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Prezados Colegas,

É com grande alegria que recebemos vocês!


Pernambuco, após muitos anos volta a sediar um Con-
gresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia
Hospitalar.
Temos a tradição, a história e o pioneirismo de ser um
dos primeiros estados do Brasil a implantar Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar.

Foram muitos meses de trabalho, dificuldades, mas


principalmente de perseverança e expectativa de sempre
fazer o melhor.

Preparamos uma programação que vai contemplar uma


grande diversidade de temas para debate, com pontos
desafiadores e polêmicos que estão presentes no cotidi-
ano dos nossos serviços.

Nossa meta é contribuir para melhorar a Qualidade e


Segurança da assistência ao paciente e ao trabalho do
profissional de saúde.

Recife e Olinda recebem a todos com o carinho e a hospi-


talidade característica do povo pernambucano.
Sejam bem vindos!

Desejamos a todos um excelente Congresso!

Iêda Ludmer
Presidente do Congresso

Claudia Vidal
Presidente da Comissão Científica

Vladimir Guimarães
Presidente da ACIHPE

Marcelo Antunes
Coordenador de Temas Livres

Ana Paula Henriques


Coordenadora dos Cursos Pré-Congresso
Comissão Organizadora

COMISSÃO EXECUTIVA
Presidente do Congresso: Iêda Ludmer
Presidente da ACIHPE: Vladimir Guimarães
Presidente de Honra: Edmundo Ferraz
Presidente da ABIH: Antonio Tadeu Fernandes

Presidente da Comissão Cientifica:


Cláudia Vidal

Ana Paula da Costa Henriques - PE


Marcelo Antunes - PE
Marise Reis - RN
Martha Romeiro - PE
Comissão Científica
Suzana Ferraz - PE
Ana Paula da Costa Henriques - PE
Vânia Tereza do Nascimento Diniz - PE
Antônio Tadeu Fernandes - SP
Áurea Paste - BA
Carlos Starling - MG
Cláudia Vidal - PE
Denise Marangoni - RJ
Edmundo Ferraz - PE
Evalda Lopes - PE
George Trigueiro - PE
Heloisa Lacerda - PE
Iêda Ludmer - PE
Iza Lobo - SE
Julival Ribeiro - DF
Kazuco Graziano - SP
Lourival Marsola - PA
Mara Banck - RJ
Marcelo Antunes - PE
Márcia Mello - PE
Marcio Nucci - RJ
Maria de Lourdes Ravanello - RS
Maria Edutania Castro - PR
Marilane Barros - PE
Marise Reis de Freitas - RN
Martha Romeiro - PE
Silma Pinheiro - MG
Silvia Costa - SP
Sylvia Lemos - PE
Simone Nouer - RJ
Suzana Ferraz - PE
Vladimir Guimarães - PE

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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Convidados Internacionais Dirceu Carrara (SP)
Edmundo Ferraz (PE)
Andres Scherson (EUA) Eduardo Medeiros (SP)
Bárbara Soule (EUA) Edwal Rodrigues (SP)
Carlos Manuel Barroso Mateus (Portugal) Eliane Molina Psaltikidis (SP)
Daniel Anaya (EUA) Elizabeth de Andrade Marques (RJ)
Daniel Curcio (Argentina) Elizabeth Senna (PE)
Denise Cardo (EUA) Emanuel Dias (PE)
Kenneth Leeper (EUA) Euclides Martins (PE)
Marco Crestto (Chile) Evalda Lopes (PE)
Pilar Ramon Pardo (EUA-OPAS) Fabiana Cristine de Sousa (DF)
Valeska de Andrade Stempliuk (EUA-OPAS) Fernanda Fuscaldi Almeida (MG)
Fernando Cardoso (RJ)
Fernando Gusmão (PE)
Fernando Lundgren (PE)
Flávia Ribeiro Machado (SP)
Convidados Nacionais Flávia Rossi (SP)
Flávio Telles (PR)
Adão Machado (RS) Gabriella Mattos (PE)
Adeildo Simões (PE) George Trigueiro (PE)
Aderson Araújo (PE) Gildásio Daltro Cerqueira (BA)
Adriana Antunes (PE) Gildete Komata (PE)
Alberto Barros (PE) Goreti Burgos (PE)
Alberto Chebabo (RJ) Guilherme Côrtes Fernandes (MG)
Alcyone Artioli Machado (SP) Guilherme Costa (PE)
Alyne Souza e Silva (PE) Gustavo Trindade Henriques Filho (PE)
Ana Claudia Sant'Anna Miranda (RJ) Heder Murari Borba (DF)
Ana Cristina Gales (SP) Heiko Thereza Santana (DF)
Ana Lúcia Munhoz (SP) Helena Germoglio (PB)
Ana Mônica Ribeiro (PE) Helena Sueli D’Albuquerque (PE)
Ana Paula Henriques (PE) Helg Farias (PE)
Andréa Paula Albuquerque (PE) Heloísa Hoefel (RS)
Andressa Amorim (DF) Icaro Boszczowski (SP)
Ângela Pomilio (PE) Iêda Ludmer (PE)
Anna Sara Levin (SP) Iolanda Beserra da Costa Santos (PB)
Antônio Bandeira (BA) Ismael Costa Júnior (SP)
Antonio Tadeu Fernandes (SP) Íris Maciel Costa (PE)
Arnaldo Colombo (SP) Irna Carneiro (PA)
Áurea Paste (BA) Ivoneide Barroso (AL)
Aurora Karla L. Vidal (PE) Iza Lobo (SE)
Carlos Starling (MG) Jaime Brito (PE)
Claudia Vidal (PE) Jarbas Barbosa (DF)
Cristiane Rapparini (RJ) Joice Aragão (DF)
Cristiano Hechsher (PE) Jorge Sampaio (SP)
Daniele Brandão (PE) José Antônio Guimarães Ferreira (MG)
Danilo Nunes (PE) José Thadeu Pinheiro (PE)
Demócrito Miranda (PE) Josineide Barros (PE)
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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Julia Yaeko Kawagoe (SP) Odin Barbosa (PE)
Julival Ribeiro (DF) Otelo Rigato (SP)
Kátia Pires (PE) Paulo Affonso Pimentel Júnior (RJ)
Kazuko Graziano (SP) Paulo Sérgio Ramos de Araújo (PE)
Lauro Santos Filho (PB) Raquel Guimarães (AL)
Leila Katz (PE) Reginaldo Inojosa Carneiro Campelo (PE)
Ligia Garrido Calicchio (SP) Reinaldo Salomão (SP)
Lívia Albuquerque (PE) Renato Grinbaum (SP)
Loriane Konkewicz (RS) Roberto Campelo (PE)
Lourival Marsola (PA) Roberto Casado (PE)
Luci Correa (SP) Rogério da Silva Lima (OPAS)
Luciene de Oliviera Conterno (SP) Rosa Aires Borba Mesiano (DF)
Luís Carlos Fonseca e Silva (DF) Rosana Rangel (RJ)
Mara Blanck (RJ) Rosana Rêgo (PE)
Marcelo Antunes (PE) Rosana Richtmann (SP)
Marcelo Boeger (SP) Rosângela Cipriano de Souza (MA)
Márcia Mello (PE) Rosangela Morais (RN)
Márcia Pereira (SP) Roseli Calil (SP)
Márcia Pinto (RJ) Sandra Barroso Pinto Fernandes (RJ)
Marcos Cyrillo (SP) Sérgio Penteado (PR)
Marcos Gallindo (PE) Sheyla Levi (PE)
Maria Beatriz Souza Dias (SP) Silma Pinheiro (MG)
Maria Clara Padoveze (SP) Silvana Torres (SP)
Maria da Conceição Xavier Lira e Silva (PE) Sílvia Costa (SP)
Maria de Fátima Acioly (PE) Simone Nouer (RJ)
Maria de Fátima Silva de Lima (PE) Sueli Dalari (SP)
Maria de Lourdes Ravanello (RS) Suzana Ferraz (PE)
Maria Edutânia Castro (PR) Sylvia Lemos (PE)
Maria Goretti Maciel (SP) Taciana Braga (PE)
Maria Helena Peraccini (SP) Talma Moura (PE)
Maria Júlia Gonçalves de Mello (PE) Tania Coelho (PE)
Marilane Silveira Barros (PE) Tarcisio Reis (PE)
Marisa Santos (RJ) Tatiana Campos (PE)
Marise Reis (RN) Teresa Sukiennik (RS)
Mariza da Fonte (PE) Tereza Tenório (AL)
Marta Fragoso (PR) Terezinha Neide de Oliveira (CE)
Marta Leandro (PE) Thaís Guimarães (SP)
Martha Romeiro (PE) Tomáz Albuquerque (PE)
Mauro Salles (SP) Valéria Saraceni (RJ)
Michelle Godoy (PE) Vânia Diniz (PE)
Millena Pinheiro (PE) Vania Goveia (MG)
Miranete Arruda (PE) Vera Borrasca (SP)
Moacir Jucá (PE) Vera Magalhães (PE)
Nadia Mora Kuplich (RS) Vicente Vaz (PE)
Nadja Ferreira (PE) Vilneide Serva (PE)
Nadja Pitanga (PE) Vladimir Guimarães (PE)
Nancy Yamauchi (SP)
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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
INFORMAÇÕES GERAIS Crachá
O uso de crachá é obrigatório na área interna do
Centro de Convenções de Pernambuco e para
Local do evento utilização do transporte oficial do congresso. A
detecção de seu uso por terceiros implicará no
Centro de Convenções de Pernambuco cancelamento da inscrição. Não será permitida a
Av. Professor Andrade Bezerra, s/n, Salgadinho entrada de acompanhantes nas atividades cientí-
CEP: 53111-970 - Olinda - Pernambuco ficas. Em caso de perda do crachá, o congressista
Telefone: 81 3182.8000 deverá pagar o valor correspondente a R$ 20,00.

O que a inscrição garante


Secretaria Executiva A taxa de inscrição do congressista pré-inscrito
inclui: Material didático e acesso à programação
Assessor - Assessoria e Marketing Ltda científica.
Av. Visconde de Suassuna, 140
Boa Vista - Recife - PE Tradução Simultânea
CEP: 50050-540 Haverá tradução simultânea de Inglês para Portu-
Fone/Fax: (81) 3423.1300 guês nas palestras internacionais. Uso Tradução
Secretaria1@assessor-pe.com.br Simultânea:Ofoneparatraduçãosimultâneaserá
www.assessor-pe.com.br entregue mediante documento de identificação.
Solicitamos que traga mais de um documento de
Horário de Funcionamento da Secretaria: A Sec- identificação(ex.RGecarteirademotorista),uma
retaria estará à disposição dos congressistas nos vez que os aparelhos deverão ser devolvidos ao
dias 1º, 02 e 03 de setembro das 07h30 às 18h00 final da sessão, e mediante a entrega, devolução
e no dia 04 de setembro das 07h30 às 16h00. do documento.

Alteração no Programa
A Comissão Organizadora e Científica do XII CON-
Agência Oficial de Turismo
GRESSO BRASILEIRO DE CONTROLE DE INFECÇÃO
E EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR reservam-se o di-
Luck Viagens e Turismo
reito de realizar quaisquer mudanças necessárias
Rua Jorn. Paulo Bittencourt, 163 - Derby
no programa, para atender a razões técnicas e/ou
Recife - PE CEP: 52010-260
científicas.
Fone: (81) 3366-6222
luckeventos@luckeventos.com.br
www.luckviagens.com.br Disposições Gerais
Os horários destinados a cada sessão são indi-
viduais. A ocasional disponibilidade de tempo
decorrente de uma atividade encerrada antes
Montadora Oficial
do horário previsto não deve implicar na an-
tecipação da programação subsequente. Os
Rua Benjamin Constant, 315
horários programados serão rigorosamente
Sítio Novo - Olinda-PE
cumpridos. A Comissão Científica pode even-
Fone/Fax: (81) 3427.0408
tualmente alterar o programa em caso de aus-
E-mail : linear@linearstands.com.br;
ência de algum dos palestrantes nele indicado.
rogerio@linearstands.com.br
Site : www.linearstands.com.br
Contato: Rogério / Roberto / Mauro
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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Midia Desk Os certificados que não forem retirados na Secre-
Os palestrantes dispõem de completo serviço de taria do congresso não serão enviados posterior-
midia desk, aberto a partir das 14h00 do dia 31 mente por correios.
de agosto de 2010.
O CD-Rom ou pen-drive deverá ser apresentado Sessão de Pôster
no midia-desk pelo menos 6 horas antes do iní- Os trabalhos em forma de pôsteres serão expos-
cio de sua apresentação, para que haja tempo de tos:
fazer modificações e solucionar possíveis prob- Nodia02desetembro-TrabalhosnºP001aP371
lemas. As apresentações serão copiadas para um Nodia03desetembro-TrabalhosnºP372aP738
computador central que enviará para a respectiva Os trabalhos serão expostos a partir das
sala e fará a projeção. Não será aceito CD ou pen- 08h30 do dia da apresentação e retira-
drive entregue diretamente nas salas. dos a partir da 17h30 do mesmo dia. O au-
Devido à exiguidade do tempo das sessões, não tor apresentador deverá permanecer junto
será permitida a utilização de laptop do apresen- ao trabalho, no horário das 15h00 às 15h30,
tador, a fim de se otimizar o tempo de apresen- quando será realizada a entrega do certificado.
tação.
Horário de funcionamento: 07h30 às 17h30 OBS: Os autores são responsáveis pela colocação
e pela retirada dos pôsteres. A Secretaria não se
Dispensa de Ponto responsabiliza pelos trabalhos expostos nem pela
A partir da publicação do Decreto 1648 de guarda dos trabalhos não recolhidos pelos au-
27/09/95, Seção l (Diário Oficial) e de acordo com tores. O material que permanecer exposto e não
aInstruçãoNormativan°9de27/11/95,doMinis- for retirado no horário estipulado será descarta-
tério da Saúde, os funcionários públicos federais, do.
estaduais e municipais deverão solicitar a dispen-
sa de ponto diretamente aos Chefes de Serviços Exposição Paralela e Serviço
ao qual se encontra vinculado. Haverá uma exposição de produtos. Só será per-
mitido o acesso com crachá.
Atestado de Frequência
O certificado de participação é o atestado de Voltagem:
frequência. Os Governos Federal, Estaduais e Em Pernambuco - 220 v.
Municipais não processam mais a publicação em
seus respectivos Diários Oficiais. Importante:
A Comissão Organizadora não se responsabiliza:
Certificados • Por objetos pessoais esquecidos nas dependên-
Serão conferidos certificados de: cias do Centro de Convenções de Pernambuco;
•Participação na programação científica - imedi- • Por problemas de saúde, acidentes pessoais e
atamente após a apresentação. outras eventualidades ocorridas no trajeto ou nas
• No Curso - no término do curso dependências do Centro de Convenções de Per-
•No congresso - a partir das 14h00 do dia 03 de nambuco.
setembro.
•ParaPôster-nomomentodaapresentação.Será Transfer
conferido um certificado para o autor apresenta- Haverá transfer entre os hotéis conveniados e o
dor e apenas UM certificado por trabalho, com tí- Centro de Convenções de Pernambuco para as
tulo e autores como consta no resumo aprovado atividades do Congresso. O roteiro poderá ser
(não haverá alteração, inclusão ou retirada de conferido no stand da Luck Viagens.
nomes). Não será emitida segunda via de certifi-
cados.
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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
EXPOSITORES

Antibióticos do Brasil Ltda


Astellas Farma Brasil Imp. Dist Medicamentos Ltda
Astrazeneca do Brasil Ltda
Baxter Hospitalar Ltda
Bayer S/A
BD Medical
Biodina Rio Representações Ltda
CNPH - Comercial Nacional de Produtos Hospitalares Ltda
Comercial 3 Albe
Covidien - Mallinckrodt do Brasil Ltda
H.Strattner & Cia Ltda
ICNET International
Indalabor - Indaia Laboratórios Farmacêuticos Ltda
Indústria Farmacêutica Rioquímica Ltda
Johnson & Johnson do Brasil Ind. e Com. Produtos
Laboratórios Pfizer Ltda
Maués Lobato Com. e Representações Ltda
Merck, Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda
M. M. Lobato Comércio e Representações Ltda
Mucambo S/A
Novartis Biociências S.A.
Politec Importação e Comércio Ltda
Profilática Produtos Odonto Médico Hospitalares Ltda
Sanofi Aventis
3M do Brasil Ltda
United Medical Ltda

PATROCÍNIOS
BD Medical
Johnson & Johnson do Brasil Ind. e Com. Produtos
Procobre - Instituto Brasileiro do Cobre

APOIOS
ABIH - Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar
COREN-PE - Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco
SOBENFeE - Sociedade Brasileira de Enfermagem em Feridas e Estética
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
APEVISA - Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária
OPAS - Organização Pan-americana da Saúde
CREMEPE - Conselho Regional de Medicina de Pernambuco

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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ÍNDICE
P001 FECÇÃO HOSPITALAR
O ERRO NA ADMINISTRAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS: A PERCEP- AnaCarolinaMartins,CarlaSakumaOliveiraBredt,KatiaKazmirczak
ÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO À NOTIFICAÇÃO DE 1. UOPECCAN, Hospital do Câncer de Cascavel
GERENCIAMENTO E CONTROLE DE RISCO
CarlaLuizadaSilva2,MariaDagmardaRochaGaspar1,SulianeNo-
vais Charneski1, Sinvaldo Baglie1 P008
1. UEPG, Universidade Estadual de Ponta Grossa INFECÇÕESHOSPITALARESOCASIONADASPELOGÊNEROPSEUDO-
2. SCMPG, Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa MONAS NO CONTEXTO DE UM HOSPITAL UNIVERISTÁRIO
Emiliana de Omena Bomfim, Giani Maria Cavalcante
1. CESMAC, CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
P002
MEDIDAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA: ADESÃO REFERIDA E OBSERVADA P009
NADIA FERREIRA GONÇALVES RIBEIRO1, DAYANE DE MELO COS- IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA INFORMATIZADO DE NOTIFICAÇÃO DE
TA1, MARINÉSIA APARECIDA PRADO PALOS1, EDGAR BERQUÓ PE- INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO NUM HOSPITAL DE MÉDIO PORTE
LEJA2, KARINA SUZUKI1, RAFAELA TEIXEIRA MONTEIRO1 DE RIBEIRÃO PRETO – SP (2008-2010)
1. FEN/ UFG, Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal MayraFernandadeOliveira,FernandoCrivelentiVilar,ClaytonBal-
de Goiás dini Teles, Ricardo Roberto de Lima, José Paulo Pintyá
2. HAJ, Associação de Combate ao Câncer/ Hospital Araújo Jorge 1. HERIBEIRÃO, HOSPITAL ESTADUAL DE RIBEIRÃO PRETO

P003 P010
ADESÃO DE TRABALHADORES DE UMA UNIDADE TERAPIA IINTEN- FOMENTANDO A VISÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS A PARTIR
SIVA ÀS PRECAUÇÕES-PADRÃO: IMPLICAÇÕES PARA O CONTROLE DA ESTRUTURA FÍSICA DE UM HOSPITAL ESCOLA.
DAS INFECÇÕES. Karen Krystine Gonçalves de Brito, Maria Bernadete Souza Costa,
NADIA FERREIRA GONÇALVES RIBEIRO1, MARINÉSIA APARECIDA jocicléia Maria Dias de Morais, Vanessa Fausto Guimarães, Paula
PRADO PALOS1, KARINA SUZUKI1, DAYANE DE MELO COSTA1, LA- Raquel Rodrigues Silva, Juliana Veras Britto
RISSA OLIVEIRA ROCHA-VILEFORT1, MAYARA REGINA PEREIRA1, 1. UFPB, Universidade Federal da Paraíba
LARA STEFÂNIA NETTO DE OLIVEIRA LEÃO2
1. UFG/ FEN, Universidade Federal de Goiás/ Faculdade de Enfer-
magem P011
2. UFG/ IPTSP, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública DESCRIÇÃO DOS PACIENTES PORTADORES DE MICOBACTÉRIAS DE
CRESCIMENTORÁPIDOAPÓSPROCEDIMENTODEBRONCOSCOPIA
EM UM HOSPITAL DE ENSINO
P004 ANDREA CECILIA RODRIGUES MESTRINARI1, ANA PAULA FERNAN-
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES DES PAVARIN1, MARIA GABRIELA DE LUCCA OLIVEIRA1, PATRICIA
NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) NEONATAL: ALGUMAS DE LUCAS RODRIGUES4, HELOISA DA SILVEIRA PARO PEDRO2, ERI-
CONSIDERAÇÕES CACHIMARA3,MARIAIZABELFERREIRAPEREIRA3,PAULOEDUAR-
KAREN BARBOSA COUTO PEREIRA1,2, GINA TORRES REGO MON- DO BLAZ TROMBIM1, LUCIANA SOUZA JORGE1
TEIRO2, SONIA MARA FARIA SIMÕES1 1. HB-FUNFARME, HOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
1. UFF, UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 2. IAL-SJRP, INSTITUTO ADOLFO LUTZ DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2. ENSP, ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA 3. IAL-SP, INSTITUTO ADOLFO LUTZ DE SÃO PAULO
4. VGE-SJRP, VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE SÃO JOSÉ DO RIO
PRETO
P005
PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS DO SUS FRENTE ÀS INFECÇÕES RELA-
CIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE. P012
Andréia Moreira, Débora Lima, Débora Gomes, Deise Xavier, Ca- PREVALÊNCIA DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES EM UTI GERAL
tyanne Arruda DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO EM SALVADOR-BA.
1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba RINEIDE RIBEIRO, CLAUDIA TEIXEIRA, EDILANE VOSS, VALTER FO-
RASTIERI COVA
1. HSF, HOSPITAL DA SAGRADA FAMILIA
P006
PERFIL DO ENFERMEIRO ATUANTE NAS COMISSÕES DE CONTROLE
DE INFECÇÃO HOSPITALAR: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA P013
Maria Lucia de Souza Monteiro Monteiro, Mariana Arraes Alencar INCIDÊNCIA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES E SUA RELAÇÃO COM
Sampaio Sampaio O ÍNDICE DE SEVERIDADE CLÍNICA EM PACIENTES DE UMA UNIDA-
1. APEVISA, Agencia Pernambucana de Vigilância Sanitária DE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Adriana Cristina de Oliveira, Ana Clara de Souza Lacerda, Mário
Ernesto Piscoya Diaz
P007 1. EEUFMG, Escola de Enfermagem da Universidade Federal de
DECLARAÇÃO DE ÓBITO COMO INSTRUMENTO DE BUSCA DE IN- Minas Gerais

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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P014 P020
SEPSE E MORTALIDADE EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE ADESÃO DE PRÁTICAS DE PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA
DE TERAPIA INTENSIVA DE ADULTOS DE UM HOSPITAL UNIVERSI- À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE ENSINO
TÁRIO BRASILEIRO Isa Rodrigues da Silveira1, Rúbia Aparecida Lacerda2
Ana Luiza de Souza Faria, JANAÍNA FERNANDES VIEIRA, PAULO 1. HU-USP, Hospital Universitário da Universidade de São Paulo
PINTO GONTIJO FILHO, ROSINEIDE MARQUES RIBAS 2. EEUSP, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo
1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia

P021
P015 ETIOLOGIA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES EM UTI CLÍNICO-CI-
VIGILÂNCIA DE SAÚDE X ATENÇÃO BÁSICA: UM DESAFIO PARA OS RÚRGICA: ANÁLISE DE 5 ANOS
PROFISSIONAIS DA ÁREA NA PROMOÇÃO DE SAÚDE ValériaCassettariChiaratto,AnaCristinaBalsamo,IsaRodriguesda
Sabrina Bezerra1, Danielly Meneses1, Isabely Cavalcante2, Priscila Silveira, Fábio Franco
Nunes1, Maria Melo3 1. HU-USP, Hospital Universitário da Universidade de São Paulo
1. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande
2. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba
3. UNESC, União de Ensino Superior de Campina Grande P022
PERFIL MICROBIOLÓGICO DAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
ADULTO DE UM HOSPITAL PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE BELO HO-
P016 RIZONTE
INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS RELACIONADOS LILIAN KELEN AGUIAR, GEISYANE MARQUES DA SILVA, ANA LUCIA
COM O RISCO DE INFECÇÃO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA IN- NOGUEIRA DINIZ, EMERSON FONSECA BRAGA, VILMA MELO, FA-
TENSIVA BRIZIA MARQUES AFONSO DA SILVA, ADILIA PEREIRA AGUILAR
Sônia Regina Pérez Evangelista Dantas, Rafaella Shimada Gomes, 1. HMOB, HOSPITAL MUNICIPAL ODILON BEHRENS
LuisFelipeBachur,RenataFagnani,MirtesLoeschnerLeichsenring,
LuisGustavoCardosodeOliveira,AnaPaulaGasparotto,MariaLui-
za Moretti P023
1. HC-UNICAMP, Hospital de Clínicas - Universidade Estadual de ESTUDO DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA COM O USO DE DIA-
Campinas GRAMA DE CONTROLE EM INFECÇÕES HOSPITALARES
vilma de Melo, Lídia Patrícia Moraes Melo, Paulo Roberto Corrêa
Lopes,LíliamKelendeAguiar,GeisianyMarquesdaSilva,AnaLúcia
P017 NogueiraDiniz,FabríziaMarquesAfonsodaSilva,EmersomFonse-
RESULTADOS ALCANÇADOS EM UM PROCESSO DE VIGILÂNCIA ca Braga, Adília Pereira Aguilar
DAS INFECÇÕES CIRÚRGICAS NO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO ATÉ 1. HMOB, Hospital Municipal Odilon Behrens
A ALTA DO PACIENTE
RENATA WANDERLEY BERANGER2,1, ERIC GUSTAVO RAMOS DE
ALMEIDA2,1, SIMONE MOREIRA2,1, NADIA SUELY DE O. LORE- P024
NA2,1, NATASHA HARTMANN2,1 PREVALÊNCIA DE INFECÇÕES ASSOCIADAS AO CUIDADO EM SAÚ-
1. HSL, HOSPITAL SÃO LUCAS DE EM USUÁRIOS EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO
2. ADLER, A ADLER CONSULTORIA LTDA Heliny Carneiro Cunha Neves1, Thaís Kato1, Silvana de Lima Vieira
dos Santos1, Sergiane Bisinoto Alves1, Dayane Melo Costa1, Mari-
nésia Aparecida Prado Palos1, Marcelle Alessa Silveira Machado2,
P018 Edgar Berquó Peleja2
PERFIL DAS INFECÇÕES HOSPITALARES EM UNIDADES DE TERAPIA 1. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem
INTENSIVA NEONATAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA 2. HAJ, Hospital Araújo Jorge
MyrianKarlaAyresVeronezPeixoto,LuanaCássiaMirandaRibeiro,
Lizete Malagoni de Almeida Cavalcante Oliveira, Adenícia Custódia
Silva e Souza P025
1. FEN/UFG, Faculdade de Enfermagem/Universidade Federal de
ANÁLISE MICROBIOLÓGICA EM ÚLCERAS POR PRESSÃO EM HOS-
Goiás PITALIZADOS: UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS SWAB E IRRIGAÇÃO-AS-
PIRAÇÃO
Fernanda Carolina Rodrigues Vieira; Vieira, Iolanda Beserra da
P019 Costa Santos Santos, Lauro Santos Filho Santos Filho, Maria Júlia
PERFIL DE PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS NO INSTITUTO DE Guimarães Oliveira Soares Soares, Josilene de Melo Buriti Vascon-
PESQUISAS CLÍNICAS EVANDRO CHAGAS/FIOCRUZ, RIO DE JANEIRO celos Vascoconcelos
DIANA GALVÃO VENTURA, LUDMILA MENDES DE MORAIS, ANA 1. UFPB, Universidade Federal da Paraíba
CARLA PECEGO DA SILVA, SONIA MARIA FERRAZ MEDEIROS NE-
VES, VANDERLÉA POEYS CABRAL
1. IPEC, INSTITUTO DE PESQUISAS CLÍNICAS EVANDRO CHAGAS P026
DIFICULDADES ENCONTRADAS NA ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE
CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM UM CENTRO CIRÚRGI-
CO DE UM HOSPITAL DO AGRESTE PERNAMBUCANO

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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Karla Simone de Brito Brock, Albertina Martins Gonçalves Konkewicz, Nadia Mora Kuplich, Carem Gorniak Lovatto, Sandra
1. HJN, Hospital Regional Jesus Nazareno Gastal, Jessica Dalle, Cristófer Farias da Silva
1. HCPA, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

P027
PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO (PAV) POR BACILOS P034
GRAM NEGATIVOS (BGN) MULTIRESISTENTE EM UMA UNIDADE ANÁLISE DE TRÊS ANOS DE BRONQUIOLITES VIRAIS NAS UNIDA-
DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) MISTA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁ- DES PEDIÁTRICAS DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE
RIO BRASILEIRO: INCIDÊNCIA E EVOLUÇÃO CLÍNICA (HCPA)
Munick Paula Guimarães, Luiz Fernando Barbaresco, Ana Paula Márcia Rosane Pires, Loriane Rita Konkewicz, Emilyn Martins, Na-
Amâncio Moreira, Geraldo Batista de Melo, Paulo Pinto Gontijo dia Mora Kuplich, Carem Gorniack Lovatto, Jessica Dalle, Cristófer
Filho Farias da Silva, Rodrigo Pires dos Santos
1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia 1. HCPA, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

P028 P035
BUSCA ATIVA PÓS-ALTA EM INSTITUIÇÃO PRIVADA – ASSOCIANDO VIGILÂNCIA PÓS-ALTA DE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS
ESTRATÉGIAS PARA ATENUAR DIFICULDADES. LIMPAS E VIDEOCIRURGIAS
TELMA APARECIDA DE CAMARGO, ANDREZZA SILVA BELLUOMINI DuschkaPortoLeiteFonseca1,JoseilzeSantosdeAndrade2,1,Ivna
1. HMB, MISERICÓRDIA BOTUCATUENSE Helena Machado Figueiredo3, Jerônimo Gonçalves de Araújo3
1. UFS, Universidade Federal de Sergipe
2. EERP/USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
P029 3. HSL, Hospital São Lucas
EMERGÊNCIA DE CARBAPENEMASES EM UMA UNIDADE DE CI-
RURGIA CARDÍACA NO RIO DE JANEIRO
Márcia R. G. Vasques1, Kátia M. S. Senna1, Luiz Cordeiro1, Cristia- P036
ne C. Lamas2,1, Lilian Prado1, Alexandre Rouge1 INTERVENÇÕES CURATIVAS X INFECÇÃO HOSPITALAR: O PAPEL DA
1. INC, Instituto Nacional de Cardiologia EQUIPE DE SAÚDE
2. UNIGRANRIO, Universidade do Grande Rio AMANDA DE MIRANDA SANTOS*, AMILTON ROBERTO DE OLIVEI-
RA JÚNIOR, DIEGO AUGUSTO LOPES OLIVEIRA, EDJA ÍRIS BENEVI-
DES DOS SANTOS, MARÍLIA GABRIELA LINS VASCONCELOS, RAFA-
P030 ELA NUNES LUCENA
INFECÇÕES POR Acinetobacter baumannii EM UNIDADES CRÍTICA 1. ASCES, FACULDADE ASCES
(UTI) E NÃO CRÍTICAS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BRASILEI-
RO: SÍNDROMES INFECCIOSAS E EVOLUÇÃO CLÍNICA
Mariana Lima Prata Rocha, Paulo Pinto Gontijo Filho, Geraldo Ba- P037
tista Melo O CHECK-LIST NORTEANDO A PREVENÇÃO DE INFECÇÃO HOSPITA-
1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia LAR NO CATETERISMO VENOSO PERIFÉRICO E VESICAL
AMANDA DE MIRANDA SANTOS*, AMILTON ROBERTO DE OLIVEI-
RA JÚNIOR, DIEGO AUGUSTO LOPES OLIVEIRA, EDJA ÍRIS BENEVI-
P031 DES DOS SANTOS, MARÍLIA GABRIELA LINS VASCONCELOS, RAFA-
INCIDÊNCIA DE COLONIZAÇÃO E FATORES DE RISCO DE ENTERO- ELA NUNES LUCENA
COCCUSRESISTENTEÀVANCOMICINA(VRE)EMPACIENTESINTER- 1. ASCES, FACULDADE ASCES
NADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Deivid William da Fonseca Batistão, Ana Paula Amâncio Moreira,
Michel Rodrigues Moreira, Paulo Pinto Gontijo Filho, Rosineide P038
Marques Ribas INFECÇÃO NOSOCOMIAL POR Pseudomonas aeruginosa EM MA-
1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia CEIÓ – AL ENTRE 2008 E 2009
EMMILY MARGATE1, ALYNNE KAREN MENDONÇA DE SANTANA2,
GABRIELA BRITO DE OLIVEIRA1, ARMANDO MONTEIRO BEZERRA
P032 NETO1, MARCELLE AQUINO RABELO1, DENISE MARIA WANDERLEI
INCIDÊNCIA DE INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA EM UTI PE- SILVA2
DIÁTRICA DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO. 1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
Juliana Pena Porto, Orlando César Mantese, Aglai Arantes, Paulo 2. UFAL, Universidade Federal de Alagoas
Pinto Gontijo Filho, Rosineide Marques Ribas
1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia
P039
AVALALIAÇÃO DA ÁGUA UTILIZADA NO TRATAMENTO HEMODIA-
P033 LÍTICO
AUDITORIA DE ANTIBIOTICOPROFILAXIA CIRÚRGICA EM UM HOS- AUCILENE DE ALMEIDA LUCENA, ANA CRISTIANA RODRIGUES
PITAL UNIVERSITÁRIO LUNA E SILVA, JOELMA DA SILVA, PATRICIA CAJUEIRO, TALYTA
Márcia Rosane Pires, Rodrigo Pires dos Santos, Loriane Rita DAYANE MARTINS

14
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
1. PMCG, PREFEITURA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CAMPINA GRAN- HOSPITAL DE REFERÊNCIA
DE-PB ELIANE GUIMARÃES FORTUNA, MARIA EULÁLIA DE MOURA CÔR-
TE REAL, ANA ROSA MELO CORREA LIMA, THÁLITA ARAÚJO CA-
BRAL, SUELI TEIXEIRA SEIXAS
P040 1. HCP, HOSPITAL CORREIA PICANÇO – SES/PE
AVALIAÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À DIÁLISE PERITONEAL
AMBULATORIAL NO SERVIÇO DE NEFROLOGIA DA SANTA CASA DE
MARÍLIA NO PERÍODO DE 2005 A 2009 P046
Lucieni Conterno de Oliveira, Silvana Martins Dias Toni, Rubiana PREVAÊNCIA DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO NA GESTAÇÃO
de Souza Gonçalves, Karina Fernandes, Marlene de Rossi Oliveira Emanuelle da Silva Lima, Jocasta Batista de Souza Tavares, Juliana
1. SCMM, IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MA- Dias Pereira de Souza, Maíra Massa da Cunha, Maria Auxiliadora F.
RÍLIA Siza, Shirley Antas de Lima
1. UNIPÊ, Centro Universitário de João Pessoa

P041
IMPLANTAÇÃO DO PROJETO “CIRURGIA SEGURA” EM UM HOSPI- P047
TAL FILANTRÓPICO, ESPECIALIZADO EM ONCOLOGIA OIMPACTODAIMPLEMENTAÇÃODEBUNDLESNAPREVENÇÃODA
ELÍLIAN MAÍRA DE SOUZA VARELA VARELA1, HÊNIA RAMALHO DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UNIDA-
MELO MELO3,2, KATIANE KALINE BEZERRA DE OLIVEIRA OLIVEI- DES DE TERAPIA INTENSIVA.
RA1, MARIA TELMA DE ARAUJO ARAUJO1, SORAYA MARIA DE ME- Raisa Beatrice Mourão, Daiane Patricia Caisa
DEIROS MEDEIROS2 1. HS, Sociedade Hospital Samaritano de São Paulo
1. LIGA - HLA, LIGA CONTRA O CÂNCER / HOSPITAL LUIZ ANTÔNIO,
NATAL/RN
2. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE P048
3. HUOL - UFRN, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES - UFRN AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO DETEC-
TADAS POR VIGILÂNCIA PÓS-ALTA EM UM HOSPITAL DE MÉDIO
PORTE EM SÃO PAULO.
P042 DAIANEPATRICIACAIS,KARINASCARPAROTONELLI,CRISTIANEPA-
ADESÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE AO SISTEMA DE PRECAU- VANELLO RODRIGUES SILVA
ÇÕES E ISOLAMENTO DA FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓR- 1. SHS, SOCIEDADE HOSPITAL SAMARITANO
DIA DE FRANCA
Gislaine Cristhina Belusse, Tatiana Batista Rodrigues, Sara Rodri-
gues Kellner, Fabricio Ribeiro Campos, Maria Auxiliadora Manci- P049
lha Carvalho Pedigone Mancilha Carvalho Pedigone, Julio Cesar MORTALIDADE MATERNA E A INFECÇÃO PUERPERAL: UMA ANALI-
Ribeiro, Caroline David Garcia, Maira Coutinho Nahuz, Lais Facioli SE DE SUA OCORRÊNCIA NO NORDESTE
Moreno BrunaLopesdaSilva1,FredericoFávaroRibeiro2,SmalyannaSgren
1. Santa Casa, Fundação Santa Casa de Misericordia de Franca da Costa Andrade1, Fernanda Maria Chianca da Silva1
1. UFPB, Universidade Federal da Paraíba - Campus I
2. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba - Campus V
P043
PROJETO: PROTEGENDO 5 MILHÕES DE VIDAS - UTILIZAÇÃO E IM-
PACTO NA INFECÇÃO HOSPITALAR EM UNIDADE DE TERAPIA IN- P050
TENSIVA ADULTO DO HOSPITAL GERAL DE GUARULHOS. AVALIAÇÃODAINCIDÊNCIADESEPTICEMIANAREGIÃONORDESTE
Paula Zanellatto Neves, Ana Carolina Marteline Cavalcante Moy- NO PERÍODO DE 2005 À 2008
sés, Ana Claudia Marques Barbosa Diaz, Noemi Evangelista Mar- Bruna Lopes da Silva1, Frederico Fávaro Ribeiro2, Leila de Cássia
tins, Jacira Noemia Cassanho, Mariana Bernardi Viviane Silveira Tavares da Fonsêca1,3
1. HGG - ISCMSP, Hospital Geral de Guarulhos - ISCMSP 1. UFPB, Universidade Federal da Paraíba - Campus I
2. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba - Campus V
3. CCS, Centro de Ciências da Saúde
P044
EVOLUÇÃO DA INFECÇÃO PERINATAL PELO ESTREPTOCOCO DO
GRUPO B APÓS MEDIDAS DE PREVENÇÃO INSTITUÍDAS NO HOS- P051
PITAL GERAL DE GUARULHOS NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2007 INCIDÊNCIA DE INFECÇÕES TRANSPLACENTÁRIAS EM NEONATOS
À ABRIL DE 2010. NASCIDOS NA MATERNIDADE ESCOLA JANUÁRIO CICCO - NATAL/
Ana Carolina Marteline Cavalcante Moysés, Ana Claudia Marques RN.
Barbosa Diaz, Noemi Evangelista Martins, Paula Zanellatto Neves, ELAINE CRISTINA ALVES ALVES, SHEILA DUARTE DE MENDONÇA
Jacira Noemia Cassanho, Mariana Bernardi Viviani Silveira MENDONÇA, VANESSA GOMES DE OLIVEIRA OLIVEIRA, CARLOS
1. HGG-ISCMSP, Hospital Geral de Guarulhos - ISCMSP AUGUSTO MEDEIROS DE ARAÚJO ARAÚJO, DANIEL CABRAL PEREI-
RA PINTO PINTO, EDNA MARTA MENDES DA SILVA SILVA
1. MEJC/UFRN, Maternidade Escola Januário Cicco / Universidade
P045 Federal do Rio Grande do Norte
MENINGITE POR SALMONELA SPP – ESTUDO DE 12 CASOS EM

15
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P052 Gláucia Helena Martinho, Rosane Luiza Coutinho, Ricardo Luiz
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UM PA- Fontes Moreira, Lenize Adriana de Jesus, Dirciana Batista Cangus-
CIENTE COM OSTEOMIELITE INTERNADO EM HOSPITAL DE GRAN- sú, Lucienne França Reis Paiva, Wanessa Trindade Clemente
DE PORTE DO RECIFE. 1. CCIH-HC/UFMG, CCIH - Hospital das Clínicas da UFMG
Denise Rodrigues Lima dos Santos1, Amanda de Melo França1,1,
Rosana Ferreira Neponuceno1,1,1, Myrtes Danyelle Oliveira Sil-
va1,1,1, Renata Kizzis de Barros Ribeiro2,2,2 P058
1. UPE, Universidade de Pernambuco FATORESDERISCOPARAINFECÇÃODACORRENTESANGUÍNEAEM
2. UFPE/CAV, Universidade Federal de Pernambuco UM HOSPITAL PEDIÁTRICO NA CIDADE DO NATAL-RN
JANNYCE GUEDES DA COSTA1, EDINÔRA ASSUNÇÃO ROCHA2,
ANA MARIA ALVES2, ROSIMEIRE JÁCOME DE QUEIROZ2, MARIA
P053 GORETTILINSMONTEIRO2,MARIADACONCEIÇÃOSILVAFERNAN-
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO EM UNIDA- DES2,MARIANARRIMANGUIMARÃESGOUVEIA2,MARIACELESTE
DES DE TERAPIA INTENSIVA NUNES DE MELO1
MAYARA REGINA PEREIRA, DAYANE DE MELO COSTA, ANGÉLICA 1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
OLIVEIRA PAULA, JOYCE KELLEN CORREIA SOUSA, RENATA GON- 2. HMAF, HOSPITAL PEDIÁTRICO MARIA ALICE FERNANDES
ÇALVESPAULINO,DAYANNEPRISCYLLAPIRESDEDEUS,MARINÉSIA
APARECIDA PRADO PALOS
1. FEN/UFG, Faculdade de Enfermagem/ Universidade Federal de P059
Goiás PERFIL MICROBIOLÓGICO DE PONTAS DE CATETER VENOSO ASSO-
CIADAS À INFEÇCÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA EM UM HOSPITAL
PEDIÁTRICO NA CIDADE DO NATAL-RN
P054 JANNYCEGUEDESDACOSTA1,EDINÔRAASSUNÇÃOROCHA2,ANA
VIGILÂNCIA E CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS A ASSIS- MARIA ALVES2, MARIA GORETTI LINS MONTEIRO2, MARIA DA
TÊNCIA EM SAÚDE EM OBSTETRÍCIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS CONCEIÇÃO SILVA FERNANDES2, MARIA NARRIMAN GUIMARÃES
DA UFMG GOUVEIA2, MARIA CELESTE NUNES DE MELO1
Ive Souza e Sousa2,1, Luciana Camponez de Ávila Menezes2,1, Ali- 1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
ne Martins Braga2,1, Nelma de Jesus Braz*1, Guilherme Augusto 2. HMAF, HOSPITAL PEDIÁTRICO MARIA ALICE FERNANDES
Armond1, Henrique Vitor Leite3,4, Regina Amélia Lopes Pessoa de
Aguiar3,4, Wanessa Trindade Clemente1,3, Roberta Maia de Cas-
tro Romanelli1 P060
1. CCIH - HC/UFMG, Hospital das Clínicas-UFMG ANALISE DA ADEQUAÇÃO NA PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS
2. EE/UFMG, Escola de Enfermagem-UFMG EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO TERCIÁRIO DE RIO DE JANEIRO
3. FM/UFMG, Faculdade de Medicina - UFMG NO PERÍODO DE OUTUBRO DE 2006 À MAIO DE 2009
4. HC/UFMG, Hospital das Clínicas/UFMG JULIO CESAR DELGADO CORREAL, EDUARDO A.R. CASTRO, PAU-
LO VIEIRA DAMASCO, SILVIA THEES CASTRO, PATRICIA DE SOUZA
INHAQUITE
P055 1. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO
ESTRATÉGIAS PARA O CONTROLE DE INFECÇÃO DOS ACESSOS VE-
NOSOS PERIFÉRICOS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS.
Michelline Souza Cordeiro, Larissa Carvalho Lopes P061
1. HGL, Hospital Geral de Linhares IMPACTO DE MEDIDAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO EM SERVIÇO
DE SAÚDE NA SELEÇÃO E DISSEMINAÇÃO DE BACTÉRIAS MULTI-
RESISTENTES.
P056 JACQUELINE OLIVEIRA RUEDA*, VILMA AZEVEDO CANUTO PEREI-
INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE (IRAS) EM PA- RA, DANIELA MOREIRA CARAMURU
CIENTES SORODISCORDANTES PARA O HIV, EM UNIDADE DE TERA- 1. HIMABA -VILA VELHA/E, HOSPITAL E MATERNIDADE DR. ALZIR
PIA INTENSIVA (UTI) ADULTO BERNADINO ALVES
Lisandra Serra Damasceno1,5,3, Lara Gurgel Fernandes Távo-
ra2,1,5, Evelyne Santana Girão3,1,5, Rafael Fonseca de Queiroz2,
RenatoLabancaDelgadoPerdigão2,AlessandraSerraDamasceno4 P062
1. HSJ, Hospital São José de Doenças Infecciosas INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE : ESTUDO DE
2. Unifor, Universidade de Fortaleza PREVALÊNCIA DE MICRORGANISMOS EM PACIENTES INTERNADOS
3. UFC, Universidade Federal do Ceará EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA
4. UECE, Universidade Estadual do Ceará Andressa Monteiro Braconi Grilo, Mireli Silottti Mastelo, Renata
5. Sesa, Secretaria de Saúde do Estado do Ceará Rosa Lima
4. HUCI, Hospital Unimed Sul Capixaba

P057
INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETER VENOSO CENTRAL EM PA- P063
CIENTES TRANSPLANTADOS DE MEDULA ÓSSEA DE UM HOSPITAL ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO PULMONAR RELACIO-
UNIVERSITÁRIO NADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA E IDENTIFICAÇÃO DOS GERMES

16
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
MAIS FREQUENTES EM UMA INSTITUIÇÃO DO ESPÍRITO SANTO TÊNCIA À SAÚDE EM PACIENTES TRANSPLANTADOS DE CÉLULAS
Andressa Monteiro Braconi Grilo, Mireli Silotti Mastelo, Renata TRONCO-HEMATOPOIÉTICAS DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS/FMUSP
Rosa Lima NO PERÍODO DE 2001 A 2009.
1. HUCI, Hospital Unimed Sul Capixaba Elisa Donalisio Teixeira Mendes, Mariusa Basso, Frederico Dulley,
Thais Guimarães, Silvia Figueiredo Costa
1. HC FMUSP, Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina da USP
P064
ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES VINDO DE OU-
TRAS INSTITUIÇÕES, QUE SE MANTIVERAM EM PRECAUÇÃO DE P070
CONTATO. INCIDÊNCIA DE S.AUREUS METICILINA RESISTENTE (MRSA) EM TE-
Mireli Silotti Mastelo, Andressa Monteiro Braconi Grilo, Renata RAPIA INTENSIVA CIRÚRGICA: META ZERO É POSSÍVEL?
Rosa Lima Renata Beranger, Patricia Pinheiro, Júlia Carijó, Marcos Knibel, Luiz
1. HUCI, Hospital Unimed Sul Capixaba Rodrigo Carneiro
1. HSL, Hospital São Lucas

P065
INCIDÊNCIA DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES EM PRONTO SO- P071
CORRO DE HOSPITAL ESCOLA DE GOIÂNIA INFECÇÃO URINÁRIA RELACIONADA A CATETERISMO VESICAL EM
PAULA FRANCIELLE TAVARES DE OLIVEIRA1, MARTA MARIA DA HOSPITAL GERAL DE CAXIAS DO SUL -RS
SILVA DO AMARAL1, ADRIANA OLIVEIRA GUILARDE2, MARIUSA Viviane Mari1, Bruna Menezes3, Mariana Venturini3, Patricia Car-
BORGES GOMES PRIMO1, MARTA ANTUNES SOUZA1, LINDON JO- doso3, Augusto Antoniazzi3, Daiane Ferla3, Viviane Buffon1, Pris-
HNSON DE ABREU BATISTA1 cila Garrido1, Juliano Fracasso1,3, Lessandra Michelim1,3
1. HC/UFG, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL 1. HGCS, Hospital Geral de Caxias do Sul
DE GOIÁS 2. UCS, Universidade de Caxias do Sul
2. IPTSP, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA

P072
P066 NFECÇÃO NOSOCOMIAL RELACIONADA A CATETER VENOSO CEN-
INCIDÊNCIA DAS PNEUMONIAS ASSOCIADAS À VENTILAÇÃO MECÂ- TRAL EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO RS
NICAEMUTIPEDIÁTRICA:UMESTUDOEPIDEMIOLÓGICO Viviane Mari1, Ana Paula Grando2, Gabriela Mosena2, Marina
Aline Verônica de Oliveira Gomes, Ana Paula Alencar Macário da Capra2, Martina Winkler2, Thaiana Pezzi2, Williiam May2, Priscila
Silva, Camilla Ferreira Catarino, Carlos Eduardo da Silva Figueire- Garrido1, Juliano Fracasso1,2, Lessandra Michelim1,2
do,FabíoladeOliveiraKegele,MariHelenaGonçalvesdeCarvalho, 1. HGCS, Hospital Geral de Caxias do Sul
Maria de Fátima Costa, Mirza Rocha Figueiredo 2. UCS, Universidade de Caxias do Sul
1. IFF, Instituto Fernandes Figueira

P073
P067 CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR NO ESTADO DE PERNAM-
INCIDÊNCIA DAS INFECÇÕES DE CORRENTE SANGÜÍNEA ASSOCIA- BUCO: ASPECTOS HISTÓRICOS E SOCIAS
DA AO CATETER VENOSO CENTRAL: UM ESTUDO NA UTI NEONA- DILMA MARIA DA SILVA, SIMARA LOPES CRUZ, SUZANA DE OLIVEI-
TAL. RA MANGUEIRA, ANA WLÁDIA SILVA DE LIMA
Aline Verônica de Oliveira Gomes, Ana Paula Alencar Macário dos 1. UFPE- CAV, Universidade Federal de Pernambuco- CAV
Santos, Camilla Ferreira Catarino, Carlos Eduardo da Silva Figuei-
redo, Fabíola Cristina DE Oliveira Kegele, Maria de Fátima Costa,
Mari Helena Gonçalves de Carvalho, Mirza Rocha Figueiredo P074
1. IFF, Instituto Fernandes Figueira INFECÇÃO X COLONIZAÇÃO EM PACIENTES INTERNADOS EM UMA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E SUA CORRELAÇÃO COM O USO
DE ANTIMICROBIANOS
P068 Cristiene Nunes Tadeu1, Lia Cristina Galvão dos Santos1,2, Mau-
PERFIL MICROBIOLÓGICO DAS INFECÇÕES EM HOSPITAL UNIVER- ricio de Andrade Perez2, Simone Moreira2, Magda de Souza da
SITÁRIO DE GOIÂNIA Conceição2, Ana Maria Veiga Marques Graça2, Maria Aparecida
MARTA MARIA DA SILVA DO AMARAL1, PAULA FRANCIELLE TA- Jardim Silva2, Alexandre Cardoso Baptista2, Regis Mariano de An-
VARES DE OLIVEIRA1, ADRIANA OLIVEIRA GUILARDE2, MARIUSA drade2, Carolina Romero Cardoso Machado2
BORGES GOMES PRIMO1, MARTA ANTUNES DE SOUZA1, LINDON 1. UGF, Universidade Gama Filho
JOHNSON DE ABREU BATISTA1 2. HFB, Hospital Federal de Bonsucesso
1. HC/UFG, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE GOIÁS
2. IPTSP, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA P075
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO PÓS CESÁREA
Francisco de Assis Filocre Saraiva Júnior, Cláudia Rocha Biscotto,
P069 Anne Caroline Bicalho Fagundes, Isabella Drumond Figueiredo,
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INFECÇÕES RELACIONADA À ASSIS- Maria Isabel Braga Malveira, Sandoval Lopo de Abreu

17
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
1. UNIMONTES, Universidade Estadual de Montes Claros gues das Flores Lopes silva Rodrigues das Flores, Dayane Lemes de
Queiroz Lemes Queroz, Eryka Cristina Umbelino Petelin Umbelino
Petelin
P076 1. HE, Hospital Evangelico
INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS DE INFECÇÕES RELACIONADAS
À ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM NEONATOLOGIA EM UNIDADES DE
ATENÇÃO MATERNO-INFANTIL DA REGIÃO METROPOLITANA DE P081
BELO HORIZONTE, 2009. ADESÃO ÀS PRECAUÇÕES DE CONTATO EM UMA UNIDADE DE TE-
LENIZE ADRIANA JESUS1, GUILHERME AUGUSTO ARMOND2,1, RAPIA INTENSIVA NEONATAL DE UM HOSPITAL ESCOLA DE GOIÁS
ROSANA VAZ RESENDE2, MARIA LETÍCIA BRAGA5,1, FRANCELLI Marissa Peu de Castro e Borges1, Valquiria Vicente da Cunha Bar-
CORDEIRO NEVES4,1, FABRIZIA MARQUES SILVA7, CLAUDIA MUR- bosa1,MaryRochaCarneiroGarciaZapata1,SuelyCunhaAlbernaz
TA6, FABIANE SCALABRINI PINTO3, ALEXANDRE SÉRGIO DA COSTA Sirico1, Anaclara Ferreira Veiga Tipple2
BRAGA1, LUCIA MACIEL DE CASTRO FRANCO3 1. HC-UFG, Hospital das Clínicas
1. HC/UFMG, HOSPITAL DAS CLÍNICAS/UFMG – BELO HORIZONTE/ 2. UFG, Universidade Federal de Goiás
MG
2. H.SOFIA FELDMAN, HOSPITAL SOFIA FELDMAN – BELO HORI-
ZONTE/MG P082
3. IPSEMG, HOSPITAL GOVERNADOR ISRAEL PINHEIRO/IPSEMG IMPLANTAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA NO CON-
4. MMC/MG, MATERNIDADE MUNICIPAL DE CONTAGEM – CON- TROLE DE INFECÇÃO EM ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA À
TAGEM/MG SAÚDE EM UM HOSPITAL ESCOLA
5.M.O.V/BH,MATERNIDADEODETEVALADARES–BELOHORIZON- MARY ROCHA CARNEIRO GARCIA ZAPATA, LUANA CÁSSIA MIRAN-
TE/MG DA RIBEIRO, MARIUSA GOMES BORGES PRIMO, SUELY CUNHA AL-
6. SANTA CASA/BH-MG, SANTA CASA DE MISERICÓRDIA – BELO BERNAZ SIRICO, MARTA ANTUNES DE SOUZA, ADRIANA OLIVEIRA
HORIZONTE/MG GUILARDE
1. HC-UFG, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás
7. HMOB/BH, HOSPITAL MUNICIPAL ODILON BEHRENS – BELO HO-
RIZONTE/MG
P083
P077 CONTROLE DE EGRESSOS CIRÚRGICOS ATRAVÉS DE INTERAÇÃO
ATUAÇÃO DA COMISSÃO MUNICIPAL DE CONTROLE DE INFECÇÃO ENTRE O SERVIÇO DE SAÚDE PÚBLICA MUNICIPAL E O SERVIÇO DE
EM UNIDADES DE ATENDIMENTO IMEDIATO NO MUNICÍPIO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM MONTES CLAROS/MG
CONTAGEM (MG) CLÁUDIA DE ALVARENGA DINIZ FONSECA1,3, ANTONIO PRATES
Guilherme Armond, Ana Carolina Fabrini, José Carlos Matos, Mar- CALDEIRA2,3, PATRÍCIA GONÇALVES2, CÍNTHIA NEVES FONSECA1,
celo Oliveira, Rafaela França RITADECÁSSIAVIEIRAGOMES1,LETÍCIADEMELOMOTA1,ADRIA-
2.FAMUC,SecretariaMunicipaldeSaúdedeContagem/MinasGerais NA SILVA LINO1, EUGÊNIO ANTÔNIO LINS DE BARROS3
1. SCMC, HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS/MG
2. PMMCMG, PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS/MG
3. UNIMONTES, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS/
P078 MG
SENSIBILIDADE DA CULTURA DE SWAB NASAL NA DETECÇÃO DE
COLONIZAÇÃO POR BACTÉRIAS MULTIRESISTENTES NO AMBIENTE
HOSPITALAR.
BERNADETE HELENA CAVALCANTI DOS SANTOS1,2, DARCI MAGA- P084
LHÃES1,KELLYRIBEIROSA1,CARLABRAGADELIMA2,JULIOCESAR ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE COM DIAG-
BRAGA DE LIMA2, NILO CESAR BRAGA DE LIMA2, JOSE EYMARD NÓSTICO DE SEPSE EM UM CENTRO DE TRATAMENTO INTENSIVO
MEDEIROS FILHO2, LAURO SANTOS FILHO1 DE NATAL/RN
1. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA ANA ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇA, RODRIGO ASSIS NEVES DAN-
2. HMSF, HOSPITAL MEMORIAL SAO FRANCISCO TAS, DANIELE VIEIRA DANTAS, PATRÍCIA CABRAL FERREIRA, ANNA
LÍVIADEMEDEIROSDANTAS,KÁTIAREGINABARROSRIBEIRO,KÉS-
SYA DANTAS DINIZ
1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
P079
INFECÇÃO DE TRATO URINÁRIO POR CATETER VESICAL – MEDIDAS
DECONTROLEEMUMAUNIDADEDETERAPIAINTENSIVA–ADULTO
Marlene Luiza de Jesus Luiza de Jesus, Liliana Lopes Silva Rodri- P085
guesdasFloresLopesSilvaRodriguesdasFlores,DayaneLemesde AVALIAÇÃO DO SURGIMENTO DE INFECÇÃO NOSOCOMIAL NA UTI
Queiroz Lemes de Queiroz DO HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE, CARUARU-PE
1. HE, Hospital Evangelico GLÊZIARENATADASILVA1,PAULAREGINALUNADEARAÚJOJÁCO-
ME2, AGENOR TAVARES JÁCOME-JÚNIOR1
1. ASCES, Associação Caruaruense de Ensino Superior
2. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
P080
PERFIL DOS MICROORGANISMOS EM CATETER UMBILICAL - COLO-
NIZAÇÃO EM NEONATOS CRITICOS
Marlene Luiza de Jesus Luiza de Jesus, Liliana Lopes Silva Rodri-

18
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P086 1. ALIANÇA CASAMATER, HOSPITAL ALIANÇA CASAMATER
INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO EM PACIENTES SUBMETIDOS À
CIRURGIA NEUROLÓGICA EM UM HOSPITAL DE TRAUMA
LEDNA BETTCHER, LETÍCIA B VIEIRA, FABIANA VERISSIMO, JOICE P093
DAMASCENO, HUDSON RANGEL, BERNADETE C BLOM FERRAMENTAS DE QUALIDADE AUXILIANDO NAS ATIVIDADES DE
1. HJXXIII - FHEMIG, HOSPITAL JOÃO XXIII - FHEMIG UMGRUPOMULTIPROFISSIONALPARAREDUÇÃODEPNEUMONIA
ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA
Fabiana Silva Vasques, Sandra Regina da Silva, Fabiana Pereira dos
P087 Santos, Imara J. de Azevedo Rios, Liliane Lemos, Antonio Claudo-
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM FRATURA EXPOSTA miroAparecidoBeneventti,JoséLiciniodeOliveira,PaulaMarques
EM UM HOSPITAL DE TRAUMA DE BELO HORIZONTE de Vidal
LEDNA BETTCHER, JOICE DAMASCENO, HUDSON RANGEL, FABIA- 1. HMB, Hospital Metropolitano Butantã
NA VERISSIMO, LETÍCIA B VIEIRA, BERNADETE C BLOM
1. HJXXIII - FHEMIG, HOSPITAL JOÃO XXIII - FHEMIG
P094
PREVALÊNCIA DE MICROORGANISMOS ISOLADOS EM UROCULTU-
P088 RAS DE PACIENTES INTERNADOS EM UMA INSTITUIÇÃO NO ESPÍ-
APRIMORAMENTO DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFEC- RITO SANTO
ÇÕES DO SÍTIO CIRÚRGICO PÓS ALTA HOSPITALAR POR MEIO DE ANDRESSA MONTEIRO BRACONI GRILO, Livia Caetano Tambara,
BUSCA FONADA NA SANTA CASA DE MONTES CLAROS/MG Patricia Vivyanne da Gama Cotta e Silva
CínthiaNevesFonseca,AdrianaSilvaLino,RitadeCássia VieiraGo- 1. HECI, HOSPITAL EVAGÉLICO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
mes, Letícia de Melo Mota, Cláudia de Alvarenga Diniz Fonseca
1. SCMC, HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS/MG
P095
IMPACTO DAS MEDIDAS ADOTADAS PARA PREVENÇÃO DE TRANS-
P089 MISSÃO OD ACINETOBACTER BAUMANNII NA UNIDADE DE TERA-
PERFILEPIDEMIOLÓGICODASINFECÇÕESRELACIONADASAASSIS- PIAINTENSIVA(UTI)DOHOSPITALEVANGÉLICODECACHOEIRODE
TÊNCIA A SAÚDE EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE ITAPEMIRIM (HECI).
POLITRAUMATIZADOS PatriciaVivyannedaGamaCottaeSilva,AndressaMonteiroBraco-
RITA DE CÁSSIA VIEIRA GOMES, ADRIANA SILVA LINO, CÍNTHIA NE- ni Grilo, Livia Caetano Tambara
VES FONSECA, CLÁUDIA DE ALVARENGA DINIZ FONSECA, LETÍCIA 1. HECI, Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim
DE MELO MOTA
1. SCMC, HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS/ MG
P096
CASOS DE COQUELUCHE NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO
P090 ALEGRE (HCPA) NOS ANOS 2007 A 2009
PREVALÊNCIA DE MEDIASTINITE PÓS-CIRÚRGICA EM UM HOSPI- MÁRCIA ROSANE PIRES, JESSICA DALLÉ, FABIANO MARCIO NAGEL,
TAL CARDIOLÓGICO DO RECIFE E AÇÕES DA COMISSÃO DE CON- RODRIGO PIRES DOS SANTOS, LORIANE RITA KONKEWICZ, NADIA
TROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR MORA KUPLICH, CAREM GORNIACK LOVATTO, CRISTOFER FARIAS
MarinaGabriellaPereiradeAndradaMagalhães1,2,LidianneFábia DA SILVA
Moraes Alcantara1,2, Ludmila Medeiros Outtes Alves1,2, Simone 1. HCPA, HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
Maria Muniz da Silva Bezerra1,2, Laís Milena Costa Teixeira1,2
1. UPE, Universidade de Pernambuco
2. FENSG, Faculdade de Enfermagem Nossa Sanhora das Graças P097
INFECÇÕES NOSOCOMIAIS E LETALIDADE EM PACIENTES ONCOLÓ-
GICOS.
P091 THAIS KATO DE SOUSA1, SILVANA DE LIMA VIEIRA DOS SANTOS1,
CIRURGIASCARDÍACASASSOCIADASÀINCIDÊNCIADEMEDIASTINI- MARINÉSIA APARECIDA DO PRADO PALOS1, DULCELENE DE SOU-
TE EM UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE DA CIDADE DO RECIFE-PE SA MELO1, DAYANE DE MELO COSTA1, EDGAR BERQUÓ PELEJA2,
MarinaGabriellaPereiradeAndradaMagalhães1,2,LidianneFábia MARCELLE ALESSA SILVEIRA MACHADO2, REGIANE APARECIDA
Moraes Alcantara1,2, Ludmila Medeiros Outtes Alves1,2, Simone DOS SANTOS SOARES BARRETO1
Maria Muniz da Silva Bezerra1,2, Laís Milena Costa Teixeira1,2 1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM - UFG
1. UPE, Universidade de Pernambuco 2. AAJ, HOSPITAL ARAUJO JORGE
2. FENSG, Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças

P098
P092 TAXAS DE INFECÇÕES ASSOCIADAS AO CUIDADO EM SAÚDE DIS-
PERFIL DA INFECÇÃO HOSPITALAR EM UM HOSPITAL DE REFERÊN- TRIBUÍDAS POR TOPOGRAFIA: ESTUDO RETROSPECTIVO EM UM
CIA EM TRANSPLANTE RENAL EM TERESINA-PI HOSPITAL ONCOLÓGICO
SONALE DO NASCIMENTO ROCHA, MARIA LUÍSA BRITO FERREIRA THAIS KATO DE SOUSA1, SILVANA DE LIMA VIEIRA DOS SANTOS1,
ALMINO, ÂNGELA MARIA DE OLIVEIRA ANDRADE SILVA, AVELAR DULCELENE DE SOUSA MELO1, MARINÉSIA APARECIDA DO PRADO
ALVES DA SILVA PALOS1, LIWCY KELLER DE OLIVEIRA LOPES1, HELINY CARNEIRO

19
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
CUNHA NEVES1, EDGAR BERQUÓ PELEJA2, MARCELLE ALESSA SIL- SOCIADAS AOS CUIDADOS EM SAÚDE.
VEIRA MACHADO2 Kelcy Anne Santana e Silva, Marinesia Aparecida Prado Palos, Ana
1. FEN/UFG, Faculdade de Enfermagem Carolina Gonçalves de Farias, Cíntya Rocha de Oliveira Lima, Paulo
2. AAJ, HOSPITAL ARAUJO JORGE Henrique Alves Lourenço
1. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem - Universidade Federal de
Goiás
P099
PREVALÊNCIA DE CASOS DE MEDIASTINITE EM UM HOSPITAL DE
CARDIOLOGIA DA CIDADE DO RECIFE. P106
Marília Perrelli Valença, Aracele Tenório de Almeida Cavalcanti, RELAÇÃO ENTRE A PANDEMIA DE INFLUENZA POR H1N1 E INFEC-
Millena Raphaela da Silva Pinheiro, Valéria Barbosa Barros Carvalho ÇÃO ASSOCIADA Á ASSISTÊNCIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTEN-
1. PROCAPE-UPE, Pronto Socorro Cardiológico de pernambuco-UPE SIVA.
Lorena Vieira Lameri Siqueira, Francelly Bada Zanetti Ribeiro, Mi-
chelle Heinze Bayerl, Luciana Neves Passos, Tânia Queiroz Reuter
P100 1. Cias, Centro Integrado de Atenção á Saúde
IMPACTO DA CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL COMO FERRAMENTA
PARA REDUÇÃO DA INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À
SAÚDE POR ENTEROCOCCUS RESISTENTE A VANCOMICINA P107
José Roberto Teixeira da Silva, Lilian Cristina de Lima Jesus, Raquel MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO: O
Muarrek Garcia QUE PENSAM OS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM ATUANTES DE
1. HGI, Hospital Geral de Itapevi UM CENTRO CIRÚRGICO
Priscila Lima da Silva Almeida1, Cristiana Gomes1, Daniela Feito-
sa1, Giselly Hofmann1, Joana Stein1, Simone Tose1, Anelisa Mo-
P101 rais1, Luciana Passos1, Lorena Vieira Lameri Siqueira2
ANÁLISE DAS INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA A SAÚDE 1. NUPEH, Núcleo de Pesquisa em Epidemiologia Hospitalar
EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL 2. CIAS, Centro Integrado de Antenção á Saúde
Ana Paula Rodrigues Costa1,3, Fernanda Cavalcante Fontenele4,
Regina Cláudia Furtado Maia1, Waldélia Maria Santos Monteiro1,
Lia Fernandes Alves de Lima1,3 P108
1. HGF, Hospital Geral de Fortaleza FATORES DE RISCO PARA A COLONIZAÇÃO POR MICRORGANISMO
3. SESA/CE, Secretaria de Saúde do Estado do Ceará RESISTENTE E A OCORRÊNCIA DE INFECÇÃO RELACIONADA AO
4. UFC, Universidade Federal do Ceará CUIDAR EM SAÚDE
Adriana Cristina de Oliveira1, Fernanda Santiago Andrade1, Mário
Ernesto Piscoya Diaz2
P102 1. EE-UFMG, Escola de Enfermagem UNIVERSIDADE FEDERAL DE
AUDITORIADEPROCESSOCOMUMAMEDIDADEREDUÇÃODEIN- MINAS GERAIS
FECÇÕES RESPIRATÓRIAS ASSOCIADAS A VENTILAÇÃO MECÂNICA 2. UFG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Tatiana Herrerias Puschiavo, Celia Beltrão, Luis Augusto Sinisgalli
1. HNSL, Hospital Nossa Senhora de Lourdes
P109
RELAÇÃO ENTRE HIGIENE BUCAL E A OCORRÊNCIA DE INFECÇÃO
P103 PULMONAR EM PACIENTES SUBMETIDOS À VENTILAÇÃO MECÂ-
MONITORAMENTOEAVALIAÇÃODEEFICÁCIADEUMPROTOCOLO NICA INVASIVA.
DE PREVENÇÃO DE FEBLITES . Mônica Costa Ricarte, Katia Melissa Padilha, Renata Figueiredo
MARCIA BARBOSA MAGALHÃES GUIMARÃES, ELIANE PEREIRA do Nascimento, Grazielle Zani de Oliveira, Keyla Cristina Silva, Ana
MACHADO CALDEIRA, MÔNICA COSTA RICARTE, ELAINE CAPUA- Claúdia da Silva Zanardi, Débora Mercadante de Paiva
NO, ROMILDA VORPAGEL 1. UNIP, Universidade Paulista
1. CSC, CASA DE SAÚDE CAMPINAS

P110
P104 INFECÇÃO DE TRATO URINÁRIO ASSOCIADA AO CATETER VESICAL
IMPLANTAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE FLEBITES EM PACIENTES ADULTOS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA
EM UM HOSPITAL PRIVADO INTENSIVA (UTI): ETIOLOGIA, CLÍNICA E EPIDEMIOLOGIA.
MARCIA BARBOSA MAGALHÃES GUIMARÃES, ELIANE PEREIRA Júlia Carvalho Hamadé, Carolina Barbosa de Sousa, Deivid William
MACHADO CALDEIRA, MÔNICA COSTA RICARTE, ELAINE CAPUA- da Fonseca Batistão, Deivid William da Fonseca Batistão, Paulo
NO, ROMILDA VORPAGEL Pinto Gontijo Filho
1. CSC, CASA DE SAÚDE CAMPINAS 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia

P105 P111
PROFISSIONAIS DE SAÚDE PORTADORES DE STAPHYLOCOCCUS.SP DE ONDE VÊEM AS BACTÉRIAS MULTIDROGA-RESISTENTES QUAN-
PRODUTORESDELECITINASE:INTERFACESCOMASINFECÇÕESAS- DOSEINAUGURAUMHOSPITAL?UMESTUDODECASO-CONTROLE

20
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
PAULOVICTORNASCIMENTO,LÚCIAMARTINSSILVA,SARAOLIVEIRA (HRAS), BRASÍLIA-DF de 2001 a 2009.
1. SDH - UNIMED, SANTOS DUMONT HOSPITAL - UNIMED José Davi Urbaez Brito, Ana Flávia de Oliveira Lima Araújo, Fabia-
na de Mattos Rodrigues Mendes, Simone Piacesi, Fabiana Ariston
Filgueira
P112 1. HRAS/SES-DF, HOSPITAL REGIONAL DA ASA SUL
PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO TUBERCULOSA NOS PROFISSIONAIS
DA ATENÇÃO BÁSICA
ANDRESSA BARROS TENÓRIO NUNES1, ANDRÉA DOLORES BAR- P119
ROS TENÓRIO2, SIMARA LOPES CRUZ1, AMANDA DE OLIVEIRA PERFIL MICROBIOLÓGICO DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
BERNARDINO1 NEONATAL DO HOSPITAL REGIONAL DA ASA SUL (HRAS), BRASÍLIA
1. UFPE- CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO- C. A. DE – DF: 2001 - 2009
VITÓTIA ANA FLÁVIA LIMA ARAÚJO, FABIANA ARISTON FILGUIERA, JOSÉ
2. UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ DAVID URBÁEZ BRITO, FABIANA DE MATTOS MENDES, SIMONE
PIACESI
1. HRAS/SES-DF, HOSPITAL REGIONAL DA ASA SUL -SECRETARIA DE
P113 SAÚDE
PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO TUBERCULOSA NOS PROFISSIONAIS
DA ATENÇÃO BÁSICA
ANDRESSA BARROS TENÓRIO NUNES, SIMARA LOPEZ CRUZ, AN- P120
DRÉA DOLORES BARROS TENÓRIO, AMANDA DE OLIVEIRA BER- ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO SOBRE A INCIDÊNCIA DE OSTEOMIELI-
NARDINO TE DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE MINAS GERAIS - FHEMIG.
1. UFPE-CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO- C. A. DE CLÁUDIA FERREIRA, LÍDIA MELO, ROBERTA GONÇALVES, HAIR-
VITÓRIA TON AZEVEDO, MAISA AZEVEDO,, RENATA BARROS, ALINE SILVA,
ADRIANA MAGALAHAES
1. HGV, Hospital Galba Velloso - FHEMIG
P114
ANÁLISE DAS BACTEREMIAS NOSOCOMIAIS CAUSADAS POR BACI-
LOS GRAM NEGATIVOS NO INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO P121
RIBAS ENTRE JANEIRO E DEZEMBRO DE 2008. IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE PNEUMO-
Paula de Paula, Rosana Richtmann NIA RELACIONADA À ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA (PAV) EM UMA
1. IIER, Instituto de Infectologia Emílio Ribas UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) DE UM HOSPITAL PÚBLICO
UNIVERSITÁRIO DO RIO DE JANEIRO
ELAINE GAMA PESSOA DE ARAUJO, SIMONE NOUÉR, MARCIA OLI-
P115 VEIRA, CLAUDIA SOUZA, ILENILCE AFONSO, CHRISTIANY GONZA-
VIGILÂNCIA PÓS ALTA VIA EMAIL ELETRÔNICO: RELATO DE EXPERI- LEZ, ERIKA ARAUJO, LUCIENE SOUSA, KARINA DI PIERO, ANA MA-
ÊNCIA DE DUAS MATERNIDADES PRIVADAS EM SP GALHÃES
SANDRA REGINA BALTIERI, ROSANA RICHTMANN, CAMILA DE AL- 1. HUCFF/ UFRJ, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA
MEIDA SILVA, TATIANE TEIXEIRA RODRIGUES, FABIANA CAMOLESI FILHO UFRJ
1. HMSJ E PMP, HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA JOANA E PRO
MATRE PAULISTA
P122
CHUPETA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À DIARRÉIA NOSOCO-
P116 MIAL: ESTUDO DE COORTE
COMPARAÇÃO ENTRE DOIS MÉTODOS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIO- Gabriela Cunha Schechtman Sette2, Maria Júlia Gonçalves de
LOGICA EM UTI NEONATAL: ANVISA X NHSN Mello1, Jailson de Barros Correia1, Gisélia Alves Pontes da Silva2,
TATIANE TEIXEIRA RODRIGUES3, ROSANA RICHTMANN3, CAMILA DE Luciane Soares de Lima2
ALMEIDASILVA3,FABIANACAMOLESI2,SANDRAREGINABALTIERI3 1. IMIP, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira
2. PMP, PRO MATRE PAULISTA 2. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
3. HMSJ, HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA JOANA

P123
P117 INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS DE INFECÇÕES RELACIONADAS
CONCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO HOSPITAL DAS ÀASSISTÊNCIAÀSAÚDEEMOBSTETRÍCIAEMUNIDADESDEATEN-
CLÍNICAS DE PERNAMBUCO SOBRE A VEICULAÇÃO DE AGENTES ÇÃO MATERNO-INFANTIL DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO
PATOGÊNICOS POR INSETOS NO AMBIENTE HOSPITALAR HORIZONTE, 2009.
Débora Natália Silva de Oliveira, Marcelo Ataíde Solon de Oliveira GUILHERME AUGUSTO ARMOND, LENIZE ADRIANA DE JESUS, RO-
1. UFRPE, UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO SANA VAZ REZENDE, MARIA LETCIA BRAGA, FRANCELLI CORDEIRO
NEVES, FABRIZIA MARQUES DA SILVA, FLÁVIO SOUSA, DIRCIANA
BATISTA CANGUSSU, ANA LÚCIA NOGUEIRA DINIZ, IZABELLA FER-
P118 NANDES PRUDÊNCIO
PERFIL DE SENSIBILIDADE DE GERMES ISOLADOS EM HEMOCUL- 1. COPIHMI, Comissão Permanente dos Serviços de Controle de
TURAS NA UTI NEONATAL DO HOSPITAL REGIONAL DA ASA SUL Infecção

21
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P124 Souza Santana, Bianca Maria Maglia Orlandi, Anderson Garcia
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE INFECÇÃO HOSPITALAR NA OBSTE- D’Ingianni
TRÍCIA DE UM HOSPITAL DE ENSINO UNIVERSITÁRIO 1. HSI, Hospital Santa Isabel
Gilvanildo Roberto da Silva1, Rogélia Herculano Pinto1, Maria da
Conceição Lira1, Paula Elizabeth Celerino Silva1
1. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO P131
2. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO HOSPITALAR POR PARTO CESÁREA EM
3. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO HOSPITALUNIVERSITÁRIONOINTERIORDORIOGRANDEDONORTE
4. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Karla Vanessa, Anna Karine, Sonaira Larissa, Daniella Cristina, Wil-
ton Rodrigues, Silvana Helena
1. HUAB, Hospital Universitario Ana Bezerra
P125
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE INFECÇÃO HOSPITALAR NA UTI NEO-
NATAL DE UM HOSPITAL DE ENSINO UNIVERSITÁRIO P132
Gilvanildo Roberto da Silva1, Rogélia Herculano Pinto1, Maria da PROJETO PRÁTICAS DE CONTROLE E PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE
Conceição de Lira1 SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) - ANÁLISE DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA
1. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUICO CIRÚRGICA NO HOSPITAL GERAL DE GUARULHOS
2. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Ana Claudia Marques Barbosa Diaz, Ana Carolina Marteline Caval-
3. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO cante Moysés, Noemi Evangelista Martins, Paula Zanellatto Neves,
Jacira Noemia Cassanho, Mariana B. Viviani Silveira Saba
1. ISCMSP - HGG, ISCMSP – OSS – Hospital Geral de Guarulhos
P126
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE INFECÇÃO HOSPITALAR NO SERVIÇO
DE CIRURGIA GERAL DE UM HOSPITAL DE ENSINO UNIVERSITÁRIO P133
Gilvanildo Roberto da Silva1, Maria da Conceição de Lira1, Rogélia INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO HOSPITALAR POR PARTO CESÁREA EM
Herculano Pinto1 HOSPITALUNIVERSITÁRIONOINTERIORDORIOGRANDEDONORTE
1. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Karla Vanessa, Anna Karine, Daniella Cristina, Sonaira Larissa, Wil-
2. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO ton Rodrigues, Silvana Helena
3. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 1. HUAB, Hospital Universitario Ana Bezerra

P127 P134
AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPI- INVESTIGAÇÃODOÍNDICEDEINFECÇÃODESÍTIOCIRÚRGICOPÓS-
TALAR EM HOSPITAIS PÚBLICOS, PRIVADOS E FILANTRÓPICOS DO CESÁREA EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DA GRANDE NATAL,
MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA RIO GRANDE DO NORTE.
Débora Gotardelo Audebert Delage, Girlene Alves da Silva Dharah Puck Cordeiro Ferreira, Alyne Noely Gouveia Vieira, Ana
1. UFJF, Universidade Federal de Juiz de Fora Karina da Camara Dantas, Maria Betânia Maciel da Silva, Tassyana
Pessoa Assis dos Santos
1. UnP, Universidade Potiguar
P128
PERFIL DE MICROORGANISMOS MULTIRRESISTENTES ISOLADOS
EM HEMOCULTURAS EM HOSPITAIS DO RIO DE JANEIRO P135
Rosimeire Bernardes da Cunha Silva1, Ana Cristina do Amaral Jac- VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE CIRURGIAS PLÁSTICAS COM
ques Nakao1, Silvia Cristina De Carvalho1, Marcelle Drumond Pia- IMPLANTE MAMÁRIO BILATERAL: CONTROLE DE MICOBACTÉRIA
zi1, Eduardo Almeida Ribeiro de Castro2 NÃO TUBERCULOSA DE CRESCIMENTO RÁPIDO (MCR)
1. SESDEC RJ, Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil - RJ GIOVANE RODRIGO DE SOUSA1,2, LEANDRO BRUNO DE SOUZA1,
2. HUPE UERJ, Hospital Universitário Pedro Ernesto UERJ MARINA FONSECA LAGE1, LUCIA HADDAD LUPPI MENDONÇA1,
HERBERT CARDOSO MENDONÇA1
1. CLS, CLÍNICA SION CIRURGIA PLÁSTICA ESTÉTICA
P129 2. UFMG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
MONITORAMENTO DAS INFECÇÕES CAUSADAS POR MICRORGA-
NISMOS DE IMPORTÃNCIA EPIDEMIOLÓGICA NO MUNICÍPIO DE
PORTO ALEGRE P136
Andreza Martins INFECÇÃORELACIONADAÀOSTEOSSÍNTESEDEFÊMUREMHOSPI-
1. CGVS/SMS/POA, Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde TAL PÚBLICO: ESTRATÉGIA DE VIGILÂNCIA PÓS-ALTA.
ANELISA DE OLIVEIRA MORAIS1,2, SIMONE FREITAS COELHO
TOSI1,2, CRISTIANA COSTA GOMES1,2, ÂNGELA LOURENÇO LOPES
P130 RODRIGUES1,LUCIANANEVESPASSOS2,DANIELASPERANDIOFEI-
IMPLANTAÇÃODOBUNDLEDEPREVENÇÃODEINFECÇÃODACOR- TOSA DALLA BERNARDINA2, PRISCILA LIMA DA SILVA ALMEIDA2
RENTE SANGUINEA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NO HOS- 1. HEC, Hospital Estadual Central Dr. Benício Tavares Pereira
PITAL SANTA ISABEL, SÃO PAULO 2. NUPEH, Núcleo de Pesquisa em Epidemiologia Hospitalar
Mauro José Costa Salles, Maysa Harumi Yano, Iolanda Lopes de

22
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P137 P144
PREVENINDO A PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNI- IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE BOAS PRÁTICAS NA REDUÇÃO
CA EM UMA UTI GERAL DAS TAXAS DE INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA RELACIONA-
Carlos Eduardo Nassif Moreira, Regina Tranchesi, Maria Apareci- DA A CATETER VENOSO CENTRAL
da Aguiar da Silva, Ana Paula Mikulenas, Fabia Silva, Diva Fukuma, LETICIA CALICCHIO, CAMILA NICKEL, DIEGO JESUS, CELSO AMA-
Marcelo Milan, Denise Freitas, Mirian Jackiu, Adriano Machado RAL, EDUARDO MEDEIROS
1. H9J, Hospital 9 de Julho 1. HUSH, Hospital Unimed Santa Helena

P138 P145
MAPA DE DIVULGAÇÃO DE BACTÉRIAS MULTIRESISTENTES PERFIL DAS INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA EM UNIDADE
Antonio Carlos Campos Pignatari, Regina Tranchesi, Maria Apare- DE TRATAMENTO HEMATOLÓGICO
cida Aguiar da Silva, Ana Paula Mikulenas, Allan Ceccato Mona Lisa Menezes Bruno1,2,3, Socorro Milena Rocha Vasconce-
1. H9J, HOSPITAL 9 DE jULHO los1,2, Andreia Farias Gomes1,2, Andreia Morais Fernandes Loio-
la1,4,2, Germana Perdigão Amaral1,2, Ana Paula Donadi1,6,7, Rita
Paiva Pereira Honório1,2
P139 1. HUWC, Hospital Universitário Walter Cantídio
INFECÇÕESHOSPITALARESEMPACIENTESCOMNEUTROPENIAEM 2. UFC, Universidade Federal do Ceará
UMA UNIDADE ONCO-HEMATOLÓGICA. 3. FATE, Faculdade Ateneu
Karim Yaqub Ibrahim, Fernando Pereira Malgueiro, Cilmara Polido 4. UNIFOR, Universidade de Fortaleza
Garcia, Patrícia Pinheiro Gutierrez, Ligia Camera Pierrotti, Marcelo 5. UNICAMP, Universidade Estadual de Campinas
Bellesso,MaristelaPinheiroFreire,JulianaPereira,DaltondeAlen- 6. FEF, Fundação Educacional de Fernandópolis
car Fischer Chamone, Edson Abdala 7. UECE, Universidade Estadual do Ceará
1. ICESP, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo

P146
P140 COMPARAÇÃO DA VIGILÂNCIA POS ALTA (VPA) COM VIGILÂNCIA
AVALIAÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CRANIOTOMIA: INCI- ATIVA PARA IDENTIFICAÇÃO DAS INFECÇÕES EM CIRURGIAS LIM-
DÊNCIA,EVOLUÇÃOEFATORESDERISCOPARAINFECÇÃODESÍTIO PAS
CIRÚRGICO. Mauro José Costa Salles, Maysa Harumi Yano, Bianca Maria Ma-
ANGELA FIGUEIREDO SOLA, CARLA MORALES GUERRA, EDUARDO glia Orlandi, Iolanda Lopes de Souza Santana, Anderson Garcia
ALEXANDRINO SÉVOLO DE MEDEIROS D´Ingianni
1. UNIFESP, Universidade Federal de São Paulo 1. HSI, Hospital Santa Isabel

P141 P147
PROTOCOLO PARA CONTROLE DE INFECÇÃO EM ASSISTÊNCIA AU- PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO POR ACINETOBACTER BAUMANNII
XILIADA POR ANIMAIS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVER- MULTIRESISTENTEEMESTABELECIMENTOSDESAÚDEDEGOIÂNIA
SIDADE DE SÃO PAULO Zilah Cândida Pereira das Neves, Elisangela Euripedes Resende,
ISA RODRIGUES SILVEIRA, NANCI CRISTIANO SANTOS, DANIELA RI- Sergiane Bisinoto Alves, Gleide Mara Carneiro Tipple, Sueli Lemes
BEIRO LINHARES, ANA CRISTINA BALSAMO, FÁBIO FRANCO Ávila Alves, Fátima Maria Machado, Deybson Augusto dos Santos,
1. HU-USP, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE DE SP Ludemila Cunha, Karla Andrade de Oliveira, Azisa Maria Cintra de
Araújo
P142 1. VISA/DPCISS, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAUDE
IDENTIFICAÇÃO ETIOLÓGICA E ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO
DAS INFECÇÕES HOSPITALARES POR VIRUS RESPIRATÓRIOS EM
UNIDADE PEDIÁTRICA P148
NANCI CRISTIANO SANTOS, ISA RODRIGUES SILVEIRA, ANA CRISTI- PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS COMISSÕES DE CONTROLE DE IN-
NA BALSAMO, VALÉRIA C. CASSETTARI, FÁBIO FRANCO FECÇÃO (CCIH) DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA 2009
1. HU-USP, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE DE SP Zilah Cândida Pereira das Neves, Sergiane Bisinoto Alves, Elisan-
gela Euripedes Resende, Gleide Mara Carneiro Tipple, Sueli Lemes
Ávila Alves, Fátima Maria Machado, Deybson Augusto dos Santos,
P143 Ludemila Cunha, Karla Andrade de Oliveira, Azisa Maria Cintra de
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES RELACIONADAS À AS- Araújo
SISTÊNCIA A SAÚDE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONA- 1. VISA/DPCISS, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAUDE/ VIGILANCIA
TAL E PEDIÁTRICA SANITARIA
IiSA Rodrigues da Silveira, Ana Cristina Balsamo, Valéria Cassetari
Chiarato, Fábio Franco, Nanci Cristiano Santos
1. HU-USP, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE DE SP P149
PERSPECTIVA DE ENFERMAGEM NO CONTROLE DA INFECÇÃO
HOSPITALAR EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
LILIAN FIGUEIRÔA DE ASSIS, SÂMIA MIRELLY ALEXANDRE DE ASSIS

23
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
MARQUES, KENNIA SIBELLY MARQUES DE ABRANTES, GEOFABIO 2. SESA, Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
SUCUPIRA CASIMIRO, HERMERSON NATHANAEL LOPES DE ALMEI-
DA, MAGALY SUÊNYA DE ALMEIDA PINTO, MARIANA QUEIROGA
BARBOSA P155
1. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE Infecções por Acinetobacter spp. multirresistente em um hospital
de referência para doenças infectocontagiosas em Goiânia (GO).
Luciana Leite Pineli Simões1,2,3, Lillian Kelly de Oliveira Lopes1,
P150 Luzinéia Vieira Santos1, Hélio Galdino Júnior3, Elionádia Barbosa
SPHINGOMONAS PAUCIMOBILIS COMO AGENTE DE INFECÇÃO RE- de Miranda1, Mariana Pigozzi Veloso2, Raiza Karoline Almeida de
LACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE Assis2, Sara Moreira Borja2
Fabiana Siroma, Adriana Pires dos Santos, Aline Ferreira de Melo, 1. HDT, Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad
Evelin Amaral Ramos, Najara Maria Procópio Andrade 2. PUC Goiás, Pontifícia Universidade Católica de Goiás
1. HGIS, Hospital Geral de Itapecerica da Serra 3. UFG, Universidade Federal de Goiás

P151 P156
PANDEMIA DE INFLUENZA A H1N1: EXPERIÊNCIA DE UMA EQUIPE ACINETOBACTER BAUMANNII MULTIDROGARESISTENTE EM UM
MULTIDISCIPLINAR PARA O ATENDIMENTO E MANEJO DOS CASOS HOSPITAL DE TRAUMA DO INTERIOR DE SÃO PAULO – UM PRO-
SUSPEITOS ATENDIDOS NO HOSPITAL GERAL DE ITAPECERICA DA BLEMA REAL.
SERRA VivianeResende,JulianeGazetta,SuzanaSilveira,LucianaCampos,
Adriana PIRES DOS SANTOS, ALINE FERREIRA DE MELO, Evelin Claudia Mangini
Amaral Ramos, FABIANA SIROMA, NAJARA PROCÓPIO ANDRADE, 1. HMSJC, Hospital Municipal de São José dos Campos
Ícaro Boszczowski, Lizzie Erthal de Burgo
1. HGIS, Hospital Geral de Itapecerica da Serra
P157
TÍTULO: FREQUÊNCIA DE INFECÇÃO EM PRÓTESE DE ARTICULA-
P152 ÇÃO DE QUADRIL NO HOSPITAL MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS
IMPLANTAÇÃO DE PACOTE DE MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CON- CAMPOS EM UM PERÍODO DE 12 MESES
TROLE DE INFECÇÃO PULMONAR RELACIONADA À VENTILAÇÃO Luciana Campos, Viviane Santos, Juliane Gazetta, Suzana Silveira,
MECÂNICA EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA PARA DOENÇAS INFEC- Claudia Mangini
TOCONTAGIOSAS EM GOIÂNIA (GO). 1. HMSJC, Hospital Municipal de São José dos Campos
Lillian Kelly de Oliveira Lopes1,3, Luciana Leite Pineli Simões1,2,3,
Elionádia Barbosa de Miranda1, Luzinéia Vieira Santos1, LiwcyKel-
ler de Oliveira Lopes3, Thais de Arvelos Salgado3 P158
1. HDT, Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad EPIDEMIOLOGIA DE BACTÉRIAS ISOLADAS EM PACIENTES COM SE-
2. PUC Goiás, Pontifícia Universidade Católica de Goiás CREÇÕES PURULENTAS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO AGRES-
3. UFG, Universidade Federal de Goiás TE – ALAGOAS.
DANIELGOMESCOIMBRA1,ALDAGRACIELECLAUDIODOSSANTOS
ALMEIDA1, ELIZABETH MARIA BISPO BELTRÃO1, MAYARA DEYSE
P153 FREIRE BARBOSA1, SARA AMÉRICO GAMA SANTOS1, FRANCISCO
PREVALÊNCIA DE PNEUMONIA EM PACIENTES SOB VENTILAÇÃO BRUNO DE LIMA VALE1, ELAINE DE LIMA VALE1, MARIA KAROLINA
MECÂNICA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM MARQUES FERREIRA3, EURÍPEDES ALVES DA SILVA-FILHO2, TIAGO
HOSPITAL-ESCOLA DE FORTALEZA-CE GOMES deANDRADE1
MARTA MARIA COSTA FREITAS1, REGINA CLAUDIA FURTADO 1. UFAL - C. Arapiraca, Universidade Federal de Alagoas - UFAL
MAIA2, WALDÉLIA MARIA SANTOS MONTEIRO2, ANA ISABEL FE- (Campus Arapiraca)
CHINE LIMA1, ANNA RAQUEL RAMOS NÓBREGA1, DÉBORA NÓ- 2. UFAL , Universidade Federal de Alagoas - UFAL (Campus A.C.
BREGA BARROSO1, HÉLIO ÂNGELO DONADI1, JAQUELINE GOMES Simões)
DE SOUZA SANTOS1, HILÇA MARIA AZEVEDO PARENTE1 3. UEA, Unidade de Emergência Dr. Daniel Houly
1. HUWC, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO
2. SESA, SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ
P159
PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS E PADRÃO DE RESISTÊNCIA
P154 BACTERIANA EM INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO NA UNIDADE
EPIDEMIOLOGIA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES E PERFIL DE SEN- DE EMERGÊNCIA DO AGRESTE-ALAGOAS
SIBILIDADEDOSMICRORGANISMOSEMUNIDADEDETRANSPLAN- DANIEL GOMES COIMBRA1, ALDA GRACIELE CLAUDIO DOS SAN-
TE HEPÁTICO DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO. TOS ALMEIDA1, ELIZABETH MARIA BISPO BELTRÃO1, MAYARA
MARTA MARIA COSTA FREITAS1, REGINA CLAUDIA FURTADO DEYSE FREIRE BARBOSA1, SARA AMÉRICO GAMA DOS SANTOS1,
MAIA2, WALDÉLIA MARIA SANTOS MONTEIRO2, ANA KARINE FRANCISCO BRUNO DE LIMA VALE1, ELAINE DE LIMA VALE1, MA-
FONTENELE ALMEIDA1, EMANUELA LIMA BEZERRA1, GEYSA AN- RIA KAROLINA MARQUES FERREIRA3, EURÍPEDES ALVES DA SILVA-
DRADE SALMITO1, NEIVA FRANCENELY CUNHA VIEIRA1, PATRICIA FILHO2, TIAGO GOMES DE ANDRADE1
NEYVA DA COSTA PINHEIRO1, RAQUEL GUIMARÃES NOBRE1 1. UFAL - C. Arapiraca, Universidade Federal de Alagoas - UFAL
1. HUWC, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO (Campus Arapiraca)

24
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
2. UFAL - ICBS, Universidade Federal de Alagoas - UFAL (ICBS) 1.FENSG/UPE,FaculdadedeEnfermagemNossaSenhoradasGraças
3. UEA, Unidade de Emergência Dr. Daniel Houly

P166
P160 TUBERCULOSE:PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ATENDI-
PERFIL MICROBIOLÓGICO DAS PNEUMONIAS ASSOCIADA À VEN- DOSEMUMHOSPITALUNIVERSITÁRIOEMNATAL,RIOGRANDEDO
TILAÇÃOMECÂNICAEMUNIDADEDETERAPIAINTENSIVAADULTO NORTE(RN),2009.
DE UM HOSPITAL PRIVADO – SÃO PAULO. FRANCIANE AMORIM DE OLIVEIRA LIMA, ROSANA KELLY DA SILVA
Renata Braz Ralio, Giovana Aleta Borro Kristeller, Nelson Ribeiro MEDEIROS, ANA BEATRIZ MEDEIROS DE SIQUEIRA, BÁRNORATHE-
Filho RESA DANTAS, ANNA LÍVIA DE MEDEIROS DANTAS, ANA PAULA DE
1. HMA - Medial, Hospital Alvorada Moema - Medial Saúde SOUZA SANTOS, LUCIANA MELO RIBEIRO
1. HUOL, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES

P161
UNIDADESDETERAPIAINTENSIVA“INFORMAIS”PODEMOCULTAR P167
CELEIROS DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA EM SAÚDE. HEPATITES VIRAIS:PERFIL DO ENCERRAMENTO DAS INVESTIGA-
ELAINE SILVA DE FREITAS, ADRIANA ESTELA BIASOTI GOMES, SIL- ÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO
VIA EDUARA KENNERLY ALBUQUERQUE, DANIELA PONCE, SAN- MUNICÍPIO DO NATAL,RIO GRANDE DO NORTE (RN),2009.
DRA MARA QUEIROZ RICCHETTI, CARLOS MAGNO CASTELO BRAN- FRANCIANE AMORIM DE OLIVEIRA LIMA, LUCIANA MELO RIBEIRO,
CO FORTALEZA ANNA LÍVIA DE MEDEIROS DANTAS, ANA BEATRIZ MEDEIROS DE
1. CCIRAS - FMB-UNESP, CCIRAS - Faculdade de Medicina de Botu- SIQUEIRA, SANDRA PARTRÍCIA SARAIVA CIPRIANO, PATRÍCIA CA-
catu, UNESP. BRAL FERREIRA, KÁTIA REGINA BARROS RIBEIRO, ANA ELZA OLI-
VEIRA DE MENDONÇA, RODRIGO ASSIS NEVES DANTAS, BÁRNORA
THERESA DANTAS
P162 1. HUOL, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
PREVALÊNCIAS SERIADAS: UMA ALTERNATIVA PARA A VIGILÂNCIA
DAS INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA EM SAÚDE PARA
UNIDADES NÃO-INTENSIVAS DE GRANDES HOSPITAIS? P168
ADRIANA ESTELA BIASOTI GOMES, ELAINE SILVA DE FREITAS, SIL- ASPECTOS CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICOS DOS CASOS DE HANSENÍ-
VIA EDUARA KENNERLY ALBUQUERQUE, SANDRA MARA QUEIROZ ASE DIAGNOSTICADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO MU-
RICCHETTI, DANIELA PONCE, CARLOS MAGNO CASTELO BRANCO NICÍPIO DO NATAL,RIO GRANDE DO NORTE (RN), EM 2009.
FORTALEZA FRANCIANE AMORIM DE OLIVEIRA LIMA, ANA BEATRIZ MEDEIROS
1. CCIRAS - FMB-UNESP, CCIRAS - Faculdade de Medicina de Botu- DESIQUEIRA,LUCIANAMELORIBEIRO,SANDRAPATRÍCIASARAIVA
catu, UNESP. CIPRIANO, FLÁVIA SANTOS DA SILVA, BÁRNORA THERESA DANTAS
1. HUOL, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES

P163
TOLERÂNCIA ZERO PARA INFECÇÕES DE CORRENTE SANGÜÍNEA P169
ASSOCIADA À CATETER VENOSO CENTRAL NO CENTRO DE TERA- INFLUENZA PANDÊMICA (H1N1) NO HOSPITAL GERAL DE GUA-
PIA INTENSIVA PEDIÁTRICA: INDICADOR DE QUALIDADE DA ASSIS- RULHOS - SP: EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM
TÊNCIA. 2009
MARIAFATIMASANTOSCARDOSO,LUCICORRÊA*,SIMONEBRAN- Jacira Noemia Cassanho, Mariana Bernardi Viviani Silveira, Lean-
DI, MILENA SICILIANO NASCIMENTO, ADALBERTO STAPE, DENISE dra de Souza, Paula Zanelatto Neves, Ana Carolina Marteline Ca-
POURRAT DAL’GE, EDUARDO JUAN TROSTER, SULIM ABRAMOVICI valcante, Ana Cláudia Barbosa Diaz, Noemi Evangelista Martins
1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein 1. HGG, Hospital Geral de Guarulhos

P164 P170
ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DA COMISSÃO DE CONTROLE DE INFEC- PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MENINGITE NO-
ÇÃO HOSPITALAR NOS HOSPITAIS DE PERNAMBUCO TIFICADOS NO HOSPITAL GERAL DE GUARULHOS – SP
MARIA LUCIA DE SOUZA MONTEIRO, KARINE MARIA ARAUJO DE Jacira Noemia Cassanho, Mariana Bernardi Viviani Silveira, Lean-
PAIVA, LETICIA MOURA MULATINHO, MARIANA ARRAES ALENCAR dra de Souza, Paula Zanelatto Neves, Ana Carolina Marteline Ca-
SAMPAIO, MOANNA ARRAES ALENCAR, ZULEIDE DO CARMO PAES valcante, Ana Cláudia Barbosa Diaz, Noemi Evangelista Martins
1. APEVISA, AGENCIA PERNAMBUCANA DE VIGILANCIA SANITARIA 1. HGG, Hospital Geral de Guarulhos

P165 P171
AVALIAÇÃO NORMATIVA DOS NÚCLEOS DE EPIDEMIOLOGIA HOS- INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO DE PPD NOS PROFISSIONAIS DE
PITALAR DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE SAÚDE SITUADOS NO SAÚDE DO MUNICÍPIO DE BELFORD ROXO – RJ
RECIFE-PE LETICIA JANOTTI, MARIA DO SOCORRO NEVES, JUSSARA MENDES,
Audenes de Oliveira Melo, Emanuela de Oliveira Silva, Jacyra Sa- SHIRLEI AGUIAR, DANIELE PACHECO, ELKA ALCANTARA
lucy Antunes Ferreira, Vantuí Ferreira dos Santos Filho 1. NVEBR, Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Belford Roxo, RJ.

