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Aulas 3 e 4 Didatica
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Aula 03
CAPÍTULO II: PARADIGMAS EDUCACIONAIS:
ENSINO TRADICIONAL X ENSINO CONSTRUTIVISTA
Afinal, não somos nós mesmos produtos dessa escola tão criticada?
A aprendizagem escolar nessa escola tão tradicional dependeu dos
bons professores ou de nossos interesses pessoais?
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A Escola Nova foi um movimento de renovação do ensino que foi especialmente forte na Europa, na
América e no Brasil, na primeira metade do século XX. Os defensores da Escola Nova acreditam que
a educação é o único meio realmente efetivo para a construção de uma sociedade democrática, que
respeite as características individuais de cada pessoa, inserindo-o em seu grupo social com respeito
à sua unicidade, como parte integrante e participativa de um todo.
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Refere-se ao abuso da tecnicidade, ou seja, o uso excessivo ou a supervalorização dos aspectos
técnicos de algo, muitas vezes em detrimento do conjunto dos outros aspectos que possam caracte-
rizá-lo. O que é valorizado nessa perspectiva não é o professor, mas a tecnologia, o professor passa
a ser um mero especialista na aplicação de manuais e sua criatividade fica restrita aos limites possí-
veis e estreitos da técnica utilizada.
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Paradoxo: que é ou parece contrário ao comum; contra senso, absurdo, disparate.
do século XX. Com o início de uma política estritamente educacional foi possível à
implantação de redes públicas de ensino na Europa e América do Norte (Patto, 1990).
A organização desses sistemas de ensino inspirou-se na emergente sociedade bur-
guesa, a qual apregoava a educação como um direito de todos e dever do Estado.
Assim, a educação escolar teria a função de auxiliar a construção e consolidação de
uma sociedade democrática. O direito à educação decorria do tipo de sociedade cor-
respondente aos interesses da nova classe que se consolidara no poder: a burguesia
(SAVIANI, 1991, P.18).
A organização dessa escola do século passado seguia os passos determinados
por essa teoria pedagógica que permanece atual em seus pontos principais:
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Esse Ensino Tradicional que ainda predomina hoje nas escolas se constituiu após a revolução
industrial e se implantou nos chamados sistemas nacionais de ensino, configurando amplas redes
oficiais, criadas a partir de meados do século passado, no momento em que, consolidado o poder
burguês, aciona-se a escola redentora da humanidade, universal, gratuita e obrigatória como um
instrumento de consolidação da ordem democrática. (Saviani, 1991. p.54)
Figura 12- Ensino tradicional, centralizado no professor e os alunos receptores. Disponível em:
<http://blogtresalunas.blogspot.com.br /2011/10/caracteristicas-educacao-traficional.html>
Aula 04
2.1.3 Aspectos Teóricos da Escola Tradicional
Se o aluno aplicou
corretamente os
conhecimentos ad-
A assimilação ocorre por Confirmação (corres- quiridos a assimila-
3º Assimilação/ 3º
comparação onde o novo é ponde ao 5o. Passo de ção está confir-
PASSO comparação PASSO
assimilado a partir do velho. Herbart) mada. Pode-se afir-
mar que ao ensino
correspondeu uma
aprendizagem.
O aluno deve ser capaz de
4º identificar todos os fenô-
Generalização
PASSO menos correspondentes ao
conhecimento adquirido.
Verificar, através
5º de exemplos novos, se o
Aplicação
PASSO aluno efetivamente assimi-
lou o que lhe foi ensinado.
Saviani (1991) elabora uma síntese interessante sobre essa estrutura do mé-
todo tradicional, que vale ser lembrada:
Mizukami (1986) também enfatiza o método expositivo como sendo o que ca-
racteriza, essencialmente, a abordagem do ensino
tradicional. A metodologia expositiva privilegia o pa-
pel do professor como o transmissor dos conheci-
mentos e o ponto fundamental desse processo será
o produto da aprendizagem (a ser alcançado pelo
aluno). Acredita-se que se o aluno5 foi capaz de re-
produzir os conteúdos ensinados, ainda que de Figura 14- Metodologia exposi-
tiva. Disponível em: http://edusocio-
forma automática e invariável, houve aprendizagem. litica.blogs pot. com.br>
Continuando nossas reflexões sobre esta es-
cola, podemos estabelecer (...) outra vertente do ensino tradicional, o chamado en-
sino intuitivo, no qual se pretende provocar certa atividade no aluno. Segundo a au-
tora, esta forma de ensino pode ser caracterizada pelo MÉTODO “MAIÊUTICO”, cujo
aspecto básico é o professor dirigir a classe a um resultado desejado, através de uma
série de perguntas que representam, por sua vez, passos para se chegar ao objetivo
proposto.
Essa metodologia é ainda muito comum atualmente em nossas salas de aula.
