Apostila de Hematologia

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Manual de

Hematologia
Guia/Resumo completo para
Estudantes e Profissionais

1ª Edição
@biomedicina_descomplicada
Hematologia
Ramo da Histologia que estuda as células do
sangue e dos órgãos hematopoiéticos (órgãos
responsáveis pela formação de todos os
elementos do sangue).

Hemoterapia
Especialidade médica que utiliza-se do sangue
e seus componentes (hemocomponentes) e
derivados (hemoderivados) para auxiliar na
terapêutica de doenças hematológicas ou não,
assim como no manejo de pacientes
traumatizados, grandes queimados e no
preparo cirúrgico.

Sangue
O sangue é a porção líquida do meio interno
que circula rapidamente dentro de um sistema
fechado de vasos denominado sistema
circulatório. É constituído por um fluido no
qual existem células em suspensão, moléculas
e íons dissolvidos em água, apresentando
propriedades das soluções coloidais. Uma
característica importante do sangue é a
constância da sua composição química e
propriedades físicas, assegurando condições
físicas para o funcionamento das células.Ele é
constantemente renovado pela entrada e saída
de substâncias que modificam discretamente
sua composição. A constância da composição
do sangue, com estreita faixa de variação, é o
resultado mantido pela rapidez pela qual as
substâncias deixam e entram no sangue
quando estão em excesso ou em
concentrações abaixo do normal
respectivamente.
Composição do sangue
O sangue é constituído de duas frações combinadas,
sendo 55% para o plasma e 45% para as células.
A porção acelular ou plasma é constituído de 91,5% de
água que serve de solvente das substâncias orgânicas e
minerais e ainda de veículo para as células, moléculas e
íons.Os restantes 8% são formados por proteínas, sais e
outros constituintes orgânicos em dissolução.

A porção celular apresenta três tipos de células em


suspensão no plasma:
· Glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos.
· Glóbulos brancos ou leucócitos.
· Plaquetas ou trombócitos.

Tecido conjuntivo líquido especializado,


com movimento unidirecional

Sangue
impulsionado pelas contrações do
coração.
Constituído de elementos figurados:
eritrócitos, leucócitos e plaquetas
suspensos em um componente líquido
(matriz extracelular) o plasma.
O sangue é responsável por cerca de 7 à 8% do peso corporal
total.
O sangue venoso é rico em CO2 (gás carbônico), é bombeado do coração para os pulmões através das
artérias pulmonares. O sangue arterial é enriquecido em O2 gás oxigênio e é bombeado do coração para
os tecidos do corpo através da artéria aorta.

O sistema circulatório ou
cardiovascular é formado pelo
coração e vasos sanguíneos.
Esse sistema é responsável pelo
transporte de nutrientes e
oxigênio para as diversas partes
do corpo.
A circulação sanguínea
corresponde a todo o percurso
do sistema circulatório que o
sangue realiza no corpo
humano, de modo que no
percurso completo, o sangue
passa duas vezes pelo coração.
LOCAIS DA HEMATOPOESE

Mesotélio do saco vitelino (19º dia


embrionário);
Fígado (6ª semana embrionária)
Medula óssea (10ª-11ª semana embrionária);
Apenas ossos esponjosos após 3º ano de
vida (esterno, costela, vértebras, bacia,
escápula e porções proximais de úmeros e
fêmures);
Aos 65 anos, a celularidade diminui 30% na
medula óssea.
Leucócitos
São elementos figurados do sangue que estão envolvidos no sistema de defesa do
organismo contra doenças e infecções. Por meio de fagocitose, eles defendem os tecidos
contra invasão de organismos ou substâncias estranhas, removendo também os restos
resultantes da morte ou de ferimentos celulares.Alguns leucócitos são capazes de passar
através da parede intacta dos vasos chamada de diapedese; agindo assim principalmente no
tecido conjuntivo frouxo.
São transportados pelo sangue para todo o corpo, a partir da medula óssea, onde são
formados. Os leucócitos estão presentes no sangue em muito menor número que os
eritrócitos, com cerca de 4.000 a 10.000 leucócitos por milímetro cúbico de sangue.

1. Neutrófilos: são conhecidos também como polimorfonucleares e correspondem cerca de 50


a 70% das células circulantes; possuem grânulos citoplasmáticos pequenos corados fracamente
em púrpura-avermelhado. Os neutrófilos são capazes de deixar os vasos sanguíneos e entrar
nos tecidos, onde protegem o corpo e fagocitando bactérias e substâncias estranhas ao
organismo.

Existe uma célula precursora do neutrófilo segmentado, é o


Bastão. São assim chamados porque seu núcleo não amadureceu
completamente, embora seu citoplasma tenha características de célula
madura. Em infecções bacterianas agudas pode-se encontrar um desvio a
esquerda ,ou seja, uma elevação do número de bastões.

2. Eosinófilos: possuem grânulos corados em laranja-avermelhado e fagocitam complexos


antígeno-anticorpo.Seus núcleos geralmente têm dois lobos conectados por um filamento. O
número de eosinófilos circulantes aumenta de forma muito acentuada no sangue circulante
durante as reações alérgicas, e durantes as infestações parasitárias.
3. Basófilos: possuem grânulos relativamentes grandes corados em azulpúrpura; liberam
histamina (contribui para as respostas alérgicas dilatando e permeabilizando os vasos
sanguíneos) e heparina (previne a coagulacão do sangue).Os basófilos funcionam
similarmente aos mastócitos, que são encontrados no tecido conjuntivo.

