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AULA 25 CB0535 WEBCONFERÊNCIA 25/05/2022

Nº DE
UNIDADES E ASSUNTOS DAS AULAS H/A

3.Integrais Impróprias; Coordenadas polares.


Polinômio de Taylor: definição, propriedades, 18
Resto de Lagrange e estimativas de erros.
4.Séries infinitas(1): definição de sequências numéricas;
definição de convergência: propriedades e teoremas
de convergência; séries numéricas: definição e
18
convergência; estudo da série geométrica; série de
termos positivos: critérios de comparação, integral,
razão e raiz; séries alternadas: critérios de Leibniz.
2ªAP _ 10/06
O caso geral é dado pelo Teorema.
Teorema: Seja 𝒇, contínua com suas n primeiras derivadas
contínuas em [𝒂, 𝒃] e tal que existe 𝒇(𝒏+𝟏) (𝒙) em 𝒙𝝐(𝒂, 𝒃).
Então existe 𝒄𝝐(𝒂, 𝒃) tal que,
𝒇′ (𝒂) 𝒇′′ (𝒂)
𝒇(𝒃) = 𝒇(𝒂) + (𝒃 − 𝒂) + (𝒃 − 𝒂)𝟐 + ⋯
𝟏! 𝟐!
𝒇(𝒏) (𝒂) 𝒏
𝒇(𝒏+𝟏) (𝒄)
+ (𝒃 − 𝒂) + (𝒃 − 𝒂)𝒏+𝟏
𝒏! (𝒏 + 𝟏)!
De modo geral,
𝒇′ (𝒂) 𝒇′′ (𝒂)
𝒇(𝒙) = 𝒇(𝒂) + (𝒙 − 𝒂) + (𝒙 − 𝒂)𝟐 + ⋯
𝟏! 𝟐!
𝒇(𝒏) (𝒂) 𝒏
𝒇(𝒏+𝟏) (𝒄)
+ (𝒙 − 𝒂) + (𝒙 − 𝒂)𝒏+𝟏
𝒏! (𝒏 + 𝟏)!
É chamado a Fórmula de Taylor e podemos escrevê-la:
𝒇(𝒙) = 𝑷𝒏 (𝒙) + 𝑹𝒏 (𝒙)
𝒇(𝒏+𝟏) (𝒄)
Onde 𝑹𝒏 (𝒙) = (𝒏+𝟏)!
(𝒙 − 𝒂)𝒏+𝟏 é chamado

Resto de Lagrange.
No caso especial de 𝒂 = 𝟎, temos
𝒇′ (𝟎) 𝒇′′ (𝟎) 𝟐 𝒇(𝒏) (𝟎) 𝒏 𝒇(𝒏+𝟏) (𝒄) 𝒏+𝟏
𝒇 ( 𝒙 ) = 𝒇( 𝟎 ) + 𝒙+ 𝒙 +⋯+ 𝒙 + (𝒏+𝟏)!
𝒙
𝟏! 𝟐! 𝒏!

É chamado Fórmula de Maclaurin e


𝒇′ (𝟎) 𝒇′′ (𝟎) 𝟐 𝒇(𝒏) (𝟎) 𝒏
𝑷𝒏 (𝒙) = 𝒇(𝟎) + 𝒙+ 𝒙 + ⋯+ 𝒙
𝟏! 𝟐! 𝒏!
O n-ésimo Polinômio de Maclaurin.
Exemplo 2: Determine o n-ésimo polinômio de Maclaurin
de 𝒇(𝒙) = 𝒆𝒙 .
Solução: Como as derivadas em 𝒙 = 𝟎, são todas iguais
a 1,
𝒙𝟐 𝒙𝟑 𝒙𝒏
𝑷 𝒏 ( 𝒙) = 𝟏 + 𝒙 + + + ⋯ +
𝟐! 𝟑! 𝒏!
𝑷𝟎 (𝒙) = 𝟏
𝑷𝟏 (𝒙) = 𝟏 + 𝒙
𝒙𝟐
𝑷𝟐 (𝒙) = 𝟏 + 𝒙 +
𝟐!
𝒙𝟐 𝒙𝟑
𝑷𝟑 (𝒙) = 𝟏 + 𝒙 + +
𝟐! 𝟑!

