PROPOSTA DE REDAÇÃO - 3 - Os Impactos Econômico-Sociais Da Inteligência Artificial Na Vida Contemporânea Da Humanidade.

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Considerando as ideias apresentadas nos textos motivadores e também em

outras informações pertinentes, redija uma dissertação -argumentativa, na qual


exponha seu ponto de vista sobre o tema: Os impactos econômico-sociais da
Inteligência Artificial na vida contemporânea da Humanidade.

Texto I

Texto II

A inteligência artificial é um ramo de pesquisa da ciência da computação que busca, por meio de símbolos
computacionais, construir mecanismos e/ou dispositivos que simulem a capacidade do ser humano de
pensar, resolver problemas, ou seja, de ser inteligente. O estudo e desenvolvimento desse ramo de
pesquisa tiveram início na Segunda Guerra Mundial. http://brasilescola.uol.com.br/informatica/inteligencia-artificial.htm

Texto III

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Standford, na Califórnia, está desenvolvendo uma


técnica que utiliza a IA para indicar aos governos (...) as regiões mais pobres do planeta. Segundo o
professor Marshall Burke, o sistema utiliza um algoritmo que reconhece sinais de pobreza em um mapa que
se atualiza automaticamente. Segundo ele, a intenção da ferramenta é auxiliar efetivamente no plano
estabelecido pela ONU em 2015 de “erradicar a pobreza no mundo até 2030”.
https://netscandigital.com/blog/inteligencia-artificial/

Texto IV

Na "disputa" com a inteligência artificial, os humanos têm uma vantagem: a capacidade de falhar. Errar é
ouro. https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2019/03/na-disputa-com-inteligencia-artificial-os-humanos-tem-uma-vantagem-
capacidade-de-falhar.html

Texto V

No livro “Homo Deus”, o autor Yuval Noah Harari provoca um debate interessante e lembra que a diferença
fundamental entre seres humanos e máquinas é a diferença entre as relações para conhecimento. Para as
máquinas, a fórmula é conhecimento = dados empíricos x .(...) Mas há um enorme senão: essa fórmula não
pode lidar com questões de valor e significado. É aí que entra a fórmula do conhecimento humano, que
nos diferencia das máquinas: conhecimento = experiências x sensibilidade. Experiências são fenômenos
subjetivos como sensações (calor, prazer, tensão), emoções (amor, medo, ódio) e pensamentos. A
sensibilidade é a atenção às experiências e como elas influenciam a pessoa em suas atitudes e
comportamentos. Harari alerta ainda para o fato de que, embora sem dispor de consciência, emoções e
sensações, robôs e sistemas de Inteligência Artificial estão assumindo o papel que era predominantemente
humano. https://cio.com.br/a-inteligencia-artificial-esta-desacoplando-da-consciencia/, com adaptações
Texto VI

Uma pesquisa divulgada pelo banco Goldman Sachs revelou que os avanços provocados pela inteligência
artificial podem provocar a automação de um quarto do trabalho realizado nos Estados Unidos e na zona
do euro. Nos Estados Unidos, as consequências do avanço tecnológico devem afetar 63% da força de
trabalho. De acordo com os números, 7% dos trabalhadores dos EUA estão em empregos onde pelo menos
metade das suas tarefas podem ser realizadas por IA generativa. Na Europa, a situação é semelhante. Os
dados divulgados pelo Goldman são mais conservadores do que outras pesquisas. Na semana passada, a
OpenAI, criadora do GPT-4, publicou que 80% da força de trabalho dos EUA poderia ter pelo menos 10%
das suas atividades executadas por meio de IA generativa. https://atarde.com.br/mundo/ia-generativa-
pode-substituir-300-milhoes-de-trabalhadores-1223886

