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Aprendendo com le Plessis-Robinson

Marjo Uotila
CEO | Repensando ambientes construídos para apoiar…
Publicado em 22 de maio de 2022

Era uma vez uma área residencial inspirada em le Corbusier, um banlieue (palavra francesa
signi cando cidade dormitório), perto de Paris. Uma antiga cidade-jardim com um passado
medieval, tomada por brutais blocos repetitivos de contêineres humanos principalmente a
partir da década de 1960.
O que poderia dar errado?
Em apenas algumas décadas, muitas coisas puderam, e aconteceram.
Vejo três caminhos alternativos que a cidade poderia ter tomado no nal dos anos 1980:
Renovação total cara do legado modernista fracassado dos anos 1960 e 70.
Demolição dos edifícios modernistas falidos e substituição por outros maiores e de maior
densidade.
Demolição dos prédios modernistas falidos, libertação das ideias que levaram aos fracassos e
substituição por uma abordagem nova e mais humanista.
Os caminhos 1 e 2 - atualmente as opções principais - não curarão as falhas. O caminho 2 na
verdade apenas acentuaria o problema, copiando as ideias que falharam, mas com esteróides.
Mas le Plessis-Robinson seguiu o terceiro caminho, com a forte iniciativa de Philippe Pemezec
(prefeito em 1989 - 2018), Jacques Perrinand (prefeito 2018 - atualmente) e arquitetos
premiados como Marc & Nada Breitman, Xavier Bohl e François Spoerry.
Acho que esse caminho é algo que todos devemos seguir. É o futuro da arquitetura e do
urbanismo dos habitats humanos, já existentes para aprendermos.
Le Plessis-Robinson já recebeu vários prêmios, como o Philippe Rotthier European Prize for
Architecture, para o melhor renascimento de um bairro urbano.

Veja por si mesmo:


Introdução de Michael W. Meha y a le Plessis-Robinson: https://youtu.be/iFf3vq0KPHQ
Minha curta caminhada de madrugada: https://www.facebook.com/marjouotila1/videos/
552264706249906

A propósito, 30-40% de le Plessis-Robinson é atualmente habitação social. Quem teria


adivinhado?
*****
Tive o grande prazer de participar da conferência internacional Making Cities Livable,
organizada de 18 a 20 de maio em Le Plessis-Robinson.
Minhas 8 principais conclusões da conferência:
✅ A bela arquitetura e o urbanismo verde desempenham um papel fundamental em tornar os
lugares habitáveis e caminháveis.
✅ Primeiro: entenda onde e por que as pessoas querem caminhar, e então crie lugares de
acordo.
✅ Não se deixe enganar por renderizações com copiar e colar pessoas sorridentes,
saudáveis, felizes, jovens e bem-sucedidas reunidas sob a luz do sol em um ambiente de
caixa sem vida. Isso não vai acontecer na vida real.
✅ Os lugares podem ser sentidos como hostis ou amigáveis - e as pessoas se comportam de
acordo.
✅ O design deve ser baseado em evidências, não em ideologias.
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✅ Um deserto de concreto, mesmo sem carros, não signi ca que alguém andaria por lá
voluntariamente.
✅ Existe uma conexão entre bairros caminháveis e nossa saúde e bem-estar, com grande
impacto também economicamente.
✅ Estamos presenciando uma mudança de paradigma. Bem-vindos, en m, habitats humanos
pós-corbusianos!
*****
A conferência IMCL é um encontro único de líderes cívicos, pro ssionais e acadêmicos
dedicados à transição para uma geração mais habitável, humana e ecológica de cidades, vilas
e subúrbios. O foco está em estudos de caso bem-sucedidos e pesquisas baseadas em
evidências, compartilhando ferramentas e estratégias e cazes para promover mudanças reais.
Especialmente para construir, proteger e melhorar espaços públicos prósperos e os espaços
privados adjacentes e usos que proporcionem bem-estar, interação social, qualidade de vida,
exercício, saúde e oportunidade econômica para TODOS os residentes de cidades, vilas e
subúrbios. www.imcl.online/2022-paris

Links para os videos:


https://youtu.be/XfonhlM6I7w
https://youtu.be/NTGQ_kITzmY

1) O que você acha da análise da autora sobre a aplicação das opções 1 e 2.


2) Você vê no Brasil exemplos da versão Le Corbuseana para moradias populares? Quais?
Comente.
3) Discuta os 8 pontos apresentados pela autora ao nal do texto.
4) Usando os videos apresentados em aula, os dois videos indicados pela autora e o próprio
texto, quais são os seus comentários a respeito?
5) Que relações você vê entre o texto e os videos e os conceitos de Administração vistos em
aula?
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