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PODER LEGISLATIVO

O STF decidiu que a regra da fidelidade partidária NÃO se aplica a senadores,


prefeitos, governadores e presidentes da República.

Os políticos eleitos para esses cargos estão autorizados a trocar de partido sem ter o
mandato cassado. O plenário da Corte entendeu que cassar o mandato de políticos
eleitos pelo sistema majoritário, no qual o mais votado é eleito, apenas por terem
trocado de partido, viola a “soberania popular”.

A regra da fidelidade partidária continua em vigor para cargos disputados pelo sistema
proporcional: vereadores, deputados estaduais e deputados federais.

Nesses casos, o político precisa justificar a mudança do partido por uma razão


substantiva.

• As normas da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por


prerrogativa de função devem ser interpretadas restritivamente, aplicando-se
apenas aos crimes que tenham sido praticados durante o exercício do cargo e em
razão dele.

Assim, por exemplo, se o crime foi praticado antes de o indivíduo ser diplomado
como Deputado Federal, não se justifica a competência do STF, devendo ele ser
julgado pela 1ª instância mesmo ocupando o cargo de parlamentar federal.

Além disso, mesmo que o crime tenha sido cometido após a investidura no
mandato, se o delito não apresentar relação direta com as funções exercidas,
também não haverá foro privilegiado.

Foi fixada, portanto, a seguinte tese:

O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos


durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas.

OBS: por mutação constitucional, passou a aplicar-se apenas aos crimes cometidos
durante o exercício do cargo e diretamente relacionados às suas funções, de modo
que o crime cometido por parlamentar após a diplomação, mas sem relação direta
com o cargo, será processado e julgado em primeiro grau.

PERDA DE MANDATO :

CF. Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões
ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
(...)

§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa
respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de
partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

RESUMO: PERDA DO MANDATO

Decidida X Declarada

Decidida pela respectiva Casa Legislativa: por maioria absoluta, mediante


provocação de partido ou do congresso:

- Infringir as proibições do art. 54 da CF;

- Falta de decoro parlamentar: ¹Abuso de prerrogativas, ²vantagens indevidas, ³casos


do RI;

- Condenação Criminal Transitada em Julgado.

Declarada pela Mesa da respectiva casa: de ofício, provocação de qualquer


membro ou de partido.

- Deixar de comparecer a 1/3 das SLO, salvo licença ou missão autorizada;

- Perder ou ter suspensos os direitos políticos;

- Quando decretar a justiça eleitoral.

OBS: a renúncia após instauração do processo de perda do mandato, terá seus efeitos


suspensos até o fim das deliberações.

Não perderá o mandato: o deputado ou senador:

- Investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de


Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão
diplomática temporária;

- Licenciado por doença, ou sem remuneração para assunto pessoal em até 120 dias.


IMUNIDADES PARLAMENTARES

Imunidade material: A Inviolabilidade, por opiniões, palavras e votos abrange os


parlamentares federais (art. 53, CF 88), os deputados estaduais (art. 27, § 1º, CF 88) e,
nos limites da circunscrição de seu Município, os vereadores (art. 29, VIII, CF 88)
- sempre no exercício do mandato.

Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer
de suas opiniões, palavras e votos.

Imunidade formal: A imunidade formal é concedida apenas a Deputados Federais e


Estaduais e Senadores. Vereador goza apenas da imunidade material - e esta é
restrita a manifestação de expressão que digam respeito ao próprio município.

->·      Em relação à prisão (art. 53, § 2º): desde a expedição do diploma, os


membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de
crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa
respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a
prisão.

->·      Em relação ao processo (art. 53, § 3º): se for proposta e recebida denúncia
criminal contra Senador ou Deputado Federal, por crime ocorrido após a diplomação,
o STF dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela
representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão
final, sustar o andamento da ação.

-> O suplente do detentor de cargo legislativo, enquanto nessa condição, não goza de


qualquer tipo de imunidade parlamentar.

-> Aqueles que meramente reproduzem opiniões, palavras e votos de parlamentares


são também irresponsáveis civil e penalmente.

-> As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só


podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa
respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que
sejam incompatíveis com a execução da medida. 
OBS: Os VEREADORES, por força do artigo 29, VIII da CF/88, desfrutam somente de
imunidade absoluta ( ou material, substancial, indenidade) desde que as suas
opiniões, palavras e votos sejam proferidos no exercício do mandato e na
circunscrição do Município. 

Em relação a imunidade relativa ( ou formal, processual ) com previsão no artigo 53,


§1º ao 8º da CF/88 , os vereadores NÃO foram albergardos por tais imunidades.

"STF HC 70359 - DJ 03/03/1993: Os membros do Poder Legislativo dos Municípios


podem ser submetidos a processo penal, independentemente de prévia licença
da Câmara de Vereadores a que pertencem.

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