25
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P172 ZA A(H1N1) EM UM HOSPITAL GERAL
EPIDEMIOLOGIA DA DENGUE NO MUNICÍPIO DE CEL. JOÃO PES- Lourdes das Neves Miranda, Gisele Izael da Silva Gonçalves, Cris-
SOA – RN DE 2006 A 2009 tiane Aparecida Betta, Flávia Juceli Silva, Andréia Nunes de Barros,
Alcides Viana de Lima Neto, Isaiane da Silva Carvalho, Pedro Ber- Fabiana Silva Vasques, Jane Silva de Oliveira, Thiago da Silva Men-
nardino da Costa Júnior, Vilani Medeiros de Araújo Nunes des, Christian Leonardo Ferreira Campos
1. FATERN, Faculdade de Excelência Educacional do Rio Grande do 1. HGP, Hospital Geral de Pirajussara - SPDM
Norte

P179
P173 CORRELACAO ENTRE AS BACTEREMIAS POR MICRORGANISMOS
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS NO RIO GRANDE DO NORTE NO MULTIRRESISTENTES E IDADE ACIMA DE 65 ANOS EM PACIENTES
PERÍODO DE 2005 A 2009 DA UTI DE UM HOSPITAL PRIVADO DO RIO DE JANEIRO NO ANO
Isaiane da Silva Carvalho, Pedro Bernardino da Costa Júnior, Alci- 2009
des Viana de Lima Neto, Maria Antonieta Delgado Marinho JULIO CESAR DELGADO CORREAL3, GABRIELA DE LIMA ALMEIDA2,
1. FATERN, Faculdade de Excelência Educacional do Rio Grande do MARIA DE FREITAS VILELA2, MANUEL CARLOS MOREIRA BENI-
Norte TEZ2, ROGERIO RUFINO3,1, CECILIA DE MEDEIROS VIDAL2, PAULO
VIEIRA DAMASCO1,2,3
1. HRL, HOSPITAL RIO LARANJEIRAS
P174 2.UNIRIO,UNIVERSIDADEFEDERALDOESTADODORIODEJANEIRO
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM UM 3. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO
HOSPITALFEDERALDEALTACOMPLEXIDADENORIODEJANEIROA
PARTIR DA ESTRATÉGIA DA PREVALÊNCIA PONTUAL
LIA CRISTINA GALVÃO DOS SANTOS1, SIMONE MOREIRA1, MAU- P180
RÍCIO DE ANDRADE PEREZ2, MAGDA DE SOUZA DA CONCEIÇÃO1, INFLUENZA A H1N1: PREVENÇÃO É INFORMAÇÃO OU INFORMA-
ANA MARIA VEIGA MARQUES GRAÇA1, MARIA APARECIDA JAR- ÇÃO É PREVENÇÃO?
DIM SILVA1, ALEXANDRE CARDOSO BAPTISTA1, REGIS MARIANO CRISTIANE KARLA SILVA, ALESSANDRA A. RODRIGUES GIMENES,
DE ANDRADE1, CAROLINA ROMERO CARDOSO MACHADO1, NIL- ALEXANDRE L. G. PINHO LINS, DIVA REGINA MENOLLI, LINDALVA
SON DOS SANTOS COUTO1 DA CRUZ MELO, THAÍS DE SOUZA MACHRY
1.HFB,MINISTÉRIODASAÚDE-HOSPITALFEDERALDEBONSUCESSO 1. HPC, HOSPITAL POLICLÍNICA CASCAVEL LTDA.
2. NESC UFRJ, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

P181
P175 INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA NOS SER-
AVALIAÇÃO DA VIGILÂNCIA DA INFLUENZA NUMA UNIDADE SEN- VIÇOS DE HEMODIÁLISE DO ESTADO DA BAHIA EM 2009
TINELA (2007-2009). Marilene Soares da Silva Belmonte, Fátima Maria Nery Fernandes
GEANE RODRIGUES CHAVES, REBEKA ALVES CARIBÉ, FABIANE DE 1. SESAB/DIVISA, Secretaria da Saúde do Estado da Bahia
LIMA, ADELMA SOUZA FRANCO
1. HPMCG, UNIDADE PEDIÁTRICA HOSPITAL MARIA CRAVO GAMA
P182
PREVALÊNCIA DOS AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO EM UM HOSPITAL
P176 PEDIÁTRICO UNIVERSITÁRIO
AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE LEISHMANIOSE VISCERAL NO PATRÍCIA TAVEIRA DE BRITO ARAÚJO, Juliana Teixeira Jales Menes-
MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA NO PERÍODO DE 2004 A 2009 cal Pinto, Déborah Dinorah De Sá Mororó, Mylena Taise Azevedo
Frederico Fávaro Ribeiro1, Bruna Lopes da Silva2, Maria Eliane Lima, Valéria Jâne Jácome Fernandes, Rafaela Antunes Peres, Ger-
Moreira Freire2,3, Bolívar Ponciano Goulart de Lima Damasceno1 vina Brady Moreira Holanda
1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba - Campus V 1. HOSPED, Hospital de Pediatria Prof. Heriberto Ferreira Bezerra
2. UFPB, Universidade Federal da Paraíba
3. FASER, Faculdade Santa Emília de Rodat
P183
ANÁLISE DOS ÓBITOS FETAIS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO IN-
P177 TERIOR DO RIO GRANDE DO NORTE
CORRELAÇÃO ENTRE A MORTALIDADE E A FREQÜÊNCIA DE COLO- Wilton Rodrigues Medeiros1,2, Silvana Helena Neves de Medei-
NIZAÇÕES / INFECÇÕES POR Acinetobacter spp. MULTIRRESISTEN- ros1,2, Karla Vanessa Rodrigues Soares1, Ana Maria Monteiro Ca-
TE EM UNIDADES DE TRATAMENTO INTENSIVO EM UM HOSPITAL valcanti1, Sonaira Larissa Varela de Medeiros1, Elza Maria Fernan-
UNIVERSITARIO DO RIO DE JANEIRO des S. de Melo1
EDUARDO A.R. CASTRO, PAULO VIEIRA DAMASCO, SILVIA THEES 1. HUAB-UFRN, Hospital Universitário Ana Bezerra
CASTRO, JULIO CESAR DELGADO CORREAL 2. SESAP-RN, Secretaria de Saúde Pública do Estado do Rio Grande
1. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO do Norte

P178 P184
EXPERIÊNCIAS NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DE INFLUEN- PREVALÊNCIA DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE CARUARU-PE,

1
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
NO PERÍODO DE 2001 A 2005. CLAUDIAFERREIRA,HAIRTONAZEVEDO,MAISAAZEVEDO,RENATA
Laís de Macêdo Ferreira Santos Santos, Débora Miria do Nasci- BARROS, ROCHA KENIA, ALINE SILVA, LIDIA MELO
mentoMacêdoMacêdo,DéboraSoledadedeOliveiraOliveira,Wi- 1. HGV, HOSPITAL GALBA VELLOSO
lnikadoCarmoBarrosBarros,IaraTienedeLimaMeloMelo,Diego
Augusto Lopes de Oliveira Oliveira
1. ASCES, Associação Caruaruense de Ensino Superior P191
VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA DAS INFECÇÕES RELACIONADAS AO
ACESSO VASCULAR EM CRIANÇAS EM HEMODIALISE
P185 Carolina Sucupira, Marcelo Luiz Abramczyk, Maria Isabel de Mo-
PANDEMIAINFLUENZAA(H1N1)2009EMPELOTAS-RS-ESFORÇOS raes Pinto
E RESULTADOS 1. UNIFESP, Universidade Federal de SãoPaulo - São Paulo - SP
ANA CAROLINA ISSLER FERREIRA KESSLER1, AFRÂNIO KRÜGER1,
MARILENE BURIOL FARINHA1, JUNIOR ANDRÉ DA ROSA1, FRAN-
CISCO ISAÍAS2 P192
1. HE-UFPEL, Hospital Escola - UFPEL - Pelotas-RS INVESTIGAÇÃO DE ÓBITO INFANTIL EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
2. SMS/PELOTAS-RS, Secretaria Municipal de Saúde - Pelotas-RS NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO NORTE
Karla Vanessa, Anna Karine, Daniella Cristina, Sonaira Larissa, Wil-
ton Rodrigues, Silvana Helena
P186 1. HUAB, Hospital Universitario Ana Bezerra
AVALIAÇÃO DOS AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA EM
UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE DE MONTES CLAROS - MINAS
GERAIS. P193
CLÁUDIA ALVARENGA DINIZ FONSECA¹, ANA CECÍLIA VERSIANI DU- ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA EVOLUÇÃO DOS CASOS SUSPEITOS
ARTE PINTO¹, FERNANDA OLIVEIRA LOPES¹, DIEGO RANIERI ALVES¹ E CONFIRMADOS DE INFLUENZA A H1N1 INTERNADOS EM UM
1. UNIMONTES, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS HOSPITAL GERAL PRIVADO NO PERÍODO DE JULHO DE 2009 A FE-
VEREIRO DE 2010
Rodrigo Rocha, Silvana Ricardo, Marina Lage, Camila Alves, Raquel
P187 Costa, Jairo Carvalho
HEPATITES VIRAIS: PERFIL DO ENCERRAMENTO DAS INVESTIGA- 1. HMD, Hospital Mater Dei
ÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS EM UM HOSPITAL DO MUNICÍPIO DO
NATAL, RIO GRANDE DO NORTE (RN), 2009.
ANNA LIVIA MEDEIROS DANTAS, LUCIANA MELO RIBEIRO, FRAN- P194
CIANE AMORIM DE OLIVEIRA LIMA, ANA BEATRIZ MEDEIROS DE PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES SUSPEITOS DE INFLUEN-
SIQUEIRA, SANDRA PATRICIA SARAIVA CIPRIANO, BARNORA THE- ZA A H1N1 NOTIFICADOS E INVESTIGADOS PELO NÚCLEO DE VIGI-
RESADANTAS,PATRICIACABRALFERREIRA,KATIAREGINABARROS LÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA
RIBEIRO, ANA ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇA, RODRIGO ASSIS NE- GILBERTO DA LUZ BARBOSA1,2, JUSSARA GOMES1,2, MÁRCIA
VES DANTAS RIBEIRO1, ANA PAULA ZANELLA1, NATÁLIA NESPOLO DE PAULA1,
1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE DIONARA SCHLICHTING1, HANNA NOSCHANG2,1, BRUNA BOA-
RIA ZANANDREA2,1, EUGÊNIO PAGNUSSAT NETO2,1, MAGDA LU-
NELLI2,1
P188 1. HSVP, HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO
INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO HOSPITALAR NOS HOSPITAIS DO ESTA- 2. UPF, UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
DO DA BAHIA EM 2009
Ezinete de Oliveira Dorea, Fátima Maria Nery Fernandes
1. SESAB/DIVISA, Secretaria da Saúde do Estado da Bahia P195
PERFILEPIDEMIOLÓGICODOSCASOSDEHEPATITESVIRAISNOTIFI-
CADOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA, ALAGOAS, 2006 a 2009
P189 Edna Maria Marques Melo1, Waneska Alexandra Alves2, Leila Be-
EPIDEMIOLOGIA DE MIÍASES EM PACIENTES ATENDIDOS EM HOS- atriz dos Santos Calazans2, George Vasconcelos Calheiros de Oli-
PITAL PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO veiraCosta2,LariceCarolinedeBarrosSilva2,IvanilzaEmilianodos
Rhycktielle Gladysman Ferrer Carneiro, Nathalia Raposo Thomp- Santos1, Augusto Suzart Pimenta Neto1
son, Thales Grôppo Felippe, Raphael Pietsch França Fontes, Clau- 1. HUPAA, Hospital Universitário Professor Alberto Antunes
diaSoaresSantosLessa,ValeriaMagalhaesAguiarCoelho,Barbara 2. UFAL, Universidade Federal de Alagoas
deQueirozGadelha,BarbaraProençadoNascimento,AndréRicar-
do Acacio Veloso, Marina de Oliveira Hoerlle
1. Unirio, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro P196
PERFIL CLINICO-EPIDEMIOLOGICO DOS CASOS DE INFLEUZA A
(H1N1) NO HOSPITAL DAS CLINICAS DA FACULDADE DE MEDICINA
P190 DE MARILIA
PREVALËNCIA DAS INDICAÇÕES DE ANTIMICROBIANOS EM HOS- CAMILA MARCONDES DE OLIVEIRA MARTINS, CASSANDRA LUC-
PITAL PÚBLICO DE BELO HORIZONTE DA FUNDAÇÃO HOSPITALAR CHESI DIAS, ANA LUCIA MAIESI LEITE, CLEONICE FERNANDES MO-
DE MINAS GERAIS. REIRA E FERNANDES, LUCIANA PEDRAL SAMPAIO SGARBI, MARIA

2
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ZILMA DOS SANTOS, LUCIANA DORETTO, IONE FERREIRA SANTOS, P203
SONIA APARECIDA DOS SANTOS OLIVEIRA, LAYLA DARWICHE A ENFERMAGEM FRENTE AOS RISCOS OCUPACIONAIS E AGENTES
1. FAMEMA, FACULDADE DE MEDICINA DE MARILIA DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
MARA WANESSA LIMA E SILVA, JOSYANNE ALVES NEVES, GEORGE
LUCAS DE MACEDO ROCHA REIS, DANILO GONÇALVES DANTAS,
P197 WESLLANY SOUSA SANTANA, MARCIA HELENA RODRIGUES DA
TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE SILVA
PACIENTES ADMITIDOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 1. UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI
LILIANFIGUEIRÔADEASSIS,KENNIASIBELLYMARQUESDEABRAN-
TES, GEOFABIO SUCUPIRA CASIMIRO, HERMERSON NATHANAEL
LOPES DE ALMEIDA, MAGALY SUÊNYA DE ALMEIDA PINTO, MA- P204
RIANA QUEIROGA BARBOSA, ARIADNE PEREIRA PEDROZA, VLADIA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA SEM USO DE LUVAS: O RISCO EX-
PINHEIRO DE SOUSA PLÍCITO
1. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE KATIANE MARTINS MENDONÇA, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIP-
PLE, MARINÉSIA APARECIDA PRADO PALOS, FABIANA RIBEIRO RE-
ZENDE, FRANCINE VIERA PIRES, HELINY CUNHA CARNEIRO NEVES
P198 1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FE-
MENINGITE MENINGOCÓCICA COM COMPROMETIMENTO DE PA- DERAL DE GOIÁS
RES CRANIANOS E HEMIPARESIA: RELATO DE CASO
Fabiana Siroma, Aline Ferreira de Melo, Adriana Pires dos Santos,
Evelin Amaral Ramos, José Albani de Carvalho Junior, Rodrigo Cru- P205
vinel Figueiredo, Najara Maria Procópio Andrade ATIVIDADE EDUCATIVA EM BIOSSEGURANÇA: ACADÊMICOS DE
1. HGIS, Hospital Geral da Itapecerica da Serra ENFERMAGEM E SAÚDE LABORAL
DiegoAugustoLopesOliveira,VanessaJuvinoSousa,RaquelBezer-
ra dos Santos, Andrea Damasceno de Oliveira, Lucicleide Odília do
P199 Nascimento Nunes
ESTUDO DE PREVALÊNCIA EM SERVIÇO DE ATENDIMENTO ESPE- 1. FACULDADE ASCES, ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DE ENSINO
CIALIZADO EM DST/AIDS. SUPERIOR
ELISABETH SANTIAGO DREYER, JOSIMAR SOARES SANTANA,, JO-
SIANMEDEIROS,JOSÉIPIRANGÉQUEIROZ,ANACAROLINAMEDEI-
ROSARAÚJO,MICHELACORDEIROMELO,MARTHAMARIAROMEI- P206
RO FONSECA, AMANDA DEY PAULA LIMA DA SILVA MEDIDAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR EFETIVAS NA
1. HOF, HOSPITAL OTÁVIO DE FREITAS ATUAL PANDEMIA DE INFLUENZA A (H1N1) EM HOSPITAL ONCO-
LÓGICO
Ana Carolina Martins, Carla Sakuma de Oliveira Bredt, Audrey Re-
P200 gina Horochoski, Carmem Mendonça Fiori, Aline Carla Rosa, Ade-
AÇÃO SANITÁRIA PARA CONTROLE DO PROCESSAMENTO DE INS- mar Dantas da Cunha Junior
TRUMENTAIS CANULADOS E TUBULARES UTILIZADOS EM CIRUR- 1. UOPECCAN, Hospital do Câncer de Cascavel
GIAS PLÁSTICAS, NO ESPÍRITO SANTO
ANGELA LOURENÇOLOPES RODRIGUES, MARIA DO CARMO BO-
NINSENHA, RITA LECCO FIORAVANTI P207
1. SESA, SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ES ADESÃO À PRÁTICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS POR PARTE DOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UM PROGRAMA DE SAÚDE DA FA-
MÍLIA (PSF), ZONA RURAL DA CIDADE DE MOSSORÓ – RN.
P201 Katiuscia Hellen Chaves Reinaldo, Aline Kallian de Melo Cardoso,
EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS Laysla Talline Alves Praxedes, Lígia Gabriela Santos Amorim, Kalya-
NA VIDA DOS TRABALHADORES ne Kelly Duarte de Oliveira, Hanna Emanuela dos Santos Pereira,
LUANACÁSSIAMIRANDARIBEIRO1,ADENÍCIACUSTÓDIASILVAESOU- Gláucia Roberta Batista Rocha, Sarah Lavínia Nobre Fernandes,
ZA1, HELINY CARNEIRO CUNHA NEVES1, DENIZE BOUTTELET MUNA- Virgínia Brenna de Paula Góis, Joneide Gomes Bezerra
RI1,MARCELOMEDEIROS1,ANACLARAFERREIRAVEIGATIPPLE1 1. UNP, Universidade Potiguar
1.FEN/UFG,FaculdadedeEnfermagem/UniversidadeFederaldeGoiás
2.FEN/UFG,FaculdadedeEnfermagem/UniversidadeFederaldeGoiás
P208
GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS PRODUZIDOS EM CONSULTÓ-
P202 RIOS ODONTOLÓGICOS DE SALVADOR-BA.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL: O AMBIENTE DE TRA- Ana Cristina Azevedo Moreira1,2, Andréa Padre1, Mariana Ce-
BALHO COMO FATOR DETERMINANTE PARA A ADESÃO draz1, Davi Curi1, Rodrigo Luna1, Daniela Vidigal1
Heliny Carneiro Cunha Neves, Adenícia Custódia Silva e Souza, Lu- 1. UFBA- ICS, Universidade Federal da Bahia Instituto de Ciências
anaCássiaMirandaRibeiro,AnaclaraFerreiraVeigaTiipple,Silvana da Saúde
de Lima Vieira dos Santos, Katiane Martins Mendonça 2. UNEB, Universidade do Estado da Bahia
1. FEN/UFG, Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal
de Goiás

3
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P209 IARA TIENE DE LIMA MELO, DÉBORA MIRIA DO NASCIMENTO MA-
COBERTURAVACINALPARAHEPATITEBENTREALUNOSDOCURSO CÊDO, LAÍS DE MACÊDO FERREIRA SANTOS, WÍLNIKA DO CARMO
DE MEDICINA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DE MINAS GERAIS BARROS, DIEGO AUGUSTO LOPES OLIVEIRA
Adriana Cristina de Oliveira, Maria Henriqueta Rocha Siqueira Pai- 1. ASCES, Associação Caruaruense de Ensino Superior
va, Adriana Oliveira de Paula, Camila Sarmento Gama
1. EEUFMG, Escola de Enfermagem da Universidade Federal de
Minas Gerais P216
LAVAGEM DAS MÃOS NO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR:
UM ESTUDO SOBRE A EXECUÇÃO DA TÉCNICA.
P210 IARA TIENE DE LIMA MELO, DÉBORA MIRIA DO NASCIMENTO MA-
CONSCIENTIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM SOBRE CÊDO, DÉBORA SOLEDADE DE OLIVEIRA, LAÍS DE MACÊDO FER-
OS RISCOS DA MANIPULAÇÃO INCORRETA DE PERFUROCOTANTES REIRA SANTOS, WÍLNIKA DO CARMO BARROS, DIEGO AUGUSTO
E A CONTRIBUIÇÃO DOS EPIs NA PROFILAXIA DE INFECÇÕES. LOPES OLIVEIRA
RITA DE CÁSSIA FERREIRA LINS*, HÁKILLA PRICYLA DE JESUS SOU- 1. ASCES, Associação Caruaruense de Ensino Superior
ZA, SORAIA LINS DE ARRUDA COSTA, FABRICYA CAVALCANTE DOS
SANTOS,TATIANAMARIADASILVA,MARIADACONCEIÇÃOCAVAL-
CANTE DE LIRA P217
1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL: PRÁTICA DE BIOSSE-
GURANÇA E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Karla Romana Ferreira de Souza1,1,1, Graciete Chagas de Oli-
P211 veira2,2,2, Gleice Rodrigues Gomes de Melo2,2,2, Diana Léa do
PRECAUÇÕES PARA AEROSSÓIS: A PRÁTICA OBSERVADA EM UM Nascimento2,2,2, Rose Mary Rodrigues de Souza2,2,2, Lucimar
HOSPITALDEDOENÇASINFECTO-CONTAGIOSASDOCENTRO-OESTE da Silva Oliveira2,2,2, Joselma Pereira da Silva2,2,2, José Rocha da
MONIQUELOPESDESOUZA1,LILIANKELLYOLIVEIRALOPES2,ANA- Silva2,2,2, Bartolomeu José dos Santos Júnior1,1,1, Maria da Con-
CLARA FERREIRA VEIGA TIPPLE1, LUCIANA LEITE PINELI SIMÕES2, ceição Cavalcanti de Lira1,1,1
ELIONÁDIA BARBOSA MIRANDA2, HÉLIO GALDINO JÚNIOR1 1. UFPE, Universidade Federal de Pernanbuco-CAV
1. FEN / UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM (UFG) 2. FACIPE, Faculdade Integrada de Pernambuco
2. HDT, HOSPITAL ANUAR AUAD

P218
P212 A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURANÇA NO CONTROLE DE ACIDEN-
ESTUDO SOBRE A NÃO ADOÇÃO ÀS NORMAS DE BIOSSEGURANÇA TES DE TRABALHO ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE
POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE: UMA REVISÃO DE LITERATURA. DANILO GONÇALVES DANTAS, MARCELA PORTELA RESENDE RU-
HÊNIA RAMALHO DE MELO RAMALHO, SORAYA MARIA DE MEDEI- FINO, MIRTES SOUSA SÁ, JOSYANNE ARAÚJO NEVES, GRAZIELLE
ROS MEDEIROS, FRANCIANE AMORIM DE OLIVEIRA LIMA LIMA ROBERTA FREITAS DA SILVA
1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 1. UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI

P213 P219
PERFURAÇÃO DE LUVAS CIRÚRGICAS EM CIRURGIAS GERAIS: RIS- PERCEPÇÕES DOS ENFERMEIROS ACERCA DA PRÁTICA DE BIOSSE-
CO BIOLÓGICO PARA PROFISSIONAIS E PACIENTES GURANÇA NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE
Lorena Rodrigues Teixeira e Silva3, Eurides Santos Pinho2, Van- CAJAZEIRAS, PARAÍBA
derléia Patrícia Freitas Nunes Borges2, Anaclara Ferreira Veiga MARCONNI ALVES FERREIRA, ANNE CAROLINE ALMEIDA DUARTE
Tipple2,1 DA CRUZ, PATRÍCIO JÚNIOR HENRIQUE DA SILVEIRA, MILENA NU-
1. HC-UFG, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás NES ALVES DE SOUSA, ADAIRIS FONTES BALBINO
2. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de 1. FSM, FACULDADE SANTA MARIA
Goiás
3.FM-UFG,FaculdadedeMedicinadaUniversidadeFederaldeGoiás
P220
CARACTERIZAÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM PÉRFURO-
P214 CORTANTEENVOLVENDOPROFISSIONAISDESAÚDEEMMATERNI-
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓ- DADE DE REFERÊNCIA NO MEIO NORTE DO BRASIL.
GICO REGISTRADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RECIFE MARCOS RESENDE DE SOUZA LIMA, ELNA JOELANE L.S. AMARAL,
JULIAN KATRIN ALBUQUERQUE DE OLIVEIRA, IVANISE TIBÚRCIO GISLAINE CASTRO ARAÚJO, ISABEL CRISTINA LIMA MIRANDA, JO-
CAVALCANTE DA SILVA, APARECIDA VIRGÍNIA TELES, REBECA MA- SIANE ALVES LIMA, NADIA CRISTINA SANTANA GOMES, GINA NO-
CHADO ROCHA, POLLYANA GOMES ROSENDO GUEIRA DE MATIAS ARAUJO
1. HUOC, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ 1. CIAMCA, U S Wall Ferraz

P215 P221
USODEEQUIPAMENTOSDEPROTEÇÃOINDIVIDUALPELAEQUIPEDE BIOSSEGURANÇA RELACIONADA COM O PROFISSIONALISMO E O
ENFERMAGEMDEUMHOSPITALDOMUNICÍPIODECARUARU-PE. MEIO AMBIENTE

4
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
EDJANE SOUSA ANDRADE ANDRADE, JOSE JONATHAS ALBUQUER- Sheyla Gomes Pereira de Almeida, Cleonice Andrea Alves Caval-
QUE DE ALMEIDA ALMEIDA, ANKILMA DO NASCIMENTO ANDRA- cante, Elisângela Franco de Oliveira Cavalcante
DE ANDRADE, ANNA KARLA BRANDAO MENEZES MENEZES, JULIA- 1. EEN/UFRN, Escola de Enfermagem de Natal/UFRN
NA DIAS FERREIRA SILVA SILVA, MARÍLIA DIAS BRAGA BRAGA
1. FSM, FACULDADE SANTA MARIA
P229
RISCO BIOLÓGICO ENTRE TRABALHADORES DO SERVIÇO DE HIGIE-
P222 NIZAÇÃO E LIMPEZA
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE: RE- Priscilla Santos Ferreira, Anaclara Ferreira Veiga Tipple, André Nu-
VISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA nes Gomes de Almeida, Dulcelene de Sousa Melo
LIWCY KELLER OLIVEIRA LOPES, DAYANE XAVIER DE BARROS, LU- 1. FEN / UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE
ANA CÁSSIA MIRANDA RIBEIRO, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIP- FEDERAL DE GOIÁS
PLE, ADENÍCIA CUSTÓDIA SILVA E SOUZA
1. UFG, Universidade Federal de Goiás
P230
ACIDENTES COM MATERIAL PERFUROCORTANTE ENTRE PROFIS-
P223 SIONAIS DE SAÚDE EM HOSPITAL PRIVADO DE VITÓRIA DE SANTO
MEDIDASDESEGURANÇAFRENTEAORISCOBIOLÓGICONOSCUR- ANTÃO - PE
SOS DE GRADUAÇÃO DA ÁREA DA SAÚDE DO ESTADO GOIÁS DILMA MARIA DA SILVA, SIMARA LOPES CRUZ, SUZANA DE OLIVEI-
DAYANE XAVIER DE BARROS, LIWCY KELLER OLIVEIRA LOPES, ANA- RA MANGUEIRA, ZAILDE CARVALHO DOS SANTOS
CLARA FERREIRA VEIGA TIPPLE, SILVANA LIMA VIEIRA SANTOS 1. UFPE-CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO-CAV
1. UFG, Universidade Federal de Goiás

P231
P224 ADESÃO AO ACOMPANHAMENTO DA SOROCONVERSÃO EM ACI-
ARTICULAÇÃOENSINOSERVIÇO:BUSCANDOESTRATÉGIASDEAGI- DENTE BIOLÓGICO OCUPACIONAL COM PACIENTE FONTE DESCO-
LIDADE E SEGURANÇA NO ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE ACIDEN- NHECIDO
TE COM MATERIAL BIOLÓGICO Francisco de Assis Filocre Saraiva Júnior, Cíntia Barros de Queiroz,
LIWCY KELLER OLIVEIRA LOPES1, ANACLARA FERREIRA VEIGA TI- Cláudia Alvarenga Diniz Fonseca, Isis Gabriella Antunes Lopes
PPLE1, GISELE PALAZZO2, HEBE MACEDO2, ANA CRISTINA BRAZ 1. UNIMONTES, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
OLIVEIRA STÁBELE2, DAYANE XAVIER DE BARROS1, MARINÉSIA
APARECIDA PRADO PALOS1
1. UFG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS P232
2. SES, Secretaria Estadual de Saúde Estado de Goiás EXPOSIÇÃO AO MATERIAL BIOLÓGICO EM PROFISSIONAIS DE SAÚ-
DE EM HOSPITAL DE ENSINO - 14 ANOS DE ACOMPANHAMENTO
- QUEM ESTÁ MAIS EXPOSTO?
P225 ANA CAROLINA ISSLER FERREIRA KESSLER, MARILENE TEREZINHA
BIOSSEGURANÇA: SEGUIR OU NÃO SEGUIR, EIS A QUESTÃO! BURIOL FARINHA, JUNIOR ANDRÉ DA ROSA
CRISTIANE KARLA SILVA, FABIANE KARINA DIAS SILVA, GISIANNE 1.HE-UFPEL,HospitalEscola–UniversidadeFederaldePelotas-RS
TOZATTO WAKIMOTO, THAIS DE SOUZA MACHRY
1. CASS P.D. LTDA, CASS PROCESSAMENTO DE DADOS LTDA
P233
RISCOS OCUPACIONAIS EM CENTROS DE RADIODIAGNÓSTICO
P226 COM BASE NA NORMA REGULAMENTADORA 32(NR32) DO MINIS-
PRECAUÇÕESHOSPITALARES:FALTADEHÁBITOOUCONHECIMEN- TÉRIO DO TRABALHO
TO? BARTOLOMEU SANTOS, MARIA DA CONCEIÇÃO LIRA, SYLVIA LE-
Melisse Ortiz, Vanessa Cargnelutti, Janete Machado, Doris Lazaro- MOS HINRICHSEN, TATIANA AGUIAR, BRUNO HENRIQUE
to, Janine Rauber, Marcelo Carneiro, Eliane Krummenauer 1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
1. HSC, Hospital Santa Cruz

P234
P227 INADEQUAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA PRÁTICA DE
PERFIL DOS ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO EM UM HOS- BIOSSEGURANÇA EM UMA TRIAGEM OBSTÉTRICA
PITAL DE PEQUENO PORTE HÁKILLA PRICYLA DE JESUS SOUZA*, SORAIA LINS DE ARRUDA
Eliane Krummenauer, Marcelo Carneiro, Janete Machado, Dóris COSTA, RITA DE CÁSSIA FERREIRA LINS, FABRICYA CAVALCANTE
Lazaroto, Jose Emerson Correa DOS SANTOS, PAULA ELIZABETH CELERINO SILVA, MARIA DA CON-
1. HSC, Hospital Santa Cruz CEIÇÃO CAVALCANTE DE LIRA
1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco

P228
BIOSSEGURANÇA NA ENFERMAGEM: MUITA DISCUSSÃO, POUCA P235
AÇÃO. BIOSSEGURANÇA – PERFIL DOS ACIDENTES DE TRABALHO ENTRE

5
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DA RA1,1,1, EUNICE FERNANDES DA SILVA1,1,1, HÊNIA RAMALHO DE
REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE MELO1,1,1, THIAGO ENGGLE DE ARAÚJO ALVES1,1,1, SORAYA MA-
Cristina Lúcia Ferraz de Oliveira2, Elisabeth Santiago Dreyer1, Lu- RIA DE MEDEIROS1,1,1
ciana Medeiros Marinho Mendes Bezerra Martins1, Maria Goreth 1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Ferrão Castelo Branco3, Márcia Cristina Gomes de Araújo Lima1 2. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
1. HMG, Hospital Memorial Guararapes 3. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
2. HMSJ, Hospital Memorial São José 4. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
3. UNICAP, Universidade Católica de Pernambuco 5. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
6. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
7. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
P236
BIOSSEGURANÇA NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: CONHECI-
MENTO E ADESÃO ÀS MEDIDAS DE PRECAUÇÕES PADRÃO NO SE- P241
TOR DE INFECTOLOGIA INFECÇÃO PELO Mycobacterium tuberculosis ENTRE TRABALHA-
SHIRLAINE FARIAS CAMPOS1, JANUÁRIO SÉRVULO DE SOUSA JÚ- DORES DE UM HOSPITAL DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
NIOR2, ERIK ERMANO PEREIRA DA SILVA3, YLANNA SUIMEY SIL- Lillian Kelly de Oliveira Lopes1,2,4, Anaclara Ferreira Veiga Tip-
VA BEZERRA2, ELIANA LINS DE ALEMEIDA1, MARINA SUÊNIA DE ple1,4, Hélio Galdino Júnior1,4, Luciana Leite Pineli Simões1,2,3,
ARAÚJO VILAR1 Elionádia Barbosa de Miranda1,2, Luzinéia Vieira Santos1,2, Liwcy
1. FCM, Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande-PB Keller de Oliveira Lopes1,4, Dayane de Melo Costa4, Zilah Cândida
2. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba Pereira das Neves1,3
3. FMN, Faculdade Maurício de Nassau 1. Rede RB, Rede Goiana de Pesquisa em Risco Biológico
2. HDT, Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad
3. PUC Goiás, Pontifícia Universidade Católica de Goiás
P237 4. UFG, Universidade Federal de Goiás
AVALIAÇÃO DA ATUAÇÃO DA EQUIPE DE GERENCIAMENTO DE RE-
SÍDUOS EM UM HOSPITAL: IMPLANTAÇÃO DE RELATÓRIO MENSAL
DE ATIVIDADES. P242
LÍGIA DE OLIVEIRA BRAGA1, KEDMA DE MAGALHÃES LIMA2, IMUNIZAÇÃO PARA HEPATITE B ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE
AMANDA PONTES DE SÁ MARQUIM1, MAÍRA DANIELLE GOMES EXPOSTOS À MATERIAL BIOLÓGICO EM GOIANIA, GOIÁS.
DE SOUZA1, JACIRA THEODÓSIO MENDES LINS1 Zilah Cândida Pereira das Neves1,2,5, Lys Bernardes Minasi2, Ma-
1. HUOC - UPE, Hospital Oswaldo Cruz - UPE riana Pigozzi Veloso2, Luciana Leite Pineli Simões1,2,4, Anaclara
2. UFPE, PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL Ferreira Veiga Tipple1,3, Lillian Kelly de Oliveira Lopes1,4, Elioná-
dia Barbosa de Miranda1,4, Murilo Dourado Chagas2,Raiza Karoli-
ne Almeida de Assis2, Giselle Pallazo Ferreira6
P238 1. Rede RB, Rede Goiana de Pesquisa em Risco Biológico
SISTEMATIZAÇÃO DE VISITAS, JUNTO ÀS UNIDADES DE HOSPITAL 2. PUC Goiás, Pontifícia Universidade Católica de Goiás
DE REFERÊNCIA EM PERNAMBUCO, POR EQUIPE DE GERENCIA- 3. UFG, Universidade Federal de Goiás
MENTO DE RESÍDUOS: UMA QUESTÃO DE BIOSSEGURANÇA. 4. HDT, Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad
LÍGIA DE OLIVEIRA BRAGA1, KEDMA DE MAGALHÃES LIMA2, ES- 5.DPCISS,DivisãodePrev.eCont.deInfecçãoemServiçosdeSaúde
MERALDO RODRIGUES DE LIMA NETO1, AMANDA PONTES DE SÁ 6. CEREST, Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Goi-
MARQUIM1, MAÍRA DANIELLE GOMES DE SOUZA1 ânia
1. HOC-UPE, Hospital Oswaldo Cruz-UPE
2. UFPE, Departamento de Medicina Tropical
P243
ACIDENTE DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGI-
P239 CO EM GOIÂNIA, GOIÁS.
ATUAÇÃO DE GRUPO MULTIPROFISSIONAL NA ABORDAGEM DO Luciana Leite Pineli Simões1,2,3, Mariana Pigozzi Veloso2, Zilah
ACIDENTE BIOLÓGICO NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE Cândida Pereira das Neves1,2,5, Anaclara Ferreira Veiga Tipple1,3,
DE MEDICINA DE MARILIA Lillian Kelly de Oliveira Lopes1,4, Murilo Dourado Chagas2, Raiza
IOSHIE IBARA TANAKA, ANA LUCIA MAIESI LEITE, IONE FERREIRA Karoline Almeida de Assis2, Lys Bernardes Minasi2, Elionádia Bar-
SANTOS, CAMILA MARCONDES DE OLIVEIRA MARTINS, CASSAN- bosa de Miranda1,4, Hélio Galdino Júnior1,3
DRA LUCCHESI DIAS, LUCIANA PEDRAL SAMPAIO SGARBI, CLEONI- 1. Rede RB, Rede Goiana de Pesquisa em Risco Biológico
CE FERNANDES MOREIRA E FERNANDES, SANDRA TIEMI OTUTU- 2. PUC Goiás, Pontifícia Universidade Católica de Goiás
MI, MARIA ZILMA DOS SANTOS 3. UFG, Universidade Federal de Goiás
1. FAMEMA, FACULDADE DE MEDICINA DE MARILIA 4. HDT, Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad
5.DPCISS,DivisãodePrev.eCont.deInfecçãoemServiçosdeSaúde

P240
A POSTURA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE FRENTE ÀS MEDIDAS DE P244
BIOSSEGURANÇAESUASATISFAÇÃONOTRABALHOEMSAÚDE. RISCO OCUPACIONAL PELA EXPOSIÇÃO AO GLUTARALDEÍDO EM
SARAH DE ALMEIDA RODRIGUES FERNANDES1,1,1, PRISCILA BA- TRABALHADORES DE UMA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZA-
TISTA COELHO DA SILVA1,1,1, ALINE DANYELLE SOUZA DE OLIVEI- ÇÃO DE UM HOSPITAL MUNICIPAL.

6
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Maria José das Neves Barbosa, Hákila Pricyla Souza, Maria da Con- GLAUCIA ROBERTA BATISTA ROCHA, DEIVSON WENDELL DA COSTA
ceição Cavalcante Lira, Rita de Cássia Ferreira Lins, Paula Elizabeth LIMA,HANNAEMANUELADOSSANTOSPEREIRA,JONEIDEGOMES
Celerino Silva, Fabricya Cavalcante Santos BEZERRA, JAINARA KALINE DE MELO CUNHA, KATIUSCIA HELLEN
1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco CHAVES REINALDO, LÍGIA GABRIELA SANTOS DE AMORIM, LAYSLA
TALLINE ALVES PRAXEDES, THAIS SABRINA FREIRE GOMES, VIRGÍ-
NIA BRENNA DE PAULA GÓIS
P245 1. UNP, UNIVERSIDADE POTIGUAR
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DAS SALAS DE VACINAÇÃO DE UM
DISTRITO SANITÁRIO DE SAÚDE
ANA PAULA FREITAS LIMA, FRANCINE VIEIRA PIRES, LUANA CÁSSIA P252
MIRANDA RIBEIRO A ENFERMAGEM E SEU PAPEL NO PROCESSO DE VACINAÇÃO: RE-
1. UFG, Universidade Federal de Goiás VISÃO DE LITERATURA
Wesllany Sousa Santana, Mirtes Sousa Sá, Marcela Portela Rezen-
de Rufino, Thalyta Portela de Oliveira, Sandra Marina Gonçalves
P246 Bezerra
POLIOMIELITE:UMARETROSPECTIVADESDEOSPRIMEIROSCASOS 1. UFPI, Universidade Federal do Piauí
REGISTRADOS ATÉ A SUA ERRADICAÇÃO NO BRASIL.
Andréa Felizardo Ahmad, Adriana Souza Ribeiro, Rozicléa E. do
Nascimento P253
1. FABA, Faculdade Bezerra de Araújo VACINAÇÃO INFLUENZA A (H1N1)-ADESÃO DE PROFISSIONAIS DA
SAÚDE EM HOSPITAL ENSINO REFERÊNCIA PARA A EPIDEMIA
MARILENETEREZINHABURIOLFARINHA,JUNIORANDRÉDAROSA,
P247 ELISA MARIA MAURENTE, ELOÁ ROSA DE MOURA, ANA CAROLINA
RELATO DE EXPERIÊNCIA: CAMPANHA DE IMUNIZAÇÃO CONTRA ISSLER FERREIRA KESSLER
INFLUENZA A (H1N1) PARA OS TRABALHADORES DO SERVIÇO DE 1. HE-UFPEL, Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas
SAÚDE NO HOSPITAL DO CÂNCER DE CASCAVEL-UOPECCAN
Ana Carolina Martins, Carla Sakuma Oliveira Bredt, Sarah Miche-
lon, Audrey Regina Horochoski, Marcia Claudete Weschenfelder, P254
Edevaldo Bertho IMUNIZAÇÃO COMO ESTRATÉGIA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE
1. UOPECCAN, Hospital do Câncer de Cascavel DO CUIDADOR
Wilton Rodrigues Medeiros, Silvana Helena Neves de Medeiros,
Ana Maria Monteiro Cavalcanti, Rose Marrie de Araujo Barros
P248 1. HUAB-UFRN, Hospital Universitário Ana Bezerra
A PECEPÇÃO DA POPULAÇÃO DA REGIÃO DOS LAGOS/RJ SOBRE A
IMUNIZAÇÃO H1N1.
Elisangela Pires Querino de Araujo1,1,1, Gisane Silva e Lima1,1, P255
Viviane Bastos da Silva1,1,1, Tatiana de Oliveira Mota1,1,1 SITUAÇÃO VACINAL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE UM HOS-
1. UVA, Universidade Veiga de Almeida PITAL PÚBLICO
2. UVA, Universidade Veiga de Almeida BRUNA MAYARA DANTAS DE MEDEIROS, ELIANE DE SOUSA LEITE,
THAINAR MACHADO DE ARAUJO NÓBREGA, MARINO MEDEIROS
MARTINS, FELIPE JOSÉ FERNANDES QUEIROZ PEREIRA, EUZERLA-
P249 NE DOS SANTOS BATISTA
VACINA PNEUMOCÓCICA - 10 VALENTE: INTRODUÇÃO E DESAFIOS 1. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande
Emanuela de Oliveira Silva1, Emília Natali Cruz Duarte1, Maria da
ConceiçãoCavalcantideLira1,BartolomeuJosédosSantosJúnior2
1.UFPE/CAV,UniversidadeFederaldePernambuco-CampusVitória P256
2. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco - campus Recife COBERTURA VACINAL APÓS CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA
GRIPE A H1N1
VANIA MARIA FRADE BORRIELLO DE ANDRADE, LUCINEIDE BRITO
P250 EVANGELISTA, SANDRA MARIA DE SOUZA, IVELISE GIAROLLA, TA-
IMUNIZAÇÃO ATIVA CONTRA INFLUENZA EM PROFISSIONAIS DA TIANA SANTANA BUENO DA SILVA
ÁREA DE SAÚDE (PAS) NUM HOSPITAL DE MÉDIO PORTE DE RIBEI- 1. HL, HOSPITAL DA LUZ
RÃO PRETO – SP (2008-2010)
Mayra Fernanda de Oliveira, Fernando Crivelenti Vilar, Maria de
Lourdes Prado da Silva, José Paulo Pintyá P257
1. HERIBEIRÃO, Hospital Estadual de Ribeirão Preto IMPORTÂNCIA DA IMUNIZAÇÃO DE ACADÊMICOS DA ÁREA DA
SAÚDE NO CONTROLE DE INFECÇÕES CAUSADAS POR ACIDENTES
COM MATERIAL BIOLÓGICO
P251 DÉBORA LUIZA DA COSTA PEREIRA1, CORA CORALINA DOS SAN-
ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE POTIGUAR – TOS JUNQUEIRA1,1, MALÚ MICILLY PORFÍRIO SANTOS2,1,3, MA-
UnP, ASSOCIAM TEÓRIA E PRÁTICA NA CAMPANHA CONTRA IN- RIA ELIZABETE DE AMORIM SILVA1,2,3, MARÍLIA DE SOUZA LEITE
FLUENZA H1N1. SILVA1,1,1, PATRÍCIA SIMPLÍCIO DE OLIVEIRA1,1,1, VANESSA LO-

7
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
PES DATIVO1,2,2, CIZONE MARIA CARNEIRO ACIOLY2,2,1 la Rocha Rodrigues3
1. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA 1. UFC, Universidade Federal do Ceará
2. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA 2. UNIFOR, Universidade de Fortaleza
3. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA 3. HSM, Hospital São Mateus
4. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
5. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
6. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA P264
7. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA SURTO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO: INVERSÃO DA CURVA
8. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA DE TENDÊNCIA
Luiz Giovani, Livia Pereira da Silva, Guilhermo Pascoal Leguens Pa-
ramo, Darcy Lisbão Moreira de Carvalho
P258 1. H M, HOSPITAL METROPOLITANO
“PERFIL DE VACINAÇÃO PARA INFLUENZA A H1N1 EM PROFISSIO-
NAIS DE SAÚDE DO HOSPITAL REGIONAL DO OESTE DO PARÁ”
ALCILENE BATISTA CAVALCANTE, MARIANA MARGARITA MARTI- P265
NEZ QUIROGA, SHEILA MARA BEZERRA DE OLIVEIRA SURTODEBOTULISMOALIMENTAREMSÃOJOSÉDORIOPRETO/SP
1. HRBA, HOSPITAL REGIONAL DO BAIXO AMAZONAS DO PARÁ, Patrícia de Lucas Rodrigues, Luciano Garcia Lourenção, Andreia
WALDEMAR “PENNA Francesli Negri Reis, Izalco Nurenberg Penha dos Santos, Luciane
Bilia de Moraes
1.SMS/SJRP,SecretariaMunicipaldeSaúdedeSãoJosédoRioPreto
P259
AVALIAÇÃO DOS EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS À VACINA
CONTRA INFLUENZA PANDÊMICA (H1N1) 2009 EM UM HOSPITAL P266
DE REFERÊNCIA EM MINAS GERAIS SURTO POR STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE À METICILI-
ROSANA VAZ REZENDE, GUILHERME AUGUSTO ARMOND, BRUNA NA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DE UM
MENDES DE OLIVEIRA CAMPOS, ALICE RABELO DE SÁ LOPES, ANA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE MINAS GERAIS
LÚCIA MACHADO SÓ, TATIANA ROSÁRIO MENDES FREIRE Priscila Castro Cordeiro Fernandes, Daiane Silva Resende, Rafae-
1. FAIS, FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE la Sodré Marques, Nayara Gonçalves Barbosa, Daniles Nunes Va-
ladão, Cristiane Silveira de Brito, Vânia Olivetti Steffen Abdallah,
Paulo Pinto Gontijo Filho, Denise von Dolinger de Brito
P260 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia
INICIDÊNCIA DE EVENTOS ADVERSOS NA CAMPANHA DE VACINA-
ÇÃO CONTRA INFLUENZA A (H1N1) AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Mauro José Costa Salles, Bianca Maria Maglia Orlandi, Maysa P267
Harumi Yano, Iolanda Lopes de Souza Santana, Anderson Garcia PANDEMIA DE INFECÇÃO POR INFLUENZA A H1N1: ADESÃO AO
D´Ingianni PROTOCOLO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE RELACIONA-SE COM AU-
1. HSI, Hospital Santa Isabel SÊNCIA DE INFECÇÃO HOSPITALAR CRUZADA E DE MORTALIDADE
POR DOENÇA RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE EM HOSPITAL PEDIA-
TRICO
P261 REGINA RUIVO BERTRAND, SUE KARIYA CHIU, MILTON SOLBER-
VACINAÇÃO CONTRA H1N1 NO HOSPITAL GERAL DE ITAPECERICA MANN LAPCHIK
DA SERRA –UMA ESTRATÉGIA BEM-SUCEDIDA 1. SABARA, HOSPITAL INFANTIL SABARA
EVELIN AMARAL RAMOS, ADRIANA PIRES DOS SANTOS, ALINE
FERREIRA DE MELO, FABIANA SIROMA, JULIANA WANG LIN, DE-
NILSON OLIVEIRA REIS, NAJARA MARIA PROCÓPIO ANDRADE P268
1. HGIS, HOSPITAL GERAL DE ITAPECERICA DA SERRA DENGUE NA CIDADE DO NATAL - RN DE 2000 a 2006: UM ESTUDO
DA EPIDEMIOLOGIA
ALBERTINA MARTINS GONÇALVES1, ANA CAROLINA FERNANDES
P262 DE OLIVEIRA2, JOSÉ DE ANCHIETA F. NETO3
EVENTOS ADVERSOS DA VACINA CONTRA INFLUENZA A (H1N1) 1. HDPF, HOSPITAL DISTRITAL DE PEDRAS DE FOGO-PB
EM PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE EM UM HOSPITAL PRIVA- 2. SMS, Secretaria Municipal de Saúde do Município de Natal-RN
DO DE SÃO PAULO E MOTIVOS DA NÃO ADESÃO À VACINAÇÃO. 3. CASM, Centro de Atenção a Saúde da Mulher
Renata Braz Ralio1, Ana Paula Matos Porto1, Eloisa Mara Dias Ga-
gliardi2, Marcio Jose Cristiano Arruda1, Mirian Dalben1
1. HP - Amil, Hospital Paulistano - Amil P269
2. HP - Amil, Hospital Paulistano - Amil SURTO DE COLONIZAÇÃO POLICLONAL POR BASTONETES GRAM
NEGATIVOS PRODUTORES DE ESBL EM UMA UTI NEONATAL DE
CLÍNICA PARTICULAR NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
P263 Denise Cotrim da Cunha1, Alexandra Souza Leite1, Juliana Silva de
SURTO DE MEDIASTINITE NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIAS Freitas1, Nicéa Magali Matias1, Odália Uiback Barros1, Jofre Ca-
CARDÍACAS: ESTUDO CASO-CONTROLE bral1, Ana Paula D’Alincourt Carvalho Assef2, Marise Dutra Asen-
VanessaDiasdaSilva1,2,3,JorgeLuizNobreRodrigues1,3,Manue- si2, Polyana Silva Pereira2

8
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
1. CPL, Perinatal 1. HE, HOSPITAL EVANGÉLICO DE LONDRINA
2. LAPIH Fiocruz, Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar

P277
P270 MUDANÇAS ADQUIRIDAS A PARTIR DE SURTO DE PIROGENIA EM
CONTROLE DE SURTO DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO UM SERVIÇO DE DIÁLISE DE MONTES CLAROS/MG
MECÂNICA POR ACINETOBACTER BAUMANNII RESISTENTE A CAR- Cínthia Neves Fonseca1, Rita de Cássia Vieira Gomes1, Adriana
BAPENÊMICOS Silva Lino1, Letícia de Melo Mota1, Cláudia de Alvarenga Diniz
ERICA RABELLO LOPES DA COSTA, AMANDA LUIZ PIRES MACIEL, Fonseca1,DarlianeDanielaPratesSilva2,LucianaAndradeMeira2,
ICARO BOSZCZOWSKI, VIVIAN PRUDÊNCIO ANDRADE Catarina Ferreira Veloso de Abreu2, Robson Almeida MORAIS2
1. HRC, HOSPITAL REGIONAL DE COTIA 1. SCMC, HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS/MG
2. INNM, INSTITUTO DE NEFROLOGIA DO NORTE DE MINAS

P271
SURTO DE ACINETOBACTER SPP. MULTIRRESISTENTE EM UMA P278
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE HOSPITAL MUNICIPAL SE- MEDIDAS ADMINISTRATIVAS ADOTADAS PARA CONTENÇÃO DE
CUNDARIO DO RIO DE JANEIRO SURTO DE MRSA NUM HOSPITAL DE GRANDE PORTE NO NORTE
EDUARDO A.R. CASTRO1, CLEONICE ROSA1, ROSEMARY CORREA1, DE MINAS GERAIS
ANA PAULA ASSEF2, VALERIA ALMEIDA1 Rita de Cássia Vieira Gomes, Adriana Silva Lino, Cínthia Neves Fon-
1. HMP, HOSPITAL MUNICIPAL DA PIEDADE seca, Letícia de Melo Mota, Cláudia de Alvarenga Diniz Fonseca
2. FIOCRUZ, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ 1. SCMC, HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS/ MG

P272 P279
CONTROLE DA DISSEMINAÇÃO DE GERMES MULTIRRESISTENTES CULTURA DE VIGILÂNCIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NE-
EM UMA UNIDADE NEONATAL ONATAL: UM INSTRUMENTO PARA IDENTIFICAR PRECOCEMENTE
Lourdes das Neves Miranda, Neide Palaia Zupo Giro, Solange do PACIENTES PORTADORES DE GERMES MULTIRRESISTENTES
Espírito Santo, Kátia Cristiane Crepaldi Yamaguti, Jaqueline Rodri- Thiago da Silva Mendes, Andréia Nunes de Barros Pacheco, Da-
gues Neves, Ilza Maria da Cruz Moraes Vivi niela Neves Gerace, Ana Lúcia Acquesta, Marcia Regina da Silva,
1. HMMD, Hospital Municipal Profº Mário Degni Fabiana Silva Vasques, Lourdes das Neves Miranda, Sandra de Oli-
veira Guaré
1. HGP, Hospital Geral de Pirajussara
P273
SUCESSO NO CONTROLE DA TRANSMISSÃO DE ENTEROCOCCUS
SPP EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO. P280
Flavia Alves Ferreira Rossini Nascimento, Plinio Trabasso, Renata SURTO DE ACINETOBACTER BAUMANII EM UNIDADE DE TERAPIA
Fagnani, Mirtes Leichsenring, Carlos Emilio Levy, Luis Gustavo Car- INTENSIVA (UTI): ESTUDAR A CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL COMO
doso, Maria Luiza Moretti ESTRATÉGIAS DE CONTROLE.
1. UNICAMP, Universidade Estadual de Campinas Lorena Vieira Lameri Siqueira, Francelly Bada Zanetti Ribeiro, Mi-
chelle Heinze Bayerl, Tânia Queiroz Reuter, Luciana Neves Passos
1. CIAS, Centro Integrado de Antenção á Saúde
P274
TRANSMISSÃO CRUZADA DE ACINETOBACTER BAUMANNII EM TE-
RAPIA INTENSIVA P281
MELISSE ORTIZ, VANESSA CARGNELUTTI, JANETE MACHADO, DO- PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE INFECÇÃO POR
RIS LAZAROTO, JANINE RAUBER, MARCELO CARNEIRO, ELIANE MICOBACTÉRIAS NÃO TUBERCULOSA NOTIFICADOS NO DISTRITO
KRUMMENAUER FEDERAL NO SURTO OCORRIDO NO PERÍODO DE 2006 A 2008
1. HSC, APESC - HOSPITAL SANTA CRUZ ARIANY ARAUJO QUEIROZ GONÇALVES, EULINA MARIA DO NASCI-
MENTO MENEZES RAMOS, MANUELA EMILIANA AMORELLI CHA-
CEL, JOSÉ DAVID URBAEZ-BRITO
P275 1. GEPEAS/SES/DF, GERÊN INVES E PREV INFEC SERV SAÚ SES DF
SURTO DE MYCOBACTERIUM MASSILIENSE APÓS CIRURGIA VÍDEO
ASSISTIDA EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE CURITIBA – PR
JEAN MARCEL LEMES, JULIANA APARECIDA COTRIM P282
1. HCV-PR, HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA BRASILEIRA FILIAL DO SURTODEPICHIAANOMALAEMUTINEONATALDEHOSPITALPRIVADO
PARANÁ SIMONE FREITAS COELHO TOSI1,3, CRISTIANA COSTA GOMES1,3,
LORENA GABURRO ORLETTI1, ANELISA DE OLIVEIRA MORAIS1,3,
NAZARETH M. KLEIN1, MARICELI ARAGÃO RIBEIRO2, LUCIANA NE-
P276 VES PASSOS3, DANIELA SPERANDIO FEITOSA1,3, PRISCILA LIMA1,3
RELATO DE UM SURTO POR KLEBSIELLA SP NA UNIDADE DE TERA- 1. VAH, Vitória Apart Hospital
PIA INTENSIVA NEONATAL 2. UFES, Universidade Federal do Espírito Santo
KÁTIA REGINA GOMES DA SILVA SILVA 3. NUPEH, Núcleo de Pesquisa em Epidemiologia Hospitalar

9
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P283 3. DS II, Distrito Sanitário II
RELATO DE CASO DE ÓBITO POR MENINGOCOCCEMIA FULMI- 4. APEVISA, Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária
NANTE CAUSADA POR NEISSERIA MENINGITIDIS DO SOROGRUPO 5. EDUCSAÚDE, EducSaúde - Consultoria, Capacitação e Eventos
W-135 em Saúde
Marcelo Carneiro1,2, Marcelo Correa Vione2, Eduardo Paludo1, 6. Saúde Olinda, Secretaria de Saúde de Olinda
Bruna Elisa Koch1, Caroline Bozzetto Ambrosi1
1. UNISC, Universidade de Santa Cruz do Sul
2. HSC, Hospital Santa Cruz P289
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE ESTUDANTES DE ENFERMA-
GEM NA PREVENÇÃO DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO
P284 MECÂNICA
INVESTIGAÇÃO E CONTROLE DE UM SURTO DE ACINETOBACTER Marcelo Alessandro Rigotti1, Adriano Menis Ferreira2, Denise de
SP EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE ADULTOS Andrade1, Mauro Pinheiro Beijo4,4,4
NAJARA MARIA PROCOPIO ANDRADE, EVELIN AMARAL RAMOS, 1. USP, Universidade de São Paulo
ADRIANA PIRES DOS SANTOS, ALINE FERREIRA DE MELO, LINCOLN 2. UFMS, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
OLIVEIRA SANTANA, LIZZIE ERTHAL DE BURGO, JOSE ALBANI CAR- 3. USP, Universidade São Paulo
VALHO, FABIANA SIROMA 4. Vida Coop, Cooperativa e Trabalho dos Profissionais da Área de
1. HGIS, HOSPITAL GERAL DE ITAPECERICA DA SERRA Saúde

P285 P290
SURTO DE INFECÇÃO POR Acinetobacter spp. EM UTI DE UM HOS- AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE INFECÇÃO RELACIONADA
PITAL DE REFERÊNCIA PARA DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DE UMA
Mirella Alves da Cunha1, Marcela Santos Souza1, Andréia Ferreira UNIDADE DE CUIDADOS INTERMEDIÁRIOS
Nery1, Iara Marques de Medeiros1, Ana Célia Carvalho2, Belinda Andressa Batista Zequini, Luana Laís Femina, Luciana Souza Jorge
Pessoa Ferro2, Márcia Maria Cruz2, Dagoberto Mariz2, Marise 1. FUNFARME, Hospital de Base de São José do Rio Preto
Reis de Freitas1
1. UFRN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
2. HGT, Hospital Giselda Trigueiro P291
MICOBACTÉRIAS NÃO TUBERCULOSAS EM CIRURGIAS: EVIDÊN-
CIAS NO BRASIL
P286 Danielle Bezerra Cabral, Cátia Helena Damando Salomão, Denise
SURTO DE INFECÇÃO POR VIRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO EM de Andrade
UMA UNIDADE NEONATAL BRASILEIRA 1. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
Roseli Calil1, Monica Aparecida Pessoto1, Izilda R. M. Rosa2,1,
Oswaldo da Rocha Grassiotto2,1, Angela Maria Bacha2,1, Sibele
Nunes Yonezawa Aranha Netto1, Janice F.F.S. Veiga1 P292
1. CAISM/UNICAMP, Hospital da Mulher CAISM/Universidade de PERFIL DAS INFECÇÕES HOSPITALARES DE SÍTIO CIRÚRGICO EM
Campinas UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NA CIDADE DO RECIFE – PE
2. FCM/UNICAMP, Faculdade de Ciências Médicas-Universidade Aparecida Virgínia Soares Teles, Ivanise Tibúrcio Cavalcanti da Sil-
de Campinas va, Julian Katrin Albuquerque de Oliveira, Rebeca Machado Rocha,
Pollyana Gomes Rosendo
1. HUOC, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ
P287
SURTODEACINETOBACTERBAUMANIIRESISTENTEACARBAPENÊ-
MICOS EM UM HOSPITAL DE ENSINO DE ASSISTÊNCIA TERCIÁRIA P293
EM CAMPINAS - SP FATORES DE RISCO E MEDIDAS PREVENTIVAS PARA PNEUMONIAS
LUIS FERNANDO WAIB, IRENE DA ROCHA HABER, MARIA FERNAN- HOSPITALARES (PNMH): UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.
DA FESTA MORARI SCUDELER, MARIA FERNANDA SCHNEIDER, MI- Vanessa Arias, Mônica C. Ricarte, Caroliina G. Bonotto
CHELI APARECIDA BARRETO, CARLA SIMOM MENDES, DULCE APA- 1.PUC-CAMPINAS,PONTIFÍCIAUNIVERSIDADECATÓLICADECAM-
RECIDA SILVA CAVALCANTE, ELAINE CRISTINA DE FARIA PINAS
1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO
PIERRO - PUC CAMPINAS
P294
AASSISTÊNCIADEENFERMAGEMCOMFOCONAPREVENÇÃODAS
P288 INFECÇÕES HOSPITALARES
PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO SOBRE OS FATORES DE RISCO PARA Alcides Viana de Lima Neto, Bruna Dianelle Freitas Rabelo, Vilani
A INFECÇÃO HOSPITALAR EM NEONATOS EM TERAPIA INTENSIVA. Medeiros de Araújo Nunes
Betânia Lins dos Santos6,1, Fabiana de Paula Raeli2, Mariana Arra- 1. FATERN, Faculdade de Excelência Educacional do Rio Grande do
es Alencar Sampaio4,5, Rafaela Cabral Nunes3 Norte
1. HC, Hospital das Clínicas de Pernambuco
2. IMIP, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

10
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P295 REGINA RUIVO BERTRAND, MILTON SOLBERMANN LAPCHIK, NEL-
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E NO CONTROLE DE SON HORIGOSHI
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA 1. SABARA, HOSPITAL INFANTIL SABARA
LITERATURA
PAULA BARBOSA1,1,1, LÍVIA ALBUQUERQUE1,1,1, MORGANA
LIMA1,1,1, ELLEN SANTOS1,1,1 P302
1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO-CAV USO PRÉVIO DE ANTIMICROBIANOS É FATOR DE RISCO PARA BAC-
2. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO-CAV TERIÚRIA ASSINTOMÁTICA POR PSEUDOMONAS AERUGINOSA EM
3. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO-CAV PACIENTES ATENDIDOS EM PRONTO-SOCORRO DE PEDIATRIA.
4. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO-CAV MILTON SOLBERMANN LAPCHIK, REGINA RUIVO BERTRAND, FATI-
MA RODRIGUES MAESTRE FERNANDES
1. SABARA, HOSPITAL INFANTIL SABARA
P296
AÇÕES DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO-URINÁRIO: NAS
UNIDADES DE INTERNAÇÃO DE UM HOSPITAL DO MÉDIO P303
VALE DO ITAJAÍ CABECEIRAELEVADAEMPACIENTESSOBVENTILAÇÃOMECÂNICA:
Caroline Lazzarini, Aline Lunelli, Carmen Liliam Brum Marques VERIFICAÇÃO DO INDICADOR DE PROCESSO DO CENTRO DE TERA-
Baptista PIA INTENSIVA DO HOSPITAL SANTA CATARINA
1. FURB, Universidade Regional de Blumenau vÂNIA MONTIBELER KRAUSE, CAROLINE BATISTA
1. HSC Blumenaur, Hospital Santa Catarina de Blumenau

P297
TRATAMENTO COM HEMODIÁLISE: fatores associados a infecção P304
Moises Felipe Pereira Gomes, Luzana Bernardes Mackevicius, A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM NO CONTROLE DAS INFEC-
Thais Fraguas Castro, Patricia Vieira Conceicão, Joelma Apareci- ÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
da Voltoline Oliveira, Gisele Bento Fernandez Cintas, Louvania de Isabely Pereira Cavalcante1, Catyanne Maria de Arruda Ferreira1,
Souza Santos Gabriela Neves Cavalcante1, Débora de Sousa Nascimento Guer-
1. Unisantos, Universidade Católica de Santos ra1, Sabrina Talita Teotônio Bezerra2
1. UEPB, UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA
2. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
P298
HIGIENIZAÇÃO BUCAL EM PACIENTES COM DÉFICIT NO AUTO CUI-
DADO EM UTI P305
Diego Silva Souza, Luzana Mackevicius Bernardes, Cibele Silva San- PACOTE DE MEDIDAS PREVENTIVAS OU “BUNDLES” PARA PNEU-
tos, Patrícia Vieira Conceição MONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA- UMA REVISÃO DE
1. Unisantos, Universidade Católica de Santos LITERATURA
Aluska Mirtes Araujo Souza, Danielle Andrade do Canto, Fabyana
Muniz Lange
P299 1. E, Especializa
SEPSE NEONATAL RELACIONADA À INTRODUÇÃO DO CATETER
PICC: Revisão de Literatura
PATRÍCIA VIEIRA DA CONCEIÇÃO, LUZANA BERNARDES MACKE- P306
VICIUS, GISELE BENTO FERNANDEZ CINTAS, JOELMA APARECIDA OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA E INTERVENÇÕES DE ENFERMA-
VOLTOLINE OLIVEIRA, LOUVANIA SOUZA SANTOS, MOISÉS FELIPE GEM NO TRATAMENTO DA GANGRENA DE FOURNIER
PEREIRA GOMES, THAIS FRAGUAS CASTRO SHIRLEY ANTAS DE LIMA, MARIA AUXILIADORA F. SIZA
1. UNISANTOS, UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS 1. UNIPÊ, CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA

P300 P307
RISCO DE INFECÇÃO HOSPITALAR NA IMPLANTAÇÃO DE CATETE- PREVENÇÃO DA SEPSE EM QUEIMADOS ATRAVÉS DA GLUTAMINA
RES: REVISÃO DE LITERATURA SHIRLEY ANTAS DE LIMA, MARIA AUXLIADORA SIZA
THALYTA PORTELA DE OLIVEIRA, KELLY DE SOUSA MACIEL, DANILO 1. UNIPÊ, CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA
GONÇAVES DANTAS, MARA WANESSA LIMA E SILVA, GEORGE LU-
CAS MACEDO ROCHA REIS, MARCIA HELENA RODRIGUES DA SILVA
1. UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAIUÍ P308
APLICAÇÃO DO PROJETO NASCER EM UMA INSTITUIÇÃO FILAN-
TRÓPICA DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE
P301 Luciana Medeiros Marinho Mendes Bezerra Martins, Elisabeth
PRÁTICAS DAS PRECAUÇÕES MÁXIMAS DE BARREIRA ESTÉRIL RE- Santiago Dreyer, Josineide Muniz Cordeiro
LACIONAM-SE COM BAIXA INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO HOSPITALAR 1. HMG, Hospital Memorial Guararapes
PRIMÁRIA DA CORRENTE SANGUÍNEA PÓS-INSERÇÃO DE CATETER
VASCULAR CENTRAL EM UTI PEDIÁTRICA

11
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P309 do,FabíoladeOliveiraKegele,MariHelenaGonçalvesdeCarvalho,
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE INFECÇÕES DE SÍTIOS CIRÚRGICOS Maria de Fátima Costa, Mirza Rocha Figueiredo
NA MATERNIDADE ESCOLA JANUÁRIO CICCO, NATAL RN. 1. IFF, Instituto Fernandes Figueira
ELAINE CRISTINA ALVES Alves2,3, CARLOS AUGUSTO MEDEIROS
ARAÚJO ARAÚJO2,3, DANIEL CABRAL PEREIRA PINTO PINTO2,3,
TAYNE ANDERSON CORTEZ DANTAS DANTAS2,3, TATIANA XAVIER P316
DACOSTACOSTA2,3,LÚCIACALICHCALICH2,3,DANIELCALICHLUZ CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E NO CONTROLE DE
LUZ2,3 INFECÇÃO HOSPITALAR ASSOCIADA AO CATETERISMO PERIFÉRI-
2. UFRN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte CO: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
3. MEJC, Maternidade Escola Januário Cicco Silvana Maria Pereira, Edivânia Maria da Silva, Thaíse Torres de
Albuquerque, Nelson Miguel Galindo Neto, Isabel Cristina Guer-
ra Spavoc, Viviane de Araújo Gouveia, Ellen Cristina Barbosa dos
P310 Santos
ESTUDO DESCRITIVO DE UTILIZAÇÃO DE PIPERACILINA/ TAZOBAC- 1. UFPE-CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
TAMPARATERAPIAEMPÍRICADEPNEUMONIAASSOCIADAÀVEN-
TILAÇÃO MECÂNICA EM UTI DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.
MAYRA CARVALHO RIBEIRO2, ELSA MASAE MAMIZUKA MAMI- P317
ZUKA2, CRISTINA AKIKO TAKAGI1 INFECÇÃO HOSPITALAR: O CUIDADO DE ENFERMAGEM NA PNEU-
1. HU-USP/SP, Hospital Universitário da Universidade de São Paulo MONIA NOSOSCOMIAL
2. FCF-USP/SP, Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP Silvana Maria Pereira, Edivânia Maria da Silva, Vanessa Carolina
Lucena Freire Arantes, Ariane Auxiliadora Dias, Niedja Vanessa Lo-
pes de Oliveira, Raquel de Fátima Santos de Farias, Tássia Campos
P311 de Lima e Silva, Sônia Maria Josino dos Santos
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO: A ENFERMAGEM NO CONTROLE 1. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
E PREVENÇÃO.
Amanda Xavier, Tâmara Burgos, Marina Ferraz, Morgana de Lima,
Paula Silva P318
1. UFPE-CAV, Universidade Federal de Pernambuco-Centro Acadê- AÇÕES EDUCATIVAS PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES HOSPITALA-
mico Vitória RES EM UMA UNIDADE NEONATAL
Mayara Sousa Vianna1, Guilherme Augusto Armond*2, Aline Mar-
tins Braga1, Luciana Camponez de Ávila Menezes1, Dirciana Can-
P312 gussu2, Lenize Adriana de Jesus2, Wanessa Trindade Clemente2,
OS DESAFIOS DO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM UNI- Edna Maria Rezende2, Roberta Maia de Castro Romanelli2
DADE DE TERAPIA INTENSIVA 1. EE - UFMG, Escola de Enfermagem - Universidade Federal de
Renata Albino Barros, Tatiane Castanha de Melo, Kharolyne Keller Minas Gerais
Moreira Silva,Adrenny Nunes Tavares da Silva, Rebeca Barroso Ba- 2. CCIH - HC/UFMG, CCIH - Hospital das Clínicas/UFMG
tista, Aurora Karla de Lacerda Vidal
1. UPE, Universidade de Pernambuco
P319
REDUÇÃODEPNEUMONIASASSOCIADASÀVENTILAÇÃOMECÂNI-
P313 CA APÓS IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS
ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA DAS INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSIS- TATIANA SANTANA BUENO DA SILVA, ANDREA GURGEL BATISTA
TÊNCIA À SAÚDE NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO LEITE, VANIA MARIA FRADE BORRIELLO DE ANDRADE, MARIA LUI-
Gabriela Neves Cavalcante, Catyanne Maria de Arruda Ferreira, ZA PIRES, EVELYN DE SENA SIMPSON, FLÁVIA GOMES CARDOZO
Isabely Pereira Cavalcante, Débora de Sousa Nascimento Guerra 1. HL, HOSPITAL DA LUZ
1. UEPB, UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA

P320
P314 O IMPACTO DA APLICAÇÃO DE PACOTES DE CAPACITAÇÂO (BUND-
AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE DO- LE) NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA RE-
ENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL NA MATERNIDADE DE HOSPI- LACIONADA A CATETER VENOSO CENTRAL
TAL DE GRANDE PORTE ANA CAROLINA OLIVEIRA FILHIOLINO, Dirceu Carrara, Tânia Mara
Daniele Ferreira de Faria Bertoluci, Lara Tânia de Assumpção D. G. Strabelli Varejão, Daiane Patricia Cais, Suzi França Neres, Patricia
de Oliveira, Claudia Balbuena Dal Forno Ana Paiva Corrêa Pinheiro
1. SBIBAE, Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein 1. InCor HCFMUSP, Instituto do Coração dO Hospital das Clínicas
da FMUSP

P315
RECÉM-NASCIDO EM PÓS-OPERATÓRIO DE GASTROSQUISE: UM P321
CASO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO. AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES DO TRATO URINÁ-
Aline Verônica de Oliveira Gomes, Ana Paula Alencar Macário da RIO OCORRIDAS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NA CIDADE DE
Silva, Camilla Ferreira Catarino, Carlos Eduardo da Silva Figueire- TAUBATÉ – SP

12
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
MARINA MOREIRA, GABRIELA FAGUNDES STADTLOBER, ADRIANA P328
GIUNTA CAVAGLIERI, MARIA ELISA MOREIRA, MARIA TERESINHA COLONIZAÇÃO MATERNA PELO STREPTOCOCCUS AGALACTIAE(
RIBEIRO FERREIRA, JORGE HENRIQUE YOSCIMOTO KOROISHI EGB): QUAL A MELHOR ESTRATÉGIA DE VIGILÂNCIA
1. UNITAU - HUT, UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ - HOSPITAL UNIVER- CAMILA DE ALMEIDA SILVA, ROSANA RICHTMANN, TATIANE RO-
SITÁRIO DE TAUBATÉ DRIGUES, ELISA KUSANO, HELENILCE FIOD, SANDRA BALTIERI
1. HMSJ, HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA JOANA

P322
PREVALÊNCIA DAS INFECÇÕES EM SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) EM UM P329
HOSPITAL GERAL NA CIDADE DE TAUBATÉ AUMENTO DA PREVALÊNCIA DE Staphylococcus aureus RESIS-
ADRIANA GIUNTA CAVAGLIERI, DOMENICA BOROWSKY MOLINA- TENTE A OXACILINA (MRSA) COM PERFIL FENOTÍPICO DE “MRSA
RO, FLAVIA NALDI ZANDONADI, MARINA MOREIRA, GABRIELA FA- ADQUIRIDO NA COMUNIDADE” (CA-MRSA) NO HOSPITAL PEDRO
GUNDES STADTLOBER, MARIA TERESINHA RIBEIRO FERREIRA ERNESTO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO NO PERÍODO DE 2005
1. UNITAU, Universidade de Taubaté - Departamento de Enferma- - 2009
gem CECÍLIA DE MEDEIROS VIDAL2, JULIO CESAR DELGADO CORREAL1,
MANUEL CARLOS MOREIRA BENITEZ2, GABRIELA LIMA DE ALMEI-
DA2, MAÍRA DE FREITAS VILELA2, PAULO VIEIRA DAMASCO1,2
P323 1. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO
ETIOLOGIA, AGENTES ETIOLÓGICOS E PROFILAXIA DAS INFECÇÕES 2.UNIRIO,UNIVERSIDADEFEDERALDOESTADODORIODEJANEIRO
FULMINANTES PÓS-ESPLENECTOMIA
RODRIGO ASSIS NEVES DANTAS, DANIELE VIEIRA DANTAS, ANA
ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇA, ANNA LIVIA DE MEDEIROS DAN- P330
TAS, PATRICIA CABRAL FERREIRA, KÁTIA REGINA BARROS RIBEIRO, AVALIAÇÃO DOS DESFECHOS DE INFECÇÕES POR Staphylococcus
ROSEMARY ÁLVARES DE MEDEIROS aureus RESISTENTE A OXACILINA (MRSA) EM 4 HOSPITAIS DA CI-
1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE DADE DO RIO DE JANEIRO NO PERÍODO DE 2008 - 2009
CECILIA DE MEDEIROS VIDAL2, JULIO CESAR DELGADO CORREAL1,
MANUEL CARLOS MOREIRA BENITZ2, MAÍRA DE FREITAS VILELA2,
P324 GABRIELA LIMA DE ALMEIDA2, PAULO VIEIRA DAMASCO1,2
A EVIDÊNCIA DO FECHAMENTO INTERMITENTE DA SONDA VESI- 1. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO
CAL DE PERMANÊNCIA COMO ESTRATÉGIA PARA REEDUCAR A BE- 2.UNIRIO,UNIVERSIDADEFEDERALDOESTADODORIODEJANEIRO
XIGA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
Leila Santos de Souza, Gustavo Mustafa Tanajura, Jaqueline Suzan
Cardoso Freitas, Gabriella Fernandes Magalhães P331
1. OSID, Obras Sociais Irmã Dulce ANÁLISE DA RESPOSTA TERAPÊUTICA DE CEFEPIME VERSUS PI-
PERACILINA/TAZOBACTAM NO TRATAMENTO DE INFECÇÕES SE-
VERAS EM UM HOSPITAL UNVERSITÁRIO DO RIO DE JANEIRO-RJ
P325 BRASIL
A ADEQUAÇÃO DOS INDICADORES DE PROCESSO NAS CIRURGIAS CECÍLIA DE MEDEIROS VIDAL2, JULIO CESAR DELGADO CORREAL1,
CARDÍACAS PAULO VIEIRA DAMASCO1,2, EDUARDO CASTRO1
ÁUREA ANGÉLICA PASTE, PATRÍCIA JAMBEIRO, JAQUELINE SUZAN 1. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO
CARDOSO FREITAS 2.UNIRIO,UNIVERSIDADEFEDERALDOESTADODORIODEJANEIRO
1. SCMBA - HSI, SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DA BAHIA - HOS-
PITAL SANTA IZABEL
P332
AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE PRÁTICAS DE CONTROLE E
P326 PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA À
USO DE CORTICOSTERÓIDES E RISCO DE INFECÇÃO HOSPITALAR: CATETERIZAÇÃO VESICAL EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE ENSINO
CUIDADOS DE ENFERMAGEM Ana Cristina Balsamo, Isa Rodrigues da Silveira, Valéria Cassetari
Fernanda Santos Rodrigues Araújo, Renata da Costa Santos, Lucia- Chiaratto, Fabio Franco, Cristiane de Lion Botero Couto Lopes
na Elem Pereira de Queiroz, Marcella Azevedo Fernandez Garcia 1. HU-USP, Hospital Universitáripo da USP
1. UFF, Universidade Federal Fluminense

P333
P327 ESTUDO DE CASO: NEUROSÍFILIS ASSOCIADA À SINDROME DA
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS RECÉM-NASCIDOS COM MALFOR- IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (SIDA)
MAÇÃO CONGÊNITA EM UTI NEONATAL FABRICYA CAVALCANTE DOS SANTOS, THAÍZE TORRES DE ALBU-
Regina Cláudia Furtado Maia, Lia Fernandes Alves de Lima, walde- QUERQUE, ADA MARCELA FERNANDES DA SILVA, LAÍS INGRID
lia maria santos monteiro, Fernanda Calixto Martins, Melissa So- DA SILVA JARDINS, MARIA DA CONCEIÇÃO CAVALCANTE LIRA
ares Medeiros, Christianne Fernandes Valente Takeda, Vera Lúcia 1. UFPE - CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Bento Ferreira, José Iran Carvalho Rabêlo, Lauro Vieira Perdigão
Neto, Kelma Maria Maia
1. HGF, Hospital Geral de Fortaleza

13
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P334 RIANOSILVA,CARLASIMOMMENDES,FLAVIAMALVEZZIESTRADA
FATORESDERISCOPORTIPODEPNEUMONIAEMPORTADORESDE 1. HMCP-PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO PIER-
SEQUELAS DE LESÃO CEREBRAL RO - PUC CAMPINAS
OLÍMPIA LEAL DE OLIVEIRA, DILENE SOUSA ROCHA NOGUEIRA
1. SARAH-BH, HOSPITAL SARAH BELO HORIZONTE
P341
PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA: UMA REFLE-
P335 XÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO
A PROFILAXIA DO LINFOMA NÃO HODGKIN (LNH), ATRAVÉS DA Débora Gotardelo Audebert Delage
PREVENÇÃO DO HIV, COMO FORMA DE DIMINUIR O ÔNUS COM 1. UFJF, Universidade Federal de Juiz de Fora
GASTOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE À SOCIEDADE.
HÁKILLAPRICYLADE JESUS SOUZA*,TATIANAMARIADASILVA,FA-
BRICYACAVALCANTEDOSSANTOS,RITADECÁSSIAFERREIRALINS, P342
SORAIA LINS DE ARRUDA COSTA, MARIA DA CONCEIÇÃO CAVAL- PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS PELA FISIO-
CANTE DE LIRA TERAPIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL CEN-
1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco TRAL CORONEL PEDRO GERMANO
WESLLEY MENEZES, TAÍSA ANDRADE, CATHARINNE FARIAS, ANGE-
LO NASCIMENTO
P336 1. FARN, Faculdade Natalense Para o Desenvolvimento do RN
PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM CESARIANA: PROTOCOLO DE AJUS-
TE DE DOSE NA PROFILAXIA ANTIMICROBIANA PARA PACIENTES
COM SOBREPESO P343
CAMILA DE ALMEIDA SILVA, ROSANA RICHTMANN, Gabriela Ra- INFLUÊNCIA DA ORIENTAÇÃO SEXUAL NO USO DO PRESERVATIVO
vagnani De F. E SILVA, CELENA NAGAO, SANDRA REGINA BALTIERI, E PREVENÇÃO DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NOS
TATIANE TEIXEIRA RODRIGUES, FABIANA CAMOLESI JOVENS.
1. HMSJ, HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA JOANA GISELE CRISTIANE FERRAZ, ANTÔNIO ERMERSON FERREIRA DE
LIMA, IANNE FEITOSA LUCENA, JANAÍNA REIS MENEZES, JOA-
QUIM APRÍGIO NÓBREGA BATISTA, KALLYDYA PASQUALLY MOURA
P337 DA FONSECA, MÁRCIO SOUTO BATISTA DE ALMEIDA, MAXLÂNIO
CATETER VENOSO CENTRAL E A PRÁTICA DE ENFERMAGEM PARA WILLIAM DE SOUZA GUEDES, PHILIPE MENESES BENEVIDES, PAU-
A PREVENÇÃO DE INFECÇÕES LO DE FREITAS MONTEIRO
Renata da Costa Santos, Fernanda Santos Rodrigues Araújo, Lucia- 1. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
na Elem Pereira de Queiroz
1. UFF, Universidade Federal Fluminense
P344
DESINFECÇÃO DO “HUB¨, COMO FAÇO?
P338 Mauro José Costa Salles, Iolanda Lopes de Souza Santana, May-
INFECÇÃO POR KLEBSIELLA PNEUMONIAE RESISTENTE A CARBA- sa Harumi Yano, Bianca Maria Maglia Orlandi, Anderson Garcia
PENÊMICO EM UMA UTI NEONATAL E RESPOSTA AO TRATAMENTO D´Ingianni
COM COLISTINA. 1. HSI, Hospital Santa Isabel
Camila de Almeida Silva, BRUNNO CÉSAR BATISTA COCENTINO,
VERA LÚCIA KREBS, ALFIO ROSSI JÚNIOR
1. ICr- HCFMUSP, Instituto da Criança P345
ANTIBIOTICOTERAPIAPROFILÁTICAETERAPÊUTICAEMPACIENTES
CIRÚRGICOS PARA CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR: ESTRA-
P339 TIFICAÇÃO E ANÁLISE PRELIMINAR DE PRESCRIÇÃO EM HOSPITAL
CATETER IMPREGNADO COM ÍONS DE PRATA: CASO DE SUCESSO UNIVERSITÁRIO
NA PREVENÇÃO DE BACTEREMIA FÚNGICA EM PACIENTE COM Francisco de Assis Pinto Cabral Júnior1, Mirella Patricio Rodri-
LEUCEMIA gues1, Tallita Carvalho Vieira1, Antônio Emerson Ferreira Lima1,
MARINEI CAMPOS RICIERI, INGENORA LUCHTENBERG, FABIO DE Dannila Ramalho Moura1, Tatiana Passos da Costa Veiga1, João
ARAÚJO MOTTA, HELOISA IHLE G. GIAMBERARDINO PintoCabralNeto1,EuthaliaLemosVilelaQuirino1,KallilMonteiro
1. HIPP, Hospital Infantil Pequeno Príncipe Fernandes2, Stéphan Cariry Palhano1
1. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande
2. UFRN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
P340
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE AUXILIARES E TÉCNICOS DE
ENFERMAGEM QUANTO A MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE EVENTOS P346
ADVERSOS RELACIONADOS AO CATETER VASCULAR DE INSERÇÃO AVALIAÇÃODOPROTOCOLODEMEDIDASDEPREVENÇÃODEDISSE-
PERIFÉRICA MINAÇÃO DE BACTERIAS MULTIRRESISTENTE EM HOSPITAL GERAL.
MICHELIAPARECIDABARRETO,IRENEDAROCHAHABER,MARIAFER- GIRLAYNE BATISTA ARRUDA, ADRIANA CESÁRIO LOPES, ANDREA
NANDA FESTA MORARI SCUDELER, LUIS FERNANDO WAIB, MARIA MENDES SILVA, Martha Maria Romeiro Fonseca
FERNANDA SCHNEIDER, PAULA ROCCO GOMES LIMA, ADELINE MA- 1. HUR, HOSPITAL UNIMED RECIFE

14
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P347 P353
REDUÇÃONAINCIDÊNCIADEINFECÇÃORELACIONADAACATETER FATORES INTERVENIENTES PARA A ADESÃO AO DESCARTE ADE-
VENOSOCENTRALEMUTIDEUMHOSPITALPÚBLICODEPERNAM- QUADO DE RESÍDUOS PERFUROCORTANTES
BUCO – UM ESTUDO ANTES E DEPOIS DE AÇÕES DE EDUCAÇÃO KATIANE MARTINS MENDONÇA, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIP-
CONTINUADA PLE,FABIANARIBEIROREZENDE,HELINYCUNHACARNEIRONEVES
KATIA MARIA PIRES DE CARVALHO, DEMÓCRITO DE BARROS MI- 1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FE-
RANDA-FILHO, RAFAELLA FELIX SERAFIM VERAS DERAL DE GOIÁS
1. HBL, Hospital Barao deLucena

P354
P348 MANEJO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE EM UMA UNIDA-
CUIDADOS NA MANUTENÇÃO DO CATETER VESICAL DE DEMORA: DE DE ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE
PREVENINDO A INFECÇÃO HOSPITALAR GOIÂNIA
Luciana Elem Pereira de Queiroz, Renata da Costa Santos, Suelem ERIKA GOULART RODRIGUES, SERGIANE BISINOTO ALVES, ADE-
do Rozario, Fernanda Santos Rodrigues Araújo NÍCIA CUSTÓDIA SILVA E SOUZA, FABIANA RIBEIRO DE REZENDE,
1. UFF, universidade Federal Fluminense ANACLARA FERREIRA VEIGA TIPPLE, MARINÉSIA APARECIDA PRA-
DO PALOS, KARINA SUZUKI
1. UFG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
P349
EFETIVIDADE DO ÁLCOOL A 70% EM SUPERFÍCIES PELA ADENOSI-
NA TRIFOSFATO POR BIOLUMINESCÊNCIA P355
Adriano Menis Ferreira1, Marcelo Alessandro Rigotti2, Denise de AVALIAÇÃODAIMPLANTAÇÃODOPROGRAMADEGERENCIAMEN-
Andrade2, Margarete Teresa Gottardo de Almeida3, Keith Cássia TO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM SAÚDE, EM UM HOSPITAL DE MI-
Cunha3 NAS GERAIS.
1. UFMS/CPTL, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul -Três DANIELLI MARIA VIEIRA PEREIRA1, JANAÍNA BIANCA DE OLIVEIRA
Lagoas. ABRÃO1, FERNANDA MARIA VIEIRA PEREIRA2, ELUCIR GIR2, NA-
2. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto TALIA MARIA VIEIRA PEREIRA3, JOICE GASPAR2, SILMARA ELAINE
3. FAMERP, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto MALAGUTI2
1. IMAIP, HOSPITAL E MATERNIDADE ISABEL CRISTINA
2. EERP-USP, ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO - USP
P350 3. UNIFAL, UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE LIMPEZA DE SUPERFÍCIES DE UMA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Adriano Menis Ferreira1, Marcelo Alessandro Rigotti2, Mauro Pi- P356
nheiro Beijo3, Denise de Andrade2 IDENTIFICAÇÃO DE MICRORGANISMOS EM PROFISSIONAIS E SU-
1. UFMS/CPTL, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul -Três PERFÍCIES DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Lagoas JOVANI ANTONIO STEFFANI, ADRIANA GALHOTO, FABIOLA IA-
2. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto GHER, MORGANA BAÚ, CANDICE CRISTINA STUMPF
3. Vida Coop, Cooperativa de Trabalho dos Profissionais da Área 1. UNOESC, UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA - CAM-
de Saúde PUS JOAÇABA

P351 P357
AVALIAÇÃO DE DUAS TÉCNICAS DE LIMPEZA DE SUPERFÍCIES PELO PROPOSTA DE INDICADORES PARA O SERVIÇO DE HIGIENE HOSPI-
MÉTODO DE ATP POR BIOLUMINESCÊNCIA TALAR COMO ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Adriano Menis Ferreira1, Marcelo Alessandro Rigotti2, Denise de ISABELLE CALDAS AMORIM1,2, SIMONE MOREIRA1,2, CINTHYA
Andrade2 RAMIRES FERRAZ1,2, GISELA VALADÃO1,2
1. UFMS/CPTL, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-Três 1. ADLER, A ADLER CONSULTORIA LTDA
Lagoas 2. HP, HOSPITAL PASTEUR
2. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto

P358
P352 QUALIDADE NO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DOS
A PROBLEMÁTICA DA SEGREGAÇÃO E GERENCIAMENTO DOS RESÍ- SERVIÇOS DE SAÚDE
DUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Karla Romana Ferreira de Souza1,1,1, Manuela Cristina Gomes da
MARA WANESSA LIMA E SILVA, GEORGE LUCAS DE MACEDO RO- Luz2,2,2, Priscila Nilma Rodrigues de Albuquerque Soares2,2,2,
CHA REIS, JOSYANNE ARAÚJO NEVES, MIRTES SOUSA SÁ, MÁRCIA Samuel Anderson Firmino de Oliveira2,2,2, Thanmirys Maiara Fer-
HELENA RODRIGUES DA SILVA reira dos Santos2,2,2, Suzane Bezerra de França2,2,2, Maria da
1. UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ ConceiçãoCavalcantideLira1,1,1,VivianedeAraújoGouveia1,1,1,
Bartolomeu José dos Santos Júnior1,1,1, Bruno Henrique Andrade
Galvão1,1,1
1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco-CAV

15
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
2. FACIPE, Faculdade Integrada de Pernambuco P365
GERENCIAMENTO ADEQUADO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS HOSPITA-
LARES: CONTRIBUINDO PARA O PARADIGMA ECOLÓGICO
P359 RODRIGO ASSIS NEVES DANTAS, DANIELE VIEIRA DANTAS, ANA
EDUCAÇÃO EM SERVIÇO NA SEGREGAÇÃO DE RESÍDUOS DE SAÚ- ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇA, KÁTIA REGINA BARROS RIBEIRO,
DE EM UM HOSPITAL GERAL PATRICIA CABRAL FERREIRA, ANNA LIVIA DE MEDEIROS DANTAS,
Aline Garcia Alvarenga Pereira, Evaldo Ferreira da Silva, Ana Clau- KÉSSYA DANTAS DINIZ
dia Bocchi Luchi, Silvana Martins Dias Toni 1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
1. SCMT, SANTA CASA DE MISERICORDIA DE TUPÃ

P366
P360 DIAGNÓSTICOS POR IMAGEM QUE USAM RADIAÇÃO IONIZANTE E
A IMPORTÂNCIA DO MANEJO DOS RESÍDUOS DE SAÚDE: UMA RE- A GESTÃO EM SAÚDE AMBIENTAL HOSPITALAR NOS CENTROS DE
FLEXÃO A PARTIR DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA SAÚDE DE BRASÍLIA-DF
RAFAELA GESSNER, LAURA CHISTINA MACEDO PIOSIADLO AMANDA DE OLIVEIRA BERNARDINO, ANDRESSA BARROS TENÓ-
1. UFPR, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ RIO NUNES, SIMARA LOPES CRUZ, ZAILDE CARVALHO DOS SANTOS
1. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

P361 P367
PGRSS – PRODUÇÃO DE CAIXA DE PERFUROCORTANTE COM MA- OS RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E A QUESTÃO DA CONTA-
TERIAL RECICLADO: PROJETO PILOTO MINAÇÃO AMBIENTAL
Elisabeth Santiago Dreyer1, Silvana Cristina Pereira Silva1, Maria AMANDA DE OLIVEIRA BERNARDINO, ANDRESSA BARROS TENÓRIO
Goreth Ferrão Castelo Branco2 NUNES, SIMARA LOPES CRUZ, ZAILDE CARVALHOS DOS SANTOS
1. HMG, Hospital Memorial Guararapes 1. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
2. UNICAP, Universidade Católica de Pernambuco

P368
P362 EDUCAÇÃOAMBIENTALEMHOSPITAL-ESCOLAANÁLISEDASEGRE-
MANEJO DE RESÍDUOS GERADOS NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR DE GAÇÃO DE RESÍDUOS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE
UM DISTRITO SANITÁRIO DA CIDADE DE GOIÂNIA ANDRESSA BARROS TENÓRIO NUNES, SIMARA LOPES CRUZ,
FABIANA RIBEIRO DE REZENDE1,1,1, SERGIANE BISINOTO AL- AMANDA DE OLIVEIRA BERNARDINO, ANA WLÁDIA SILVA DE LIMA
VES1,1,1, ERIKA GOULART RODRIGUES1,1,1, ADENICIA CUSTÓDIA 1. UFPE- CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO- C. A. DE
SILVA E SOUZA1,1,1, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIPPLE1,1,1, VITÓRIA
SILVANA DE LIMA VIEIRA DOS SANTOS1,1,1, HÉLIO GALDINO JÚ-
NIOR1,1,1, KATIANE MARTINS MENDONÇA1,1,1, CAMILA STIVAL
BISINOTO2,2,2, ELAINE ROCHA VIEIRA2,2,2 P369
1. UFG, Faculdade de Enfermagem/ Universidade Federal de Goiás EDUCAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS: QUESTÃO DE SAÚ-
2. PUC - GO, Pontifícia Universidade Católica de Goiás DE AMBIENTAL E BIOSSEGURANÇA EM HOSPITAL PÚBLICO DE MI-
NAS GERAIS
CLÁUDIA. FERREIRA, HAIRTON AZEVEDO,
P363 1. HGV, Hospital Galba Velloso - FHEMIG
OGERENCIAMENTODOSRESÍDUOSGERADOSEMUMAUNIDADEDE
CENTROCIRÚRGICODEUMHOSPITALNACIDADEDETAUBATÉ-SP
ADRIANAGIUNTACAVAGLIERI*,BRUNACRISTINADOSPASSOSSIL- P370
VA, JOSÉ FRANCISCO DOS SANTOS, NATHÁLIA BORSATTI EUGENIO QUANTIFICAÇÃO DE RESIDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE PARA A
1. UNITAU, DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM - UNIVERSIDADE ELABORAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO: UM RELATO DE
DE TAUBATÉ EXPERIENCIA
SERGIANE BISINOTO ALVES, ADENICIA CUSTÓDIA SILVA E SOUZA,
CAMILA STIVAL BISINOTO, KEYTI CRISTINE ALVES DAMAS RESEN-
P364 DE, ERIKA GOULART RODRIGUES, FABIANA RIBEIRO DE REZENDE,
ESTRATÉGIASADOTADASPELOSPROFISSIONAISDAENFERMAGEM DULCELENE DE SOUZA MELO, HELINY CARNEIRO CUNHA NEVES
PARA A HIGIENIZAÇÃO DO AMBIENTE HOSPITALAR COMO FORMA 1. UFG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS
DE PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECÇÕES HOSPITALARES
Maria Elizabete de Amorim Silva, Cora Coralina dos Santos Jun-
queira, Malu Micilly Porfírio Santos, Marília de Souza Leite Silva, P371
Patrícia Simplício de Oliveira, Rebeca Silva Bezerra, Vanessa Lopes RELATO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE GERENCIAMEN-
Maia Dativo, Cizone Maria Carneiro Acioly TO DE RESÍDUOS EM HOSPITAL GERAL, BASEADO NO MODELO DE
1. UFPB, Universidade Federal da Paraíba GESTÃO DE QUALIDADE
MARTHA MARIA ROMEIRO FONSECA, GIRLAYNE BATISTA ARRUDA,
ADRIANA CESÁRIO LOPES, ANDREA MENDES SILVA
1. HUR, HOSPITAL UNIMED RECIFE

16
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
DIA 03 DE SETEMBRO P376
INFECÇÃO NOSOCOMIAL X VENTILAÇÃO MECÂNICA
CYNTHIA ANGÉLICA RAMOS DE OLIVEIRA, CLÁUDIA SYMONE VIEI-
6ª Feira RA DE MIRANDA
1. HRA, Hospital Regional do Agreste

P372
CONSIDERAÇÕES SOBRE A SENSIBILIDADE DA DAPTOMICINA EM P377
AMOSTRAS DE ENTEROCOCCUS RESISTENTES À VANCOMICINA - INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS RELACIONADAS A PRESSÃO DO BALO-
ASPECTOS ATUAIS NETE EM PACIENTES SUBMETIDOS A VENTILAÇÃO MECÂNICA
MARCELO MARANHÃO ANTUNES ANTUNES1, JOSINEIDE FERREI- CYNTHIA ANGÉLICA RAMOS DE OLIVEIRA, JOSÉ ALEXANDRE AN-
RA BARROS BARROS2, ADRIANA ALMEIDA ANTUNES ANTUNES3 DRADE FERREIRA
1. LACEN - PE., LABORATÓRIO CENTRAL DE SAUDE PÚBLICA DE 1. HOF, Hospital Otávio de Freitas
PERNAMBUCO
2. HAM, HOSPITAL AGAMENON MAGALHÃES
3. UFPE., UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
P378
AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DAS POMADAS E LUBRIFICANTES
EM AMBIENTE HOSPITALAR
P373 VIVIANE BASTOS DA SILVA1,1,1, REGIANE CRISTINA LIRA DA SIL-
PERFIL DE SENSIBILIDADE DE ACINETOBACTER BAUMANNI DE VA1,1,1, ELISANGELA PIRES QUERINO DE ARAUJO1,1,1, GISANE
2005 A 2007 EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIDA EM UM SILVA LIMA1,1,1
HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE DE PONTA GROSSA – PR 1. UVA, UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
Carla Luiza da Silva1, Maria Dagmar da Rocha Gaspar2, Susana 2. UVA, UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
Bastos Martins Mikowski1 3. UVA, UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
1. SCMPG, Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa 4. UVA, UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
2. UEPG, Universidade Estadual de Ponta Grossa

P379
P374 DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS DE ENTEROCOCCUS SPP. RESISTENTES
PREVALÊNCIA DE Staphylococcus COAGULASE-NEGATIVOS RESIS- À VANCOMICINA EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO DE ENSINO NO IN-
TENTES À METICILINA ISOLADOS DE PROFISSIONAIS DE UMA INS- TERIOR PAULISTA
TITUIÇÃO ONCOLÓGICA Andressa Batista Zequini, Luana Laís Femina, Luciana Souza Jorge
LARISSA OLIVEIRA ROCHA-VILEFORT1, LARA STEFÂNIA NETTO DE 1. FUNFARME, HOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
OLIVEIRA LEÃO3, ANA BEATRIZ MORI LIMA2, DAYANE DE MELO
COSTA1, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIPPLE1, FABIANA CRISTINA
PIMENTA4, MARINÉSIA APARECIDA PRADO-PALOS1
P380
1. FEN/UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FE-
AVALIAÇÃO “IN VITRO” DA ATIVIDADE DE ENXAGUATÓRIOS BU-
DERAL DE GOIÁS
CAIS SOBRE CANDIDA ALBICANS.
2. FF/UFG, FACULDADE DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
Ana Cristina Azevedo Moreira1,2
DE GOIÁS
1. UNEB, Universidade do Estado da Bahia
3.IPTSP/UFG,INSTITUTODEPATOLOGIATROPICALDESAÚDEPÚBLICA
2. UFBA, Universidade Federal da Bahia
4. CDC, CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION

P381
P375
ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS
Staphylococcus sp. MULTIRRESISTENTES ISOLADOS DA SALIVA DE
COMPOSTOS DE CALENDULA OFFICINALIS.
TRABALHADORES DE SAÚDE DE UMA INTITUIÇÃO ONCOLÓGICA
Ana Cristina Azevedo Moreira1, Péricles Maia Andrade1
DAYANE DE MELO COSTA1, MARINÉSIA APARECIDA PRADO-PA-
1. UFBA, Universidade Federal da Bahia
LOS1, LARISSA OLIVEIRA ROCHA-VILEFORT1, ANA BEATRIZ MORI
2. Uneb, Universidade do Estado da Bahia
LIMA2, KARINA SUZUKI1, EDGAR BERQUÓ PELEJA4, LARA STEFÂ-
NIA NETTO DE OLIVEIRA LEÃO3
1. FEN/UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FE-
DERAL DE GOIÁS P382
2. FF/UFG, FACULDADE DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL A IMPORTÂNCIA DO Staphylococcus sp. (coagulase negativo) NO
DE GOIÁS DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA A SAÚ-
3. IPTSP/UFG, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL DE SAÚDE PÚ- DE EM NEONATOLOGIA.
BLICA /UFG Paulo Souza1,2, Patricia Shimabukuro3,2, Antonio Fernandes2
4. ACCG/HAJ, ASSOCIAÇÃO DE COMBATE AO CÂNCER DE GOIÁS/ 1. IGESP, Hospital IGESP
HOSP. ARAÚJO JORGE 2. Faculdade INESP, Faculdade INESP
3. HGP, Hospital Geral de Pedreira

17
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P383 magem
DESCRIÇÃO DO PERFIL DE RESISTÊNCIA DE PSEUDOMONAS AERU- 2. UFG/IPTSP, Univ Fed Go/Instituto de Patologia Tropical e Saúde
GINOSA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO Pública
KAMILLA FERNANDA DA SILVA CAIXETA1,2, ROBERTA APARECIDA 3.UFG/FM,UniversidadeFederaldeGoiás/FaculdadedeMedicina
DIAS2, LIZANDRA FERREIRA DE ALMEIDA E BORGES2,3 4. UFG/FEN/CAMPUS JATAÍ, Univ Feder Goiás/Faculdade de Enfer
1. SANTOS, Laboratório de Análises Clínicas Santos, Santa Casa de -Campus Jataí
Miser
2. UNICERP, Centro universitário do Cerrado - Patrocínio
3. UFU, Universidade Federal de Uberlândia P388
FREQUÊNCIA E SUSCETIBILIDADE DE Staphylococcus sp. ISOLADOS
DE ÚLCERAS VENOSAS DE PACIENTES ATENDIDOS EM SALAS DE
P384 CURATIVOS DE UNIDADES MUNICIPAIS DE SAÚDE DE GOIÂNIA.
ESTUDO DA RESISTÊNCIA BACTERIANA À CIPROFLOXACINA EM MARLENE ANDRADE MARTINS1,2, SILVANA DE LIMA VIEIRA DOS
CULTURAS DE PACIENTES INTERNADOS NA CASA DE SAÚDE SANTA SANTOS1, MARIA MARCIA BACHION1, LARA STEFÃNIA NETTO DE
EFIGÊNIA OLIVEIRA LEÃO2, SUELEN GOMES MALAQUIAS4, NAYARA PORTI-
DÉBORA SOLEDADE DE OLIVEIRA1, LAÍS DE MACÊDO FERREIRA LHO ARAÚJO3, QUEILIENE ROSA DOS SANTOS1, CAMILA PEREIRA
SANTOS1, DÉBORA MÍRIA NASCIMENTO MACÊDO1, WILNIKA DO CÂMARA SOUSA2
CARMO BARROS1, IARA TIENE DE LIMA MELO1, EVELLYNE DE OLI- 1. UFG/FEN, Universidade Federal de Goiás/Faculdade de Enfer-
VEIRA FIGUEIRÔA2 magem
1. ASCES, Associação Caruaruense de Ensino Superior 2. UFG/IPTSP, Univ Fed de Goiás/Ins de Patologia Tropical e Saúde
2. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco Pública
3.UFG/FM,UniversidadeFederaldeGoiás-FaculdadedeMedicina
4. UFG/FEN/Campus Jataí, Univ Fed Go/Faculdade de Enf-Campus
P385 de Jataí
ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE SUPERFÍCIES, EQUIPAMENTOS E
SOLUÇÕES DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOS-
PITAL UNIVERSITÁRIO P389
Quésia Souza Damasceno1, Adriana Cristina de Oliveira1, Jacques AVALIAÇÃODOPADRÃODESUSCEPTIBILIDADEAOSAMINOGLICO-
Robert Nicoli2 SÍDEOS DE AMOSTRAS CLÍNICAS DE Enterococcus RESISTENTES À
1. EEUFMG, Escola de Enfermagem da Universidade Federal de VANCOMICINA (VRE)
Minas Gerais KÁSSIA KAROLINE ALIANÇA DE CASTRO1,1,1, BÁRBARA DE OLI-
2. ICBUFMG, Instituto de Ciências Biológicas da UFMG VEIRA SILVA1,1,1, MARIA CAROLINA DE ALBUQUERQUE WANDER-
LEY3,1,3,WILLAMESMARCOSBRASILEIRODASILVAMARTINS2,2,2,
ANNA CAROLINA SOARES ALMEIDA3,1,3, MARINALDA ANSELMO
P386 VILELA1,1,1, MÁRCIA MARIA CAMARGO DE MORAIS1,1,1, JOSÉ
RESISTÊNCIA MLSb EM Staphylococcus aureus ISOLADOS DE LE- ANCHIETA DE BRITO1, MARIA DE FÁTIMA ACIOLY1
SÕES VENOSAS DE PACIENTES ATENDIDOS EM SALAS DE CURATI- 1. UPE, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
VOS DE SERVIÇOS MUNICIPAIS DE SAÚDE DE GOIÂNIA, GO. 2. FMN, FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
MARLENE ANDRADE MARTINS1,2, SILVANA DE LIMA VIEIRA DOS 3. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
SANTOS1,2, LARA STEFÂNIA NETTO DE OLIVEIRA LEÃO2, ANA BE-
ATRIZ MORI LIMA2, SUELEN GOMES MALAQUIAS4, NAYARA POR-
TILHO ARAÚJO3, QUEILIENE ROSA DOS SANTOS1, MARIA MARCIA P390
BACHION1 PRODUÇÃO DE BETA-LACTAMASE AMPC POR ENTEROBACTÉRIAS
1. UFG/FEN, Universidade Federal de Goiás/Faculdade de Enfer- ISOLADAS DA SALIVA DE PROFISSIONAIS ATUANTES EM UM CEN-
magem TRO ESPECIALIZADO NO TRATAMENTO ONCOLÓGICO
2. UFG/IPTSP, Univer Feder Goiás/Instituto de Patologia Tropical LARA STEFÂNIA NETTO DE OLIVEIRA LEÃO1, ANA BEATRIZ MORI
Saúde Pú LIMA2, LARISSA OLIVEIRA ROCHA-VILEFORT3, DAYANE DE MELO
3.UFG/FM,UniversidadeFederaldeGoiás/FaculdadedeMedicina COSTA3, MARINÉSIA APARECIDA PRADO-PALOS3, DANIEL GON-
4.UFG/FEN/CAMPUSJATAÍ,UniversidadeFederaldeGoiás/FacEnf ÇALVES VIEIRA1, FABIANA CRISTINA PIMENTA4,1
Campus Jataí 1. IPTSP-UFG, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚ-
BLICA-UFG
2. FF-UFG, FACULDADE DE FARMÁCIA-UFG
P387 3. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM - UFG
PREVALÊNCIA DE Staphylococcus aureus METICILINA RESISTENTE 4. CDC, CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION
(MRSA) EM ÚLCERAS VENOSAS DE PACIENTES ATENDIDOS EM SA-
LAS DE CURATIVOS DE UNIDADES DE SAÚDE DE GOIÃNIA.
MARLENE ANDRADE MARTINS1, SILVANA DE LIMA VIEIRA DOS P391
SANTOS1,NAYARAPORTILHOARAÚJO3,LARASTEFÂNIANETTODE CARACTERIZAÇÃO DE ENTEROBACTÉRIAS ISOLADAS DE PROFIS-
OLIVEIRALEÃO2,SILVIAMARIASOARESDECARVALHOSANT´ANA1, SIONAIS ATUANTES EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA PARA TRATA-
SUELEN GOMES MALAQUIAS4, MARIA MARCIA BACHION1, QUEI- MENTO ONCOLÓGICO
LIENE ROSA DOS SANTOS1, ANA BEATRIZ MORI LIMA2 LARA STEFÂNIA NETTO DE OLIVEIRA LEÃO1, ANA BEATRIZ MORI
1. UFG/FEN, Universidade Federal de Goiás/Faculdade de Enfer- LIMA2, LARISSA OLIVEIRA ROCHA-VILEFORT3, DAYANE DE MELO

18
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
COSTA3, MARINÉSIA APARECIDA PRADO-PALOS3, JOSÉ DANIEL 3. NUTRIVIDA, NUTRIVIDA/PETROBRAS
GONÇALVES VIEIRA1, FABIANA CRISTINA PIMENTA4,1
1. IPTSP-UFG, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚ-
BLICA- UFG P397
2. FF-UFG, FACULDADE DE FARMÁCIA - UFG FREQUÊNCIA E PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE DE Escherichia coli
3. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM - UFG ISOLADASDEINFECÇÕESDOTRATOURINÁRIOCOMUNITÁRIASNO
4. CDC, CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION HOSPITAL NAVAL DE SALVADOR-BA
RodrigoSilvaCézar1,2,CorineSilvaSampaio2,LianeMariaCampos
de Souza1, Marcos Soares Vieira1, Stefany Fontes Domingues1,
P392 Manuel Vitor Viana Gonçalves2, Vanessa Benevides Ribeiro2
DETERMINAÇÃO DO PERFIL DE RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS 1. HNSa, Hospital Naval de Salvador
E DO PERFIL PLASMIDIAL DE ISOLADOS CLÍNICOS DE K. pneumo- 2. FacFar-UFBA, Faculdade de Farmácia - UFBA
niae PROVENIENTES DE RECIFE-PE
ADRIANE BORGES CABRAL, RITA DE CÁSSIA DE ANDRADE MELO,
MARIA AMÉLIA VIEIRA MACIEL, ANA CATARINA DE SOUZA LOPES P398
1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CA-MRSA ISOLADOS DE FERIDAS DE PACIENTES ATENDIDOS EM
UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DA CIDADE DE BOTUCATU
Eliane Patricia Lino Pereira, Mariana Fávero Bonesso, Maria de
P393 Lourdes Ribeiro de Souza Cunha
DETERMINAÇÃO DE ESBLs DO TIPO TEM, SHV e CTX-M EM ISO- 1. UNESP, Universidade Estadual Paulista
LADOS CLÍNICOS DE K. pneumoniae RESISTENTES A ANTIBIÓTICOS
-LACTÂMICOS PROVENIENTES DE RECIFE-PE
ADRIANE BORGES CABRAL, MARIA AMÉLIA VIEIRA MACIEL, ANA P399
CATARINA DE SOUZA LOPES Staphylococcus aureus DE ORIGEM HOSPITALAR PRESENTES NA
1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO COMUNIDADE
Mariana Fávero Bonesso, Eliane Patricia Lino Pereira, Maria de
Lourdes Ribeiro de Souza Cunha
P394 1. UNESP, Universidade Estadual Paulista
CARACTERIZAÇÃO DE PSEUDOMONAS SP. ISOLADADAS EM ÚLCE-
RAS VENOSAS CRÔNICAS DE USUÁRIOS DE SALAS DE CURATIVOS
DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA - GO P400
Silvana Lima Vieira dos Santos1,2,4, Marlene Martins Andrade1,2, PREVALÊNCIA DE INTEGRON DE CLASSE 1 EM ISOLADOS DE ENTE-
Ana Beatriz Mori Lima3, Suelen Gomes Malaquias1, Nayara Porti- ROBACTERIÁCEAS DE PACIENTES COM INFECÇÃO URINÁRIA
lho Araújo2, Lara Stefânia Netto de Oliveira Leão3, Maria Márcia Maria Carolina de Albuquerque Wanderley1,2, Willames Marcos
Bachion1,4 Brasileiro da Silva Martins3,1, Bárbara de Oliveira Silva1, Kássia
1. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem Karoline AliançadeCastro1,AnnaCarolina SoaresAlmeida1,Mari-
2. FM-UFG, Faculdade de Medicina nalda Anselmo Vilela1, Márcia Maria Camargo de Morais1
3. IPTSP-UFG, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública 1. UPE, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
4. FAPEG, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás 2. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
3. FMN, FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU

P395
PREVALÊNCIA DE PSEUDOMONAS SP. PRODUTORAS DE BETA-LAC- P401
TAMASES DO TIPO AmpC ISOLADAS DE PROFISSIONAIS DE UMA ENTEROBACTERIAS PRODUTORAS DE Β-LACTAMASE ISOLADAS DE
INSTITUIÇÃO DE SAÚDE PACIENTES DE UMA UNIDADE DE CIRURGIA CARDIACA NO RIO DE
Ana Beatriz Mori Lima1, Larissa Oliveira Rocha Vilefort2, Dayane JANEIRO
Melo Costa2, Maria Cláudia Dantas Porfírio Borges André1, Fabia- MÁRCIA REGINA GUIMARÃES VASQUES1, CRISTIANE LAMAS1,
na Cristina Pimenta3, Marinésia Aparecida Prado Palos2, Lara Ste- JOSE AUGUSTO ADLER PEREIRA2, JUAREZ CORREA1, CHARLES BA-
fânia Netto de Oliveira Leão1, Maria Alves Barbosa2 TISTA1, ALEXANDRE BELO2
1. IPTSP-UFG, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública 1. INC, Instituto Nacional de Cardiologia
2. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem 2. UERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
3. CDC-EUA, Centers for Disease Control and Prevention

P402
P396 REDUÇÃO DA SENSIBILIDADE ANTIMICROBIANA DOS GRAM NE-
PREVALÊNCIA DE MICROORGANISMOS PATOGÊNICOS ENCONTRA- GATIVOS NAS INFECÇÕES HOSPITALARES EM UTI DE ADULTOS –
DOS EM LESÕES CUTÂNEAS DE MEMBROS INFERIORES PERÍODO DE 5 ANOS
ALBERTINA MARTINS GONÇALVES1, JOSÉ DE ANCHIETA F. NETO2, Valéria Cassettari Chiaratto, Ana Cristina Balsamo, Isa Rodrigues
KARLA SIMONE DE BRITO BROCK1, MARIA ANARILDA NOGUEIRA da Silveira, Fábio Franco, Lilian Ferri Passadore, Marina Baquerizo
DE LIMA3, VALKÊNIA ALVES SILVA1 Martinez
1. HDPF, HOSPITAL DISTRITAL DE PEDRAS DE FOGO-PB 1. HU-USP, Hospital Universitário da Universidade de São Paulo
2. CASM, Centro de Atenção a Saúde da Mulher

19
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P403 ZES DE PACIENTES INTERNADOS E DO AMBIENTE DE HOSPITAIS DA
PREVALÊNCIA DE BETA-LACTAMASE AMP-C EM BACTÉRIAS GRAM- CIDADE DO RIO DE JANEIRO
NEGATIVAS ISOLADAS DE ÚLCERAS VENOSAS CRÔNICAS Ilana Teruszkin Balassiano1, Danielle Angst Secco1, Joaquim dos
Silvana Lima Vieira dos Santos1,4,3, Marlene Martins Andrade3, Santos-Filho1, Jon S. Brazier2, Márcia Pinto Barros de Oliveira3,
Ana Beatriz Mori Lima2, Suelen Gomes Malaquias1, Queiliene MariaCatarinaRamos4,SimoneAranhaNouér5,ClaudiaR.C.Sou-
Rosa dos Santos1, Lara Stefânia Netto de Oliveira Leão2, Maria za5, Eliane de Oliveira Ferreira1, Regina Maria Cavalcanti Pilotto
Márcia Bachion1 Domingues1
1. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem 1. IMPPG - UFRJ, Instituto de Microbiologia Prof Paulo de Góes
2. IPTSP-UFG, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública 2. PHLS, Anaerobe Reference Unit
3. FM-UFG, Faculdade de Medicina 3. INFECTO Consultoria, INFECTO Consultoria
4. NEPIH, Núcleo de Estudos e Pesquisa em Infecções 4. , Controle de Infecção Hospitalar de Hospital Terciário Privad
5. FAPEG, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás 5.CCIH-UFRJ,CoordenaçãodeControledeInfecçõesHospitalares

P404 P409
ENTEROBACTERIACEAE ISOLADAS EM ÚLCERAS VENOSAS CRÔNI- PSEUDOMONAS AERUGINOSA- UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO
CAS DE USUÁRIOS DE UNIDADES MUNICIPAIS DE SAÚDE DE GOI- Aluska Mirtes Araujo Souza1, Sônia Maria Barbosa Souza2
ÂNIA-GO 1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba
Silvana Lima Vieira dos Santos1,6,7, Marlene Martins Andra- 2. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande
de1,3, Ana Beatriz Mori Lima5,3, Silvia Maria Soares de Carva-
lho Sant´ana1,7, Nayara Portilho de Araújo3, Queiliene Rosa dos
Santos1, Lara Stefânia Netto de Oliveira Leão5, Maria Márcia Ba- P410
chion1,7 PERFIL DAS BACTÉRIAS ISOLADAS EM CULTURAS DE SECREÇÃO
1. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem TRAQUEAL DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM PNEUMONIA
2. HAJ-ACCG, Hospital Araújo Jorge NOSOCOMIAL
3. FM-UFG, Faculdade de Medicina Aluska Mirtes Araujo Souza1, Sônia Maria Barbosa Souza2, Emma-
4. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem nuelle Marie Albuquerque1
5. IPTSP-UFG, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública 1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba
6. NEPIH, Núcleo de Estudos e Pesquisa em Infecções 2. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande
7. FAPEG, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás

P411
P405 ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE CEPAS DE Pseudomonas aerugino-
INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA POR SPHINGOMONAS PAU- sa OBTIDAS DE UNIDADES DE TERAPIAS INTENSIVAS E DE DEMAIS
LIMOBILIS EM PACIENTE ONCOLÓGICO PEDIÁTRICO SETORES HOSPITALARES DE MACEIÓ, AL
MARIA HELENA MARQUES FONSECA DE BRITTO, TELMA CASSAN- EMMILY MARGATE1, ALYNNE KAREN MENDONÇA DE SANTANA2,
DRA BARROS FREIRE, ANA PATRÍCIA GOMES LEANDRO, ANNE KA- MARCELLE AQUINORABELO1,GABRIELABRITODEOLIVEIRA1,AR-
ROLINE ALMEIDA PEREIRA, LUCIANA CORREA AGUIAR MANDO MONTEIRO BEZERRA NETO1, ALICE RAMOS ORSI2, VIVIA-
1. LNRCC, LIGA NORTE-RIOGRANDENSE CONTRA O CÂNCER - PO- NE MARTA DOS SANTOS MORAIS2, KARINACAVALCANTE BELTRÃO
LICLÍNICA DE CASTRO2, DENISE MARIA WANDERLEI SILVA2
1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
2. UFAL, Universidade Federal de Alagoas
P406
ACINETOBACTER SP: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E MICROBIOLÓGI-
CO NUM HOSPITAL TERCIÁRIO DA REGIÃO SUL. P412
GILBERTO DA LUZ BARBOSA1,2, NATÁLIA NESPOLO DE PAULA1, ERROS DE MEDICAÇÃO: A ENFERMAGEM E SEU IMPACTO NA RE-
BRUNO VENTURA TARASCONI2, EMANUEL ROBERTO DIEL2, VINÍ- SISTÊNCIA MICROBIANA
CIUS TREICHEL CAZAROTTO2, DAIANE BOPP FUENTEFRIA1,2 Camila Megumi Naka Shimura, Janaína da Silva
1. HSVP, HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO 1. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
2. UPF, UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

P413
P407 ASPECTOS DA EPIDEMIOLOGIA DA COLONIZAÇÃO POR Bacteroi-
MONITORAMENTO DA RESISTÊNCIA MICROBIANA DE HEMOCUL- des spp e Parabacteroides distasonis EM PACIENTES ADMITIDOS
TURAS EM HOSPITAL ESCOLA PÚBLICO NO CENTRO DE TRATAMENTO INTENSIVO DE UM HOSPITAL UNI-
Junior André da Rosa, Marilene Terezinha Buriol Farinha, Ana Ca- VERSITÁRIO DO RIO DE JANEIRO
rolina Issler Ferreira Kessler, Magda Tatiara da Silva Bandeira Laís dos Santos Falcão1, Priscila Zonzini Ramos1, Joaquim Santos-
1. HE-UFPEL, Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas Filho1, Natasha Pinto Medici1, Geraldo Renato de Paula2, Juliana
Arruda de Matos3, Beatriz Meurer Moreira1, Regina Maria Caval-
canti Pilotto Domingues1
P408 1. IMPPG/UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro
ISOLAMENTO DE CEPAS DE Clostridium difficile A PARTIR DAS FE- 2. UFF, Universidade Federal Fluminense

20
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
3. FM/UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro COM INFECÇÄO DO TRATO URINÁRIO, ATENDIDOS EM DOIS HOS-
PITAIS PÚBLICOS DE MACEIÓ-AL.
Alynne Karen Mendonça de Santana1, Renato Júnior Cavalcante
P414 da Silva1, Emmily Margate Lima Rodrigues de Barros2, Gabryel-
MUDANÇA NO PADRÃO DE CONSUMO DOS ANTIMICROBIANOS le Barbosa Cordeiro de Lima3, Aline Colatino Ferreira3, Zenaldo
DOS CTI-ADULTO E CTI-INFANTIL NA SANTA CASA DE FRANCA E OS Porfírio1
GERMES PREVALENTES DE 2007 A 2010 . 1. CPML, Centro de Patologia e Medicina Laboratorial
Tatiana Batista Rodrigues, Amanda Migliorini Urban, Ludimila 2. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
Otero Oliveira Santos, Sara Rodrigues Kellner, Gislaine Cristhina 3. UFAL, Universidade Federal de Alagoas
Bellusse, Fabricio Ribeiro de Campos, Maria Auxiliadora Mancilha
Carvalho Pedigone, Milena Cristina de Paula Figueiredo
1. Santa Casa, Fundação Santa Casa Misiericordia de Franca P420
ANÁLISE DA RESISTÊNCIA A OXACILINA E A VANCOMICINA EM
AMOSTRAS DE Staphylococcus hominis ISOLADAS DE SANGUE EM
P415 UM HOSPITAL DO RIO DE JANEIRO, NO PERÍODO DE 1998 A 2009
Perfil de Sensibilidade de Staphylococcos sp à oxacilina ClaudioSimoesdeMattos,RicardoPintoSchuenck,AlineGilPesta-
Fernanda Ribeiro, Mariana Frighetto Tres, Tamires Fischer, Heloí- na de Souza, Katia Regina Netto dos Santos
sa Poli, Daniela Miranda, Juliana Alves, DORIS LAZAROTO, JANETE 1. UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro
MACHADO, ELIANE KRUMMENAUER, Marcelo Carneiro
1. UNISC, Universidade de Santa Cruz do Sul
P421
IDENTIFICAÇÃO DE MECANISMOS DE RESISTÊNCIA EM KLEBSIELLA
P416 PNEUMONIAE DE ORIGEM HOSPITALAR.
PERFIL DE RESISTÊNCIA DE Enterobacter sp. NO HOSPITAL SANTA Josineide Ferreira Barros1, Adelina Vila Bela1, Luciana Rezende
CRUZ - SCS - RS Bandeira de Mello1, Maria de Fátima Magalhães Acioly Mendiza-
JULIANA ALVES1, TAMIRES FISCHER1, HELOISA POLI1, MARIANA bal1, Moacir Batista Jucá1, Marcelo Maranhão Antunes2, Adriana
TRES1, DANIELA MIRANDA1, FERNANDA RIBEIRO1, MARCELO Almeida Antunes3
CARNEIRO1, JANETE MACHADO2, ELIANE KRUMMENAUER2, DO- 1. HAM, Hospital Agamenom Magalhães
RIS LAZAROTO2 2. LACEN - PE., Laboratório Central de Saúde Pública de Pernam-
1. UNISC, UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL buco
2. CCIH - HSC, CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR DO HOSPITAL 3. UFPE., Universidade Federal de Pernambuco
SANTA CRUZ

P422
P417 IMPORTÂNCIA DA TIGECICLINA COMO OPÇÃO TERAPÊUTICA NO
Perfil de sensibilidade de Pseudomonas spp em unidades hospita- TRATAMENTO DE ACINETOBACTER SPP. ISOLADOS DE PACIENTES
lares do Hospital Santa Cruz - SCS - RS INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE RECIFE - BRASIL
HELOISA POLI1, DANIELA MIRANDA1, MARIANA TRES1, FERNAN- Josineide Ferreira Barros1, Adelina Vila Bela1, Luciana Rezende
DA RIBEIRO1, JULIANA ALVES1, TAMIRES FISCHER1, DORIS LAZA- Bandeira de Mello1, Maria de Fátima Magalhães Acioly Mendiza-
ROTO1,2,JANETEMACHADO2,ELIANEKRUMMENAUER2,MARCE- bal1, Moacir Batista Jucá1, Marcelo Maranhão Antunes2
LO CARNEIRO1,2 1. HAM, Hospital Agamenom Magalhães
1. UNISC, Universidade de Santa Cruz do Sul 2. LACEN - PE., Laboratório Central de Saúde Pública de Pernam-
2. CCIH - HSC, CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - HSC buco
3. HAM, Hospital Agamenom Magalhães

P418
INCIDÊNCIA DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE E ESCHERICHIA COLI P423
PRODUTORAS DE BETA-LACTAMASE DE ESPECTRO ESTENDIDO ANÁLISE DO PERFIL DE RESISTÊNCIA À METICILINA EM ISOLADOS
(ESBL), EM HEMOCULTURAS ISOLADAS EM TRÊS HOSPITAIS PÚBLI- DE Staphylococcus aureus PROCEDENTES DE HOSPITAL PÚBLICO
COS DE MACEIÓ-AL. DO RECIFE-PE
Alynne Karen Mendonça de Santana1, Renato Júnior Cavalcante Márcio da Silveira Gomes, Marconi Coelho dos Santos, Catarina
da Silva1, Emmily Margate Lima Rodrigues de Barros3, Gabryel- Fernandes Freitas, Valdemir Vicente da Silva Júnior, Maria Amélia
le Barbosa Cordeiro de Lima2, Aline Colatino Ferreira2, Zenaldo Maciel
Porfírio1 1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
1. CPML, Centro de Patologia e Medicina Laboratorial
2. UFAL, Universidade Federal de Alagoas
3. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco P424
PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS EM AMOS-
TRAS DE Acinetobacter spp. DE UNIDADES DE TRATAMENTO IN-
P419 TENSIVO (ADULTOS E NEONATAL) DO HOSPITAL UNIVERSITARIO
AVALIAÇÃO DO PERFIL DE SUSCETIBILIDADE À LEVOFLOXACINA PEDRO ERNESTO (HUPE-UERJ) DE RIO DE JANEIRO.
EM AMOSTRAS DE ESCHERICHIA COLI ISOLADAS DE PACIENTES EDUARDO ALMEIDA RIBEIRO DE CASTRO, JULIO CESAR DELGADO

