jC
Questão 04: Recapitulando – Grafite Urbano
(SP – Museu Aberto de Arte Urbana)

Disponível em: <goo.gl/Dy6JDu>


Questão 04: Recapitulando – Lei Cidade Limpa
(SP – Marginal Pinheiros)

Disponível em: <goo.gl/exc2Br>


Questão 04: Recapitulando – Grafitti Fine Art
(SP – Museu Brasileiro da Escultura)

Disponível em: <goo.gl/2MI9z3>


Questão 04: Recapitulando – Pimp my carroça
(São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba)

Disponível em: <goo.gl/bwTpBs>


Questão 04: Pergunta

Com base na leitura, analise as afirmativas:


I. Apesar de haver controvérsias quanto à aceitação do grafite
e da pichação como formas de arte, há indícios de que
o reconhecimento dessas expressões artísticas está
aumentando, como a criação do Museu Aberto de Arte
Urbana de São Paulo.
II. O grafite agrava o preconceito social contra as pessoas mais
pobres, uma vez que se trata de uma manifestação popular
que não alcança o prestígio das artes oficialmente
reconhecidas.
III. De acordo com o texto, o grafite e a pichação são
comparáveis aos outdoors e deveria haver uma legislação
semelhante à Cidade Limpa para proibir essas manifestações.
IV. A acessibilidade, a efemeridade e a relação com causas
sociais são características da arte urbana.
Questão 04: Pergunta

Está correto o que se afirma apenas em:

a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e IV.
e) I, II e IV.
Questão 04: Pergunta

I. Afirmativa correta.

Justificativa: o texto menciona ações que mostram o


reconhecimento do grafite como obra de arte, como a
publicação do livro com figuras de arte urbana e a criação do
Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo.

II. Afirmativa incorreta.


Justificativa: o texto não afirma que o grafite agrava
preconceitos e o aponta como uma forma de expressão de arte
popular.
Questão 04: Pergunta

III. Afirmativa incorreta.


Justificativa: o texto não propõe uma lei semelhante à
implantada pelo prefeito Kassab para proibir as manifestações
de grafite.

IV. Afirmativa correta.


Justificativa: a arte urbana é efêmera, pois pode ser apagada ou
coberta por outra, e acessível a todos que circulam pela cidade.
Normalmente, essas expressões têm relação com causas
sociais, pois são manifestações populares.
Alternativa correta: D
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade I

ESTUDOS DISCIPLINARES
Formação Geral

Prof. Bruno César


Questão 05: Saúde – alimentação e obesidade

Obesidade, consumo e política: uma conversa sobre as


mudanças mundiais na alimentação
 Por que estamos engordando? O que a política tem a ver
com os alimentos? Por que não vemos publicidade de
legumes na TV?
 Essas e outras questões relacionadas às transformações na
alimentação e suas consequências no cenário internacional
foram abordadas por Pedro Graça, diretor do Programa
Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável do
Ministério da Saúde de Portugal e doutor em Nutrição Humana
pela Universidade do Porto.
 Em visita ao Brasil, ele participou do Seminário Internacional:
Escolhas Alimentares e seus Impactos, no Sesc Santos.
Questão 05: Saúde – alimentação e obesidade

Confira algumas questões levantadas:


 Estamos engordando: ao comparar gráficos da presença da
obesidade nas populações dos Estados Unidos e da área rural
de Bangladesh, por exemplo, o professor Pedro Graça conclui:
essa é uma epidemia global.
 A obesidade cresceu nos últimos 20 anos não só em países
industrializados, com ampla oferta de alimentos, mas chegou
até áreas rurais da Ásia.
 Os mais pobres engordam mais: até recentemente acreditava-
se que essa era uma epidemia que atingia principalmente as
populações que estavam melhorando economicamente,
associada ao acesso à alimentação, ao acesso à caloria, à
gordura, à proteína. Mas não é bem assim:
Questão 05: Saúde – alimentação e obesidade

 “O que nós estamos a viver é não só o aumento da doença no


mundo inteiro, mas, ao contrário do que se esperava, quem é
mais afetada é a população mais carente, mais vulnerável.
Pobreza e obesidade se aproximam de tal maneira que a
pessoa pode ter fome e ser obesa ao mesmo tempo. Coisa que
para nós da biologia é um paradoxo”, afirma.
 Somos treinados para engordar: “nós somos uma máquina de
engordar”. Isso porque a capacidade de acumular reservas de
energia na forma de gordura foi essencial para a sobrevivência
do ser humano, diante da escassez de alimentos. “O ser
humano está preparado para lidar com a fome há dois milhões
de anos. E começou a lidar com excesso de calorias há 50
anos. Não estamos preparados biologicamente para isso”,
afirma Pedro.
Questão 05: Saúde – alimentação e obesidade

O que mudou?
 Diversas alterações demográficas causaram mudanças na
alimentação: a entrada da mulher no mercado de trabalho e na
vida acadêmica, o envelhecimento da população e a
necessidade de se trabalhar mais horas são alguns exemplos.
 E, se aumenta o tempo do trabalho, o que fica para trás é o
tempo de cozinhar e de ficar com os filhos. Os alimentos que já
vêm prontos têm, portanto, muito mais apelo do que aqueles
que exigem tempo e conhecimentos culinários para o preparo.
 Além disso, em muitos lugares é mais fácil e barato encontrar
produtos ultraprocessados e calóricos – ricos em açúcar, sal e
gordura – em vez de alimentos frescos.
Questão 05: Saúde – alimentação e obesidade

Você já viu propaganda de alface na TV?


 Provavelmente, não. Mas vemos diariamente publicidade de
produtos ultraprocessados e supercalóricos, não é mesmo?
 Pedro Graça chama atenção para o fato de que grandes
indústrias alimentícias lucram muito, enquanto quem trabalha
no campo com frutas e legumes, em geral, tem ganhos
pequenos e são os que mais sofrem com as oscilações na
economia e nos preços dos alimentos.
 Assim, fica fácil entender como um lado tem muito mais
capacidade de investir e produzir comunicação (publicidade,
marketing, etc.) do que o outro.
Questão 05: Saúde – alimentação e obesidade

É preciso reconhecer o ambiente:


 De acordo com o pesquisador W. Philip James, durante
décadas, pensou-se que a atenção e o esforço individual
fossem suficientes para prevenir a obesidade, porém, depois
de décadas desse esforço, as taxas de ganho de peso
continuaram a subir.
 Essa epidemia reflete a presença de um ambiente tóxico ou
obesogênico. Isso significa que não adianta ensinar as
pessoas sobre alimentação saudável, se não há um ambiente
favorável a isso, ou seja, se não há oferta de alimentos
saudáveis em local próximo, a preços acessíveis.
Questão 05: Saúde – alimentação e obesidade

 “Eu tenho primeiro que me preocupar com as condições que


existem ou que eu posso criar para que o suco de laranja
apareça, para em seguida dizer como é importante consumir
suco de laranja”, exemplifica Pedro Graça.

Disponível em
<http://www.sescsp.org.br/online/artigo/9501_OBESIDADE+CONSUMO+E+POLITICA+UMA+CONVERS
A+SOBRE+AS+MUDANCAS+MUNDIAIS+NA+ALIMENTACAO#/tagcloud=lista>. Acesso em 08 jun 2016
(com adaptações).
Questão 05: Pergunta

Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa


correta:
I. De acordo com o texto, o cuidado com o peso é uma questão de
educação individual e a obesidade aumenta entre os mais
pobres por falta de instrução.
II. As alterações no modo de vida têm responsabilidade pelo
aumento da obesidade, uma vez que há incentivo ao consumo
de produtos ultraprocessados, mais práticos do que os
alimentos frescos.
III. A melhora econômica facilita o acesso da população aos
alimentos e, consequentemente, aumenta a prevalência de
obesidade.
IV. A propaganda e o marketing têm influência sobre a venda de
produtos industrializados e atingem apenas as regiões urbanas.
Questão 05: Pergunta

a) Nenhuma afirmativa está correta.


b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
c) Apenas a afirmativa II está correta.
d) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
e) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
Questão 05: Resposta

I. Afirmativa incorreta: o texto afirma que a obesidade não é


um problema individual, pois é favorecida pelo ambiente da
vida moderna.
II. Afirmativa correta: o texto afirma que, em muitos lugares, é
mais fácil e barato encontrar produtos ultraprocessados e
calóricos – ricos em açúcar, sal e gordura – em vez de
alimentos frescos.
III. Afirmativa incorreta: o texto afirma que a obesidade cresce
mais entre os menos privilegiados economicamente.
IV. Afirmativa incorreta: A propaganda e o marketing não
atingem apenas as áreas urbanas.
Alternativa correta: C.
INTERVALO
Questão 06: Tecnologia – realidade aumentada

 Leia o texto e a
charge e analise as
afirmativas a seguir:

Disponível em
<https://www.facebook.com/autono
mialiteraria/photos/a.5865564381481
48.1073741827.584876088316183/823
842474419542/?type=3&theater>.
Acesso em 10 ago. 2016.
Questão 06: Tecnologia – realidade aumentada

Pokémon GO no Brasil:
Como foi o primeiro dia do jogo no país – Jogo dos monstrinhos
leva pessoas à rua e faz estranhos se socializarem
04/08/2016 – Bruno Silva
 A febre de Pokémon GO no Brasil já era mais do que
esperada. Desde os pedidos desesperados nas redes sociais,
os protestos que levaram à invasão da conta do criador do
game no Twitter ao lançamento oficial do jogo no país, na
última quarta-feira (3), alcançando o topo da AppStore em
menos de um dia, era de se imaginar que o jogo teria, aqui, o
mesmo sucesso encontrado lá fora. Mas e nas ruas do país?
Como seria a recepção?
Questão 06: Tecnologia – realidade aumentada

 Para responder a essa pergunta, aguardamos, como muitos,


o raiar do sol (o jogo chegou aqui às 18h da quarta) para
embarcar na nossa própria jornada Pokémon.
 Andei pelas ruas de São Paulo e a resposta é: sim, Pokémon
GO é uma febre. Em toda a capital paulista, vários grupos se
juntaram espontaneamente para jogar. Foi muito fácil
encontrar pessoas de todos os gêneros, idades e estilos nas
ruas, com um comportamento aparentemente duvidoso frente
à tela do celular, procurando seus monstros.
 Nossa jornada começou por volta das 9h30. Como a Niantic já
afirmou que os monstros têm mais possibilidade de serem
encontrados em parques e em pontos turísticos, fui ao local
que junta as duas características: o Parque do Ibirapuera.
Questão 06: Tecnologia – realidade aumentada

 No caminho, dentro de um Uber (nunca jogue ao volante!),


liguei o aplicativo na esperança de achar mais monstros,
aproveitando o movimento do carro, mas só encontrei
Pidgeys e Zubats – os tipos mais comuns na rua.
 A aposta no Ibirapuera deu certo: logo na entrada do portão 9
do parque encontrei um Eevee, um Goldeen e um Paras.
 A janelinha de monstros próximos acusava a presença de
mais monstros que ainda não havia encontrado até então:
Geodude, Staryu e um Bulbasaur. Procurei um bocado, mas o
inicial de grama não deu as caras.
 Observando o parque, era fácil observar que algo estava
diferente.
Questão 06: Tecnologia – realidade aumentada

 Além dos habituais corredores e ciclistas, um terceiro tipo de


pessoa era bem comum nas pistas e gramados do parque:
pessoas andando com a cabeça baixa, olhando para a tela do
celular.
 Olhei de relance para a tela quando pude; em quase todos os
casos, era Pokémon GO. Na maioria das vezes, nem era
necessário bisbilhotar: quando duas pessoas ou mais estava
com o celular na mão, a conversa invariavelmente era algo
como “capturei um Zubat com 150 CP” ou “tô quase
evoluindo meu Pidgey”.
 O mais surpreendente, entretanto, veio quando me aproximei
do Planetário do Ibirapuera, que no game, é um ponto com
quatro pokéstops adjacentes.
Questão 06: Tecnologia – realidade aumentada

 Nas quatro, foram colocados Lure Modules – itens que servem


para atrair monstros para a pokéstop – e, com isso, cerca de
15 pessoas estavam por ali, sentadas ou andando em círculos,
olho fixo no smartphone, o polegar se arrastando de baixo
para cima da tela.

O problema de Pokémon GO
 No meio do caminho, deparei com o principal problema que
aflige o jogador de Pokémon GO: a bateria do celular. O uso
do jogo no carro a caminho do parque e no local fez a energia
do smartphone despencar de 100% a 10% em pouco menos de
uma hora e meia de uso.
Questão 06: Tecnologia – realidade aumentada

 Depois que o celular apagou, perambulei pelo parque até achar


uma tomada em uma lanchonete, e passei 40 minutos
esperando o aparelho voltar a um nível seguro de bateria. Lá,
tive um encontro inusitado: o entregador da lanchonete estava
jogando Pokémon GO e imediatamente começamos
a bater papo.
 “Peguei uns três ‘Bulbassauro’ já. Estou aproveitando as
minhas entregas e o caminho de ônibus pra capturar mais”, me
contou o entregador, também reclamando que o celular gasta
muita bateria. “Vou voltar aqui no fim de semana com meu
amigo pra capturar mais”, finalizou.

Disponívelemhttps://omelete.uol.com.br/games/artigo/pokemon-go-no-brasil-como-foi-
o-primeiro-dia-do-jogo-no-pais/>. Acesso em 10 ago. 2016.
Questão 06: Pergunta

I. O texto e a charge mostram que o Pokémon Go encontrou


grande aceitação entre os brasileiros e enaltecem o poder de
engajamento do jogo.
II. A charge critica a alienação de pessoas que aderem ao jogo e
se desconectam da realidade em que vivem.
III. O texto e a charge apontam os problemas do Pokémon Go no
comportamento das pessoas, pois o jogo leva o usuário para
uma realidade paralela, promovendo a falta de sociabilidade.
IV.O objetivo da charge é mostrar os aspectos positivos do jogo,
que torna felizes seus usuários, poupando-os dos problemas
do mundo em que vivemos.
Questão 06: Pergunta

Está correto o que se afirma somente em:


a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) II, III e IV.
e) II.
Questão 06: Resposta

I. Afirmativa incorreta: a charge mostra uma crítica ao jogo,


pois enfatiza a alienação provocada por ele.
II. Afirmativa correta: a charge mostra um jovem que não
percebe o mundo à sua volta pelo fato de estar entretido
com o jogo.
III. Afirmativa incorreta: a crítica da charge não se refere à falta
de sociabilidade, mas, sim, à alienação.
IV. Afirmativa incorreta: a charge é crítica em relação ao jogo,
não há referências a aspectos positivos dele.

Alternativa correta: E.
INTERVALO
Questão 07: Condição humana – opressão social e
comportamento
Questão 07: Pergunta

Assinale a alternativa que indica um ditado popular que tenha


relação com a charge:

a) O maior cego é aquele que se recusa a ver.


b) Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
c) Tão grande é o erro como o que erra.
d) A grama do vizinho é sempre mais verde.
e) As melhores essências estão nos menores frascos.
Questão 07: Resposta

 Na charge, o pássaro maior não percebe que, consideradas


as proporções, ele está oprimido em um espaço menor do
que o outro. Assim, a crítica da charge é em relação às
pessoas que não enxergam a própria realidade.

Alternativa correta: A.
Questão 08: Preconceito – estereótipos sociais e
racismo – Pergunta

I. O objetivo dos quadrinhos é mostrar que os preconceitos


estão enraizados no nosso cotidiano e não incomodam
ninguém.
II. Os quadrinhos denunciam estereótipos sociais que se
baseiam em uma visão racista.
III. Os quadrinhos mostram que há pessoas que, no cotidiano,
não percebem o teor racista de seus discursos.
Está correto o que se afirma em:
a) I, II e III.
b) II e III apenas.
c) I e II apenas.
d) I e III apenas.
e) III apenas.
Questão 08: Resposta

I. Incorreta: as personagens do desenho mostram-se


incomodadas com o discurso racista.
II. Correta: os quadrinhos mostram visões pré-concebidas de
pessoas, com base na cor da pele.
III. Correta: os quadrinhos denunciam o discurso racista, que,
muitas vezes, é proferido sem que o enunciador admita ser
preconceituoso.
Alternativa correta: B.
Questão 09: Violência – sistema socioeconômico

Criminologia – Eduardo Galeano


 A cada ano, os pesticidas químicos matam, pelo menos, três
milhões de camponeses. A cada dia, os acidentes de trabalho
matam pelo menos dez mil trabalhadores. A cada minuto, a
miséria mata pelo menos dez crianças. Esses crimes não
aparecem nos noticiários. São, como as guerras, atos
normais de canibalismo. Os criminosos andam soltos. As
prisões não foram feitas para os que estripam multidões. A
construção de prisões é o plano de habitação que os pobres
merecem.

Disponível em <https://dissencialistas.wordpress.com/2012/10/11/eduardo-galeano-criminologia/>.
Acesso em 24 ago. 2016.
Questão 09: Pergunta

Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as


afirmativas.
I. Do texto, apreende-se que práticas econômicas e sociais
vigentes causam a morte de milhões de cidadãos.
II. Quando o autor afirma que ‘os criminosos estão soltos’, quer
dizer que o sistema prisional tem vagas insuficientes para
abrigar aqueles que são responsáveis por estripar multidões.
III. Os pesticidas, os acidentes de trabalho e a miséria, por não
serem indivíduos, não podem ser presos. Portanto, quando
alguém morre por uma dessas causas, não há culpados.
IV. O autor considera que a justiça poupa grandes corporações
e instituições e defende a ideia de que as prisões sejam
habitações destinadas aos mais pobres.
Questão 09: Pergunta

Está correto o que se afirma somente em:

a) I e IV.
b) I.
c) I, III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
Questão 09: Resposta

I. Correta: o autor denuncia as mortes provocadas


legitimamente pelo sistema.
II. Incorreta: de acordo com o texto, os criminosos são os que
detêm o poder econômico e político e que não são
responsabilizados pelos males que causam.
III. Incorreta: o autor aponta que os culpados são os que detêm
o poder político e econômico.
IV. Incorreta: o último verso revela, ironicamente, a indignação
do autor pelo fato de a justiça agir de forma diferenciada
com os poderosos e com o povo.

Alternativa correta: B.
INTERVALO
Questão 10: Preconceito – herança colonial e racismo

 Leia o texto e os quadrinhos a seguir:


Questão 10: Preconceito – herança colonial e racismo

 O Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade colonial e


imperial escravocrata, em que o negro ocupou
fundamentalmente a posição de pessoa escravizada. O Brasil,
em 1888, foi o último país a abolir a escravidão nas Américas.
Um abolicionismo incompleto, que não permitiu incluir o negro
na ordem social capitalista (BASTIDE; FERNANDES, 2008).
 A escravidão negra deixou marcas profundas de discriminação
em nossa sociedade, inclusive escutamos insultos raciais
atuais exigindo que negros e negras voltem “para a senzala”.
 Mas, será que o racismo contra o negro brasileiro atualmente
só existe por causa do “tempo do cativeiro”?
Questão 10: Preconceito – herança colonial e racismo

 Há pessoas racistas que nem sabem e nem mencionam esse


contexto. Elas afirmam que não gostam de “negros”, têm
raiva dos “pretos” e que estes são “fedidos”, “sujos” e
“preguiçosos”.
 O racismo opera cotidianamente por meio de piadas, causos,
ditos populares, etc. Afinal de contas, temos uma variedade
de expressões correntes na língua portuguesa recheadas de
racismo contra os negros.

Disponível em <http://www.comfor.unifesp.br/wp-
content/docs/COMFOR/biblioteca_virtual/UNIAFRO/mod1/Disc3-Unidade3-UNIAFRO.pdf>. Acesso em
13 jun.
Questão 10: Pergunta

Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as


afirmativas:

I. Os quadrinhos visam criticar o fato de que as acusações de


racismo têm se tornado cada vez mais frequentes.
II. Os quadrinhos ilustram o comportamento descrito no texto:
as pessoas mantêm na linguagem seu preconceito.
III. O texto coloca, entre as raízes do preconceito racial, o sistema
escravocrata, que imperou até o final do século XIX no Brasil.
IV.De acordo com o texto, a abolição da escravidão no Brasil,
embora tardia, permitiu que os negros se integrassem
completamente à sociedade capitalista.
Questão 10: Pergunta

Está correto o que se afirma somente em:

a) II e III.
b) II e IV.
c) I e III.
d) I e II.
e) I e IV.
Questão 10: Resposta

I. Incorreta: os quadrinhos criticam as pessoas que não se


dão conta de que são racistas.
II. Correta: a amiga de Mafalda fala em ‘pretos sujos’, o que
confirma a ideia de que o racismo opera por falas e ações
do cotidiano, como afirma o texto.
III. Correta: o Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade
colonial e imperial escravocrata.
IV. Incorreta: o abolicionismo foi incompleto, pois o negro não
pode realmente se incluir na ordem social capitalista.

Alternativa correta: A.
Questão 11: Mídia – influência dos meios de
comunicação
Questão 11: Pergunta

I. O objetivo da ilustração é mostrar que os meios de


comunicação tecem o conhecimento das crianças,
contribuindo para um mundo mais bem informado.
II. A ilustração é uma crítica aos meios de comunicação
ultrapassados, que não promoviam o acesso à informação
como a internet faz atualmente.
III. A ilustração sugere que os meios de comunicação de
massa provocam perda de autonomia do raciocínio.
Está correto o que se afirma somente em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.
Questão 11: Resposta

I. Incorreta: a ilustração é uma crítica ao modo como os


meios de comunicação desfazem os pensamentos próprios
dos indivíduos.
II. Incorreta: a crítica refere-se à falta de pensamento crítico
que os meios de comunicação causam; não se trata de uma
questão de desenvolvimento tecnológico.
III. Correta: a figura mostra a criança perdendo seu raciocínio
próprio ao ficar exposta à televisão.

