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Revisão de Véspera OAB - 1 Fase Do Exame XXXIII
Revisão de Véspera OAB - 1 Fase Do Exame XXXIII
2021
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ÉTICA E ESTATUTO E DIREITO TRIBUTÁRIO
Maria Christina Barreiros
5. Márcio, advogado, em uma briga de trânsito atro- 6. De acordo com o Sistema Tributário Nacional e as
pelou uma mulher deixando- a em coma no hospi- normas do ICMS, assinale a opção correta.
tal por mais de 3 meses. Diante dos fatos, assinale a. Resolução do Senado Federal, de iniciativa do
a alternativa correta. Presidente da República ou de um terço dos Se-
a. Márcio poderá ser suspenso preventivamente do nadores, aprovada pela maioria absoluta de seus
exercício da profissão diante da grande reper- membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
cussão pública do caso após ser ouvido preven- operações e prestações, interestaduais.
tivamente pelo Conselho seccional do local da in- b. Resolução do Senado Federal, de iniciativa do
fração devendo o processo ser finalizado em no Presidente da República ou de um terço dos Se-
máximo 60 dias. nadores, aprovada pela maioria simples de seus
b. Márcio ao ser suspenso preventivamente não per- membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
dera suas prerrogativas como advogado e somen- operações e prestações.
te poderá ser preso antes do trânsito em julgado c. É facultado ao Senado Federal estabelecer alí-
em sala de estado maior ou caso não exista em quotas mínimas nas operações internas, median-
prisão domiciliar. te resolução de iniciativa de um terço e aprovada
c. Márcio caso interponha recurso administrativo pela maioria simples de seus membros.
contra a decisão desfavorável a sua pessoa de- d. Fixar alíquotas máximas nas mesmas operações
verá fazê-lo no prazo de 15 dias e requerer a atri- para resolver conflito específico que envolva inte-
buição de efeito suspensivo em decorrência da resse de Estados, mediante resolução de iniciativa
suspensão preventiva. da maioria simples e aprovada por dois terços de
d. Caso a autoridade administrativa viole as prerro- seus membros.
gativas do advogado deverá ser punida pela práti- e. Cabe ao senado federal estabelecer as alíquotas
ca de crime com pena de reclusão de 3 meses a 1 mínimas de ITCMD.
ano somado com penalidade de multa.
Comentário
Comentário a. Art. 155, § 2º, IV, CF/1988.
a. Em caso de SUSPENSÃO preventiva, o processo b. Art. 155, § 2º, IV, CF/1988: maioria absoluta.
administrativo tramita no local da inscrição principal. c. Art. 155, § 2º, V, “a”, CF/1988: maioria absoluta. CI.
b. Art. 7º, IV, do Estatuto da OAB. d. Art. 155, § 2º, V, “b”, CF/1988: maioria absoluta.
c. Recursos em processo eleitoral: suspensão pre- e. Art. 155, § 1º, CF/1988: alíquota máxima.
ventiva do advogado e cancelamento da OAB por
falsa prova não terão efeito suspensivo. 7. João faleceu e seu inventário foi instaurado no es-
d. A autoridade responderá com pena de detenção tado do Ceará. O de cujus deixou um carro e uma
conforme o art. 7-B do Estatuto da OAB. moto no Ceará e outro apartamento em Minas Ge-
rais. Diante do caso posto, assinale a alternativa
correta.
a. O ITCMD da casa no Ceará será devido para o
próprio estado por ser o local do inventário.
b. O ITCMD da casa no Ceará será devido para o
próprio estado por ser o local do bem.
c. O ITCMD do apartamento em Minas Gerais será
devido para o Ceará por ser o local do inventário.
d. O ITCMD da moto e da casa no Ceará serão devi-
dos para o Ceará.
e. O ITCMD da moto, da casa é do apartamento se-
rão devidos para o Ceará.
Comentário
O ITCMD de bem imóvel é devido para o local do
bem. Vide art. 155, § 1º, II e III, CF/1988.
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ÉTICA E ESTATUTO E DIREITO TRIBUTÁRIO
Maria Christina Barreiros
8. Sobre o Sistema Tributário Nacional, assinale a e. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas
alternativa correta. ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
a. O imposto extraordinário de guerra será criado ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributo
pela União por meio de lei complementar. após decorridos noventa dias da data em que haja
b. O empréstimo compulsório é de competência ex- sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
clusiva a União podendo em caso de guerra ser
criado por medida provisória. Comentário
c. O imposto extraordinário de guerra será criado a. Art. 150, I, CF/1988.
pela União por meio de medida provisória. b. Art. 150, II, CF/1988.
d. O imposto extraordinário de guerra será criado c. Art. 150, III, “a”, CF/1988.
pela União por meio de lei complementar diante
d. Art. 150, III, “b”, CF/1988.
de calamidade pública.
e. Art. 150, III, “c”, CF/1988.
e. O empréstimo compulsório será criado pela União
por meio de lei complementar diante da iminência
de calamidade.
Comentário
a. Art. 154, II, CF/1988.
b. Art. 148, CF/1988. Só por LC.
c. Art. 154, II, CF/1988. O imposto de guerra pode
ser criado por meio lei ordinária sendo cabível me-
dida provisória.
d. Impostos de guerra não podem ser criados diante
de calamidade.
e. Não pode diante de iminência de calamidade.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Aryanna Linhares
Aryanna Linhares
Professora de Direito do Trabalho e de Processo do Trabalho e Advogada. Mestranda em Direito do Trabalho pela
Universidade de Coimbra, Portugal. Autora de obras jurídicas da área trabalhista publicadas pela editora Juspo-
divm. Palestrante. Especialista em Direito e Processo do Trabalho e Processo Civil.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Aryanna Linhares
4. (XXXI EXAME) José da Silva, que trabalhou em 6. Eraldo ajuiza reclamação trabalhista em face da
determinada sociedade empresária de 20/11/2018 empresa Fleck Ltda. em São Paulo capital, porém
a 30/04/2019, recebeu, apenas parcialmente, as o autor sempre trabalhara em Curitiba/PR que, na
verbas rescisórias, não tendo recebido algumas ótica da reclamada, é o local onde deve tramitar o
horas extras e reflexos. A sociedade empresária feito. Neste caso:
pretende pagar ao ex-empregado o que entende a. o reclamado deve apresentar exceção de incom-
devido, mas também quer evitar uma possível petência em 48 horas.
ação trabalhista. b. o reclamado deve apresentar exceção de incom-
petência em 5 dias contados do recebimento da
Sobre a hipótese, na qualidade de advogado(a) da notificação.
sociedade empresária, assinale a afirmativa correta. c. o reclamado deve arguir a incompetência territorial
a. Deverá ser indicado e custeado um advogado em preliminar de contestação.
para o empregado, a fim de que seja ajuizada uma d. é incabível a alegação de incompetência territorial.
ação para, então, comparecerem para um acor-
do, que já estará previamente entabulado no valor 7. (XXX EXAME) No decorrer de uma reclamação
pretendido pela empresa. trabalhista, que transitou em julgado e que se en-
b. Deverá ser instaurado um processo de contra na fase executória, o juiz intimou o autor
homologação de acordo extrajudicial, proposto em a apresentar os cálculos de liquidação respecti-
petição conjunta, mas com cada parte representa- vos, o que foi feito. Então, o juiz determinou que
da obrigatoriamente por advogado diferente. o cálculo fosse levado ao setor de Contadoria da
c. Deverá ser instaurado um processo de Vara para conferência, tendo o calculista confir-
homologação de acordo extrajudicial, proposto mado que os cálculos estavam adequados e em
em petição conjunta, mas cada parte poderá ser consonância com a coisa julgada. Diante disso, o
representada por advogado, ou não, já que, na juiz homologou a conta e determinou que o execu-
Justiça do Trabalho, vigora o jus postulandi. tado depositasse voluntariamente a quantia, sob
d. Deverá ser instaurado um processo de pena de execução forçada.
homologação de acordo extrajudicial, proposto em
petição conjunta, mas com advogado único repre- Diante dessa narrativa e dos termos da CLT, assi-
sentando ambas as partes, por se tratar de acordo nale a afirmativa correta.
extrajudicial. a. Equivocou-se o juiz, porque ele não poderia ho-
mologar o cálculo sem antes conceder vista ao
5. (XXXI EXAME) Após tentar executar judicialmente executado pelo prazo de 8 dias.
seu ex-empregador (a empresa Tecidos Suaves b. Correta a atitude do magistrado, porque as contas
Ltda.) sem sucesso, o credor trabalhista Rodri- foram conferidas e foi impressa celeridade ao pro-
go instaurou o incidente de desconsideração de cesso do trabalho, observando a duração razoável
personalidade jurídica, objetivando direcionar a do processo.
execução contra os sócios da empresa, o que foi c. A Lei não fixa a dinâmica específica para a
aceito pelo magistrado. De acordo com a CLT, as- liquidação, daí porque cada juiz tem liberdade
sinale a opção que indica o ato seguinte. para criar a forma que melhor atenda aos anseios
a. O sócio será citado por oficial de justiça para pa- da justiça.
gar a dívida em 48 horas. d. O juiz deveria conceder vista dos cálculos ao exe-
b. O sócio será citado para manifestar-se e requerer cutado e ao INSS pelo prazo de 5 dias úteis, pelo
as provas cabíveis no prazo de 15 dias. que o procedimento adotado está errado.
c. O juiz determinará de plano o bloqueio de bens e
valores do sócio, posto que desnecessária a sua
citação ou intimação.
d. Será conferida vista prévia ao Ministério Público
do Trabalho, para que o parquet diga se concorda
com a desconsideração pretendida.
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DIREITO DO TRABALHO
Rafael Tonassi
Rafael Tonassi
Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Gama Filho. Especializado em Direito do Trabalho
e Previdenciário pela UESA e mestre em Direito do Trabalho pela Universidade de Coimbra. Possui Diploma de
Estudos Avançados do Curso de Doutorado da Universidad Alcalá de Henares, em Madri. Foi procurador-geral
do município de Nova Iguaçu.Foi procurador-geral autárquico do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de
Janeiro. Professor de Direito do Trabalho do Gran Cursos Online. Palestrante de diversos seminários e congres-
sos. Professor de pós-graduação da Academia Brasileira de Direito Constitucional e da Faculdade Baiana de
Direito. Autor de várias obras jurídicas.
DIREITO DO TRABALHO
1. Assinale a única opção que enseja a interrupção 4. Maria, empregada de uma panificadora, adotou
do contrato de trabalho. uma criança de 10 anos de idade. Quando da
a. Férias. adoção, obteve a informação de que faria jus à li-
b. Eleição para cargo de direção sindical. cença-maternidade, daí decorrente. Em conversa
c. Aposentadoria provisória, sendo o trabalhador com seu empregador, Maria foi informada que não
considerado incapaz para trabalhar. desfrutava do mencionado benefício. Na dúvida a
d. Prisão provisória do empregado. empregada requereu a licença-maternidade junto
ao INSS.
