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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA

FACULDADE DE ENGENHARIA (FAE)

PROJECTO ARQUITETONICO:
Escola Primária e Primeiro Ciclo

Luanda, 2023
PROJECTO ARQUITETONICO:
Escola Primária e Primeiro Ciclo

Estudantes do terceiro ano de Arquitetura e Urbanismo:


 Rosimer de Lurdes Domingos Afonso (40513)

 Elizabeth Claudina Morais Fortunato (41493)

Docente
José Candandi

Luanda, 2023
INDICE
1 INTRODUÇÃO
Apesar de que a qualidade de ensino se destaca entre os fatores mais importantes, as
condições podem ter um grande impacto no incentivo de os alunos irem ou não a
escola, sobretudo quando são crianças, afinal, elas sabem que a escola é a nossa
segunda casa. Pois é também um facto que a falta de condições nas escolas
influencia no aprendizado. A escola é, e deve ser um meio onde as pessoas devem
sentir-se confortáveis para aprender tudo como se deve, para serem motivadas a
frequentar mais vezes, o contrário disso deve ser sempre evitado, e isso só é possível
melhorando as condições das escolas.

No entanto, iremos apresentar uma proposta escolar seguindo os padrões exigidos.


1.1 PROBLEMATICA DA PESQUISA

Segundo estudos feitos pela UNICEF, a cada cinco crianças duas estão fora do
ensino no nosso país. Isso deve-se a falta de escolas publicas distruibuidas no
território nacional, pois a falta de condições das famílias angolanas, para poder
pagar escolas particulares é uma problemática.

Falta de sustentabilidade e assecebilidade das escolas


1.2 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

Para essa proposta, levaremos em conta vários aspectos, garantido assim, que mais
crianças entejam enquadradas ao ensino. Logo, levaremos em consideração os
aspectos sócias, econômicos dos futuros usuários.
Pois é também um facto que a falta de condições nas escolas influencia no
aprendizado. A escola é, e deve ser um meio onde as pessoas devem sentir-se
confortáveis para aprender tudo como se deve, para serem motivadas a frequentar
mais vezes, o contrário disso deve ser sempre evitado, e isso só é possível
melhorando as condições das escolas.
1.3 OBJECTIVOS

1.3.1 OBJECTIVO GERAL


Elaborar um projeto que conste a organização interior, respeitando a envolvente do
exterior e utilizar as matérias possíveis para oferecer o conforto necessário.

1.3.2 OBJECTIVO ESPECIFICO

Apresentar uma proposta que ofereça requisitos arquitetônicos qualificados, que uma
instituição escolar precise;

Levar em conta a ergonomia;


Seguir o guia de assecebilidade para elaboração de projectos de escolas primarias e do
primeiro ciclo;

Garantir melhores condições técnicas, para a melhoria no aprendizado.


1.4 CONCEITOS

Educação: No sentido técnico, a educação é o processo contínuo de


desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e morais do ser humano, a fim de
melhor se integrar na sociedade ou no seu próprio grupo.

Escola primária: Uma escola primária é um tipo de estabelecimento escolar,


existente em alguns países, onde as crianças realizam o primeiro estágio da
escolaridade obrigatória ou ensino primário. Por extensão, frequentemente o próprio
ensino primário também é referido como "escola primária".
Nessa etapa, além do desenvolvimento sócio - emocional, a criança aprende a ler e a
escrever.

 1º ano. (6 anos)
 2º ano. (7 anos)
 3º ano. (8 anos)
 4º ano. (9 anos)
 5º ano. (10 anos)
 6º ano. (11 anos)
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 HISTORIA DA EDUCAÇÃO