21
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
CORREAL, SILVIA THEES CASTRO, PATRICIA DE SOUZA INHAQUITE, 1. UFRJ, Universidade Federal do Rio de janeiro
PAULO VIEIRA DAMASCO
1. UERJ, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
P431
FATORESDERISCOEMICROORGANISMOSCAUSADORESDAPNEU-
P425 MONIA HOSPITALAR
STENOTROPHOMONAS MALTOPHILIA: EPIDEMIOLOGIA E SENSIBI- Martha Priscila Dantas de Lima, Gabriela Beserra Solano, Cibely
LIDADE AOS ANTIMICROBIANOS Freire de Oliveira, Alexsandro Silva Coura, Inacia Sátiro Xavier de
THIAGO AMARAL ABRAHÃO ABRAHÃO, ASTRÍDIA MARÍLIA DE França
SOUZA FONTES FONTES, MIGUEL TANÚS JORGE JORGE, MARIANA 1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba
CARVALHO CARVALHO, SEBASTIANA SILVA SABINO SABINO, VIVIE-
NI PRADO ALMEIDA ALMEIDA
1. HC-UFU, HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE P432
UBERLÂNDIA ESTAFILOCOCOS COAGULASE NEGATIVA RESISTENTES À METICI-
LINA E PRODUTORES DE BIOFILME ISOLADOS EM HOSPITAIS DA
CIDADE DO NATAL-RN
P426 JANNYCE GUEDES DA COSTA, LEONARDO DE ALBUQUERQUE DAN-
PERFIL DE SENSIBILIDADE DOS PRINCIPAIS MICRORGANISMOS TAS, FRANCISCO CANINDÉ DE SOUSA JUNIOR, EUTÁLIA ELIZABETH
ISOLADOS DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) ADULTO DE NOVAES FERREIRA DA SILVA, MARIA JOSÉ DE BRITTO COSTA FER-
UM HOSPITAL PRIVADO DE UBERLÂNDIA NANDES, MARIA CELESTE NUNES DE MELO
ASTRÍDIA MARÍLIA DE SOUZA FONTES ONTES2,1, MICHELLE SAN- 1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
TOS JUNQUEIRA JUNQUEIRA2, MICHELLE OLIVEIRA CARNEIRO
CARNEIRO2, MIGUEL TANÚS JORGE JORGE1
1. HC-UFU, HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE P433
UBERLÂNDIA ESTUDO DA FREQUÊNCIA DE MICRO-ORGANISMOS ISOLADOS DE
2. HSG, SANTA GENOVEVA COMPLEXO HOSPITALAR UROCULTURAS DE RECÉM-NATOS EM UM HOSPITAL ESCOLA
LUZIA NERI COSMO MACHADO, NADIR RODRIGUES MARCONDES,
NEREIDA MELLO DA ROSA GIOPPO
P427 1. UNIOESTE, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
PERFIL DE SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS APRESENTADO
POR UROPATÓGENOS ISOLADOS DE RECÉM-NATOS
NADIR RODRIGUES MARCONDES, NEREIDA MELLO DA ROSA GIOP- P434
PO, LUZIA NERI COSMO MACHADO EVOLUÇÃO DO PERFIL DE RESISTÊNCIA APRESENTADO POR ESTIR-
1. Unioeste, Universidade Estadual do Oeste do Paraná PES DE S.aureus ISOLADOS EM UM HOSPITAL ESCOLA
LUZIANERICOSMOMACHADO,RODRIGOANTONIOMATTEI,CRIS-
TIANEMUNARETTO,JULIETEGOMESDELARADESOUZA,NEREIDA
P428 MELLO DA ROSA GIOPPO, NADIR RODRIGUES MARCONDES
ANÁLISEDAEVOLUÇÃODOPERFILDERESISTÊNCIAAPRESENTADO 1. UNIOSTE, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
POR CEPAS DE K. pneumoniae ISOLADAS EM UM HOSPITAL ESCO-
LA
NADIR RODRIGUES MARCONDES, LUZIA NERI COSMO MACHADO, P435
RODRIGO ANTONIO MATTEI, CRISTIANE MUNARETTO, CAROLINE Escherichia coli : ANÁLISE DO PADRÃO DE EVOLUÇÃO DA RESIS-
FURLAN, NEREIDA MELLO DA ROSA GIOPPO TÊNCIA DE CEPAS ISOLADAS EM UM HOSPITAL ESCOLA
1. Unioeste, Universidade Estadual do Oeste do Paraná LUZIA NERI COSMO MACHADO, NADIR RODRIGUES MARCONDES,
CRISTIANE MUNARETTO, ARIANA BLEICH, NEREIDA MELLO DA
ROSA GIOPPO
P429 1. UNIOESTE, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
PERFIL DE SENSIBILIDADE DE BACTÉRIAS NÃO FERMENTADORAS
DE GLICOSE ISOLADAS DO TRATO RESPIRATÓRIO DE PACIENTES
COM FIBROSE CÍSTICA P436
NADIR RODRIGUES MARCONDES, PAULINO YASSUDA FILHO, NE- ESTUDO DO PERFIL DE RESISTÊNCIA DO Complexo Acinetobacter
REIDA MELLO DA ROSA GIOPPO, LUZIA NERI COSMO MACHADO baumannii ISOLADOS DE PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPI-
1. Unioeste, Universidade Estadual do Oeste do Paraná TAL ESCOLA (2005-2009)
NEREIDA MELLO DA ROSA GIOPPO, LUZIA NERI COSMO MACHA-
DO, CRISTIANE MUNARETTO, NADIR RODRIGUES MARCONDES
P430 1. UNIOESTE, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
Staphylococcus aureus ISOLADOS DE BACTERIEMIAS: UTILIZAÇÃO
DE DIFERENTES METODOLOGIAS PARA AVALIAÇÃO DA SUSCEPTI-
BILIDADE A VANCOMICINA P437
Aline Gil Pestana de Sousa, FERNANDA SAMPAIO CAVALCANTE, ANÁLISE DO PERFIL DE RESISTÊNCIA DE ISOLADOS CLÍNICOS DE
CLAUDIO SIMÕES DE MATTOS, DENNIS DE CARVALHO FERREIRA, Pseudomonas aeruginosa PROVENIENTES DE HOSPITAL UNIVER-
SIMONE ARANHA NOUÉR, KÁTIA REGINA NETO DOS SANTOS SITÁRIO

22
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
NEREIDA MELLO DA ROSA GIOPPO, LUZIA NERI COSMO MACHA- 2. HUAP, Hospital Universitário Antônio Pedro
DO, CRISTIANE MUNARETTO, NADIR RODRIGUES MARCONDES 3. UFF, Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense
1. UNIOESTE, Universidade Esadual do Oeste do Paraná

P443
P438 INCIDÊNCIA E PERFIL DE SUSCETIBILIDADE AOS ANTIMICROBIA-
AGENTES CAUSADORES DE INFECÇÃO PREVALENTES EM CULTU- NOS DE ACINETOBACTER SPP ISOLADAS EM UM HOSPITAL UNI-
RAS: ESTUDO EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO DE ENSINO VERSITÁRIO NO ANO DE 2009
Deborah Dinorah de Sá Mororó, Emeline Noronha Vilar de Sou- GRAZIELA BRAUN, ANA FLÁVIA GALLAS LEIVAS, SARAH SELLA LAN-
za, Patricia Taveira de Brito Araújo, Juliana Texeira Jales Menescal GER
Pinto, Ana Raquel de França Souza, Mylena Taise Azevedo Lima 1. Unioeste, Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Bezerra, Maiana Maria de Lima Dantas
1. HOSPED, Hospital de Pediatria da UFRN Prof. Heriberto F. Be-
zerra P444
INCIDÊNCIA E PERFIL DE SUSCETIBILIDADE AOS ANTIMICROBIA-
NOSDEPSEUDOMONASSPPISOLADASEMUMHOSPITALUNIVER-
P439 SITÁRIO NO ANO DE 2009
AVALIAÇÃO IN VITRO DO USO DE TETRACICLINA E SULFAMETO- SARAH SELLA LANGER, ANA FLÁVIA GALLAS LEIVAS, GRAZIELA
XAZOL- TRIMETOPRIM PARA CARACTERIZAÇÃO DE AMOSTRAS DE BRAUN
Staphylococcus aureus CARREANDO DIFERENTES TIPOS DE SCCmec 1. Unioeste, Universidade Estadual do Oeste do Paraná
FERNANDA S. CAVALCANTE, RICARDO P. SCHUENCK, ROBERTA M.
F. CABOCLO, DENNIS DE CARVALHO FERREIRA, KÁTIA R. N. DOS
SANTOS P445
1. IMPPG - UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro INCIDÊNCIA E PERFIL DE SUSCETIBILIDADE AOS ANTIMICROBIA-
NOS DE CEPAS DE ESCHERICHIA COLI ISOLADAS EM UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO
P440 ANA FLÁVIA GALLAS LEIVAS, SARAH SELLA LANGER, GRAZIELA
INVESTIGAÇÃO CLÍNICA E EPIDEMIOLÓGICA DO SURTO DE VÍRUS BRAUN
SINCICIAL RESPIRATÓRIO (VSR) OCORRIDO EM ABRIL E MAIO DE 1. Unioeste, Universidade Estadual do Oeste do Paraná
2010 NO SERVIÇO DE TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO-HEMA-
TOPOIÉTICAS (TCTH) DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS (HC) – FMUSP
DrielePeixoto,ElisaTeixeiraMendes,CarolyneChaves,FREDERICO P446
DULLEY, TANIA ALVES DE LIMA, MARJORIE VIEIRA BATISTA, Claudio AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE ANTISSÉPTICOS
Panutti, Thais Guimarães, Silvia Figueiredo Costa BUCAIS E ANTIFÚNGICOS FRENTE A Candida spp. ISOLADAS NA
1. HC FMUSP, Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina da USP SALIVA DE PACIENTES ONCOLÓGICOS
Vanessa Castro de Souza e Silva, Evandro Watanabe, Andresa Pia-
cezzi Nascimento, Vanderlei José Haas, Denise de Andrade
P441 1. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP
PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS DE AMOS-
TRAS DE Escherichia coli UROPATOGÊNICAS EM PACIENTES COM
CÂNCER GINECOLÓGICO P447
FERNANDA MIRANDA DE ARAUJO1,2, MUNIQUI SCHARAMM CA- ATIVIDADE ANTIBIOFILME DO ÓLEO DE MELALEUCA E FUTURA
PETT2, DEBORA OTERO BRITTO PASSOS PINHEIRO1, JULLIANA SIL- APLICABILIDADE EM BIOMATERIAIS: REVISÃO INTEGRATIVA
VA DE ABREU1, VERA LUCIA DA CUNHA ALVES1, VERONICA FIRMO Evandro Watanabe, Denise de Andrade
RIBEIRO1, GERALDO RENATO DE PAULA2, LENISE ARNEIRO TEIXEI- 1. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP
RA2, IANICK SOUTO MARTINS3
1. HCII/INCA, INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER - UNIDADE HC II
2. UFF, FACULDADE DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL P448
FLUMINENSE PERFIL DE SENSIBILIDADE DAS BACTÉRIAS ISOLADAS DE PACIEN-
3. UFF, FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL TES INTERNADOS E PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE
FLUMINENSE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO NORTE DE MINAS.
Francisco de Assis Filocre Saraiva Júnior, Letícia de Melo Mota,
Lúcia Maria Garcia, Luana Cirstine Soares Rocha, Luciana Prates
P442 Lafetá, Maria Cecília Xavier Souto, Thiago Vinícius Bispo Mendes
PERFIL DE RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS DE MICRORGANIS- 1. HUCF, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTE DE FARIA
MOS ISOLADOS DE HEMOCULTURA EM HOSPITAIS DE NITERÓI
MARIA EMILIA DE CASTRO KLING FLEMING1, JUPIRA MIRON CAR-
BALLIDO2, ANDRÉ LUIZ DE MELO2, MARIA CRISTINA FERGUSON P449
GUEDES PINTO2, PEDRO JUAN JOSE MONDINO3, LENISE ARNEIRO DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES RELACIONADAS AO CATETER PELAS
TEIXEIRA1, FERNANDA MIRANDA DE ARAUJO1, GERALDO RENATO TÉCNICAS SEMIQUANTITATIVA E QUANTITATIVA
DE PAULA1 Danilo Flávio Moraes Riboli, Eliane Pessoa Silva, Valéria Cataneli
1. UFF, Faculdade de Farmácia da Universidade Federal Fluminense Pereira, Maria de Lourdes Ribeiro de Souza Cunha

23
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
1. IBB - UNESP, Intituto de Biociências de Botucatu P456
EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DE ENTEROCOCO RESISTENTE À
VANCOMICINAEMPACIENTESHOSPITALIZADOSEMHOSPITAISDO
P450 MINICÍPIO DE GOIÂNIA.
DETECÇÃO DA RESISTÊNCIA À OXACILINA, RESISTÊNCIA INDUZIDA MARTA ANTUNES DE SOUZA2, ADRIANA OLIVEIRA GUILARDE1,
AOGRUPOMLS(MACROLÍDEOS;LINCOSAMINASEESTREPTOGRA- MARÍLIA DALVA TURCHI1, MARIA CLÁUDIA DANTAS ANDRÉ1, AN-
MINAS), E COMPARAÇÃO DE MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO EM DRÉ KIPNIS1, CLAÚDIA CASTELO BRANCO ARTIAGA KOBAYASHI3,
STAPHYLOCOCCUS SPP. ISOLADOS DE PACIENTES COM INFECÇÃO LINDON JOHNSON DE ABREU BATISTA2, JOSÉ DANIEL GONÇALVES
DO TRATO URINÁRIO (ITU). VIEIRA1, GERALDO SADOYAMA1, ANA LÚCIA SGAMBATI DE AN-
ADRIANO MARTISON FERREIRA, ALESSANDRO LEA MONDELLI, DRADE1
MARIANA FAVERO BONESSO, VALÉRIA CATANELI PEREIRA, MARIA 1. IPTSP, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública
DE LOURDES RIBEIRODE SOUZA DA CUNHA 2. HC/UFG, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás
1. UNESP, Universidade Estadual Paulista 3. HUGO, Hospital de Urgências de Goiânia

P451 P457
CARACTERIZAÇÃO DE STAPHYLOCOCCUS RESISTENTES À OXACI- TRABALHADORES DE SAÚDE DE UMA INSTITUIÇÃO ONCOLÓGICA
LINA EM UNIDADES NEONATAL E PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL PORTADORES DE Staphylococcus sp. RESISTENTES À MUPIROCINA
UNIVERSITÁRIO MARINÉSIA APARECIDA PRADO-PALOS1, DAYANE DE MELO COS-
VALÉRIA CATANELI PEREIRA, ANDRÉ MARTINS, ADILSON DE OLI- TA1, LARISSA OLIVEIRA ROCHA-VILEFORT1, ANA BEATRIZ MORI
VEIRA, MARIA DE LOURDES RIBEIRO DE SOUZA DA CUNHA LIMA2, RENATA GONÇALVES PAULINO1, DAYANNE PRISCYLLA PI-
1. UNESP, Universidade Estadual Paulista RES DE DEUS1, LARA STEFÂNIA NETTO DE OLIVEIRA LEÃO3
1. FEN/UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FE-
DERAL DE GOIÁS
P452 2. FF/UFG, FACULDADE DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
ATIVIDADEBACTERICIDADAFRAÇÃOCLOROFÓRMICADEPRÓPOLIS DE GOIÁS
Zenaldo Porfírio1,2, Valter Alvino1,2, Flávia Soares2, Luana Biggi2, 3. IPTSP/UFG, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL DE SAÚDE PÚ-
Renato Cavalcante2, Renato Cavalcante2 BLICA /UFG
1. UFAL, Universidade Federal de Alagoas
2. CPML, Centro de Patologia e Medicina Laboratorial
P458
Staphylococcus aureus LECITINASE POSITIVA ISOLADOS DA CAVI-
P453 DADE BUCAL DE PROFISSIONAIS DE UMA INSTITUIÇÃO ONCOLÓ-
PERFIL DE SENSIBILIDADE DOS MICROORGANISMOS ISOLADOS GICA DA REGIÃO CENTRO-OESTE
EM INFECÇÕES COMUNITÁRIAS EM UM HOSPITAL ESCOLA MARINÉSIA APARECIDA PRADO-PALOS2, LARISSA OLIVEIRA RO-
Gislene Aparecida Xavier dos Reis1, Priscila Paulin1, Jaqueline Da- CHA-VILEFORT2, DAYANE DE MELO COSTA2, REGIANE APARECIDA
rio Capobiango1, Renata Aparecida Belei1, Katia Regina Gomes da SANTOS SOARES BARRETO2, KELCY ANNE SANTANA E SILVA2, FA-
Silva2 BIANA CRISTINA PIMENTA1, LARA STEFÂNIA NETTO DE OLIVEIRA
1. HUL, Hospital Universitário de Londrina, PR. LEÃO4, ANA BEATRIZ MORI LIMA3
2. HEL, Hospital Evangélico de Londrina 1. CDC, CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION
2. FEN/UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FE-
DERAL DE GOIÁS
3. FF/UFG, FACULDADE DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
P454 DE GOIÁS
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DO ÓLEO ESSENCIAL 4. IPTSP/UFG, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL DE SAÚDE PÚ-
DE Coriadrum sativum l. (COENTRO) SOBRE CEPAS DE Acinetobac- BLICA
ter spp.
BERNADETE HELENA CAVALCANTI DOS SANTOS, EDELTRUDES
OLIVEIRA LIMA, FELIPE QUEIROGA SARMENTO GUERRA, JULIANA
MOURA MENDES, LUIS ALBERTO SOUZA RODRIGUES P459
1. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA A OCORRÊNCIA DE BACTÉRIA MULTIDROGA RESISTENTE EM UMA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL DE TRAUMA
EM BELO HORIZONTE
LEDNA BETTCHER, FABIANA VERISSIMO, BERNADETE C BLOM, JOI-
P455 CE DAMASCENO, LETÍCIA B VIEIRA, HUDSON RANGEL
PREVALÊNCIA DE MICROORGANISMOS EM UNIDADE DE TERAPIA 1. HJXXIII - FHEMIG, HOSPITAL JOÃO XXIII - FHEMIG
INTENSIVA DE ADULTOS: COMPARAÇÃO DO CONSUMO DE ANTIMI-
CROBIANOS E DA RESISTÊNCIA BACTERIANA EM DOIS PERÍODOS.
MARINA MOREIRA, MARIA ELISA MOREIRA, JORGE HENRIQUE
YOSCIMOTO KOROISHI, GABRIELA FAGUNDES STADTLOBER, P460
ADRIANA GIUNTA CAVAGLIERI, MARIA TERESINHA RIBEIRO FER- PREVALÊNCIA DE BACTÉRIAS RESISTENTES A CARBAPENÊMICOS
REIRA EM HOSPITAIS PRIVADOS CONVENIADOS A UMA OPERADORA DE
1. HUT, Hospital Universitário de Taubaté PLANOS DE SAÚDE DE FORTALEZA/CE.
DANIELLE DE PAULA MAGALHAES, HENRY PABLO LOPES CAMPOS

24
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
REIS, MARIA LIANA DE MAGALHAES NASCIMENTO, SAULO RODRI- P466
GO LUCAS RIBEIRO, LARISSA MENEZES LEITE, JULIO CESAR PASCO- SURTO DE ACINETOBACTER BAUMANNII RESISTENTE AOS CARBA-
AL SILVA PENÊMICOS: É POSSÍVEL CONTROLAR?
1. UNIMED FORTALEZA, UNIMED FORTALEZA LARISSA GARMS THIMOTEO CAVASSIN, EMERSON DANGUY CA-
VASSIN, LUCIENE XAVIER SANTOS, VERA LUCIA BORRASCA, MARIA
BEATRIZ SOUZA DIAS
P461 1. HSL, HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS
INFLUÊNCIA DOS NOVOS CRITÉRIOS DE INTERPRETAÇÃO PARA CE-
FALOSPORINAS DE ESPECTRO ESTENDIDO SUGERIDOS PELO CLSI
2010 NA SENSIBILIDADE IN VITRO DE ENTEROBACTÉRIAS PRODU- P467
TORAS DE ESBL RESISTÊNCIA À OXACILINA EM STAPHYLOCOCCUS AUREUS IMPLI-
Rubia Andreia Falleiros Pádua1, Katiany Rizzieri Caleffi Ferracioli1, CADOS EM PNEUMONIAS RELACIONADAS À VENTILAÇÃO MECÂ-
Rosilene Fressatti Cardoso1, Hilton Vizi Martinez2, Regiane Bertin NICA EM UTI ADULTO DE HOSPITAL DE ENSINO
de Lima Scodro2, Vera Lucia Dias Siqueira1 LUIS FERNANDO WAIB, IRENE DA ROCHA HABER, MARIA FERNAN-
1. UEM, Universidade Estadual de Maringá DA FESTA MORARI SCUDELER, MARIA FERNANDA SCHNEIDER, MI-
2. HUM, Hospital Universitário de Maringá CHELI APARECIDA BARRETO, CARLA SIMOM MENDES
1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO
PIERRO - PUC CAMPINAS
P462
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE IN VITRO DE MEROPENEM EM COMBI-
NAÇÃO COM CIPROFLOXACINO EM Pseudomonas aeruginosa P468
VeraLuciaDiasSiqueira1,RubiaAndreiaFalleirosPádua1,Rosilene RESISTÊNCIA A CARBAPENÊMICOS EM PSEUDOMONAS AERUGI-
Fressatti Cardoso1, Regiane Bertin de Lima Scodro1, Elizabeth Eiko NOSA IMPLICADAS EM PNEUMONIAS RELACIONADAS À VENTILA-
Aoki2, Cesar Helbel2, Celso Vataru Nakamura1 ÇÃO MECÂNICA EM UTI ADULTO DE HOSPITAL DE ENSINO
1. UEM, Universidade Estadual de Maringá LUIS FERNANDO WAIB, IRENE DA ROCHA HABER, MARIA FERNAN-
2. HUM, Hospital Universitário de Maringá DA FESTA MORARI SCUDELER, MARIA FERNANDA SCHNEIDER, MI-
CHELI APARECIDA BARRETO, CARLA SIMOM MENDES
1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO
P463 PIERRO - PUC CAMPINAS
PREVALÊNCIA DE MICROORGANISMOS ISOLADOS EM CULTURAS
DE TECIDO MEDIASTINAL DE PACIENTES ACOMETIDOS POR ME-
DIASTINITE PÓS-CIRÚRGICA EM UM HOSPITAL CARDIOLÓGICO DO P469
RECIFE-PE PERFIL MICROBIOLÓGICO E DE SUSCETIBILIDADE DAS INFECÇÕES
Marina Gabriella Pereira de Andrada Magalhães1,2, Ludmila Me- HOSPITALARES DO HOSPITAL SANTA ISABEL, SÃO PAULO
deiros Outtes Alves1,2, Lidianne Fábia de Moraes Alcantara1,2, Mauro Jose Costa salles, Maysa Harumi Yano, Iolanda Lopes de
Simone Maria Muniz da Silva Bezerra1,2, Laís Milena Costa Teixei- Souza Santana, Bianca Maria Maglia Orlandi, Anderson Garcia
ra1,2, Aline Trindade Brasil Mourato3 D’Ingianni
1. UPE, Universidade de Pernambuco 1. HSI, Hospital Santa Isabel
2. FENSG, Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças
3. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
P470
PERFIL DE RESISTÊNCIA DAS PRINCIPAIS BACTÉRIAS GRAM NEGA-
P464 TIVAS NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2009 NA UNIDA-
FREQUÊNCIA RELATIVA E SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS DE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL GERAL DE GUARULHOS
DOS MICRORGANISMOS ISOLADOS EM UROCULTURAS DE GES- Ana Carolina Marteline Cavalcante Moysés, Ana Claudia Marques
TANTESATENDIDASNOHOSPITALMATERNOINFANTILPROFESSOR Barbosa Diaz, Noemi Evangelista Martins, Paula Zanellatto Neves,
FERNANDO FIGUEIRA – IMIP Jacira Noemia Cassanho, Mariana B. Viviani Silveira Saba
Maria do Rosário Soares de Almeida Leles de Moura, Waldylene 1. ISCMSP - HGG, ICMSP – OSS – Hospital Geral de Guarulhos
Barbosa Calábria, Waldylene Barbosa Calábria, Roberto José Alves
Casado
1. IMIP, Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira P471
INFECÇÃO URINÁRIA DE DIFÍCIL CONTROLE: RELATO DE CASO
ANTÔNIO ERMERSON FERREIRA DE LIMA, ANDREA DE AMORIM
P465 PEREIRA BARROS, CAMILA CAROLINA DE SOUSA, DYNARA MA-
FREQÜÊNCIA E PERFIL DE RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS BEL DE QUEIROZ PINHEIRO, GISELE CRISTIANE FERRAZ, PATRÍCIA
DOS UROPATÓGENOS ISOLADOS EM MENORES DE CINCO ANOS ROZANA FARIAS DA COSTA, JANAÍNA REIS MENEZES, KALLYDYA
ATENDIDOS EM HOSPITAL DE ENSINO DA CIDADE DO RECIFE: PASQUALLY MOURA DA FONSECA, MAXLÂNIO WILLIAM DE SOUZA
COMPARAÇÃO ENTRE DOIS PERÍODOS DE TEMPO GUEDES, NATÁLIA FARIAS DE ALMEIDA
Roberta Souza da Costa Pinto Meneses, Maria Júlia Gonçalves de 1. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
Mello, José Pacheco Martins Ribeiro Neto, Jailson Barros Correia,
Roberto José Alves Casado
1. IMIP, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

25
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P472 P478
DETERMINANTES DA AQUISIÇÃO DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS PREVALÊNCIA DE BACTÉRIAS EM ESTETOSCÓPIOS DISPONÍVEIS
RESISTENTES À OXACILINA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS PARA UTILIZAÇÃO POR PROFISSIONAIS DE SAUDE EM UM HOSPI-
GIOVANERODRIGODESOUSA,LEANDROBRUNODESOUZA,LEILA TAL DO RIO GRANDE DO SUL
SADDI-ORTEGA, PATRÍCIA SILVA CISALPINO Marcelo Carneiro, Bruna Elisa Koch, Eduardo Paludo, Danielle
1. UFMG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Jardim Trevisan, Gabriele Porcher, Jane Dagmar Pollo Renner, Lia
Possuelo, Cristiane Pimentel Hernandes Machado, Priscilla Müel-
ler Emmel
P473 1. UNISC, Universidade de Santa Cruz do Sul
AUMENTODASENSIBILIDADEDASPSEUDOMONASAERUGINOSAS
AOS ANTIMICROBIANOS MARCADORES DE MULTIRRESISTÊNCIA,
EM UM CTI DE UM HOSPITAL GERAL PARTICULAR, APÓS IMPLE- P479
MENTAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS. CONTAMINAÇÃO MICROBIANA EM EMBALAGEM DE BEBIDAS EN-
Rodrigo Rocha, Silvana Ricardo, Marina Lage, Camila Alves, Raquel LATADAS.
Costa, Jairo Carvalho, Giovane Sousa Herion Alves da Silva MACHADO, Liline Maria Soares MARTINS,
1. HMD, Hospital Mater Dei Maria do Rosário Conceição Moura NUNES
1. FACID, FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL

P474
ANÁLISE DE Staphylococcus epidermidis ISOLADOS DO AMBIENTE P480
E HEMOCULTURAS DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE Pseudomonasaeruginosa:RESISTÊNCIAANTIMICROBIANAEPRIN-
BELO HORIZONTE CIPAIS SÍTIOS DE INFECÇÃO EM UNIDADE HOSPITALAR DA REDE
Quésia Souza Damasceno1,2, Adriana Cristina Oliveira1, Jacques PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Robert Nicoli2 CYNTHIA GASPARONI LIRA, NADJA RAQUEL LUSTOSA LOPES, ANA
1. EEUFMG, Escola de Enfermagem da UFMG DE FÁTIMA ROSA, REGINA CÉLIA SANTOS MOREIRA, JUSSARA NA-
2. ICB/UFMG, Instituto de ciências Biológicas da UFMG ZÁRIO, PAULO ROBERTO PORTO FURTADO
1. HEAL, HOSPITAL ESTADUAL AZEVEDO LIMA

P475
RESISTÊNCIAMICROBIANAEMINFECÇÕESDACORRENTESANGUI- P481
NEA RELACIONADAS A CATETERES VASCULARES DA UTI ADULTO DETECÇÃO DE INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA RELACIONA-
DE UM HOSPITAL DE ENSINO EM CAMPINAS - SP DAAOCATETER(ICS-RC)EMPACIENTESATENDIDOSEMUNIDADES
LUIS FERNANDO WAIB, IRENE DA ROCHA HABER, MARIA FERNAN- HOSPITALARES PÚBLICAS EM MACEIÓ-ALAGOAS.
DA FESTA MORARI SCUDELER, MARIA FERNANDA SCHNEIDER, MI- FLÁVIA SOARES DE LIMA1, ZENALDO PORFÍRIO1, ELOÍSA RAFAELLE
CHELI APARECIDA BARRETO, CARLA SIMOM MENDES DA S. ALÉCIO1, HELOÍSA HELENA F. ALVES1, MARCUS HUMBERTO
1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO S. DE LIMA1, LUANA LUZIA S. PIRES2, GABRYELLE B. CORDEIRO DE
PIERRO - PUC CAMPINAS LIMA2
1. CPML/UNCISAL, CENTRO DE PATOLOGIA E MEDICINA LABORA-
TORIAL
P476 2. PGCS/ICBS/UFAL, UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
AVANÇO DA RESISTÊNCIA DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE ENVOLVI-
DA EM PNEUMONIAS RELACIONADAS À VENTILAÇÃO MECÂNICA
EM UTI ADULTO P482
LUIS FERNANDO WAIB, IRENE DA ROCHA HABER, MARIA FERNAN- PREVALÊNCIA DE MICROORGANISMOS MULTIRRESISTENTES NA
DA FESTA MORARI SCUDELER, MARIA FERNANDA SCHNEIDER, MI- MORTALIDADE DE PACIENTES COM PNEUMONIA ASSOCIADA À
CHELI APARECIDA BARRETO, CARLA SIMOM MENDES VENTILAÇAO MECÂNICA
1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO MARTA MARIA COSTA FREITAS, DÉBORA NÓBREGA BARROSO,
PIERRO - PUC CAMPINAS EMANUELA LIMA BEZERRA, HÉLIO ÂNGELO DONADI, JAQUELINE
GOMES DE SOUZA SANTOS
1. HUWC, HOSPITAL UNIVERSITARIO WALTER CANTÍDIO
P477
SURGIMENTO DE RESISTÊNCIA A CARBAPENÊMICOS EM ACINETO-
BACTER BAUMANII IMPLICADO EM PNEUMONIAS RELACIONADAS P483
À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI ADULTO DE HOSPITAL DE EN- PNEUMONIA POR ACINETOBACTER E KLEBSIELLA PNEUMONIAE
SINO NA UTI: PERFIL DE RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS
LUIS FERNANDO WAIB, IRENE DA ROCHA HABER, MARIA FERNAN- MartaMariaCostaFreitas1,CecíliaBezerraGomesdaSilva1,Lanu-
DA FESTA MORARI SCUDELER, MARIA FERNANDA SCHNEIDER, MI- za Celes Mendes1, Priscila Jesus dos Santos Alves1, Evelyne Santa-
CHELI APARECIDA BARRETO, CARLA SIMOM MENDES na Girão1, Jorge Luíz Nobre Rodrigues1
1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO 1. HUWC, Hospital Universitário Wlater Cantídio
PIERRO - PUC CAMPINAS 2. HUWC, Hospital Universitário Walter Cantídio

26
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P484 P490
QUEPROPORÇÃODASINFECÇÕESPORMICROORGANISMOSMUL- PERFIL DO CONSUMO DE ANTIMICROBIANOS DO HOSPITAL UNI-
TI-DROGA-RESISTENTES EM UM HOSPITAL DE ENSINO É ADQUIRI- VERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS HUGV
DA FORA DAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA? FranciscoGessyMendonça1,1,1,ViviandoNascimentoPereira1,2,
SILVIA EDUARA KENNERLY ALBUQUERQUE, ADRIANA ESTELA BIA- Agostinho Silva-Sobrinho2, Leydeana Moraes Costa1, Dayana Silva
SOTI GOMES, ELAINE SILVA DE FREITAS, SANDRA MARA QUEIROZ Grimm1, Viviane Alencar Santos1, Maria Thereza Medeiros Duar-
RICCHETTI, DANIELA PONCE, CARLOS MAGNO CASTELO BRANCO te1, Andrea de Souza Carneiro1
FORTALEZA 1. HUGV, Hospital Universitário Getúlio Vargas
1. CCIRAS - FMB-UNESP, CCIRAS - Faculdade de Medicina de Botu- 2. SUSAM, Secretaria Estadual de Saúde
catu, UNESP.

P491
P485 ESTUDO DO PERFIL FARMACOTERAPEUTICO DOS ANTIMICROBIA-
PERFIL MICROBIOLÓGICO E INCIDÊNCIA DE RESISTÊNCIA MICRO- NOS DE UM HOSPITAL INFANTIL DO NORTE
BIANA NAS INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO DA UTI ADULTO DE FranciscoGessyMendonça1,1,1,ViviandoNascimentoPereira2,1,
UM HOSPITAL DE ENSINO EM CAMPINAS - SP Agostinho da Silva_Sobrinho2, Leidyana Moraes Costa1, Viviane
LUIS FERNANDO WAIB, IRENE DA ROCHA HABER, MARIA FERNAN- Alencar Santos1, Maria Thereza Medeiros Duarte1, Dayana Silva
DA FESTA MORARI SCUDELER, MARIA FERNANDA SCHNEIDER, MI- Grimm1, Maria da Conceição Bulcão Silva2
CHELI APARECIDA BARRETO, CARLA SIMOM MENDES 1. HIDF, Hospital Infantil Dr. Fajardo
1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO 2. SUSAM, Secretaria Estadual de Saúde
PIERRO - PUC CAMPINAS

P492
P486 O IMPACTO DO USO DA TERAPIA SEQUENCIAL ORAL ANTIMICRO-
PERFIL MICROBIOLÓGICO E INCIDÊNCIA DE RESISTÊNCIA AOS AN- BIANA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE BELO HORIZONTE- MINAS
TIMICROBIANOS DAS PNEUMONIAS ASSOCIADAS À VENTILAÇÃO GERAIS
MECÂNICA EM UTI ADULTO DE HOSPITAL DE ENSINO Dirce Silva, Claúdia Ferreira, Aline Silva, Renata Barros, Hairton
LUIS FERNANDO WAIB, IRENE DA ROCHA HABER, MARIA FERNAN- Guimarães, Maísa Azevedo
DA FESTA MORARI SCUDELER, MARIA FERNANDA SCHNEIDER, MI- 1. HGV/FHEMIG, Hospital Galba Velloso / FHEMIG
CHELI APARECIDA BARRETO, CARLA SIMOM MENDES
1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO
PIERRO - PUC CAMPINAS P493
PERFIL DE CONSUMO DE ANTIBIÓTICOS EM INSTITUIÇÃO DE CUI-
DADOS ONCOLÓGICOS DE NATAL-RN
P487 MARIANA GURGEL DE AMARAL FURTADO, ANNE KAROLINE AL-
A IMPLEMENTAÇÃO DA RACIONALIZAÇÃO DE PROFILAXIA CIRÚR- MEIDA PEREIRA, TELMA CASSANDRA BARROS FREIRE, BELINDA
GICA DE UM HOSPITAL PRIVADO E ACREDITADO NO INTERIOR DE FERRO PESSOA, ELILIAN MARIA SOUZA VARELA
SÃO PAULO 1. LNRCC, LIGA NORTE-RIOGRANDENSE CONTRA O CÂNCER
MARIELLY HERRERA GONZÁLEZ, ELAINE VAZ DE SOUZA JAMBO,
CLAUDIA MANGINI, FERNANDO VINICIUS CESAR DE MARCO
1. HV, HOSPITAL VIVALLE P494
AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO COM ANTIMICROBIANOS DOS PA-
CIENTES NA ALTA HOSPITALAR EM UM INSTITUTO DE REFERÊNCIA
P488 EM TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA
Antibioticoterapia nos Atendimentos de Emergência MarceleLimaMonteGonçalves1,2,MichelleAraujodeLimaMaga-
Marcos Antonio Macedo dos Anjos1,2, Elias Gomes de Oliveira1,3, lhães1,2, Isabela Laudares Marques1,2, Isabela Azevedo Mota1,2,
França Helena Elias Pereira1, Bruno dos Santos Fernandes1, So- Natalia Regina Pereira1,2, Maely Favero Retto1
raya Costa Alvarenga1, Amanda Fonseca da Costa Val1 1. INTO, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia
1. HGNI, Hospital Geral de Nova Iguaçú 2. UFF, Universidade Federal Fluminense
2. HEAS, Hospital Estadual Albert Schweitzer
3. HEAPN, Hospital Estadual Adão Pereira Nunes
P495
PERFIL DE UTILIZAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS EM UM INSTITUTO
P489 DE REFERÊNCIA EM TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA
Indicadores de uso racional de medicamentos na clínica de Nefro- Natália Regina Pereira1,2, Marcele Lima Monte Gonçalves1,2, Isa-
logia do Hospital Universitário Getúlio Vargas - HUGV bela Azevedo Mota1,2, Michelle Araujo de Lima Magalhães1,2,
Francisco Gessy Mendonça1, Vivian do Nascimento Pereira1,1,1, Isabela Laudares Marques1,2, Maely Favero Retto1
Dayana Silva Grimm1, Agostinho Silva-Sobrinho2,1, Leidyana Mo- 1. INTO, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia
raesCosta1,VivianeAlencarSantos1,MariaTherezaMedeirosDu- 2. UFF, Universidade Federal Fluminense
arte1, Maria Bethania Paes Justamente1
1. HUGV, Hospital Universitário Getúlio Vargas
2. SUSAM, Secretaria Estadual de Saúde

27
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P496 ASTRÍDIA MARÍLIA DE SOUZA FONTES FONTES, MIGUEL TANÚS
RETRATO DO USO DE ANTIMICROBIANOS DE UMA UNIDADE HOS- JORGE JORGE, BRUNO DE OLIVEIRA BURJAILI BURJAILI, VINÍCIO
PITALAR DE PEDIATRIA DO MUNICÍPIO DO RECIFE. MARQUES MARTINS MARTINS
REBEKA ALVES CARIBÉ, GEANE RODRIGUES CHAVES, FABIANE DE 1. HC - UFU, HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL
LIMA, ADELMA DE SOUZA FRANCO DE UBERLÂNDIA
1. HPMCG, Hospital Pediátrico Maria Cravo Gama

P504
P497 USO RACIONAL DOS ANTIMICROBIANOS NO TRATAMENTO DA
TENDÊNCIAS NA UTILIZAÇÃO DE CEFTAZIDIMA EM HOSPITAL UNI- PNEUMONIA HOSPITALAR E SEUS CRITÉRIOS DE ESCOLHA
VERSITÁRIO Martha Priscila Dantas de Lima, Cibely Freire de Oliveira, Gabrie-
Junior André da Rosa, Marilene Terezinha Buriol Farinha, Ana Ca- la Beserra Solano, Alexsandro Silva Coura, Inacia Sátiro Xavier de
rolina Issler Ferreira Kessler França
1. HE-UFPEL, Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas 1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba

P498 P505
INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR NA PRESCRIÇÃO DE CARBAPE- PERFILDOCONSUMODEANTIBIÓTICOSEMPACIENTESCOMCÂN-
NÊMICOS, EM HOSPITAL DE ENSINO CER GINECOLÓGICO
Junior André da Rosa, Marilene Terezinha Buriol Farinha, Ana Ca- DENISE RAMOS DOS SANTOS1, LIZ GOMES DA SILVA LUTTERBA-
rolina Issler Ferreira Kessler CH1, MANOEL WANDERLEY RODRIGUES2, PRISCILA HELENA MA-
1. HE-UFPEL, Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas RIETTO FIGUEIRA2, FERNANDA MIRANDA DE ARAUJO2
1. UFF, UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - FACULDADE DE
FARMÁCIA
P499 2. INCA - HC II, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER - HOSPITAL DO
ANÁLISE DA PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS PARA PACIENTES CÂNCER II
ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE MINAS GERAIS SOB A PERPECTI-
VA DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
DANIEL ALMEIDA DO VALLE, PÂMELLA DE OLIVEIRA BARROSO, LU- P506
CIENE ANDRADE DA ROCHA MINARINI PADRÃO DAS REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS CAUSADAS
1. UFJF, Universidade Federal de Juiz de Fora POR ANTIMICROBIANOS EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO UNIVER-
SITÁRIO
PATRÍCIA TAVEIRA DE BRITO ARAÚJO, THIAGO LIMA PESSOA,
P500 FERNANDO MARLISSON QUEIROZ, MARIA IZABEL PRISCILA DE
Avaliação da antibioticoterapia carbapenêmica em Unidade de ARAÚJO MEDEIROS, STELLA MARIA ANDRADE GOMES BARRETO,
Tratamento Intensivo (UTI) ANDERSONDASILVACAVALCANTI,DEBORAHDINORAHDESÁMO-
Paola Hoff Alves, Francyne Lopes, Fabiano Ramos, Cassiana Prates RORÓ, MYLENA TAÍSE AZEVEDO LIMA BEZERRA, JULIANA TEIXEIRA
1. HED, Hospital Ernesto Dorneles J. MENESCAL PINTO
1. HOSPED, HOSPITAL DE PEDIATRIA PROF. HERIBERTO FERREIRA
BEZERRA
P501
AUDITORIA DO USO DE ANTIMICROBIANOS EM HOSPITAL GERAL
DE ENSINO P507
Valéria Cassettari Chiaratto, Cristina Akiko Takagi, Isa Rodrigues da ANÁLISE DO PERFIL DE SENSIBILIDADE DE CEPAS BACTERIANAS
Silveira, Ana Cristina Balsamo, Fabio Franco ISOLADAS EM UM HOSPITAL DE PEDIATRIA DE NATAL – RN
1. HU-USP/SP, Hospital Universitário da Universidade de São Paulo Mylena taíse Azevedo Lima Bezerra, Patrícia Taveira de Brito Araú-
jo, Deborah Dinorah de Sá Mororó, Juliana Teixeira Menescal Pin-
to, Thiago Lima PESSOA, Solange Maria OLIVEIRA, Anderson da
P502 Silva CAVALCANTI
TERAPIA SEQUENCIAL: INTERFACE FARMÁCIA E SERVIÇO DE CON- 1. HOSPED/UFRN, HOSPITAL DE PEDIATRIA PROF. HERIBERTO FER-
TROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR COMO ESTRATÉGIA DE ECONO- REIRA BEZERRA
MIA
JANE SILVA DE OLIVEIRA, THIAGO DA SILVA MENDES, LEANDRO
TEIXEIRA FERRACINI, ANDERSON VIEIRA DE ALMEIDA, LOURDES P508
DAS NEVES MIRANDA MONITORIZAÇÃO FARMACÊUTICA UTILIZANDO FERRAMENTA
1. HGP - SPDM, Hospital Geral de Pirajussara - SPDM STEWARDSHIP: IMPACTOS FINANCEIROS NA RACIONALIZAÇÃO DO
USO DE ANTIMICROBIANOS (ATM) EM UMA OPERADORA DE PLA-
NOS DE SAÚDE DE FORTALEZA/CE.
P503 MARIALIANADEMAGALHAESNASCIMENTO,HENRYPABLOLOPES
AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DE DIFERENTES INTERVENÇÕES NA CAMPOS E REIS, SAULO RODRIGO LUCAS RIBEIRO, JOEL BEZERRA
ADEQUAÇÃO DA PROFILAXIA ANTIMICROBIANA DA INFECÇÃO DO VIEIRA, LARISSA MENEZES LEITE, DANIELLE DE PAULA MAGALHA-
SÍTIO CIRÚRGICO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO BRASIL ES, JULIO CESAR PASCOAL, JUSSARA BARBOSA FREITAS SOBRAL,

28
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ANTONIO ELIEZER ARRAIS MOTA FILHO, JOSE LUCIANO LEITAO TO, LÍGIA MARIA PACHECO HENRIQUE, ÍCARO BOSZCZOWSKI, FA-
ALENCAR BIANA SIROMA
1. UNIMED FORTALEZA, UNIMED FORTALEZA 1. HGIS, Hospital Geral de Itapecerica da Serra

P509 P515
ANÁLISE DO IMPACTO DE NORMATIZAÇÕES TÉCNICAS PARA RA- Consumo de Antimicrobianos em Hospital de Grande Porte.
CIONALIZAR O USO DE ANTIMICROBIANOS (ATM) DE RESERVA TE- Larissa Cruz de Lima1, djamila brasileiro do Nascimento1, Ieline
RAPÊUTICA EM HOSPITAIS PRIVADOS DE FORTALEZA, CEARÁ Mourão Morais1, Tiago Santos Eulálio DANTAS1, Evanniely Rodri-
MARIALIANADEMAGALHAESNASCIMENTO,HENRYPABLOLOPES gues do Nascimento1, Herion Alves da Silva Machado1, Lory No-
CAMPOS REIS, SAULO RODRIGO LUCAS RIBEIRO, JOEL BEZERRA ronha de Castro Monte1, Rosania Maria de Araujo2, Vivian Maria
VIEIRA, LARISSA MENEZES LEITE, DANIELLE DE PAULA MAGALHA- Alcântara Raulino1, James Ricardo Soares de Brito1
ES,JULIOCESARPASCOAL,ANTONIOELIEZERARRAISMOTAFILHO, 1. FACID, FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL
JOSE LUCIANO LEITAO ALENCAR, FRANCISCO FERREIRA FILHO 2. HSM, HOSPITAL SÃO MARCOS
1. UNIMED FORTALEZA, UNIMED FORTALEZA

P516
P510 USO DE VANCOMICINA EM UTI’s DE HOSPITAL DE GRANDE PORTE.
INVESTIGAÇÃO DE REAÇÃO ADVERSA A ANTIMICROBIANO: IN- Larissa Cruz de Lima1, Herion Alves da Silva Machado1, Evannie-
TERFACE ENTRE FARMÁCIA CLÍNICA E SERVIÇO DE CONTROLE DE ly Rodrigues do Nascimento1, Rosania Maria de Araujo1, Ieline
INFECÇÃO Mourão Morais1, James Ricardo Soares de Brito1, Lory Noronha
MARINEI CAMPOS RICIERI, FABIO DE ARAÚJO MOTTA, HELOISA de Castro Monte1, Tiago Santos Eulálio DANTAS1, Vivian Maria Al-
IHLE G. GIAMBERARDINO cântara Raulino1, Djamila Brasileiro do Nascimento1
1. HIPP, Hospital Infantil Pequeno Príncipe 1. FACID, FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL
2. HSM, HOSPITAL SÃO MARCOS

P511
ESTUDO TRANSVERSAL COMO ESTRATÉGIA PARA POLÍTICA DE RA- P517
CIONALIZAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS. INFECÇÕESHOSPITALARESECUSTOSCOMANTIMICROBIANOSEM
DANIELA SPERANDIO FEITOSA DALLA BERNARDINA1,2, CRISTIANA UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA E SEMI-INTENSIVA EM HOSPI-
COSTA GOMES1,2, PRISCILA LIMA DA SILVA ALMEIDA1,2, LUCIANA TAL PÚBLICO TERCIÁRIO DE FORTALEZA
NEVESPASSOS2,SIMONEFREITASCOELHOTOSI2,ANELISADEOLI- WALDÉLIA MARIA SANTOS MONTEIRO1, REGINA CLAUDIA FUR-
VEIRA MORAIS2 TADO MAIA2, SOLANGE CECÍLIA CAVALCANTE DANTAS1, BRÁULIO
1. VAH, Vitória Apart Hospital MATIAS DE CARVALHO1, ADRIANA ROCHA SOLON1, LÍLIAN MARIA
2. NUPEH, Núcleo de Pesquisa em Epidemiologia Hospitalar CANUTO MACIEL1, MARIANA MOTA MOURA FÉ1, RENATA MORA-
ES AMARAL1, ADELAIDE ROSITA PEREIRA BOTELHO1, TEREZA DE
JESUS PINHEIRO GOMES BANDEIRA1
P512 1. HM, Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM OBSTETRICIA NUM HOSPITAL TERCI- 2. SESA, Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
ÁRIO DA REGIÃO SUL
GILBERTO DA LUZ BARBOSA1,2, NATÁLIA NESPOLO DE PAULA1,
HANNA NOSCHANG2, MARTINA BORTOLON2, JULIA NOSCHANG2, P518
LETÍCIA PEREIRA2, DIONARA SCHLICHTING1 IMPACTO DA PARTICIPAÇÃO DO INFECTOLOGISTA NA VISITA MUL-
1. HSVP, HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO TIDISCIPLINAR EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) EM
2. UPF, UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO HOSPITAL PRIVADO DE SÃO PAULO SOBRE O CONSUMO DE ANTI-
MICROBIANO (ATM)
Ana Paula Matos Porto, Danilo Teixeira Toritomi, Eloisa Mara Dias
P513 Gagliardi, Marcio Jose Cristiano Arruda, Mirian Dalben, Renata
USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS: TENDÊNCIA NA UTILIZA- Braz Ralio
ÇÃO DE ANTIMICROBIANOS EM UM HOSPITAL PRIVADO, 2004- 1. HP - Amil, Hospital Paulistano - Amil
2008.
Ana Cristina Medeiros Gurgel, Cesar Helbel, Rosinéia Barbosa Ser-
peloni de Sá, Carlos Henrique Hortêncio, Talita de Menezes P519
1. ASB - HSR, ASSOCIAÇÃO BOM SAMARITANO HOSPITAL SANTA IMPLEMENTAÇÃODE ESTRATÉGIASDE USORACIONALDEANTIMI-
RITA CROBIANOS EM UM HOSPITAL PARTICULAR DE MACEIÓ
Janaina Cabral Borges1,3, Maria Raquel dos Anjos Silva Guima-
rães1, Janeuza Vaz de Medeiros1, Emília Manuela Pinheiro Lima1
P514 1. HUM, Hospital Unimed Maceió
IMPACTO ECONÔMICO DA INCLUSÃO DA AZITROMICINA ENDO- 3. CESMAC, Centro Universitário CESMAC
VENOSA NA FICHA DE ANTIMICROBIANOS CONTROLADOS PELO
SERVIÇO DE COTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
NAJARA MARIA PROCÓPIO ANDRADE, MARCO ANTÔNIO NALET-

29
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P520 P526
FASCEÍTE NECROTIZANTE POR SHEWANELLA ALGAE ETIOPATOGENIA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES EM UM HOSPITAL
Sirlei Marques2, CONCEIÇÃO MADEIRA1, Alexandre Guilherme UNIVERSITÁRIO
Carvalho1, ANA CLAUDIA PInho1, PATRICIA Ribeiro2, YANKEE Ma- MARIA ALICE ROCHA JUSTINO1, STÉPHANIE CARIRY PALHANO
galhães2, WASTON GONÇALVES GONÇALVES1 FREIRE1, MARTA LÚCIA PAULINO JÁCOME1, ANNE KARELYNE DE
1. UDI, UDI HOSPITAL FARIA FURTUNATO2, CÂNDIDA MIRNA DE SOUZA ALVES2, GEANE
2. CEDRO, LABORATORIO CEDRO XAVIER DE SANTANA2, WALDEGLEIDE BENEVIDES DA SILVA2, MA-
RIA LUISA SOUTO PORTO1
1. HUAC/UFCG, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO
P521 2. UEPB, UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA
PREVALÊNCIA DE MICROORGANISMOS ISOLADOS DE UROCULTU-
RAS DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE RE-
CIFE, ENTRE FEVEREIRO DE 2007 E JANEIRO DE 2009 P527
EvellynedeOliveiraFigueirôa1,RenataMarciaCostaVasconcelos2, FREQUÊNCIA DE Klebsiella spp PRODUTORAS DE ESBL (BETA-
Débora Soledade de Oliveira3, Laís de Macêdo Ferreira Santos3 LACTAMASES DE ESPECTRO ESTENDIDO) NA UTI NEO NATAL DO
1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. ALBERTO ANTUNES - HUPAA EM
2. UFPB, Universidade Federal da Paraíba ALAGOAS COMPARADA À INCIDÊNCIA DE OUTROS MICROORGA-
3. ASCES, Associação Caruaruense de Ensino Superior NISMOS
Maria Alice Pimentel Falcão1, Adolfo Luis Almeida Maleski1, Laris-
sa Alves Ribeiro de Oliveira Macedo1, Naiana Soares de Souza1,
P522 Mônica Meira Leite Rodrigues1,2, Eliege Maria dos Santos2,1
ALTERAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL NA ESQUISSOSTOMOSE 1. UFAL, Universidade Federal de Alagoas
CRÔNICA EXPERIMENTAL 2. HUPAA, Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes
KEDMA DE MAGALHÃES LIMA1, Jéssica Beatriz dos Santos Teixei-
ra2, Leilah Andrade de frança2, Carlos Roberto Weber Sobrinho1,
Célia Maria Machado Barbosa de Castro1,3 P528
1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco FREQUÊNCIA DE Candida spp EM MULHERES ATENDIDAS NO AM-
2. FIR, Faculdade Integrada do Recife BULATÓRIO DE OBSTETRÍCIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRO-
3. LIKA, Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami FESSOR ALBERTO ANTUNES EM MACEIÓ.
Larissa Alves Ribeiro de Oliveira Macedo1, Maria Alice Pimentel
Falcão1, Adolfo Luis Almeida Maleski1, Helenice da Silva Gonçal-
P523 ves1,MônicaMeiraLeiteRodrigues1,2,EliegeMariadosSantos2,1
ESTUDO DA TRANSLOCAÇÃO MICROBIANA VIA TRATO GASTROIN- 1. UFAL, Universidade Federal de Alagoas
TESTINAL EM CAMUNDONGOS SUBMETIDOS À ESPLENECTOMIA. 2. HUPAA, Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes
Kedma de Magalhães Lima1, Leilah Andrade de França2, Jéssica
Beatriz dos Santos Teixeira2, André de Lima Aires1, Thays Miranda
Almeida3, Célia Maria Machado Barbosa de Castro3,1 P529
1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO ETIOLOGIADASINFECÇÕESDOTRATOURINÁRIO(ITU)EMPACIEN-
2. FIR, FACULDADE INTEGRADA DO RECIFE TES ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR ALBER-
3. LIKA, Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami TO ANTUNES-HUPAA EM MACEIÓ-AL
Maria Alice Pimentel Falcão1, Larissa Alves Ribeiro de Oliveira Ma-
cêdo1, Naiana Soares de Souza1, Helenice da Silva Gonçalves1,
P524 Maria Anilda Dos Santos Araujo1, Eliege Maria dos Santos1,2
CANDIDA SP ISOLADA DA URINA DE RECÉM-NASCIDOS DA UNIDA- 1. UFAL, Universidade Federal de Alagoas
DE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DE HOSPITAL PÚBLICO DE 2. HUPAA, Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes
MACEIÓ-AL
Daniela de Deus Correia2, Roza Emília de Carvalho Cardozo2, Ma-
ria Anilda dos Santos Araújo2, Thiago José Matos Rocha1 P530
1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco MONITORAMENTO DO TRATAMENTO DE INFECÇÕES FÚNGICAS
2. CESMAC, Centro de Estudos Superiores de Maceió SISTÊMICAS DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE INFECTOLOGIA DE MI-
NAS GERAIS
DIRCE INES SILVA, SERGIO FRANÇA LARA, LETÍCIA VILAR DIAS
P525 1. HEM/FHEMIG, HOSPITAL EDUARDO DE MENEZES/FHEMIG
ENCEFALITE HERPÉTICA E PRÁTICAS DE BIOSSEGURANÇA EM UMA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
RITA DE CÁSSIA FERREIRA LINS*, FABRICYA CAVALCANTE DOS SAN- P531
TOS, HÁKILLA PRICYLA DE JESUS SOUZA, SORAIA LINS DE ARRUDA CONSUMO DE ANTIBIÓTICOS E PNEUMONIA ASSOCIADA Á VENTI-
COSTA, TATIANA MARIA DA SILVA, MARIA DA CONCEIÇÃO CAVAL- LAÇÃO MECÂNICA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
CANTE DE LIRA DIRCE INÊS SILVA, ALINE SOARES DUTRA, SÉRGIO FRANÇA LARA,
1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco PATRÍCIAABARBOSA,LETÍCIAVILARDIAS,CLAÚDIAAAVELARFER-
REIRA
1. HEM-FHEMIG, HOSPITAL EDUARDO DE MENEZES-FHEMIG

30
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P532 P538
INCIDÊNCIA DA TUBERCULOSE PULMONAR NO MUNICÍPIO DE SITUAÇÃO ATUAL DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DE
CARUARU-PE NO PERÍODO DE 2000 A 2006. SANTO ANTÃO - PERNAMBUCO.
IARA TIENE DE LIMA MELO, DÉBORA MIRIA DO NASCIMENTO MA- Amanda Xavier, Tâmara Burgos, Marcela Correia, Marina Ferraz,
CÊDO, LAÍS DE MACÊDOFERREIRA SANTOS, WÍLNIKA DO CARMO Morgana de Lima, Mirella Galvão, Rafaela Azevedo, Glaúcia Lima
BARROS, DIEGO AUGUSTO LOPES OLIVEIRA 1. UFPE-CAV, Universidade Federal de Pernambuco-Centro Acadê-
1. ASCES, Associação Caruaruense de nsino Superior mico Vitória

P533 P539
ENFRENTAMENTODESURTODEINFLUENZAA(H1N1)ENTREFUN- PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INDIVÍDUOS ACOMETIDOS POR DEN-
CIONÁRIOS DE INSTITUIÇÃO DE CUIDADOS ONCOLÓGICOS GUE NO MUNICÍPIO DE RECIFE.
TELMA CASSANDRA BARROS FREIRE, ANA PATRÍCIA GOMES LEAN- PRISCILA KAROLINA FRANCISCA DA SILVA, Laís Helena Souza So-
DRO, ANNE KAROLINE ALMEIDA PEREIRA, BELINDA FERRO PES- ares, Polyana Karla Francisca da Silva, Roberta Fernanda da Silva,
SOA, IANDRA PAULA RIBEIRO HOLANDA Gláucia Manoella de Souza Lima
1. LNRCC, LIGA NORTE-RIOGRANDENSE CONTRA O CÂNCER 1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

P534 P540
SISTEMATIZAÇÃO DAASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM APACIENTES PREVALÊNCIA DE Candida spp. NA SALIVA DE PACIENTES ONCO-
INTERNOS EM UNIDADES DE MÉDIA COMPLEXIDADE ACOMETI- LÓGICOS
DOS POR PNEUMONIA. Vanessa Castro de Souza e Silva, Evandro Watanabe, Andresa Pia-
Débora Miria do Nascimento Macêdo Macêdo, Wilnika do Carmo cezzi Nascimento, Helena Megumi Sonobe, Denise de Andrade
Barros Barros, Laís de Macêdo Ferreira Santos Santos, Iara TIene 1. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP
de Lima Melo Melo, Débora Soledade de Oliveira Oliveira, Diego
Augusto Lopes Oliveira Oliveira
1. ASCES, Associação Caruaruense de Ensino Superior P541
FRAÇÃO DE PRÓPOLIS FRENTE A ESPÉCIES DE Candida
ZenaldoPorfírio1,2,ValterAlvino1,2,FláviaSoares2,KellyRegina2,
P535 Fabiano Diniz1
ESTUDO DE CASO: ASSISTÊNCIA AO PACIENTE PORTADOR DE TU- 1. UFAL, Universidade Federal de Alagoas
BERCULOSE ASSOCIADO AO VÍRUS HIV. 2. CPML, Centro de Patologia e Medicina Laboratorial
MARCELA CRISTINA SILVA DA HORA, NATHALIA LIRA TAVARES
SANTANA, EMANUELA DE OLIVEIRA SILVA, MARIA DA CONCEIÇÃO
CAVALCANTI DE LIRA, NATALY DOS SANTOS SOARES, TAYANNE P542
QUEIROZ DAMASCENO, ROSÁLIA TERESA CARVALHO DE ALMEIDA, PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEPTOSPIROSE EM RECIFE – PE NO
MONIKE MUNIZ DE SIQUEIRA PERÍODO DE 2007 A 2009
1. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - CAV LAÍS HELENA DE SOUZA SOARES, PRISCILA KAROLINA FRANCISCA
DA SILVA, POLYANA KARLA FRANCISCA DA SILVA, ROBERTA FER-
NANDA DA SILVA, GlLAÚCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
P536 1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Perfil epidemiológico dos pacientes internados em UTI de hospital
terciárionomunicípiodoRiodeJaneiro,comisolamentodeAcine-
tobacter baumannii multirresistente em amostras clínicas P543
Denise Cotrim da Cunha1, Liège Maria Abreu da Carvalho1, Mar- ENDOCARDITE INFECCIOSA EM ADOLESCENTES DE UM HOSPITAL
gareth Souza Trindade1, Christiany Moçali Gonzalez1, Verônica PÚBLICO EM PERNAMBUCO.
Maria Bezerra Cavalcanti3, Nicéa Magaly Matias3, Luis Filipe Gas- ARACELE TENÓRIO DE ALMEIDA CAVALCANTI1,2, Marília Perrelli
barro Vaz2, Daniel Augusto Lyra Villela2, Flavia Paiva Proença Lo- Valença1, Millena Raphaella Pinheiro1, Rafaela Maria de Lima Me-
pes2, Julise Bergold Gross1 deiros1, Hilda Carrilho Barbosa1
1. CCIH HMLJ, Hospital Municipal Lourenço Jorge 1. PROCAPE-UPE, Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco-UPE
2. UTI HMLJ, Hospital Municipal Lourenço Jorge 2. PROCAPE-UPE, Pronto socorro Cardiológico de Pernambuco-UPE
3. Lab. Bacteriologia, Hospital Municipal Lourenço Jorge

P544
P537 ENTEROCOLITE NECROSANTE E COMPLICAÇÕES SECUNDÁRIAS À
FREQUÊNCIADEINFECÇÃOURINÁRIAHOSPITALARPORLEVEDURAS RESSECÇÃO INTESTINAL EM LACTENTE
Hilton Vizi Martinez1, Odete Correia Antunes de Oliveira1, Terezi- HÁKILLA PRICYLA DE JESUS SOUZA*, FABRICYA CAVALCANTE DOS
nha Ines Estivalet Svidzinski2 SANTOS, RITA DE CÁSSIA FERREIRA LINS, SORAIA LINS DE ARRUDA
1. HUM, Hospital Universitário Regional de Maringá COSTA, RENATA KIZZIS DE BARROS RIBEIRO, MARIA DA CONCEI-
2. UEM, Universidade Estadual de Maringá ÇÃO CAVALCANTE DE LIRA
1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco

31
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P545 P551
INFECÇÃO POR STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE A METICI- ACOMPANHAMENTODECASOSSUSPEITOSDEINFLUENZAAH1N1
LINA ADQUIRIDAS NA COMUNIDADE NO INSTITUTO DE INFECTO- ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM DOENÇAS IN-
LOGIA EMÍLIO RIBAS FECTOCONTAGIOSAS DE GOIÁS.
BRUNNO CÉSAR BATISTA COCENTINO, REGIA DAMOUS FONTENE- Lillian Kelly de Oliveira Lopes1,3, Luciana Leite Pineli Simões1,2,3,
LE FEIJÓ Elionádia Barbosa de Miranda1, Luzinéia Vieira Santos1, Liwcy Kel-
1. IIER, INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS ler de Oliveira Lopes3, Dayane de Melo Costa3
1. HDT, Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad
2. PUC Goiás, Pontifícia Universidade Católica de Goiás
P546 3. UFG, Universidade Federal de Goiás
FUSARIOSEEMPACIENTEPEDIÁTRICOCOMLEUCEMIA:RELATODE
CASO
MARINEI CAMPOS RICIERI1, FÁBIO DE ARAUJO MOTTA1, JACQUE- P552
LINE MARISE OLSZEWSKI1, ANA PAULA KUCZYNSKI1, FLORA MITIE Enfrentamento da Pandemia de Influenza A (H1N1) no Hospital da
NATARABE1, EDNA KAKITANI CARBONI1, CILMARA KUWAHARA1, Mulher CAISM/UNICAMP
ROBSON DE CASTRO COELHO1, MARISOL DOMINGUEZ MURO2, Roseli Calil1, Sibele Nunes Yonezawa Aranha Netto1, Oswaldo da
FLAVIO QUEIROZ-TELLES2 Rocha Grassiotto3,1, Angela Maria Bacha Bacha3,1, Antonio Fran-
1. HIPP, Hospital Infantil Pequeno Príncipe cisco de Oliveira Neto1, Eliana M. Amaral3,1
2. HC UFPR, Hospital de Clínicas da UFPR 1. CAISM/UNICAMP, Hospital da Mulher-CAISM-Universidade de
Campinas
2. CAISM/UNICAMP, Hospital da Mulher - CAISM - Universidade
P547 de Campinas
RELATO DE CASO: ABSCESSO CEREBELAR POR SPHINGOMONAS 3. FCM-UNICAMP, Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP
PAUCIMOBILIS 4. FCM-UNICAMP, Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP
MARIA FERNANDA FESTA MORARI SCUDELER, IRENE DA ROCHA 5. CAISM/UNICAMP, Hospital da Mulher - CAISM - Universidade
HABER, LUIS FERNANDO WAIB, MARIA FERNANDA SCHNEIDER, de Campinas
MICHELI APARECIDA BARRETO
1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO
PIERRO - PUC CAMPINAS P553
USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS EM PACIENTES INTERNA-
DOS EM UNIDADE DE CIRURGIA GERAL DE HOSPITAL TERCIÁRIO
P548 DE SÃO PAULO
Relato de caso de Mycobacterium fourtuitum em marcapasso RodrigoContreradoRio,MauroJoséCostaSalles,GiselleBurlama-
atrioventricular qui Klautau, José Cesar Assef, Jacqueline Perlingeiro, José Gustavo
Giselle Burlamaqui Klautau, Mauro José Costa Salles, Rodrigo Con- Parreira
trera Do Rio, Maysa Harumi Yano, Luana Scatamburlo, Ronaldo 1. ISCMSP, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Rabello, Luiz Antonio Rivetti, Roberto Alexandre Franken Franken,
Ana Polizeli Cavaller Cavaller
1. SCSP, Santa Casa de São Paulo P554
USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS EM PACIENTES NEURO-
CIRÚRGICOS INTERNADOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA PARA
P549 TRAUMA
ANÁLISE RETROSPECTIVA DAS INFECÇÕES CAUSADAS POR ENTE- RodrigoContreradoRio,MauroJoseCostaSalles,GiselleBurlama-
ROCOCCUS NO HOSPITAL GERAL DE GUARULHOS DE FEVEREIRO qui Klautau, Jose Carlos Esteves Veiga, Nelson Saade
DE 2006 À ABRIL DE 2010 1. ISCMSP, SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO - SP
Ana Claudia Marques Barbosa Diaz, Ana Carolina Marteline Caval-
cante Moysés, Noemi Evangelista Martins, Paula Zanellatto Neves,
Jacira Noemia Cassanho, Mariana B. Viviani Silveira Saba P555
1. ISCMSP - HGG, ICMSP – OSS – Hospital Geral de Guarulhos PERFILDASINFECÇÕESDECORRENTESANGUÍNEARELACIONADAS
A CATETERES INTRAVASCULARES EM HOSPITAL TERCIÁRIO DE SÃO
PAULO
P550 Rodrigo Contrera do Rio, Mauro José Costa Salles, Giselle Burla-
MIELOPATIA ASSOCIADA AO HTLV-1 OU PARAPARESIA ESPÁSTICA maqui Klautau, Roberto Caffaro, Walkhiria Hueb, Daniela Muniz
TROPICAL: RELATO DE CASO Cancio, Josineide Jesus Santos
ANTÔNIO ERMERSON FERREIRA DE LIMA, ANDREA DE AMORIM 1. ISCMSP, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
PEREIRA BARROS, CAMILA CAROLINA DE SOUSA, DYNARA MABEL
DE QUEIROZ PINHEIRO, GISELE CRISTIANEFERRAZ, IANNEFEITOSA
LUCENA,MAXLÂNIOWILLIAMDESOUZAGUEDES,NATÁLIAFARIAS P556
DE ALMEIDA, PATRÍCIA ROZANA FARIAS DA COSTA, PHILIPE MENE- O PRURIDO VAGINAL É O SINTOMA MAIS FREQUENTE EM PACIEN-
SES BENEVIDES TES COM CANDIDÍASE VULVOVAGINAL: ESTUDO NO HOSPITAL
1. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO- CAMPINA GRANDE, PB
Patricia SparaGadelha2, MônicaBorbada Silva1, Carla Carolina da

32
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Silva Leite1, Erika Morgana Neves de Araújo1, Antonio Gadelha da PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
Costa2, Larissa Luise Ferreira Lourenço1 Diana Karla Muniz Vasconcelos, Abigail de Paulo Andrade, Danu-
1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba sa de Araújo Felinto, Aldiânia Carlos Balbino, Luziene Campos de
2. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande Oliveira
1. SCMS, Santa Casa de Misericórdia de Sobral

P557
AVALIAÇÃO DE GESTANTES COM INFECÇÃO URINÁRIA: ESTUDO P563
PROSPECTIVO EM CENTRO TERCIÁRIO DE CAMPINA GRANDE-PB Como é Realizada a Limpeza de Macronebulizadores e Microne-
AntonioGadelhadaCosta2,MônicaBorbadaSilva1,PatriciaSpara bulizadores?
Gadelha2,ErikaMorgannaNevesdeAraújo1,LarissaLuiseFerreira Marcos Antonio Macedo dos Anjos2, Edialda Pereira dos Santos2,
Lourenço1, Carla Carolina da Silva Leite1 Lívia Maria Ferreira da Silva2, Luciana Nunes Krueger2, Renata
1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba Lima Rocha2, Tayaná Cândida A. Oliveira2
2. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande 1. HGNI, Hospital Geral de Nova Iguaçú
2. UNIGRANRIO, Universidade do Grande Rio

P558
VANTAGENS DA ASSISTÊNCIA HOME CARE PARA FAMILIARES/CUI- P564
DADORES DE IDOSOS ACAMADO COM ÚLCERAS POR PRESSÃO. ATIVIDADE GERMICIDA DO ÁCIDO PERACÉTICO FRENTE Á MYCO-
Jainara Cunha, Joneide Bezerra, Virgínia Góis, Sarah Fernandes, BACTERIUM MASSILIENSE
Aline Cardoso, Katiuscia Chaves, Glaucia Rocha, Hanna Pereira, Maria de Deus Reis1, Ana Cristina Moreira2, Jailma Sousa Bastos1,
Talizy Araújo Daiana Rose Ferreira Quirino1
1. UNP, Universidade Potiguar 1. INDEBA, Indeba Indústria e Comércio Ltda
2. UFBA, Universidade Federal da Bahia

P559
ASSISTÊNCIA DOMICILIAR À PACIENTE PORTADORA SINTOMÁTICA P565
DO VÍRUS LINFOTRÓPICO DA CÉLULA T HUMANA (HTLV I): RELATO A IMPORTÂNCIA DA LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO NA
DE EXPERIÊNCIA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES HOSPITALARES: REVISÃO BIBLIOGRÁ-
Wílnika do Carmo Barros, Débora Miria do Nascimento Macêdo, FICA
Laís de Macêdo Ferreira Santos, Diego Augusto Lopes Oliveira, THALYTA PORTELA DE OLIVEIRA, WESLLANY SOUSA SANTANA,
Thallita Maria Tavares Pontes, Nayara Francisca Cabral de Sousa, GEORGE LUCAS MACEDO ROCHA REIS, KELLY DE SOUSA MACIEL,
Débora Soledade de Oliveira, Iara Tiene de Lima Melo, Rafaella MARA WANESSA LIMA E SILVA, MARCIA HELENA RODRIGUES DA
Nunes Lucena SILVA
1. ASCES, ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DE ENSINO SUPERIOR 1. UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAIUÍ

P560 P566
PROCESSO DE VALIDAÇÃO DE LIMPEZA DE CATETERES PASSÍVEIS FUNCIONALIDADE DOS CENTROS DE MATERIAL ESTERILIZADO
DE REPROCESSAMENTO NA HEMODINÂMICA DE UM HOSPITAL DE Carolina Pereira da Cunha Sousa, Ana Carolina Dantas Rocha, Jura-
PONTA GROSSA – PR ci Dias Albuquerque, Francisco Stélio de Sousa
Carla Luiza da Silva1, Maria Dagmar da Rocha Gaspar2, Karine de 1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba
Oliveira Jabur1, Susana Bastos Martins Mikowski1, Claudia Regina
Biancato Bastos1
1. SCMPG, Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa P567
2. UEPG, Universidade Estadual de Ponta Grossa VIGILÂNCIA DE PROCESSO – AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA, PROCES-
SO E RESULTADOS DA CENTRAL DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO
COMO MÉTODO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
P561 Tatiana Batista Rodrigues, Sara Rodrigues Kellner, Fabricio Ribeiro
ANÁLISE DA ESTERILIZAÇÃO DE EMBALAGENS UTILIZADAS NA Campos, Gislaine Cristhina Belusse, Maria Auxiliadora Mancilha
CRIOPRESERVAÇÃO DE TECIDOS MUSCULOESQUELÉTICOS PARA Carvalho Pedigone
TRANSPLANTES 1. Santa Casa, Fundação Santa Casa de Misericordia deFranca
Luiz Augusto Ubirajara Santos, Arlete Mazzini Miranda Giovani,
Monica Mathor, Alberto Tesconi Croci, Cesar Augusto Martins Pe-
reira, Graziela Guidoni Maragni P568
1. IOT HCFMUSP, iNSTITUTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA CAPTAÇÃO DA REALIDADE: A UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE
DO HCFMUSP PROTEÇÃO INDIVIDUAL PELA EQUIPE DE SAÚDE NA SALA DE ES-
TERLIZAÇÃO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NA CIDADE DE
MOSSORÓ/RN.
P562 Sarah Lavínia Nobre Fernandes, Aline Kallian Cardoso de Melo, Jai-
CONHECIMENTODEAUXILIARESETÉCNICOSDEENFERMAGEMDE nara Kaline de Melo Cunha, Virginia Brenna de Paula Gois
UM HOSPITAL DE ENSINO ACERCA DA CLASSIFICAÇÃO E DO RE- 1. Unp, Universidade Potiguar

33
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P569 P575
TECIDO DE ALGODÃO E NÃO TECIDO: RELAÇÃO CUSTO BENEFÍCIO EMBALAGEMDETECIDODEALGODÃO:UMAANÁLISEDOUSOEM
Francine Vieira Pires1, Eurides Santos Pinho1, Anaclara Ferreira HOSPITAIS DE MÉDIO E GRANDE PORTE DE GOIÂNIA.
VeigaTipple1,KatianeMartinsMendonça1,LillianKellydeOliveira LUCIMARA RODRIGUES DE FREITAS2, DIRCE FELIPE PIRES2, NEU-
Lopes2, Fabiana Ribeiro de Rezende1 RACI DOS SANTOS RAMOS RODRIGUES3, ANACLARA FERREIRA
1. FEN- UFG, Faculdade de Enfermagem/ Universidade Federal de VEIGA TIPPLE1, DULCELENE DE SOUSA MELO1
Goiás 1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM - UFG
2. HC- UFG, Hospital da Clínicas da Universidade Federal de Goiás 2. HC-UFG, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE GOIÂNIA - GO
3. HDT, HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS

P570
ARTIGOS SEMICRÍTICOS UTILIZADOS NA ATENÇAO BÁSICA EM P576
GOIÂNIA: INDICADORES DE QUALIDADE DO REPROCESSAMENTO ESTUDO EXPERIMENTAL DA AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO PROCES-
THAÍS DE ARVELOS SALGADO, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIP- SO DE DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL NA REMOÇÃO DE BIOFILME
PLE, ADENÍCIA CUSTÓDIA SILVA E SOUZA, KEYTI CRISTINE ALVES EM CANAIS DE ENDOSCÓPIOS
DAMAS REZENDE, SERGIANE BISINOTO ALVES, GABRIELLA RIBEIRO Ana Cristina Balsamo
DE PAULA 1. HU-USP, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE DE SÃO
1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM-UNIVERSIDADE FEDE- PAULO
RAL DE GOIÁS

P577
P571 RELATO DE CASO: EXPERIÊNCIA NA DESINFECÇÃO DE ENDOSCÓ-
O REPROCESSAMENTO DE ARTIGOS CRÍTICOS EM UNIDADES DE PIOS FLEXÍVEIS COM ÁCIDO PERACÉTICO.
ATENÇÃO BÁSICA DE GOIÂNIA-GOIÁS LUCIENE XAVIER SANTOS, ANA CLAUDIA QUINONEIRO, RENATO
THAÍS DE ARVELOS SALGADO, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIP- CASSIO MENDES, LARISSACAVASSIN,VERA LUCIABORRASCA,MA-
PLE, ADENÍCIA CUSTÓDIA SILVA E SOUZA, KEYTI CRISTINE ALVES RIA BEATRIZ SOUZA DIAS
DAMAS REZENDE, SERGIANE BISINOTO ALVES, GABRIELLA RIBEIRO 1. HSL, Hospital Sírio Libanês
DE PAULA
1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM-UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DE GOIÁS P578
AVALIAÇÃO DE QUATRO ANOS DOS INDICADORES DA QUALIDADE
DO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
P572 Juliana Vidal Sartori, Maria Beatriz Bonin Caraccio
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DA ESTERILIZAÇÃO 1. HUL, Hospital Unimed Limeira
JULIANA DIAS FERREIRA SILVA SILVA, JOSÉ JONATHAS ALBUQUER-
QUE DE ALMEIDA ALMEIDA, ANNA KARLA BRANDAO MENEZES
MENEZES, ANKILMA ANDRADE DO NASCIMENTO NASCIMENTO, P579
NEFERTITI PEREIRA LEITE LEITE VIGILÂNCIA DE PROCESSO CIRÚRGICO: A EXPERIÊNCIA E O PERFIL
1. FSM, FACULDADE SANTA MARIA EVOLUTIVO DE UM TRIÊNIO DE UM HOSPITAL PRIVADO E ACREDI-
TADO DO INTERIOR DE SÃO PAULO
MARIELLY HERRERA GONZALEZ, CLAUDIA MANGINI, FERNANDO
P573 VINICIUS CESAR DE MARCO, ESTHER CARDOSO F. MARQUES, CIBE-
ESTUDO DA SAZONALIDADE, IDENTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS ATI- LE CARNEIRO DA SILVA
VOS E ATIVIDADE BACTERICIDA/ FUNGICIDA DA FONTE BOTÂNICA 1. HV, Hospital viValle
DA PRÓPOLIS VERDE Baccharis dracunculifolia DC.
Daniela Sicci Del Lama1, Jairo Kenupp Bastos2, Niege Araçari Jaco-
metti Furtado2 P580
1. CicloFarma, Ciclofarma Indústria Quimica O USO DE PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM HOSPI-
2. FCFRP, Universidade de São Paulo TAIS UNIVERSITÁRIOS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO
KAREN BARBOSA COUTO PEREIRA, CAMILA GRAMIÃO DE OLIVEI-
RA CRUZ, LAILA FRANCO DA SILVA, NATÁLIA REIS ALVES CHAVES,
P574 SONIA MARA FARIA SIMÕES
AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DA ESTERILIZAÇÃO DE CANETAS 1. UFF, UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ODONTOLÓGICAS DE ALTA-ROTAÇÃO EM AUTOCLAVE GRAVITA-
CIONAL ADOTANDO UM PROTOCOLO DE REPROCESSAMENTO
Camila Fonseca Alvarenga1, Cleomenes Reis1, Anaclara Ferreira P581
Veiga Tipple3, Enilza Maria Mendonça de Paiva2 VERIFICAÇÃO DA APLICAÇÃO DAS MEDIDAS DE CONTROLE DE IN-
1. IPTSP, instituto de patologia tropical e saude publica FECÇÃO RELACIONADAS A COLETA DO EXAME CITOPATOLÓGICO
2. FO, faculdade de odontologia DO COLO DO ÚTERO EM GOIÂNIA
3. FEN, faculdade de enfermagem DAIANNY FRANCISCA DA PAZ E SOUSA, Renata Gonçalves Paulino,
ANA KARINA MARQUES SALGE, JANAÍNA VALADARES GUIMARÃES
1.FEN-UFG,FaculdadedeEnfermagem-UniversidadeFederaldeGO

34
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P582 P589
CONDIÇÃO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM INFECÇÃO HOSPI- PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA: ESTUDO
TALAR E OS PRINCIPAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS PELAS CCIHs DESCRITIVO E ANÁLISE DE CUSTOS
DO ESTADO DE SANTA CATARINA PARA O EFETIVO CONTROLE DAS Francyne Lopes, Norberto Luis Campos Martins, Cassiana Gil Pra-
INFECÇÕES HOSPITALARES NOS HOSPITAIS PRESTADORES DE SER- tes, Fernanda Perpétua Nunes dos Santos, Grasiele Costa Rodri-
VIÇOS PARA O SUS gues, Nair Cristina Fortuna Aguilera
Jovani Antônio Steffani, Fabiola Iagher, Andréia Presta, Candice 1. HED, Hospital Ernesto Dornelles
Cristina Stumpf
1. UNOESC - Joaçaba, Universidade do Oeste de Santa Catarina –
Joaçaba – SC P590
VIGILÂNCIA DE MANUTENÇÃO ACESSO VENOSO PERIFÉRICO DE
CURTA PERMANÊNCIA: UM INDICADOR DE QUALIDADE DE ASSIS-
P583 TÊNCIA.
LESÕES PROVOCADAS PELA INSTALAÇÃO DE CATETER VESICAL DE CLAUDIA COSTA SOUZA, IANICK SOUTO MARTINS, PATRICIA SILVA
DEMORAEMPACIENTESDOSEXOMASCULINOEMUMAUNIDADE FURTADO, CHRISTIANY MOÇALI GONZALEZ, ILENILCE FERREIRA
DE TERAPIA INTENSIVA AFONSO, ELAINE GAMA ARAUJO, ERIKA SILVA FREITAS, ANA GOU-
ANA SANTOS, LUIZ BHERING, MARCIA VALERIA ROSA LIMA VEIA MAGALHAES
1. UFF, Universidade Federal Fluminense 1. HUCFF/UFRJ, Universidade do Brasil

P584 P591
RELATÓRIO DE NÃO CONFORMIDADES COMO INSTRUMENTO DE A IMPOTANCIA DA QUALIDADE DO AR EM AMBIENTES HOSPITA-
CONTROLE DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: UMA FERRAMENTA LARES CLIMATIZADOS E SUA INFLUÊNCIA NA OCORRÊNCIA DE IN-
DE GESTÃO DE QUALIDADE NA PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES RELA- FECÇÕES
CIONADAS A ASSISTÊNCIA JULIANA DIAS FERREIRA SILVA SILVA, ANNA KARLA BRANDÃO
NADIA SUELY DE OLIVEIRA LORENA2,1, ERIC GUSTAVO RAMOS DE MENEZES MENEZES, ANKILMA DO NASCIMENTO ANDRADE AN-
ALMEIDA2,1, SIMONE MOREIRA2,1, NATASHA HARTMANN2,1 DRADE, EDJANE SOUSA ANDRADE ANDRADE, JOSENALDA DE AL-
1. HSL, HOSPITAL SÃO LUCAS BUQUERQUE ROLIM ROLIM, JOSÉ JONATHAS ALBUQUERQUE DE
2. ADLER, A ADLER CONSULTORIA LTDA ALMIDA ALMEIDA, MARÍLIA DIAS BRAGA BRAGA, MAURA VANES-
SA SILVA SOBREIRO SOBREIRO
1. FSM, FACULDADE SANTA MARIA
P585
BIOSSEGURANÇA E CONTROLE DE INFECÇÃO EM SERVIÇO PRIVA-
DO DE RADIODIAGNOSTICO NO RECIFE - PE P592
MARIA DA CONCEIÇÃO LIRA, BARTOLOMEU SANTOS, ISABEL SPA- “SING IN” EM CIRURGIAS OFTALMOLÓGICAS: UMA PROPOSTA
COV, TAMARA BURGOS, BRUNO ANDRADE PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE CIRURGIAS SEGURAS
1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DEPERNAMBUCO ISABELLE CALDAS AMORIM2,1, SIMONE MOREIRA2,1, MARIA LUI-
ZA CHRISPINO1, PATRICIA PATRICIA YVONNE MACIEL PINHEIRO2
1. HON, HOSPITAL DE OLHOS DE NITEROI
P586 2. ADLER, A ADLER CONSULTORIA LTDA
AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS DE CONTROLE E PREVENÇÃO DE INFEC-
ÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADO AO CATETERISMO VESICAL
NA SANTA CASA DE MARÍLIA P593
Rubiana de Souza Gonçalves, Silvana Martins Dias Toni, Lucieni de INDICAÇÃODOUSOLUVAS:OCONHECIMENTODOSACADÊMICOS
Oliveira Conterno DE ENFERMAGEM E MEDICINA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA
1. SCMM, Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Marília DE GOIÁS
MARY ROCHA CARNEIRO GARCIA ZAPATA1, ADENÍCIA CUSTÓDIA
SILVA E SOUZA2, JANAÍNA VALADARES GUIMARÃES2, SERGIANE
P587 ALVES BISINOTO2, MAYARA SILVA RODRIGUES2, POLLYANY JOSÉ
A RELAÇÃO ENTRE O PROFISSIONAL ENFERMEIRO E AS MEDIDAS DA GUARDA2, PATRICIA GABRIELLA ROCHA-CARNEIRO GARCÍA-
DE PRECAUÇÃO CONTRA MICROORGANISMOS ZAPATA3
NELSON MARTINS FERREIRA JUNIOR, MARIA ALICE PAES DE LIRA 1. HC-UFG, HOSPITAL CLÍNICAS, UNIVERSIDADE FEDERAL GOIÁS
DA PONTE LISBOA, ORLANDO JORGE GOMES DA CONCEIÇÃO, 2. FEN-UFG, FACULDADE ENFERMAGEM, UNIVERSIDADE FEDERAL
SANDRA EDO DE CARVALHO, ROBERTA FERRARI GOIÁS
1. HMSL, HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO LUIZ - UNIDADE ITAIM 3. FM-UFTM, FACULDADE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL
TRIANGULO MINEIRO

P588
RISCOS DE ACIDENTES DE TRABALHO EM PROFISSIOIS DA SAÚDE P594
Janaína Da Silva, Camila Megumi Naka Shimura, Denise De Andra- CCIH NO CONTEXTO DAS UPA 24H
de, Annecy Tojeiro Giordani SIBELLE NOGUEIRA BUONORA, PATRICIA MOUTA NUNES DE OLI-
1. EERP-USP, Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto VEIRA, MARTA CRISTINA RAMOS DE OLIVEIRA, JORGE ANDRE LI-

35
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
NHARES DE ALMEIDA, ALEXANDRE OLIVEIRA RIBEIRO 2. HIB, Hospital Itacolomy Butantã
1. CBMERJ, CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO 3. HIRR, Hospital Itacolomy Rud Ramos
DE JANEIRO

P602
P595 GRUPO DE INTERESSE EM PREVENÇÃO DE PNEUMONIA ASSOCIA-
EFEITOS POSITIVOS DA IMPLEMENTAÇÃO DE PRECAUÇÕES ADI- DA A VENTILAÇÃO MECÂNICA: PARCERIA ENTRE MEMBROS EXE-
CIONAIS. CUTORES E CONSULTORES DE UMA COMISSÃO DE CONTROLE DE
MARCIA BARBOSA MAGALHÃES GUIMARÃES, ELIANE PEREIRA INFECÇÃO
MACHADO CALDEIRA SIMONE MOREIRA, MAGDA DE SOUZA CONCEIÇÃO, LIA CRISTINA
1. CSC, CASA DE SAÚDE CAMPINAS GALVÃO DOS SANTOS, ANTONIO CARLOS PEDROTO, VITOR MON-
TEIRO NOVAES JUNIOR, GLAUCIA DE MELO RODRIGUES, FERNAN-
DA RANGEL RAMOS, VANIA DONOLA DE MARTINI, VALÉRIA PEREI-
P596 RA CALÇADO, CRISTINA ALBUQUERQUE DE CAMPOS SOUSA
ELABORAÇÃO E APLICAÇÃO DO INDICADOR DE QUALIDADE DE 1. HFB, HOSPITAL FEDERAL DE BONSUCESSO
LIMPEZA DE INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS EM UM HOSPITAL UNI-
VERSITÁRIO
CRISTIANE DE LION BOTERO COUTO LOPES, CARLA MORAES P603
1. HU - USP, Hospital Universitário da Universidade de São Paulo AÇÕES ESDUCATIVAS NO PSF: DEPOIMENTOS DE USUÁRIOS POR-
TADORES DE DIABETES MELLITUS NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-
PB.
P597 ALBERTINA MARTINS GONÇALVES1, JOANA MONIQUE FERNAN-
Modelodegerenciamentodeantibioticoprofilaxiacirúrgica:moni- DES ALMEIDA2, JOSÉ DE ANCHIETA F. NETO3
torização e intervenções programadas para melhoria do processo. 1. HDPF, HOSPITAL DISTRITAL DE PEDRAS DE FOGO-PB
Mirian de Freitas Dalben, Ana Paula Matos Porto, Eloisa Mara Dias 2. USBF, Unida Básica de Saúde da Família de Santarém - PB.
Baptista Gagliardi, Renata Braz Ralio, Patrícia Boldrin Ziani, Ronelly 3. CASM, Centro de Atenção a Saúde da Mulher
D. P. Rodrigues
1. Hospital Paulistano, Hospital Paulistano
P604
CAMPANHA PREVINA JÁ: IMPACTO NA TAXA DE UTILIZAÇÃO DE
P598 CATETER VESICAL DE DEMORA E NA INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO DO
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR: PILAR ES- TRATO URINÁRIO NAS UNIDADES DE EMERGÊNCIA E DE TERAPIA
TRATÉGICO PARA O PROCESSO DE ACREDITAÇÃO EM HOSPITAL DA INTENSIVA ADULTO DO HOSPITAL GERAL DE GUARULHOS
REDE SENTINELA Noemi Evangelista Martins, Paula Zanellatto Neves, Amanda Co-
MARILENEARARUNA,KARLAMOTTA,BARTOLOMEUSANTOS,MA- lanica Martuscelli, Andréa Azevedo Rodrigues, Ingridy Fandim,
RIA DA CONCEIÇÃO LIRA Jacira Noemia Cassanho, Ana Claudia Marques Barbosa Diaz, Ana
1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Carolina Marteline Cavalcante Moysés
1. HGG - ISCMSP, Hospital Geral de Guarulhos - ISCMSP

P599
GERENCIAMENTO DE SEGURAN�A NA PREVEN��O E CON- P605
TROLE DE INFEC��O HOSPITALAR IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS PARA O DESCARTE DE RESÍDUOS
Renata da Costa Santos, Fernanda Santos Rodrigues Araújo, Lucia- DO GRUPO E NO HOSPITAL REGIONAL ALFREDO MESQUITA FILHO
na Elem Pereira de Queiroz (MACAÍBA/RN): UMA EXPERIÊNCIA DE PERSISTÊNCIA À EDUCA-
1. UFF, Universidade Federal Fluminense ÇÃO PERMANENTE.
Héverton Fernandes Duarte, Rayana Garcia de Macedo, Maria Lin-
daelma Ferreira
P600 1. HRAMF, Hospital Regional Alfredo Mesquita Filho
ESTRUTURAFÍSICAPLANEJADAEMUNIDADEDETERAPIAINTENSI-
VA: SEGURANÇA EM CONTROLE DE INFECÇÕES
CRISTIANE MORETTO SANTORO, MIRIAN WATANABE, ELISABELI P606
CIPRIANO SILVA, LUCIANA REZENDE BARBOSA AVALIAÇÃO DA ADESÃO ÀS RECOMENDAÇÕES DE PRECAUÇÕES E
1. HAOC, HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ ISOLAMENTO DE PACIENTES COM RISCO DE GERME MULTIRESIS-
TENTE EM UM HOSPITAL PRIVADO
SARITA S. LESSA *,CLAUDIA BINELLI, PAULA DAHER, PATRICIA OLI-
P601 VEIRA, NATHALIA GONÇALVES
LEAN SIX SIGMA: INOVAÇÃO NO CONTROLE DE INFECÇÃO HOS- 1. HSC, Hospital São Camilo
PITALAR
MárciaFernandes1,ClaudiaReisStigliani1,FabianaSilvaVasques2,
Marivone Finco Araneda3, Nelson Ribeiro Filho1, Paula Marques P607
de Vidal2, Renata Braz Ralio1, Matusalém Carvalho1 CONHECENDO O CONTEXTO DA OCORRÊNCIA DAS INFECÇÕES
1. HMA, Hospital Alvorada Moema RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE NOS SERVIÇOS HOSPITA-

36
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
LARES NO MUNICÍPIO DE NATAL: UMA EXPERIÊNCIA JUNTO AOS Cavalcante1, Karine Cordeiro de Lemos Vasconcelos Silva2, Ma-
ALUNOS DE ENFERMAGEM ria Lúcia Azevedo Ferreira de Macedo1, Rayssa Horácio Lopes1,
Elisângela Franco de Oliveira Cavalcante, Francisca Idanésia da Sil- Sheyla Gomes Pereira de Almeida1
va,RayssaHorácioLopes,CleoniceAndreaAlvesCavalcante,Maria 1. EEN/UFRN, Escola de Enfermagem de Natal/UFRN
Lúcia Azevedo Ferreira de Macedo 2. UFRN, Departamento de Enfermagem/UFRN
1. EEN/UFRN, ESCOLA DE ENFERMAGEM DE NATAL DA UFRN

P614
P608 “IMPORTÂNCIA DE AÇÕES EDUCATIVAS NA DIMINUIÇÃO DA INCI-
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DAS COMISSÕES DE CONTROLE DE DÊNCIA DOS ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO”
INFECÇÃO HOSPITALAR EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS NO MUNICI- ALCILENE CAVALCANTE BATISTA, MARIANA MARGARITA MARTI-
PIO DE NATAL/RN NEZ QUIROGA, SHEILA MARA BEZERRA
Elisângela Franco de Oliveira Cavalcante, Francisca Idanésia da Sil- 1. HRBA, HOSPITAL REGIONAL DO BAIXO AMAZONAS DR WALDE-
va, Rayssa Horácio Lopes, Márcia Rique Carício MAR PENNA
1. EEN/UFRN, ESCOLA DE ENFERMAGEM DE NATAL DA UFRN

P615
P609 “AVALIAÇAO DE CONHECIMENTOS SOBRE MEDIDAS PREVENTIVAS
OUSODOGRUPOFOCALCOMOESTRATÉGIAPARAAADESÃOAOS ASSOCIADAS A CATETER VENOSO CENTRAL ENTRE PROFISSIONAIS
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL DE SAÚDE”
HELINY CARNEIRO CUNHA NEVES, ADENICIA CUSTÓDIA SILVA E SHEILA MARA BEZERRA1, MARIANA MARGARITA MARTÍNEZ QUI-
SOUZA, LUANA CÁSSIA MIRANDA RIBEIRO, DENIZE BOUTTELET ROGA1,2, ALCILENE CAVALCANTE BATISTA1
MUNARI, MARCELO MEDEIROS, ANACLARA FERREIRA VEIGA TI- 1. HRBA, HOSPITAL REGIONAL DO BAIXO AMAZONAS
PPLE, SILVANA DE LIMA VIEIRA DOS SANTOS, KATIANE MARTINS 2. NUMETROP HCFMUSP, NUCLEO DE MEDICINA TROPICAL DO
MENDONÇA DMIP/ HCFMUSP
1. UFG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS

P616
P610 CAMINHADA EM PROL À SEGURANÇA DO PACIENTE E MELHORIA
ATUALIZAÇÃOEMGESTÃOAMBIENTALHOSPITALARCOMOESTRA- DA QUALIDADE DE VIDA COMO ESTRATÉGIA PARA AUMENTAR A
TÉGIA PARA PROMOÇÃO EM SAÚDE ADESÃO DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS DOS PROFISSIONAIS DE
Wilton Rodrigues Medeiros1, Silvana Helena Neves de Medeiros1, SAÚDE.
Maria Cláudia Medeiros D. R. Costa1, Simone Pedrosa Lima1, José Gustavo Mustafa Tanajura, Leila Santos de Souza, Jefferson Araújo
Aderson Leão1, Alexandre Magnus da Silveira Gomes1, Joana Couto, André Conceição Ferreira, Mariana Oliveira Lima, Francis-
D’Arc do Nascimento1, Sonaira Larissa Varela de Medeiros1, Mar- nei Souza dos Santos
jorie da Fonseca e Silva Medeiros2, Tércia Lêda Cardoso Bezerra1 1. OSID, Obras Sociais Irmã Dulce
1. HUAB-UFRN, Hospital Universitário Ana Bezerra
2. SIN-UFRN, Superitendência de Infra-estrutura da UFRN
P617
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM UM SERVIÇO DE RADIOLOGIA DE
P611 UM HOSPITAL ESCOLA: BIOSSEGURANÇA
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE FRANCINE VIEIRA PIRES, MARINÉSIA APARECIDA PRADO PALOS,
SOBRE A INFLUENZA H1N1 2009 ANA PAULA FREITAS LIMA, GABRIELLA RIBEIRO DE PAULA
NATHALIA MARCY BARBOSA DA CUNHA1, LARISSA MARIA ISAAC 1. FEN/UFG, Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal
MAXIMO1, MARIA EDUARDA PEREIRA DE QUEIROZ1, NATALY DA- de Goiás
MASCENO FIGUEIREDO2,1
1. EMSM, Escola de medicina Souza Marques
2. MS - HFL, Hospital Federal da Lagoa P618
CUIDANDO DO PROFISSIONAL QUE CUIDA: PROJETO PREVENINDO
INFECÇÃO HOSPITALAR DE FORMA SAUDÁVEL
P612 MARIA DAS GRAÇAS GONSALVES DE OLIVEIRA, CAMILLA CUM-
OFICINA MULTIPROFISSIONAL COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO MING DE OLIVEIRA, JAQUELINE SUZAN CARDOSO FREITAS
CONTINUADA PARA O CONTROLE E PREVENÇÃO DE BACTÉRIAS 1. SCMBA - HSI, SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DA BAHIA - HOS-
MULTIRESSISTENTES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PITAL SANTA IZABEL
Adriana da Silva Azevedo
1. HC/UFG, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás
P619
INSERINDO O PROFISSIONAL DE SAÚDE NA PREVENÇÃO E CON-
P613 TROLE DAS INFECÇÕES HOSPITALARES: PROJETO SOU CONTROLA-
CONHECIMENTO E APLICAÇÃO DA NR 32 NO ÂMBITO DA ENFER- DOR DE INFECÇÃO E VC?
MAGEM. JAQUELINE SUZAN CARDOSO FREITAS, MARIA DAS GRAÇAS GON-
Elisângela Franco de Oliveira Cavalcante1, Cleonice Andrea Alves SALVESDEOLIVEIRA,CAMILLACUMMIGVIEIRA,ÁUREAANGÉLICA

37
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
PASTE, NEUSA MARIA NEVES DA SILVA LAVAGEM DAS MÃOS: ATIVIDADE EDUCATIVA PROMOVIDA POR
1. SCMBA - HSI, SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DA BAHIA - HOS- ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM PARA CONTROLE DE INFECÇÃO
PITAL SANTA IZABEL HOSPITALAR
Diego Augusto Lopes Oliveira1, Alecsandra Gomes de Lucena
Oliveira1,2, Raquel Bezerra dos Santos1,2, Juliana Cristina Bezer-
P620 ra1,2, Niedja Francisca Bezerra1,2
A ALTA DO PACIENTE E A INFECÇÃO HOSPITALAR: REVISÃO INTE- 1. ASCES, Faculdade ASCES
GRATIVA DA LITERATURA 2. HJN, Hospita Jesus Nazareno
Fernanda Santos Rodrigues Araújo, Enéas Rangel Teixeira
1. UFF, Universidade Federal Fluminense
P627
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CONTROLE DAS INFECÇÕES – ADE-
P621 SÃO DOS PROFISSIONAIS
AS ESTRATÉGIAS DE UM SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO CYNTHIA ANGÉLICA RAMOS DE OLIVEIRA
HOSPITALAR DIANTE DA PANDEMIA INFLUENZA A (H1N1) 1. HOF, Hospital Otávio de Freitas
Ricardo Faria Cordeiro, Katia Regina Pereira Claudio, Jonas Leite
Junior
1. HSJ, Hospital São José - Teresópolis P628
ACCIHROMPENDOOSLIMITESHOSPITALARESNAPREVENÇÃODE
INFECÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
P622 CECÍLIA OLÍVIA PARAGUAI DE OLIVEIRA, Deborah Dinorah de Sá
SENSIBILIZAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE SOBRE PRECAU- Mororó, Juliana Teixeira Jales Menescal Pinto, Nadja de Sá Pinto
ÇÕES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DantasRocha,DanieledaSilvaMacedo,RenataCristinaBarrosLei-
MICHELI APARECIDA BARRETO, DANIELLE FABIANA CUCOLO, MA- te, Pâmela Katherine Nelson Campero
RIA FERNANDA SCHNEIDER, SAMIRA DE OLIVEIRA SANTIN, IRENE 1. HOSPED-UFRN, Hospital de Pediatria Professor Heriberto Fer-
DA ROCHA HABER, MARIA FERNANDA FESTA MORARI SCUDELER, reira Bezerra
LUIS FERNANDO WAIB
1. HMCP-PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO PIER-
RO-PUC CAMPINAS P629
FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADESÃO DOS PROFISSIONAIS DE
ENFERMAGEM À LAVAGEM DE MÃOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTI-
P623 CA
CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR: DESAFIOS DO PROFISSIO- Cibely Freire de Oliveira, Ana Paula Andrade Ramos, Andressa Ka-
NAL ENFERMEIRO line Ferreira de Araújo, Carla Carolina da Silva Leite, Jossana de
Flavia Cristina Rodrigues1, Daniela Bicudo Argeliere2,2, Débora Paiva Sales, Alexsandro Silva Coura, Inacia Sátiro Xavier de França
GotardeloAudebert Delage3 1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba
1. HCMG, Hospital do Coração de Minas Gerais-Hospital Dr° João
Felíci
2. UNIFESP, Universidade Federal de São Pau P630
3. UFJF, Universidade Federal de Juiz de Fora AVALIAÇÃO DA TÉCNICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM UM
HOSPITAL ESCOLA
LUANA LAÍS FEMINA, ANDREA CECÍLIA RODRIGUES MESTRINARI,
P624 ANDRESSA BATISTA ZEQUINI, LUCIANA SOUZA JORGE, MARLI DE
ABSENTEÍSMO E CUSTO DIRETO RELACIONADOS À INFLUENZA EM CARVALHO JERICÓ, REGINA MARA CUSTÓDIO RANGEL
PROFISSIONAIS DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO DA CIDADE DE SÃO 1. FUNFARME, HOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
PAULO
CELSO AMARAL, LETICIA CALICCHIO, DIEGO JESUS, EDUARDO ME-
DEIROS P631
1. HUSH, Hospital Unimed Santa Helena AVALIAÇÃO DO CUSTO DA TÉCNICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
LUANA LAÍS FEMINA, ANDREA CECÍLIA RODRIGUES MESTRINARI,
ANDRESSA BATISTA ZEQUINI, LUCIANA SOUZA JORGE, MARLI DE
P625 CARVALHO JERICÓ, REGINA MARA CUSTÓDIO RANGEL
TÉCNICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: O FAZER VERSUS O FAZER 1. FUNFARME, HOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
COM QUALIDADE
KATIANE MARTINS MENDONÇA, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIP-
PLE, HELINY CUNHA CARNEIRO NEVES, FABIANA RIBEIRO REZEN- P632
DE, LUANA CÁSSIA MIRANDA RIBEIRO PRÁTICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS DURANTE A ASSISTÊNCIA
1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FE- A PACIENTES EM ISOLAMENTO RESPIRATÓRIO PARA AEROSSÓIS:
DERAL DE GOIÁS UMA REALIDADE OBSERVADA EM UM HOSPITAL DE DOENÇAS
INFECTO-CONTAGIOSAS DO CENTRO-OESTE
HÉLIO GALDINO JÚNIOR1, MONIQUE LOPES DE SOUZA1, LILIAN
P626 KELLY OLIVEIRA LOPES2, LUCIANA LEITE PINELI SIMÕES2, ANACLA-

38
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
RA FERREIRA VEIGA TIPPL1 P638
1. FEN/UFG, Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: AVALIAÇÃO DA TÉCNICA REALIZADA
de Goias POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UNIDADES DE TERAPIA INTEN-
2. HDT, Hospital de doenças tropicais Anuar Auad SIVA NEONATAL E PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL ESCOLA DE NÍVEL
TERCIÁRIO.
Luiz Fernando Norcia Norcia, Ana Maria Souza Braguini Braguini,
P633 Drielly Lívia Cristino Braga Braga, Regina Mara Custódio Rangel
A BIOÉTICA NA LAVAGEM DAS MÃOS PARA PREVENÇÃO DE INFEC- Rangel
ÇÃO HOSPITALAR 1. FUNFARME, Fundação Faculdade Regional de Medicina de S J
Malu Micilly Porfírio Santos, Cora Coralina dos Santos Junqueira, do Rio Preto
Maria Elizabete de Amorim Silva, Marília de Souza Leite Silva, Pa-
trícia Simplício de Oliveira, Rebeca Silva Bezerra, Vanessa Lopes
Maia Dativo, Cizone Maria Carneiro Acioly P639
1. UFPB, Universidade Federal da Paraíba HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITA-
LAR: UM RESGATE DA LITERATURA
Priscila Nunes, Danielly Meneses, Sabrina Bezerra, Gilvânia Morais
P634 1. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande
CONHECIMENTO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE UTI SOBRE
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
Emilli Oliveira Feitosa, Karina Suzuki, Gabriella Ribeiro de Paula, P640
Regiane Aparecida dos Santos Soares Barreto, Marinésia Apareci- BAIXA ADESÃO À HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: BUSCANDO ENTEN-
da Prado-Palos, Fernanda Alves Ferreira DERASDIVERGÊNCIASENTREAPRÁTICAEOIDEALPRECONIZADO.
1. UFG - FEN, Universidade Federal de Goiás - Faculdade de Enfer- Vanessa Arias, Carmem Elisa Villalobos Tapia
magem 1.PUC-CAMPINAS,PONTIFÍCIAUNIVERSIDADECATÓLICADECAM-
PINAS

P635
AVALIAÇÃO DO TEMPO GASTO PARA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS P641
POR PROFISSIONAIS DE UMA UTI NEONATAL A IMPORTANCIA DA LAVAGEM SIMPLES DAS MÃOS NO CONTROLE
FRANCISCOROGERLÂNDIOMARTINSDEMELO1,VIVIANEDESOU- DE INFECÇÕES NOS SERVIÇO DE SAÚDE.
SATOMAZ2,EDNAMARIACAMELOCHAVES2,MAURICÉLIADASIL- ANA CRISTINA RODRIGUES LUNA SILVA1, AUCILENE DE ALMEIDA
VEIRA LIMA2, JORG HEUKELBACH1 LUCENA FREIRE1, JOELMA DA SILVA1, TALYTA DAYANE GOMES
1. UFC, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ MARTINS1, GRAZIELA BRITO NEVES ZBORALSKI HAMAD2,1
2. FAMETRO, FACULDADE METROPOLITANA DA GRANDE FORTA- 1. PMCG, PREFEITURA MUNICIIPAL DE CAMPINA GRANDE
LEZA 2. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

P636 P642
REPERCUSSÕES DA CAMPANHA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS DO ANÁLISE DA ADESÃO À LAVAGEM DAS MÃOS DOS PROFISSIONAIS
IPEC/FIOCRUZ NO DIA MUNDIAL DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS DE SAÚDE NUMA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA
COMO PARTE DA EDUCAÇÃO E DO ENSINO NA SAÚDE. Karla Simone de Brito Brock, Albertina Martins Gonçalves
SONIA MARIA FERRAZ MEDEIROS NEVES NEVES1,1,1, LUDMILA 1. HRA, Hospital Regional do Agreste
MENDES DE MORAIS MORAIS1, VANDERLÉA POEYS CABRAL CA-
BRAL1, DIANA GALVÃO VENTURA VENTURA1, ANA CARLA PECECO
DA SILVA SILVA1, MARIA ISABEL FRAGOSO DA SILVEIRA GOUVÊA P643
GOUVÊA1 SUBSTITUIÇÃO DA LAVAGEM BÁSICA DAS MÃOS POR ÁLCOOL GEL
1. IPEC/FIOCRUZ, Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas PELOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE UMA UNIDADE DE PRONTO-
2. IPEC/FIOCRUZ, Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas ATENDIMENTO NA CIDADE DO RECIFE-PE
3. IPEC/FIOCRUZ, Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas Karla Romana Ferreira de Souza, Emanuely Fernanda Gomes de
4. IPEC/FIOCRUZ, Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas Araújo, Bartolomeu José dos Santos Júnior, Maria da Conceição
5. IPEC/FIOCRUZ, Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas Cavalcanti de Lira
6. IPEC/FIOCRUZ, Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas 2. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
P637
AVALIAÇÃO DA ADESÃO À HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS PELOS PRO- P644
FISSIONAIS DE SAÚDE EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA HIGIENE DAS MÃOS: CONTRATOS DE PARCERIA ASSINADOS
ADULTO DE UM HOSPITAL DE ENSINO SIMONE MOREIRA, LIA CRISTINA GALVÃO DOS SANTOS, MAGDA
Drielly Lívia Cristino Braga, Andressa Batista Zequini, Luana Laís DE SOUZA DA CONCEIÇÃO, ANA MARIA VEIGA MARQUES GRAÇA,
Femina ALEXANDRE CARDOSO BAPTISTA, TATIANA MARTINS ALVES, LU-
1. FUNFARME, HOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO CIANA DE ARAUJO SOUZA, MAXWELL RODRIGUES LACERDA, JOSÉ
RODOLFO MARTINS DE SOUSA
1. HFB, HOSPITAL FEDERAL DE BONSUCESSO

39
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P645 de Freitas1, Bianca Torres Rocha1, Odália Uiback Barros2, Jofre
CONHECIMENTOS, ATITUDES E PRÁTICAS DOS PROFISSIONAIS DE Cabral2, Bernardo de França Paula1, Manoel de Carvalho2, José
SAÚDE SOBRE A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM UNIDADES DE TE- Maria Lopes2
RAPIA INTENSIVA 1. CCIH Perinatal, Perinatal Laranjeiras
kátia Marie Simões e Senna1, Enirtes Caetano Prates Melo2 2. UTI neonatal, Perinatal Laranjeiras
1. INC, Instituto Nacional de Cardiologia
2. UNIRIO, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
P652
A IMPORTÂNCIA DAS LAVAGENS DAS MÃOS NO CONTROLE DAS
P646 INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA DE SAÚDE
A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS PARA O CONTROLE Emanuelle da Silva Lima, Jocasta Batista de Souza Tavares, Juliana
DE INFECÇÃO HOSPITALAR - UMA REVISÃO DE LITERATURA. Dias Pereira de Souza, Luciana Ferreira de Souza, Maíra Massa da
NATHALIA LIRA TAVARES SANTANA, MARCELA CRISTINA SILVA DA Cunha, Maria Auxiliadora F. Siza, Shirley Antas de Lima
HORA, EMANUELA DE OLIVEIRA SILVA, MARIA DA CONCEIÇÃO CA- 1. UNIPÊ, Centro Universitário de João Pessoa
VALCANTI DE LIRA, NATALY DOS SANTOS SOARES, TAYANNE QUEI-
ROZ DAMASCENO, ROSÁLIA TERESA CARVALHO DE ALMEIDA, MO-
NIKE MUNIZ DE SIQUEIRA P653
1. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - CAV A prática educativa e a formação do enfermeiro educador
Elaine Drehmer de Almeida Cruz, Leila Maria Mansano Sarquis,
Eliane Sanchez Mazziero, Elizabeth Bernardino, Fernanda Letícia
P647 Frates Cauduro, Gabriella Lemes Rodrigues de Oliveira
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: REALIZAÇÃO DA TÉCNICA POR PRO- 1. UFPR, Universidade Federal do Paraná
FISSIONAIS DA SAÚDE EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DE JOÃO
PESSOA – PB.
MARIA ELIANE MOREIRA FREIRE2,3, VERA LÚCIA RIBEIRO RODRI- P654
GUES1, ZODJA VITÓRIA DE OLIVEIRA1, JOSÉRIA MUNIZ DE MELO3 As condições de trabalho e a aplicabilidade do Gerenciamento de
1. ICV, INSTITUTO CÂNDIDA VARGAS Risco à Prática de Higienização de Mãos
2. FASER, FACULDADE SANTA EMILIA DE RODAT Priscila Almeida Cunico, Janaína Bathke, Fernanda Letícia Frates
3. HULW, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY Cauduro, Elaine Drehmer de Almeida Cruz
1. UFPR, Universidade Federal do Paraná

P648
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CONTROLE DAS INFECÇÕES RELA- P655
CIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE Promovendo a higienização de mãos: estratégias para a segurança
Isabely Pereira Cavalcante, Débora de Sousa Nascimento Guerra, em serviços de saúde
Gabriela Neves Cavalcante, Catyanne Maria de Arruda Ferreira Fernanda Letícia Frates Cauduro, Elaine Drehmer de Almeida Cruz
1. UEPB, UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA 1. UFPR, Universidade Federal do Paraná

P649 P656
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIO- AVALIAÇÃO DA ADESÃO A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS DOS PROFIS-
NAIS DE SAÚDE SOBRE A IMPORTÂNCIA DESTE ATO NO CONTRO- SIONAIS DA SAÚDE: PROJETO ESPIÃO
LE DAS INFECÇÕES. CLAUDIA BINELLI; SARITA SCORZONI LESSA; PATRICIA
GEANE RODRIGUES CHAVES, REBEKA ALVES CARIBÉ, FABIANE OLIVEIRA;PAULA DAHER; NATHALIA GONÇALVES
DE LIMA, ADELMA SOUZA FRANCO 1. HSC, HOSPITAL SÃO CAMILO
1.HPMCG,UNIDADEPEDIÍTRICAHOSPITALMARIACRAVOGAMA

P657
P650 A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE LAVAGEM
A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MAÕS NO CONTROLE DE DAS MÃOS COMO MECANISMO NA REDUÇÃO DE INFECÇÃO HOS-
INFECÇÃO HOSPITALAR PITALAR DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE TERESI-
DANILO GONÇALVES DANTAS, MARCELA PORTELA RESENDE RUFI- NA-PI.
NO, KELLY DE SOUSA MACIEL, JOSYANNE ARAÚJO NEVES, MÁRCIA MARCOS RESENDE DE SOUZA LIMA, GISLAINE CASTRO DE ARAU-
HELENA RODRIGUES DA SILVA JO, ELNA JOELANE LOPES DA SILVA DO AMARAL, NADIA CRISTINA
1. UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ SANTANA GOMES, JOSIANE ALVES LIMA, GINA NOGUEIA MATIAS
DE ARAUJO
1. USOZ, Unidade de Saúde Dr. Ozéas Sampaio
P651
Avaliação da adesão dos profissionais de saúde à higienização das
mãos em uma UTI neonatal de clínica particular da cidade do Rio P658
de Janeiro HIGIENIZAÇÃODEMÃOSNAREALIZAÇÃODEPROCEDIMENTOSNA
Denise Cotrim da Cunha1, Alexandra Souza Leite1, Juliana Silva ATENÇÃO BÁSICA

40
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
KEYTI CRISTINE ALVES DAMAS REZENDE, THAÍS DE ARVELOS SAL- LEIDYANNY BARBOSA DE MEDEIROS, LENILMA BENTO DE ARAÚ-
GADO, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIPPLE, ADENÍCIA CUSTÓDIA JO MENESES, LILIANA CRUZ DE SOUZA, THALITA RODRIGUES DE
SILVA E SOUZA, SERGIANE BISINOTO ALVES AZEVEDO
1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM-UNIVERSIDADE FEDE- 1. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
RAL DE GOIÁS

P665
P659 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E USO DE LUVAS: CONHECIMENTO E
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE PRÁTICA DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM E MEDICINA DE
JULIANA DIAS FERREIRA SILVA SILVA1,1,1, ANNA KARLA BRANDÃO UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DE GOIÁS
MENEZES MENEZES1,1,1, ANKILMA DO NASCIMENTO ANDRADE MARY ROCHA CARNEIRO GARCIA-ZAPATA ROCHA CARNEIRO GAR-
ANDRADE1,1,1, EDJANE SOUSA ANDRADE ANDRADE2,1,1, JOSE- CIA-ZAPATA1,ADENÍCIACUSTÓDIASILVAESOUZACUSTÓDIASILVA
NALDA DE ALBUQUERQUE ROLIM ROLIM1,1,1, JOSÉ JONATHAS SOUZA2, JANAÍNA VALADARES GUIMARÃES VALADARES GUIMA-
ALBUQUERQUE DE ALMEIDA ALMEIDA1,1,1, KLEVIA FRANÇA LAN- RÃES2, SERGIANE BISINOTO ALVES BISINOTO ALVES2, MAYARA SIL-
DIM LANDIM1,1,1 VA RODRIGUES SILVA RODRIGUES2, POLLYANY JOSÉ DA GUARDA
1. FSM, FACULDADE SANTA MARIA JOSÉ DA GUARDA2, LEONARDO ROCHA-CARNEIRO GARCÍA-ZAPA-
2. FSM, FACULDADE SANTA MARIA TA ROCHA-CARNEIRO GARCÍA-ZAPATA3, MARCO TULIO ANTONIO
GARCIA-ZAPATA GARCIA-ZAPATA4
1. HC-UFG, Hospital das Clínicas - Universidade Federal de Goiás
P660 2. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem - Universidade Federal de
LAVAR OU NÃO LAVAR: O CONTROLE EM NOSSAS MÃOS! Goiás
CRISTIANE KARLA SILVA, FABIANE KARINA DIAS SILVA, GISIANNE 3. FM-UFG, Faculdade de Medicina-Universidade Federal de Goiás
TOZATTO WAKIMOTO, THAÍS DE SOUZA MACHRY 4. IPTSP-UFG, Instituto Patologia Tropical Saude Pública-Univ Fed
1. CASS P. D. LTDA., CASS PROCESSAMENTO DE DADOS LTDA. Goiás

P661 P666
A ADESÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM À HIGIENIZAÇÃO ANTIS- HIGIENIZAÇÃODASMÃOSPREVENINDODOENÇASTRANSMITIDAS
SÉPTICA DAS MÃOS EM UNIDADES DE PREPARO E ADMINISTRA- POR ALIMENTOS (DTAs)
ÇÃO DE MEDICAMENTOS EM SETORES DE URGÊNCIA E EMERGÊN- EVALDA OLIVEIRA SIMÕES LOPES, ANA TRIELLE DO NASCIMENTO
CIA DINIZ, FERNANDA DE BARROS PATRÍCIO, MARIA CANDIDA DIAS DE
KATIANE MARTINS MENDONÇA, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIP- FRANÇA CAVALCANTI, VANIA TEREZA DO NASCIMENTO DINIZ
PLE, MILCA SEVERINO PEREIRA, FABIANA RIBEIRO REZENDE 1. HGV, Hospital Getulio Vargas
1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FE-
DERAL DE GOIÁS
P667
IMPACTO DO INDICADOR DE ADESÃO Á HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
P662 NA SENSIBILIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE
A IMPORTÂNCIA DA ADESÃO À HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NA PRE- CLÁUDIA DE ALVARENGA DINIZ FONSECA¹, CÍNTHIA NEVES FONSE-
VENÇÃO E NO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR: UMA REVI- CA¹, ADRIANA SILVA LINO¹, RITA DE CÁSSIA VIEIRA GOMES¹, LETÍ-
SÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA CIA DE MELO MOTA¹
Silvana Maria Pereira, Bárbara Maranhão Calábria Cavalcante, De- 1. SCMC, HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS/ MG
niseCibelleRodriguesMarques,LílianBragadoNascimento,Vales-
ca Patriota Souza, Isabel Cristina Guerra Spavoc, Viviane de Araújo
Gouveia, Ellen Cristina Barbosa dos Santos P668
1. UFPE-CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO PROJETO MÃOS LIMPAS: CINCO ANOS DE ESTUDOS E TRABALHO
PARA UMA ASSISTÊNCIA MAIS SEGURA
RAFAELA TEIXEIRA MONTEIRO, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIP-
P663 PLE, GABRIELLA RIBEIRO DE PAULA, LANY FRANCIELY DA SILVA FI-
A PRÁTICA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM UMA UNIDADE DE GUEIREDO, THAÍS DE ARVELOS SALGADO, PRISCILLA SANTOS FER-
TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM GOIÁS REIRA, FABIANA RIBEIRO DE REZENDE, MAYARA REGINA PEREIRA,
Marissa Peu de Castro e Borges1, Valquiria Vicente da Cunha Bar- NÁDIA FERREIRA GONÇALVES RIBEIRO
bosa1, Suely Cunha Albernaz Sirico1, Mary Rocha Carneiro Garcia 1. FEN/UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM / UNIVERSIDADE FE-
Zapata1, Anaclara Ferreira Veiga Tipple2 DERAL DE GOIÁS
1. HC-UFG, Hospital das Clínicas
2. UFG, Universidade Federal de Goiás
P669
GRUPO DE HIGIENE DE MÃOS: EQUIPE MULTIPROFISSIONAL AUXI-
P664 LIANDO NA ADERÊNCIA A HIGIENE DE MÃOS
LAVAGEM BÁSICA DAS MÃOS NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO: RE- Andréia Nunes de Barros Pacheco, Fabiana Silva Vasques, Jane Sil-
VISÃO LITERÁRIA va de Oliveira, Thiago da Silva Mendes, Silza Tamar S. Andrade, Ro-
ALANE BARRETO DE ALMEIDA, DÉBORA LUIZA DA COSTA PEREIRA, drigo Augusto Menezes da Silva, Jose Roberto Camargo, Anderson

41
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Vieira de Almeida, Lourdes das Neves Miranda, Sandra de Oliveira P676
Guaré I COPA DE HIGIENE DE MÃOS DO HOSPITAL GERAL DE PIRAJUS-
1. HGP, Hospital Geral de Pirajussara SARA
FABIANA SILVA VASQUES, ANDREIA NUNES DE BARROS PACHECO,
JANESILVADEOLIVEIRA,THIAGODASILVAMENDES,CATIAELAINE
P670 A. DA SILVA, LOURDES DAS NEVES MIRANDA
INFLUÊNCIA DA SAZONALIDADE NA ADESÃO DOS PROFISIONAIS À 1. HGP, Hospital Geral de Pirajussara
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO
SUL DO BRASIL
RODRIGO PIRES DOS SANTOS, LORIANE RITA KONKEWICZ, FABIA- P677
NO MARCIO NAGEL, THIAGO COSTA LISBOA, NÁDIA MORA KUPLI- A PRÁTICA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CONTROLE DAS IN-
CH,MÁRCIAROSANEPIRES,JESSICADALLÉ,THALITASILVAJACOBY, FECÇÕES HOSPITALARES: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
SANDRA LUDWIG GASTAL, RENAN XAVIER Dharah Puck Cordeiro Ferreira, Alyne Noely Gouveia Vieira, Ana
1. HCPA, HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE Karina da Câmara Dantas, Maria Betânia Maciel da Silva, Tassyana
Pessoa Assis dos Santos
1. UnP, Universidade Potiguar
P671
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
ligia alencar madeira, amanda tamires ferreira araujo, arlene de-
P678
bora sampaio, marlene meneses de souza teixeira ADESÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM À PRÁTICA DA HI-
1. FALS, FACULDADE LEÃO SAMPAIO GIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM UNIDADE HOSPITALAR DE CUIDADOS
A PACIENTES PORTADORES DE DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS.
Mona Lisa Menezes Bruno1,2,3, Socorro Milena Rocha Vascon-
P672 celos 1,2, Andreia Farias Gomes1,2,5, Andreia Morais Fernandes
O PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS NO COTIDIANO DE UM Loiola1,2,4, Germana Perdigão Amaral1,2, Ana Paula Donadi1,2,6,
CENTRO CIRÚRGICO Rita Paiva Pereira Honório1,2
GABRIELLA RIBEIRO DE PAULA, REGIANE APARECIDA DOS SANTOS 1. HUWC , Hospital Universitário Walter Cantídio
SOARES BARRETO, LARISSA OLIVEIRA ROCHA, SERGIANE ALVES BI- 2. UFC, Universidade Federal do Ceará
SINOTO, ADENÍCIA CUSTÓDIA SILVA E SOUZA, MARIA ALVES BAR- 3. FATE, Faculdade Ateneu
BOSA, MARINÉSIA APARECIDA PRADO PALOS, MAYARA REGINA 4. UNIFOR, Universidade de Fortaleza
PEREIRA, THAIS DE ARVELOS SALGADO 5. UNICAMP, Universidade Estadual de Campinas
1. FEN/UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FE- 6. FEF, Fundação Educacional de Fernandópolis
DERAL DE GOIAS

P679
P673 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTEN-
SITUAÇÕES VIVENCIADAS PELA EQUIPE CIRÚRGICA ENVOLVENDO SIVA NEONATAL
O PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS E SUA RELAÇÃO COM A Cesar Helbel1,2, Shirley Teresinha de Vargas Cardoso2, Amanda
PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO Carina Cabral Coelho1, Celso Luiz Cardoso1
Gabriella Ribeiro de Paula, Regiane Aparecida dos Santos Soares 1. UEM, Universidade Estadual de Maringá
Barreto, Thaís de Arvelos Salgado, Mayara Regina Pereira 2. HUM, Hoapital Universitário de Maringá
1. FEN/UFG, Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal
de Goiás
P680
CONCEITOS SOBRE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM PROFISSIONAIS
P674 DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
AVALIAÇÃO DE ANTISSÉPTICOS À BASE DE ÁLCOOL QUANTO AO CesarHelbel2,1,HitonViziMartinez2,SilviaMariadosSantosSaal-
PODERDEHIDRATAÇÃOEMELHORIADAPELEDOSPROFISSIONAIS feld2,Mariluce PereiraCamargoLabegaline2,Celso Luiz Cardoso1,
DA SAÚDE Marcia Arias Wingeter2,1
LUCIANA REZENDE BARBOSA1, James Arbogast1 1. UEM, Universidade Estadual de Maringá
1. GOJO, GOJO AMÉRICA LATINA 2. HUM, Hospital Universitário de Maringá
2. GOJO, GOJO Industries, Inc.

