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Estruturas Das Areas de Conservacao
Estruturas Das Areas de Conservacao
Jordão Nihelane
Abibo Rajabo
Alima Braimo
Chamussidine Aiuba
UNIVERSIDADE ROVUMA
ANGOCHE
2023
Assane Ibraima Raja
Jordao Nihelane
Abibo Rajabo
Alima Braimo
Chamussidine Aiuba
UNIVERSIDADE ROVUMA
ANGOCHE
2023
Índice
1.Introdução.......................................................................................................................4
2.Área de Conservação......................................................................................................5
3.Unidades de conservação...............................................................................................5
6.Considerações Finais....................................................................................................15
7.Referencias Bibliográficas............................................................................................16
1.Introdução
O presente trabalho da cadeira de Gestão das áreas protegidas, intitulado a Estruturas
das áreas de conservação.
Como nota introdutória importa referenciar que a criação de parques e reservas tem sido
uma das principais estratégias para conservação da natureza, e tem como objectivo
preservar espaços com atributos ecológicos importantes. No entanto, mais do que a
criação de um espaço físico, existe uma concepção específica de relação
homem/natureza. As unidades de conservação podem ser estabelecidas pelo poder
público em esferas municipais, estaduais e federais, e para tanto criou-se um sistema de
unidades de conservação responsável por identificar as unidades e destinar a cada uma
delas suas respectivas funções.
1.3. Metodologia
Para a contextualização dos objectivos deste trabalho utilizou-se como
metodologias pesquisas na internet e a consulta de algumas obras bibliográficas.
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2.Área de Conservação
Área de conservação é um espaço geográfico claramente definido, reconhecido,
dedicado e gerido, através de meios legais ou outros igualmente eficientes, com o fim de
obter a conservação ao longo do tempo da natureza com os serviços associados ao
ecossistema e os valores culturais, Ntela e Iucn (1994).
3.Unidades de conservação
As Unidades de Conservação (UCs) são espaços naturais protegidos por lei. Essas áreas
possuem características singulares relacionados com a fauna e a flora do local.
Vale notar que as Unidades de Conservação fazem parte do património natural e
cultural de um país, e daí sua importância ecológica.
a) Legislação
A Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000 instituiu o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza. Esse órgão é constituído pelo conjunto das unidades de
conservação federais, estaduais e municipais. Os principais objectivos são:
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De acordo com essa lei, as Unidades de Conservação são definidas:
Dessa forma, esse tipo de Unidade de Conservação é mais restrito, uma vez está voltado
para pesquisas relacionadas com a diversidade biológica do local.
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Monumento Natural (MONA): locais singulares e raros que apresentam
grande importância ecológica e cénica. A intervenção humana é proibida,
embora as visitações são permitidas.
Refúgio da Vida Silvestre (REVIS): ambientes naturais que garantem a
reprodução de espécies da fauna (residente ou migratória) e da flora. Tanto as
visitas públicas como as actividades de carácter científico são restritas,
necessitando de aviso prévio.
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Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS): nessas áreas naturais,
exploração de recursos de maneira sustentável é realizado pelas comunidades
tradicionais que vivem no local. Mediante autorização, são permitidas visitas e
pesquisas científicas
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN): de caráter privado, essas
áreas naturais objetivam a conservação da biodiversidade de modo sustentável.
Pesquisas, manejo de recursos, ecoturismo são permitidos.
Moçambique tem uma rede de áreas protegidas cuja cobertura estende-se em toda eco-
região e biomas que asseguram a sua integridade como uma porção representativa da
herança natural do país. A rede principal das áreas protegidas, isto é, os parques e
reservas Nacionais cobrem 12.6 % da superfície total do país, mas essa cobertura
aumenta para, aproximadamente, 15% quando se incluem as coutadas. O
estabelecimento das áreas de conservação no país é um fenómeno recente. A década de
60 e o princípio da década de 70 foram o período em que as áreas de conservação da
categoria de protecção total foram criadas. Os princípios da década de 60 foram
marcados pela criação das reservas nacionais 83,3% das reservas nacionais e 17% dos
parques nacionais. (Ntela e tal., 2004).
Já no início da década de 70 foi marcado pela criação dos parques, (cerca de 50% dos
existentes no país). A década de 2000 iniciou com o crescimento dos parques (a criação
dos restantes 33,3%) e das reservas (os 17%).
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A despeito da extensão das áreas de conservação, só uma pequena parte da diversidade
de habitats e ecossistemas que o país possui se encontra representado nestas áreas. São
exemplos, os habitats e ecossistemas montanhosos, aquáticos e marinhos que apesar de
extensos e diversificados, encontram-se mal representados na actual rede de áreas de
conservação. Este fato é em parte justificado pela proclamação no período colonial de
grande parte das áreas de conservação existentes no país mais em função de objectivo
económicos do que ecológicos.
b) Reserva Especial
Maputo
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Fonte: Checklist´e Centros de Diversidade de Vertebrados
Reserva Total (IUCN I), Parque Nacional (IUCN II), Monumentos (IUCN III), Reserva
Especial Nacional ou Provincial (IUCN IV), Paisagem protegidas (IUCN V), Áreas
Transfronteiriças e Biosfera (IUCN VI), Reserva Privada (IUCN II-V), Reserva
Comunitária (IUCN II-V) e Santuários Comunitários (Nacional Provincial ou Distrital).
