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Provisões, passivos contingentes e

ativos contingentes
CPC 25
Objetivo
• Definir critérios de reconhecimento e base
de mensuração aplicáveis a provisões,
contingências passivas, e contingências
ativas, bem como definir regras para que
sejam divulgadas informações suficientes
na notas explicativas às demonstrações
contábeis, para que os usuários entendam
a sua natureza, época e valor.
Definições
• Provisão: é um passivo de prazo ou valor incertos.
• Passivo: é uma obrigação presente da entidade proveniente
de eventos passados, cuja a liquidação se espera em uma
saída de recurso da entidade que incorporam benefícios
econômicos.
• Obrigação legal: é uma obrigação que deriva de um
contrato,legislação ou outra operação da lei.
• Obrigação implícita: resulta das ações da entidade, em que,
por meio de práticas passadas, publicação de políticas ou um
relatório suficientemente específico, ela indicou a terceiros
que aceita certas responsabilidades, e, como consequência,
criou expectativas válidas de que tais responsabilidades
serão cumpridas.
Definições
• Passivo contingente: é uma obrigação possível que
provenha de eventos passados e cuja existência somente
será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais
eventos futuros incertos não totalmente sobre controle da
entidade, ou é uma obrigação presente que decorre de
eventos passados mas que não é reconhecida.

• Ativo contingente: é um possível ativo proveniente de


eventos passados e cuja a existência somente será
confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais eventos
futuros incertos não totalmente sobre controle da entidade.
Provisões x contingências passivas

• Provisões são reconhecidas como passivos,


pois trata-se de obrigações presentes cujo o
desembolso de recursos necessários para
liquidar a operação.

• Passivos contingentes são obrigações


possíveis, cujo desembolso não possa ser
caracterizado como provável.
Reconhecimento
• Provisões: deve ser reconhecida quando um entidade tenha
uma obrigação presente, seja provável que um desembolso
de recursos ocorra, possa ser feita uma estimativa confiável
da quantia da obrigação.
Condições para reconhecimento
• Obrigação presente;

• Evento passado;

• Saída provável de recursos;

• Estimativa confiável da obrigação;


Mensuração
• O valor reconhecido como uma provisão deve ser a melhor
estimativa do desembolso exigido para quitar a obrigação no
fim do período contábil.

• A entidade deve rever o valor das provisões e ajustá-las, se for


o caso, a cada data das demonstrações contábeis, para refletir
a melhor estimativa naquelas datas.

• Se não for mais provável que uma saída de recursos será


exigida para quitar a obrigação, a provisão deverá ser
revertida.
Mensuração
• Ex. uma entidade vende mercadorias com garantias que cobrem
quaisquer reparos pelo mau funcionamento dos itens que
ocorrerem até seis meses da data da compra. Se pequenos
defeitos forem detectados em todas as mercadorias vendidas, o
custo total da garantia será de R$ 1.000.000,00. Se os defeitos
forem grandes, a entidade terá de arcar com um custo de R$
4.000.000,00 com as garantias. A experiência da empresa e as
expectativas futuras indicam que, para o próximo ano, 20% das
mercadorias apresentam defeitos pequenos e 5% das
mercadorias defeitos grandes.

(75% * 0) + (20% * 1 milhão) + (5% * 4 milhões) = R$ 400.000,00


Mensuração
• Prejuízos operacionais futuros: não devem ser
reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras.

• Contratos onerosos: se a empresa tiver um contrato


que seja oneroso, a obrigação presente deve ser
reconhecida e mensurada como provisão.

• Reestruturação: uma provisão para custos de


reestruturação somente é reconhecida quando os
critérios de reconhecimento gerais de provisões
estabelecidos nessa norma sejam satisfeitos.
Divulgação - Provisões
a) O valor contábil no começo e fim do período;

b) Provisões adicionais feitas no período;

c) Montantes utilizados no período;

d) Montantes não utilizados no período;

e) Despesas financeiras apropriadas;

f) Breve descrição da natureza da obrigação;

g) Se reembolsos são esperados;


Contingências Ativas e Passivas
Contingências ativas e passivas não devem ser reconhecidas e
sim divulgadas.

Divulgação :

a) Breve descrição da natureza;

b) Uma estimativa do efeito financeiro

c) Indicação das incertezas relacionadas ao montante ou tempo de


qualquer desembolso; e

d) Possibilidade de qualquer reembolso.


Regra para reconhecimento de ativo e
passivos contingentes
Ganho Perda
Contingente Contingente

Remota Possível Provável Remota Possível Provável

Registro Não Não Não Não Não Sim


Contábil

Divulgação Não Não Sim Não Sim Sim


Passivo Contingente
Início
Obrigação
presente como Possível
resultado de um obrigação
evento que gera Não ? Não
uma obrigação?

Sim Sim

Saída
provável
Remoto
de
Não Sim
recursos?

Sim Não

Estimativa
confiável? Não
(raro)

Sim

Divulgar passivo
Provisionar Não fazer nada
contingente
Exemplo 1
• Uma entidade está sendo processada em um processo
de natureza tributária, cuja a probabilidade de perda é
provável. Os antigos acionistas da Entidade assumiram
contratualmente o compromisso de pagar esse processo
caso a Entidade perca a causa na justiça. A perda no
processo judicial e o reembolso pelos antigos acionistas
são devidos ao mesmo evento passado.
– A entidade deveria reconhecer uma provisão para o valor total.
– A entidade deveria analisar a efetividade do reembolso pelos
antigos acionistas.
Exemplo 2
• Os fiscais do Município de Porto Alegre examinaram os
registros e documentos da Sociedade, e emitiram auto
de infração sobre a não inclusão de certas receitas na
base de cálculo do ISS. Os administradores da
Sociedade, assessorados por seus advogados,
entendem que a Companhia procedeu corretamente.

– Existe incerteza na data do balanço patrimonial quanto ao


desfecho desta questão judicial.
– A sociedade incorrera ou não em perda, dependendo da
solução final no futuro da questão judicial.
Bibliografia
• Bibliografia Básica Padrão:

• ERNST & YOUNG, Ernst & Young; FIPECAFI, FIPECAFI. Manual de Normas
Internacionais de Contabilidade : IFRS – Versus Normas Brasileiras. 2ª ed. São Paulo:
Atlas, 2010.

• Bibliografia Básica Unidade: 

• ERNST & YOUNG, Ernst & Young; ERNST & YOUNG E FIPECAFI, Ernst & Young e
FIPECAFI. Manual de Normas Internacionais de Contabilidade. 1ª ed. São Paulo:
Atlas, 2011.
• NIYAMA, Jorge K. Contabilidade Internacional. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
• SCHIMDT, Paulo. Contabilidade internacional avançada. 2ª ed. São Paulo: Atlas,
2007.
• LEMES, Sirlei. , Contabilidade Internacional para graduação: texto, estudos de casos e
questões de múltipla escolha. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.

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