Texto VII

Robôs inteligentes podem ser de grande utilidade na medicina, diminuindo o número de erros médicos,
na exploração de outros planetas, no resgate de pessoas soterradas por escombros, além de sistemas
inteligentes para resolver cálculos e realizar pesquisas que poderão encontrar cura de doenças.
https://www.tecmundo.com.br/intel/1039-o-que-e-inteligencia-artificial-.htm

Texto VIII

Uma das principais preocupações é o impacto dos robôs no emprego e na economia. Décadas de
automação e robotização já revolucionaram o setor industrial, aumentando a produtividade, mas cortou
alguns empregos. E agora a automação e a inteligência artificial estão se expandindo rapidamente em
outros setores, e estudos indicam que até 85% dos empregos nos países em desenvolvimento podem
estar em risco. https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/afp/2017/06/16/inteligencia-artificial-
esta-a-um-passo-de-substituir-humanos-robo-diz-queisso-e-bom.htm

Texto IX

Relação dos humanos com inteligência artificial ainda está em construção. É preciso ter calma e não se
deixar paralisar pelo medo das novas tecnologias. Afinal, são os próprios seres humanos que as criam e
direcionam. Somos nós que temos inteligência, bom senso, intuição e a capacidade para trabalhar com
inteligência artificial extraindo os melhores resultados e lidar com imprevistos, por exemplo.

O ser humano que trabalha hoje e vai atuar com inteligência artificial nesse futuro do trabalho é alguém
que deverá apresentar inteligência emocional, para identificar e compreender mudanças de
comportamentos; se mover tendo em vista a colaboração e crescimento conjunto com as outras pessoas; e
claro, ser muito curioso. Devemos, sobretudo, assumir a posição de protagonistas.[...]”
https://lifelongworkers.com/a-inteligencia-artificial-ainda-depende-de-nos-e-muito/ Acesso em abr. 2023.
EXEMPLO DE INTRODUÇÃO – REPERTÓRIO COM FILME/OBRA:

No filme “Megan”, uma engenheira robótica utiliza sua sobrinha como teste para se tornar
amiga de uma inteligência artificial em forma de boneca. No entanto, durante esse
período, a máquina começa a agir de forma independente e sem qualquer comando, o
que, por sua vez, torna-a uma ameaça devido às suas ações violentas. Fora da ficção, é
possível notar os efeitos sociais que a tecnologia de inteligência artificial podem causar,
tais como a diminuição da taxa de emprego e o aumento da disparidade social.

2) Na obra ''Utopia'', do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita,
na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de problemas e de conflitos. Todavia, o
que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, uma vez
que os impactos sociais da Inteligência Artificia (IA) causam desequilíbrio na sociedade,
dificultando a concretização dos planos de More. Isso se deve devido ao descaso
governamental e à ausência de limites éticos.

3) “A tecnologia move o mundo”, essa frase, dita pelo empresário e inventor Steve Jobs,
demonstra que as inovações tecnológicas estão muito presentes na sociedade, como é o
caso da Inteligência Artificial – ou IA. Em contrapartida, a popularização da IA causa
impactos sociais negativos, como o aumento da desigualdade, em especial, no acesso à
aquisição, bem como seu uso com preponderância, resultando na automação.

4) No livro “O Cidadão de Papel”, do jornalista Gilberto Dimenstein, a denúncia da


ineficácia de diversos mecanismos legais é feita, evidenciando uma cidadania aparente –
metáfora utilizada pelo autor. Nesse sentido, pode-se relacionar tal premissa ao que
ocorre no Brasil, por exemplo, o fato de possuir impactos sociais negativos da “magnífica
Inteligência Artificial”, como a desigualdade social e o desemprego estrutural. Isso se deve
à falha governamental e ao silenciamento midiático, fatos que perpetuam esse problema.