O processo de educação do homem foi fundamental para o desenvolvimento dos


grupos sociais e de suas respectivas sociedades, razão pela qual o conhecimento de
sua história e experiências passadas é essencial para a compreensão dos rumos
tomados pela educação no presente.
Educação na antiguidade
Tomando a herança cultural deixada pela antiguidade como a fonte principal sobre
a qual a civilização ocidental se ergueu, o legado deixado pelas principais cidades
estados da Grécia Antiga – Esparta e Atenas – constitui-se como princípio de
organização social e educativa que serviu de modelo para diversas sociedades no
decorrer dos séculos. Reconhecida por seu poder militar e caráter guerreiro, o modelo
de educação espartano baseava-se na disciplina rígida, no autoritarismo, no ensino de
artes militares e códigos de conduta, no estímulo da competitividade entre os alunos e
nas exigências extremas de desempenho. Por outro lado, Atenas tinha nos logos
(conhecimento) seu ideal educativo mais importante. O exercício da palavra, assim
como a retórica e a polêmica, era valorizado em função da prática da democracia
entre iguais. Como herança da educação ateniense surgiram os sofistas, considerados
mestres da retórica e da oratória, eles ensinavam a arte das palavras para que seus
alunos fossem capazes de construir argumentos vitoriosos na arena política. Fruto da
mesma matriz intelectual, porém em oposição ao pensamento sofista, o filósofo
Sócrates propunha ensinar a pensar – mais do que ensinar a falar - através de
perguntas cujas respostas dependiam de uma análise lógica e não simplesmente da
mera retórica. Apesar de concepções opostas, tanto o pensamento sofista como o
pensamento socrático contribuíram para a educação contemporânea através da
valorização da experiência e do conhecimento prévio do aluno enquanto estratégias
que se tornaram muito relevantes para o sucesso na aprendizagem do aluno na
contemporaneidade.
Educação na Idade Média
Podemos reconhecer traços da tradição espartana na educação medieval. Os
estudantes eram formados de acordo com o pensamento conservador da época e a
educação desenvolvida em consonância com os rígidos dogmas da Igreja Católica.
Cabe ressaltar que até o século XVII os valores morais e até mesmo os ofícios
responsáveis pela garantia da subsistência eram transmitidos em grande parte dentro
dos próprios círculos familiares, sendo que esses valores e códigos de conduta eram
profundamente influenciados pelo pensamento religioso. Em contrapartida, com as
Reformas Religiosas e o Renascimento inicia-se uma nova era para o Ocidente e é
marcada pelo ressurgimento dos ideais atenienses nos discursos sobre os objetivos
da Educação. O conhecimento era tipo como um corpo sagrado, essa matriz de
pensamento permaneceu dominante e foi grande responsável pela concepção do
papel da educação desde o desaparecimento do Antigo Regime até a constituição dos
Estados Nacionais: o conhecimento passa a ser organizado para ser transmitido pela
escola, através da autoridade do professor enquanto sujeito detentor do saber e
mantenedor da ordem e da disciplina.
Educação moderna
Foi esse modelo de educação escolar centrado na figura do professor como
transmissor do conhecimento que se expandiu ao longo dos séculos XVIII e XIX,
impulsionado pela Revolução Industrial e a consequente urbanização e aumento
demográfico. Além disso, o fortalecimento e expansão de regimes democráticos
influenciou a reivindicação pelo acesso à escola enquanto direito do cidadão e à
educação passa a ser atribuída a tarefa de formar cidadãos, cientes de direitos e
deveres e capazes de exercê-los perante a sociedade.
A partir de meados do século XIX, portanto, o modelo hierarquizado e autoritário
de educação que caracterizou as instituições escolares até então passou a ser
questionado por educadores como Maria Montessori, na Europa, e John Dewey, nos
Estados Unidos. Impulsionados pelo desenvolvimento dos estudos de psicologia sobre
aprendizagem e desenvolvimento humano, e com críticas a pedagogia tradicional e a
forma como os conteúdos curriculares eram impostos aos alunos, esses e outros
educadores passaram a reivindicar a participação ativa dos alunos no processo de
aprendizagem. Desta forma e como mencionado anteriormente, essas propostas
resgataram princípios atenienses de educação ao valorizar a experiência anterior do
aluno e seus conhecimentos prévios à aprendizagem escolar.
Em função dessa trajetória histórica, cabe salientar que a Educação não atendeu
sempre aos mesmos tipos de objetivos e toda a sua análise requer, antes de tudo, um
intenso esforço de reflexão e contextualização. Através deste caminho pode-se melhor
compreender métodos e teorias educacionais, pois observamos traços presentes nas
práticas educativas atuais que remetem a herança deixada pelos modelos educativos
analisados até aqui. Se, de um lado, está o valor da disciplina e do conhecimento a ser
transmitido pela escola; e, de outro lado, a ideia de que o conhecimento é construído e
consequentemente ninguém ensina nada a ninguém de forma definitiva; é importante
a constatação de que essas correntes de pensamento não se excluem, uma vez que
nos dias atuais é necessário conciliar o valor do conhecimento ao valor do
engajamento dos alunos como estratégia para sanar as exigências de um mundo em
contínuo desenvolvimento e marcado pelo fluxo constante de informação disponível a
uma ampla gama de pessoas situadas em diferentes regiões do mundo.
Como salienta Moacir Gadotti, o conhecimento tem presença garantida em
qualquer projeção que se faça sobre o futuro; contudo, os sistemas educacionais
ainda não conseguiram avaliar de maneira satisfatória o impacto das tecnologias da
informação sobre a Educação. Logo, será preciso trabalhar em dois tempos: o tempo
do passado e o tempo do futuro. Fazendo de tudo para superar as condições de
atraso e, ao mesmo tempo, criando condições para aproveitar as novas possibilidades
que surgem através desses novos espaços de conhecimento.
2.2 ESTUDO DE REFERÊNCIAS DE ESCOLAS PRIMARIAS
INTERNACIONAIS (FRANÇA)

