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4 Triangulo Pascal
4 Triangulo Pascal
Pascal e
binómio de
Newton
Propriedades das combinações
Propriedade:
Dados dois números naturais e , com , tem-se que:
.
Demonstração
Sejam e dois números naturais, com .
𝑛
𝑛! 𝐶
¿ 𝑝
𝑝 ! ( 𝑛− 𝑝 ) !
𝑛 𝑛!
¿ 𝐶 𝑛 − 𝑝
( 𝑛 − 𝑝 ) ! × ( 𝑛 −(𝑛 − 𝑝) ) !
𝑛!
¿
( 𝑛 − 𝑝 ) ! × ( 𝑛 −𝑛+ 𝑝 ) !
𝑛!
¿
(𝑛 − 𝑝)! × 𝑝 !
𝑛! 𝒏
¿ 𝑪 𝒑 =𝒏 𝑪 𝒏− 𝒑
𝑝 ! ( 𝑛− 𝑝 ) !
Propriedades das combinações
𝒏
𝑪 𝒑 =𝒏 𝑪 𝒏− 𝒑
Propriedades das combinações
Propriedade:
𝑛
Dado , ∑ 𝑛 𝐶 𝑘.=2𝑛
𝑘=0
Demonstração
Dado um conjunto com elementos:
é o número de subconjuntos desse conjunto com zero elementos;
é o número de subconjuntos desse conjunto com um elemento;
é o número de subconjuntos desse conjunto com dois elementos;
…
é o número de subconjuntos desse conjunto com elementos.
A soma representa o número total de subconjuntos desse conjunto, que é,
como já se viu, . Assim,
𝑛
∑ 𝑛𝐶𝑘 ¿ 𝑛 𝐶 0 + 𝑛 𝐶 1+ 𝑛 𝐶 2+ …+ 𝑛 𝐶 𝑛 − 1+ 𝑛 𝐶 𝑛 .
𝑘=0
Propriedades das combinações
Propriedade:
Dados dois números naturais e , com , tem-se que:
.
Demonstração
Sejam e dois números naturais, com .
𝑛 𝑛! 𝑛 +𝑛 !
𝐶
¿
𝑝 ! × (𝑝
+
𝐶
𝑛 − 𝑝 ) ! ( 𝑝+1)! × ( 𝑛 −( 𝑝+1) ) ! 𝑝+ 1
𝑛! +𝑛 !
¿
𝑝 ! × ( 𝑛 − 𝑝 ) ! ( 𝑝+1)! × ( 𝑛− 𝑝 −1 ) !
𝑛! +𝑛 !
¿
𝑝 ! × ( 𝑛 − 𝑝 ) ×(𝑛 − 𝑝 −1)! ( 𝑝+1)× 𝑝 ! × ( 𝑛 − 𝑝 −1 ) !
De forma a reduzir as duas frações ao mesmo denominador, vamos multiplicar
a primeira fração por e a segunda por :
Propriedades das combinações
𝑛 𝑛! 𝑛 +𝑛 !
𝐶
¿
𝑝 ! × ( 𝑛𝑝
+ 𝐶 ( 𝑛 − 𝑝 −11
− 𝑝 ) ×(𝑛 − 𝑝 −1)!( 𝑝+1)× 𝑝 ! ×𝑝+ )!
( 𝑝+1 ) × 𝑛 ! + ( 𝑛 − 𝑝 ) × 𝑛!
¿
( 𝑝+1 ) × 𝑝 ! × ( 𝑛 − 𝑝 ) ×(𝑛 − 𝑝 −1)!( 𝑝+1 ) × 𝑝 ! × ( 𝑛 − 𝑝 ) ×(𝑛 − 𝑝 −1)!
( 𝑝+1+𝑛 − 𝑝 ) × 𝑛 !
¿
( 𝑝+1 ) ! × ( 𝑛− 𝑝 ) !
( 𝑛+1 ) ×𝑛 !
¿
( 𝑝+1 ) ! × ( 𝑛 − 𝑝 ) !
( 𝑛+1 ) !
¿
( 𝑝+1 ) ! × ( 𝑛+1−( 𝑝+1) ) !
𝑛+1 𝒏+𝟏
¿
𝐶 𝑝 +1 𝑪 𝒑 +𝟏=𝒏 𝑪 𝒑+ 𝒏 𝑪 𝒑+𝟏
Triângulo de Pascal
Dispondo, em forma de triângulo, para os vários valores de , os números,,, ,
e, que constituem a -ésima linha, obtemos o chamado triângulo de Pascal:
Linha
0
𝑛=0
𝐶0
1 1
𝑛=1
𝐶0 𝐶1
2 2 2
𝑛=2
𝐶0 𝐶1 𝐶2
3 3 3 3
𝑛=3
𝐶0 𝐶1 𝐶2 𝐶3
4 4 4 4 4
𝑛=4
𝐶0 𝐶1 𝐶2 𝐶3 𝐶4
5 5 5 5 5 5
𝑛=5
𝐶0 𝐶1 𝐶2 𝐶3 𝐶4 𝐶5
…
… … … … … … …
Triângulo de Pascal
O triângulo de Pascal pode ser continuado indefinidamente com recurso à
propriedade.
