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“… eram uma família antiga da Beira (…) agora reduzida a dois varões, o senhor da casa,
Afonso da Maia (…) e seu neto Carlos que estudava medicina em Coimbra.” (p. 6)
(1)
2004/2005
Acção
Principal
Sarau da Chás e
Trindade jantares
(XVI) (X e XII)
Jornal
A TARDE
(XV)
Sociedade Administ.
pública Sociedade
Alta
Finança
Portuguesa
Sousa Portuguesa
Cohen
Neto
Jornalismo
Política
Palma
Cde de
“Cavalão”
Gouvarinho
Neves
Corrupção/ Diplomacia
Decadência Steinbroken
Moral Mulher Sousa Neto
Dâmaso Portuguesa filho
Alta
Socied.
Estrutura
PORTUGUÊS – 11º ANO
(1)
2004/2005
Cap. I a IV
1. Introdução (5 pp.) início da acção; o Ramalhete; Afonso (1875)
•Juventude de Afonso
2. Grande Analepse •Casamento de Afonso
(movimento temporal •Educação de Pedro
retrospectivo) •Casamento de Pedro
•Suicídio de Pedro
1820-1875
•Educação de Carlos
•Juventude de Carlos
Estrutura
PORTUGUÊS – 11º ANO
(2)
2004/2005
Cap. V a XVII
3. A Acção (cerca de 500 pp.)
Estrutura
PORTUGUÊS – 11º ANO
(3)
2004/2005
Cap. XVIII
4. Epílogo (cerca de 27 pp.)
No passado
Longos anos o Ramalhete permaneceu desabitado.
(O procurador) aludia mesmo a uma lenda, segundo a qual eram sempre
fatais aos Maias as paredes do Ramalhete.
No presente
Restauro da casa por um arquitecto decorador de Londres
Ocupação do Ramalhete
“A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no Outono de 1875, era conhecida na
vizinhança da Rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela
Casa do Ramalhete, ou simplesmente, o Ramalhete.” (p. 5)
“… e foi só nas vésperas da sua chegada, nesse lindo dia de Outono de 1875, que
Afonso se resolveu deixar Santa Olávia e vir instalar-se no Ramalhete.” (p. 10)
“Aí temos o nosso Maia, Carolus Eduardus ab Maia, começando a sua gloriosa
carreira… preparado para salvar a humanidade enferma – ou acabar de a
matar, segundo as circunstâncias.” (p. 95)
O consultório O laboratório
O luxo:
•um grande pátio
•um criado de libré •a porta do casarão, ogival e
•plantas em vasos de Ruão nobre
•quadros de muita cor •sala para estudos anatómicos
•ricas molduras •a biblioteca
•álbuns de actrizes seminuas •fornos para trabalhar químicos
•um piano •as obras arrastavam-se sem
fim
A ACÇÃO (2)
PORTUGUÊS – 11º ANO
2004/2005
•o consultório deserto
•os cavalos, as carruagens,
•o laboratório inútil
o bric-a-brac
•a revista – mero projecto
•a atracção da Gouvarinho
•o livro “Medicina Antiga e
•a lembrança dos amores
Moderna” sempre adiado
passados
ERA UM DILETANTE
OBJECTIVOS:
. homenagear o banqueiro Jacob Cohen;
. proporcionar a Carlos um primeiro contacto com o meio social lisboeta;
. apresentar a visão crítica de alguns problemas;
. Proporcionar a Carlos a visão de Maria Eduarda.
INTERVENIENTES:
. João da Ega, promotor da homenagem e representante do Realismo/Naturalismo;
. Cohen, o homenageado, representante das Finanças;
. Tomás de Alencar, o poeta ultra-romântico;
. Dâmaso Salcede, o novo-rico, representante dos vícios do novo-riquismo burguês;
. Carlos da Maia, o médico e o observador crítico;
. Craft, o britânico, representante da cultura artística e britânica.
TEMAS DISCUTIDOS
2. As finanças
3. A história política
A falta de personalidade:
. Alencar muda de opinião quando Cohen o pretende;
. Ega muda de opinião quando Cohen quer;
. Dâmaso, cuja divisa é «Sou forte», aponta o caminho fácil de fuga.
A ACÇÃO (7)
PORTUGUÊS – 11º ANO
2004/2005
A ACÇÃO (8)
PORTUGUÊS – 11º ANO
2004/2005
•2ª visão da heroína: A Gouvarinho vai ao médico com No Ramalhete discute-se o artigo do Ega
(Carlos descreve-a e o seu filho único, Charlie, e na “Gazeta”, mas Carlos preocupa-se com
Manifesta a sua euforia. iniciam um flirt cheio de os encontros do Dâmaso “com essa
(pág. 203) promessas (pp. 208/209) gente”- os Castro Gomes - , e mais ainda
quando o Taveira lhe diz que teriam ido
•3ª visão da heroína: para Sintra (pp. 214/215)
“…voltou mais cedo e (…)
viu-a logo.” (pág. 204)
•Carlos vai com o Cruges procurá-la.