Alternativa correta: C.
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade I

ESTUDOS DISCIPLINARES
Formação Geral

Prof. Bruno César


Questão 12: Cidadania – protagonismo social

Quem tem o direito de falar?


 Estabelecer que minorias só podem falar dos problemas de
seu grupo é uma forma astuta de silenciamento.
 A política não é uma questão apenas de circulação de bens e
riquezas. Ou seja, ela não se funda simplesmente em uma
decisão a respeito de como as riquezas e os bens devem
circular, como eles devem ser distribuídos.
 Embora essa seja uma questão central que mobiliza todos
nós, ela não é tudo, nem é razão suficiente de todos os
fenômenos internos ao campo que nomeamos “política”. Na
verdade, a política é também uma questão de circulação de
afetos, da maneira com que eles irão criar vínculos sociais,
afetando os que fazem parte destes vínculos.
Questão 12: Cidadania – protagonismo social

 A maneira com que somos afetados define o que somos e o


que não somos capazes de ver, o que somos e não somos
capazes de sentir e perceber. Definido o que vejo, sinto e
percebo, define-se o campo das minhas ações, a maneira com
que julgarei, o que faz parte e o que está excluído do meu
mundo.
 Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos políticos
de 2015 foi a circulação de uma mera foto, a foto do menino
sírio morto em um naufrágio no Mar Mediterrâneo.
 Nesse sentido, foi muito interessante pesquisar as reações de
certos europeus que invadiram sites de notícias de seu
continente com postagens e comentários.
Questão 12: Cidadania – protagonismo social

 Uma quantidade impressionante deles reclamava daqueles


jornais que decidiram publicar a foto. Por trás de sofismas
primários, eles diziam basicamente a mesma coisa: “parem de
nos mostrar o que não queremos ver”, “isto irá quebrar a
força de nosso discurso”.
 Pois eles sabiam que seu fascismo ordinário cresce à
condição de administrar uma certa zona de invisibilidade.
É necessário que certos afetos não circulem, que a
humanização bruta produzida pela morte estúpida de um
refugiado não nos afete. Todo fascismo ordinário é baseado
em uma desafecção.
 Toda verdadeira luta política é baseada em uma mudança nos
circuitos hegemônicos de afetos...
Questão 12: Cidadania – protagonismo social

 (...) Prova disso foi o fato de tal foto produzir o que vários
discursos, até então, não haviam conseguido: a suspensão
temporária da política criminosa de indiferença em relação à
sorte dos refugiados.
 Mas, essa quebra da invisibilidade também se dá de outras
formas. De fato, sabemos como faz parte das dinâmicas do
poder decidir qual sofrimento é visível e qual é invisível. Mas,
para tanto, devemos antes decidir sobre quem fala e quem
não fala, qual fala ouvirei e qual fala representará, para mim,
apenas alguma forma de ressentimento.
 Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é
simplesmente calar quem não tem direito à voz...
Questão 12: Cidadania – protagonismo social

 (...) Isso é o que nos lembram todos aqueles que se engajaram


na luta por grupos sociais vulneráveis e objetos de violência
contínua (negros, homossexuais, mulheres, travestis,
palestinos, entre tantos outros).
 Mas, há ainda outra forma de silêncio. Ela consiste em limitar
sua fala. Assim, um será a voz dos negros e pobres, já que o
enunciador é negro e pobre. O outro será a voz das mulheres
e lésbicas, já que o enunciador é mulher e lésbica. A princípio,
isto pode parecer um ato de dar voz aos excluídos e
subalternos, fazendo com que negros falem sobre os
problemas dos negros, mulheres falem sobre os problemas
das mulheres, e por aí vai.
Questão 12: Cidadania – protagonismo social

 No entanto, essa é apenas uma forma astuta de silêncio, e


deveríamos estar mais atentos a tal estratégia de silenciamento
identitário. Ao final, ela quer nos levar a acreditar que negros
devem apenas falar dos problemas dos negros, que mulheres
devem apenas falar dos problemas das mulheres.
 Pensar a política como circuito de afetos significa
compreender que sujeitos políticos são criados quando
conseguem mudar a forma como o espaço comum é afetado.
 Posso dar visibilidade a sofrimentos que antes não circulavam,
mas, quando aceito limitar minha fala pela identidade que
supostamente represento, não mudarei a forma de circulação
de afetos, pois não conseguirei implicar quem não partilha
minha identidade na narrativa do meu sofrimento.
Questão 12: Cidadania – protagonismo social

 Minha produção de afecções continuará circulando em regime


restrito, mesmo que agora codificada como região setorizada
do espaço comum.
 Ser um sujeito político é conseguir enunciar proposições que
implicam todo mundo, que podem implicar qualquer um, ou
seja, que se dirigem a esta dimensão do “qualquer um” que
faz parte de cada um de nós. É quando nos colocamos na
posição de qualquer um que temos mais força de
desestabilização de circuitos hegemônicos de afetos.
 O verdadeiro medo do poder é que você se coloque na
posição de qualquer um.
Disponível em <goo.gl/oWm9nF>. Acesso em 13 jun. 2016.
Questão 12: Pergunta

I. Segundo o autor, grupos de minorias estão sendo


silenciados, pois vivemos em um regime autoritário, não
democrático.
II. O autor defende que os políticos sejam os legítimos
representantes dos grupos minoritários, já que as minorias
tendem a ser silenciadas na sociedade.
III. A publicação da foto do menino sírio, morto no naufrágio ao
tentar chegar à Europa como imigrante, foi, segundo o texto,
uma forma de sensacionalismo da imprensa e, por isso,
gerou conflitos políticos.
Questão 12: Pergunta

Assinale a alternativa correta:


a) Todas as afirmativas são corretas.
b) Apenas as afirmativas I e II são corretas.
c) Apenas as afirmativas II e III são corretas.
d) Apenas a afirmativa III é correta.
e) Nenhuma alternativa é correta.
Questão 12: Resposta

I. Afirmativa incorreta: O autor não afirma que vivemos em um


regime autoritário e aponta como silenciamento a restrição
de fala a apenas sujeitos representativos de determinado
grupo.
II. Afirmativa incorreta: O autor afirma que a política é também
uma questão da circulação dos afetos e não atribui aos
políticos o papel de representar grupos identitários.
III. Afirmativa incorreta: De acordo com o texto, a divulgação
da foto contribuiu para a quebra de invisibilidade de uma
questão importante no cenário atual.

Alternativa correta: E.
INTERVALO
Questão 13: Formas alternativas de energia – energia
solar

Energia solar contra a escuridão do Amazonas: Brasil gera com


placas fotovoltaicas apenas 0,02% da produção total de
eletricidade
Heriberto Araújo – 08 maio 2016.
 A visão romantizada da Amazônia convida a pensar num
lugar idílico em que a pegada humana esteja entre as
menores do planeta. Mas a vida na maior reserva natural é
dura para o homem, como Daniel Everett narrou em seu
clássico “Don‘t Sleep, There are Snakes” (Não durma, há
serpentes, sem tradução para o português).
 Comunidades inteiras vivem completamente desconectadas,
e não apenas nas profundezas da selva, mas, sim, nas
movimentadas margens dos rios...
Questão 13: Formas alternativas de energia – energia
solar

 (...) únicas vias de comunicação, num ambiente em que a


eletricidade é um bem desejado, escasso e administrado a
conta-gotas.
 “No Estado do Amazonas, há mais de dois milhões de
pessoas sem eletricidade de qualidade”, explica Otacílio
Soares Brito, membro do Instituto de Desenvolvimento
Sustentável Mamirauá.
 “A enorme área da floresta torna inviável a criação de uma
rede de distribuição, e os povoados só conseguem produzir
eletricidade das 6 às 10 da noite, com geradores a gasolina
fornecidos pelo Governo. Depois dessa hora, acaba tudo: luz,
refrigeração e lazer”, relata do município amazônico de Tefé.
Questão 13: Formas alternativas de energia – energia
solar

 O Instituto Mamirauá está desenvolvendo um projeto para


fornecer eletricidade por meio de painéis solares a dezenas de
comunidades amazônicas de pescadores e camponeses, com
o objetivo de melhorar suas condições de vida, segundo
Soares Brito.
 Duas comunidades instalaram placas fotovoltaicas – um
sistema flutuante, sobre boias no rio, e o outro no telhado de
uma fábrica de gelo – para permitir, um, o envio da água
desde o leito do rio até as casas, e o outro, a fabricação de
barras de gelo. O fornecimento da água do rio por meio de
uma bomba elétrica alimentada por painéis permitiu, entre
outras coisas,
...
Questão 13: Formas alternativas de energia – energia
solar

 ... que as crianças passassem a tomar quantos banhos


quisessem sem que seus pais fiquem com medo que um
jacaré lhes tire a vida na escuridão das margens.
 “Estamos cuidando de melhorar a vida das pessoas, mas
também queremos permitir que elas agreguem valor a
produtos como polpa de frutas e peixe. Sem gelo, esses
produtos dificilmente podem ser comercializados no exterior
ou simplesmente conservados”, diz Soares Brito.
 Os resultados positivos da fase experimental estão criando
consciência nessa imensa região normalmente esquecida
pelos centros brasileiros de poder, concentrados no Sudeste
e que priorizam as políticas públicas nas regiões densamente
povoadas (de eleitores) ...
Questão 13: Formas alternativas de energia – energia
solar

 ... um grupo de pescadores da comunidade amazônica de Boa


Esperança pediu ao Mamirauá a construção de uma pequena
fábrica – prevista para abril – com três congeladores
alimentados por painéis solares para poder extrair das frutas a
polpa, congelá-la e vendê-la em mercados situados a horas de
barco do povoado, como Manaus.
 A revolução solar que alguns especialistas preveem para o
Brasil durante a próxima década, após a implementação em 1º
de março de novas regras que permitem, pela primeira vez, a
geração distribuída de energia e sua ligação às redes de
distribuição, trará consequências, principalmente, para os
grandes centros urbanos.
Questão 13: Formas alternativas de energia – energia
solar

 Depois de três anos de secas históricas e consequentes


apagões, que evidenciaram a excessiva dependência do Brasil
de seu sistema hidroelétrico, que gera cerca de 70% da
eletricidade consumida, milhões de brasileiros poderão se
tornar agora prosumidores, neologismo que reflete o novo
paradigma sob o qual parece avançar a geração de
eletricidade: o consumidor é o produtor de pelo menos uma
parte de sua demanda.
 “Estamos diante do início de uma revolução, porque, pela
primeira vez, a sociedade brasileira pode participar
diretamente da criação de uma nova matriz energética”, diz
Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de
Energia Fotovoltaica (Absolar).
Questão 13: Formas alternativas de energia – energia
solar

 As regras aprovadas pela Agência Nacional de Energia


Elétrica (Aneel) permitem, segundo Sauaia, a geração
compartilhada de energia solar entre vários clientes, que
podem se agrupar em forma de consórcio ou de cooperativas,
assim como a conexão de seus sistemas fotovoltaicos
domésticos ou comerciais à rede elétrica para abastecê-la
quando os painéis produzirem mais do que o que é
consumido, e vice-versa.
 A Absolar estima que, se fossem instalados painéis solares
em todas as residências do país, a produção de energia
abasteceria mais que o dobro da totalidade da demanda dos
domicílios brasileiros.
Questão 13: Formas alternativas de energia – energia
solar

 Os especialistas indicam que a região brasileira menos


exposta à irradiação solar tem potencial para gerar, pelo
menos, 25% mais energia que a região mais favorecida na
Alemanha, país que já gera cerca de 7% de sua eletricidade
com placas fotovoltaicas.

Disponível em
<http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/29/ciencia/1461915967_04
1451.html>. Acesso em 10 jun. 2016.
Questão 13: Pergunta

Com base na leitura, analise as afirmativas.


I. O novo paradigma da geração de energia elétrica é o de que
o próprio consumidor produza 30% da sua demanda,
tornando-se proconsumidor.
II. De acordo com a estimativa da Absolar, a instalação de
painéis solares em todas as residências do país faria com
que a produção brasileira de energia superasse a alemã em
18%.
III. O projeto desenvolvido pelo Instituto Mamirauá tem como
foco comunidades da Amazônia, onde há,
aproximadamente, dois milhões de pessoas sem acesso à
energia elétrica de qualidade.
Questão 13: Pergunta

IV. O principal problema da Amazônia é a seca, que afeta sua


produção hidrelétrica e, por isso, a energia solar é uma boa
alternativa.

Assinale a alternativa correta:

a) Todas as afirmativas são corretas.


b) Apenas as afirmativas I e II são corretas.
c) Apenas a afirmativa III é correta.
d) Apenas as afirmativas II, III e IV são corretas.
e) Nenhuma afirmativa é correta.
Questão 13: Resposta

I. Afirmativa incorreta: O texto afirma que o proconsumidor


deve produzir uma parte da energia que consome, mas não
determina essa porcentagem.
II. Afirmativa incorreta: De acordo com o texto, a região
brasileira menos exposta à irradiação solar tem potencial
para gerar pelo menos 25% mais energia do que a região
alemã mais favorecida. Não há comparação referente à
produção ou à capacidade geradora dos dois países.
III. Afirmativa correta: No texto, consta a informação de que, na
região amazônica, há mais de 2 milhões de pessoas sem
energia elétrica, e melhorar as condições de vida das
comunidades é o objetivo do Instituto Mamirauá,
por meio da instalação de painéis solares.
Questão 13: Resposta

IV. Afirmativa incorreta: Não se afirma que o principal problema


da Amazônia é a seca. Na verdade, trata-se de uma região
bastante abastecida por complexos hidrográficos. O texto
menciona que houve secas no Brasil, o que prejudicou a
geração de energia hidroelétrica.

Alternativa correta: C.
INTERVALO
Questão 14: Sociedade contemporânea –
mercantilização do indivíduo

<goo.gl/RpC5cr>. Acesso em 08 fev. 2015.


Questão 14: Pergunta

I. A charge enaltece a evolução humana, ilustrando a saída de


um passado primitivo e a chegada ao desenvolvimento
tecnológico, que melhora as condições de vida da
população.
II. O código de barras, na figura, representa a “coisificação”
do homem no atual sistema socioeconômico.
III. A crítica da charge refere-se ao uso de novas tecnologias
na atualidade, uma vez que elas não são acessíveis a todos.
IV. A charge mostra que o ser humano ainda é primitivo, apesar
das novas tecnologias.
Está correto o que se afirma somente em:
a) II e IV. b) II. c) I e III.
d) I e IV. e) II e III.
Questão 14: Resposta

I. Incorreta: A charge mostra a transformação do ser humano


em código de barras, parodiando a tradicional ilustração da
evolução do homem. Não há qualquer menção à melhoria
das condições de vida; trata-se de uma crítica à sociedade
de consumo.
II. Correta: O código de barras representa o consumo na
nossa sociedade. Assim, vê-se que o homem transformou-
se em mercadoria, perdendo sua identidade.
III. Incorreta: A charge não se refere ao acesso das pessoas às
novas tecnologias.
IV. Incorreta: A charge mostra o homem “coisificado”,
integrado ao mercado de consumo.
Alternativa correta: B.
Questão 15: Violência – inadequação e ineficiência dos
presídios brasileiros

<goo.gl/QUKBp1>. Acesso em 06 nov. 2014.


Questão 15: Violência – inadequação e ineficiência dos
presídios brasileiros

ACNUDH condena violência em presídios brasileiros


 O Escritório Regional para América do Sul do Alto
Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos
(ACNUDH) condenou a violência ocorrida nesta semana em
distintos presídios brasileiros.
 Na Penitenciária Estadual de Cascavel, no Paraná, pelo menos
cinco presos foram mortos durante uma rebelião. Informações
indicam que duas das vítimas teriam sido decapitadas e mais
duas foram jogadas do telhado do presídio.
 Em Minas Gerais, dois motins acabaram com outro preso
morto e dezenas de feridos. Além disso, autoridades
revelaram que mais um homem foi morto no complexo
penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão.
Questão 15: Violência – inadequação e ineficiência dos
presídios brasileiros

“Pedimos às autoridades competentes uma apuração rápida,


imparcial e efetiva dos fatos e das causas das revoltas, e que
os responsáveis pelos crimes respondam na justiça”, comentou
o Representante do ACNUDH, Amerigo Incalcaterra. “Ficamos
consternados com o nível de violência observado recentemente
nos presídios brasileiros. Não é admissível que, no Brasil, a
violência e as mortes dentro das prisões sejam percebidas
como normais e cotidianas”, disse Incalcaterra.
Além disso, ele instou as autoridades brasileiras a adotarem
medidas para prevenir a violência nas unidades prisionais.
Questão 15: Violência – inadequação e ineficiência dos
presídios brasileiros

“Superlotação, condições penitenciárias inadequadas, torturas


e maus-tratos contra detentos são uma realidade em muitos
presídios do Brasil, e isso também contribui com a violência e
constitui grave violação aos direitos humanos”, apontou o
Representante do Escritório na América do Sul.
“O país deve reformar seu sistema penitenciário, incluindo, pelo
menos, uma revisão integral da política criminal brasileira e do
uso excessivo da privação de liberdade como punição a
crimes”, concluiu Incalcaterra.

Disponível em <http://acnudh.org/pt-br/2014/08/21813/>. Acesso em 06 nov. 2014 (com adaptações).


Questão 15: Pergunta

Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a


alternativa correta:
I. A charge evidencia a inadequação do sistema prisional
brasileiro e sugere a aplicação de penas alternativas.
II. Segundo Amerigo Incalcaterra, os motins e as rebeliões têm
estreita relação com a inadequação das unidades prisionais
brasileiras.
III. De acordo com o ACNUDH, a impunidade contribui com o
aumento da violência no Brasil.
Questão 15: Pergunta

a) Apenas a afirmativa I está correta.


b) Apenas a afirmativa II está correta.
c) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
d) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
e) Apenas a afirmativa III está correta.
Questão 15: Resposta

I. Incorreta: A charge não propõe penas alternativas. Há um


comentário irônico sobre a falta de eficiência do sistema
prisional brasileiro.
II. Correta: No texto, há a declaração do representante do
ACNUDH, Amerigo Incalcaterra, que culpa a superlotação e as
más condições de vida nas prisões pelas revoltas.
III. Incorreta: O texto não aborda a impunidade.
Alternativa correta: B.
INTERVALO
Questão 16: Comunicação de massas –
sensacionalismo

Disponível em <goo.gl/GCuvrK>. Acesso em 8 nov. 2014.


Questão 16: Comunicação de massas –
sensacionalismo

 Marcondes Filho (1986) descreve a prática sensacionalista


como nutriente psíquico, desviante ideológico e descarga de
pulsões instintivas.
 Caracteriza sensacionalismo como “o grau mais radical da
mercantilização da informação: tudo o que se vende é
aparência e, na verdade, vende-se aquilo que a informação
interna não irá desenvolver melhor do que a manchete.
 Esta está carregada de apelos às carências psíquicas das
pessoas e explora-as de forma sádica, caluniadora e
ridicularizadora. (...) No jornalismo sensacionalista, as notícias
funcionam como pseudoalimentos às carências do espírito.
(...)
Questão 16: Comunicação de massas –
sensacionalismo

 O jornalismo sensacionalista extrai do fato, da notícia, a sua


carga emotiva e apelativa e a enaltece. Fabrica uma nova
notícia que a partir daí passa a se vender por si mesma.”

Disponível em <http://www.wejconsultoria.com.br/site/wp-content/uploads/2013/04/Danilo-Angrimani-
Sobrinho-Espreme-que-sai-sangue.pdf>. Acesso em 8 nov. 2014.
Questão 16: Pergunta

Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as


asserções e assinale a alternativa correta:

I. A reação do personagem diante da televisão revela uma


visão antagônica àquela apresentada por Marcondes Filho
sobre o sensacionalismo.
PORQUE
II. De acordo com Marcondes Filho, as notícias
sensacionalistas suprem as carências de informação dos
receptores, uma vez que são comprometidas com os
elementos factuais essenciais.
Questão 16: Pergunta

a) As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a


primeira.
b) As duas asserções são verdadeiras e a segunda não
justifica a primeira.
c) A asserção I é verdadeira e a II é falsa.
d) A asserção I é falsa e a II é verdadeira.
e) As duas asserções são falsas.
Questão 16: Resposta

Comentários.
I – Asserção falsa.
Justificativa. A reação não é antagônica ao que afirma
Marcondes, pois ele comenta que o sensacionalismo explora as
carências psíquicas das pessoas e, assim, elas são atraídas.
II – Asserção falsa.
Justificativa. O autor não afirma que as notícias
sensacionalistas são comprometidas com os elementos
factuais essenciais. Para ele, o sensacionalismo extrai dos
fatos sua carga mais apelativa.
Alternativa correta: E.
Revisando

 leitura denotativa e conotativa;


 conteúdo multimodal, em diferentes suportes;
 causa e consequência;
 gráficos.
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade I

ESTUDOS DISCIPLINARES
Formação Geral

Prof. Bruno César


Questão 17: Saúde: atividade física

Pesquisa aponta que 45,9% dos brasileiros não fazem


exercícios físicos

 Pesquisa feita pelo Ministério do Esporte mostrou que 45,9%


dos brasileiros de 15 a 74 anos estão sedentários, o que
significa cerca de 67 milhões de pessoas sem praticar
nenhum esporte ou nenhuma atividade física. A maior
fatia de sedentários está na região Sudeste: 54,4%.