A escolaridade é obrigatória dos 6 aos 16 anos e o sistema de educação é


centralizado e controlado pelo ministério da educação francês, cujo orçamento é o
mais alto de todos os ministérios.

Na França, as escolas primárias, que oferecem formação equivalente aos cinco


primeiros anos do ensino fundamental, são divididas em duas categorias: ciclo 2 e
ciclo 3. Ambos os ciclos são fragmentados em uma sopa de letrinhas que
destrinchamos abaixo. O ensino primário é compreendido entre os 5 primeiros anos
do ensino fundamental, de 6 a 10 anos.
É importante entender as nomenclaturas para compreender o funcionamento dessa
fase educacional, uma vez que as escolas na França se organizam desta forma e,
mais importante, se comunicam a partir dessas siglas!

Ciclo 2
Desde o primeiro ano da escola primária (ciclo 2), os alunos têm a oportunidade de
conhecer, ainda que superficialmente, um idioma moderno, que pode ser tanto
estrangeiro ou regional, além de serem apresentados a noções oriundas da filosofia
capazes de permitir que questionem o ser e as suas relações com o mundo. O ensino
de artes, quer sejam artes visuais ou educação musical, bem como educação física,
também fazem parte do currículo do CP (cours préparatoire).

Ciclo 3
O ciclo 3 (ciclo de consolidação ou cycle de consolidation) compreende as
seguintes fases:
 Primeiro ano do terceiro ciclo – cours moyen 1re année (CM1);
 Segundo ano do terceiro ciclo – cours moyen 2e année (CM2);
 Terceiro ano do ciclo 3 é realizado no sexto ano do collège;

O terceiro ciclo é um aprofundamento dos currículos vistos em CP, CE1 e CE2. É


nesta etapa que os alunos (élèves) consolidam o seu aprendizado nas áreas
introdutórias. De acordo com o currículo francês, no ciclo 3 (CM1 e CM2) os alunos
estão preparados para serem apresentados à ciência e tecnologia, história e
geografia, bem como em temas mais densos da história da arte.

Os custos das escolas primárias

Embora existam escolas primárias privadas (pagas), o ensino primário na França


também é gratuito pela lei francesa. No entanto, tal qual no jardim de infância,
algumas tarifas podem ser aplicadas. Isto é: eventualmente os pais podem ser
solicitados a contribuir com o custeio de material escolar, refeições e fotografias de
classe ou de documentos.
2.2.1 ESCOLA PRIMÁRIA LIMEIL-BRÉVANNES (FRANÇA)

O edifício localiza-se em Limeil-Brevannes, próximo de Paris. Consiste em três


pré-escolas e duas escolas de ensino fundamental. O método de comissão utilizado foi
o sistema chamado "concepção-construção", onde as equipes do concursos proporiam
todo o projeto e construção a um preço fixo. Ao lado das escolas, um edifício de 46
apartamentos de habitação social foi incluído no programa do concurso, cujo prazo foi
de um mês. A decisão do vencedor foi feita em abril de 2011 e a inauguração do
projeto realizou-se após 18 meses.

Figura 1

O prefeito da cidade é politicamente de esquerda e comprometido com as


questões sustentáveis. Ele queria que as escolas fossem de madeira, o que era o
principal critério, juntamente com as decisões das questões urbanas.

