O documento descreve as prerrogativas parlamentares no Brasil, incluindo imunidade material e formal, perda do mandato e decoro parlamentar. Parlamentares possuem proteção adicional à liberdade de expressão e não podem ser presos por opiniões relacionadas ao mandato. Ações judiciais contra parlamentares podem ser sustadas pela casa legislativa respectiva.
O documento descreve as prerrogativas parlamentares no Brasil, incluindo imunidade material e formal, perda do mandato e decoro parlamentar. Parlamentares possuem proteção adicional à liberdade de expressão e não podem ser presos por opiniões relacionadas ao mandato. Ações judiciais contra parlamentares podem ser sustadas pela casa legislativa respectiva.
O documento descreve as prerrogativas parlamentares no Brasil, incluindo imunidade material e formal, perda do mandato e decoro parlamentar. Parlamentares possuem proteção adicional à liberdade de expressão e não podem ser presos por opiniões relacionadas ao mandato. Ações judiciais contra parlamentares podem ser sustadas pela casa legislativa respectiva.
Parlamentar é o membro do Poder Legislativo, portanto: A) Em âmbito Federal os
Parlamentares são Deputados Federais e Senadores; B) Em âmbito Estadual, são os Deputados Estaduais; C) Em Âmbito Municipal, os Vereadores. Os parlamentares exercem várias funções, porém duas se destacam, são elas: Criação de normas: A) Leis ordinárias; B) Leis complementares; C) Emendas à constituição; D) Leis delegadas; E) Resoluções legislativas, entre outras. Fiscalização financeira e orçamentária. Imunidade parlamentar material: É aquela que corresponde a ações que, quando praticadas, não caracterizam crime. Exemplo: Parlamentares são invioláveis quanto a opiniões, palavras e votos, desse modo, caso um parlamentar defenda, em plenário, a criação de políticas públicas discriminatórias, estará acobertado pela imunidade material. Imunidade parlamentar formal: Confere ao parlamentar a impossibilidade de prisão, salvo casos excepcionais e, ainda, a possibilidade de a Casa respectiva do congressista sustar o andamento de processos criminais instaurados em seu desfavor. Conforme julgado pelo STF, a imunidade parlamentar materializa uma proteção adicional ao direito fundamental a liberdade de expressão (que todas as pessoas possuem e está prevista no art. 5o, IV e IX da CF/88). Desse modo, as palavras dos parlamentares, desde que guardem alguma relação com as funções do mandato, estão cobertas pela imunidade material. Dentro da Casa Legislativa: Imunidade material absoluta. Fora da Casa Legislativa: Imunidade material relativa, deve-se demonstrar que o discurso proferido guarda relação com o exercício do mandato. Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. É importante salientar que, desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. São crimes inafiançáveis: A) Racismo; B) Tortura; C) Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins; D) Terrorismo; E) Crimes Hediondos; F) Ação de grupos armados (civis ou militares) contra a ordem constitucional e o Estado. A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. A CF/88 proíbe, somente, a prisão penal cautelar do parlamentar, portanto, não há imunidade em elação a prisão determinada por sentença condenatória transitada em julgado. O juiz de primeiro grau pode, fundamentadamente, impor a parlamentares municipais medida cautelar de afastamento das funções legislativas SEM NECESSIDADE DE REMESSA À CASA LEGISALTIVA PARA DELIBERAÇÃO, conforme entendimento do STF no RHC 88.804/RN. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: 1º) Que infringir qualquer das vedações; 2º) Cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; 3º) É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas; 4º) Que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; 5º) Que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; 6º) Quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos pela Constituição; 7º) Que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: 1º) Investido no cargo de: Ministro de Estado; Governador de Território; Secretário de Estado, do DF, Território, de Prefeitura de Capital, Chefe de missão diplomática temporária; 2º) Licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. Prerrogativas Parlamentares no Regimento da ALMG: 1º) O Deputado, desde a expedição do diploma, somente poderá ser submetido a julgamento perante o Tribunal de Justiça. 2º) Os deputados Estaduais também possuem Imunidade, tanto a material quando a formal. 3º) Em relação a imunidade formal, destaca-se que o Deputado não pode, desde a expedição do diploma, ser preso, salvo em flagrante de crime inafiançável. 4º) Na hipótese de flagrante de crime inafiançável, os autos serão remetidos no prazo de vinte e quatro horas à Assembleia Legislativa, para que esta, pelo voto nominal da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. 5º) Recebida a denúncia contra Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Tribunal de Justiça dará ciência à Assembleia Legislativa, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto nominal da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. 6º) O pedido de sustação será apreciado pela Assembleia Legislativa no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias contados do seu recebimento pela Mesa. 7º) A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. 8º) O Deputado não será obrigado a testemunhar sobre informação recebida ou prestada em razão do exercício do mandato, nem sobre pessoa que a ele confiou ou dele recebeu informação. 9º) O Deputado sem filiação partidária não poderá candidatar-se a eleição para cargos da Mesa da Assembleia nem ser designado membro de comissão. 