Exemplo 3: Determine o polinômio de Taylor do 3º grau


𝝅
De 𝒇(𝒙) = 𝒄𝒐𝒔𝒙, 𝒆𝒎 e o resto de Lagrange.
𝟒
𝝅 √𝟐 𝝅 √𝟐
Solução: temos 𝒇 ( 𝟒 ) = ; 𝒇′ (𝒙) = −𝒔𝒆𝒏𝒙 e 𝒇′ ( 𝟒 ) = − ;
𝟐 𝟐
𝝅 √𝟐 𝝅 √𝟐
𝒇′′ (𝒙) = −𝒄𝒐𝒔𝒙 ; 𝒇′′ ( 𝟒 ) = − ; 𝒇(𝟑) (𝒙) = 𝒔𝒆𝒏𝒙 𝒆 𝒇(𝟑) (𝟒 ) =
𝟐 𝟐

Então:
𝝅 𝝅
𝝅 ′ 𝝅 𝝅 𝒇′′ ( ) 𝝅 𝟐 𝒇(𝟑) ( ) 𝝅 𝟑
𝟒 𝟒
𝑷𝟑 (𝒙) = 𝒇 ( ) + 𝒇 ( ) (𝒙 − ) + (𝒙 − ) + (𝒙 − )
𝟒 𝟒 𝟒 𝟐! 𝟒 𝟑! 𝟒

√𝟐 √𝟐 𝝅 √𝟐 𝝅 𝟐 √𝟐 𝝅 𝟑
𝑷𝟑 (𝒙) = − (𝒙 − ) − (𝒙 − ) + (𝒙 − )
𝟐 𝟐 𝟒 𝟒 𝟒 𝟏𝟐 𝟒

𝟏 𝝅 𝟒 𝝅
𝑹𝟑 (𝒙) = (𝒄𝒐𝒔𝒄) (𝒙 − ) , 𝒄𝝐 ( , 𝒙)
𝟐𝟒 𝟒 𝟒
𝟏 𝝅 𝟒
|𝑹𝟑 (𝒙)| ≤ (𝒙 − )
𝟐𝟒 𝟒
Exemplo 4:
Calcular um valor aproximado para
cosseno de 47 graus.
𝟒𝟕 𝝅 𝝅
Solução: fazemos 𝒙 = 𝝅 ⇒𝒙− = .
𝟏𝟖𝟎 𝟒 𝟗𝟎

Assim,
𝝅
𝝅 𝝅 𝝅 𝒄𝒐𝒔 ( ) 𝝅 𝟐
𝟒
𝒄𝒐𝒔𝟒𝟕 = 𝒄𝒐𝒔 ( ) − 𝒔𝒆𝒏 ( ) − ( )
𝟒 𝟒 𝟗𝟎 𝟐 𝟗𝟎
𝝅
𝒔𝒆𝒏 ( ) 𝝅 𝟑 𝟒𝟕
𝟒
+ ( ) + 𝑹𝟑 ( 𝝅)=
𝟔 𝟗𝟎 𝟏𝟖𝟎
√𝟐 𝝅 𝟏 𝝅 𝟐 𝟏 𝝅 𝟑 𝟒𝟕
= [𝟏 − − ( ) + ( ) ] + 𝑹𝟑 ( 𝝅)
𝟐 𝟗𝟎 𝟐 𝟗𝟎 𝟔 𝟗𝟎 𝟏𝟖𝟎
𝟒𝟕 𝟏 𝝅 𝟒
|𝑹𝟑 ( 𝝅 )| ≤ ( )
𝟏𝟖𝟎 𝟐𝟒 𝟗𝟎
SEQUÊNCIAS
Informalmente, uma Sequência é uma lista de
números escritos numa determinada ordem.
Exemplo 1:
𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 , 𝒂𝟑 , … , 𝒂 𝒏 , … (𝒔ã𝒐 𝒐𝒔 𝒏 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐𝒔 𝒕𝒆𝒓𝒎𝒐𝒔)
No caso uma lista “infinita”.
Not: {𝒂𝒏 }.
Definição: Uma sequência é uma função 𝒇: 𝑵 → 𝑹,
Tal que 𝒇(𝟏) = 𝒂𝟏 ; 𝒇(𝟐) = 𝒂𝟐 ;...; 𝒇(𝒏) = 𝒂𝒏 ; ...
Podemos representar uma sequência de três modos:
1. {𝒂𝒏 }
2. Expressando a fórmula do n-ésimo termo.
3. Escrevendo os termos da sequência.