Segundo a autora os que defendem tal método acreditam que ele provoca a pesquisa
pessoal no aluno. Quando os alunos conseguem chegar ao objetivo proposto pelo
professor, infere-se que eles compreenderam o conteúdo total proposto.
No entanto, outras pesquisas apontam que, uma análise da escola privada des-
tinada às classes privilegiadas da sociedade chegaria à conclusão de que o ensino
tradicional continua a ser o mais utilizado. Neste contexto também, as escolas mais
conceituadas do mundo, entre elas, as inglesas e as suíças, são as mais tradicionais
possíveis, até por serem mesmo muito antigas. Em se falando da realidade brasileira,
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Ou o sujeito de mediação seja ele em uma empresa ou nos grupos escolares de intervenção em sa-
úde.
certifica-se que esse é o modelo de ensino mais utilizado e até mais desejado pela
sociedade.
Podemos questionar, no entanto, a qualidade do ensino da escola tradicional
na atualidade. Constatamos, informalmente, que ela está empobrecida se comparada
às instituições existentes nas décadas passadas. Os conhecimentos não estão sendo
transmitidos com o mesmo rigor daquela antiga escola tradicional que instruiu nossos
pais e avós. Cremos ter mostrado as características principais do método tradicional
de ensino. O importante é reconhecermos que o suporte teórico da escola tradicional
já atravessou décadas e mais décadas no tempo, o que possibilitou várias modifica-
ções em sua essência original.
Podemos dizer que o MÉTODO EXPOSITIVO atual guarda sensível seme-
lhança com os passos de Herbart, mas, ao mesmo tempo, traz as peculiaridades dos
paradigmas de ensino que vieram posteriormente. É verdadeiro falar até de certa con-
taminação dos outros métodos que tomaram o método tradicional como base (para
criticá-lo e/ou ultrapassá-lo). E talvez não exista, sequer, um método puro.
3.1 CONSTRUTIVISMO
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Epistemologia ou teoria do conhecimento é a crítica, estudo ou tratado do conhecimento da ciên-
cia, ou ainda, o estudo filosófico da origem, natureza e limites do conhecimento. Pode-se remeter a
origem da "epistemologia" a Platão, ao tratar o conhecimento como "crença verdadeira e justificada".
A expressão "epistemologia" deriva das palavras gregas "episteme", que significa "ciência", e "Lo-
gia" que significa "estudo", podendo ser definida em sua etimologia como "o estudo da ciência”. O
desafio da "epistemologia" é responder "o que é" e "como" alcançamos o conhecimento? Diante des-
sas questões da epistemologia surgem duas posições:
Empirista: que diz que o conhecimento deve ser baseado na experiência, ou seja, no que for apre-
endido pelos sentidos. Como defensores desta posição temos Locke, Berkeley e Hume; e
Racionalista: que prega que as fontes do conhecimento se encontram na razão, e não na experiên-
cia. Como defensores desta posição temos Leibniz e Descartes.
(Disponível em < http://www.euniverso.com.br/Oque/epistemologia.htm> Acesso em 21/03/2013).
1. ESSENCIALISTA: (Século XVII); voltada para o modus essendi das coisas, seu
elemento próprio é o ser (essência) e as qualidades do ser (acidentes, atributos, mo-
dos, etc.); toma a verdade como essência a desvelar;
2. FENOMENISTA: (Século XVIII); voltada para o modus operandi dos fenôme-
nos como notas da observação e da experiência, isto é, não como essências a desvelar,
mas fatos a descrever; seu elemento próprio é o fenômeno e as correlações dos fenô-
menos;
3. HISTORICISTA: (Século XIX); voltada para o modus faciendi das coisas, seu
elemento próprio é o dever e as correlações do dever.
QUER
QUER SABER
SABER +?+?
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades
para a sua própria produção ou a sua construção.
Paulo Freire”
Observe a imagem apresentada abaixo:
Observe a imagem apresentada abaixo:
Leia, a seguir, a letra da música de Pink Floyd. Nela estão materializados as-
pectos e características da Escola Tradicional.
De qualquer maneira você era só um tijolo na De qualquer maneira eram só mais tijolos na
parede parede
De qualquer maneira você é só outro tijolo na
parede Adeus mundo cruel
Estou te deixando hoje
Não preciso de braços ao meu redor Adeus, adeus, adeus
Não preciso de drogas pra me acalmar
Eu vi as escrituras na parede Adeus todas as pessoas
Não acho que eu preciso de algo Não há nada que você possa dizer
Não, não acho que eu preciso de de algo Para me fazer mudar de ideia
De qualquer maneira eram só mais tijolos na Adeus
parede
Solte o PLAY...
Estudo Errado
Gabriel, o pensador.
Ouça: https://www.you-
tube.com/watch?v=l540Ho2qSAk
Para ASSISTIR...