P681
P675 PREPARO DO LEITO DA FERIDA PARA ENXERTIA: ESTUDO DE CASO
Adesão a Higienização das Mãos no Serviço de Endoscopia. Juliana Vidal Sartori, Marisa Spinelli, Cassia Brunini Norcia Zenera-
LARISSA GARMS THIMOTEO CAVASSIN, LUCIENE XAVIER SANTOS, to, Jaqueline Jesus Ferraz de Arruda, Ana Cristina Lobo Macedo de
RUBIA BOZZA, RENATA LOBO, VERA BORRASCA, MARIA BEATRIZ Almeida Bucci, Renata Luiz da Silva Barbosa, Neila Miranda Mar-
SOUZA DIAS tins Serafim, Ana Claudia Garcia, Daniele Cristina Zuza, Jane Ivers
1. HSL, HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS Braga
1. HUL, Hospital Unimed de Limeira

42
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P682 1. FEJAL/CESMAC, Faculdade de ciências biológicas e da Saúde/
IMPORTÂNCIADAAPLICAÇÃOADEQUADADATÉCNICAEMENFER- Centro Universit
MAGEM COMO PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR EM POR-
TADORES DE FERIDAS
Malú Micilly Porfírio Santos, Cora Coralina dos Santos Junqueira, P688
Maria Elizabete de Amorim Silva, Marília de Souza Leite Silva, Pa- A INDICAÇÃO DA SULFADIAZINA DE PRATA A 1% NO TRATAMENTO
trícia Simplício de Oliveira, Rebeca Silva Bezerra, Vanessa Lopes DE FERIDAS.
Maia Dativo, Cizone Maria Carneiro Acioly ANA CRISTINA RODRIGUES LUNA E SILVA, AUCILENE DE ALMEIDA
1. UFPB, Universidade Federal da Paraiba LUCENA FREIRE, JOELMA DA SILVA, TALYTA DAYANE GOMES MAR-
TINS, GRAZIELA BRITO NEVES ZBORALSKI HAMAD
1. PMCG, Prefeitura Municipal de Campina Grande
P683
REVISÃO DO PROTOCOLO DE USO DE COBERTURAS UTILIZADAS
EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO (HU) DO MUNICÍPIO DE CAMPI- P689
NAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA. CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS DE UM HOSPITAL PÚBLICO
Vanessa Arias, Mônica Costa Ricarte DO INTERIOR DE PERNAMBUCO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE COBER-
1. PUC-Campinas, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAM- TURAS ESPECIAIS NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE FERIDAS
PINAS Andréa Damasceno de Oliveira1, Ana Amélia Arnaud Martins1,
Maria Gorete Nascimento1,1,1, Paula Amorim2,1,1
1. HRA, Hospital Regional do Agreste
P684 2. ASCES, Faculdade ASCES
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO USO DE CURATIVO NÃO CON-
VENCIONAL EM QUEIMADURA: ESTUDO DE CASO
ALBERTINA MARTINS GONÇALVES1, JOSÉ DE ANCHIETA F. NETO2, P690
KARLA SIMONE DE BRITO BROCK1, MARIA ANARILDA NOGUEIRA A ENFERMAGEM E A UTILIZAÇÃO DE COBERTURAS EM FERIDAS:
DE LIMA3, VALKÊNIA ALVES SILVA1 UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
1. HDPF, HOSPITAL DISTRITAL DE PEDRAS DE FOGO-PB Débora Miria do Nascimento Macêdo Macêdo, Laís de Macêdo
2. CASM, Centro de Atenção a Saúde da Mulher Ferreira Santos Santos, Wilnika do Carmo Barros Barros, Débora
3. NUTRIVIDA, NUTRIVIDA/PETROBRAS SoledadedeOliveiraOliveira,IaraTIenedeLimaMeloMelo,Diego
Augusto Lopes Oliveira Oliveira
1. ASCES, Associação Caruaruense de Ensino Superior
P685
USO DE CURATIVO NÃO CONVENCIONAL EM ÚLCERAS VENOSAS:
RELATO DE EXPERIÊNCIA P691
ALBERTINA MARTINS GONÇALVES1, JOSÉ DE ANCHIETA F. NETO2, UTILIZAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS EM FERIDAS
KARLA SIMONE DE BRITO BROCK1, MARIA ANARILDA NOGUEIRA JONEIDE BEZERRA, GLAÚCIA ROCHA, JAINARA CUNHA, JARIONE
DE LIMA3, VALKÊNIA ALVES SILVA1 BARBALHO,KATIUSCIAREINALDO,TALIZYTHOMÁS,VIRGÍNIAGÓIS
1. HDPF, HOSPITAL DISTRITAL DE PEDRAS DE FOGO-PB 1. UNP, UNIVERSIDADE POTIGUAR
2. CASM, Centro de Atenção a Saúde da Mulher
3. NUTRIVIDA, NUTRIVIDA/PETROBRAS
4. HDPF, HOSPITAL DISTRITAL DE PEDRAS DE FOGO-PB P692
5. HDPF, HOSPITAL DISTRITAL DE PEDRAS DE FOGO-PB A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM ÚLCERAS
POR PRESSÃO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.
WESLLANY SOUSA SANTANA, KELLY DE SOUSA MACIEL, THALYTA
P686 PORTELA DE OLIVEIRA, MIRTES SOUSA SÁ, MARCELA PORTELA RE-
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA TOXICIDADE DE PELE INDUZIDA ZENDE RUFINO, MARIA HELENA BARROS ARAÚJO LUZ
PELA RADIOTERAPIA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS: UMA REVI- 1. UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI
SÃO INTEGRATIVA.
HÊNIA RAMALHO DE MELO RAMALHO, PATRICIA CRISTINA PASCO-
TO PASCOTO, SORAYA MARIA DE MEDEIROS MEDEIROS, BERTHA P693
CRUZENDERSENDERS,GLAUCEAMACIEL DEFARIASFARIAS,ALES- FASCITE NECROTIZANTE TRATADA EM UTI
SANDRA ISIS CIRNE CIRNE Luciana Medeiros Marinho Mendes Bezerra Martins, Elisabeth
1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE Santiago Dreyer, Roseângela Maria das Neves Silva
1. HMG, Hospital Memorial Guararapes
P687
LARVATERAPIA: TERAPÊUTICA DE BAIXO CUSTO NO TRATAMENTO P694
DE FERIDAS POLIHEXAMETILENO DE BIGUANIDA NA GANGRENADE FOURNIER
MICHELLE ALINE VICENTE DA SILVA, KARULYNE DA SILVA DIAS, – UMA EXPERIÊNCIA DE SUCESSO
SILVANIA DE SOUZA, EDJANE DA SILVA MENDONÇA, DORALICE DE Elisabeth Santiago Dreyer1, Givaldo de Araújo Silva2, Luciana Me-
MOREIRA SANTANA, LUANA KEYCE PEREIRA TAVARES, MICHELLE deiros Marinho Mendes Bezerra Martins3, Sandra Simone da Silva
CARDOSO DA SILVA, CARLA ADRIANA DA SILVA GOUVEIA Souza4

43
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
1. HOF, Hospital Otávio de Freitas RES,ANNALIVIADEMEDEIROSDANTAS,PATRICIACABRALFERREI-
2. HOF, Hospital Otávio de Freitas RA, KÁTIA REGINA BARROS RIBEIRO, KÉSSYA DANTAS DINIZ
3. HMG, Hospital Memorial Guararapes 1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
4. HMG, Hospital Memorial Guararapes

P701
P695 ATUAÇÃO DO PRÓPOLIS NA CICATRIZAÇÃO TECIDUAL DE FERIDAS
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DANIELE VIEIRA DANTAS, RODRIGO ASSIS NEVES DANTAS, ANA
ÚLCERA POR PRESSÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA – UTI ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇA, GILSON DE VASCONCELOS TOR-
Marcos Resende de Souza Lima, Gislaine Castro Araújo, Fabiola RES,ANNALIVIADEMEDEIROSDANTAS,PATRÍCIACABRALFERREI-
Moraes Carvalho, Maria Helena Barros Araújo Luz RA, ROSEMARY ALVARES MEDEIROS, KÉSSYA DANTAS DINIZ
1. HGV, Hospital Getulio Vargas 1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

P696 P702
IMPORTÂNCIA DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFER- CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E SOCIODEMOGRÁFICAS DE PACIEN-
MAGEMAPÓSDESBRIDAMENTOCIRÚRGICOEMÚLCERADEPRES- TES COM FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE ÚL-
SÃO EM PACIENTE IDOSO: ESTUDO DE CASO CERAS POR PRESSÃO INTERNADOS EM UM HOSPITAL ESCOLA DA
BRUNA MAYARA DANTAS DE MEDEIROS, EUZERLANE DOS SANTOS CIDADE DO RECIFE.
BATISTA, ELIANE DE SOUSA LEITE, LYNARA ALVES DE ASSIS SILVA, Marilia Perrelli Valença, Aracele T. de A. Cavalcanti, Élida Cícera da
FELIPE JOSÉ FERNANDES QUEIROZ PEREIRA, THAIRON JOSÉ MA- Silva, Monica do N. Ferreira de Sena
CHADO DE ARAUJO NÓBREGA 1. IMIP, Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira
1. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande

P703
P697 IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO
FRAÇÃO BIOATIVA DE PRÓPOLIS NA CICATRIZAÇÃO DE ÚLCERA DE DE PACIENTES COM MEDIASTINITE: UMA SÉRIE DE CASOS.
PRESSÃO Marília Perrelli Valença, Aracele Tenório de Almeida Cavalcanti,
Zenaldo Porfírio1,2,3, Valter Alvino2,3, Maria Amália4, Suzana Millena Raphaella Pinheiro, Paula Batista Almeida, Vanessa Karla
Kelly1, Flávia Karene1, Flávia Soares3 de Andrade Silva
1. UNCISAL, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Ala- 1. PROCAPE-UPE, Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco-
goas UPE
2. UFAL, Universidade Federal de Alagoas
3. CPML, 2. Centro de Patologia e Medicina Laboratorial
4. HPMAL, Hospital da Polícia Militar de Alagoas P704
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) FREN-
TE AO USUÁRIO ACOMETIDO POR ERISIPELA: RELATO DE CASO
P698 Aracele Tenório de Almeida Cavalcanti, Marília Perrelli Valença,
FASCEITENECROTIZANTE:COMPLEXIDADEEDESAFIONOMANEJO Raul Amaral Araújo, Natália Benedito Oliveira, Poliana Cabral de
(RELATO DE CASO) Barros Silva
EVALDAOLIVEIRASIMÕESLOPES,VANIATERESADONASCIMENTO 1.PROCAPE-UPE,ProntosocorrocardiológicodePernambuco-UPE
DINIZ, ANA TRIELLE NASCIMENTO DINIZ
1. HGV, Hospital Getulio Vargas
P705
INFESTAÇÃO DE TRAQUEOSTOMA POR MIÍASE
P699 Rhycktielle Gladysman Ferrrer Carneiro, Nathalia Raposo Thomp-
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA son, Thales Grôppo Felippe, Raphael Pietsch França Fontes, André
PORTADORA DE FERIDA CIRÚRGICA INFECTADA Ricardo Acacio Veloso, Barbara de Queiroz Gadelha, Barbara Pro-
LÍLIAN FIGUEIRÔA DE ASSIS, KARLA GRAZIELA SALDANHA CA- ença do Nascimento, Marina de Oliveira Hoerlle, Valeria Magalha-
VALCANTE, LARISSA ROLIM DE OLIVEIRA, JOYCIMARA DOS SAN- es Aguiar Coelho, Claúdia Soares Santos Lessa
TOS QUEIROGA, PRISCILA DAYANNE DOS SANTOS ARAÚJO, KALLY- 1. Unirio, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
NE RUBYAN DE OLIVEIRA QUEIROGA, ARIELLE WIGNNA BRASIL
ABRANTES, JUSSARA HERCULANO RAMALHO, MARIA MÔNICA
PAULINO DO NASCIMENTO P706
1. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE A IMPLANTAÇÃO DA COMISSÃO DE CURATIVO COMO ESTRATÉGIA
NO CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS A ASSISTENCIA A
SAUDE E NA SEGURANÇA DO PACIENTE
P700 Ricardo Faria Cordeiro, Katia Pereira Claudio, Jonas Leite Jr, Fabia-
UTILIZAÇÃO DE PROTOCOLOS NA ASSISTÊNCIA A PORTADORES DE na Euzebio Gonçalves Mello
ÚLCERAS VENOSAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA 1. HSJ, Hospital São José - Teresópolis
DANIELE VIEIRA DANTAS, RODRIGO ASSIS NEVES DANTAS, ANA
ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇA, GILSON DE VASCONCELOS TOR-

44
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P707 TERAPIA INTENSIVA.
ÚLCERAS DE PRESSÃO UM CUIDADO DA ASSISTÊNCIA MULTIPRO- Aurora Karla de Lacerda Vidal, Claudia Fernanda de Lacerda Vidal,
FISSIONAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA Dahra Teles Soares Cruz, Larissa Ventura Ribeiro, Maria Gabriela
Avanilde Paes Miranda Pessoa de Melo Pereira, Nathália Valois Montarroyos de Moraes
1. UPE, Programa Mestrado em Hebiatria da Universidade de Per- 1. UPE, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
nambuco

P714
P708 DOENÇAS BUCAIS E SUA RELAÇÃO COM DOENÇAS SISTÊMICAS
TRABALHADORES DE SAÚDE COLONIZADOS POR Staphylococcus AuroraKarladeLacerdaVidal,CamilaAndurandy,LARISSAVENTU-
aureus RESISTENTE À METICILINA: REVISÃO INTEGRATIVA RA RIBEIRO, Raíza Cardoso Pimentel, Renata Albino Barros, Sthe-
DAYANE DE MELO COSTA, MARINÉSIA APARECIDA PRADO-PALOS, fannie T.S. Marques
LARISSA OLIVEIRA ROCHA-VILEFORT 1. UPE, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
1. FEN/UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FE-
DERAL DE GOIÁS
P715
A ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITA-
P709 LAR SOB A ÓTICA DE UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
A RELEVÂNCIA DA INSERÇÃO DE ESTUDANTES NA CCIH: O OLHAR ANDREA MONASTIER COSTA PATRICIA SOUZA, MARIA SALETE DA
DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM E MEDICINA SILVA BOZZA
Diana Karla Muniz Vasconcelos, Patricia Batista Rosa, Izabelly Li- 1. UNIPAR, UNIVERSIDADE PARANAENSE
nhares Ponte, Fabio Frota Vasconcelos, Carla Nayane Medeiros de
Melo, Eduardo Parente Viana
1. SCMS, Santa Casa de Misericórdia de Sobral P716
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO: AVALIAÇÃO DE PROCESSOS.
TELMA APARECIDA DE CAMARGO1, LUCIANA BARIA PERDIZ2
P710 1. HMB, MISERICORDIA BOTUCATUENSE
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA CO-INFECÇÃO TUBERCULOSE/ 2. UNIFESP, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
HIV NO BRASIL
FRANCISCO ROGERLÂNDIO MARTINS DE MELO1, MAURICÉLIA DA
SILVEIRA LIMA2, JORG HEUKELBACH1, MICHELLINE SOEIRO DE P717
OLIVEIRA2, MICHELLE SOEIRO DE OLIVEIRA2 SEPSE HOSPITALAR E COLONIZAÇÃO INTESTINAL EM NEONATOS
1. UFC, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEMUITO BAIXO PESOEMUSO DENUTRIÇÃOPARENTERALTOTAL
2. FAMETRO, FACULDADE METROPOLITANA DA GRANDE FORTA- E CATETER VENOSO CENTRAL
LEZA Priscila Castro Cordeiro Fernandes, Daiane Silva Resende, Rafae-
la Sodré Marques, Nayara Gonçalves Barbosa, Daniles Nunes Va-
ladão, Cristiane Silveira de Brito, Vânia Olivetti Steffen Abdallah,
P711 Paulo Pinto Gontijo Filho, Denise von Dolinger de Brito
ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DE ENFERMAGEM SOBRE O 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia
CONTROLE E PREVENÇÃO DE INFECÇÕES HOSPITALARES DE 2000
A 2008
Márcia Valéria Rosa Lima P718
1. UFF, Universidade Federal Fluminense INFECÇÃODECORRENTESANGUÍNEAASSOCIADAERELACIONADA
A CATETER VENOSO CENTRAL EM NEONATOS CRÍTICOS
DaianeSilvaResende,JaquelineMoreiradoÓ,DenisevonDolinger
P712 de Brito, Vânia Olivetti Steffen Abdallah, Paulo Pinto Gontijo Filho
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO AQUO- 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia
SO DE Syzygium malaccense (L.) MERR. & L. M. PERRY FRENTE A
BACTÉRIAS DO GÊNERO Clostridium
GUSTAVO RAFAEL SILVA DE LIRA1,2, CAROLINA DE ALBUQUERQUE P719
WANDERLEY1,2, ANNA CAROLINA SOARES ALMEIDA1, BEATHRIZ PERFIL DOS PACIENTES INTERNADOS NUM HOSPITAL PEDIÁTRICO
GODOY VILELA BARBOSA1, ÉRIKA ROBERTA SILVA ARAÚJO2, RENÉ NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE - PERNAMBUCO.
RODRIGUES MELO2, EULÁLIA CAMPELO PESSOA DE AZEVEDO XI- REBEKA ALVES CARIBÉ, GEANE RODRIGUES CHAVES, FABIANE DE
MENES2 LIMA, ADELMA DE SOUZA FRANCO
1. ICB/UPE, INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS/ UNIVERSIDADE 1. HPMCG, Hospital Pediátrico Maria Cravo Gama
DE PERNAMBUCO
2. UFPE, DPTO DE ANTIBIÓTICOS-UNIVERSIDADE FEDERAL DE PER-
NAMBUCO P720
BIOFILME DENTÁRIO: ESTRUTURA MICROBIOLÓGICA ASSOCIADA
ÀS INFECÇÕES
P713 Janaína Da Silva, Denise De Andrade, Annecy Tojeiro Giordani
CUIDADOS BUCAIS EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE 1. EERP-USP, Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto

45
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P721 Hermerson Nathanael Lopes de Almeida, Kennia Sibelly Marques
INFECÇÃO PUERPERAL:UM ESTUDO DOS FATORES DE RISCO de Abrantes, Magaly Suênya de Almeida Pinto, Geofabio Sucupira
EDJANE DE SOUSA ANDRADE, JULIANA DIAS FERREIRA SILVA, JO- Casimiro, Mariana Queiroga Barbosa, Lilian Figueirôa de Assis
SENALDA DE ALBUQUERQUE ROLIM, JOSE JONATHAS ALMEIDA DE 1. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande
ALBUQUERQUE, NEFERTITI PEREIRA LEITE
1. FSM, FACULDADE SANTA MARIA
P728
MICROBIOTA DE OROFARINGE: PAPEL DA SALIVA E BIOFILME NA
P722 FISIOPATOGENIA DA VAP (PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILA-
A PERCEPÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM E MEDICINA ÇÃO)
ACERCA DA EXISTÊNCIA E ATUAÇÃO DAS COMISSÕES DE CONTRO- Dahra Teles Soares Cruz, Stefanny Torres Marques, Adrienny Nu-
LE DE INFECÇÃO HOSPITALAR nes da Silva Tavares, Camila Andurandy, Raíza Cardoso Pimentel,
Izabelly Linhares Ponte Brito, Diana Karla Muniz Vasconcelos, Pa- Aurora Karla de Lacerda Vidal
triciaBatistaRosa,JoséMachadoLinhares,CarlaNayaneMedeiros 1. UPE, Universidade de Pernambuco
de Melo, Eduardo Parente Viana
1. SCMS, Santa Casa de Misericórdia de Sobral

P723 P729
COMPORTAMENTO DA ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA HEPATO- O PROCESSO DO CUIDAR EM ENFERMAGEM NA INFECÇÃO HOS-
ESPLÊNICA EM UM MUNICÍPIO DO LITORAL SUL DO ESTADO DE PITALAR
PERNAMBUCO Maria Elizabete de Amorim Silva, Cora Coralina dos Santos Jun-
PAULA ELIZABETH CELERINO SILVA SILVA1, PAULA CAROLINA VA- queira, Malu Micilly Porfírio Santos, Marília de Souza Leite Silva,
LENÇA SILVA SILVA1, ANA LÚCIA COUTINHO DOMINGUES DOMIN- Patrícia Simplício de Oliveira, Rebeca Silva Bezerra, Vanessa Lopes
GUES2 Maia Dativo, Cizone Maria Carneiro Acioly
1. UFPE/CAV, Universidade Federal de Pernambuco 1. UFPB, Universidade Federal da Paraíba
2. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco

P730
P724 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PA-
INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS E IMPLICAÇÕES NA EVOLUÇÃO DA CIENTE SUBMETIDA A TRATAMENTO DE DIABETES MELLITUS
NEUROTOXOPLASMOSE ASSOCIADA À SÍNDROME DA IMUNODE- LARISSA ROLIM DE OLIVEIRA, LÍLIAN FIGUEIRÔA DE ASSIS, PRISCI-
FICIÊNCIA ADQUIRIDA. LA DAYANNE DOS SANTOS ARAÚJO, MARIA MÔNICA PAULINO DO
Paula Elizabeth Celerino Silva SILVA, Maria da Conceição Cavalcan- NASCIMENTO, ARIELLE WIGNNA BRASIL ABRANTES, JOYCIMARA
te de Lira LIRA, Gilvanildo Roberto da Silva SILVA, Hákilla Pricyla DOS SANTOS QUEIROGA, KALLYNE RUBYAN DE OLIVEIRA QUEIRO-
de Jesus Souza SOUZA, Larissa Riane de Aguiar Barbosa BARBOSA, GA, JUSSARA HERCULANO RAMALHO, KARLA GRAZIELA SALDA-
Roberto dos Santos Siqueira SIQUEIRA NHA CAVALCANTE
1. UFPE/CAV, Universidade Federal de Pernambuco- UFPE/CAV 1. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

P725 P731
AvaliaçãodoEstresseemPacientesInfectadosporMycobacterium ANÁLISE DA ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE NO CON-
massiliense TROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR: UMA REVISÃO DA LITERATURA
JEANMARCELLEMES1,CRISTIANEGANZERT1,CLÁUDIALÚCIAME- DANIELLE DE PAULA MAGALHAES, HENRY PABLO LOPES CAMPOS
NEGATTI2 REIS, MARIA LIANA DE MAGALHAES NASCIMENTO, SAULO RODRI-
1. HCV - PR, HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA BRASILEIRA FLIAL DO GO LUCAS RIBEIRO, JOEL BEZERRA VIEIRA, LARISSA MENEZES LEI-
PARANÁ TE, JULIO CESAR PASCOAL SILVA
2. UP, Universidade Positivo 1. UNIMED FORTALEZA, UNIMED FORTALEZA

P726 P732
CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE PACIENTES SUBMETIDOS Diagnóstico Situacional das Comissões de Controle de Infecção
À CATETERIZAÇÃO VESICAL DE DEMORA NO SETOR DE UNIDADE Hospitalar de Fortaleza - Ceará
DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) Lia Fernandes Alves de Lima1,2, Ana Paula Rodrigues Costa1,2,
Hermerson Nathanael Lopes de Almeida, Kennia Sibelly Marques Manuel Dias da Fonsêca Neto1,2, Maria de Lourdes Alves Viei-
de Abrantes, Magaly Suênya de Almeida Pinto, Geofabio Sucupira ra1,2, Luciene Alice da Silva1,2
Casimiro, Mariana Queriroga Barbosa, Lilian Figueirôa de Assis 1.CECISS/CE,ComitêEstadualdeControledeInfecçãoemServiços
1. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande de Saúde
2. SESA/CE, Secretaria de Saúde do Estado do Ceará

P727
PROCESSO CIRÚRGICO: CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA EM P733
HOSPITAL NO ALTO SERTÃO PARAIBANO GESTÃO FARMACOTERAPÊUTICA DE ANTIMICROBIANOS (ATM): A

46
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
IMPORTÂNCIA DE INDICADORES DE ANÁLISE DE CUSTOS EM UMA P736
OPERADORA DE PLANOS DE SAÚDE INTERVENÇÃO MULTIPROFISSIONAL NA PREVENÇÃO E CONTRO-
MARIA LIANA DE MAGALHAES NASCIMENTO, HENRY PABLO LO- LE DAS INFECÇOES RELACIONADAS Á ASSISTENCIA A SAÚDE: UM
PES CAMPOS REIS, SAULO RODRIGO LUCAS RIBEIRO, JULIO CESAR TRABALHOEDUCATIVOCOMACOMPANHANTESEMUMHOSPITAL
PASCOAL SILVA, JOEL BEZERRA VIEIRA, DANIELLE DE PAULA MA- UNIVERSITÁRIO DE FORTALEZA/CE
GALHAES, LARISSA MENEZES LEITE, CRISTIANE FREITAS ARAUJO, Marta Maria Costa Freitas, Edilene Maria Vasconcelos Ribeiro,
FRANCISCO GLAUBER GOMES ASSUNÇAO, ROMULO CESAR MOU- Emanuela Lima Bezerra, Mykaella Cristina Antunes Nunes, Neiva
RA SA Francenely Cunha Vieira, Patricia Neyva da Costa Pinheiro
1. UNIMED FORTALEZA, UNIMED FORTALEZA 1. HUWC, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTIDIO

P734 P737
AVALIAÇÃO DO PAPEL DA APOPTOSE NAS DIFERENTES FORMAS O PERFIL EPIDEMIOLÓGIOCO E O IMPACTO FINANCEIRO DE UMA
CLÍNICAS DA DOENÇA DE CHAGAS INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA ASSOCIADA A CATETER VE-
ANA THEREZA CHAVES1, RODRIGO CORREA OLIVEIRA1, MANOEL NOSO CENTRAL (ISC/CVC)
OTÁVIOROCHA2,ANDREATEIXEIRACARVALHO1,FERNANDAFOR- ARIANNY DE MACEDO BRONDANI, ALAIN MARCIO LUY, CYNTHIA
TES DE ARAUJO1, JACQUELINE ARAUJO FIUZA1, RAFAELLE CHRIS- MARIA GOMES SALVADOR, RUCIELI MARIA MOREIRA TONIOLO,
TINE GOMES FARES1, GIOVANE RODRIGO DE SOUSA1,2, ELAINE MARCELO AMORIN
MARIADESOUZAFAGUNDES2,JULIANADEASSISSILVAGOMES1,2 1. HVCT, HOSPITAL VITA CURITIBA - CURITIBA/ PARANÁ
1. FIOCRUZ, 1Centro de Pesquisas René Rachou, FIOCRUZ
2. UFMG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
P738
A IMPORTANCIA HISTÓRICA DA INFECÇÃO HOSPITALAR: DESAFIOS
P735 PARA O FUTURO
A DISSEMINAÇÃO DA CULTURA DE SEGURANÇA NO HOSPITAL GE- LucianaElemPereiradeQueiroz,FernandaSantosRodriguesAraú-
RAL DE ITAPECERICA DA SERRA jo, Renata da Costa Santos, Suelem do Rozario
ADRIANA PIRES DOS SANTOS, ALINE FERREIRA DE MELO, CRISTIA- 1. UFF, Universidade Federal Fluminense
NE NICOLETTI, EVELIN AMARAL RAMOS, FABIANA SIROMA, ICA-
RO BOSZCZOWSKI, NAJARA MARIA PROCÓPIO ANDRADE, RENATA
BOSSATTO DE BARROS
1. HGIS, HOSPITAL GERAL DE ITAPECERICA DA SERRA

47
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
48
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
MELHORES
TRABALHOS

49
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
SO-01 (O03) SO-01 (O04)
OCORRÊNCIA DE MICOBACTÉRIAS DE CRESCIMENTO RÁPIDO NO FATORES DE RISCO E EVOLUÇÃO CLÍNICA DE PACIENTES COM
SERVIÇO DE BRONCOSCOPIA EM UM HOSPITAL DE ENSINO PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA POR Kleb-
siella pneumoniae PRODUTORA DE ESBL EM UM HOSPITAL UNI-
Autor(es): ANDRÉACECÍLIA RODRIGUESMESTRINARI*1,ANAPAU- VERSITÁRIO MINEIRO
LA FERNANDES PAVARIN1, PAULO EDUARDO BLAZ TROMBIM1,
MARIA GABRIELA DE LUCCA OLIVEIRA1, HELOISA DA SILVEIRA Autor(es): Ana Paula Amâncio Moreira, Raquel Cristina Cavalcanti
PARO PEDRO2, ERICA CHIMARA3, MARIA IZABEL FERREIRA PE- Dantas, Munick Paula Guimarães, Paulo Pinto Gontijo Filho
REIRA3, PATRICIA DE LUCAS RODRIGUES4, FERNANDA CRISTINA Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia
SIMEÃO DOS SANTOS3, LUCIANA SOUZA JORGE1
Resumo:
Instituição(ões): Introdução- A emergência de infecções hospitalares graves como
1. FUNFARME, HOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) por amostras
2. IAL, INSTITUTO ADOLFO LUTZ de Klebsiella pneumoniae (KP) produtoras de β-lactamase de es-
3. IAL, INSTITUTO ADOLFO LUTZ pectro estendido (ESBL) tem implicações terapêuticas importan-
4. GVE XXIX, GRUPO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA XXIX tes, particularmente no país, em função da possibilidade de te-
rapêutica empírica inadequada e das poucas opções terapêuticas
Resumo: disponíveis. Objetivos- Identificar fatores de risco e a evolução clí-
Introdução: Relatos mundiais apontam para o aumento da inci- nica de PAVs por amostras de KP do fenótipo ESBL vs as causadas
dência das micobactérias de crescimento rápido (MCR) e aproxi- por amostras susceptíveis. Métodos- Foi realizado um estudo caso
madamente um terço destas associa-se a doenças em humanos, (pacientes com amostras ESBL+) vs controle (pacientes com amos-
apesar da sua patogenicidade ser variável, o que pode acarretar tras ESBL-). O hospital de clínicas da UFU oferece nível terciário de
no acometimento pulmonar e extrapulmonar. Ultimamente, o atendimento,UTIdeadultosémistacom15leitos.Nototal,foram
Brasil evidenciou surtos pós-procedimentos invasivos, tais como incluídos 29 pacientes com PAV, diagnosticados com critérios clíni-
broncoscopias, videolaparoscopias e cirurgias plásticas. Objetivos: cos, radiológicos e microbiológicos através de cultura quantitativa
O estudo avaliou a ocorrência de MCR no lavado broncoalveolar de aspirado endotraqueal (³ 106 UFC/ml), no segundo semestre
(LBA) de pacientes submetidos à broncoscopia e analisou os pro- de 2009. As amostras foram identificadas por testes clássicos, o
cedimentosdelimpezaedesinfecçãodosbroncoscópios,aredede antibiograma e o teste fenotípico de ESBL realizados através do
abastecimentodeáguaeasreprocessadorasautomáticasnoSetor sistema automatizado Vitek 2.Uma ficha individual foi preenchida
de Broncoscopia. Métodos: O estudo foi realizado pela Comissão com as características demográficas, fatores de risco e evolução
de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) no Setor de Broncosco- dos pacientes. A análise estatística realizada pelos testes de X2
pia e no Laboratório de Microbiologia deste hospital que abran- e exato de Fisher. Resultados- No total, foram diagnosticadas 29
ge 709 leitos e realiza, em média, 50 broncoscopias/mês. Quinze PAVs por representantes da família Enterobacteriaceae, com pre-
amostras da água proveniente da rede e das reprocessadoras e domínio de KP (82,75%), com 66,66% de amostras caracterizadas
473 de LBA foram avaliadas de janeiro de 2009 a janeiro de 2010 como do fenótipo ESBL. A maioria das PAVs (79,31%) foi adquiri-
e, após a confirmação dos bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR), da na UTI com tempo de internação hospitalar de 10 dias extras
as colônias foram repicadas em meio de cultura de Lowenstein- quando comparados aos controles. Entretanto, o único fator de
Jensen por, ao menos, seis semanas. Então as espécies foram risco p≤0,05 associado com os casos foi a presença de nefropatia,
enviadas ao Instituto Adolfo Lutz para sua identificação pelo mé- apesar de valores elevados no OR para gênero feminino (7,20), in-
todo de PRA-hsp65. Resultados: Das amostras de LBA, 29 (6,1%) ternação por indicação clínica (4,27) e Doença Pulmonar Obstru-
mostraram e três contaminantes. Das amostras da água, cinco tiva Crônica (7,00). A terapia antibiótica empírica inadequada foi
(33,3%) evidenciaram M. abscessus/M. massiliense/M. Bolletii, expressiva, tanto em relação as cefalosporinas de amplo espectro
uma (6,7%) Mycobacterium cosmecticium e uma (6,7%) M. cos- (81,25% nos casos) quanto carbapenêmicos (69,63% nos contro-
mecticium/Mycobacterium canariaciasense. Notificou-se a vigi- les).Afreqüênciademortalidadehospitalarfoialta(~42%),porém
lância epidemiológica. A limpeza dos aparelhos era realizada com semelhante nos 2 grupos. Conclusões- A maioria das PAVs por KP
sabão enzimático e a desinfecção de alto nível com glutaraldeído. foipelofenótipoESBL,empacientesnefropatas,comumamortali-
Padronizou-se então a desinfecção com ácido peracético, segundo dade expressiva, mais sem diferença entre os grupos. A prescrição
as orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e foi incorreta de antibióticos potentes como cefalosporinas e carbape-
realizado desvio hidráulico no setor, anulando-se as porções que nêmicos foi superior a 75% quando da consideração de todos os
apresentavam possível biofilme pelas MCR. Após 30 dias às inter- pacientes. Apoio financeiro FAPEMIG.
venções, 36 amostras do LBA e cinco da água foram analisadas,
sem identificação das MCR. Conclusão: As espécies de MCR foram Palavras-chaves: ESBL, Klebsiella penumoniae, Pneumonia, Venti-
identificadas nas amostras clínicas e da água, sugerindo contami- lação Mecânica
nação via procedimento. Cabe à CCIH conhecer e definir os crité-
rios de limpeza e desinfecção de alto nível para endoscópios e a
rededeabastecimentodeágua,alémdenotificaraocorrênciadas
MCR e monitorar os casos suspeitos. SO-01 (O05)
IMPACTO DE UM PACOTE DE MEDIDAS NA REDUÇÃO DE INFEC-
Palavras-chaves: ÁGUA, BRONCOSCOPIA, DESINFECÇÃO DE ALTO ÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA ASSOCIADAS À CATETER VENO-
NÍVEL, MICOBACTERIA DE CRESCIMENTO RÁPIDO SO CENTRAL EM NEONATOS INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁ-
RIO BRASILEIRO

50
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Autor(es): Daiane Silva Resende, Jaqueline Moreira do Ó, Denise com taxas mais elevadas de morbidade e mortalidade. Objetivos:
von Dolinger de Brito, Vânia Olivetti Steffen Abdallah, Paulo Pinto Determinar a etiologia e os fatores de risco associados a infecção
Gontijo Filho de corrente sanguínea por BGN MR, bem como identificar os fa-
tores prognósticos. Metodologia: Os pacientes com infecções de
Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia correntesanguíneaporBGNMR,diagnosticadasporcritériosclíni-
cos e hemoculturas realizadas no laboratório de microbiologia do
Resumo: Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, entre
INTRODUÇÃO: As infecções de corrente sanguínea associadas ao maio e novembro de 2009, foram incluídos na investigação. Os
cateter (ICS-AC) são freqüentes, muitas vezes fatais e de custos dados demográficos e clínicos foram coletados retrospectivamen-
elevados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), par- te nos prontuários. Para cada paciente foi considerado o primei-
ticularmente no grupo de neonatos de baixo peso em países em ro episódio de bacteremia e bactéria multiresistente foi definida
desenvolvimento como o Brasil. OBJETIVO: O objetivo do nosso pela resistência a 3 ou mais classes diferentes de antibióticos. A
estudo foi avaliar o impacto de um pacote de medidas de pre- regressão logística foi utilizada para identificar os fatores de risco
venção e controle de ICS-AC em neonatos críticos, incluindo os independentes. Resultados: Foram identificados 79 pacientes com
de baixo peso, em uma UTIN nível III do Hospital de Clínicas da bacteremia por BGN, 62% de origem primaria. Entre as amostras
Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). MÉTODOS: Foram recuperadas de sangue 35,0% foram multiresistentes. Na análise
inclusos no estudo apenas os neonatos submetidos ao uso do Ca- univariada, os fatores de risco significantemente associados com
teter venoso Central (CVC). A vigilância foi realizada pelo sistema os casos/episódios de bacteremia incluíram: cirurgia prévia, uso
“National Healthcare Safety Network” (NHSN) para busca de ICS- demais dedois procedimentos invasivos, presença detraqueosto-
AC nos períodos de agosto/2008 a setembro/2009. Os microrga- mia, uso prévio de antimicrobianos, com destaque para fluorqui-
nismos isolados de sangue foram recuperados no laboratório de nolonas. Na análise multivariada o uso prévio de fluorquinolonas
microbiologia do UC-UFU. No período de março e abril de 2009, e cirurgia prévia foram identificados como fatores de risco inde-
foi realizada uma intervenção na Unidade, baseada em um paco- pendentes. No grupo caso predominou BGN não fermentadores
te de medidas incluindo cinco procedimentos: higiene das mãos, (55,6%), com destaque para P.aeruginosa (53,3%) resistente a car-
precauçõescombarreiraduranteainserçãodoCVC,anti-sepsiada bapenêmicos (87,5%), enquanto entre os controles, os membros
pele com clorexidina, evitar o sítio femural e remoção precoce de dafamíliaEnterobacteriaceaeforammaisfreqüentes(65,4%),pre-
CVC quando desnecessário. As taxas de ICS-AC obtidas no período dominandoE.coli(28,6%)eS.marcescens(26,0%),estescomfenó-
pré-intervenção (grupo 1) e após o início da intervenção (grupo tipo de resistência a cefalosporinas de amplo expectro de 11,1% e
2), foram comparadas pela análise univariada, utilizando os testes 22,2%,respectivamente.Amortalidadehospitalarfoimaisaltaen-
de qui-quadrado, exato de Fisher para analisar as variáveis com tre os casos (48,1%) com os seguintes fatores prognósticos: idade
o n menor ou igual a 5 e o teste de Mann-Whitney quando apro- maior que 60 anos e bacteremia causada por BGN MR. Conclusão:
priado. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa As bacteremias por BGN MR foram mais frequentemente associa-
da UFU. RESULTADOS: No total, foram avaliados 251 neonatos em das com pacientes cirúrgicos e com uso prévio de fluorquinolonas.
uso de cateter. As taxas de sepse neonatal de natureza hospita- A sepse por estes microrganismos foi fator de risco para mortali-
lar, no período pré-intervenção foram de 32,0% e 24,1 por 1000 dade hospitalar.
CVC-dias, reduzidas para 19,6% e 14,9 por 1000 CVC-dias no perí-
odo pós intervenção (P=0,04). O agente etiológico mais freqüente Palavras-chaves: Bacilos Gram Negativos, Corrente Sanguinea, Fa-
destas infecções foi o Staphylococcus coagulase negativa (45,8%), tores de Risco, Mortalidade, Multiresistentes
representado predominantemente pelo S. epidermidis (90,9%).
CONCLUSÃO: O pacote de medidas de controle e prevenção de
ICS-AC, baseado em poucos procedimentos, foi efetivo numa re-
dução significante destas infecções. Agradecimento ao Apoio Fi- SO-01 (O07)
nanceiro FAPEMIG PNEUMONIASASSOCIADASAVENTILAÇÃOMECÂNICAPORPseu-
domonas aeruginosa PRODUTORA DE METALO-β-LACTAMASES:
Palavras-chaves:pacotedemedidas,infecçõesdecorrentesanguí- ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E MOLECULARES
nea, cateter venoso central, neonatos
Autor(es): Dayane Otero Rodrigues, Raquel Cristina Cavalcanti
Dantas, Katia Regina Neto dos Santos, Paulo Pinto Gontijo Filho

SO-01 (O06) Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia


FATORES DE RISCO E MORTALIDADE EM PACIENTES COM INFEC-
ÇÃO DE CORRENTE SANGUINEA POR BACILOS GRAM NEGATIVOS Resumo:
MULTIRESISTENTES Introdução: A incidência de infecções hospitalares causadas por
Pseudomonas aeruginosa multiresistente produtora de metalo-β-
Autor(es): Raquel Cristina Cavalcanti Dantas, Ana Paula Amâncio lactamase é crescente na América do Sul, especialmente em pa-
Moreira, Melina Lorraine Ferreira, Paulo Pinto Gontijo Filho, Rosi- cientescríticos.Objetivos:DeterminaraincidênciadeP.aeruginosa
neide Marques Ribas produtora de metalo-β-lactamase (MBL) em pacientes com pneu-
monia associada a ventilação mecânica (PAV) internados na Uni-
Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia dade de Terapia Intensiva (UTI) de adultos do Hospital de Clínicas
da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), caracterizando
Resumo: aspectos epidemiológicos e moleculares das amostras. Métodos:
Introdução: Infecções de corrente sanguínea causadas por Baci- Foi realizado um estudo de coorte incluindo 93 pacientes com PAV
los Gram-Negativos Multiresistentes (BGN MR) estão associadas por P.aeruginosa no período de janeiro/2004 a novembro/2006.

51
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Foram realizadas coletas de secreção de orofaringe nas primei- hospitalar envolvida. RESULTADOS: Em julho a taxa de I.CVC era
ras 48 horas de internação, após quatro dias, e a seguir semanal- de 18,75% evoluindo em agosto para 31,25% e setembro, 35,3%.
mente, e de aspirado endotraqueal quando de suspeita clínica de As taxas de ICS tiveram a seguinte evolução: julho com 18,75%
pneumonia. Uma ficha individual foi preenchida com as carac- ;agosto, 12,5% e setembro, 29,4%. Frente a esses dados o SCIH
terísticas demográficas, fatores de risco e evolução do paciente. padronizou a intervenções descritas. Os treinamentos realizados
A identificação bacteriana foi realizada por testes clássicos, com atingiram 95% dos colaboradores da UTI Geral,(setor onde houve
detecção fenotípica (teste de sinergismo de duplo disco) e ge- o maior número das infecções referidas) e todos os enfermeiros
notípica da produção de MBL e análise da diversidade genômica das outras unidades de internação. Além disso, o SCIH começou a
das amostras pela técnica do “Pulsed Field Gel Electrophoresis” supervisionarperiodicamenteatrocaepermanênciadoscurativos
(PFGE). A análise estatística foi realizada pelos testes X², exato deacessoscentraisprincipalmentenaUTIGeral.Asmedidasforam
de Fisher e regressão logística. Resultados: No total, 40 (43,0%) implantadas na metade do mês de outubro de 2009, sendo que,
pacientes tiveram PAV por P.aeruginosa produtora de metalo-β- neste mês o índice de I.CVC foi de 27,8% e de ICS 11,1%. Já em no-
lactamase (PA-MBL) e 53 (57,0%) PAV por não-PA-MBL. A resistên- vembro com as medidas implantadas em todas as unidades a taxa
cia aos agentes β-lactâmicos, assim como aos demais antibióticos de I.CVC foi de 15,4% e dezembro de 11,1%. A ICS acompanhou a
foi significantemente maior entre as amostras de PA-MBL. O gene decrescente ficando 7,7% em novembro, e, 5,5% em dezembro.
blaSPM-1 foi detectado pela Reação em Cadeia pela Polimerase CONCLUSÃO: Com associação de intervenções junto a equipe pro-
(PCR) em apenas três (18,8%) das 16 amostras do fenótipo MBL fissional, com a padronização do curativo estéril transparente, da
testadas. A epidemiologia molecular revelou a ocorrência de uma Clorexidina a 2%, treinamentos da equipe profissional com super-
policlonalidade (16 genótipos em 20 amostras), com evidência de visão de rotina do SCIH foi possível diminuir significativamente as
transmissão cruzada em três pacientes (clone A), dois (clone C) taxas de infecções relacionadas a catéteres centrais e infecções de
e outros dois pacientes (clone E). Conclusão: Foi observada uma corrente sanguínea, principalmente no setor UTI Geral.
incidência alta (43,0%) de amostras de P.aeruginosa produtora
de MBL, com multiresistência entre estas amostras, detecção do Palavras-chaves: catéteres centrais, infecção de corrente sanguí-
gene blaSPM-1 em 3 amostras , sem predomínio clonal. A presen- nea, infecção nosocomial, intervenções
ça destas amostras sugere principalmente uma revisão na política
do uso de antibióticos e adicionalmente no programa de controle
e prevenção de infecções hospitalares. Agradecimentos: FAPEMIG
SO-01 (O10)
Palavras-chaves: Infecções hospitalares, Metalo-β-lactamase, INFECÇÃO RESPIRATÓRIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂ-
Pseudomonas aeruginosa, Ventilação mecânica NICA EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA

Autor(es): Viviane Mari1, Juliana Butelli2, Francine Ruzzarin2, Tia-


go Farina2, Franciele Bagnara2, Leticia Corso2, Viviane Buffon1,
SO-01 (O09) Priscila Garrido1, Juliano Fracasso1,2, Lessandra Michelim1,2
EFICÁCIA DE INTERVENÇÕES ADOTADAS PARA REDUÇÃO DAS
INFECÇÕES RELACIONADAS A CATÉTERES CENTRAIS E CORRENTE Instituição(ões):
SANGUÍNEA EM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE CURITIBA/PR 1. HGCS, Hospital Geral de Caxias do Sul
2. UCS, Universidade de Caxias do Sul
Autor(es): JULIANA APARECIDA COTRIM, JEAN MARCEL LEMES
Resumo:
Instituição(ões): 1. HCV - PR, HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA BRA- Objetivo: A pneumonia é a principal causa de morte dentre as in-
SILERA FILIAL DO PARANÁ fecções hospitalares. Sua prevalência em Unidades de Terapia In-
tensiva (UTI) é 10 a 65% e sua letalidade, 13 a 55%. Nos pacientes
Resumo: em ventilação mecânica, a incidência dessa infecção é de 7 à 21
INTRODUÇÃO: O catéter venoso central (CVC) utilizado com gran- vezes maior, sendo importante fator independente de mortalida-
de freqüência nas Instituições Hospitalares tem como objetivo deparaosdoentesgraves.Esteestudovisademonstrarastaxasde
principal a garantia de um acesso de longa permanência. Devido pneumoniaassociadaàventilaçãomecânica(PAV)nasUTIsadulto,
a esta finalidade, constitui um dos principais meios de infecções pediátrica e neonatal de um hospital universitário antes e após
de corrente sanguínea, contribuindo, assim, para o aumento dos a implantação de rotinas de vigilância de processos. Materiais e
índices nosocomiais de morbidade e mortalidade. OBJETIVO: Des- métodos: Estudo retrospectivo comparando as taxas de PAV antes
crever as medidas adotadas para reduzir as infecções relaciona- eapósaimplantaçãoderotinasdevigilânciadeprocessosnasUtis
das a catéteres centrais (I.CVC) e de corrente sanguínea (ICS), e do Hospital Geral de Caxias do Sul, no período de março de 2007
sua eficácia, apresentando os dados estatísticos das topografias à março de 2010. Resultados: Rotinas de vigilância de processos e
relacionadas em um determinado período, comparando-os após gerenciamento de risco foram implantadas em março de 2008 na
as ações realizadas. MÉTODO: Estudo prospectivo descritivo rea- instituição. No período que antecede essa implantação, a taxa de
lizado em uma Instituição Filantrópica.Foram comparados os da- PAV variava entre 3.1 e 21.7 procedimentos-dia (média anual de
dos de I.CVC e ICS do mês de julho a dezembro de 2009,com os 11.1 infecções por paciente-dia). Após a implantação da vigilância
dados coletados pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar de processos nas UTIs, a taxa variou entre 2.5 e 17.4 procedimen-
(SCIH), comparando a mudança nos índices de infecção após as tos-dia (média anual de 9.5 infecções por paciente-dia. Conclusão:
intervenções realizadas: mudança dos anti-sépsticos Polivinilpirro- Após a implantação da vigilância de processos e medidas preven-
lidonaiodo(PVPI)edoÁlcoola70%paraClorexidina2%;mudança tivas com avaliação diária, a taxa de infecção diminuiu, porém
do curativo com gaze estéril e fita adesiva, para curativo estéril houveram períodos de pico relacionados a transmissão cruzada
transparente; e treinamentos com supervisão periódica da equipe de infecções, falha em medidas preventivas e longa permanência

52
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
de pacientes, principalmente no período de infecção de influenza dentes perfurocortantes, custos de novas tecnologias e produção
pandêmica H1N1. de resíduos sólidos de saúde. Esse estudo permite recomendar o
uso de AFR na aplicação de injeções intramusculares, subcutâneas
Palavras-chaves: Infecção respiratória, Pneumonia associada a e intradérmicas, para reduzir a manipulação dos materiais e medi-
ventilação, Pneumonia nosocomial camentos, o risco de contaminação dos pacientes e do ambiente,
e também impedir o reuso de seringas. Essa prática elimina o risco
de exposição dos profissionais de saúde a diversos agentes trans-
mitidos pelo sangue e matéria orgânica, especialmente os vírus da
SO-02 (O13) hepatite B, C e HIV.
MEDICAMENTOS POR VIA INTRAMUSCULAR E SUBCUTÂNEA: HÁ
NECESSIDADE DE TROCA DE AGULHAS PARA ADMINISTRAÇÃO? Palavras-chaves: acidentes perfurocortantes, dispositivos de se-
gurança, prevenção de acidentes, patógenos sanguineos, injeções
Autor(es): Luiz Carlos Ribeiro Lamblet4, Edilson Sant’Anna Meira3, intramusculares
Silvana Torres3, Barbara Carvalho Ferreira3, Sergio Dias Martuc-
chi1

Instituição(ões): SO-02 (O15)


1. M’Boi Mirim, Hospital Municipal Dr. Moyses Deustch M’Boi Mi- SURTO DE INFECÇÃO GRAVE EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA
rim CARDÍACA: MEDIDAS EFICAZES DE INTERVENÇÃO
2. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein
3. Biodina, Biodina Representações Autor(es): KÁTIA MARIE SIMÕES E SENNA, MARCIA REGINA GUI-
4. COREN-SP, Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo MARÃES VASQUES, GIOVANNA FERRAIUOLI, FLÁVIA COHEN, MA-
RISASANTOS,CRISTIANELAMAS,JUAREZCORREA,LUISCORDEIRO
Resumo:
INTRODUÇÃO. Estima-se em 3 milhões de acidentes percutâne- Instituição(ões): 1. INC, Instituto Nacional de Cardiologia
os com agulhas contaminadas por material biológico por ano em
profissionais de saúde (PS). O uso de dispositivos de segurança é Resumo:
fundamentalparapreveniressesagravos.Háseringascomagulhas Introdução: A incidência de infecções graves em cirurgia cardía-
fixas retráteis (AFR) que impedem o contato dos PS com materiais ca é inferior a 5%, entretanto se apresenta com elevada morbi-
perfurocortantes. Entretanto, a troca de agulhas (TA) para admi- dade e mortalidade. A maior prevalência de microorganismos
nistração de injeções intramusculares, subcutâneas e intradérmi- identificada nas infecções após cirurgias cardíacas é proveniente
cas é difundida. As justificativas para essa prática são o aumento da própria microbiota da pele do paciente (S.aureus e S. epider-
dador pelaperdade afiação do bisel da agulha, irritação do tecido midis), como esperado em cirurgias limpas. Objetivos: Investigar
subcutâneo por onde passa a agulha que foi colocada no frasco surto de infecções graves ocorridas em pós-operatório de cirurgia
de medicação, formação de hematoma e risco de contaminação cardíaca adulto no período de julho a outubro de 2008, em um
do medicamento. OBJETIVOS GERAIS. Comparar a intensidade da hospital público no Município do Rio de Janeiro. Métodos: A partir
dor através de escala numérica (0 a 10) com injeção intramuscular da elevada incidência de infecção cirúrgica ocorrida nos meses de
e subcutânea com seringa de AFR e técnica com TA; avaliar for- julho/08 (6,7%), agosto/08 (7,3%), setembro/08 (14,3%) e outu-
mação de hematoma nas injeções subcutâneas nas duas técnicas. bro/08 (12,1%), e que demonstrou uma predominância de ente-
MÉTODO. Foi realizado ensaio clínico em Clínica Médica e Pronto robactérias nas culturas positivas provenientes dos casos diagnos-
Atendimento em hospital público na cidade de São Paulo entre 15 ticados procedeu-se a uma investigação epidemiológica do surto.
de junho e 30 de novembro de 2009. Em um grupo foi usada AFR Inicialmente foi realizado um estudo caso-controle (crossover)
ouTAparainjeçãointramuscular(n=1000).Nooutrogrupo,foiad- analisando as 229cirurgias(23 casose206controles)ocorridas no
ministrada insulina subcutânea com AFR ou TA (n=240). Foi usada período de julho a outubro de 2008. Em seguida foram revisados
escala numérica de 0 a 10 após a aplicação e foi avaliada a per- todos os processos descritos como importantes na prevenção das
cepção da dor para os dois grupos (n=1240). No grupo de injeção taxas de infecção de sítio cirúrgico (ISC). Desta forma, visitas ao
subcutânea, foi avaliada a formação de hematoma. RESULTADOS. centro cirúrgico foram intensificadas para identificação de possí-
O volume das medicações variou de 1 a 4 ml. Não houve diferença veis alterações nos processos, análise de materiais, equipamentos
entre a média de escala de dor entre os diferentes volumes utili- e ambiente, bem como uma revisão dos processos na central de
zados (p=0,364). A pontuação de dor foi maior no grupo com TA esterilização. Resultados: A análise do caso-controle evidenciou
(p<0,001). A pontuação para hematoma foi maior no grupo com significância para obesidade (OR 1,13 - IC 1,03 a 1,24), reopera-
TA (p<0,029). O poder do teste em relação à escala de dor foi de ção por sangramento (OR 1,13 - IC 1,03 a 1,24) e cirurgia de re-
0,98 em toda a amostra e 0,97 no grupo da injeção intramuscu- vascularização do miocárdio (OR 4 - IC 1,1 a 15,4). Na análise de
lar, considerando significância de 5%. CONCLUSÃO. O uso de se- ambiente e equipamentos as culturas mostraram crescimento de
ringa com AFR não aumenta a sensação de dor nem a formação microrganismos não fermentadores em reservatórios de água das
de hematomas. O dispositivo elimina a exposição PS aos materiais máquinas de perfusão, e o cresciemnto de enterobactéria prove-
perfurocortantes contaminados, impede o reencape de agulhas, niente da água residual do reservatório de uma das máquinas de
reduz o volume de resíduos sólidos de saúde, além de manter a cardioplegia. Conclusão: As primeiras medidas de correção não
assepsia na aplicação dos medicamentos. Esperava-se que o re- mostraram impacto na redução dos eventos infecciosos após sua
colhimento da AFR antes da mesma ser retirada da pele pudes- adequação e, portanto não foram os principais determinantes do
se provocar traumatismo e hematoma, porém isso não ocorreu. surto. A resolução do surto somente ocorrreu após a retomada da
Estudos devem ser conduzidos para avaliar a introdução desses rotina de desinfecção das máquinas de circulação extra-corpórea
dispositivos na prática clínica e seu impacto na prevenção de aci- e cardioplegia, que determinava a manutenção dos reservatórios

53
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
secos após uso em cada cirurgia. Esse resultado mostrou uma pos-
sível relação do surto com a contaminação da máquina de cardio- Palavras-chaves: farmácia, hospital, investigação, soluções, surto
plegia.

Palavras-chaves: surto, infecção de sítio cirúrgico, medidas de in-


tervenção, cirurgia cardíaca SO-03 (O19)
5 ANOS DE EXPERIÊNCIA DO USO DE CATETER CENTRAL DE IN-
SERÇÃO PERIFÉRICA (PICC) EM RECÉM-NASCIDOS < 1500g: COM-
PLICAÇÕES MECÂNICAS E INFECCIOSAS EM UMA UNIDADE DE
SO-02 (O17) TERAPIA INTENSIVA NEONATAL (UTIN).
SURTO DE BACTEREMIA POR PANTOEA SP ASSOCIADA À
CONTAMINAÇÃO DE SOLUÇÃO ANTICOAGULANTE DE CITRA- Autor(es):RosanaRichtmann,CamiladeAlmeidaSilva,SandraBal-
TO-DEXTROSE MANIPULADA EM FARMÁCIA HOSPITALAR tieri, Tatiane Rodrigues

Autor(es): Icaro Boszczowski, Erique Jose Peixoto Miranda, Thaís Instituição(ões):


Guimarães, Maristela Pinheiro Freire, Daiane Cais, Silvia Figueire- 1. HMSJ, HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA JOANA
do Costa, João Nóbrega de Almeida Junior, Robson E Soares, Cleu-
ber Esteves Chaves, Anna Sara Levin Resumo:
Introdução: A infecção da corrente sangüínea (ICS) é a infecção
Instituição(ões): 1. HCFMUSP, Hospital das Clínicas Universidade mais comum em UTIN, sendo a maioria delas relacionada a ca-
de SãoPaulo teter venoso central (CVC). Medidas de prevenção nos cuidados
do CVC são universalmante importantes para melhorar as taxas
Resumo: de infecção. Objetivos: Descrever a experiência do uso de PICC em
Introdução-Pantoeaspp,atérecentementeEnterobactersp,estão recém-nascidos (RN) <1500g no HMSJ referente a inserção, cuida-
freqüentemente associadas a surtos em pediatria. Objetivo – des- dos com o cateter e complicações mecânicas. Comparar as taxas
creverumsurtodebacteremiaporPantoeaspassociadaàsolução de infecção de corrente sanguínea de nosso serviço com dados do
de anticoagulante citrato-dextrose (ACD) manipulada pela farmá- Estado de São Paulo e do NHSN. Métodos: Estudo prospectivo e
cia hospitalar e utilizada em hemodiálise e plasmaferese. Material observacional realizado de Jan/04 a Dez/08, em uma UTIN de 54
e método - Em janeiro de 2010 um doador de granulócitos apre- leitos com média de 100 RN/mês e 11.000 nascidos vivos/ano. O
sentou pirogenia após aférese em máquina “sensibilizada” com PICC utilizado foi o de silicone da BDÒ de 1.9fr.Todos os cateteres
ACD. Foi identificada Pantoea SP na solução. Na mesma semana foram inseridos pelo “grupo do cateter”. Para passagem do PICC
identificamosPantoeaspemhemoculturasdemaistrêspacientes. foram utilizadas precauções de barreira máxima, a anti-sepsia da
Consideramos caso pacientes com bacteremia por Pantoea sp a pelefoirealizadaclorexidina alcoólicaeoscurativostransparentes
partir de 23 de dezembro de 2009. Identificação e teste de sensi- trocados a cada sete dias. Foram seguidas as definições do CDC
bilidade foram realizados por método automatizado. O serviço de para infecção de corrente sanguínea relacionada a CVC (ICS-CVC).
controle de infecção hospitalar determinou: a) Rastrear os lotes O diagnóstico microbiológico de ICS-CVC foi confirmado quando
de ACD; b) Retestar a esterilidade por filtração por membrana; a hemocultura central e periférica foram positivas. As complica-
c) Pesquisar endotoxina bacteriana pelo método de formação de ções mecânicas (CM) consideradas foram obstrução, ruptura e /
gel d) testar a relação genética entre os isolados por eletroforese ou perda do PICC. As taxas de ICS-CVC e densidade de utilização
em gel em campo pulsado (PFGE). e) Realizar visita ao setor de (DU) forma comparadas com as do estado de São Paulo de 2008
produçãodeACDdafarmácia.Posteriormenteforamidentificados (138 hospitais) e ao percentil 90 do NHSN 2006/2007. Resultados:
cinco novos casos. As amostras estudadas foram: a) ACD utilizado RN 750g: total:142; número de ICS-CVC:73; PICC/dia:3981; Taxa
na aférese para doação de granulócitos; b) Duas hemoculturas de de ICS-CVC/HMSJ: 18.3; Taxa ICS-CVC/NHSN:9,2; Taxa de CM:8,5;
pacientes submetidos à plasmaferese, quatro à hemodiálise, dos DU/HMSJ:0,46; DU/NHSN:0.56. RN 750-1000g; total:169; nú-
quais, um não utilizou solução de ACD, um foi submetido a ambos mero de ICS-CVC:28; PICC/dia:4272; Taxa de ICS-CVC/HMSJ: 6.5;
os procedimentos e um não submetido a nenhum destes. Resul- Taxa ICS-CVC/SP:36,2; Taxa ICS-CVC/NHSN:10,7; Taxa de CM: 9.5;
tados – Oito pacientes foram identificados, com idade média de DU/HMSJ:0,39; DU/SP:0,96; DU/NHSN:0.58. RN 1001-1500g; to-
60 anos, cinco homens e quatro óbitos. Dois pacientes apresen- tal:443; número de ICS-CVC:57; PICC/dia:10.183; Taxa de ICS-CVC/
tavam púrpura trombocitopênica trombótica, dois transplantados HMSJ:9.6;TaxaICS-CVC/SP:46,0;TaxaICS-CVC/NHSN:7,7;Taxade
de pulmão, dois com insuficiência cardíaca, um com insuficiência CM: 9.1; DU/HMSJ: 0,37; DU/SP:0,83; DU/NSHN: 0.39. Conclusão:
renal crônica agudizada e um com síndrome de Guillain-Barré. A Este é o maior relato sobre a utilização do PICC em UTIN no Bra-
hemocultura do paciente doador foi negativa. O lote de ACD do sil. Exceto em RN 750g, temos densidade semelhante das taxas
doador havia sido distribuído às unidades de internação dos ca- de complicações mecânicas e infecciosas. Mesmo em um país em
sos. Demais lotes apresentaram culturas negativas. Não foram de- desenvolvimento é possível ter resultados melhores do que as ta-
tectadas endotoxinas nas amostras. A PFGE demonstrou isolados xas locais. Um programa de medidas preventivas objetivando taxa
idênticos. A visita à farmácia não revelou quebra de técnica. Dis- zero pode levar a melhores resultados, comparáveis aos de países
cussão – Houve crescimento de Pantoea sp em apenas um lote re- desenvolvidos.
testado.Aausênciadeumsistemaderastreabilidadenãopermitiu
confirmar se todos os casos receberam ACD do mesmo lote. PFGE Palavras-chaves: CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA,
confirmou a contaminação da solução. Não houve casos após a COMPLICAÇÃO MECÂNICAS INFECIOSAS, COMPLICAÇÕES MECÂ-
interdição do lote suspeito. Conclusão – A manipulação de grande NICAS COM CATETER, PICC
volume de soluções em farmácias hospitalares pode não apresen-
tar segurança desejável.

54
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
SO-03 (O20)
O IMPACTO DA MUDANÇA DAS ATIVIDADES DO SCIH NAS TA- Palavras-chaves: atividades do controlador de infecção, redução
XAS DE INFECÇÃO HOSPITALAR. de infecção, carga horária

Autor(es): Sandra Rodrigues Oliveira1, Luciene Silva Gomes1, Ha-


manda Garcia da Silva1, Paulo Cesar Souza1, Simone Pereira Ma- SO-03 (O24)
chado1, Elaine Araujo3, Erika Sampaio Namora1, Lucimar Santos CANDIDEMIA E AIDS NO INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO
Pinheiro1, José Roberto de Oliveira junior1, Márcia Pinto Barros RIBAS: AVALIAÇÃO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA E PERFIL DE RESIS-
de Oliveira2 TÊNCIA
Instituição(ões): 1. HCN, Hospital de Clínicas de Niteroi Autor(es): Fabiana Siroma, Donato Callegaro Filho, Christiane Ni-
2. INFECTO, INFECTO - Infecções Hospitalares Assessoria coletti
3. UFRJ, Universidade Federal do rio de Janeiro
Instituição(ões): 1. IIER, Instituto de Infectologia Emílio Ribas
Resumo:
Introdução – A forma do controlador de infecção (CI) desenvolver
Resumo:
suas atividades e o tempo dedicado a elas podem ser determinan-
Introdução: Candidemia em pacientes com aids tem sido pouco
tes nos resultados de uma instituição.A forma de trabalho deve
publicado, sendo a maioria relatos isolados de série de casos. Sen-
gerar o entendimento de quem é a responsabilidade pela preven-
do o Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) um hospital com
ção das IH e de quem merece os créditos de um bom resultado ou
uma população predominante de pacientes com aids, é de grande
o ônus de taxas elevadas. Objetivo – Comprovar, através de indi-
importância o conhecimento das espécies de Candida mais pre-
cadores, o impacto da mudança das atividades do CI nas taxas de
valentes e verificar o impacto do uso dos triazólicos sobre a inci-
infecção. Método – Local do estudo – Hospital terciário privado,
dência de cepas resistentes ao fluconazol. Objetivos: determinar
situado no centro de Niterói, RJ, com 186 leitos, 03 unidades de
a incidência de candidemia nos pacientes com HIV/aids atendidos
terapia intensiva (UTIA, UTIB, UTI C), 01 unidade coronariana (UC)
no IIER no período de junho de 2007 a maio de 2008; descrever
e 01 unidade neurointensiva(UNI). Comparar a densidade de in-
as características clínico-epidemiológicas dos pacientes e avaliar
cidência das infecções globais IG (IH/1000 pte.dia) ; bacteremia
o perfil de resistência ao fluconazol. Métodos: análise de todos
primária (BP) associadas ao uso de cateter vascular central (CVC)
os casos de candidemia em pacientes HIV positivos atendidos no
(BP/1000 CVC.dia) e pneumonias associadas à ventilação mecâ-
IIER entre junho de 2007 a maio de 2008. Resultados: Um total de
nica (PAV) (PAV/1000 Respiradores.dia), antes e após as mudan-
19 episódios de candidemia em pacientes HIV positivos ocorreram
ças nas atividades do CI. Período de consolidação das mudanças:
no período estudado, com incidência de 10,45 casos por 1000 ad-
2008. Atividade do CI antes das mudanças, ano de 2007: ausência
missões ou 0,59 casos por 1000 pacientes-dia. A distribuição dos
de sistematização de visitas técnicas setoriais, presença reduzida
19 casos foi C. parapsilosis com 8 casos (42,1%); C. albicans 6 ca-
nos setores, ausência de notificação e análise de vigilância de pro-
sos (31,5%); C. tropicalis 2 casos (10,5%); C. glabrata, C. krusei e
cessos. Atividade do CI em 2009: treinamento de 100% dos profis-
Candida sp 1 caso cada (5,3% cada). A média de idade foi de 31,7
sionais deEnfermagem;presençasistemáticadoCImunidodeins-
anos. O valor de linfócitos T CD4 foi recuperado em 16 casos, com
trumento de verificação de não conformidades; reuniões mensais
média de 69 células/ml.. Quinze (79%) dos 19 pacientes já havia
regulares com lideranças das UTIs, UC e UNI para apresentação
apresentado alguma doença oportunista prévia a internação atual
dos resultados das taxas de IH, da vigilância de processos preven-
e a maioria (14 casos; 73,6%) já havia sido exposta previamente
tivos de IH, com definição de metas e plano de ação elaborados
ao fluconazol nos últimos 6 meses. Os fatores de risco para candi-
em conjunto; formação de um grupo multiprofissional de cuida-
demia mais prevalentes foram uso de antibiótico, colonização em
dos com os cateteres vasculares centrais; sistematização das visi-
outros sítios, presença de cateter venoso central, uso de bloquea-
tas técnicas setorias,com discussão de relatório de conformidade
dor H2 ou inibidor de bomba de prótons, uso de corticóide e ven-
e elaboração em conjunto de plano de ação. Não existiu mudança
tilação mecânica. A mortalidade geral foi de 68,5%. A análise do
do profissional CI da Enfermagem, houve aumento de sua carga
perfil de sensibilidade ao fluconazol demonstrou somente 2 casos
horária de 16 para 30 horas semanais. Não existiu mudança dos
de cepas resistentes, sendo um caso de Candida glabrata e Can-
líderes dos setores. A metodologia das notificações das IH não foi
dida krusei. Conclusão: Nossos achados permitem concluir que a
modificada.Resultados: Houve redução das IG em todas as unida-
candidemia ocorreu em pacientes com aids em fase avançada de
des de terapia intensiva, exceto na UNI. A redução da IG foi esta-
imunossupressão, com níveis baixos de linfócitos T CD4 e antece-
tisticamente significante (P<0.05), em todos os setores, exceto na
dente de doença oportunista; além disso, muitos dos fatores de
UC (p>0.05). Na UTI A a redução foi de 36 casos para 15 casos /
risco clássicos para candidemia estiveram presentes na população
1000 pte.dia P<0,01). A redução de PAV foi estatisticamente sig-
estudada. Apesar da freqüente exposição aos azólicos, houve so-
nificante na UTI A (P<0,01). As taxas de BP reduziram de 16 casos
mente 2 casos de cepas resistentes ao fluconazol.
/1000 cvc.dia para 3,9 casos (P<0.01), no CTI A; de 14 casos/1000
cvc.dia para 2,2 casos na UTI B e de 12 casos / 1000 pte.dia para 4
casos na UNI. No CTI C e na UC a redução não foi estatisticamen- Palavras-chaves: Candidemia, aids, infecção hospitalar
te significante.Conclusão: Acreditamos ser este o caminho para
melhores resultados: adequação da carga horária e das atividades
do CI, e que nestas atividades esteja incluída formas de trabalho SO-03 (O26)
que envolvam o grupo assistencial, para que todos participem ati- REDUÇÃO DA INFECÇÃO DE CORRENTE SANGÜÍNEA ASSOCIADA
vamente e se comprometam com a prevenção das IH e com os À CATETER VENOSO NA UNIDADE DE TRANSPLANTE DE MEDULA
resultados obtidos. ÓSSEA É POSSÍVEL?

55
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
cação de Provonost et al (NEJM 2006). Objetivos:Avaliar o efeito
Autor(es): MARIA FATIMA SANTOS CARDOSO, LUCI CORRÊA*, da implementação sistemática de um conjunto de medidas para
CRISTINA VOGEL, PATRICIA DO CARMO DELLA VECHIA, TANIA MI- prevenção de CR-BSI em uma unidade pós operatória de grande
CHELE BARRETO WAISBECK, CLAUDIA REGINA LASELVA, NELSON movimento. Métodos:O bundle do cateter implementado incluiu:
HAMERSCHLAK (1) escolha do sítio de inserção, com uso preferencial da veia sub-
clávia seguida da veia jugular interna; (2) uso de clorexidina tópica
Instituição(ões): 1. HIAE, HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN no sítio de inserção; (3) paramentação completa do médico, e uso
de campo longo para o paciente; (4) remoção tão logo possível
Resumo: do cateter vascular. O estudo foi prospectivo, envolvendo todos
Introdução: Os pacientes submetidos ao Transplante de Medula os pacientes consecutivamente internados no pós operatório de
Óssea (TMO) apresentam alto risco para o desenvolvimento de In- cirurgia cardíaca de adultos. Foram avaliados dois períodos: o pe-
fecçãoRelacionadaàAssistênciaàSaúde(IRAS),especialmenteem ríodo I, correspondendo aos 6 meses antes da intervenção (de-
virtude daneutropenia prolongada eo uso deimunossupressores. zembro de 2007 a maio de 2008) e o período II, de setembro de
A Infecção de Corrente Sangüínea (ICS) associada à Cateter Veno- 2008 até fevereiro de 2009. Os meses de junho, julho e agosto de
so Central (CVC) é um problema relevante, especialmente nestes 2008 foram excluídos da análise, tendo sido considerado o perí-
pacientes, pois está associada à alta morbi-mortalidade. Objetivo: odo de implementação. A definição de CR- BSI foi a presença de
Determinaroimpactodaimplantaçãodeestratégiasdeprevenção duas ou mais hemoculturas positivas em um paciente com cateter
e controle de ICS associada à CVC na redução desta infecção. Mé- vascular, aonde não havia outro foco de infecção diagnosticado. A
todo: Foi conduzido estudo de coorte prospectivo de 2008 a 2009. taxa foi calculada como CR-BSI por 1000 cateteres-dia. A análise
Foram acompanhados todos os pacientes internados na unidade estatística foi feita com o programa Statcalc do Efi Info, CDC. O tes-
de TMO. A vigilância das ICS, utilizando critérios diagnósticos do te do qui-quadrado foi usado para comparar proporções entre os
CDC(CentersforDiseaseControlandPrevention)foirealizadapela períodos I e II. Resultados: Ocorreram um total de 4239 cateteres/
Enfermeirado Serviço de Controle deInfecção Hospitalar. Ohospi- dia na unidade no período de estudo, sendo 2095 no período I e
tal, em 2008, contratou como uma das metas intitucional a redu- 2139 no período II. O número de CR-BSI foi 16 pré-intervenção, e
ção das ICS associadas à CVC. Algumas ações foram implementa- 5 pós-intervenção. O odds ratio foi 3,27 (intervalo de confiança de
das para alcançar esta meta. Dentre elas: realização de e-learning 1,12a10,20),ep=0,026(p<0,05)comparando-seastaxasnoperí-
sobre prevenção de ICS para médicos e equipe de enfermagem; odoIeII.Conclusões:Aimplementaçãodobundledocateter,con-
implantação de check-list e intervenção na inserção do CVC; apli- junto de medidas simples e a beira do leito, mostrou-se eficiente
cação da estratégia multimodal da Organização Mundial da Saúde em diminuir a taxa de CR-BSI em nossa unidade pós operatória de
(OMS)parahigienedemãosefeedbackconstantedosindicadores cirurgia cardíaca, de forma análoga ao trabalho de Provonost et
de IRAS à equipe. Resultado: A densidade de incidência de ICS as- al 2006. Diminuição estatisticamente significativa ocorreu na taxa
sociada à CVC/1000 CVC-dia em 2008 foi 5,3 e em 2009 foi ZERO. em período relativamente curto desta intervenção, melhorando o
Conclusão: O compromisso assumido pela equipe assistencial as- cuidado à assistência.
sim como o apoio da alta administração na implementação destas
medidas de prevenção e controle foi fundamental para a redução Palavras-chaves: bacteremia, infecção, medidas de prevenção
significativa das ICS associadas à CVC, garantindo uma assistência
segura e com qualidade a estes pacientes.

Palavras-chaves: INFECÇÃO DE CORRENTE SANGÜÍNEA, TRANS-


SO-04 (O29)
ANALISE PAREADA DA MORTALIDADE ASSOCIADA A BACTERE-
PLANTE DE MEDULA ÓSSEA, TOLERÂNCIA ZERO
MIAS POR SUBTIPOS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS EM PACIEN-
TESINTERNADOSNOHOSPITALUNIVERSITÁRIOPEDROERNESTO
DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
SO-04 (O28)
RESULTADOS DA IMPLEMENTACAO DO BUNDLE DO CATETER Autor(es): JULIO CESAR DELGADO CORREAL1, GABRIELA LIMA DE
VASCULAR EM UMA UNIDADE DE PÓS OPERATORIO DE CIRUR- ALMEIDA2, MANUEL CARLOS MOREIRA BENITEZ2, CECILIA MEDEI-
GIA CARDÍACA NO RIO DE JANEIRO, ANOS DE 2007 A 2009 ROS DE VIDAL2, MARIA DA FREITAS VILELA2, EDUARDO A.R. CAS-
TRO1, PAULO VIEIRA DAMASCO1
Autor(es): ITALO ESPÍNOLA2, CARINA PAIXAO1, LILIAN PRADO1,
GINA NASCIMENTO1, MÁRCIA FREITAS1, SERGIO OLIVAL1, ALE- Instituição(ões):
XANDRE ROUGE1, KÁTIA MARIE SIMÕES E SENNA1, MÁRCIA REGI- 1. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO
NA GUIMARÃES VASQUES1, CRISTIANE LAMAS1,2 2. UNIRIO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEI-
RO
Instituição(ões):
1. INC, Instituto Nacional de Cardiologia Resumo:
2. UNIGRANRIO, UNIVERSIDADE GRANDE RIO Introdução A resistência aos antimicrobianos é um dos grandes
desafios da medicina atual. O Staphylococcus aureus têm elevada
Resumo: virulência e é um dos principais patógenos isolados em infecções
Introducao: A bacteremia relacionada ao cateter vascular (ca- hospitalares. Sua resistência aos fármacos torna seu estudo fe-
theter related blood stream infection, BSI) apresenta importante notípico e genotipico essencial para adotar a melhor terapêutica
morbidade e letalidade em unidades de terapia intensiva. O reco- nestas infecções. Objetivo Avaliar a correlação entre os perfis fe-
nhecimento de elevada taxa de CR-BSI nos fez promover a imple- notípicos de Staphylococcus aureus [Sensível a oxacilina (MSSA),
mentação do bundle do cateter no ano de 2007, seguindo a publi- Resistente a oxacilina “adquirido na comunidade” (CA-MRSA) e

56
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Resistente a oxacilina “adquirido no ambiente hospitalar” (HÁ- O pacote de ações foi aplicado nos pacientes em pós-operatório
MRSA)] e a mortalidade de pacientes internados no Hospital Uni- de cirurgia cardíaca durante o período de intubação, como uma
versitárioPedroErnesto(HUPE-UERJ),nacidadedoRiodeJaneiro. estratégia para a prevenção de PAV. As ações implantadas foram:
Métodos Foi realizada uma avaliação retrospectiva de 79 prontu- uso da solução de gluconato de clorexidina aquosa a 0,2% para
ários de pacientes internados no HUPE nos seguintes setores: CTI a higienização oral, monitoração da pressão intra cuff, realização
Adulto (14 pacientes), Clínica médica (28 pacientes), Nefrologia/ de aspiração supra cuff e manutenção do decúbito elevado a 30-
Hemodiálise (22 pacientes) e Cirurgia/Pediatria (15 pacientes) no 45º. As taxas de PAV foram analisadas comparativamente antes
periodo de dezembro de 2008 a janeiro de 2010. Resultados Dos da aplicação do pacote no período de junho a novembro de 2007
79 pacientes analisados, 49 (62,1%) apresentaram bacteremias (grupo A=577 pacientes) e após, de junho a novembro de 2008
por MSSA, 7 (8,8%) por HA-MRSA e 23 (29,1%) por CA-MRSA. Na (grupo B=724 pacientes). Resultados: Os grupos estudados foram
analise multivariada a presença de bacteremias por CA-MRSA foi semelhantes e identificou-se a média de 59,9 anos em ambos os
correlacionada com idade maior do que 65 (p = 0.01) e internação grupos e predomínio do sexo masculino, nos grupos A e B, 65% e
naclinicamedica(p=0,08).Onumerodeóbitoscausadosporbac- 68% respectivamente. A média de internação entre a cirurgia e o
teremias foi 13 (26,53%), 2 (28,57%) e 8 (34,78%), para MSSA, HA- diagnóstico de PAV foi de 7,5 dias no grupo A e 7 dias no grupo
MRSA e CA-MRSA respectivamente. Usando Curva de sobrevivên- B. Identificou-se 90,2% de diagnósticos de pneumonia na primei-
cia de Kaplan-Meier observou-se que a mortalidade dos pacientes ra semana de pós operatório no grupo A e 90% no grupo B. Na
com bacteremias por CA-MRSA foi significativamente maior na segunda semana 4,9% de diagnósticos no grupo A e 10% no gru-
primeira semana de infecção. A partir da 3ª semana de infecção po B e após da terceira semana 4,9% de diagnósticos somente no
asmortalidades dos subgrupos seequivalem. Conclusão Emnosso grupo A. Portanto foram diagnosticados 43 casos (5,9%) de PAV
médio hospitalar observou-se maior freqüência de CA-MRSA no nos pacientes do grupo B e 20 (3,5%) nos pacientes do grupo A. A
setor da clinica medica. A maior mortalidade de bacteremias por redução na taxa de PAV foi de 40,1% (P=0,038). Conclusão: Neste
CA-MRSA na primeira semana pode se dever a maior virulência estudo a aplicação de pacotes de ações promoveu redução signi-
destes microrganismos em comparação ao MSSA e o HÁ-MRSA. O ficante nas taxas de PAV mostrando ser uma ação efetiva para a
diagnóstico precoce de infecções por CA-MRSA e inicio da terapia prevenção desta infecção no pós-operatório de cirurgia cardíaca.
antimicrobiana adequada pode significar menor mortalidade nes- Identificamos a necessidade da realização de estudos aleatoriza-
ses pacientes. dos para subsidiar conclusões mais consistentes e permitir a com-
paração e a análise dos resultados com maior força de evidência.
Palavras-chaves: Bacteremia por Staphylococcus aureus, MRSA,
CA-MRSA, HA-MRSA, MSSA Palavras-chaves: bundle, pneumonia, prevenção, pos operatoria

SO-04 (O31) SO-04 (O33)


AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DOS PACOTES DE AÇÕES (BUNDLE) USO PREEMPTIVO DE LINEZOLIDA EM PACIENTES HEMATO-
NAPREVENÇÃODEPNEUMONIAASSOCIADAÀVENTILAÇÃOME- LÓGICOS COLONIZADOS POR ENTEROCOCCUS SPP RESISTEN-
CÂNICA EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA TES A VANCOMICINA (ERV)

Autor(es): ADRIANA GIARDA GASIGLIA, DIRCEU CARRARA, SUZI Autor(es): Bianca Grassi de Miranda Sousa, Luiz Felipe Lisboa, Ma-
FRANÇA NERES, DAIANE PATRICIA CAIS, ADRIANO ROGÉRIO BAL- riusa Basso, Frederico Dulleys, Thais Guimaraes, Guilherme Fon-
DACIN RODRIGUES, TÂNIA MARA VAREJÃO STRABELLI seca, Maristela Pinheiro Freire, Maria Aparecida Shikanai Yasuda,
Silvia Figueiredoi Costa
Instituição(ões):1.InCorHCFMUSP,),InstitutodoCoraçãodoHos-
pital das Clínicas da Faculdad Instituição(ões): 1. HC-FMUSP, Hospital das Clinicas da Faculdade
de Medecina da USP
Resumo:
Introdução: A pneumonia em pacientes intubados é uma infec- Resumo:
ção grave e nos pacientes ventilados mecanicamente a incidên- Colonização por ERV eleva o risco de infecções de corrente sanguí-
cia Inicialmente, alguns estudos identificavam que 10 a 20% dos nea(ICS)empacientescomneutropeniaprolongada,commortali-
pacientes submetidos à ventilação mecânica desenvolviam pneu- dade de até 60%. Objetivo: Avaliar o uso preemptivo de linezolida
monia associada a ventilação mecânica (PAV). Publicações mais em pacientes hematológicos colonizados por ERV. Métodos: Pa-
recentes registram taxas de PAV que oscilam 1 e 4 casos por 1.000 cientes colonizados por ERV hospitalizados no Serviço de Hemato-
ventiladores/dia, mas as taxas podem ser superiores a 10 casos logia do HC-FMUSP entre janeiro de 2005 e maio de 2007, foram
em algumas unidades de cuidado neonatal e em populações de avaliados quanto ao uso (casos) ou não (controles) de linezolida
pacientes cirúrgicos. No entanto, os resultados de análise de ini- preemptiva na cobertura de febre de origem indeterminada (FOI).
ciativas para a melhora da qualidade sugerem que muitos casos Casos e controles foram pareados por período e unidade de inter-
de PAV podem ser prevenidos se for dada atenção aos detalhes do nação(hematologia/TMO).EpiInfo3.1foiusadonaanáliseestatís-
cuidado. Permanece um problema significativo quando associado tica. As variáveis categóricas foram analisadas pelo método Exato
a patógenos antibiótico-resistentes, resultando em aumento na de Fisher e as contínuas pelo método de Mann-Whitney/Wilcox.
morbi-mortalidade e custos mais elevados. A higiene oral reduz Valores de p<0.05 foram considerados significativos. Regressão
o risco de PAV em pacientes internados em UTI, especialmente no logística incluiu variáveis com p<0.1 na análise univariada foi rea-
período pós-operatório e nas vítimas de politraumatismo. Objeti- lizada pelo programa SPSS. Resultados: 100 pacientes colonizados
vo: Analisar a influência da aplicação de pacotes de prevenção de por ERV foram avaliados, 36 receberam linezolida preemptiva e 64
PAV em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Método: não(controles).58%eramdosexofemininoeamédiadeidadefoi

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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
de 37 anos. 63% eram TCTH, 49% alogênicos. 23% apresentaram de antibioticoprofilaxia cirúrgica e utilização das rotinas escritas
mucosite e 18% GVHD. As doenças de base mais freqüentes fo- do hospital para consulta. Resultados:: Em 2007 e 2008 foram mo-
ram LMA (34%) e LNH (19%). 43% apresentavam neutrófilos<500 nitorados 326 e 280 pacientes cirúrgicos respectivamente sendo
e 31% eram neutropênicos graves (<100), a média de MASC dos que180pacientesusaramantibióticoem2007e197pacientesem
pacientes neutropênicos foi de 16 pontos . 46% evoluíram para 2008. Falhas graves como a administração de antibiótico 2 horas
óbito. Não houve diferença quanto à idade, sexo, doença de base, ou mais antes da incisão cirúrgica ocorreu em 1,1% em 2007 com-
tipo de TCTH, tempo internação, GVHD, mucosite e óbito quan- parado a 0% em 2008 e após a incisão cirurgica ocorreu em 7,7%
do comparados casos e controles. Mediana de tempo de uso de em 2007comparado a 0% em 2008.O antibiótico profilático foi ad-
linezolida foi de 7 dias (1-26) no grupo preemptivo, e 9 dias (1- ministrado corretamente dentro de 1 hora da incisão cirúrgica em
35) no grupo tratamento. Dos controles, 14% tiveram ICS por ERV. 82,7% dos casos em 2007 comparado a 94,9% em 2008. Em 2010
Não houve ICS nos que receberam linezolida preemptiva (RR 0,78 foi aplicado questionário a 126 cirurgiões e anestesistas mostran-
IC95% 0,68-0,88; p=0,001). Pela análise univariada TCTH alogê- do que 62,7% sabem que o tempo ideal para uso de antibiótico
nico (RR 1,82 IC95% 1,00-3,01; p=0,007) e neutropenia <500 (RR profilático é entre 1 hora a 30 minutos antes da incisão cirúrgica,
1,27 IC95% 1,05-1,53; p=0,004) foram fatores de risco para ICS por entretanto,63,5%administramoantibióticoprofiláticoaqualquer
ERV e números de neutrófilos (2650 céls/mm3 em média nos que momento durante indução anestésica, em contraste com a res-
sobreviveram e 850 céls/mm3 nos óbitos), p=0,005 e neutrope- posta de que 85% priorizam o horário correto de administração.
nia<500 (RR1, 95 IC95%1,15-3, 39, p=0,003) para óbito. Na análise Já 18% dos anestesistas e 11% dos cirurgiões responderam que
MV neutropenia <500 céls/mm3 foi o único fator de risco associa- não priorizam o tempo correto para administração do antibiótico.
do à ICS por ERV (RR 6,49 IC95%1,5-26; p=0,009) e também o úni- Apenas 58,73% dos médicos sabem da existência de protocolo es-
co fator associado com óbito (RR3, 94; IC95%1,15-10,0; p=0.004). crito orientando uso profilático de antibiótico sendo que 44% dos
Conclusão: Cultura de vigilância de ERV pode ser uma ferramenta médicos não sabem onde encontrar e 42% nunca consultou este
útil no uso preemptivo de linezolida nos pacientes hematológicos protocolo. Conclusão: Nossa experiência mostra a efetividade da
e apresentou efeito protetor em relação às infecções de corrente monitorização e divulgação de dados como ferramenta importan-
sanguínea por este agente. Neutropenia foi o único fator de risco te para aperfeiçoamento do uso do antibiótico profilático. Tam-
independente associado com ICS por ERV e óbito. bém constatamos a pouca utilidade das rotinas escritas.

Palavras-chaves: ERV, Hematologia, preemptivo Palavras-chaves: antibiotico, Profilaxia cirurgica, infecção de ferida
cirurgica, cirurgia

SO-04 (O34)
EXPERIÊNCIA NO APRIMORAMENTO DO USO E DO TEMPO DE SO-04 (O35)
ADMINISTRAÇÃO DA ANTIBIOTICOPROFILAXIA CIRÚRGICA DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE GENES CODIFICADORES DE
ENZIMAS MODIFICADORAS DE AMINOGLICOSÍDEOS E BETA-LAC-
Autor(es): MARIA EUGENIA VALIAS DIDIER, MARCELA RIBEIRO TÂMICOS EM ENTEROBACTÉRIAS ISOLADAS DA BAÍA DE GUANA-
MENICUCCI, FERNANDA PORTO GONÇALVES, LETICIA ABREU PES- BARA
SOA DE MENDONÇA, VINICIUS AUGUSTO PESSAMILIO, MARIANA
CHAVES DUTRA, MORGANA CORDEIRO PAULA, THAIS GUIMARAES Autor(es): Verônica Dias Gonçalves1, Frederico Meirelles Santos
NOGUEIRA Pereira2, Eglaise de Miranda Esposto1, Angela Meirelles Santos
Pereira1, Marcio Cataldo Gomes-da-Silva1, Bianca de Oliveira Fon-
Instituição(ões): 1. HFR, HOSPITAL FELICIO ROCHO seca4, Alexandre Ribeiro Bello1, Eduardo Ribeiro almeida de Cas-
tro3, Francisco Esteves2, José Augusto Adler Pereira1
Resumo:
Introdução: Em 2002 entidades governamentais americanas im- Instituição(ões):
plementaram um projeto nacional para redução de complicações 1. UERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
associadas à cirurgia. Dentre as medidas de prevenção destas 2. UFRJ, Universidade Federal do rio de Janeiro
complicações está o uso apropriado do antibiótico correto para 3. HUPE, Hospital Universitário Pedro Ernesto
o procedimento cirúrgico indicado no tempo adequado. Em 2009 4. HL, Hospital da Lagoa
a ANVISA publicou critérios adotando o tempo de antibioticopro-
filaxia realizada até 1 hora antes da incisão como um indicador Resumo:
de qualidade. Em nossa instituição desde 2007 iniciamos um pro- A Baía de Guanabara (BG), possui área de cerca de 380 Km2,
jeto para aprimoramento da antibioticoprofilaxia cirúrgica com abrange a região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro e está
foco no tempo de administração da droga. Objetivo:Descrever as submetida a intensa degradação ecológica e sanitária, provocada,
ações utilizadas para aprimoramento do uso da antibioticoprofi- principalmente, pelo crescimento populacional e industrial desor-
laxia cirúrgica. Métodos:: O trabalho ocorreu em quatro etapas: denado, com despejos de efluentes in natura de diversas origens.
1- Coleta e análise de dados no ano de 2007 para monitorar o uso O presente trabalho teve como objetivo testar a hipótese de que a
de antibiótico profilático. (Uso ou não do antibiótico, qual droga, BG vem recebendo efluentes oriundos de ambientes de alta pres-
horário de administração, se administrado por infusão direta ou sãoseletivaporantibióticos,comohospitaiseclínicasveterinárias.
gotejamento, horário de término infusão do antibiótico, horário Buscamos detectar, através de testes fenotípicos e genotípicos,
incisão cirúrgica). 2- Divulgação do resultado, discussão com clíni- evidências da presença de genes envolvidos na produção de Beta-
cas, aprimoramento do protocolo de antibioticoprofilaxia. 3- Nova lactamase (ESBLs) e Enzimas Modificadoras de Aminoglicosídeos
coletaeanálisededadosnoanode2008.4-Questionárioaplicado (EMAs) em cepas de Klebsiella pneumoniae, K. ozaenae e Esche-
em 2010 para anestesistas e cirurgiões sobre a prática e conceitos richia coli isoladas de amostras de água coletadas de diferentes

58
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
localidades da BG e de rios e canais efluentes. As coletas foram re- por instituto e por categoria profissional. RESULTADOS De agosto
alizadasemabrilejulhode2009,emriosdaÁreadeProteçãoAm- de 2008 a maio de 2009 as licenças mensais por gripe variaram de
biental de Guapimirim (Magé-RJ) que drenam para a BG, no Canal 27 a 40, representando 2,6% do total de licenças. De maio a outu-
do Mangue (no centro da cidade do Rio de Janeiro)e no entorno bro de 2009 o numero de licenças variou de 79 a 548, chegando a
das Ilhas do Fundão e do Governador. Para o isolamento das cepas representar 20% do total de licenças médicas de PAS (em agosto
de interesse, empregamos meios contendo 32μg/ml de cefalotina de 2009). O total de licenças no período pandêmico foi de 1282.
e 8μg/ml de gentamicina. As cepas isoladas foram identificadas e Em relação aos dias de licença por gripe, o Incor, que possui 3507
submetidas a testesde suscetibilidade a diversos antibióticos,ten- PAS, apresentou 8,72 dias de licença por 100 PAS e os demais Ins-
do sido observados perfis de multirresistência compatíveis com os titutos combinados, que possuem 10760 PAS, tiveram 3,47 dias de
de bactérias de origem hospitalar. Foram realizados testes presun- licençapor100PAS(p<0,0001).Nãohouvetransmissãohospitalar
tivos para ESBLs, que indicaram a presença de genes envolvidos de influenza aos pacientes durante todo o período. A distribuição
com a produção destas enzimas. As reações em cadeia de poli- por categoria profissional foi: auxiliar de enfermagem, 416 (32%),
merase (PCR) apresentaram bandas compatíveis com gene aacC2, seguido de enfermeiro, 147 (12%), e profissionais da manutenção,
que expressa produção de acetilase, e bla-TEM e bla-SHV, que ex- 144 (12%), representando respectivamente 7; 9 e 4 dias de licença
pressamESBLs.Consideramosqueodespejodeesgotosdeorigem por 100 PAS. CONCLUSÃO • Houve uma valorização dos sintomas
domiciliar, industrial e em particular, hospitalar, sem tratamento respiratórios, aumentando muito o numero de licenças por sin-
prévio, contamina receptáculos aquáticos com microrganismos tomas respiratórios. • Período de transmissibilidade da gripe de
resistentes a antibióticos, que podem, posteriormente, colonizar 7 dias e ausência de método diagnóstico permitiu haver 2 políti-
e infectar humanos e animais que venham a ter contato primário cas de afastamento (7 dias versus 2 dias+reavaliações) que foram
com essas águas. Acreditamos que medidas como o uso criterioso comparadas. • A estratégia de 2 dias+reavaliações permitiu um
de antibióticos no ambiente comunitário e hospitalar, assim como menor número de dias de afastamento sem que houvesse trans-
o controle e tratamento de despejos oriundos de hospitais clínicas missão hospitalar de influenza aos pacientes.
veterinárias contribuam para o controle da disseminação desse
microrganismos carreando genes de resistência. Palavras-chaves: influenza A H1N1, abstenteismo, profissional da
saúde
Palavras-chaves: aminoglicosídeos, betalactâmicos, degradação
ambiental, enterobactérias, resistência
SO-05 (O38)
PREVALÊNCIA DE INTEGRONS DE CLASSE I EM ISOLADOS CLÍNI-
SO-04 (O36) COS DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE PRODUTORES DE KPC.
IMPACTO DO ABSENTEÍSMO ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE
DURANTE EPIDEMIA DE INFLUENZA A H1N1 Autor(es): WILLAMES MARCOS BRASILEIRO DA SILVA MARTINS2,
ANNACAROLINASOARESALMEIDA3,1,BÁRBARADEOLIVEIRASIL-
Autor(es): Nancy Val Y Val Mota, Renata lobo, Cilmara Polido Gar- VA1, KÁSSIA KAROLINE ALIANÇA DE CASTRO1, MARIA CAROLINA
cia, Cristiana M Toscano, Maria Beatriz G.S. Dias, Helio Komagata, DE ALBUQUERQUE WANDERLEY3,1, MARINALDA ANSELMO VILE-
Anna Sara S. Levin LA1, MÁRCIA MARIA CAMARGO DE MORAIS1

Instituição(ões):1.HCFMUSP,Hospitaldasclinicasdafaculdadede Instituição(ões):
medicina da USP 1. UPE, Universidade de Pernambuco
2. UMN, Universidade Mauricio de Nassau
Resumo: 3. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
INTRODUÇÃODuranteapandemiadeinfluenzaAH1N1,oHospital
dasClínicasdaFaculdadedeMedicinadaUSP(HCFMUSP)foiesco- Resumo:
lhido para atendimento dos casos graves na cidade de São Paulo. Os integrons são elementos genéticos móveis, que exercem um
Nesse período, 796 casos suspeitos foram internados e 214 con- papel fundamental na resistência antimicrobiana devido a sua ca-
firmados. O impacto do absenteísmo é difícil de definir. De nosso pacidade de integrar e disseminar determinantes de resistência.
conhecimento ainda não há recomendações nos hospitais sobre O gene blaKPC está localizado em grandes plasmídios que, entre
afastamento dos profissionais da saúde (PAS) e essa política é de outros genes, frequentemente carregam integrons de classe 1, ca-
grande importância. OBJETIVO Comparar duas políticas de afasta- racterísticosdeisoladosclínicos.Estaassociaçãoconfereaosisola-
mentodosPASduranteapandemiadegripe.MÉTODOSHCFMUSP dos um amplo perfil de resistência. Este estudo objetivou verificar
possui 2000 leitos distribuídos em 7 institutos. Caso suspeito de a incidência de integrons de classe 1, bem como o tamanho de
H1N1 entre PAS foi definido como febre mais sintomas respirató- sua região variável em isolados clínicos de Klebsiella pneumoniae
rios. Políticas específicas de licenças para os PAS foram criadas. produtoresdeKPCidentificadosnoHospitalUniversitárioOswaldo
Em todos os institutos do hospital, exceto Instituto do Coração Cruz(HUOC)-Recife/PE.Osoitoisoladosutilizadosporesteestudo
(Incor), PAS com suspeita era afastado por 2 dias e reavaliado a foram coletados e identificados pelo Laboratório de Bacteriologia
cada 2 dias com retorno ao trabalho na melhora dos sintomas. No do Instituto de Ciências Biológicas (ICB/UPE) e estocados em glice-
Incor o PAS com suspeita era afastado por 7 dias. Comparamos rol 15% à -80oC até o dia de uso. O perfil de susceptibilidade aos
os dias de afastamento por influenza por 100 PAS utilizando as 2 antimicrobianos testados foi determinado pelo método de disco-
estratégias. Desde agosto de 2008 o HCFMUSP registra as licen- difusão (Kirby-Bauer) e interpretado segundo recomendações do
ças em um programa especifico. As licenças por influenza foram CLSI (2009). A pesquisa do gene da integrase de classe 1 (Intl1) e
registradas utilizando o código J10 e J11. Avaliamos no período a amplificação da região variável foram realizadas através de PCR,
pré-pandêmico e pandêmico a taxa mensal de licenças, duração utilizando primers e condições previamente descritas. Dos 8 isola-

59
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
dos incluídos neste estudo, 7 (87,5%) apresentaram o gene intl1 foram submetidas ao teste de disco-aproximação (clindamicina e
em adição ao gene blaKPC. Esta associação de integron de classe eritromicina) para detecção do fenótipo MLSB. O achatamento do
1 e o gene KPC em um mesmo isolado vem sendo descrita por halo de inibição ao redor da clindamicina (halo “D”) foi considera-
diversos autores nos últimos anos, indicando a provável a causa dopositivoparaoteste.Resultados:Foicoletadaamostradesaliva
do amplo perfil de resistência normalmente encontrado em iso- de 192 participantes, dos quais foram isolados um total de 104
lados produtores de KPC. Quanto ao perfil de susceptibilidade, ao Staphylococcus sp. O fenótipo MLSB foi detectado em 11,6% dos
serem investigadas a drogas contra as quais a resistência é usu- 43 S. aureus identificados. Ressalta-se ainda que, 2,6% dos partici-
almente mediada por genes presentes em integrons de classe 1, pantes estavam colonizados por S. aureus resistentes ao grupo de
observou-seque100%dosisoladosforamresistentesàsulfatemo- MLSB. Conclusão: A emergência de cepas resistentes a MLSB tem
xazol-trimetoprim, 75% à ciprofloxacina, 50% à amicacina e 37,5% elucidado falhas na terapêutica, ocasionando agravos ao cliente,
à gentamicina, Já a determinação do tamanho da região variável aumentando o tempo de internação e os custos para a instituição.
(5’3’CS) de seis isolados (75%) mostrou variações entre 1,5Kb e Esse fato é ainda mais preocupante, quando os microrganismos
2Kb. A maioria dos isolados (4/6) apresentou região variável com isolados são provenientes da cavidade bucal de profissionais que
1,75Kb e os restantes com 1,5Kb e 2Kb. Esta variação pode ser atuam em instituições de saúde, os quais assumem o papel de dis-
devida à inserções de diferentes cassetes gênicos nos integrons seminadores desses microrganismos na instituição e na comuni-
destes isolados, resultando em distintos perfis de resistência asso- dade em geral.
ciada. A alta prevalência de integrons de classe 1, nestes isolados
mostra a necessidade de implementação de medidas de controle Palavras-chaves: pessoal de saúde, saliva, Staphylococcus aureus
contra surtos envolvendo isolados com alto perfil de resistência
como foi observado neste hospital.