A reserva total, parque nacional e monumentos são classificados como áreas de
conservação total e restante como áreas de uso sustentável.
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áreas terrestres. Cabe às autoridades estatais em níveis locais, provincial e nacional
reconhecer os santuários e apoiar a sua protecção durante o período em que está em
vigor. Tendo uma validade limitada em renováveis, esses santuários não são áreas de
conservação, mas constituem um elemento importante na conservação da
biodiversidade. Obviamente, podem transitar para uma área de conservação caso se
decida que as restrições introduzidas no âmbito da conservação da biodiversidade
deixam de ser temporárias.
b) Reserva Nacional
Pomene;
Ponta do Ouro;
Malhazine.
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O parque Nacional de Banhine abriga guindastes ameaçados de extinção e muitas aves
migratórias. Os resultados de uma pesquisa aérea realizada em Outubro 2004 mostraram
que o parque tinha populações saudáveis de avestruz, cudo, impala, reeduca,
cephalophinae, raphiceuros campestres, porco-espinho, javali e oribi. Predadores como
leopardo, leões, servia, hienas-pintadas e guepardos.
Existe uma pequena população humana na reserva, prejudicando o meio ambiente
devido ao cultivo de milho, sorgo, mandioca e cana-de-açúcar. Com a seca, as colheitas
fracassam e as pessoas voltam a caça e pesca, colocando pressão sobre a fauna.
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transcrições entre as terras tropicais húmidas e as terras secas, sendo um importante
local de passagem para os mamíferos nómadas que atravessam a região do Limpopo. A
girafa e uma das espécies que mais se destaca da fauna local, estando naturalmente
acompanhada de uma vegetação rica em acácias e florestas de miombo e mopane.
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5.8.Reserva Nacional de Ponta do Ouro
Segundo MITADER 2011, Reserva Nacional de Ponta do Ouro esta localizada na
extremidade sul do país ( provincia de Maputo), proclamado em 1960 como reserva de
protecção aos Elefantes, com área de 80.000 hectares, em 1969 por reconhecimento do
seu valor ecologico mais abragente, foi recategorizada como Reserva Especial de
Maputo, e em 2011 foi feita a integracao do corredor do fúti nos actuais limites da
Reserva, perfazendo uma área total protegida de 112,oo hectares gerida de forma
integrada com a Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro proclamado em 2009 com
uma área de 67.800 hectares.
A reserva é sobretudo notável pela sua paisagem representada por grande variedade e
riqueza de habitats, praias virgens, mangais, prados, florestas costeiras sobre dunas e
varias lagoas. Entre a fauna que se pode encontrar, destaca se a população de elefantes,
zebras, bois, cavalos, girafas e presença de hipopótamos e crocodilos nas lagoas. Na
área marinha, existe uma variedade de espécies tais como baleias, tartarugas, golfinhos,
dugongos e inumerosas espécies de peixes. É importante sublinhar que as tartarugas
marinhas nidificam ao longo da costa, presença de 350 espécies de aves torna a Reserva
um paraíso para os apreciadores da avifauna.
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6.Considerações Finais
Diante do exposto como considerações finais, em diversos países, Unidades de
Conservação Ambiental (UCs), têm sido criadas como medida paliativa ao decréscimo
nos índices de biodiversidade dos ecossistemas do planeta. Inicialmente, o que se
pretendia era reverter o processo de extermínio de espécies animais e vegetais em
constante aceleração como resultado da acção predatória do homem sobre a natureza.
Áreas protegidas são necessárias do ponto de vista de conservação de ecossistemas, no
entanto enfrentam problemas de ordem estrutural por poderem tornar-se ilhas e não
conseguirem manter a biodiversidade, problemas relacionados à gestão ambiental
reflectidos na dificuldade da implementação dos seus planos de manejo.
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7.Referencias Bibliográficas
DUARTE, Eleutério et al. Breve Analise e Recomendação sobre o tipo de gestão e
protecção possíveis para áreas-chave para Biodiversidade (KBAs), identificadas em
Moçambique (VOL. III);
Lakatos E. M. & Marconi, M. A. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo:
Atlas S.A. (2003);
NTELA, Papucides Bosco Tiago. Revista VITAS – Visões Transdisciplinares sobre
Ambiente e Sociedade – www.uff.br/revistavitas, ISSN 2238-1627, Ano III, Nº 6, Abril
de 2013; WWW.
Kruguer Park.co.ZA. Consultado em 21 de Outubro 2022;
WWW. Ministério da Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural.mz. Consultado em 21
de Outubro 2022.
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