Exemplo 2:
𝒏
A sequência { } também pode ser representada
𝒏+𝟏
𝒏 𝟏 𝟐 𝟑 𝒏
Por 𝒂𝒏 = ou { , , , … , ,…}
𝒏+𝟏 𝟐 𝟑 𝟒 𝒏+𝟏

Exemplo 3:
(−𝟏)𝒏
A sequência { } também pode ser representada
𝒏
(−𝟏)𝒏 𝟏 𝟏 𝟏 (−𝟏)𝒏
Por 𝒂𝒏 = ou {−𝟏, , − , , … , ,…}
𝒏 𝟐 𝟑 𝟒 𝒏
Exemplo 4: Encontrar o termo geral da sequência
𝟑 𝟒 𝟓 𝟔
{−𝟐, , − , , − , … }.
𝟐 𝟑 𝟒 𝟓

Solução: observamos que,


i) O denominador do 1ºtermo é 1; o segundo é 2 e cada
um dos outros é o anterior mais 1.
ii) Os sinais dos termos são alternados, começando
pelo 1º que é -1. Assim cada termo deve ter (−𝟏)𝒏 .
iii) Sem o sinal, cada numerador é o sucessor do
denominador.
𝒏+𝟏
Conclusão: 𝒂𝒏 = (−𝟏)𝒏 [ ]
𝒏
𝒏
OBSERVAÇÃO: No exemplo 2 a sequência 𝒂𝒏 =
𝒏+𝟏
Se 𝒇 é função de variável
𝒙
real, 𝒇(𝒙) =
𝒙+𝟏
𝒙
𝐥𝐢𝐦 = 𝟏 , podemos
𝒙→+∞ 𝒙+𝟏
provar se trocar 𝒙 𝒑𝒐𝒓 𝒏, vale
o mesmo resultado,
𝒏
𝐥𝐢𝐦 =𝟏
𝒏→+∞ 𝒏 + 𝟏

Teorema1: Se existe 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝑳 𝒆 𝒇(𝒏) = 𝒂𝒏 , 𝒏𝝐𝑵,


𝒙→+∞
Então existe 𝐥𝐢𝐦 𝒂𝒏 = 𝑳.
𝒏→∞
Definição: Dizemos que {𝒂𝒏 } possui limite 𝑳 se
Dado 𝝐 > 𝟎, 𝒆𝒙𝒊𝒔𝒕𝒆 𝒖𝒎 𝒊𝒏𝒕𝒆𝒊𝒓𝒐 𝑵 𝒕𝒂𝒍 𝒒𝒖𝒆
para 𝒏 > 𝑵, 𝒆𝒏𝒕ã𝒐 |𝒂𝒏 − 𝑳| < 𝝐.
Nesse caso dizemos que {𝒂𝒏 } 𝒄𝒐𝒏𝒗𝒆𝒓𝒈𝒆 e seu
Limite é 𝑳. Caso contrário dizemos que a
sequência Diverge e denotamos, 𝐥𝐢𝐦 𝒂𝒏 = +∞.
𝒏→∞