Palavras-chaves: Klebsiella pneumoniae, Integrons, resistência SO-05 (O40)


bacteriana, infecções hospitalares PERSISTÊNCIA DE Acinetobacter baumannii CARREADORES DO
GENE blaOXA-23 EM PACIENTES COM HOSPITALIZAÇÃO PRO-
LONGADA EM CTI DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RIO DE
JANEIRO.
SO-05 (O39)
FENÓTIPO MLSB EM STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADOS DA Autor(es): BEATHRIZ GODOY VILELA BARBOSA1, ROBSON SOUZA
CAVIDADE BUCAL DE PROFISSIONAIS DE UMA INSTITUIÇÃO ON- LEÃO1, JULIO DELGADO CORREAL3, ANA PAULA D’ALINCOURT
COLÓGICA. CARVALHO-ASSEF2, ELIZABETH ANDRADE MARQUES1,3

Autor(es): LARISSA OLIVEIRA ROCHA-VILEFORT ROCHA-VILE- Instituição(ões):


FORT1, LARA STEFÂNIA NETTO DE OLIVEIRA LEÃO LEÃO2, ANA 1. DMI-UERJ, DISC. DE MICROBIOLOGIA -UNIVERS. DO ESTADO DO
BEATRIZ MORI LIMA LIMA3, DAYANE DE MELO COSTA COSTA1, RIO DE JANEIRO
EDGAR BERQUÓ PELEJA PELEJA5, SILVANA DE LIMA VIEIRA DOS 2. IOC/FIOCRUZ, INSTITUTO OSWALDO CRUZ
SANTOS SANTOS1, FABIANA CRISTINA PIMENTA PIMENTA4, MARI- 3. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO
NÉSIA APARECIDA PRADO-PALOS PRADO-PALOS1
Resumo:
Instituição(ões): O gênero Acinetobacter destaca-se como patógeno devido à sua
1. FEN/UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM / UFG habilidade em adquirir determinantes genéticos de resistência.
2. IPTSP/UFG, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚ- No ambiente hospitalar, a espécie mais relevante é Acinetobac-
BLICA / UFG ter baumannii (A. baumannii) pela sua eficiência em colonizar e
3. FF/UFG, FACULDADE DE FARMÁCIA / UFG infectar pacientes críticos. Durante o período de 2007 a 2008,
4. CDC, CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION foi caracterizado um surto por A. baumannii em várias unidades
5. ACCG, ASSOCIAÇÃO DE COMBATE AO CÂNCER DE GOIÁS do Hospital Universitário Pedro Ernesto. O presente estudo teve
como objetivo observar a manutenção de infecção/colonização
Resumo: por A. baumannii em pacientes internados por um longo período
Introdução: Os estafilococos são considerados importantes agen- no CTI dessa instituição. Foram realizadas culturas de diferentes
tes de infecções adquiridas em instituições de saúde e têm-se espécimes clínicos de três pacientes internados por três meses no
destacado pelo desenvolvimento de resistência a diversos antimi- CTI, entre maio e outubro de 2009. Os microrganismos isolados
crobianos. Profissionais e clientes colonizados por estafilococos foram identificados por métodos convencionais e/ou automatiza-
multirresistentes são comumente identificados nessas institui- dos empregados na rotina laboratorial. As amostras inicialmente
ções,e tal condição tem sido descrita como fator derisco paraele- caracterizadascomopertencentesaogêneroAcinetobacter,foram
var as taxas das infecções. Esses microrganismos têm apresentado identificadas em nível de espécie através de PCR para pesquisa do
crescente resistência aos antibióticos do grupo MLSB (macrolíde- gene blaOXA-51-like. Para avaliação do perfil de resistência, foi
os, lincosamidas e estreptograminas B), os quais representam op- empregado o método de difusão em ágar para 11 antimicrobia-
ções terapêuticas para o tratamento das infecções estafilocócicas. nos. A concentração inibitória mínima (CIM) para imipenem e me-
Objetivo: Detectar o fenótipo de resistência MLSB entre Staphylo- ropenem foi determinada através de E-test® e a detecção do gene
coccus aureus isolados da cavidade bucal de profissionais de uma blaOXA-23-like foi feita por PCR. Foram isoladas 24 amostras dos
instituição oncológica de Goiânia, Goiás. Métodos: As amostras 3 pacientes, todas identificadas como A. baumannii pela presen-
de saliva coletadas foram semeadas em ágar manitol salgado e ça do blaOXA-51. Os principais espécimes clínicos foram secreção
incubadas a 35oC por 48 horas. As colônias que se desenvolve- traqueal(n=8;33,33%)esangue(n=7;29,17%).Todasasamostras
ram foram identificadas e aquelas caracterizadas como S. aureus foram multirresistentes (MDR), com taxa de resistência maior que

60
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
80% para todos os antimicrobianos testados pelo método de difu- colonização pelo ORSA não foi diferente estatisticamente quanto
são, exceto gentamicina, tobramicina e ampicilina com sulbactam. às frequências dos pacientes com OSSA embora valores elevados
Pelo E-test®, foi detectada resistência em 95,83% das amostras de OR fossem observados para: idade >60 anos, terapia antibióti-
para cada um dos carbapenêmicos testados com CIM que varia- ca prévia, uso de sonda vesical e de carbapenêmicos. Conclusão
ram de 12 a 32 µg/mL para ambos. A análise dos perfis de resis- Verificou-se uma relação significativa entre colonização de orofa-
tência por paciente demonstrou a permanência de um mesmo ringe e o risco de PAV por S. aureus independente do fenótipo. A
perfil no período estudado em diferentes materiais clínicos. Além utilização das principais classes de antibióticos foi alta, com os car-
disso, o mesmo perfil foi encontrado em diferentes pacientes. bapenêmicos relacionando-se com a colonização por ORSA. Apoio
Dois evoluíram ao óbito. O gene blaOXA-23 foi caracterizado em FAPEMIG.
todas amostras,indicando uma baixa regulação de sua expressão
para aquelas sensíveis aos carbapenêmicos. A persistência de A. Palavras-chaves: Colonização de Orofaringe, Pneumonia, Resistên-
baumannii MDR produtores de OXA-23, endêmicos na instituição, cia à Oxacilina, Staphylococcus aureus, Unidade de Terapia Inten-
enfatiza a necessidade de monitoramento constante e eventuais siva
mudanças das medidas de contenção adotadas.

Palavras-chaves: A. baumannii, carbapenêmicos, multirresistentes


SO-05 (O44)
ISOLAMENTO DE CLOSTRIDIUM DIFFICILE A PARTIR DE AMOS-
TRAS FECAIS OBTIDAS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA CI-
SO-05 (O43) DADE DO RIO DE JANEIRO
COLONIZAÇÃO DE OROFARINGE E O RISCO DE PNEUMONIA AS-
SOCIADAÀVENTILAÇÃO(PAV)PORStaphylococcusaureusRESIS- Autor(es): Danielle Angst Secco1, Ilana Teruszkin Balassiano1, Jo-
TENTEOUSENSÍVELÀOXACILINAEMUMAUNIDADEDETERAPIA aquim Santos Filho1, Simone Aranha Nouér2, Regina Maria Caval-
INTENSIVA (UTI) DE ADULTOS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO canti Pilotto Domingues1
BRASILEIRO.
Instituição(ões):
Autor(es):MichelRodriguesMoreira,LílianAlvesRocha,PauloPin- 1. UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro
to Gontijo Filho 2.CCIH-UFRJ,CoordenaçãodeControledeInfecçõesHospitalares

Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia Resumo:


Clostridium difficile é um bacilo gram-positivo, anaeróbio, forma-
Resumo: dor de esporo, freqüentemente associado à diarréia nosocomial
IntroduçãoPacientescolonizadossãooreservatórioprincipaldeS. e colite pseudomembranosa. A aquisição desse microrganismo
aureus nas UTIs e representam um fator de risco significativo para ocorre primariamente no ambiente hospitalar, na sua forma es-
infecçõessubsequentes.ObjetivoAvaliaroconsumodasprincipais porulada, e o estabelecimento e multiplicação no cólon resultam
classes de antibióticos, a colonização da orofaringe de pacientes da supressão de membros da microbiota anfibiôntica durante ou
sob ventilação mecânica (VM), o risco de PAVs por S. aureus sus- após antibioticoterapia. Os antimicrobianos normalmente envol-
ceptível ou resistente à oxacilina, assim como de outros fatores vidos são de amplo espectro, como clindamicina, cefalosporinas,
de risco. Métodos O Hospital de Clínicas da Universidade Federal penicilinas e fluoroquinolonas. Os principais fatores de virulência
de Uberlândia (UFU) possui uma UTI de adultos mista,com 15 lei- associados a cepas patogênicas são as toxinas A e B. O trabalho
tos. O estudo foi longitudinal, prospectivo, no período de 05/2009 teve como objetivo isolar cepas de C.difficile a partir de amostras
a 03/2010. As culturas foram feitas na admissão do paciente e a fecais de pacientes internados no Hospital Universitário Clementi-
cada 2 dias até confirmação da colonização. As PAVs foram defi- no Fraga Filho (HUCCF/UFRJ). Foi realizado teste imunológico para
nidas com base em critérios clínicos, radiológicos e contagem detecção das toxinas A e B de C. difficile, através do kit comercial
microbiológica ≥ 106UFC/mL no aspirado traqueal. O consumo RIDASCREEN® Clostridium difficile Toxin A/B” (r-biopharm). Pos-
de antimicrobianos foi avaliado por meio da dose diária definida teriormente as amostras foram submetidas a choque alcoólico e
por 1000 pacientes/dia (pd) para os antibióticos: vancomicina, semeadas em meio CCFA. As colônias foram então submetidas a
carbapenêmicos e cefalosporinas de 3ª e 4ª gerações. Trabalho teste de respiração e coradas pelo método de Gram. Para a iden-
aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UFU. Resultados tificação definitiva, foi utilizado o sistema de identificação de bac-
Foram incluídos no estudo 242 pacientes sob VM com frequência térias Api 20A® (Biomerieux). Foram testadas 29 amostras de pa-
de colonização de orofaringe de 29,7%, correspondendo a 59,7% cientesentreSetembrode2009eAbril de2010,sendo quedessas
e 40,3% de ORSA e OSSA, respectivamente com 8,56 e 5,74 colo- apenas uma se mostrou positiva para a presença de toxinas A/B
nizações/1000 pd para os mesmos microrganismos. O S. aureus e apresentou padrão morfo-tintorial característico de C. difficile.
representou 12,3% das etiologias das PAVs. No total, o risco de A cepa foi identificada como C. difficile pelo teste Api 20A®. Os
adoecimento por este microrganismo foi significativo (P≤0,05), in- dados obtidos neste estudo revelam uma redução na incidência
dependente se a colonização/infecção foi por ORSA ou OSSA. O dopatógenoestudadoem10%,observadoemrastreamentoante-
tempomédioparacolonizaçãofoi de~6/7dias paraosdois fenóti- rior (7/70: Março/08 – Agosto/09) para 3,4% (1/29: Setembro/09
pos embora a distribuição temporal evidenciasse uma colonização – Abril/10). Apesar da amostragem ainda ser pequena, os resul-
comORSAapartirdaprimeirasemana.Autilizaçãodeantibióticos tados preliminares parecem refletir mudanças nas medidas de
foi alta, particularmente para cefalosporinas de amplo espectro, controle deinfecções hospitalaresadotadas pelo HUCCF/UFRJ. Em
com uma recuperação um pouco mais alta de ORSA. Na fase final conclusão,dadaaimportânciadopatógenoemestudo,ocontinuo
da vigilância verificou-se uma diminuição expressiva no consumo monitoramento deste e a sua caracterização genética e fenotípica,
de cefalosporinas com um aumento no de carbapenêmicos. A bem como a adoção de rotinas de diagnóstico, são aspectos que

61
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
merecem atenção dos laboratórios clínicos. Apoio Financeiro: CA- equipamentos. A solução pronto uso do ácido peracético apresen-
PES, CNPq, PRONEX-FAPERJ, FAPERJ tou boa estabilidade após o início do uso.

Palavras-chaves: Clostridium difficile, Diarréia nosocomial, Colite Palavras-chaves: ácido, desinfeccao, endoscopios, peracético
pseudomembranosa

SO-06 (O51)
SO-06 (O46) SISTEMA DE RASTREABILIDADE NUMA CENTRAL DE MATERIAL
A DESINFECÇÃO DE ENDOSCÓPIOS COM ÁCIDO PERACÉTICO POR ESTERILIZADO COMO FERRAMENTA PARA O CONTROLE DE IN-
DEZ MINUTOS É EFETIVA? FECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Autor(es): DIRCEU CARRARA, CRISTINA AKIKO SHIRAHIGE, AGDA Autor(es): GILBERTO DA LUZ BARBOSA, DANIELA RAMOS OLIVEI-
DO CARMO PEREIRA VINAGRE BRAGA, SHINISHI YSHIOKA, PAULO RA, DIONARA SCHLICHTING, NATÁLIA NESPOLO DE PAULA, NARA
SAKAI, TÂNIA MARA VAREJÃO STRABELLI LÚCIA DE CASTRO FAUTH

Instituição(ões):1.InCorHCFMUSP,InstitutodoCoraçãodoHospi- Instituição(ões): 1. HSVP, HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO


tal das Clínicas da Faculdade d
Resumo:
Resumo: INTRODUÇÃO: Segundo padrões internacionais, rastreabilidade é
Introdução: Todos os artigos médico-hospitalares que não são definida como a habilidade de descrever a história, aplicação, pro-
descartáveis necessitam ser processados com segurança antes de cessos ou eventos elocalização,de um produto, a uma determina-
cada nova utilização. Como não são todos os artigos que necessi- da organização, por meio de registros e identicação. Numa Central
tam ser processados, o método adotado depende de como este deMaterialEsterilizado(CME),permitemdocumentaremonitorar
artigo será reutilizado, do risco de infecção que oferece ao pacien- as etapas do reprocessamento de artigos médicos, odontológicos
te e do custo de cada processamento. A limpeza é o mecanismo e hospitalares.OBJETIVO: Relatar a implantação de um sistema de
fundamental para remoção de matéria orgânica e deve sempre rastreabilidade de artigos numa CME. METODOLOGIA: O estudo
preceder a desinfecção ou esterilização. O ácido peracético é um foi desenvolvido num hospital de ensino terciário do interior do
agentebactericida,virucida eesporicida, cujavantagemespecialé estado do RS, referência em cirurgia cárdio-torácica e traumato-
suadecomposiçãoemprodutosnão-tóxicos.Éefetivonapresença lógica, que realiza em média 2000 cirurgias por mês. O processo
de matéria orgânica e esporicida mesmo em baixas temperaturas. de implantação iniciou-se com a criação de um documento, pre-
Objetivos: Avaliar a eficácia do ácido peracético 1500 ppm no pro- viamente aprovado pela Comissão de Prontuário Médico da ins-
cessodedesinfecçãodevideogastroscópiosevideocolonoscópios. tituição, no qual eram registrados todos os artigos esterilizados
Identificar a ocorrência de oxidação nos equipamentos. Verificar no método de vapor saturado sob pressão que seriam utilizados
o tempo de atividade da solução de ácido peracético após sua durante o procedimento cirúrgico. Este registro era feito através
ativação. Métodos: Foram coletadas 160 amostras do ciclo de re- de uma etiqueta termossensível (Classe 1), com os seguintes da-
processamento, sendo 40 antes e 40 após a desinfecção dos gas- dos: data do processo, data de validade, número do equipamento,
troscópios, e 40 antes e 40 após a desinfecção dos colonoscópios. número do ciclo e número do operador. Este documento ficava
A avaliação da integridade físico-funcional dos equipamentos foi anexo ao prontuário do paciente, sendo manuseado pela circulan-
feita por uma empresa credenciada pelo fabricante antes do inicio te de sala durante o trans-operatório. Havendo intercorrências,
do uso do produto e ao final de seis meses de exposição ao pro- este documento era cruzado com a planilha de monitorização das
duto. A estabilidade da solução foi monitorada diariamente antes autoclaves, controlado pelas enfermeiras da CME. RESULTADOS:
do inicio do uso da solução através de fita-teste validada pelo for- A implantação do sistema de rastreabilidade do reprocessamen-
necedor/fabricante. Resultados: Durante o teste piloto, a coleta to possibilitou a checagem de esterilização dos artigos por parte
do material (lavado dos canais) foi feita antes da desinfecção após da equipe do Centro Cirúrgico, a segurança do paciente, a credi-
a limpeza e escovação manual, porém antes da limpeza automa- bilidade por parte das equipes cirúrgicas e a conformidade com a
tizada. Nestas amostras (60 coletas) não houve crescimento de legislaçãovigente.Osavançostecnológicosimplicaramnumanova
micro-organismos. A partir desta observação, passou-se a coletar visãodeCMEecomisso,ocontroledaqualidadetornou-seumre-
o material após a aplicação do jato de água e antes da escovação quisito básico para instituições que visam à melhoria contínua do
dos canais. No período pré desinfecção, 12,5% das amostras co- reprocessamento.CONCLUSÃO: O sistema de rastreabilidade do
letadas dos videosgastroscópios foram positivas. No período pós processo de esterilização é um indicador significativo para man-
desinfecção, não foram encontradas formas viáveis de micro-or- ter as boas práticas. Neste sentido, além de conferir credibilidade
ganismos. Na avaliação pré desinfecção dos videoscolonoscópios, para a CME e para o Serviço de Controle de Infecção e segurança
foram identificados agentes microbiológicos em 34,1% das amos- ao paciente, isentam o estabelecimento de saúde de implicações
tras. Na análise das amostras coletadas no período pós desinfec- legais.
ção, não foram encontrados micro-organismos viáveis. Não houve
crescimento de micobactérias de crescimento rápido no material Palavras-chaves: Controle de infecção, Esterilização, Desinfecção
coletado em nenhum dos momentos avaliados. A duração média
de atividade da solução desinfetante contendo ácido peracético
foi de 16,1 dias (+7,6) e mediana de 14 dias. Conclusões: Neste
estudo, a desinfecção por dez minutos de gastroscópios e coloscó- SO-07 (O53)
pioscomácidoperacéticofoiefetiva.Aexposiçãodegastroscópios Staphylococcus aureus QUE CODIFICAM OS GENES DE VIRULÊN-
ecolonoscópiosaoácidoperacéticonãoprovocaramoxidaçãonos CIA DA LEUCOCIDINA DE PANTON-VALENTINE (PVL): CARACTERI-

62
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ZAÇÃODOSCCmecEDASUSCEPTIBILIDADEAOSANTIMICROBIA- Francini Sampaio, Kátia Regina Netto dos Santos
NOS
Instituição(ões): 1. UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Autor(es): Raiane Cardoso Chamon1,2, Luana Francini Ferreira
Sampaio1, Ricardo Pinto Schuenck1, Fernanda Sampaio Cavalcan- Resumo:
te1, Dennis de Carvalho Ferreira1, Kátia Regina Netto dos Santos1 A recente emergência de amostras não multirresistentes de Sta-
phylococcus aureus resistentes a meticilina (MRSA) carreando o
Instituição(ões): SCCmec IV em hospitais no mundo inteiro tem gerado grande pre-
1. UFRJ, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ocupação, já que essas amostras parecem apresentar um maior
2. UFF, UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE equilíbrio entre resistência e virulência, demonstrando vantagens
adaptativas. A caracterização da susceptibilidade antimicrobiana
Resumo: em amostras isoladas de diferentes locais poderia auxiliar na es-
Staphylococcus aureus é reconhecido como um dos principais pa- colha terapêutica. O objetivo desse estudo foi avaliar o perfil de
tógenos, podendo causar desde infecções cutâneas superficiais resistênciaantimicrobianaemamostrasMRSA/SCCmecIVisoladas
atéaquelasdecorrentesdainvasãodiretadostecidos.ALeucocidi- de 5 hospitais do Rio de Janeiro, correlacionando com os seus “se-
na dePanton-Valentine (PVL), altamentecitolítica para hemácias e quence typing” (ST). Foram analisadas 24 amostras de diferentes
leucócitos, é codificada pelos genes lukS-PV e lukF-PV, e vem sen- pulsotipos, agrupadas em 7 STs. O perfil de resistência a ciproflo-
do destacada como fator de virulência em amostras de S. aureus xacina, clindamicina, eritromicina, oxacilina e vancomicina foi ava-
resistentes à meticilina (MRSA) de origem comunitária. O objetivo liado pelo método de microdiluição em caldo para determinação
do estudo foi a identificação do SCCmec em 25 amostras de S. au- das concentrações mínimas inibitórias (CMIs). Todas as amostras
reus carreadores dos genes da PVL, relacionando com a suscepti- foram sensíveis a vancomicina. As 7 amostras apresentando ST1 e
bilidade aos antimicrobianos pelo método de disco-difusão e com geneticamente semelhantes ao clone USA 400 foram resistentes a
a Concentração Mínima Inibitória (CMI) para vancomicina e oxaci- todos antimicrobianos analisados. Das 7 amostras apresentando
lina.Asamostrasforamcoletadasem7hospitaisdoRiodeJaneiro, ST5egeneticamentesemelhantesaocloneUSA800duasapresen-
entre julho de 2004 e dezembro de 2009. Os genes da PVL foram taram sensibilidade a todos os antimicrobianos analisados, quatro
detectados através da PCR e a caracterização do SCCmec através foram sensíveis a ciprofloxacino e uma apresentou resistência a
da PCR multiplex. Das 25 amostras, 18 (72%) apresentaram o SC- todos antimicrobianos. As quatro amostras apresentando ST30
Cmec IV, e 7 (28%) eram S. aureus sensíveis à meticilina (MSSA). e geneticamente semelhantes ao clone da Oceania e a amostra
Uma sensibilidade elevada foi observada para os seguintes anti- apresentando ST 97 e geneticamente relacionada com amostras
microbianos: ciprofloxacina, linezolina, mupirocina, sulfa-trimeto- sensíveis a meticilina (MSSA) apresentaram sensibilidade a to-
prim evancomicina (100%);teicoplamina (96%);clindamicina, clo- dos antimicrobianos analisados, com exceção de uma amostra
ranfenicol, gentamicina e rifampicina (92%); e tetraciclina (80%). Acom ST30 que apresentou resistência somente a eritromicina.
resistência à cefoxitina foi detectada para 88,9% das amostras tipo Duas amostras desse clone apresentaram CMIs de sensibilidade
IV, enquanto o disco de oxacilina detectou 38,9% dessas amostras. para oxacilina (1 e 2 µg/mL). As amostras apresentando ST72 e
ACMIparaoxacilinanestasamostrasvarioude0,25µg/mLa16µg/ ST1203, normalmente encontradas em amostras CA-MRSA, fo-
mL. Duas amostras MRSA sensíveis a cefoxitina pelo teste de dis- ram sensíveis a todos os antimicrobianos, incluindo uma amos-
co-difusão apresentaram CMI de 0,25 e 0,5µg/mL, enquanto três tra que apresentou CMI para oxacilina de 2 µg/mL e outra com o
amostrascomCMI=1µg/mLforamresistentesàcefoxitinapelodis- CMI igual ao “ponto de corte” estabelecido pelo CLSI (4µg/mL). A
co. A CMI para oxacilina em amostras MSSA variou de 0,5µg/mL a única amostra apresentando ST8 e geneticamente semelhante ao
2µg/mL.ACMIparavancomicinarevelou100%deamostrassensí- USA300 apresentou resistência somente a eritromicina. A análise
veis. Contudo, 3 amostras tipo IV e 1 amostra MSSA apresentaram dos resultados confirmou a não multirresistência entre amostras
CMI=2µg/mL. Os resultados mostram que tanto amostras MSSA tipo IV e revelou uma correlação entre clonalidade e maior resis-
quanto MRSA tipo IV, normalmente relacionadas com infecções tência antimicrobiana entre amostras relacionadas ao clone USA
comunitárias, são sensíveis a maioria dos antimicrobianos anali- 400 (ST1), genótipo que tem sido mais isolado e emergente nos
sados. Apesar do disco de cefoxitina ser o teste padrão ouro para hospitais brasileiros.
a detecção de amostras MRSA, duas amostras tipo IV não foram
detectadas por este método. Além disso, o disco de oxacilina de- Palavras-chaves: Resistência antimicrobiana, SCCmec IV, Staphylo-
tectou apenas 38,9% dessas amostras. Deve-se destacar também coccus aureus
que 4 amostras apresentaram CMIs de 2 para vancomicina, valor
que pode inviabilizar a terapêutica com este antimicrobiano em
infecções estafilocócicas.
SO-07 (O56)
Palavras-chaves: PVL, Staphylococcus aureus, SCCmec tipo IV DETECÇÃO DE METALO β-LACTAMASE EM ISOLADOS DE Pseudo-
monas aeruginosa PROVENIENTES DE HOSPITAIS PÚBLICOS DO
RECIFE-PE

SO-07 (O55) Autor(es): Lilian Rodrigues Alves, Paula Regina Luna de Araújo Já-
AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA EM AMOSTRAS come, Ana Catarina de Souza Lopes, Maria Amélia Vieira Maciel
DE Staphylococcus aureus COM SCCmec IV ISOLADAS DE HOSPI-
TAIS DO RIO DE JANEIRO Instituição(ões): 1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco

Autor(es): Pricilla Dias Moura de Matos, Ricardo Pinto Schuenck, Resumo:


Dennis de Carvalho Ferreira, Fernanda Sampaio Cavalcante, Luana Introdução: Pseudomonas aeruginosa é um patógeno oportunista

63
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
frequentemente associado a infecções nosocomiais e resistência erm, enquanto o efluxo de macrolídeos é realizado por proteínas
a diversos antimicrobianos incluindo cefalosporinas de última de membrana codificadas pelo gene msrA. O objetivo deste estu-
geração e carbapenêmicos, tendo como um dos principais meca- do foi correlacionar a resistência à eritromicina e/ou clindamicina
nismos de resistência a produção da enzima metalo β-lactamase em 50 amostras de Staphylococcus aureus (39 MRSA e 11 MSSA) e
(MβL). Objetivo: Detectar fenotipicamente a produção de enzima 34 de S. epidermidis (32 MRSE e 2 MSSE) com os tipos de cassetes
metalo β-lactamase em isolados de Pseudomonas aeruginosa re- mec (SCCmec). O método de disco-difusão foi utilizado inicialmen-
sistentes a ceftazidima (CAZ) e/ou imipenem (IPM) provenientes te para triagem das amostras resistentes à eritromicina e a técni-
de três hospitais públicos do Recife-PE nos anos de 2002, 2003, ca de PCR foi empregada para a detecção dos genes ermA, ermB,
2006, 2008 e 2010. Metodologia: Para a pesquisa de MβL nas ermC e msrA e para a tipagem do SCCmec. Entre as 39 amostras
20 amostras, selecionadas pelo perfil de susceptibilidade segun- de MRSA, 21 (53,8%) apresentaram o gene ermA e 12 (30,8%) o
do critérios do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, gene ermC. Todas as 5 amostras de MRSA SCCmec tipo II e 88,2%
2008),foiutilizadaatécnicadeaproximaçãodedisco,queconsiste das amostras tipo III apresentaram o gene ermA, enquanto 76,9%
na deposição de dois discos de CAZ a uma distancia de 5 cm, e ao das amostras tipo IV apresentaram o gene ermC. Em relação às
lado de um dos discos de CAZ foi colocado um disco de papel filtro amostras MSSA, 6 (54,5%) apresentaram os genes ermA e ermC
estéril embebido em 2 µl de ácido 2-mercaptopropiônico (2-MPA), e 4 o gene ermC (36,4%). Das 32 amostras de MRSE, 25 (78,1%)
a uma distância de 2,5cm. Em seguida, as placas foram incubadas apresentaramogeneermCe5(15,7%),ogenemsrA.OgeneermC
em estufa a 37°C e lidas com 24 horas. Resultados: Das amostras foi detectado em todas as 3 amostras que apresentaram o tipo III
estudadas, 14,29% (3/21) mostraram-se panresistentes e 85,71% deSCCmeceentreasamostrastipoIV(76,9)deMRSE.Concluímos
(18/21) multirresistentes, das quais 27,77% (5/18) apresentaram que entre amostras MRSA há uma estreita relação entre a presen-
sensibilidade apenas a polimixina B. 71,43% (15/21) das amostras ça do gene ermA e os SCCmec tipos II e III, características que têm
apresentaram resistência a CAZ e 76,20% (16/21) resistência a sido relacionadas com altos níveis de resistência antimicrobiana.
IPM. A MβL foi detectada em 57,14% (12/21) das amostras, sendo Poroutrolado,ogeneermC,maisrelacionadoàresistênciainduzi-
50,00% (6/12) destas resistentes a CAZ e IPM simultaneamente e da à clindamicina e à espécie S. epidermidis, mostrou-se também
os outros 50,00% (6/12) resistentes somente ao IPM. A freqüên- relacionado ao cassete tipo IV em ambas as espécies estudadas.
cia de isolados produtores de MβL deste estudo é semelhante aos
resultados encontrados por Magalhães e colaboradores (62,5%; Palavras-chaves: Clindamicina, Eritromicina, Resistência fenotípica
15/24 amostras), em cinco hospitais localizados na cidade do Reci- e molecular, Staphylococcus aureus, S. epidermidis
fe-PEnoanode2005.Conclusões:Aidentificaçãodeisoladosmul-
tirresistentes de P. aeruginosa em ambientes hospitalares, consis-
te em um grave problema de saúde pública uma vez que limita as
opções terapêuticas para pacientes infectados por este patógeno. SO-08 (O62)
A capacidade de produção de MβL por estes microrganismos tem EFICÁCIADEPRODUTOSALCOÓLICOSPARAAHIGIENIZAÇÃODAS
sido detectada com elevada frequência em hospitais da cidade do MÃOSCONTRAOVIRUS2009H1N1,MRSAEOUTROSMICROOR-
Recife nos últimos anos, indicando a necessidade de uma maior GANISMOS DE IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE PÚBLICA
conscientização no uso racional dos antimicrobianos, bem como o
acompanhamento das políticas de controle de infecção hospitalar Autor(es): Elizabeth De Nardo1,1, Luciana Rezende Barbosa1,1
neste município.
Instituição(ões):
Palavras-chaves: Carbapenêmicos, Infecção nosocomial, Metalo 1. GOJO, GOJO Industries, Inc.
β-lactamase, Multirresistência, Pseudomonas aeruginosa 2. GOJO, GOJO América Latina
3. GOJO, GOJO América Latina

Resumo:
SO-07 (O57) EFICÁCIA DE PRODUTOS ALCOÓLICOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS
CORRELAÇÃO ENTRE RESISTÊNCIA À ERITROMICINA E CLINDA- MÃOS CONTRA O VIRUS 2009 H1N1, MRSA E OUTROS MICROOR-
MICINA E TIPOS DE SCCmec EM AMOSTRAS DE Staphylococcus GANISMOS DE IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE PÚBLICA *E DE NAR-
aureus e S. epidermidis DO,PHD1,L.BARBOSAPHD2,S.EDMONDS,MS1,V.DZYAKANAVA,
PHD2,D.MACINGA,PHD1,J.ARBOGASTPHD11GOJOINDUSTRIES,
Autor(es): Cristiane Roberta dos Santos Teodoro, Ricardo Pinto AKRON, OHIO, USA, 2GOJO AMÉRICA LATINA, PINDAMONHANGA-
Schuenck, Roberta Mello Ferreira Caboclo, Milena Borgo Azevedo, BA, SÃO PAULO, BRASIL,3BIOSCIENCE LABORATORIES, BOZEMAN,
Eliezer Menezes Pereira, Claudio Simões de Mattos, Kátia Regina MT,USAIntrodução:Ousodeprodutosalcoólicosparaahigieniza-
Netto dos Santos ção das mãos é recomendado pela Organização Mundial da Saúde
para a maioria dos procedimentos assistenciais, devido a compro-
Instituição(ões): 1. UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro vada eficácia microbiana, menor tempo operacional, fácil acesso
ao ponto de cuidado do paciente e melhor tolerância da pele. No
Resumo: BrasilousodessesprodutostambemérecomendadopelaANVISA
Os antimicrobianos macrolídeos, lincosamidas e estreptograminas apesardequedadossobreaeficáciadessesprodutosnemsempre
B (MLSB) são alternativas terapêuticas no tratamento de infecções são conhecidos. Objetivo: Determinar a eficácia de produtos alco-
por Staphylococcus spp. resistentes à oxacilina. No entanto, tem ólicos em diferentes formas e concentrações contra vários pató-
sido observado um número crescente de amostras resistentes, genos de importância clínica. Metodologia: Foram avaliados cinco
podendo haver resistência cruzada entre tais classes de antimicro- produtos a base de álcool etílico nas seguintes concentrações e
bianos. Aresistência à eritromicina está relacionada à modificação respectivas formas farmacêuticas: gel 62%, 70% e 80%; espuma
nosítio-alvodasubunidade 50Sribossomalcodificadapelosgenes 70% e toalhas umedecidas 62%. Testes in vitro e in vivo foram rea-

64
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
lizados usando as normas Européias (EN) e os protocolos america- ocorre através do toque de tela do dispositivo. Resultados: Foram
nos da American Standard Material Method (ASTM). Os testes in avaliados como “excelente e muito bom” a maioria dos critérios
vitro usaram EN 1275 para Candida albicans, ASTM E1052 para o do questionário de avaliação da tecnologia móvel. Conclusão: a
virus 2009 AH1N1(CDC ID # 2009712047) e ASTM E2315 para mais tecnologiamóvelmelhorou,demaneirageraloprocessodetraba-
de40tiposdebactériasincluindo MRSAealgunsfungos.Ostestes lho.As avaliações realizadas pelos participantes da CCIH permitem
in vivo nas mãos de voluntários simularam condições reais e utili- concluir que o sistema informatizado possui qualidade e efetivida-
zaram a EN1500 para E coli. A redução dos microorganismos para de. É importante destacar que este sistema está na fase de manu-
cada produto foi calculada em log10 ou %. Resultados: Em geral os tenção e necessitará de constantes revisões e atualizações.
produtos apresentaram redução >4 log10 (99.99%) contra todos
os microorganismos testados in vitro, e também foram aprovados Palavras-chaves: Informática em Enfermagem, Sistemas de Infor-
em todos os requerimentos dos testes in vivo. Conclusões: Antis- mação, Controle de infecções, Lavagem de mãos
sépticos de mãos à base de álcool etílico disponíveis no mercado
brasileiro, independente da forma farmacêutica (gel, espuma ou
toalhas umedecidas) ou concentracao alcoólica (62% a 80%) apre-
sentaram a mesma eficácia (99, 99 % ou mais de redução) contra P027
um amplo espectro de microorganismos, em apenas 15 segundos PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO (PAV) POR BACILOS
de exposição. Testes in vivo confirmaram a eficácia dos produtos GRAM NEGATIVOS (BGN) MULTIRESISTENTE EM UMA UNIDADE
em reduzir o número de microorganismos nas mãos e, portanto, DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) MISTA DE UM HOSPITAL UNIVERSI-
devem ser recomendados para reduzir os riscos de infecção e TÁRIO BRASILEIRO: INCIDÊNCIA E EVOLUÇÃO CLÍNICA
transmissão de microorganismos transientes das mãos incluindo
o vírus AH1N1 e MRSA. Autor(es): Munick Paula Guimarães, Luiz Fernando Barbaresco,
Ana Paula Amâncio Moreira, Geraldo Batista de Melo, Paulo Pinto
Palavras-chaves: ADESÃO A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, EFICÁCIA Gontijo Filho
DEPRODUTOSALCOÓLICOS,HIGIENIZAÇÃODASMÃOS,PRODUTO
ALCOÓLICO, VIRUS H1N1 Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia

Resumo:
Introdução- A participação de BGN em infecções hospitalares de
SO-08 (O63) pacientes internados em UTI, particularmente de amostras mul-
CONSTRUÇÃO DE UMA ESTRUTURA INFORMATIZADA EM tiresistentes (MR) aos antimicrobianos é um problema crescente
TECNOLOGIA MÓVEL PARA O REGISTRO DA OBSERVAÇÃO DA nos hospitais da América do Sul. Objetivo- Determinar a taxa de
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS incidência e a evolução clínica de pacientes com PAV por BGN MR
em uma UTI de adultos. Metodologia- A UTI de adultos do HC-
Autor(es): FRANCINE LETÍCIA DA SILVA SECCO, DENISE TOLFO SIL- UFU é mista com 15 leitos. O modelo de estudo foi longitudinal,
VEIRA, RODRIGO PIRES DOS SANTOS, LORIANE RITA KONKEWICZ, prospectivo com inclusão de pacientes em uso de ventilação me-
GILBERTO CABRAL DE MELLO BORGES, MARCIA ROSANE PIRES, cânica (VM) com PAV diagnosticada por critérios clínicos, radio-
JESSICA DALLÉ lógicos e microbiológicos, com contagem do aspirado traqueal ≥
106 UFC/mL, no período de 09/2008 a 08/2009. A identificação de
Instituição(ões): espécies foi realizada por testes fenotípicos clássicos e o perfil de
1. HCPA, HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE resistência aos antimicrobianos definida pela técnica de difusão
de disco. As amostras foram definidas como MR quando apresen-
Resumo: tava resistência a 3 ou mais classes de antimicrobianos. A investi-
Introdução: A higiene correta das mãos pelos profissionais de saú- gação foi aprovada pelo comitê de ética da UFU. Resultados- No
de é uma das medidas mais efetivas para prevenção de infecções. total, foram diagnosticados 107 (48,6%) casos de pneumonias em
A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital pacientes sob VM. A etiologia por BGN correspondeu a maioria
de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) executa ações programadas de (85,5%) das PAVs, com predomínio de espécies não fermentado-
prevenção e controle de infecções e mensura sistematicamente a ras, Pseudomonas aeruginosa (32,5%) e Acinetobacter bauman-
adesão dos profissionais à higiene de mãos, através de observa- nii (25,7%), seguindo-se membros da família Enterobacteriaceae
ções realizadas por estagiários e residentes do serviço. Objetivos: (13,7%).AsamostrasMRcorresponderama69,1%,corresponden-
Desenvolver uma estrutura informatizada para observação da hi- do as seguintes freqüências por agente: P. aeruginosa (39,4%), A.
gienização das mãos em tecnologia móvel, avaliar os critérios de baumannii (90,0%) e Enterobacteriaceae (93,7%). A mortalidade
conteúdo, interface, técnico e usabilidade da tecnologia móvel de hospitalar (30 dias) na UTI foi de 33,4%, com uma taxa significan-
acordo com o padrão ISO/IEC 9126 através da opinião dos usuá- temente (p=0,0001) maior de PAVs por MR (82,1%) em relação as
rios frente a essa tecnologia. Metodologia: Projeto de desenvol- amostras susceptíveis 17,9%. Conclusão- Os BGNs foram respon-
vimento de produção tecnológica baseada na engenharia de um sáveis pela etiologia da maioria (85,5%) das PAVs, com predomínio
software, fundamentada na teoria do ciclo de vida de desenvolvi- dos não fermentadores (~72,0%), e representados principalmen-
mento de sistema. É também um estudo de natureza quantitativa te por amostras MR, cujas pneumonias foram relacionadas a um
para avaliar junto aos estagiários e residentes da CCIH (usuários prognóstico pior (p=0,0001; OR= 7,1). Apoio Financeiro: FAPEMIG.
da nova tecnologia) critérios de qualidade da tecnologia móvel,
através de um questionário. O Sistema para observação da higie- Palavras-chaves: Bacilos Gram Negativos, Pneumonia, Ventilação
nização das mãos foi construído para coletar dados através de um mecânica
dispositivomóvel(PDA).Oacessoparacoletadedadosérealizado
através do programa MobiCCIH e o preenchimento do formulário

65
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P047 Autor(es): JACQUELINE OLIVEIRA RUEDA*, VILMA AZEVEDO CA-
O IMPACTO DA IMPLEMENTAÇÃO DE BUNDLES NA PREVENÇÃO NUTO PEREIRA, DANIELA MOREIRA CARAMURU
DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UNI-
DADES DE TERAPIA INTENSIVA. Instituição(ões): 1. HIMABA -VILA VELHA/E, HOSPITAL E MATERNI-
DADE DR. ALZIR BERNADINO ALVES
Autor(es): Raisa Beatrice Mourão, Daiane Patricia Caisa
Resumo:
Instituição(ões): Introdução: Infecção primária de infecção de corrente sanguínea
1. HS, Sociedade Hospital Samaritano de São Paulo (IPCS) é a infecção mais frequente relacionada à assistência a saú-
de sendo Staphylococcus coagulase negativo o agente etiológico
mais incidente seguido por enterobactérias, Staphylococcus au-
Resumo:
reus resistente a oxacilina (ORSA) e Candida sp. Destes ORSA e as
Introdução: As pneumonias associadas à ventilação mecânica
enterobactérias produtoras de β-lactamase de espectro expandi-
(PAV) são as infecções mais prevalentes em terapias intensivas.
do (ESBL+) e AmpC-lactamase (AmpC+) representam um desafio
Para reduzir este índice, recomenda-se a aplicação de bundles
devido ao tratamento e a alta mortalidade associada. Em nosso
que, segundo o Institute for Healthcare Improvement (IHI), são
país os ORSA mostram-se sensíveis a glicopeptídeos, porém esta
grupos de boas práticas que individualmente resultam em me-
classe de antibióticos (ABT) esta relacionada com a emergência de
lhoria da assistência e, quando implementadas em conjunto, as
Enterococcus resistente a vancomicina (VRE). O uso de cefalospo-
melhorias são ainda mais substanciais. As evidências científicas
rinas de 3ª geração induz a seleção de cepas de bactérias produ-
que corroboram cada elemento do bundle estão suficientemente
toras de ESBL, e a mutação cromossomial que leva a produção de
estabelecidas e são consideradas como cuidado padrão. Objetivo:
AmpC+. Objetivo: Descrever o impacto de medidas de controle de
Mensurar o nível de adesão ao bundle de PAV, correlacionando-
infecção na seleção e disseminação de bactérias multiresistentes
o com a incidência de pneumonias por 1000 dias de ventilação
(MR).Materiaisemétodos:Estudodescritivorealizadonaunidade
mecânica (VM). Metodologia: Estudo descritivo, exploratório, re-
de terapia intensiva neonatal e pediátrica em Vila Velha/ES. Foram
alizado em um hospital geral terciário de médio porte na cidade
comparadasasincidênciadebactériasentre2períodos:2006/07e
de São Paulo, de junho/2009 a abril/2010. Todos os pacientes
2008/09, períodos em que a CCIH interviu com as seguintes estra-
em VM nas UTIs (adulto, infantil e cardiológica) foram avaliados
tégias:oRealizaçãodeswabdevigilância(retalenasal)empacien-
por meio de check list com cinco medidas essenciais (realização
tes egressos e naqueles provenientes de outro serviço de saúde;
de fisioterapia, presença de condensado no circuito, cabeceira
o Instituição de precaução de contato para pacientes colonizados/
elevada > 30º, higiene oral com clorexidina e ressuscitador manu-
infectado por bactéria MR; o Educação em relação ao uso de anti-
al individual) e uma medida de risco (uso de sonda nasogástrica
microbianos sendo restringido o uso de vancomicina e 3ª geração
ou nasoenteral). Este instrumento foi aplicado de forma direta,
sendo o uso desta substituído por cefepima; Além disto, em 2009
com posterior cálculo da conformidade. As visitas foram realiza-
foi iniciada a vigilância semanal de VRE em pacientes de risco. Na
das quinzenalmente, sem aviso prévio, pela mesma avaliadora.
comparação entre as taxas foi usado teste χ2 (chi-square test). Re-
Os dados foram analisados com estatística descritiva. Resultados:
sultados: Após as intervenções da CCIH não ocorreu infecções por
No primeiro mês de acompanhamento, diagnosticou-se alta inci-
ORSA (p < 0,05), as infecções por enterobactérias ESBL+ sofreram
dência de PAV (20/1000 dias de VM) e baixa adesão às medidas
uma queda de 70% (p < 0,05), mas a ocorrência de enterobacté-
avaliadas (15%). No segundo mês, a adesão apresentou aumento
rias AmpC+ permaneceu estável. Não foi encontrado VRE. Con-
gradativo, inversamente proporcional à taxa de PAV. De setembro
clusão: As medidas instituídas são de baixo custo,fácil aplicação e
a dezembro, a adesão variou de 40 a 70%, com índices de PAV de
reprodutividade, e se mostraram efetivas no controle de ESBL+ e
5 a 15/1000 dias de VM. Em fevereiro, observou-se um pico (30
ORSA, porém não se mostraram efetivas no controle de Amp C+.
episódios por 1000 dias de VM) e boa adesão ao bundle (70%), o
Isto nos indicou que a cefepima apesar de ser um fraco indutor na
que pode ser reflexo do aumento das médias de idade e perma-
produção de AmpC+, deva ser utilizado com cautela. (AmpC beta-
nência de pacientes graves em uma das UTIs. Posteriormente, a
lactamases. Jacoby GA.Clin Microbiol Rev. 2009 Jan;22(1):161-82).
equipe do Serviço de Controle de Infecção desenvolveu um traba-
A queda na ocorrência de ORSA automaticamente restringiu o uso
lho educativo, resultando em importante queda do índice de PAV
de vancomicina levando a redução deste importante fator de risco
para aproximadamente 8 episódios por 1000 dias de VM e adesão
para aquisição de VRE.
de 90% às medidas do bundle. Conclusão: A aplicação de bundles
é uma realidade factível, que produz bons resultados no controle
e prevenção das infecções hospitalares. Porém, a educação e os Palavras-chaves: Enterobactérias, MRSA, Swab, Vigilância
treinamentos periódicos continuam sendo fundamentais nos pro-
cessos de melhoria dos serviços de saúde.

Palavras-chaves: bundle, pneumonia associada a ventilação mecâ-


P069
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INFECÇÕES RELACIONADA À
nic, prevenção ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM PACIENTES TRANSPLANTADOS DE
CÉLULAS TRONCO-HEMATOPOIÉTICAS DO HOSPITAL DAS CLÍ-
NICAS/FMUSP NO PERÍODO DE 2001 A 2009.
P061 Autor(es):ElisaDonalisioTeixeiraMendes,MariusaBasso,Frederi-
IMPACTO DE MEDIDAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO EM SERVIÇO
DE SAÚDE NA SELEÇÃO E DISSEMINAÇÃO DE BACTÉRIAS MULTI- co Dulley, Thais Guimarães, Silvia Figueiredo Costa
RESISTENTES.
Instituição(ões):
1. HC FMUSP, Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina da USP

66
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
INTRODUÇÃO: A pneumonia associada a ventilação mecânica
Resumo: (PAV)é a infecção mais frequente, em especial na terapia intensi-
Introdução: Nos últimos 50 anos, a Infectologia vem deparando- va adulto (UTIA). A PAV pode aumentar em 30% a mortalidade e
se com uma crescente população de imunodeprimidos, sendo prolongaroperíododeinternaçãoentre7e9dias.Atualmente,há
o transplante de células tronco-hematopoiéticas (TCTH) um dos vários métodos de prevenção e conrtole de infecções associadas
ramos que mais evoluiu. Infecções relacionadas ao serviço de aos dispositivos invasivos. Sendo o modelo mais novo no Brasil, a
saúde (IRAS) são importante causa de morbidade e mortalida- Campanha 5 milhões de vida do Institute of Healthcare Improve-
de nesta população. Porém, dados brasileiros de IRAS em TCTH ment (IHI), que consciste, para PAV, quatro medidas com alto nível
ainda são escassos. Objetivo: Avaliar as IRAS nos pacientes neu- de evidência (elevação da cabeceira 30-45º; interrupção diária da
tropênicos, internados na unidade de TCTH do HC-FMUSP de ja- sedação;profilaxiadeúlceradestresseprofilaxiadeTVP).Pensan-
neiro/2001 a dezembro/2009, analisando a evolução dos quadros do em melhorar a assistência prestada na UTIA e visando a redu-
infecciosos, reconhecendo o seu perfil etiológico, e relacionando ção de PAV, o servio de controle de infecção em parceria com os
a tempo de hospitalização e prognóstico. Métodos:Foi realiza- membros da equipe assistencial da UTIA do Hospital Metropolita-
da vigilância ativa de IRAS dos pacientes, com coleta de dados noButantã,decidiramimplantaressasmedidasutilizandoasferra-
clínicos,epidemiológicos e etiológicos, utilizando como denomi- mentasdequalidade.OBJETIVO:ReduziradensidadePAV;integrar
nador dias de neutropenia. A análise estatística foi realizada com o trabalho multiprofissional entre as equipes assistênciais da UTIA
Epinfo6.0,sendo as variáveis categóricas analisadas pelo método (médicos, enfermeiros, fisoterapeutas, fonaudiologo), as áreas de
Exato de Fisher e as continuas pelo método de Mann-Whitney/ apoio (controle de infecção, farmácia, almoxarifado, CME)e a dire-
Wilcox(considerou-se p<0.05 significativo).X2 para tendência foi toria; utilizar as ferramentas de qualidade na criação, implantação
usado para comparar taxas de IRAS nos últimos 5 anos do estu- e medição dos processos implantados. MÉTODO: Para o desenvol-
do. Resultados:Ocorreram 477 episódios de neutropenia em 424 vimento destas atividades foi criado um grupo multiprofissional,
pacientes,totalizando 5.988dias de neutropenia.283 pacientes de- composto pelo coordenador médico e de enfermagem da UTIA,
senvolveram IRAS (75,1%) com idade média de 30 anos (1-70).A plantonista, fisoterapeuta, fonaudiologo e o controle de infecção.
doença de base mais freqüente foi a anemia aplásica (18,3%). Descrição das atividades: 1º formação do grupo multiprofissional
O TCTH foi alogênico em 74,5%, e mais frequente entre os que e sua finalidade; 2º descrição dos problemas utilizando o diagra-
apresentaram IRAS(81,2%).O tempo de internação entre os que ma de causa e efeito; 3º identificação das prioridades; 4º plano
desenvolveram IRAS variou de 3 a 232 dias (média 27), já entre os de ação, utilizando o sistema PDCA; 5º criação e implantação de
não-IRAS a durou de 1a52 dias (média 12), com p<0,001. A febre check list e protocolos através do mapeamento de processos; 6º
de origem indeterminada foi o diagnóstico mais comum, com 132 implantação dos processos, medição e gerenciamento, através
pacientes (34,6%). Entre os com foco definido (64,5%), a infecção de indicadores. RESULTADOS: Houve uma redução importante da
de corrente sanguínea (38 episódios) foi a mais comum. Evoluíram densidade de PAV, do percentil 50 para abaixo de 30. A criação de
para óbito 157 pacientes (33,5%) e destes 85% realizaram TCTH umgrupomultiprofissionalpropiciouumapredizadomútuoeuma
alogênico (RR 2,91,p<0,001). O tempo de neutropenia foi signifi- troca de experiência sem precedente, além de aprimorar a assis-
cantemente maior entre os que desenvolveram IRAS, e o número tência prestada e seus processos. CONCLUSÃO: As ferramentas de
de infecções microbiologicamente documentadas não foram dife- qualidade, são instrumentos de apoio fundamental para assegu-
rentesnosdoisdesfechos(altaeóbito).Conclusão:ICSfoiaprinci- rar o comprometimento com a melhoria contínua dos resultados.
pal IRAS diagnosticada, com sua taxa manteve-se estável durante Porém, entender e se adaptar a um trabalho multiprofissional foi
o período estudado. P.aeruginosa foi o agente mais freqüente. A fundamental para alcançar resultados positivos em números e em
presença de IRAS teve relação com internação prolongada,e foi qualidade.
mais frequente entre os TCTH alogênicos e entre os óbitos. Nem o
tempo de neutropenia nem a ocorrência de infecção microbiologi- Palavras-chaves: Pneumonia, Ventilação Mecânica, Ferramentas
camente documentada associaram-se com mortalidade, diferente de qualidade
do TCTH alogênico (aumento do risco de óbito).

Palavras-chaves: Infecção hospitalar, Infecção transplantados de


medula ossea, Imunodeprimido, Neutropenico Febril, Neutrope- P097
nico dia INFECÇÕES NOSOCOMIAIS E LETALIDADE EM PACIENTES ONCO-
LÓGICOS.

Autor(es): THAIS KATO DE SOUSA1, SILVANA DE LIMA VIEIRA DOS


P093 SANTOS1, MARINÉSIA APARECIDA DO PRADO PALOS1, DULCELENE
FERRAMENTAS DE QUALIDADE AUXILIANDO NAS ATIVIDADES DE DESOUSAMELO1,DAYANEDEMELOCOSTA1,EDGARBERQUÓPE-
UM GRUPO MULTIPROFISSIONAL PARA REDUÇÃO DE PNEUMO- LEJA2, MARCELLE ALESSA SILVEIRA MACHADO2, REGIANE APARE-
NIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA CIDA DOS SANTOS SOARES BARRETO1

Autor(es): Fabiana Silva Vasques, Sandra Regina da Silva, Fabiana Instituição(ões):


Pereira dos Santos, Imara J. de Azevedo Rios, Liliane Lemos, An- 1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM - UFG
tonio Claudomiro Aparecido Beneventti, José Licinio de Oliveira, 2. AAJ, HOSPITAL ARAUJO JORGE
Paula Marques de Vidal
Resumo:
Instituição(ões): 1. HMB, Hospital Metropolitano Butantã Introdução: Segundo a Agência Internacional para a Pesquisa em
Câncer (IARC/OMS), o impacto global do câncer dobrou nos úl-
Resumo: timos 30 anos. Os pacientes oncológicos apresentam alterações

67
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
permanentes ou transitórias nos mecanismos de defesa anti-in- reduzir a densidade de incidência de pneumonia associada à ven-
fecciosos, em decorrência de serem submetidos a numerosas in- tilação mecânica invasiva nas instituições de saúde. Esta auditoria
ternações e a vários procedimentos invasivos e terapêuticos, que de processo consiste em um check - list com as principais medidas
prolongam sua permanência no ambiente hospitalar, favorecen- de prevenção de infecção do trato respiratório associada à venti-
do o aparecimento de diversas complicações infecciosas. Diante lação mecânica invasiva. Esta auditoria foi aplicada durante o ano
disso, as infecções associadas ao cuidado em saúde (IACS) são de 2009 na Unidade de Terapia Intensiva Adulto de um Hospital
consideradas as principais causas de morte em pacientes hospi- Privado de grande porte no município de São Paulo, pela enfer-
talizados. Objetivos: Identificar as taxas de pacientes oncológicos meira Supervisora da Unidade de Terapia Intensiva Adulto e pela
com infecções associadas ao cuidado em saúde; avaliar a taxa de Enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. Primei-
letalidade associada a essas infecções. Métodos: Estudo descriti- ramentetodos os procedimentosoperacionais padrãode medidas
vo, retrospectivo, com abordagem quantitativa desenvolvido em de prevenção de infecções do trato respiratório foram elaboradas
parceria com o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e após toda a equipe multiprofissional treinada o mesmo foi apli-
de uma instituição referência em tratamentos oncológicos da re- cado. Três vezes por semana a auditoria de processo era aplicada
gião Centro-Oeste. Como critério de inclusão foi considerado os em todos os pacientes da Unidade de Terapia Intensiva Adulto
casos de IACS diagnosticados de acordo com a metodologia Na- que faziam uso da ventilação mecânica invasiva. Neste impresso o
tional Nosocomial Infections Surveillance (NNIS). As informações cumprimentoeraapontadocomoconformeounãoconformepara
foram coletadas por meio dos formulários de solicitação do uso todas as medidas de prevenção mediante a evidência em prontu-
de antimicrobianos, pareceres dos infectologistas e formulários ário ou a beira do leito. Somente era considerado como conforme
de registro de curativos arquivados no período de 2004 a 2008, e se todas as medidas de prevenção de infecção fossem aplicadas
processadas no programa Microsoft Excel versão 2003. Os aspec- ao paciente. No momento da visita caso alguma não conformida-
tos ético-legais foram observados. Resultados: Foram internados de fosse observada a equipe eram envolvida para solucioná-la. O
no período 70.662 pacientes, e destes 5,8% (4.064) apresentaram resultado obtido foi que em 2008 a média da densidade de infec-
IACS. Ao analisarmos as taxas de pacientes com IACS verificamos ção do trato respiratório era de 11,52 por 1000 ventilador -dia,
que essas variaram de 4,9% (765) a 6,0% (968), com média global após a auditoria em 2009 a média foi reduzida para 2,21 por 1000
de 6,7% (812). Quanto à taxa de letalidade associada à infecção ventilador -dia. É importante ressaltar que a auditoria permitiu
observamos que, em 2004, ocorreu o menor índice, com 21,2% evidenciar que quando maior a adesão as medidas de prevenção
(162) e em 2006 o maior índice com 27,6% (208). A taxa de letali- menor era a densidade de incidência de pneumonia associadas à
dade global associada à infecção, do total geral de pacientes com ventilação mecânica invasiva.
IACS,foide23,8%(970)emédiaglobalde23,7%(194).Conclusão:
Os índices de infecção e letalidade associada à infecção hospitalar Palavras-chaves: Auditoria de processo, Infecção do trato respira-
mantiveram-se dentro da média esperada pela instituição. Consi- tório, Ventilação mecânica invasiva
deramos que, mesmo com o perfil encontrado, o SCIH e os profis-
sionais de saúde envolvidos na assistência aos pacientes oncológi-
cos, façam uma reflexão sobre suas condutas, para a manutenção
da qualidade da assistência, pois as infecções nessa população P170
apresentam-se de maneira diferenciada em virtude do status imu- PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MENINGITE
nológico e dos tratamentos aos quais são submetidos. NOTIFICADOS NO HOSPITAL GERAL DE GUARULHOS – SP

Palavras-chaves: INFECÇÃO HOSPITALAR, CONTROLE DE RISCO, Autor(es): Jacira Noemia Cassanho, Mariana Bernardi Viviani Sil-
PREVENÇÃO & CONTROLE, SERVIÇO HOSPITALAR DE ONCOLOGIA veira, Leandra de Souza, Paula Zanelatto Neves, Ana Carolina Mar-
teline Cavalcante, Ana Cláudia Barbosa Diaz, Noemi Evangelista
Martins

P102 Instituição(ões): 1. HGG, Hospital Geral de Guarulhos


AUDITORIA DE PROCESSO COM UMA MEDIDA DE REDUÇÃO DE
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS ASSOCIADAS A VENTILAÇÃO MECÂ- Resumo:
NICA Introdução: As meningites ainda hoje representam uma preocu-
pação à saúde pública devido à sua permanente ocorrência e po-
Autor(es): Tatiana Herrerias Puschiavo, Celia Beltrão, Luis Augusto tencial risco de seqüelas e óbitos. Assim, o diagnóstico adequado
Sinisgalli e a notificação oportuna oferecem informações completas, deta-
lhadas e fundamentais como subsídio à implantação de políticas
Instituição(ões): 1. HNSL, Hospital Nossa Senhora de Lourdes públicas visando à diminuição de sua incidência. Objetivo: Descre-
ver os sinais e sintomas mais prevalentes e as características epi-
Resumo: demiológicas dos casos de meningite notificados nesta instituição.
As infecções pulmonares são responsáveis por aproximadamente Material e métodos: Estudo descritivo retrospectivo realizado a
20%dasinfecçõeshospitalares,podendo seraprimeiratopografia partir da análise das Fichas de Investigação dos casos confirma-
nas instituições de saúde quando associada à ventilação mecâni- dos de meningite notificados pelo Hospital Geral de Guarulhos en-
ca invasiva. Apresentam alta taxa de morbimortalidade e podem tre janeiro de 2005 e dezembro de 2009. Resultados: No período
ser extremamente onerosas para instituição. Este trabalho tem o considerado foram notificados 285 casos de meningites. Febre,
objetivo demonstrar que a implantação da auditoria de processo vômito e cefaléia foram referidos em 92%, 72%, 69% dos casos;
como instrumento de medida de prevenção de pneumonia asso- o sinal mais encontrado ao exame físico foi rigidez de nuca (51%).
ciada à ventilação mecânica invasiva pode ser uma das ações a ser O tempo médio de internação foi de 7 dias e evoluíram a óbito 34
implantada pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar para casos(12%). A faixa etária prevalente foi entre 1 a 4 anos. Quanto

68
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ao método de pesquisa do agente etiológico foram realizadas 258
bacterioscopias,261culturase144contraimunoeletroforese,com Palavras-chaves: MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES, ACINE-
uma positividade de 29%, 19% e 20% respectivamente. O agente TOBACTER MDR, MORTALIDADE, UTI
mais isolado em cultura foi o meningococo, assim como na con-
traimunoeletroforese. Do total de casos, o diagnóstico mais en-
contrado foi o de meningite asséptica; o critério de confirmação
prevalente foi o quimiocitológico do líquor (60%), seguido pela P179
cultura (18%). Conclusão: Fica evidente a dificuldade de identifi- CORRELACAO ENTRE AS BACTEREMIAS POR MICRORGANISMOS
cação do agente etiológico, muitas vezes possibilitando o encerra- MULTIRRESISTENTES E IDADE ACIMA DE 65 ANOS EM PACIENTES
mento dos casos apenas pelo critério quimiocitológico. A ausência DA UTI DE UM HOSPITAL PRIVADO DO RIO DE JANEIRO NO ANO
de informações completas nas fichas de investigação prejudicou 2009
a análise de alguns dados, como, por exemplo, a situação vacinal.
Autor(es): JULIO CESAR DELGADO CORREAL3, GABRIELA DE LIMA
Palavras-chaves: Epidemiologia, Meningite, Notificação ALMEIDA2, MARIA DE FREITAS VILELA2, MANUEL CARLOS MO-
REIRA BENITEZ2, ROGERIO RUFINO3,1, CECILIA DE MEDEIROS VI-
DAL2, PAULO VIEIRA DAMASCO1,2,3

P177 Instituição(ões):
CORRELAÇÃO ENTRE A MORTALIDADE E A FREQÜÊNCIA DE CO- 1. HRL, HOSPITAL RIO LARANJEIRAS
LONIZAÇÕES / INFECÇÕES POR Acinetobacter spp. MULTIRRESIS- 2. UNIRIO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEI-
TENTE EM UNIDADES DE TRATAMENTO INTENSIVO EM UM HOS- RO
PITAL UNIVERSITARIO DO RIO DE JANEIRO 3. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO

Autor(es): EDUARDO A.R. CASTRO, PAULO VIEIRA DAMASCO, SIL- Resumo:


VIA THEES CASTRO, JULIO CESAR DELGADO CORREAL Introdução A ocorrência de infecções por organismos multirresis-
tentes (MDRO) tem se tornado cada vez mais freqüente na prática
Instituição(ões): médica. Dentre os setores hospitalares, as unidades de terapia In-
1. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO tensiva(UTI)apresentammaiorincidênciadessesmicrorganismos.
Considera-se a idade acima de 65 anos como um dos fatores de
Resumo: risco para infecção por esses microrganismos. Objetivo Determi-
Introdução As infecções / colonizações por Acinetobacter spp. nar se existe correlação entre pacientes com idades acima de 65
multirresistente (IC- AMDR) têm aumentado em setores críticos. anos internados na UTI de um hospital privado da cidade do Rio
No há consenso na literatura entre o aumento da mortalidade e de Janeiro e a incidência de infecções por MDROs. Métodos Fo-
infecção / colonização por esse microrganismo. Objetivo Deter- ram avaliadas 136 hemoculturas de 83 pacientes internados na
minar correlação entre I/C-AMDR e mortalidade em unidades de UTI do hospital Rio Laranjeiras, no período de janeiro a dezembro
tratamento intensivo (UTI) no hospital universitário Pedro Ernesto de 2009. Os critérios utilizados para multirresistência foram: Sta-
(HUPE). Métodos Foi realizada uma analise retrospectiva da mor- phylococcus aureus resistente à oxacilina (MRSA), Enterobactérias
talidade em pacientes do HUPE (hospital terciário de 600-leitos; 5 produtoras de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) ou
UTIs: 2 pediatricas e 3 de adultos) dos setores: UTI Geral (UTI-G:7 Enterobacterias produtoras de carbapenemase (KpC), Gram nega-
leitos), da clinica medica (UTI-CM: 6 leitos) e da cirurgia cardía- tivos não fermentadores resistentes a cefalosporinas de terceira
ca (UTI-CA:10 leitos), no período de maio de 2008 a setembro de geração,quinolonasecarbapenêmicos(MDR).ResultadosDas136
2009.Usandobasesdedadosdacomissãodecontroledeinfecção hemoculturas analisadas, 116 (85,3%) eram de pacientes maiores
hospitalar (CCIH), da internação e prontuários foi avaliada a pre- de 65 anos e 20 (14,7%) de menores de 65 anos. Dentre as hemo-
sença de I/C-AMDR e a mortalidade associada a esse microrganis- culturas dos menores de 65 anos, 10 (50%) foram positivas para
mo.Excluio-sedestaanaliseaduplicidadedasculturas.Resultados MDROs e dentre as dos maiores de 65 anos, 56 (48,3%). O risco
Foi observado em 519 pacientes (8146 pac-dia), 189 óbitos e 136 relativo observado para aquisição de MDROs em pacientes acima
culturas com AMDR. A taxa de mortalidade media dos três setores de 65 anos foi não estaticamente significativo [RR = 0,99 IC 95%
foi 24.4 x 1000 pac-dia [17.26, 13.86 e 42.08 na UTI-G, UTI-CA e (0,75 - 1,30)] Conclusão Não encontramos uma correlação estatis-
UTI-CM respectivamente]. A freqüência media de I/C-AMDR dos ticamente significtativa entre idade acima de 65 anos e aumento
três setores foi 16.7 x 1000 pac–dia [25.34, 8.57 e 16.36 na UTI-G, da freqüência das amostras MDRO em hemoculturas de pacientes
UTI-CA e UTI-CM respectivamente]. Foi observada uma correlação internados na UTI.
inversaentreamortalidadeeonumeroI/C-AMDRemsetorescom
maior prevalência do AMDR (UTI-G e UTI-CM). Na UTI-CA (Setor Palavras-chaves: IDOSO, BACTEREMIAS, MICRORGANISMOS MUL-
com baixa prevalência de AMDR) também foi observada esta ten- TIRRESISTENTES, UTI
dênciainversacomaumentodamortalidadeemperíodosdebaixa
prevalência de IC-AMDR. Conclusão Parece existir uma correlação
inversa entre a mortalidade de pacientes em setores críticos e al-
tas prevalências de I/C-AMDR possivelmente relacionado á baixa P181
virulência deste microrganismo e concorrência microbiológica INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA NOS
com espécies de reconhecida virulência como Staphylococcus SERVIÇOS DE HEMODIÁLISE DO ESTADO DA BAHIA EM 2009
aureus, P. aeruginosa e enterobacterias, incluídas as produtoras
de beta-lactamase de espectro estendido (ESBL) e produtoras de Autor(es): Marilene Soares da Silva Belmonte, Fátima Maria Nery
carbapenemase (KpC). Fernandes

69
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Instituição(ões): cipal Enfrentamento da Pandemia, multidisciplinar e institucional,
1. SESAB/DIVISA, Secretaria da Saúde do Estado da Bahia coordenação SMS, reuniões semanais para definições estratégi-
cas. Ampliação de equipamentos e leitos, geral e UTI, no Hospital
Resumo: Escola-UFPEL, referência na epidemia e, demais hospitais públicos
As complicações infecciosas em pacientes com insuficiência renal e privados, organização ambulatorial, instalação de tenda de tria-
crônica submetidos ao tratamento hemodialítico representam gem e atenção à Gripe e distribuição do antiviral específico. Capa-
desafios importantes para os profissionais da saúde. Os pacien- citação de profissionais de saúde aos protocolos de assistência e
tes submetidos à hemodiálise crônica apresentam grande risco de biossegurança. Campanhas informativas e boletins, suspensão ati-
infecção, e o acesso vascular é uma fonte potencial de contami- vidades escolares e aglomerações. RESULTADOS: Pelotas registrou
nação. A variabilidade de fatores de risco que predispõem a essas 1ª internação SRAG em 22/06/2009 (SE 26) e 165 internações até
complicações têm sido, freqüentemente investigadas na literatu- SE 39/2009, CI 50,1/100.000 hab, 33 em UTI (20%) e 24 óbitos (18
ra. Nesse sentido, objetivou-se analisar a incidência de infecção UTI). Confirmados Influenza A (H1N1), 25 casos, CI 7,7/100.000
relacionada à assistência nos serviços de hemodiálise (HD) do hab e 0,9 óbitos/100.000. Pico internações SE 31/2009. Faixa etá-
Estado da Bahia em 2009. Realizou-se um estudo epidemiológico ria mais prevalente e mais óbitos <2 anos, seguido 25-29 anos e
retrospectivo, descritivo, com os pacientes que realizaram HD nos 30-49 anos. Maioria dos casos, sem co-morbidades (30%), segui-
28 serviços de diálise no Estado, que enviam regularmente seus dos de cardiopatias (25%) e pneumopatias (15%). Gestantes, 10
indicadores, onde a coleta de dados foi realizada, através dos re- internações SRAG, 4 confirmadas, 50% sem co-morbidades, 30%
latórios dos serviços de diálise enviados à Comissão Estadual de doenças respiratórias prévias, 10% HAS, nenhum óbito. Mais 750
Controle de Infecção da Bahia. Observou-se uma incidência de in- profissionais capacitados, cerca 15.000 equipamentos proteção
fecçãode4,4%;dessescasos51,8%foirelacionadoàsítiodeinser- distribuídos e 528 dispensações antiviral. CONCLUSÃO: Conheci-
ção do catéter e 20% à Corrente sanguínea. A maior frequência de mentoeuniãoforamdeterminantes,consultoriatécnicarepresen-
microrganismo foi de Staphyloccus aureus com 15,6%; as reações tativa e lideranças de órgãos públicos. Como resultante, cultura
pirogênicas representaram 0,7% dos eventos ocorridos; a taxa de deproteçãoàsdoençasrespiratóriasebiossegurança.Mobilização
letalidade por infecção foi de 2,5% e não houve soroconversão no precoce em Pelotas, coincidente com início tardio de casos graves,
período. Estudos desta natureza têm sua relevância, considerando epidemia mais lenta e índices inferiores ao padrão estadual.
que estampam a realidade e a necessidade da vigilância dos fato-
res de risco da infecção, para posteriormente implementar medi- Palavras-chaves: Doenças Emergentes, Epidemias e Pandemias,
das de prevenção e controle. Influenza A (H1N1), Gripe A, Pelotas-RS

Palavras-chaves: Hemodiálise, Incidência, Infecção relacionada à


assistência, Serviços de diálise
P193
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA EVOLUÇÃO DOS CASOS SUSPEI-
TOS E CONFIRMADOS DE INFLUENZA A H1N1 INTERNADOS EM
P185 UM HOSPITAL GERAL PRIVADO NO PERÍODO DE JULHO DE 2009
PANDEMIA INFLUENZA A (H1N1) 2009 EM PELOTAS-RS - ESFOR- A FEVEREIRO DE 2010
ÇOS E RESULTADOS
Autor(es): Rodrigo Rocha, Silvana Ricardo, Marina Lage, Camila Al-
Autor(es): ANA CAROLINA ISSLER FERREIRA KESSLER1, AFRÂ- ves, Raquel Costa, Jairo Carvalho
NIO KRÜGER1, MARILENE BURIOL FARINHA1, JUNIOR ANDRÉ DA
ROSA1, FRANCISCO ISAÍAS2 Instituição(ões): 1. HMD, Hospital Mater Dei

Instituição(ões): Resumo:
1. HE-UFPEL, Hospital Escola - UFPEL - Pelotas-RS Introdução: Um novo subtipo de vírus Influenza AH1N1 surgiu em
2. SMS/PELOTAS-RS, Secretaria Municipal de Saúde - Pelotas-RS março de 2009 na América do Norte e se espalhou pelo mundo
resultando em uma pandemia. Em Belo Horizonte, a chegada do
Resumo: vírus coincidiu com o inverno. A princípio, o Ministério da Saúde
INTRODUÇÃO: Em 25 de abril 2009, OMS declarou Influenza A restringiu o atendimento à rede pública, mas com o aumento do
(H1N1) Emergência Saúde Pública Importância Internacional (ES- número de casos foi necessário a expansão para o setor privado.
PII), pela confirmação entre humanos e a partir 11 de junho, com Objetivo:Analisar a epidemiologia dos casos suspeitos e confirma-
disseminação mundial, declarou início da pandemia do novo sub- dos de Influenza AH1N1 internados em um hospital geral priva-
tipo viral. No Brasil, na fase de mitigação, semanas epidemiológi- do de Belo Horizonte entre Julho/2009 e Fevereiro/2010. Méto-
cas (SE) 29 a 52/2009, o coeficiente incidência (CI) por Influenza dos: Estudo retrospectivo dos casos suspeitos e confirmados de
A (H1N1) foi 23,3/100.000 habitantes, maior incidência abaixo 2 Influenza AH1N1 internados entre Julho/2009 e Fevereiro/2010.
anos, seguido 20 a 29 anos e a menor acima 60 anos, com pico Os pacientes suspeitos foram agrupados em uma tabela e poste-
na SE 31, padrão na região sul e sudeste. Rio Grande Sul teve o riormente os dados foram compilados e analisados. Resultados:
1ª caso nacional confirmado, SE 22/2009, casos notificados de Foram analisados 203 casos suspeitos e confirmados da doença
doença respiratória grave (SRAG) 61,7/100.000 hab, 13,7 (H1N1) internados entre Julho/2009 e Fevereiro/2010. 30% dos pacientes
com 1,7 óbitos/100.000 hab. Pelotas, região sul, às margens La- estavam na faixa etária de 20 a 29 anos, 19% entre 30 e 39 anos,
goa dos Patos, cidade histórica, 323.034 habitantes, 3ª no esta- 14% entre 40 e 49 anos e 37% nas outras faixas etárias. Quan-
do, iniciou mobilização concomitante à declaração ESPII, na fase to ao gênero, 44,8% eram mulheres, sendo 78% em idade fértil
inicial de contenção. OBJETIVO: Relato dos esforços e resultados e 22% gestantes. Em relação ao tratamento 90,6% receberam o
no município de Pelotas-RS. MÉTODO: Formação do Comitê Muni- antiviral e 9,4% não receberam, sendo que deste último grupo

70
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
nenhum óbito foi identificado e 3 pacientes com resultado posi- SP, AS AMOSTRAS FORAM ENCAMINHADAS PARA TRIAGEM MO-
tivo para influenza AH1N1. Sobre a unidade de internação, 15,2% LECULAR, REALIZADAS ATRAVÉS DA TÉCNICA DE PULSED-FIELD-
dos pacientes admitidos em Centro de Terapia Intensiva. Foram GEL. DUAS ENTRE AS SEIS AMOSTRAS DE KLEBSIELLA SP APRE-
30 (15%) casos confirmados, 102 (50%) sem resultado e 71 (35%) SENTARAM O MESMO PADRÃO DE PFGE, DENOMINADA “B”. AS
descartados. Houve 8 óbitos, sendo que destes, 3 confirmados OUTRAS QUATRO AMOSTRAS APRESENTARAM PADRÕES DE PFGE
para Influenza AH1N1. Conclusão: O perfil dos casos internados DISTINTOS DENOMINADOS “A”, “C”, “D”, “E”. OS RESULTADOS IN-
seguiu a mesma tendência do divulgado mundialmente quanto à DICARAM UMA DIVERSIDADE CLONAL ENTRE AS AMOSTRAS, NO
faixa etária, evolução da doença, fatores de risco para complica- ENTANTO, AQUELAS COM O MESMO PADRÃO DE PFGE (B) PER-
ções esinais de gravidade. Apesar de as gestantes,grupo de maior TENCIAM A UM MESMO CLONE E PODEM TER ORIGINADO DE
risco para complicação, apresentarem porcentagem significativa UMA FONTE COMUM DE CONTAMINAÇÃO. FORAM INSTITUÍDAS
de internação, observou-se boa evolução clínica da maioria. Foi MEDIDAS MAIS EFETIVAS COMO HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, DE-
constatado óbito de uma gestante que tinha outro fator de risco SINFECÇÃO CONCORRENTE E O USO CORRETO DOS EQUIPAMEN-
associado. As pesquisas de Influenza AH1N1 no país ficaram sob a TOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
responsabilidadedelaboratóriospúblicosdereferênciadoEstado.
Estasobrecargaexplicaataxaconsideráveldepacientessemresul- Palavras-chaves: MICRORGANISMO, NEONATAL, PREVENÇÃO,
tado, prejudicando a análise de letalidade. Mesmo os casos com SURTO, TRANSMISSÃO
resultado positivo para a pesquisa de influenza que não recebe-
ram tratamento específico tiveram boa evolução clínica. A adesão
aos protocolos através de capacitações e planos de contingência
garantiu a eficácia no fluxo de atendimento aos pacientes interna- P280
dos com suspeita de Influenza AH1N1. SURTO DE ACINETOBACTER BAUMANII EM UNIDADE DE TERA-
PIA INTENSIVA (UTI): ESTUDAR A CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL
Palavras-chaves: Influenza, Pandemia, Epidemiologia COMO ESTRATÉGIAS DE CONTROLE.

Autor(es): Lorena Vieira Lameri Siqueira, Francelly Bada Zanetti Ri-


beiro,Michelle HeinzeBayerl,Tânia Queiroz Reuter,Luciana Neves
P276 Passos
RELATODEUMSURTOPORKLEBSIELLASPNAUNIDADEDETERA-
PIA INTENSIVA NEONATAL Instituição(ões): 1. CIAS, Centro Integrado de Antenção á Saúde

Autor(es): KÁTIA REGINA GOMES DA SILVA SILVA Resumo:


Instituição(ões):1. HE, HOSPITAL EVANGÉLICO DE LONDRINA INTRODUÇÃO: Acinetobacter baumanii é causa de surtos de infec-
ções com alta morbidade e letalidade em UTIs. Por ser facilmente
Resumo: disseminado, colonizando pacientes e superfícies secas por sema-
INTRODUÇÃO: OS RECÉM NASCIDOS ESTÃO MAIS EXPOSTOS AO nas a meses o controle destes surtos é laborioso, sendo crucial
RISCO DE INFECÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. AS CO- a identificação e erradicação de uma fonte comum. OBJETIVOS:
LONIZAÇÕES/INFECÇÕES SÃO FREQUENTEMENTE ASSOCIADAS A Investigar fontes de contaminação ambiental em UTI clínico-cirur-
TRANSMISSÃO CRUZADA NO PERIODO NEONATAL. AS INFECÇÕES gica não endêmica de 16 leitos em hospital privado terciário como
HOSPITALARES EM NEONATAL BASEIAM-SE EM ASPECTOS EPI- estratégia de controle de surto de A. baumanii. MÉTODOS: Na UTI
DEMIOLÓGICOS, RELACIONADOS À ORIGEM DA AQUISIÇÃO DOS estudada o A. baumanii é raramente causador de infecção/coloni-
MICRORGANISMOS, SE FORAM ADQUIRIDOS PRÉ-PARTO, PERI- zação, com uma média de 0,8 casos por mês. De dezembro/2009
PARTO OU PÓS-PARTO. SEGUNDO O MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS), a fevereiro/2010 esta média foi de 8,0 casos. Foram realizadas
INFECÇÃO HOSPITALAR É AQUELA ADQUIRIDA APÓS A ADMISSÃO culturas de vigilância de pias, estetoscópios e dispensador de ál-
DO PACIENTE E QUE SE MANIFESTE DURANTE A INTERNAÇÃO OU cool e sabão, além de equipamentos de fisioterapia e teclados de
APÓS A ALTA, QUANDO PUDER SER RELACIONADA COM A INTER- computadores. Presença de contaminação aérea foi investigada
NAÇÃO OU PROCEDIMENTOS HOSPITALARES. OS RECÉM NAS- através da exposição aérea de placa de Petri contendo ágar dual
CIDOS REPRESENTAM UMA POPULAÇÃO ESPECIAL DENTRO DO sangue/teague durante 8 horas nos boxes. Todos os pacientes do
AMBIENTE HOSPITALAR QUANDO INSERIDOS EM UM CONTEXTO setor foram investigados semanalmente com swabs de vigilância e
NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. MUITOS SÃO OS FATORES culturas de espécimes clínicos foram monitorizadas no período de
QUE PREDISPÕEM O RECÉM NASCIDO À COLONIZAÇÃO/INFEC- janeiro/2008 á junho/2010. RESULTADOS: Focos de contaminação
ÇÃO: BAIXO PESO, NECESSIDADE DE PROCEDIMENTO INVASIVO, ambiental: pia e dispensador de álcool e sabão. 33,3% das placas
IMATURIDADE DOS MECANISMOS DE DEFESA, ALTERAÇÃO DA MI- deculturaexpostasaoarambienteforampositivas,confirmandoa
CROBIOTA E MÃOS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE. O OBJETIVO contaminaçãoaérea.Estratégiasdirecionadasáreduçãodecoloni-
DESTE TRABALHO É RELATAR A EXPERIÊNCIA DE UM SURTO NA zação de pacientes e erradicação ambiental foram instituídas: ba-
UNIDADE DE TERAPIA NEONATAL DE UM HOSPITAL DE GRANDE nho diário com clorexidine 2%, portas dos boxes de colonizados/
PORTE NO NORTE DO PARANÁ NO PERÍODO DE JUNHO A JULHO infectados fechadas, limpeza concorrente com hipoclorito três ve-
DE 2003. O PRESENTE TRABALHO POSSUI CARÁTER DESCRITIVO, zes ao dia e duas desinfecções terminais com hipoclorito 1% com
RETROSPECTIVO ONDE FORAM REALIZADAS CULTURAS ATRAVÉS intervalo de 24h após alta/óbito, mantendo leito bloqueado. En-
DE SWABS DE OROFARINGE DOS RECÉM NASCIDOS CONTATOS fermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) im-
COM O CASO ÍNDICE QUE APRESENTOU HEMOCULTURA POSITIVA plantou capacitação associada á vigilância de processos e adesão
PARA KLEBSIELLA SP. DOS DEZENOVE RECÉM NASCIDOS INVESTI- ásprecauções,alémdeeducaçãocontinuadacomacompanhante/
GADOS POR SWAB DE OROFARINGE, 13 (68,42%) AMOSTRAS VIE- visitantes. O surto foi controlado após três meses desta medidas
RAMNEGATIVASE6(31,57%)FORAMPOSITIVASPARAKLEBSIELLA instituídas. CONCLUSÃO: Estratégias direcionadas á erradicação

71
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ambiental são eficazes no controle de surto por A. baumanii em TRÓPICA DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE
unidade não endêmica. A contaminação aérea por provavél sus-
pensão de partículas dever ser consideradas adotando assim me- Autor(es): Luciana Medeiros Marinho Mendes Bezerra Martins,
didas para redução de disseminação por esta via. Elisabeth Santiago Dreyer, Josineide Muniz Cordeiro

Palavras-chaves: Acinetobacter Baumanii, Surto, Unidade Terapia Instituição(ões): 1. HMG, Hospital Memorial Guararapes
Intensiva
Resumo:
Introdução: Quanto mais precoce o diagnóstico da infecção pelo
HIVnagestante,maioressãoaschancesdeseevitaratransmissão
P302 vertical. O uso de medicamentos antirretrovirais (AZT) em gestan-
USO PRÉVIO DE ANTIMICROBIANOS É FATOR DE RISCO PARA tes e recém-nascidos, a cesariana programada e a substituição do
BACTERIÚRIAASSINTOMÁTICA POR PSEUDOMONAS AERUGINO- aleitamento podem reduzir o risco de transmissão de mãe para
SA EM PACIENTES ATENDIDOS EM PRONTO-SOCORRO DE PEDIA- filho. Objetivos: Analisar sorologias para HIV e sífilis solicitadas no
TRIA. pré-natal e na instituição e a adoção de medidas profiláticas e/
ou terapêuticas. Métodos: Pesquisa descritiva de natureza quan-
Autor(es): MILTON SOLBERMANN LAPCHIK, REGINA RUIVO BER- titativa e retrospectiva, dados coletados em 8.495 prontuários
TRAND, FATIMA RODRIGUES MAESTRE FERNANDES de gestantes admitidas para assistência obstétrica no período de
janeiro de 2008 a dezembro de 2009. Resultados: No pré-natal,
Instituição(ões): 1. SABARA, HOSPITAL INFANTIL SABARA 12% das gestantes realizaram sorologia para HIV e 30% para sífilis.
Na maternidade, o teste rápido para HIV foi realizado em 98,8%
Resumo: das gestantes e VDRL para 100%. Neste período, foram notifica-
JUSTIFICATIVA: Em fevereiro de 2008, foram identificados, pela das 27 gestantes como sendo HIV positivo (0,32%) e 40 com sífilis
equipe de pediatria do pronto-socorro e ccih, casos de urocultu- (0,47%), sendo utilizada a profilaxia preconizada pelo Ministério
ra positiva para Pseudomonas aeruginosa em pacientes sem an- da Saúde. Conclusão: O Projeto Nascer mostra-se extremamente
tecedentes de procedimentos invasivos do aparelho urinário ou importante, uma vez que reduz o risco de transmissão vertical do
hospitalização recente em serviço de pediatria. Foi encaminhada HIV de 25% para 2%, além de servir como instrumento educacio-
investigaçãodesurtooupseudo-surtodeinfecçãourinárianonos- nal atuando no contexto de responsabilidade social na transmis-
so serviço. OBJETIVOS: Investigar a ocorrência de uroculturas po- são do HIV da mãe para o filho.
sitivas para Pseudomonas aeruginosa em pacientes atendidos no
pronto-socorro de pediatria, com identificação de fatores de risco Palavras-chaves:ProjetoNascer,Sífilis,TransmissãoVerticaldoHIV
para esta condição. MÉTODOS: Realizado levantamento de pron-
tuário para realização de estudo caso-controle. Os casos foram
definidos omo pacientes atendidos no PS com urocultura positiva
para P. aeruginosa e o grupo controle os pacientes atendidos na P331
mesma unidade e período com urocultura negativa para P. aerugi- ANÁLISE DA RESPOSTA TERAPÊUTICA DE CEFEPIME VERSUS PI-
nosa. As variáveis pesquisadas para análise de fatores de risco in- PERACILINA/TAZOBACTAM NO TRATAMENTO DE INFECÇÕES SE-
cluíram: doença neurológica prévia, uso prévio de cateter vesical, VERAS EM UM HOSPITAL UNVERSITÁRIO DO RIO DE JANEIRO-RJ
antcedentes de infecção urinária, antecedentes de vaginite, uso BRASIL
prévio de antimicrobianos e tempo de uso, lote do saco coletor
utilizado na coleta de urina, coleta prévia de urina em outro servi- Autor(es): CECÍLIA DE MEDEIROS VIDAL2, JULIO CESAR DELGADO
ço de saúde, não-conformidade no procedimento de coleta de uri- CORREAL1, PAULO VIEIRA DAMASCO1,2, EDUARDO CASTRO1
na para urocultura no PS. Utilizamos a proporção de 1 caso para 3
controleseutilizamosotestedoqui-quadradoparaanálisedepro- Instituição(ões): 1. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ER-
porções, fixando-se em 5% o nível de significância estatística. RE- NESTO
SULTADOS: Foram identificados 15 casos e 45 controles. Não hou- 2. UNIRIO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEI-
ve comprovação microbiológica de contaminação do lote de saco RO
coletor e do anti-séptico utilizado nos procedimentos. O controle
de qualidade do laboratório descartou contaminação de meios de Resumo:
cultura. A coleta de urina por saco coletor não se mostrou um fa- Introdução: A eleição da terapia empírica adequada para o trata-
tor de risco (p=NS). A análise dos fatores de risco revelou o uso mento de quadros infecciosos severos é determinante na morta-
préviodeantimicrobianoscomofatorderiscoparabacteriúriapor lidade associada à infecção, no tempo de estância hospitalar e no
Pseudomonas aeruginosa na amostra de casos (p=0,0001). CON- aumento de custos associados ao tratamento hospitalar. No con-
CLUSÃO: O uso prévio de antimicrobianos é fator de risco para texto atual da evolução dos microorganismos multirresistentes é
bacteriúria por P. aeruginosa em pacientes pediátricos. preciso avaliar periodicamente a eficácia dos antimicrobianos a
fim de diminuir os impactos negativos da eleição de uma terapia
Palavras-chaves: ANTIMICROBIANOS, PSEUDOMONAS AERUGI- antimicrobiana inadequada. Objetivos: O propósito desse estudo
NOSA, BACTERIURIA foi comparar a ocorrência de falha terapêutica e os custos gerados
pelo uso de cefepime versus piperacilina/ tazobactam como tera-
pia antimicrobiana para infecções severas em pacientes atendidos
no Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hospital terciário - 600
P308 leitos; com 5 unidades de tratamento intensivo; 2 pediátricas; 3
APLICAÇÃO DO PROJETO NASCER EM UMA INSTITUIÇÃO FILAN- de adultos) no período de outubro de 2006 a Julho de 2009. Mé-

72
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
todos: usando bases de dados da farmácia, do setor de interna- tiveram o Oseltamivir profilático indicado, por se tratar de 1 ges-
ções/altas e da comissão de controle de infecção hospitalar foram tante e 1 nutriz. Houve confirmação da infecção pelo vírus H1N1
analisadas, em forma retrospectiva, 2.206 prescrições de antimi- nos 03 funcionários internados, através da coleta de Swab de
crobianos (n = 1576 pacientes). Os desfechos avaliados no estudo Rayon e exame de PCR. Os doentes tratados ambulatorialmente
foram a mortalidade relacionada à falha terapêutica, a necessida- foramafastadospor07diaseaquelesinternados receberamisola-
de de troca de terapia antimicrobiana e os custos gerados pelo mento de contato e respiratório para gotículas. Os funcionários do
uso do agente antimicrobiano. Na análise estatística foi usado o hospital foram alertados para reforçar as medidas de Precaução
teste exato de Fisher e um valor de p<0.05 foi considerado signifi- Padrão. Os profissionais doentes coletaram swab nasal. Os estagi-
cativo. Resultados: 985 pacientes utilizaram Cefepime (1197 pres- ários da UTI foram liberados até segunda ordem e os leitos foram
crições) e 591 pacientes utilizaram piperacilina /tazobactam (636 fechados para novos internamentos. Os pacientes do setor que
prescrições). Foi observada falha terapêutica em 32.58% (390) dos puderam, foram encaminhados para outros hospitais. Conclusão:
pacientes que usaram cefepime, versus 44.5% (263) dos pacien- Diante do grande risco de extensão do surto de Influenza A H1N1
tes que usaram piperacilina/tazobactam (p<0.005). A mortalidade a partir dos profissionais da UTI, foi importante a identificação dos
relacionada à falha terapêutica nos pacientes que usaram cefepi- casos e o trabalho em equipe que, de forma orquestrada, instituiu
me foi 22.14%(265) versus 29.4% (187) naqueles piperacilina/ta- medidasdebloqueio,queeficazmenteforamcapazesdecontrolar
zobactam (p=0.05). Durante esse período foram utilizados 34.5kg o referido surto.
de cefepime e 85.39kg de piperacilina/tazobactam com custos
de medicamentos de US$63.715 e US$93.210, respectivamente. Palavras-chaves: INFLUENZA A (H1N1), SURTO, SURTO INSTITU-
Conclusões: Foi observado que os custos e o número de falências CIONAL
terapêuticas foram mais baixos nos pacientes que utilizaram cefe-
pime em comparação com aqueles que usaram piperacilina/tazo-
bactam. Além disso, a mortalidade neste último grupo foi maior
do que no grupo do cefepime. O maior custo do tratamento com P540
piperacilina/tazobactam é de extrema relevância para países em PREVALÊNCIA DE Candida spp. NA SALIVA DE PACIENTES ONCO-
desenvolvimento como o Brasil. LÓGICOS

Palavras-chaves: Terapia Empirica, Falha terapêutica, Custos, Cefe- Autor(es): Vanessa Castro de Souza e Silva, Evandro Watanabe,
pime, Piperacilina/Tazobactam Andresa Piacezzi Nascimento, Helena Megumi Sonobe, Denise de
Andrade

Instituição(ões):
P533 1. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP
ENFRENTAMENTO DE SURTO DE INFLUENZA A (H1N1) ENTRE
FUNCIONÁRIOS DE INSTITUIÇÃO DE CUIDADOS ONCOLÓGICOS Resumo:
Autor(es): TELMA CASSANDRA BARROS FREIRE, ANA PATRÍCIA GO- Leveduras do gênero Candida spp. fazem parte da microbiota nor-
MES LEANDRO, ANNE KAROLINE ALMEIDA PEREIRA, BELINDA FER- mal de seres humanos, entretanto em pacientes oncológicos sub-
RO PESSOA, IANDRA PAULA RIBEIRO HOLANDA metidos ao tratamento antineoplásico podem representar uma
ameaça à saúde bucal. Frente ao exposto, objetivou-se neste estu-
Instituição(ões): docaracterizarpacientesoncológicossegundosexo,idade,tipode
1. LNRCC, LIGA NORTE-RIOGRANDENSE CONTRA O CÂNCER câncer, terapêutica antineoplásica e ocorrência de mucosite, bem
como determinar a prevalência e o nível de Candida spp. na saliva
Resumo: desses pacientes. Amostras de aproximadamente 2,0ml de saliva
Introdução: O vírus da Influenza A H1N1, recentemente configu- de 34 pacientes oncológicos com e sem mucosite foram coletadas
rou-se como Emergência de Saúde Pública de Importância Inter- em tubos de ensaio esterilizados (25x150mm) contendo pérolas
nacional. Diante da possibilidade de evolução para Doença Res- de vidro. As amostras in natura de saliva foram homogeneizadas
piratória Aguda Grave, estratégias como identificação precoce de em agitador de tubos durante 1,0min e submetidas a diluições
surtos institucionais, isolamento e tratamento de casos suspeitos decimais seriadas. Em seguida, alíquotas de 50μl de amostras in
são de fundamental importância para prevenção e controle da in- natura e diluídas foram semeadas na superfície de placas de Pe-
fecção.Objetivo:RelatarasmedidasimplementadasnaLIGACON- tri contendo meio de cultura CHROMagar™ Candida e incubadas
TRA O CÂNCER quando da ocorrência de surto entre funcionários a 37C por 48h. Decorrido o período de incubação, realizou-se a
da UTI, em novembro de 2009. Método: Identificação de mudan- determinação do número de unidades formadoras de colônias de
ça no perfil de atendimento no Pronto Socorro(PS)da Liga no dia Candida spp. por mililitro de saliva (UFC/ml), bem como as iden-
23/11/09, com o aporte de vários funcionários apresentando sin- tificações das espécies por meio de morfologia macroscópica (cor
tomas gripais. A exposição ocorreu 48 horas antes, durante Ofici- da colônia no meio de cultura), morfologia microscópica (micro-
na de Trabalho, realizada em ambiente fechado. Resultados: De cultivo), bioquimismo (zimograma e auxanograma) e crescimento
um total de 60 participantes, 23( 38%)adoeceram. Destes,03(13%) a 37C e 42C. Dos 34 pacientes, 27 (79,4%) eram do sexo masculino
foram internados. O período médio de internação foi de 06dias. e 7 (20,6%) do sexo feminino, sendo que 4 (11,8%) apresentavam
Todos os indivíduos expostos foram convocados para consulta mé- idades de 14 a 29 anos, 14 (64,7%) de 30 a 59 anos e 8 (23,5%)
dica no PS, sendo que 24(40%) receberam Oseltamivir profilático, de 60 a 86 anos. Além disso, de acordo com os tipos de câncer,
05(8%)não atenderam ao chamado, 03(5%)apresentaram sinto- 13 (38,2%) pacientes apresentavam doenças onco-hematológicas,
mas incaracterísticos, tendo sido afastados do trabalho e recebido 20 (58,8%) câncer de cabeça e pescoço e 1 (2,9%) câncer primá-
sintomáticos, 03(5%)não aceitaram quimioprofilaxia e 02(3%)não rio oculto. Ainda, de acordo com a terapêutica antineoplásica,

73
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
5 (14,7%) pacientes foram submetidos a quimioterapia (QT), 12 praticas de limpeza, desinfecção e esterilização de artigos e, con-
(35,3%) a radioterapia (RT), 11 (32,4%) a QT/RT e 6 (17,6%) já ha- sequentemente, redução dos índices de infecção hospitalar.
viam passado pela QT (pós-QT), sendo que 19 (55,9%) apresen-
tavam mucosite e 15 (44,1%) não. Ademais, com relação as 34 Palavras-chaves: Desinfecção, Enfermagem, Infecção Hospitalar
amostras de saliva, de 9 (26,5%) foram isoladas 12 Candida spp.
(60 a 64.000UFC/ml), sendo 7 (20,6%) Candida albicans, 3 (8,8%)
Candidaglabratae2(5,9%)Candidatropicalis.Diantedarealidade
apresentada, níveis elevados de Candida spp. na saliva de pacien- P575
tes oncológicos podem representar um fator de risco importante EMBALAGEM DE TECIDO DE ALGODÃO: UMA ANÁLISE DO USO
para o desenvolvimento de mucosite. EM HOSPITAIS DE MÉDIO E GRANDE PORTE DE GOIÂNIA.

Palavras-chaves: Candida, mucosite, neoplasias, saúde bucal Autor(es): LUCIMARA RODRIGUES DE FREITAS2, DIRCE FELIPE PI-
RES2, NEURACI DOS SANTOS RAMOS RODRIGUES3, ANACLARA
FERREIRA VEIGA TIPPLE1, DULCELENE DE SOUSA MELO1

P562 Instituição(ões):
CONHECIMENTO DE AUXILIARES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM 1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM - UFG
DE UM HOSPITAL DE ENSINO ACERCA DA CLASSIFICAÇÃO E DO 2. HC-UFG, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE GOIÂNIA - GO
REPROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES 3. HDT, HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS

Autor(es): Diana Karla Muniz Vasconcelos, Abigail de Paulo An- Resumo:


drade, Danusa de Araújo Felinto, Aldiânia Carlos Balbino, Luziene Introdução: O reprocessamento de artigos é uma condição bási-
Campos de Oliveira ca para prevenção e controle da infecções associadas ao cuidado
em saúde. Para esterilização em vapor saturado sob pressão, den-
Instituição(ões): 1. SCMS, Santa Casa de Misericórdia de Sobral tre os vários invólucros, os serviços de saúde utilizam o tecido de
algodão cru. No entanto, não se sabe se estes serviços seguem
Resumo: as normatizações e critérios para que este invólucro seja efetivo
INTRODUÇÃO: Para que se faça o reprocessamento adequado de durante o processo de esterilização, bem na manutenção da es-
artigos hospitalares é necessária uma correta classificação dos terilidade até o uso. Objetivos: Identificar os hospitais de médio
mesmos por parte dos profissionais de enfermagem, que são di- e grande porte de Goiânia que utilizam o tecido de algodão como
retamente responsáveis por essas ações, a fim de que todas as embalagemparaartigoshospitalares;identificaroprofissionalres-
etapas do processo sejam realizadas conforme o preconizado ponsável pela aquisição do tecido em cada instituição e quais são
pelas normas vigentes, possibilitando a prevenção de diversas os critérios adotados para sua compra; descrever de que forma os
infecções hospitalares. OBJETIVO: Analisar o conhecimento de campos de algodão são confeccionados e quais os critérios de se-
auxiliares e técnicos de enfermagem do Serviço de Emergência leção dos campos, antes do empacotamento dos artigos; descre-
Pediátrica de um Hospital de Ensino sobre classificação e repro- ver as formas de controle, adotadas pelas instituições, para reuso
cessamento de artigos hospitalares. METODOLOGIA: Trata-se de do tecido de algodão e analisar amostras novas de tecido utiliza-
um estudo exploratório-descritivo, realizado no mês de março de das pelos hospitais como invólucro. Materiais e métodos: Estudo
2010. Para a coleta de dados utilizou-se um formulário contendo descritivo, realizado em hospitais de médio e grande porte de Goi-
4 questões objetivas, que contemplavam o conhecimento sobre a ânia em 2009. Os dados foram coletados mediante a aplicação de
classificaçãoeostiposdecuidadosnoreprocessamentodeartigos um questionário semi-estruturado aos enfermeiros do Centro de
hospitalares. Participaram 11 dos 14 profissionais de enfermagem Material e Esterilização (CME) e/ou Centro Cirúrgico (CC) e análise
de nível médio do referido serviço. Destes, 63,6% (07) são técni- de amostras de tecido de algodão novo, utilizado pelos hospitais
cos e 36,4% (04) são auxiliares, 54,5% (06) tinham entre 5 e 10 pesquisados. O estudo foi submetido à avaliação do Comitê de Éti-
anos de profissão. RESULTADOS: Percebeu-se que a maioria dos ca em Pesquisa. Resultados: Participaram do estudo 16 hospitais
profissionais (09) era capaz de definir artigos críticos, semi-críticos dos 26, de médio e grande porte, que utilizam o tecido de algodão
e não-críticos, bem como o reprocessamento utilizado em cada comoinvólucro.Emoitodestes(50,0%)oenfermeirodoCMEe/ou
caso, limpeza, desinfecção e/ou esterilização. No entanto, 54,5% CC era o responsável pela aquisição do tecido de algodão; no en-
(06)dosentrevistados fizeramaclassificação parcialmentecorreta tanto, quatro enfermeiros (25,0%) não souberam responder quais
dos artigos listados no questionário. Na análise por classificação, eram os critérios observados para sua compra. Os campos de te-
percebeu-se que nos materiais críticos houve maior percentual de cido são costurados de modo simples em seis hospitais (37,6%) e
acerto, seguido dos semi-críticos e, com um menor percentual, os cinco (31,2%) utilizam um campo simples e um duplo para emba-
não-críticos. Grande parte do grupo reconheceu a importância da lar os artigos. Apenas um hospital relatou alguma forma sistemá-
limpeza prévia do material a ser reprocessado e a maioria relatou tica de controle do reuso dos campos de algodão. O número de
a necessidade da utilização de equipamentos de proteção indivi- fios por cm2 de tecido foi entre 40 e 56 em 14 hospitais (87,5%).
dual durante a realização dos processos. CONCLUSÃO: Constatou- Conclusão: A maioria dos hospitais que utilizava o tecido de algo-
se que, mesmo conhecendo as definições de artigos, os profissio- dão como embalagem, não realizava qualquer tipo de monitora-
nais tinham dificuldade para distingui-los quando listados, o que mento de sua vida útil, o que torna necessário o estabelecimento
interferediretamentenaescolhadotipodeprocessamento.Ainda de protocolos, por profissionais qualificados, que permitam quan-
que soubessem o tipo de processamento que o material requer, tificarodesgasteeorientarodescartedessescampos,nãodeixan-
alguns cuidados necessários para a sua eficácia eram desconhe- do de lado os critérios para aquisição do tecido adequado a esta
cidos. Diante da relevância do tema, torna-se necessário investir função.O enfermeiro tem nesse processo, um papel fundamental,
em educação permanente como medida para viabilizar melhores enquanto coordenador do serviço de enfermagem no CME, de-

74
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
vendo assumir sua função com competência técnica, participando gias de ensino aprendizagem para promoverem a mudança desta
efetivamente do processo de compra, avaliação e controle de uso, realidade. Ao introduzir novos produtos, é necessária a capacita-
com vista a garantir maior segurança aos clientes. ção dos profissionais envolvidos na realização de curativos e utili-
zação de coberturas especiais.
Palavras-chaves: ESTERILIZAÇÃO, EMBALAGEM, TECIDO DE ALGO-
DÃO, VAPOR SATURADO SOB PRESSÃO Palavras-chaves: terapêutica, conhecimento, enfermeiros, preven-
ção, controle

P689
CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS DE UM HOSPITAL PÚBLICO P703
DOINTERIORDEPERNAMBUCOSOBREAUTILIZAÇÃODECOBER- IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO
TURAS ESPECIAIS NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE FERIDAS DE PACIENTES COM MEDIASTINITE: UMA SÉRIE DE CASOS.

Autor(es): Andréa Damasceno de Oliveira1, Ana Amélia Arnaud Autor(es): Marília Perrelli Valença, Aracele Tenório de Almeida Ca-
Martins1, Maria Gorete Nascimento1,1,1, Paula Amorim2,1,1 valcanti,Millena Raphaella Pinheiro,Paula BatistaAlmeida,Vanes-
sa Karla de Andrade Silva
Instituição(ões):
1. HRA, Hospital Regional do Agreste Instituição(ões): 1. PROCAPE-UPE, Pronto Socorro Cardiológico de
2. ASCES, Faculdade ASCES Pernambuco-UPE

Resumo: Resumo:
INTRODUÇÃO: Os artigos para tratamento de feridas incluem INTRODUÇÃOMediastiniteéumagravecomplicaçãoinfecciosado
agentes tópicos e curativos, além daqueles que tem sido descri- pós-operatório de cirurgias cardíacas e grandes vasos da base cujo
tos como “curativos avançados”. Cobertura é aquela que recobre óbito se dá em até 47% dos casos. Durante o processo de detec-
a ferida, com o objetivo de promover a cicatrização e proteger ção do problema, é imprescindível a sincronia de toda a equipe no
contra danos maiores. Produtos avançados são coberturas so- tratamento do paciente. Neste contexto é relevante a avaliação de
fisticadas quando comparadas àquelas usadas na prática diária. cobertura curativa ideal para tratamento da lesão pelo enfermeiro
(DEALEY, 2008).OBJETIVOS: Avaliar o conhecimento dos enfer- especialista. (1) OBJETIVOS Descrever a relevância da elaboração
meiros de um Hospital Público do interior de Pernambuco sobre de plano assistencial de enfermagem frente ao paciente com me-
a utilização de coberturas especiais padronizadas na unidade. diastinite. MÉTODOS Trata-se de uma série de casos de pacientes
METODOLOGIA:RESULTADOS: Foram entrevistados cinqüenta e internados em um hospital referência em cardiologia da cidade do
um enfermeiros , sendo 1,8% entre 30 e 21 anos de formatura, Recife durante o período de maio de 2009 a maio de 2010. Os As-
25,5% entre 21 e 20 ,62,7% 10 e 9 anos. Em relação à cobertu- pectos Éticos da Pesquisa seguiram a Resolução 196/96 do CONEP,
ra indicada para tecido de granulação 43,01% tiveram indicação sob parecer número: 172/09. RESULTADOS Foram acompanhados
parcialmente correta,. Na prevenção de dermatite periestomal ti- 11 pacientes submetidos a cirurgia cardíaca com esternotomia e
vemos 7,8% dos enfermeiros que não souberam indicar e 52, 9% que posteriormente desenvolveram mediastinite dentro de 10 a
com indicação parcialmente correta. Quando a amostra é distribu- 19 dias de pós-operatório. Todos apresentaram sinais de infecção,
ída em precaução de úlceras por pressão, 43,1% souberam indicar dor e hiperemia em ferida cirúrgica; leucocitose; hipertermia, ins-
corretamente e 51% tiveram indicação parcial, Os Ácidos Graxos tabilidade esternal; exsudato com aspecto purulento e piora das
Essenciais (AGE) foram indicados por 49,01% dos entrevistados, condições clínicas, sendo que dois deles apresentaram deiscência
Com relação ao tempo de trabalho no estabelecimento 70,6% tra- de FO imediatamente após os primeiros sintomas. Como trata-
balham há quatro anos, 23,5% entre 10 a 12 anos e cinco a nove mento, todos realizaram desbridamento, lavagem da cavidade e
anos 5,9%, Quando destacamos o conhecimento das coberturas antimicrobianos, sendo 6 baseados em cultura. Os principais diag-
observou-se que 52,9% dos enfermeiros já foram apresentados nósticos de enfermagem detectados foram: a) Dor aguda, relacio-
a algumas das coberturas padronizadas na instituição. É possí- nada a processo infeccioso; b) Integridade Tissular prejudicada,
vel provocar um retardamento no processo de cicatrização, caso relacionada a procedimento cirúrgico; c) Risco para padrão Res-
ocorra uma seleção inadequada do curativo, presença de alergia a piratório Ineficaz, relacionado à resposta inflamatória sistêmica a
algum componente do produto, ou até mesmo manuseio errado agenteinfeccioso;d)Medo,relacionadoadéficitdeconhecimento
do curativo. (MALAGUTTI, 2010)O conhecimento do enfermeiro do prognóstico. Foi elaborado um plano de assistência de enfer-
inclui o planejamento das atividades desenvolvidas pela equipe magem voltado para as necessidades individuais, com avaliação
de enfermagem , a elaboração de plano de cuidados, utilizando periódica das lesões pela enfermeira. A limpeza foi feita através
metodologia científica pra prestar assistência individualizada, a de irrigação com SF0,9% e utilizado cobertura primária com algi-
capacitação profissional para aprendizado de novas técnicas, vi- nato de cálcio e prata a 2% e orientação aos enfermeiros assisten-
sando a melhora no atendimento e dos serviços prestados.( MAR- ciais para troca secundária 2 vezes ao dia. Nos 3 primeiros dias,
TNS,2009)A informação científica dos profissionais a respeito das trocou-se cobertura primária diariamente. No dia 4, ampliou-se o
normas a serem utilizadas nos procedimentos, diminui gastos, uso da cobertura por 48 horas, permanecendo a troca diária, 2
tempo de internação e melhora na qualidade de vida dos pacien- vezes ao dia do curativo secundário. Na quarta a quinta semana
tes. CONCLUSÃO: Na análise dos dados, observou-se que os pro- de tratamento todos os casos já tinham a cavidade mediastínica
fissionais pesquisados participaram de poucas capacitações dire- quase que totalmente preenchida com tecido granulativo, exsu-
cionadas ao uso de coberturas especiais. Visto que o enfermeiro é dação minimizada e odor ausente. Dez pacientes obtiveram alta
o profissional referência neste atendimento, fazem-se necessárias hospitalar e retornaram ao ambulatório de egressos para acompa-
atividades de educação permanente que considere novas estraté- nhamento da cicatrização total da lesão e 1 foi a óbito. CONCLU-

75
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
SÕES Percebeu-se que a atuação direta do enfermeiro especialista
na evolução dos casos, com orientações diárias, colaboração da
equipe assistencial e esclarecimentos ao paciente trouxe confian-
ça e motivação, reduzindo tempo de estadia hospitalar, além de
contribuir para a menor letalidade.

Palavras-chaves: enfermagem, mediastinite, tratamento

P706
A IMPLANTAÇÃO DA COMISSÃO DE CURATIVO COMO ESTRATÉ-
GIA NO CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS A ASSISTEN-
CIA A SAUDE E NA SEGURANÇA DO PACIENTE

Autor(es):RicardoFariaCordeiro,KatiaPereiraClaudio,JonasLeite
Jr, Fabiana Euzebio Gonçalves Mello

Instituição(ões): 1. HSJ, Hospital São José - Teresópolis

Resumo:
Introdução:Ocuidadodeferidas,estimuladopeloaprimoramento
contínuodetecnologiasepráticasinovadorasnocampointerdisci-
plinar, vem ocasionando inúmeros questionamentos em relação à
eficácia dos produtos e/ou coberturas utilizadas no tratamento de
feridas. Motivados por estes questionamentos, uma Comissão de
Curativos foi composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem,
médico, nutricionista e farmacêutico, para repensar a questão físi-
cae social enfrentada pelo portadorde feridas e asestratégias uti-
lizadas na assistência. A comissão contribui não só para a troca de
conhecimentos, mas também para a validação e padronização dos
produtos, redução de custos, maior qualidade no tratamento dos
pacientes com feridas, resultando em benefícios para a instituição
e, em especial, para a segurança do paciente. A iniciativa de im-
plantação partiu dos Serviços de Controle de Infecção Hospitalar,
Educação Continuada e Gerência de Enfermagem de um Hospital
na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro. Objetivo: Descre-
ver a implantação da comissão de curativos do referido hospital
e suas ações, como estratégia no controle de infecção hospitalar
e na segurança do paciente. Método: A metodologia aplicada é
de um relato de caso, onde serão apresentados todos os cami-
nhos percorridos até a implantação e efetivação do serviço. Re-
sultados: O primeiro ato foi a montagem da Comissão seguida de
uma pesquisa de campo onde foram realizadas visitas técnicas em
instituições onde a Comissão de Curativos já fora implantada; os
representantes de coberturas foram contactados a fim de forne-
cerem os materiais; a seguir, reunimos os profissionais das áreas
de logística, faturamento e comercial a fim de viabilizar o projeto
financeiramente; iniciou-se a realização dos curativos sempre sob
a responsabilidade de avaliação da Comissão. Obtivemos resulta-
dos significativos quanto ao tempo de permanência do paciente,
minimizando os riscos relacionados com a internação hospitalar,
pois desde então os enfermeiros das diversas unidades seguem o
protocolo estruturado em conjunto com a Comissão. Conclusão:
a iniciativa de implantação desse tipo de serviço deve ser reco-
nhecidapelosgestoresemsaúde,poisumtratamentoadequadoe
qualificado,associado aprofissionais envolvidos ecomprometidos
com a instituição, traz a segurança de uma assistência livre de ris-
cos ao portador de feridas, além de diminuir custos referentes à
tratamentos inadequados.

Palavras-chaves: Assistencia, Curativos, Infecção, Segurança

XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.