Notas:
Cada linha do triângulo de Pascal começa e acaba em ( ).
Em cada linha, elementos igualmente afastados dos extremos são iguais
( ).
Cada elemento, que não esteja num dos extremos de uma linha, é igual à
soma dos dois elementos que estão por cima dele, na linha anterior, um à
esquerda, e o outro, à direita ( ).
O segundo e o penúltimo elementos da linha de ordem são ambos iguais
a ( ).
A soma de todos os elementos da linha de ordem é .
A linha de ordem tem elementos.
Se é par, a linha de ordem tem um número ímpar de elementos, sendo o
maior deles o elemento central, que é .
Se é ímpar, a linha de ordem tem um número par de elementos, sendo
os dois elementos centrais, e,os maiores.
Exercício 1
Considere tal que a soma dos dois primeiros elementos da linha de ordem do
triângulo de Pascal é .
a) Qual é o quarto elemento da linha seguinte?
b) Quantos elementos da linha de ordem são inferiores a ?
Sugestão de resolução:
O primeiro elemento de uma linha é sempre e o segundo é , logo .
.
a) Se , o quarto elemento da linha seguinte é
b) Como estamos a tratar da linha de ordem , os seus elementos são da
forma.
20
𝐶 0 = 20 𝐶 20 =1 20 𝐶 2= 20 𝐶 18 =190
20
𝐶 1= 20 𝐶 19 =20 20 𝐶 3= 20 𝐶 17 =1140
Apenas os três primeiros e os três últimos elementos são menores do
que . Logo, são seis os elementos dessa linha inferiores a .
Exercício 1
A soma dos dois primeiros elementos de uma linha do triângulo de Pascal é .
Sugestão de resolução:
c) Se , então os elementos da linha anterior são da forma.
.
Desta forma, o décimo elemento é
Exercício 2
A soma de todos os elementos de uma certa linha do triângulo de Pascal é .
Qual é o quarto elemento da linha anterior?
Sugestão de resolução:
Uma vez que a soma de todos os elementos da linha é igual a , pretende-se
descobrir o valor de tal que .
, dado que .
Como estamos a tratar da linha de ordem , os seus elementos são da forma.
Assim, o quarto elemento da linha anterior é .
Exercício 3
A soma dos três últimos números de uma linha do triângulo de Pascal é .
Determina o terceiro elemento da linha seguinte.
Sugestão de resolução:
A soma dos três últimos números de uma linha do triângulo de Pascal é igual
à soma dos três primeiros.
Como o primeiro é , a soma do segundo com o terceiro é , ou seja,
.
Uma vez que e é o terceiro elemento da linha seguinte, tem-se que o número
pretendido é .
𝟐𝟗𝟎
1
𝑛 𝑛
𝐶1 𝐶2
1
𝑛+1 𝑛+1
𝐶1 𝐶2
Exercício 4
Sugestão de resolução:
a) Uma vez que não é permitido andar da direita para a esquerda nem de
cima para baixo, o trajeto de para só poderá ser feito andando para a
direita e para cima.
O trajeto de para é constituído por dez troços, dos quais seis são para a
direita e quatro são para cima.
O n.º de maneiras distintas de colocar seis deslocações para a direita e
quatro para cima em dez posições, é dado por .
Exercício 4
Sugestão de resolução:
b) O trajeto de para é constituído por quatro troços, dos quais dois são
4 2
para a direita e dois são para cima. 𝐶 2 × 𝐶2 ¿ 6
Por sua vez, o trajeto de para é constituído por seis troços, dos quais
6 2
quatro são para a direita e dois são para cima. 𝐶 4 × 𝐶 2 ¿ 15
Assim, o número de caminhos diferentes para efetuar o trajeto de para ,
passando por , é igual a .