2. Os requisitos necessários à caracterização do vín-
culo de emprego abrangem Diante do caso apresentado, assinale a afirmativa
a. onerosidade, exclusividade, subordinação jurídica correta.
e alteridade. a. A duração da licença-maternidade de Maria tem va-
b. eventualidade, pessoalidade, onerosidade e su- riação de acordo com a idade da criança adotada.
bordinação jurídica. b. Maria não tem direito à licença-maternidade,
c. subordinação, não eventualidade, onerosidade e pois se trata de adoção e a legislação não prevê
pessoalidade. essa hipótese.
d. dependência econômica, continuidade, subordina- c. Maria tem direito à licença-maternidade de 120
ção e alteridade. dias, sem prejuízo do emprego e do salário, inde-
e. onerosidade, exclusividade, subordinação jurídica pendentemente da idade da criança adotada.
e não eventualidade. d. Maria tem direito a duas semanas de licença-ma-
ternidade correspondentes ao período de adapta-
3. Segundo expressa previsão em nossa ordem jurí- ção necessário na adoção.
dica, assinale a afirmativa que indica o trabalhador
que possui igualdade de direitos com os que têm 5. Com relação ao contrato de trabalho, assinale a
vínculo empregatício permanente. opção correta.
a. Trabalhador doméstico. a. O empregado poderá deixar de comparecer ao
b. Trabalhador voluntário. serviço sem prejuízo do salário nos dias em que
c. Trabalhador avulso. estiver comprovadamente realizando prova de
d. Trabalhador estatutário. exame vestibular para ingresso em estabeleci-
mento de ensino superior.
b. A suspensão do empregado por mais de quinze
dias consecutivos importa na rescisão injusta do
contrato de trabalho.
c. Constitui justa causa para rescisão do contrato de
trabalho pelo empregador a condenação criminal
do empregado proferida pelo juiz de primeiro grau.
d. A suspensão do empregado por mais de vinte dias
consecutivos importa na rescisão injusta do con-
trato de trabalho.
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DIREITO DO TRABALHO
Rafael Tonassi
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute
DIREITO CONSTITUCIONAL
1. A decisão do Tribunal de Justiça do Estado X con- 3. O Estado Alfa, com a intenção de amenizar a cri-
trariou expressamente a orientação da Súmula se ocasionada pela pandemia da Covid-19, editou
Vinculante n. 55 do Supremo Tribunal Federal - uma lei que determinava a suspensão por até 180
STF, que dispõe que o direito ao auxílio-alimenta- dias da cobrança dos empréstimos consignados
ção não se estende aos servidores inativos. Nes- contratados por servidores públicos estaduais, e a
se caso, a medida constitucional devida perante o não incidência de juros sobre os meses que fica-
STF seria: rem em aberto.
a. Mandado de segurança.
b. Reclamação constitucional. Considerando o caso concreto, marque a alterna-
c. Ação Popular. tiva correta, que esteja de acordo com a Constitui-
d. Ação direta de inconstitucionalidade. ção Federal e a jurisprudência.
a. A lei estadual é inconstitucional, pois viola a com-
2. A Constituição do Estado de Minas Gerais de 1989, petência privativa da União para legislar sobre di-
no artigo 70, § 2º, permite que o vício de iniciativa reito civil e política de crédito.
em projeto de lei seja validado por ato posterior b. A lei estadual é constitucional, pois compete à
do governador, que sancione a lei expressamen- União, aos Estados e ao Distrito Federal legis-
te ou tacitamente. Ocorre que o Procurador-Geral lar concorrentemente sobre direito civil e política
da República ingressou com uma Ação Direta de de crédito.
Inconstitucionalidade contra o artigo 70, § 2º, da c. A lei estadual é constitucional, pois a competência
Constituição do Estado de Minas Gerais. De acor- para legislar sobre o assunto de direito civil e polí-
do com a Constituição Federal e a Jurisprudência, tica de crédito é comum da União, dos Estados, do
responda a alternativa correta: Distrito Federal e dos Municípios.
a. O Procurador-Geral da República tem razão ao d. A lei estadual é inconstitucional, pois viola a com-
ajuizar a Ação Direta de Inconstitucionalidade, petência do Município para legislar sobre assuntos
pois a sanção, enquanto ato de competência do de interesse local.
chefe do Poder Executivo (no caso, o Governador
do estado), não tem força normativa para sanar 4. Caso hipotético: A lei municipal X de 2021 está em
vício de inconstitucionalidade formal subjetiva, desconformidade com a Constituição Federal de
mesmo que se trate de usurpação de iniciativa do 1988. A via adequada para exercer o controle de
próprio chefe do Executivo. constitucionalidade da referida norma no STF é o(a)
b. O Procurador-Geral da República não tem razão a. arguição de Descumprimento de Preceito
ao ajuizar a Ação Direta de Inconstitucionalidade, Fundamental.
pois embora tenha legitimidade para propor ação b. ação direta de inconstitucionalidade
do controle concentrado, a medida adequada se- c. ação declaratória de constitucionalidade.
ria a Arguição de Descumprimento de Preceito d. mandado de segurança.
Fundamental.
c. O Procurador-Geral da República não é legitima-
do para propor ação do controle concentrado, logo
não poderia ajuizar a Ação Direta de Inconstitu-
cionalidade.
d. O Procurador-Geral da República não tem razão
ao ajuizar a Ação Direta de Inconstitucionalidade,
pois o vício de iniciativa em projeto de lei pode ser
validado por ato posterior do Governador.
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DIREITO PENAL
Michelle Tonon
Michelle Tonon
Bacharel em Direito pela Universidade de Brasília - UnB (2005). Atuou, de 2005 a 2007, como assessora de
Subprocuradores-Gerais da República na PGR. Ingressou na Defensoria Pública do Distrito Federal em 2008,
com atuação predominante na área criminal e Tribunal do Júri. Possui pós-graduação lato sensu em Direito,
Estado e Constituição pela Jurplac/Faciplac (2009). É coautora das obras "Série Defensoria Pública. Teses jurídi-
cas dos Defensores Públicos do Distrito Federal. Direito Penal e Processual Penal. Coordenação da ADEP-DF",
"Manual de mediação judicial", "Estudos de arbitragem, mediação e negociação. Volumes 2 e 3", "O novo Direito
Administrativo brasileiro - o Estado, as agências e o terceiro setor" e "O novo Direito Administrativo - o público e
o privado em debate." Professora de cursos preparatórios para concursos desde 2017. Membro da comissão
criminal permanente do Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais – CONDEGE. Na Defensoria Pública
do Distrito Federal, exerce atualmente a função de Coordenadora do NUDEM – Núcleo de Assistência Jurídica
de Defesa das Mulheres.
DIREITO PENAL
1. Em julho de 2021, Hugo, inconformado com o tér- 2. (FGV/TJ-PR/2021/ADAPTADA) João subtraiu um
mino de seu relacionamento amoroso com Caro- celular de Maria, no dia 24/12/2019, mediante gra-
lina, passa a enviar dezenas de mensagens por ve ameaça consistente na promessa de ofender
aplicativos de conversas todos os dias, questio- sua integridade corporal, exercida com o emprego
nando a moça sobre o rompimento e desejando de uma faca de 22 cm de lâmina. A ação foi per-
marcar um encontro. Em redes sociais, também cebida por guardas municipais, em patrulhamen-
envia mensagens, em tom ameaçador, mencio- to, que detiveram João de imediato, ainda com a
nando que cometeria um ato de loucura caso Ca- faca na mão e com o celular subtraído. A tipicidade
rolina não o respondesse. Além disso, durante cer- adequada dessa conduta é:
ca de duas semanas, Hugo se dirigiu ao trabalho a. roubo simples tentado.
de Carolina e permanecia na porta, observando- b. roubo simples consumado.
-a, por algumas horas, sendo notado pelos cole- c. roubo qualificado pelo emprego de arma.
gas de trabalho de Carolina. Em determinado dia, d. roubo qualificado pelo emprego de arma bran-
após perseguir a ex-namorada na saída do traba- ca, tentado.
lho, Hugo é preso em flagrante. A família procura
você, advogado/a, para aconselhamento jurídico. 3. (FCC/DPE-BA/2021/ADAPTADA) Em 12/3/2021,
Nessa situação: Fernando chegou em casa alcoolizado e após dis-
a. A conduta descrita caracteriza a contravenção pe- cussão por ciúme, desferiu dois fortes socos no
nal de perturbação da tranquilidade, infração de olho de sua esposa Vitória. Em seguida, Fernando
menor potencial ofensivo, cabendo a aplicação dos disse que “não quer que ela fique novamente de
institutos despenalizadores da Lei n. 9.099/1995, conversa com outros homens na rua” e saiu de
como a transação penal. casa. Vitória pediu ajuda a vizinhos que a encami-
b. Hugo praticou o delito de perseguição ou stalking, nharam ao pronto-socorro para os devidos cuida-
previsto no art. 147-A do Código Penal, na forma dos. Em razão dos ferimentos, Vitória precisou ser
majorada, pois praticado contra mulher em con- submetida a pequena cirurgia, que necessitou de
texto de violência doméstica e familiar, sob a égide cinco dias de observação no hospital, mas após
da Lei Maria da Penha. O crime é de ação penal alta médica poderia voltar às suas atividades ha-
pública condicionada, dependendo de representa- bituais normalmente. Contudo, no último dia se
ção de Carolina. sentiu mal e realizou exames no hospital, tendo
c. Ainda que Hugo praticasse um único ato de ob- sido constatada infecção por Covid-19, que ocor-
servação de Carolina em seu local de trabalho rera no hospital. Em razão das complicações do
já estaria caracterizado o crime de perseguição, vírus, Vitória seguiu internada no hospital e morreu
o qual não exige um comportamento reiterado vinte e um dias depois. Diante dos fatos narrados,
do agressor. Fernando deve responder por
d. A conduta de Hugo é atípica, pois seria necessário a. lesão corporal em situação de violência doméstica.
o efetivo ingresso no local de trabalho de Carolina, b. lesão corporal seguida de morte.
assim como a prática de violência física contra a c. feminicídio.
moça, o que não se verificou no caso. d. tentativa de homicídio.
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DIREITO PENAL
Michelle Tonon
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DIREITO PENAL
Michelle Tonon
9. (FGV/MPE-RJ/ESTÁGIO/2020/ADAPTADA) Ra-
mon foi denunciado pela prática de um crime de
estupro simples, sendo constatado ao longo da
instrução, por meio de exame de insanidade men-
tal, que, na data dos fatos, ele era inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do fato em ra-
zão de desenvolvimento mental incompleto. Con-
firmada a autoria e a materialidade, no momento
das alegações finais, caberá à defesa buscar:
a. a absolvição imprópria de Ramon, aplicando-se
medida de segurança, diante da inimputabilidade
do agente.
b. a absolvição própria do agente, não sendo apli-
cada qualquer pena privativa de liberdade ou
medida de segurança, diante da inimputabilidade
do agente.
c. a absolvição imprópria de Ramon, aplicando-se
pena privativa de liberdade, com causa de dimi-
nuição de pena em razão da inimputabilidade.
d. a condenação do réu, reduzindo-se a pena apli-
cada, porém, em um a dois terços em razão da
semi-imputabilidade do agente.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Brígido
Gustavo Brígido
Bacharel em Direito pela UFC. Especialista em Direito e Processo Administrativo pela UNIFOR. Mestre
em Políticas Públicas e Sociedade pela UECE. Doutor em Direito Constitucional pela UNIFOR. Advogado.