4. Monócitos: possuem um único núcleo; são células grandes.São formados por monoblastos;
São capazes de entrarem no tecido conjuntivo frouxo, onde se desenvolvem em grandes
células fagocíticas denominadas macrófagos, que podem ingerir bactérias e outras
substâncias estranhas ao organismo.

5. Linfócitos: são o segundo tipo mais abundante de leucócitos( após os neutrófilos),


compreendendo cerca de 30% dos glóbulos brancos em circulação; a maioria se localiza no
tecido linfóide e são formados por linfoblastos.São leucócitos pequenos, sendo apenas um
pouco maiores que os eritrócitos, e cada um deles tem um núcleo que é circular ou algo
recortado num dos lados. São importantes nas respostas imunes específicas do corpo,
incluindo a produção de anticorpos.
PRECURSORES GRANULOCÍTICOS
A produção dos leucócitos granulócitos ocorre exclusivamente na medula óssea a
partir de precursores, que se originam da stem cell, cujo processo maturativo
envolve vários estágios conforme apresentado abaixo. Em indivíduos hígidos, os
estágios de mieloblasto, promielócito, mielócito e metamielócito estão presentes
somente na medula óssea, podendo atingir o sangue periférico em várias condições
patológicas, tais como infecções graves, distúrbios graves da medula óssea (fibrose,
infiltração tumoral), reação leucoeritroblástica (presença de eritroblastos +
granulócitos jovens) e neoplasias hematológicas
PRECURSORES GRANULOCÍTICOS

Mieloblasto:
Precursor mieloide mais
imaturo que pode ser
identificado na medula
óssea. Esse tipo celular se
caracteriza por ser grande e
volumoso, citoplasma com
basofilia, núcleo apresenta
cromatina frouxa e delicada,
um ou mais nucléolos
visíveis e alta relação
núcleo/citoplasma. Pode
apresentar raros grânulos no
seu citoplasma e bastão de
Auer em alguns tipos de
leucemias. Seu tamanho
oscila entre 15 a 20μM.

Mieloblastos
PRECURSORES GRANULOCÍTICOS
PROMIELÓCITO:
Esse tipo celular se caracteriza por ser grande e volumoso, às vezes, maior que
o mieloblasto, com citoplasma basófilo, muitos grânulos grosseiros de
coloração vermelho-púrpura (grânulos indiferenciados ou inespecíficos,
chamados azurófilos) e, frequentemente, apresenta arcoplasma (área clara
próxima ao núcleo). O núcleo é arredondado ou oval, apresenta cromatina
frouxa e delicada, um ou mais nucléolos visíveis. O promielócito também pode
apresentar bastão de Auer, inclusive em feixes, quando este tipo celular é
denominado de “célula de Faggot”. Seu tamanho oscila entre 14 a 24μM.

Promielócitos
PRECURSORES GRANULOCÍTICOS
MIELÓCITO:
Esse tipo celular se caracteriza por citoplasma com grânulos mais finos em
comparação ao estágio anterior, já diferenciados ou específicos neutrofílicos,
eosinofílicos ou basofílicos. Os grânulos neutrofílicos são finos e de coloração
acinzentada. Os grânulos eosinofílicos são maiores, arredondados e
alaranjados. Os grânulos basofílicos são grosseiros na cor azul escuro ou
pretos. O núcleo é arredondado ou oval e apresenta cromatina com áreas de
condensação e sem nucléolos visíveis. Seu tamanho oscila entre 12 a 18μM.

Mielócito neutrófilo
(seta preta), mielócito
eosinófilo (seta
vermelha) e mielócito
basófilo (seta verde).
PRECURSORES GRANULOCÍTICOS
METAMIELÓCITO:
Esse tipo celular se caracteriza por citoplasma com muitos grânulos também
diferenciados ou específicos neutrofílicos, eosinofílicos ou basofílicos. Os
grânulos neutrofílicos são finos e de coloração acinzentada. Os grânulos
eosinofílicos são maiores, arredondados e alaranjados. Os grânulos basofílicos
são grosseiros na cor azul escuro ou pretos. O núcleo apresenta chanfradura e
cromatina mais condensada. Seu tamanho oscila entre 10 a 15μM.

Metamielócitos neutrófilo, eosinófilo e basófilo, respectivamente.

Metamielócito neutrófilo
PRECURSORES GRANULOCÍTICOS
BASTONETE:
Esse tipo celular se caracteriza por citoplasma com muitos grânulos também
diferenciados ou específicos neutrofílicos, eosinofílicos ou basofílicos. Os
grânulos neutrofílicos são finos e de coloração acinzentada. Os grânulos
eosinofílicos são maiores, arredondados e alaranjados. Os grânulos basofílicos
são grosseiros azul escuro ou pretos. O núcleo, em forma de bastão em “C” ou
“S” e cromatina condensada. Constrições, quando presentes, a largura é
superior a 1/3 da parte mais larga do núcleo. Esse precursor já pode ser
encontrado no sangue periférico. Seu tamanho oscila entre 10 a 15μM.

Bastonetes
neutrófilos.