Figura 2
Os arquitetos, virão duas questões no trabalho:

1. O novo edifício teria significado fundamental na redefinição do futuro espaço


urbano do centro da cidade. A prefeitura está de frente para o prédio ao norte e
ao lado ficará a "mediateca". O lado sul será conectado a um quadrado
formado por novos edifícios de apartamentos. A diferença em latitude de norte
a sul é de 4 metros. Pelo lado oeste, o terreno vizinho é uma residência
particular. Atualmente a área está dispersa e queríamos alcançar precisamente
a consolidação de espaços urbanos. A área possuía uma planificação urbana,
mas a nossa proposta era muito diferente dele.

2. Como edificação escolar, é uma das maiores da França, com cerca de 1000
alunos. Queríamos criar para cada escola a sua própria identidade e
comunidade no quadro amplo e geral. Cada escola é agrupada em torno de
seu próprio pátio. Elas seguem a estrutura da sala de aula tradicional.
Possuem um restaurante comum e biblioteca, mas a vontade era que cada
escola fosse o seu próprio império. Nosso objetivo era conectar os espaços
interiores e exteriores perfeitamente. Devido ao sistema construtivo, o princípio
de planejamento foi a racionalização.

Figura 3
Figura 4

2.3 EDUCAÇÃO EM ANGOLA

A educação em Angola diz respeito ao conjunto de elementos formais que se somam


para formar do sistema de ensino do país, que mescla estabelecimentos de ensino
público, privado e comunitário/confessional.
Dada a característica do país, de colonização e independência tardia, o sistema
educacional angolano demorou sobremaneira para desenvolver-se, pautando-se em
ciclos de franca expansão, com períodos de praticamente dormência. A independência
da nação e sua subsequente vinculação ao bloco socialista, bem como as guerras
colonial e civil, influiu bastante no sistema de ensino da jovem nação.

Em Angola institucionalmente a responsabilidade pela prestação de cuidados e


educação à primeira infância é repartida entre os ministérios da Ação Social, Família e
Promoção da Mulher e da Educação, como estabelece a Lei nº 13/2001, já que, define
a educação pré-escolar como um subsistema de educação e ensino a que têm direito
todas as crianças sem qualquer discriminação.

Os indicadores, no entanto, apontam que este nível de ensino ainda está muito aquém
de ser considerado universal, principalmente quando se considera a zona rural do
país.

Mais de 100 mil crianças estão matriculadas em Centros de Infância (CI's), sendo que
em 2012 13% destes eram públicos, 20% privados e 67% comunitários/confessionais

A educação em Angola é de baixa qualidade comparando-se a outros países e, é


realmente triste relembrá-lo. Mas é a verdade! O melhoramento da qualidade de
ensino em Angola deve e muito ser tido como prioridade no âmbito do melhoramento e
desenvolvimento do sector da educação em Angola. Isto, com certeza, significará um
forte para o desenvolvimento do país em geral, pois assim, as pessoas passarão a
receber conhecimento necessário e de maneira adequada para futuramente
exercerem as suas funções de forma plausível.

Melhores condições
É evidente que centenas de escolas em Angola, na sua maioria públicas e alguns
pequenos colégios, não possuem condições aceitáveis.

Apesar de que a qualidade de ensino se destaca entre os fatores mais importantes, as


condições podem ter um grande impacto no incentivo de os alunos irem ou não a
escola, sobretudo quando são crianças, afinal, elas sabem que a escola é a nossa
segunda casa.
Sendo assim, elas precisam sentir-se a vontade. Mas isso não se deve somente as
crianças. É também um facto que a falta de condições nas escolas influencia no
aprendizado, principalmente quando ela está assentada na falta de materiais para o
ensino de determinadas matérias.

Na verdade, o conhecimento é transmitido, porém, a falta de prática garante a falta de


experiência com tal instrumento, e a falta de experiência pode provocar situações
desastrosas.

Contudo, a escola é, e deve ser um meio onde as pessoas devem sentir-se


confortáveis para aprender tudo como se deve, para serem motivadas a frequentar
mais vezes, o contrário disso deve ser sempre evitado, e isso só é possível
melhorando as condições das escolas.

2.3.1 ESTUDO DE REFERÊNCIAS DE ESCOLAS PRIMARIAS NACIONAIS


(Cuando Cubango)
2.3.1.1 Escolas em condições precárias onde falta quase tudo
Professores e encarregados de educação, na província angolana do Cuando
Cubango, pedem às autoridades que melhorem as condições das escolas primárias
onde falta quase tudo. Autoridades provinciais remetem-se ao silêncio.

