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5 Características Do Absolutismo
5 Características Do Absolutismo
5 Características Do Absolutismo
Havia uma espécie de relação de fidelidade dos súditos em relação aos monarcas. A
obediência e o respeito deveriam ser praticados por todas as pessoas.
Confira abaixo uma lista com 5 características fundamentais das sociedades do Antigo
Regime (designação utilizada para fazer referência ao absolutismo após o seu fim).
Rei Luís XIV, conhecido como Rei Sol, símbolo do absolutismo monárquico
No Estado absolutista os monarcas tinham autonomia para dar ordens e tomar decisões
sem ter que dar nenhum tipo de satisfação à corte ou a outros órgãos de soberania.
Nos locais onde eram permitidos cultos religiosos diferentes daqueles estabelecidos pelo
rei ou pela rainha, os súditos eram considerados de segunda categoria.
A igreja também foi diretamente impactada pelo absolutismo, visto que os monarcas
eram responsáveis pelas nomeações aos cargos do alto clero.
Os monarcas também tinham autonomia para criar tributações que financiassem suas
guerras e seus projetos.
Estado do Catar: Sua Alteza Emir Tamim bin Hamad (início em 25 de junho de
2013).
Reino da Arábia Saudita: Sua Majestade Rei Salman bin Abdul‘aziz (início em
23 de janeiro de 2015).
Emirados Árabes Unidos: Sua Alteza Presidente Khalifa bin Zayed (início em 3
de novembro de 2004).
A burguesia, por sua vez, era a favor do poder do rei pois tinha consciência de que a
ausência de unidades fiscais e monetárias não era benéfica para os seus negócios. Não
havia uma moeda com um valor definido previamente e isso causava várias situações
inesperadas e inoportunas no progresso das atividades comerciais.
Por este motivo, os burgueses eram a favor de que fosse estabelecida uma autoridade
que definisse determinados padrões.
O que é absolutismo?
O absolutismo foi um sistema político que concentrava os poderes nas mãos do
governante, o soberano. Dessa maneira, o rei comandava as ações sobre o Estado em
várias partes da Europa.
Absolutismo monárquico
Como já estávamos explicando acima, o absolutismo monárquico é correspondido pelo
poder total do rei sobre o Estado e seu povo. Por isso, o reinado não sofre críticas,
contestações ou possíveis fiscalizações, ou seja, é uma espécie de endeusamento do ser
supremo.
Na monarquia, o rei é o único que elabora as leis, inclusive tendo poder absoluto
para tomar decisões e se relacionar com países exteriores. Além disso, não existe
Constituição, ou seja, todo poder emana do rei.
É importante destacar que a monarquia foi apoiada pela Igreja Católica. Na época,
os religiosos afirmavam que a pessoa escolhida para governar era um representante de
Deus.
Respondendo somente a Deus, o monarca não podia ser substituído e nem retirado da
função. Além disso, quem desobedecesse aos mandamentos do rei era visto como um
descumpridor das leis divinas. Assim, podemos definir o absolutismo monárquico da
seguinte maneira:
Surgimento do absolutismo
O absolutismo surgiu na Europa no século XVI após a crise do feudalismo. O
princípio aconteceu na França no momento em que o rei Luís XIV, conhecido como
“Rei Sol”, assumiu o poder depois da morte do seu primeiro-ministro, em 1661.
Assumindo com toda a pompa de que não aceitaria posicionamentos contrários, Luís
XIV influenciou outros monarcas a adotarem o sistema, que se manteve até o século
XVIII.
Foram quase 200 anos sob o poder dos reis em vários países. Os monarcas
conseguiram o apoio da nobreza e da burguesia ao aplicarem medidas fiscais e
monetárias que protegiam as propriedades das revoltas camponesas.
Ao longo desse período, houve altos e baixos. Um aspecto de destaque foi no reinado de
Elizabeth I na monarquia britânica no século XVI, período do início da expansão
marítima.
O apoio tanto da nobreza quanto da Igreja Católica foram conquistadas por meio da
concessão de vários benefícios, como isenções fiscais, nomeação de cargos, pensões
vitalícias, indicações para cargos no Exército e vantagens econômicas.
Outro ponto que trouxe riqueza e poder foi o processo de colonização das Américas,
trazendo muita riqueza às monarquias. Assim, foi possível manter os Exércitos e
Marinhas, principalmente por meio da retirada dos metais preciosos de outros países.
Resumindo, as principais características são.
