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Assane Ibraima Raja

Jordão Nihelane
Abibo Rajabo
Alima Braimo
Chamussidine Aiuba

ESTRUTURAS DAS ÁREAS DE CONSERVAÇÃO


(Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário)

UNIVERSIDADE ROVUMA
ANGOCHE
2023
Assane Ibraima Raja

Jordao Nihelane

Abibo Rajabo

Alima Braimo

Chamussidine Aiuba

ESTRUTURAS DAS ÁREAS DE CONSERVAÇÃO


(Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário)

Trabalho de carácter avaliativo a ser


apresentado na cadeira de Gestão das
Áreas Protegidas, 4 ano, 2 semestre.
Docente: António Guzia

UNIVERSIDADE ROVUMA
ANGOCHE
2023
Índice

1.Introdução.......................................................................................................................4

2.Área de Conservação......................................................................................................5

3.Unidades de conservação...............................................................................................5

3.1.Classificação e os Tipos de Unidades de Conservação...............................................6

3.2.Unidades de Protecção Integral...................................................................................6

3.3.Unidades de Uso Sustentável......................................................................................7

4.Áreas de Conservação em Moçambique........................................................................8

4.1.Principais áreas de conservação em Moçambique......................................................9

5.Categorias de Áreas de Conservação...........................................................................10

5.1.Tipologia e Características da Área de Conservação na zona sul de Moçambique. .11

6.Considerações Finais....................................................................................................15

7.Referencias Bibliográficas............................................................................................16
1.Introdução
O presente trabalho da cadeira de Gestão das áreas protegidas, intitulado a Estruturas
das áreas de conservação.
Como nota introdutória importa referenciar que a criação de parques e reservas tem sido
uma das principais estratégias para conservação da natureza, e tem como objectivo
preservar espaços com atributos ecológicos importantes. No entanto, mais do que a
criação de um espaço físico, existe uma concepção específica de relação
homem/natureza. As unidades de conservação podem ser estabelecidas pelo poder
público em esferas municipais, estaduais e federais, e para tanto criou-se um sistema de
unidades de conservação responsável por identificar as unidades e destinar a cada uma
delas suas respectivas funções.

1.1. Objectivo Geral


 Compreender como esta Estruturada as Áreas de Conservação

1.2. Objectivo Especifico


 Definir os principais conceitos;
 Apresentar as áreas de Conservação em Moçambique.

1.3. Metodologia
 Para a contextualização dos objectivos deste trabalho utilizou-se como
metodologias pesquisas na internet e a consulta de algumas obras bibliográficas.

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2.Área de Conservação
Área de conservação é um espaço geográfico claramente definido, reconhecido,
dedicado e gerido, através de meios legais ou outros igualmente eficientes, com o fim de
obter a conservação ao longo do tempo da natureza com os serviços associados ao
ecossistema e os valores culturais, Ntela e Iucn (1994).

Áreas de conservação são essenciais para a conservação da biodiversidade. Elas são


pilares nacionais e internacionais de praticamente todas as estratégias de conservação,
reservado para manter o funcionamento do ecossistema naturais, para actuar como
refúgio para as espécies e para manter processos ecológicos que não consegue sobrevier
em mais intensamente amplo espectro paisagístico e marinho. As áreas protegidas
funcionam como um ponto de referência onde ocorre uma interacção humana com o
mundo natural. Hoje elas são muitas vezes a única esperança para conter as espécies
ameaçadas ou endémicas e em vias de extinção. Elas são complementares às medidas
para alcançara a conservação da biodiversidade e o uso sustentável fora das áreas
protegidas, de acordo com as directrizes da convenção da diversidade biológica.

3.Unidades de conservação
As Unidades de Conservação (UCs) são espaços naturais protegidos por lei. Essas áreas
possuem características singulares relacionados com a fauna e a flora do local.
Vale notar que as Unidades de Conservação fazem parte do património natural e
cultural de um país, e daí sua importância ecológica.

a) Legislação
A Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000 instituiu o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza. Esse órgão é constituído pelo conjunto das unidades de
conservação federais, estaduais e municipais. Os principais objectivos são:

 Proteger e conservar essas áreas, bem como as espécies em risco de extinção;


 Preservar e restaurar os recursos e os ecossistemas naturais;
 Valorizar a diversidade biológica desses espaços;
 Promover o desenvolvimento sustentável e actividades de carácter científico.