 Os motivos? Falta de tempo (para 58,8%), problemas de saúde


(em 9,5% dos casos) e a preguiça ou falta de interesse,
declarada por 11,8% dos entrevistados. A pesquisa teve
8.902 entrevistas pessoais, realizadas em 2013.
Questão 17: Saúde: atividade física

 Foi considerado sedentário quem declarou não ter feito


esporte ou atividade física no tempo livre.
Abandono:
 Além de avaliar quem está sedentário, o ministério também
perguntou a quem estava parado se havia deixado alguma
prática física.
 Concluiu que quase 90% dos brasileiros abandonam a prática
esportiva e viram sedentários até os 34 anos. Como a
estudante Isabela Markman, 20 anos: “Eu fazia academia, mas
parei no começo do ano e noto diferença. Passear e brincar
com minha cachorrinha me deixa mais cansada”.
Questão 17: Pergunta

 Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a


alternativa correta.

I. De acordo com a pesquisa, 9,5% das pessoas apresentam


problemas de saúde causados pelo sedentarismo.

II. Conforme o texto, quase 90% dos brasileiros acima de 34


anos são sedentários, pois abandonam as práticas
esportivas.

III. Cerca de 60% dos brasileiros praticam futebol,


segundo a pesquisa.
Questão 17: Pergunta

 Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a


alternativa correta.

a) Nenhuma afirmativa está correta.


b) As afirmativas II e III estão corretas.
c) As afirmativas I e II estão corretas.
d) Apenas a afirmativa III está correta.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 17: Resposta

I. Afirmativa incorreta: De acordo com a pesquisa, 9,5% das


pessoas apresentam problemas de saúde como motivo para
uma vida sedentária.
II. Afirmativa incorreta: Conforme o texto, “quase 90% dos
brasileiros abandonam a prática esportiva e viram
sedentários até os 34 anos”.
III. Afirmativa incorreta: Entre os que declaram fazer algum
esporte, 60% praticam futebol.

Alternativa correta: A.
Questão 18:
Meio ambiente: emissões de gases e efeito estufa

EUA e China anunciam acordo para reduzir emissão


de gases poluentes
 Os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Xi
Jinping, da China, assinaram nesta quarta-feira (12.11.2014)
em Pequim um acordo para a luta contra a mudança climática,
que incluirá reduções de suas emissões de gases do efeito
estufa na atmosfera.
 A iniciativa constitui o primeiro anúncio de corte das
emissões de gases poluentes por parte da China e mais um
pelos EUA.
 Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as
emissões de gases em até 11 anos, ou seja, até 2025, o que
representa um número duas vezes maior que as reduções
previstas entre 2005 e 2020.
Questão 18:
Meio ambiente: emissões de gases e efeito estufa

 Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030,


embora isso possa começar antes. Segundo o presidente
chinês, até lá 20% da energia produzida no país vai ter
origem em fontes limpas e renováveis.

 Estados Unidos e China representam juntos 45% das


emissões planetárias de CO2, um dos gases apontado como
culpado pela mudança climática. A União Europeia representa
11%. No mês passado, o bloco se comprometeu a reduzir em
pelo menos 40% as emissões até 2030, na comparação com
os níveis de 1990.

Disponível em <https://goo.gl/srpqzq>.
Acesso em 14 nov. 2014 (com adaptações).
Questão 18: Pergunta

 Com base na leitura, analise as afirmativas.

I. O comprometimento da China em reduzir as emissões de


poluentes até 2030 significa que a poluição proveniente do
país continuará em crescente aumento por mais uma década.
II. Apesar da importância do acordo entre Estados Unidos e
China, a União Europeia será responsável por um corte maior
nos volumes de gases poluentes emitidos do que o corte dos
dois países, uma vez que reduzirá 40% das emissões.
III. Se Estados Unidos e China, juntos, cumprirem a meta de
cortar 28% da emissão dos gases poluentes, eles serão
responsáveis por 27% das emissões planetárias em 2025.
Questão 18: Pergunta

Assinale a alternativa correta.

a) Nenhuma afirmativa está correta.


b) Apenas a afirmativa I está correta.
c) As afirmativas I e II estão corretas.
d) As afirmativas II e III estão corretas.
e) Apenas a afirmativa III está correta.
Questão 18: Resposta

I. Afirmativa incorreta.
Justificativa. O texto não afirma que a poluição proveniente dos
gases emitidos pelos chineses continuará em crescimento até a
data estipulada no acordo. A informação é de que os chineses
se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora isso
possa começar antes.

II. Afirmativa incorreta.


Justificativa. O texto afirma que EUA e China são responsáveis
por quase metade das emissões de poluentes no mundo.
Mesmo que a Europa tenha uma redução percentual maior das
emissões de gases, o impacto não será o mesmo do provocado
pela redução da emissão de gases dos dois países.
Questão 18: Resposta

III. Afirmativa incorreta.


Justificativa. Porcentagens são valores relativos, que dependem
do valor total sobre o qual são aplicadas. A redução de 28% na
emissão de gases seria calculada com base no volume de gases
emitidos pelos dois países, e não sobre o total das emissões
planetárias.

Alternativa correta: A.
INTERVALO
Questão 19: Educação: formação do indivíduo

 Leia a charge, de
autoria de Quino, e o
texto, de autoria de
Rubem Alves.

Disponível em
<http://blogs.sapo.pt/noauth?blog=pe
rguntasparvas>. Acesso em 13 fev.
2015.
Questão 19: Educação: formação do indivíduo

 Minha estrela é a educação. Educar não é ensinar matemática,


física, química, geografia e português. Essas coisas podem
ser aprendidas nos livros e nos computadores. Dispensam a
presença do educador. Educar é outra coisa.
 De um educador pode-se dizer o que Cecília Meireles disse de
sua avó – que foi quem a educou: “O seu corpo era um
espelho pensante do universo”. O educador é um corpo cheio
de mundos....
 A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O mundo é
maravilhoso, está cheio de coisas assombrosas. Zaratustra ria
vendo borboletas e bolhas de sabão. A Adélia ria vendo
tanajuras em voo e um pé de mato que dava flor amarela.
Questão 19: Educação: formação do indivíduo

 Eu rio vendo conchas, teias de aranha e pipocas estourando...


Quem vê bem nunca fica entediado com a vida. O educador
aponta e sorri – e contempla os olhos do discípulo.

 Quando seus olhos sorriem, ele se sente feliz. Estão vendo a


mesma coisa. Quando digo que minha paixão é a educação
estou dizendo que desejo ter a alegria de ver os olhos dos
meus discípulos, especialmente os olhos das crianças.

Disponível em <http://rubemalves.com.br/site/educador.php>. Acesso em 10 dez. 2014.


Questão 19: Pergunta

Com base na leitura, analise as afirmativas.

I. A charge e o texto apresentam visões semelhantes sobre o


ato de ensinar e o de educar.

II. De acordo com Rubem Alves, o educador deve espelhar o


mundo para os alunos, transmitindo os conhecimentos
escolares necessários ao seu desenvolvimento pessoal e
profissional.

III. Os olhos dos discípulos sorrindo simbolizam a


compreensão dos alunos em relação ao que
o educador apontou.
Questão 19: Pergunta

Com base na leitura, analise as afirmativas.

IV. De acordo com a charge e o texto, o saber do educador não


é importante; o conhecimento só é essencial no ato de
ensinar.

Está correto o que se afirma somente em:


a) II e III.
b) I e IV.
c) I e III.
d) I, III e IV.
e) II e IV.
Questão 19: Resposta

I. Afirmativa correta: Os dois textos indicam que há diferença


entre ensinar e educar. Ensinar está ligado a transmitir
conteúdo e educar está associado a despertar o olhar e a
compreensão do outro.
II. Afirmativa incorreta: Rubem Alves não reduz o ato de
educar à transmissão de informações escolares importantes
para o sucesso individual.
III. Afirmativa correta: O olhar sorridente dos discípulos indica
que a missão do educador foi cumprida e que ele apontou
corretamente a direção da compreensão.
IV. Afirmativa incorreta: Nenhum dos textos afirma que o
educador não deve ter conhecimento.
Alternativa correta: C.
Questão 20: Sustentabilidade: energia eólica

Energia eólica no Brasil


 No início da década de 2000, uma grande seca no Brasil
diminuiu o nível de água nas barragens hidrelétricas do país,
causando uma grave escassez de energia. A crise, que
devastou a economia do país e levou ao racionamento de
energia elétrica, ressaltou a necessidade urgente do país em
diversificar suas fontes de energia.
 [...] A primeira turbina de energia eólica do Brasil foi instalada
em Fernando de Noronha em 1992. Dez anos depois, o
governo criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas
de Energia Elétrica (Proinfa) para incentivar a utilização de
outras fontes renováveis, como eólica, biomassa e Pequenas
Centrais Hidrelétricas (PCHs).
Questão 20: Sustentabilidade: energia eólica

[...] Desde a criação do Proinfa, a produção de energia eólica no


Brasil aumentou de 22MW em 2003 para cerca de 1000MW em
2011 (quantidade suficiente para abastecer uma cidade de cerca
de 400 mil residências).
[...] Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado
pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobrás, o
território brasileiro tem capacidade para gerar cerca de 140GW.
 O potencial de energia eólica no Brasil é mais intenso de
junho a dezembro, coincidindo com os meses de menor
intensidade de chuvas, ou seja, nos meses em que falta chuva
é exatamente quando venta mais! Isso coloca o vento como
uma grande fonte suplementar à energia gerada por
hidrelétricas, a maior fonte de energia elétrica do país.
Questão 20: Sustentabilidade: energia eólica

 Durante esse período podem-se preservar as bacias


hidrográficas fechando ou minimizando o uso das
hidrelétricas. O melhor exemplo disto é na região do Rio São
Francisco. Por essa razão, esse tipo de energia é excelente
contra a baixa pluviosidade e a distribuição geográfica dos
recursos hídricos existentes no país.

 A maior parte dos parques eólicos se concentra nas regiões


nordeste e sul do Brasil. No entanto, quase todo o território
nacional tem potencial para geração desse tipo de energia.

Disponível em <http://evolucaoenergiaeolica.wordpress.com/energia-eolica-no-brasil/>.
Acesso em 05 nov. 2014 (com adaptações).
Questão 20: Pergunta

 Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a


alternativa correta.

I. De acordo com o texto, a energia eólica é uma alternativa


viável para atender à demanda de cidades com até 400 mil
habitantes.

II. Em 2011, a energia eólica gerada no Brasil foi de menos de


1% do potencial eólico do país.

III. De 2003 a 2011, a produção de energia eólica cresceu 978%.


Questão 20: Pergunta

a) Apenas a afirmativa I está correta.


b) Apenas a afirmativa II está correta.
c) As afirmativas II e III estão corretas.
d) As afirmativas I e II estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 20: Resposta

I. Afirmativa incorreta: O texto afirma que a energia eólica


gerada em 2011 era suficiente para atender a 400 mil
residências, e não que se trata de uma alternativa para
cidades de até 400 mil habitantes.
II. Afirmativa correta: De acordo com o texto, o Brasil tem
capacidade para produzir 140GW de energia eólica e, em
2011, produziu 1000MW, o que equivale a 1GW. Assim, a
produção foi de menos de 1% do potencial.
III. Afirmativa incorreta: No período, houve aumento de 978MW,
o que equivale a um crescimento de 4445%. Chega-se a esse
valor, com os seguintes cálculos: 978/22= 44,45 e 44,45x
100% = 4445%.
Alternativa correta: B.
INTERVALO
Questão 21: Violência: repressão policial

Tá lá mais um corpo estendido no chão


Flavio Moura.
 Uma juíza de São Paulo mandou soltar o policial que matou o
camelô Carlos Augusto Muniz Braga durante ação na Lapa, no
último dia 18.
 De acordo com a ordem de soltura, o assassinato se deveu ao
fato de que o braço esquerdo do PM foi seguro “bruscamente”.
E ainda à situação tensa em que ele se encontrava, cercado de
“populares insatisfeitos com a polícia no local”.
 O tumulto, no entender da juíza, justifica a necessidade de o
policial “então encontrar-se armado”.
Questão 21: Violência: repressão policial

 O vídeo circulou por todo canto.


 O policial aponta por três minutos a arma em todas as
direções. As pessoas em volta gritam “baixa a arma!”,
enquanto dois colegas seus tentam imobilizar um vendedor de
rua no chão.
 O vendedor se recusara a entregar os CDs piratas que tinha na
mão. A polícia partiu pra cima e a situação se criou.
 Acuado, o assassino tira do bolso um spray de pimenta para
dispersar o grupo ao redor. Ato contínuo, Carlos Augusto tenta
tirar o spray de sua mão. É o que basta para ser executado.
 Ele ainda correu por alguns metros com a bala na cabeça,
antes de tombar no asfalto. Isso às 17h, numa rua
movimentada de um bairro de classe média de São Paulo.
Questão 21: Violência: repressão policial

 Não chega a surpreender a decisão da juíza (o nome da figura é


Eliana Cassales Tosi de Melo e ela faz parte da 5ª Vara do Júri
do Foro Central Criminal de São Paulo).

 A lógica peculiar é praxe entre seus colegas. Basta lembrar o


juiz que recentemente queria manter preso o manifestante
Fabio Hideki, detido injustamente em manifestação durante a
Copa do Mundo, por considerá-lo “esquerda caviar”.

 O que assusta é a comoção relativamente branda em torno do


episódio. Da declaração tosca do prefeito, “foi um ato isolado”,
aos indignados de plantão das redes sociais, tudo se passou
como se fosse mais um tropeço da polícia, entre tantos outros.
Questão 21: Violência: repressão policial

 Fiquei pensando o que ocorreria se a cena fosse na Paulista,


nas manifestações de junho do ano passado. E se a vítima
fosse um jovem de classe média quebrando uma vitrine de
loja ou banco (gesto a meu ver mais grave do que vender CD
pirata). O governo estadual corria o risco de ser deposto.
 Não custa lembrar que foi a violência policial o estopim para
as manifestações de junho de 2013. As primeiras passeatas
foram pequenas e reprovadas pela imprensa e pela maioria da
população.
 Quando vieram à tona as cenas de manifestantes feridos por
balas de borracha, o cenário virou. Dali em diante, os
editoriais deram razão aos manifestantes e a classe média
ganhou as ruas em defesa do direito de protestar.
Questão 21: Violência: repressão policial

 O episódio da semana passada me fez lembrar uma declaração


do poeta Sergio Vaz, organizador dos saraus da Cooperifa.
 No documentário “Junho”, produzido pela TV Folha e bom
retrato das manifestações do ano passado, ele pondera. “Bala
de borracha? Se lá no meu bairro a polícia usasse bala de
borracha meus amigos ainda estavam vivos”.
 Com todo respeito aos feridos em junho de 2013, o que se deu
com o camelô Carlos Augusto é motivo para alguns milhares
de passeatas.
 A letalidade da polícia brasileira é quatro vezes maior que a
dos EUA e 100 vezes maior que a inglesa. Se antes o Rio era o
palco dos principais descalabros da corporação, esse posto
agora parece ser ocupado por São Paulo.
Questão 21: Violência: repressão policial

 Na véspera do assassinato na Lapa, a PM paulista transformou


o centro da cidade num campo de guerra, com gás
lacrimogêneo e barricadas em chamas para despejar 200
ocupantes de um prédio vazio.

 Em apenas uma semana, a cidade viu repetir-se o despreparo e


a truculência em duas regiões próximas. Se voltamos para trás
no tempo, há exemplos a perder de vista.
Questão 21: Violência: repressão policial

 O governador segue blindado e na liderança das intenções de


voto para as próximas eleições. E o prefeito, que não tem
responsabilidade direta pela ação da PM, poderia retificar
sua frase infeliz.

 Bem que a gente gostaria, mas o crime da semana passada


não foi um ato isolado.

Disponível em <https://br.noticias.yahoo.com/blogs/flavio-moura/ta-la-mais-um-corpo-estendido-no-
chao-030622918.html>. Acesso em 7 nov. 2014.
Questão 21: Pergunta

I. O autor mostra-se indignado com a banalização da morte,


afirmando que as pessoas não se mobilizam diante da
violência da polícia, seja ela contra ricos ou pobres.
II. O autor destaca que a violência policial contra os
trabalhadores e contra os moradores de periferia geralmente
não ganha grande repercussão na mídia e não estimula
protestos populares.
III. O objetivo do texto é criticar a pirataria, que é crime e gera
confrontos entre ambulantes e policiais, espalhando
violência pela cidade.
IV. O texto critica a violência da polícia brasileira, mas defende
a atuação repressiva diante de manifestações e crimes, uma
vez que é esse o papel da instituição.
Questão 21: Pergunta

Está correto o que se afirma em:

a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) II.
Questão 21: Resposta

I. Afirmativa incorreta: O autor mostra-se indignado com a


banalização da morte, mas afirma que, em geral, só há
protestos contra a morte provocada por policiais quando a
vítima é de classe média ou alta.
II. Afirmativa correta: O autor comenta sobre o caso do camelô
assassinado, que foi pouco divulgado pela imprensa e não
gerou protestos, e atribui isso ao fato de ele ser pobre.
III. Afirmativa incorreta: O objetivo do texto é criticar a atuação
violenta da polícia.
IV. Afirmativa incorreta: O autor não defende a atitude
repressiva da polícia.
Alternativa correta: E.
INTERVALO
Questão 22: Meio ambiente: resíduos sólidos

Geografia e meio ambiente: uma análise da legislação dos


resíduos sólidos.
Fernanda Sampaio da Silva

 O processo de industrialização foi responsável por grandes


transformações urbanas. Influenciou a multiplicação de
diversos ramos de serviços que caracterizam a cidade
moderna.
 Também influenciou no desenvolvimento dos meios de
transporte e comunicação, que interligaram distintas regiões.
Foi responsável pela maior produtividade e pela consequente
elevação da produção agrícola. Contribuiu ainda
com o êxodo rural.
Questão 22: Meio ambiente: resíduos sólidos

 Além disso, introduziu um novo modo de vida e novos hábitos


de consumo, criou novas profissões, promoveu uma nova
estratificação da sociedade e uma nova relação desta com a
natureza.
 Algumas das tecnologias existentes hoje no mercado ainda
trazem problemas ao meio ambiente. Entre os resíduos
gerados pelo avanço desenfreado da produção e do consumo
são encontrados os resíduos sólidos industriais, que podem
trazer impactos com consequências para a saúde das pessoas
e ao meio ambiente, desde uma escala local até mesmo
global.
 Para que se possa reduzir a geração de resíduos sólidos
industriais, minimizando possíveis impactos negativos
ao meio ambiente, é necessário que haja...
Questão 22: Meio ambiente: resíduos sólidos

...um processo de gestão para a diminuição de resíduos durante


o processo produtivo e/ou, quando possível, substituição do
material utilizado, por outro que tenha maior facilidade de ser
reciclado. Portanto, a reciclagem é um elemento importante para
a minimização de resíduos em lixões e aterros sanitários.
(...) Assim, a geração e a disposição dos resíduos sólidos
industriais em locais inapropriados constituem um problema
ambiental e, por isso, seu gerenciamento deve ocorrer de forma
correta e dentro da legislação, para que não seja comprometida a
qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente.
 O controle do acondicionamento, armazenamento e destinação
final dos resíduos sólidos perigosos deve ocorrer de acordo
com a norma ABNT - NBR 1004 de 2004...,
Questão 22: Meio ambiente: resíduos sólidos

... que faz uma classificação dos resíduos. Os resíduos são


classificados em Classe I quando se trata de resíduos sólidos
perigosos (classificados pelo seu grau de risco a saúde pública)
e Classe II quando são resíduos não perigosos.
 Os resíduos de Classe II são subdivididos em: Classe II A,
quando não são inertes e Classe II B, inertes.
 Os resíduos sólidos gerados devem ser controlados nas
indústrias, pois fazem parte do licenciamento pelo órgão
ambiental competente.
 Por isso, para que esse órgão tenha conhecimento dos
resíduos gerados, o Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA dispõe de uma resolução com o objetivo de
inventariar os resíduos sólidos gerados...
Questão 22: Meio ambiente: resíduos sólidos

...em todo o país, para que seja elaborado o Plano Nacional para
Gerenciamento de Resíduos Sólidos Gerados. O inventário é
elaborado a partir de informações como quantidade, formas de
acondicionamento e armazenamento e destinação final, enviadas
trimestralmente ao órgão estadual competente (Resolução
CONAMA Nº 313/2002).

Disponível em <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/reget/article/viewFile/4083/2797>.
Acesso em 12 nov. 2014 (com adaptações).
Questão 22: Pergunta

Com base nas informações do texto, analise as afirmativas e


assinale a alternativa correta.
I. O controle da geração de resíduos sólidos industriais
depende da conscientização do consumidor a fim de que
modifique seus hábitos.
II. A redução na geração de resíduos sólidos está atrelada ao
gerenciamento do acondicionamento, armazenamento e
destinação final dos resíduos classificados como perigosos.
III. A resolução CONAMA Nº 313/2002, que trata do Plano
Nacional para Gerenciamento de Resíduos Sólidos, tem
como objetivo conscientizar a área industrial para que exista
a redução da geração de resíduos sólidos.
Questão 22: Pergunta

Com base nas informações do texto, analise as afirmativas e


assinale a alternativa correta.

a) Apenas a afirmativa I está correta.


b) Apenas a afirmativa II está correta.
c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
d) Apenas a afirmativa III está correta.
e) Nenhuma afirmativa está correta.
Questão 22: Resposta

I. Afirmativa incorreta: Os resíduos sólidos são gerados,


como destaca o texto, pelos processos produtivos e, assim,
a sua redução depende das indústrias, e não da
conscientização do consumidor.
II. Afirmativa incorreta: O texto destaca que os resíduos são
gerados no processo de produção.
III. Afirmativa incorreta: De acordo com o texto, a resolução
tem o objetivo de inventariar os resíduos sólidos gerados
em todo o país.