76
TEMAS LIVRES
ORAIS

77
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
SO-01 (O01) ni, Luiz Augusto Ubirajara Santos, Márcia Knust
IMPACTO DA AVALIAÇÃO DIARIA DE DISPOSITIVOS INVASIVOS
PERIFÉRICOS NA REDUÇÃO DE INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÌ- Instituição(ões): 1. IOT HCFMUSP, iNSTITUTO DE ORTOPEDIA E
NEA ASSOCIADA A CATETER VENOSO PERIFÉRICO TRAUMATOLOGIA HCFMUSP

Autor(es): MARINA MAEDA TEIXEIRA DOS SANTOS, INGRID NAPO- Resumo:


LEÃOCOTTA,ANAPAULAVOLPATOKUGA,MARIZAVONOTANCRE- INTRODUÇÃO: A infusão venosa de medicamentos tem sido muito
DI, ANGELA TAYRA utilizada nos últimos anos e a introdução de novos cateteres para
este fim vem acompanhando este avanço da indústria farmacêu-
Instituição(ões): 1. CRT DST/AIDS, CENTRO DE REFERENCIA E TREI- tica. Cuidados na inserção e manutenção destes dispositivos tem
NAMENTO DST AIDS sido preocupação constante dos enfermeiros e principalmente
com as complicações, morbidade e o desconforto relacionado ao
seu uso. A utilização do PICC permite não a infusão de medica-
Resumo:
mentos, como também a coleta de amostra de sangue evitando
CENTRO DE REFERÊNCIA E TREINAMENTO EM DST/AIDS Intro-
novas punções. Pacientes com afecções ou traumas ortopédicos,
dução: Os cateteres venosos periféricos(CVP) são os dispositi-
muitas vezes necessitam da administração de antibióticos por
vos intravasculares mais utilizados, sendo a infecção de corrente
tempo prolongado, podendo necessitar de semanas ou até me-
sanguínea(ICS)associada a este dispositivo uma causa significante
ses da permeabilidade do cateter. OBJETIVO: verificar a eficácia
de morbidade e mortalidade. Objetivos: Reduzir a presença de
e complicações associadas ao uso do PICC de 4 Fr, único lúmen,
Infecção de corrente sanguínea associada a cateter venoso peri-
valvulado e de uso intermitente. MÉTODO: Fazem parte do estudo
férico através do acompanhamento diário desses dispositivos nos
250 pacientes, nos quais foram inseridos o PICC, conforme proto-
pacientes hospitalizados. Métodos: Realizada no periodo de agos-
colo da Instituição , inseridos sem o auxílio do aparelho de ultras-
to de 2006 a dezembro de 2009, a vigilância ativa dos dispositi-
som. Em todos os cateteres foram realizados flushes com 10 ml
vos venosos periféricos, através de visitas diárias na enfermaria
de SF 0,9%, antes e depois de acessar os cateteres, para a infusão
com avaliação pela enfermeira do serviço de controle de infecção
dos medicamentos. Para a administração dos das drogas foram
hospitalar(SCIH)de todos os cateteres venosos periféricos, com
utilizados bombas de infusão, para cumprimento do horário reco-
orientaçãosobreoscuidadosesinaisdeinfecção(calor,dor,rubor)
mendado para a infusão da droga. Inicialmente efetuou-se a aná-
aos funcionários e pacientes. Foram utilizados como definição de
lise descritiva das variáveis do estudo. Para testar a hipótese de
infecção de corrente sanguínea e infeccção do sistema arterial ou
associaçãoentreaeficáciadotratamentoecadaumadasvariáveis
venoso os critérios do NNISS(National Nosocomial Infection Sur-
qualitativasutilizou-seotestequi-quadradodePearson.Paraassi-
veillance System). O Centro de Referência e Treinamento em DST/
tuaçõesemqueestetestenãoeraapropriado,empregou-seotes-
AIDS, atende exclusivamente na sua ala de internação, pacientes
teexatodeFisher.RESULTADO:Amaioriadospacientesanalisados
portadores do virus do HIV, possuindo 20 leitos. Foram calcula-
era do sexo masculino (79,6%) e à inserção do cateter, em média,
dos a densidade de incidência de infecção de corrente sanguínea
36,8 anos (desvio padrão: 18,5 anos). Para 98,8% dos pacientes
e flebite associada a cateter venoso periférico e percentual de ca-
tal procedimento foi realizado para recebimento de antibióticos.
teteres venosos periféricos visitados(numero de visitas a cateteres
O tempo de internação com o uso do cateter variou de 8 horas a
venosos X 100/numero de cateteres venosos periféricos dia). Re-
178 dias, com mediana de 17 dias. O cateter foi eficaz para 84,8%
sultados: No ano de 2006, 57% dos cateteres venosos periféricos
dos pacientes que tiveram o cateter inserido. CONCLUSÃO: Este
dia foram avaliados, a densidade de infecção de corrente sanguí-
estudo mostrou que o PICC valvulado é um cateter eficaz para a
nea associada a esse dispositivo foi de 3,5 ISC/1000 CVP dia e 1,5
infusão de medicamentos, que possam causar lesões nas paredes
flebites/1000 CVP dia. Em 2007 esses indices foram 67%, 0,9 e 1
dos vasos, devido ao tempo prolongado de tratamento e de uso
respectivamente. Para o ano de 2008 foram 68%, 0,67 e 2,6 e em
intermitente do dispositivo.
2009foram62%,1,5e1,7,respectivamente.Observou-seredução
deICSassociada acatetervenosoperiféricoeaumentodopercen-
tual de visitas, com significancia estatística ( p=0,0022). Conclu- Palavras-chaves: cateter central, cateter valvulado, PICC
são: O acompanhamento diário dos dispositivos periféricos, com
orientação e supervisão dos profissionais que prestam assistência
e envolvimento do paciente nesse processo tem impacto na redu- SO-01 (O03)
ção da densidade de incidência de infecção de corrente sanguínea OCORRÊNCIA DE MICOBACTÉRIAS DE CRESCIMENTO RÁPIDO NO
associada a cateteres venosos periféricos. SERVIÇO DE BRONCOSCOPIA EM UM HOSPITAL DE ENSINO
Palavras-chaves: cateter venoso periférico, flebite, Infecção de Autor(es): ANDRÉA CECÍLIA RODRIGUES MESTRINARI*1, ANA
corrente sanguínea, vigilância ativa PAULA FERNANDES PAVARIN1, PAULO EDUARDO BLAZ TROM-
BIM1, MARIA GABRIELA DE LUCCA OLIVEIRA1, HELOISA DA SIL-
VEIRA PARO PEDRO2, ERICA CHIMARA3, MARIA IZABEL FER-
REIRA PEREIRA3, PATRICIA DE LUCAS RODRIGUES4, FERNANDA
SO-01 (O02) CRISTINA SIMEÃO DOS SANTOS3, LUCIANA SOUZA JORGE1
EFICÁCIA E COMPLICAÇÕES RELACIONADAS À UTILIZAÇÃO DO
CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA (PICC): CATETER Instituição(ões):
VALVULADO 4 FR EM PACIENTES ORTOPÉDICOS 1. FUNFARME, HOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2. IAL, INSTITUTO ADOLFO LUTZ
Autor(es): Arlete Mazzini Miranda Giovani, Alberto Tesconi Croci, 3. IAL, INSTITUTO ADOLFO LUTZ
Ana Maria Carlos, Fabiana Rovai Garpelli, Graziela Guidoni Marag- 4. GVE XXIX, GRUPO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA XXIX

78
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
tes, particularmente no país, em função da possibilidade de te-
Resumo: rapêutica empírica inadequada e das poucas opções terapêuticas
Introdução: Relatos mundiais apontam para o aumento da inci- disponíveis. Objetivos- Identificar fatores de risco e a evolução clí-
dência das micobactérias de crescimento rápido (MCR) e aproxi- nica de PAVs por amostras de KP do fenótipo ESBL vs as causadas
madamente um terço destas associa-se a doenças em humanos, por amostras susceptíveis. Métodos- Foi realizado um estudo caso
apesar da sua patogenicidade ser variável, o que pode acarretar (pacientes com amostras ESBL+) vs controle (pacientes com amos-
no acometimento pulmonar e extrapulmonar. Ultimamente, o tras ESBL-). O hospital de clínicas da UFU oferece nível terciário de
Brasil evidenciou surtos pós-procedimentos invasivos, tais como atendimento,UTIdeadultosémistacom15leitos.Nototal,foram
broncoscopias, videolaparoscopias e cirurgias plásticas. Objetivos: incluídos 29 pacientes com PAV, diagnosticados com critérios clíni-
O estudo avaliou a ocorrência de MCR no lavado broncoalveolar cos, radiológicos e microbiológicos através de cultura quantitativa
(LBA) de pacientes submetidos à broncoscopia e analisou os pro- de aspirado endotraqueal (³ 106 UFC/ml), no segundo semestre
cedimentosdelimpezaedesinfecçãodosbroncoscópios,aredede de 2009. As amostras foram identificadas por testes clássicos, o
abastecimentodeáguaeasreprocessadorasautomáticasnoSetor antibiograma e o teste fenotípico de ESBL realizados através do
de Broncoscopia. Métodos: O estudo foi realizado pela Comissão sistema automatizado Vitek 2.Uma ficha individual foi preenchida
de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) no Setor de Broncosco- com as características demográficas, fatores de risco e evolução
pia e no Laboratório de Microbiologia deste hospital que abran- dos pacientes. A análise estatística realizada pelos testes de X2
ge 709 leitos e realiza, em média, 50 broncoscopias/mês. Quinze e exato de Fisher. Resultados- No total, foram diagnosticadas 29
amostras da água proveniente da rede e das reprocessadoras e PAVs por representantes da família Enterobacteriaceae, com pre-
473 de LBA foram avaliadas de janeiro de 2009 a janeiro de 2010 domínio de KP (82,75%), com 66,66% de amostras caracterizadas
e, após a confirmação dos bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR), como do fenótipo ESBL. A maioria das PAVs (79,31%) foi adquiri-
as colônias foram repicadas em meio de cultura de Lowenstein- da na UTI com tempo de internação hospitalar de 10 dias extras
Jensen por, ao menos, seis semanas. Então as espécies foram quando comparados aos controles. Entretanto, o único fator de
enviadas ao Instituto Adolfo Lutz para sua identificação pelo mé- risco p≤0,05 associado com os casos foi a presença de nefropatia,
todo de PRA-hsp65. Resultados: Das amostras de LBA, 29 (6,1%) apesar de valores elevados no OR para gênero feminino (7,20), in-
mostraram e três contaminantes. Das amostras da água, cinco ternação por indicação clínica (4,27) e Doença Pulmonar Obstru-
(33,3%) evidenciaram M. abscessus/M. massiliense/M. Bolletii, tiva Crônica (7,00). A terapia antibiótica empírica inadequada foi
uma (6,7%) Mycobacterium cosmecticium e uma (6,7%) M. cos- expressiva, tanto em relação as cefalosporinas de amplo espectro
mecticium/Mycobacterium canariaciasense. Notificou-se a vigi- (81,25% nos casos) quanto carbapenêmicos (69,63% nos contro-
lância epidemiológica. A limpeza dos aparelhos era realizada com les).Afreqüênciademortalidadehospitalarfoialta(~42%),porém
sabão enzimático e a desinfecção de alto nível com glutaraldeído. semelhante nos 2 grupos. Conclusões- A maioria das PAVs por KP
Padronizou-se então a desinfecção com ácido peracético, segundo foipelofenótipoESBL,empacientesnefropatas,comumamortali-
as orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e foi dade expressiva, mais sem diferença entre os grupos. A prescrição
realizado desvio hidráulico no setor, anulando-se as porções que incorreta de antibióticos potentes como cefalosporinas e carbape-
apresentavam possível biofilme pelas MCR. Após 30 dias às inter- nêmicos foi superior a 75% quando da consideração de todos os
venções, 36 amostras do LBA e cinco da água foram analisadas, pacientes. Apoio financeiro FAPEMIG.
sem identificação das MCR. Conclusão: As espécies de MCR foram
identificadas nas amostras clínicas e da água, sugerindo contami- Palavras-chaves: ESBL, Klebsiella penumoniae, Pneumonia, Venti-
nação via procedimento. Cabe à CCIH conhecer e definir os crité- lação Mecânica
rios de limpeza e desinfecção de alto nível para endoscópios e a
rededeabastecimentodeágua,alémdenotificaraocorrênciadas
MCR e monitorar os casos suspeitos.
SO-01 (O05)
Palavras-chaves: ÁGUA, BRONCOSCOPIA, DESINFECÇÃO DE ALTO IMPACTO DE UM PACOTE DE MEDIDAS NA REDUÇÃO DE INFEC-
NÍVEL, MICOBACTERIA DE CRESCIMENTO RÁPIDO ÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA ASSOCIADAS À CATETER VENO-
SO CENTRAL EM NEONATOS INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁ-
RIO BRASILEIRO
SO-01 (O04)
FATORES DE RISCO E EVOLUÇÃO CLÍNICA DE PACIENTES COM Autor(es): Daiane Silva Resende, Jaqueline Moreira do Ó, Denise
PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA POR Kleb- von Dolinger de Brito, Vânia Olivetti Steffen Abdallah, Paulo Pinto
siella pneumoniae PRODUTORA DE ESBL EM UM HOSPITAL UNI- Gontijo Filho
VERSITÁRIO MINEIRO
Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia
Autor(es): Ana Paula Amâncio Moreira, Raquel Cristina Cavalcanti
Dantas, Munick Paula Guimarães, Paulo Pinto Gontijo Filho Resumo:
INTRODUÇÃO: As infecções de corrente sanguínea associadas ao
Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia cateter (ICS-AC) são freqüentes, muitas vezes fatais e de custos
elevados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), par-
Resumo: ticularmente no grupo de neonatos de baixo peso em países em
Introdução- A emergência de infecções hospitalares graves como desenvolvimento como o Brasil. OBJETIVO: O objetivo do nosso
pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) por amostras estudo foi avaliar o impacto de um pacote de medidas de pre-
de Klebsiella pneumoniae (KP) produtoras de β-lactamase de es- venção e controle de ICS-AC em neonatos críticos, incluindo os
pectro estendido (ESBL) tem implicações terapêuticas importan- de baixo peso, em uma UTIN nível III do Hospital de Clínicas da

79
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). MÉTODOS: Foram recuperadas de sangue 35,0% foram multiresistentes. Na análise
inclusos no estudo apenas os neonatos submetidos ao uso do Ca- univariada, os fatores de risco significantemente associados com
teter venoso Central (CVC). A vigilância foi realizada pelo sistema os casos/episódios de bacteremia incluíram: cirurgia prévia, uso
“National Healthcare Safety Network” (NHSN) para busca de ICS- demais dedois procedimentos invasivos, presença detraqueosto-
AC nos períodos de agosto/2008 a setembro/2009. Os microrga- mia, uso prévio de antimicrobianos, com destaque para fluorqui-
nismos isolados de sangue foram recuperados no laboratório de nolonas. Na análise multivariada o uso prévio de fluorquinolonas
microbiologia do UC-UFU. No período de março e abril de 2009, e cirurgia prévia foram identificados como fatores de risco inde-
foi realizada uma intervenção na Unidade, baseada em um paco- pendentes. No grupo caso predominou BGN não fermentadores
te de medidas incluindo cinco procedimentos: higiene das mãos, (55,6%), com destaque para P.aeruginosa (53,3%) resistente a car-
precauçõescombarreiraduranteainserçãodoCVC,anti-sepsiada bapenêmicos (87,5%), enquanto entre os controles, os membros
pele com clorexidina, evitar o sítio femural e remoção precoce de dafamíliaEnterobacteriaceaeforammaisfreqüentes(65,4%),pre-
CVC quando desnecessário. As taxas de ICS-AC obtidas no período dominandoE.coli(28,6%)eS.marcescens(26,0%),estescomfenó-
pré-intervenção (grupo 1) e após o início da intervenção (grupo tipo de resistência a cefalosporinas de amplo expectro de 11,1% e
2), foram comparadas pela análise univariada, utilizando os testes 22,2%,respectivamente.Amortalidadehospitalarfoimaisaltaen-
de qui-quadrado, exato de Fisher para analisar as variáveis com tre os casos (48,1%) com os seguintes fatores prognósticos: idade
o n menor ou igual a 5 e o teste de Mann-Whitney quando apro- maior que 60 anos e bacteremia causada por BGN MR. Conclusão:
priado. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa As bacteremias por BGN MR foram mais frequentemente associa-
da UFU. RESULTADOS: No total, foram avaliados 251 neonatos em das com pacientes cirúrgicos e com uso prévio de fluorquinolonas.
uso de cateter. As taxas de sepse neonatal de natureza hospita- A sepse por estes microrganismos foi fator de risco para mortali-
lar, no período pré-intervenção foram de 32,0% e 24,1 por 1000 dade hospitalar.
CVC-dias, reduzidas para 19,6% e 14,9 por 1000 CVC-dias no perí-
odo pós intervenção (P=0,04). O agente etiológico mais freqüente Palavras-chaves: Bacilos Gram Negativos, Corrente Sanguinea, Fa-
destas infecções foi o Staphylococcus coagulase negativa (45,8%), tores de Risco, Mortalidade, Multiresistentes
representado predominantemente pelo S. epidermidis (90,9%).
CONCLUSÃO: O pacote de medidas de controle e prevenção de
ICS-AC, baseado em poucos procedimentos, foi efetivo numa re-
dução significante destas infecções. Agradecimento ao Apoio Fi- SO-01 (O07)
nanceiro FAPEMIG PNEUMONIASASSOCIADASAVENTILAÇÃOMECÂNICAPORPseu-
domonas aeruginosa PRODUTORA DE METALO-β-LACTAMASES:
Palavras-chaves:pacotedemedidas,infecçõesdecorrentesanguí- ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E MOLECULARES
nea, cateter venoso central, neonatos
Autor(es): Dayane Otero Rodrigues, Raquel Cristina Cavalcanti
Dantas, Katia Regina Neto dos Santos, Paulo Pinto Gontijo Filho

SO-01 (O06) Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia


FATORES DE RISCO E MORTALIDADE EM PACIENTES COM INFEC-
ÇÃO DE CORRENTE SANGUINEA POR BACILOS GRAM NEGATIVOS Resumo:
MULTIRESISTENTES Introdução: A incidência de infecções hospitalares causadas por
Pseudomonas aeruginosa multiresistente produtora de metalo-β-
Autor(es): Raquel Cristina Cavalcanti Dantas, Ana Paula Amâncio lactamase é crescente na América do Sul, especialmente em pa-
Moreira, Melina Lorraine Ferreira, Paulo Pinto Gontijo Filho, Rosi- cientescríticos.Objetivos:DeterminaraincidênciadeP.aeruginosa
neide Marques Ribas produtora de metalo-β-lactamase (MBL) em pacientes com pneu-
monia associada a ventilação mecânica (PAV) internados na Uni-
Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia dade de Terapia Intensiva (UTI) de adultos do Hospital de Clínicas
da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), caracterizando
Resumo: aspectos epidemiológicos e moleculares das amostras. Métodos:
Introdução: Infecções de corrente sanguínea causadas por Baci- Foi realizado um estudo de coorte incluindo 93 pacientes com PAV
los Gram-Negativos Multiresistentes (BGN MR) estão associadas por P.aeruginosa no período de janeiro/2004 a novembro/2006.
com taxas mais elevadas de morbidade e mortalidade. Objetivos: Foram realizadas coletas de secreção de orofaringe nas primei-
Determinar a etiologia e os fatores de risco associados a infecção ras 48 horas de internação, após quatro dias, e a seguir semanal-
de corrente sanguínea por BGN MR, bem como identificar os fa- mente, e de aspirado endotraqueal quando de suspeita clínica de
tores prognósticos. Metodologia: Os pacientes com infecções de pneumonia. Uma ficha individual foi preenchida com as carac-
correntesanguíneaporBGNMR,diagnosticadasporcritériosclíni- terísticas demográficas, fatores de risco e evolução do paciente.
cos e hemoculturas realizadas no laboratório de microbiologia do A identificação bacteriana foi realizada por testes clássicos, com
Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, entre detecção fenotípica (teste de sinergismo de duplo disco) e ge-
maio e novembro de 2009, foram incluídos na investigação. Os notípica da produção de MBL e análise da diversidade genômica
dados demográficos e clínicos foram coletados retrospectivamen- das amostras pela técnica do “Pulsed Field Gel Electrophoresis”
te nos prontuários. Para cada paciente foi considerado o primei- (PFGE). A análise estatística foi realizada pelos testes X², exato
ro episódio de bacteremia e bactéria multiresistente foi definida de Fisher e regressão logística. Resultados: No total, 40 (43,0%)
pela resistência a 3 ou mais classes diferentes de antibióticos. A pacientes tiveram PAV por P.aeruginosa produtora de metalo-β-
regressão logística foi utilizada para identificar os fatores de risco lactamase (PA-MBL) e 53 (57,0%) PAV por não-PA-MBL. A resistên-
independentes. Resultados: Foram identificados 79 pacientes com cia aos agentes β-lactâmicos, assim como aos demais antibióticos
bacteremia por BGN, 62% de origem primaria. Entre as amostras foi significantemente maior entre as amostras de PA-MBL. O gene

80
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
blaSPM-1 foi detectado pela Reação em Cadeia pela Polimerase microrganismosmultirresistentesnoâmbitonosocomial.Universi-
(PCR) em apenas três (18,8%) das 16 amostras do fenótipo MBL dade do Brasil /Hospital Universitário Clementino Fraga Filho-Rio
testadas. A epidemiologia molecular revelou a ocorrência de uma de Janeiro-RJ
policlonalidade (16 genótipos em 20 amostras), com evidência de
transmissão cruzada em três pacientes (clone A), dois (clone C) Palavras-chaves: CONTROLE DE DISSEMINAÇÃO, INFORMÁTICA,
e outros dois pacientes (clone E). Conclusão: Foi observada uma MICRORGANISMOS, MULTIRRESISTENTES
incidência alta (43,0%) de amostras de P.aeruginosa produtora
de MBL, com multiresistência entre estas amostras, detecção do
gene blaSPM-1 em 3 amostras , sem predomínio clonal. A presen-
ça destas amostras sugere principalmente uma revisão na política SO-01 (O09)
do uso de antibióticos e adicionalmente no programa de controle EFICÁCIA DE INTERVENÇÕES ADOTADAS PARA REDUÇÃO DAS
e prevenção de infecções hospitalares. Agradecimentos: FAPEMIG INFECÇÕES RELACIONADAS A CATÉTERES CENTRAIS E CORRENTE
SANGUÍNEA EM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE CURITIBA/PR
Palavras-chaves: Infecções hospitalares, Metalo-β-lactamase,
Pseudomonas aeruginosa, Ventilação mecânica Autor(es): JULIANA APARECIDA COTRIM, JEAN MARCEL LEMES

Instituição(ões): 1. HCV - PR, HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA BRA-


SILERA FILIAL DO PARANÁ
SO-01 (O08)
O USO DA INFORMÁTICA COMO FERRAMENTA NO CONTROLE DE Resumo:
DISSEMINAÇÃO DOS MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES INTRODUÇÃO: O catéter venoso central (CVC) utilizado com gran-
EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO RIO DE JANEIRO de freqüência nas Instituições Hospitalares tem como objetivo
principal a garantia de um acesso de longa permanência. Devido
Autor(es): CHRISTIANY MOÇALI GONZALEZ, CLAUDIA COSTA SOU- a esta finalidade, constitui um dos principais meios de infecções
ZA, ILENILCE FERREIRA AFONSO, ELAINE GAMA ARAUJO, ANA de corrente sanguínea, contribuindo, assim, para o aumento dos
GOUVEIA MAGALHAES, SIMONE ARANHA NOUER índices nosocomiais de morbidade e mortalidade. OBJETIVO: Des-
crever as medidas adotadas para reduzir as infecções relaciona-
Instituição(ões): 1. HUCFF/UFRJ, Universidade do Brasil das a catéteres centrais (I.CVC) e de corrente sanguínea (ICS), e
sua eficácia, apresentando os dados estatísticos das topografias
Resumo: relacionadas em um determinado período, comparando-os após
INTRODUÇÃO: A resistência bacteriana é considerada um pro- as ações realizadas. MÉTODO: Estudo prospectivo descritivo rea-
blema de saúde pública mundial, realidade para a qual tem sido lizado em uma Instituição Filantrópica.Foram comparados os da-
proposta diversas iniciativas de controle intra-hospitalar destes dos de I.CVC e ICS do mês de julho a dezembro de 2009,com os
microrganismos. Na atualidade, com os avanços tecnológicos, a dados coletados pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
informática surge como mais uma ferramenta na área da saúde (SCIH), comparando a mudança nos índices de infecção após as
facilitando o acesso aos mais variados tipos de dados com maior intervenções realizadas: mudança dos anti-sépsticos Polivinilpirro-
rapidez utilizando-se a tecnologia da informação. OBJETIVO: Re- lidonaiodo(PVPI)edoÁlcoola70%paraClorexidina2%;mudança
latar a experiência da utilização de um programa de computador do curativo com gaze estéril e fita adesiva, para curativo estéril
que sinaliza os pacientes que necessitam de precaução de contato transparente; e treinamentos com supervisão periódica da equipe
por microrganismos multirresistentes. MÉTODO: Trata-se de um hospitalar envolvida. RESULTADOS: Em julho a taxa de I.CVC era
relato de experiência da utilização de um programa informatizado de 18,75% evoluindo em agosto para 31,25% e setembro, 35,3%.
na identificação dos pacientes com infecção ou colonização por As taxas de ICS tiveram a seguinte evolução: julho com 18,75%
Staphylococcusaureusresistenteàmeticilina(MRSA),Clostridium, ;agosto, 12,5% e setembro, 29,4%. Frente a esses dados o SCIH
Enterococcus resistente a vancomicina (VRE), Enterobactéria re- padronizou a intervenções descritas. Os treinamentos realizados
sistente a carbapenêmicos (ERC), através de cores distintas, pa- atingiram 95% dos colaboradores da UTI Geral,(setor onde houve
dronizado pela Coordenação de controle de infecção hospitalar o maior número das infecções referidas) e todos os enfermeiros
(CCIH) de um hospital universitário federal localizado na cidade do das outras unidades de internação. Além disso, o SCIH começou a
Rio de Janeiro. DISCUSSÃO: Após o recebimento do resultado da supervisionarperiodicamenteatrocaepermanênciadoscurativos
cultura, enviado pelo laboratório de bacteriologia, é realizado seu deacessoscentraisprincipalmentenaUTIGeral.Asmedidasforam
registro em banco de dados de microrganismos multirresistentes implantadas na metade do mês de outubro de 2009, sendo que,
criado pela CCIH e a automática sinalização via sistema MEDTRAK, neste mês o índice de I.CVC foi de 27,8% e de ICS 11,1%. Já em no-
através de cores ao lado do nome do paciente utilizando a cor ver- vembro com as medidas implantadas em todas as unidades a taxa
melhaparaMRSA,verdeparaVRE,marromparaClostridiumeazul de I.CVC foi de 15,4% e dezembro de 11,1%. A ICS acompanhou a
para ERC, ficando visível para todos que tenham autorização de decrescente ficando 7,7% em novembro, e, 5,5% em dezembro.
consulta ao prontuário eletrônico da instituição, permitindo assim CONCLUSÃO: Com associação de intervenções junto a equipe pro-
a rápida visualização e identificação dos pacientes que necessitam fissional, com a padronização do curativo estéril transparente, da
de precaução de contato. É pertinente ressaltar que tal informa- Clorexidina a 2%, treinamentos da equipe profissional com super-
ção fica disponível em todas as internações. CONCLUSÃO: Acredi- visão de rotina do SCIH foi possível diminuir significativamente as
tamos que a utilização desta ferramenta colabora na identificação taxas de infecções relacionadas a catéteres centrais e infecções de
e na conduta da equipe assistencial, com a imediata sinalização corrente sanguínea, principalmente no setor UTI Geral.
dos pacientes previamente infectados/colonizados, no momento
da reinternação. Favorecendo a tomada de decisão precoce e au- Palavras-chaves: catéteres centrais, infecção de corrente sanguí-
xiliando a adoção de medidas de barreira de disseminação destes nea, infecção nosocomial, intervenções

81
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
SO-01 (O10) atravésdecontatodiretoouindireto.OcontroledoCA-MRSA(Sta-
Infecção respiratória associada à ventilação mecânica em Hospi- phylococcusaureusresistenteameticilinanacomunidade)empo-
tal Universitário da Serra Gaúcha pulações carcerárias tem sido foco de estudo na saúde pública. O
objetivo foi verificar a freqüência de S. aureus na mucosa nasal de
reeducandos do Centro de Ressocialização do município de Avaré,
Autor(es): Viviane Mari1, Juliana Butelli2, Francine Ruzzarin2, Tia-
eresistênciaaOxacilina.Foramcoletados302swabsnasais,nope-
go Farina2, Franciele Bagnara2, Leticia Corso2, Viviane Buffon1,
ríodo de Fevereiro de 2009 a Fevereiro de 2010. Para o isolamento
Priscila Garrido1, Juliano Fracasso1,2, Lessandra Michelim1,2
de S. aureus os swabs foram semeados em Ágar Baird-Parker e
as colônias típicas de Staphylococcus submetidas à coloração de
Instituição(ões): 1. HGCS, Hospital Geral de Caxias do Sul Gram para verificar as características morfotintoriais. As amostras
2. UCS, Universidade de Caxias do Sul com morfologia e coloração específicas foram submetidas às pro-
vas de Catalase e Coagulase para identificar a espécie S. aureus, e
Resumo: após foram submetidas ao teste de sensibilidade a oxacilina pelo
Objetivo: A pneumonia é a principal causa de morte dentre as in- método de difusão com disco, utilizando disco de oxacilina (1 µg)
fecções hospitalares. Sua prevalência em Unidades de Terapia In- e cefoxitina (30 µg). Das 302 amostras analisadas, todas apresen-
tensiva (UTI) é 10 a 65% e sua letalidade, 13 a 55%. Nos pacientes taram cocos Gram positivos em cachos na coloração de Gram e 50
em ventilação mecânica, a incidência dessa infecção é de 7 à 21 amostras (16,5%) confirmaram S. aureus. Das 50 amostras de S.
vezes maior, sendo importante fator independente de mortalida- aureus, 4 (8%) foram resistentes ao disco de oxacilina e cefoxitina
deparaosdoentesgraves.Esteestudovisademonstrarastaxasde simultaneamente; 2 (4%) foram resistentes ao disco de oxacilina e
pneumoniaassociadaàventilaçãomecânica(PAV)nasUTIsadulto, sensível ao disco de cefoxitina; 40 (80%) foram sensíveis ao disco
pediátrica e neonatal de um hospital universitário antes e após deoxacilinaecefoxitina;4(8%)foramresistentesaodiscodecefo-
a implantação de rotinas de vigilância de processos. Materiais e xitina e sensível ao disco de oxacilina. O uso simultâneo dos discos
métodos: Estudo retrospectivo comparando as taxas de PAV antes de oxacilina e cefoxitina na detecção de MRSA foi importante para
eapósaimplantaçãoderotinasdevigilânciadeprocessosnasUtis demonstrar a presença de carreadores de S. aureus na comunida-
do Hospital Geral de Caxias do Sul, no período de março de 2007 de carcerária, esses indivíduos são potenciais disseminadores des-
à março de 2010. Resultados: Rotinas de vigilância de processos e sa bactéria. Devido ao confinamento, ao uso de drogas e partilha
gerenciamento de risco foram implantadas em março de 2008 na de objetos de uso pessoal, fatores de risco para ocorrência do CA-
instituição. No período que antecede essa implantação, a taxa de MRSA, este estudo ressalta a importância da detecção do estatus
PAV variava entre 3.1 e 21.7 procedimentos-dia (média anual de portador de S. aureus e seu papel como disseminador do MRSA.
11.1 infecções por paciente-dia). Após a implantação da vigilância
de processos nas UTIs, a taxa variou entre 2.5 e 17.4 procedimen- Palavras-chaves: CA-MRSA, Oxacilina, População carcerária, Resis-
tos-dia (média anual de 9.5 infecções por paciente-dia. Conclusão: tência, Staphylococcus
Após a implantação da vigilância de processos e medidas preven-
tivas com avaliação diária, a taxa de infecção diminuiu, porém
houveram períodos de pico relacionados a transmissão cruzada
de infecções, falha em medidas preventivas e longa permanência SO-02 (O12)
de pacientes, principalmente no período de infecção de influenza ANÁLISE CLÍNICO/EPIDEMIOLÓGICA DOS PACIENTES INFECTA-
pandêmica H1N1. DOS POR MICOBACTÉRIAS DE CRESCIMENTO RÁPIDO, ATENDI-
DOS NUM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO RIO DE JA-
Palavras-chaves: Infecção respiratória, Pneumonia associada a NEIRO NO ANO DE 2009
ventilação, Pneumonia nosocomial
Autor(es): Sabrina Fernandes Galvão, Rosimeire Bernardes da
Cunha Silva, Francisco José de A. Oliveira, Augusto S. Heeren, Fer-
nando M. Sanches, Erildo Wolfgramm, Ana Cristina do Amaral Ja-
SO-02 (O11) cques Nakao
Staphylococcus aureus RESISTENTES A OXACILINA EM UMA PO-
PULAÇÃO CARCERÁRIA DO MUNICIPIO DE AVARÉ
Instituição(ões):
1. SESDEC RJ, Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil - RJ
Autor(es): CLÁUDIA DE LIMA WITZEL, VALÉRIA CATANELI PEREIRA,
MARIA DE LOURDES RIBEIRO DE SOUZA DA CUNHA
Resumo:
Introdução: Desde novembro de 2006, a Comissão Estadual de
Instituição(ões): 1. UNESP, Universidade Estadual Paulista Controle de Infecção Hospitalar (CECIH) tem sido notificada so-
bre a ocorrência de infecção hospitalar por Mycobacteria atípica
Resumo: após videocirurgia, tendo essas notificações sido intensificadas a
Freqüentenamicrobiotanormaldocorpohumano,oStaphylococ- partir de fevereiro de 2007, caracterizando um comportamento
cus aureus é uma importante bactéria causadora de um amplo es- epidêmico inédito no Estado. Entre as hipóteses para a ocorrên-
pectro de infecções cutâneas, tecidos moles, ossos, vias urinárias, cia deste evento destacam-se a possibilidade do reprocessamento
doenças sistêmicas fatais e infecções oportunistas. De 20 a 30% indevido de materiais, bem como falhas nos processos de limpe-
da população possui S. aureus em suas cavidades nasais. A esse za, desinfecção e/ou esterilização. Ao Núcleo Central de Vigilância
padrão de carreamento, no qual se observa reprodução bacteria- Hospitalar da SESDEC-RJ coube, através da CECIH e Vigilância Epi-
na sem interação imunológica ou doença clínica, dá-se o nome de demiológica, exercer papel de articulador dos vários setores para
“colonização”. Tanto o indivíduo colonizado quanto aqueles que que houvesse o controle do surto e o tratamento dos pacientes
apresentam infecção podem transmitir eficazmente o S. aureus . Objetivo:Analisar a evolução clínico/epidemiológica dos casos

82
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
de micobacteriose acompanhados por uma Unidade Hospitalar de junho e 30 de novembro de 2009. Em um grupo foi usada AFR
de Referência. Métodos: Estudo de coorte transversal. Os dados ouTAparainjeçãointramuscular(n=1000).Nooutrogrupo,foiad-
foram levantados através dos prontuários e analisados através ministrada insulina subcutânea com AFR ou TA (n=240). Foi usada
do programa EPIINFO 2000. Resultados: 95 pacientes iniciaram escala numérica de 0 a 10 após a aplicação e foi avaliada a per-
tratamento nesta unidade, destes 74% tiveram alta, 16% abando- cepção da dor para os dois grupos (n=1240). No grupo de injeção
naram, 7% continuaram em tratamento, 1% foi descartado e 2% subcutânea, foi avaliada a formação de hematoma. RESULTADOS.
possui desfecho ignorado. O critério de alta mais utilizado foi o O volume das medicações variou de 1 a 4 ml. Não houve diferença
clínico57%,seguidodoexamedeimagemem33%.Paraconfirma- entre a média de escala de dor entre os diferentes volumes utili-
ção diagnóstica o critério laboratorial foi o mais utilizado (41%), zados (p=0,364). A pontuação de dor foi maior no grupo com TA
destes o histopatológico foi o que apresentou maior frequência (p<0,001). A pontuação para hematoma foi maior no grupo com
(56,8%). 71,5% da população estudada fez medicação prévia, sen- TA (p<0,029). O poder do teste em relação à escala de dor foi de
do a claritromicina utilizada com maior frequência, 45,2%. Com 0,98 em toda a amostra e 0,97 no grupo da injeção intramuscu-
relação ao esquema terapêutico o uso associado de claritromi- lar, considerando significância de 5%. CONCLUSÃO. O uso de se-
cina, etambutol e terizidona (esquema 1) foi utilizado em 91,5% ringa com AFR não aumenta a sensação de dor nem a formação
dos casos, sendo que 15% desses tiveram alteração no esquema. de hematomas. O dispositivo elimina a exposição PS aos materiais
Reações adversas mais relevantes foram: ganho de peso 18,9%; perfurocortantes contaminados, impede o reencape de agulhas,
náusea 13,8% e tonteira 13,8%. A exerese dos nódulos foi reali- reduz o volume de resíduos sólidos de saúde, além de manter a
zada em 43,1% dos casos. Conclusão: Com este levantamento foi assepsia na aplicação dos medicamentos. Esperava-se que o re-
possível verificar que o tratamento (esquema 1) mostrou-se eficaz colhimento da AFR antes da mesma ser retirada da pele pudes-
nos pacientes que finalizaram o tratamento, mesmo sem eviden- se provocar traumatismo e hematoma, porém isso não ocorreu.
cias,imagina-se queosabandonos tenhamocorrido emfunçãodo Estudos devem ser conduzidos para avaliar a introdução desses
desaparecimento dos sintomas. Quanto ao critério de alta não foi dispositivos na prática clínica e seu impacto na prevenção de aci-
seguido o protocolo recomendado, pois somente 33% dos pacien- dentes perfurocortantes, custos de novas tecnologias e produção
tes realizaram exames de imagem. de resíduos sólidos de saúde. Esse estudo permite recomendar o
uso de AFR na aplicação de injeções intramusculares, subcutâneas
Palavras-chaves: micobacterias de crescimento rápido, epidemio- e intradérmicas, para reduzir a manipulação dos materiais e medi-
logia, evolução clínica camentos, o risco de contaminação dos pacientes e do ambiente,
e também impedir o reuso de seringas. Essa prática elimina o risco
de exposição dos profissionais de saúde a diversos agentes trans-
mitidos pelo sangue e matéria orgânica, especialmente os vírus da
SO-02 (O13) hepatite B, C e HIV.
MEDICAMENTOS POR VIA INTRAMUSCULAR E SUBCUTÂNEA: HÁ
NECESSIDADE DE TROCA DE AGULHAS PARA ADMINISTRAÇÃO? Palavras-chaves: acidentes perfurocortantes, dispositivos de se-
gurança, prevenção de acidentes, patógenos sanguineos, injeções
Autor(es): Luiz Carlos Ribeiro Lamblet4, Edilson Sant’Anna Meira3, intramusculares
Silvana Torres3, Barbara Carvalho Ferreira3, Sergio Dias Martuc-
chi1

Instituição(ões): SO-02 (O14)


1. M’Boi Mirim, Hospital Municipal Dr. Moyses Deustch M’Boi Mi- ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO NAS UPA 24H DO RIO DE
rim JANEIRO
2. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein
3. Biodina, Biodina Representações Autor(es): Patrícia Mouta Nunes de Oliveira, Sibelle Nogueira Buo-
4. COREN-SP, Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo nora, Marta Cristina Ramos Araújo de Oliveira, Jorge André Linha-
res de Almeida, Alexandre Oliveira Ribeiro
Resumo:
INTRODUÇÃO. Estima-se em 3 milhões de acidentes percutâne- Instituição(ões):1.CBMERJ,CorpodeBombeirosMilitardoEstado
os com agulhas contaminadas por material biológico por ano em do Rio de Janeiro
profissionais de saúde (PS). O uso de dispositivos de segurança é
fundamentalparapreveniressesagravos.Háseringascomagulhas Resumo:
fixas retráteis (AFR) que impedem o contato dos PS com materiais Em 30 de maio de 2007, foi inaugurada na Comunidade da Maré,
perfurocortantes. Entretanto, a troca de agulhas (TA) para admi- a primeira Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas (UPA 24H)
nistração de injeções intramusculares, subcutâneas e intradérmi- do Estado do Rio de Janeiro, para prestar atendimento médico e
cas é difundida. As justificativas para essa prática são o aumento odontológico de urgência e emergência, de baixa ou média com-
dador pelaperdade afiação do bisel da agulha, irritação do tecido plexidade à população. Atualmente, há 30 UPA em todo o Esta-
subcutâneo por onde passa a agulha que foi colocada no frasco do. A Comissão de Controle de Infecção Pré-Hospitalar (CCIPH) foi
de medicação, formação de hematoma e risco de contaminação criada em março de 2009, com a finalidade de estruturar e gerir
do medicamento. OBJETIVOS GERAIS. Comparar a intensidade da protocolos para acidentes com material biológico nestas UPA e
dor através de escala numérica (0 a 10) com injeção intramuscular posteriormente, ampliando suas ações. O objetivo deste trabalho
e subcutânea com seringa de AFR e técnica com TA; avaliar for- é apresentar o manejo dos acidentes com material biológico nas
mação de hematoma nas injeções subcutâneas nas duas técnicas. UPA e os dados obtidos após 1 ano de atuação. Para o manejo dos
MÉTODO. Foi realizado ensaio clínico em Clínica Médica e Pronto acidentes foi desenvolvida uma ficha de notificação, revisados os
Atendimento em hospital público na cidade de São Paulo entre 15 protocolos de profilaxia para HIV e hepatite B e definidos fluxos

83
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
de atendimento, além de disponibilizado um contato 24 hs para esterilização. Resultados: A análise do caso-controle evidenciou
a equipe envolvida. Posteriormente, iniciou-se o ambulatório de significância para obesidade (OR 1,13 - IC 1,03 a 1,24), reopera-
seguimento para os militares acidentados, onde os mesmos são ção por sangramento (OR 1,13 - IC 1,03 a 1,24) e cirurgia de re-
acompanhados por 6 meses.Foi realizada ainda uma campanha vascularização do miocárdio (OR 4 - IC 1,1 a 15,4). Na análise de
de vacinação abrangendo Hepatite B e Tétano. Todas as UPA pos- ambiente e equipamentos as culturas mostraram crescimento de
suem Teste Rápido para HIV e medicação antiretroviral para início microrganismos não fermentadores em reservatórios de água das
precoce da profilaxia pós- exposição (quando indicada). Outras máquinas de perfusão, e o cresciemnto de enterobactéria prove-
sorologias são coletadas nas unidades e disponibilizadas em 48 niente da água residual do reservatório de uma das máquinas de
hs. No período de abril de 2009 a maio de 2010 foram notifica- cardioplegia. Conclusão: As primeiras medidas de correção não
dos à CCIPH 209 acidentes com material biológico nas UPA. Sendo mostraram impacto na redução dos eventos infecciosos após sua
37 acidentes com fonte desconhecida e 172 conhecida. Entre os adequação e, portanto não foram os principais determinantes do
acidentes notificados, 66% ocorreram com técnicos de enferma- surto. A resolução do surto somente ocorrreu após a retomada da
gem, 12% com enfermeiros, 7% com médicos, 3% com dentistas, rotina de desinfecção das máquinas de circulação extra-corpórea
7% com funcionários da limpeza e 5% com outros profissionais da e cardioplegia, que determinava a manutenção dos reservatórios
assistência. Notou-se aumento das notificações após serem reali- secos após uso emcada cirurgia. Esse resultado mostrou uma pos-
zadas reuniões com as enfermeiras rotineiras das unidades(média sível relação do surto com a contaminação da máquina de cardio-
de 14,3 casos/mês pré e 15,2 casos/mês pós-capacitação) além plegia.
de uma melhor abordagem inicial dos casos pelas equipes médi-
cas das UPA. Acredita-se que, com a capacitação constante das Palavras-chaves: surto, infecção de sítio cirúrgico, medidas de in-
equipes nos protocolos e a conscientização dos profissionais so- tervenção, cirurgia cardíaca
bre os riscos da exposição ao material biológico, haja diminuição
dos acidentes. Além disso, havendo uma maior notificação destas
exposições, estes profissionais podem ter a abordagem adequada
ao caso, reduzindo-se assim o risco de contaminação deste traba- SO-02 (O16)
lhador. SURTO DE BURKHOLDERIA CEPACIA EM PACIENTES UROLÓGICOS

Palavras-chaves: acidente biológico, UPA 24h, HIV, Hepatite B Autor(es): MARIA BEATRIZ SOUZA DIAS, LARISSA CAVASSIN, VA-
LESKA STEMPLIUK, LUCIENE XAVIER SANTOS, DEBORA CARVALHO,
JORGE SAMPAIO, VERA BORRASCA

SO-02 (O15) Instituição(ões): 1. HSL, HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS


SURTO DE INFECÇÃO GRAVE EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA
CARDÍACA: MEDIDAS EFICAZES DE INTERVENÇÃO Resumo:
Introdução – Burkholderia cepacia (B. cepacea) tem sido identifi-
Autor(es): KÁTIA MARIE SIMÕES E SENNA, MARCIA REGINA GUI- cada como agente etiológico de infecções oportunistas relaciona-
MARÃES VASQUES, GIOVANNA FERRAIUOLI, FLÁVIA COHEN, MA- das à assistência e, por vezes, associada à ocorrência de surtos. Há
RISASANTOS,CRISTIANELAMAS,JUAREZCORREA,LUISCORDEIRO relatos de materiais contaminados por B. cepacia, como soluções
oftalmológicas, clorexidina, heparina, água, cloreto de benzalco-
Instituição(ões): 1. INC, Instituto Nacional de Cardiologia nio e solução de inalação. A pronta detecção destes reservatórios
ambientais é fator crucial para o sucesso das medidas de controle
Resumo: de surtos. Objetivo - Descrever um surto de infecção por B. cepa-
Introdução: A incidência de infecções graves em cirurgia cardía- cea relacionada a solução contaminada de Manitol 3% em pacien-
ca é inferior a 5%, entretanto se apresenta com elevada morbi- tes submetidos a cirurgia urológica. Metodologia - Após o alerta
dade e mortalidade. A maior prevalência de microorganismos informal de um urologista de que 2 pacientes operados pela equi-
identificada nas infecções após cirurgias cardíacas é proveniente pe tinham apresentado infecção por B. cepacea, a CCIH iniciou in-
da própria microbiota da pele do paciente (S.aureus e S. epider- vestigação imediatamente: 1.Definição de caso - qualquer pacien-
midis), como esperado em cirurgias limpas. Objetivos: Investigar te com isolamento de B. cepacea nos últimos 3 meses; 2. Busca
surto de infecções graves ocorridas em pós-operatório de cirurgia eletrônicadecasosnosarquivosdemicrobiologiaecontroledein-
cardíaca adulto no período de julho a outubro de 2008, em um fecção; 3. Identificação de procedimentos, medicamentos e mate-
hospital público no Município do Rio de Janeiro. Métodos: A partir riaisdeusocomumdoscasosnosistemadeinformaçãohospitalar.
da elevada incidência de infecção cirúrgica ocorrida nos meses de 4. Notificação aos órgãos pertinentes (Administração do Hospital,
julho/08 (6,7%), agosto/08 (7,3%), setembro/08 (14,3%) e outu- Vigilância Sanitária e Epidemiológica) e outras Instituições; 5. Reu-
bro/08 (12,1%), e que demonstrou uma predominância de ente- nião com urologistas da Instituição para discutir ações tomadas
robactérias nas culturas positivas provenientes dos casos diagnos- e alternativas industriais para substituição do Manitol. Resultado
ticados procedeu-se a uma investigação epidemiológica do surto. –B. cepacea foi identificada em 6 pacientes (2 urocultura, 2 he-
Inicialmente foi realizado um estudo caso-controle (crossover) mocultura e 2 urocultura e hemocultura foram positivas para o
analisando as 229cirurgias (23 casos e206controles) ocorridasno agenteemquestão). Todosforamsubmetidosacirurgiaurológica;
período de julho a outubro de 2008. Em seguida foram revisados Todos os pacientes usaram Solução de Manitol 3% para irrigação,
todos os processos descritos como importantes na prevenção das adquiridos de uma farmácia de manipulação. Este produto foi ad-
taxas de infecção de sítio cirúrgico (ISC). Desta forma, visitas ao quirido pelo hospital a partir da interrupção do produto industria-
centro cirúrgico foram intensificadas para identificação de possí- lizado; Todososlotesdoprodutomanipuladoforamcolocadosem
veis alterações nos processos, análise de materiais, equipamentos quarentena e amostrados por análise microbiológica; B. cepacea
e ambiente, bem como uma revisão dos processos na central de foi isolada nos três lotes em uso, após 48 horas da suspeita;

84
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
A análise das cepas por biologia molecular (PFGE) mostrou que to- hemocultura do paciente doador foi negativa. O lote de ACD do
dososisoladosdepacientesesoluçõesdemanitoleramidênticas; doador havia sido distribuído às unidades de internação dos ca-
Foram incluídos na análise cepas de outras instituições atendidas sos. Demais lotes apresentaram culturas negativas. Não foram de-
pelo mesmo laboratório de microbiologia demostrando que as tectadas endotoxinas nas amostras. A PFGE demonstrou isolados
cepas eram idênticas e a natureza multi-institucional do surto. O idênticos. A visita à farmácia não revelou quebra de técnica. Dis-
tratamento foi instituído pelo médico do paciente e nenhum óbito cussão – Houve crescimento de Pantoea sp em apenas um lote re-
ocorreu em consequência desta contaminação. Conclusão – Uma testado.Aausênciadeumsistemaderastreabilidadenãopermitiu
comunicação eficiente entre corpo clínico e CCIH é essencial para confirmar se todos os casos receberam ACD do mesmo lote. PFGE
uma rápida identificação e controle de surtos. A substituição de confirmou a contaminação da solução. Não houve casos após a
produtos industrializados por outros manipulados é uma prática interdição do lote suspeito. Conclusão – A manipulação de grande
comumepodelevarasurtosmulti-institucionais.Ainformatização volume de soluções em farmácias hospitalares pode não apresen-
dosprocessoshospitalaresfacilitaaidentificaçãoeinvestigaçãode tar segurança desejável.
surtos hospitalares e a colaboração entre a equipe de tecnologia
da informação, farmácia, microbiologia, administração e controle Palavras-chaves: farmácia, hospital, investigação, soluções, surto
de infecção foi essencial para agilizar o controle deste surto.

Palavras-chaves: SURTO, BURKHOLDERIA CEPACIA, PACIENTES


UROLÓGICOS, MANITOL SO-02 (O18)
PALCO – PLANO DE AÇÕES DE LIMPEZA, CONTROLE DE INFECÇÃO
E ORGANIZAÇÃO.

SO-02 (O17) Autor(es): DIRCEU CARRARA, Dirceu Carrara, Vilma Inacio Costa,
SURTO DE BACTEREMIA POR PANTOEA SP ASSOCIADA À Williams Romeiro, ANA CLEA MESQUITA HOLANDA HOLANDA,
CONTAMINAÇÃO DE SOLUÇÃO ANTICOAGULANTE DE CITRA- ANA MARIA FAIDIGA FAIDIGA, JEFFERSON ARAÚJO ARAÚJO, LUIS
TO-DEXTROSE MANIPULADA EM FARMÁCIA HOSPITALAR MARCELO BRUNETTI, MARIA HELENA GONÇALVES DIAS, VALÉRIA
SEBA
Autor(es): Icaro Boszczowski, Erique Jose Peixoto Miranda, Thaís
Guimarães, Maristela Pinheiro Freire, Daiane Cais, Silvia Figueire- Instituição(ões):1.InCorHCFMUSP,InstitutodoCoraçãodoHospi-
do Costa, João Nóbrega de Almeida Junior, Robson E Soares, Cleu- tal das Clínicas da Faculdade d
ber Esteves Chaves, Anna Sara Levin
Resumo:
Instituição(ões): Introdução: Existem evidências clínicas que mostram a relação
1. HCFMUSP, Hospital das Clínicas Universidade de SãoPaulo entre higiene inadequada do ambiente e a transmissão de mi-
crorganismos causadores de infecções relacionadas à assistência à
Resumo: saúde. A ocorrência de um surto de infecção/colonização por En-
Introdução-Pantoeaspp,atérecentementeEnterobactersp,estão terococcus resistente a vancomicina (ERV) na UTI de cardiopatas
freqüentemente associadas a surtos em pediatria. Objetivo – des- adultos em 2006, controlado somente após medidas intensivas de
creverumsurtodebacteremiaporPantoeaspassociadaàsolução limpeza e organização do ambiente motivou a elaboração deste
de anticoagulante citrato-dextrose (ACD) manipulada pela farmá- Plano. Objetivo: Prevenir e controlar as infecções associadas à as-
cia hospitalar e utilizada em hemodiálise e plasmaferese. Material sistência à saúde por meio do controle ambiental, assistencial e
e método - Em janeiro de 2010 um doador de granulócitos apre- profissionalnasUTIs,enfermariaseunidadedeemergência.Méto-
sentou pirogenia após aférese em máquina “sensibilizada” com dos:OPALCOiniciou-seemfevereirode2007comumaabordagem
ACD. Foi identificada Pantoea SP na solução. Na mesma semana sistemática através de visitas técnicas às unidades de internação
identificamosPantoeaspemhemoculturasdemaistrêspacientes. a cada duas semanas por uma equipe multiprofissional (Unidade
Consideramos caso pacientes com bacteremia por Pantoea sp a de controle de infecção hospitalar, serviço de higiene, assistente
partir de 23 de dezembro de 2009. Identificação e teste de sensi- de administração hospitalar, técnico de segurança do trabalho e
bilidade foram realizados por método automatizado. O serviço de enfermeirochefedaunidade).Duranteasvisitas,avalia-selimpeza
controle de infecção hospitalar determinou: a) Rastrear os lotes e organização do ambiente e equipamentos, controle de estoque
de ACD; b) Retestar a esterilidade por filtração por membrana; de material, adesão às recomendações de prevenção de infecções
c) Pesquisar endotoxina bacteriana pelo método de formação de e segurança dos profissionais. Foi estabelecida uma certificação
gel d) testar a relação genética entre os isolados por eletroforese para as unidades que obtêm 80% de resolução das não confor-
em gel em campo pulsado (PFGE). e) Realizar visita ao setor de midades apontadas. A placa de certificação é afixada na porta de
produçãodeACDdafarmácia.Posteriormenteforamidentificados entrada da unidade. Resultados: Após 3 meses de implantação do
cinco novos casos. As amostras estudadas foram: a) ACD utilizado plano76,1%dasnãoconformidadesidentificadasforamresolvidas
na aférese para doação de granulócitos; b) Duas hemoculturas de e um ano após a resolução das não conformidades foi de 85,2%.
pacientes submetidos à plasmaferese, quatro à hemodiálise, dos As não conformidades que apresentaram melhor resolução foram
quais, um não utilizou solução de ACD, um foi submetido a ambos aquelas relativas à organização do ambiente e controle de sub es-
os procedimentos e um não submetido a nenhum destes. Resul- toque e as com maiores dificuldades de adesão foram as relacio-
tados – Oito pacientes foram identificados, com idade média de nadasàinfraestruturaeplantafísica.Acertificaçãofoiimplantada
60 anos, cinco homens e quatro óbitos. Dois pacientes apresen- em 2008 e 82% das unidades avaliadas obtiveram a certificação.
tavam púrpura trombocitopênica trombótica, dois transplantados Em 2009, houve melhora da resolução das não conformidades e
de pulmão, dois com insuficiência cardíaca, um com insuficiência 91,7% das unidades avaliadas foram certificadas. Conclusão: O
renal crônica agudizada e um com síndrome de Guillain-Barré. A PALCO representa um trabalho de parceria entre os serviços hos-

85
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
pitalares e obteve-se melhora em todas as unidades assistenciais NICAS COM CATETER, PICC
da instituição. Conseguiu-se maior motivação e compromisso dos
profissionais para a resolução das não conformidades.

Palavras-chaves: ações, controle, infecção, organização, plano SO-03 (O20)


O IMPACTO DA MUDANÇA DAS ATIVIDADES DO SCIH NAS TA-
XAS DE INFECÇÃO HOSPITALAR.

SO-03 (O19) Autor(es): Sandra Rodrigues Oliveira1, Luciene Silva Gomes1, Ha-
5 ANOS DE EXPERIÊNCIA DO USO DE CATETER CENTRAL DE IN- manda Garcia da Silva1, Paulo Cesar Souza1, Simone Pereira Ma-
SERÇÃO PERIFÉRICA (PICC) EM RECÉM-NASCIDOS < 1500g: COM- chado1, Elaine Araujo3, Erika Sampaio Namora1, Lucimar Santos
PLICAÇÕES MECÂNICAS E INFECCIOSAS EM UMA UNIDADE DE Pinheiro1, José Roberto de Oliveira junior1, Márcia Pinto Barros
TERAPIA INTENSIVA NEONATAL (UTIN). de Oliveira2

Autor(es):Rosana Richtmann, Camila de Almeida Silva, Sandra Bal- Instituição(ões):


tieri, Tatiane Rodrigues 1. HCN, Hospital de Clínicas de Niteroi
2. INFECTO, INFECTO - Infecções Hospitalares Assessoria
Instituição(ões): 3. UFRJ, Universidade Federal do rio de Janeiro
1. HMSJ, HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA JOANA
Resumo:
Resumo: Introdução – A forma do controlador de infecção (CI) desenvolver
Introdução: A infecção da corrente sangüínea (ICS) é a infecção suas atividades e o tempo dedicado a elas podem ser determinan-
mais comum em UTIN, sendo a maioria delas relacionada a ca- tes nos resultados de uma instituição.A forma de trabalho deve
teter venoso central (CVC). Medidas de prevenção nos cuidados gerar o entendimento de quem é a responsabilidade pela preven-
do CVC são universalmante importantes para melhorar as taxas ção das IH e de quem merece os créditos de um bom resultado ou
de infecção. Objetivos: Descrever a experiência do uso de PICC em o ônus de taxas elevadas. Objetivo – Comprovar, através de indi-
recém-nascidos (RN) <1500g no HMSJ referente a inserção, cuida- cadores, o impacto da mudança das atividades do CI nas taxas de
dos com o cateter e complicações mecânicas. Comparar as taxas infecção. Método – Local do estudo – Hospital terciário privado,
de infecção de corrente sanguínea de nosso serviço com dados do situado no centro de Niterói, RJ, com 186 leitos, 03 unidades de
Estado de São Paulo e do NHSN. Métodos: Estudo prospectivo e terapia intensiva (UTIA, UTIB, UTI C), 01 unidade coronariana (UC)
observacional realizado de Jan/04 a Dez/08, em uma UTIN de 54 e 01 unidade neurointensiva(UNI). Comparar a densidade de in-
leitos com média de 100 RN/mês e 11.000 nascidos vivos/ano. O cidência das infecções globais IG (IH/1000 pte.dia) ; bacteremia
PICC utilizado foi o de silicone da BDÒ de 1.9fr.Todos os cateteres primária (BP) associadas ao uso de cateter vascular central (CVC)
foram inseridos pelo “grupo do cateter”. Para passagem do PICC (BP/1000 CVC.dia) e pneumonias associadas à ventilação mecâ-
foram utilizadas precauções de barreira máxima, a anti-sepsia da nica (PAV) (PAV/1000 Respiradores.dia), antes e após as mudan-
pelefoirealizadaclorexidinaalcoólicaeoscurativostransparentes ças nas atividades do CI. Período de consolidação das mudanças:
trocados a cada sete dias. Foram seguidas as definições do CDC 2008. Atividade do CI antes das mudanças, ano de 2007: ausência
para infecção de corrente sanguínea relacionada a CVC (ICS-CVC). de sistematização de visitas técnicas setoriais, presença reduzida
O diagnóstico microbiológico de ICS-CVC foi confirmado quando nos setores, ausência de notificação e análise de vigilância de pro-
a hemocultura central e periférica foram positivas. As complica- cessos. Atividade do CI em 2009: treinamento de 100% dos profis-
ções mecânicas (CM) consideradas foram obstrução, ruptura e / sionais deEnfermagem;presençasistemáticadoCImunido deins-
ou perda do PICC. As taxas de ICS-CVC e densidade de utilização trumento de verificação de não conformidades; reuniões mensais
(DU) forma comparadas com as do estado de São Paulo de 2008 regulares com lideranças das UTIs, UC e UNI para apresentação
(138 hospitais) e ao percentil 90 do NHSN 2006/2007. Resultados: dos resultados das taxas de IH, da vigilância de processos preven-
RN 750g: total:142; número de ICS-CVC:73; PICC/dia:3981; Taxa tivos de IH, com definição de metas e plano de ação elaborados
de ICS-CVC/HMSJ: 18.3; Taxa ICS-CVC/NHSN:9,2; Taxa de CM:8,5; em conjunto; formação de um grupo multiprofissional de cuida-
DU/HMSJ:0,46; DU/NHSN:0.56. RN 750-1000g; total:169; nú- dos com os cateteres vasculares centrais; sistematização das visi-
mero de ICS-CVC:28; PICC/dia:4272; Taxa de ICS-CVC/HMSJ: 6.5; tas técnicas setorias,com discussão de relatório de conformidade
Taxa ICS-CVC/SP:36,2; Taxa ICS-CVC/NHSN:10,7; Taxa de CM: 9.5; e elaboração em conjunto de plano de ação. Não existiu mudança
DU/HMSJ:0,39; DU/SP:0,96; DU/NHSN:0.58. RN 1001-1500g; to- do profissional CI da Enfermagem, houve aumento de sua carga
tal:443; número de ICS-CVC:57; PICC/dia:10.183; Taxa de ICS-CVC/ horária de 16 para 30 horas semanais. Não existiu mudança dos
HMSJ:9.6;TaxaICS-CVC/SP:46,0;TaxaICS-CVC/NHSN:7,7;Taxade líderes dos setores. A metodologia das notificações das IH não foi
CM: 9.1; DU/HMSJ: 0,37; DU/SP:0,83; DU/NSHN: 0.39. Conclusão: modificada.Resultados: Houve redução das IG em todas as unida-
Este é o maior relato sobre a utilização do PICC em UTIN no Bra- des de terapia intensiva, exceto na UNI. A redução da IG foi esta-
sil. Exceto em RN  750g, temos densidade semelhante das taxas tisticamente significante (P<0.05), em todos os setores, exceto na
de complicações mecânicas e infecciosas. Mesmo em um país em UC (p>0.05). Na UTI A a redução foi de 36 casos para 15 casos /
desenvolvimento é possível ter resultados melhores do que as ta- 1000 pte.dia P<0,01). A redução de PAV foi estatisticamente sig-
xas locais. Um programa de medidas preventivas objetivando taxa nificante na UTI A (P<0,01). As taxas de BP reduziram de 16 casos
zero pode levar a melhores resultados, comparáveis aos de países /1000 cvc.dia para 3,9 casos (P<0.01), no CTI A; de 14 casos/1000
desenvolvidos. cvc.dia para 2,2 casos na UTI B e de 12 casos / 1000 pte.dia para 4
casos na UNI. No CTI C e na UC a redução não foi estatisticamen-
Palavras-chaves: CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA, te significante.Conclusão: Acreditamos ser este o caminho para
COMPLICAÇÃO MECÂNICAS INFECIOSAS, COMPLICAÇÕES MECÂ- melhores resultados: adequação da carga horária e das atividades

86
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
do CI, e que nestas atividades esteja incluída formas de trabalho eprofissionais,particularmenteasgestantes.Plantõesdetrabalho
que envolvam o grupo assistencial, para que todos participem ati- foram estabelecidos com o objetivo de reportar resultados de exa-
vamente e se comprometam com a prevenção das IH e com os me e orientar pacientes e familiares. A experiência foi, para todos,
resultados obtidos. exaustiva. A prontidão da resposta institucional foi inédita. O me-
lhor de cada um emergiu e ficou de prontidão.
Palavras-chaves: atividades do controlador de infecção, redução
de infecção, carga horária Palavras-chaves: INFLUENZA A (H1N1), PANDEMIA, H1N1

SO-03 (O21) SO-03 (O22)


LIÇÕES DA INFLUENZA A (H1N1) NO HOSPITAL SIRIO LÍBANÊS ENTEROCOCOS RESISTENTE A VANCOMICINA: INVESTIGA-
ÇÃO DE UM SURTO POR BIOLOGIA MOLECULAR EM UM HOS-
Autor(es): LUCIENE XAVIER SANTOS, LARISSA GARMS THIMOTEO PITAL DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA
CAVASSIN, MARIA BEATRIZ SOUZA DIAS, VERA LUCIA BORRASCA,
FERNANDO GANEM, MARCIA BOESSIO DOS SANTOS, PAULO RO- Autor(es): Fabianne Carlesse1, Carlos Alberto Pires Pereira1, Ma-
BERTO LEAL, ANTONIO CARLOS ONOFRE DE LIRA, CLEBER BOLDRI- ria Aparecida Aguiar da Silva1, Antonio Carlos Campos Pignatari2,
NI, ADRIANA AHMAD SLAIMAN SEMAN Kelly Santiago2

Instituição(ões): 1. HSL, HOSPITAL SIRIO LÍBANÊS Instituição(ões):


1. IOP, Instituto de Oncologia Pediátrica
Resumo: 2. LEMC, Laboratório Especial de Microbiologia Clínica
Introdução Diante da Emergência de Saúde Pública e do aumento
de atendimentos de casos suspeitos de Influenza A (H1N1), o Hos- Resumo:
pital Sírio Libanês (HSL) elaborou um esquema especial de atendi- Introdução: bactérias resistentes aos antibióticos têm se tornado
mentobaseadonasinformaçõesdaOrganizaçãoMundialdaSaúde um problema no âmbito da infecção hospitalar. A despeito de to-
(OMS)eMinistériodaSaúde(MS).Nodia30deabril,atendemoso dososesforçosrealizadospelascomissõesdecontroledeinfecção
primeirocasopositivodoBrasil.Apartirdaí,aCCIHelaborouPlano hospitalar, o número desses agentes continua a crescer e a causa
de Contingência incluindo: fluxo de atendimento, orientações de é multifatorial. VRE são patógenos importantes nesse contexto e a
alta, notificações dos casos ao órgão público e acompanhamento suaaquisiçãotemsidorelacionadaainternaçõesprolongadas,uso
doscasos.Objetivo•Atenderademanda•Reduzirriscosdetrans- de antibiótico de amplo espectro, procedimentos gastrointestinais
missão; • Prevenir formas graves e fatais da doença; • Monitorar eneutropenia.Em2008noInstitutodeOncologiaPediátricahouve
casos e notificar a Vigilância Epidemiológica; Metodologia Elabo- um aumento no número de infecções por VRE. Objetivo: 1)Inves-
rado fluxo de atendimento de casos (pacientes e colaboradores) tigar por meio de biologia molecular os clones de VRE em amos-
suspeitos/confirmados de acordo com as recomendações do MS. tras clínicas. 2)Determinar se houve transmissão cruzada desses
Nomeado Comitê de Enfrentamento da Gripe, que coordenou as clones 3) Reforçar as medidas de controle de infecção hospitalar.
atividades relacionadas à epidemia no HSL. Segregação do atendi- Materiais e Métodos: em julho de 2008 foi observado pelo Serviço
mento de casos suspeitos, no PA: recepção, consultórios e equipe de Controle de Infecção Hospitalar um aumento na incidência de
assistencial dedicada (gripário). “Banners” nos principais acessos infecções por VRE. Foi feita uma análise retrospectiva dos pron-
com orientação de uso de máscaras para casos suspeitos Distri- tuários dos pacientes e por meio de biologia molecular analisado
buição de “folders” aos pacientes e cartazes informativos nas áre- todas as espécies de VRE encontradas. Concomitantemente foram
as de atendimento inicial. A partir de 20/07/2009, o Laboratório intensificadas as medidas de isolamento com atenção especial a
Fleury iniciou a realização do exame diagnóstico, com resultado lavagem de mãos e investigado o percurso do paciente dentro do
em 48 horas, substituindo o encaminhamento ao Inst. Adolpho hospital. Prospectivamente, o SCIH junto ao Laboratório Especial
Lutz. Resultados Foram elaborados 16 protocolos deatendimento, de Microbilogia Clínica (LEMC) fez três estudos de coorte para
comadaptaçãodasorientaçõesdoMSàrealidadedoHSL.Amaior identificar possíveis colonizados: foi colhido swab retal de todos
demanda por atendimento aconteceu entre a última semana de os pacientes internados, semeado em meio específico para VRE e
julho e a primeira quinzena de agosto. Demanda de atendimento as amostras quando positivas, foram submetidas a análise mole-
no período de julho a dezembro: Número de atendimentos com cular. Resultados: entre os meses de janeiro a julho de 2008 foram
Síndrome Gripal no PA - 8159 Número de internações de casos encontrados 8 casos de infecção por VRE sendo: 6 Enterococcus
suspeitos - 241 Número de casos confirmados – 481 Número de faecium, 2 Enteroccus spp. Esses pacientes encontravam-se nas
funcionários atendidos com Sind. Gripal, na Medicina do Trabalho diversas unidades do hospital. O sítio de isolamento foi sangue co-
– 497 Número de funcionários confirmados - 75 Conclusão Duran- lhido de CVC (3), sangue periférico (2), urina (2), secreção traqueal
te a situação de epidemia com necessidade de atuação rápida e (1). No primeiro coorte foi observado 11/25 pacientes colonizados
eficienteparaatenderadequadamenteademanda,váriasalianças (nenhum previamente). No segundo coorte: 6/26 no terceiro co-
surgiram na instituição. Mesmo com a dificuldade de vagas hos- orte: 5/24. De acordo com a biologia molecular observou-se que
pitalares, leitos especiais foram reservados para estes pacientes, os clones que predominaram até o mês de julho foram os clones
com unidades preparadas para eventual “extravasamento” da de- A e B, predominando também nos coortes realizados prospecti-
manda. Esquemas especiais de encaminhamento de material para vamente. Conclusões: observou-se através dos estudos de coorte
diagnóstico, individualização de doses pediátricas e fracionamen- alta taxa de colonização entre os pacientes internados, taxa essa
to de comprimidos do antiviral, fizeram parte das ações adotadas. que foi sendo diminuída gradativamente com as medidas de con-
A comunicação institucional foi intensa, orientando os fluxos de trole de infecção hospitalar implantadas. Houve predominância
atendimento e as medidas de proteção para pacientes, visitantes dos clones A e B sugerindo uma transmissão cruzada entre os pa-

87
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
cientes. Nosocomial Infection Control Consortium . Conclusão Avanços
importantes foram alcançados na gestão do controle de infecção,
Palavras-chaves: biologia molecular, Enterococo resistente, onco- mas há desafios permanentes a superar na manutenção de recur-
logia pediátrica sos humanos capacitados e desenvolvimento de políticas públicas
voltadas ao problema.

Palavras-chaves: ccih, controle, gestão, infecção, pública


SO-03 (O23)
CURSO E PERCURSO NA GESTÃO PÚBLICA DE CCIH´S NUMA REDE
EM TRANSFORMAÇÃO: A EXPERIÊNCIA NA FHEMIG DE 2006 A
2009 SO-03 (O24)
CANDIDEMIA E AIDS NO INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO
Autor(es): Adriana Carla Miranda Magalhães, Salete Cristina Car- RIBAS: AVALIAÇÃO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA E PERFIL DE RESIS-
valho, Alcy Moreira dos Santos Pereira, Aglaya Barros Coelho, Ana TÊNCIA
Cláudia Morandi, Daniela Aparecida Guanaes Tonidandel, Carlos
Ernesto FerreiraStarling Autor(es): Fabiana Siroma, Donato Callegaro Filho, Christiane Ni-
coletti
Instituição(ões):
1. FHEMIG, Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais Instituição(ões): 1. IIER, Instituto de Infectologia Emílio Ribas

Resumo: Resumo:
Introdução Hospitais consomem recursos significativos do Siste- Introdução: Candidemia em pacientes com aids tem sido pouco
ma Único de Saúde e têm eficiência comprometida com eventos publicado, sendo a maioria relatos isolados de série de casos. Sen-
adversos (EA), especialmente infecções hospitalares (IH); por au- do o Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) um hospital com
mento do tempo de permanência, mortalidade e custos. Dados uma população predominante de pacientes com aids, é de grande
nacionais de impacto destes eventos no SUS não são conhecidos. importância o conhecimento das espécies de Candida mais pre-
Objetivo Descrever a gestão em controle de infecção em Funda- valentes e verificar o impacto do uso dos triazólicos sobre a inci-
ção pública de Minas Gerais , de 2006 a 2009. Métodos Estudo dência de cepas resistentes ao fluconazol. Objetivos: determinar
realizado em Fundação de 19 hospitais públicos e Administração a incidência de candidemia nos pacientes com HIV/aids atendidos
Central (AC) com 9 hospitais no interior e 10 na capital, 2.135 no IIER no período de junho de 2007 a maio de 2008; descrever
leitos hospitalares, 711 asilares e 253 de CTI. Em 2006 se iniciou as características clínico-epidemiológicas dos pacientes e avaliar
Acordo Interno de Resultados (AIR) como instrumento de avalia- o perfil de resistência ao fluconazol. Métodos: análise de todos
ção do desempenho institucional. Indicadores de infecção e ou- os casos de candidemia em pacientes HIV positivos atendidos no
tros EA representaram 30 a 42,5% da pontuação de desempenho IIER entre junho de 2007 a maio de 2008. Resultados: Um total de
hospitalar. Elegeu-se indicadores de terapia intensiva, taxa de in- 19 episódios de candidemia em pacientes HIV positivos ocorreram
fecção em sítio cirúrgico (ISC) em cirurgias limpas e endometrite no período estudado, com incidência de 10,45 casos por 1000 ad-
pós-parto, enviados mensalmente à AC. As CCIH´s foram avaliadas missões ou 0,59 casos por 1000 pacientes-dia. A distribuição dos
pela emissão de relatórios e visitas de supervisão. Investiu-se em 19 casos foi C. parapsilosis com 8 casos (42,1%); C. albicans 6 ca-
atualizações científicas e política de antimicrobianos. Em 2007, o sos (31,5%); C. tropicalis 2 casos (10,5%); C. glabrata, C. krusei e
planejamento alinhou-se ao Acordo de Resultados (AR) do gover- Candida sp 1 caso cada (5,3% cada). A média de idade foi de 31,7
no estadual, e implementou gestão em rede dos hospitais em 5 anos. O valor de linfócitos T CD4 foi recuperado em 16 casos, com
Complexos. Iniciou-se epidemiologia das infecções em instituições média de 69 células/ml.. Quinze (79%) dos 19 pacientes já havia
de longa permanência (ILP) . Adotou-se software específico. Em apresentado alguma doença oportunista prévia a internação atual
2008, contratualizações do Pacto de Gestão, reforçou PCIH. Em e a maioria (14 casos; 73,6%) já havia sido exposta previamente
2009, instrumento único de avaliação contemplou mapa estraté- ao fluconazol nos últimos 6 meses. Os fatores de risco para candi-
gico, contratualizações e AR; mantendo ISC, ILP, e infecção da cor- demia mais prevalentes foram uso de antibiótico, colonização em
rente sanguínea associada a cateter em CTI (ICS). Resultados De outros sítios, presença de cateter venoso central, uso de bloquea-
2006 a 2009 a média anual de internações foi 64.584, com 30.286 dor H2 ou inibidor de bomba de prótons, uso de corticóide e ven-
cirurgias e 6.545 internações em CTI.Os indicadores foram publi- tilação mecânica. A mortalidade geral foi de 68,5%. A análise do
cizados na intranet. Todos hospitais tiveram SCIH; exceto um, com perfil de sensibilidade ao fluconazol demonstrou somente 2 casos
11 leitos asilares de psiquiatria; mas houve grande rotatividade de de cepas resistentes, sendo um caso de Candida glabrata e Can-
profissionais. Incorporou-se álcool-gel em dispensadores de pare- dida krusei. Conclusão: Nossos achados permitem concluir que a
de em 2006 e de bolso em 2009. Estudo multicêntrico em 6 hospi- candidemia ocorreu em pacientes com aids em fase avançada de
tais, em 2007, sobre adesão às práticas de higienização de mãos, imunossupressão, com níveis baixos de linfócitos T CD4 e antece-
observou adesão de 44% em 1.475 oportunidades. Campanhas dente de doença oportunista; além disso, muitos dos fatores de
anuaisdeincentivoàhigienizaçãodemãosforamrealizadas.Audi- risco clássicos para candidemia estiveram presentes na população
toria antimicrobiana é adotada nos hospitais de cuidados agudos, estudada. Apesar da freqüente exposição aos azólicos, houve so-
58% realizam estudos de auditoria. As taxas de infecção cirúrgica, mente 2 casos de cepas resistentes ao fluconazol.
passaram a ser monitoradas por profissional e índice de risco CDC,
com a utilização completa do software em 55% dos hospitais. Em Palavras-chaves: Candidemia, aids, infecção hospitalar
2009 as ISC variaram de 0 a 7,3%, ILP de 0 a 24 /1000 pacientes-
dia e as ICS de 0 a 12,6 /1.000 cateter-dia em CTI pediátrico e 0 a
35,7 em CTI adulto. Os dados foram agregados ao International

88
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
SO-03 (O25) SO-03 (O26)
PACOTE DE MEDIDAS COMO FERRAMENTA PARA ELIMINAÇÃO REDUÇÃO DA INFECÇÃO DE CORRENTE SANGÜÍNEA ASSOCIADA
DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA NUMA À CATETER VENOSO NA UNIDADE DE TRANSPLANTE DE MEDULA
UTI NEONATAL ÓSSEA É POSSÍVEL?

Autor(es): Maria Gabriela Ballalai Abreu, Julia Yaeko Kawagoe, Autor(es): MARIA FATIMA SANTOS CARDOSO, LUCI CORRÊA*,
Cláudia Balbuena dal Forno, Maria Fernanda Pellegrino da Silva CRISTINA VOGEL, PATRICIA DO CARMO DELLA VECHIA, TANIA MI-
Dornaus, Ana Cristina Zanon Yagui, Luci Correa, Alice D´Agostini CHELE BARRETO WAISBECK, CLAUDIA REGINA LASELVA, NELSON
Deutsch, Arno Norberto Warth HAMERSCHLAK

Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein Instituição(ões): 1. HIAE, HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN

Resumo: Resumo:
Introdução: A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) é Introdução: Os pacientes submetidos ao Transplante de Medula
a segunda infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) mais Óssea (TMO) apresentam alto risco para o desenvolvimento de In-
prevalente entre os recém-nascidos (RN) internados na Unidade fecçãoRelacionadaàAssistênciaàSaúde(IRAS),especialmenteem
de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Atualmente há uma cultu- virtudedaneutropenia prolongadaeousodeimunossupressores.
ra de que IRAS não é mais aceitável como consequência de uma A Infecção de Corrente Sangüínea (ICS) associada à Cateter Veno-
internação. A incidência de PAV nessa UTIN diminuiu a partir de so Central (CVC) é um problema relevante, especialmente nestes
2002,maspermaneciaelevadasecomparadaaodadodoNational pacientes, pois está associada à alta morbi-mortalidade. Objetivo:
Nosocomial Infections Surveillance System (NNIS 2003). Objetivo: Determinaroimpactodaimplantaçãodeestratégiasdeprevenção
Descrever a estratégia adotada nesta UTI Neonatal para eliminar e controle de ICS associada à CVC na redução desta infecção. Mé-
a ocorrência de PAV. Método: O programa foi implementado a todo: Foi conduzido estudo de coorte prospectivo de 2008 a 2009.
partir de 2006, numa UTIN de nível terciário, de 12 leitos de um Foram acompanhados todos os pacientes internados na unidade
hospital privado da cidade de São Paulo. O Grupo de Suporte em de TMO. A vigilância das ICS, utilizando critérios diagnósticos do
Prevenção de Infecções (GSPI), grupo multidisciplinar, analisou as CDC(CentersforDiseaseControlandPrevention)foirealizadapela
causas das altas taxas de PAV e implementou intervenções utili- Enfermeirado Serviço deControle deInfecçãoHospitalar.Ohospi-
zando uma ferramenta de qualidade, o ciclo PDCA (Plan Do Check tal, em 2008, contratou como uma das metas intitucional a redu-
Act). Resultados: Na primeira fase do ciclo PDCA, o planejamento, ção das ICS associadas à CVC. Algumas ações foram implementa-
o GSPI identificou as possíveis causas relacionadas às altas taxas das para alcançar esta meta. Dentre elas: realização de e-learning
de PAV na UTIN utilizando o “brainstorming”. A segunda fase do sobre prevenção de ICS para médicos e equipe de enfermagem;
ciclo, a ação, teve início em janeiro de 2006, quando foi sendo co- implantação de check-list e intervenção na inserção do CVC; apli-
locado em prática um pacote de medidas de prevenção da PAV cação da estratégia multimodal da Organização Mundial da Saúde
elaborado pelo GSPI. Ele incluia: -Reforço de algumas medidas já (OMS)parahigienedemãosefeedbackconstantedosindicadores
adotadas, como o uso de sistema fechado de aspiração traqueal de IRAS à equipe. Resultado: A densidade de incidência de ICS as-
para todos os RN sob VM, e a presença, na UTIN, de uma equipe sociada à CVC/1000 CVC-dia em 2008 foi 5,3 e em 2009 foi ZERO.
de fisioterapia 24 horas por dia; -Mudança no quadro de funcio- Conclusão: O compromisso assumido pela equipe assistencial as-
nários substituindo toda a equipe assistencial por enfermeiros no sim como o apoio da alta administração na implementação destas
cuidado integral ao RN sob VM; -Implementação de uma política medidas de prevenção e controle foi fundamental para a redução
de extubação precoce dos RN pelos médicos; -Prevenção de extu- significativa das ICS associadas à CVC, garantindo uma assistência
bação acidental, com mudança na fixação da cânula oro-traqueal segura e com qualidade a estes pacientes.
(COT), e registro duas medidas para assegurar o posicionamento
correto da COT (porção exteriorizada e marcação da COT no lábio Palavras-chaves: INFECÇÃO DE CORRENTE SANGÜÍNEA, TRANS-
superior do RN) ; - Treinamento da equipe e mudança de compor- PLANTE DE MEDULA ÓSSEA, TOLERÂNCIA ZERO
tamentocomrelaçãoadecúbitoelevadopróximoa30ºparatodos
os RN em VM, higiene oral rigorosa três vezes ao dia com gaze
embebida em água destilada, descarte do condensado do circuito
sempre que houvesse resíduo visível e troca dos circuitos apenas SO-03 (O27)
seapresentassemsujidadeaparente.Foramrealizadostreinamen- CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DE INFECÇÃO E COLO-
tosdaequipeeauditoriasdeprocessos.Averificação,terceirafase NIZAÇÃO POR ENTEROBACTÉRIAS RESISTENTES A CARBAPE-
do ciclo, mostrou diminuição na incidência de PAV nessa UTIN de NÊMICOS NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE
4,8 (16 PAV/3315 VM-dia) no período 1 (de 2002-2005) para 1,2 (2 SÃO PAULO: ANÁLISE DE CINCO ANOS
PAV/1739VM-dia) no período 2(de2006a2009).Areduçãofoi de
75%. A última fase do ciclo PDCA é a consolidação do projeto. A Autor(es): Maristela Pinheiro Freire, Ícaro Boszczowski, Glaucia
estratégia para prevenção da PAV na UTIN foi eficaz. A última PAV Fernanda varkulja, Gladys Villas-Bôas do Prado, Thaís Guimarães,
nessa UTIN ocorreu em junho de 2008. Conclusão: Este projeto Maura de Oliveira Salaroli, Silvia Figueiredo Costa, João Nóbrega
de implantação de um pacote de medidas para a prevenção de de Almeida Junior, Flavia Rossi, Anna Sara Levin
PAV auxiliou na consolidação da filosofia de Tolerância Zero na UTI
Neonatal. Instituição(ões): 1. HCFMUSP, Hospital das Clínicas Universidade
de São Paulo
Palavras-chaves: Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Pneumo-
nia Associada à VentilaçãoMecânica, Pacote de Medidas Resumo:

89
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
cação de Provonost et al (NEJM 2006). Objetivos:Avaliar o efeito
Introdução - Carbapenêmicos são considerados o tratamento de da implementação sistemática de um conjunto de medidas para
escolha para enterobactérias produtoras de β-lactamase de ex- prevenção de CR-BSI em uma unidade pós operatória de grande
pectro extendido. No entanto nos últimos anos tem se descrito o movimento. Métodos:O bundle do cateter implementado incluiu:
surgimento de cepas resistentes a esta classe de antimicrobiano. (1) escolha do sítio de inserção, com uso preferencial da veia sub-
As enterobacterias resistentes a carbapenemico (ERC) têm a sua clávia seguida da veia jugular interna; (2) uso de clorexidina tópica
incidência crescente em todo o mundo e se configuram um desa- no sítio de inserção; (3) paramentação completa do médico, e uso
fio tanto do ponto de vista de controle epidemiológico como de de campo longo para o paciente; (4) remoção tão logo possível
tratamento. Objetivo - Descrever as infecções por ERC e avaliar as do cateter vascular. O estudo foi prospectivo, envolvendo todos
diferenças epidemiológicas entre as espécies. Método – Realiza- os pacientes consecutivamente internados no pós operatório de
mos estudo descritivo no hospital da clinicas FMUSP no período cirurgia cardíaca de adultos. Foram avaliados dois períodos: o pe-
de maio de 2005 a abril de 2010. Avaliamos prospectivamernte ríodo I, correspondendo aos 6 meses antes da intervenção (de-
características clinicas, laboratorias e de internação dos pacientes zembro de 2007 a maio de 2008) e o período II, de setembro de
com infecção e/ou colonização por ERC. A distribuição das taxas 2008 até fevereiro de 2009. Os meses de junho, julho e agosto de
no tempo foi avaliada por X2 para tendência, as variáveis categó- 2008 foram excluídos da análise, tendo sido considerado o perí-
ricas analisadas pelo X2 ou exato de Fisher e ordenadas pelo teste odo de implementação. A definição de CR- BSI foi a presença de
de Mann-Whitney. A análise multivariada (AM) foi realizada por duas ou mais hemoculturas positivas em um paciente com cateter
regressão logística. Consideramos significativo p <0,05. Resultado vascular, aonde não havia outro foco de infecção diagnosticado. A
– Identificamos o primeiro caso de ERC em maio de 2005 sendo taxa foi calculada como CR-BSI por 1000 cateteres-dia. A análise
um E. aerogenes (EA). A incidência no período variou de 0,7 a 70 estatística foi feita com o programa Statcalc do Efi Info, CDC. O tes-
por 100000 pacientes-dia com uma tendência temporal a aumen- te do qui-quadrado foi usado para comparar proporções entre os
to (p<0,001). No total foram identificadas 341 ERC. As espécies períodos I e II. Resultados: Ocorreram um total de 4239 cateteres/
com resistência a pelo um carbapenemico foram: E. aerogenes (91 dia na unidade no período de estudo, sendo 2095 no período I e
casos), E. cloacae (39) K. pneumoniae (KP) (203), E. coli (4), S. mar- 2139 no período II. O número de CR-BSI foi 16 pré-intervenção, e
censcen (4), outras espécies de enterobacter(2). A porcentagem 5 pós-intervenção. O odds ratio foi 3,27 (intervalo de confiança de
de infecção foi de 52% entre os casos de EA e 46% para KP, o sitio 1,12a10,20),ep=0,026(p<0,05)comparando-seastaxasnoperí-
mais freqüente de infecção foi sitio cirúrgico para EA e infecção odoIeII.Conclusões:Aimplementaçãodobundledocateter,con-
do trato urinário para KP. As UTI apresentaram 58% dos casos. A junto de medidas simples e a beira do leito, mostrou-se eficiente
média de tempo pré-diagnóstico foi de 49 dias para EA e 24 dias em diminuir a taxa de CR-BSI em nossa unidade pós operatória de
para KP. Foram isolados em sangue 38% das infecções por EA e cirurgia cardíaca, de forma análoga ao trabalho de Provonost et
29% das infecções por KP. Na análise univariada as diferenças com al 2006. Diminuição estatisticamente significativa ocorreu na taxa
significânciaestatísticaentreKPeEAforamsexofeminino(p0,05), em período relativamente curto desta intervenção, melhorando o
internação na UTI (p=0,02) e tempo de internação até o dignósti- cuidado à assistência.
co (p<0,001). Na AM as variáveis com diferença estatística foram
sexo (p=0,004) e tempo de internação pré-diagnóstico (p<0,001). Palavras-chaves: bacteremia, infecção, medidas de prevenção
Conclusão - As ERC são um agente multirresistente cada fez mais
freqüente na nossa instituição. As duas principais espécies são EA
eKP.AdetecçãodeEAfoimaistardiaduranteainternaçãoquando
comparado a KP. SO-04 (O29)
ANALISE PAREADA DA MORTALIDADE ASSOCIADA A BACTERE-
Palavras-chaves: enterobactéria, epidemiologia, resistência, vigi- MIAS POR SUBTIPOS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS EM PACIEN-
lância TESINTERNADOSNOHOSPITALUNIVERSITÁRIOPEDROERNESTO
DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

Autor(es): JULIO CESAR DELGADO CORREAL1, GABRIELA LIMA DE


SO-04 (O28) ALMEIDA2, MANUEL CARLOS MOREIRA BENITEZ2, CECILIA MEDEI-
RESULTADOS DA IMPLEMENTACAO DO BUNDLE DO CATETER ROS DE VIDAL2, MARIA DA FREITAS VILELA2, EDUARDO A.R. CAS-
VASCULAR EM UMA UNIDADE DE PÓS OPERATORIO DE CIRUR- TRO1, PAULO VIEIRA DAMASCO1
GIA CARDÍACA NO RIO DE JANEIRO, ANOS DE 2007 A 2009
Instituição(ões):

Autor(es): ITALO ESPÍNOLA2, CARINA PAIXAO1, LILIAN 1. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO
PRADO1, GINA NASCIMENTO1, MÁRCIA FREITAS1, SERGIO OLI- 2. UNIRIO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEI-
VAL1, ALEXANDRE ROUGE1, KÁTIA MARIE SIMÕES E SENNA1, RO
MÁRCIA REGINA GUIMARÃES VASQUES1, CRISTIANE LAMAS1,2
Instituição(ões): 1. INC, Instituto Nacional de Cardiologia Resumo:
2. UNIGRANRIO, UNIVERSIDADE GRANDE RIO Introdução A resistência aos antimicrobianos é um dos grandes
desafios da medicina atual. O Staphylococcus aureus têm elevada
Resumo: virulência e é um dos principais patógenos isolados em infecções
Introducao: A bacteremia relacionada ao cateter vascular (ca- hospitalares. Sua resistência aos fármacos torna seu estudo fe-
theter related blood stream infection, BSI) apresenta importante notípico e genotipico essencial para adotar a melhor terapêutica
morbidade e letalidade em unidades de terapia intensiva. O reco- nestas infecções. Objetivo Avaliar a correlação entre os perfis fe-
nhecimento de elevada taxa de CR-BSI nos fez promover a imple- notípicos de Staphylococcus aureus [Sensível a oxacilina (MSSA),
mentação do bundle do cateter no ano de 2007, seguindo a publi- Resistente a oxacilina “adquirido na comunidade” (CA-MRSA) e

90
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Resistente a oxacilina “adquirido no ambiente hospitalar” (HÁ- (ataque), seguido de 2.5 mU EV de 4/4hs até o nascimento. Atra-
MRSA)] e a mortalidade de pacientes internados no Hospital Uni- vés dos resultados positivos foram avaliados os prontuários para
versitárioPedroErnesto(HUPE-UERJ),nacidadedoRiodeJaneiro. medir a adesão. Resultados: A colonização do EGB foi investigada
Métodos Foi realizada uma avaliação retrospectiva de 79 prontu- na admissão hospitalar em 3590 gestantes (10% das admissões),
ários de pacientes internados no HUPE nos seguintes setores: CTI destas 516 (14,4%) eram positivas. Quanto à adesão ao protocolo,
Adulto (14 pacientes), Clínica médica (28 pacientes), Nefrologia/ 133 (25,8%) receberam adequadamente o AIP, 162 (31,4%) não
Hemodiálise (22 pacientes) e Cirurgia/Pediatria (15 pacientes) no receberamAIPdevidoindisponibilidadedoresultadonomomento
periodo de dezembro de 2008 a janeiro de 2010. Resultados Dos do parto, 145 (28%) não tinham indicação pelo protocolo (cesárea
79 pacientes analisados, 49 (62,1%) apresentaram bacteremias eletiva) e 61 (11,8%) não retornaram a instituição para realização
por MSSA, 7 (8,8%) por HA-MRSA e 23 (29,1%) por CA-MRSA. Na doparto.Somentequinze(2,9%)pacientesnãoreceberamAIPpor
analise multivariada a presença de bacteremias por CA-MRSA foi nãoadesãoaoprotocolo,nenhumRNapresentouSNPpeloEGB.A
correlacionada com idade maior do que 65 (p = 0.01) e internação incidência de SNP foi de 0,22/1000 nascidos vivos totalizando oito
naclinicamedica(p=0,08).Onumerodeóbitoscausadosporbac- casos, sendo sete SNP e uma meningite precoce com taxa de leta-
teremias foi 13 (26,53%), 2 (28,57%) e 8 (34,78%), para MSSA, HA- lidade de 25%. Destas, em nenhum caso foi realizado AIP, quatro
MRSA e CA-MRSA respectivamente. Usando Curva de sobrevivên- sem indicação (termo), dois eram prematuros com parto de emer-
cia de Kaplan-Meier observou-se que a mortalidade dos pacientes gência, um prematuro cuja mãe apresentava pesquisa negativa e
com bacteremias por CA-MRSA foi significativamente maior na um prematuro cujo resultado positivo materno não era disponível
primeira semana de infecção. A partir da 3ª semana de infecção no momento do parto. Conclusão: A pesquisa de EGB foi realizada
asmortalidades dos subgrupos seequivalem. Conclusão Emnosso em 10% das gestantes admitidas, o que corresponde ao número
médio hospitalar observou-se maior freqüência de CA-MRSA no de gestação de alto risco da instituição. Nos casos em que não
setor da clinica medica. A maior mortalidade de bacteremias por houveadesãoaoprotocolonenhumdesenvolveuSNP.Metadedos
CA-MRSA na primeira semana pode se dever a maior virulência casos aSNPocorreuemRNsdetermo,situaçãoemqueoCDCnão
destes microrganismos em comparação ao MSSA e o HÁ-MRSA. O recomenda o uso AIP até o momento. Métodos diagnósticos mais
diagnóstico precoce de infecções por CA-MRSA e inicio da terapia rápidos são necessários para diminuir os números de casos com
antimicrobiana adequada pode significar menor mortalidade nes- indicação de AIP, porém sem disponibilidade do dado.
ses pacientes.
Palavras-chaves:EstreotococodoGrupoB,EGB,Prevençãodesep-
Palavras-chaves: Bacteremia por Staphylococcus aureus, MRSA, se neonatal
CA-MRSA, HA-MRSA, MSSA

SO-04 (O31)
SO-04 (O30) AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DOS PACOTES DE AÇÕES (BUNDLE)
ANÁLISE DE CINCO ANOS DE ADESÃO AO PROTOCOLO DE PRE- NAPREVENÇÃODEPNEUMONIAASSOCIADAÀVENTILAÇÃOME-
VENÇÃODESEPSENEONATALPRECOCE(SNP)PELOESTREPTOCO- CÂNICA EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA
CO DO GRUPO B (EGB) - S. agalactiae
Autor(es): ADRIANA GIARDA GASIGLIA, DIRCEU CARRARA, SUZI
Autor(es): FABIANA CAMOLESI1, ROSANA RICHTMANN1,2, CAMI- FRANÇA NERES, DAIANE PATRICIA CAIS, ADRIANO ROGÉRIO BAL-
LA ALMEIDA DA SILVA1,2, TATIANE TEIXEIRA2, SANDRA BALTIERI2, DACIN RODRIGUES, TÂNIA MARA VAREJÃO STRABELLI
EDINEIA VACILLOTO1, GABRIELA RAVAGNANI F. E SILVA1
Instituição(ões):1.InCorHCFMUSP,),InstitutodoCoraçãodoHos-
Instituição(ões): pital das Clínicas da Faculdad
1. PMP, Pro Matre Paulista
2. HMSJ, HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA JOANA Resumo:
Introdução: A pneumonia em pacientes intubados é uma infec-
Resumo: ção grave e nos pacientes ventilados mecanicamente a incidên-
Introdução: O EGB é o principal agente etiológico da SNP, com le- cia Inicialmente, alguns estudos identificavam que 10 a 20% dos
talidade acima de 50%. Desde 1996, o CDC sugere a investigação pacientes submetidos à ventilação mecânica desenvolviam pneu-
de colonização de todas gestantes e propõe o uso de antibiótico monia associada a ventilação mecânica (PAV). Publicações mais
intra parto (AIP) para prevenção de SNP. Um dos grandes desafios recentes registram taxas de PAV que oscilam 1 e 4 casos por 1.000
do protocolo é adesão da equipe multiprofissional. Objetivo: Ana- ventiladores/dia, mas as taxas podem ser superiores a 10 casos
lisar a adesão ao protocolo de prevenção de SNP. Método: Estudo em algumas unidades de cuidado neonatal e em populações de
prospectivo, realizado em uma maternidade privada do período pacientes cirúrgicos. No entanto, os resultados de análise de ini-
de jan/2005 a dez/2009. Institui-se o protocolo na instituição com ciativas para a melhora da qualidade sugerem que muitos casos
pesquisa da colonização anal/vaginal pelo EGB de todas as gestan- de PAV podem ser prevenidos se for dada atenção aos detalhes do
tes com idade gestacional entre 24-37 sem ou que apresentaram cuidado. Permanece um problema significativo quando associado
fatores de risco: trabalho de parto prematuro, bolsa rota maior a patógenos antibiótico-resistentes, resultando em aumento na
ou igual a 18hs, febre materna ou cerclagem. AIP foi indicado morbi-mortalidade e custos mais elevados. A higiene oral reduz
para as gestantes colonizadas ou com screening desconhecido e o risco de PAV em pacientes internados em UTI, especialmente no
que apresentem fatores de risco; história de recém nascido (RN) período pós-operatório e nas vítimas de politraumatismo. Objeti-
prévio com doença invasiva por EGB ou bacteriúria por EGB du- vo: Analisar a influência da aplicação de pacotes de prevenção de
rante a gestação. Recomendou-se penicilina cristalina no início PAV em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Método:
do trabalho de parto nas seguintes doses: penicilina G 5mU EV O pacote de ações foi aplicado nos pacientes em pós-operatório

91
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
de cirurgia cardíaca durante o período de intubação, como uma episódio de pneumonia hospitalar) ou até 48 horas após alta da
estratégia para a prevenção de PAV. As ações implantadas foram: UTI. Pneumonia hospitalar foi diagnosticada segundo critérios do
uso da solução de gluconato de clorexidina aquosa a 0,2% para NISS/CDC 2004. Foram coletadas variáveis intrínsecas (estado nu-
a higienização oral, monitoração da pressão intra cuff, realização tricional, gravidade clínica, tipo de paciente clínico ou cirúrgico,
de aspiração supra cuff e manutenção do decúbito elevado a 30- infecção à admissão) e variáveis extrínsecas (jejum prolongado,
45º. As taxas de PAV foram analisadas comparativamente antes uso e tempo de uso de ventilação, sonda gástrica, cateter venoso
da aplicação do pacote no período de junho a novembro de 2007 central, sedativos, bloqueador H2, glicocorticoide, aminas vasoa-
(grupo A=577 pacientes) e após, de junho a novembro de 2008 tivas e hemocomponentes). Utilizou-se o programa STATA versão
(grupo B=724 pacientes). Resultados: Os grupos estudados foram 9.1 para análise estatística. Resultados: Dos 765 participantes,
semelhantes e identificou-se a média de 59,9 anos em ambos os 51(6,7%) apresentaram pneumonia hospitalar com densidade de
grupos e predomínio do sexo masculino, nos grupos A e B, 65% e incidência de 13,1 episódios /1000 pacientes-dia. Dos 366 (47,8%)
68% respectivamente. A média de internação entre a cirurgia e o pacientes ventilados, 39 (10,7%) apresentavam pneumonia asso-
diagnóstico de PAV foi de 7,5 dias no grupo A e 7 dias no grupo ciada à ventilação mecânica (PAV) com densidade de incidência
B. Identificou-se 90,2% de diagnósticos de pneumonia na primei- de 27,1/1000 dias de ventilação. A hemocultura foi positiva em 10
ra semana de pós operatório no grupo A e 90% no grupo B. Na (19,6%) pacientes com predomínio de bactérias Gram negativas.
segunda semana 4,9% de diagnósticos no grupo A e 10% no gru- Na análise multivariada foram identificados como fatores de risco
po B e após da terceira semana 4,9% de diagnósticos somente no para pneumonia hospitalar: uso de sedativos (OR=2,45 IC95=1,27-
grupo A. Portanto foram diagnosticados 43 casos (5,9%) de PAV 4,72), uso de sonda gástrica (OR=2,88 IC95=1,41-5,87) e maior
nos pacientes do grupo B e 20 (3,5%) nos pacientes do grupo A. A tempo de dias ventilados (OR=1,04 IC95=1,01-1,08). Conclusão:
redução na taxa de PAV foi de 40,1% (P=0,038). Conclusão: Neste Extubação assim que situação clínica permitir, transição de dieta
estudo a aplicação de pacotes de ações promoveu redução signi- para via oral tão logo paciente estável e sedação criteriosa seriam
ficante nas taxas de PAV mostrando ser uma ação efetiva para a as recomendações prioritárias visando a melhoria dos cuidados
prevenção desta infecção no pós-operatório de cirurgia cardíaca. diários buscando redução da incidência de pneumonia hospitalar
Identificamos a necessidade da realização de estudos aleatoriza- em UTI Pediátrica.
dos para subsidiar conclusões mais consistentes e permitir a com-
paração e a análise dos resultados com maior força de evidência. Palavras-chaves: PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO, INFEC-
CÃO HOSPITALAR, UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA, PNEUMONIA
Palavras-chaves: bundle, pneumonia, prevenção, pos operatoria

SO-04 (O33)
SO-04 (O32) USO PREEMPTIVO DE LINEZOLIDA EM PACIENTES HEMATO-
INCIDÊNCIAEFATORESDERISCOPARAPNEUMONIARELACIONA- LÓGICOS COLONIZADOS POR ENTEROCOCCUS SPP RESISTEN-
DAÀASSISTÊNCIAÀSAÚDEEMUNIDADEDETERAPIAINTENSIVA TES A VANCOMICINA (ERV)
PEDIÁTRICA
Autor(es): Bianca Grassi de Miranda Sousa, Luiz Felipe Lisboa, Ma-
Autor(es):ROBERTOJOSEALVESCASADO2,MARIAJULIAGONÇAL- riusa Basso, Frederico Dulleys, Thais Guimaraes, Guilherme Fon-
VES MELLO2, ROSANA CARLA FREITAS ARAGÃO2, MARIA DE FÁ- seca, Maristela Pinheiro Freire, Maria Aparecida Shikanai Yasuda,
TIMA PESSOA MILITÃO ALBUQUERQUE3, ROBERTA COSTA PINTO Silvia Figueiredoi Costa
MENESES2, JAILSON CORREIA2
Instituição(ões): 1. HC-FMUSP, Hospital das Clinicas da Faculdade
Instituição(ões): de Medecina da USP
2. IMIP, INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNAN-
DO FIGUEIRA Resumo:
3. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Colonização por ERV eleva o risco de infecções de corrente sanguí-
nea(ICS)empacientescomneutropeniaprolongada,commortali-
Resumo: dade de até 60%. Objetivo: Avaliar o uso preemptivo de linezolida
Introdução: Pneumonia hospitalar, uma das principais infecções em pacientes hematológicos colonizados por ERV. Métodos: Pa-
relacionadas à assistência à saúde em unidade de terapia intensi- cientes colonizados por ERV hospitalizados no Serviço de Hemato-
va (UTI), determina maior tempo de internamento, custo elevado logia do HC-FMUSP entre janeiro de 2005 e maio de 2007, foram
e letalidade em torno de 10%. Diretrizes internacionais enfatizam avaliados quanto ao uso (casos) ou não (controles) de linezolida
necessidade de prevenção, entretanto poucos estudos sobre fa- preemptiva na cobertura de febre de origem indeterminada (FOI).
tores de risco para pneumonia hospitalar foram realizados em Casos e controles foram pareados por período e unidade de inter-
crianças hospitalizadas em UTI. Objetivos: Determinar incidência nação(hematologia/TMO).EpiInfo3.1foiusadonaanáliseestatís-
e fatores de risco para pneumonia hospitalar na UTI Pediátrica do tica. As variáveis categóricas foram analisadas pelo método Exato
Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira. Méto- de Fisher e as contínuas pelo método de Mann-Whitney/Wilcox.
dos: Estudo tipo coorte prospectivo realizado no período de ja- Valores de p<0.05 foram considerados significativos. Regressão
neiro de 2005 a junho de 2006, em UTI Pediátrica com 16 leitos logística incluiu variáveis com p<0.1 na análise univariada foi rea-
clínicos e cirúrgicos em hospital universitário do Recife. A coorte lizada pelo programa SPSS. Resultados: 100 pacientes colonizados
foi constituída por pacientes de um mês a 18 anos que perma- por ERV foram avaliados, 36 receberam linezolida preemptiva e 64
neceram hospitalizados dois a 90 dias, excluindo-se os admitidos não(controles).58%eramdosexofemininoeamédiadeidadefoi
para cuidados intermediários. Pacientes foram acompanhados de 37 anos. 63% eram TCTH, 49% alogênicos. 23% apresentaram
diariamente durante toda a estadia até o desfecho (primeiro mucosite e 18% GVHD. As doenças de base mais freqüentes fo-

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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ram LMA (34%) e LNH (19%). 43% apresentavam neutrófilos<500 nitorados 326 e 280 pacientes cirúrgicos respectivamente sendo
e 31% eram neutropênicos graves (<100), a média de MASC dos que180pacientesusaramantibióticoem2007e197pacientesem
pacientes neutropênicos foi de 16 pontos . 46% evoluíram para 2008. Falhas graves como a administração de antibiótico 2 horas
óbito. Não houve diferença quanto à idade, sexo, doença de base, ou mais antes da incisão cirúrgica ocorreu em 1,1% em 2007 com-
tipo de TCTH, tempo internação, GVHD, mucosite e óbito quan- parado a 0% em 2008 e após a incisão cirurgica ocorreu em 7,7%
do comparados casos e controles. Mediana de tempo de uso de em 2007comparado a 0% em 2008.O antibiótico profilático foi ad-
linezolida foi de 7 dias (1-26) no grupo preemptivo, e 9 dias (1- ministrado corretamente dentro de 1 hora da incisão cirúrgica em
35) no grupo tratamento. Dos controles, 14% tiveram ICS por ERV. 82,7% dos casos em 2007 comparado a 94,9% em 2008. Em 2010
Não houve ICS nos que receberam linezolida preemptiva (RR 0,78 foi aplicado questionário a 126 cirurgiões e anestesistas mostran-
IC95% 0,68-0,88; p=0,001). Pela análise univariada TCTH alogê- do que 62,7% sabem que o tempo ideal para uso de antibiótico
nico (RR 1,82 IC95% 1,00-3,01; p=0,007) e neutropenia <500 (RR profilático é entre 1 hora a 30 minutos antes da incisão cirúrgica,
1,27 IC95% 1,05-1,53; p=0,004) foram fatores de risco para ICS por entretanto,63,5%administramoantibióticoprofiláticoaqualquer
ERV e números de neutrófilos (2650 céls/mm3 em média nos que momento durante indução anestésica, em contraste com a res-
sobreviveram e 850 céls/mm3 nos óbitos), p=0,005 e neutrope- posta de que 85% priorizam o horário correto de administração.
nia<500 (RR1, 95 IC95%1,15-3, 39, p=0,003) para óbito. Na análise Já 18% dos anestesistas e 11% dos cirurgiões responderam que
MV neutropenia <500 céls/mm3 foi o único fator de risco associa- não priorizam o tempo correto para administração do antibiótico.
do à ICS por ERV (RR 6,49 IC95%1,5-26; p=0,009) e também o úni- Apenas 58,73% dos médicos sabem da existência de protocolo es-
co fator associado com óbito (RR3, 94; IC95%1,15-10,0; p=0.004). crito orientando uso profilático de antibiótico sendo que 44% dos
Conclusão: Cultura de vigilância de ERV pode ser uma ferramenta médicos não sabem onde encontrar e 42% nunca consultou este
útil no uso preemptivo de linezolida nos pacientes hematológicos protocolo. Conclusão: Nossa experiência mostra a efetividade da
e apresentou efeito protetor em relação às infecções de corrente monitorização e divulgação de dados como ferramenta importan-
sanguínea por este agente. Neutropenia foi o único fator de risco te para aperfeiçoamento do uso do antibiótico profilático. Tam-
independente associado com ICS por ERV e óbito. bém constatamos a pouca utilidade das rotinas escritas.

