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A Doutrina Espírita
A Doutrina Espírita
Origem e História:
• O Espiritismo teve origem no século XIX, na França, com o trabalho do educador e
pesquisador Allan Kardec (pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail).
• Kardec compilou e organizou as informações obtidas através de comunicações mediúnicas,
dando origem às obras fundamentais da doutrina.
Fundamentos:
• O Espiritismo se baseia na crença na existência de Deus, na imortalidade da alma e na
comunicação entre vivos e espíritos.
• A doutrina também enfatiza a ideia de evolução espiritual através de múltiplas encarnações.
Princípios:
• Os princípios fundamentais do Espiritismo incluem a justiça divina, a lei de causa e efeito
(ou karma), a reencarnação e a progressão espiritual.
• A moralidade é considerada fundamental para o progresso espiritual, e os adeptos são
incentivados a viver de acordo com os princípios éticos ensinados por Jesus Cristo.
Metas:
• O objetivo do estudo do Espiritismo é promover o desenvolvimento espiritual, aprimorar a
compreensão da vida, da morte e do propósito da existência, e incentivar a prática do amor,
da caridade e da fraternidade entre os seres humanos.
Metodologia:
• A metodologia de estudo do Espiritismo envolve a leitura das obras básicas de Allan
Kardec, como "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns", "O Evangelho Segundo o
Espiritismo" e "O Céu e o Inferno".
• Além da leitura, os adeptos também são encorajados a participar de grupos de estudo,
palestras e atividades de caridade.
Esses são alguns dos aspectos abordados na introdução ao estudo do Espiritismo. À medida que os
estudiosos avançam em seu aprendizado, exploram-se cada vez mais os conceitos e as práticas
dessa doutrina, buscando uma compreensão mais profunda e uma aplicação prática em suas vidas.
O triplo aspecto da Doutrina Espírita refere-se à abordagem tríplice que essa doutrina
adota em relação aos seus estudos e práticas. Esse conceito é amplamente discutido nas
obras básicas do Espiritismo, especialmente em "O Livro dos Espíritos", de Allan
Kardec.
Os três aspectos principais são:
A religião espírita é vista como uma religião de "obras" mais do que de "palavras", onde
a vivência dos princípios éticos e morais é mais importante do que simplesmente
professar uma crença. Esses três aspectos - científico, filosófico e religioso - formam
uma abordagem integrada e complementar na compreensão e prática da Doutrina
Espírita.
Eles refletem a natureza abrangente e holística dessa doutrina, que busca integrar
conhecimentos científicos, reflexões filosóficas e vivência espiritual em uma visão
unificada da existência humana e do universo.
Pontos principais da Doutrina Espírita
4. Lei de Causa e Efeito (ou Karma): O Espiritismo ensina que as ações humanas estão
sujeitas à lei de causa e efeito, ou seja, colhemos aquilo que semeamos. Esse princípio está
relacionado à ideia de progresso espiritual e responsabilidade pessoal.
6. Pluralidade dos Mundos Habitados: A doutrina ensina que o universo é habitado por uma
variedade de formas de vida, em diferentes estágios de evolução espiritual.
Esses pontos principais representam os fundamentos da Doutrina Espírita e servem como guia para
os adeptos na busca por uma compreensão mais profunda da vida e do universo, bem como na
prática de uma vida baseada nos princípios éticos e morais ensinados por Jesus Cristo.
A codificação Espírita
A Codificação foi iniciada por Allan Kardec na década de 1850, quando ele começou a estudar e
investigar os fenômenos mediúnicos e as comunicações espirituais. Ao longo de sua pesquisa,
Kardec compilou e organizou as informações obtidas através dessas comunicações, buscando
estabelecer uma base sólida para a nova doutrina que estava surgindo.
1. O Livro dos Espíritos: Publicado em 1857, este livro é considerado a pedra angular da
doutrina. Nele, Allan Kardec apresenta uma série de perguntas e respostas sobre temas
fundamentais, como a natureza dos espíritos, a imortalidade da alma, a reencarnação, entre
outros.
2. O Livro dos Médiuns: Lançado em 1861, este livro aborda a prática da mediunidade,
oferecendo orientações e diretrizes para o desenvolvimento e a utilização segura dessa
faculdade.