Alternativa correta: E.
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade I

ESTUDOS DISCIPLINARES
Formação Geral

Prof. Bruno César


Questão 23:
Violência: celulares e o registro do cotidiano

O celular se torna uma arma dos cidadãos contra a impunidade


Raquel Seco
 A polícia começou dizendo que o tiro que matou Carlos
Augusto Braga na quinta-feira passada foi acidental.
 Poucas horas depois dos distúrbios no bairro da Lapa (São
Paulo), desencadeados por uma operação contra a pirataria, a
polícia se viu obrigada a retificar: o agente disparou contra a
cabeça do vendedor ambulante de 30 anos quando este
tentou tomar dele um spray de pimenta.
 Várias pessoas gravaram a cena. Os telefones celulares
tornaram-se uma arma dos brasileiros contra a impunidade,
especialmente das forças de segurança.
Questão 23:
Violência: celulares e o registro do cotidiano

 A ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública registrou 1.890


mortes em operações policiais em 2012, atribuídas
“rotineiramente” a tiroteios com grupos criminosos.
 O que aconteceria se ninguém tivesse filmado? Em 2013,
75,5% dos brasileiros com mais de 10 anos de idade tinham
um telefone celular, 5% a mais que no ano anterior, segundo
pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
 Em 2012, Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos, morreu em
São Paulo depois de ser atingido por vários disparos da
polícia. Um vizinho filmou-o sendo retirado de casa sob a
acusação de ter participado em um assalto.
 Em dado momento, um policial se posiciona para atirar.
Ouve-se um disparo e...
Questão 23:
Violência: celulares e o registro do cotidiano

...quando a câmera volta a mostrar a rua, a viatura está indo


embora. Os quatro policiais acusados foram absolvidos
no mês passado.
 Em fevereiro, o país ficou chocado com a imagem de um
adolescente agredido e acorrentado a um poste no Rio de
Janeiro.
 Alguns vizinhos o castigaram por supostos roubos no bairro e
produziram uma imagem especialmente dolorosa para uma
nação que pôs fim à escravidão em 1888.
 Yvonne Bezerra de Melo, a mulher de 66 anos que alertou as
autoridades, recebeu uma enxurrada de insultos nas redes
sociais por ajudar “um delinquente”.
Questão 23:
Violência: celulares e o registro do cotidiano

 Cláudia Silva Ferreira, faxineira de 38 anos, morreu em 16 de


março deste ano atingida por uma bala perdida em uma favela
do Rio de Janeiro.
 A viatura policial que a levava para o hospital arrastou seu
corpo pendurado no porta-malas por 250 metros. Um
motorista gravou tudo. O escândalo foi enorme. Seis policiais
acusados de matá-la já haviam retornado ao trabalho em
julho, embora em funções longe das ruas, de acordo com o
jornal O Globo.
 Há algumas semanas, em um centro comercial de São Paulo, a
polícia abordou dois jovens negros por suspeitar que tinham
roubado uma loja de roupas. Até chegar o momento em que a
dona do comércio defendeu os dois, confirmando que
haviam pagado por tudo o que tinham na sacola...
Questão 23:
Violência: celulares e o registro do cotidiano

...Dezenas de pessoas gravaram a cena para deixar claro o que


estava acontecendo, enquanto uma multidão se reuniu para
gritar em defesa dos jovens. Os garotos e o pai deles
denunciaram o comportamento da polícia.
 A onda de linchamentos na América Latina também chegou ao
Brasil. Em abril, durante a febre de execuções populares, o
sociólogo José de Souza Martins dizia ao EL PAÍS: “Três anos
atrás, eram três ou quatro por semana”.
 Depois das manifestações de junho (de 2013), passaram a
uma média de uma tentativa por dia. Hoje temos mais de uma
tentativa por dia. Um jovem de 24 anos foi espancado até a
morte por vizinhos dentro do hospital onde era examinado
para determinar se ele havia estuprado um menor.
Questão 23:
Violência: celulares e o registro do cotidiano

 Uma pessoa filmou dezenas de pessoas invadindo o centro


médico. No total, 24 pessoas estão sendo investigadas.

 O presídio do Maranhão, que enfrenta problemas de corrupção,


superlotação e insegurança, chamou a atenção da mídia
novamente quando o jornal Folha de S. Paulo publicou o vídeo,
extremamente violento, no qual três prisioneiros apareciam
decapitados.

Disponível em <http://brasil.elpais.com/brasil/2014/09/21/sociedad/1411333593_390676.html>.
Acesso em 24 set. 2014.
Questão 23: Pergunta

I. As imagens captadas por celulares, de acordo com o texto,


podem ser uma arma para os cidadãos se defenderem da
arbitrariedade do poder público.
II. De acordo com o texto, os celulares têm contribuído para a
redução da violência no Brasil.
III. As imagens gravadas serviram de prova em 1.890 mortes
ocorridas em operações policiais em 2012.

É correto o que se afirma em:


a) I.
b) I e II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.
Questão 23: Resposta

I – Afirmativa correta.
Justificativa. O texto cita vários casos em que o registro com o
celular serviu de prova para revelar crimes e arbitrariedades do
poder estatal.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa. O texto não cita redução da violência, muito
menos provocada pelo uso do celular. A matéria apenas indica
o celular como uma ferramenta de defesa dos cidadãos.
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa. Esse número refere-se às mortes ocorridas em
operações policiais em 2012.
Alternativa correta: A.
INTERVALO
Questão 24: Preconceito: xenofobia

O vírus letal da xenofobia


Eliane Brum
 Uma epidemia, como Albert Camus sabia tão bem, revela toda
a doença de uma sociedade. A doença que esteve sempre lá,
respirando nas sombras (ou nem tão nas sombras assim),
manifesta sua face horrenda. Foi assim no Brasil na semana
passada.
 Era uma suspeita de ebola, fato suficiente, pela letalidade do
vírus, para exigir o máximo de seriedade das autoridades de
saúde, como aconteceu. Descobrimos, porém, a deformação
causada por um vírus que nos consome há muito mais
tempo, o da xenofobia.
 E, como o outro, o “estrangeiro”, a “ameaça”, ...
Questão 24: Preconceito: xenofobia

... era africano da Guiné, exacerbada por uma herança


escravocrata jamais superada. O racismo no Brasil não é
passado, mas vida cotidiana conjugada no presente. A peste
não está fora, mas dentro de nós.
 Foi ela, a peste dentro de nós, que levou à violação dos
direitos mais básicos do homem sobre o qual pesava uma
suspeita de ebola.
 Contrariando a lei e a ética, seu nome foi exposto. Seu rosto
foi exposto. O documento em que pedia refúgio foi exposto.
Ele não foi tratado como um homem, mas como o rato que
traz a peste para essa Oran chamada Brasil. Deste crime, parte
da imprensa, se tiver vergonha, se envergonhará.
Questão 24: Preconceito: xenofobia

 Ainda existe a espera de um segundo teste para o vírus do


ebola. Não importa se der negativo ou positivo, devemos
desculpas.
 Não sei se há desamparo maior do que alcançar a fronteira de
um país distante, nessa solidão abissal. E pedir refúgio, essa
palavra-conceito tão nobre, ao mesmo tempo tão delicada. E
então se sentir mal, e cada um há de saber como a fragilidade
da carne nos escava. Corrói mesmo aqueles que têm o melhor
plano de saúde num país desigual.
 Ele, desabitado da língua, era desterrado também do corpo.
Para alcançar o que viveu o homem desconhecido, porque o
que se revelou dele não é ele, mas nós, é preciso vê-lo como
um homem, não como um rato que carrega um vírus.
Questão 24: Preconceito: xenofobia

 No Facebook, desde que a suspeita foi divulgada, comprovou-


se que uma das palavras mais associadas ao ebola era “preto”.
“Ebola é coisa de preto”, desmascarou-se um no Twitter.
 “Alguém me diz por que esses pretos da África têm que vir
para o Brasil com essa desgraça de bactéria (sic) de ebola”,
vomitou outro.
 “Graças ao ebola, agora eu taco fogo em qualquer preto que
passa aqui na frente”, defecou um terceiro. Acreditam falar,
nem percebem que guincham.
 “Descrever uma epidemia é uma forma magistral de revelar as
diversas formas de totalitarismo que maculam uma sociedade.
Neste quesito, os brasileiros não economizaram...
Questão 24: Preconceito: xenofobia

... A divulgação, por meios de comunicação que atingem


dezenas de milhões de pessoas, da foto de um homem negro,
vindo da África, como suspeito de ebola, foi a apoteose do
fantasma do estrangeiro como portador da doença”, afirmou a
esta coluna Deisy Ventura, professora de direito internacional
da Universidade de São Paulo, pesquisadora das relações entre
direito e saúde, autora do livro Direito e Saúde Global – O caso
da pandemia de gripe A (H1N1).
 “Veja que este fantasma é mobilizado em relação aos pobres,
sobretudo negros, nunca em relação aos estrangeiros ricos e
brancos. O escravagismo, terrível doença da sociedade
brasileira, associa-se ao desejo conjuntural de dizer: este
governo não deveria ter deixado...
Questão 24: Preconceito: xenofobia

...essas pessoas entrarem. É uma espécie de lamento: tanto se


esforçaram as elites para branquear este país, e agora querem
preteá-lo?”
 A África desponta, de novo e sempre, como o grande outro.
Todo um continente povoado por nuances e diversidades
reduzido à homogeneidade da ignorância – a um fora.
 Como disse um imigrante de Burkina Faso à repórter Fabiana
Cambricoli, do jornal O Estado de S. Paulo: “Os brasileiros não
sabem que Burkina Faso é longe dos países que têm ebola.
Acham que é tudo a mesma coisa porque somos negros”.
 Ele e dezenas de imigrantes de diversos países da África estão
sendo hostilizados e expulsos de lugares públicos na cidade
de Cascavel, no Paraná...
Questão 24: Preconceito: xenofobia

...onde o primeiro caso suspeito foi identificado. Tornaram-se


“os caras com ebola”, apontados na rua “como os negros que
trouxeram o vírus para o Brasil”.
 O ebola não parece ser um problema quando está na África,
contido entre fronteiras. Lá é destino. O ebola só é problema,
como escreveu o pesquisador francês Bruno Canard, porque o
vírus saiu do lugar em que o Ocidente gostaria que ele ficasse.
 “A militarização da resposta ao ebola, que com a anuência do
Conselho de Segurança das Nações Unidas, em setembro
último, passou da Organização Mundial da Saúde a uma
Missão da ONU, revela que a grande preocupação da
comunidade internacional não é a erradicação da doença, mas
a sua contenção geográfica”, reforça Deisy Ventura.
Questão 24: Preconceito: xenofobia

[...] Para o homem que alcançou o Brasil em busca de refúgio e


teve sua dignidade violada na exposição de seu nome, rosto e
documentos, ainda existe a espera de um segundo teste para o
vírus do ebola. Não importa se der negativo ou positivo,
devemos desculpas.
 Devemos reparação, ainda que saibamos que a reparação
total é uma impossibilidade, e que essa marca pública já o
assinala. Não é uma oportunidade para ele, é para nós.
 É preciso reconhecer o rato que respira em nós para termos
alguma chance de nos tornarmos mais parecidos com um
humano.
Disponível em <https://goo.gl/6Vkby8>. Acesso em 13 out. 2014.
Questão 24: Pergunta

I. Metaforicamente, a xenofobia é uma peste que se espalha na


sociedade, alimentada por postagens em redes sociais.
II. A xenofobia manifesta-se, no Brasil, contra o estrangeiro em
geral, pois somos um povo ainda culturalmente atrasado.
III. O ódio e o preconceito são geralmente dirigidos a grupos
socialmente excluídos ou desprivilegiados.
De acordo com o texto, é correto o que se afirma em:
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) III, apenas.
Questão 24: Resposta

I – Afirmativa correta.
Justificativa. A autora compara a xenofobia com uma peste,
provocada pelo vírus da xenofobia, e considera que o
preconceito e o ódio têm sido disseminados nas redes sociais.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa. O texto deixa claro que o preconceito se manifesta
contra os imigrantes pobres, que vêm de países
subdesenvolvidos.
III – Afirmativa correta.
Justificativa. O texto destaca que o ódio e o preconceito se
dirigem aos negros e aos pobres.

Alternativa correta: D.
INTERVALO
Questão 25: Educação: formas de ensinar

Podemos modificar a forma de ensinar


José Manoel Moran
 Ensinar e aprender exigem, hoje, muito mais flexibilidade
espaço-temporal, pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos
e processos mais abertos de pesquisa e de comunicação.
 Uma das dificuldades atuais é conciliar a extensão da
informação, a variedade das fontes de acesso, com o
aprofundamento da sua compreensão, em espaços menos
rígidos, menos engessados.
 Temos informações demais e dificuldade em escolher quais
são significativas para nós e conseguir integrá-las dentro da
nossa mente e da nossa vida.
Questão 25: Educação: formas de ensinar

 A aquisição da informação dependerá cada vez menos do


professor. As tecnologias podem trazer hoje dados, imagens,
resumos de forma rápida e atraente.
 O papel do professor – o papel principal – é ajudar o aluno a
interpretar esses dados, a relacioná-los, a contextualizá-los.
 Aprender depende também do aluno, de que ele esteja pronto,
maduro, para incorporar a real significação que essa
informação tem para ele, para incorporá-la vivencialmente,
emocionalmente.
 Enquanto a informação não fizer parte do contexto pessoal –
intelectual e emocional - não se tornará verdadeiramente
significativa, não será aprendida verdadeiramente.
Questão 25: Educação: formas de ensinar

 Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se


mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais
do ensino, que mantêm distantes professores e alunos.
 Caso contrário, conseguiremos dar um verniz de
modernidade, sem mexer no essencial.
 A Internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente,
mas que pode ajudar-nos a rever, a ampliar e a modificar
muitas das formas atuais de ensinar e de aprender.

Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/T6%20TextoMoran.pdf>.
Acesso em 18 dez 2014 (com adaptações).
Questão 25: Educação: formas de ensinar

<http://www.cartuns.
com.br/page1.html>.
Acesso em 18 dez.
2014.
Questão 25: Pergunta

Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a


alternativa correta.

I. Segundo o texto, no futuro, os professores não serão mais


necessários no processo de ensino-aprendizagem.
II. A charge enaltece o fato de que já dispomos, hoje em dia, de
profissionais autodidatas, que aprenderam suas profissões
consultando a internet, o que corrobora o texto.
III. A charge e o texto destacam a internet como forma de
aprendizagem e consideram ultrapassadas as formas
tradicionais de ensino.
Questão 25: Pergunta

Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a


alternativa correta.

IV. Segundo o texto, é importante que o conteúdo a ser


aprendido faça parte da realidade do aluno; se não o fizer,
não há a necessidade de se ensinar tal conteúdo.

a) Nenhuma afirmativa está correta.


b) As afirmativas II e III estão corretas.
c) As afirmativas I e IV estão corretas.
d) As afirmativas I e III estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 25: Resposta

I – Afirmativa incorreta.
Justificativa. O texto não afirma que professores não serão
necessários, mas que alunos terão mais acessos a dados e
informações e que o papel dos professores será auxiliá-los na
interpretação.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa. A charge é irônica e revela o frágil preparo do
candidato que tem como base de sua instrução o ―Google.
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa. A reportagem destaca a presença de tecnologias
em novas formas de ensino, mas nem ela nem a charge
consideram ultrapassados os modelos tradicionais.
Questão 25: Resposta

IV – Afirmativa incorreta.

Justificativa. O texto afirma que a informação tem de passar a


fazer parte do contexto do aluno para que a aprendizagem seja
mais efetiva.

Alternativa correta: A.
INTERVALO
Questão 26: Tecnologia: obtenção de água potável

 Criada por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa


da Amazônia (Inpa), a tecnologia nomeada “Ecolágua” utiliza
raios ultravioleta (UV) para purificar água de rios e torná-la
potável em poucos segundos.

 A ideia surgiu após apelo de indígenas, que revelaram mortes


por ingestão de água contaminada no interior do Amazonas.

[...] Segundo o desenvolvedor do equipamento, o pesquisador


alemão Roland Vetter, a iniciativa para elaboração da tecnologia
veio em forma de apelo. Índios da etnia Deni pediram ajuda para
frear a ocorrência de doenças causadas por água contaminada.
Questão 26: Tecnologia: obtenção de água potável

“Nós queríamos instalar para eles um secador solar para


madeira e frutas. Eles disseram ‘É muito bom, mas não é disso
que precisamos’. Eles estavam morrendo por ingerir água suja
do rio Xeruã”, contou.

 Conforme Vetter, 11 índios Deni morreram vítimas de doenças


diarreicas causadas por bactérias da espécie Escherichia coli
somente em 2005. O quadro clínico, semelhante ao da cólera,
assustou os indígenas.

[...] De acordo com o pesquisador, a desinfecção da água ocorre


porque os microrganismos, em contato com os raios ultravioleta
tipo C, perdem a capacidade de se multiplicar.
Questão 26: Tecnologia: obtenção de água potável

 Em termos técnicos, a luz provoca um dano fotoquímico


instantâneo no material genético dos microrganismos, o que
causa o efeito desinfetante. [...] Anteriormente nomeado
“Água Box”, o equipamento pesa cerca de 15 kg e pode
“limpar” facilmente água de rios, poços e da chuva.
 De acordo com Vetter, água de rios urbanos, como a Bacia do
Turamã, em Manaus, ou o Rio Tietê, em São Paulo, também
pode ser purificada pelo equipamento, que realiza uma
filtragem prévia para conter alguns resíduos sólidos, como
areia e outros sedimentos.
[...] A luz do sol é capturada por painéis solares, que mantêm
carregada uma bateria dentro do equipamento. Desta forma, a
tecnologia garante o funcionamento de uma lâmpada...
Questão 26: Tecnologia: obtenção de água potável

...ultravioleta, responsável pela destruição dos microrganismos.


[...] Com o processo de filtragem adequado – cujo equipamento
específico é anexado ao Ecolágua –, o pesquisador do Inpa,
Ray Cleise, que fez parte da concepção da tecnologia, garante
que águas turvas podem se tornar límpidas.
[...] A máquina garante a eficiência de desinfecção em 99,99%,
conforme testes feitos em laboratório. Uma mostra d'água
coletada do Rio Solimões constatou a contaminação por
bactérias Escherichia coli, que estão presentes no intestino
humano, além de índices de turbidez superiores ao admissível.
 Após o tratamento com a tecnologia, as bactérias foram
destruídas e a turvação passou de 27,90 UNT – Unidade
Nefelométrica de Turbidez – para 1,64 UNT.
Questão 26: Tecnologia: obtenção de água potável

 O produto começou a ser disponibilizado no mercado há


cerca de dois meses, pela empresa Qluz Ecoenergia.

 De acordo com o empresário responsável pela venda do


produto, Roberto Lavor, a expectativa é de que a máquina
beneficie não só brasileiros, mas também pessoas de todas
as regiões do mundo.

 “Nós temos um grande potencial de água doce, que não é


mais potável, pois está suja e cheia de impurezas. Vivemos
na maior bacia hidrográfica do planeta, mas que não garante
aos ribeirinhos o acesso à água potável.
Questão 26: Tecnologia: obtenção de água potável

O ‘Ecolágua’ é um instrumento viável que torna a água potável


de forma quase instantânea”, explicou Lavor.

Disponível em <http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2014/11/na-amazonia-tecnologia-usa-raios-
uv-e-sol-para-purificar-agua-de-rios.html>. Acesso em 12 nov. 2014 (com adaptações).
Questão 26: Pergunta

Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa


correta.

I. O raio ultravioleta do tipo C é usado para purificar a água de


rios por meio de danos no material genético dos
microrganismos.
II. O equipamento desenvolvido pelo Inpa é composto por um
conjunto de filtros para redução da turbidez da água.
III. O Ecolágua tem painéis solares, que alimentam uma bateria
responsável pelo funcionamento de uma lâmpada ultravioleta
cuja função é danificar o material genético dos microrganismos.
Questão 26: Pergunta

IV. O Ecolágua tem filtros que, alimentados por uma bateria,


são capazes de retirar todo material particulado da água em
tratamento.
V. Ray Cleise, que fez parte da concepção do desenvolvimento
do equipamento, garante que águas turvas podem se tornar
límpidas apenas pela ação solar.

a) As afirmativas I e V estão corretas.


b) As afirmativas II e IV estão corretas.
c) As afirmativas I e III estão corretas.
d) Apenas a afirmativa III está correta.
e) Nenhuma afirmativa está correta.
Questão 26: Resposta

 O texto afirma que os microrganismos, quando expostos aos


raios ultravioleta tipo C, perdem a capacidade de se
multiplicar. Esse tipo de luz provoca danos fotoquímicos
instantâneos no material genético das bactérias, o que gera
efeito desinfetante.
 O texto descreve o Ecolágua como um equipamento
composto de painéis solares, bateria e uma lâmpada
ultravioleta. A aplicação de equipamentos de filtragem
complementa a ação do Ecolágua.
Alternativa correta: C.
c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade I

ESTUDOS DISCIPLINARES
Formação Geral

Prof. Bruno César


Questão 27: Saúde pública: ebola

Para especialista da OMS, ebola pode ter matado milhares além


do oficial. Especialista diz que famílias podem ter enterrado
pessoas em segredo. Cálculo é baseado em taxa de mortalidade
de países mais afetados.
Agência France Presse (AFP)
 O número real de vítimas mortais da letal epidemia de ebola
provavelmente excederá em milhares as 4818 do último
balanço, difundido pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
advertiu nesta quinta-feira (6) um especialista desta
organização.
 “Há muitíssimas mortes não registradas nesta epidemia”,
afirmou à AFP Christopher Dye, responsável pela Estratégia
da OMS, considerando que as vítimas mortais...
Questão 27: Saúde pública: ebola

...fora do registro oficial podem chegar a 5 mil.


