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Faculdade de Ciências e Tecnologia – FCT

Presidente prudente

Antonio Nivaldo Hespanhol


Departamento de Geografia
CRESCIMENTO ECONÔMICO x COMPRIMETIMENTO DOS RECURSOS
NATURAIS (PLANETA)

1968 – Clube de Roma – Defesa do Crescimento ZERO (Os limites do


crescimento – 1972

Tese das soluções técnicas - crença na capacidade inventiva da humanidade em


encontrar soluções

1ª Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano (Estocolmo –


1972).

Embate entre as duas posições divergentes - Ecodesenvolvimento

Contestação da sociedade de consumo

1987 - lançamento do documento - “Nosso Futuro Comum” - Relatório


Brundtland (Desenvolvimento sustentável)

1992 - Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO


92 - RJ). – Agenda 21
1990 - ONU – Criação do IDH

2002 - Conferência Mundial sobre Desenvolvimento


Sustentável -(Rio+10) – Johanesburgo - África do Sul -
Resultados pífios

2012 - Rio+20 – Rio de Janeiro - fracasso total –


Questionamento da comunidade internacional sobre o sentido
das grandes conferências

1998 – Sen – Desenvolvimento como Liberdade

DESENVOLVIMENTO – Resultado do crescimento


econômico durável com respeito ao meio ambiente e
inclusão social (Sachs)

O crescimento econômico é uma condição necessária,


mas não suficiente para a ocorrência do desenvolvimento.
Brasil - 1950 – 1980 – Apresentou grande crescimento
econômico.

- industrialização;

- urbanização

- modernização

sem ocorrer o desenvolvimento (país subdesenvolvido


industrializado)

SANTOS, Milton – Espaço e sociedade. Petrópolis: Ed.


Vozes, 1979.
Brotas de Macaúbas (BA) - 1926
São Paulo - 2001

1979
1958

1974

1920 - 2004
Morin (2002) - questiona a
própria idéia de
desenvolvimento. Para Morin,
na noção de desenvolvimento
sustentável não são
questionados os princípios do
desenvolvimento, mas apenas
é feita a sua moderação ao
contexto ecológico.

Morin (2002) propõe uma


política da humanidade ou da
civilização que teria como
missão mais urgente solidarizar
o planeta.
Paris: 1921 - 7
A política da humanidade se constituiria numa
política para construir, proteger e controlar os
bens planetários comuns, o que requereria uma
governança mundial.

Morin (2002) reconhece que a sua proposta está


fora do alcance neste momento. Mas ele defende
que é necessário se trabalhar para que seja
constituído um civismo planetário, visando a
constituir uma sociedade civil mundial.

8
Perspectivas pós-desenvolvimentistas (Rist, 2007;
Escobar, 2008; Ribeiro, 2008; Radomsky, 2011) -
Denunciam a "falácia do desenvolvimento",
criticando-o por ser arbitrário e etnocêntrico.
“Desenvolvimento” consiste de um conjunto de
práticas, às vezes aparecendo em conflito uma com
outra, que requer – para a reprodução da sociedade
– a transformação geral e a destruição do ambiente
natural e das relações sociais. Seu objetivo é
aumentar a produção de mercadorias (bens e
serviços) direcionadas, pelo mecanismo da troca,
para demanda efetiva (RIST, 2008, p. 13).
Para Storey (2000)

“Um dos pontos delicados nas propostas do


pós-desenvolvimento reside na romantização e
na confiança excessiva que os intelectuais
depositaram em movimentos sociais,
compreendidos como espaços em que relações
efetivamente democráticas e antiautoritárias
imperam”. Apud RADOMSKY, 2011, 155).
Outra crítica que é feita em relação a
perspectiva pós-desenvolvimentista é a
seguinte:

- os seus defensores não respondem o


que é preciso ou pode ser feito para
melhorar a vida das pessoas (Não
apresentam propostas, apenas fazem a
critica).
Para Peet (2007, p. 34-35) é necessário

“repensar o projeto do desenvolvimento ao invés de


descartá-lo. (...) Democracia, emancipação,
desenvolvimento, progresso são belos princípios
corrompidos pela forma social adotada pela
modernidade – quer dizer, capitalismo. (...) Da mesma
forma, a deficiência do desenvolvimento repousa em
seus objetivos limitados (uma abundância de coisas) e
na timidez de seus meios (copiar o Ocidente). (...)
(PEET, 2007, p. 34-35).

1940- Southport, Inglaterra

Desde 1967 - Clark University, Worcester, Massachusetts


2009
Referências:
BRÜSEKE, Franz Josef. O problema do desenvolvimento sustentável. In: CAVALCANTE, Clóvis
(Org.). Desenvolvimento e natureza: Estudos para uma sociedade sustentável. São Paulo:
Cortez; Recife: Fundação Joaquim Nabuco. p. 29-40.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO - CMMAD, Nosso
futuro comum, FGV: Rio de Janeiro, 1988.
FURTADO, Celso. O mito do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1974.
FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Nacional, 1986.
MEADOWS et al. The limits to growth, New York: Universe Book, 1972
MONTIBELLER-FILHO, Gilberto. O mito do desenvolvimento sustentável: meio ambiente e
custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias. Florianópolis: Editora da UFSC,
2001.
MORIN, Edgar. Por uma globalização plural. 2002. Disponível na Internet.
http://www.globalizacion.org/biblioteca/MorinGPlural.htm. Julho 2006.
PEET, Richard; HARTWICK, Elaine. Theories of Development: Contentions, Arguments,
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SACHS, Ignacy. Environnement et styles de développement", Annales. Economies, Sociétés
Civilisations, Paris, n° 3, mai-juin 1974, p. 553-570.
SACHS, Ignacy. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro:
Garamond, 2002.
SANTOS, Milton. Espaço e sociedade. Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 1979.
SEN Amartya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo, Cia. Das Letras, 2000
WHAT NOW? Dag Hammarskjöld Report on development and international cooperation.
Development dialogue, Uppsala, 1975.

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