4. O Céu e o Inferno: Lançado em 1865, este livro trata da vida após a morte, abordando
temas como o purgatório, a lei de causa e efeito, e as diferentes condições dos espíritos no
plano espiritual.
5. A Gênese: Publicado em 1868, este livro trata da origem, natureza e destino dos seres,
abordando questões como a criação do universo, a pluralidade dos mundos habitados e a
influência dos espíritos na formação das coisas.
Essas obras, juntamente com outros textos complementares escritos por Allan Kardec, compõem a
Codificação Espírita e oferecem uma base sólida para o estudo e a prática do Espiritismo. Elas são
consideradas fontes de autoridade dentro da doutrina e continuam a ser estudadas e respeitadas
pelos espíritas em todo o mundo.
1. Mesas Girantes: Um dos fenômenos mais conhecidos que antecederam a Codificação foi o
das mesas girantes, que se popularizou na Europa no século XIX. Durante sessões
mediúnicas, as mesas podiam se mover sem a interferência direta dos participantes,
indicando uma inteligência por trás do movimento. Esse fenômeno despertou o interesse de
muitas pessoas e foi um dos primeiros sinais de uma possível comunicação com o além.
2. Percussões e Ruídos Estranhos: Além das mesas girantes, também eram comuns as
manifestações de percussões e ruídos inexplicáveis durante as sessões mediúnicas. Esses
sons podiam ocorrer em diferentes lugares da sala onde as sessões eram realizadas e eram
interpretados como comunicações dos espíritos.
Esses são apenas alguns exemplos dos fenômenos mediúnicos que foram observados e estudados
antes da Codificação Espírita por Allan Kardec. Esses eventos desempenharam um papel crucial na
preparação do terreno para o surgimento do Espiritismo e na compreensão dos princípios que
posteriormente seriam organizados e sistematizados por Kardec.
As irmãs Fox, especialmente as jovens Margaret e Kate Fox, afirmaram ter experimentado uma
série de ocorrências inexplicáveis em sua casa, incluindo sons de batidas, ruídos misteriosos e
movimentos incomuns de objetos. Esses fenômenos começaram a ser percebidos após a mudança
da família para a casa de Hydesville, e logo se intensificaram, intrigando e assustando a família.
O evento mais notável ocorreu em março de 1848, quando as irmãs Fox, em uma tentativa de
comunicação com o suposto espírito por trás dos fenômenos, estabeleceram um sistema de
perguntas e respostas com batidas no chão. Alegadamente, o "espírito" respondia às perguntas das
irmãs por meio de batidas correspondentes a letras do alfabeto, soletrando mensagens coerentes.
Quanto às "mesas girantes", esse termo está relacionado a um dos fenômenos mais comuns
associados ao Espiritismo na época. Durante as sessões mediúnicas, as mesas ou outros objetos
poderiam se mover de forma aparentemente autônoma, sem que ninguém os tocasse diretamente.
Esses movimentos eram interpretados como respostas dos espíritos às perguntas ou como formas
de comunicação mediúnica.
As mesas girantes foram frequentemente observadas em sessões espiritualistas durante o século
XIX e desempenharam um papel importante no surgimento e na popularização do Espiritismo.
Codificador:
• Kardec começou a se interessar pelo fenômeno das mesas girantes e outros eventos
mediúnicos no início da década de 1850. Ele decidiu investigar esses fenômenos de
maneira científica e sistemática.
• Com base em suas pesquisas e estudos, Kardec publicou "O Livro dos Espíritos" em 1857.
Esta obra é considerada o marco inicial da Codificação Espírita e apresenta os princípios
fundamentais da doutrina.
• Posteriormente, Kardec publicou outras obras importantes, como "O Livro dos Médiuns",
"O Evangelho Segundo o Espiritismo", "O Céu e o Inferno" e "A Gênese", que compõem a
Codificação Espírita.
• Ele organizou e sistematizou as informações obtidas através das comunicações mediúnicas,
estabelecendo uma base sólida para a compreensão e a prática do Espiritismo.
Contribuições:
• Além de sua contribuição como codificador, Kardec desafiou as concepções religiosas e
científicas de sua época, buscando uma abordagem racional e científica para o estudo dos
fenômenos espirituais.