Membro da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da OAB. Professor há mais de 20 anos.
DIREITO ADMINISTRATIVO
1. (FGV/2021/TCE-AM) A Lei n. 11.079/2004 prevê I – cujo valor do contrato seja inferior a R$
que parceria público-privada é o contrato adminis- 10.000.000,00 (dez milhões de reais); (Reda-
trativo de concessão, na modalidade patrocinada ção dada pela Lei nº 13.529, de 2017)
ou administrativa. De acordo com a mencionada II – cujo período de prestação do serviço seja
lei, é vedada a celebração de contrato de parceria inferior a 5 (cinco) anos; ou
público-privada: III – que tenha como objeto único o forneci-
a. cujo valor do contrato seja superior a R$
mento de mão-de-obra, o fornecimento e ins-
10.000.000,00 (dez milhões de reais).
talação de equipamentos ou a execução de
b. cujo valor do contrato seja inferior a R$
obra pública.
1.000.000,00 (um milhão de reais).
c. cujo período de prestação do serviço seja inferior
a 10 (dez) anos. Art. 10. A contratação de parceria público-
d. que tenha como objeto único o fornecimento de -privada será precedida de licitação na mo-
mão de obra, o fornecimento e instalação de equi- dalidade concorrência ou diálogo competiti-
pamentos ou a execução de obra pública. vo, estando a abertura do processo licitatório
condicionada a: (Redação dada pela Lei nº
Comentário 14.133, de 2021)
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DIREITO ADMINISTRATIVO
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9. (FGV/2021/TCE-AM) Imagine as duas situações b. frustrada e deserta, sendo que esta segunda pode
hipotéticas a seguir ocorridas no ano de 2019. dar azo à inexigibilidade de licitação, quando jus-
tificadamente não puder ser repetida a licitação
I – O Estado do Amazonas publicou regularmente sem prejuízo para a Administração, mantidas to-
edital de licitação para realização de procedi- das as condições preestabelecidas.
mento licitatório para prestação de determi- c. fracassada e deserta, sendo que esta segunda
nados serviços, mas todos os licitantes foram pode dar azo à dispensa de licitação, quando jus-
inabilitados. tificadamente não puder ser repetida a licitação
II – O Estado do Amazonas publicou regularmente sem prejuízo para a Administração, mantidas to-
edital de licitação para realização de procedi- das as condições preestabelecidas.
mento licitatório para aquisição de determina- d. deserta e perdida, sendo que esta segunda pode
dos bens, mas nenhum interessado compare- dar azo à dispensa de licitação, quando justifica-
ceu para participar do certame. damente não puder ser repetida a licitação sem
prejuízo para a Administração, mantidas todas as
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo condições preestabelecidas.
e a Lei n. 8.666/1993, os casos narrados repre-
sentam, respectivamente, licitações:
a. perdida e frustrada, sendo que aquela primeira
pode dar azo à inexigibilidade de licitação, quando
justificadamente não puder ser repetida a licitação
sem prejuízo para a Administração, mantidas to-
das as condições preestabelecidas.
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Art. 39. O julgamento por maior retorno econômico, utilizado exclusivamente para a celebração de con-
trato de eficiência, considerará a maior economia para a Administração, e a remuneração deverá ser
fixada em percentual que incidirá de forma proporcional à economia efetivamente obtida na execução
do contrato.
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Salmos, 90/91
Salmos, 121
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DIREITO CIVIL
Roberta Queiroz
Roberta Queiroz
Mestre em Direito pela Universidade Católica de Brasília, com dissertação na área de Direito Processual Civil
– negócios jurídicos processais. Especialista em Direito Processual Civil pela Universidade do Sul de Santa
Catarina em novembro de 2009. Graduada em Direito pela Universidade Católica de Brasília em dezembro de
2005. Foi professora universitária do curso de Direito da Universidade Católica de Brasília. Docente nas disci-
plinas de Direito Civil e Direito Processual Civil desde 2007 para Pós-Graduação, para Preparatório de Exame
de Ordem e para Concursos de Carreiras Jurídicas. Professora de cursos de aperfeiçoamento na advocacia
em Direito Civil e Processo Civil na Escola Superior da Advocacia de Brasília – ESA/DF. Coordenadora do
curso preparatório para Exame de Ordem do Gran Cursos Online. Advogada inscrita na OAB-DF.
DIREITO CIVIL
1. (FGV) João, único herdeiro de seu avô Leonardo, 2. (FGV) Gumercindo, 77 anos de idade, vinha so-
recebeu, por ocasião da abertura da sucessão frendo os efeitos do Mal de Alzheimer, que, embo-
deste último, todos os seus bens, inclusive uma ra não atingissem sua saúde física, perturbavam
casa repleta de antiguidades. sua memória. Durante uma distração de seu en-
fermeiro, conseguiu evadir-se da casa em que re-
Necessitando de dinheiro para quitar suas dívidas, sidia. A despeito dos esforços de seus familiares,
uma das primeiras providências de João foi alienar ele nunca foi encontrado, e já se passaram nove
uma pintura antiga que sempre estivera exposta anos do seu desaparecimento. Agora, seus paren-
na sala da casa, por um valor módico, ao primeiro tes lidam com as dificuldades relativas à adminis-
comprador que encontrou. tração e disposição do seu patrimônio.
João, semanas depois, leu nos jornais a notícia de
que reaparecera no mercado de arte uma pintura Assinale a opção que indica o que os parentes de-
valiosíssima de um célebre artista plástico. Sua vem fazer para receberem a propriedade dos bens
surpresa foi enorme ao descobrir que se tratava de Gumercindo.
da pintura que ele alienara, com valor milhares de a. Somente com a localização do corpo de Gumer-
vezes maior do que o por ela cobrado. Por isso, cindo será possível a decretação de sua morte e
pretende pleitear a invalidação da alienação. a transferência da propriedade dos bens para os
herdeiros.
A respeito do caso narrado, assinale a afirmativa b. Eles devem requerer a declaração de ausência,
correta. com nomeação de curador dos bens, e, após um
a. O negócio jurídico de alienação da pintura cele- ano, a sucessão provisória; a sucessão definitiva,
brado por João está viciado por lesão e chegou com transferência da propriedade dos bens, só
a produzir seus efeitos regulares, no momento de poderá ocorrer depois de dez anos de passada
sua celebração. em julgado a sentença que concede a abertura da
b. O direito de João a obter a invalidação do negócio sucessão provisória.
jurídico, por erro, de alienação da pintura, não se c. Eles devem requerer a sucessão definitiva do au-
sujeita a nenhum prazo prescricional sente, pois ele já teria mais de oitenta anos de ida-
c. A validade do negócio jurídico de alienação da de, e as últimas notícias dele datam de mais de
pintura subordina-se necessariamente à prova de cinco anos.
que o comprador desejava se aproveitar de sua d. Eles devem requerer que seja declarada a morte
necessidade de obter dinheiro rapidamente. presumida, sem decretação de ausência, por ele
d. Se o comprador da pintura oferecer suplemento se encontrar desaparecido há mais de dois anos,
do preço pago de acordo com o valor de mercado abrindo-se, assim, a sucessão.
da obra, João poderá optar entre aceitar a oferta
ou invalidar o negócio.
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DIREITO CIVIL
Roberta Queiroz
3. (FGV) Antônio, divorciado, proprietário de três 5. (FGV) Em 05/05/2005, Aloísio adquiriu uma casa
imóveis devidamente registrados no RGI, de va- de 500 m2 registrada em nome de Bruno, que lhe
lores de mercado semelhantes, decidiu transferir vendeu o imóvel a preço de mercado. A escritu-
onerosamente um de seus bens ao seu filho mais ra e o registro foram realizados de maneira usu-
velho, Bruno, que mostrou interesse na aquisição al. Em 05/09/2005, o imóvel foi alugado, e Aloí-
por valor próximo ao de mercado. sio passou a receber mensalmente o valor de R$
3.000,00 pela locação, por um período de 6 anos.
No entanto, ao consultar seus dois outros filhos Em 10/10/2009, Aloísio é citado em uma ação
(irmãos do pretendente comprador), um deles, reivindicatória movida por Elisabeth, que pleiteia
Carlos, opôs-se à venda. Diante disso, bastante a retomada do imóvel e a devolução de todos os
chateado com a atitude de Carlos, seu filho que valores recebidos por Aloísio a título de locação,
não concordou com a compra e venda do imóvel, desde o momento da sua celebração.
decidiu realizar uma doação a favor de Bruno.
Uma vez que Elisabeth é judicialmente reconhe-
Em face do exposto, assinale a afirmativa correta. cida como a verdadeira proprietária do imóvel em
a. A compra e venda de ascendente para descen- 10/10/2011, pergunta-se: é correta a pretensão da
dente só pode ser impedida pelos demais descen- autora ao recebimento de todos os aluguéis rece-
dentes e pelo cônjuge, se a oposição for unânime. bidos por Aloísio?
b. Não há, na ordem civil, qualquer impedimento à a. Sim. Independentemente da sentença de mérito, a
realização de contrato de compra e venda de pai própria contestação automaticamente transforma
para filho, motivo pelo qual a oposição feita por a posse de Aloísio em posse de má-fé desde o
Carlos não poderia gerar a anulação do negócio. seu nascedouro, razão pela qual todos os valores
c. Antônio não poderia, como reação à legítima opo- recebidos pelo possuidor devem ser ressarcidos.
sição de Carlos, promover a doação do bem para b. Não. Sem a ocorrência de nenhum outro fato, so-
um de seus filhos (Bruno), sendo tal contrato nulo mente após uma sentença favorável ao pedido de
de pleno direito. Elisabeth, na reivindicatória, é que seus argumen-
d. É legítima a doação de ascendentes para des- tos poderiam ser considerados verdadeiros, o que
cendente, independentemente da anuência dos caracterizaria a transformação da posse de boa-fé
demais, eis que o ato importa antecipação do que em posse de má-fé. Como o possuidor de má-fé
lhe cabe na herança. tem direito aos frutos, Aloísio não é obrigado a de-
volver os valores que recebeu pela locação.