Figura 5 Na escola primária Nº10 estão matriculados 1.245 alunos para apenas quatro
salas

Figura 6, Parte dos alunos tem de ficar fora das salas de aula e estudar ao relento

2.4 ZONA DE INTERVEÇÃO (Viana, Luanda Sul)

Viana é uma cidade e um município angolano da província de Luanda, situado a 18 km


da capital do país. É limitado a norte pelo município do Cacuaco, a leste pelo
município de Ícolo e Bengo, a sul pelo município da Quissama e a oeste pelos
municípios de Belas, Quilamba Quiaxi e Talatona.
Segundo as projeções populacionais de 2018, elaboradas pelo Instituto Nacional de
Estatística, conta com uma população de 1 838 291 habitantes e área territorial de 1
344 km², sendo o segundo município mais populoso e densamente povoado da nação,
ficando atrás somente da capital nacional.

O município foi fundado em 13 de dezembro de 1963 e é constituído por seis distritos


e duas comunas. Devido à sua proximidade com a cidade de Luanda, Viana foi
escolhida para sediar a Reserva Industrial de Viana, inserida na Zona Económica
Especial Luanda-Bengo (ZEE-LB), onde há fortes incentivos fiscais para implantação
de empreendimentos.

2.4.1 Geografia
É composto por seis distritos urbanos, a saber: Calumbo, Vila Flor, Zango, Baia,
Quicuxi e Estalagem. Ainda se compõe da comuna-sede, que também conserva o
nome de Viana, e pela comuna do Calumbo. Anteriormente Zango e Baia eram
comunas.

2.4.2 Educação

2.5 Acessibilidade para elaboração de projetos escolares


2.6 Lei de Bases do Sistema de Educação em Angola

(31 de Dezembro de 2001)

LEI N.º 13/01


de 31 de Dezembro

Considerando a vontade de realizar a escolarização de todas as crianças em idade escolar, de


reduzir o analfabetismo de jovens e adultos e de aumentar a eficácia do sistema educativo;

Considerando igualmente que as mudanças profundas no sistema sócioeconómico,


nomeadamente a transição da economia de orientação socialista para uma economia de
mercado, sugerem uma readaptação do sistema educativo, com vista a responder as novas
exigências da formação de recursos humanos, necessários ao progresso sócio- económico da
sociedade angolana;

Nestes termos, ao abrigo da alínea b) do artigo 88º da Lei Constitucional, a Assembleia


Nacional aprova a seguinte:

ARTIGO 3º

(Objetivos gerais)

São objetivos gerais da educação:

a) desenvolver harmoniosamente as capacidades físicas, intelectuais, morais, cívicas, estéticas


e laborais da jovem geração, de maneira contínua e sistemática e elevar o seu nível científico,
técnico e tecnológico, a fim de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do País;

b) formar um indivíduo capaz de compreender os problemas nacionais, regionais e


internacionais de forma crítica e construtiva para a sua participação ativa na vida social, à luz
dos princípios democráticos;

c) promover o desenvolvimento da consciência pessoal e social dos indivíduos em geral e da


jovem geração em particular, o respeito pelos valores e símbolos nacionais, pela dignidade
humana, pela tolerância e cultura de paz, a unidade nacional, a preservação do ambiente e a
consequente melhoria da qualidade de vida;

d) fomentar o respeito devido aos outros indivíduos e aos superiores interesses da nação
angolana na promoção do direito e respeito à vida, à liberdade e à integridade pessoal;

e) desenvolver o espirito de solidariedade entre os povos em atitude de respeito pela


diferença de outrem, permitindo uma saudável integração no mundo;

ARTIGO 8º
(Obrigatoriedade)
O ensino primário é obrigatório para todos os indivíduos que frequentem o subsistema
do ensino geral.

ARTIGO 16º
(Estrutura)

O subsistema de ensino geral estrutura-se em:

a) ensino primário;
b) ensino secundário.

SUBSECÇÃO II
Definição e Objectivos do Ensino Primário
ARTIGO 17º
(Definição)
O ensino primário, unificado por seis anos, constitui a base do ensino geral, tanto para a
educação regular como para a educação de adultos e é o ponto de partida para os estudos a
nível secundário.

