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EDO de 2ª ordem

Linear (continuação)
Matemática para Economia III
2013.2
EDO de 2ª ordem linear homogênea
com coeficientes constantes

 Vamos reescrever (3) da seguinte forma:


y’’+p y’+q y=0 (3’)

Derivada de 2ª Derivada de 1ª Derivada de


ordem ordem ordem zero (a
própria função)

Candidato a solução: y(t)=eλt. Vamos testar!


Substituindo em (3’) obtemos
λ2 eλt+p λ eλt+q eλt=0 eλt (λ2+p λ+q)=0
EDO de 2ª ordem linear homogênea
com coeficientes constantes
 Para que y(t)=eλt seja solução devemos
λ2+p λ+q=0 (4)
que é conhecida como equação característica auxiliar
da EDO (3’). Como (4) é uma equação do 2º grau
temos três possibilidades para suas raízes
EDO de 2ª ordem linear homogênea
com coeficientes constantes
 Caso 2: (p2-4q=0) Duas raízes reais
repetidas: λ1 = λ2= -p/2.
Candidatos a solução:
y1 = e –pt/2 e y2 = t e –pt /2
(verifique que são L.I.) logo, se λ1 = λ2 a
solução geral é
y = c1 e –pt /t + c2 t e –pt / 2
Exemplo: Encontre a solução geral da
equação ordinária
y’’ – 2y’ + y = 0.
EDO de 2ª ordem linear homogênea
com coeficientes constantes
 Caso 3: (p2-4q<0) Duas raízes complexas conjugadas
λ1= a+bi e λ2= a-bi
Candidatos a solução:
y1 = e (a+bi)t e y2 = e(a-bi)t
(verifique que são L.I.) logo qualquer combinação linear
de y1 e y2 é. Em particular temos que
1
1 (t )   y1 (t )  y2 (t )  e at cos(bt )
2
1
2 (t )   y1 (t )  y2 (t )  e at sen(bt )
2i
são também soluções, para obtê-las usamos a fórmula de
Euler: eiβ=cos β+isen β
Deste modo podemos construir uma solução da forma:
y(t)=Aϕ1(t)+Bϕ2(t)=eat(A cos(bt)+B sen(bt))
EDO de 2ª ordem linear homogênea
com coeficientes constantes
Exemplo: Encontre a solução geral da equação
ordinária
y’’+ y = 0.
Obs: O estudo das soluções fundamentais de
equações lineares homogêneas pode ser feito
também via a definição de um operador
diferencial L dado por:
L[] = ’’ + p ’ + q 
onde p e q são funções contínuas em (a,b).
Seja V o espaço vetorial das funções que são
duas vezes diferenciáveis. O operador L está
definido em V com imagem em V (L:V→V).
O valor de L[] em t é dado por
L[](t) = ’’(t) + p(t) ’(t) + q(t) (t).
EDO de 2ª ordem linear homogênea
com coeficientes constantes
O operador L é normalmente usado como
L = D2 + pD + q, onde D é o operador
derivada.
Usando y para representar (t), temos
L[y] = y’’ + p(t) y’(t) + q(t) y = 0 e as
condições
y (t0) = y0 e y’ (t0) = y0’.
Exercício: Verifique que o operador L:V→V
é um operador linear.
EDO’s de 2ª ordem lineares não
homogêneas
Dada a equação não homogênea
L[y] = y” + p(t)y’ + q(t)y = g(t) (5)
onde p, q e g são funções contínuas em um intervalo
aberto I. A equação L[y] = y” + p(t)y’ + q(t)y = 0 é
chamada de equação homogênea associada.
Teorema: Se Y1 e Y2 são duas soluções da equação não
homogênea acima (5), então sua diferença Y1 - Y2 é uma
solução da equação homogênea associada. Se além disso,
y1 e y2 formam um conjunto fundamental de soluções para
a equação homogênea, então
Y1(t) - Y2(t) = c1 y1(t) + c2 y2(t),
EDO’s de 2ª ordem lineares não
homogêneas
Teorema: A solução geral da equação não homogênea dada (5)
poder escrita na forma
y(t) = c1 y1(t) + c2 y2(t) + Y(t),
onde y1 e y2 formam um conjunto fundamental de soluções da
equação homogênea associada, c1 e c2 são constantes arbitrárias e
Y é alguma solução específica da equação não homogênea.
Obs: Por este teorema, devemos fazer 3 coisas para resolver a
equação não homogênea dada.
1- Encontrar a solução geral c1 y1(t) + c2 y2(t) da equação homogênea
associada (yh);
2 – Encontrar uma única solução Y(t) da equação não homogênea (yp);
3 – Somar as duas funções encontradas ( y = yh + yp).
Método dos coeficientes a
determinar
Seja
y” + p(t)y’ + q(t)y = g(t)
Vimos que
y(t) = yh + yp é solução.
Vamos ver como achar yp(t) quando g(t) é um(a):

1- Polinômio de grau n na variável t


2- Múltiplo de uma função exponencial
3 - Combinação linear de funções trigonométricas
4 – Produto das formas 1, 2 e 3.
Método dos coeficientes a determinar
g(t) yp(t)
1 - a0tn +a1t(n-1)+ ... + an 1 -(A0tn + A1t(n-1) + ...+ An)

2 - Ae t 2 -Be t
3.1- cos(t) ou sen(t) 3.1 - b1cos(t)+ b2sen(t)
3.2 - cos(1t)+sen(2t) 3.2 – [b1cos(1t)+ b2sen(1t)]+
[c1cos(2t)+ c2sen(2t)]
(a0tn +a1t(n-1)+ ... + an)e t sen(t) ou [(A0tn + A1t(n-1) + ...+ An) etcos(t)
(a0tn +a1t(n-1)+ ... + an)e t cos(t) + (0tn + 1t(n-1) + ...+ n) etsen(t)

Neste método fazemos uma hipótese inicial sobre a forma da solução


particular yp(t), mas com os coeficientes não especificados. Substitui-
se, então, a expressão hipotética na equação diferencial e tentamos
determinar os coeficientes de modo que a equação seja satisfeita.
Método dos coeficientes a determinar
Obs: Se algum termo da expressão de yp for solução da equação
homogênea associada propõe t.yp(t) para solução particular de (5). Caso
t.yp(t) seja solução da equação homogênea associada então propõe-se
t2.yp(t) e assim por diante. Deste modo na prática temos:

g(t) yp(t)

1 - a0tn +a1t(n-1)+ ... + an 1 –t s(A0tn + A1t(n-1) + ...+ An)

2 - Ae t 2 -t sBe t

3.1- cos(t) ou sen(t) 3.1 –t s (b1cos(t)+ b2sen(t))


3.2 - cos(1t)+sen(2t) 3.2 – t s[b1cos(1t)+ b2sen(1t)]+
t s [c1cos(2t)+ c2sen(2t)]
(a0tn +a1t(n-1)+ ... + an)e t sen(t) ou t s [(A0tn + A1t(n-1) + ...+ An) etcos(t)
(a0tn +a1t(n-1)+ ... + an)e t cos(t) +t s (0tn + 1t(n-1) + ...+ n) etsen(t)

De modo que s seja o menor inteiro não negativo (s = 0, 1, 2,...) que garanta que
nenhuma parcela de yp(t) seja solução da equação homogênea correspondente.

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