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De acordo com essa lei, as Unidades de Conservação são definidas:

Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas


jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente
instituído pelo Poder Público, com objectivos de conservação e limites
definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam
garantias adequadas de protecção.

3.1.Classificação e os Tipos de Unidades de Conservação


As Unidades de Conservação objectivam a preservação e conservação da natureza,
sendo classificadas de duas maneiras:
 Unidades de Protecção Integral;
 Unidades de Uso Sustentável.

3.2.Unidades de Protecção Integral


O objectivo das Unidades de Protecção Integral é a preservação da natureza bem como a
utilização dos recursos naturais de forma indirecta. Isso porque não envolve consumo,
colecta ou dano aos recursos naturais.

Dessa forma, esse tipo de Unidade de Conservação é mais restrito, uma vez está voltado
para pesquisas relacionadas com a diversidade biológica do local.

Dentro dessa categoria existem cinco tipos de Unidades de Conservação:


 Estação Ecológica (ESEC): área natural restrita onde as pesquisas científicas
são permitidas somente com autorização prévia. Esses espaços não estão abertos
à visitação pública.
 Reserva Biológica (REBIO): área natural restrita que tem como intuito a
preservação da fauna e da flora do local. São, portanto, preservados, não sendo
permitida a presença humana, ou mesmo, modificações da paisagem natural.
 Parque Nacional: extensas áreas naturais que abrigam fauna e flora de grande
importância ecológica e cénica. As visitas são permitidas, sejam de teor
educacional, científico ou turístico.

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 Monumento Natural (MONA): locais singulares e raros que apresentam
grande importância ecológica e cénica. A intervenção humana é proibida,
embora as visitações são permitidas.
 Refúgio da Vida Silvestre (REVIS): ambientes naturais que garantem a
reprodução de espécies da fauna (residente ou migratória) e da flora. Tanto as
visitas públicas como as actividades de carácter científico são restritas,
necessitando de aviso prévio.

3.3.Unidades de Uso Sustentável


As Unidades de Uso Sustentável têm como objectivo a conservação da natureza, aliado
ao uso sustentável dos seus recursos naturais.
Nesse caso, as Unidades de Conservação são destinadas para promoção de actividades
educativas relacionadas com a sustentabilidade.
Diferentes das Unidades de Protecção Integral, essas geralmente podem ser visitadas.

Dentro dessa categoria existem sete tipos de Unidades de Conservação:


 Área de Protecção Ambiental (APA): grandes áreas que englobam diversos
aspectos biológicos e culturais relevantes. Geralmente, a APA permite presença
humana mediante o uso sustentável de seus recursos.
 Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE): áreas menores (com menos de
5.000 hectares) que abrigam uma fauna e flora singulares. Podem apresentar
ocupação humana mediante conservação de uso sustentável.
 Floresta Nacional (FLONA): apresenta uma cobertura florestal com espécies
nativas e populações tradicionais. Pesquisas científicas e métodos de exploração
sustentáveis são permitidos.
 Reserva Extractivista (RESEX): áreas onde os métodos de subsistência de
populações locais são baseados no extractivismo, sejam agricultura ou criações
de animais. Tudo isso, mediante o uso sustentável dos recursos naturais.
Visitação pública e actividades de carácter científico são permitidas.
 Reserva de Fauna (REFAU): áreas naturais com espécies nativas sejam
terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias. São destinadas ao manejo
sustentável de seus recursos, bem como para pesquisas científicas.

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 Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS): nessas áreas naturais,
exploração de recursos de maneira sustentável é realizado pelas comunidades
tradicionais que vivem no local. Mediante autorização, são permitidas visitas e
pesquisas científicas
 Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN): de caráter privado, essas
áreas naturais objetivam a conservação da biodiversidade de modo sustentável.
Pesquisas, manejo de recursos, ecoturismo são permitidos.