Palavras-chaves: ERV, Hematologia, preemptivo Palavras-chaves: antibiotico, Profilaxia cirurgica, infecção de ferida
cirurgica, cirurgia

SO-04 (O34)
EXPERIÊNCIA NO APRIMORAMENTO DO USO E DO TEMPO DE SO-04 (O35)
ADMINISTRAÇÃO DA ANTIBIOTICOPROFILAXIA CIRÚRGICA DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE GENES CODIFICADORES DE
ENZIMAS MODIFICADORAS DE AMINOGLICOSÍDEOS E BETA-LAC-
Autor(es): MARIA EUGENIA VALIAS DIDIER, MARCELA RIBEIRO TÂMICOS EM ENTEROBACTÉRIAS ISOLADAS DA BAÍA DE GUANA-
MENICUCCI, FERNANDA PORTO GONÇALVES, LETICIA ABREU PES- BARA
SOA DE MENDONÇA, VINICIUS AUGUSTO PESSAMILIO, MARIANA
CHAVES DUTRA, MORGANA CORDEIRO PAULA, THAIS GUIMARAES Autor(es): Verônica Dias Gonçalves1, Frederico Meirelles Santos
NOGUEIRA Pereira2, Eglaise de Miranda Esposto1, Angela Meirelles Santos
Pereira1, Marcio Cataldo Gomes-da-Silva1, Bianca de Oliveira Fon-
Instituição(ões): 1. HFR, HOSPITAL FELICIO ROCHO seca4, Alexandre Ribeiro Bello1, Eduardo Ribeiro almeida de Cas-
tro3, Francisco Esteves2, José Augusto Adler Pereira1
Resumo:
Introdução: Em 2002 entidades governamentais americanas im- Instituição(ões):
plementaram um projeto nacional para redução de complicações 1. UERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
associadas à cirurgia. Dentre as medidas de prevenção destas 2. UFRJ, Universidade Federal do rio de Janeiro
complicações está o uso apropriado do antibiótico correto para 3. HUPE, Hospital Universitário Pedro Ernesto
o procedimento cirúrgico indicado no tempo adequado. Em 2009 4. HL, Hospital da Lagoa
a ANVISA publicou critérios adotando o tempo de antibioticopro-
filaxia realizada até 1 hora antes da incisão como um indicador Resumo:
de qualidade. Em nossa instituição desde 2007 iniciamos um pro- A Baía de Guanabara (BG), possui área de cerca de 380 Km2,
jeto para aprimoramento da antibioticoprofilaxia cirúrgica com abrange a região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro e está
foco no tempo de administração da droga. Objetivo:Descrever as submetida a intensa degradação ecológica e sanitária, provocada,
ações utilizadas para aprimoramento do uso da antibioticoprofi- principalmente, pelo crescimento populacional e industrial desor-
laxia cirúrgica. Métodos:: O trabalho ocorreu em quatro etapas: denado, com despejos de efluentes in natura de diversas origens.
1- Coleta e análise de dados no ano de 2007 para monitorar o uso O presente trabalho teve como objetivo testar a hipótese de que a
de antibiótico profilático. (Uso ou não do antibiótico, qual droga, BG vem recebendo efluentes oriundos de ambientes de alta pres-
horário de administração, se administrado por infusão direta ou sãoseletivaporantibióticos,comohospitaiseclínicasveterinárias.
gotejamento, horário de término infusão do antibiótico, horário Buscamos detectar, através de testes fenotípicos e genotípicos,
incisão cirúrgica). 2- Divulgação do resultado, discussão com clíni- evidências da presença de genes envolvidos na produção de Beta-
cas, aprimoramento do protocolo de antibioticoprofilaxia. 3- Nova lactamase (ESBLs) e Enzimas Modificadoras de Aminoglicosídeos
coletaeanálisededadosnoanode2008.4-Questionárioaplicado (EMAs) em cepas de Klebsiella pneumoniae, K. ozaenae e Esche-
em 2010 para anestesistas e cirurgiões sobre a prática e conceitos richia coli isoladas de amostras de água coletadas de diferentes
de antibioticoprofilaxia cirúrgica e utilização das rotinas escritas localidades da BG e de rios e canais efluentes. As coletas foram re-
do hospital para consulta. Resultados:: Em 2007 e 2008 foram mo- alizadasemabrilejulhode2009,emriosdaÁreadeProteçãoAm-

93
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
biental de Guapimirim (Magé-RJ) que drenam para a BG, no Canal 27 a 40, representando 2,6% do total de licenças. De maio a outu-
do Mangue (no centro da cidade do Rio de Janeiro)e no entorno bro de 2009 o numero de licenças variou de 79 a 548, chegando a
das Ilhas do Fundão e do Governador. Para o isolamento das cepas representar 20% do total de licenças médicas de PAS (em agosto
de interesse, empregamos meios contendo 32μg/ml de cefalotina de 2009). O total de licenças no período pandêmico foi de 1282.
e 8μg/ml de gentamicina. As cepas isoladas foram identificadas e Em relação aos dias de licença por gripe, o Incor, que possui 3507
submetidas a testesde suscetibilidade a diversos antibióticos,ten- PAS, apresentou 8,72 dias de licença por 100 PAS e os demais Ins-
do sido observados perfis de multirresistência compatíveis com os titutos combinados, que possuem 10760 PAS, tiveram 3,47 dias de
de bactérias de origem hospitalar. Foram realizados testes presun- licençapor100PAS(p<0,0001).Nãohouvetransmissãohospitalar
tivos para ESBLs, que indicaram a presença de genes envolvidos de influenza aos pacientes durante todo o período. A distribuição
com a produção destas enzimas. As reações em cadeia de poli- por categoria profissional foi: auxiliar de enfermagem, 416 (32%),
merase (PCR) apresentaram bandas compatíveis com gene aacC2, seguido de enfermeiro, 147 (12%), e profissionais da manutenção,
que expressa produção de acetilase, e bla-TEM e bla-SHV, que ex- 144 (12%), representando respectivamente 7; 9 e 4 dias de licença
pressamESBLs.Consideramosqueodespejodeesgotosdeorigem por 100 PAS. CONCLUSÃO • Houve uma valorização dos sintomas
domiciliar, industrial e em particular, hospitalar, sem tratamento respiratórios, aumentando muito o numero de licenças por sin-
prévio, contamina receptáculos aquáticos com microrganismos tomas respiratórios. • Período de transmissibilidade da gripe de
resistentes a antibióticos, que podem, posteriormente, colonizar 7 dias e ausência de método diagnóstico permitiu haver 2 políti-
e infectar humanos e animais que venham a ter contato primário cas de afastamento (7 dias versus 2 dias+reavaliações) que foram
com essas águas. Acreditamos que medidas como o uso criterioso comparadas. • A estratégia de 2 dias+reavaliações permitiu um
de antibióticos no ambiente comunitário e hospitalar, assim como menor número de dias de afastamento sem que houvesse trans-
o controle e tratamento de despejos oriundos de hospitais clínicas missão hospitalar de influenza aos pacientes.
veterinárias contribuam para o controle da disseminação desse
microrganismos carreando genes de resistência. Palavras-chaves: influenza A H1N1, abstenteismo, profissional da
saúde
Palavras-chaves: aminoglicosídeos, betalactâmicos, degradação
ambiental, enterobactérias, resistência
SO-05 (O37)
A TRANSMISSÃO DE GERMES MULTI-RESISTENTES EM CLIENTES
SO-04 (O36) PEDIÁTRICOS ATRAVÉS DA LUDOTERAPIA
IMPACTO DO ABSENTEÍSMO ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE
DURANTE EPIDEMIA DE INFLUENZA A H1N1 Autor(es): Márcia Valéria Rosa Lima, Jozeli Valle

Autor(es): Nancy Val Y Val Mota, Renata lobo, Cilmara Polido Gar- Instituição(ões): 1. UFF, Universidade Federal Fluminense
cia, Cristiana M Toscano, Maria Beatriz G.S. Dias, Helio Komagata,
Anna Sara S. Levin Resumo:
INTRODUÇÃO: Crianças freqüentemente necessitam de interna-
Instituição(ões):1.HCFMUSP,Hospitaldasclinicasdafaculdadede ção hospitalar em algum outro período de sua vida para cuidar de
medicina da USP suas condições clínicas. Porém, a infecção adquirida em ambiente
hospitalar assume grande importância nesse grupo etário devido
Resumo: à alta taxa de mortalidade. Por isso, medidas profiláticas devem
INTRODUÇÃODuranteapandemiadeinfluenzaAH1N1,oHospital seradotadasparaevitarqueinfecçõeshospitalaresocorramnesse
dasClínicasdaFaculdadedeMedicinadaUSP(HCFMUSP)foiesco- ambiente, sendo uma delas a lavagem e desinfecção dos brinque-
lhido para atendimento dos casos graves na cidade de São Paulo. dos utilizados por crianças em brinquedotecas de hospitais. OBJE-
Nesse período, 796 casos suspeitos foram internados e 214 con- TIVOS: Identificar na produção científica sobre infecção hospitalar
firmados. O impacto do absenteísmo é difícil de definir. De nosso as relações da equipe de saúde na transmissão de germes multi-
conhecimento ainda não há recomendações nos hospitais sobre resistentes no ato de brincar das crianças hospitalizadas; e levan-
afastamento dos profissionais da saúde (PAS) e essa política é de tar na literatura científica as rotinas específicas para a desinfecção
grande importância. OBJETIVO Comparar duas políticas de afasta- dosartigos.MÉTODO:UtilizamosaPesquisaBibliográfica.Osauto-
mentodosPASduranteapandemiadegripe.MÉTODOSHCFMUSP res pesquisados afirmam que a maioria das bactérias encontradas
possui 2000 leitos distribuídos em 7 institutos. Caso suspeito de pertenceàmicrobiotaambientalehumana,nãotrazendonenhum
H1N1 entre PAS foi definido como febre mais sintomas respirató- risco potencial para pessoas hígidas, porém podem ser potencial-
rios. Políticas específicas de licenças para os PAS foram criadas. mente patogênicas para crianças hospitalizadas que se encontram
Em todos os institutos do hospital, exceto Instituto do Coração imunocomprometidas. RESULTADO:O risco é evidente; os brin-
(Incor), PAS com suspeita era afastado por 2 dias e reavaliado a quedos envolvidos na distração dos pacientes pediátricos causam
cada 2 dias com retorno ao trabalho na melhora dos sintomas. No infecção. Desta forma, medidas preventivas devem ser tomadas,
Incor o PAS com suspeita era afastado por 7 dias. Comparamos como a limpeza e desinfecção dos brinquedos diária ou frequen-
os dias de afastamento por influenza por 100 PAS utilizando as 2 temente, para impedir que infecções hospitalares ocorram. CON-
estratégias. Desde agosto de 2008 o HCFMUSP registra as licen- CLUSÃO: A infecção cruzada ocorre através dos brinquedos que
ças em um programa especifico. As licenças por influenza foram são passados de uma criança para outra na brinquedoteca e que a
registradas utilizando o código J10 e J11. Avaliamos no período equipe de saúde deve participar ativamente tanto na elaboração
pré-pandêmico e pandêmico a taxa mensal de licenças, duração quanto na implantação das rotinas institucionais, especificando a
por instituto e por categoria profissional. RESULTADOS De agosto periodicidade da limpeza e desinfecção dos brinquedos.
de 2008 a maio de 2009 as licenças mensais por gripe variaram de

94
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Palavras-chaves: Clientes pediátricos, ludoterapia, Multi-resistên-
cia
SO-05 (O39)
FENÓTIPO MLSB EM STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADOS DA
SO-05 (O38) CAVIDADE BUCAL DE PROFISSIONAIS DE UMA INSTITUIÇÃO ON-
COLÓGICA.
PREVALÊNCIA DE INTEGRONS DE CLASSE I EM ISOLADOS CLÍNI-
COS DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE PRODUTORES DE KPC.
Autor(es): LARISSA OLIVEIRA ROCHA-VILEFORT ROCHA-VILE-
Autor(es): WILLAMES MARCOS BRASILEIRO DA SILVA MARTINS2, FORT1, LARA STEFÂNIA NETTO DE OLIVEIRA LEÃO LEÃO2, ANA
ANNACAROLINASOARESALMEIDA3,1,BÁRBARADEOLIVEIRASIL- BEATRIZ MORI LIMA LIMA3, DAYANE DE MELO COSTA COSTA1,
VA1, KÁSSIA KAROLINE ALIANÇA DE CASTRO1, MARIA CAROLINA EDGAR BERQUÓ PELEJA PELEJA5, SILVANA DE LIMA VIEIRA DOS
DE ALBUQUERQUE WANDERLEY3,1, MARINALDA ANSELMO VILE- SANTOS SANTOS1, FABIANA CRISTINA PIMENTA PIMENTA4, MARI-
LA1, MÁRCIA MARIA CAMARGO DE MORAIS1 NÉSIA APARECIDA PRADO-PALOS PRADO-PALOS1

Instituição(ões): Instituição(ões):
1. UPE, Universidade de Pernambuco 1. FEN/UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM / UFG
2. UMN, Universidade Mauricio de Nassau 2. IPTSP/UFG, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚ-
3. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco BLICA / UFG
3. FF/UFG, FACULDADE DE FARMÁCIA / UFG
Resumo: 4. CDC, CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION
Os integrons são elementos genéticos móveis, que exercem um 5. ACCG, ASSOCIAÇÃO DE COMBATE AO CÂNCER DE GOIÁS
papel fundamental na resistência antimicrobiana devido a sua ca-
pacidade de integrar e disseminar determinantes de resistência. Resumo:
O gene blaKPC está localizado em grandes plasmídios que, entre Introdução: Os estafilococos são considerados importantes agen-
outros genes, frequentemente carregam integrons de classe 1, ca- tes de infecções adquiridas em instituições de saúde e têm-se
racterísticosdeisoladosclínicos.Estaassociaçãoconfereaosisola- destacado pelo desenvolvimento de resistência a diversos antimi-
dos um amplo perfil de resistência. Este estudo objetivou verificar crobianos. Profissionais e clientes colonizados por estafilococos
a incidência de integrons de classe 1, bem como o tamanho de multirresistentes são comumente identificados nessas institui-
sua região variável em isolados clínicos de Klebsiella pneumoniae ções,e tal condição tem sido descritacomo fatorde risco paraele-
produtoresdeKPCidentificadosnoHospitalUniversitárioOswaldo var as taxas das infecções. Esses microrganismos têm apresentado
Cruz(HUOC)-Recife/PE.Osoitoisoladosutilizadosporesteestudo crescente resistência aos antibióticos do grupo MLSB (macrolíde-
foram coletados e identificados pelo Laboratório de Bacteriologia os, lincosamidas e estreptograminas B), os quais representam op-
do Instituto de Ciências Biológicas (ICB/UPE) e estocados em glice- ções terapêuticas para o tratamento das infecções estafilocócicas.
rol 15% à -80oC até o dia de uso. O perfil de susceptibilidade aos Objetivo: Detectar o fenótipo de resistência MLSB entre Staphylo-
antimicrobianos testados foi determinado pelo método de disco- coccus aureus isolados da cavidade bucal de profissionais de uma
difusão (Kirby-Bauer) e interpretado segundo recomendações do instituição oncológica de Goiânia, Goiás. Métodos: As amostras
CLSI (2009). A pesquisa do gene da integrase de classe 1 (Intl1) e de saliva coletadas foram semeadas em ágar manitol salgado e
a amplificação da região variável foram realizadas através de PCR, incubadas a 35oC por 48 horas. As colônias que se desenvolve-
utilizando primers e condições previamente descritas. Dos 8 isola- ram foram identificadas e aquelas caracterizadas como S. aureus
dos incluídos neste estudo, 7 (87,5%) apresentaram o gene intl1 foram submetidas ao teste de disco-aproximação (clindamicina e
em adição ao gene blaKPC. Esta associação de integron de classe eritromicina) para detecção do fenótipo MLSB. O achatamento do
1 e o gene KPC em um mesmo isolado vem sendo descrita por halo de inibição ao redor da clindamicina (halo “D”) foi considera-
diversos autores nos últimos anos, indicando a provável a causa dopositivoparaoteste.Resultados:Foicoletadaamostradesaliva
do amplo perfil de resistência normalmente encontrado em iso- de 192 participantes, dos quais foram isolados um total de 104
lados produtores de KPC. Quanto ao perfil de susceptibilidade, ao Staphylococcus sp. O fenótipo MLSB foi detectado em 11,6% dos
serem investigadas a drogas contra as quais a resistência é usu- 43 S. aureus identificados. Ressalta-se ainda que, 2,6% dos partici-
almente mediada por genes presentes em integrons de classe 1, pantes estavam colonizados por S. aureus resistentes ao grupo de
observou-seque100%dosisoladosforamresistentesàsulfatemo- MLSB. Conclusão: A emergência de cepas resistentes a MLSB tem
xazol-trimetoprim, 75% à ciprofloxacina, 50% à amicacina e 37,5% elucidado falhas na terapêutica, ocasionando agravos ao cliente,
à gentamicina, Já a determinação do tamanho da região variável aumentando o tempo de internação e os custos para a instituição.
(5’3’CS) de seis isolados (75%) mostrou variações entre 1,5Kb e Esse fato é ainda mais preocupante, quando os microrganismos
2Kb. A maioria dos isolados (4/6) apresentou região variável com isolados são provenientes da cavidade bucal de profissionais que
1,75Kb e os restantes com 1,5Kb e 2Kb. Esta variação pode ser atuam em instituições de saúde, os quais assumem o papel de dis-
devida à inserções de diferentes cassetes gênicos nos integrons seminadores desses microrganismos na instituição e na comuni-
destes isolados, resultando em distintos perfis de resistência asso- dade em geral.
ciada. A alta prevalência de integrons de classe 1, nestes isolados
mostra a necessidade de implementação de medidas de controle Palavras-chaves: pessoal de saúde, saliva, Staphylococcus aureus
contra surtos envolvendo isolados com alto perfil de resistência
como foi observado neste hospital.

Palavras-chaves: Klebsiella pneumoniae, Integrons, resistência


bacteriana, infecções hospitalares

95
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
SO-05 (O40) SO-05 (O41)
PERSISTÊNCIA DE Acinetobacter baumannii CARREADORES DO PSEUDOMONAS SP. ISOLADAS DA CAVIDADE BUCAL DE UMA
GENE blaOXA-23 EM PACIENTES COM HOSPITALIZAÇÃO PRO- EQUIPE MULTIPROFISSIONAL: COLONIZAÇÃO E AGRAVOS À SAÚ-
LONGADA EM CTI DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RIO DE DE
JANEIRO.
Autor(es): Ana Beatriz Mori Lima1, Larissa Oliveira Rocha Vile-
Autor(es): BEATHRIZ GODOY VILELA BARBOSA1, ROBSON SOUZA fort2, Dayane Melo Costa2, Maria Cláudia Dantas Porfírio Borges
LEÃO1, JULIO DELGADO CORREAL3, ANA PAULA D’ALINCOURT André1,FabianaCristinaPimenta3,MarinésiaAparecidaPradoPa-
CARVALHO-ASSEF2, ELIZABETH ANDRADE MARQUES1,3 los2, Lara Stefânia Netto de Oliveira Leão1, Maria Alves Barbosa2

Instituição(ões): Instituição(ões):
1. DMI-UERJ, DISC. DE MICROBIOLOGIA -UNIVERS. DO ESTADO DO 1. IPTSP-UFG, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública
RIO DE JANEIRO 2. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem
2. IOC/FIOCRUZ, INSTITUTO OSWALDO CRUZ 3. CDC-EUA, Centers for Disease Control and Prevention
3. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO
Resumo:
Resumo: Pseudomonas sp. caracteriza-se como um grupo de bactérias no-
O gênero Acinetobacter destaca-se como patógeno devido à sua socomiais e oportunistas, frequentemente isoladas de indivíduos
habilidade em adquirir determinantes genéticos de resistência. hospitalizados, imunocomprometidos, que sofreram queimaduras
No ambiente hospitalar, a espécie mais relevante é Acinetobac- e/ou procedimentos cirúrgicos. Estudos sobre colonização de pro-
ter baumannii (A. baumannii) pela sua eficiência em colonizar e fissionais que atuam em instituições de saúde por este microrga-
infectar pacientes críticos. Durante o período de 2007 a 2008, nismo e outros bastonetes Gram-negativos (BGN) de relevância
foi caracterizado um surto por A. baumannii em várias unidades clínica são escassas e a identificação dos portadores representa
do Hospital Universitário Pedro Ernesto. O presente estudo teve uma importante estratégia de prevenção das infecções associadas
como objetivo observar a manutenção de infecção/colonização aos cuidados em saúde (IACS). A permanência no hospital, a rea-
por A. baumannii em pacientes internados por um longo período lização de atividades em áreas insalubres, o contato assistencial
no CTI dessa instituição. Foram realizadas culturas de diferentes com clientes e a adesão incipiente às medidas de biossegurança
espécimes clínicos de três pacientes internados por três meses no associados à produção reduzida de saliva e à higienização bucal
CTI, entre maio e outubro de 2009. Os microrganismos isolados insatisfatóriatornamessesprofissionaisespecialmentesuscetíveis
foram identificados por métodos convencionais e/ou automatiza- à colonização por microrganismos patogênicos. O presente estudo
dos empregados na rotina laboratorial. As amostras inicialmente teve como objetivo identificar e avaliar o perfil de suscetibilidade
caracterizadascomopertencentesaogêneroAcinetobacter,foram de Pseudomonas sp. isoladas da saliva de uma equipe multiprofis-
identificadas em nível de espécie através de PCR para pesquisa do sionaldesaúdeatuanteemumhospitaloncológicodaRegiãoCen-
gene blaOXA-51-like. Para avaliação do perfil de resistência, foi tro-Oeste. Durante o período de maio de 2009 a abril de 2010 foi
empregado o método de difusão em ágar para 11 antimicrobia- coletadasalivade178profissionaisatuantesnareferidainstituição.
nos. A concentração inibitória mínima (CIM) para imipenem e me- As amostras foram semeadas em ágar MacConkey e as colônias
ropenem foi determinada através de E-test® e a detecção do gene desenvolvidas identificadas por provas bioquímicas padronizadas.
blaOXA-23-like foi feita por PCR. Foram isoladas 24 amostras dos Posteriormente,os isolados foramsubmetidos ao testedesusceti-
3 pacientes, todas identificadas como A. baumannii pela presen- bilidade pelo método de disco-difusão. Dentre os BGN isolados na
ça do blaOXA-51. Os principais espécimes clínicos foram secreção saliva, 10(5,61%) foram pertencentes ao gênero Pseudomonas. As
traqueal(n=8;33,33%)esangue(n=7;29,17%).Todasasamostras espécies isoladas foram: P. aeruginosa (70%), P. stutzeri (20%) e P.
foram multirresistentes (MDR), com taxa de resistência maior que fluorescens (10%). A maior taxa de resistência foi observada para
80% para todos os antimicrobianos testados pelo método de difu- cefoxitina (100%), sugerindo fenótipo positivo para produção de
são, exceto gentamicina, tobramicina e ampicilina com sulbactam. beta-lactamase do tipo AmpC. Os microrganismos apresentaram
Pelo E-test®, foi detectada resistência em 95,83% das amostras perfil de sensibilidade para os demais antimicrobianos avaliados,
para cada um dos carbapenêmicos testados com CIM que varia- incluindo ceftazidima, imipenem, meropenem e polimixina B. Os
ram de 12 a 32 µg/mL para ambos. A análise dos perfis de resis- resultados reportados evidenciam o isolamento de Pseudomonas
tência por paciente demonstrou a permanência de um mesmo sp. da cavidade bucal de portadores assintomáticos, as quais po-
perfil no período estudado em diferentes materiais clínicos. Além dem ser disseminadas no ambiente nosocomial, comprometendo
disso, o mesmo perfil foi encontrado em diferentes pacientes. assim, a saúde dos clientes atendidos nesta instituição. Portanto,
Dois evoluíram ao óbito. O gene blaOXA-23 foi caracterizado em omonitoramentodacolonizaçãoorofaríngeadaequipesmultipro-
todas amostras,indicando uma baixa regulação de sua expressão fissionais por Pseudomonas sp. constitui fator determinante para
para aquelas sensíveis aos carbapenêmicos. A persistência de A. a prevenção de agravos à saúde, além de atuar como norteador
baumannii MDR produtores de OXA-23, endêmicos na instituição, para a implementação de políticas públicas direcionadas à saúde
enfatiza a necessidade de monitoramento constante e eventuais dos trabalhadores, clientes e comunidade em geral.
mudanças das medidas de contenção adotadas.
Palavras-chaves:Agravosàsaúde,Colonizaçãoorofaríngea,Equipe
Palavras-chaves: A. baumannii, carbapenêmicos, multirresistentes multiprofissional, Pseudomonas sp.

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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
SO-05 (O42) SOCIADAÀVENTILAÇÃO(PAV)PORStaphylococcusaureusRESIS-
PRESENÇA DO GENE blaKPC EM ISOLADOS CLÍNICOS DE Kleb- TENTEOUSENSÍVELÀOXACILINAEMUMAUNIDADEDETERAPIA
siella pneumoniae PROVENIENTES DE INFECÇÕES NOSOCOMIAIS INTENSIVA (UTI) DE ADULTOS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
BRASILEIRO.
Autor(es): WILLAMES MARCOS BRASILEIRO DA SILVA MARTINS2,1,
ANNA CAROLINA SOARES ALMEIDA3,1, KÁSSIA KAROLINE ALIAN- Autor(es):MichelRodriguesMoreira,LílianAlvesRocha,PauloPin-
ÇA DE CASTRO1, MARIA CAROLINA DE ALBUQUERQUE WANDER- to Gontijo Filho
LEY3,1, MARINALDA ANSELMO VILELA1, MÁRCIA MARIA CAMAR- Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia
GO DE MORAIS1
Resumo:
Instituição(ões): 1. UPE, Universidade de Pernambuco IntroduçãoPacientescolonizadossãooreservatórioprincipaldeS.
2. FMN, Faculdade Maurício de Nassau aureus nas UTIs e representam um fator de risco significativo para
3. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco infecçõessubsequentes.ObjetivoAvaliaroconsumodasprincipais
classes de antibióticos, a colonização da orofaringe de pacientes
sob ventilação mecânica (VM), o risco de PAVs por S. aureus sus-
Resumo:
ceptível ou resistente à oxacilina, assim como de outros fatores
Os carbapenêmicos constituem um importante grupo de anti-
de risco. Métodos O Hospital de Clínicas da Universidade Federal
microbianos utilizados no tratamento de infecções nosocomiais,
de Uberlândia (UFU) possui uma UTI de adultos mista,com 15 lei-
principalmente as causadas por enterobacteriáceas produtoras de
tos. O estudo foi longitudinal, prospectivo, no período de 05/2009
ESBL e/ou AmpC em alto nível. Entretanto, a resistência a estas
a 03/2010. As culturas foram feitas na admissão do paciente e a
drogas tem sido reportada em todo o mundo. Apesar da possibili-
cada 2 dias até confirmação da colonização. As PAVs foram defi-
dade de atuação de vários mecanismos de resistência, a produção
nidas com base em critérios clínicos, radiológicos e contagem
decarbapenemasemediadapelogeneblaKPCépredominanteem
microbiológica ≥ 106UFC/mL no aspirado traqueal. O consumo
isolados de Klebsiella pneumoniae (K. pneumoniae). Este trabalho
de antimicrobianos foi avaliado por meio da dose diária definida
visou verificar a incidência do gene blaKPC em isolados clínicos de
por 1000 pacientes/dia (pd) para os antibióticos: vancomicina,
K. pneumoniae com reduzida sensibilidade a cefalosporinas de
carbapenêmicos e cefalosporinas de 3ª e 4ª gerações. Trabalho
terceira geração provenientes do Hospital Universitário Oswaldo
aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UFU. Resultados
Cruz(HUOC)-Recife/PE.Foramutilizados9isoladosdeK.pneumo-
Foram incluídos no estudo 242 pacientes sob VM com frequência
niae, coletados e identificados pelo Laboratório de Bacteriologia
de colonização de orofaringe de 29,7%, correspondendo a 59,7%
do HUOC, e estocados em glicerol 15% à -80oC até o dia de uso.
e 40,3% de ORSA e OSSA, respectivamente com 8,56 e 5,74 colo-
O perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos foi determinado
nizações/1000 pd para os mesmos microrganismos. O S. aureus
pelo método de disco-difusão (Kirby-Bauer) e interpretado segun-
representou 12,3% das etiologias das PAVs. No total, o risco de
do recomendações do CLSI (2009). O teste fenotípico de Hodge
adoecimento por este microrganismo foi significativo (P≤0,05), in-
modificado e a pesquisa do gene blaKPC foram realizados como
dependente se a colonização/infecção foi por ORSA ou OSSA. O
descrito previamente. Todos os isolados foram sensíveis a tigeci-
tempomédio paracolonizaçãofoi de~6/7diasparaosdois fenóti-
clina e polimixina B. 90% apresentaram resistência a cefepime e
pos embora a distribuição temporal evidenciasse uma colonização
piperaciclina/tazobactam. Por outro lado, estes mesmos demons-
comORSAapartirdaprimeirasemana.Autilizaçãodeantibióticos
traram sensibilidade ao imipenem. Em adição, 80% mostraram-se
foi alta, particularmente para cefalosporinas de amplo espectro,
resistentes a aztreonam e sensíveis ao meropenem, enquanto
com uma recuperação um pouco mais alta de ORSA. Na fase final
100% apresentaram resistência ao ertapenem. As pesquisas fe-
da vigilância verificou-se uma diminuição expressiva no consumo
notípicas e moleculares da presença de carbapenemase do tipo
de cefalosporinas com um aumento no de carbapenêmicos. A
KPC mostraram positividade em 90% dos isolados. O alto perfil de
colonização pelo ORSA não foi diferente estatisticamente quanto
resistência observado e a sensibilidade apenas a drogas como ti-
às frequências dos pacientes com OSSA embora valores elevados
geciclina e polimixina B, bem como a susceptibilidade in vitro aos
de OR fossem observados para: idade >60 anos, terapia antibióti-
carbapenêmicos (imipenem e meropenem), a despeito da presen-
ca prévia, uso de sonda vesical e de carbapenêmicos. Conclusão
ça do gene blaKPC evidenciam a dificuldade em tratar e reconhe-
Verificou-se uma relação significativa entre colonização de orofa-
cer os microorganismos produtores desta carbapenemase, como
ringe e o risco de PAV por S. aureus independente do fenótipo. A
encontrado por vários autores. Os resultados mostraram alta
utilização das principais classes de antibióticos foi alta, com os car-
prevalência de produtores de blaKPC entre isolados resistentes a
bapenêmicos relacionando-se com a colonização por ORSA. Apoio
cefalosporinas de terceira geração, além da sensibilidade/especifi-
FAPEMIG.
cidade do teste de Hodge modificado em detectar a produção do
blaKPC em membros da família Enterobacteriaceae. Este trabalho
demonstrou a importância da constante investigação da presença Palavras-chaves: Colonização de Orofaringe, Pneumonia, Resistên-
do gene blaKPC, mesmo em isolados sensíveis a carbapenêmicos, cia à Oxacilina, Staphylococcus aureus, Unidade de Terapia Inten-
no intuito de evitar falhas terapêuticas. siva

Palavras-chaves: Carbapenemases, Klebsiella pneumoniae, KPC,


Resistência bacteriana
SO-05 (O44)
ISOLAMENTO DE CLOSTRIDIUM DIFFICILE A PARTIR DE AMOS-
SO-05 (O43) TRAS FECAIS OBTIDAS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA CI-
COLONIZAÇÃO DE OROFARINGE E O RISCO DE PNEUMONIA AS- DADE DO RIO DE JANEIRO

97
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Autor(es): Danielle Angst Secco1, Ilana Teruszkin Balassiano1, Jo- envolve riscos para o paciente, profissional de saúde e meio am-
aquim Santos Filho1, Simone Aranha Nouér2, Regina Maria Caval- biente. Para minimizar estes riscos é necessário avaliação do tipo
canti Pilotto Domingues1 de processo, saneante utilizado e recursos financeiros disponíveis.
Apoiados nas recomendações da Secretaria de Saúde do Estado
Instituição(ões): de São Paulo “Medidas de controle sobre o uso do Glutaraldeí-
1. UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro do nos Estabelecimentos de Saúde”, considerando a toxicidade
2.CCIH-UFRJ,CoordenaçãodeControledeInfecçõesHospitalares e a provável resistência de “Micobactéria spp” ao glutaraldeído,
foi elaborado protocolo para substituir o processo de desinfec-
Resumo: ção manual com glutaraldeído para processo automatizado com
Clostridium difficile é um bacilo gram-positivo, anaeróbio, forma- ácido peracético (AP). Objetivo Verificar a compatibilidade do AP
dor de esporo, freqüentemente associado à diarréia nosocomial com reprocessadores automatizados de endoscópios (RAE) e com
e colite pseudomembranosa. A aquisição desse microrganismo endoscópios selecionados; Realizar estudo de custo Metodologia
ocorre primariamente no ambiente hospitalar, na sua forma es- Os endoscópios foram previamente submetidos à revisão pelo fa-
porulada, e o estabelecimento e multiplicação no cólon resultam bricante para identificar infiltrações. O registro na Anvisa foi pré-
da supressão de membros da microbiota anfibiôntica durante ou requisito para a seleção dos equipamentos e saneantes. Selecio-
após antibioticoterapia. Os antimicrobianos normalmente envol- nou-se: quatro marcas de RAE com autorização do fabricante para
vidos são de amplo espectro, como clindamicina, cefalosporinas, utilização de AP e três marcas de AP que foram combinadas entre
penicilinas e fluoroquinolonas. Os principais fatores de virulência si: AP1 X RAE 1 AP2 X RAE2 AP1 X RAE2 AP3+RAE3 AP4 X RAE4
associados a cepas patogênicas são as toxinas A e B. O trabalho AP2 X RAE4 Avaliou-se em cada combinação: capacidade (litros)
teve como objetivo isolar cepas de C.difficile a partir de amostras do RAE; consumo e número de trocas do saneante; número de
fecais de pacientes internados no Hospital Universitário Clementi- reprocessamentos e consumo de fitas para avaliar a concentra-
no Fraga Filho (HUCCF/UFRJ). Foi realizado teste imunológico para ção do saneante. Os custos foram calculados considerando-se o
detecção das toxinas A e B de C. difficile, através do kit comercial valor da aquisição e manutenção do RAE, do litro do saneante e
RIDASCREEN® Clostridium difficile Toxin A/B” (r-biopharm). Pos- da fita teste. Ao final do teste com cada combinação calculou-se
teriormente as amostras foram submetidas a choque alcoólico e o custo de cada reprocessamento. Resultados O período de tes-
semeadas em meio CCFA. As colônias foram então submetidas a te para cada combinação variou de 10 a 34 dias, de acordo com
teste de respiração e coradas pelo método de Gram. Para a iden- a disponibilidade do RAE e o custo de reprocessamento de cada
tificação definitiva, foi utilizado o sistema de identificação de bac- endoscópio variou de R$ 16,86 a R$ 38,35. O AP1 não foi aprova-
térias Api 20A® (Biomerieux). Foram testadas 29 amostras de pa- do por instabilidade, difícil homogeneização e resíduos no fundo
cientes entreSetembro de 2009eAbril de 2010,sendo quedessas da cuba (suposto motivo de entupimento de um endoscópio). O
apenas uma se mostrou positiva para a presença de toxinas A/B RAE1 foi aprovado tecnicamente, porém o desempenho foi preju-
e apresentou padrão morfo-tintorial característico de C. difficile. dicado devido a indisponibilidade do equipamento para teste por
A cepa foi identificada como C. difficile pelo teste Api 20A®. Os tempoadequado.Combinaçõesaprovadas:AP2XRAE2AP3+RAE3
dados obtidos neste estudo revelam uma redução na incidência AP4 X RAE4 AP2 X RAE4 De acordo com o número de endoscópios
dopatógenoestudadoem10%,observadoemrastreamentoante- disponíveis, o tempo de processamento e o número de exames
rior (7/70: Março/08 – Agosto/09) para 3,4% (1/29: Setembro/09 realizados por dia, estimou-se a quantidade de RAE necessárias
– Abril/10). Apesar da amostragem ainda ser pequena, os resul- para o Serviço de Endoscopia e seus custos para um ano: AP2 X
tados preliminares parecem refletir mudanças nas medidas de RAE2: R$ 683.772,00 AP3+RAE3: R$ 1.214.211,81 AP4 X RAE4: R$
controle de infecçõeshospitalares adotadas pelo HUCCF/UFRJ. Em 639.328,16 AP2 X RAE4: R$ 844.269,44 Conclusão Os resultados
conclusão,dadaaimportânciadopatógenoemestudo,ocontinuo encontrados confirmaram a compatibilidade dos endoscópios e
monitoramento deste e a sua caracterização genética e fenotípica, dos RAE com AP, durante o período de teste (153 dias). De acordo
bem como a adoção de rotinas de diagnóstico, são aspectos que com a literatura, o processo de desinfecção automatizada de en-
merecem atenção dos laboratórios clínicos. Apoio Financeiro: CA- doscópios com AP é mais seguro quando comparado ao processo
PES, CNPq, PRONEX-FAPERJ, FAPERJ manual com glutaraldeído. No entanto os custos para mudança
deste processo ao longo de um ano são altos, variando de R$
Palavras-chaves: Clostridium difficile, Diarréia nosocomial, Colite 639.328,16 a R$ 1.214.211,81.
pseudomembranosa
Palavras-chaves: ENDOSCÓPIO, ÁCIDO PERACÉTICO, COMPATIBILI-
DADE, DESINFECÇÃO AUTOMATIZADA, ESTUDO DE CUSTO

SO-06 (O45)
ESTUDO DE CUSTO: DESINFECÇÃO AUTOMATIZADA E COMPATI-
BILIDADE DE ENDOSCÓPIOS FLEXÍVEIS COM ÁCIDO PERACÉTICO. SO-06 (O46)
A DESINFECÇÃO DE ENDOSCÓPIOS COM ÁCIDO PERACÉTICO POR
Autor(es): LUCIENE XAVIER SANTOS, VALESKA STEMPLIUK, ANA DEZ MINUTOS É EFETIVA?
CLAUDIA QUINONEIRO, FRANCISCO PINHEIRO, LARISSA GARMS
THIMOTEO CAVASSIN, VERA BORRASCA, MARIA BEATRIZ SOUZA Autor(es): DIRCEU CARRARA, CRISTINA AKIKO SHIRAHIGE, AGDA
DIAS DO CARMO PEREIRA VINAGRE BRAGA, SHINISHI YSHIOKA, PAULO
SAKAI, TÂNIA MARA VAREJÃO STRABELLI
Instituição(ões): 1. HSL, Hospital Sírio Libanês
Instituição(ões):1.InCorHCFMUSP,InstitutodoCoraçãodoHospi-
Resumo: tal das Clínicas da Faculdade d
Introdução O processo de desinfecção química de endoscópios

98
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Resumo: treito, apresentam alto custo, não pertencem à lista de produtos
Introdução: Todos os artigos médico-hospitalares que não são de reuso proibido, sendo, portanto, reutilizados várias vezes. Ob-
descartáveis necessitam ser processados com segurança antes de jetivo: comparar a eficácia da limpeza manual e automatizada de
cada nova utilização. Como não são todos os artigos que necessi- cateteres de angiografia utilizando detergentes enzimáticos. Ma-
tam ser processados, o método adotado depende de como este teriais e métodos: Trata-se de um estudo experimental, envolven-
artigo será reutilizado, do risco de infecção que oferece ao pacien- do 36 cateteres de angiografia (6F) que foram intencionalmente
te e do custo de cada processamento. A limpeza é o mecanismo contaminados com P. aeruginosa, E. faecalis e C. albicans em meio
fundamental para remoção de matéria orgânica e deve sempre de Artifical Soil Test que simula o sangue humano. Essa solução
preceder a desinfecção ou esterilização. O ácido peracético é um contaminadafoimantidanoreatordebiofilmeduranteduashoras
agentebactericida,virucida eesporicida, cujavantagemespecialé e, posteriormente, foi iniciada a infusão de caldo de tripticaseína
suadecomposiçãoemprodutosnão-tóxicos.Éefetivonapresença soja durante 22 horas em incubadora (temperatura 35oC). Os ca-
de matéria orgânica e esporicida mesmo em baixas temperaturas. teteres foram submetidos a limpeza manual com os detergentes
Objetivos: Avaliar a eficácia do ácido peracético 1500 ppm no pro- enzimáticos 1 e 2 e enxaguados com água destilada estéril. A fim
cessodedesinfecçãodevideogastroscópiosevideocolonoscópios. de diluir 2,5ml do detergente 1, 500ml de água destilada estéril foi
Identificar a ocorrência de oxidação nos equipamentos. Verificar aquecida a 45oC em recipiente plástico onde o cateter foi imerso
o tempo de atividade da solução de ácido peracético após sua por cinco minutos. Durante esse período essa solução foi injetada
ativação. Métodos: Foram coletadas 160 amostras do ciclo de re- dentro do lúmen com uma seringa. Ao término da exposição, su-
processamento, sendo 40 antes e 40 após a desinfecção dos gas- perfície externa dos cateteres foi friccionada com gaze. O enxágüe
troscópios, e 40 antes e 40 após a desinfecção dos colonoscópios. foi feito em outro recipiente plástico com 500ml de água destilada
A avaliação da integridade físico-funcional dos equipamentos foi estéril seguindo a mesma técnica descrita. O mesmo procedimen-
feita por uma empresa credenciada pelo fabricante antes do inicio to foi realizado com o detergente enzimático 2, exceto a água que
do uso do produto e ao final de seis meses de exposição ao pro- estava em temperatura ambiente. Após a limpeza de cada cateter,
duto. A estabilidade da solução foi monitorada diariamente antes a solução detergente foi desprezada. A limpeza automatizada foi
do inicio do uso da solução através de fita-teste validada pelo for- realizada com um protótipo de uma bomba peristáltica que inje-
necedor/fabricante. Resultados: Durante o teste piloto, a coleta tava a solução de detergente enzimático 1 e 2 sob uma pressão
do material (lavado dos canais) foi feita antes da desinfecção após de 2Kgf durante 5 minutos. Posteriormente, foi drenada essa so-
a limpeza e escovação manual, porém antes da limpeza automa- lução durante 30 segundos com ar sob a mesma pressão e fric-
tizada. Nestas amostras (60 coletas) não houve crescimento de cionado gaze na superfície externa, conforme a técnica descrita.
micro-organismos. A partir desta observação, passou-se a coletar Em seguida, realizado enxágüe durante 5 minutos. Logo, o cateter
o material após a aplicação do jato de água e antes da escovação foi submetido à secagem com ar comprimido durante 5 minutos.
dos canais. No período pré desinfecção, 12,5% das amostras co- Em seguida, fragmentos da porção medial e distal dos cateteres
letadas dos videosgastroscópios foram positivas. No período pós foram submetidos a contagem de carga microbiana e pesquisa de
desinfecção, não foram encontradas formas viáveis de micro-or- biofilme por meio de microscopia eletrônica de varredura. Resul-
ganismos. Na avaliação pré desinfecção dos videoscolonoscópios, tados: Após o processo de limpeza manual foi detectado 5,8 UFC
foram identificados agentes microbiológicos em 34,1% das amos- log10/ cm2 usando o detergente 1 e 6,8 UFC log10/ cm2 usando
tras. Na análise das amostras coletadas no período pós desinfec- o detergente 2. À microscopia eletrônica foi visualizado biofilme
ção, não foram encontrados micro-organismos viáveis. Não houve no cateter exposto ao detergente 2. No processo automatizado a
crescimento de micobactérias de crescimento rápido no material contagem microbiana foi considerada insignificante para os dois
coletado em nenhum dos momentos avaliados. A duração média detergentes, porém à microscopia no fragmentos de cateter ex-
de atividade da solução desinfetante contendo ácido peracético posto ao detergente 2 foram visualizadas colônias em forma de
foi de 16,1 dias (+7,6) e mediana de 14 dias. Conclusões: Neste vida livre. Conclusão: Percebe-se uma superioridade da limpeza
estudo, a desinfecção por dez minutos de gastroscópios e coloscó- automatizada em relação à limpeza manual e o melhor desempe-
pioscomácidoperacéticofoiefetiva.Aexposiçãodegastroscópios nho do detergente 1 em relação ao detergente 2 nas condições do
ecolonoscópiosaoácidoperacéticonãoprovocaramoxidaçãonos experimento.Fomento: FAPEMIG-MG
equipamentos. A solução pronto uso do ácido peracético apresen-
tou boa estabilidade após o início do uso. Palavras-chaves: Biofilme, Limpeza, Reprocessamento

Palavras-chaves: ácido, desinfeccao, endoscopios, peracético


SO-06 (O48)
IMPLANTAÇÃO DOS BUNDLES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
SO-06 (O47)
EFICÁCIA DA REMOÇÃO DE BIOFILME MEDIANTE LIMPEZA MA- Autor(es): Patrícia Shimabukuro, Priscila Paulon
NUAL E AUTOMATIZADA DE CATETERES DE ANGIOGRAFIA Instituição(ões): 1. HGP, Hospital Geral de Pedreira

Autor(es): Silma Maria Cunha Pinheiro Ribeiro, Jose Antonio Gui- Resumo:
maraes Ferreira, Vania Regina Goveia, Maria Aparecida Resende Atualmente o objetivo é a redução da taxa de infecção nosoco-
mial, com isso surge à proposta do Institute for Healthcare Im-
Instituição(ões): 1. UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais provement (IHI) para que seja atingido o objetivo de se salvar 5
milhões de vidas através da utilização dos bundles, que são con-
Resumo: juntos de medidas para se evitar as principais topografias de in-
:Oscateteresdeangiografiacardiovascularrepresentamumavan- fecção hospitalar: Pneumonia associada à Ventilação Mecânica
ço tecnológico na área de diagnóstico. Possuem lúmen longo e es- (PAV), Infecção de Corrente Sanguínea associada à CVC, Infecção

99
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
do Trato Urinário associado à SVD, pois são de maior impacto na o projeto se encontra em expansão para as demais Unidades ad-
morbi-mortalidade dos pacientes hospitalizados. Os objetivos ministradaspeloEstado.Protocolosdemanejosignificammelhora
deste estudo são: o relato da experiência das autoras durante o na qualidade da abordagem ao paciente séptico. No entanto, a
processo de implantação dos bundles de pneumonia associada a existência do protocolo por si só não significa mudança. É preci-
VM, infecção de corrente sanguínea associada a CVC e infecção do so aprimorar toda a estrutura envolvida na sua implementação,
trato urinário associada a SVD e estimular a sua implantação em como treinamento em serviço e monitoramento das condutas. To-
outras instituições de saúde. A implantação foi realizada através das as ações confluindo para um objetivo único que é a melhora
da formação de um comitê multiprofissional para a elaboração na sobrevida do paciente.
dos procedimentos e os passos a serem seguidos para a sua im-
plantação, coordenado pela área de qualidade. Os procedimentos Palavras-chaves: SEPSE, PROTOCOLO, UPA 24H
foram descritos por uma equipe multiprofissional que validou-os
e iniciou-se assim a implantação na UTI adulto. O primeiro a ser
implantado foi o de PAV, cuja meta é a redução em 50%, a taxa de
infecção desta topografia está baseada na série histórica da ins- SO-06 (O50)
tituição, os resultados coletados indicam um resultado favorável AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS AÇÕES DO PROGRAMA DE CON-
sobre a sua implantação. TROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR NOS HOSPITAIS DE SALVADOR-
BA EM 2009
Palavras-chaves: Bundles, Controle de infecção hospitalar, Quali-
dade Autor(es): Hígia Maria Vilasboas Alves Schettini, Fátima Maria
Nery Fernandes

Instituição(ões):
SO-06 (O49) 1. SESAB/DIVISA, Secretaria da Saúde do Estado da Bahia
SISTEMATIZAÇÃO DO ATENDIMENTO AO PACIENTE SÉPTICO NAS
UPA 24h Resumo:
A Infecção Hospitalar (IH) não só representa uma importante cau-
Autor(es): SIBELLE NOGUEIRA BUONORA1, PATRICIA MOUTA NU- sa de mortalidade, como também gera um aumento significativo
NES DE OLIVEIRA1, Alessandra Augusta Penna e Costa2, MARTA nos custos assistenciais. O Programa de Controle de Infecção Hos-
CRISTINA RAMOS ARAÚJO DE OLIVEIRA1, ALEXANDRE DE OLIVEI- pitalar (PCIH) têm um papel de identificar os riscos, minimizar e
RA RIBEIRO1, JORGE ANDRE LINHARES DE ALMEIDA1 controlar as taxas de infecção, através da aplicação de medidas
preventivas, educacionais e epidemiológicas, a fim de reduzir a
Instituição(ões): gravidade e incidência das IHs. Este estudo tem por objetivo ava-
1. CBMERJ, Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Ja- liar o nível de desempenho da qualidade das ações do PCIH nos
neiro hospitais privados e filantrópicos de Salvador no período de 2009.
2. IFF/FIOCRUZ, Instituto Fernandes Figueira/ FIOCRUZ Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, quantitativo, utili-
zando o marco teórico de Donabedian. Os dados foram coletados
Resumo: pela Comissão Estadual de Controle de IH da Bahia (CECIH-BA),
As Unidades de Pronto Atendimento 24h(UPA 24h) foram conce- através de um instrumento de avaliação, composto de perguntas
bidas como um serviço pré-hospitalar específico, intermediário que avaliam a estrutura, processo e resultado das ações focadas
entre o posto de saúde convencional e o hospital. Atualmente, na qualidade e na prevenção da infecção hospitalar, contidos na
funcionam como grande porta de entrada de pacientes graves no Portaria Estadual da Bahia nº1083/2001. Foram avaliados 20 hos-
sistema de saúde, até que sejam removidos para um hospital de pitais privados e filantrópicos com mais de 10 leitos de UTI, onde
referência. Considerada segunda causa de óbitos e motivo impor- verificou-seque100%possuemCCIH,entretanto90%enviamrela-
tante para transferência hospitalar nas UPA 24h, o manejo da sep- tórios, mensalmente à CECIH. Quanto ao nível global de desempe-
se necessita treinamento específico, padronização de protocolos e nho 15% alcançaram nível excelente (mais 95% de conformidade
monitoramento. Os objetivos do Protocolo de Sepse na UPA 24h nas ações) e 65% bom (70 – 94%). No nível I, que avalia as ações
são: melhorar a suspeição diagnóstica; fomentar tratamentos e indispensáveis para a prevenção das infecções, observou-se que
intervenções adequados; educação continuada sobre diagnóstico, 20%apresentamnívelexcelentededesempenhoe70%nívelbom.
tratamento e manejo da sepse além de aprimorar o acesso dos Desses hospitais 55% realizam 100% das ações de vigilância epi-
pacientes sépticos às UTI. Foi elaborada uma ficha de diagnóstico demiológica recomendadas na Portaria 2616/98, utilizando os cri-
e manejo do paciente séptico,que serve também como resumo de térios diagnósticos padronizados no Estado; e 55% desenvolvem
transferência, uma cópia desta ficha permanece na unidade para ações educativas sistematicamente. A prevenção e o controle das
posterior controle laboratorial e registro.O hospital de destino do infecções hospitalares exigem a aplicação sistemática de medidas
paciente verifica a conduta inicial e tem acesso aos exames cole- técnicaseadministrativas,orientadasporinformaçõesobtidaspor
tados na UPA 24h, podendo checá-los por telefone com o labora- meio de sistemas de vigilância epidemiológica e de monitoramen-
tório da Rede UPA. Após um mês de implantação em apenas uma to de indicadores de processo e resultado. Os resultados demons-
unidade (UPA Penha) houve tendência a refino da conduta como: tram a importância das ações do PCIH, através da verificação da
rastreio infeccioso com coleta de hemocultura e urinocultura (an- magnitude das infecções e avaliação das não conformidades para
tes, pesquisado em menos de 0,05% dos pacientes atendidos no que possa implementar ações corretivas que venham refletir na
sistemaUPA),possibilidadedetraçarperfilmicrobiológico(apenas melhoria da qualidade da assistência prestada.
ummulti-Ridentificadonas64culturasobtidas),alémdoaumento
da suspeição (termo “sepse” nos registros de TIH). Foram protoco- Palavras-chaves: Avaliação da Qualidade, Infecção Hospitalar, Ní-
lados14doentese9foramrastreadossemprotocolo.Atualmente, vel de desempenho, Programa de Controle de Infecção

100
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
SO-06 (O51) Resumo:
SISTEMA DE RASTREABILIDADE NUMA CENTRAL DE MATERIAL Introdução: A profilaxia antimicrobiana em cirurgia é um instru-
ESTERILIZADO COMO FERRAMENTA PARA O CONTROLE DE IN- mento importante na prevenção da infecção de sítio cirúrgico,
FECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE estando relacionada ao desenvolvimento de uma microbiota re-
sistente, razão pela qual seu uso deve ser racional e justificado.
Para o propósito da “Campanha 5 Million Lives” , atualmente
Autor(es): GILBERTO DA LUZ BARBOSA, DANIELA RAMOS OLIVEI-
implantada nesta instituição, os indicadores referentes à profila-
RA, DIONARA SCHLICHTING, NATÁLIA NESPOLO DE PAULA, NARA
xia são: utilização correta da profilaxia antimicrobiana nas cirur-
LÚCIA DE CASTRO FAUTH
gias, administração do antimicrobiano (ATM) 60 minutos antes
da cirurgia e o tempo de uso em conformidade com o protocolo.
Instituição(ões): 1. HSVP, HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO Objetivo:Descrever as implantação de um protocolo de profilaxia
antimicrobiana cirúrgica.Metodologia:Em abril de 2009 iniciamos
Resumo: à implantação do protocolo no hospital. Inicialmente, divulgamos
INTRODUÇÃO: Segundo padrões internacionais, rastreabilidade é oprotocolodenominado“profilaxiaantimicrobianaparacirurgias”
definida como a habilidade de descrever a história, aplicação, pro-
com a padronização dos antibióticos por cirurgia e tempo de uso
cessos ou eventos e localização, de um produto,a uma determina- em reuniões multidisciplinares, com cartazes em locais estratégi-
da organização, por meio de registros e identicação. Numa Centralcos, folhetos em roupas cirúrgicas e divulgação no site da empre-
deMaterialEsterilizado(CME),permitemdocumentaremonitorar sa. Implantamos “kits” dispensados no nome do paciente com a
as etapas do reprocessamento de artigos médicos, odontológicos dose do ATM padronizado por cirurgia, para ser administrada no
e hospitalares.OBJETIVO: Relatar a implantação de um sistema de PPO ou na indução anestésica. Elaboramos uma ficha denomina-
rastreabilidade de artigos numa CME. METODOLOGIA: O estudo da de Ficha de Justificativa para Utilização de Antimicrobiano não
foi desenvolvido num hospital de ensino terciário do interior do Padronizado, para ser preenchido pelo médico caso o mesmo não
estado do RS, referência em cirurgia cárdio-torácica e traumato- fosseutilizaroATMliberadoconformeoprotocolo.Resultados:Fo-
lógica, que realiza em média 2000 cirurgias por mês. O processo ram avaliadas por 03 meses (maio a junho) 1392 cirurgias, estan-
de implantação iniciou-se com a criação de um documento, pre- do adequada com o protocolo 1079 (77,5%), 129 adequadas com
viamente aprovado pela Comissão de Prontuário Médico da ins- restrição (9,26%), isto é um ATM utilizado que não é padronizado
tituição, no qual eram registrados todos os artigos esterilizadospelo protocolo, mas que pertence ao mesmo grupo farmacológico
no método de vapor saturado sob pressão que seriam utilizados e 197 (14,1%) não adequado. Por um período de 05 meses (junho
durante o procedimento cirúrgico. Este registro era feito atravésaoutubro),analisamosohorárioqueoATMfoiadministradoesua
de uma etiqueta termossensível (Classe 1), com os seguintes da- conformidade com o protocolo. Dos 230 prontuários analisados
dos: data do processo, data de validade, número do equipamento, 47 (20,4%) estavam em conformidade (ATM, dose e manutenção),
número do ciclo e número do operador. Este documento ficava e dos 183 que não estavam conformes, 65 (35,5%) foi devido a
anexo ao prontuário do paciente, sendo manuseado pela circulan- horário da administração e a manutenção inadequada.Conclusão:
te de sala durante o trans-operatório. Havendo intercorrências, Após a implantação desta metodologia reavaliamos nosso proces-
este documento era cruzado com a planilha de monitorização das so melhorando o fluxo de dispensação, administração e devolu-
autoclaves, controlado pelas enfermeiras da CME. RESULTADOS: ção do ATM, ampliação do protocolo conforme os procedimentos
A implantação do sistema de rastreabilidade do reprocessamen- cirúrgicos e treinamento com a equipe de enfermagem sobre o
to possibilitou a checagem de esterilização dos artigos por parteprotocolo. Podemos atribuir à adesão da escolha do ATM a essas
da equipe do Centro Cirúrgico, a segurança do paciente, a credi- estratégias adotadas. No entanto, o horário de sua administração
bilidade por parte das equipes cirúrgicas e a conformidade com a e sua manutenção no pós operatório ainda necessitam de ações
legislaçãovigente.Osavançostecnológicosimplicaramnumanova de educação continuada.
visãodeCMEecomisso,ocontroledaqualidadetornou-seumre-
quisito básico para instituições que visam à melhoria contínua do Palavras-chaves:implantação,profilaxiaantimicrobiana,protocolo
reprocessamento.CONCLUSÃO: O sistema de rastreabilidade do
processo de esterilização é um indicador significativo para man-
ter as boas práticas. Neste sentido, além de conferir credibilidade
para a CME e para o Serviço de Controle de Infecção e segurança SO-07 (O53)
ao paciente, isentam o estabelecimento de saúde de implicações Staphylococcus aureus QUE CODIFICAM OS GENES DE VIRULÊN-
legais. CIA DA LEUCOCIDINA DE PANTON-VALENTINE (PVL): CARACTERI-
ZAÇÃODOSCCmecEDASUSCEPTIBILIDADEAOSANTIMICROBIA-
Palavras-chaves: Controle de infecção, Esterilização, Desinfecção NOS

Autor(es): Raiane Cardoso Chamon1,2, Luana Francini Ferreira


Sampaio1, Ricardo Pinto Schuenck1, Fernanda Sampaio Cavalcan-
SO-06 (O52) te1, Dennis de Carvalho Ferreira1, Kátia Regina Netto dos Santos1
IMPLANTAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE PROFILAXIA ANTIMICRO-
BIANA CIRURGICA:DESAFIOS E CONQUISTAS
Instituição(ões):
1. UFRJ, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Autor(es): LETÍCIA CALICCHIO, CELSO AMARAL, DIEGO JESUS, CA- 2. UFF, UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
MILA NICKEL, EDUARDO MEDEIROS
Resumo:
Instituição(ões): 1. HUSH, Hospital Unimed Santa Helena Staphylococcus aureus é reconhecido como um dos principais pa-
tógenos, podendo causar desde infecções cutâneas superficiais

101
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
atéaquelasdecorrentesdainvasãodiretadostecidos.ALeucocidi- sentaram 2 hemoculturas positivas cada. Os estafilococos foram
na dePanton-Valentine (PVL), altamentecitolítica para hemácias e identificados em gênero pela metodologia convencional e por PCR
leucócitos, é codificada pelos genes lukS-PV e lukF-PV, e vem sen- multiplex para determinação das espécies. A susceptibilidade foi
do destacada como fator de virulência em amostras de S. aureus avaliada por disco-difusão para 15 antimicrobianos e pelo teste de
resistentes à meticilina (MRSA) de origem comunitária. O objetivo microdiluiçãoemcaldoparaoxacilinaevancomicina.OgenemecA
do estudo foi a identificação do SCCmec em 25 amostras de S. au- - resistência à meticilina – foi detectado no PCR multiplex. A carac-
reus carreadores dos genes da PVL, relacionando com a suscepti- terização molecular foi realizada através da técnica de PFGE. As
bilidade aos antimicrobianos pelo método de disco-difusão e com amostras nasais foram semeadas em agar manitol salgado, sendo
a Concentração Mínima Inibitória (CMI) para vancomicina e oxaci- queseisdestasamostrasapresentaramcrescimento.NaUTImuni-
lina.Asamostrasforamcoletadasem7hospitaisdoRiodeJaneiro, cipal, das 11 amostras de infecção três (27,3%) foram resistentes à
entre julho de 2004 e dezembro de 2009. Os genes da PVL foram meticilina (MRSA) e duas (18,2%) foram sensíveis (MSSA). Outras
detectados através da PCR e a caracterização do SCCmec através trêsforamdeS.epidermidis,sendoduasresistentes(MRSE)euma
da PCR multiplex. Das 25 amostras, 18 (72%) apresentaram o SC- sensível. Os neonatos estavam colonizados por amostras resisten-
Cmec IV, e 7 (28%) eram S. aureus sensíveis à meticilina (MSSA). tes (MRSE, 3 casos) e sensíveis (MSSA, 3 casos). Em dois pacientes
Uma sensibilidade elevada foi observada para os seguintes anti- foram detectadas amostras de MSSA com o mesmo perfil clonal
microbianos: ciprofloxacina, linezolina, mupirocina, sulfa-trimeto- em ambos os espécimes (colonização e infecção). Na UTI privada,
prim evancomicina (100%);teicoplamina (96%);clindamicina, clo- todas as 11 amostras eram de infecção e resistentes a meticilina,
ranfenicol, gentamicina e rifampicina (92%); e tetraciclina (80%). A sendotrêsdeS.aureusesetedeS.epidermidis.Todasasamostras
resistência à cefoxitina foi detectada para 88,9% das amostras tipo de MRSA pertenciam ao mesmo genótipo. Entre os sete MRSE, fo-
IV, enquanto o disco de oxacilina detectou 38,9% dessas amostras. ram detectados 2 genótipos diferentes; 4 neonatos estavam infec-
ACMIparaoxacilinanestasamostrasvarioude0,25µg/mLa16µg/ tados pelo genótipo A e 3 pelo genótipo B. O estudo mostrou alto
mL. Duas amostras MRSA sensíveis a cefoxitina pelo teste de dis- percentual de resistência entre amostras estafilocócicas isoladas
co-difusão apresentaram CMI de 0,25 e 0,5µg/mL, enquanto três deneonatos,tantodeinfecçãoquantodecolonização.Alémdisso,
amostrascomCMI=1µg/mLforamresistentesàcefoxitinapelodis- confirmou que a colonização prévia pode predispor a bacteremia
co. A CMI para oxacilina em amostras MSSA variou de 0,5µg/mL a pela mesma espécie de Staphylococcus. Adicionalmente, verifica-
2µg/mL.ACMIparavancomicinarevelou100%deamostrassensí- mos que na UTI privada houve um surto por amostras de MRSA e
veis. Contudo, 3 amostras tipo IV e 1 amostra MSSA apresentaram de MRSE.
CMI=2µg/mL. Os resultados mostram que tanto amostras MSSA
quanto MRSA tipo IV, normalmente relacionadas com infecções Palavras-chaves: Neonatos, Staphylococcus aureus, Staphylococ-
comunitárias, são sensíveis a maioria dos antimicrobianos anali- cus coagulase-negativo
sados. Apesar do disco de cefoxitina ser o teste padrão ouro para
a detecção de amostras MRSA, duas amostras tipo IV não foram
detectadas por este método. Além disso, o disco de oxacilina de-
tectou apenas 38,9% dessas amostras. Deve-se destacar também SO-07 (O55)
que 4 amostras apresentaram CMIs de 2 para vancomicina, valor AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA EM AMOSTRAS
que pode inviabilizar a terapêutica com este antimicrobiano em DE Staphylococcus aureus COM SCCmec IV ISOLADAS DE HOSPI-
infecções estafilocócicas. TAIS DO RIO DE JANEIRO

Palavras-chaves: PVL, Staphylococcus aureus, SCCmec tipo IV Autor(es): Pricilla Dias Moura de Matos, Ricardo Pinto Schuenck,
Dennis de Carvalho Ferreira, Fernanda Sampaio Cavalcante, Luana
Francini Sampaio, Kátia Regina Netto dos Santos

SO-07 (O54) Instituição(ões): 1. UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro


ANÁLISE DE AMOSTRAS DE Staphylococcus aureus E Staphylo-
coccus COAGULASE-NEGATIVOS ISOLADOS DE SANGUE E DE SÍ- Resumo:
TIOS DE COLONIZAÇÃO DE NEONATOS EM DUAS UNIDADES DE A recente emergência de amostras não multirresistentes de Sta-
TRATAMANTO INTENSIVO DO RIO DE JANEIRO phylococcus aureus resistentes a meticilina (MRSA) carreando o
SCCmec IV em hospitais no mundo inteiro tem gerado grande pre-
Autor(es): Carolina Oliveira da Silva, André Brites, Cláudio Simões ocupação, já que essas amostras parecem apresentar um maior
de Matos, Pricilla Dias Moura de Matos, Denise Cotrim, kátia Regi- equilíbrio entre resistência e virulência, demonstrando vantagens
na Netto dos Santos adaptativas. A caracterização da susceptibilidade antimicrobiana
em amostras isoladas de diferentes locais poderia auxiliar na es-
Instituição(ões): 1. UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro colha terapêutica. O objetivo desse estudo foi avaliar o perfil de
resistênciaantimicrobianaemamostrasMRSA/SCCmecIVisoladas
Resumo: de 5 hospitais do Rio de Janeiro, correlacionando com os seus “se-
StaphylococcusaureuseStaphylococcuscoagulase-negativo(SCN) quence typing” (ST). Foram analisadas 24 amostras de diferentes
temsidoagentesfreqüentesdesepseemUTIneonatal. Oobjetivo pulsotipos, agrupadas em 7 STs. O perfil de resistência a ciproflo-
desseestudofoiidentificaramostrasdeS.aureusedeS.epidermi- xacina, clindamicina, eritromicina, oxacilina e vancomicina foi ava-
dis isoladas de sangue e de colonização de neonatos, caracterizan- liado pelo método de microdiluição em caldo para determinação
do sua clonalidade e sua susceptibilidade antimicrobiana. Entre das concentrações mínimas inibitórias (CMIs). Todas as amostras
março e setembro de 2009 recebemos 22 amostras de hemocul- foram sensíveis a vancomicina. As 7 amostras apresentando ST1 e
turas e 7 swabs nasais provenientes de 19 neonatos internados geneticamente semelhantes ao clone USA 400 foram resistentes a
em duas UTIs, uma municipal e outra privada. Três pacientes apre- todos antimicrobianos analisados. Das 7 amostras apresentando

102
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ST5egeneticamentesemelhantesaocloneUSA800duasapresen- 50,00% (6/12) destas resistentes a CAZ e IPM simultaneamente e
taram sensibilidade a todos os antimicrobianos analisados, quatro os outros 50,00% (6/12) resistentes somente ao IPM. A freqüên-
foram sensíveis a ciprofloxacino e uma apresentou resistência a cia de isolados produtores de MβL deste estudo é semelhante aos
todos antimicrobianos. As quatro amostras apresentando ST30 resultados encontrados por Magalhães e colaboradores (62,5%;
e geneticamente semelhantes ao clone da Oceania e a amostra 15/24 amostras), em cinco hospitais localizados na cidade do Reci-
apresentando ST 97 e geneticamente relacionada com amostras fe-PEnoanode2005.Conclusões:Aidentificaçãodeisoladosmul-
sensíveis a meticilina (MSSA) apresentaram sensibilidade a to- tirresistentes de P. aeruginosa em ambientes hospitalares, consis-
dos antimicrobianos analisados, com exceção de uma amostra te em um grave problema de saúde pública uma vez que limita as
com ST30 que apresentou resistência somente a eritromicina. opções terapêuticas para pacientes infectados por este patógeno.
Duas amostras desse clone apresentaram CMIs de sensibilidade A capacidade de produção de MβL por estes microrganismos tem
para oxacilina (1 e 2 µg/mL). As amostras apresentando ST72 e sido detectada com elevada frequência em hospitais da cidade do
ST1203, normalmente encontradas em amostras CA-MRSA, fo- Recife nos últimos anos, indicando a necessidade de uma maior
ram sensíveis a todos os antimicrobianos, incluindo uma amos- conscientização no uso racional dos antimicrobianos, bem como o
tra que apresentou CMI para oxacilina de 2 µg/mL e outra com o acompanhamento das políticas de controle de infecção hospitalar
CMI igual ao “ponto de corte” estabelecido pelo CLSI (4µg/mL). A neste município.
única amostra apresentando ST8 e geneticamente semelhante ao
USA300 apresentou resistência somente a eritromicina. A análise Palavras-chaves: Carbapenêmicos, Infecção nosocomial, Metalo
dos resultados confirmou a não multirresistência entre amostras β-lactamase, Multirresistência, Pseudomonas aeruginosa
tipo IV e revelou uma correlação entre clonalidade e maior resis-
tência antimicrobiana entre amostras relacionadas ao clone USA
400 (ST1), genótipo que tem sido mais isolado e emergente nos
hospitais brasileiros. SO-07 (O57)
CORRELAÇÃO ENTRE RESISTÊNCIA À ERITROMICINA E CLINDAMI-
Palavras-chaves: Resistência antimicrobiana, SCCmec IV, Staphylo- CINA E TIPOS DE SCCmec EM AMOSTRAS DE Staphylococcus au-
coccus aureus reus e S. epidermidis

Autor(es): Cristiane Roberta dos Santos Teodoro, Ricar-


do Pinto Schuenck, Roberta Mello Ferreira Caboclo, Milena Borgo
SO-07 (O56) Azevedo,EliezerMenezesPereira,ClaudioSimõesdeMattos,Kátia
DETECÇÃO DE METALO β-LACTAMASE EM ISOLADOS DE Pseudo- Regina Netto dos Santos
monas aeruginosa PROVENIENTES DE HOSPITAIS PÚBLICOS DO Instituição(ões): 1. UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janei-
RECIFE-PE ro

Autor(es): Lilian Rodrigues Alves, Paula Regina Luna de Resumo:


Araújo Jácome, Ana Catarina de Souza Lopes, Maria Amélia Vieira
Maciel Os antimicrobianos macrolídeos, lincosamidas e estreptograminas
Instituição(ões): 1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco B (MLSB) são alternativas terapêuticas no tratamento de infecções
por Staphylococcus spp. resistentes à oxacilina. No entanto, tem
Resumo: sido observado um número crescente de amostras resistentes,
podendo haver resistência cruzada entre tais classes de antimicro-

Introdução: Pseudomonas aeruginosa é um patógeno oportunista bianos. Aresistênciaàeritromicina estárelacionada àmodificação


frequentemente associado a infecções nosocomiais e resistência nosítio-alvodasubunidade 50Sribossomalcodificadapelosgenes
a diversos antimicrobianos incluindo cefalosporinas de última erm, enquanto o efluxo de macrolídeos é realizado por proteínas
geração e carbapenêmicos, tendo como um dos principais meca- de membrana codificadas pelo gene msrA. O objetivo deste estu-
nismos de resistência a produção da enzima metalo β-lactamase do foi correlacionar a resistência à eritromicina e/ou clindamicina
(MβL). Objetivo: Detectar fenotipicamente a produção de enzima em 50 amostras de Staphylococcus aureus (39 MRSA e 11 MSSA) e
metalo β-lactamase em isolados de Pseudomonas aeruginosa re- 34 de S. epidermidis (32 MRSE e 2 MSSE) com os tipos de cassetes
sistentes a ceftazidima (CAZ) e/ou imipenem (IPM) provenientes mec (SCCmec). O método de disco-difusão foi utilizado inicialmen-
de três hospitais públicos do Recife-PE nos anos de 2002, 2003, te para triagem das amostras resistentes à eritromicina e a técni-
2006, 2008 e 2010. Metodologia: Para a pesquisa de MβL nas ca de PCR foi empregada para a detecção dos genes ermA, ermB,
20 amostras, selecionadas pelo perfil de susceptibilidade segun- ermC e msrA e para a tipagem do SCCmec. Entre as 39 amostras
do critérios do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, de MRSA, 21 (53,8%) apresentaram o gene ermA e 12 (30,8%) o
2008),foiutilizadaatécnicadeaproximaçãodedisco,queconsiste gene ermC. Todas as 5 amostras de MRSA SCCmec tipo II e 88,2%
na deposição de dois discos de CAZ a uma distancia de 5 cm, e ao das amostras tipo III apresentaram o gene ermA, enquanto 76,9%
lado de um dos discos de CAZ foi colocado um disco de papel filtro das amostras tipo IV apresentaram o gene ermC. Em relação às
estéril embebido em 2 µl de ácido 2-mercaptopropiônico (2-MPA), amostras MSSA, 6 (54,5%) apresentaram os genes ermA e ermC
a uma distância de 2,5cm. Em seguida, as placas foram incubadas e 4 o gene ermC (36,4%). Das 32 amostras de MRSE, 25 (78,1%)
em estufa a 37°C e lidas com 24 horas. Resultados: Das amostras apresentaramogeneermCe5(15,7%),ogenemsrA.OgeneermC
estudadas, 14,29% (3/21) mostraram-se panresistentes e 85,71% foi detectado em todas as 3 amostras que apresentaram o tipo III
(18/21) multirresistentes, das quais 27,77% (5/18) apresentaram deSCCmeceentreasamostrastipoIV(76,9)deMRSE.Concluímos
sensibilidade apenas a polimixina B. 71,43% (15/21) das amostras que entre amostras MRSA há uma estreita relação entre a presen-
apresentaram resistência a CAZ e 76,20% (16/21) resistência a ça do gene ermA e os SCCmec tipos II e III, características que têm
IPM. A MβL foi detectada em 57,14% (12/21) das amostras, sendo sido relacionadas com altos níveis de resistência antimicrobiana.

103
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Poroutrolado,ogeneermC,maisrelacionadoàresistênciainduzi- mostrou-se satisfatório na recuperação de micobactérias em pró-
da à clindamicina e à espécie S. epidermidis, mostrou-se também teses de mama retiradas de pacientes suspeitas e com infecções
relacionado ao cassete tipo IV em ambas as espécies estudadas. pós cirúrgicas e o mesmo vem a corroborar com a necessidade de
estabelecer protocolos com tal finalidade
Palavras-chaves: Clindamicina, Eritromicina, Resistência fenotípica
e molecular, Staphylococcus aureus, S. epidermidis Palavras-chaves: micobacterias de crescimento rápido, infecções
cirurgicas, proteses mamárias, método laboratorial

SO-07 (O58)
AVALIAÇÃODEUMMÉTODOPARAOISOLAMENTODEMICOBAC- SO-07 (O59)
TÉRIAS EM PRÓTESES DE MAMA RETIRADAS DE PACIENTES SUS- DETECÇÃO DE RESISTÊNCIA AO SULFAMETOXAZOL/TRIME-
PEITAS E COM INFECÇÕES PÓS CIRÚRGICAS. TOPRIM E CLONALIDADE DE ISOLADOS CÍNICOS DE STENO-
TROPHOMONAS MALTOPHILIA.
Autor(es): RITA LECCO FIORAVANTI1, JOÃO BATISTA PEREIRA DA
SILVA1,2,ANAMARIADESANTANAPEREIRA1,ANGELALOURENÇO Autor(es): Jorge Paez1, Juliana Rosa Ferraz1, Paulo Comarin1, Ivan
LOPES RODRIGUES1, DAVID JAMIL HADAD2, MOISES PALACI2 Leonardo França2, Ana Lucia Munhoz1, Flavia Rossi1, Anna Sara
Levin1, Silvia Figueiredo Costa1
Instituição(ões):
1. SESA, Secretaria de Estado da Saude do Espírito Santo Instituição(ões):
2. NDI UFES, Núcleo de Doenças Infecciosas Universidade Federal 1. HC-FMUSP, Hospital das Clinicas da FMUSP
do ES 2. HACC, Hospital AC. camargo

Resumo: Resumo:
Introdução: As micobactérias de crescimento rápido (MCR) são Sulfametoxazol/Trimethoprim (SMX/TMP) é considerada droga de
ambientais e se destacaram como patógenos oportunistas emer- primeira linha para o tratamento de infecções relacionadas à as-
gentes durante os últimos anos. Sua presença é comum no solo e sistência a saúde (IRAS) causadas por S. maltophilia. A resistência
emfontesdeágua;jáforamreconhecidascomocontaminantesde da S. maltophilia a este antibiótico vem aumentando no mundo,
medicamentos injetáveis, próteses e órteses. As espécies Myco- entretanto dados nacionais sobre resistência deste agente são
bacterium abscessus, M. chelonae, M. fortuitum e M. massiliense escassos. O presente este avaliou a clonalidade e a presença de
foram recentemente associadas com surtos de infecções de sítio genes codificadores de Sul-1 e do Integron classe 1 (int-1) em 30
cirúrgico após videolaparoscopia, videoartroscopias ou cirurgias isolados clínicos de S. maltophilia identificados no período de 2
estéticas no Brasil. Objetivo: O presente estudo tem como objeti- anos (Janeiro 2008 a Janeiro 2010) em dois hospitais da cidade de
vo avaliar um método para isolamento de micobactérias em pró- SãoPaulo;HospitaldasClínicasdaFMUSPeHospitalA.CCamargo.
teses de mama retiradas de pacientes suspeitas e com infecções Métodos: Os isolados foram identificados pelo método API20NE.
pós cirúrgicas. Método: Foram analisadas 19 biópsias de tecidos A determinação da concentração inibitória mínima dos seguintes
mamáriose19prótesesdemamaretiradasdepacientessuspeitas antibióticosfoirealizadapelométododemicrodiluiçãosegundoas
e com infecções pós cirúrgicas. As biópsias e as próteses foram recomendações do CLSI: SMX/TMP, levofloxacino, ciprofloxacino,
encaminhadas ao LACEN-ES dentro de frascos estéreis, contendo ticarcilina/clavulanato, minociclina, cloranfenicol e ceftazidima.
soro fisiológico estéril. A biópsia foi triturada em gral com pistilo PCR foi realizada para detecção dos genes sul-1, sul-2 e int-1. Os
estéril, e realizado o procedimento de descontaminação, concen- produtores da PCR foram posteriormente seqüenciados e compa-
tração e semeadura, conforme recomendações do Ministério da rados com o programa do BLAST. Eletroforese em campo pulsado
Saúde, sendo o padrão ouro do presente estudo. A prótese foi re- foirealizadaparacompararaclonalidadedosisolados.Resultados:
tirada do frasco e colocada em um gral estéril com tamanho apro- 21 S. maltophilia foram isoladas de sangue, 6 de secreções respi-
priado. Toda sua extensão foi friccionada com pistilo e soro fisio- ratórias, 2 de urina e 1 de osso. A proporção de resistência dos
lógico estéreis. O soro presente no frasco e aquele utilizado para 30 isolados foi à seguinte: SMX/ TMP, 27%; levofloxacino 10%%;
friccionar a superfície da prótese foram distribuídos em tubos de ceftazidima, 70%; ticarcilina/clavulanato, 10%%; minociclina, 0%;
polipropileno de 50 mL estéreis e centrifugados a 3000 x g por 15 cloramfenicol, 26%; and ciprofloxacino, 67%. Dois isolados foram
minutos numa temperatura de 4ºC; em seguida, o sobrenadante resistentes a ambos SMX/ TMP e levofloxacino. Dos 30 isolados
foi desprezado e o sedimento dividido em duas partes sendo uma analisados, 3 carreavam o gene sul-1 como parte final 3 do inte-
semeada diretamente e a outra descontaminada e concentrada gron da classe 1. 1 isolado carreava o gene codificador sul-2 e 15
pelo método da N-acetil-L-cisteína (NALC) sendo posteriormente isolados foram positivos para int-1 positive. A tipagem molecular
semeados em meios de Lowenstein Jensen. Os tubos foram incu- evidenciou que os isolados positivos para os genes sul-1 e int-1
bados a 37ºC por até 60 dias, com leituras diárias e liberação de eram policlonais. Os produtos amplificados pela PCR foram 100%
resultado parcial para MCR, após 15 dias. A identificação foi reali- idênticosaosul-1(Genebankn°GQ2935001),sul-2(n°AM1820311
zadaporprovasfenotípicasegenotípicas(PCR-Restriction-enzyme e) int-1 (n°GQ2935001). Conclusões: Os isolados de S. maltophilia
Analysis -PRA-hsp65). A análise estatística foi realizada utilizando do presente estudo apresentaram resistência a vários antibióticos
o coeficiente Kappa. Resultados: Os resultados de sensibilidade, que são usados no tratamento de IRAS por este agente como le-
especificidade e valores preditivos positivos e negativos, obtidos vofloxacino, ticarcilina/clavulanato e SMX/TMP e foram 100% sen-
em comparação com os resultados das culturas de biópsias, fo- síveis a minociclina, antibiótico que não esta disponível no Brasil.
ram respectivamente 100, 80, 70 e 100 por cento e o coeficiente Parece que a resistência ao SMX/TMP esta aumentando no Brasil
Kappa foi de 0,7 demonstrando concordância entre bom e ótimo. quando comparada a proporção de 27% encontrada no presente
CONCLUSÃO:Concluiu-se,pelosresultadosobtidos,queométodo estudo com dados brasileiros publicados previamente, e que os

104
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
elementosgenéticosmoveiscomoint-1carreamosgenessul1and Gonçalves de Mello1,2, Selma Maria de Melo Gouveia1, Maria
sul-2 que contribuem para a resistência ao SMX/ TMP. Cecília Barata dos Santos Figueira2, Polyana Pereira Moraes Mon-
teiro2, Maria de Fátima Costa Caminha1, Jailson Barros Correia1
Palavras-chaves: Stenotrophomonas maltophilia, resistência, Sul-
fametoxazol/Trimetoprim Instituição(ões): 1. IMIP, Instituto Medicina Integral Professor Fer-
nando Figueira
2. FPS, Faculdade Pernambucana de Saúde
SO-08 (O60) Resumo:
ANÁLISE DA EFICÁCIA DE SABÕES E SABONETES ANTI-SÉPTICOS A elevada taxa de infecção relacionada à assistência à saúde (IrAS)
sobretudo nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) determina alta
Autor(es):MárciodaSilveiraGomes,CamilaVianaXimenes,Larissa morbimortalidade e aumento dos custos hospitalares. A higieni-
do Rêgo Barros Matos, Lilian Rodrigues Alves, Mariana Pereira de zação das mãos (HM) é considerada nos guias de conduta de vá-
Araújo, Rita de Cássia Andrade Melo rias entidades científicas, entre eles o da Organização Mundial de
Saúde (OMS), como uma das recomendações com o maior índice
Instituição(ões): 1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco de evidências científicas para justificar a sua implementação na
prevenção e controle das IrAS. No entanto, também é relatada na
Resumo: literatura uma alta freqüência nas UTIs de não adesão dos profis-
Introdução: A pele humana é a primeira barreira de proteção do sionais à prática diária de HM. Diante da carência de estudos que
corpo por impedir que microorganismos e substâncias potencial- quantifiquem a adesão à higienização das mãos no nordeste do
mente patógenas danifiquem a integridade do organismo huma- Brasil, foi avaliada a adesão da equipe multidisciplinar à higieni-
no. Na superfície das mãos podemos encontrar a microbiota re- zação das mãos em ocasiões consideradas como obrigatórias (5
sidente e a transitória. Objetivo: O presente trabalho tem como momentos) em uma UTI Pediátrica do Recife. Estudo prospectivo,
objetivo avaliar a eficácia de sabões e sabonetes populares e anti- tipo corte transversal, foi realizado na UTI Pediátrica do Instituto
sépticos durante a lavagem comum das mãos e comparar o grau Materno Infantil Professor Fernando Figueira (IMIP), no período
de eficácia entre eles. Métodos: Oito voluntários sadios participa- de 06 a 30 de abril de 2009. Após obtenção do termo de consen-
ram da pesquisa. Utilizou-se 2 sabões e 6 sabonetes que foram timento, em diferentes turnos de trabalho, foram observados os
divididos em 3 partes iguais com um estilete estéril. Cada um des- profissionais de saúde durante suas atividades. Nas sessões de
tespedaçosfoicolocadoemsacosplásticosestéreisparaposterior observação foram analisadas diferentes variáveis como: turno
utilização. Lavaram-se as mãos com água mineral, com padrão de (diurno ou noturno), categoria e sexo do profissional, se a HM foi
pureza, para evitar possíveis alterações nos resultados. A lavagem realizada antes e/ou após a realização de procedimentos e o ma-
das mãos seguiu o padrão da ANVISA; coletou-se o material utili- terial utilizado. A partir das 227 observações realizadas, a adesão
zando swabs estéreis embebidos na água mineral. A coleta foi rea- global, considerada como HM antes e após os procedimentos, in-
lizada em 4 etapas após secagem espontânea das mãos: a 1º sem dependente da categoria profissional, foi de 20,7%. Entre todas as
a lavagem das mãos, a 2º após lavagem só com água, a 3º após a categorias profissionais, a equipe de enfermagem foi a que mais
primeira lavagem com sabão ou sabonete e a 4º após a segunda aderiu à HM (54,1%) em oposição aos auxiliares de enfermagem
lavagem com sabão ou sabonete. Semeou-se o material em placas (11,4%). Não encontramos diferença estatística na adesão à HM
de Petri contendo meio ágar nutriente que estavam divididas em entre os sexos dos profissionais ou quando os procedimentos re-
4 campos. Colocou-se as placas na estufa por 24 horas, à 37°C. alizados foram múltiplos ou únicos. A análise univariada mostrou
Contou-se o número de colônias bacterianas por campo na placa. que a não adesão à HM à noite é 1,65 (p=0,04) maior comparada
Resultados: Na análise dos resultados levou-se em consideração ao período diurno. Aproximadamente metade dos profissionais
apenas a média dos resultados, dos 3 dias, das etapas 3 e 4. O lavava as mãos antes de procedimento limpo/asséptico ou após
sabão tipo 1 teve aumento de 59,10% no número de colônias; o risco de exposição a fluidos corpóreos (48,7% e 47,1% respecti-
sabão tipo 2 teve redução de 76,99%; os sabonetes tipo 1, 2, 3, 4, vamente). Os resultados encontrados sugerem a necessidade de
5e6tiveramreduçõesde26,97%,2,83%,11,32%,54,78%,65,27% intervenções que visem incrementar a adesão que devem estar
e 4,78%, respectivamente. Conclusão: O sabão tipo 2 apresentou embasadas no conhecimento dos fatores de risco locais para bai-
maior eficácia, enquanto que o sabão tipo 1 apresentou a menor xa adesão, além de estudos que demonstrem quais intervenções
eficácia. Entre os sabonetes, o tipo 5 apresentou maior eficácia. podem ser efetivas.
Os demais sabonetes que apresentam triclosan na sua fórmula (ti-
pos 1 a 4) não apresentaram redução esperada. O sabonete tipo Palavras-chaves: Controle de Infecções, Infecção Hospitalar/pre-
6, que não possui o composto, apresentou redução maior do que venção & controle, Lavagem de Mãos, Unidades de Terapia Inten-
o sabonete tipo 2. siva Pediátrica

Palavras-chaves: Higiene das Mãos, Sabões Anti-sépticos, Sabone-


tes Anti-sépticos
SO-08 (O62)
EFICÁCIADEPRODUTOSALCOÓLICOSPARAAHIGIENIZAÇÃODAS
MÃOSCONTRAOVIRUS2009H1N1,MRSAEOUTROSMICROOR-
SO-08 (O61) GANISMOS DE IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE PÚBLICA
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: ADESÃO DA EQUIPE MULTIPROFIS-
SIONAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA. Autor(es): Elizabeth De Nardo1,1, Luciana Rezende Barbosa1,1

Autor(es): Manoela Pessoa Melo Correa Gondim2, Maria Julia Instituição(ões): 1. GOJO, GOJO Industries, Inc.

105
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
2. GOJO, GOJO América Latina 1. HCPA, HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
3. GOJO, GOJO América Latina
Resumo:
Resumo: Introdução: A higiene correta das mãos pelos profissionais de saú-
EFICÁCIA DE PRODUTOS ALCOÓLICOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS de é uma das medidas mais efetivas para prevenção de infecções.
MÃOS CONTRA O VIRUS 2009 H1N1, MRSA E OUTROS MICROOR- A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital
GANISMOS DE IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE PÚBLICA *E DE NAR- de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) executa ações programadas de
DO,PHD1,L.BARBOSAPHD2,S.EDMONDS,MS1,V.DZYAKANAVA, prevenção e controle de infecções e mensura sistematicamente a
PHD2,D.MACINGA,PHD1,J.ARBOGASTPHD11GOJOINDUSTRIES, adesão dos profissionais à higiene de mãos, através de observa-
AKRON, OHIO, USA, 2GOJO AMÉRICA LATINA, PINDAMONHANGA- ções realizadas por estagiários e residentes do serviço. Objetivos:
BA, SÃO PAULO, BRASIL,3BIOSCIENCE LABORATORIES, BOZEMAN, Desenvolver uma estrutura informatizada para observação da hi-
MT,USAIntrodução:Ousodeprodutosalcoólicosparaahigieniza- gienização das mãos em tecnologia móvel, avaliar os critérios de
ção das mãos é recomendado pela Organização Mundial da Saúde conteúdo, interface, técnico e usabilidade da tecnologia móvel de
para a maioria dos procedimentos assistenciais, devido a compro- acordo com o padrão ISO/IEC 9126 através da opinião dos usuá-
vada eficácia microbiana, menor tempo operacional, fácil acesso rios frente a essa tecnologia. Metodologia: Projeto de desenvol-
ao ponto de cuidado do paciente e melhor tolerância da pele. No vimento de produção tecnológica baseada na engenharia de um
BrasilousodessesprodutostambemérecomendadopelaANVISA software, fundamentada na teoria do ciclo de vida de desenvolvi-
apesardequedadossobreaeficáciadessesprodutosnemsempre mento de sistema. É também um estudo de natureza quantitativa
são conhecidos. Objetivo: Determinar a eficácia de produtos alco- para avaliar junto aos estagiários e residentes da CCIH (usuários
ólicos em diferentes formas e concentrações contra vários pató- da nova tecnologia) critérios de qualidade da tecnologia móvel,
genos de importância clínica. Metodologia: Foram avaliados cinco através de um questionário. O Sistema para observação da higie-
produtos a base de álcool etílico nas seguintes concentrações e nização das mãos foi construído para coletar dados através de um
respectivas formas farmacêuticas: gel 62%, 70% e 80%; espuma dispositivomóvel(PDA).Oacessoparacoletadedadosérealizado
70% e toalhas umedecidas 62%. Testes in vitro e in vivo foram rea- através do programa MobiCCIH e o preenchimento do formulário
lizados usando as normas Européias (EN) e os protocolos america- ocorre através do toque de tela do dispositivo. Resultados: Foram
nos da American Standard Material Method (ASTM). Os testes in avaliados como “excelente e muito bom” a maioria dos critérios
vitro usaram EN 1275 para Candida albicans, ASTM E1052 para o do questionário de avaliação da tecnologia móvel. Conclusão: a
virus 2009 AH1N1(CDC ID # 2009712047) e ASTM E2315 para mais tecnologiamóvelmelhorou,demaneirageraloprocessodetraba-
de40tiposdebactériasincluindo MRSAealgunsfungos.Ostestes lho.As avaliações realizadas pelos participantes da CCIH permitem
in vivo nas mãos de voluntários simularam condições reais e utili- concluir que o sistema informatizado possui qualidade e efetivida-
zaram a EN1500 para E coli. A redução dos microorganismos para de. É importante destacar que este sistema está na fase de manu-
cada produto foi calculada em log10 ou %. Resultados: Em geral os tenção e necessitará de constantes revisões e atualizações.
produtos apresentaram redução >4 log10 (99.99%) contra todos
os microorganismos testados in vitro, e também foram aprovados Palavras-chaves: Informática em Enfermagem, Sistemas de Infor-
em todos os requerimentos dos testes in vivo. Conclusões: Antis- mação, Controle de infecções, Lavagem de mãos
sépticos de mãos à base de álcool etílico disponíveis no mercado
brasileiro, independente da forma farmacêutica (gel, espuma ou
toalhas umedecidas) ou concentracao alcoólica (62% a 80%) apre-
sentaram a mesma eficácia (99, 99 % ou mais de redução) contra SO-08 (O64)
um amplo espectro de microorganismos, em apenas 15 segundos HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS: ADESÃO DOS PROFISSIONAIS EM UNI-
de exposição. Testes in vivo confirmaram a eficácia dos produtos DADE DE TERAPIA INTENSIVA NEOPEDIÁTRICA (UTINP)
em reduzir o número de microorganismos nas mãos e, portanto,
devem ser recomendados para reduzir os riscos de infecção e Autor(es): vÂNIA MONTIBELER KRAUSE, CAROLINE BATISTA
transmissão de microorganismos transientes das mãos incluindo
o vírus AH1N1 e MRSA. Instituição(ões):
1. HSC Blumenau, Hospital Santa Catarina de Blumenau
Palavras-chaves: ADESÃO A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, EFICÁCIA
DEPRODUTOSALCOÓLICOS,HIGIENIZAÇÃODASMÃOS,PRODUTO Resumo:
ALCOÓLICO, VIRUS H1N1 HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS: ADESÃO DOS PROFISSIONAIS EM UNI-
DADE DE TERAPIA INTENSIVA NEOPEDIÁTRICA (UTINP) CAROLINE
BATISTA *VÂNIA MONTIBELER KRAUSE HOSPITAL SANTA CATARI-
NA DE BLUMENAU – SC Introdução. Higienização das mãos (HM) é
SO-08 (O63) uma das medidas mais importantes para o controle das infecções
CONSTRUÇÃO DE UMA ESTRUTURA INFORMATIZADA EM hospitalares, o fato de higienizar as mãos com água e sabão, reduz
TECNOLOGIA MÓVEL PARA O REGISTRO DA OBSERVAÇÃO DA apossibilidadedetransmissãodemicroorganismospatogênicos,a
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS aplicação de produtos a base de álcool pode aumentar a freqüên-
cia da higienização das mãos. Objetivo. Avaliar a adesão à HM dos
Autor(es): FRANCINE LETÍCIA DA SILVA SECCO, DENISE TOLFO SIL- profissionais daunidade deterapia intensivaneopediatrica.Méto-
VEIRA, RODRIGO PIRES DOS SANTOS, LORIANE RITA KONKEWICZ, do. Foram realizadas 31observações na UTINP, durante 06 meses,
GILBERTO CABRAL DE MELLO BORGES, MARCIA ROSANE PIRES, em dias alternados, por colaborador do Serviço de Controle de
JESSICA DALLÉ Infecção, utilizando instrumento específico para coleta de dados,
mensalmente planilhas do Excel eram alimentadas, a partir do 03
Instituição(ões): mês de coleta, os dados foram apresentados a equipe da UTINP

106
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
através de gráficos. Resultados. Foram observadas 488 oportu- alto. •A eficácia da higienização das mãos na prevenção destas in-
nidades para HM, destas houve efetividade em 422, totalizando fecções é alta ou muito alta. •Superestimam a porcentagem em
86,48%. Quanto à opção utilizada para HM 90,3% eram realizadas que os PS higienizam suas mãos. Tem conhecimento da: •Impor-
atravésdehigienizaçãosimplesdasmãose9,7%atravésdefricção tância das mãos dos profissionais de saúde na rota de transmis-
com solução alcoólica. Com relação à adesão por categoria profis- são dos microorganismos. •Técnica correta para o uso do álcool
sional constatamos o seguinte: entre enfermeiros adesão de 94 na higienização das mãos e as vantagens de seu uso. Quanto à
%, médicos 90,3 %, técnicos de enfermagem 85,43 %, psicólogos adesão à Prática de Higienização das Mãos: •A taxa de adesão a
83,3%, fisioterapeutas 80%, técnicos em radiologia 58%, coletado- higienização das mãos foi de 42% na primeira observação e 57,8%
res do laboratório 57 %. Quando avaliada a adesão por atividade na segunda com aumento de 32%. •As auxiliares de enfermagem
executada observamos uma adesão a HM de mais de 98 % antes apresentaramtaxadeadesãomaisbaixa,ficandoacimasódostéc-
deprocedimentosqueenvolvessemotoquenopacienteouconta- nicos de laboratório e RX na primeira etapa. •Dos cinco momen-
to com mucosa e secreções; depois destas atividades a adesão foi tos,omomento“antesdeprocedimentoasséptico”foiodemenor
de 92%, porém quando observado a adesão antes do manejo do adesão. •A UTI cirúrgica foi a que apresentou menor adesão nas
acesso venoso encontramos apenas 65,38 % de adesão. Conclu- duas etapas.. Houve uma grande adesão ao uso do álcool gel: 8%
são. A adesão dos profissionais da UTINP é extremamente elevada contra 62% pós intervenção. CONCLUSÃO A situação era critica,
quando comparada a outros referencias encontrados similares a melhorou com a implantação da Estratégia Multimodal da OMS
este estudo. Também foi possível observar que a adesão é maior para a Melhoria da Higienização das Mãos,esperamos progressos
entre os membros da equipe assistencial que atua continuamente na continuação desse trabalho com a aplicação do plano de sus-
na UTINP, podendo estar relacionada à conscientização de toda tentabilidade e ampliação da estratégia 2010-2014 já iniciado.
equipe, neste setor a educação dos colaboradores e visitantes é
entendida como responsabilidade de todos. Entendemos que esta Palavras-chaves: Higienização das mãos, Infecção hospitalar, Pre-
prática relacionada a conscientização da equipe deve ser estendi- venção de infecção
da para outras áreas da instituição, através de estratégias a serem
implementadas pelo Serviço de Educação Continuada, Serviço de
Controle de infecção e lideranças das áreas.
SO-08 (O66)
Palavras-chaves: Higiinização, mãos, UTI OXIGENOTERAPIA: TRATAMENTO AVANÇADO EM FERIDAS

Autor(es): SILVANIA DE SOUZA SOUZA, NAGIVÂNIA DE FARIAS


PONTES PONTES, ANA CLÁUDIA FERREIRA PINHEIRO COUTINHO
SO-08 (O65) COUTINHO, CRISTIANE MARIA ALVES MARTINS MARTINS
IMPLANTAÇÃO DA ESTRATÉGIA MULTIMODAL PARA MELHORIA
DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO Instituição(ões): 1. CESMAC, CENTRO UNIVERSITÁRIO

Autor(es): ALDAIZA MARCOS RIBEIRO, FRANCISCA LUZILENE NO- Resumo:


GUEIRADELLA GUARDIA,FERNANDACALIXTO MARTINS,VIRGINIA RESUMO: A terapia hiperbárica é uma modalidade terapêutica na
MARIA RAMOS SAMPAI qual o cliente respira 100% de oxigênio, a uma pressão 2 a 3 vezes
superior a pressão atmosférica encontrada ao nível do mar, no in-
Instituição(ões): 1. HIAS, Hospital Infantil Albert Sabin terior de um equipamento apropriado denominado câmera hiper-
bárica. OBJETIVO: O presente estudo teve como objetivo destacar
Resumo: a importância da OHB (Oxigenoterapia Hiperbárica) como método
INTRODUÇÃO As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde terapêutico coadjuvante no tratamento de lesões de pele, agudas
(IRAS) representam um grande problema para a segurança do ou crônicas que apresentam difícil cicatrização, descrevendo os
paciente. A estreita relação entre a higienização das mãos (HM) seus mecanismos de ação, suas indicações, contra-indicações e
e o controle destas infecções já está bem estabelecida. A HM é efeitos adversos. Esse tipo de terapia tem um tratamento padrão
considerada a intervenção de maior impacto na cadeia de trans- naslesõesdeformageral,tendocomoobjetivoprepararoleitodo
missão dos microrganismos. Com base nestas fundamentações a tecido lesado, a fim de proporcionar condições fundamentais para
Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a Estratégia Multi- a sua cicatrização, mantendo um meio úmido, facilitando assim o
modal para a Melhoria da Higienização das Mãos. Esta estratégia crescimento, divisão e deslocamento das células, como também a
tem como elemento principal a fricção das mãos com álcool nos eliminação de alguns patógenos. MÉTODO: Este trabalho foi reali-
Cinco Momentos essenciais para interromper a cadeia de trans- zadoatravésderevisãobibliográfica,documentaleestudodecaso
missão dosmicroorganismos. OHospital Infantil AlbertSabin é um com o cliente L.J.W, 21 anos, sexo masculino, admitido no Hospital
dos cinco primeiros hospitais brasileiros a implantar esta estraté- Geral do Estado, portando lesão aguda por amputação traumática
gia. Método: A metodologia empregada seguiu as recomendações em MIE, sendo submetido a sessões de oxigenoterapia hiperbári-
do projeto original da OMS composta de cinco passos, envolven- ca. RESULTADOS: Diminuição do tempo de hospitalização, trata-
do desde a preparação das unidades hospitalares, sensibiliza- mento, uso de antibioticos e consequente economia financeira,
ção da direção,treinamentos,aplicação de questionários sobre menor risco de infecção e danos sistêmicos. CONCLUSÃO: A oxi-
conhecimento,percepção e observação da HM pré e pós interven- genoterapia pode ser utilizada em lesões, como também em ou-
ção. Todos os resultados obtidos retornaram para os profissionais tras patologias. Onde foi constatada uma evolução significativa da
da instituição. RESULTADOS Entre os resultados das ferramentas lesão, passando do estado necrótico para o estado de granulação
de avaliação empregadas pré e pós intervenção (passos 2 e 4) des- com realização de 25 sessões que viabilizou o estado de enxertia.
tacamos: A maioria dos profissionais e a direção têm percepção
que: •O impacto destas infecções para o paciente é alto ou muito Palavras-chaves: tratamento de feridas, curativo, oxigenoterapia

107
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
108
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
POSTERS

109
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P001 de Goiás
O ERRO NA ADMINISTRAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS: A PERCEP- 2. HAJ, Associação de Combate ao Câncer/ Hospital Araújo Jorge
ÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO À NOTIFICAÇÃO DE
GERENCIAMENTO E CONTROLE DE RISCO Resumo:
Introdução: O controle das infecções associadas aos cuidados em
Autor(es): Carla Luiza da Silva2, Maria Dagmar da Rocha Gaspar1, saúde (IACS) tem sido apontado como um dos grandes desafios.
Suliane Novais Charneski1, Sinvaldo Baglie1 Principalmente, nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), devido
às características dos clientes admitidos nessas unidades e cuida-
dos exigidos, colocando tanto profissionais quanto clientes vul-
Instituição(ões):
neráveis à contaminação cruzada, por microrganismos virulentos
1. UEPG, Universidade Estadual de Ponta Grossa
e resistentes aos antimicrobianos. Nesse sentido, a adesão dos
2. SCMPG, Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa
trabalhadores às medidas preventivas é imprescindível para o
controle das IACS e deve ser percebida pela equipe multiprofis-
Resumo: sional como objetivo coletivo. Objetivo: Analisar a adesão, referi-
Constitui-se de uma das principais funções da equipe de enferma- da e observada, dos trabalhadores da equipe de enfermagem às
gem a administração de enfermagem, a qual implica em respon- medidas de biossegurança durante a assistência em Unidade de
sabilidade, conhecimento e habilidades para garantir a segurança TerapiaIntensiva.Métodos:Estudodescritivorealizadonoperíodo
do cliente. Atualmente o erro de medicação é preocupante, em de agosto/2009 a janeiro/2010, com trabalhadores da equipe de
especial com os antibióticos, que representam a classe mais pres- enfermagem atuantes na UTI de um hospital oncológico de Goiâ-
crita em hospitais, onde esses eventos ocorrem em 4,9% à 39% nia-GO. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista e
dos casos, sendo responsáveis por 20% à 50% dos custos com me- observação, norteadas por questionário e chek-list, previamente
dicamentos. O presente trabalho teve por objetivo analisar a per- validados. Resultados: Participaram do estudo dez profissionais
cepção da equipe de uma instituição de saúde de Ponta Grossa-PR da equipe de enfermagem, sendo um enfermeiro e nove técnicos
no ano de 2009, em relação ao erro na administração de antimi- em enfermagem, dos quais nove do sexo feminino. Com relação
crobianos verificando também a administração conforme a dose, à utilização de equipamentos de proteção individual, 100% refe-
concentraçãoetempodeinfusão,analisandoaqualidadedoregis- riram utilizar máscara, luvas e jaleco ou roupa privativa, porém,
tro do gerenciamento de risco quanto aos erros na administração observou-se que 90% utilizavam apenas máscara e luvas. Quanto
de antimicrobianos. A pesquisa foi realizada através da utilização à higienização das mãos (HM), 100% dos profissionais referiram
de um questionário estruturado contendo questões abertas e fe- realizá-la antes e após os procedimentos e após remoção de luvas,
chadas a respeito de dois cenários proposto pela pesquisadora, no entanto, observou-se que nenhum profissional realizou a HM
análise quantitativa dos dados através de estatística e observação antes dos procedimentos e 50% as higienizaram após a remoção
direta não participante das atividades dos profissionais de enfer- de luvas. Ressalta-se ainda que, apesar de 10% referirem realizá-la
magem responsáveis pela administração de medicamentos. Com sempre e de acordo com a técnica recomendada, durante a obser-
esse estudo verificamos que o erro de medicação constitui-se de vação essa informação não foi confirmada pela pesquisadora. No
uma ação multifatorial que envolve toda a equipe multidisciplinar, que se refere ao uso de adornos durante a jornada de trabalho,
porém a maior responsabilidade está no administrador, ou seja, a 60% referiram utilizá-los, mas durante o período de observação,
equipe de enfermagem, implicando diretamente em relações de verificou-se que apenas 20% não os utilizavam. Conclusão: Há di-
julgamento e penalização. Desta maneira, percebemos a impor- cotomia entre a conduta referida e observada dos trabalhadores
tância do enfermeiro durante todo o processo de administração da equipe de enfermagem às medidas de biossegurança durante a
de medicamento podendo intervir em qualquer fase em benefício assistência na UTI. Pois, o discurso e a prática desses são divergen-
do cliente. Através do estudo percebe-se a necessidade de educa- tes, no que se referem à adesão às medidas de prevenção e con-
ção permanente para os profissionais responsáveis pela adminis- trole das IACS. Reafirmando a importância de instituir estratégias
tração de medicamentos, visando à melhoria do serviço de saúde, inovadoras capazes de levar esses profissionais a reflexão-crítica,
incentivando à notificação no registro de gerenciamento de risco, aliada a mudanças na práxis.
tendo em vista a qualidade da assistência prestada ao paciente e a
sua segurança durante a internação.
Palavras-chaves: Biossegurança, Infecção Hospitalar, Unidade de
Terapia Intensiva
Palavras-chaves: Gerenciamento de Risco, Enfermagem, Erro na
administração de antimicrobianos

P003
ADESÃO DE TRABALHADORES DE UMA UNIDADE TERAPIA IIN-
P002 TENSIVA ÀS PRECAUÇÕES-PADRÃO: IMPLICAÇÕES PARA O CON-
MEDIDAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA TROLE DAS INFECÇÕES.
INTENSIVA: ADESÃO REFERIDA E OBSERVADA
Autor(es): NADIA FERREIRA GONÇALVES RIBEIRO1, MARINÉSIA
Autor(es): NADIA FERREIRA GONÇALVES RIBEIRO1, DAYANE DE APARECIDA PRADO PALOS1, KARINA SUZUKI1, DAYANE DE MELO
MELO COSTA1, MARINÉSIA APARECIDA PRADO PALOS1, EDGAR COSTA1, LARISSA OLIVEIRA ROCHA-VILEFORT1, MAYARA REGINA
BERQUÓ PELEJA2, KARINA SUZUKI1, RAFAELA TEIXEIRA MONTEI- PEREIRA1, LARA STEFÂNIA NETTO DE OLIVEIRA LEÃO2
RO1
Instituição(ões):
Instituição(ões): 1. UFG/ FEN, Universidade Federal de Goiás/ Faculdade de Enfer-
1. FEN/ UFG, Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal magem

110
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
2. UFG/ IPTSP, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública saúde pública pela sua abrangência e conseqüências, e por isso
devem ser estudadas sob o ponto de vista epidemiológico. A UTI
Resumo: Neonatal se destaca ainda mais no contexto da IH, visto a fragili-
Introdução: As infecções associadas aos cuidados em saúde (IACS) dade dos recém-nascidos (RN) e de seus mecanismos de defesa.
datam desde a origem dos hospitais, e representam um proble- Objetivo: Conhecer a epidemiologia das infecções hospitalares em
ma de saúde pública, de ordem social, ética e jurídica, frente às UTI neonatal através da literatura. Metodologia: Trata-se de uma
implicações à saúde dos usuários. Essa problemática se agrava pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa do tipo revisão de
quando se trata do portador de doença oncológica, pois o seu sis- literatura. A busca bibliográfica ocorreu no período de janeiro a
tema imunológico apresenta-se vulnerável às infecções oportunis- maio de 2010, sendo selecionado livros e artigos na base de dados
tas. Além disso, soma-se, o tempo de permanência na Unidade BDENF.Aanálisefoirealizadaapósleituradetalhadadostextosse-
de Terapia Intensiva (UTI), onde o próprio ambiente potencializa a lecionados para atender ao objetivo proposto. Resultados: Foram
colonização.Asprecauçõespadrão(PP)sãomedidasdeprevenção encontramos 324 publicações na BDENF com o descritor Infecção
e controle da contaminação cruzada, preconizadas a todos profis- Hospitalar, sendo que apenas 10 aparecem quando acrescentado
sionais de saúde, durante a assistência aos clientes independente UTIneonatal.OsartigosmostramíndiceselevadosdeIH.Amaioria
do diagnóstico presumível. Além disso, devem ser instituídas no dos patógenos comuns foram os estafilococos coagulase-negativa
manuseiodeequipamentoseartigoscontaminadosousobsuspei- e enterococos. Com relação aos sítios de infecção em UTI neona-
ta de contaminação, nas situações onde houver riscos de contato tal, os princi¬pais são as pneumonias e as infecções de corrente
com sangue, líquidos corpóreos, secreções e excreções, exceto o sangüínea. Conclusão: Os estudos epidemiológicos relacionados à
suor. Objetivos: analisar a adesão dos trabalhadores das equipes IH são cada vez mais importantes, pois avaliam sua distribuição
de enfermagem e fisioterapia às Precauções-padrão durante o e seus determinantes, objetivando as ações de prevenção. Os
cuidado em Unidade de Terapia Intensiva. Métodos: Estudo ob- mesmos possibilitam ao enfermeiro e sua equipe uma constante
servacional realizado no período de agosto/2009 a janeiro/2010, reflexão e reavaliação da qualidade dos serviços prestados para
com 20 trabalhadores das equipes de enfermagem e fisioterapia garantir uma maior segurança do paciente.
atuantes na UTI de uma Instituição Oncológica de Goiânia. A cole-
ta de dados foi norteada por um chek-list, previamente validado, Palavras-chaves: Infecção Hospitalar, Vigilância Epidemiológica,
os quais foram processados pelo Epi-Info versão 6.04, e a análise Unidades de Terapia Intensiva
dos resultados apresentada por meio de tabelas e gráficos. Resul-
tados: Dos 20 participantes, 10% eram enfermeiros, 85% técnicos
em enfermagem e 15% fisioterapeutas. Desses, 80% do sexo fe-
minino e 20% do sexo masculino, com idade média de 35 anos. P005
Quanto ao uso de adornos durante o período de trabalho 75% dos PERCEPÇÃODOSUSUÁRIOSDOSUSFRENTEÀSINFECÇÕESRELA-
trabalhadores utilizavam. Com relação à higienização das mãos CIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE.
100% realizaram, porém, a técnica era in adequada e nenhum tra-
balhador a realizou seguindo todos os momentos recomendados. Autor(es): Andréia Moreira, Débora Lima, Débora Gomes, Deise
No que se refere ao uso dos equipamentos de proteção individual, Xavier, Catyanne Arruda
90% utilizaram luvas de procedimentos e calçados fechados, 15%
o jaleco, 75% o capote e 30% os óculos de proteção. A troca de Instituição(ões): 1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba
calçados ao entrarem/saírem da unidade foi realizada por 60 %
dos participantes. Conclusão: Os resultados sinalizam a necessida- Resumo:
de de elaborar estratégias específicas para promover a mudança Introdução:AsInfecçõesRelacionadasàAssistênciaàSaúde(IRAS)
de atitude dos profissionais acerca da adesão às PP na UTI, a fim constituem um grave problema de saúde pública no país. De acor-
prevenir a disseminação de microrganismos virulentos e reduzir a do com o que preconiza um dos princípios do Sistema Único de
contaminação cruzada no serviço. Saúde (SUS): “É direito de todo cidadão a informação sobre sua
saúde.” Portanto, é fundamental que os profissionais ofereçam
Palavras-chaves: Infecção Hospitalar, Precauções Universais, Uni- aosusuáriosinformaçõesàcercadoseudiagnóstico,tratamentoe
dade de Terapia Intensiva os fatores de riscos das IRAS a que estes estão sujeitos. Objetivo:
Avaliar o conhecimento dos usuários do SUS acerca das IRAS.Me-
todologia: A casuística estudada compreende uma amostra de 40
usuários do SUS, entrevistados no período de Março de 2010, na
P004 ClínicaEscoladeEnfermagemdaUniversidadeEstadualdaParaíba
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES (UEPB) no Município de Campina Grande/PB. O instrumento de
NAUNIDADEDETERAPIAINTENSIVA(UTI)NEONATAL:ALGUMAS coleta de dados utilizado foi um questionário contendo 14 ques-
CONSIDERAÇÕES tões relacionadas às IRAS sendo aplicado a maiores de 18 anos,
deambosossexosesemintercorrênciaspsiquiátricas.Resultados:
Autor(es): KAREN BARBOSA COUTO PEREIRA1,2, GINA TORRES Com base nos questionários aplicados, os dados encontrados fo-
REGO MONTEIRO2, SONIA MARA FARIA SIMÕES1 ram: maioria com idade entre 18 a 28 anos e apenas 15% com
mais de 60, e uma prevalência de 62,5% de mulheres em relação
Instituição(ões): aos homens; 70% sabem o que são IRAS, porém destes 36% não
1. UFF, UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE sabem as formas de transmissão das mesmas; 85% acham que
2. ENSP, ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA qualquer pessoa internada está sujeita a contrair infecções, mas
56% dizem que estas podem ser evitadas; 70% sabem que podem
Resumo: responsabilizar a unidade de saúde caso sejam acometidos por
As infecções hospitalares (IHs) tornaram-se um problema de IRAS; 58% estão insatisfeitos com as medidas de controle das in-

111
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
fecções nos serviços de saúde, e apenas 30% consideram os pro- pelas circunstâncias.
fissionais capacitados com relação às IRAS.Conclusão: Diante dos
resultadosobservamosqueamaioriadosusuáriosemborasaibam Palavras-chaves: Atuação, CCIH, Enfermeiro, Perfil, Revisão
o que são IRAS, ainda possuem um conhecimento superficial so-
bre o assunto. Sendo assim, é necessária uma maior informação a
respeito por parte dos serviços de saúde, pois o usuário possuidor
do conhecimento sobre IRAS poderá exigir de seus cuidadores e P007
da instituição que o atende mais responsabilidade no controle das DECLARAÇÃO DE ÓBITO COMO INSTRUMENTO DE BUSCA DE IN-
infecções, contribuindo na melhoria dos serviços prestados a si e FECÇÃO HOSPITALAR
também a toda a população que irá fazer uso destes.
Autor(es):Ana Carolina Martins, Carla Sakuma Oliveira Bredt, Katia
Palavras-chaves: Infecções, Percepção, Serviços de Saúde, Usuá- Kazmirczak
rios do SUS
Instituição(ões): 1. UOPECCAN, Hospital do Câncer de Cascavel
P006 Resumo:
PERFIL DO ENFERMEIRO ATUANTE NAS COMISSÕES DE CON- Introdução: Vigilância de Infecção Hospitalar (IH) é a observação
TROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR: UMA REVISÃO BIBLIO- sistemática e ativa da ocorrência e distribuição de IH em pacientes
GRÁFICA internados e dos eventos ou condições que aumentam ou dimi-
nuem o risco de IH. A coleta de dados, a consolidação, análise e
Autor(es):MariaLuciadeSouzaMonteiroMonteiro,MarianaArra- interpretação destes dados devem servir de base para estabelecer
es Alencar Sampaio Sampaio níveis endêmicos, diagnosticar surtos, sensibilizar profissionais de
saúde e administradores da importância do controle de IH, im-
Instituição(ões): plantar medidas efetivas e avaliar os programas instituídos. Vários
1. APEVISA, Agencia Pernambucana de Vigilância Sanitária dados podem ser coletados nas instituições de saúde, porém a
interpretação destes deve ser criteriosa e responsável. Objetivo:
Resumo: Relatar a experiência da utilização da Declaração de Óbito (DO)
AComissãodeControledeInfecçãoHospitalar(CCIH)éumserviço como mais um instrumento de busca de IH em um hospital on-
fundamentado por exigências legais e normativas com obrigato- cológico. Materiais e Métodos: Através de cópias das DO forneci-
riedade nas instituições de saúde em todo o território nacional. das semanalmente ao Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
Compondo esta comissão, o enfermeiro é peça-chave na atuação, (SCIH), passou-se a utilizar a DO como instrumento de busca para
planejando, avaliando, investigando e pesquisando ações de con- rastrear as IH no Hospital do Câncer de Cascavel-UOPECCAN. Hos-
trole das Infecções Hospitalares (IHs). Independente da forma e pital oncológico, com 98 leitos de internação para tratamento clí-
da estrutura curricular adotada pelas instituições de ensino, a pre- nicoecirúrgico,taxamensaldesaídasfoide319pacientes/mês.O
venção e o controle de infecção faz parte da filosofia das institui- períodoestudadofoide01dejunhode2009a30deabrilde2010.
ções de saúde e do profissional de enfermagem, desconhece-se, Resultados: Neste período, foram notificados um total de 182 IH,
noentantoaacuidadedestesprofissionaisnestanovaáreadeatu- sendo 14 delas (7,7%) rastreadas pelo preenchimento do campo
ação. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo anali- 49 (causa de morte) da DO, efeutada pelo médico assistente. As
sar, por meio de uma revisão bibliográfica, o perfil do profissional IH foram confirmadas pela revisão do prontuário e notificadas de
de enfermagem atuante nas CCIHs das instituições de saúde. Para acordo com os cirtérios do Centers for Disease Control and Pre-
isso foi realizada pesquisa de artigos em português, inglês e espa- vention (CDC)pela equipe do SCIH. Conclusão: Preferencialmente,
nhol referentes ao tema em questão nas bases de dados LILACS e deve-se utilizar de metodologia de busca ativa de IH, nas enfer-
SCIELO. Através do estudo, conclui-se que o controle de IH ainda marias e unidades críticas, porém observaou-se que a utilização
não é algo presente na formação profissional no Brasil, sendo evi- das DO, assim como resultados de culturas encaminhadas ao SCIH
denciada a dificuldade da incorporação dos enfermeiros, em sua podem melhorar a qualidade dos dados, acrescentando de forma
maioria assistenciais, na função preventiva. Norteados pela Por- positiva como um valioso instrumento de busca ativa de IH, espe-
taria nº 2.616 de 1998 do Ministério da Saúde, os enfermeiros, cialmenteemhospitaisdegrandeporteoucomrecursoshumanos
hoje atuantes nos serviços de controle de infecção hospitalar, inú- escassos no SCIH.
meras vezes são doutrinados pela prática diária na necessidade
de assumir este papel,sendo verificadas dificuldades: experiência, Palavras-chaves: Infecção, Hospitalar, Declaração, Óbito, Busca
prática, educação e habilidade do enfermeiro frente às necessida-
des emergentes, aos pontos questionados para assumir a função
que lhes é exigido. Escasso são os estudos que retratam o perfil de
profissionais atuantes nas CCIHs. Ainda não são reconhecidas as P008
profissionalizações na área específica como pré-requisito, experi- INFECÇÕES HOSPITALARES OCASIONADAS PELO GÊNERO
ência profissional e histórico de trabalho, não são considerados na PSEUDOMONAS NO CONTEXTO DE UM HOSPITAL UNIVERIS-
escolha do profissional para as comissões de controle de infecção; TÁRIO
a falta de adaptação embute a rotatividade deste serviço, dificul-
tandoatividadeseducativasespecíficas.Estetrabalhofoiincentivo Autor(es): Emiliana de Omena Bomfim, Giani Maria Cavalcante
para que seja traçado o perfil entre os profissionais de enferma-
gem que atuam nas CCIHs, com vista estabelecer parâmetros que Instituição(ões): 1. CESMAC, CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
facilitem o controle de IH e fortaleçam a continuidade desses pro-
fissionais em suas comissões, pois o paciente é o principal afetado Resumo:

112
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
As espécies do gênero Pseudomona têm sua ocorrência ampla- queno e médio porte. Inicialmente a notificação de ISC era realiza-
mente registrada em ambientes hospitalares, alcançando índices da por preenchimento de ficha de notificação manual no retorno
médios de 65% em relatórios de incidências e prevalência de in- doclientenoambulatóriodeegressos.Emagostode2009ocorreu
fecções hospitalares ocasionadas por essas espécies. Esses regis- a implantação do sistema informatizado de notificação de ISC (SI-
tros apontam as espécies P. cepacia, P. maltophilia e P. aeruginosa, ISC) neste ambulatório. Os objetivos da implantação do SI-ISC fo-
como as mais freqüentes em casos de infecções nosocomiais. São ram quantificar a porcentagem de egressos pós cirúrgicos, facilitar
graves as conseqüências de infecções hospitalares não só do pon- a notificação das ISC pelos cirurgiões, concentrar as notificações
to de vista individual, como institucional, haja vista que a antibio- em uma única fonte de dados e tornar seu preenchimento obriga-
ticoterapia se torna mais agressiva, a permanência do usuário no tório, uma vez que o atendimento ao cliente só é finalizado no sis-
hospital é prolongada e a dificuldade em otimizar seu prognósti- temaapósofornecimentodessainformação.Objetivo:Analisaros
co é aumentada. No estado de Alagoas a Secretaria Municipal de resultados da implantação do SI-ISC num hospital de médio porte
Saúde indica como hospital de referência aqueles que registram do município de Ribeirão Preto – SP. Metodologia: Foram coleta-
um percentual médio de infecção hospitalar abaixo de 5% do total dos os dados referentes a números absolutos e taxas mensais de
de pacientes internados e de 2% do total de pacientes internados ISC e realizada comparação desses dados antes e após a implanta-
em UTI. É nesse contexto, que o presente trabalho objetivou iden- ção do SI-ISC. Resultados: São realizadas no hospital cerca de 450
tificar pacientes infectados por Pseudomona ssp, apresentando cirurgiasaomês.Opercentualmédioderetornodeclientesaté30
quadro de infecção hospitalar do Hospital Universitário de Alago- dias do ato cirúrgico no ambulatório de egressos é de 77,5% (cal-
as. Coletou-se informações referente aos pacientes, entre os anos culado a partir do sistema informatizado). No período de maio de
de 2000 a 2009, em livros de registro do Laboratório de Micro- 2008 a agosto de 2009, a taxa de ISC, calculada a partir dos dados
biologia. Dados como número total casos de infecção hospitalar, fornecidos pela ficha de notificação manual, foi de 0,7%. A partir
n° de pacientes infectados com Pseudomona, total de pacientes de setembro de 2009 até abril de 2010, com o funcionamento o
internados em UTI infectados por Pseudomona, percentual de in- SI-ISC, a taxa de ISC foi de 1,3%. Conclusão: Com a implantação do
fecção hospitalar e os principais locais de ocorrência do gênero SI-ISC houve aumento considerável na taxa de ISC. Este dado pode
Pseudomona foram anotados em tabelas para posterior análise e inferir que havia subnotificação das ISC em nosso hospital e que o
interpretação. As coletas de rotina no Hospital Universitário são SI-ISC,provavelmenteporfacilitartalnotificação,foioresponsável
feitas a partir de amostras clínicas retiradas de Secreções, Escar- por este aumento, visto que o perfil de cirurgias realizadas e o cor-
ros, Exsudato de feridas e hemoculturas. Os resultados revelaram po de cirurgiões são semelhantes nos dois períodos.
6.096 casos registrados de infecção hospitalar, entre 2000-2009,
dentre os quais: 540 pacientes de leitos e 65 de UTI infectados por Palavras-chaves: Infecção de sítio cirúrgico, notificação, infecções
Pseudomona, quanto ao sexo, 32% dos pacientes eram do sexo relacionadas à assistência
masculino e 68% do sexo feminino. O índice de infecção hospitalar
registrado foi de 3,51%, ficando abaixo da média estabelecida pe-
los órgãos de saúde pública.
P010
Palavras-chaves: INFECÇÃO HOSPITALAR, PSEUDOMONAS, VIGI- FOMENTANDO A VISÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS A PAR-
LÂNCIA HOSPITALAR TIR DA ESTRUTURA FÍSICA DE UM HOSPITAL ESCOLA.