Bastonetes
eosinófilo e
basófilo.
PRECURSORES GRANULOCÍTICOS

SEGMENTADO NEUTRÓFILO:
Apresenta núcleo usualmente com 3 a
5 segmentos com cromatina
condensada, ligados por um istmo de
cromatina. Citoplasma com
numerosas granulações finas e
acinzentadas. Essa forma totalmente
madura se encontra no sangue Segmentados neutrófilos
periférico, constituindo o tipo de
leucócito mais frequente. Seu
tamanho oscila entre 10 a 15μM

SEGMENTADO EOSINÓFILO:
apresenta núcleo usualmente com 2
a 3 segmentos
com cromatina condensada, ligados
por um istmo de cromatina.
Citoplasma
com numerosas granulações
grosseiras e arredondadas de cor
alaranjada. Seu Eosinófilos.
tamanho oscila entre 10 a 17μM.
PRECURSORES GRANULOCÍTICOS

SEGMENTADO BASÓFILO:
Apresenta núcleo usualmente com forma pouco definida e cromatina
condensada. Citoplasma com numerosas granulações grosseiras que,
frequentemente, cobrem toda a célula mascarando a forma do núcleo.
Pode-se observar também granulações que se acumulam na
membrana citoplasmática. A maturação dos basófilos ocorre em
paralelo à do neutrófilo e eosinófilo. No entanto, o encontro de
estágios imaturos são muito raros e, geralmente, são vistos apenas em
distúrbios proliferativos dos basófilos. Seu tamanho oscila entre 10 a
15μM.

Basófilos.
PRECURSORES MONOCÍTICOS

A produção dos monócitos ocorre exclusivamente na medula óssea a


partir de precursores que se originam na stem cell, cujo processo
maturativo envolve vários estágios conforme apresentado abaixo. Os
monócitos são considerados células em trânsito no sangue e não
totalmente amadurecidas, pois são capazes de atravessar as paredes
dos vasos fixando-se nos tecidos, onde completam seu
amadurecimento e recebem o nome de macrófago. Em indivíduos
hígidos, os estágios de monoblasto e promonócito estão presentes
somente na medula óssea, podendo atingir o sangue periférico em
condições patológicas, tais como neoplasias hematológicas,
particularmente aquelas relacionadas à linhagem monocítica.
PRECURSORES MONOCÍTICOS

Monoblasto:

Promonócito
PRECURSORES MONOCÍTICOS

Monócito:
PRECURSORES LINFÓIDES

A produção dos linfócitos ocorre exclusivamente na medula óssea a partir de


precursores que se originam a partir da stem cell (que pode seguir a
diferenciação para as linhagens T ou B), cujo processo maturativo envolve
vários estágios conforme apresentado abaixo. Os linfócitos B amadurecem
completamente na medula óssea, enquanto os linfócitos T devem completar
seu desenvolvimento no timo. Em indivíduos hígidos, os estágios de linfoblasto
e prolinfócito estão presentes somente na medula óssea e órgãos linfoides,
podendo atingir o sangue periférico em condições patológicas, tais como
neoplasias hematológicas, particularmente aquelas relacionadas à linhagem
linfocítica. Raramente em infecções virais, podem aparecer prolinfócitos, que
são enquadrados como linfócitos reativos.
PRECURSORES LINFÓIDES

Linfoblasto

Prolinfócito
PRECURSORES LINFÓIDES
Linfócitos
PRECURSORES LINFÓIDES

Plasmócito:
Eritrócitos
São células pequenas, circulares, com forma aproximada de
discos bicôncavos, com 7,5 mm de diâmetro e sem núcleo. São
os mais numerosos tios celulares no sangue. Embora seu
número seja variável, um milímetro cúbico de sangue contém
cerca de 4.5 a 6.1 milhões dessas células nos homens e cerca de
4.1 a 5.3 milhões nas mulheres. Essas células circulam pelo
sangue circulante durante o período de aproximadamente 120
dias antes que sejam destruídas.

PRECURSORES ERITROCITÁRIOS
Um adulto produz cerca de 200 bilhões de eritrócitos por dia, em condições normais,
substituindo número equivalente de células destruídas e, assim, mantendo estável a
massa total de eritrócitos (também chamados de glóbulos vermelhos ou hemácias) do
organismo. Essa produção ocorre exclusivamente na medula óssea a partir de precursores,
que se originam da stem cell, cujo processo maturativo envolve vários estágios conforme
apresentado abaixo. Tais precursores, nos seus diversos estágios de maturação, podem
aparecer no sangue periférico nas anemias hemolíticas em geral, após hemorragias graves,
na anoxemia grave, na reação leucoeritroblástica (presença de eritroblastos + granulócitos
jovens), consequente a distúrbios graves da medula óssea (fibrose, infiltração tumoral), em
pacientes críticos e neoplasias hematológicas, indicando prognóstico desfavorável.
Proeritroblasto: precursor eritroide mais imaturo que pode ser identificado na
medula óssea. Esse tipo celular se caracteriza por ser grande e volumoso,
citoplasma com basofilia intensa, núcleo apresentando cromatina frouxa e
delicada, um ou mais nucléolos nem sempre bem visíveis e alta relação
núcleo/citoplasma. Halo perinuclear, às vezes, visível. Seu tamanho oscila entre
12 a 20μm.

Eritroblasto basófilo: precursor eritroide com núcleo apresentando cromatina


mais grosseira, parcialmente agregada, sem nucléolos, citoplasma apresenta
intensa basofilia. Halo perinuclear, às vezes, visível. Seu tamanho oscila entre 10
a 15μm.

Eritroblasto policromático: precursor eritroide com núcleo apresentando


cromatina já condensada, citoplasma com menos RNA e mais hemoglobina,
resultando em menor basofilia, a razão núcleo/citoplasma é menor do que de seus
precursores. Seu tamanho oscila entre 10 a 12μm.