4.Áreas de Conservação em Moçambique segundo Biofound são:


 Parque Nacional;
 Reserva Nacional;
 Reserva Especial;
 Área de Protecção Ambiental

Moçambique tem uma rede de áreas protegidas cuja cobertura estende-se em toda eco-
região e biomas que asseguram a sua integridade como uma porção representativa da
herança natural do país. A rede principal das áreas protegidas, isto é, os parques e
reservas Nacionais cobrem 12.6 % da superfície total do país, mas essa cobertura
aumenta para, aproximadamente, 15% quando se incluem as coutadas. O
estabelecimento das áreas de conservação no país é um fenómeno recente. A década de
60 e o princípio da década de 70 foram o período em que as áreas de conservação da
categoria de protecção total foram criadas. Os princípios da década de 60 foram
marcados pela criação das reservas nacionais 83,3% das reservas nacionais e 17% dos
parques nacionais. (Ntela e tal., 2004).
Já no início da década de 70 foi marcado pela criação dos parques, (cerca de 50% dos
existentes no país). A década de 2000 iniciou com o crescimento dos parques (a criação
dos restantes 33,3%) e das reservas (os 17%).

Governo de Moçambique (2003), acrescenta que Moçambique, é constituída por 6 (seis)


parques nacionais, 5 (cinco) reserva de nacionais, 14 reservas florestais e 12 coutadas de
caça, cobrindo uma área total de cerca de 128.749 km² o equivalente a 16 % do
território nacional.

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A despeito da extensão das áreas de conservação, só uma pequena parte da diversidade
de habitats e ecossistemas que o país possui se encontra representado nestas áreas. São
exemplos, os habitats e ecossistemas montanhosos, aquáticos e marinhos que apesar de
extensos e diversificados, encontram-se mal representados na actual rede de áreas de
conservação. Este fato é em parte justificado pela proclamação no período colonial de
grande parte das áreas de conservação existentes no país mais em função de objectivo
económicos do que ecológicos.

4.1.Principais áreas de conservação em Moçambique


O território Moçambicano constitui uma vasta área de conservação nomeadamente:
a) Parque Nacional
 Banhine
 Bazaruto;
 Gorongosa;
 Limpopo;
 Magoe;
 Quirimbas;
 Zinave.
 Chimanemane;
 Gilé
 Malhazine.
 Ponta de Ouro;
 Lago Niassa;
 Pomene;
 Marromeu;

b) Reserva Especial
 Maputo

c) Área de Protecção Ambiental


 Ilhas Primeiras e segunda.

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Fonte: Checklist´e Centros de Diversidade de Vertebrados

Em Moçambique, a gestão das áreas de conservação é feita pela Administração


Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), entidade sob tutela do Ministério da Terra
Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER).

5.Categorias de Áreas de Conservação


Existem nove (9) categorias propostas dentro da Política de Conservação:

Reserva Total (IUCN I), Parque Nacional (IUCN II), Monumentos (IUCN III), Reserva
Especial Nacional ou Provincial (IUCN IV), Paisagem protegidas (IUCN V), Áreas
Transfronteiriças e Biosfera (IUCN VI), Reserva Privada (IUCN II-V), Reserva
Comunitária (IUCN II-V) e Santuários Comunitários (Nacional Provincial ou Distrital).
A reserva total, parque nacional e monumentos são classificados como áreas de
conservação total e restante como áreas de uso sustentável.

Segundo Governo de Moçambique (2009), a Política de Conservação traz questões para


melhoramento e adequação da legislação incluindo procedimentos que permite uma
implementação de revisão de processo interactiva para actual classificação proposta.
Existe também necessidade de apoiar iniciativas locais que visam controlar de uma
forma rigorosa a exploração de recursos naturais através de criação de santuários ou
zonas de veda temporal onde são proibidas actividades que afectam negativamente a
capacidade de reprodução de certas espécies. Essa modalidade de zoneamento já existe
no Regulamento Geral da Pesca Marítima, mais ainda não tem a sua contraparte nas

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áreas terrestres. Cabe às autoridades estatais em níveis locais, provincial e nacional
reconhecer os santuários e apoiar a sua protecção durante o período em que está em
vigor. Tendo uma validade limitada em renováveis, esses santuários não são áreas de
conservação, mas constituem um elemento importante na conservação da
biodiversidade. Obviamente, podem transitar para uma área de conservação caso se
decida que as restrições introduzidas no âmbito da conservação da biodiversidade
deixam de ser temporárias.