4. (FGV) Alberto, adolescente, obteve autorização c. Não. Sem a ocorrência de nenhum outro fato, e
de seus pais para casar-se aos dezesseis anos uma vez que Elisabeth foi vitoriosa em seu pleito,
de idade com sua namorada Gabriela. O casal vi- a posse de Aloísio passa a ser qualificada como de
veu feliz nos primeiros meses de casamento, mas, má-fé desde a sua citação no processo – momen-
após certo tempo de convivência, começaram a to em que Aloísio tomou conhecimento dos fatos
ter constantes desavenças. Assim, a despeito dos ao final reputados como verdadeiros –, exigindo,
esforços de ambos para que o relacionamento em tais condições, a devolução dos frutos recebi-
progredisse, os dois se divorciaram pouco mais dos entre 10/10/2009 e a data de encerramento do
de um ano após o casamento. Muito frustrado, Al- contrato de locação.
berto decidiu reunir algumas economias e adquiriu d. Não. Apesar de Elisabeth ter obtido o provimento
um pacote turístico para viajar pelo mundo e tentar judicial que pretendia, Aloísio não lhe deve qual-
esquecer o ocorrido. quer valor, pois, sendo possuidor com justo título,
tem, em seu favor, a presunção absoluta de vera-
Considerando que Alberto tinha dezessete anos cidade quanto a sua boa-fé.
quando celebrou o contrato com a agência de tu-
rismo e que o fez sem qualquer participação de
seus pais, o contrato é
a. válido, pois Alberto é plenamente capaz.
b. nulo, pois Alberto é absolutamente incapaz.
c. anulável, pois Alberto é relativamente incapaz.
d. ineficaz, pois Alberto não pediu a anuência
de Gabriela.
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DIREITO CIVIL
Roberta Queiroz
6. (FGV) Arnaldo institui usufruto de uma casa em 7. (FGV) Ronaldo é proprietário de um terreno que se
favor das irmãs Bruna e Cláudia, que, no intuito de encontra cercado de imóveis edificados e decide
garantir uma fonte de renda, alugam o imóvel. Dois vender metade dele para Abílio. Dois anos após o
anos depois da constituição do usufruto, Cláudia negócio feito com Abílio, Ronaldo, por dificuldades
falece, e Bruna, mesmo sem “cláusula de acres- financeiras, descumpre o que havia sido acordado
cer” expressamente estipulada, passa a receber e constrói uma casa na parte da frente do terre-
integralmente os valores decorrentes da locação. no – sem deixar passagem aberta para Abílio – e
a vende para José, que imediatamente passa a
Um ano após o falecimento de Cláudia, Arnaldo habitar o imóvel.
vem a falecer. Seus herdeiros pleiteiam judicial-
mente uma parcela dos valores integralmente re- Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.
cebidos por Bruna no intervalo entre o falecimento a. Abílio tem direito real de servidão de passagem
de Cláudia e de Arnaldo e, concomitantemente, a pelo imóvel de José, mesmo contra a vontade des-
extinção do usufruto em função da morte de seu te, com base na usucapião.
instituidor. b. A venda realizada por Ronaldo é nula, tendo em
vista que José não foi comunicado do direito real de
Diante do exposto, assinale a afirmativa correta. servidão de passagem existente em favor de Abílio.
a. Na ausência da chamada “cláusula de acrescer”, c. Abílio tem direito a passagem forçada pelo imóvel
parte do usufruto teria se extinguido com a morte de José, independentemente de registro, eis que
de Cláudia, mas o usufruto como um todo não se seu imóvel ficou em situação de encravamento
extingue com a morte de Arnaldo. após a construção e venda feita por Ronaldo.
b. Bruna tinha direito de receber a integralidade dos d. Como não participou da avença entre Ronaldo e
aluguéis independentemente de estipulação ex- Abílio, José não está obrigado a conceder passa-
pressa, tendo em vista o grau de parentesco com gem ao segundo, em função do caráter persona-
Cláudia, mas o usufruto automaticamente se ex- líssimo da obrigação assumida.
tingue com a morte de Arnaldo.
c. A morte de Arnaldo só extingue a parte do usufruto 8. (FGV) Aldo e Mariane são casados sob o regime
que caberia a Bruna, mas permanece em vigor no da comunhão parcial de bens, desde setembro de
que tange à parte que cabe a Cláudia, legitimando 2013. Em momento anterior ao casamento, Ru-
os herdeiros desta a receberem metade dos valo- bens, pai de Mariane, realizou a doação de um
res decorrentes da locação, caso esta permane- imóvel à filha. Desde então, a nova proprietária
ça em vigor. acumula os valores que lhe foram pagos pelos lo-
d. A morte de Cláudia extingue integralmente o usu- catários do imóvel.
fruto, pois instituído em caráter simultâneo, razão
pela qual os herdeiros de Arnaldo têm direito de No ano corrente, alguns desentendimentos fize-
receber a integralidade dos valores recebidos por ram com que Mariane pretendesse se divorciar de
Bruna, após o falecimento de sua irmã. Aldo. Para tal finalidade, procurou um advogado,
informando que a soma dos aluguéis que lhe fo-
ram pagos desde a doação do imóvel totalizava
R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), sen-
do que R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) foram
auferidos antes do casamento e o restante, após.
Mariane relatou, ainda, que atualmente o imóvel
se encontra vazio, sem locatários.
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DIREITO CIVIL
Roberta Queiroz
c. Aldo tem direito à meação dos valores recebi- 10. (FGV) Salomão, solteiro, sem filhos, 65 anos, é fi-
dos por Mariane, durante o casamento, a título lho de Lígia e Célio, que faleceram recentemente
de aluguel. e eram divorciados. Ele é irmão de Bernardo, 35
d. Aldo faz jus à meação tanto sobre a propriedade anos, médico bem-sucedido, filho único do segun-
do imóvel doado a Mariane por Rubens, quanto do casamento de Lígia. Salomão, por circunstân-
sobre os valores recebidos a título de aluguel des- cias sociais, não mantinha contato com Bernardo.
se imóvel na constância do casamento.
Em razão de uma deficiência física, Salomão nun-
9. (FGV) Arnaldo faleceu e deixou os filhos Roberto e ca exerceu atividade laborativa e sempre morou
Álvaro. No inventário judicial de Arnaldo, Roberto, com o pai, Célio, até o falecimento deste. Com fre-
devedor contumaz na praça, renunciou à herança, quência, seu primo Marcos, comerciante e grande
em 05/11/2019, conforme declaração nos autos. amigo, o visita.
Considerando que o falecido não deixou testa-
mento e nem dívidas a serem pagas, o valor líqui- Com base no caso apresentado, assinale a opção
do do monte a ser partilhado era de R$ 100.000,00 que indica quem tem obrigação de pagar alimento
(cem mil reais). a Salomão.
a. Marcos é obrigado a pagar alimentos a Salomão,
Bruno é primo de Roberto e também seu credor no caso de necessidade deste.
no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). No b. Por ser irmão unilateral, Bernardo não deve, em
dia 09/11/2019, Bruno tomou conhecimento da hipótese alguma, alimentos a Salomão.
manifestação de renúncia supracitada e, no dia c. Bernardo, no caso de necessidade de Salomão,
29/11/2019, procurou um advogado para tomar as deve arcar com alimentos.
medidas cabíveis. d. Bernardo e Marcos deverão dividir alimentos, en-
tre ambos, de forma igualitária.
Sobre esta situação, assinale a afirmativa correta.
a. Em nenhuma hipótese Bruno poderá contestar a
renúncia da herança feita por Roberto.
b. Bruno poderá aceitar a herança em nome de Ro-
berto, desde que o faça no prazo de quarenta dias
seguintes ao conhecimento do fato.
c. Bruno poderá, mediante autorização judicial, acei-
tar a herança em nome de Roberto, recebendo in-
tegralmente o quinhão do renunciante.
d. Bruno poderá, mediante autorização judicial, acei-
tar a herança em nome de Roberto, no limite de
seu crédito.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Raquel Bueno
Raquel Bueno
Formada em Direito pela Universidade Católica de Brasília, Especialista em Direito Civil e Processo Civil pela
Universidade Cândido Mendes-RJ, Mestranda em Direito na Universidade Católica de Brasília, professora de
Direito Civil da graduação da Universidade Católica de Brasília e IESB, da pós graduação em Direito Civil da
UniEvangélica de Anápolis-GO e professora de Direito Civil e Processo Civil do Gran Cursos Online. Advogada.
Comentário
Da decisão que julga, em caráter definitivo, parcial-
mente o mérito, caberá agravo de instrumento, por
se tratar de uma decisão interlocutória de mérito.
CPC
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o méri-
to quando um ou mais dos pedidos formula-
dos ou parcela deles:
I – mostrar-se incontroverso; (...)
§ 5º A decisão proferida com base neste arti-
go é impugnável por agravo de instrumento.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Raquel Bueno
Caso a parte não compareça injustificadamente à audi- to ao recurso ordinário em mandado de segu-
ência de conciliação/mediação, mas seu advogado for rança, concedendo-se a segurança.
(com poderes especiais para transigir), não haverá a (AgInt no RMS 56.422/MS, Rel. Ministro
incidência da multa do § 8º, do artigo 334 do CPC. A RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado
decisão interlocutória que fixa a multa do artigo 334, em 08/06/2021, DJe 16/06/2021) R E -
§ 8º, do CPC, não é agravável, devendo ser impug- CURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL.
nada em preliminar de apelação ou nas contrarrazões AGRAVO DE INSTRUMENTO. HIPÓTE-
de apelação. SES DE CABIMENTO DO RECURSO (ART.
1.015, INCISO II, DO CPC). AUSÊNCIA IN-
CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. JUSTIFICADA A AUDIÊNCIA DE CONCILI-
MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO ÇÃO. MULTA POR ATO ATENTATÓRIO À
INTERNO NO RECURSO ORDINÁRIO EM DIGNIDADE DA JUSTIÇA.
MANDADO DE SEGURANÇA. ATO JUDI- 1. Controvérsia em torno da recorribilidade,
CIAL ILEGAL. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA mediante agravo de instrumento, contra a de-
DE APLICAÇÃO DA MULTA PREVISTA NO cisão cominatória de multa à parte pela ausên-
ART. 334, § 8º, DO CPC/2015, POR INEXIS- cia injustificada à audiência de conciliação.
TENTE ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE 2. O legislador de 2015, ao reformar o regime
DA JUSTIÇA. DECISÃO IRRECORRÍVEL. processual e recursal, notadamente do agra-
PARTE DEVIDAMENTE REPRESENTADA vo de instrumento, pretendeu incrementar
NA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO POR a celeridade do processo, que, na vigência
ADVOGADO COM PODERES PARA TRAN- do CPC de 1973, era constantemente obs-
SIGIR. VIOLAÇÃO DE DIREITO LÍQUIDO taculizado pela interposição de um número
E CERTO (CPC, ART. 334, § 10). ORDEM infindável de agravos de instrumento, dilar-
CONCEDIDA. RECURSO PROVIDO. gando o tempo de andamento dos processos
1. A impetração de mandado de segurança e sobrecarregando os Tribunais, Federais e
contra ato judicial, a teor da doutrina e da Estaduais.
jurisprudência, reveste-se de índole excep- 3. A decisão cominatória da multa do art. 334,
cional, admitindo-se apenas em hipóteses §8º, do CPC, à parte que deixa de compare-
determinadas, a saber: a) decisão judicial cer à audiência de conciliação, sem apresen-
manifestamente ilegal ou teratológica; b) de- tar justificativa adequada, não é agravável,
cisão judicial contra a qual não caiba recurso; não se inserindo na hipótese prevista no art.
c) para imprimir efeito suspensivo a recurso 1.015, inciso II, do CPC, podendo ser, no fu-
desprovido de tal atributo; e d) quando im- turo, objeto de recurso de apelação, na forma
petrado por terceiro prejudicado por decisão do art. 1.009, §1º, do CPC.
judicial. 4. RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO.