Eritroblasto ortocromático: precursor eritroide com núcleo picnótico


apresentando cromatina muito condensada, às vezes excêntrico, e citoplasma
acidófilo (semelhante à cor dos eritrócitos). O núcleo será ejetado nesse estágio.
Seu tamanho oscila entre 8 a 10μm.
Reticulócito: precursor eritroide já anucleado imediatamente anterior aos
eritrócitos. Apresenta restos de RNA em seu citoplasma que podem ser
evidenciados por corantes supra-vitais, como azul de cresil brilhante e novo azul
de metileno. Seu tamanho oscila entre 8 a 8,5μm.

Veja como estão apresentados os precursores eritrocitários com seus


estágios de maturação

1. PROERITROBLASTO; 2. ERITROBLASTO BASÓFILO;


3.ERITROBLASTO POLICROMÁTICO; 4. ERITROBLASTO
ORTOCROMÁTICO;
5. NEUTRÓFILO SEGMENTADO; 6. NÚCLEO NÚ.
1:PROERITROBLASTO; 2. ERITROBLASTO BASÓFILO;
3. ERITROBLASTO POLICROMÁTICO; 4. LINFÓCITO;
5. RESTO DE CROMATINA.

1. PROERITROBLASTO; 2. ERITROBLASTO BASÓFILO; 3. ERITROBLASTO


POLICROMÁTICO; 4. ERITROBLASTO ORTOCROMÁTICO; 5.
ERITROBLASTO ORTOCROMÁTICO
COM ATIPIA NUCLEAR.
1. ERITROBLASTO BASÓFILO; 2. ERITROBLASTO
POLICROMÁTICO; 3.
ERITROBLASTO ORTOCROMÁTICO.

RETICULÓCITOS.
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS
QUANTO AO TAMANHO

ANISOCITOSE: consiste na variação do volume dos eritrócitos. Geralmente o RDW,


expressão numérica da anisocitose, está > 14,5%, indicando população heterogênea de
eritrócitos.

Microcitose: condição com eritrócitos de tamanho menor do que o normal, abaixo de


7,2µm, geralmente consequente à deficiência na síntese de hemoglobina. Eritrócitos
microcíticos estão presentes, principalmente, nas anemias ferropênicas, nas talassemias, na
intoxicação pelo chumbo e em algumas anemias sideroblásticas. As anemias das doenças
crônicas, quando não tratadas precocemente, também podem apresentar eritrócitos
microcíticos, configurando um quadro de microcitose. Doenças mieloproliferativas, como a
policitemia vera, podem também apresentar microcitose devido ao número exagerado de
eritrócitos. Geralmente o VCM (volume corpuscular médio) está <80fL

ANISOCITOSE COM MACROVALÓCITOS (SETA VERMELHA)


E ERITRÓCITOS MICROCÍTICOS (SETA PRETA)
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS
QUANTO AO TAMANHO

Macrocitose: condição com eritrócitos de tamanho maior do que o normal, geralmente


acima de 8µm. Os macrócitos podem ser arredondados ou ovais (macrovalócitos) estando
presentes em condições clínicas diferentes. Os macrócitos arredondados podem estar
presentes em condições fisiológicas nos recém-nascidos, bem como em certas doenças
endócrinas e hepáticas, mielodisplasia, anemias hemolíticas em geral (nestes casos são
referidos como macrócitos policromatófilos, ou seja, reticulócitos), uso abusivo de álcool e
de certos medicamentos (anticonvulsivantes, antiblásticos, zidovudina). Os macrovalócitos
podem estar presentes na deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico. Geralmente o VCM
(volume corpuscular médio) está >100fL.

AANISOCITOSE COM
MACROVALÓCITOS (SETA VERMELHA),
ERITRÓCITOS MICROCÍTICOS (SETA
PRETA), E AO CENTRO UM
ERITROBLASTO ORTOCROMÁTICO
(SETA AZUL).
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS
DOS ERITRÓCITOS
QUANTO A COR

ANISOCROMIA OU ANISOCROMASIA:
Consiste na variação da cor dos
eritrócitos. Tal variação frequentemente
é observada no início das anemias
ferroprivas, bem como durante o seu
tratamento. Hipocromia: eritrócitos com ANISOCROMIA COM MAIORIA DE
ERITRÓCITOS HIPOCRÔMICOS.
coloração mais clara que o normal.
Quando existe redução do conteúdo de
hemoglobina o halo claro central
aumenta. Dessa forma, ocorre nos
casos onde há deficiência na síntese de
hemoglobina. Geralmente a área central
é > 1/3 do diâmetro do eritrócito.
Policromasia ou policromatofilia:
eritrócitos imaturos com coloração
róseoazulada, particularmente
reticulócitos jovens com maior teor de
INTENSA HIPOCROMIA.
RNA.
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS
QUANTO A FORMA

POIQUILOCITOSE: Consiste na variação da forma dos eritrócitos. As principais


formas anormais, com significado clínico, são apresentadas abaixo nas Figuras
21 a 37. Drepanócitos ou eritrócitos falciformes: eritrócitos em forma de foice.
Estão presentes na doença falciforme em maior número (SS), ou geralmente
em menor número nas combinações da hemoglobina S com outras
hemoglobinas variantes (SC, SD, Sβ-tal, Sα-tal, SLepore, etc)

ALGUNS DREPANÓCITOS OU ERITRÓCITOS FALCIFORMES


NO CAMPO (OBSERVAR AS PONTAS AFILADAS).
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS
QUANTO A FORMA

ELIPTÓCITOS OU OVALÓCITOS:
Eritrócitos em forma elíptica ou oval, respectivamente. Podem surgir em
diversas condições adquiridas e hereditárias. Quando em grande quantidade,
são decorrentes de eliptocitose ou ovalocitose hereditárias, que são doenças
causadas por alterações de proteínas da membrana dos eritrócitos. Também
podem ocorrer na anemia ferropriva, talassemias e anemia megaloblástica,
dentre outras.