 Para chegar a este número, ele se baseou na taxa de
mortalidade da doença nos países mais afetados (Guiné,
Serra Leoa e Libéria), que é de 70%.
 Na quarta-feira, a OMS estimou haver um total de 13.042
casos diagnosticados, o que significa que muitas mortes não
foram comunicadas.
 Segundo Dye, a explicação mais provável para esta diferença
é que as pessoas teriam enterrado seus familiares em
segredo, talvez para evitar que as autoridades interferissem
em seus ritos funerários, que incluem lavar e tocar o morto.
Questão 27: Saúde pública: ebola

 O contato com pessoas portadoras do vírus é o responsável


por boa parte dos contágios, razão pela qual as autoridades
sanitárias dos países afetados no oeste da África estão
realizando um forte trabalho de conscientização para que os
corpos das pessoas infectadas sejam incinerados.

Disponível em <http://g1.globo.com/bemestar/ebola/noticia/2014/11/para-especialista-da-oms-ebola-
pode-ter-matado-milhares-alem-do-oficial.html>. Acesso em 07 nov. 2014.
Questão 27: Pergunta

I. Se a taxa de mortalidade é de 70% e o número total de casos é


de 13.042, estimam-se mais de 9.000 mortes.
II. Segundo o texto, os rituais funerários de vários grupos revelam
ignorância e atraso cultural e isso explica o fato de algumas
doenças primitivas só existirem no continente africano.
III. Segundo o texto, as pessoas enterram seus familiares em
segredo porque as normas para evitar o contágio impediriam
seus rituais.
Está correto o que se afirma em:
a) I e III.
b) I e II.
c) III, somente.
d) I, somente.
e) I, II e III.
Questão 27: Resposta

I. Afirmativa correta: Calculando-se 0,70x13.042, chega-se ao


número de 9.129 mortes.
II. Afirmativa incorreta: O texto não afirma que os povos são
ignorantes ou atrasados, apenas informa que deve haver
mortes não declaradas.
III. Afirmativa correta: Os ritos incluem lavar e tocar os mortos,
de acordo com o texto. Essas práticas seriam proibidas
pelos órgãos públicos porque poderiam propagar o vírus.

Alternativa correta: A
Questão 28: Alimentação: desperdício de alimentos

<https://goo.gl/idxQkh>. Acesso em 13 nov. 2014.


Questão 28: Alimentação: desperdício de alimentos

Brasil desperdiça 40 mil toneladas de alimentos todos os dias


Embrapa diz que 19 milhões de pessoas poderiam ser
alimentadas com alimento jogado fora. De acordo com o órgão,
o desperdício ocorre, principalmente, durante a preparação de
refeições – Mônica Clica/Flickr

 São Paulo – O desperdício de alimentos no Brasil chega a 40


mil toneladas por dia, segundo pesquisa da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
 Anualmente, a quantia acumulada é suficiente para alimentar
cerca de 19 milhões de pessoas diariamente. De acordo com
o estudo, a maior parte dos alimentos é desperdiçada
durante o preparo das refeições.
Questão 28: Alimentação: desperdício de alimentos

 O nutricionista Gilcélio Gonçalves de Almeida explica que


grande parte dos nutrientes dos alimentos está na casca e
que se perde muito com o hábito de descascar legumes e
frutas.

 “A casca da banana pode ser usada para fazer doce ou farofa


e ela continua com as propriedades alimentares que ela tem”,
argumenta. Além disso, o nutricionista aponta que a casca da
abóbora ajuda a controlar o açúcar no sangue.

Disponível em <http://www.redebrasilatual.com.br>. Acesso em 13 nov. 2014 (com adaptações).


Questão 28: Pergunta

 Com base na leitura e nos seus conhecimentos,


analise as afirmativas.
I. A culpa pelo desperdício de alimentos é, em grande parte,
atribuída ao cultivo de produtos orgânicos, como mostram os
dois textos, pois esse tipo de produção requer técnicas que
descartam partes das frutas, das verduras e dos legumes.
II. A crítica da charge baseia-se na oposição entre aqueles que
podem escolher o consumo de produtos mais caros e os que
não têm acesso à alimentação digna.
III. O foco da charge é a crítica à produção de orgânicos, que, por
serem em geral mais caros do que os não orgânicos, geram
mais desperdícios.
Questão 28: Pergunta

IV. De acordo com a notícia, estima-se que 19 milhões de


pessoas passem fome no Brasil.

Está correto o que se afirma em:

a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) II.
Questão 28: Resposta

I. Incorreta: Nenhum dos textos culpa os produtos orgânicos


pelo desperdício de alimentos.
II. Correta: O humor é construído pelo contraste irônico dos
personagens. De um lado, os que podem optar por
produtos refinados, por terem poder aquisitivo; de outro, o
menino pobre, que se alimenta com o que acha no lixo. Há a
polissemia da palavra “orgânico”, que contribui para o
efeito humorístico.
III. Incorreta: Crítica à desigualdade social existente no mundo.
IV. Incorreta: A notícia afirma que o desperdício poderia
alimentar 19 milhões de pessoas diariamente, e não que
esse é o número de brasileiros que passam fome.
Alternativa correta: E.
INTERVALO
Questão 29: Tecnologia: mundo virtual

Disponívelemhttps://www.facebook.com/tirasarmandinho/photos/a.488361671209144.113963.488356901
209621/876780089033965/?type=1&theater>. Acesso em 30 nov. 2014.
Questão 29: Tecnologia: mundo virtual

 O Mito da Caverna, ou Alegoria da Caverna, foi escrito pelo


filósofo Platão e está contido em “A República”, no livro VII.
Na alegoria, narra-se o diálogo de Sócrates com Glauco e
Adimato. É um dos textos mais lidos no mundo filosófico.
 A história narra a vida de alguns homens que nasceram e
cresceram dentro de uma caverna e ficavam voltados para o
fundo dela. Ali contemplavam uma réstia de luz que refletia
sombras no fundo da parede. Esse era o seu mundo.
 Certo dia, um dos habitantes resolveu voltar-se para o lado de
fora da caverna e logo ficou cego devido à claridade da luz. E,
aos poucos, vislumbrou outro mundo com natureza, cores,
“imagens” diferentes do que estava acostumado a “ver”.
Questão 29: Tecnologia: mundo virtual

 Voltou para a caverna para narrar o fato aos seus amigos,


mas eles não acreditaram nele e revoltados com a “mentira” o
mataram.
 Com essa alegoria, Platão divide o mundo em duas
realidades: a sensível, que se percebe pelos sentidos, e a
inteligível (o mundo das ideias). O primeiro é o mundo da
imperfeição e o segundo encontraria toda a verdade possível
para o homem.
 Assim, o ser humano deveria procurar o mundo da verdade
para que consiga atingir o bem maior para sua vida. Em
nossos dias, muitas são as cavernas em que nos envolvemos
e pensamos ser a realidade absoluta.
Disponível em <https://goo.gl/Lw3oaL>. Acesso em 30 nov. 2014 (com adaptações).
Questão 29: Pergunta

Com base na leitura, analise as afirmativas.


I. O personagem da charge afirma que vivemos na caverna de
Platão porque ele não tem acesso às modernas tecnologias.
II. A referência ao mito da caverna de Platão alude ao fato de
que a vida virtual, por meio dos modernos aparelhos, é
intensa hoje.
III. Os quadrinhos enaltecem os modernos aparelhos como
forma de ter acesso a informações, uma vez que o
personagem pôde aprender filosofia por meio da internet.
IV. A expressão caverna de Platão na tirinha tem sentido
positivo e enaltece a sociedade tecnológica contemporânea.
Questão 29: Pergunta

Está correto o que se afirma em:

a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) II.
e) I e III.
Questão 29: Resposta

I. Incorreta: A referência ao mito da caverna de Platão indica


que vivemos em um mundo de “reflexos”, que confundimos
com a realidade.
II. Correta: O personagem aplica o conceito filosófico à
atualidade, em que a virtualidade é intensa e a realidade é
conhecida, muitas vezes, pelas imagens virtuais.
III. Incorreta: Não há a intenção de enaltecer os modernos
aparelhos, mas, sim, evidenciar que as pessoas vivem
atualmente de forma virtual.
IV. Incorreta: A expressão “caverna de Platão” não tem a
intenção de enaltecer a sociedade tecnológica
contemporânea; ela indica que as pessoas vivem no
“mundo das sombras.
Alternativa correta: D.
Questão 30: Educação: sistemas de ensino

Educação 2.0: ensino personalizado para cada aluno


Projeto busca implementar um “aprendizado adaptativo” por
meio da Internet, Big Data e Web Analytics, que individualizará
o ensino a cada estudante – Marcelo Brandão
 O ensino como forma unificada de transmissão de
conhecimento, independentemente das características de cada
aluno, parece estar com os dias contatos. Nada mais de
ensinar de um único jeito para alunos distintos. [...]
 A proposta é implementar um “aprendizado adaptativo” por
meio de toda a tecnologia online disponível para individualizar
o ensino a cada estudante. Uma proposta ambiciosa, que
pretende abarcar toda Espanha e América Latina até
o final de 2015.
Questão 30: Educação: sistemas de ensino

[...] Para alcançar esse objetivo, o projeto utilizará todo o potencial


da Internet e do Big Data – que acumulará todo o histórico do
aluno permitindo conhecer seus talentos e suas fraquezas e
definir um plano de ensino que melhor se adapte a ele.
 E com o auxílio de ferramentas de análises em rede,
proporcionará um conhecimento para o melhor caminho
profissional e educativo desse aluno. Ou seja, a personalização
passa ser a chave de todo o projeto educacional. [...]
 No entanto, esse modelo segue tendo como pilar principal o
professor. “Por exemplo, o programa dirá a ele que: nessa
semana foram explicados 32 conceitos. O aluno assimilou 27.
Esses são os cinco que merecem reforço...
Questão 30: Educação: sistemas de ensino

...Ou, esse aluno é muito esperto e está aprendendo sem


problemas, porém está se esforçando ao limite, explica Manuela
Clara, sobre o quão acessível e didática é a ferramenta para os
professores.
 A nova proposta de ensino já começa a apresentar boa
aceitação entre os docentes. Segundo uma pesquisa realizada
pela Santillana entre professores que fizeram alguns testes
com a plataforma, 82% dos consultados acreditam que a
porcentagem de alunos aprovados na matéria aumentaria
em 10%.
[...] A tecnologia como ferramenta educativa já não é mais
questionável. Videojogos e outros passatempos têm auxiliado,
há um bom tempo, o desenvolvimento...
Questão 30: Educação: sistemas de ensino

...de nossas habilidades e seduzido nossa fome por


conhecimento. A novidade aqui, no entanto, abre espaço para
um avanço e uma discussão mais ampla envolvendo percepção
e a análise psíquica de cada indivíduo [...].

Disponível em <http://consumidormoderno.uol.com.br/index.php/inovacao/novas-
tecnologias/item/28222-educacao-2-0-um-ensino-para-cada-aluno>. Acesso em 12 nov. 2014 (com
adaptações).
Questão 30: Pergunta

I. A proposta apresentada no texto refere-se ao ensino


personalizado a cada estudante, de acordo com suas
facilidades e dificuldades de aprendizagem, por meio da
tecnologia online disponível.
II. Essa proposta de ensino minimiza o papel do professor na
educação, conferindo à tecnologia a capacidade de ensinar.
III. De acordo com o texto, a plataforma já é aceita e utilizada
por 82% dos professores.
Está correto o que se afirma em:
a) I, II e III.
b) II e III.
c) II, apenas.
d) I e III.
e) I, apenas.
Questão 30: Resposta

I. Afirmativa correta: De acordo com o texto, a proposta é


implementar um aprendizado adaptativo, por meio da
tecnologia online disponível, para individualizar o ensino a
cada estudante.
II. Afirmativa incorreta: O papel do professor não é
minimizado, de acordo com o texto. A ferramenta auxilia a
identificar as dificuldades de cada aluno para que, assim, o
ensino seja mais personalizado.
III. Afirmativa incorreta: A porcentagem refere-se aos
professores consultados que acreditam que a plataforma
aumentaria o número de aprovados em 10%.
Alternativa correta: E.
INTERVALO
Questão 31:
Questão de gêneros: educação para a igualdade

Garotinha de seis anos dá lição de igualdade de gênero para


editora de livros infantis
 Aos seis anos de idade, a garotinha Parker Danis costumava
ser fã da série “Biggest, Baddest Book of Bugs”. Mas quando
percebeu que na mensagem da contracapa estava escrito que
aquele era um livro "para garotos”, ela decidiu enviar uma
carta com reclamações muito adultas para a editora ABDO.
“Queridos publicadores, eu sou uma garota de seis anos de
idade e acabei de ler ‘Biggest, Baddest Book of Bugs’. Eu
realmente gostei da seção dos insetos que brilham no escuro e
das questões no fim. Mas quando vi que a contracapa dizia que
aquele era um livro para garotos eu fiquei muito triste...
Questão 31:
Questão de gêneros: educação para a igualdade

... Fiquei chateada por existir algo como um ‘livro para garotos’.
Vocês deveriam colocar ‘para meninos e meninas’ em vez de
‘para meninos’, pois algumas garotas também querem ser
entomologistas”.
 Enviada no dia 20 de abril, a editora respondeu para a garota
20 dias depois com a seguinte mensagem: “Você tocou em
um ponto muito importante: deveríamos ter feito ‘Biggest,
Baddest Book of Bugs’ para todos. Afinal, garotas podem
gostar de ‘coisas de garotos’ também.
 Nós decidimos levar em conta o seu conselho e na próxima
edição o livro se chamará simplesmente ‘Biggest, Baddest
Book of Bugs’”.
Questão 31:
Questão de gêneros: educação para a igualdade

 Um tempo depois (com Parker completando seus maduros


sete anos), a editora enviou a nova edição – já alterada – para
a garota.

 Em resposta à mudança, Parker disse publicamente: “Se


quiserem, meninos podem ter cabelos grandes e garotas,
cabelos curtos”.

Disponível em <http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2014/12/garotinha-de-seis-anos-da-
licao-de-igualdade-de-genero-para-editora-de-livros-infantis.html>. Acesso em 08 dez. 2014.
Questão 31:
Questão de gêneros: educação para a igualdade

<http://gabrielacaldeiraaranhaposusp.blogspot.com.br/2012_11_01_archive.html>. Acesso em 15 fev. 2015.


Questão 31: Pergunta

I. A garota da notícia e a da tirinha assumem posturas distintas,


uma vez que a amiga de Calvin defende que há “coisas de
menino e coisas de menina” e, por isso, não quer subir na
árvore.
II. A crítica da menina na carta à editora fundamenta-se no
argumento de que a ciência é algo que interessa aos dois
gêneros, diferentemente de outros assuntos mais específicos.
III. Os dois textos posicionam-se contrariamente à discriminação
por gênero, que pode se manifestar desde a infância.
Questão 31: Pergunta

Está correto o que se afirma em:

a) I e III.
b) II e III.
c) III.
d) I e II.
e) I.
Questão 31: Resposta

I. Afirmativa incorreta: A menina dos quadrinhos não afirma


que há atividades específicas para cada gênero; ela apenas
nega que tenha interesse na brincadeira “de menino” do
Calvin.
II. Afirmativa incorreta: A menina critica a editora por ter
classificado o livro como “para meninos”; para ela, não
deve haver essa distinção de assuntos de acordo com o
gênero.
III. Afirmativa correta: Os dois textos mostram que as crianças
estão sujeitas a situações de discriminação por gênero e
criticam isso.

Alternativa correta: C.
Questão 32: Impostos: carga tributária no Brasil

Disponível em
<http://1.bp.blogsp
ot.com>. Acesso
em 15 dez. 2014.
Questão 32: Impostos: carga tributária no Brasil

 Brasil é o pior em retorno de impostos à ação, aponta estudo.


 Pela quinta vez consecutiva, o Brasil é o país que
proporciona o pior retorno de valores arrecadados com
tributos em qualidade de vida para a sua população. A
conclusão consta de estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de
Planejamento e Tributação) que compara 30 países com
maior carga tributária em relação ao PIB (Produto Interno
Bruto) e verifica se o que é arrecadado por essas nações
volta aos contribuintes em serviços de qualidade.
 Estados Unidos, Austrália e Coréia do Sul ocupam
respectivamente as primeiras posições do ranking. O Brasil
está em 30º lugar, atrás da Argentina (24º) e do Uruguai (13º).
Disponível em <https://goo.gl/XvBM6V>. Acesso em 15 dez. 2014.
Questão 32: Pergunta

I. A crítica tanto da charge quanto do texto é direcionada ao


fato de que os cargos públicos e os privilégios no Brasil
ainda são hereditários, resquício de nosso passado colonial.
II. A charge e o texto entram em contradição, uma vez que a
charge mostra um cenário otimista de continuidade e a
notícia critica o sistema tributário brasileiro.
III. De acordo com os dados da notícia, no Uruguai, o volume de
imposto arrecadado é maior do que no Brasil.
Questão 32: Pergunta

Assinale a alternativa correta.

a) Apenas a afirmativa I está correta.


b) As afirmativas I e II estão corretas.
c) As afirmativas II e III estão corretas.
d) Nenhuma afirmativa está correta.
e) Apenas a afirmativa III está correta.
Questão 32: Resposta

I e II – Incorretas: Os dois textos não são contraditórios e


criticam a política tributária brasileira. O primeiro mostra o leão,
símbolo do Imposto de Renda, controlando os cidadãos. O
segundo apresenta dados que revelam que o cidadão brasileiro
não tem bom retorno dos impostos pagos.
III – Incorreta: O ranking refere-se ao volume de impostos
arrecadados que retorna aos contribuintes em serviços
públicos. De acordo com os dados, o retorno no Uruguai é
melhor do que no Brasil, mas não há dados para calcular o
valor do imposto arrecadado em nenhum dos dois países. Pelas
dimensões deles, contudo, pode-se deduzir que o volume
brasileiro seja bem superior ao uruguaio.
Alternativa correta: D.
INTERVALO
Questão 33: Educação: relação entre pais e filhos

Para educar um filho


Rubem Alves
 Era uma sessão de terapia. “Não tenho tempo para educar a
minha filha”, ela disse. Um psicanalista ortodoxo tomaria
essa deixa como um caminho para a exploração do
inconsciente do cliente. Ali estava um fio solto no tecido da
ansiedade materna. Era só puxar o fio... Culpa.
 Ansiedade e culpa nos levariam para o sinistro subterrâneo
da alma. Mas eu nunca fui ortodoxo. Sempre caminhei ao
contrário na religião, na psicanálise, na universidade, na
política, o que tem me valido não poucas complicações.
O fato é que eu tenho um lado bruto, igual àquele do
Analista de Bagé.
Questão 33: Educação: relação entre pais e filhos

 Não puxei o fio solto dela. Ofereci-lhe meu próprio fio. “Eu
nunca eduquei os meus filhos...”, eu disse. Ela fez uma pausa
perplexa. Deve ter pensado: “Mas que psicanalista é esse que
não educa seus filhos?”. “Nunca educou seus filhos?”,
perguntou. Respondi: “Não, nunca. Eu só vivi com eles”.
 Essa memória antiga saiu da sua sombra quando uma
jornalista, que preparava um artigo dirigido aos pais, me
perguntou: “Que conselho o senhor daria aos pais?”.
 Respondi: “Nenhum. Não dou conselhos. Apenas diria: a
infância é muito curta. Muito mais cedo do que se imagina, os
filhos crescerão e baterão as asas. Já não nos darão ouvidos.
Já não serão nossos.
Questão 33: Educação: relação entre pais e filhos

 No curto espaço da infância há apenas uma coisa a ser feita:


viver com eles, viver gostoso com eles. Sem currículo.
A vida é o currículo.
 Vivendo juntos, pais e filhos aprendem. A coisa mais
importante a ser aprendida nada tem a ver com informações.
 Conheço pessoas bem informadas que são idiotas perfeitos.
O que se ensina é o espaço manso e curioso que é criado
pela relação lúdica entre pais e filhos.”
 Ensina-se um mundo! Vi, numa manhã de sábado, num
parquinho, uma cena triste: um pai levava o filho pra brincar.
Com a mão esquerda empurrava o balanço. Com a mão direita
segurava o jornal que estava lendo...
Questão 33: Educação: relação entre pais e filhos

Em poucos anos, sua


mão esquerda estará
vazia. Em compensação,
ele terá duas mãos para
segurar o jornal.

Disponível em
<http://www.pingodegente.com.br/2010/01/u
m-pouco-de-rubem-alves/>. Acesso em 15
dez. 2014
Questão 33: Pergunta

I. O humor da charge concentra-se na contradição entre a


afetividade exibida em redes sociais e o convívio real entre
pai e filho.
II. O autor sugere que os filhos não devem ser educados, pois o
tempo é curto e, em poucos anos, eles crescem e não
escutam mais os pais.
III. O comportamento do pai da charge assemelha-se ao do pai
com o filho no parquinho, relatado por Rubem Alves.
IV.De acordo com Rubem Alves, a falta de informações faz com
que os pais não saibam educar seus filhos.
Questão 33: Pergunta

Está correto o que se afirma em:

a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) III e IV.
e) I, II e III.
Questão 33: Resposta

I. Afirmativa correta: Há contradição na atitude do pai que


ocupa o tempo que poderia efetivamente dedicar ao filho
para postar fotos e declarações de amor a ele nas redes
sociais.
II. Afirmativa incorreta: O autor não sugere que os filhos não
devem ser educados; ele afirma que a educação acontece
naturalmente, com a convivência efetiva entre pais e filhos.
III. Afirmativa correta: Assim como o personagem da charge, o
pai que lê o jornal no parquinho não usa seu tempo livre
para efetivamente ficar com o filho.
IV. Afirmativa incorreta: De acordo com o autor, existem
pessoas bem informadas que não sabem educar os filhos,
pois não convivem com eles.
Alternativa correta: C.
Revisando...

