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Auto Da Barca Do Inferno Analise Cenas 130424192520 Phpapp02
Auto Da Barca Do Inferno Analise Cenas 130424192520 Phpapp02
INFERNO
Gil Vicente
Cena II – Fidalgo (Dom Anrique)
Símbolos cênicos:
Pajem: elemento do povo, vítima da
opressão da nobreza, tirania;
Objectivos da cena:
- Crítica a uma prática religiosa negativa (na
acusação do Diabo e na defesa do
Sapateiro).
- Os preceitos religiosos (ouvir missa,
confessar-se, comungar, etc) só ajudam
os que levam uma vida verdadeiramente
honesta. É, portanto, mais uma cena
moralista de caráter religioso do que a
condenação de um sapateiro, acusado de
roubar o povo.
Caracterização psicológica:
Argumentos de defesa:
Toda a defesa do Frade consiste em
acreditar que o hábito que enverga o
livrará das chamas infernais, bem como
os salmos rezados “E este hábito nom me
val?”, “com tanto salmo rezado?”
Silêncio do Anjo:
O Anjo não dirige a palavra ao Frade,
porque este não cumpriu os preceitos
religiosos, nem os votos de castidade e
dedicava-se a uma vida mundana.
Interpretação do papel do Parvo:
Critica o Frade por viver amantizado com a
moça Florença e ter um procedimento
contrário aos seus votos.
Destino condenação:
- Da moça
Destino Condenação
Objectivos da cena:
- Denúncia de uma profissão escandalosa
(na fala de Brísida Vaz);
- Prática de judaísmo;
- Como tenta subornar o Diabo, subornava
os outros;
- Como judeu, não respeitava a abstinência
e o jejum cristão;
- Profanava o sagrado – sepulturas nos
finados
Percurso cênico diferente
Cais
Barca do Inferno vai a
Destino condenação
Destino Salvação
- Exaltação nacionalista;
- Apologia do espírito de cruzada na luta
contra os Mouros e o elogio ao
despreendimento dos bens terrenos;
- Moralização.
Conclusão da obra
Gil Vicente critica os principais aspectos da
época quinhentista, tais como as classes
sociais, o estatuto social, a religião, a
justiça, o judaísmo, a vida terrena, as
profissões, os costumes, a exploração, a
tirania, a ganância, a vaidade, a
frivolidade…
Todos estes objetos da crítica vicentina
fazem deste auto uma obra atual, pois são
vícios e defeitos que fazem parte da
sociedade contemporânea.