OVALÓCITO (SETA PRETA) E ELIPTÓCITO (SETA VERMELHA)


NO CAMPO.
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS
QUANTO A FORMA

ESFERÓCITOS:
Eritrócitos menores, em forma esférica e sem halo claro central. Como mantêm
o mesmo conteúdo de hemoglobina em um volume celular menor, perdem o
halo claro central. Estão presentes, principalmente, em maior número na
esferocitose hereditária, nas anemias hemolíticas autoimunes e queimaduras
extensas e, em menor número nas anemias hemolíticas em geral.

ONUMEROSOS ESFERÓCITOS NO CAMPO (SETA PRETA).


PRESENÇA DE 1 MACRÓCITO POLICROMATÓFILO (SETA
VERMELHA).
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS
QUANTO A FORMA

ERITRÓCITOS CRENADOS OU EQUINÓCITOS:


Eritrócitos com numerosas projeções pequenas e regulares em volta da
membrana. Estão presentes, principalmente, como artefato de estocagem, mas
pode ocorrer em pacientes com uremia e naqueles em estado crítico, além de
anemias microangiopáticas e deficiência de piruvato quinase. Amostras de
sangue de recém-nascidos prematuros frequentemente apresentam crenações
por serem mais susceptíveis.

ONUMEROSOS EQUINÓCITOS NO CAMPO.


ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS
QUANTO A FORMA

ACANTÓCITOS:
Eritrócitos com poucas projeções e irregulares em volta da membrana. Estão
presentes, principalmente, na abetalipoproteinemia, nas queimaduras
extensas, doença hepática grave, bem como nas anemias hemolíticas em geral.

ALGUNS ACANTÓCITOS NO CAMPO (SETA PRETA);


MACRÓCITOS POLICROMATÓFILOS (SETA VERMELHA);
ERITROBLASTOS ORTOCROMÁTICOS (SETA AZUL).
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS
QUANTO A FORMA

ESQUIZÓCITOS:
Eritrócitos fragmentados. Estão presentes, principalmente, nas anemias
hemolíticas microangiopáticas (púrpura trombocitopênica trombótica,
síndrome hemolítico-urêmica, coagulação intravascular disseminada, sepse),
mas podem ser vistos em múltiplas situações que incluem anemia
megaloblástica, carcinomas disseminados, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, próteses
valvares cardíacas e queimaduras graves, além do uso de fármacos oxidantes e
rejeição de transplantes.

NUMEROSOS ESQUIZÓCITOS NO CAMPO.


ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS
QUANTO A FORMA

ESTOMATÓCITOS:
Eritrócitos que apresentam uma fenda semelhante a uma boca na região
central da célula. Estão presentes, principalmente, em pequeno número em
indivíduos hígidos (nas áreas mais delgadas do filme sanguíneo) e em maior
número em algumas anemias hemolíticas, na hepatopatia alcoólica e na
estomatocitose hereditária. Em filmes sanguíneos de recém-nascidos, durante
o uso de asparaginase e no raro fenótipo Rh nulo, estomatócitos podem
ocorrer também.

ALGUNS ESTOMATÓCITOS NO CAMPO


ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS
QUANTO À DISPOSIÇÃO DE HEMOGLOBINA

ERITRÓCITOS EM ALVO (CODÓCITOS, DIANÓCITOS OU CÉLULAS EM DIANA):


Eritrócitos com excesso de membrana que no filme sanguíneo apresentam
uma distribuição central de hemoglobina rodeada por halo claro. Estão
presentes, principalmente, nas anemias hemolíticas em geral (principalmente
hemoglobinas variantes e talassemias); na icterícia obstrutiva, nas hepatopatias
graves, nas alterações lipídicas do plasma e, raramente, na deficiência de ferro,
esplenectomia e tratamento com asparaginase. Nas Figuras 38 e 39 estão
apresentados eritrócitos em alvo.

NUMEROSOS ERITRÓCITOS EM ALVO NO CAMPO.


ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS
QUANTO À DISPOSIÇÃO DE HEMOGLOBINA

CRISTAIS DE HEMOGLOBINA:
Eritrócitos com disposição anormal da hemoglobina lembrando um eritrócito
“dobrado”. Estão presentes, principalmente, nas hemoglobinopatias
(hemoglobinopatia CC e interações da HbC com outras hemoglobinas variantes
ou talassemias). Nas Figuras 40 e 41 estão apresentados cristais de
hemoglobina.

ALGUNS CRISTAIS DE HEMOGLOBINA NO CAMPO.


ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS
QUANTO À DISPOSIÇÃO DOS ERITRÓCITOS

ERITRÓCITOS AGLUTINADOS:
Ocorrem devido às reações antígeno-anticorpo. Eritrócitos revestidos por
anticorpos podem se aglutinar formando “cachos”. Estão presentes,
principalmente, nas anemias hemolíticas autoimunes causadas por anticorpos
frios (crioaglutininas). Podem ocorrer também após transfusões. Na Figura 42
estão apresentados eritrócitos aglutinados.

