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Trabalho de Avaliação 1: Velocidade do Som

Física para as Ciências da Terra


Departamento de Física – Universidade de Aveiro
2022-2023

TRABALHO DE AVALIAÇÃO
Determinação da velocidade do Som
Grupo nº 4
Turma: PL3
Nome Nº Mec.

David Xavier Gomes da Fonte 113100

Renan Barroso Raposo 115079

Tiago Lages Lajo 114162

Objetivos
1. Usar um tubo de Kundt para estimar a velocidade do som.
2. Interpretar gráficos de funções linearizadas
3. Realizar um relatório simplificado de uma atividade experimental

Enquadramento
Uma propriedade muito importante de meio é a velocidade a que o som se
propaga nesse meio. A velocidade do "som" é, na verdade, a velocidade de
transmissão de uma pequena perturbação através de um meio. O próprio som
é uma sensação criada no cérebro humano em resposta às entradas sensoriais
do ouvido interno. As perturbações que se geram num ponto do meio gasoso
são transmitidas ao longo do meio como colisões entre as moléculas do gás
que realizam movimento aleatório no gás. Existem várias aplicações do som
em engenharia. Talvez o mais conhecido seja o sonar que usa a velocidade do
som no meio e o tempo de viagem de um sinal sonoro para determinar
distâncias entre objetos. Como a velocidade de transmissão depende das
colisões moleculares, a velocidade do som depende do meio considerado e
das condições de pressão e temperatura em que se encontra.

Nesta aula, irá realizar uma atividade experimental que lhe permitirá determinar
a velocidade do som no ar à temperatura e pressão ambiente.

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Trabalho de Avaliação 1: Velocidade do Som

Introdução
Uma fonte sonora (altifalante) origina uma onda progressiva que se desloca no
sentido da extremidade fechada do tudo. Ao encontrar uma barreira
(descontinuidade) como uma extremidade fechada, esta onda é refletida, e
inverte o sentido da propagação. Na região do espaço entre a fonte sonora e a
extremidade fechada existem duas ondas muito semelhantes que se deslocam
em sentidos contrários.
A onda de pressão no interior do tubo pode ser escrita como:

𝑃 = 𝑃+ + 𝑃− = 𝑃𝑆0 sin(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) + 𝑃𝑆0 sin(𝑘𝑥 + 𝜔𝑡), Eq. 1

onde P+ e P- designam as ondas de pressão que se deslocam no sentido


positivo e negativo do eixo x, respetivamente, PS0 a amplitude da onda de
pressão, k o valor do vetor de onda (k=2 / , onde é o comprimento de onda)

e a frequência angular da onda ( =2 f, onde f é a frequência da onda).


Reescrevendo a Eq. 1 para agrupar todos os termos semelhantes, obtém-se
uma onda estacionária de equação:

𝑃 = 2𝑃𝑆0 cos(𝑘𝑥) sin (𝜔𝑡). Eq. 2

Pode mostrar-se que para que a extremidade aberta (em x=L) corresponda a
um ponto de onda de pressão nula (P=0) deve observar-se a relação:

2𝜋𝑓 𝜋 𝑣𝑠
𝐿 = (2𝑛 + 1) ⟺ 𝑓 = (2𝑛 + 1) Eq. 3
𝑣𝑠 2 4𝐿
onde vs representa a velocidade do som no meio. Nas condições estabelecidas
pela Eq. 3, os gráficos da onda de pressão (Eq. 2) para os primeiros 3 modos
de vibração são apresentados na Figura 1.

Figura 1. Representação das ondas de pressão para um tubo aberto numa


extremidade nos três primeiros modos de vibração.

Procedimento Experimental

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1. Observar a montagem experimental indicada, verificando que:
1.1. o altifalante está ligado ao
gerador de sinais;
1.2. o microfone está ligado ao
amplificador (que por sua vez
se liga ao osciloscópio);
1.3. o gerador de sinais,
o amplificador e o
osciloscópio estão ligados à
tomada de
eletricidade;
1.4. o microfone e o altifalante estão encaixados na base do tubo.
2. Colocar o tubo de ressonância fechado numa extremidade de forma que a
extremidade aberta fique a uma distância de 5-6 mm da base do altifalante,
e desloque o êmbolo até não haver qualquer coluna de ar dentro do tubo.
3. Ligar o gerador de sinais e selecione a frequência de 1200 Hz.
4. Ligar o osciloscópio e obtenha uma imagem parada do sinal sinusoidal.

5. Para o valor de frequência selecionado (1200 Hz), deslocar


progressivamente o êmbolo do tubo, e registar os comprimentos
sucessivos para os quais ocorre o fenómeno de ressonância. Estimar o

erro experimental ( L) que obtém na medição de cada valor de L.


Tabela 1. Registo dos resultados experimentais (f=1200 Hz)
n 0 1 2 3 4 5
2n+1 1 3 5 7 9 11

L +/- 0.5 / cm 6.6 21.9 37.0 52.1 67.1 81.9


6. Selecionar o comprimento L = 50 cm da coluna de ar e encontrar as
frequências sucessivas para as quais ocorre o fenómeno de ressonância.
SUGESTÃO: Utilize um dos canais do osciloscópio para medir com rigor o período do sinal
observado e determine a frequência correspondente.

Tabela 2. Registo dos resultados experimentais (L=50 cm)


n 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

2n+1 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19

T +/- 0.0019 0.0015 0.0012 0.0008 0.0006 0.0005 0.0005 0.0004 0.0003 0.0003
0.04/
s

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f +/- 506.3 689.7 847.5 1200 1600 1900 2125 2800 2970 3350
25/
Hz
Tratamento de resultados
PARTE A (a realizar como trabalho prévio)
1. Deduza a relação da Eq. 3 a partir da expressão da onda de pressão da
onda estacionária apresentada na Eq. 2.

2. Esboce a forma da onda de pressão para cada um dos modos de


vibração registados na Tabela 1.

3. Linearize a Eq. 3 de forma a determinar a velocidade do som a partir das


medidas de frequência e modo de vibração (resultados da Tabela 2).
Indique as expressões para as grandezas x, y m e b.

4. Indique a expressão que permite calcular a velocidade do som e a


respetiva incerteza, usando os parâmetros da melhor reta de ajuste,
atendendo à linearização indicada na pergunta anterior.

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Trabalho de Avaliação 1: Velocidade do Som

PARTE B (a realizar no laboratório)


1. Use uma folha de cálculo para determinar os parâmetros da melhor reta
de ajuste, de acordo com a linearização indicada no ponto 3 da Parte A.
Registe os valores de m e b, e os respetivos erros. (Inclua o gráfico da
folha de cálculo no seu relatório)

m=6.6387
b= - 0.4498
inc.= +/- 0.017

2. Determine o valor da velocidade do som (e respetiva incerteza) usando


as expressões apresentadas no ponto 4 da Parte A e os valores
determinados no ponto anterior.

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3. Compare o valor obtido nesta experiência (ponto 2) com o valor de


referência para a velocidade do som no ar a 25ºC e à pressão de 1 atm,
vs=342 m/s.

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4. Realize a conclusão deste trabalho que inclua análise da incerteza
relativa, comparação com o valor de referência e sugestões de melhoria
do trabalho.
I c rt ez r lativa m v
s

omp ar ç o entr o valo obtido e o alor de referênci par v s

s obje iv s dest experiênci f ram atingid s

u e tões d el horia d t a al o

Adicione o gráfico gerado na folha de cálculo nesta região

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Parte A
Parte B

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