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Departamento de Matemática
Cálculo 2
Turma J
Porém, infelizmente não existe um método geral para encontrar estas soluções l.i. da
equação diferencial (1) no seu caso geral. Suponha, no entanto, que conhecemos uma das
soluções y1 da equação homogênea. O que podemos fazer para encontrar uma segunda solução
y2 tal que o conjunto {y1 , y2 } seja um conjunto fundamental de soluções?
Para responder a essa pergunta, vamos utilizar o Método de D'Alembert.
Seja y1 (t) uma solução da equação (1) diferente de zero e assim, c1 y1 (t) é também uma
solução para qualquer constante c1 . Procuramos a segunda solução y2 de tal forma a garantir
y2
a independência linear das duas soluções y1 e y2 , isto é, que 6= c, onde c é uma constante.
y1
y2
Daí, existe uma função v(t) tal que = v(t) e a solução y2 será escrita na forma:
y1
1
Precisamos então determinar v(t) de tal forma que y2 = vy1 seja solução da equação (1).
Veremos este procedimento no seguinte exemplo:
t2 y 00 + ty 0 − y = 0, t > 0
1 1
y 00 + y 0 − 2 y = 0
t t
Agora, fazemos y2 = vy1 , que será uma solução da equação diferencial. O próximo passo é
calcular as derivadas de y2 :
y20 = v 0 y1 + vy10
Como y1 = t, temos y10 = 1 e y100 = 0, substituindo esses valores nas equações acima, obtemos
y2 = vt
y20 = v 0 t + v
y200 = v 00 t + v 0 + v 0 =⇒ y200 = v 00 t + 2v 0
1 1
Agora, vamos substituir esses valores na equação y 00 + y 0 − y = 0:
t t2
1 1 v v
v 00 t + 2v 0 + (v 0 t + v) − 2 (vt) = 0 =⇒ v 00 t + 2v 0 + v 0 + − = 0
t t t t
3
v 00 t + 3v 0 = 0 =⇒ v 00 + v 0 = 0
t
Chamando u = v 0 , segue que
3 u0 3
u0 + u = 0 =⇒ =−
t u t
Note que temos uma equação separável. Integrando em ambos os lados obtemos
u0
Z Z
3
= − dt =⇒ ln u = −3 ln t + C1 =⇒ ln u = ln t−3 + C1 =⇒ u = Ct−3 ,
u t
2
1
onde C = eC1 . Assim, v 0 = Ct−3 . Integrando em ambos os lados, obtemos v = −C . Fazendo
2t2
C = 1, segue que
1 1
y2 = vt = − t = −
2t2 2t
e a solução geral da equação inicial será
1
y(t) = c1 t − c2
2t
onde g(t) 6= 0.
Teorema 1 Dada uma solução particular yp (t) da equação linear não-homogênea (2), então a
solução geral dessa equação pode ser escrita como
Isto é, para determinar a solução geral da equação linear não-homogênea, seguimos os 3 passos:
3
Agora, vamos estudar um método para determinar uma solução particular yp da equa-
ção diferencial linear não-homogênea de segunda ordem, que é o Método dos coecientes
Indeterminados.
Esse método nos ajudará a determinar a solução particular yp da equação diferencial linear
não-homogêneas de coecientes constantes
y 00 + py 0 + qy = g(t)
quando g(t) tem uma forma especial, envolvendo somente polinômios, exponenciais, senos e
cossenos.
yp (t) = A0 + A1 t + A2 t2 + · · · + An tn
Cálculo de yc (t)
Cálculo de yp (t)
yp (t) = At2 + Bt + C
Como nenhum termo de yp coincide com termos de yc , não precisamos modicar yp . Para de-
4
terminar as constantes A, B, C, primeiro calculamos as derivadas de yp e depois as substituimos
na equação diferencial:
yp0 = 2At + B
yp00 = 2A
1 5 5
A= , B= , C=
3 9 27
Portanto,
t2 5t 5
yp (t) = + +
3 9 27
Logo, a solução geral é
yp (t) = Aekt
Cálculo de yc (t)
5
a equação característica r2 − 7r + 10 = 0, cujas raízes são r1 = 2 e r2 = 5. Logo, y1 = e2t e
y2 = e5t e
yc (t) = c1 e2t + c2 e5t
Cálculo de yp (t)
yp (t) = Ae2t
Mas esse termo de yp coincide com um termo de yc , então precisamos modicar yp multiplicando
por t e eliminando a coincidência. Logo,
yp (t) = Ate2t
6
Admitiremos como solução particular a função
Cálculo de yc (t)
Cálculo de yp (t)
−4A sen (2t) − 4B cos(2t) − 4(2A cos(2t) − 2B sen (2t)) + 3(A sen (2t) + B cos(2t)) = 3 sen(2t)
7
−A + 8B = 3
=⇒
−B − 8A = 0
3 24
Resolvendo esse sistema, obtemos A = − e B = . Portanto,
65 65
3 24
yp (t) = − sen (2t) + cos(2t)
65 65