ERITRÓCITOS EM CACHO NO CAMPO.


ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS
QUANTO À DISPOSIÇÃO DOS ERITRÓCITOS

ERITRÓCITOS EMPILHADOS (ROULEAUX):


Eritrócitos que se empilham devido à redução de suas cargas negativas pelo
aumento, principalmente, de fibrinogênio em condições inflamatórias e
infecciosas. Particularmente, no mieloma múltiplo e alguns linfomas, é
frequente o encontro de “rouleaux”. Fisiologicamente, mulheres grávidas
podem apresentar empilhamento de eritrócitos, não apresentando qualquer
valor clínico. Nas Figuras 43 e 44 estão apresentados eritrócitos empilhados
(rouleaux).

ERITRÓCITOS EMPILHADOS (ROULEAUX) NO CAMPO.


ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS
QUANTO À DISPOSIÇÃO DOS ERITRÓCITOS

ERITRÓCITOS EMPILHADOS (ROULEAUX):


Eritrócitos que se empilham devido à redução de suas cargas negativas pelo
aumento, principalmente, de fibrinogênio em condições inflamatórias e
infecciosas. Particularmente, no mieloma múltiplo e alguns linfomas, é
frequente o encontro de “rouleaux”. Fisiologicamente, mulheres grávidas
podem apresentar empilhamento de eritrócitos, não apresentando qualquer
valor clínico. Nas Figuras 43 e 44 estão apresentados eritrócitos empilhados
(rouleaux).

ERITRÓCITOS EMPILHADOS (ROULEAUX) NO CAMPO.


Hemoglobina
É uma substância pigmentada, formada por duas partes: (1) porção que
contém ferro denominada heme e (2) porção protéica, denominada globina.A globina
consiste de quatro cadeias polipeptídicas, cada uma das quais ligada a um grupo heme.
Cada grupo heme contém um átomo de ferro que se combina reversivelmente com uma
molécula de oxigênio. Dessa forma, cada molécula de hemoglobina pode potencialmente
associar-se com quatro moléculas de oxigênio. A principal função da hemoglobina e o
transporte de oxigênio e gás carbônico, permitindo as trocas gasosas necessárias ao
metabolismo orgânico.
Estrutura
A hemoglobina é um tetrâmero composto de duas de cada dois tipos de cadeias de globina, a alfa e a
beta. Cada uma dessas cadeias contém cerca de 141 aminoácidos. Existem quatro grupos heme por
proteína; estes possuem um íon de ferro no seu centro, que liga a molécula de O2. É uma proteína
alostérica, pois a ligação e a liberação do oxigênio é regulada por mudanças na estrutura provocadas
pela própria ligação do oxigénio ao grupo heme.

Existe três tipos de hemoglobina, devido a variação na cadeia polipeptidica:


Hemoglobina A1, Hemoglobina A2 e Hemoglobina F.

A hemoglobina (Hb) é uma proteína composta de grupamentos heme que compõe 95% da proteína
total desta célula. Os benefícios de conter hemoglobina dentro das células, ao contrário de livre no
plasma, incluem: uma meia-vida maior (a Hb livre no plasma possui uma meia-vida de apenas
algumas horas), a capacidade metabólica dos eritrócitos de manter o ferro ligado à Hb em seu estado
funcional e a habilidade de controlar a afinidade do oxigênio pela Hb, alterando as concentrações de
fosfatos orgânicos (especialmente o 2,3-DPG).

Distribuição do Oxigênio
A distribuição é feita através da interação da hemoglobina com o oxigênio do ar (que pode ser
inspirado ou absorvido, como na respiração cutânea). Devido a isto, forma-se o complexo oxi-
hemoglobina, representado pela notação HbO2.
Chegando às células do organismo, o oxigênio é liberado e o sangue arterial (vermelho) transforma-
se em venoso (vermelho arroxeado). A hemoglobina livre pode ser reutilizada no transporte do
oxigênio. A hemoglobina distribui o oxigênio para as todas as partes do corpo irrigadas por vasos
sanguíneos.

Localização
A hemoglobina pode ser encontrada dispersa no sangue (em grupos animais simples) ou em várias
células especializadas (as hemácias de animais mais complexos). O aumento de glóbulos vermelhos
no sangue (eritrocitose) geralmente se dá por uma adaptação fisiológica do organismo em locais de
altitude elevada. Uma vez que o aumento de glóbulos vermelhos favorece o transporte de oxigênio
pelo sangue, seu uso melhora a performance de atletas, principalmente em esportes que necessitem
muita resistência. Quando os atletas realizam treino em locais de
alta altitude, a pequena concentração de oxigênio estimula a produção natural de EPO
(Eritropoietina, hormônio que aumenta o número de GV e da capacidade muscular)e ao retornar às
baixas altitudes, seu corpo está mais preparado e sua resistência está maior.
Contagem de hemácias na câmara de Neubauer
Os métodos para contagem global das células sanguíneas consistem geralmente em
diluir o sangue, em proporção conhecida, com um líquido diluidor chamado Hayem,
permitindo a conservação das células em estudo.

