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Trabalho Individual Da Disciplica HAC
Trabalho Individual Da Disciplica HAC
Faculdade de Arquitetura
Arte e Arquitetura
1º Ano da Turma C, do Mestrado Integrado de Arquitetura em Interiores e
Reabilitação do Edificado
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Contextualização
Entre os temas abordados, na elaboração do enunciado, o que sobressaiu entre os
demais, foi o da Arquitetura Efêmera tema que irei desenvolver ao longo deste
exercício individual.
1.1 Introdução
Data desde a época barroca, e os seus primeiros indícios podem recuar até ao século
XVI, onde pretendia exibir o luxo e a opulência das classes mais abastadas. C-
Contrastando com a sua atual utilização, podemos concluir, que na sociedade
contemporânea o seu uso é precisamente o contrário.
Dentro da temática das instalações, e cumprindo o seu único dever, o de trabalhar
com o instantâneo, a arquitetura efêmera segue para diversas vertentes,
experimental, reutilizável, transformável e sobretudo adaptável.
1.2 A relação do artista com a efemeridade
Observamos que na maioria destas obras, o artista, apesar de na grande maioria das
vezes estar “condicionado”, parece, porém, que o seu rendimento é maior quanto,
maior for o seu sacrifício no projeto. É lhe reduzido o tempo, a verba, o espaço dentro
de certos limites, e é evidente: a sua imaginação trabalhará mais acesa. Estas obras
podem ser o desabafo dos arquitetos pela vida profissional fora, quando, não tem
ocasiões frequentes de sonhar, como sonharam na escola.
A arquitetura efémera é uma espécie de aventura dentro da arquitetura. Muitas
vezes estas obras contêm mais rasgo e liberdade de expressão que aquelas destinadas
a ficar, e que foram «castigada», «massacradas» pela obsessão de responsabilidade
que cria, no arquiteto a ideia de serem para sempre.
Porque o artista nunca deixará de pensar no futuro das suas obras, e nas efémeras o
futuro confunde-se com o presente
Temporary Bar, Queima das Fitas Porto, é o nome da obra acima, criada pelos
arquitetos Diogo Aguiar e Teresa Otto. A implantação pré-definida, a rápida construção
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e o orçamento reduzido são premissas que têm de ser consideradas tendo em conta
que este projeto está inserido dentro de um concurso anual de criação de um bar.
Neste projeto foram utilizadas 420 caixas de plástico do Ikea, organizadas, em oficina,
em 4 tipos de módulos – caixas fixas a estruturas secundárias em madeira, num total
de 46 módulos, posteriormente montados sobre a estrutura principal em metal, já no
local. Construído somente numa semana. Sendo temporário, o bar é uma estrutura
leve pensada num sistema de pré-fabricação. O fácil transporte dos elementos que o
constituem assim como a sua eficaz montagem foram considerados desde a fase
inicial, reduzindo logo à partida o custo final. Por outro lado, as caixas, em plástico
polipropileno, são altamente recicláveis e reutilizáveis, e a utilização de iluminação por
LED, multi-cromática, tem um baixo consumo de energia.
Para mim este projeto abrange perfeitamente, os ideias da arquitetura efémera,de
poder “brincar” com as estruturas , neste caso utilizar as caixas de plástico dando-lhes
uma diferente forma e plasticidade e iluminando-as com as luzes led, durante a noite,
cria algo que tem uma presença diferente no espaço em que se encontra, algo que
anualmente vai mudando, cria uma diferente presença nos seus espectadores, neste
caso estudante.
2.2 Pavilhão “Bookworm”, India
O Echo Pavilion, realizado pelo atelier de arquitetura chileno Pezo Von Ellrichshausen
e construído dentro do palazzo litta barroco de Milão (1761) para a edição de 2019 da
semana do Design de Milão.
Os dois arquitetos defendem que esta instalação se assemelha vagamente com a
história de uma ninfa solitária que só podia repetir as últimas palavras ditas por outra
pessoa. Este pavilhão proposto é um eco direto da arquitetura histórica à sua volta.
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A parte superior, é uma pirâmide invertida que se estende simetricamente em todas as
direções obscurecendo as vistas do pallazo litta.
Esta é uma instalação “enganadora”, e é caracterizada, por recuar e expandir, ser
visível e invisível, sólido e etéreo.
Este pavilhão é extremamente interessante, por não ignorar a história que tem ao seu
redor e sim envolvê-la, refletindo não só as fachadas, como o pavimento de pedra, as
colunatas e o corredor além. O espectador tem outro sentimento ao visitar esta
instalação, um sentimento completamente diferente, se a estrutura não se
encontrasse ali, quando o espectador vagueia aproximadamente dos painéis de aço
inoxidável, olhando para cima observara-se refletido em um teto impressionante
inclinado. Para além de tudo, este panorama carregar uma força enorme, possuindo
um aspeto cenográfico e uma relação curiosa com a ideia de instalação e arte.
“Em sua simplicidade radical, o pavilhão se tornará uma presença imaterial que,
quase como em uma miragem fugaz, irá capturar a beleza discreta do palácio de
trezentos e setenta anos em suas superfícies planas" Pezo Von Ellrichshausen
2.4 The End of Sitting, Holanda
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2.5.1 Aranã
Esta instalação é um protótipo, que funciona como uma prótese e ocupa os edifícios e
o espaço público.
É uma instalação é capaz de hospedar diferentes programas e atividades, e pode ser
movido facilmente, permitindo exibir outros sistemas sob eles. Ao mesmo tempo,
podendo conectar os diferentes edifícios à sua volta.
As suas intervenções tendem a utilizar a arquitetura e arte em função da causa social,
mas é impossível distinguir na sua obra a política da arte. A forma com trabalha na
conceção em “Arãna” e no “Contentor”, ao criar estruturas artisticamente relevantes,
e curiosas que nos levam a pensar e a questionar os nossos dogmas acerca da
arquitetura, da arte e da efemeridade.
Ambas as suas duas obras, transcendem a questão estética focando-se na questão
social e preenchendo a necessidade das pessoas.
As artes não têm disciplina, é impossível esgotarmo-la e aparecem nos locais mais
inesperados. Nem sempre engloba uma vertente estética, apesar de ser muito
relevante nem sempre é necessário. A arquitetura terá sempre a capacidade da artes.
Algumas vezes conscientemente e outras vezes não, como observamos em Arãna.
Existe arte relacional e existe arte política. Especialmente quando adicionamos as
camadas de todo o processo. Múltiplas vezes a arte ultrapassa a arquitetura, pois, não
deve estar regulada nem condicionada por qualquer tipo de leis. Ambas as instalações
estão inscritas em diferentes contextos, mas ambas carregam um grande significado,
carregam uma mudança no panorama da cidade, da arquitetura e no verdadeiro
propósito e ao seu nível artístico.
O atelier Recetas Urbanas empenha-se a devolver a cidade aos seus cidadãos, e utiliza
material disponível, doado e muito reciclado.
Une também a disponibilidade com a habilidade da mão de obra, e encurta a ligação
entre arquiteto/artista a cidadão construído ele próprio e em conjunto com os
habitantes.