É a obsessão
pela brasileira
Porcalhota
Quinta de •O bucolismo de
Benfica Ramalhão
Cruges
Portas da Serra No Nunes (pp. 224/231)
•Almoço campestre
•Eusébio e Palma Cavalão com as
Rua de S. Francisco •Conversa sobre a espanholas
8 da manhã ignorância do país
•O jogo como passatempo
A encomenda das queijadas burguês
Viagem circular •O significado de Sintra
No Ramalhete
Visita de Vilaça por causa dos negócios
“Quando Vilaça lhe apresentou os papéis, assinou-os com um ar
moribundo” (pág. 255)
Visita do Ega
“O Sr. Ega – anunciou Baptista…” (…)”Tu terás por acaso uma
espada que me sirva?” (…) “É para esta noite, para o fato de
Máscara” (baile dos Cohen – pág. 255)
Visita do Dâmaso
Dâmaso pede a Carlos que vá visitar a filha de seis anos, Rosicler, da
Brasileira – “É aquela gente brasileira?” (pág. 257)
Dâmaso, após a visita à doente, conta o seu romance com a do Castro
Gomes (pág. 265)
Na Quinta do Craft
• Carlos e Ega fazem consulta ao Craft sobre duelos, já que Ega quer
desafiar o Cohen (pág. 271)
• Jantam e bebem Borgonha e Chambertin. Ega apanha uma bebedeira e
balbucia: - “Raquelzinha! Racaquê, minha Raquelzinha! Gostas do teu
bichinho?... (pág. 279)
Na Vila Balzac
• Carlos, Craft e Ega à espera do duelo, mas nada aconteceu. Chegou a
Srª Adélia e contou a história da coça à Raquel. (pág. 283)
• Partem da Vila Balzac e vão jantar ao André, ao Chiado.
• Ega tem uma reacção romântica (pág. 290)
No Aterro
• Nova visão da Castro Gomes (pág. 291)
Em casa dos Gouvarinhos: - para tormar chá
• Carlos continua na sua ambiguidade sentimental. (pág. 298)
• No decorrer do chá fala-se do ensino e da educação (pág. 294)
• As Corridas
1ª Corrida: a do 1º prémio dos “Produtos”
2ª Corrida: a do Grande Prémio Nacional
3ª Corrida: a do Prémio de El-Rei
4ª Corrida: a do Prémio de Consolação
• Visão Caricatural
- o hipódromo, improvisado, parecia um palanque real
- as pessoas não sabiam ocupar o seu lugar
- as senhoras traziam “vestidos sérios de missa”
- o bufete tinha um aspecto nojento
- a 1ª corrida terminou numa cena de pancadaria – por causa de uma burla
- As 3ª e 4ª corridas terminaram grotescamente
Em tudo um provincianismo snob: um verniz postiço
Contradição flagrante entre o ser e o parecer
“Um sopro grosseiro de desordem reles passava sobre o hipódromo, desmanchando a
linha postiça de civilização e a atitude forçada de decoro…” (pág. 325)
Os jóqueis
Os homens (O rei, o visconde de Darque, o marquês, o Conde de Gouvarinho,
o Taveira, o Steinbroken, o Teles da Gama, o Carlos, o Craft, o Clifford, o
Mendonça, o Vargas, o Vilaça, o Alencar…)
Adjuvante: Ega
Oponentes: Dâmaso e Afonso da Maia
Heróis da intriga: Carlos e Mª Eduarda
Objectivos:
.Reunir a alta burguesia e aristocracia
.Reunir a camada dirigente do país
.Radiografar a ignorância das classes dirigentes do
país
Alvos visados
. Conde de Gouvarinho e Sousa Neto
O Jornalismo
2004/2005
(Tais jornais, tal País)
Objectivos:
. ajudar as vítimas das inundações do Ribatejo;
. apresentar um tema querido da sociedade lisboeta: a oratória;
. reunir novamente as várias camadas das classes mais destacadas,
incluindo a família real;
. criticar o Ultra-Romantismo que encharcava o público;
. contrastar a festa com a tragédia
Os Oradores
Rufino Alencar
. Tópicos de bacharel transmontano: a . Poeta ultra-romântico, propõe o
fé, a esmola, a sua aldeia, a imagem tema da democracia romântica
do “Anjo da Esmola”;
. Desfasamento entre a realidade e
. Desfasamento entre a realidade e o o discurso
discurso
. Excessivo lirismo carregado de
. Falta de originalidade: recorre a conotações sociais
lugares comuns, retórica oca e balofa
. Exploração do público seduzido
. Aclamação pelo público tocado no por excessos estéticos
seu sentimentalismo, ainda muito estereotipados
romântico
. Aclamação do público
OS MAIAS - EÇA DE QUEIRÓS 37
•ESAG
A ACÇÃO (24)
•PORTUGUÊS – 11º ANO
2004/2005
O Sarau do Teatro da Trindade (pág.586/613)
(Tal oratória, tal País)
Pianista - Cruges
Hotel Bragança
Conclusão…
Completo fracasso de Carlos e Ega: o seu permanente
Romantismo – indivíduos inferiores que se governam na
vida pelo sentimento e não pela razão.
A teoria definitiva
“Nada desejar e nada recear” (fatalismo muçulmano,
estoicismo clássico)
Na prática… os dois amigos romperam a correr desesperadamente
SIMBOLISMO(1)
PORTUGUÊS – 11º ANO
2004/2005
SIMBOLISMO(2)
PORTUGUÊS – 11º ANO
2004/2005
Ela é também símbolo das mulheres fatais d' Os Maias - Maria Eduarda e
Maria Monforte
OS MAIAS - EÇA DE QUEIRÓS 47
ESAG
SIMBOLISMO(3)
PORTUGUÊS – 11º ANO
2004/2005
SIMBOLISMO(4)
PORTUGUÊS – 11º ANO
2004/2005
SIMBOLISMO(5)
PORTUGUÊS – 11º ANO
2004/2005
Mas não foi isso que sucedeu e é este facto que o escritor
pretende evidenciar com o episódio final – o fracasso da
Geração dos Vencidos da Vida.
OS MAIAS - EÇA DE QUEIRÓS 52
ESAG