1. Pipetar 4 ml do líquido diluidor em um tubo de ensaio.


2. Com a pipeta transferir 0,02 ml de sangue. Limpar a parede externa da ponteira com
auxílio de papel absorvente.
3. Transferir os 0,02 ml de sangue para o tubo com o líquido diluidor, lavando com ele
o interior da ponteira por aspiração e expulsão do líquido. A diluição é de 1:200.
4. Agitar suavemente por inversão para uma correta homogeneização.
5. Com uma pipeta preencher os retículos da câmara de contagem, evitando excesso de
líquido e bolhas de ar sob a lamínula aderida firmemente à câmara.
6. Deixar repousar por dois minutos para sedimentação dos glóbulos.
7. Focalizar a preparação com pequeno aumento no microscópio para localizar o retículo e
observar a distribuição uniforme das hemácias. Observar então, com aumento de 100X ou 400X,
conforme necessidade.
8. Fazer a contagem de todas as hemácias encontradas nos quadros marcados “H” na figura
relativa ao retículo de Neubauer, ou seja, 1/5 de mm2 . Sistematizar a contagem segundo a figura
abaixo. Contar os elementos em negro.

Cálculos: Hemácias por ml de sangue = H.c. x 5 x 10 x 200


Avaliação correta do esfregaço
Avaliação correta e aconselhada
para a contagem, pois os linfócitos
que se dispõem na região central
são contados de forma equilibrada
com as outras células, permitindo a
avaliação correta.
Funções do Sangue Sistema Circulatório
Transporte de oxigênio absorvido dos pulmões e Grande sistema fechado, constituído por
nutrientes do trato gastrointestinal para as vasos que conduzem o sangue vindo dos
células do corpo. pulmões aos tecidos e destes de volta ao
Transporte de produtos tóxicos (dióxico de pulmão, bombeado pelo coração;
carbono, resíduos) produzidos pelo metabolismo Sistêmica e pulmonar;
celular para órgãos específicos. Artérias, veias e capilares.
Transporte de oxigênio absorvido dos pulmões e
nutrientes do trato gastrointestinal para as
células do corpo.
Transporte de produtos tóxicos (dióxico de
carbono, resíduos) produzidos pelo metabolismo
celular para órgãos específicos.
Sistema Linfático
O linfoma afeta o sistema linfático do corpo. O sistema linfático faz parte do sistema
imunológico, que ajuda a combater infecções e algumas outras doenças. O tecido linfoide
é encontrado em diversas partes do corpo, dessa forma os linfomas podem se
desenvolver em qualquer lugar. Os principais locais de tecido linfático são:

Linfonodos: Os linfonodos são órgãos, do tamanho de feijões, constituídos


principalmente de linfócitos e encontrados por todo o corpo (tórax, abdome e pelve). Os
linfonodos estão ligados por um sistema de vasos linfáticos.

Baço: O baço é um órgão localizado na parte inferior da caixa torácica, do lado esquerdo
do corpo. O baço produz os linfócitos e outras células do sistema imunológico que atuam
no combate das infecções, além disso, armazena as células saudáveis do sangue ​e filtra as
células sanguíneas danificadas, bactérias, e outros resíduos celulares.

Medula óssea: A medula óssea é o tecido esponjoso dentro dos ossos. É onde as novas
células sanguíneas (incluindo alguns linfócitos) são produzidas.

Timo: O timo é um pequeno órgão localizado na


parte superior do tórax e em frente ao coração. É
importante no desenvolvimento dos linfócitos T.

Adenoides e amígdalas: São coleções de tecido


linfático localizadas na parte posterior da garganta.
Elas produzem anticorpos contra os germes que
podem ser inalados ou ingeridos.

Trato digestivo: O estômago e os intestinos, assim


como muitos outros órgãos, também são
constituídos por tecido linfoide.
Sistema Linfático
O linfoma afeta o sistema linfático do corpo. O sistema linfático faz parte do sistema
imunológico, que ajuda a combater infecções e algumas outras doenças. O tecido linfoide
é encontrado em diversas partes do corpo, dessa forma os linfomas podem se
desenvolver em qualquer lugar. Os principais locais de tecido linfático são:

Linfonodos: Os linfonodos são órgãos, do tamanho de feijões, constituídos


principalmente de linfócitos e encontrados por todo o corpo (tórax, abdome e pelve). Os
linfonodos estão ligados por um sistema de vasos linfáticos.

Baço: O baço é um órgão localizado na parte inferior da caixa torácica, do lado esquerdo
do corpo. O baço produz os linfócitos e outras células do sistema imunológico que atuam
no combate das infecções, além disso, armazena as células saudáveis do sangue ​e filtra as
células sanguíneas danificadas, bactérias, e outros resíduos celulares.

Medula óssea: A medula óssea é o tecido esponjoso dentro dos ossos. É onde as novas
células sanguíneas (incluindo alguns linfócitos) são produzidas.

Timo: O timo é um pequeno órgão localizado na


parte superior do tórax e em frente ao coração. É
importante no desenvolvimento dos linfócitos T.

Adenoides e amígdalas: São coleções de tecido


linfático localizadas na parte posterior da garganta.
Elas produzem anticorpos contra os germes que
podem ser inalados ou ingeridos.

Trato digestivo: O estômago e os intestinos, assim


como muitos outros órgãos, também são
constituídos por tecido linfoide.

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Plasma
Granulócitos: Leucócitos que possuem grânulos em sua estrutura, como os neutrófilos, os
basófilos e eosinófilos. O núcleo desses leucócitos é irregular e apresenta lóbulos.