Binómio de Newton
Vejamos como obter o desenvolvimento de , sem efetuar o produto dos
polinómios. Pelo algoritmo da multiplicação de polinómios, tem-se que:
0
( 𝑎 ¿ 1 +𝑏 )
1
( 𝑎 ¿ 𝑎+𝑏 +𝑏 )
2
( 𝑎
¿ 𝑎2 +2 𝑎𝑏+𝑏 2 +𝑏 )
3
( 𝑎
¿
2
+𝑏
( 𝑎+𝑏 ) ( 𝑎 +𝑏 ) )
( 𝑎2 +2 𝑎𝑏+𝑏 2 ) ( 𝑎+𝑏 )
¿
¿ 𝑎3 +𝑎 2 𝑏+ 2 𝑎2 𝑏 +2 𝑎 𝑏2 +𝑎 𝑏 2+𝑏 3
¿ 𝑎3 +3 𝑎 2 𝑏+3 𝑎 𝑏2+ 𝑏3
4
( ¿ 𝑎 +
3
( 𝑎+𝑏 ) ( 𝑎+𝑏 ) 𝑏 )
¿ ( 𝑎3 +3 𝑎 2 𝑏+3 𝑎 𝑏2+ 𝑏3 ) ( 𝑎 +𝑏 )
¿ 𝑎 4 +𝑎3 𝑏+3 𝑎 3 𝑏+ 3 𝑎2 𝑏2+3 𝑎2 𝑏 2+3 𝑎 𝑏3 +𝑎 𝑏3 +𝑏 4
¿ 𝑎 4 +4 𝑎3 𝑏+6 𝑎 2 𝑏2 + 4 𝑎 𝑏3 +𝑏 4
Binómio de Newton
Os coeficientes do desenvolvimento de , colocando as potências de por
ordem decrescente dos seus expoentes, são iguais aos elementos da linha
de ordem do triângulo de Pascal:
0
(¿ 1 𝑎
0 0
𝑎 𝑏 +𝑏 ) 1
1
(¿ 1 𝑎𝑎
𝑏 +1 𝑎 𝑏 + 𝑏 )
1 0 0 1
1 1
2
(¿ 1 𝑎𝑎2 0
𝑏 +2 𝑎1 𝑏1 +1 + 𝑎0 𝑏2 𝑏 1) 2 1
3
(¿ 1 𝑎𝑎3 0
𝑏 +3 𝑎2 𝑏1 +3 + 𝑎1 𝑏2 +1 𝑎0 𝑏3𝑏 1 ) 3 3 1
4 6
(¿ 1 𝑎𝑎4 0
6 𝑎2 𝑏2 +4 𝑎1 𝑏𝑏
𝑏 + 4 𝑎 3 𝑏 1++ 3
+1𝑎 0 𝑏4 1 )
4
4
1
Observa-se ainda que os expoentes de variam de a zero e os expoentes de
variam de zero a , sendo, em cada termo, a soma dos expoentes de com
igual a .
Binómio de Newton
Propriedade:
𝑛
( 𝑎 +𝑏 )
¿ 𝑛 𝐶0 𝑎 𝑛 𝑏 0 + 𝑛 𝐶1 𝑎𝑛 − 1 𝑏 1+ 𝑛 𝐶 2 𝑎 𝑛 −2 𝑏2 +…+ 𝑛 𝐶 𝑛 𝑎0 𝑏𝑛
𝑛
𝑛 𝑛 −𝑘 𝑘
¿ ∑ 𝐶𝑘 𝑎 𝑏
, com .
𝑘 =0
Esta fórmula permite desenvolver qualquer potência natural de um
binómio. Assim, os números são os coeficientes binomiais.
Notas:
O desenvolvimento de tem termos.
Pode-se obter o desenvolvimento de escrevendo esta expressão sob a
forma .
Todos os termos do desenvolvimento de podem ser obtidos da expressão,
que se designa por termo geral do desenvolvimento do binómio de
Newton.
Exercício 5
Considera .
a) Desenvolve .
Sugestão de resolução:
a)
4 4 3 1 4 2 2 4 1 3 4
¿ ( 2 𝑥 ) + 𝐶 × ( 2 𝑥) ×( − 1 ) + 𝐶 × ( 2 𝑥 ) × ( −1) + 𝐶 ×( 2 𝑥 ) × (− 1) + (− 1) =¿
❑ 1 ❑ 2 ❑ 3
¿ 16 𝑥 4 +4 × 8 𝑥 3 × ( −1 ) +6 × 4 𝑥 2 × 1+4 ×2 𝑥 × ( −1 ) +1=¿
𝟒 𝟑 𝟐
¿ 𝟏𝟔 𝒙 − 𝟑𝟐 𝒙 +𝟐𝟒 𝒙 − 𝟖 𝒙 +𝟏
b) ¿1+4+6+4+1
¿ 𝟏𝟔
Observa que
¿ 24 .
Exercício 6
(
Considera o desenvolvimento de 𝑥 +
𝑥 )
,.
Sugestão de resolução:
De acordo com o desenvolvimento ordenado segundo as potências
decrescentes de , a expressão
𝑝 é constituída por termos do tipo:
2 12− 𝑝 1
12
❑ 𝑝 𝐶 ×( 𝑥 ) () 12
× ¿ ❑𝐶 𝑝 × 𝑥
𝑥 12
×𝑥 24 −2 𝑝
24 −3 𝑝
−𝑝
¿ ❑𝐶 𝑝 × 𝑥
a) O termo que não depende de é aquele em que:
−3 𝑝=0 ⇔
24 3 𝑝=24 .
Assim, o termo que não depende de (termo independente) é:
12 0 12
𝐶 × 𝑥 ¿ 𝐶 ¿ 𝟒𝟗𝟓
❑ 8 ❑ 8
Exercício 7
12
2 1
(
Considera o desenvolvimento de 𝑥 +
𝑥
b) Determina o termo cuja parte literal é .
)
,.
Sugestão de resolução:
b) O termo que tem parte literal é aquele em que:
−3 𝑝=9 ⇔
24 3 𝑝=24 − 9 .