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Os Lusíadas

Linguagem, estilo
e estrutura
Os Lusíadas – Linguagem, estilo e estrutura

Na Invocação, o poeta pede às Tágides um estilo “grandíloco, um som alto e


sublimado” para poder convenientemente escrever sobre os grandiosos
feitos do seu povo. Isto é, a sua arte poética deveria possuir a sublimidade
digna de estar à altura da matéria épica que se propõe cantar.
Para tal, concorrem:

As temáticas
•Ações heroicas e dignas de memória;
•Subjetividade das reflexões do poeta sobre temas intemporais e universais
(o amor, o dinheiro, a glória…);

A estrutura
•Equivalente à dos poemas greco-latinos: Proposição, Invocação e Narração
(a Dedicatória era facultativa);
•Alegoria dos deuses e suas intrigas;
Os Lusíadas – Linguagem, estilo e estrutura

O léxico
•Linguagem literária (“som grandíloco”, “tuba canora”);
•Palavras eruditas ou latinismos (“belígero”, “níveo”, …);
•Arcaísmos (“despois”, “asinha”) e neologismos (“Tágides”, “barão”,
“guerra”);
•Variantes da mesma palavra (Júpiter/ Jove, Marte/ Mavorte, Manuel/
Emanuel, Próteo/ Proteu/ Proteio);

A estrutura frásica
•Alteração da ordem dos constituintes frásicos, “imitação” da sintaxe latina
comum no Classicismo e por questões de rima (anástrofe e hipérbato);

O estilo
•Recursos expressivos (anáfora, anástrofe, apóstrofe, comparação,
enumeração, hipérbole, interrogação retórica, metáfora, metonímia,
perífrase, personificação, …);
•Funções da linguagem: poética, apelativa, fática e emotiva.

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