 Leitura denotativa e conotativa;


 Conteúdo multimodal, em diferentes suportes;
 Causa e consequência;
 Gráficos.
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade I

ESTUDOS DISCIPLINARES
Formação Geral

Prof. Bruno César


Questão 34: Arte: Leonardo da Vinci

Autorretrato “mágico” de Da Vinci foi escondido de Hitler.

Um dos autorretratos mais famosos do mundo está em


Turim, na Itália, e raramente é exibido ao público.
Questão 34: Arte: Leonardo da Vinci

 É o autorretrato de Leonardo da Vinci, feito há 500 anos. Sua


fama vem não apenas do fato de ter sido produzido por Da
Vinci, mas também por seus supostos poderes mágicos.

 Segundo a lenda, o olhar de Da Vinci em seu autorretrato


é tão intenso que aquele que o observa recebe uma força
extraordinária.

 Diz-se, inclusive, que foi devido a esse poder místico, e não ao


valor cultural ou monetário do desenho, que ele foi levado de
Turim para Roma durante a Segunda Guerra Mundial. Isso
porque ninguém queria que o quadro caísse nas mãos
de Adolph Hitler.
Questão 34: Arte: Leonardo da Vinci

 Ninguém queria correr o risco de dar a Hitler ainda mais


poderes. Essa foi, na época, a única obra retirada de toda a
vasta coleção de desenhos e manuscritos da Biblioteca Real
de Turim.
 O atual diretor da biblioteca, Giovanni Saccani, disse que
ninguém sabe ao certo onde o quadro estava escondido. “Para
evitar que os nazistas o levassem, colocou-se em prática uma
grande operação para transportá-lo em total sigilo para Roma”.
 Apesar da importância da obra, não há um consenso entre
especialistas se ela é mesmo um autorretrato de Da Vinci. “Ele
não era fã da ideia de autorretratos”, afirma James Hall, autor
do livro “O autorretrato: uma história cultural”, que duvida que
o retrato tenha sido feito por Da Vinci.
Questão 34: Arte: Leonardo da Vinci

 Já Saccani, diretor da Biblioteca Real, não tem dúvidas:


“O poder expressivo de seu rosto está absolutamente aliado a
uma emoção e uma habilidade que apenas Leonardo podia ter’.

 Atualmente, o autorretrato é considerado tão valioso que há


um decreto dizendo que só se pode mudá-lo de lugar com uma
permissão ministerial. No entanto, nas próximas semanas, 50
pessoas por hora terão permissão para visitar o local.

 Apesar de haver mais de 80 importantes obras do porte de


Rembrandt e Van Dyck, a maioria dos visitantes estará lá para
ver o famoso autorretrato “mágico” de Da Vinci.
Questão 34: Arte: Leonardo da Vinci

 E muitas delas certamente terão em mente outra lenda sobre


o quadro: diz-se que antes de fazer uma prova, muitos
estudantes revisam a matéria em um lugar na biblioteca que
fica diretamente em cima do “porão” onde está o autorretrato.
Segundo essa crença popular, quem estuda perto da
genialidade de Leonardo da Vinci é contagiado por ela.

Disponível em <http://entretenimento.ne10.uol.com.br/artes-visuais/noticia/2014/11/04/autorretrato-
magico-de-da-vinci-foi-escondido-de-hitler-517688.php>. Acesso em 05 nov. 2014 (com adaptações).
Questão 34: Pergunta

I. De acordo com o texto, o quadro foi levado de Turim para


Roma porque seu alto valor interessava aos nazistas.
II. Considerando a crença popular, quem estuda olhando para as
obras de Leonardo da Vinci é contagiado por sua sabedoria.
III. A comprovação do poder místico do autorretrato de Da Vinci
está no fato de os alunos que estudam perto da obra terem
bons resultados nas provas.
a) Apenas a afirmativa I está correta.
b) Apenas a afirmativa II está correta.
c) Apenas a afirmativa III está correta.
d) As afirmativas II e III estão corretas.
e) Nenhuma afirmativa está correta.
Questão 34: Resposta

I. Afirmativa incorreta: De acordo com o texto, o quadro foi


levado para Roma na época da Segunda Guerra devido ao
seu suposto poder místico.
II. Afirmativa incorreta: O texto não afirma que o aluno deve
estudar olhando para as obras de Leonardo da Vinci. De
acordo com a matéria, quem estuda perto da genialidade de
Leonardo da Vinci é contagiado por ela.
III. Afirmativa incorreta: Não há nenhuma referência, no texto,
ao desempenho dos alunos que estudam perto da obra.

Alternativa correta: E.
Questão 35: Sociedade contemporânea: racionalidade
técnica e problemas sociais

[...] em comparação a eras passadas, chegamos a um máximo


de racionalidade técnica e de domínio sobre a natureza. Isso
permite imaginar a possibilidade de resolver grande número
de problemas materiais do homem, quem sabe inclusive o da
alimentação. No entanto, a irracionalidade do comportamento é
também máxima, servida frequentemente pelos mesmos meios
que deveriam realizar os desígnios da racionalidade. Assim,
com a energia atômica podemos ao mesmo tempo gerar força
criadora e destruir a vida pela guerra; com o incrível progresso
industrial aumentamos o conforto até alcançar níveis nunca
sonhados, mas excluímos dele as grandes massas que
condenamos à miséria [...]

CANDIDO, Antonio. Direito à Literatura in: Vários Escritos.


Questão 35: Pergunta

I. O autor considera irracionais as tecnologias modernas.


II. O autor destaca as contradições materiais do nosso tempo,
afirmando que a racionalidade técnica não implica o fim das
desigualdades sociais.
III. O autor afirma que a racionalidade técnica, com o domínio
sobre a natureza, é suficiente para resolver os problemas da
humanidade.
IV. O autor enaltece a evolução tecnológica, uma vez que ela
melhora as condições de vida da população, possibilitando
confortos nunca antes imaginados.
Questão 35: Pergunta

Está correto o que se afirma em:

a) I e II.
b) II.
c) III e IV.
d) II e IV.
e) II e III.
Questão 35: Resposta

I. Incorreta: O autor considera que, ao mesmo tempo em que


temos o máximo de racionalidade técnica, vivemos o
máximo de irracionalidade do comportamento humano.
II. Correta: O progresso industrial aumenta o conforto de uns,
mas exclui grandes massas, condenadas à miséria.
III. Incorreta: O autor afirma que a racionalidade técnica
permite imaginar a resolução de grandes problemas
materiais, mas não que ela seja suficiente para isso.
IV. Incorreta: O autor não enaltece o progresso industrial, pois
ele não vem acompanhado da racionalidade do
comportamento humano. Além disso, destaca que não são
todos que usufruem dos confortos promovidos pela
evolução tecnológica.
Alternativa correta: B.
INTERVALO
Questão 36: Saúde pública: medicina preventiva e
desigualdade social

Vitória sobre infecções


 O mundo está às vésperas de uma conquista inédita.
Em breve, as doenças infecciosas, que vêm há milênios
dizimando bebês e crianças, podem deixar de ser a principal
causa de mortalidade infantil.
 Um estudo recente que modelou dados de 194 países mostra
que, dos 6,3 milhões de crianças com até cinco anos de idade
que morreram em 2013, 52% faleceram devido a moléstias
infecciosas. Três anos antes, eram 64%. A virada está
próxima, se é que já não ocorreu.
 Isoladamente, a principal causa de óbito é a prematuridade
(15,4%), seguida de perto pela pneumonia (14,9%).
Questão 36: Saúde pública: medicina preventiva e
desigualdade social

 Grandes vilões do passado, notadamente as diarreias, mas


também sarampo e tétano, já não ocupam as primeiras
posições.
 Segundo os autores da pesquisa, publicada no periódico
médico britânico “The Lancet”, a diminuição das mortes em
2013 em relação a 2000 pode ser atribuída a ganhos no
controle da pneumonia, diarreia e sarampo. São avanços
formidáveis da humanidade.
 A partir desse ponto, contudo, melhorias tendem a ficar mais
difíceis. Aos poucos, os países esgotam o arsenal de ações
fáceis, capazes de atingir grandes fatias da população –
oferecer água tratada e esgoto, fazer campanhas de vacinação
e pelo aleitamento materno.
Questão 36: Saúde pública: medicina preventiva e
desigualdade social

 À medida que se registram reduções nas mortes por


infecções, os óbitos neonatais (até o 28º dia de vida) tendem
a ganhar preponderância - e as iniciativas para enfrentá-los
se tornam cada vez mais individualizadas e caras.
 Se o quadro global, de todo modo, é bastante positivo, há
uma nota negativa para a qual é preciso chamar a atenção:
permanecem abissais as diferenças entre as diversas regiões
do planeta.
 Enquanto Estados desenvolvidos já baixaram há vários anos
a mortalidade infantil para faixas inferiores a 10 óbitos por mil
nascimentos com vida e nações emergentes estão chegando
lá, países da África subsaariana continuam mal.
Questão 36: Saúde pública: medicina preventiva e
desigualdade social

 Respondendo por 25% dos nascimentos no mundo e quase


50% dos óbitos de crianças até cinco anos, esse grupo eleva a
taxa média do planeta para 46 óbitos por mil nascimentos com
vida.

 Um índice bem melhor que os 200 por mil estimados para a


Idade Média, mas muito pior do que aquele que seria possível
atingir com o nível de conhecimento médico e avanço
tecnológico do mundo.

Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/12/1555682-editorial-vitoria-sobre-
infeccoes.shtml>. Acesso em 3 mar. 2015.
Questão 36: Pergunta

Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a


alternativa correta.
I. Em 2013, a pneumonia foi a principal causa de morte de
crianças de até cinco anos, superando, pela primeira vez,
o número de óbitos por doenças infecciosas.
II. A promoção de água tratada e esgoto, as campanhas de
vacinação e o estímulo ao aleitamento materno são medidas
suficientes para erradicar a mortalidade infantil.
III. Os dados mostram que o índice de mortalidade de crianças
até cinco anos na África subsaariana é cerca de quatro vezes
menor do que o estimado para a Idade Média e mais de quatro
vezes maior do que o observado em Estados desenvolvidos.
Questão 36: Pergunta

IV. A queda na taxa de mortalidade de crianças de até cinco


anos provocada por doenças infecciosas não é homogênea
no planeta, sendo menor nas regiões menos desenvolvidas.

a) Nenhuma das afirmativas está correta.


b) As afirmativas I e III estão corretas.
c) Apenas a afirmativa IV está correta.
d) As afirmativas I, II e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 36: Resposta

I. Afirmativa incorreta: O texto afirma que a principal causa de


óbito é a prematuridade.
II. Afirmativa incorreta: Essas medidas, embora importantes,
não são suficientes para a erradicação das doenças.
III. Afirmativa incorreta: O texto fornece apenas a taxa média
mundial de mortalidade (46 óbitos por mil).
IV. Afirmativa correta: O texto informa que a taxa de mortalidade
infantil é maior na África subsaariana e que “permanecem
abissais as diferenças entre as diversas regiões do planeta”.

Alternativa correta: C.
INTERVALO
Questão 37: Tecnologia: redes sociais e trabalho

 (Enade 2014 – com adaptações). Leia o texto a seguir.


 Importante website de relacionamento caminha para 700
milhões de usuários. Outro conhecido servidor de
microblogging acumula 140 milhões de mensagens ao dia.
 É como se 75% da população brasileira postassem um
comentário a cada 24 horas. Com as redes sociais cada vez
mais presentes no dia a dia das pessoas, é inevitável que muita
gente encontre nelas uma maneira fácil, rápida e abrangente de
se manifestar.
 Uma rede social de recrutamento revelou que 92% das
empresas americanas já usaram ou planejam usar as redes
sociais no processo de contratação.
Questão 37: Tecnologia: redes sociais e trabalho

 Dessas, 60% assumem que bisbilhotam a vida dos candidatos


em websites de rede social. Realizada por uma agência de
recrutamento, uma pesquisa com 2500 executivos brasileiros
mostrou que 44% desclassificariam, no processo de seleção,
um candidato por seu comportamento em uma rede social.
 Muitas pessoas já enfrentaram problemas por causa de
informações on-line, tanto no campo pessoal quanto no
profissional. Algumas empresas e instituições, inclusive,
já adotaram cartilhas de conduta em redes sociais.

POLONI, G. O lado perigoso das redes sociais. Revista INFO, p. 70-75, julho 2011 (com adaptações).
Questão 37: Pergunta

Assinale a alternativa correta.


a) Mais da metade das empresas americanas evita acessar websites
de redes sociais de candidatos a emprego.
b) Empresas e instituições estão atentas ao comportamento de seus
funcionários em websites de redes sociais.
c) A complexidade dos procedimentos de rastreio e monitoramento
de uma rede social impede que as empresas tenham acesso ao
perfil de seus funcionários.
d) As cartilhas de conduta adotadas nas empresas proíbem o uso
de redes sociais pelos funcionários, em vez de recomendar
mudanças de comportamento.
e) A maioria dos executivos brasileiros utilizaria informações
obtidas em websites de redes sociais para desclassificar
um candidato em processo de seleção.
Questão 37: Resposta

A – Alternativa incorreta: O texto afirma que 92% das empresas


americanas já usaram ou planejam usar as redes sociais em
processos de contratação, sendo que 60% delas admitem
abertamente que o fazem, portanto mais de metade das
empresas americanas efetivamente acessam as redes sociais.
B – Alternativa correta: O texto afirma que 92% das empresas
americanas já usaram ou planejam usar as redes sociais em
processos de contratação, sendo que 60% delas admitem
abertamente que o fazem.
Além disso, declara-se que 44% dos executivos brasileiros
pesquisados desclassificariam, no processo de seleção, um
candidato por seu comportamento em uma rede social.
Questão 37: Resposta

O texto ainda menciona que algumas empresas já adotaram


cartilhas para orientar seus funcionários sobre como devem se
comportar nas redes sociais. Portanto, as organizações estão
atentas aos perfis e às postagens realizadas pelos seus
trabalhadores atuais e potenciais.
C – Alternativa incorreta: Não há qualquer referência, no texto,
aos procedimentos necessários para se rastrear um perfil nas
redes sociais e na internet como um todo, mas sabe-se que não
se trata de algo complexo.
D – Alternativa incorreta: Algumas empresas já adotaram
cartilhas para orientar seus funcionários sobre como devem se
comportar nas redes, o que indica que as organizações estão
atentas aos perfis e às postagens realizadas pelos
trabalhadores.
Questão 37: Resposta

O texto não afirma que as cartilhas proíbam a participação em


redes sociais nem que seriam necessárias se a intenção fosse
simplesmente proibir.
E – Alternativa incorreta: O texto afirma menos da metade dos
executivos brasileiros pesquisados (44%) desclassificariam, no
processo de seleção, um candidato por seu comportamento em
uma rede social.
Questão 38: Sociedade contemporânea: internet, redes
sociais e conhecimento

Disponível em
<http://blogs.odiario.com/wilteixe
ira/wp-
content/uploads/sites/36/2010/08/
cartum02blog.jpg>. Acesso em 3
ago. 2015.
Questão 38: Pergunta

I. O objetivo da charge é enaltecer o modo como a internet


contribui para a construção do conhecimento dos jovens.
II. Na charge, sugere-se que o contato com as redes sociais
pode, muitas vezes, fazer com que as pessoas percam o
contato com o mundo real.
III. O personagem da charge reconhece, no mundo real, aquilo
que aprendeu na realidade virtual, o que indica o papel
educativo da internet atualmente.
Está correto o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
Questão 38: Resposta

I. Afirmativa incorreta: a charge não enaltece a internet como


meio de conhecimento, uma vez que ilustra o não
reconhecimento de um pássaro por um jovem da era digital.
II. Afirmativa correta: a situação da charge retrata a alienação do
jovem que só vive no mundo digital e que tenta associar, de
forma equivocada, os elementos do mundo real ao que ele
conhece na rede.
III. Afirmativa incorreta: reconhecimento do elemento real pelo
personagem da charge é equivocado. A charge brinca com o
nome da rede social e o termo em inglês que se refere ao pio
dos pássaros.

Alternativa correta: B.
INTERVALO
Questão 39:
Economia: globalização e relações de trabalho

O fim do trabalho? – Thomaz Wood Jr.


 O trabalho é ideia milenar nem sempre muito apreciada. A
Grécia antiga não o tinha em grande conta e o considerava um
inimigo da virtude, a cercear os homens de suas mais nobres
aptidões, as quais deveriam ser desenvolvidas na filosofia e na
política.
 As sociedades industrializadas modernas, contrariamente aos
gregos, celebram o trabalho como valor central, algo capaz de
gerar riqueza e bem-estar, beneficiando o indivíduo e a
sociedade.
 Algumas tendências em curso sinalizam, entretanto, o declínio
dos empregos estáveis, de tempo integral.
Questão 39:
Economia: globalização e relações de trabalho

 A crise econômica do fim dos anos 2000 e a presente recessão


brasileira nos levam a relembrar o drama do desemprego.
Quando cortam quadros ou encerram atividades, as empresas
projetam uma sombra sobre as comunidades.
 A arrecadação diminui, o consumo cai, os serviços básicos são
afetados, a coesão cultural é enfraquecida e multiplicam-se
patologias sociais e dramas pessoais.
 Os últimos séculos foram marcados por reinvenções
sucessivas do trabalho, da agricultura para a indústria e desta
para os serviços.
 As transições foram traumáticas, mas cada estado final
representou uma evolução em relação ao seu ponto de
partida, com mais empregos e mais riqueza.
Questão 39:
Economia: globalização e relações de trabalho

 As tendências atuais apontam, entretanto, para a criação de


uma massa paralela de destituídos, sem emprego ou
competências para subsistir em um mundo intensivo em
tecnologia.
 Podemos identificar três grandes tendências. A primeira delas
é a superação do trabalho pelo capital. Desde os anos 1980, as
empresas investiram em reestruturações e em automação
industrial, na busca de formas eficientes para organizar o
trabalho e automatizar seus processos.
 O resultado foi o enxugamento dos quadros e uma perda
progressiva do poder de barganha do trabalho diante do
capital.
Questão 39:
Economia: globalização e relações de trabalho

 A segunda tendência é o desaparecimento progressivo do


trabalhador.
 Estatísticas norte-americanas indicam um aumento
inexorável do porcentual de homens que não estão
trabalhando ou procurando por trabalho.
 A terceira tendência relaciona-se ao avanço das tecnologias
de informação e comunicação.
 Os impactos de mudanças tecnológicas podem demorar anos
para se manifestar, mas, quando ocorrem, são contundentes.
 Vendedores, caixas, atendentes e funcionários de escritórios
são os primeiros na linha de fogo.
Questão 39:
Economia: globalização e relações de trabalho

 O trabalho preenche três funções sociais: é uma forma pela


qual a economia produz bens, um meio de as pessoas
garantirem seu sustento e uma atividade que provê sentido e
propósito à vida das pessoas.
 O que ocorrerá se as tendências acima mencionadas se
aprofundarem?
 A primeira função social parece cada vez menos dependente
de trabalhadores. A economia poderá continuar produzindo
bens, com menor número de empregos.
 Mas sem salários, quem irá consumi-los? A terceira função
social poderá ser substituída, uma vez que há outras
atividades passíveis de prover sentido e propósito para os
indivíduos.
Questão 39:
Economia: globalização e relações de trabalho

 Mas o que ocorrerá com a segunda função social? Como


continuar a garantir o sustento sem uma oferta condizente de
empregos?
 Muitas pessoas detestam sua profissão, seu emprego ou
ambos. Porém perder o ganha-pão pode ser trágico.
 Nos países desenvolvidos, a infraestrutura madura e as redes
de proteção social, aliadas a certa criatividade individual e
doses crescentes de empreendedorismo, poderão tornar a
vida na informalidade laboral passável, até recompensadora.
 Nos países em desenvolvimento, a transição poderá ser mais
dura e trágica.
Questão 39:
Economia: globalização e relações de trabalho

 Entretanto, o pessimismo necessário deve ser temperado


com doses homeopáticas de otimismo.

 Trabalhos estáveis e de tempo integral talvez sejam vistos no


futuro como peculiaridade de uma época. Os nostálgicos
talvez lamentem seu desaparecimento. Outros talvez
celebrem seu declínio, como uma porta aberta para o cultivo
das virtudes, como desejavam os antigos gregos.

Disponível em <http://www.cartacapital.com.br/revista/860/o-fim-do-trabalho-5512.html>. Acesso em


03 ago. 2015 (com adaptações).
Questão 39: Pergunta

I. Para os gregos, o trabalho era visto como algo ordinário e


reservado às classes inferiores, e tal visão justifica a recente
crise econômica que a Grécia enfrenta, pois, segundo o texto,
“as sociedades industrializadas modernas, contrariamente
aos gregos, celebram o trabalho como valor central, algo
capaz de gerar riqueza e bem-estar, beneficiando o indivíduo
e a sociedade”.
II. Segundo o texto, a redução de trabalhadores põe em risco
a produção mundial, uma vez que “estatísticas norte-
americanas indicam aumento inexorável do percentual
de homens que não estão trabalhando”.
III. Depreende-se do texto que a virtude humana sempre esteve
associada ao trabalho e à produtividade, uma vez que
o trabalho enobrece e dignifica o homem.
Questão 39: Pergunta

IV. De acordo com o texto, a automação industrial e os avanços


tecnológicos são responsáveis pela transformação das
relações de trabalho.