10º) A Assembleia Legislativa é quem tem competência para decidir sobre a sustação de ação judicial contra Deputado Estadual, e deliberará a respeito por iniciativa de PARTIDO POLÍTICO com representação na ALMG. 11º) O pedido de sustação será apreciado pela Assembleia Legislativa no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias. 12º) Recebido o pedido de sustação, o ofício será numerado, publicado e despachado à Comissão de Constituição e Justiça, que, no prazo de vinte dias, emitirá parecer preliminar sobre a possibilidade de se deliberar sobre o pedido de sustação do andamento da ação. 13º) Recebido o pedido de sustação, o ofício será numerado, publicado e despachado à Comissão de Constituição e Justiça, que, no prazo de vinte dias, emitirá parecer preliminar sobre a possibilidade de se deliberar sobre o pedido de sustação do andamento da ação. O parecer pode ser emitido no sentido de que: A ALMG pode deliberar sobre a sustação do andamento da ação. A ALMG não pode deliberar sobre a sustação do andamento da ação. Caso, a Comissão de Constituição e Justiça conclua pela impossibilidade de deliberação sobre a sustação do andamento da ação, a consequência é que o processo judicial continuará no seu tramite normal. Sim, de decisão da Comissão de Constituição e Justiça que concluir pela impossibilidade de deliberação sobre a sustação do andamento da ação caberá recurso ao Plenário. Caso a Comissão de Constituição e Justiça conclua pela possibilidade de deliberação sobre a sustação do andamento da ação, o processo será encaminhado à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar para parecer. A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, no prazo de dez dias, emitirá parecer, que concluirá pela apresentação de projeto de resolução que aprova ou rejeita o pedido de sustação do andamento da ação. Esgotado o prazo da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar sem emissão de parecer, o Presidente da Assembleia incluirá a matéria na ordem do dia e para ela designará relator. O projeto de resolução, que objetiva a sustação do andamento de ação judicial contra Deputado Estadual, será aprovado se obtiver o voto favorável da maioria dos membros da Assembleia Legislativa. A Mesa da Assembleia comunicará ao tribunal competente a decisão do Plenário. A Mesa da Assembleia comunicará ao tribunal competente a decisão do Plenário. Decoro Parlamentar: Assim, temos que o Deputado que descumprir os deveres decorrentes do mandato ou praticar ato que afete a dignidade da investidura estará sujeito a processo e penalidades por quebra de decoro parlamentar. A quebra de decoro enseja as seguintes penalidades: 1º) Censura; 2º) impedimento temporário do exercício do mandato, não excedente a trinta dias; 3º) perda do mandato. Considera-se atentatório ao decoro parlamentar o uso, em discurso ou proposição, de expressões que configurem violação dos direitos constitucionais. É incompatível com o decoro parlamentar: 1º) o abuso das prerrogativas constitucionais; 2º) a percepção de vantagens indevidas; 3º) a prática de irregularidades graves no desempenho do mandato ou de encargos dele decorrentes; 4º) a prática de ofensa à imagem da instituição, à honra ou à dignidade de seus membros. Penalidade de Censura: A censura será verbal ou escrita. A censura verbal é aplicada, em reunião, pelo Presidente da Assembleia ou pelo de comissão ao Deputado que: A) Deixar de observar, salvo motivo justificado, os deveres decorrentes do mandato ou os preceitos do Regimento Interno da ALMG; B) Perturbar a ordem ou praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta no recinto da Assembleia Legislativa ou em suas demais dependências. A censura escrita será imposta pela Mesa da Assembleia ao Deputado que: 1º) Reincidir nas hipóteses de censura verbal; 2º) Usar, em discurso ou proposição, expressões atentatórias ao decoro parlamentar; 3º) Praticar ofensas físicas ou morais em dependências da Assembleia Legislativa ou desacatar, por atos ou palavras, outro Deputado, a Mesa da Assembleia ou comissão e respectivas Presidências ou o Plenário. Penalidade Impedimento Temporário do Exercício do Mandato: Considera-se incurso na sanção de impedimento temporário do exercício do mandato o Deputado que: 1º) Reincidir nas hipóteses de censura escrita; 2º) Praticar transgressão grave ou reiterada aos preceitos do Regimento Interno da ALMG; 3º) Revelar conteúdo de debate ou deliberação que, por decisão do Plenário ou de comissão, deva permanecer sigiloso; 4º) Revelar informação ou conteúdo de documento oficial de caráter sigiloso de que tenha tido conhecimento. Nos casos de penalidade de impedimento temporário de exercício do mandato, a penalidade será aplicada pelo Plenário, em votação nominal e por maioria simples, assegurada ao infrator ampla defesa. OBS: O Deputado acusado da prática de ato que ofenda a sua honorabilidade poderá requerer ao Presidente da Assembleia que mande apurar a veracidade da arguição e, não provada a procedência, imponha ao Deputado ofensor a penalidade regimental cabível. Penalidade de Perda do Mandato: Aplicável somente para casos de grande gravidade, em deliberação do Plenário da ALMG. Vedações dos Parlamentares: Os Deputados e Senadores não poderão: Desde a expedição do diploma: 1º) Firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; 2º) Aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público. Desde a posse: A) Ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; B) Ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público; C) Patrocinar causa em que seja interessada pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público; D) Ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.