2. Na hipótese, é cabível o mandado de se- (REsp 1762957/MG, Rel. Ministro PAULO DE
gurança e nítida a violação de direito líquido TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TUR-
e certo do impetrante, pois tem-se ato judicial MA, julgado em 10/03/2020, DJe 18/03/2020)
manifestamente ilegal e irrecorrível, consis-
tente em decisão interlocutória que impôs à
parte ré multa pelo não comparecimento pes-
soal à audiência de conciliação, com base
no § 8º do art. 334 do CPC, por suposto ato
atentatório à dignidade da Justiça, embora
estivesse representada naquela audiência
por advogado com poderes específicos para
transigir, conforme expressamente autoriza o
§ 10 do mesmo art. 334.
3. Agravo interno provido para dar provimen-
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Raquel Bueno
2. Mirna começa a sentir dores de cabeça, febre, § 3º O aditamento a que se refere o inciso I do
diarreia, e procura o posto de saúde mais próxi- § 1º deste artigo dar-se-á nos mesmos autos,
mo. Após teste da COVID-19 positivo, Mirna fica sem incidência de novas custas processuais.
em isolamento em seu lar, mais precisamente no § 4º Na petição inicial a que se refere o ca-
seu quarto, uma vez que mora em um apartamen- put deste artigo, o autor terá de indicar o valor
to com a tia Kátia. Após súbita piora do seu esta- da causa, que deve levar em consideração o
do de saúde, Mirna é levada pela tia ao Hospital
pedido de tutela final.
Público local e se depara com a situação precária
§ 5º O autor indicará na petição inicial, ainda,
de inexistência de leito na UTI. Desesperada, a tia
que pretende valer-se do benefício previsto
de Mirna procura a Defensoria Pública, a fim de
no caput deste artigo.
que seja tomada alguma medida judicial rápida e
eficaz, uma vez que o estado de saúde de Mirna é § 6º Caso entenda que não há elementos
grave e ela necessita urgentemente de um leito de para a concessão de tutela antecipada, o ór-
UTI. Ressalte-se que a ação foi proposta no mo- gão jurisdicional determinará a emenda da
delo simplificado, perante o plantão judicial. A par- petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena
tir desta realidade fática, assinale a opção correta. de ser indeferida e de o processo ser extinto
a. O caso contempla hipótese de tutela provisória de sem resolução de mérito.
urgência cautelar antecedente.
b. O caso contempla hipótese de tutela provisória de Obs.: TPU-AA é a única que pode estabilizar se o
urgência antecipada antecedente. réu não agravar.
c. O caso contempla hipótese de tutela provisória de
evidência liminar. 3. Suzana promoveu uma ação reipersecutória em
d. O caso contempla hipótese de tutela provisória de face de Jonas, a fim de obter a entrega de um ve-
urgência satisfativa incidental. ículo, objeto de um contrato de depósito celebrado
com aquele. Suzana cumpriu sua parte no contra-
Comentário to, mas Jonas não restituiu a coisa. Assim, muni-
Conforme o artigo 303 do CPC, in verbis: da com todas as provas documentais necessárias
e pertinentes ao caso, Suzana requereu a seu
Art. 303. Nos casos em que a urgência for advogado(a) que promovesse a ação cabível, se
contemporânea à propositura da ação, a peti- possível com um pedido de liminar e fixação de as-
ção inicial pode limitar-se ao requerimento da treintes para o caso de não cumprimento da decisão
judicial. Neste caso, o(a) advogado(a) pleiteou uma:
tutela antecipada e à indicação do pedido de
a. tutela provisória de evidência incidental.
tutela final, com a exposição da lide, do direi-
b. tutela provisória de urgência antecipada antecedente.
to que se busca realizar e do perigo de dano
c. tutela provisória de urgência cautelar antecedente.
ou do risco ao resultado útil do processo. d. ação de depósito, que é um procedimento espe-
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se cial de jurisdição contenciosa.
refere o caput deste artigo:
I – o autor deverá aditar a petição inicial, com Comentário
a complementação de sua argumentação, a
juntada de novos documentos e a confirma- CPC
ção do pedido de tutela final, em 15 (quinze) Art. 311. A tutela da evidência será concedi-
dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; da, independentemente da demonstração de
II – o réu será citado e intimado para a audi- perigo de dano ou de risco ao resultado útil
ência de conciliação ou de mediação na for- do processo, quando: (...)
ma do art. 334; III – se tratar de pedido reipersecutório funda-
III – não havendo autocomposição, o pra- do em prova documental adequada do con-
zo para contestação será contado na forma trato de depósito, caso em que será decreta-
do art. 335. da a ordem de entrega do objeto custodiado,
§ 2º Não realizado o aditamento a que se re- sob cominação de multa;
fere o inciso I do § 1º deste artigo, o processo Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos
será extinto sem resolução do mérito. II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Raquel Bueno
4. Isabella, dezoito anos, firmou com seu pai Jonas 5. Patrícia estava atrasada para o trabalho, razão
um acordo de alimentos, assinado por eles e seus pela qual dirigia seu veículo em alta velocidade.
respectivos advogados. Neste acordo o pai paga- Durante o percurso, se distraiu ouvindo um suces-
ria um salário mínimo para a filha, a fim de ajudar so dos “Barões da Pisadinha”, e acabou colidin-
nos custos da faculdade dela. No segundo ano do na traseira do veículo de Odair, que freou de-
o pai parou de pagar o valor ajustado, e Isabella vidamente na faixa de pedestres. Após conversa
quer exigir o pagamento judicialmente, havendo amigável, Patrícia assumiu a responsabilidade e
cinco parcelas em aberto. O advogado de Isabella se comprometeu a acionar seu seguro para o con-
promoveu a execução autônoma do título, pelo rito serto do carro de Odair. Na semana seguinte, ao
da constrição patrimonial, indicando à penhora o ser procurada por Odair, Patrícia apresentou outra
único imóvel de Jonas, onde ele mora com sua versão e disse que não era responsável pelo ocor-
nova companheira. Jonas, após ser citado, procu- rido, o que levou Odair a procurar um advogado
rou um Núcleo de Prática Jurídica de uma facul- para tomar as providências judiciais cabíveis. Nes-
dade de Direito, a fim de conseguir um advogado se contexto, assinale a alternativa correta.
para lhe patrocinar. A partir deste contexto, assina- a. Odair pode promover ação indenizatória de ma-
le a alternativa correta. neira direta e exclusiva contra a seguradora.
a. Jonas terá três dias para quitar seu débito, a con- b. Uma vez demandada Patrícia, ela deverá, obriga-
tar da citação, sob pena de multa de 10%. toriamente, denunciar à lide sua seguradora.
b. Jonas poderá requerer o parcelamento da dívida, c. Odair poderá promover a demanda indenizató-
adiantando 30% do débito atualizado, mais os ho- ria em face de Patrícia e sua seguradora, em li-
norários advocatícios e custas adiantadas pela tisconsórcio.
exequente. d. Uma vez demandada Patrícia, ela poderá promo-
c. Jonas poderá opor embargos à execução, no pra- ver o chamamento ao processo da seguradora.
zo de quinze dias a contar da juntada do mandado
de citação cumprido. Comentário
d. Jonas poderá alegar a impenhorabilidade do bem Lembre-se de que nenhuma modalidade de inter-
de família legal. venção de terceiros é obrigatória. Nesse caso, Patrí-
cia poderá promover a denunciação da lide de sua
Comentário seguradora, assim como Odair pode demandar Pa-
trícia e sua seguradora em litisconsórcio. Vide art.
CPC 125, II e § 1º do CPC, bem como Súmulas do STJ
Art. 916. No prazo para embargos, reconhe- n. 529 e 537:
cendo o crédito do exequente e comprovan-
do o depósito de trinta por cento do valor em Súmula n. 529 – STJ: No seguro de respon-
execução, acrescido de custas e de honorá- sabilidade civil facultativo, não cabe o ajuiza-
rios de advogado, o executado poderá reque- mento de ação pelo terceiro prejudicado dire-
rer que lhe seja permitido pagar o restante ta e exclusivamente em face da seguradora
em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas do apontado causador do dano.
de correção monetária e de juros de um por Súmula n. 537 – STJ: Em ação de repara-
cento ao mês. ção de danos, a seguradora denunciada, se
aceitar a denunciação ou contestar o pedido
a. Não há a referida multa. do autor, pode ser condenada, direta e soli-
c. Nesse caso, o prazo para embargos é de 30 dias dariamente junto com o segurado, ao paga-
(art. 186, § 3º, CPC) mento da indenização devida à vítima, nos
d. Lei n. 8.009/1990, art. 3º, inciso III. limites contratados na apólice.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Raquel Bueno
6. Lorena promoveu a execução de um título execu- 7. Durante uma audiência de instrução e julgamento,
tivo extrajudicial em face do devedor Gustavo, no em uma ação indenizatória, com pedido de depoi-
valor de R$ 25.000,00. Após o transcurso do prazo mento pessoal de ambas as partes, além de três
para pagamento voluntário, foi penhorado um veí- testemunhas arroladas pelo autor e duas arroladas
culo de Gustavo, cujo preço mínimo fixado pelo juiz pelo réu, após tentativa de conciliação infrutífera,
foi de R$ 40.000,00. Cinco dias após a hasta pú- o juiz deu início à instrução. O juiz percebeu que a
blica, antes da expedição da carta de arrematação, testemunha Helena, arrolada pelo autor, não fora
Gustavo descobriu que o bem foi arrematado por intimada pelo respectivo advogado, bem como
R$ 30.000,00. Inconformado, ele deseja invalidar não havia pedido de intimação judicial da testemu-
a arrematação. Para tanto, o caminho indicado é: nha, razão pela qual a audiência prosseguiu sem
a. A oposição de embargos à execução em ela. Durante a audiência, as informações presta-
quinze dias. das pelo réu foram diametralmente opostas ao
b. Apresentar impugnação alegando excesso testemunho de Carlos, primeira testemunha arro-
de execução. lada pelo réu. Além disso, a segunda testemunha
c. Promover ação anulatória autônoma. do réu era sua esposa. Neste contexto, assinale a
d. Alegar preço vil por meio de petição simples, nos alternativa correta.
próprios autos da execução. a. Durante o depoimento pessoal do autor o réu não
pode estar na sala de audiência e vice-versa.