Está correto o que se afirma em:

a) I e IV.
b) II e IV.
c) I, II e III.
d) III e IV.
e) IV.
Questão 39: Resposta

I. Afirmativa incorreta: A visão grega sobre o trabalho na


Antiguidade não tem qualquer relação com a crise
econômica e política atualmente vivida pelo país.
II. Afirmativa incorreta: O texto afirma que a economia poderá
continuar produzindo com menos trabalhadores. Além disso,
o trecho citado não estabelece de relação de causa com a
afirmação anterior.
III. Afirmativa incorreta: a Antiguidade, os gregos consideravam
que o trabalho era um inimigo da virtude.
IV. Afirmativa correta: O texto afirma que a alteração nos modos
de produção implica mudanças nas relações de trabalho.
Alternativa correta: E.
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade I

ESTUDOS DISCIPLINARES
Formação Geral

Prof. Bruno César


Questão 40: Economia – globalização e desigualdades

<https://goo.gl/ZPLW0n>. Acesso em 11 ago. 2015.


Questão 40: Economia – globalização e desigualdades

Por uma outra globalização – Milton Santos


 Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido.
Haveria nisto um paradoxo pedindo uma explicação?
 De um lado, é abusivamente mencionado o extraordinário
progresso das ciências e das técnicas, das quais um dos
frutos são os novos materiais artificiais que autorizam a
precisão e a intencionalidade.
 De outro lado, há, também, referência obrigatória à aceleração
contemporânea e todas as vertigens que cria, a começar pela
própria velocidade.
 Todos esses, porém, são dados de um mundo físico fabricado
pelo homem, cuja utilização, aliás, permite que o mundo se
torne esse mundo confuso e confusamente percebido.
Questão 40: Economia – globalização e desigualdades

 Explicações mecanicistas são, todavia, insuficientes. É a


maneira como, sobre essa base material, se produz a história
humana que é a verdadeira responsável pela criação da torre de
babel em que vive a nossa era globalizada.
 Quando tudo permite imaginar que se tornou possível a criação
de um mundo veraz, o que é imposto aos espíritos é um mundo
de fabulações, que se aproveita do alargamento de todos os
contextos (...) para consagrar um discurso único.
 Seus fundamentos são a informação e o seu império, que
encontram alicerce na produção de imagens e do imaginário,
e se põem ao serviço do império do dinheiro, fundado este
na economização e na monetarização da vida social e da
vida pessoal.
Questão 40: Economia – globalização e desigualdades

 De fato, se desejamos escapar à crença de que esse mundo


assim apresentado é verdadeiro, e não queremos admitir a
permanência de sua percepção enganosa, devemos
considerar a existência de pelo menos três mundos num só.

 O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a


globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como
ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro seria o
mundo como ele pode ser: uma outra globalização.

SANTOS, M. “Por uma outra globalização: do pensamento único à


consciência universal”. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2000.
Questão 40: Pergunta

I. A charge e o texto indicam a impossibilidade de um mundo


fora do alcance do capital internacional, já que a base material
por meio da qual se produz a história humana impede críticas
ao discurso hegemônico da globalização.
II. A charge revela a globalização como fábula, uma vez que o
fluxo de mercadorias e de capital não altera a vida das
comunidades rurais e a realidade é ignorada pelos seus
habitantes.
III. A charge enaltece o progresso que a globalização promove, o
que descaracteriza seu caráter perverso, descrito no texto de
Milton Santos.
Questão 40: Pergunta

IV. O foco do texto é apregoar os benefícios da globalização,


que permite produção em alta velocidade e circulação
contínua das informações, com extraordinário progresso
das ciências e das técnicas.

Com base na leitura, assinale a alternativa certa:


a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
e) Nenhuma afirmativa está correta.
Questão 40: Resposta

I. Incorreta: o texto não afirma que a base material impede


críticas ao discurso hegemônico. O autor menciona a
imposição do discurso único sobre a globalização, e ele
mesmo faz críticas a isso.
II. Incorreta: a charge mostra, com os logotipos das
multinacionais, a alteração no cotidiano mesmo de
comunidades afastadas.
III. Incorreta: não há qualquer elemento na charge que mostre
os benefícios da globalização.
IV. Incorreta: o texto do professor Milton Santos é crítico em
relação à globalização, que tem uma face perversa com os
menos desenvolvidos.
Alternativa correta: E.
INTERVALO
Questão 41: Educação – valorização do professor

<https://www.facebook.
com/quebrandootabu/p
hotos/a.5759206124643
30.1073741825.1652050
36869225/879913415398
380/?type=1&theater>.
Acesso em 03 ago.
2015.
Questão 41: Educação – valorização do professor

Pesquisa põe Brasil em topo de ranking de violência contra


professores
 Uma pesquisa global feita com mais de 100 mil professores e
diretores de escola do segundo ciclo do ensino fundamental
e do ensino médio (alunos de 11 a 16 anos) põe o Brasil no
topo de um ranking de violência em escolas.

 Na enquete da Organização para a Cooperação e


Desenvolvimento Econômico (OCDE), 12,5% dos professores
ouvidos no Brasil disseram ser vítimas de agressões verbais
ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por
semana. Trata-se do índice mais alto entre os 34 países
pesquisados – a média entre eles é de 3,4%.
Questão 41: Educação – valorização do professor

 Depois do Brasil, vem a Estônia, com 11%, e a Austrália, com


9,7%. Na Coreia do Sul, na Malásia e na Romênia, o índice é
zero.
 O tema da violência em sala de aula foi destacado por
internautas ouvidos pela BBC Brasil como um assunto que
deveria receber mais atenção por parte dos candidatos
presidenciais e vem gerando acirrados debates em postagens
que publicamos nos últimos dias nas nossas páginas em redes
sociais.
 “A escola hoje está mais aberta à sociedade. Os alunos levam
para a aula seus problemas cotidianos”, disse à BBC Brasil Dirk
Van Damme, chefe da Divisão de Inovação e Medição de
Progressos em Educação da OCDE.
Questão 41: Educação – valorização do professor

 O estudo internacional sobre professores, ensino e


aprendizagem (TALIS, na sigla em inglês) também revelou
que apenas um em cada dez professores no Brasil acredita
que a profissão é valorizada pela sociedade; a média global é
de 31%.
 O Brasil está entre os dez últimos da lista nesse quesito, que
mede a percepção que o professor tem da valorização de sua
profissão. O lanterna é a Eslováquia, com 3,9%. Em seguida,
estão a França e a Suécia, onde só 4,9% dos professores
acham que são devidamente apreciados pela sociedade.
 Já na Malásia, quase 84% (83,8%) dos professores acham que
a profissão é valorizada. Na sequência, vêm Cingapura, com
67,6%, e a Coreia do Sul, com 66,5%.
Questão 41: Educação – valorização do professor

 A pesquisa ainda indica que, apesar dos problemas, a maioria


dos professores no mundo se diz satisfeita com o trabalho,
mas “não se sentem apoiados e reconhecidos pela instituição
escolar e se veem desconsiderados pela sociedade em geral”,
diz a OCDE.

Disponível em
<http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/08/140822_salasocial_eleicoes_ocde_valorizacao_profe
ssores_brasil_daniela_rw>. Acesso em 03 ago. 2015.
Questão 41: Pergunta

I. A charge critica a falta de respeito dos alunos, que, em


geral, não foram educados para bater à porta.
II. Se a charge for lida no contexto apresentado pela
reportagem, entende-se a ambiguidade presente na
expressão “entre sem bater”.
III. Com base nos dados, em países asiáticos, o trabalho
docente é mais valorizado do que no Brasil.
IV. De acordo com os dados, o número de professores
agredidos no Brasil é cerca de 2,8% maior do que o número
de professores agredidos na Austrália.
Questão 41: Pergunta

Está correto o que se afirma somente em:

a) II, III e IV.


b) I, II e IV.
c) I e III.
d) II e III.
e) III e IV.
Questão 41: Resposta

I. Incorreta: não há qualquer referência à falta de educação dos


alunos no que diz respeito ao hábito de bater à porta e, além
disso, a placa manda entrar “sem bater”.
II. Correta: o texto denuncia a violência contra os professores no
Brasil, assim, nesse contexto, a expressão “sem bater” da
charge pode se referir a atos violentos contra os docentes.
III. Correta: o texto aponta que os professores são valorizados na
Coreia do Sul, na Malásia e em Cingapura.
IV. Incorreta: o texto fornece os percentuais de professores
agredidos, e não o número absoluto de casos. Para calcular os
números de docentes vítimas de violência, é necessário
conhecer a quantidade total de profissionais nos dois países.
Alternativa correta: D.
Questão 42: Sociedade – civilização e progresso

Disponível em
<http://4.bp.blogspot.co
m/-vPaxSI5C8AA/UcLrH-
sFVMI/AAAAAAAAHoY/g
fU7C-
C0tIk/s640/Charge_Progr
esso1.jpg>. Acesso em
03 ago. 2015.
Questão 42: Pergunta

I. A charge ilustra a evolução histórica da civilização e sugere


que a humanidade caminha em direção ao progresso.
II. A charge relaciona positivamente o desenvolvimento
tecnológico e o bem-estar dos cidadãos.
III. A charge indica que o caminho para o progresso exige
perseverança e só é possível no ambiente urbano.
Assinale a alternativa certa:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas a afirmativa I está correta.
c) Apenas a afirmativa II está correta.
d) Apenas a afirmativa III está correta.
e) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
Questão 42: Resposta

I. Incorreta: a charge é irônica e não ilustra a evolução da


civilização. Uma evidência disso é que o caminho para o
progresso está congestionado.
II. Incorreta: a charge não retrata uma situação de bem-estar
dos cidadãos.
III. Incorreta: a charge contesta a ideia de progresso atrelada
ao desenvolvimento urbano e tecnológico.

Alternativa correta: A.
INTERVALO
Questão 43: Sociedade do controle – internet e redes
sociais

Bem-vindos à maravilhosa e medonha Zuckernet


Os perigosos efeitos de conhecer o mundo através de uma única
rede social
Bia Granja
 Outro dia, um jornalista deu a melhor definição que já ouvi
sobre o Facebook: a rede social criada por Mark Zuckerberg é
como um cachorro gigantesco correndo em sua direção no
parque – você nunca sabe se ele vai arrancar sua cabeça com
uma dentada ou te dar uma lambida carinhosa.
 O Facebook é o amigo-inimigo; ruim com ele, pior sem ele.
É também o centro da vida de 1,4 bilhão de pessoas no mundo
e de 50% dos brasileiros. Desses, 67% informam-se
prioritariamente por essa rede social.
Questão 43: Sociedade do controle – internet e redes
sociais

 Ou seja, 30% dos brasileiros têm no Facebook sua fonte


primária de notícias e informações. Mas, quase 100% deles não
fazem ideia de que o Facebook edita o que eles veem em suas
timelines; de que essa rede social tem um algoritmo escrito por
um menino de 26 anos que define o que 1,4 bilhão de pessoas
no mundo devem ler; e de que isso empobrece nossa visão de
mundo e fere um princípio básico da internet, o de fornecer
acesso à informação sem censura e sem filtro.
 Você curte ser manipulado? Você acha legal ter sua visão de
mundo determinada por terceiros? Você não se sente meio
idiota sabendo que o conteúdo que você acha que está
escolhendo consumir, na verdade, foi escolhido por outro
alguém?
Questão 43: Sociedade do controle – internet e redes
sociais

 Os mais apocalípticos dizem que o Facebook é a verdadeira


Deep Web, porque tudo o que está ali não é nem indexável
nem buscável — pelo menos para nós.
 Os cientistas de dados da rede social têm acesso ao que 20%
da população mundial curte, compartilha, comenta, consome,
lê, se interessa, em quem vota, o que come, com quem se
relaciona, o que compra, o que ama, o que odeia e tudo o
mais que despejamos no Facebook diariamente.
 Além de essa inteligência (capaz de prever resultados de
eleições) ser vendida para marcas, governos e organizações,
há notícias de que são realizados experimentos questionáveis
com essa base de usuários.
Questão 43: Sociedade do controle – internet e redes
sociais

 Um desses experimentos vazou para a mídia uma vez, quando


eles manipularam as emoções de milhares de usuários só
porque… podiam! Isso é o que sabemos, mas existem coisas
acontecendo no backstage da nossa rede social favorita de
que nem fazemos ideia e que nos afetam diretamente.
 Com o objetivo de fazer a rede social ser cada vez mais
relevante para os usuários (para que eles não saiam nunca de
lá) e com a grande e autoproclamada missão de levar a internet
para os dois terços da população mundial que não têm acesso
a ela, o Facebook toma medidas extremamente centralizadoras
e questionáveis.
 O Internet.org, seu projeto “altruísta” de levar internet gratuita
a populações carentes, é uma delas.
Questão 43: Sociedade do controle – internet e redes
sociais

 A pessoa não ganha acesso a toda a internet, ganha acesso


ao Facebook e a mais uma pequena porção de outros sites.

 Ou seja, a medida que expande sua base de usuários (um dos


grandes desafios da rede social no momento) acaba
corroborando a visão que uma grande parcela de usuários da
rede tem, de que o Facebook é TODA a internet.

 A rede social tornou-se a primeira e principal experiência


wébica que muita gente tem aqui no Brasil, e uma parcela
enorme dos brasileiros conectados não conhece nada na
internet além do Facebook.
Questão 43: Sociedade do controle – internet e redes
sociais

 Inclusão digital é algo maravilhoso, mas conhecer o mundo


através do olhar e das regras de uma única rede social, sem
experimentar a verdadeira web, que é livre, colaborativa e
criativa, é problemático.

 O Facebook não é a internet, é a Zuckernet — um cachorro


gigante que corre na sua direção e que vai arrancar a sua
cabeça… na base da dentada.

Disponível em <https://www.youpix.com.br/bem-vindos-%C3%A0-maravilhosa-e-medonha-zuckernet-
3e27f304dc13>. Acesso em 23 jun. 2015.
Questão 43: Pergunta

Com base na leitura, analise as afirmativas:

I. O texto enaltece a democratização de informações


possibilitada pelo Facebook a mais de 1 bilhão de pessoas
no mundo.
II. De acordo com a autora, o altruísmo de Zuckerberg faz com
que sua missão seja disponibilizar a rede para a maior parte
das pessoas no mundo, inclusive nas regiões carentes.
III. O texto critica a seleção e a divulgação de informações
controladas pelo Facebook com fins comerciais, uma vez que
a rede fornece dados a empresas e instituições.
Questão 43: Pergunta

IV. Segundo o texto, muitas pessoas não percebem que as


informações que aparecem nas suas timelines são
determinadas por um algoritmo que define um recorte e
uma visão de mundo.

Assinale a alternativa certa:


a) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
c) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
e) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
Questão 43: Resposta

I. Incorreta: o objetivo do texto não é enaltecer o Facebook,


mas revelar como ele é capaz de manipular e controlar as
pessoas.
II. Incorreta: as aspas colocadas na palavra altruísmo indicam a
ironia presente. A autora revela que a ampliação do acesso
visa a mais lucro.
III. Correta: segundo o texto, a rede tem acesso às informações
pessoais e vende isso a empresas e aos governos.
IV. Correta: de acordo com o texto, quase 100% dos usuários
não sabem que o que eles veem na timeline é definido por
um algoritmo, o que contribui para a formação de
determinada visão de mundo.
Alternativa correta: A.
INTERVALO
Questão 44: Sociedade brasileira – política e
corrupção

Corrupção no Brasil: das colônias a todas as esferas da política


e do mercado
 O Brasil sofre com a corrupção desde antes de ganhar este
nome. Junto com as caravelas, chegou e se desenvolveu
também a prática que ajuda a manter o status da elite e as
amarras do povo, sempre à mercê dos mais diversos
esquemas, em uma herança corruptora passada de geração a
geração.
 Talvez o país nunca tenha a real dimensão dos crimes
praticados, que garantiriam manchetes muito mais
arrepiantes do que as que costumam escandalizar a
sociedade brasileira.
 E as relações promíscuas não se limitam ao poder
público, na esfera privada também é comum.
Questão 44: Sociedade brasileira – política e
corrupção

 O Jornal do Brasil levanta alguns casos para ilustrar a


quincentenária pilhagem do bem público. Apesar de não ser
de exclusividade do Brasil, a corrupção teve um desenrolar
específico nestas terras.
 Como a Corte precisava convencer pessoas a trabalharem
em um desconhecido Brasil, oferecia privilégios em funções
desempenhadas sem vigilância e definição de papéis, para
garantir a ocupação das terras e a criação de instituições.
 Práticas de corrupção passaram a permear diversos níveis do
funcionalismo público, passando do governador, dos tabeliães
e dos oficiais de justiça para chegar até os cargos mais baixos
da Câmara – funcionários que tinham a prática de favorecer ou
prejudicar comerciantes, sob pagamento de propina...
Questão 44: Sociedade brasileira – política e
corrupção

... por exemplo, indicam documentos históricos. Vide também


o tráfico de escravos africanos, que era visto sem maiores
problemas apesar de denúncias de autoridades internacionais.
 A corrupção se tornava frequente até nos locais em que a
Coroa prestava maior atenção, como no litoral do país, mas
em locais menos notados, como Minas Gerais e Goiás, devido
à distância e às dificuldades de transporte, as coisas
aconteciam de forma ainda pior.
 A Coroa, inclusive, estimulava que os fidalgos fizessem o que
quisessem para mandar e garantir a posse de territórios.
A corrupção eleitoral e a relacionada a obras públicas
surgiram logo com a proclamação da Independência, em 1822.
Questão 44: Sociedade brasileira – política e
corrupção

 Visconde de Mauá, por exemplo, que fundou a indústria naval


brasileira em 1846, ao construir estaleiros da Companhia
Ponta da Areia, em Niterói, recebeu licença para a exploração
de cabo submarino e a transferiu a uma companhia inglesa da
qual se tornou diretor.
 Projetos de grande porte para o país recém-liberto do império
se tornavam fonte de dinheiro fácil para grupos oligárquicos.
 Mais à frente, com a proclamação da República em 1889, veio
a Política dos Governadores, a influência dos coronéis e o
voto de cabresto. Acabava o “voto censitário”, que definia
renda mínima para qualificar o eleitor, mas vinham outras
formas de controlar quem poderia chegar ao poder.
Questão 44: Sociedade brasileira – política e
corrupção

 Entre 1894 e 1930, o país teve o governo de presidentes civis


ligados ao setor agrário, que controlavam as eleições
mantendo-se no poder de maneira alternada.
 O professor e autor de livros didáticos de história Roberto
Catelli Jr., no artigo A República do Voto, relata que, como o
voto não era obrigatório nem secreto, o coronel oferecia
dinheiro, roupas e chapéus para que os eleitores
comparecessem às urnas, e os capangas verificavam o
preenchimento da cédula.
 Ao apurar os votos, eleitores eram inventados e atas com
resultados eram adulteradas. Havia a Comissão de Verificação
de Poderes, para criar argumentos para não empossar
candidatos da oposição (degola) e diplomar...
Questão 44: Sociedade brasileira: política e corrupção.

...representantes da oligarquia.

 Muitos outros casos foram surgindo ao longo do século


seguinte, como o caso de corrupção eleitoral que levou
Getúlio Vargas ao seu primeiro ciclo de poder e os casos de
corrupção e desvio de verbas na construção de Brasília no
governo JK. Da ditadura, também não faltam histórias.