Como era necessário um poder mais forte que fizesse valer as leis e evitasse o avanço da
violência, a concentração do poder nas mãos dos reis foi a alternativa na
administração estatal.
Teorias do absolutismo
Inúmeras teorias surgiram ao longo dos 200 anos do reinado do absolutismo. O
principal é Nicolau Maquiavel, que escreveu “O Príncipe”. A obra é sucesso até hoje e
defende o poder dos reis. É de autoria de Maquiavel a frase “os fins justificam os
meios”.
Outro intelectual da época é Thomas Hobbes (1588 – 1679), que abordava a teoria
radical e pessimista em relação à humanidade. Segundo o autor, os homens nascem
egoístas e ruins.
Jacques Bossuet (1624 – 1704) também foi um escritor de destaque. Era ferrenho
defensor dos reis, alegando que os monarcas tinham influência divina para governar.
Autor de “A República”, Jean Bodin (1530 – 1596) abordava em suas palavras que o
fortalecimento do Estado contribuía no combate à instabilidade política.
Principais monarcas absolutistas
Veja agora alguns monarcas absolutistas que ficaram na História.
Inglaterra:
Franca:
Espanha:
Portugal:
Rússia:
Nicolau II.
Atualmente, ainda existem monarcas absolutos, como no Catar, Arábia Saudita, Omã e
Brunei. A Grã-Bretanha é um exemplo de monarquia constitucional, onde o poder fica
com o primeiro-ministro.
Estado Absolutista
Juliana Bezerra
Professora de História
Nesse tipo de governo, o rei está totalmente identificado com o Estado ou seja, não há
diferença entre a pessoa real e o Estado que governa.
Não há nenhuma Constituição ou lei escrita que limite o poder real e tampouco existe
um parlamento regular que contrabalance o poder do monarca.
Durante a Idade Média, os nobres detinham mais poder que o rei. O soberano era apenas
mais um entre os nobres e deveria buscar o equilíbrio entre a nobreza e seu próprio
espaço.
Desta maneira, o rei era a figura ideal para concentrar o poder político e das armas, e
garantir o funcionamento dos negócios.
França
Considera-se a formação do Estado francês sob reinado dos reis Luís XIII (1610-1643)
e do rei Luís XIV (1643-1715) durando até a Revolução Francesa, em 1789.
Realizou uma política de alianças através de casamentos que garantiu sua influência em
boa parte da Europa, fazendo a França ser o reino mais relevante no continente europeu.
Este rei acreditava que somente "um rei, uma lei e uma religião" fariam prosperar a
nação. Deste modo, inicia uma perseguição aos protestantes.
Este fato foi decisivo para que o monarca concentrasse mais poder, em detrimento da
nobreza.
Primeiro, durante o reinado dos reis católicos, Isabel e Fernando, no final do século
XIV, até o reinado de Carlos IV, que durou de 1788 a 1808. Isabel de Castela e
Fernando de Aragão governaram sem nenhuma constituição.
De todas as formas, Isabel e Fernando, deviam estar sempre atentos aos pedidos da
nobreza tanto de Castela como de Aragão, de onde procediam respectivamente.
O segundo período é o reinado de Fernando VII, de 1815 -1833, que aboliu a
Constituição de 1812, restabeleceu a Inquisição e retirou alguns direitos da nobreza.
Portugal
A teoria que embasava o absolutismo era o "Direito Divino". Idealizada pelo francês
Jacques Bossuet (1627-1704), sua origem estava na Bíblia.
Bossuet considera que o soberano é o próprio representante de Deus na Terra e por isso
deve ser obedecido. Os súditos devem acatar suas ordens e não questioná-las.
Por sua vez, o monarca deveria ser o melhor dos homens, cultivar a justiça e o bom
governo. Bossuet argumentava que se o rei fosse criado dentro dos princípios religiosos
necessariamente ele seria um bom governante, porque suas ações seriam sempre em
beneficio dos súditos.
Jean Boudin
A doutrina da soberania do Estado foi descrita pelo francês Jean Bodin (1530 - 1596).
Essa teoria defende que o poder supremo era concedido por Deus ao soberano e os
súditos devem somente obedecê-lo.
Neste modelo de estado absolutista, segundo Bodin, não havia nada de mais sagrado
que o rei.
Thomas Hobbes
Nicolau Maquiavel
Segundo Maquiavel, o líder de uma nação deveria usar de todos os meios para se manter
no poder e governar. Por isso, descreve que monarca pode lançar meios como a
violência a fim de assegurar sua permanência no trono.