Comentário b. A segunda testemunha do réu pode ser contradita-
Nesse caso, a arrematação ocorreu por valor vil. da pelo advogado do autor.
c. A testemunha Helena deverá ser conduzida coer-
CPC citivamente.
d. Poderá o advogado do autor exigir uma contradita
Art. 891. Não será aceito lance que ofereça
entre o réu e sua testemunha Carlos, em face da
preço vil.
contradição das declarações dos dois.
Parágrafo único. Considera-se vil o preço
inferior ao mínimo estipulado pelo juiz e cons-
Comentário
tante do edital, e, não tendo sido fixado pre-
ço mínimo, considera-se vil o preço inferior
Art. 385. (...)
a cinquenta por cento do valor da avaliação.
§ 2º É vedado a quem ainda não depôs assis-
Art. 903. (...)
tir ao interrogatório da outra parte.
§ 1º Ressalvadas outras situações previstas
neste Código, a arrematação poderá, no en-
CONTRADITAR é alegar que uma testemunha é im-
tanto, ser:
pedida, suspeita ou incapaz.
I – invalidada, quando realizada por preço vil
ou com outro vício; (...)
Art. 447. Podem depor como testemunhas
§ 2º O juiz decidirá acerca das situações re-
todas as pessoas, exceto as incapazes, im-
feridas no § 1º, se for provocado em até 10
pedidas ou suspeitas. (...)
(dez) dias após o aperfeiçoamento da arre-
§ 2º São impedidos:
matação.
I – o cônjuge, o companheiro, o ascendente e
o descendente em qualquer grau e o colate-
ral, até o terceiro grau, de alguma das partes,
por consanguinidade ou afinidade, salvo se o
exigir o interesse público ou, tratando-se de
causa relativa ao estado da pessoa, não se
puder obter de outro modo a prova que o juiz
repute necessária ao julgamento do mérito;
Art. 455. Cabe ao advogado da parte infor-
mar ou intimar a testemunha por ele arrolada
do dia, da hora e do local da audiência desig-
nada, dispensando-se a intimação do juízo.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Raquel Bueno
CONTRADITAR
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ECA E DIREITO DO CONSUMIDOR
Patrícia Dreyer
Patrícia Dreyer
Patricia Dreyer é natural de Brasília - DF, especialista em Direito Processual Civil pela PUC-SP, e em Direito
Público pela Faculdade Processus, graduada em Direito pelo Centro Universitário de Brasília (1999). Advogada
militante desde 2000, nas áreas cível e tributária. Atualmente é professora da Faculdade Processus nas disci-
plinas de Direito Civil - Obrigações, Contratos, Responsabilidade Civil; e Direito Processual Civil -Recursos. É
também professora na Escola da Magistratura, em pós graduações e diversos preparatórios para Exame de
Ordem e demais concursos públicos, das disciplinas de Direito Civil e Direito Processual Civil, Direito do Con-
sumidor e Estatuto da Criança e do Adolescente. Frequentou o Programa Intensivo de Doutorado em Direito
Civil - Família, na Universidade de Buenos Aires - Argentina. É aluna regular da Pós Graduação Stricto Sensu
em Direito da Seguridade Social e Direitos Humanos da AEUDF.
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ECA E DIREITO DO CONSUMIDOR
Patrícia Dreyer
Comentário
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ECA E DIREITO DO CONSUMIDOR
Patrícia Dreyer
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DIREITO AMBIENTAL
Nilton Coutinho
Nilton Coutinho
Procurador do Estado de São Paulo, Especialista em Planejamento e Gestão Municipal pela FCT/UNESP; Espe-
cialista em Direito Público pelo complexo jurídico Damásio de Jesus; Especialista em Direito Penal e Processual
Penal pela Escola Superior do Ministério Público de São Paulo; Mestre em Direito pelo CESUMAR/PR; Doutor
em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Professor na área do direito público,
direitos fundamentais e proteção da dignidade da pessoa humana, com diversas obras publicadas
DIREITO AMBIENTAL
1. (VUNESP/2019/PREFEITURA DE RIBEIRÃO síduos sólidos cujas características causem
PRETO-SP/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) dano ao meio ambiente, à saúde pública e
Acerca da poluição por resíduos sólidos, estabe- animal e à sanidade vegetal, ainda que para
lecem-se proibições de determinadas formas de tratamento, reforma, reúso, reutilização ou
destinação ou sua disposição final, dentre as quais: recuperação. Letra e
a. lançamento “in natura”, a céu aberto, dos resíduos
de mineração. 2. (FGV/2016/CODEBA/ANALISTA PORTUÁRIO/
b. queima de resíduos, a céu aberto, ainda que de- ADVOGADO) Com a finalidade de iniciar atividade
cretada emergência sanitária. industrial de produção de móveis, João, empre-
c. lançamentos em praias, no mar ou em quaisquer sário individual, procura advogado para orientá-lo
corpos hídricos. acerca dos procedimentos administrativos prévios
d. queima em recipientes e equipamentos, não obs- às obras.
tante estejam licenciados para essa finalidade.
e. importação de resíduos sólidos perigosos cujas
Sobre o licenciamento ambiental necessário para
características não causem danos à sanida-
o início das obras, na qualidade de advogado de
de vegetal.
João, assinale a afirmativa correta.
a. A obtenção de licença ambiental é necessária pe-
Comentário rante o Município e o Estado onde o empreendi-
mento será instalado, tendo em vista o princípio da
Lei n. 12.305/2010 – Política Nacional de proteção integral.
Resíduos Sólidos b. O licenciamento ambiental deve ser procedido
Art. 47. São proibidas as seguintes formas exclusivamente pelo Estado caso o potencial im-
de destinação ou disposição final de resíduos pacto se dê em unidade de conservação estadual,
sólidos ou rejeitos: exceto em Áreas de Preservação Ambiental.
I – lançamento em praias, no mar ou em c. O licenciamento ambiental será feito, em re-
quaisquer corpos hídricos; Letra c gra, pelo IBAMA, contando com atuação su-
II – lançamento in natura a céu aberto, exce- pletiva e subsidiária técnica e administrativa de
entidades estaduais e municipais do local do em-
tuados os resíduos de mineração; Letra a
preendimento.
III – queima a céu aberto ou em recipientes,
d. O licenciamento prévio será sempre procedido
instalações e equipamentos não licencia-
pelo IBAMA. Já as licenças de instalação e de
dos para essa finalidade;
operação se darão pelo Estado ou Município, de
IV – outras formas vedadas pelo poder públi- acordo com o potencial do impacto ambiental.
co. Letra d e. O licenciamento ambiental somente será necessá-
§ 1º Quando decretada emergência sa- rio caso o empreendimento se dê em Unidade de
nitária, a queima de resíduos a céu aberto Conservação ou Área de Preservação Permanen-
pode ser realizada, desde que autorizada e te, por aplicação do princípio da prevenção.
acompanhada pelos órgãos competentes do
Sisnama, do SNVS e, quando couber, do Su- Comentário
asa. Letra b Em regra, cada ente faz o licenciamento de empre-
Art. 49. É proibida a importação de resíduos endimentos que afetem unidades de conservação
sólidos perigosos e rejeitos, bem como de re- instituídas por eles.
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d. Comentário
a. Errado.
CF/1988
Art. 225. (…) Art. 8º O grupo das Unidades de Proteção In-
§ 1° (…) tegral é composto pelas seguintes categorias
III – definir, em todas as unidades da Federa- de unidade de conservação: (...)
ção, espaços territoriais e seus componentes II – Reserva Biológica;
a serem especialmente protegidos, sendo Art. 10. (...)
a alteração e a supressão permitidas so- § 1º A Reserva Biológica é de posse e do-
mente através de lei, vedada qualquer uti- mínio públicos, sendo que as áreas par-
lização que comprometa a integridade dos ticulares incluídas em seus limites serão
atributos que justifiquem sua proteção; desapropriadas, de acordo com o que dis-
põe a lei.
e. É competência comum – art. 23, VI, CF/1988. Ação
administrativa fiscalizatória de órgão ambiental tam- b. Certo.
bém é competência comum dos entes federativos,
mas preferencialmente é do ente que concede Art. 49. A área de uma unidade de conserva-
a licença ou autorização – art. 17, § 3°, da LC n. ção do Grupo de Proteção Integral é conside-
140/2011. rada zona rural, para os efeitos legais.
e. Errado.
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d. Errado. Sim, os Estados detêm competência, vis- 12. (CESPE/2019/TJ-BA/JUIZ DE DIREITO SUBSTI-
to que a CF estabeleceu competência concorrente TUTO) De acordo com a jurisprudência do STF,
para legislar sobre meio ambiente, cabendo à União o conceito de meio ambiente inclui as noções de
a edição das regras gerais, e, aos Estados e DF, a meio ambiente
edição de leis que regulamentem, dentro de cada a. artificial, histórico, natural e do trabalho.
circunscrição, a atividade de fiscalização relativa às b. cultural, artificial, natural e do trabalho.
c. natural, histórico e biológico.
infrações ambientais, bem como a aplicação das pe-
d. natural, histórico, artificial e do trabalho.
nalidades respectivas.
e. cultural, natural e biológico.
e. Errado. No que tange às usinas nucleares, a ma-
téria está reservada à competência de lei federal.
13. (FGV/2014/Prefeitura de Florianópolis-SC/Enge-
Assim, padeceria de vício de inconstitucionalidade
nheiro Sanitarista Ambiental) A Lei nº 12.305/2010,
a referida lei estadual, ainda que impedisse a insta- que institui a Política Nacional de Resíduos Sóli-
lação da usina. dos, prevê que alguns setores são obrigados a es-
truturar e implementar sistemas de logística rever-
11. (PC-DF) Para construir, reformar, ampliar, instalar sa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo
ou fazer funcionar, em qualquer parte do território consumidor, de forma independente do serviço pú-
nacional, estabelecimentos, obras ou serviços po- blico de limpeza urbana e de manejo dos resíduos
tencialmente poluidores, sem que se incorra em sólidos. Dentre eles, incluem-se os fabricantes,
fato tipicamente penal, é exigência legal: importadores, distribuidores e comerciantes de:
a. processo administrativo para apuração de infração a. lâmpadas fluorescentes, betume e proteína animal;
ambiental; b. pneus, óleos lubrificantes e baterias;
b. licença ou autorização dos órgãos ambientais c. fibras sintéticas, ladrilhos e pilhas;
competentes; d. próteses clínicas, eletroeletrônicos e celulose;
c. registro no Cadastro Técnico de Atividades Poten- e. porcelana, amianto e embalagens de agrotóxicos.
cialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos
Ambientais; Comentário
d. inspeção e diligência investigatória da Polí-
cia Estadual;
Art. 33. São obrigados a estruturar e imple-
e. elaboração de relatório circunstanciado da Dele-
mentar sistemas de logística reversa, me-
gacia Especial do Meio Ambiente.
diante retorno dos produtos após o uso pelo
consumidor, de forma independente do ser-
Comentário
viço público de limpeza urbana e de manejo
dos resíduos sólidos, os fabricantes, importa-
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, insta-
dores, distribuidores e comerciantes de:
lar ou fazer funcionar, em qualquer parte do
I – agrotóxicos, seus resíduos e embalagens,
território nacional, estabelecimentos, obras
assim como outros produtos cuja embala-
ou serviços potencialmente poluidores, sem
gem, após o uso, constitua resíduo perigoso,
licença ou autorização dos órgãos am-
observadas as regras de gerenciamento de
bientais competentes, ou contrariando as
resíduos perigosos previstas em lei ou regu-
normas legais e regulamentares pertinentes:
lamento, em normas estabelecidas pelos ór-
Pena – detenção, de um a seis meses, ou
gãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou
multa, ou ambas as penas cumulativamente.
em normas técnicas;
II – pilhas e baterias;
III – pneus;
IV – óleos lubrificantes, seus resíduos e em-
balagens;
V – lâmpadas fluorescentes, de vapor de só-
dio e mercúrio e de luz mista;
VI – produtos eletroeletrônicos e seus com-
ponentes.