ARTIGO 18º
(Objectivos)
São objectivos específicos do ensino primário:

a) desenvolver e aperfeiçoar o domínio da comunicação e da expressão;

b) aperfeiçoar hábitos e atitudes tendentes à socialização;

c) proporcionar conhecimentos e capacidades de desenvolvimento das faculdades mentais;

d) estimular o espírito estético com vista ao desenvolvimento da criação artística;

e) garantir a prática sistemática de educação física e de actividades gimno-desportivas para o


aperfeiçoamento das habilidades psicomotoras.

SUBSECÇÃO III
Definição e Objectivos do Ensino Secundário Geral
ARTIGO 19º
(Definição)
O ensino secundário, tanto para a educação de jovens, quanto para a educação de adultos,
como para educação especial, sucede ao ensino primário e compreende dois ciclos de três
classes:

a) o ensino secundário do 1º ciclo que compreende as 7ª, 8ª e 9ª classes;

ARTIGO 20º
(Objectivos)

1. São objectivos específicos do 1º ciclo:

a) consolidar, aprofundar e ampliar os conhecimentos e reforçar as capacidades, os hábitos, as


atitudes e as habilidades adquiridas no ensino primário;

b) permitir a aquisição de conhecimentos necessários ao prosseguimento dos estudos em


níveis de ensino e áreas subsequentes;
SECÇÃO VIII
Modalidades de Ensino
SUBSECÇÃO I
A Educação Especial ARTIGO
43º (Definição)
A educação especial é uma modalidade de ensino transversal, quer para o subsistema do
ensino geral, como para o subsistema da educação de adultos, destinada aos indivíduos com
necessidades educativas especiais, nomeadamente deficientes motores, sensoriais, mentais,
com transtornos de conduta e trata da prevenção, da recuperação e da integração sócio-
educativa e sócio-económica dos mesmos e dos alunos superdotados.

ARTIGO 44º
(Objectivos específicos)

Para além dos objectivos do subsistema do ensino geral, são objectivos específicos da
educação especial:

a) desenvolver as potencialidades físicas e intelectuais reduzindo as limitações provocadas


pelas deficiências;

b) apoiar a inserção familiar, escolar e social de crianças e jovens deficientes ajudando na


aquisição de estabilidade emocional;

c) desenvolver as possibilidades de comunicação;

d) desenvolver a autonomia de comportamento a todos os níveis em que está se possa


processar;

e) proporcionar uma adequada formação pré-profissional e profissional visando a integração


na vida activa;

f) criar condições para o atendimento dos alunos superdotados.

ARTIGO 55º
(Rede escolar)
1. É da competência do Estado a elaboração da carta escolar, orientação e o controlo das obras
escolares.

2. A rede escolar deve ser organizada de modo a que em cada região se garanta a maior
diversidade possível de cursos, tendo em conta os interesses locais ou regionais.

3. É da responsabilidade dos órgãos do poder local de administração do Estado e da sociedade


civil o equipamento, a conservação, a manutenção e a reparação das instituições escolares de
todos os níveis de ensino até ao 1º ciclo do ensino secundário.

4. Os órgãos do poder local da administração do Estado devem proteger as instituições


escolares e tomar as medidas tendentes a evitar todas as formas de degradação do seu
património.
ARTIGO 56º
(Recursos educativos)
1. Constituem recursos educativos todos os meios utilizados que contribuem para o
desenvolvimento do sistema de educação.

2. São recursos educativos:

a) guias e programas pedagógicos;

b) manuais escolares;

c) bibliotecas escolares;

d) equipamentos, laboratórios, oficinas, instalações e material desportivo;

ARTIGO 57º
Financiamento)
1. O exercício da educação constitui uma das prioridades do Plano Nacional de
Desenvolvimento Económico- Social e do Orçamento Geral do Estado.

2. As verbas e outras receitas destinadas ao Ministério da Educação e Cultura devem ser


distribuídas em função das prioridades estratégicas do desenvolvimento do sistema de
educação.

3. O ensino promovido por iniciativa privada é financiado através da remuneração pelos


serviços prestados ou por outras fontes. 4. O Estado pode co-financiar instituições educativas
de iniciativa privada em regime de parceria desde que sejam de interesse público relevante ou
estratégico.

ARTIGO 59º
(Posição e organização das escolas e outras instituições para a educação)
4. As escolas e demais instituições de educação devem:

b) realizar a difusão e o enriquecimento do trabalho educativo utilizando várias formas de


actividades livres dos alunos e estudantes.
2.7 PROCEDIMENTOS METODODOGICO
2.7.1 PROPOASTA
2.7.2 Zona de intervenção (Luanda Sul)

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