• Ele enfatizou a importância da experimentação, da observação e da análise crítica na
investigação dos fenômenos mediúnicos, aplicando métodos científicos em seus estudos.
• Kardec também promoveu uma visão de universalidade da doutrina, buscando estabelecer
pontes entre diferentes correntes de pensamento e culturas.
No geral, Allan Kardec é reverenciado pelos espíritas como um dos principais pioneiros e líderes
do movimento espírita, cujo trabalho e dedicação ajudaram a dar forma e estrutura à Doutrina
Espírita.
Obras básicas do ESPIRITISMO
• Publicado em 1865, trata da vida após a morte, abordando temas como o purgatório,
a lei de causa e efeito, e as diferentes condições dos espíritos no plano espiritual.
Oferece reflexões sobre o processo de evolução espiritual e a justiça divina.
5. A Gênese:
Essas obras, escritas por Allan Kardec ao longo de aproximadamente uma década, formam a base
da Codificação Espírita e são amplamente reconhecidas como fontes de autoridade dentro da
doutrina. Elas continuam a ser estudadas e respeitadas pelos espíritas em todo o mundo, servindo
como guia para o estudo e a prática do Espiritismo.
2. Natureza de Deus: Deus é visto como um ser supremo, transcendente e infinito, que está
além da compreensão humana. Sua natureza é infinita em todos os aspectos, incluindo
amor, bondade, justiça e misericórdia.
5. Relação com os Seres Humanos: O Espiritismo ensina que os seres humanos são filhos de
Deus, criados à sua imagem e semelhança. Como tal, os seres humanos têm uma ligação
intrínseca com Deus e são dotados de uma centelha divina, que os conecta ao seu Criador.
6. Relação com a Moralidade: Deus é visto como a fonte e o modelo de toda moralidade e
virtude. Os princípios éticos e morais ensinados por Deus são fundamentais para a evolução
espiritual e o progresso humano.
7. Relação com a Prática Religiosa: Embora o Espiritismo não seja uma religião no sentido
tradicional, ele reconhece a importância da religiosidade e da prática religiosa na busca
espiritual do ser humano. O relacionamento com Deus pode ser cultivado através da oração,
da meditação, da prática da caridade e do desenvolvimento moral.
Além disso, o Espiritismo promove uma visão de Deus como um Pai amoroso e compassivo, que
está sempre pronto a nos guiar, proteger e amparar em nossas jornadas individuais. Essa
compreensão de Deus como um ser benevolente e misericordioso inspira confiança, esperança e
gratidão nos corações daqueles que seguem a doutrina.
Por fim, o Espiritismo enfatiza a importância da vivência dos ensinamentos de Deus no dia a dia,
por meio da prática do amor ao próximo, da caridade, da tolerância e da busca pela verdade. Essa
vivência prática dos princípios divinos é vista como a verdadeira expressão da religiosidade e
espiritualidade espíritas.
Esses aspectos adicionais contribuem para uma compreensão mais completa e profunda do
conceito de Deus no contexto do Espiritismo, destacando sua importância central na vida e na
jornada espiritual dos indivíduos.
1. Imortalidade da Alma: O Espiritismo ensina que a alma é imortal, ou seja, ela transcende
a morte física e continua a existir além do corpo material. A morte é vista apenas como a
separação entre o corpo físico e o espírito, mas não como o fim da existência da pessoa.
Assim, a alma continua sua jornada evolutiva após a morte, em um plano espiritual.
Através da mediunidade, que é a faculdade pela qual uma pessoa serve de intermediária
entre os planos espiritual e material, os espíritos podem transmitir mensagens,
orientações, ensinamentos e conselhos aos vivos. Essa comunicação pode ocorrer de
diversas formas, incluindo:
2. Psicografia: Quando o médium escreve as mensagens dos espíritos, sendo uma forma
muito comum de comunicação mediúnica.
3. Psicofonia Inspirativa: Onde o médium recebe inspirações ou ideias dos espíritos, que são
transmitidas mentalmente e podem ser expressas pelo médium através da fala ou da escrita.
