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2.1.1.2 A Unidade Da Crença - O Poder Da Igreja Sem Resoluções
2.1.1.2 A Unidade Da Crença - O Poder Da Igreja Sem Resoluções
O Papa detinha:
• o poder religioso sobre toda a cristandade ocidental;
• o poder temporal (político) sobre os territórios do
papado e sobre os reinos cristãos.
Ler doc.8 – pag. 19
A organização das crenças: o poder do Bispo de Roma na Igreja ocidental
No clero distinguia-se:
• o clero secular, que vivia numa paróquia ou bispado
(curas ou vigários dirigidos por um bispo na diocese);
• o clero regular, que vivia num mosteiro, geralmente
separado do mundo, e que seguia uma regra.
A organização das crenças: o poder do Bispo de Roma na Igreja ocidental
A função da Igreja foi fundamental num tempo marcado por muita instabilidade
política, social e económica.
O Papa Bonifácio VIII (1235-1303) viu a sua autoridade ser desafiada pelas
monarquias da Europa ocidental, numa época em que reforçavam o poder régio.
O rei de França, Filipe IV, o Belo, provocou um conflito com a Santa Sé:
• A Bula Clerisis Laicos (1296) proibia a cobrança de impostos ao clero; Filipe IV
rejeitou a Bula, contrariando a autoridade papal.
ATIVIDADES
ATIVIDADE 1
O Papa
Redija um texto explicativo do
bispo de Roma
organigrama ao lado, referente à
hierarquia e composição da Igreja Os
Os cardeais
cardeais
Romana, tendo em conta os seguintes
elegem o papa e participam
aspetos: nos concílios
Fonte da imagem
Wikipédia http://
commons.wikimedia.org;
http
://crusades.boisestate.ed
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rles%20V/siege%20of%2
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ATIVIDADE 2
Passou a noite e chegou o dia que foi terça-feira de manhã. Então armaram- […] Soubemos e descobrimos pelas vossas cartas que havíeis absolvido dos
-se todos para a hoste, cavaleiros e escudeiros, preparando-se cada um para seus votos de peregrinação e das suas obrigações de cruzada de todos os
a sua batalha; e saíram das suas tendas julgando encontrar maiores lutas do cruzados que tinham permanecido a defender Constantinopla […]. É
que as do dia anterior, pois não sabiam que os imperadores tinham fugido impossível não me manifestar contra vós, pois nunca haveríeis devido nem
durante a noite. Com efeito, não encontraram ninguém que viessem contra podido dar tal absolvição […]. Como poderá na verdade a igreja grega ser
eles. O marquês Bonifácio de Monferrat cavalgou ao longo da marinha em trazida à união eclesiástica e à devoção pela Sé Apostólica, quando tem sido
direção ao Palácio Boca-de-Leão; e, quando aí chegou, o palácio rendeu-se- assediada por tantas aflições e perseguições, de tal maneira que não vê nos
-lhe, salvando-se as vidas dos que estavam no seu interior […]. Do tesouro Latinos senão um exemplo de perdição […] e que agora, […], os detesta mais
que havia no palácio nem convém falar, pois era em tal quantidade que não do que a cães? Porque aqueles que deveriam prosseguir os objetivos de
tinha conta nem medida. E assim como este palácio se rendeu ao marquês Jesus Cristo e não os próprios, aqueles cujas espadas deveriam ser usadas
de Monferrat, rendeu-se o de Blacherne a Henrique, o irmão do conde contra pagãos e estão agora ensopadas em sangue cristão, não pouparam
Balduíno da Flandres […]. Os tesouros nele encontrados foram tais que não idade nem sexo. […] Não satisfeitos em saquear o tesouro imperial e roubar
eram inferiores aos do da Boca-de-Leão. Cada um ocupou com a sua gente o os bens dos príncipes e homens de menor importância, puseram também as
castelo que lhe foi dado e mandou guardar o tesouro. As outras pessoas que suas mãos nos tesouros das igrejas […]. Arrancaram mesmo frontais de prata
se espalharam pela cidade ganharam bastante, e os ganhos foram tão dos altares e fizeram-nos em pedaços entre eles. Violaram os lugares
grandes que ninguém vos saberá dizer o montante, […], em ouro, prata, sagrados e deles tiraram cruzes e relíquias. Também, sob que pretexto
baixelas, pedras preciosas, [,,,], tecidos de seda, […] e arminhos, […] E bem poderemos apelar para os outros povos ocidentais a fim de ajudarem a Terra
testemunha Godofredo de Vile-Hardoin, […], que desde que o mundo existe Santa e assistirem ao Império de Constantinopla? Quando os cruzados,
nunca tanto se ganhou numa cidade. Cada um arranjou alojamento como tendo abandonado a peregrinação proposta, voltam absolvidos para suas
melhor lhe agradou, pois havia-os em quantidade suficiente. Assim foram casas; quando aqueles que saquearam o citado Império se vêm embora e
albergadas as hostes dos peregrinos e dos Venezianos e foi grande a alegria voltam para casa com o seu saque, livres de culpas.
da honra e da vitória que Deus lhes tinha dado, porque aqueles que eram Innocenttii III, «Romani Pontificis, Opera Omnia, epist. 136», in Fernanda
pobres e até aí o tinham sido mergulharam na riqueza e no luxo. Espinosa, Antologia de Textos Históricos Medievais, Livraria Sá da Costa
Geoffroy de Villehardouin, «La conquête de Constantinople» in Fernanda Editora, Lisboa, 1972, pp. 303-304
Espinosa, Antologia de Textos Históricos Medievais, Livraria Sá da Costa
Editora, Lisboa, 1972, pp. 301-302
2.1. Compare as perspetivas presentes nos documentos 4 e 5 acerca da conduta dos cruzados.