Disponível em <http://www.jb.com.br/pais/noticias/2014/12/14/corrupcao-no-brasil-das-colonias-a-
todas-as-esferas-da-politica-e-do-mercado/>. Acesso em 14 ago. 2015 (com adaptações).
Questão 44: Sociedade brasileira – política e
corrupção

Disponível em
<http://cienciaecriticacultur
al.blogspot.com.br/2010/08/
charge.html>. Acesso em 14
ago. 2015.
Questão 44: Pergunta

I. Segundo a charge, a compra de votos só acontece com


indivíduos mais pobres, que não têm bens materiais e cedem
ao suborno de políticos.
II. O fim do voto censitário no Brasil tornou as eleições um
processo igualitário e democrático, sem brechas para
irregularidades.
III. O texto defende a ideia de que a corrupção sempre esteve
presente no setor público do Brasil, mas a participação do
setor privado é recente.
IV.De acordo com o texto, a histórica imbricação entre o público
e o privado no Brasil é a origem dos esquemas de corrupção.
Questão 44: Pergunta

É correto o que se afirma apenas em:

a) I e IV.
b) III e IV.
c) II e III.
d) IV.
e) I e II.
Questão 44: Resposta

I. incorreta: a charge mostra a tentativa de subornar um


cidadão. Não há qualquer referência a que tipo de indivíduo
é ou não corruptível.
II. incorreta: o texto menciona a presença constante da
corrupção eleitoral na história do Brasil.
III. incorreta: de acordo com o texto, a corrupção sempre
envolveu o setor público e o setor privado na história
brasileira.
IV. correta: o texto afirma que as relações promíscuas sempre
estiveram presentes nos setor público e no setor privado do
Brasil.
Alternativa correta: D.
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade I

ESTUDOS DISCIPLINARES
Formação Geral

Prof. Bruno César


Questão 45: Sociedade brasileira – invisibilidade social
Questão 45: Sociedade brasileira – invisibilidade social

A dignidade morreu no horário de pico – María Martín


 Vendedor de doces e balas nos superlotados trens do Rio de
Janeiro, Adílio dos Santos, como o resto dos colegas de
profissão, cruzava os trilhos para evitar que os fiscais
apreendessem sua mercadoria.
 Até que um maquinista o atropelou na tarde desta terça-feira.
Ele caiu entre os trilhos e, minutos depois, outro trem passou
por cima de seu corpo por ordem da empresa que gerencia o
serviço.
 O corpo de Adílio estava interrompendo o tráfego, a estação de
Madureira estava lotada e 6.000 passageiros precisavam que o
trecho fosse liberado para chegar às suas casas. Adílio dos
Santos teve o azar de morrer no horário de pico.
Questão 45: Sociedade brasileira – invisibilidade social

 A morte e o tratamento dado ao corpo desse vendedor


ambulante e ex-presidiário de 33 anos seria invisível não
fossem os passageiros gravarem a cena com seus celulares.
 A SuperVia, companhia responsável pelos trens urbanos da
região metropolitana do Rio, reconheceu que o centro de
controle da empresa ordenou que o trem continuasse, em um
“procedimento de exceção, sob absoluto controle”, devido ao
tráfego intenso de trens com milhares de passageiros.
 A companhia afirma que Adílio já estava morto, mas a perícia
ainda não havia chegado para atestá-lo.
 Horas depois, Eunice Feliciano, mãe de Adílio, assistia
estarrecida à cena na televisão sem saber que aquele corpo
pixelado na tela...
Questão 45: Sociedade brasileira: invisibilidade social

... que sumia embaixo de um trem sob o comando de


funcionários da estação, era do seu filho.
 “É uma coisa terrível, uma desumanidade, fizeram sinal para
o trem vir, mas o que é isso?”, desabafou Eunice, de 61 anos,
aos repórteres. “A gente já estava horrorizada com a situação
e depois anunciam que era meu filho. Tem como?”,
questiona, antes de as lágrimas cortarem sua fala.
 A empresa considerou que o trem tinha altura suficiente para
ultrapassar o corpo sem atingi-lo e que a paralisação da linha
criaria transtornos para toda a movimentação do horário,
quando cerca de 200.000 pessoas viajam em todo o sistema
ferroviário.
Questão 45: Sociedade brasileira – invisibilidade social

 “Passageiros retidos em trens parados tendem a descer


irregularmente na linha, aumentando riscos de incidentes,
como já ocorreu outras vezes”, justificou a SuperVia.
 O trem que passou por cima do corpo de Adílio liberou o espaço
para desviar outras duas composições que aguardavam lotadas
no mesmo trilho. Três trens dando marcha a ré era uma
“manobra complicada”, diz a empresa.
 Apesar dos potenciais problemas que o corpo de Adílio poderia
ter causado no sistema, os bombeiros o encontraram por
coincidência.
 A empresa assegura que os acionou logo depois do acidente,
mas o Corpo de Bombeiros nega.
Questão 45: Sociedade brasileira – invisibilidade social

 Eles foram chamados mais de duas horas após o


atropelamento por uma ocorrência de trauma, não
relacionada com a morte de Adílio, na mesma estação.
 “Durante o atendimento, a equipe foi informada pelos
funcionários da SuperVia que havia um corpo na linha férrea,
próximo ao local de atendimento à vítima de trauma. Um
policial militar já estava no local aguardando perícia”, afirma
a assessoria do Corpo de Bombeiros.
 A equipe, então, constatou o óbito e continuou o atendimento
do caso para o qual foi chamada até que os bombeiros foram
acionados de novo, agora para retirar o cadáver. O corpo de
Adílio deixou a linha do trem por volta das 20h, três horas
depois do atropelamento.
Questão 45: Sociedade brasileira – invisibilidade social

 O Governo do Rio pediu punição para os culpados. O


secretário estadual de Transportes, Carlos Osório, disse que
os responsáveis devem ser identificados.
 “O que aconteceu em Madureira é um absurdo, uma situação
que não pode acontecer em hipótese nenhuma. Foi um
desrespeito, uma desumanidade você autorizar um trem passar
por uma via que está interrompida por um corpo de uma
pessoa morta”, disse Osório.
 A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados
do Brasil qualificou o episódio como uma “barbaridade” e a
Agetransp, agência reguladora que fiscaliza os transportes
no Rio de Janeiro, abriu uma investigação para apurar as
responsabilidades.
Questão 45: Sociedade brasileira – invisibilidade social

 A família de Adílio não tinha condições de pagar o funeral. O


vendedor foi enterrado nesta sexta-feira com o dinheiro da
SuperVia.

Disponível em <http://brasil.elpais.com/brasil/2015/07/31/politica/1438377272_774029.html>. Acesso


em 05 ago. 2015 (com adaptações).
Questão 45: Pergunta

Com base na leitura, analise as afirmativas.


I. A charge e a reportagem revelam a insensibilidade frente à
morte de pessoas que são consideradas invisíveis pela
sociedade.
II. A charge e a reportagem denunciam situações de descaso
em relação aos indivíduos socialmente menos favorecidos.
III. A charge e a reportagem defendem que o interesse coletivo
deve prevalecer sobre os problemas individuais.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II somente.
b) II somente.
c) I e III somente.
d) II e III somente.
e) I, II e III.
Questão 45: Resposta

I. Incorreta: a charge não faz referência à morte.


II. Correta: a charge e a reportagem revelam situações em que
indivíduos economicamente pouco favorecidos são
tratados como invisíveis.
III. Incorreta: o objetivo da charge e da reportagem é denunciar
a invisibilidade de certas pessoas, e não defender que os
interesses coletivos devem prevalecer sobre os individuais.

Alternativa correta: B.
INTERVALO
Questão 46: Educação – ensino e política

Disponível em
<https://goo.gl/l
G0QLB>. Acesso
em 22 jun. 2015.
Questão 46: Pergunta

Com base na leitura, analise as afirmativas.


I. A charge aponta os alunos que não estudam e depredam a
escola como os responsáveis pela má qualidade do ensino
brasileiro.
II. O pronome “eles” refere-se aos políticos e o pronome “tu”
refere-se aos alunos displicentes.
III. A charge estabelece uma relação entre a má qualidade da
educação brasileira e a escolha de políticos.
IV.Os elementos visuais da charge remetem ao universo da
escola, e a estrutura do texto simula uma aula de estudo dos
verbos.
Questão 46: Pergunta

É correto o que se afirma apenas em:

a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I, III e IV.
d) II, III e IV.
e) III e IV.
Questão 46: Resposta

I. Incorreta: a charge menciona a falta de investimento em


educação como responsável pela má qualidade do ensino
brasileiro.

II. Incorreta: o pronome “eles” refere-se aos políticos que se


elegerão, o pronome “eu” refere-se aos alunos que não
terão boa educação e o pronome “tu” refere-se aos pais,
que também sofrerão com a situação.

III. Correta: a charge aponta que “eles” não investem em


educação e “eles” se elegem.
Questão 46: Resposta

IV. Correta: a disposição do texto em blocos com os tempos


verbais (pretérito, presente e futuro), com os pronomes
pessoais do caso reto e com as conjugações remete a uma
aula, o que se confirma com a presença de folha de caderno
como cenário e de um aluno em uma carteira escolar.

Alternativa correta: E.
Questão 47: Movimentos migratórios – xenofobia

Disponível em
<www.operamundi.uol
.com.br>. Acesso em
10 set. 2015.
Questão 47: Movimentos migratórios – xenofobia

 A relação dos europeus com os náufragos nas suas costas


expressa, da forma mais radical, a concepção predominante
no Velho Continente, conforme o antigo adágio: civilização ou
barbárie.
 A preocupação dos governos europeus é apenas a proteção do
seu território, para que episódios dramáticos, como os que
vêm acontecendo há tempos e se agudizando nas últimas
semanas, deixem de ocorrer ou diminuam.
 Não há nenhuma posição em relação às causas da imigração.
É de tal forma escandalosa a postura europeia, que nenhum
governo ou instância africana participa das reuniões que
buscam soluções para os problemas.
Questão 47: Movimentos migratórios – xenofobia

 As únicas referências a governos africanos são ao Marrocos e


à Tunísia, buscando apoiar ações que permitam dificultar a
saída de embarcações – já que a Líbia, que antes funcionava
como contenção para essa saída, agora nem sequer um Estado
tem.
 O que significa que os governos europeus nem cogitam atacar
a raiz dos problemas, os que geram a imigração maciça para a
Europa desde a África. As condições econômicas e sociais dos
países africanos estão inquestionavelmente na origem do
problema. E essas condições, por sua vez, têm raízes
históricas diretamente vinculadas à Europa. A África foi não
somente explorada profunda e extensamente nos seus
recursos naturais pelas potências colonizadoras europeias,
como foi vítima do mais brutal dos crimes – a
escravidão.
Questão 47: Movimentos migratórios – xenofobia

 Milhões e milhões de africanos foram arrancados do seu mundo


para serem transferidos para um continente alheio, para
trabalhar como raça inferior, produzindo riquezas para a elite
branca europeia.

 A África foi colonizada até poucas décadas atrás e, mesmo com


a independência, não mudou sua situação econômica e social,
porque seguiu sendo explorada nos seus recursos naturais.

 A imigração de africanos para um dos continentes mais ricos


do mundo – em grande medida por ter sido colonizador e
escravizador – é um fenômeno que ocorre já há
algumas décadas.
Questão 47: Movimentos migratórios – xenofobia

 Porém, pelo menos uma parte desses trabalhadores


imigrantes eram absorvidos, porque eram funcionais a um
mercado de trabalho que necessita de mão de obra de pouca
qualificação, para funções secundárias.
 Quando veio a crise econômica, que atinge frontalmente a
Europa, em 2008 e ainda sem prazo para acabar, a África foi
prejudicada de várias maneiras.
 Por um lado, a retração europeia foi exportada para os países
africanos pela diminuição da demanda dos seus produtos e
pela retração nos investimentos.
 E, por outro, especialmente em alguns deles, pela diminuição
brusca do turismo, que em alguns países é um fator essencial
para o emprego e a economia no seu conjunto.
Questão 47: Movimentos migratórios – xenofobia

 Nestes anos de crise, as tentativas desesperadas dos


africanos de chegar à Europa se intensificaram, enquanto o
desemprego e a expulsão de trabalhadores imigrantes nos
países europeus aumentaram a crise.

 Como resultado dessa combinação de fatores, a quantidade


de tentativas de chegada à Europa e o número de pessoas
envolvidas nelas aumentaram exponencialmente.

Disponível em <www.redebrasilatual.com.br>. Acesso em 10 set. 2015.


Questão 47: Pergunta

I. A charge e o texto propõem ações que solucionam as causas


da imigração de africanos para o continente europeu.
II. A crise econômica na Europa tem impulsionado movimentos
xenófobos, que se opõem à entrada de imigrantes em países
desse continente.
III. O esgotamento dos recursos naturais dos países africanos é
a principal causa do movimento migratório dos africanos em
direção aos continentes americano e europeu.
Questão 47: Pergunta

Assinale a alternativa certa:

a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.


b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
d) Apenas a afirmativa II está correta.
e) Nenhuma afirmativa está correta.
Questão 47: Resposta

I. Incorreta: a charge mostra a reação hostil dos europeus à


entrada dos imigrantes, e não ações que solucionem as
causas da imigração. E o texto critica a postura dos países
europeus ao não olharem para as causas da imigração.
II. Correta: são muitos os casos de agressão e hostilidade aos
imigrantes praticados por europeus xenófobos.
III. Incorreta: o texto aponta como causa da imigração os
séculos de exploração, por parte dos europeus,
principalmente, que o continente africano sofreu, e não o
esgotamento de seus recursos naturais.

Alternativa correta: D.
INTERVALO
Questão 48: Direitos humanos – literatura e arte

Trecho “O direito à literatura”, de Antonio Candido.


 E aí entra o problema dos que lutam para que isso aconteça,
ou seja: entra o problema dos direitos humanos. Por quê?
Porque pensar em direitos humanos tem um pressuposto:
reconhecer que aquilo que consideramos indispensável para
nós é também indispensável para o próximo. Esta me parece
a essência do problema, inclusive no plano estritamente
individual, pois é necessário um grande esforço de educação
e autoeducação a fim de reconhecermos sinceramente este
postulado. Na verdade, a tendência mais funda é achar que os
nossos direitos são mais urgentes do que os do próximo.
Nesse ponto, as pessoas são frequentemente vítimas de uma
curiosa obnubilação. Elas afirmam que o próximo tem
direito...
Questão 48: Direitos humanos – literatura e arte

... sem dúvida, a certos bens fundamentais, como casa, comida,


instrução, saúde, coisas que ninguém bem formado admite hoje
em dia que sejam privilégio de minorias, como são no Brasil.
Mas será que pensam que seu semelhante pobre teria direito a
ler Dostoievski ou ouvir os quartetos de Beethoven? Apesar das
boas intenções no outro setor, talvez isto não lhes passe pela
cabeça. E não por mal, mas somente porque quando arrolam os
seus direitos não estendem todos eles ao semelhante. Ora, o
esforço para incluir o semelhante no mesmo elenco de bens
que reivindicamos está na base da reflexão sobre os direitos
humanos.

Disponível em <https://goo.gl/8sqACq>. Acesso em 19 jun. 2015.


Questão 48: Pergunta

I. As pessoas que reconhecem os direitos humanos à saúde, à


moradia e à alimentação também estendem aos mais pobres
o direito à arte.
PORQUE

II. O reconhecimento de que os bens indispensáveis para nós


são também necessários aos outros é fundamental para a
discussão dos direitos humanos.
Questão 48: Pergunta

Assim:

a) As asserções I e II são verdadeiras e a segunda justifica a


primeira.
b) As asserções I e II são verdadeiras e a segunda não justifica
a primeira.
c) A asserção I é falsa e a II é verdadeira.
d) A asserção I é verdadeira e a II é falsa.
e) As asserções I e II são falsas.
Questão 48: Resposta

I. Asserção falsa: o autor afirma que mesmo pessoas que


reconhecem os direitos humanos à saúde, à educação e à
moradia não veem como necessidade básica o acesso à
arte e à literatura.

II. Asserção verdadeira: de acordo com o texto, reconhecer


que nossas necessidades não são maiores e nem mais
urgentes do que as dos outros é pressuposto básico para a
discussão dos direitos humanos.

Alternativa correta: C.
A asserção I é falsa e a II é verdadeira.
Questão 49: Saúde – vida moderna e obesidade

Reclama pro bispo – Dráuzio Varella


 Os brasileiros não param de engordar. Estão acima do peso
51% dos adultos (eram 43%, em 2006). São classificados
como obesos 17% (eram 11%, em 2006). O futuro não parece
promissor: 1/3 das crianças de 5 a 9 anos tem excesso de
peso.
 Nessa toada, daqui a pouco, empataremos com os norte-
americanos. Lá, 3 em cada 4 adultos carregam sobrepeso.
Mais de 30% da população caem na faixa da obesidade.
 Teoricamente, o problema da obesidade pode ser resumido
numa equação singela: quem ingere mais calorias do que
gasta, ganha peso; quem faz o oposto, emagrece.
Questão 49: Saúde – vida moderna e obesidade

 Seria ridículo negar que a agitação e as comodidades da vida


moderna, a publicidade, a disponibilidade e o baixo custo de
alimentos altamente calóricos conspiram a favor da
disseminação da epidemia, mas jogar em fatores ambientais
a culpa pela gordura que você acumulou no abdômen não vai
ajudá-lo a evitar as complicações da obesidade (...) O corpo
humano é uma máquina construída para o movimento. Se você
precisa ou faz questão de passar o dia sentado, a liberdade à
mesa fica comprometida. Se no seu dia não sobra um minuto
para fazer exercício, você está vivendo errado, está deixando
de levar em consideração seu bem mais precioso: o corpo.
Enquanto não dá um jeito nessa vida miserável, aumente
a atividade física no local em que estiver:
Questão 49: Saúde – vida moderna e obesidade

... suba escada, fale ao telefone dando volta na mesa, alongue


os caminhos a pé, abaixe e levante o tempo inteiro, não ande a
passos de lesma. No começo, vão achar que você perdeu o
juízo, mas o povo se acostuma. Sejamos claros: a medicina não
sabe tratar obesidade. Descontados os conselhos dietéticos ou
as cirurgias bariátricas indicadas para os casos extremos,
quase nada temos a oferecer. Se os médicos não dispõem da
pílula mágica, a responsabilidade com o peso e a sobrevivência
é individual. É cada um por si e Deus por ninguém, porque gula
é um dos pecados capitais.

Disponível em <http://drauziovarella.com.br/obesidade/reclama-pro-bispo/>. Acesso em 05 ago. 2015


(com adaptações).
Questão 49: Saúde – vida moderna e obesidade

<https://goo.gl/0rZaWB>. Acesso em 31 ago. 2015


Questão 49: Pergunta

I. De acordo com o texto, apenas 25% dos adultos norte-


americanos não apresentam excesso de peso.
II. A crítica da charge direciona-se às informações falsas que
circulam na internet e ao efeito que elas geram nas pessoas.
III. De acordo com o texto, a obesidade é provocada tanto por
alimentação inadequada quanto por falta de atividade física.
IV. O título do texto indica a necessidade de que as instituições
educacionais e religiosas adotem medidas para conscientizar
as pessoas de que o cuidado com o corpo é importante.
V. A charge direciona seu foco para o problema da obesidade
infantil, que, de acordo com o texto, já atinge mais de 30% de
todas as crianças no Brasil.
Questão 49: Pergunta

Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a


alternativa correta:

a) I, II e III.
b) I, II e V.
c) I e III.
d) III, IV e V.
e) II e III.
Questão 49: Resposta

I. Correta: três em cada quatro adultos norte-americanos


(75%) apresentam sobrepeso.
II. Incorreta: o foco da charge é a questão do excesso de peso.
III. Correta: o excesso de peso está associado ao fato de as
pessoas consumirem mais calorias do que gastam no dia a
dia.
IV. Incorreta: o título tem sentido figurado e não remete, de
forma alguma, à intervenção de instituições no problema.
V. Incorreta: o foco da charge não é obesidade infantil e o
texto diz que um terço (33%) das crianças brasileiras de 5 a
9 anos estão acima do peso (o que não significa que
estejam obesas).
Alternativa correta: C.
INTERVALO
Questão 50: Educação – papel do educador

A complicada arte de ver – Rubem Alves


 Ela entrou, deitou-se no divã e disse: “Acho que estou ficando
louca”. Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse
os sinais da sua loucura.
 “Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto
as cebolas, os tomates, os pimentões – é uma alegria!
Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo
que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem
surpresas.
 Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto.
Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis
perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a
impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de
catedral gótica.
Questão 50: Educação – papel do educador

 De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou


em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo
aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora,
tudo o que vejo me causa espanto.”

 Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei,


fui à estante de livros e de lá retirei as “Odes Elementales”,
de Pablo Neruda. Procurei a “Ode à Cebola” e lhe disse:
“Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os
poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela
que lhe causou assombro: ‘Rosa de água com escamas de
cristal’. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de
poeta... Os poetas ensinam a ver”.
Questão 50: Educação – papel do educador

 Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de


todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil
compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica
de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece
refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não
pertence à física. William Blake sabia disso e afirmou: “A
árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”.
Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês
floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali
está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia
perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia
à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito
trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza.
Só viam o lixo.
Questão 50: Educação – papel do educador

 Adélia Prado disse: “Deus de vez em quando me tira a poesia.


Olho para uma pedra e vejo uma pedra”. Drummond viu uma
pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.
 Há muitas pessoas de visão perfeita que nada veem. “Não é
bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não
basta abrir a janela para ver os campos e os rios”, escreveu
Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa.
 O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido.
Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da
educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a
sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada
“satori”, a abertura do “terceiro olho”.
Questão 50: Educação – papel do educador

 Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o


fato é que escreveu: “Agora os ouvidos dos meus ouvidos
acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram”.
 Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de
dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas,
eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao
partir do pão, “seus olhos se abriram”. Vinicius de Moraes
adota o mesmo mote em “Operário em Construção”: “De
forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi
tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que
tudo naquela mesa – garrafa, prato, facão – era ele quem
fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção”.
Questão 50: Educação – papel do educador

 A diferença se encontra no lugar onde os olhos são


guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles
são apenas ferramentas que usamos por sua função prática.
Com eles, vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas –
e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso
é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas,
quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se
transformam em órgãos de prazer: brincam com o que veem,
olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.
 Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos
dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos,
das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as
crianças por nossas mestras.
Questão 50: Educação – papel do educador

 Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um


menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez
criança, eternamente: “A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me
a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas
flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a
gente as tem na mão e olha devagar para elas”. Por isso –
porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar
a ver – eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de
professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se
dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos
da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de
Caeiro. Sua missão seria partejar “olhos vagabundos”...
Disponível em <https://goo.gl/1n3G5D>. Acesso em 28 jul. 2015.
Questão 50: Pergunta

I. O tipo de professor sugerido pelo autor teria a função de


reduzir o problema exposto por Alberto Caeiro quando afirma
que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as
flores”.
II. De acordo com o texto, a poesia causa perturbações e faz com
que as pessoas não vejam a realidade tal qual ela é, como no
caso de Drummond, que não viu a pedra.
III. De acordo com o texto, as crianças gostam de brincar com
o que veem e o papel do educador é fazer com que elas não
percam o foco e aprendam a usar os olhos como ferramentas
de conhecimento.
Questão 50: Pergunta

IV. O autor propõe um novo modelo de educação, em que o


professor consiga corrigir os desvios individuais da visão e
revelar aos alunos a noção correta da realidade.

Está correto o que se afirma somente em:


a) I.
b) I e III.
c) III e IV.
d) II e IV.
e) I e II.
Questão 50: Resposta

I. Correta: o autor propõe um tipo de professor que ensine os


alunos a olharem de fato as coisas do mundo.
II. Incorreta: o texto afirma que os poetas têm uma visão mais
aguçada do que as demais pessoas, pois sabem olhar o
mundo de outra forma.
III. Incorreta: de acordo com o texto, o papel do educador é
ensinar as crianças a olharem o mundo de outra forma.
IV. Incorreta: o texto não propõe um educador que imponha
uma visão correta do mundo.

Alternativa correta: A.
ATÉ A PRÓXIMA!

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