5) A Revolução Industrial, processo de transformação social durante os séculos XVIII e XIX,


preconizou o uso de máquinas nas indústrias e empresas de diferentes setores, o que
levou a substituição de mão de obra. De maneira análoga, a inteligência artificial, na
contemporaneidade, trouxe uma grande preocupação em relação aos seus impactos
negativos, como a automação, em consequência, o desemprego e, ainda, a desigualdade
social quanto ao acesso a essa nova tecnologia.

CITAÇÕES

“O espírito humano precisa prevalecer sobre a tecnologia.” Albert Einstein, cientista alemão.

“Computadores são inúteis. Eles só podem dar respostas." Pablo Picasso, pintor espanhol.

“Uma máquina consegue fazer o trabalho de 50 homens ordinários. Nenhuma máquina consegue fazer o
trabalho de um homem extraordinário”. Elbert Hubbard – escritor.
Pierre Lévy, filósofo francês, pensador da área de tecnologia e sociedade diz que “toda nova tecnologia
cria seus excluídos” e lembra que antes da invenção da escrita, não existiam os analfabetos, de acordo com
o mesmo ponto de vista, pode-se afirmar que antes da internet não existia o apartheid digital

Modelo de redação- Tema: Os impactos sociais, decorrentes da desigualdade


no acesso à inteligência artificial.

O filósofo brasileiro Raimundo Teixeira Mendes, em 1889, adaptou o lema


positivista "Ordem e Progresso" não só para a Bandeira Nacional, mas também
para a nação que, no contexto atual, enfrenta significativos estorvos para o seu
desenvolvimento. Lamentavelmente, entre eles, os impactos sociais,
decorrentes da desigualdade no acesso à inteligência artificial, representa
uma antítese à máxima do símbolo pátrio, uma vez que tal postura resulta na
desordem e no retrocesso do crescimento social. Esse lastimável panorama é
calcado na inoperância estatal e na falha educacional.

De início, há de se destacar a ineficiente ação do Poder Público enquanto


mantenedora da problemática. Acerca disso, o filósofo inglês Thomas Hobbes,
em seu livro “Leviatã”, defende incumbência do Estado em proporcionar meios
que auxiliem o progresso da coletividade. As autoridades, contudo, vão de
encontro com a ideia de Hobbes, uma vez que possuem um papel inerte em
relação às diferenças sociais. Esse cenário decorre do fato de que, assim como
pontuou o economista norte-americano Murray Rothbard, uma parcela dos
representantes governamentais, ao se orientar por um viés individualista e visar
a um retorno imediato de capital político, negligencia a conservação de direitos
sociais indispensáveis, como o direito à igualdade. Logo, é notório que a
omissão do Estado perpetua o cenário desigual no Brasil.

Ademais, é legitimo patentear que a lacuna no sistema de educação


robustece essa conjuntura. Isso acontece porque, assim como pontuou o
educador Paulo Freire, em seu livro "Pedagogia do Oprimido", a educação
brasileira é bancária, isto é, essencialmente conteudista, pautada em um modelo
educacional que negligencia o aprendizado de temas transversais, a exemplo de
questões básicas sobre a importância das IAs. Nessa perspectiva, com o
desconhecimento, por parte da população, sobre o manuseio das novas
tecnologias, há falha do processo educacional, visto que marginaliza uma classe
da sociedade.
Depreende-se, portanto, que é mister a atuação do Estado no combate as
disparidades. Assim, a fim de reduzir as dicotomias, cabe ao Poder Legiferante,
mais especificamente a Câmara e ao Senado, tornar possível a compra de
aparelhos de acesso à nova tecnologia. Tal ação deverá ocorrer por meio de um
Projeto de Emenda à Constituição. Ademais, as instituições escolares públicas e
privadas devem, por intermédio de palestras, instruir os alunos acerca da
importância da igualdade social, com o objetivo de minimizar a invisibilidade
desse tema. Desse modo, o progresso referido na Bandeira Nacional Brasileira
será, de fato, uma realidade no país, e, ainda, o preceito da igualdade, previsto
na CF/88, estará sendo efetivado.

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