Agranulócitos: São leucócitos que não possuem grânulos, como os monócitos e linfócitos. O
núcleo desses leucócitos é mais regular do que o núcleo dos granulócitos e não possuem
lobulações.
Termos
Importantes:
Ciclo vital das hemácias, que
são produzidas na medula
óssea, circulam cerca de quatro
meses, e são finalmente
fagocitadas pelas células do
sistema de macrófagos
mononucleares. O catabolismo
da hemoglobina dá origem ao
ferro, que é reaproveitado, e à
série de pigmentos derivados
do anel tetrapirrólico, incluindo
as bilirrubinas e o
urobilinogênio.

De grande interesse é o mecanismo pelo qual as hemácias velhas são reconhecidas e


eliminadas de circulação. Vários fatores contribuem para isto, em especial a redução
da atividade metabólica e a oxidação da hemoglobina. A formação de agregados de
proteína de banda 3 (uma das mais abundantes proteínas transmembranais da
hemácia), estabilizados por moléculas de hemoglobina oxidadas (hemicromos)
seriam reconhecidos como antígenos por anticorpos IgG autólogos e complemento.
Com a deposição de uma densidade crítica de anticorpos e moléculas de
complemento, as hemácias senescentes seriam reconhecidas e eliminadas. Uma vez
fagocitada, a hemácia é decomposta em seus componentes, sendo os mais
importantes a membrana e a hemoglobina. Proteínas e fosfolípides de membrana
são digeridos. A hemoglobina é decomposta em globina (que é metabolizada, dando
origem a aminoácidos) e o heme, que, por sua vez, com a abertura do anel da
protoporfrina.
1- Os instrumentos automatizados fornecem histogramas da distribuição de
volume que fazem notar a presença de mais de uma população de eritrócitos.
A maioria deles também quantifica esta variação do volume/tamanho, um
equivalente da estimativa do grau de __ao microscópio, que é denominado
______-_. Esse parâmetro pode ser expresso como ____ ou como coeficiente de
variação (CV). Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas.

A. Anisocitose; “variação do tamanho dos erotrócitos” - RDW; desvio-padrão


(DP).
B. Hemoglobina; “hemoglobina corpuscular média” - HCM; média
C. Poiquilocitose; “concentração da hemoglobina corpuscular média” - CHCM;
média
D. Hematócrito; “volume corpuscular médio” - VCM; mediana
E. Reticulocitose; “amplitude de distribuição de hemoglobina” - HDW; desvio-
padrão (DP)

2- O desvio à esquerda no hemograma é sugestivo de:


A. Diabetes
B. Agranulocitose
C. Eritroplasia
D. Anemia
E. Infecção bacteriana aguda.
3- Nas doenças agudas de origem viral, a célula que geralmente está
aumentada (em número) é o:
A.Basófilo
B.Neutrófilo
C.Eosinófilo
D.Linfócito.
E.Monócito

4- Classifique a anemia de acordo com os Índices Hematimétricos:


VCM=107 fL; HCM= 22 g/dl CHCM=29,4%
Hemácias: 3.400.000/μL; Hematócrito: 30%; Hemoglobina: 10g/dL
A.Anemia macrocítica e hipocrômica
B.Anemia hemolítica
C.Anemia microcítica e hipocrômica
D.Anemia normocítica e normocrômica.
E.Anemia macrocítica e normocrômica
5- O que indica um RDW de 18,2% em um hemograma?
A. Granulocitose
B. Esquisocitose
C. Anisocitose.
D. Poiquilocitose
E. Acantocitose

6- A Esferocitose Hereditária (EH) é uma forma de anemia


hemolítica por defeitos de membrana, sendo a mais comum causa
de anemia secundária a defeitos de membrana dos glóbulos
vermelhos. Esse tipo de alteração que sofre as hemácias é
chamado de:
A. anisocitose
B. Policromasia
C. Poiquicitose
D. Retículocitose
7- Dentre os leucócitos granulosos, temos os monócitos que são
células grandes com um núcleo em formato de “feijão” que
apresentam vacúolos fagocíticos e filamentos de citoesqueleto.
Essas estruturas auxiliam no processo de fagocitose de
microrganismos invasores realizado pelos monócitos uma vez que
eles são ativados.

Verdadeiro ( )
Falso ( )

8- Nos Distúrbios alérgicos (sensibilidades a fármacos, asma, rinite


alérgica e dermatite atópica) infecções por parasitas. Pode causar
que alteração principal nos leucócitos:
A.eosinofilia
B.Linfocitose
C.Neutrofilia
D.neutropenia
9- Granulação em região citoplasmática em leucócitos normais é
observada em:
A.Neutrófilos, linfócitos e basófilo
B.Linfócitos e monócitos apenas
C.Eosinófilos, neutrófilos e basófilos
D.Eosinófilos, neutrófilos e monócitos
E.Em todas as células brancas do sangue
1: A
2: E
3: D
4: A
5: C
6: C
7: FALSO
8: A
9: C
HEMOGRAMA: MANUAL DE INTERPRETAÇÃO [RECURSO
ELETRÔNICO] / RENATO FAILACE, FLAVO FERNANDES. – 6.
ED. – PORTO ALEGRE : ARTMED, 2015.

TRATADO DE HEMATOLOGIA / EDITORES MARCO ANTONIO


ZAGO, ROBERTO PASSETTO FALCÃO, RICARDO PASQUINI;
EDITORES ASSOCIADOS NELSON SPECTOR, DIMAS TADEU
COVAS, EDUARDO MAGALHÃES REGO. -- SÃO PAULO :
EDITORA ATHENEU, 2013.

@biomedicina_descomplicada

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