Propriedades: Se 𝐥𝐢𝐦 𝒂𝒏 = 𝑳 𝒆 𝐥𝐢𝐦 𝒃𝒏 = 𝑴,


𝒏→∞ 𝒏→∞

i) 𝐥𝐢𝐦 (𝒂𝒏 + 𝒃𝒏 ) = 𝑳 + 𝑴
𝒏→∞
ii) 𝐥𝐢𝐦 𝒄. 𝒂𝒏 = 𝒄. 𝑳
𝒏→∞
iii) 𝐥𝐢𝐦 𝒂𝒏 . 𝒃𝒏 = 𝑳. 𝑴
𝒏→∞
𝒂𝒏 𝑳
iv) 𝑺𝒆 𝑴 ≠ 𝟎, 𝐥𝐢𝐦 =
𝒏→∞ 𝒃𝒏 𝑴
𝒑
v) 𝑺𝒆 𝒑 > 𝟎 𝒆 𝒂𝒏 > 𝟎, 𝐥𝐢𝐦 𝒂𝒏 = 𝑳𝒑
𝒏→∞

Teorema 2: Se 𝐥𝐢𝐦 𝒂𝒏 = 𝐥𝐢𝐦 𝒄𝒏 = 𝑳 𝒆 𝒂𝒏 ≤ 𝒃𝒏 ≤ 𝒄𝒏


𝒏→∞ 𝒏→∞
para 𝒏 ≥ 𝒏𝟎 , então existe 𝐥𝐢𝐦 𝒃𝒏 = 𝑳.
𝒏→∞
𝒏!
Exemplo 5: a sequência 𝒂𝒏 = , converge ou diverge?
𝒏𝒏
Solução:
𝒏! 𝟏 𝟐. 𝟑. 𝟒 … . . 𝒏 𝟏
𝒂𝒏 = 𝒏 = . ( )<
𝒏 𝒏 𝒏. 𝒏. 𝒏 … . . 𝒏 𝒏
𝟏
𝒂 𝒔𝒆𝒒𝒖ê𝒏𝒄𝒊𝒂 , 𝒄𝒐𝒏𝒗𝒆𝒓𝒈𝒆 𝒆 𝒔𝒆𝒖 𝒍𝒊𝒎𝒊𝒕𝒆 é 𝒛𝒆𝒓𝒐.
𝒏
𝟏
𝟎 < 𝒂𝒏 <
𝒏
Então pelo Teorema 2, existe 𝐥𝐢𝐦 𝒂𝒏 = 𝟎.
𝒏→∞
Portanto a sequência converge.

Teorema 3: Se existe 𝐥𝐢𝐦 𝒂𝒏 = 𝑳 𝒆 𝒇 é 𝒄𝒐𝒏𝒕í𝒏𝒖𝒂 𝒆𝒎 𝑳,


𝒏→∞
Então existe 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒂𝒏 ) = 𝒇(𝑳).
𝒏→∞

𝝅
Exemplo 6: A sequência 𝒃𝒏 = 𝒔𝒆𝒏 ( ) , 𝒄𝒐𝒏𝒗𝒆𝒓𝒈𝒆?
𝒏

Solução:
𝝅
Temos: 𝐥𝐢𝐦 = 𝟎 𝒆 𝒇(𝒙) = 𝒔𝒆𝒏𝒙, é 𝒄𝒐𝒏𝒕í𝒏𝒖𝒂 𝒆𝒎 𝒙 = 𝟎
𝒏→∞ 𝒏
Logo, pelo Teorema 3,
𝝅 𝝅
𝐥𝐢𝐦 𝒔𝒆𝒏 ( ) = 𝒔𝒆𝒏 (𝐥𝐢𝐦 ) = 𝒔𝒆𝒏𝟎 = 𝟎
𝒏→∞ 𝒏 𝒏𝒏→∞
𝝅
Portanto 𝒃𝒏 = 𝒔𝒆𝒏 ( ) , 𝒄𝒐𝒏𝒗𝒆𝒓𝒈𝒆.
𝒏

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