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Cancer Do Colo
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2.1-Causas E Fatores De Risco Do Câncer De Colo Do Útero
Os fatores de risco para a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) e,
consequentemente, para as lesões pré-cancerosas e o câncer estão associados ao
comportamento sexual, hábitos de vida e algumas doenças.
Início sexual precoce- mulheres que iniciam a vida sexual muito jovens
apresentam maior risco de exposição ao HPV, com diversas infecções repetidas.
Além disso, a adolescente apresenta o colo uterino juvenil, o que favorece a
penetração do vírus.
Multiplicidade de parceiros sexuais- há risco de infecções múltiplas pelo HPV,
bem como outros agentes infecciosos que podem interferir na resposta imunológica
à presença do vírus.
Fumo- as substâncias tóxicas do cigarro e derivados do tabaco são absorvidas pelo
pulmão e disseminadas na corrente sanguínea. Elas provocam danos às células de
diversos órgãos do corpo, inclusive o colo do útero. Além disso, fumar torna o
sistema imunológico menos eficaz em combater infecções, como a do HPV.
Imunossupressão- doenças que interfiram diretamente no sistema
imunológico, como hepatites, diabetes. Adicionalmente, pacientes transplantadas
e/ou que fazem uso de corticoides têm comportamento ruim frente à infecção por
HPV.
Desnutrição-a falta de alimentos ricos em betacarotenos, presentes em
vegetais amarelos e verdes (mamão, cenoura, couve, brócolis), interfere na
imunidade, levando à persistência da infecção pelo HPV.
Uso de contraceptivos hormonais- pode ser um fator de risco para o câncer
de colo do útero quando usado por longos períodos ou se administrado antes do
desenvolvimento completo do sistema reprodutor.
Baixo nível socioeconômico- este fator está ligado à falta de acesso aos
exames preventivos, bem como à falta de assistência médica frente aos casos de
infecções genitais.
Infecção por Chlamydia trachomatis – doença sexualmente transmissível
causada por uma bactéria, que costuma não ocasionar sintomas na maioria das
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mulheres infectadas. Quando está associada ao HPV, interfere na eliminação da
infecção viral, ocasionando maior risco para câncer.
2.2-Quadro Clínico
No estágio inicial, o câncer de colo do útero geralmente não apresenta
sintomas. Eles começam a aparecer no momento em que a doença já está se
tornando invasiva, acometendo os tecidos próximos.
Lembrando que os sintomas podem ser provocados por outras condições além
do câncer de colo de útero, por conta disso, é necessário procurar um médico
ginecologista imediatamente.
2.3-Exames Complementares
A ausência do rastreamento precoce, seja pela falta de informação ou de
uma rotina periódica de exames é um dos fatores que faz com que haja um alto
índice de morte entre as mulheres. O fato é que essa demora pelo diagnóstico
diminui a chance de sucesso no tratamento. As estatísticas dão conta que pelo
menos 66% das mortes em decorrência desse tipo de câncer ocorreram em
mulheres que demoraram em demasia para iniciar um tratamento.
Existem alguns exames que ajudam na prevenção contra o câncer. Exames
como o Papanicolau (que deve ser efetuado anualmente) detectam a presença de
neoplasia intracelular em estágio inicial, ou seja, antes de o câncer se estabelecer.
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Esse controle (Papanicolau) juntamente com à vacinação contra o HPV,
tendem a reduzir em grande quantidade as ocorrências da doença, e até erradicá-la,
como já acontece em outros países.
Por isso a importância da consulta periódica com o médico, onde a mulher
deverá solicitar todos os exames necessários.
O ginecologista inicialmente é o médico indicado, ele coletará informações
sobre o histórico clínico da paciente (incluindo familiar) e realizará um exame
físico completo, para verificar a presença de quaisquer sintomas anormais.
Caso a paciente apresente Papanicolau anormal, sintomas ou riscos de ocorrência
de câncer de colo do útero, uma série de exames complementares deverão ser
solicitados.
Exames complementares para diagnosticar câncer de colo de útero:
Papanicolau
Ultrassom transvaginal
Colposcopia
Histeroscopia com biópsia
Curetagem uterina
Papanicolau: no principal exame preventivo, é coletada amostra de secreção
vaginal. O objetivo é verificar a presença de lesões ou de células escamosas
atípicas e condições da parede do colo do útero que possam sugerir a presença de
infecção por HPV.
Ultrassom transvaginal: trata-se de um dos principais mecanismos para
verificar a presença de doenças ginecológicas graves. É um exame de imagem,
pelo qual é possível investigar a presença de alterações que sugerem a presença de
câncer de colo de útero.
Colposcopia: o médico visualiza as condições do útero por meio do
colposcópio, aparelho que funciona como uma espécie de lente de aumento.
Histeroscopia com biópsia: será solicitado quando a colposcopia apresentar
fortes indícios da presença de neoplasia. Uma câmera procura por todo o órgão
áreas afetadas e que possam ter lesões ou cânceres. Pode ser feita uma biópsia do
colo do útero.
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Curetagem uterina: por meio de uma pequena cirurgia (com anestesia
geral), é feita uma raspagem da parte mais interna do útero – o endométrio, para a
coleta de material que será analisado e comprovar ou não o diagnóstico.
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