É importante ressaltar que a comunicabilidade dos espíritos é realizada de acordo com as leis
naturais e divinas, sendo mediada pelo livre-arbítrio e pela lei do progresso espiritual. Os espíritos
comunicantes podem variar em grau de evolução e intenção, e nem todas as comunicações são
necessariamente benéficas ou verdadeiras. Portanto, é fundamental que os médiuns e aqueles que
recebem as comunicações estejam preparados e desenvolvam discernimento para avaliar a
qualidade e a veracidade das mensagens recebidas.
No contexto do Espiritismo, a TCI é vista por alguns como uma forma alternativa de comunicação
com os espíritos, complementar às práticas mais tradicionais de mediunidade, como a psicofonia e
a psicografia. No entanto, é importante ressaltar que a TCI é uma prática controversa e sujeita a
diversas interpretações e opiniões dentro da comunidade espírita.
Alguns espíritas veem a TCI com ceticismo, questionando sua eficácia e autenticidade, enquanto
outros acreditam que ela pode ser uma ferramenta válida para a comunicação com os espíritos.
Como em todas as formas de mediunidade, é fundamental abordar a prática da TCI com
discernimento, ética e responsabilidade, buscando sempre a veracidade e a qualidade das
comunicações recebidas.
Reencarnação
2. Justiça Divina: A reencarnação está relacionada à lei de causa e efeito, ou lei do carma,
que determina que cada ação tem uma consequência correspondente. Através da
reencarnação, o espírito colhe as consequências de suas ações passadas e tem a
oportunidade de reparar erros, evoluir espiritualmente e alcançar a harmonia com as leis
divinas.
5. Livro dos Espíritos: Allan Kardec aborda a reencarnação em várias questões de "O Livro
dos Espíritos", explicando seus princípios e implicações. Essas explicações fornecem uma
base sólida para o entendimento da reencarnação na doutrina espírita.
A pluralidade dos mundos habitados no Espiritismo refere-se à ideia de que o universo é povoado
por uma grande variedade de formas de vida, incluindo seres humanos e outras formas de
inteligência, em diferentes estágios de evolução espiritual e material. Aqui estão alguns pontos
importantes sobre esse conceito:
No Espiritismo, a pluralidade dos mundos habitados é vista como uma manifestação da grandeza e
da sabedoria divinas, revelando a diversidade e a abundância da vida no universo. Essa concepção
amplia os horizontes da compreensão humana sobre a existência e fortalece a visão de uma família
universal de seres inteligentes em busca da felicidade e da evolução espiritual.
1. Importância Espiritual: A prece é vista como um meio de comunicação direta com Deus e
com os espíritos superiores. Ela fortalece o vínculo espiritual, promove a elevação da alma
e favorece o contato com as energias positivas e inspiradoras do plano espiritual.
4. Ação Intercessora: A prece também pode ser uma forma de intercessão pelos outros,
quando feita com o intuito de enviar energias positivas, bênçãos e auxílio espiritual a
pessoas necessitadas. Ela fortalece os laços fraternos entre os seres humanos e promove a
solidariedade e o amor ao próximo.
Portanto, no Espiritismo, a prece é vista como uma prática espiritual essencial, que fortalece a fé,
nutre o espírito e promove o bem-estar integral do indivíduo. Ela é uma expressão de amor,
gratidão e confiança no poder divino, capaz de transformar vidas e promover a harmonia e a paz
no mundo.
Evangelho no lar
O "Evangelho no Lar" é uma prática recomendada pelo Espiritismo que visa promover a
espiritualidade no ambiente familiar através da leitura e reflexão dos ensinamentos de
Jesus Cristo contidos nos Evangelhos. Essa prática é vista como uma oportunidade de
fortalecimento espiritual, união familiar e educação moral. Aqui estão os passos básicos
para realizar o "Evangelho no Lar" de acordo com o Espiritismo:
1. Escolha do Dia e Hora: Selecionar um dia e horário adequados para realizar o "Evangelho
no Lar", geralmente em um momento em que todos os membros da família estejam
presentes e possam participar da prática sem interrupções.
4. Leitura e Reflexão: Iniciar o encontro com uma breve prece, pedindo a bênção divina para
o momento de leitura e reflexão. Em seguida, realizar a leitura do trecho escolhido dos
Evangelhos, pausando para refletir sobre seu significado e aplicação prática na vida
cotidiana.
Elaborado por Félis Francico Tavelin – São Carlos SP, 12 de maio de 2024