5.1.Tipologia e Características da Área de Conservação na zona sul de


Moçambique
A região sul de Moçambique é constituída por quatro (4) parques nacionais e três (3)
reservas nacional, nomeadamente:
a) Parque Nacional
 Banhine;
 Bazaruto;
 Limpopo e Zinave.

b) Reserva Nacional
 Pomene;
 Ponta do Ouro;
 Malhazine.

5.2.Parque Nacional de Banhine


Segundo Governo de Moçambique (2006), o parque nacional de Banhine é uma área
protegida no norte da província de Gaza, Moçambique. Tem aproximadamente 7.250
quilómetros na área e possui extensas áreas húmidas interiores, o parque esta em uma
área com chuvas anuais de apenas 430 milímetros, entretanto mais de 1% do parque é
pantanoso e também existem mais de mil charcos que variam em tamanho, a água vem
da área a noroeste, perto do limite Zimbabué fluindo por muitos canais para as áreas
húmidas e depois para o rio Changane.

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O parque Nacional de Banhine abriga guindastes ameaçados de extinção e muitas aves
migratórias. Os resultados de uma pesquisa aérea realizada em Outubro 2004 mostraram
que o parque tinha populações saudáveis de avestruz, cudo, impala, reeduca,
cephalophinae, raphiceuros campestres, porco-espinho, javali e oribi. Predadores como
leopardo, leões, servia, hienas-pintadas e guepardos.
Existe uma pequena população humana na reserva, prejudicando o meio ambiente
devido ao cultivo de milho, sorgo, mandioca e cana-de-açúcar. Com a seca, as colheitas
fracassam e as pessoas voltam a caça e pesca, colocando pressão sobre a fauna.

5.3.Parque Nacional de Bazaruto


Foi a primeira área de conservação marinha de Moçambique. Foi criado em 1971, pelo
Diploma Legislativo nº 46̸71 de 25 de Maio, integrando ilhas Benguera, Maguruque e
Bangue, com área total de 80 quilómetros quadrado. As ilhas de Bazaruto e Santa
Carolina tinham o estatuto de áreas de vigilância especial. O parque Nacional de
Bazaruto foi alargado, passando a englobar as cinco ilhas recebendo a nova
denominação de Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto, com uma área total de
1430 quilómetros quadrado. Os limites do parque são referenciados pelos paralelos 21º
27´ 30´´S e 22º 02´ 55´´N e Pelos meridianos 35º 14´ 01´´E e 35º 32´ 30´´ O.

No parque Nacional do Bazaruto podem encontrar-se cerca de 164 espécies de aves,


algumas muito raras. O parque também serve de santuário a varias espécies marinhas,
tais como espécies de peixes e baleias, raias-santas, golfinhos, tartarugas-marinhas e
dugongos. Quanto aos dugongos esta é a ultima espécie viável do Oceano Indico
ocidental, estimado em 250 indivíduos.

5.4.Parque Nacional de Zinave


O parque Nacional de Zinave situa-se nos distritos de Mabote e Govuro, na província de
Inhambane, cobrindo também uma pequena Porção no distrito de Massangena na
província de Gaza. O Parque Nacional do Zinave tem uma área de 408,843 hectares e
foi criado a 26 de Junho de 1973. O Parque Nacional do Zinave tem cerca de 200
espécies arbóreas e 200 espécies de gramíneas. Os animais que podem ser vistos
incluem, elefante, girafa, hipopótamo, búfalo, impala, cudo, inhala, oribi, chango, Piva,
boi-cavalo, zebram, porco-bravo, crocodilo, cabrito do mato e hiena. Também faz

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transcrições entre as terras tropicais húmidas e as terras secas, sendo um importante
local de passagem para os mamíferos nómadas que atravessam a região do Limpopo. A
girafa e uma das espécies que mais se destaca da fauna local, estando naturalmente
acompanhada de uma vegetação rica em acácias e florestas de miombo e mopane.