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FILOSOFIA DO DIREITO
Odair José
Odair José
Mestre em Sociologia pela Universidade de Brasília (2002), Bacharelado em Ciências Sociais pela Universidade
Federal de Goiás (1999) e atualmente está cursando o 6o período de Direito pelo Centro Universitário de Brasília.
É professor da Faculdade Processus-DF. Tem experiência nas áreas de Sociologia, Filosofia do Direito, História
do Direito e em Ciência Política com ênfase em Sociologia Jurídica e Teoria do Estado, atuando principalmente
nos seguintes temas: Estado, Direito e Sociedade.
FILOSOFIA DO DIREITO
1. (FGV/OAB/EXAME XXXI/2020) Temos, pois, de- 2. (FGV/OAB/EXAME XXV/2018) Uma punição só
finido o justo e o injusto. Após distingui-los assim pode ser admitida na medida em que abre chan-
um do outro, é evidente que a ação justa é inter- ces no sentido de evitar um mal maior (Jeremy
mediária entre o agir injustamente e o ser vítima Bentham).
da injustiça; pois um deles é ter demais e o outro
é ter demasiado pouco (ARISTÓTELES. Ética a Jeremy Bentham, em seu livro Princípios da Moral
Nicômaco. Coleção Os Pensadores. São Paulo: e da Legislação, afirma que há quatro casos em
Abril Cultural, 1973). que não se deve infligir uma punição. Assinale a
opção que corresponde a um desses casos cita-
Em seu livro Ética a Nicômaco, Aristóteles apre- dos pelo autor na obra em referência.
senta a justiça como uma virtude e a diferencia a. Quando a lei não é suficientemente clara na puni-
daquilo que é injusto. Assinale a opção que define ção que estabelece.
aquilo que, nos termos do livro citado, deve ser b. Quando o prejuízo produzido pela punição for
entendido como justiça enquanto virtude. maior do que o prejuízo que se quer evitar.
a. Uma espécie de meio-termo, porém não no mes- c. Quando o juiz da causa entende ser inoportuna a
mo sentido que as outras virtudes, e sim porque se aplicação da punição.
relaciona com uma quantia intermediária, enquan- d. Quando o agressor já sofreu o suficiente em fun-
to a injustiça se relaciona com os extremos. ção das vicissitudes do processo penal.
b. Uma maneira de proteger aquilo que é o mais con-
veniente para o mais forte, uma vez que a justiça Comentário
como produto do governo dos homens expressa O utilitarismo pauta-se por alguns princípios, dos
sempre as forças que conseguem fazer valer seus quais se destacam o bem-estar, o consequencia-
próprios interesses. lismo e a otimização. Nesse sentido, até mesmo a
c. O cumprimento dos pactos que decorrem da vida
punição operada pelo Estado deve se pautar pelos
em sociedade, seja da lei como pacto que vincula
princípíops do utilitarismo. Assim, para Benthan,
todos os cidadãos da cidade, seja dos contratos
existem as circunstâncias segundo as quais a puni-
que funcionam como pactos celebrados entre par-
ção não atende a esses princípios e, por esse mo-
ticulares e vinculam as partes contratantes.
d. Um imperativo categórico que define um modelo de tivo, não convém punir nas seguintes hipóteses: (i)
ação moralmente desejável para toda e qualquer não há prejuízo a evitar; (ii) a punição só pode ser
pessoa e se expressa da seguinte maneira: “Age ineficaz; (iii) prejuízo pode ser evitado; (iv) inútil ou
como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, excesso de dispêndio.
por meio da tua vontade, uma lei universal”.
Comentário
A justiça, para Aristóteles, caracteriza-se como o
justo meio, as porções que faltam ou que excedem
ensejarão injustiça, seja por falta, seja por excesso.
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FILOSOFIA DO DIREITO
Odair José
Comentário
Nessa questão é preciso observar que Bobbio traba-
lha com o Positivismo a partir de duas perspectivas
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FILOSOFIA DO DIREITO
Odair José
Comentário
As normas se dividem em regras e em princípios.
Importante destacar que regras e princípios não são
necessariamente excludentes entre si, mas é possí-
vel que em dada situação as regras não respondam
a contento as questões judiciais, nesses casos o jul-
gador poderá lançar mão dos princípios como justi-
ficador da decisão judicial. Esses princípios podem
estar ou não expressos, o que importa é que neles
estão presentes valores de como deve ser o direito,
julgar com base neles é responder a esses valores.
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DIREITOS HUMANOS E DIREITO INTERNACIONAL
Alice Rocha
Alice Rocha
Doutora em DIREITO INTERNACIONAL ECONÔMICO pela Université dAix-Marseille III. Possui graduação em
DIREITO pelo Centro Universitário de Brasília (2005), graduação em CIENCIA POLITICA pela Universidade de
Brasília (2004), graduação em RELAÇÕES INTERNACIONAIS pela Universidade de Brasília (2004) e mes-
trado em DIREITO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS pelo Centro Universitário de Brasília (2006). Atual-
mente é professora no Centro Universitário de Brasília - UniCEUB e na Faculdade Processus. Tem experiência
na área de Direito, Relações Internacionais e Ciência Politica, com ênfase em Direito Internacional Econômico
e Direitos Humanos.
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DIREITOS HUMANOS E DIREITO INTERNACIONAL
Alice Rocha
5. (FGV/OAB/2014) Túlio, brasileiro, é casado com b. Se houver discussão acerca da validade do tes-
Alexia, de nacionalidade sueca, estando o casal tamento, no que diz respeito à observância das
domiciliado no Brasil. Durante um cruzeiro maríti- formalidades, deverá ser aplicada a legislação
mo, na Grécia, ela, após a ceia, veio a falecer em portuguesa, local em que foi realizado o ato de
razão de uma intoxicação alimentar. Alexia, quan- disposição da última vontade de Alexia.
do ainda era noiva de Túlio, havia realizado um c. A autoridade judiciária brasileira não é compe-
testamento em Lisboa, dispondo sobre os seus tente para proceder ao inventário e à partilha de
bens, entre eles, três apartamentos situados no bens, porquanto Alexia faleceu na Grécia, e não
Rio de Janeiro. À luz das regras de Direito Interna- no Brasil.
cional Privado, assinale afirmativa correta. d. Se houver discussão acerca do regime sucessó-
a. Se houver discussão acerca da validade do tes- rio, deverá ser aplicada a legislação sueca, em
tamento, no que diz respeito à observância das razão da nacionalidade do de cujus.
formalidades, deverá ser aplicada a legislação
brasileira, pois Alexia encontrava se domiciliada
no Brasil.
Comentário
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Alice Rocha
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DIREITOS HUMANOS E DIREITO INTERNACIONAL
Alice Rocha
8. (FGV/OAB/2017) Seu cliente possui um filho com 9. (FGV/OAB/2012) O IBGE estima que nos próxi-
algum nível de deficiência mental e, após muito mos trinta anos a previsão é de que os idosos ul-
tentar, não conseguiu vaga no sistema público de trapassem cinquenta milhões de pessoas, o que
ensino da cidade, uma vez que as escolas se di- corresponderá a 28% da população brasileira. Os
ziam não preparadas para lidar com essa situação. Direitos Humanos inerentes à população idosa no
Brasil são amplamente reconhecidos. A Constitui-
Você já ingressou com a ação judicial competente ção Federal estabelece que a família, o Estado e
há mais de dois anos, mas há uma demora injus- toda a sociedade devem amparar pessoas idosas,
tificada no julgamento e o caso ainda se arrasta defendendo sua dignidade e bem-estar. Em 1994
nos tribunais. foi criado o Conselho Nacional do Idoso, por meio
Diante desse quadro, você avalia a possibilidade da Lei n. 8.842 e, atualmente, o Estatuto do Idoso
de apresentar uma petição à Comissão Interame- (Lei n. 10.741/03) contempla políticas diversas de
ricana de Direitos Humanos. proteção aos maiores de sessenta anos e estabe-
lece, ainda, que os idosos
Tendo em vista o que dispõe a Convenção Ameri- a. Tem direito a alimentos, mas a obrigação alimentar
cana sobre Direitos Humanos e seus respectivos é subsidiária e não cabe ao idoso optar por quem
protocolos, assinale a afirmativa correta. os prestará, devendo obedecer à ordem estabele-
a. Considerando a demora injustificada da decisão cida na lei civil.
na jurisdição interna, você pode peticionar à Co- b. Devem contar com direito à prioridade, nisso con-
missão, pois o direito à Educação é um dos casos sistindo, inclusive, prioridade no recebimento da
de direitos sociais previstos no Protocolo de São restituição do imposto de renda.
Salvador, que, uma vez violado, pode ensejar apli- c. Podem ser admitidos em qualquer trabalho ou em-
cação do sistema de petições individuais. prego, vedada, em qualquer hipótese, discrimina-
b. Não obstante a demora injustificada da decisão ção e fixação de limite máximo de idade.
final do Poder Judiciário brasileiro ser uma con- d. Maiores de sessenta e cinco anos tem direito à
dição que admite excepcionar os requisitos de gratuidade dos transportes coletivos públicos ur-
admissibilidade para que seja apresentada a peti- banos, mesmo os serviços seletivos e especiais,
ção, o direito à educação não está expressamente quando prestados paralelamente aos serviços
previsto nem na Convenção, nem no Protocolo de regulares.
São Salvador como um caso de petição individual.
c. Apenas a Corte Interamericana de Direitos Hu-
manos pode encaminhar um caso para a Comis-
são. Portanto, deve ser provocada a jurisdição da
Corte. Se esta entender adequado, pode enviar o
caso para que a Comissão adote as medidas e
providências necessárias para garantir o direito e
reparar a vítima, se for o caso.
d. Em nenhuma situação você pode entrar com a
petição individual de seu cliente na Comissão In-
teramericana de Direitos Humanos até que sejam
esgotados todos os recursos da jurisdição interna
do Brasil.
