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Campo, ilha de São Miguel, Açores, e faleceu em Ponta Delgada. Era filho
do poeta César Rodrigues. Licenciou-se em Filologia Românica pela
Faculdade de Letras de Lisboa (1910-1915), tendo, nessa altura, conhecido
Fernando Pessoa e integrando-se no Grupo do Orpheu. Colaborou nos dois
primeiros números da revista com vários poemas, alguns dos quais
assinados com o pseudónimo Violante de Cisneiros (Orpheu 2). Regressa aos
Açores em 1917, onde se dedica ao ensino, vindo a trocar correspondência
com Fernando Pessoa. Longe do continente, entrega-se ao estudo da
etnografia açoriana e a uma poética de pendor religioso. Colabora,
entretanto, na revista Presença, Cadernos de Poesia, Atlântico, etc. Em
1953, ganhou o Prémio Antero de Quental com o livro Horto Fechado e
Outros Poemas.
Obras poéticas: Ode a Minerva (Angra do Heroísmo, 1922), Em Louvor da
Humildade. Poemas da Terra e dos Pobres (Ponta Delgada, 1924), Cântico
das Fontes (Ponta Delgada, 1934), Cantares da Noite Seguidos dos Poemas
de Orpheu (Ponta Delgada, 1942), Quatro Poemas Líricos (Porto, 1948),
Horto fechado e Outros Poemas (Porto, 1953). Teatro: Auto do Natal
(Lisboa, 1926), O Milhafre (Angra do Heroísmo, 1932), Quando o Mar Galgou
a Terra (Ponta Delgada, 1940). Crónicas: Voz do Longe (Ponta Delgada,
1961-1966). Etnografia: Poesia Popular Açoriana (Angra do Heroísmo,
1937), Cantar às Almas (Angra do Heroísmo, 1940), Cancioneiro Geral dos
Açores (Angra do Heroísmo, 1982, 3 vols.), Adagiário Popular Açoriano
(Angra do Heroísmo, 1982, 2 vols.). Eduíno de Jesus organizou a Antologia
de Poemas de Armando Côrtes-Rodrigues (Coimbra, 1956).
Outras páginas sobre o autor:
Armando Côrtes-Rodrigues, poeta e prosador
POEMAS
DUM ANÓNIMO OU ANÓNIMA
QUE DIZ CHAMAR-SE VIOLANTE DE CYSNEIROS
A Álvaro de Campos
O MESTRE
Junho, 1915
*
Toda a minha Alma se prende
Naquela forma de graça;
Mas não é na forma viva
Mas sim na Linha que passa.
A vida é só o Espaço
Que vai da própria Linha
À sombra dela num traço.
Junho, 1915
A Álvaro de Campos,
O MESTRE
II
Junho, 1915