5.5.Parque Nacional de Limpopo


Localiza se na província de Gaza, foi estabelecido a 27 de Novembro de 2001, mudando
assim o estatuto e dimensões da antiga coutada 16, uma área de caça adjacente ao rio
Limpopo. Sua implementação foi realizada em parceria entre o governo moçambicano e
a peace parks Foundation. Este parque conte 10 paisagens onde podem ser encontradas,
planícies arenosas, planícies calciticas com savana de arbustos de mopane, matas de
mopane, savana arborizada e planície aluviais, com 49 espécies de peixes das quais três
merecem estatuto especial de conservação, dois habitantes da lagoas sazonais e peixe de
pulmões, 34 espécies de rã, 116 espécies de reptei, duas endémicas, 505 espécies de
aves e 147 espécies de mamíferos.

5.6.Parque Ecológico de Malahazine


MITADER 2017, PEM localiza-se na cidade de Maputo, com uma área de 12 Km
protegida por diversas unidades de vegetação e tipos de cobertura de terra cerca de 105
espécies de flora, dentre arbóreas, arbustivas, herbáceas, trepadeiras, gramíneas e lianas
também abrange diversidade de espécies mamíferas, repteis e aves.

5.7.Reserva Nacional de Pomene


Segundo MITADER 2011, Reserva Nacional de Pomene Localiza se na província de
Inhambane no distrito de Massinga, estabelecido em 1964, possui diversos habitats
terrestres e marinhos, incluindo dunas cobertas de vegetação, savanas, mangais e
pântanos, foi criada com o objectivo de preservar o boi cavalo (Connochaetes taurinus)
e a zebra (Equus burchelli) Ocupa uma área de 50 quilómetro quadrado dentro do 7.410
quilómetro quadrado do distrito.

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5.8.Reserva Nacional de Ponta do Ouro
Segundo MITADER 2011, Reserva Nacional de Ponta do Ouro esta localizada na
extremidade sul do país ( provincia de Maputo), proclamado em 1960 como reserva de
protecção aos Elefantes, com área de 80.000 hectares, em 1969 por reconhecimento do
seu valor ecologico mais abragente, foi recategorizada como Reserva Especial de
Maputo, e em 2011 foi feita a integracao do corredor do fúti nos actuais limites da
Reserva, perfazendo uma área total protegida de 112,oo hectares gerida de forma
integrada com a Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro proclamado em 2009 com
uma área de 67.800 hectares.

A reserva é sobretudo notável pela sua paisagem representada por grande variedade e
riqueza de habitats, praias virgens, mangais, prados, florestas costeiras sobre dunas e
varias lagoas. Entre a fauna que se pode encontrar, destaca se a população de elefantes,
zebras, bois, cavalos, girafas e presença de hipopótamos e crocodilos nas lagoas. Na
área marinha, existe uma variedade de espécies tais como baleias, tartarugas, golfinhos,
dugongos e inumerosas espécies de peixes. É importante sublinhar que as tartarugas
marinhas nidificam ao longo da costa, presença de 350 espécies de aves torna a Reserva
um paraíso para os apreciadores da avifauna.

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6.Considerações Finais
Diante do exposto como considerações finais, em diversos países, Unidades de
Conservação Ambiental (UCs), têm sido criadas como medida paliativa ao decréscimo
nos índices de biodiversidade dos ecossistemas do planeta. Inicialmente, o que se
pretendia era reverter o processo de extermínio de espécies animais e vegetais em
constante aceleração como resultado da acção predatória do homem sobre a natureza.
Áreas protegidas são necessárias do ponto de vista de conservação de ecossistemas, no
entanto enfrentam problemas de ordem estrutural por poderem tornar-se ilhas e não
conseguirem manter a biodiversidade, problemas relacionados à gestão ambiental
reflectidos na dificuldade da implementação dos seus planos de manejo.

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7.Referencias Bibliográficas
DUARTE, Eleutério et al. Breve Analise e Recomendação sobre o tipo de gestão e
protecção possíveis para áreas-chave para Biodiversidade (KBAs), identificadas em
Moçambique (VOL. III);
Lakatos E. M. & Marconi, M. A. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo:
Atlas S.A. (2003);
NTELA, Papucides Bosco Tiago. Revista VITAS – Visões Transdisciplinares sobre
Ambiente e Sociedade – www.uff.br/revistavitas, ISSN 2238-1627, Ano III, Nº 6, Abril
de 2013; WWW.
Kruguer Park.co.ZA. Consultado em 21 de Outubro 2022;
WWW. Ministério da Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural.mz. Consultado em 21
de Outubro 2022.

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