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DIREITOS HUMANOS E DIREITO INTERNACIONAL
Alice Rocha
Comentário
Fundamento:
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Lorena Ocampos
Lorena Ocampos
Juíza de Direito Substituta da Justiça do Distrito Federal (TJDFT). Tomou posse aos 26 anos (6º lugar),
obtendo a maior nota na prova de Sentença Penal (8,47). Foi aprovada nos concursos para os cargos de
técnica administrativa no Ministério da Saúde, técnica administrativa da Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC), técnica judiciária do Ministério Público da União (MPU) e de analista judiciária do Superior Tribunal
de Justiça (STJ). Antes de ser magistrada, foi técnica judiciária e analista judiciária do Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e Territórios (TJDFT), entre 2010 e 2014, exercendo a função de oficial de gabinete (assessora
de juiz) por quatro anos. Pós-graduada em Direito e Contemporaneidade pela União Pioneira de Integração
Social (UPIS/DF) em convênio com a Escola da Magistratura.Mestranda em Direito Constitucional no Instituto
Brasiliense de Direito Público (IDP).Ministra Processo Penal, Execução Penal e Sentença Criminal em cursos
preparatórios para concursos.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Lorena Ocampos
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Lorena Ocampos
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Lorena Ocampos
Comentário
Nos termos do art. 82 da Lei n. 9.099/1995, da de-
cisão de rejeição da denúncia ou queixa caberá
apelação, que será interposta no prazo de dez dias,
contados da ciência da sentença pelo Ministério Pú-
blico, pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da
qual constarão as razões e o pedido do recorrente.
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DIREITO EMPRESARIAL
Eugênio Brügger
Eugênio Brügger
Tabelião de Notas e Registrador Civil das Pessoas Naturais de Ariquemes/RO - Conselheiro do Colégio Nota-
rial do Brasil/RO - Professor de Direito Empresarial do preparatório para o Exame de Ordem e da Pós-Gra-
duação em Direito Tributário (Faculdade Processus - Brasília/DF) – Professor convidado de Direito Notarial e
Direito Registral Imobiliário da Pós-Graduação em Direito e Gestão de Negócios Imobiliários e Pós-Gradua-
ção em Direito Empresarial (UNIFOR - Fortaleza/CE) – Graduado em Direito Pela Universidade Salgado de
Oliveira (Campus Goiânia/GO) – Especialista em Direito Civil, Direito Processual Civil e Direito Público pela
Faculdade Processus (Brasília/DF) – Exerceu o cargo de Analista Judiciário (Área Processual) TJDFT (2010-
2015) – Lecionou Direito Empresarial na Faculdade Processus e UniCeub (Brasília/DF), Direito Civil no Uni-
Ceub (Brasília/DF) e FAAr (Faculdades Associadas de Ariquemes/RO), Direito Processual Civil e Direito do
Consumidor na Faculdade Processus (Brasília/DF).
DIREITO EMPRESARIAL
1. (2021/FGV/SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL DA RE- Está correto o que se afirma em
CEITA ESTADUAL) No processo de falência de a. I, apenas.
Muniz, Canário & Bananal Ltda., após a realização b. II, apenas.
das intimações eletrônicas das Fazendas Públicas c. III, apenas.
federal e de todos os Estados e Municípios em d. I e II, apenas.
que a falida tem estabelecimentos, para que to- e. II e III, apenas.
mem conhecimento da falência, publicado o edital
eletrônico com a íntegra da sentença e a relação Comentário
de credores apresentada pela falida, o juiz instau- Item I – Errado.
rou, para cada Fazenda Pública credora, incidente
de classificação de crédito público. Acerca deste Lei n. 11.101/2005
incidente, analise as afirmativas a seguir.
Art. 7º-A. Na falência, após realizadas as in-
timações e publicado o edital, conforme pre-
I – O incidente de classificação de crédito público
visto, respectivamente, no inciso XIII do ca-
pode ser instaurado de ofício ou a requerimen-
put e no § 1º do art. 99 desta Lei, o juiz
to da Fazenda Pública ou do Ministério Público,
instaurará, de ofício, para cada Fazenda
quando qualquer destas entidades requerer a
falência do devedor com fundamento no não Pública credora, incidente de classifica-
pagamento de obrigação líquida constante de ção de crédito público e determinará a sua
título executivo devidamente protestado para intimação eletrônica para que, no prazo de
fins falimentares. 30 (trinta) dias, apresente diretamente ao ad-
II – para aplicação das disposições concernentes ministrador judicial ou em juízo, a depender
ao incidente de classificação de crédito público, do momento processual, a relação comple-
considera-se Fazenda Pública credora aquela ta de seus créditos inscritos em dívida ativa,
constante do edital eletrônico com a relação de acompanhada dos cálculos, da classificação
credores apresentada pelo falido, ou que, após e das informações sobre a situação atual.
a intimação eletrônica da sentença, alegue nos
autos, em 15 (quinze) dias, possuir crédito con- Item II – Certo.
tra o falido.
III – Instaurado o incidente de classificação de cré-
§ 1º Para efeito do disposto no caput deste
dito público, as execuções fiscais em curso
artigo, considera-se Fazenda Pública cre-
contra a falida e, eventualmente, contra seus
sócios, permanecerão suspensas até o encer- dora aquela que conste da relação do edi-
ramento da arrecadação, sendo restabelecidas tal previsto no § 1º do art. 99 desta Lei, ou
automaticamente após este termo, sem neces- que, após a intimação prevista no inciso XIII
sidade de pronunciamento judicial. do caput do art. 99 desta Lei, alegue nos
autos, no prazo de 15 (quinze) dias, possuir
crédito contra o falido.
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DIREITO EMPRESARIAL
Eugênio Brügger
Item III – Errado: As execuções fiscais permanece- Art. 73. O juiz decretará a falência durante o
rão suspensas até o encerramento da falência. processo de recuperação judicial: (...)
V - por descumprimento dos parcelamentos
Art. 7º-A. (...) referidos no art. 68 desta Lei ou da transação
§ 4º (...) prevista no art. 10-C da Lei nº 10.522, de 19
V – as execuções fiscais permanecerão sus- de julho de 2002;
pensas até o encerramento da falência, sem
prejuízo da possibilidade de prosseguimento 3. (2021/FGV/DPE-RJ/DEFENSOR PÚBLICO) Pa-
contra os corresponsáveis; pel Feliz Papelaria Ltda. possui em seu quadro
social três sócios: José, que é também sócio ad-
2. (2021/FGV/SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL DA RE- ministrador; Edivânia, mulher de José; e Elias, que
CEITA ESTADUAL) O empresário individual J. é cunhado de José. Com o advento da pandemia
Monteiro requereu sua recuperação judicial e, an- de COVID-19 não foi possível manter os negó-
tes do processamento do pedido, pleiteou a liqui- cios, diante do baixíssimo movimento do empre-
dação de seus débitos com a Fazenda Nacional, endimento. Os negócios já estavam fracos desde
vencidos e vincendos até a data do protocolo da meados de 2018, agravando-se diante do quadro
petição inicial, mediante parcelamento da dívida econômico que acompanhou a pandemia. Em abril
consolidada em 120 (cento e vinte) prestações de 2021, foi apresentado o pedido de falência por
mensais e sucessivas. A partir da 36ª (trigésima um de seus credores. Nesse contexto, é correto
sexta) prestação, o devedor passou a descum- afirmar que:
prir o parcelamento. Tal fato, nos termos da Lei nº a. no curso do processo de falência, é possível es-
11.101/2005, enseja tabelecer negócios processuais entre os credores
a. a convocação de assembleia de credores para de- e o falido, desde que a decisão seja tomada pela
liberar sobre a viabilidade de prosseguimento da deliberação de credores que representem mais da
recuperação. metade do valor total dos créditos.
b. a intimação do Ministério Público e do administra- b. Elias pode ser responsabilizado pessoalmente por
dor judicial para pronunciamento no prazo de 15 dívidas do falido, após haver a desconsideração
(quinze) dias. da personalidade jurídica, hipótese em que o pro-
c. a suspensão do processo até o pronunciamento cesso de falência fica suspenso até a decisão do
da Fazenda credora. incidente.
d. o requerimento de falência pela Fazenda credora c. a decisão que decreta a falência é passível de im-
diante da prática de ato de falência. pugnação por recurso de agravo de instrumento,
e. a decretação da falência durante o processo de no prazo de quinze dias úteis, contando-se em do-
recuperação judicial. bro para a parte assistida pela Defensoria Pública.
d. o juiz pode decretar a falência da sociedade
Comentário mesmo que na notificação do respectivo protes-
to não seja identificada a pessoa que recebeu a
intimação.
Lei n. 11.101/2005
e. havendo a decretação da falência, eventual pro-
Art. 68. As Fazendas Públicas e o Instituto
cedimento arbitral já instaurado deverá ser extinto,
Nacional do Seguro Social – INSS poderão
diante do juízo universal da falência.
deferir, nos termos da legislação específica,
parcelamento de seus créditos, em sede de
Comentário
recuperação judicial, de acordo com os pa-
O CPC é aplicado subsidiariamente à Lei n.
râmetros estabelecidos na Lei nº 5.172, de
11.101/2005, nos termos do artigo 189 da referida
25 de outubro de 1966 - Código Tributário
Lei; assim, é perfeitamente aplicável o artigo 190 do
Nacional.
CPC que dá a possibilidade de negócios jurídicos
Parágrafo único. As microempresas e em-
processuais, desde que a decisão seja tomada
presas de pequeno porte farão jus a prazos
pela deliberação de credores que representem
20% (vinte por cento) superiores àqueles re-
mais da metade do valor total dos créditos, de
gularmente concedidos às demais empresas.
acordo com o artigo 42 da Lei n. 11.101/2005.
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DIREITO EMPRESARIAL
Eugênio Brügger
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REVISÃO DE VÉSPERA OAB – 1ª FASE DO EXAME XXXIII
Gabaritos
GABARITOS
DIREITO PROCESSUAL DO
DIREITO CIVIL
TRABALHO
Roberta Queiroz
Aryanna Linhares
1 A 6 A
1 C 5 B
2 C 7 C
2 C 6 B
3 D 8 C
3 D 7 A
4 A 9 D
4 B
5 C 10 C
DIREITO DO TRABALHO
Rafael Tonassi DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Raquel Bueno
1 A 5 A
1 C 5 C
2 C 6 C
2 B 6 D
3 C 7 D
3 A 7 B
4 C 8 D
4 B
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute ECA E DIREITO DO CONSUMIDOR
Patrícia Dreyer
1 B 3 A
1 D 3 C
2 A 4 A
2 C 4 B
DIREITO PENAL
Michelle Tonon
1 B 6 D
2 B 7 B
3 A 8 B
4 C 9 A
5 A 10 B
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REVISÃO DE VÉSPERA OAB – 1ª FASE DO EXAME XXXIII
Gabaritos
DIREITO AMBIENTAL
Nilton Coutinho
1 C 8 A
2 B 9 C
3 A 10 C
4 D 11 B
5 A 12 B
6 A 13 B
7 B
FILOSOFIA DO DIREITO
Odair José
1 A 4 D
2 B 5 D
3 C 6 D
DIREITO EMPRESARIAL
Eugênio Brügger
1 B 4 B
2 E 5 A
3 A
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