Autor(es):
Karen Krystine Gonçalves de Brito, Maria Bernadete Souza Costa,
P009 jocicléia Maria Dias de Morais, Vanessa Fausto Guimarães, Paula
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA INFORMATIZADO DE NOTIFICAÇÃO Raquel Rodrigues Silva, Juliana Veras Britto
DE INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO NUM HOSPITAL DE MÉDIO
PORTE DE RIBEIRÃO PRETO – SP (2008-2010) Instituição(ões): 1. UFPB, Universidade Federal da Paraíba

Autor(es): Resumo:
MayraFernandadeOliveira,FernandoCrivelentiVilar,ClaytonBal- INTRODUÇÃO: O estudo partiu de questionamentos surgidos na
dini Teles, Ricardo Roberto de Lima, José Paulo Pintyá discipina Administração Aplicada à Enfermagem I, onde foi pro-
posto aos alunos desenvolver um trabalho enfocando a avaliação
Instituição(ões): e planejamento estratégico na clínica obstétrica de um Hospital
1. HERIBEIRÃO, HOSPITAL ESTADUAL DE RIBEIRÃO PRETO Escola. Entende-se como gerenciamento de risco (GR) o monito-
ramento de qualquer risco que o paciente e o colaborador pos-
Resumo: sam estar expostos. Na assistência a saúde, uma preocupação
Introdução: A vigilância das infecções cirúrgicas constitui item crescente refere-se ao preparo do profissional para o controle das
importante dentro do sistema de vigilância das infecções relacio- infecções hospitalares (IH). Viabilizar o contato do discente com
nadas à assistência a saúde. Estudos estimam que de 12 a 84% todas as normas da prevenção e controle de IH é um importante
das Infecções de Sítio Cirúrgico (ISC) se manifestam após a alta caminho, e quanto mais precoce inserido, maior a chance do estu-
hospitalar, levando à subnotificação das taxas quando a vigilância dante em assimilar estes ensinamentos. Na área de saúde, o ter-
ocorre exclusivamente durante a internação. Vários métodos têm mo qualidade, esta atrelado às ações e aos serviços que almejam
sido utilizados na vigilância após a alta: busca ativa, notificação o atendimento com a satisfação do usuário. Para que a avaliação
passiva pelo cirurgião ou pelo cliente, avaliação de exames micro- sejaumelementodeplanejamento,faz-senecessárioapercepção
biológicos, revisão de prontuários ou banco de dados. O Hospital e seleção de indicadores eficientes e relavantes para a situação
Estadual de Ribeirão Preto teve suas atividades cirúrgicas iniciadas abordada. OBJETIVOS: Avaliar a infra-estrutura da unidade clínica
emmaiode2008,comrealizaçãodecirurgiasambulatoriaisdepe- obstétrica de um Hospital Escola à luz da literatura e identificar os

113
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
riscos de IH provenientes da mesma. MÉTODOS: Trata-se de uma Então as espécies foram enviadas ao Instituto Adolfo Lutz para
pesquisa exploratório descritiva com abordagem qualitativa, rea- identificação pelo método PRA-hsp65. Após resultado, a CCIH e o
lizada na clínica obstétrica de um Hospital Escola, no período de Grupo de Vigilância Epidemiológica analisaram os casos positivos.
outubro a dezembro de 2009. A coleta de dados foi realizada a Resultados: Mycobacterium abscessus/Mycobacterium massilien-
partir da infra-estrutura da referida clínica onde todos os aspectos se/Mycobacteriumbolletiiforamisoladosem26pacientes(5,5%).
observados foram transcritos para um bloco de notas e posterior- Contudo, nove realizaram a broncoscopia por solicitação externa,
mente analisados a luz da literatura, e por meio da ação participa- semacompanhamentonestehospital.Dos 18pacientes,asindica-
tiva no processo de gerenciamento do enfermeiro. RESULTADOS: ções de broncoscopia foram suspeita de tuberculose ou neoplasia
Durante a pesquisa foram analisados todos os setores destinados pulmonar em 11, com óbito em seis casos por tumor, DPOC em
ao atendimento obstétrico: 80% dos ambientes apresentavam dois e mieloma múltiplo em dois, além de uma neoplasia de la-
iluminação precária; 20% eram inviáveis quanto a dimensão; 75% ringe e um empiema pulmonar que receberam terapia empírica
dos banheiros apresentavam forro do teto desabando, falta de ilu- para Mycobacterium tuberculosis frente à positividade do BAAR.
minação,pisoinadequadoedefeitohidráulico.Nosetordestinado Um óbito por hemorragia cerebral foi notificado em paciente com
ao banho dos recém-natos foi encontrado um local improvisado vírus da imunodeficiência humana e suspeita de tuberculose pul-
e propenso a disseminação de IH. CONCLUSÃO: Pelos resultados monar. Até o momento, nenhum dos pacientes acompanhados
encontrados ressalta-se a necessidade de ampliar o papel do en- evoluiucomdoençaporMCR.Conclusão:Amicobacterioseatípica
fermeiro no GR, tendo em vista que as condições da clínica estão é um problema de saúde pública que exige recursos diagnósticos
muito aquém do que necessitam as pacientes. Diante do exposo, e terapêuticos do estado. A exposição às MCR pode ser maciça até
fica clara a necessidade de promover entre os acadêmicos de en- um surto ser identificado. Investimentos humanos e de materiais
fermagem os fundamentos teórico-práticos do GR, com ênfase na são importantes para a prevenção de complicações, além de pro-
etiologia das IH. porcionar medidas efetivas de prevenção e controle das infecções
relacionadas à assistência à saúde.
Palavras-chaves: enfermagem, gerenciamento de risco, qualidade
Palavras-chaves: broncoscopia, fatores de risco, micobacteria de
crescimento rápido, micobacteriose pulmonarf
P011
DESCRIÇÃO DOS PACIENTES PORTADORES DE MICOBACTÉRIAS
DE CRESCIMENTO RÁPIDO APÓS PROCEDIMENTO DE BRONCOS- P012
COPIA EM UM HOSPITAL DE ENSINO PREVALÊNCIA DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES EM UTI GERAL
DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO EM SALVADOR-BA.
Autor(es):ANDREA CECILIA RODRIGUES MESTRINARI1, ANAPAULA
FERNANDES PAVARIN1, MARIA GABRIELA DE LUCCA OLIVEIRA1, Autor(es): RINEIDE RIBEIRO, CLAUDIA TEIXEIRA, EDILANE VOSS,
PATRICIA DE LUCAS RODRIGUES4, HELOISA DA SILVEIRA PARO PE- VALTER FORASTIERI COVA
DRO2, ERICA CHIMARA3, MARIA IZABEL FERREIRA PEREIRA3, PAU-
LO EDUARDO BLAZ TROMBIM1, LUCIANA SOUZA JORGE1 Instituição(ões): 1. HSF, HOSPITAL DA SAGRADA FAMILIA

Instituição(ões): Resumo:
1. HB-FUNFARME, HOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO A resistência bacteriana é um grande problema para o tratamen-
2. IAL-SJRP, INSTITUTO ADOLFO LUTZ DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO to de pacientes internados. Segundo Andrade (2006), desde a in-
3. IAL-SP, INSTITUTO ADOLFO LUTZ DE SÃO PAULO trodução do mais antigo microbiano até o mais recente, vem se
4. VGE-SJRP, VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE SÃO JOSÉ DO RIO registrando uma pressão seletiva dos microorganismos, causada,
PRETO principalmente, pelo uso indiscriminado de antibióticos e quimio-
terápicos. Importante causa de morbi-mortalidade de pacientes
Resumo: internadosemUTIgeralérespostaimunológicadopacientefrente
Introdução:Asmicobactériasdecrescimentorápido(MCR)podem aoprocessoinfeccioso,ondeosmecanismosdedefesaestãocom-
ser detectadas no solo e em reservatórios de água na natureza e prometidos,devidoassociaçõesdedoençasefatoresiatrogênicos.
no hospital, além da pele e mucosa de pacientes. O risco de infec- Implica em falência de tratamento e prolongamento de interna-
çãoporMCRrelaciona-seàcargamicrobiana,virulênciadascepas, mento, um dos principais motivos que levam a resistências destes
estado imunológico do hospedeiro e procedimentos cirúrgicos. A microorganismos. Este estudo teve como objetivo avaliar o perfil
micobacteriose atípica pode acometer a pele e tecidos subcutâne- desensibilidadedasbactériasisoladasnaUTIgeralde14leitos,de
os, os pulmões e outros órgãos. Objetivo: O estudo avaliou o risco um hospital filantrópico de Salvador, BA. Todos os resultados de
de micobacteriose atípica pulmonar em pacientes submetidos à culturas positivas com importância clínica, do período de janeiro a
broncoscopia. Métodos: Os prontuários dos pacientes submetidos dezembro de 2008, foram incluídas no estudo, sendo excluídas as
à broncoscopia no Serviço de Endoscopia e com cultura do lavado culturas repetidas. Foi criado um banco de dados e utilizado pro-
broncoalveolar (LBA) positiva para MCR foram analisados retros- porção para apresentação dos resultados. Do total de 917 culturas
pectivamente pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar realizadas, 102 (11%) foram positivas, sendo 63% bactérias gram
(CCIH),comdadossobreindicaçõesdabroncoscopia,doençaspre- negativas. As bactérias mais freqüentes foram S. aureus (26%), P.
gressas, admissões, tratamentos e desfecho dos casos. No Labora- aeruginosa (21%), seguidas de 38%. Não foram identificados sur-
tório de Microbiologia, 473 amostras de LBA foram avaliadas de tos. Os maiores percentuais de resistência foram detectados nos
janeiro de 2009 a janeiro de 2010 e, após a identificação dos ba- S. aureus, 80% foram MRSA e 41% das Klebsiella eram ESBL+. Em
cilos álcool-ácido resistentes (BAAR), as colônias foram repicadas relação ao sitio de infecção, 40% foram devido à sepse, 22% secre-
em cultura de Lowenstein-Jensen por, ao menos, seis semanas. ções de ITR e 23% a ITU. Os dados deste estudo confirmam as bac-

114
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
térias gram negativas como agente mais freqüente de infecções Palavras-chaves: Centro de Terapia Intensiva, Infecção Hospitalar,
em UTI. A confirmação da existência de grande percentual de re- Severidade clínica
sistência entre alguns patógenos foram utilizados em revisão dos
protocolos de antibioticoterapia empírica utilizados na UTI geral.

Palavras-chaves: BACTÉRIA, MULTIRRESISTENCIA, VIGILANCIA, P014


HOSPITAL, MICROBIOLOGIA SEPSE E MORTALIDADE EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDA-
DE DE TERAPIA INTENSIVA DE ADULTOS DE UM HOSPITAL UNI-
VERSITÁRIO BRASILEIRO

P013 Autor(es): Ana Luiza de Souza Faria, JANAÍNA FERNANDES VIEIRA,


INCIDÊNCIA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES E SUA RELAÇÃO PAULO PINTO GONTIJO FILHO, ROSINEIDE MARQUES RIBAS
COM O ÍNDICE DE SEVERIDADE CLÍNICA EM PACIENTES DE
UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia
UNIVERSITÁRIO
Resumo:
Autor(es): Adriana Cristina de Oliveira, Ana Clara de Souza Lacer- INTRODUÇÃO:Asepsehospitalaréumasíndromeinfecciosagrave
da, Mário Ernesto Piscoya Diaz associada com alta morbidade, mortalidade e custos. OBJETIVOS :
detectar e classificar os casos de sepse, com e sem critérios micro-
Instituição(ões): biológicos, em sepse grave e choque séptico, naturezas comunitá-
1. EEUFMG, Escola de Enfermagem da Universidade Federal de ria e hospitalar, primária e secundária, e a evolução de pacientes
Minas Gerais internados na Unidade de Terapia Intensiva de adultos do Hospital
de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UTI-HC-UFU).
Resumo: MÉTODOS: Foram utilizados os critérios recomendados pelo “Cen-
O Índice de severidade clínica como critério de classificação do ters for Disease Control” nas definições de sepse, em um estudo
Average Severity Index Score (ASIS) é um indicador que analisa e observacional prospectivo de casos de sepse. A vigilância foi reali-
pontua a gravidade clínica do paciente classificando-o como A, B, zadapelabuscaativa,duranteosperíodosdeJunho/2007ajunho/
C, D ou E de acordo com sua condição. As infecções hospitalares 2008eMarço/09aMarço/10.Ospacientescomsepseclínica,sep-
(IH) são todas as infecções que se manifestam no ambiente hos- segraveechoquesépticoforamacompanhadosatéalta/óbito.Foi
pitalar após 72 horas da admissão do paciente e vêm se tornando preenchida uma ficha individual, com um “check list” dos critérios
um problema crescente em todo mundo. Diante de tal relevância, diagnósticos. RESULTADOS: A taxa de incidência de pacientes com
as IHs têm sido alvo de estudos, a fim de se determinar os fatores sepsefoide18%(202/1121),sendoamaioriadenaturezahospita-
de riscos para adquiri-las e o estabelecimento de práticas para sua lar(79,2%),primária(61,3%),eadquiridanaprópriaunidade(69,1
prevenção. Trabalhos que relacionam o ASIS com o desenvolvi- %). O diagnóstico microbiológico foi observado em 58,5% dos ca-
mento das IHs são escassos na literatura. Sendo assim, este tema sos. Os sinais/sintomas mais observadas foram: frequência cardí-
nos move na busca de respostas para determinar se estado clínico aca maior que 90 bpm (76,2%), leucocitose (71,3%), freqüência
em que o paciente é admitido na unidade influencia na aquisição respiratória maior que 20 (51,0%) e PaCO2 menor que 32mmhg
de IH. Objetivou-se identificar o ASIS dos pacientes admitidos em (39,6%). A freqüência de casos de sepse não diagnosticados pelos
um Centro de Terapia Intensiva (CTI) adulto de um hospital univer- intensivistas da unidade foi de 14,4%. A mortalidade hospitalar/
sitário e posteriormente avaliar a relação com o desenvolvimento unidade nos casos de sepse clínica, sepse grave e choque sépti-
da IH. Tratou-se de um estudo de coorte realizado entre agosto de co foi de 21,2%, 31,1% e 50,6%, respectivamente. CONCLUSÃO: A
2009 a fevereiro de 2010, envolvendo 428 pacientes. Para a ava- incidência de sepse foi alta (18,0%) na maioria dos casos (58,5%)
liação da existência de relação entre o ASIS e a IH foram utilizados com hemocultura positiva com 14,4% de falso negativos. As taxas
testes de associação. Os resultados foram considerados significa- de mortalidade foram elevadas, particularmenteentre os casos de
tivos para um nível de 5%. No estudo, 137 (32%) pacientes adqui- choque séptico. AGRADECIMENTOS: Ao apoio financeiro da FAPE-
riram IH. Obteve-se que 4% dos pacientes classificados como A e MIG
B desenvolveram infecção, enquanto no grupo C, D e E a taxa de
infecção foi de 35%. Na análise bivariada, observou-se associação Palavras-chaves: Choque séptico, sepse, sepse grave, unidade de
entre o índice de severidade ASIS e a infecção (p<0,01). Os grupos terapia intensiva
C, D e E apresentaram 8 vezes mais chances de desenvolver infec-
ções quando comparados ao grupo A e B. Entretanto, na análise
multivariada não se observou relação entre o ASIS e infecções. A
IH esteve associada à variável tempo de internação superior a 9 P015
dias e à colonização (p<0,01), que possivelmente influenciaram VIGILÂNCIA DE SAÚDE X ATENÇÃO BÁSICA: UM DESAFIO PARA
os resultados obtidos na análise bivariada para a relação entre o OS PROFISSIONAIS DA ÁREA NA PROMOÇÃO DE SAÚDE
ASISeIH.Conclui-seque,apesardenãotersidoobservadarelação
estatisticamente significante entre o ASIS e a IH ao controlar por Autor(es): Sabrina Bezerra1, Danielly Meneses1, Isabely Cavalcan-
variáveis como o tempo de permanência e a presença de coloniza- te2, Priscila Nunes1, Maria Melo3
ção, evidenciou-se de forma descritiva um risco duas vezes maior
no grupo C, D e E para a ocorrência da IH em comparação com os Instituição(ões):
pacientesAeB,implicandoemmaioratençãoaestesgruposdada 1. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande
sua condição de gravidade e instabilidade. 2. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba
3. UNESC, União de Ensino Superior de Campina Grande

115
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Resumo: graves é particularmente elevado para pacientes que necessitam
INTRODUÇÃO: As equipes de Saúde da Família têm como principal de unidades de terapia intensiva (UTI).A vigilância de IRAS visa
objetivo prestar atenção integral ás famílias, identificando os pro- controlar a propagação de infecções hospitalares, através de es-
blemas da comunidade, bem como estimular a participação desta forços internos de melhoria da qualidade. O acompanhamento do
na resolução dos fatores que estão prejudicando. É neste âmbito desempenho desta vigilância pode ser realizado através de me-
que a vigilância em saúde tem destaque na atenção básica, contri- didas de resultado ou medidas de processo.O indicador de pro-
buindoparapromoçãodesaúdenasociedade,queseconstituium cesso é a avaliação de intervenções e/ou ações que levam a um
desafio para a equipe, pois é um processo complexo analisando a bom ou mau resultado. Quando direcionamos os indicadores de
relação saúde-doença e seus condicionantes. Para uma efetiva vi- processo para a prevenção das IRAS, devemos utilizar as medidas
gilânciafaz-senecessáriooentendimentodetodaacomunidadee consideradas de melhor evidência nos guidelines, proporcionan-
em seguida um planejamento eficaz elaborado pelos profissionais do uma prestação de serviços de assistência à saúde de qualidade
de saúde.OBJETIVO: Desse modo o presente estudo tem o objeti- aos pacientes e gerando um sistema educacional de melhoria con-
vo de avaliar a relação da Vigilância de Saúde na Atenção Básica, tínua. OBJETIVO:Elaborar e validar um instrumento de avaliação
destacando os possíveis desafios dos profissionais de saúde na dos processos assistenciais relacionados com os riscos de infecção
promoçãodesaúde.CONSIDERAÇÕESMETODOLÓGICAS:Trata-se, em pacientes de UTI. MÉTODO:Estudo qualitativo e descritivo de
pois de um estudo de natureza bibliográfica consubstanciada na um instrumento elaborado para avaliação das conformidades e
literatura pertinente ao tema.REVENDO A LITERATURA: Ações in- inconformidades relacionadas aos processos assistenciais de ris-
tersetoriais, educação e informação de saúde são ferramentas im- co para aquisição de infecção dos pacientes de três UTIs de um
portantes para obter participação da comunidade, no processo de hospital universitário terciário do interior do Estado de São Pau-
reflexão sobre melhorias de saúde. Todavia, este se constitui uma lo. Este estudo foi desenvolvido em duas etapas: elaboração do
dificuldade para os profissionais, pois a “cultura” da sociedade é instrumento e teste das propriedades de medida para validação.
direcionada para medicina curativa, o que interfere na eficácia do RESULTADOS:Oinstrumentoparavigilânciadeprocessosfoielabo-
controle de infecções. Portanto, compete aos profissionais de saú- rado com base no nível de evidência de prevenção das principais
deàconscientizaçãodasociedadesobrearelevânciadapromoção IRAS relacionadas ao uso de cateter vascular central, ventilação
em saúde, para uma eficácia de planejamentos futuros consubs- mecânica invasiva e cateter vesical, além de medidas de precau-
tanciado na prevenção. Diante das considerações apresentadas ções para bactérias resistentes. A validação e teste das proprie-
a vigilância de saúde e o controle de infecções envolvem direta- dades de medida do instrumento foram realizados em conjunto
mente a promoção de saúde e quando não realizada com eficácia com a equipe assistencial da UTI, com representantes dos serviços
prejudica a qualidade de saúde da comunidade. CONSIDERAÇÕES médico, de enfermagem e fisioterapia, em visitas semanais à beira
FINAIS: Nesta perspectiva o grande desafio para os profissionais do leito. A aplicação do instrumento foi realizada por residentes
de saúde na vigilância da atenção básica, atuando no controle de médicos e enfermeiros durante 6 semanas. Após este período, o
infecções é a dificuldade de participação da população nas estra- instrumento foi fragmentado em duas partes: uma com itens para
tégiasdepromoçãodasaúde,evidenciados porresistênciademu- avaliação pontual à beira do leito e outra, com itens de avaliação
danças de estilo de vida da comunidade, e a criação de programas temporal dos processos relacionados a IRAS. CONCLUSÃO:O ins-
que envolvam uma maior interação da comunidade. Portanto, trumento foi incorporado à rotina das UTIs para uso por médicos
faz-se necessário implementações de estratégias dinâmicas que e enfermeiros, gerando indicadores de conformidades e inconfor-
despertem o envolvimento e empenho da sociedade nas táticas midades.
oferecidas, compreendendo a relevância das ações de prevenção,
bem como as conseqüências positivas do seu sucesso. Palavras-chaves: vigilância de processo, IRAS, UTI

Palavras-chaves: Atenção básica, Controle de infecçao, Desafios,


Prevenção, vigilância em saúde
P017
RESULTADOS ALCANÇADOS EM UM PROCESSO DE VIGILÂNCIA
DAS INFECÇÕES CIRÚRGICAS NO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO ATÉ
P016 A ALTA DO PACIENTE
INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS RELACIONADOS
COM O RISCO DE INFECÇÃO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA IN- Autor(es): RENATA WANDERLEY BERANGER2,1, ERIC GUSTAVO RA-
TENSIVA MOS DE ALMEIDA2,1, SIMONE MOREIRA2,1, NADIA SUELY DE O.
LORENA2,1, NATASHA HARTMANN2,1
Autor(es): Sônia Regina Pérez Evangelista Dantas, Rafaella Shima-
da Gomes, Luis Felipe Bachur, Renata Fagnani, Mirtes Loeschner Instituição(ões):
Leichsenring, Luis Gustavo Cardoso de Oliveira, Ana Paula Gaspa- 1. HSL, HOSPITAL SÃO LUCAS
rotto, Maria Luiza Moretti 2. ADLER, A ADLER CONSULTORIA LTDA

Instituição(ões): Resumo:
1. HC-UNICAMP, Hospital de Clínicas - Universidade Estadual de Introdução: a vigilância das infecções cirúrgicas constitui um desa-
Campinas fio ao profissional de controle de infecções de diversas comissões
de controle de infecção (CCIH). O acompanhamento das infecções
Resumo: no período pós-operatório com variação de 30 dias a 1 ano gera
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) estima que uma demanda alta no processo de trabalho destes profissionais.
5% -10% dos pacientes internados desenvolvem uma Infecção Re- Desta forma, a utilização de um método de observação dos pro-
lacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) e o risco de complicações cessos de infecção cirúrgica apenas durante o período de inter-

116
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
nação, foi uma alternativa encontrada pelo grupo e possibilitou busca foram MEDLINE, LILACS e IBECS. Foram utilizados como des-
a construção de parcerias e aprimorou o acompanhamento dos critores controlados os termos: “Infecção Hospitalar” e “Unidades
processos de prevenção. Objetivo: apresentar os resultados alcan- de Terapia Intensiva Neonatal”. Os critérios de inclusão dos artigos
çados com as observações das infecções ocorridas durante o perí- foram: estar disponível na íntegra on-line, ter sido publicado em
odo de internação de paciente submetidos a cirurgias. Método: a inglês, português ou espanhol entre 2001 e 2010. Foram encon-
CCIH instituiu a utilização de fichas específicas para o controle de trados 66 artigos que atenderam aos critérios de inclusão, desses,
algumas recomendações e passou a acompanhar esses pacientes 53 foram indexados na base MEDLINE, 12 na base LILACS e um na
durante o período de internação. As fichas são preenchidas pelo base IBECS. Oito foram indexados em mais de uma base, resultan-
anestesista e são colocadas além da identificação do paciente, da- doem58artigosincluídos.Desses,50forampublicadosemInglês,
dos referentes ao tempo cirúrgico, horário de administração do seis em Espanhol e dois em Português. Com relação ao ano de pu-
antibiótico profilático e registro de intercorrências. As fichas são blicação,destacam-seosanos2005com11artigos,2006com10e
recolhidas pela CCIH diariamente e os pacientes passam a ser 2007comnoveartigos.AsIHquemaisacometemosneonatossão
acompanhadoscomvistasabuscaativadeinfecçõescirúrgicasaté as infecções de corrente sanguínea e de trato respiratório. Quanto
a sua alta hospitalar. A ocorrência de infecção leva ao processo de ao microrganismo, destacaram-se a Klebsiella, Staphylococcus au-
investigação e ao acompanhamento da equipe envolvida no pro- reus coagulase-negativo e o resistente à meticilina, seguidos pela
cedimento cirúrgico. Em um primeiro momento as equipes cirúr- Candida albicans e Pseudomonas aeruginosa. Entre os fatores de
gicas se surpreenderam com um membro da CCIH acompanhando risco relacionados às IH incluem-se a prematuridade e o baixo
todo o processo da cirurgia, mas, posteriormente com a emissão peso dos RN, sendo a higienização das mãos e medidas de vigi-
e discussão dos relatórios advindos dessa abordagem, a finalidade lância ativas as principais medidas de proteção. O conhecimento
dessas ações passaram a ser interpretadas como uma ferramenta dos tipos de infecções mais comuns em neonatos internados e os
de melhoria dos processos de prevenção e controle das infecções microrganismos mais frequentemente envolvidos é fundamental
cirúrgicas. Resultados: em um período de um ano o processo de para a prevenção e controle das IH e deve servir de subsídio para
investigação das infecções cirúrgicas bem como a auditoria dos uma atuação mais segura e eficiente da equipe profissional que
processos de prevenção e controle das infecções relacionadas a sí- atua nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais.
tio cirúrgico se tornou uma importante etapa do trabalho da CCIH.
As ações de intervenção implementadas pela CCIH foi de grande Palavras-chaves:Infecçãohospitalar,Unidadesdeterapiaintensiva
importância tanto para a equipe da Central de Materiais e Este- neonatal, Recém-nascido
rilização e do Centro Cirúrgico como para as equipes cirúrgicas,
umavezqueestaúltimapassouacontarcomumaacessóriadireta
desses especialistas.Conclusão: a abordagem dos profissionais da
CCIH vem consolidando uma importante parceria, principalmen- P019
te junto as equipes cirúrgicas freqüentadoras da instituição, nas PERFIL DE PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS NO INSTITUTO DE
ações de prevenção de infecção uma vez que a teoria pode ser PESQUISASCLÍNICASEVANDROCHAGAS/FIOCRUZ,RIODEJANEI-
discutida na prática diária dos profissionais. RO

Palavras-chaves: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, INFECÇÃO CIRÚR- Autor(es):DIANA GALVÃO VENTURA, LUDMILA MENDES DE MO-
GICA, PREVENÇÃO DE INFECÇÃO, INDICADOR DE PROCESSOS RAIS,ANACARLAPECEGODASILVA,SONIAMARIAFERRAZMEDEI-
ROS NEVES, VANDERLÉA POEYS CABRAL

Instituição(ões):
P018 1. IPEC, INSTITUTO DE PESQUISAS CLÍNICAS EVANDRO CHAGAS
PERFIL DAS INFECÇÕES HOSPITALARES EM UNIDADES DE TERA-
PIA INTENSIVA NEONATAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA Resumo:
INTRODUÇÃO: O uso racional de antimicrobianos é um dos precei-
Autor(es): Myrian Karla Ayres Veronez Peixoto, Luana Cássia Mi- tos básicos no controle das infecções hospitalares. Cabe às Comis-
randa Ribeiro, Lizete Malagoni de Almeida Cavalcante Oliveira, sões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de cada hospital
Adenícia Custódia Silva e Souza realizar o acompanhamento constante das prescrições de antibió-
ticosemsuasunidadesvisandooempregoecológicodosmesmos,
Instituição(ões): isto é, a utilização eficaz destas medicações produzindo mínimo
1. FEN/UFG, Faculdade de Enfermagem/Universidade Federal de impactosobrea emergênciade resistênciabacteriana. Tal monito-
Goiás ramento pode ser em muito facilitado pelo emprego de fichas de
notificação de antibióticos a serem obrigatoriamente preenchidas
Resumo: pelos médicos no ato da prescrição e encaminhadas à CCIH para
A infecção hospitalar (IH) consiste em um problema de saúde pú- apreciação e avaliação, caso a caso, das terapias antimicrobianas.
blica, particularmente nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal OBJETIVOS: Analisar o perfil de prescrição de antimicrobianos no
(UTINeo), por ser um ambiente de internação para recém-nasci- Centro Hospitalar do IPEC, uma unidade de internação de pacien-
dos (RN) criticamente enfermos. Dessa forma, ressalta-se a impor- tes com doenças infecciosas, focalizando os seguintes aspectos: 1.
tância em estudar o perfil das infecções que acometem os RN, no adesão dos médicos ao preenchimento das fichas de notificação;
intuito de compreender a sua ocorrência e estabelecer medidas 2. adequação das prescrições; 3. antibióticos mais prescritos na
de segurança confiáveis. Diante disto, objetivou-se caracterizar as unidade. MÉTODOS: As fichas de notificação de antimicrobianos
infecções hospitalares em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal recebidas pelo serviço de Farmácia do IPEC no período de 01 de
nos últimos dez anos. A revisão integrativa foi o método escolhido janeiro de 2009 a 30 de abril de 2010, oriundas da Enfermaria e
para alcançar o objetivo proposto. As bases de dados usadas para da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), foram avaliadas quanto à

117
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
adequação das prescrições em relação à dose e indicação médica lhor índice (72%) e o noturno o menor (47%).Das modalidades
do antimicrobiano e duração da terapia. Além disso, identificamos prescritas,a maior conformidade foi para a aplicação somente de
dentre todos os antimicrobianos prescritos no período, aqueles Clorexidina 0,12%(CHX) nos três turnos,apenas o da manhã atin-
utilizados com maior freqüência em toda a unidade. RESULTADOS: giu a conformidade mínima esperada (90% manhã;74% noite;73%
Um montante de 229 fichas foi analisado, sendo 176 provenien- tarde).A modalidade menos acatada foi escovação de dentes com
tes da Enfermaria e 53 provenientes da UTI. Do total de fichas, aplicação de CHX(4% noite;29% tarde;33% manhã).Verificou-se
172 (75%) estavam preenchidas de forma completa, sendo 219 baixa conformidade geral do indicador de higiene das mãos (11%),
(96%), 186 (85%) e 214 (93%)consideradas adequadas quanto à sendo 19% aspiração orotraqueal, 8% troca de cadarço e 5% higie-
dose, duração do tratamento e indicação médica, respectivamen- ne bucal.O turno manhã obteve maior adesão (17%) e o noturno
te. Os antimicrobianos prescritos com maior freqüência foram a menor (3%).Neste indicador, o maior índice de conformidade foi
amoxicilina+ácido clavulânico, ciprofloxacino e vancomicina, na para os fisioterapeutas (25,8%).CONCLUSÃO:As práticas avaliadas
Enfermaria, e meropenem e vancomicina, na UTI. CONCLUSÃO: não alcançaram a conformidade geral esperada em nenhum dos
Verificamos em nossa instituição uma adesão satisfatória (75%) indicadores, embora vários itens que os compõem apresentaram
no preenchimento das fichas de notificação de antimicrobianos e adesão superior.As realidades observadas justificam revisão de
altos índices (> 80-90%) de adequação das prescrições. Ciprofloxa- rotinas e de estratégias que assegurem a adesão duradoura das
cino, meropenem e vancomicina destacaram-se entre os antimi- práticas preventivas.
crobianos mais empregados emtoda a unidade, o que deixa alerta
a vigilância da CCIH, visto serem antibióticos sabidamente asso- Palavras-chaves: adesão, práticas, prevenção, pneumonia associa-
ciados à emgergência de bactérias multirresistentes (MR), como da à ventilação
MRSA e P. aeruginosa MR.

Palavras-chaves: ANTIMICROBIANOS, MULTIRRESISTÊNCIA, PRES-


CRIÇÃO P021
ETIOLOGIA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES EM UTI CLÍNICO-CI-
RÚRGICA: ANÁLISE DE 5 ANOS

P020 Autor(es): Valéria Cassettari Chiaratto, Ana Cristina Balsamo, Isa


ADESÃO DE PRÁTICAS DE PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSO- Rodrigues da Silveira, Fábio Franco
CIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE
ENSINO Instituição(ões):
1. HU-USP, Hospital Universitário da Universidade de São Paulo
Autor(es): Isa Rodrigues da Silveira1, Rúbia Aparecida Lacerda2
Resumo:
Instituição(ões): INTRODUÇÃO: O conhecimento da epidemiologia local é neces-
1. HU-USP, Hospital Universitário da Universidade de São Paulo sário para melhor direcionamento das medidas de prevenção e
2. EEUSP, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo orientação de tratamento empírico das infecções relacionadas a
assistência à saúde. OBJETIVOS: Contribuir para a epidemiologia
Resumo: local das infecções hospitalares ao indicar topografias e agentes
INTRODUÇÃO:As avaliações processuais permitem o conheci- mais freqüentes em uma UTI clínico-cirúrgica de adultos em hos-
mento do grau de conformidade das condições reais em que as pital de nível de atendimento secundário. MÉTODOS: Realizamos
práticas ocorrem.OBJETIVO:Avaliar a conformidade de práticas análise dos dados epidemiológicos referentes às infecções hospi-
preventivas para pneumonia associada à ventilação (PAVM),com talares ocorridas em UTI de adultos de 12 leitos, nos anos 2005 a
indicadores processuais:1)Avaliação da adesão às medidas pre- 2009. Os dados foram obtidos por vigilância ativa das infecções
ventivas específicas de PAVM:cabeceira a 30-45o;fisioterapia hospitalares e digitados em banco de dados do programa Excel. A
diária;troca de material de terapia respiratória; uso de soluções análise também foi realizada com o programa Excel. RESULTADOS:
estéreis em nebulizadores e inaladores.2)Avaliação da adesão à Foram identificadas no período 732 infecções hospitalares na UTI
higienebucal.3)Avaliaçãodaadesãoàhigienedasmãosnaaspira- deadultos.Atopografiamaisfreqüentefoipneumonia(296casos,
ção orotraqueal,troca de cadarço da cânula orotraqueal e higiene 40% do total) seguida de trato urinário (22%). Quanto à etiologia,
bucal.MÉTODO:Estudo prospectivo e transversal,com observação identificaram-se 2 ou mais patógenos em 56 infecções e um único
direta e registros em prontuários.Realizado em janeiro-julho de patógeno em 401 infecções. Permaneceram sem etiologia identi-
2008 na UTI Adulto (12 leitos),totalizando 1748 oportunidades de ficada 275 (38%) infecções. No total foram identificados 522 pató-
observaçãodaspráticasrealizadasporenfermeiros,auxiliares-téc- genos. Os materiais em que houve maior freqüência de identifica-
nicos de enfermagem e fisioterapeutas em pacientes com intuba- ção do patógeno foram: urina (30% das identificações), secreção
ção orotraqueal nos 3 turnos de trabalho.A amostra baseou-se na traqueal quantitativa (18%), lavado bronco-alveolar (17%), sangue
conformidade esperada de 80%. Os avaliadores foram submetidos isoladamente (13%), ponta de cateter isoladamente (6%) e sangue
ao teste de Kappa. RESULTADOS:A conformidade geral obtida nos concomitante a ponta de cateter (5%). Foram identificados 32 di-
três turnos pelo primeiro indicador foi de 68%,sendo que o tur- ferentespatógenos,sendoosmaisfrequentes:Acinetobacterbau-
no da tarde apresentou 73%, o da noite 68% e o da manhã 63%. mannii (18% dos isolados), Staphylococcus aureus (16%), Pseudo-
No cálculo de cada item que compõem este indicador, verificou- monas aeruginosa (15%) Candida albicans (9%) Candida tropicalis
se uma baixa adesão ao posicionamento da cabeceira 30-45graus (5%) e Escherichia coli (5%). Acinetobacter baumannii causando
(72% manhã;78% tarde;71% noite).Os demais itens alcançaram pneumonia associada a ventilação mecânica foi a situação identi-
uma adesão de 100- 91%.Quanto à avaliação de higiene bucal a ficada com maior freqüência (8% do total de infecções). CONCLU-
conformidade geral foi de 60%.O turno manhã apresentou o me- SÃO: Medidas de prevenção de pneumonia são prioritárias nessa

118
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
UTI de adultos, não apenas pela potencial morbi-mortalidade mas Autor(es): Vilma de Melo, Lídia Patrícia Moraes Melo, Paulo Ro-
tambémpelaelevadafreqüência.Aidentificaçãodoagenteetioló- berto Corrêa Lopes, Líliam Kelen de Aguiar, Geisiany Marques da
gico ocorreu na maioria dos casos. Bacilos Gram negativos são res- Silva, Ana Lúcia Nogueira Diniz, Fabrízia Marques Afonso da Silva,
ponsáveis pela maior parte das infecções com agente detectado Emersom Fonseca Braga, Adília Pereira Aguilar
e informações sobre a sensibilidade dessas bactérias no período
mais recente deve determinar a escolha do tratamento empírico. Instituição(ões): 1. HMOB, Hospital Municipal Odilon Behrens

Palavras-chaves: epidemiologia, etiologia, topografia, vigilância, Resumo:


UTI O controle das Infecções Hospitalares (IH) implica no monitora-
mento contínuo da ocorrência dos eventos nos locais de maior
risco. Algumas ferramentas estatísticas estão disponíveis para fa-
cilitar o acompanhamento e interpretação dos dados coletados,
P022 possibilitando a adoção oportuna das medidas de controle das IH.
PERFIL MICROBIOLÓGICO DAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSI- Dentre estas ferramentas, os diagramas de controle do nível en-
VA ADULTO DE UM HOSPITAL PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE BELO dêmico das IH global e por sítio específico, possibilitam analisar
HORIZONTE variaçõesnaturaisdestastaxas.Oobjetivodesteestudofoidescre-
ver a tendência das IH no Centro de Terapia Intensiva (CTI) Adulto
Autor(es): LILIAN KELEN AGUIAR, GEISYANE MARQUES DA SILVA, do Hospital Municipal Odilon Behrens (HMOB) utilizando os dia-
ANA LUCIA NOGUEIRA DINIZ, EMERSON FONSECA BRAGA, VILMA gramas de controle. O estudo foi realizado através da vigilância
MELO, FABRIZIA MARQUES AFONSO DA SILVA, ADILIA PEREIRA epidemiológica, no CTI adulto do HMOB, no período de janeiro de
AGUILAR 2008 a dezembro de 2009. Verificamos, através do diagrama de
controle, que as taxas de IH global (por 1.000 paciente-dia) varia-
Instituição(ões):1.HMOB,HOSPITALMUNICIPALODILONBEHRENS ram de 20,4 a 53,5 em 2008 (média de 41,7) e de 22,14 a 43,3 em
2009 (média de 31,7). A média, neste mesmo período, alcançou
Resumo: 36,6 (DP=1,3), sendo que em nenhum dos meses o limite epidê-
A prevenção e o controle da resistência microbiana incluem me- mico foi alcançado. Com relação as pneumonias/VM, observamos
didas de vigilância epidemiológica com o monitoramento dos an- que em agosto de 2008 o limite epidêmico (28,2) foi ultrapassa-
timicrobianos, a identificação precoce dos patógenos resistentes do, alcançando 34,0/1.000 VM-dia. Entre janeiro e abril de 2008,
e um sistema ativo de acompanhamento do perfil microbiológico identificamosnodiagramadecontrole,umsurtodeITU/SVDenos
nas unidades hospitalares. O objetivo deste trabalho foi realizar meses de junho, outubro e dezembro o limite epidêmico foi ultra-
uma análise do perfil dos microorganismos isolados nas infecções passado. No ano de 2009, verificamos redução permanente das
hospitalares (IH) das unidades de terapia intensiva (UTI) adulto de taxas de ITU/SVD, ficando em todos os meses abaixo do limite en-
um hospital público de Belo Horizonte. Tratou-se de estudo pros- dêmico. Com relação a sepse/CVC, observamos grande oscilação
pectivo das unidades de terapia intensiva adulto, no período de nas taxas, principalmente no primeiro semestre de 2008, sem ca-
janeiro de 2007 a dezembro de 2009. Para a coleta de dados reali- racterizar um surto. Ainda em 2009, apenas no mês de novembro,
zamos investigação das culturas de pacientes em UTI’s adulto. Fo- a IH ultrapassou o limite epidêmico. Concluímos que a utilização
ram identificadas 1722 culturas positivas relacionadas a IH, sendo dodiagramadecontroleparaIHnoHMOBpermitiuaidentificação
77culturaspositivasparafungos,463culturaspositivasparacocos oportuna dos eventos e a adoção imediata de medidas de contro-
gram positivo e 1182 para bastonetes gram negativo. Entre os mi- le, com redução das taxas. Outro aspecto que merece destaque
crorganismos gram negativos isolados, foram identificadas 27,75% é a facilidade de visualização que os diagramas proporcionam às
(328) culturas de Klebsiella sp, 19,71% (233) culturas de Acineto- equipes multiprofissionais para percepção dos eventos associados
bacter sp e 19,12% (226) culturas de Pseudomonas aeruginosa e à assistência e aos procedimentos invasivos no CTI.
Pseudomonas sp. Observamos que as culturas de Acinetobacter
apresentaram multi-resistência, sendo sensível apenas à polimixi- Palavras-chaves: Controle, Diagrama, Infecção, Hospitalar, Vigilân-
naBetigeciclina.Foramisolados,também,75,81%(351)Staphylo- cia
coccus aureus, sendo o microrganismo gram positivo encontrado
com maior freqüência. Destes, 52,1% demonstraram resistência à
oxacilina e 100% de sensibilidade à vancomicina, reforçando sua
importância na epidemiologia das infecções hospitalares. Concluí- P024
mos que o perfil dos microrganismos relacionados com IH, através PREVALÊNCIADEINFECÇÕESASSOCIADASAOCUIDADO EMSAÚ-
da identificação da sua prevalência e sensibilidade, é de grande DE EM USUÁRIOS EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO
relevância para o conhecimento da resistência antimicrobiana e
para o estabelecimento de estratégias de prevenção e controle. Autor(es): Heliny Carneiro Cunha Neves1, Thaís Kato1, Silvana de
Lima Vieira dos Santos1, Sergiane Bisinoto Alves1, Dayane Melo
Palavras-chaves: INFECÇÃO HOSPITALAR, TERAPIA INTENSIVA, RE- Costa1,MarinésiaAparecidaPradoPalos1,MarcelleAlessaSilveira
SISTÊNCIA MICROBIANA, VIGILÂNCIA Machado2, Edgar Berquó Peleja2

Instituição(ões):
1. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem
P023 2. HAJ, Hospital Araújo Jorge
ESTUDO DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA COM O USO DE DIA-
GRAMA DE CONTROLE EM INFECÇÕES HOSPITALARES Resumo:
Introdução: Uma das principais características de pacientes com

119
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
câncer é o déficit imune, sendo este um dos principais fatores de Pessoa - PB, nos meses de outubro e novembro de 2009. Foram
risco relacionado a aquisição infecção no ambiente hospitalar. O pesquisados 07 pacientes com úlcera por pressão, dos quais se
aprimoramento dos cuidados, o avanço nos diagnósticos e o co- obteve 09 materiais biológicos em locais diferentes. Das amostras,
nhecimento de novas drogas quimioterápicas têm prolongado a 03 foram coletadas na unidade de terapia intensiva, 02 na clínica
vida do paciente oncológico. Entretanto, permitem o aparecimen- médica e 01 na clínica cirúrgica do HULW/PB, e 01 no HETSHL/PB.
to de diversas complicações infecciosas. Objetivo: Identificar o Levou-se em consideração os aspectos éticos das pesquisas envol-
perfil das infecções associadas ao cuidado em saúde (IACS), em vendo seres humanos. O material biológico coletado foi analisado
uma unidade oncológica. Metodologia: Estudo de prevalência re- a partir dos métodos irrigação-aspiração e swab, seguindo o rigor
trospectivo realizado um Hospital Oncológico da Região Centro- metodológico exigido na pesquisa Resultados: os microrganismos
Oestenoanode2008.Asamostrasforamconstituídasderegistros mais freqüentes nas lesões foram Klebsiella spp. (55,5%) e Esche-
arquivados na Comissão de Controle de Infecção hospitalar. Foram richia coli (44,5%). Alguns microorganismos apresentaram-se com
consideradas como critério de inclusão os casos de pacientes que alto grau de resistência aos antimicrobianos. Em uma lesão na re-
se enquadraram na metodologia NNISS (National Nosocomial In- gião sacral identificou-se resistência bacteriana a todos os antibi-
fection Surveillance) para diagnóstico de infecção hospitalar (IH). óticos testados. A análise estatística revelou que o CTI do HULW,
Resultados: Observou-se que 968 (6%) dos pacientes internados apresentou maior resistência entre os microrganismos encontra-
no ano de 2008 adquiriram infecção hospitalar e identificou-se dos. Registrou-se eficácia nos dois métodos, irrigação-aspiração e
1.403 (8,7%) episódios de infecções hospitalares. Dentre as taxas swab, e os mesmos microrganismos isolados na primeira e segun-
de infecções hospitalares por topografias observou-se que a infec- datécnica.Conclusão:Apartirdosachadosfoipossívelcompreen-
çãodesítiocirúrgico341(24,9%);ainfecçãodacorrentesanguínea der o fenômeno das bactérias localizadas nas úlceras por pressão,
282 ( 20,1%) e a infecção do trato respiratório 231 (16,1%); foram e recomendar à equipe de enfermagem dos serviços a utilização
as mais prevalentes. Dentre os pacientes com IH a letalidade asso- de diferentes estratégias para diminuir o problema da lesão cutâ-
ciada à IH foi de 220 óbitos (22,7%). Conclusão: As infecções por nea, como: mudança de decúbito freqüente, massagem da pele
topografia mais prevalentes foram de sítio cirúrgico, de corrente peri lesão com solução emoliente, entre outras condutas. Palavras
sanguínea e a do trato respiratório. Verificou-se que a infecção chave: Úlceras por pressão, hospital, exame microbiológico
hospitalar contribuiu com o óbito de pacientes que apresentaram
IH.Diantedoexposto,destacamosaimportânciadaadequaçãode Palavras-chaves: Úlceras por pressãol, Hospital, Exame microbio-
programas de monitoramento, implementação e supervisão das lógico
normaserotinascomoasprincipaisferramentasparaaprevenção
e o controle das infecções hospitalares.

Palavras-chaves: Infecção Hospitalar, Oncologia, Vigilância epide- P026


miológica DIFICULDADES ENCONTRADAS NA ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE
CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM UM CENTRO CIRÚRGI-
CO DE UM HOSPITAL DO AGRESTE PERNAMBUCANO

P025 Autor(es): Karla Simone de Brito Brock, Albertina Martins Gonçal-


ANÁLISE MICROBIOLÓGICA EM ÚLCERAS POR PRESSÃO EM HOS- ves
PITALIZADOS: UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS SWAB E IRRIGAÇÃO-
ASPIRAÇÃO Instituição(ões): 1. HJN, Hospital Regional Jesus Nazareno

Autor(es): Fernanda Carolina Rodrigues Vieira; Vieira, Iolanda Be- Resumo:


serra da Costa Santos Santos, Lauro Santos Filho Santos Filho, Ma- INTRODUÇÃO: A elaboração de um programa que vise à minimi-
ria Júlia Guimarães Oliveira Soares Soares, Josilene de Melo Buriti zação de infecção hospitalar em centro cirúrgico é uma atribuição
Vasconcelos Vascoconcelos da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar junto aos profis-
sionais de saúde viabilizando o controle sistemático na prevenção
Instituição(ões): 1. UFPB, Universidade Federal da Paraíba de infecções. Sendo o centro cirúrgico um setor crítico do hospital
onde uma equipe multiprofissional desempenha suas atividades,
Resumo: percebe-se a necessidade de maior envolvimento da CCIH com
Introdução: O surgimento de úlceras por pressão é um importan- esta equipe. OBJETIVOS: O presente estudo tem como objetivo
te problema de saúde no trabalho assistencial do enfermeiro. As esclarecer aos profissionais de saúde a importância da CCIH como
úlceras por decúbito podem se apresentar como pele persistente- mediadora no controle de infecção hospitalar e não apenas a total
mente hiperêmica, rompida ou necrótica, podendo se estender às responsável no controle das infecções hospitalares. MÉTODOS: A
estruturassubjacentes,eocorreinfecçãopelacondiçãodopróprio investigação foi realizada numa instituição pública de referência
doente.Oconhecimentomicrobiológicodestaentidadeénecessá- do Agreste Pernambucano direcionada ao atendimento obstétrico
rio na adoção de medidas de prevenção e tratamento. Objetivos: e neonatal. O caminho metodológico percorrido foi por meio de
Identificar a ocorrência de microrganismos nas feridas cutâneas uso de técnica de entrevista realizada através de um questionário
de pacientes hospitalizados utilizando duas técnicas de coleta de estruturado, aberto, aplicado aos componentes da CCIH. A cole-
material, a irrigação-aspiração e o swab; quantificar os tipos e ca- ta de dados foi realizada com oito integrantes da CCIH formulado
racterísticas das lesões; analisar a resistência e sensibilidade dos com questões abertas. RESULTADOS: Os dados encontrados neste
agentes patogênicos encontrados no material biológico das lesões estudo demonstram em 73% a dificuldade dos membros da CCIH
pesquisadas e realizar testes de antimicrobianos como rotina no de serem vistos apenas como fiscalizadores isolados aos outros
laboratório de microbiologia Metodologia: Trata-se de um estu- profissionais de saúde e 27% afirmaram serem vistos como fulcros
do experimental realizado em duas Instituições da cidade de João da direção geral do hospital. CONCLUSÃO: Assim sendo, foi possí-

120
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
vel reconhecer aspectos positivos e problemáticos na adesão dos
profissionais do centro cirúrgico a CCIH repercutindo na mudança
P028
BUSCA ATIVA PÓS-ALTA EM INSTITUIÇÃO PRIVADA – ASSOCIAN-
de comportamento da equipe na práxis da dialética respeitando o
DO ESTRATÉGIAS PARA ATENUAR DIFICULDADES.
ser humano com seus valores e crenças. As situações e as relações
diárias vivenciadas pela CCIH tornam imprescindíveis uma maior
articulação dos membros da CCIH e profissionais da assistência à Autor(es): TELMA APARECIDA DE CAMARGO, ANDREZZA SILVA
saúde. BELLUOMINI
Palavras-chaves: infecção hospitalar, integração profissional, cen-
tro cirúrgico Instituição(ões): 1. HMB, MISERICÓRDIA BOTUCATUENSE

Resumo:
Introdução: Pode-se afirmar que a infecção de sítio cirúrgico é um
P027 risco inerente ao ato cirúrgico, podendo se manifestar até um ano
PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO (PAV) POR BACILOS para cirurgias com próteses e 30 dias para demais cirurgias, exce-
GRAM NEGATIVOS (BGN) MULTIRESISTENTE EM UMA UNIDADE tuando-seasvideoscopias,quefoialteradapara90dias,devidoos
DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) MISTA DE UM HOSPITAL UNIVERSI- casos de micobactérias de crescimento rápido. Realizar vigilância
TÁRIO BRASILEIRO: INCIDÊNCIA E EVOLUÇÃO CLÍNICA pós-alta é um grande desafio para as instituições privadas, onde o
retorno dos clientes acontece no consultório e a notificação pelo
Autor(es): Munick Paula Guimarães, Luiz Fernando Barbaresco, cirurgião é baixa. Objetivos: Implantar a associação dos métodos
Ana Paula Amâncio Moreira, Geraldo Batista de Melo, Paulo Pinto devigilância,paraobterastaxasdeinfecçãodesítiocirúrgico.Mé-
Gontijo Filho todos: É um relato de experiência, sobre a associação de novas
estratégiasemumainstituiçãoprivadademédioporte,nointerior
paulista.Resultados:Desdeosegundosemestrede2006ainstitui-
Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia
ção vem buscando melhorar sua vigilância pós-alta, que até então
encontrava taxas de infecções de sítio cirúrgico de 0 %, demons-
Resumo: trando falhas na estratégia adotada por via telefone. Com a asso-
Introdução- A participação de BGN em infecções hospitalares de ciação das novas estratégias (vigilância ativa de mapas cirúrgicos e
pacientes internados em UTI, particularmente de amostras mul- censos das clinicas; notificações passivas por operadoras de saúde
tiresistentes (MR) aos antimicrobianos é um problema crescente ebuscaporcorreioeletrônico),evidenciou-seumanovarealidade.
nos hospitais da América do Sul. Objetivo- Determinar a taxa de Avigilânciaativademapascirúrgicospossibilitouainvestigaçãode
incidência e a evolução clínica de pacientes com PAV por BGN MR infecções não notificadas, através da sinalização de termos como
em uma UTI de adultos. Metodologia- A UTI de adultos do HC- retiradas de próteses, drenagem de abscesso, hematomas e reto-
UFU é mista com 15 leitos. O modelo de estudo foi longitudinal, que de cicatriz. Na vigilância das clinicas, as investigações ocor-
prospectivo com inclusão de pacientes em uso de ventilação me- reram nos pacientes que retornaram ao serviço por febre, dores,
cânica (VM) com PAV diagnosticada por critérios clínicos, radio- abscessos, drenagem de secreção, sinalizados estes pela equipe
lógicos e microbiológicos, com contagem do aspirado traqueal ≥ de enfermeiras em seus mapas diários. Contamos também com a
106 UFC/mL, no período de 09/2008 a 08/2009. A identificação de notificaçãodeumadasoperadorasdesaúdequerealizavisitasdo-
espécies foi realizada por testes fenotípicos clássicos e o perfil de miciliares e na evidência de sintomas sugestivos, notifica a CCIH.
resistência aos antimicrobianos definida pela técnica de difusão Iniciamos neste ano o envio de questionários por correio eletrô-
de disco. As amostras foram definidas como MR quando apresen- nico, onde obtivemos uma média de preenchimento de 22%, e
tava resistência a 3 ou mais classes de antimicrobianos. A investi- que mesmo sendo baixa, consideramos efetivas para os pacientes
gação foi aprovada pelo comitê de ética da UFU. Resultados- No que residem em outras cidades e não retornam nos consultórios.
total, foram diagnosticados 107 (48,6%) casos de pneumonias em Conclusão: O estudo permitiu verificar que a conscientização dos
pacientes sob VM. A etiologia por BGN correspondeu a maioria profissionais e pacientes sobre a importância das notificações é
(85,5%) das PAVs, com predomínio de espécies não fermentado- um aliado a qualquer estratégia. As dificuldades devem ser enca-
ras, Pseudomonas aeruginosa (32,5%) e Acinetobacter bauman- radas com a união coletiva das ações, através da valorização dos
nii (25,7%), seguindo-se membros da família Enterobacteriaceae recursos oferecidos pela instituição, referenciando como exemplo
(13,7%).AsamostrasMRcorresponderama69,1%,corresponden- a adoção do correio eletrônico para a realização da investigação.
do as seguintes freqüências por agente: P. aeruginosa (39,4%), A.
baumannii (90,0%) e Enterobacteriaceae (93,7%). A mortalidade
Palavras-chaves: Busca ativa, Cirurgia, Infecção
hospitalar (30 dias) na UTI foi de 33,4%, com uma taxa significan-
temente (p=0,0001) maior de PAVs por MR (82,1%) em relação as
amostras susceptíveis 17,9%. Conclusão- Os BGNs foram respon-
sáveis pela etiologia da maioria (85,5%) das PAVs, com predomínio P029
dos não fermentadores (~72,0%), e representados principalmen- EMERGÊNCIA DE CARBAPENEMASES EM UMA UNIDADE DE CI-
te por amostras MR, cujas pneumonias foram relacionadas a um RURGIA CARDÍACA NO RIO DE JANEIRO
prognóstico pior (p=0,0001; OR= 7,1). Apoio Financeiro: FAPEMIG.
Autor(es): Márcia R. G. Vasques1, Kátia M. S. Senna1, Luiz Cordei-
Palavras-chaves: Bacilos Gram Negativos, Pneumonia, Ventilação ro1, Cristiane C. Lamas2,1, Lilian Prado1, Alexandre Rouge1
mecânica
Instituição(ões):
1. INC, Instituto Nacional de Cardiologia
2. UNIGRANRIO, Universidade do Grande Rio

121
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Resumo: DOS: No total, foram diagnosticados 40 episódios de infecções por
Introdução: Microorganismos produtores de carbapenemases Acinetobacter baumannii em 33 pacientes, sendo 30% em pacien-
podem provocar infecções clinicas ou colonização assintomática tes hospitalizados na UTI e os restantes em unidades não críticas.
(Leavitt, 2007). Estas incluem espécies isoladas de trato respira- A maioria (64%) correspondeu a infecções graves, pneumonias e
tório, swabs de feridas abdominais, infecções relacionadas a ca- infecções de corrente sanguínea e as restantes (36%) à infecções
teteres, pneumonia associada a ventilação mecânica entre outros urinárias e de sítio cirúrgico. Entre os seguintes fatores de risco
(Hirakata, 2006). Apresentam importância clínica epidemiológica destacaram-se além de idade superior a 65 anos (75%) e tempo
porque seus genes de resistência estão localizados em elementos médio de hospitalização de 33 dias, o uso de ventilação mecânica
genéticos móveis. Objetivos: Descrever a emergência de casos (29%), cateter vascular central (36%) e uso prévio de antimicro-
de carbapenemases em enterobactérias em uma unidade de pós bianos (48%). As frequências de amostras com susceptibilidade
operatório de cirurgia cardíaca. Métodos: Análise prospectiva da ao imipenem (90,5%) e ampicilina/sulbactam (80%) foram altas.
incidênciadeinfecçãonaunidadedepós-operatóriodeadultosno A mortalidade hospitalar (30 dias) foi de 36%, correspondendo a
períododejaneiroaabrilde2010,quandoarotinaparaidentifica- pacientes com infecções graves (75%) e em pacientes internados
ção dos casos foi iniciada pelo laboratório de microbiologia. A taxa na UTI (50%). CONCLUSÃO: Embora a maioria das infecções por
foi obtidaatravés do número de casos deinfecção sobreonúmero Acinetobacter baumannii fossem em pacientes internados em
de paciente dia da unidade. Resultados: Ocorreram um total de unidades não críticas (70%), as infecções graves predominaram na
9 (5,6/1000) casos de infecção no período de estudo. Destes, 1 UTI (70%) e os fatores de risco mais frequentes foram idade > 65
foi pneumonia associada a ventilação, 1 bacteremia relacionada anos, internação prolongada e uso de procedimentos invasivos e
a cateter (CR-BSI), 3 infecções urinárias e 3 infecções de sítio ci- de antimicrobianos. Embora a mortalidade hospitalar nesses pa-
rúrgico (mediastinites) . O microorganismo isolado em todos os cientes fossem altas, a diferença entre os pacientes internados em
casos (9/9) Klebsiella pneumoniae Todas as 9 amostras (100%) unidades crítica e não críticas não foi significativa (p> 0,05). APOIO
carreavam genes para a expressão de ESBL em associação com FINANCEIRO: Fapemig
carbapenemases. Conclusão: A implementação da pesquisa de
carbapenemases em rastreamento por swab retal na instituição a Palavras-chaves: Acinetobacter baumannii, UTI, resistência
partir de janeiro de 2010 nos permitiu identificar um mecanismo
de resistência importante, relacionado com infecções potencial-
mente graves, principalmente PAV, CR-BSI e mediastinite. Foram
reforçadas as medidas de controle de acordo com a literatura P031
(MMRWR,2009) para evitar a transmissão cruzada na unidade. INCIDÊNCIA DE COLONIZAÇÃO E FATORES DE RISCO DE ENTERO-
Além disso o esquema antimicrobiano empírico foi alterado, com COCCUS RESISTENTE À VANCOMICINA (VRE) EM PACIENTES IN-
associação de tigeciclina e polimixina. TERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Palavras-chaves: resistência microbiana, beta-lactamase de espec- Autor(es): Deivid William da Fonseca Batistão, Ana Paula Amâncio
tro estendido, carbapenemases Moreira, Michel Rodrigues Moreira, Paulo Pinto Gontijo Filho, Ro-
sineide Marques Ribas

Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia


P030
INFECÇÕESPORAcinetobacterbaumanniiEMUNIDADESCRÍTICA Resumo:
(UTI) E NÃO CRÍTICAS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BRASI- INTRODUÇÃO: Enterococcus resistente à vancomicina (VRE) é um
LEIRO: SÍNDROMES INFECCIOSAS E EVOLUÇÃO CLÍNICA dos patógenos hospitalares mais importante, particularmente em
pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). OB-
Autor(es): Mariana Lima Prata Rocha, Paulo Pinto Gontijo Filho, JETIVOS: Determinar a taxa de incidência e os fatores de risco as-
Geraldo Batista Melo sociados à colonização por VRE em pacientes críticos. MÉTODOS:
Durante o período de abril de 2009 a janeiro de 2010, foi cole-
Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia tado suabe retal de 333 pacientes internados na UTI de adultos
do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. A
Resumo: identificação em espécies dos isolados foi realizada por técnicas
INTRODUÇÃO: A emergência de Acinetobacter baumannii como clássicas e a concentração inibitória mínima (MIC) para vancomici-
agente etiológico de infecções hospitalares, sobretudo em UTI, nafoideterminadasegundooCLSI(2009).FoirealizadooPCRpara
vem sobressaindo particularmente em hospitais brasileiros. OB- os isolados com nível elevado de resistência à vancomicina. Uma
JETIVO: Avaliar a distribuição de infecções por Acinetobacter ficha individual foi preenchida com dados demográficos e epide-
baumannii em unidades crítica e não críticas de um hospital de miológicos. RESULTADOS:Nototal foramrecuperadas92amostras
nível terciário, sua associação com infecções hospitalares graves de enterococos a partir de 90 pacientes, com 77 pacientes (23,1%)
e a evolução clínica dos pacientes. MÉTODOS: Foi realizado um colonizados com VRE do fenótipo VanC e somente um paciente
estudo longitudinal, com vigilância laboratorial ativa de casos de (0,3%) do genótipo vanA. As amostras foram identificadas como
infecções hospitalares por Acinetobacter baumannii na UTI adul- Enterococcus faecium (4,3%), Enterococcus faecalis (12%), Entero-
ta, mista, e em unidades não críticas do Hospital de Clínicas da coccus gallinarum (28,3%) e a maioria como Enterococcus casse-
Universidade Federal de Uberlândia, no período de setembro de liflavus (55,4%). Os seguintes fatores de risco foram significativa-
2009 a abril de 2010. As amostras foram isoladas no laboratório mente associados com a colonização por VRE: uso de vancomicina
de Microbiologia do hospital, identificadas e caracterizadas quan- e carbapenêmicos na unidade, diabetes mellitus, nefropatia e uso
to ao perfil de resistência aos antibióticos pela diluição em ágar, prévio de antibiótico à internação na UTI, sendo uso de carbape-
através do sistema automatizado Vitek 2 (Biomérieux). RESULTA- nêmicos na unidade, uso prévio de antibióticos e nefropatia fa-

122
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
tores de risco independentes para a colonização. O impacto da dra Gastal, Jessica Dalle, Cristófer Farias da Silva
prescrição da vancomicina (DDD = 152,8) e carbapenêmicos (DDD
= 243,53) sobre a colonização por VRE na unidade foi positiva, Instituição(ões): 1. HCPA, Hospital de Clínicas de Porto Alegre
apresentando correlação significativa (P=0,03 e P=0,05, respecti-
vamente). CONCLUSÃO: Embora a colonização por VRE fosse alta, Resumo:
associada principalmente com uso de antimicrobianos e nefropa- INTRODUÇÃO: a profilaxia antimicrobiana em cirurgia visa preve-
tia, nenhum caso de infecção por VRE foi observado na unidade nir a infecção de sítio cirúrgico, atingindo níveis do antibiótico no
durante o estudo. Apoio Financeiro: FAPEMIG sangue e nos tecidos que exceda, em toda a duração do procedi-
mento, as concentrações inibitórias mínimas dos microrganismos
Palavras-chaves: Colonização, Enterococcus resistente a vancomi- mais freqüentemente encontrados naquele sítio. As boas práticas
cina, Fatores de riscos, Unidade de Terapia Intensiva em profilaxia antimicrobiana em cirurgia consistem em: adminis-
trar a primeira dose do antibiótico até uma hora antes de iniciar a
incisão, geralmente na indução anestésica; prescrever o antibióti-
co adequado e na dose correta; repetir a administração no intra-
P032 operatório, se for necessário, e suspender o fármaco em 24 ho-
INCIDÊNCIA DE INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA EM UTI ras. OBJETIVO: Identificar a taxa de adequação da administração
PEDIÁTRICA DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO. de profilaxia antimicrobiana cirúrgica em pacientes submetidos a
procedimentos cirúrgicos no Hospital de Cínicas de Porto Alegre
Autor(es): Juliana Pena Porto, Orlando César Mantese, Aglai Aran- (HCPA), com a finalidade de conhecer a realidade dessa prática e,
tes, Paulo Pinto Gontijo Filho, Rosineide Marques Ribas a partir dos resultados, elaborar um protocolo assistencial a ser
implementado na instituição. MÉTODOS: Estudo prospectivo de
Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia pacientes que foram submetidos a procedimentos cirúrgicos no
Hospital de Cínicas de Porto Alegre, durante os meses de março
Resumo: e abril de 2010 e que receberam antibioticoprofilaxia cirúrgica
Introdução: As infecções hospitalares (IHs) representam causa im- com cefalosporina de 1ª geração (cefazolina). Foram analisados o
portante de morbidade e mortalidade em crianças criticamente horário da primeira dose, ou seja, até 1 hora antes do início da
doentes. Há poucos estudos relacionados a esse grupo de pacien- incisão cirúrgica, a dose administrada, de acordo com o peso do
tes no país, apesar do conhecimento de que Infecções de corrente paciente, e o período de administração do antimicrobiano no pós-
sanguínea (ICS) são as infecções mais freqüentes e graves nessa operatório, menos de 24 horas ou mais de 24 horas. RESULTADOS:
população Objetivo: Determinar a taxa de incidência e a etiologia Foram investigados 267 pacientes, submetidos a procedimentos
de ICS nosocomial em crianças admitidas na Unidade de Terapia cirúrgicos, no HCPA, durante os meses de março e abril de 2010,
Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital de Clínicas da Universidade nos quais foi realizada antibioticoprofilaxia cirúrgica. Em 180 ca-
Federal de Uberlândia (HC-UFU).Métodos: A UTIP do HC-UFU tem sos (67,4%) a primeira dose do antimicrobiano foi administrada
oitoleitoseainvestigaçãofoiprospectiva,longitudinal,empacien- no tempo adequado e em 127 (47,6%) na dose adequada. Em 81
tes internados, pelo sistema de vigilância reorientado pelo “Natio- (30,3%) pacientes o tempo e a dose estavam adequados. Quanto
nalHealthCareSafetyNetwork/NHSN”,noperíododeagosto/09a ao tempo de uso do antimicrobiano no período pós-operatório,
dezembro/09. As culturas de sangue foram realizadas no laborató- 143 (53,5%) utilizaram menos de 24 horas e 124 (46,5%) ultrapas-
riodeMicrobiologiadohospitalpormétodoautomatizadoBactec- saram 24 horas de utilização. CONCLUSÃO: A partir dos resultados
Alert®easpontasdecateteranalisadasportécnicaquantitativa.O obtidos nesse estudo, verificou-se inadequadação da profilaxia
estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do HC-UFU antimicrobiana cirúrgica como prática corrente na instituição, cor-
nº 346/08.Resultado: Foram analisados 66 pacientes, 15 detecta- roborando com os achados da literatura e evidenciando a neces-
dos com IH durante o período do estudo e a taxa de incidência sidade premente da elaboração de um protocolo para padronizar
de pacientes infectados foi 22,7%, a maioria adquirida na Unidade esse procedimento e otimizar o cuidado prestado.
(73,3%). Entretanto as ICS representaram apenas 13,6% deste to-
tal, mas com taxa de densidade alta de 15,6/1000 pacientes-dia Palavras-chaves: Antibioticoprofilaxia, Cefazolina, Cirurgia, Profila-
e de 17,2/1000 cateter-dia. Foram identificados 14 episódios de xia cirúrgica
ICS primária associadas ao cateter, a maioria (62,3%) de origem
desconhecida, sendo os bacilos Gram-negativos os agentes etio-
lógicos predominantes.Conclusão: A taxa de incidência de IHs foi
alta(23,0/1000cateter-dia),amaioriaadquiridanaUnidadeesem P034
foco conhecido.Agradecimentos: FAPEMIG ANÁLISE DE TRÊS ANOS DE BRONQUIOLITES VIRAIS NAS UNIDA-
DES PEDIÁTRICAS DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE
Palavras-chaves: Infecção de Corrente Sanguínea, UTI pediátrica, (HCPA)
Vigilância NHSN
Autor(es): Márcia Rosane Pires, Loriane Rita Konkewicz, Emilyn
Martins, Nadia Mora Kuplich, Carem Gorniack Lovatto, Jessica Dal-
le, Cristófer Farias da Silva, Rodrigo Pires dos Santos
P033
AUDITORIA DE ANTIBIOTICOPROFILAXIA CIRÚRGICA EM UM Instituição(ões): 1. HCPA, Hospital de Clínicas de Porto Alegre
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Resumo:
Autor(es): Márcia Rosane Pires, Rodrigo Pires dos Santos, Loriane Introdução: Bronquiolite (BQL) é uma inflamação dos bronquío-
Rita Konkewicz, Nadia Mora Kuplich, Carem Gorniak Lovatto, San- los, geralmente causada por vírus, dos quais os mais comuns são

123
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
o vírus sincicial respiratório (VSR), parainfluenza, influenza e ade- Hospital São Lucas (CCIH/HSL) realiza vigilância pós-alta por meio
novírus. As BQL são mais frequentes em crianças, normalmente de ligações telefônicas 30, 60 e 90 dias após o procedimento ci-
até dois anos de idade, e representam uma freqüente causa de rúrgico. A busca inicial se dá por meio de visitas para confirmar
internação hospitalar nesses pacientes. Objetivos: analisar a fre- dados de identificação dos pacientes cirúrgicos. No pós-operató-
quência de vírus respiratórios em pacientes pediátricos interna- rio, ao estabelecer o contato com paciente/familiar, por telefone,
dos com suspeita de BQL no Hospital de Clínicas de Porto Alegre buscam-se informações relevantes que subsidiem a identificação
(HCPA), no período de 2007 a 2009. Métodos: Estudo retrospec- de sinais e sintomas de infecção. Caso estas manifestações sejam
tivo e observacional dos pacientes que internaram com BQL nas verbalizadas pelos respondentes, inicia-se uma investigação crite-
unidades pediátricas do HCPA de março de 2007 a dezembro de riosa. OBJETIVO: Realizar vigilância pós-alta em pacientes subme-
2009.Todas as crianças com BQL suspeita ou confirmada realiza- tidos a cirurgias limpas e videocirurgias com vistas a investigar a
ram coleta de secreção de vias aéreas superiores (nasotraqueal) incidência de infecção hospitalar. MÉTODO: Utilizou-se o método
para diagnóstico laboratorial de vírus respiratório. Os testes foram documental e retrospectivo, com abordagem quantitativa. A pes-
realizados em laboratórios terceirizados. Resultados: Nos anos de quisa foi ambientada na CCIH/HSL em Aracaju/SE. A amostra foi
2007, 2008 e 2009 foram coletadas 3172 amostras para vírus res- composta por 3.522 pacientes submetidos a cirurgias limpas, no
piratório,respectivamente903,930e1339,emcadaano.Apositi- período de janeiro de 2009 a março de 2010. Após a coleta, os
vidade em cada ano foi 370 (41%) em 2007, 389 (41,8%) em 2008 dados foram analisados por percentual simples, utilizando o Pro-
e488(36,4%)em2009,demonstrandoumamédiadepositividade grama Microsoft Excel 2007. RESULTADOS: Do total de 3.522 ci-
de39,3%nostrêsanos.Aanálisedasamostraspositivasparavírus rurgias, 100% dos pacientes foram contatados, sendo 45,5% não
identificou, respectivamente, em cada ano: 14 (3,8%), 13 (3,3%) localizados. Foi evidenciado que 2,2% apresentaram sinais de
e 14 (2,9%) adenovírus; 66 (17,8%), 55 (14,1%) e 105 (21,5%) pa- infecção hospitalar gerando uma taxa de infecção de 0,7% após
rainfluenza; 24 (6,5%), 20 (5,1%) e 105 (21,5%) influenza A; 266 comprovação da mesma. Como conduta pós-cirúrgica, 35,3% refe-
(71,9%), 301 (77,4%) e 264 (54,1%) VSR. A média da freqüência riram o uso de antibiótico, sendo as cefalosporinas os mais indica-
dos vírus em crianças com BQL nos três anos foi 3,3% para adeno- dos (18%), seguida das quinolonas (12,3%) e da penicilina (8,2%).
vírus, 11,9% influenza, 18,1% parainfluenza e 66,6% VSR. Também A maioria (56,6%) não identificou a medicação. O instrumento de
foram identificadas 28 (14,1%) amostras positivas para o vírus da coleta de dados também permite elucidar infecções decorrentes
gripe A - H1N1, de 199 amostras pesquisadas em 2009. Conclu- de entubação orotraqueal, sondagem vesical e acesso venoso pe-
sões: O VSR tem sido o vírus mais frequentemente identificado riférico. CONCLUSÃO: Com este estudo verificou-se que a vigilân-
nas crianças internadas por BQL no HCPA nos últimos três anos, cia pós-alta no paciente cirúrgico é uma importante ferramenta
de acordo com a literatura local. No ano de 2009 ocorreu uma di- para se conhecer a real incidência das Infecções de Sítio Cirúrgico
minuição da freqüência do VSR e aumento do vírus influenza A, e obtenção de dados que redirecionem as políticas de prevenção
possivelmente relacionado com o aparecimento do vírus H1N1. e controle das mesmas, uma vez que a maioria das manifestações
O controle sistemático dos resultados das pesquisas de vírus res- ocorre após a alta hospitalar do paciente.
piratórios em crianças internadas com BQL permite uma melhor
análise do perfil etiológico dessas infecções virais, propiciando um Palavras-chaves:Cirurgialimpa,Infecçãohospitalar,Vigilânciapós-
melhor manejo dos pacientes e, conseqüentemente, colaborando alta
para prevenir a transmissão intra-hospitalar dessas infecções.

Palavras-chaves: Adenovirus, Infecções virais, Virus Influenza, Vi-


rus Parainfluenza, Virus Sincicial respiratório P036
INTERVENÇÕES CURATIVAS X INFECÇÃO HOSPITALAR: O PAPEL
DA EQUIPE DE SAÚDE

P035 Autor(es): AMANDA DE MIRANDA SANTOS*, AMILTON ROBERTO


VIGILÂNCIA PÓS-ALTA DE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS DE OLIVEIRA JÚNIOR, DIEGO AUGUSTO LOPES OLIVEIRA, EDJA ÍRIS
LIMPAS E VIDEOCIRURGIAS BENEVIDES DOS SANTOS, MARÍLIA GABRIELA LINS VASCONCELOS,
RAFAELA NUNES LUCENA
Autor(es): Duschka Porto Leite Fonseca1, Joseilze Santos de An-
drade2,1, Ivna Helena Machado Figueiredo3, Jerônimo Gonçalves Instituição(ões): 1. ASCES, FACULDADE ASCES
de Araújo3
Resumo:
Instituição(ões): Introdução: Infecção Hospitalar (IH) é toda infecção adquirida
1. UFS, Universidade Federal de Sergipe após a internação do paciente e que se manifesta no decorrer de
2. EERP/USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto sua permanência no hospital ou mesmo após a alta, uma vez que
3. HSL, Hospital São Lucas possa ser relacionada com a hospitalização. A ocorrência das IH
vem sendo um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, e
Resumo: a principal causa de complicações da pessoa internada submetida
INTRODUÇÃO:ConformeRDCNº8/2009,ospacientessubmetidos aintervençõescurativas.Dessaformaédefundamentalimportân-
a procedimentos cirúrgicos e diagnósticos por videoscopias, des- cia o papel da equipe de saúde, colocando em prática medidas de
critos no art. 1º da resolução, devem ser acompanhados mensal- prevenção e controle de infecção. Objetivo: Destacar o papel da
mente durante 90 dias pelo serviço que realizou o procedimento, equipe de saúde diante da prevenção de infecção hospitalar du-
a fim de identificar sinais e sintomas sugestivos de infecção por rante sua atuação. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo
Micobactéria de Crescimento Rápido. Fundamentada nesta re- desenvolvido mediante revisão bibliográfica através de periódicos
gulamentação, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do integrados aos LILACS e Scielo, que retratassem a importância da

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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
equipe de saúde para prevenção de infecções. Utilizamos como principais pontos identificados no check-list para a prevenção de
critério de elegibilidade, trabalhos publicados em português com infecção durante o cateterismo venoso periférico foram: lavar as
os resumos disponíveis nas bases de dados consultadas e para a mãos com sabão líquido e água, podendo utilizar também sabão
seleção foi realizada a leitura dos títulos e dos textos na íntegra com antimicrobianos antes e após o procedimento, trocar o ca-
de forma interpretativa, sendo posteriormente analisados con- teter em adultos no período de 72 a 96 horas, manter técnicas
forme a temática. Desenvolvimento: A infecção hospitalar vem assépticas na realização de curativos de cateteres venosos perifé-
sendo alvo de discussão, pois causa aumento da morbimortalida- ricos. Já no cateterismo vesical foram: Lavar as mãos antes e após
de, maiores custos relacionados à inter¬nação e crescimento de asondagemutilizando sabão líquido eágua, podendo utilizartam-
organismos multirresistentes. No Brasil os números são gritantes bém sabão com antimicrobianos, utilizar técnicas e equipamentos
tendo em vista que 720.000 pessoas são infectadas em hospitais estéreis paracolocação desonda vesical, não desconectaro circui-
por ano e, dessas, 20% evoluem a óbito. Os procedimentos inva- to em nenhuma hipótese,evitar o contato do coletorfechado com
sivos a que os pacientes são sujeitos, agravam o problema de in- o chão ou frasco de coleta, remover a sonda vesical o mais breve
fecção hospitalar, dependendo de todos os cuidados de assepsia possível. Conclusão: As infecções hospitalares estão associadas ao
e anti-sepsia usados pelo profissional durante o procedimento. aumento da morbidade e mortalidade, maiores custos em relação
Dessa forma nota-se a grande importância da atuação da equipe à internação, dentre outros problemas. Dessa forma faz-se neces-
de saúde na prevenção de infecções, já que realiza procedimentos sário o estabelecimento de programas funcionais que contribuam
que podem ocasionar infecções, sendo necessário ter um bom co- paraaadesãoàsmedidasrecomendadasparaocontroleepreven-
nhecimentoeatualizaçãodomesmo,paratomarasmedidasapro- ção de infecção, sendo fundamental o trabalho de conscientização
priadas de prevenção, evitando colocar em risco a vida do pacien- dos profissionais de saúde através da educação continuada para a
te. Conclusão: As medidas de prevenção entre os profissionais de implementação de um plano de melhorias.
saúde ainda são um desafio a ser implementado em seu dia a dia,
dessaformaéfundamentaldáênfaseaampliaçãodeconhecimen- Palavras-chaves: Educação continuada, Infecção hospitalar, Pre-
to com base científica, para que a prevenção seja vista como ação venção e controle
fundamental no combate as infecções, levando em consideração a
importância de normas institucionais, evitando maiores complica-
ções aos pacientes além dos custos que as mesmas causam.
P038
Palavras-chaves: INFECÇÃO HOSPITALAR, MORBIDADE, MORTALI- INFECÇÃO NOSOCOMIAL POR Pseudomonas aeruginosa EM MA-
DADE, PREVENÇÃO E CONTROLE CEIÓ – AL ENTRE 2008 E 2009

Autor(es): EMMILY MARGATE1, ALYNNE KAREN MENDONÇA DE


SANTANA2, GABRIELA BRITO DE OLIVEIRA1, ARMANDO MONTEI-
P037 ROBEZERRANETO1,MARCELLEAQUINORABELO1,DENISEMARIA
O CHECK-LIST NORTEANDO A PREVENÇÃO DE INFECÇÃO HOSPI- WANDERLEI SILVA2
TALAR NO CATETERISMO VENOSO PERIFÉRICO E VESICAL
Instituição(ões):
Autor(es): AMANDA DE MIRANDA SANTOS*, AMILTON ROBERTO 1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
DE OLIVEIRA JÚNIOR, DIEGO AUGUSTO LOPES OLIVEIRA, EDJA ÍRIS 2. UFAL, Universidade Federal de Alagoas
BENEVIDES DOS SANTOS, MARÍLIA GABRIELA LINS VASCONCELOS,
RAFAELA NUNES LUCENA Resumo:
Introdução: Pseudomonas aeruginosa é um patógeno oportunista
Instituição(ões): 1. ASCES, FACULDADE ASCES que tem se destacado quanto à prevalência em casos de infecções
hospitalares, principalmente devido a sua ampla resistência aos
Resumo: diversos grupos de antimicrobianos. Objetivos: O objetivo do pre-
Introdução: A infecção hospitalar (IH) está relacionada às técnicas senteestudofoiavaliaraocorrênciadeinfecçõesporP.aeruginosa
de manuseio utilizadas pelos profissionais que realizam procedi- entre2008e2009emhospitaisdacidadedeMaceió-AL.Métodos:
mentos curativos, quando não as fazem de forma asséptica. Entre A ocorrência de infecções por P. aeruginosa foi realizada a partir
os procedimentos realizados está o acesso venoso, feito através da revisão de prontuários pertencentes à Santa Casa de Miseri-
de cateteres periféricos, e o uso de cateterismo vesical que apesar córdia de Maceió e ao Centro de Patologia Médica e Laboratorial,
dosgrandesbenefícios,tambémtrazinúmerosriscosrelacionados onde são analisadas amostras bacterianas de hospitais da rede
ao manuseio do trato urinário. Dessa forma a prevenção das IH pública de Maceió, Alagoas. O presente estudou avaliou hospitais
deve ser objetivo primordial de todos os profissionais de saúde. como Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital Escola Hélvio Auto
Objetivo: Construir um check-list que subsidie orientações para (HEHA), Maternidade Escola Santa Mônica (MESM), Hospital Esco-
prevenção de infecção hospitalar durante procedimentos de cate- laJoséCarneiro(HEJC)eSantaCasadeMisericórdia(SCM),entreo
terismo venoso periférico e vesical. Metodologia: O estudo foi re- período de janeiro/2008 a dezembro/2009. Resultados: Foi obtido
alizado mediante pesquisa bibliográfica retrospectiva em bases de um total de 135 casos de colonização por P. aeruginosa entre o
dados do Scielo, assim como em literaturas da área, que retratas- período avaliado. Dentre os hospitais, o maior número de casos
sem os cuidados e recomendações de enfermagem na prevenção da infecção foi procedente da SCM 31,1% (42/135), HGE 25,9%
de infecção hospitalar associada a cateterismo venoso periférico e (35/135)eHEJC10,4%(14/135),seguidosporHEHA7,4%(10/135)
vesical.Resultados: Ousodo cateterismovenoso periféricoeove- e MESM 4,4% (6/135). O hospital de origem da amostra não pode
sical fazem parte da assistência diária de uma unidade hospitalar, ser identificado em 17% (23/135) dos casos. Na SCM, os espéci-
sendo necessário que a equipe de saúde possua conhecimentos mes mais freqüentes foram secreção traqueal 38,1% (16/42) e
a respeito do cuidado com esses procedimentos. Dessa forma os urina 33,3% (14/42); no HGE, secreção de ferida 60,0% (21/35) e

125
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
traqueal 17,1% (6/35); no HEJC, secreção de ferida (8/14) e urina é necessária para que a água utilizada no processo de hemodiálise
57,1% (5/14); no HEHA, secreção de ferida e urina representaram, atenda aos padrões mínimos recomendados.
cadaum,40%(4/10)dosespécimes.Emgeral,osmateriaisclínicos
mais prevalentes foram: secreção de ferida 36,3% (49/135), urina Palavras-chaves: ANÁLISE DA ÁGUA, HEMODIÁLISE, PACIENTE RE-
23,7% (32/135) e secreção traqueal 23,7% (32/135), sangue 3,7% NAL
(5/135), ponta de cateter 3,7% (5/135), secreção de partes mo-
les 1,5% (2/135), pleural 1,5% (2/135), cultura geral 1,5% (2/135),
cultura de mãos de profissionais 0,7% (1/135) e secreção de es-
carro 0,7% (1/135). Outras secreções, incluindo secreção vaginal,
P040
abdominal, ocular, uretral e de úlcera, totalizaram 3,7% (5/135) AVALIAÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À DIÁLISE PERITO-
dos materiais clínicos. Conclusão: Os hospitais com maior número NEAL AMBULATORIAL NO SERVIÇO DE NEFROLOGIA DA SANTA
de infecções por P. aeruginosa foram a SCM e o HGE, cujos espé- CASA DE MARÍLIA NO PERÍODO DE 2005 A 2009
cimes clínicos mais freqüentes foram, respectivamente, secreção
traqueal e de ferida. Em geral, as infecções de feridas e urinárias Autor(es): Lucieni Conterno de Oliveira, Silvana Martins Dias Toni,
e de secreção traqueal foram as mais prevalentes, sugerindo a ne- Rubiana de Souza Gonçalves, Karina Fernandes, Marlene de Rossi
cessidade de avaliação dos fatores que originaram tais infecções, Oliveira
com enfoque na vigilância e no controle de P. aeruginosa em hos-
pitais de Maceió. Instituição(ões): 1. SCMM, IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISE-
RICÓRDIA DE MARÍLIA
Palavras-chaves: Infecção nosocomial, Pseudomonas aeruginosa,
espécimes clínicos Resumo:
INTRODUÇÃO: A doença renal crônica (DRC) constitui um dos
maiores problemas de saúde pública da atualidade, com aumen-
to significativo de programas destinados ao controle e tratamen-
P039 to. A diálise peritoneal (DP) é uma das modalidades utilizadas no
AVALALIAÇÃO DA ÁGUA UTILIZADA NO TRATAMENTO HEMODIA- tratamento ambulatorial substitutivo de função renal, sendo as
LÍTICO infecções a segunda causa de morbidade e falha do tratamento
em nestes pacientes. OBJETIVO: Descrever a freqüência de infec-
Autor(es):AUCILENEDEALMEIDALUCENA,ANACRISTIANARODRI- ções relacionadas à DP diálise peritoneal, nas modalidades CAPD
GUESLUNAESILVA,JOELMADASILVA,PATRICIACAJUEIRO,TALYTA e DPA, e os microorganismos mais frequentemente isolados no
DAYANE MARTINS período de 2005 a 2009. METODOLOGIA: Avaliação retrospectiva
dosdadoscoletadosatravésdavigilânciaativaprospectiva.RESUL-
Instituição(ões): 1. PMCG, PREFEITURA MUNICIPAL DE SAÚDE DE TADO: Neste período foram avaliados no total 4761 paciente-ano,
CAMPINA GRANDE-PB sendo 46% (2182) em DPA e 54% (2579) em CPAD. Foram diag-
nosticadas 349 infecções, sendo que peritonite representou 47%
Resumo: (164) dos casos e infecção do local da inserção do cateter/túnel
INTRODUÇÃO: A contaminação das águas por substâncias quími- (ISCT) 53% (185). A incidência de ISCT foi de 3,92/100 paciente-
cas tóxicas é uma ameaça à qualidade da vida humana e, de modo mês (0,47/paciente-ano), sendo que entre os pacientes em DPA
especial, para aquelas pessoas que sofrem de insuficiência renal foi de10,06/100paciente-mês(0,40/paciente-ano)e,de4,10/100
e necessitam de tratamento hemodialítico. A hemodiálise é um paciente-mês entre aqueles em CAPD (0,49/ paciente-ano). A Taxa
processo de filtragem e depuração das substâncias indesejáveis média de peritonite foi de 3,67/100 paciente-mês (0,41/pacien-
do sangue, a água utilizada neste processo deve obedecer à Re- te ano), sendo 3,36/100 paciente-mês entre os pacientes em DPA
solução RDC nº 154, de 15 de Junho de 2004, da Agência Nacional (0,32/ paciente-ano) e 4,25/100 paciente-mês entre os pacientes
de Saúde (ANVISA). Esta resolução estabelece os limites máximos em CAPD (0,51/paciente-ano). Comparando o risco de infecção
permitidos para contaminantes inorgânicos na água para diálise, paciente-ano entre as modalidades DPA e CAPD observamos dife-
estes contaminantes, por serem extremamente tóxicos, fazem rença estatisticamente significativa na ocorrência de ISCT (p=0,2,
parte do programa de controle da qualidade da água para diáli- IC95% -6,78 a -0,62), mas não na incidência de peritonite (p=0,48,
se, realizado pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em IC95% -0,78 a 0,40). Culturas foram positivas em 194 dos episó-
Saúde (INCQS/FIOCRUZ). OBJETIVOS: o propósito desse estudo foi dios sendo: as bactérias gram positivas isoladas em 59% (S.aureus
deidentificarosfatoresdesencadeantesdacontaminaçãodaágua 46%,SCN 46%, Enterococcus spp 3%, Streptococcus spp 3%), gram
utilizada no tratamento de hemodoálise, bem como as consequ- negativas em 40% (Pseudomonas spp 43%, Enterobacter spp 19%,
ências que a contaminação desta pode acarretar. METODOLOGIA: Klebsiella spp 17 %, outras 20%) e cândida em 2%. CONCLUSÃO:
o estudo teve por base uma revisão bibliográfica, exploratória e Este estudo sugere que a modalidade da DPA na nossa realidade
descritiva, que objetivou identificar os fatores desencadeantes pode ser fator de risco para ISCT, mas não para ocorrência de pe-
da contaminação da água utilizada no tratamento hemoialítico. ritonite, evidenciando a necessidade de se planejar intervenções
RESUTADOS E DISCURSÃO: O resultado da pesquisa indica que educativas e de treinamento de clientes e familiares, reforçando a
concentrações acidentalmente elevadas de cloro e cloraminas em importância dos princípios de higiene e anti-sepsia.
água para diálise podem provocar graves reações hemolíticas em
pacientes com insuficiência renal crônica, com possíveis danos à Palavras-chaves: Dialise Peritoneal, Peritonite, Infecção de cate-
saúde. Essa constatação realça a importância da efetiva vigilância ter/túnel
dos sistemas; procedimento nem sempre observado, único instru-
mento com eficácia para evitar um grande conjunto de agravos à
saúde dos pacientes. CONCLUSÃO: A vigilância dos procedimentos

126
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P041 P042
IMPLANTAÇÃO DO PROJETO “CIRURGIASEGURA” EMUMHOSPI- ADESÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE AO SISTEMA DE PRE-
TAL FILANTRÓPICO, ESPECIALIZADO EM ONCOLOGIA CAUÇÕES E ISOLAMENTO DA FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISE-
RICÓRDIA DE FRANCA
Autor(es): ELÍLIAN MAÍRA DE SOUZA VARELA VARELA1, HÊNIA
RAMALHO DE MELO MELO3,2, KATIANE KALINE BEZERRA DE OLI- Autor(es):Gislaine Cristhina Belusse, Tatiana Batista Rodrigues,
VEIRA OLIVEIRA1, MARIA TELMA DE ARAUJO ARAUJO1, SORAYA Sara Rodrigues Kellner, Fabricio Ribeiro Campos, Maria Auxiliado-
MARIA DE MEDEIROS MEDEIROS2 ra Mancilha Carvalho Pedigone Mancilha Carvalho Pedigone, Julio
Cesar Ribeiro, Caroline David Garcia, Maira Coutinho Nahuz, Lais
Instituição(ões): Facioli Moreno
1. LIGA - HLA, LIGA CONTRA O CÂNCER / HOSPITAL LUIZ ANTÔNIO, Instituição(ões):
NATAL/RN 1. Santa Casa, Fundação Santa Casa de Misericordia deFranca
2. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
3. HUOL - UFRN, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES - UFRN Resumo:
INTRODUÇÃO: As infecções hospitalares ou nosocomiais se dão
Resumo: pela interação do agente infeccioso com o hospedeiro, principal-
INTRODUÇÃO: As cirurgias têm levantado uma preocupação mun- mente por pacientes, profissionais e visitantes. OBJETIVO: Verifi-
dial pelo aumento de complicações associadas a erro humano e caraadesãodosprofissionaisfrenteàsprecauçõesrecomendadas
não as patologias de base. Dados de 2008 fornecidos pela OMS pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar de um hospital
revelaram que foram realizadas 234 milhões de operações no terciário do interior do estado de São Paulo, sobre o uso adequa-
mundo, porém destes, dois milhões de pacientes morreram e sete do de aventais, máscaras, luvas e equipamentos de proteção indi-
milhões apresentaram complicações, sendo 50% consideradas vidual em geral nos quartos de pacientes necessitados de algum
causas evitáveis. Nessa perspectiva, a OMS lançou a campanha tipo de precaução (contato, gotícula ou aerossol). MÉTODOS: Os
“Cirurgia Segura Salva Vidas” com o objetivo de melhorar a segu- dados foram coletados por “check list”, por pesquisa observacio-
rançadospacientessubmetidosaprocedimentoscirúrgicos.OBJE- nal direta, com análise de conteúdo correlacionado a dados bi-
TIVOS: O objetivo do referido projeto é reduzir os índices de erros bliográfico. Foram observadas 250 pessoas dentre: enfermeiros,
e complicações cirúrgicas no hospital Luiz Antônio- Liga Contra o auxiliares e técnicos de enfermagem, médicos, fisioterapeutas,
Câncer- Natal/RN, logo se aderiu à referida campanha, utilizando psicólogos, estagiários, visitantes e acompanhantes. RESULTADOS:
o “check list cirurgia segura”, como instrumento. MÉTODOS: Este Emdeterminadascategoriasaadesãofoimuitomenorcomparada
estudo consiste na implantação e aplicação desse instrumento, a outras, apesar das recomendações presentes na literatura, com-
inicialmente pelas enfermeiras do centro cirúrgico, em outubro prometendo a qualidade da assistência prestada. CONCLUSÃO: A
de 2009, com o intuito de gerenciar os riscos no Pré-operatório, importância dessa pesquisa se dá pelo fato da intervenção poder
atender às expectativas da campanha e corroborar com o serviço ser realizada durante a coleta de dados como método educativo e
de controle de infecção, proporcionando assim um procedimento continuo aplicável a qualquer serviço de saúde.
mais seguro. O projeto foi planejamento através de encontros das
enfermeiras do Centro Cirúrgico com a Comissão de Controle de Palavras-chaves: Adesão, Prcauções e Isolamento, Profissionais de
Infecção Hospitalar (CCIH), traçando as ações de sistematização saúde
para a aplicação e elaboração do instrumento da pesquisa. Em
seguida, foi apresentado o modelo adotado para os cirurgiões,
administração e direção do hospital e realizado treinamento com
equipe de enfermagem do Centro Cirúrgico. Durante o processo P043
de implantação apenas a enfermeira aplicava o instrumento, que PROJETO: PROTEGENDO 5 MILHÕES DE VIDAS - UTILIZAÇÃO E
emdecorrênciadassuasatribuiçõesatingimos apenasumpercen- IMPACTO NA INFECÇÃO HOSPITALAR EM UNIDADE DE TERAPIA
tual de aproximadamente 40% dos pacientes, sendo esta aperfei- INTENSIVA ADULTO DO HOSPITAL GERAL DE GUARULHOS.
çoadaquandorealizadapelaequipedesala.RESULTADOS:Nofinal
do período, abril de 2010 foram evidenciadas algumas dificulda- Autor(es): Paula Zanellatto Neves, Ana Carolina Marteline Caval-
des, como a adesão dos profissionais, disponibilidade de pessoal e cante Moysés, Ana Claudia Marques Barbosa Diaz, Noemi Evange-
interrupção das etapas, em contrapartida, teve-se melhorias com lista Martins, Jacira Noemia Cassanho, Mariana Bernardi Viviane
ênfase na humanização, entrosamento da equipe e valorização do Silveira
trabalho. CONCLUSÃO: Atualmente, cerca de 90% dos pacientes
são incluídos nesse processo, o que corresponde a uma média de Instituição(ões):
285 cirurgias ao mês contempladas, ou seja são pacientes e profis- 1. HGG - ISCMSP, Hospital Geral de Guarulhos - ISCMSP
sionais que vão para sala de cirurgia com mais segurança, conse-
quentemente com menos riscos de ocorrer erros e complicações Resumo:
por causas preveníveis. Introdução: O Institute for Healthcare Improvement (IHI) através
de uma iniciativa que visa melhorar a qualidade da assistência à
Palavras-chaves: CIRURGIA SEGURA, CENTRO CIRURGICO, ONCO- saúde elaborou guias para partilhar as melhores práticas em áre-
LOGIA as relevantes para as instituições participantes e o Hospital Geral
de Guarulhos elegeu a Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTIA)
para iniciar este projeto com o intuito de prevenir infecção de
corrente sanguínea associada a cateter venoso central (ICS-CVC)
e pneumonia associada a ventilação mecânica (PAV). Objetivos:

127
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Redução e prevenção das taxas de infecção hospitalar de ICS-CVC plantação das medidas de prevenção até abril de 2010. O proto-
ePAVnaUTIAcomaadesãoaos“pacotesdemedidas”elaborados colo foi baseado na identificação de fatores de risco para sepse
pelo IHI e adaptados a realidade deste nosocômio. Material e Mé- neonatal de acordo com Guideline do CDC de 2002. Elaborada
todos: Análise prospectiva e retrospectiva das taxas de infecção ficha de notificação de profilaxia como instrumento para análi-
hospitalar com utilização dos critérios do NHSN após a implanta- se dos fatores de riscos e operacionalização do protocolo, bem
ção do projeto protegendo 5 milhões de vidas na UTIA em novem- como para a coleta de dados. Resultados: Foram identificados seis
brode2008.Resultados:Otreinamentoeimplementaçãoocorreu casos de infecção neonatal precoce por SGB em 2007; em 2008
emnovembrode2008enomêssubseqüentehouveevidênciasde houve diminuição em cinqüenta por cento com três casos noti-
redução expressiva de ICS-CVC em cinqüenta e seis por cento ape- ficados; em 2009 apenas um caso; e em 2010 até o mês de abril
sar de adesão insatisfatória aos itens que compõem o pacote de não foi diagnosticado nenhum caso. Conclusão: Houve alcance na
medidas de prevenção. As taxas de ICS-CVC continuaram a reduzir redução expressiva de casos de infecção perinatal por SGB após
nos meses subseqüentes chegando a diminuir em cerca de oiten- implantação de protocolo para identificação de riscos para sepse
ta por cento em relação ao mês de implantação, com o aumento neonatal precoce e a instituição de profilaxia antimicrobiana em
da adesão progressivamente. Permanecemos abaixo da média e momento adequado.
mediana de 2008 para ICS-CVC durante pelo menos setenta por
cento do ano de 2009 e em 2010 nos mantivemos abaixo da mé- Palavras-chaves: Infecção Perinatal, Estreptococo do Grupo B, Me-
dia e mediana de 2009 em um quarto do ano. Com relação à PAV didas de Preveção
em 2009 observamos redução em dezesseis por cento em relação
a mediana de 2008; dezoito por cento em relação a mediana de
2007 e de trinta e seis por cento em relação a mediana de 2006. P045
Em 2010 nos primeiros dois meses nos mantivemos abaixo da mé- MENINGITE POR SALMONELA SPP – ESTUDO DE 12 CASOS EM
dia e mediana de 2009. Conclusão: Até o momento o projeto tem HOSPITAL DE REFERÊNCIA
adesão satisfatória para ambos os pacotes de medidas de preven-
ção (acima de noventa por cento) e houve redução significativa da Autor(es): ELIANE GUIMARÃES FORTUNA, MARIA EULÁLIA DE
densidade de incidência de infecção destas duas topografias em MOURA CÔRTE REAL, ANA ROSA MELO CORREA LIMA, THÁLITA
relação aos últimos cinco anos. Na EU consideramos que as difi- ARAÚJO CABRAL, SUELI TEIXEIRA SEIXAS
culdades que as dificuldades inerentes a setor como por exemplo
a demanda de pacientes tornam este ambiente dinâmico e com- Instituição(ões): 1. HCP, HOSPITAL CORREIA PICANÇO – SES/PE
plexo, e a manutenção dos protocolos torna-se um desafio ainda
maior que na UTIA. Resumo:
A meningite por Salmonella spp é uma manifestação rara de sal-
Palavras-chaves: Protegendo 5 Milhões de Vidas, Unidade de Tera- monelose; incidente, sobretudo em lactentes até 4 meses, asso-
pia Intensiva, Controle e Prevenção, Infecção Hospitalar ciada a quadros graves e alta morbi-mortalidade. As Salmonelas,
bastonetes Gram negativas, permanecem viáveis alguns dias à
temperatura ambiente e durante semanas no esgoto, alimentos
secos, agentes farmacêuticos e material fecal. A transmissão mais
P044 comum é a fecal-oral. OBJETIVOS:Descrever os aspectos epide-
EVOLUÇÃO DA INFECÇÃO PERINATAL PELO ESTREPTOCOCO DO miológicos, clínicos e terapêuticos das meningites por Salmonela
GRUPO B APÓS MEDIDAS DE PREVENÇÃO INSTITUÍDAS NO HOS- em hospital de referência para meningites. MÉTODOS: Analisado
PITAL GERAL DE GUARULHOS NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2007 o banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Noti-
À ABRIL DE 2010. ficação de 2002 a 2009, e revisados os prontuários de meningite
por Salmonela ssp identificadas por cultura de líquido cefalorra-
Autor(es): Ana Carolina Marteline Cavalcante Moysés, Ana Clau- quidiano(LCR)e/ouhemocultura,internadosenotificadosnoHCP.
dia Marques Barbosa Diaz, Noemi Evangelista Martins, Paula Za- Estudadas as variáveis: idade, sexo, área de residência, sintoma-
nellatto Neves, Jacira Noemia Cassanho, Mariana Bernardi Viviani tologia, aspectos citoquímicos do LCR no diagnóstico, antibiotico-
Silveira terapia inicial, perfil de sensibilidade da bactéria e evolução dos
casos. Realizada analise estatística descritiva para cálculo das mé-
Instituição(ões): dias, desvios padrão (DP) e frequência simples. RESULTADOS:De
1. HGG-ISCMSP, Hospital Geral de Guarulhos - ISCMSP 2002 a 2009 ocorreram 1371 meningites bacterianas de etiologia
determinada, sendo 13 por Salmonella ssp (0,9%). A idade foi de
Resumo: 22 dias a 14 meses, média= 3,7 meses (DP±3,57) com 61,5% dos
Introdução: A infecção pelo Estrepcoco do grupo B (SGB) perma- casos em ≤3 meses e em homens. 92,3% residiam em área urbana
neceumadasprincipaiscausasdeóbitoneonatal.Ainfecçãopode e 76.9% no interior do estado. Febre e cefaléia ocorreram em >
ser adquirida no útero, por via ascendente. Entretanto na maioria 90% dos casos; vômitos e rigidez de nuca em 15,4%; abaulamen-
dos casos a contaminação ocorre durante a passagem do canal do to de fontanela anterior e convulsões em 61,5%.Não houve casos
parto. Cerca de cinqüenta por cento dos neonatos de mães colo- comdiarréia.NoLCR,acontagemdeleucócitosfoide117a30208/
nizadas apresentarão colonização de pele e mucosas e dois por mm3(média=9062mm3),amédiadeglicose12,8g/dl(DP±12,58)
cento destes desenvolverão doença sintomática. Objetivos: Redu- e a de proteínas 172g/dl (DP±105,79).Dois casos usaram inicial-
ção da infecção perinatal pelo SGB no Hospital Geral de Guarulhos mente Penicilina cristalina e cloranfenicol, os demais, ceftriaxona.
após implantação do protocolo de prevenção baseado na análise Em 4 casos (30,8%) foi alterado o esquema. O antibiograma não
de riscos e na utilização de profilaxia antimicrobiana. Material e mostrou resistência às cefalosporinas. A alta ocorreu em 23% dos
Métodos: Análise prospectiva de casos de pacientes com infecção casos, transferência para Unidade de Terapia Intensiva de outros
perinatal por SGB de janeiro de 2007, quando foi realizada a im- serviços 38,5% e óbito em 38,5%. Dos 5 óbitos, 4 (80%) ocorreram

128
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
até 48h deinternamento. Conclusões: Ameningite por Salmonella
spp foi mais incidente em lactentes jovens, >60% em < 3 meses; P047
de evolução grave com sequela em 15,4% e letalidade de 38,5%. O IMPACTO DA IMPLEMENTAÇÃO DE BUNDLES NA PREVENÇÃO
Portanto,érelevanteacoletarotineiradeculturascomantibiogra- DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UNI-
ma nas meningites bacterianas para evidenciação desta etiologia DADES DE TERAPIA INTENSIVA.
rara e de evolução desfavorável, mesmo não sendo prioritária na
vigilância das meningites. Autor(es): Raisa Beatrice Mourão, Daiane Patricia Caisa

Palavras-chaves: MENINGITE, SALMONELOSE, VIGILÂNCIA Instituição(ões):


1. HS, Sociedade Hospital Samaritano de São Paulo

Resumo:
P046 Introdução: As pneumonias associadas à ventilação mecânica
PREVAÊNCIA DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO NA GESTAÇÃO (PAV) são as infecções mais prevalentes em terapias intensivas.
Para reduzir este índice, recomenda-se a aplicação de bundles
Autor(es): Emanuelle da Silva Lima, Jocasta Batista de Souza Tava- que, segundo o Institute for Healthcare Improvement (IHI), são
res, Juliana Dias Pereira de Souza, Maíra Massa da Cunha, Maria grupos de boas práticas que individualmente resultam em me-
Auxiliadora F. Siza, Shirley Antas de Lima lhoria da assistência e, quando implementadas em conjunto, as
Instituição(ões): 1. UNIPÊ, Centro Universitário de João Pessoa melhorias são ainda mais substanciais. As evidências científicas
que corroboram cada elemento do bundle estão suficientemente
Resumo: estabelecidas e são consideradas como cuidado padrão. Objetivo:
As transformações anatômicas e fisiológicas que ocorrem no tra- Mensurar o nível de adesão ao bundle de PAV, correlacionando-
to urinário durante a gestação facilitam o desenvolvimento de in- o com a incidência de pneumonias por 1000 dias de ventilação
fecções urinárias sintomáticas em mulheres, que muitas vezes já mecânica (VM). Metodologia: Estudo descritivo, exploratório, re-
apresentam bacteriúria no momento da concepção. A preocupa- alizado em um hospital geral terciário de médio porte na cidade
ção adicional para os profissionais responsáveis pela atenção pré- de São Paulo, de junho/2009 a abril/2010. Todos os pacientes
natal destas mulheres é que , além da incidência aumentada de em VM nas UTIs (adulto, infantil e cardiológica) foram avaliados
infecçõessintomáticasentregrávidas,justamentenesteperíodo,o por meio de check list com cinco medidas essenciais (realização
arsenal terapêutico antimicrobiano e as possibilidades profiláticas de fisioterapia, presença de condensado no circuito, cabeceira
são restritas, considerando-se toxidade de alguns fármacos para o elevada > 30º, higiene oral com clorexidina e ressuscitador manu-
produto conceptual(embrião/feto e placenta). Por este motivos, o al individual) e uma medida de risco (uso de sonda nasogástrica
conjunto de ações iniciada com o diagnóstico precoce, seguindo ou nasoenteral). Este instrumento foi aplicado de forma direta,
de terapêutica adequada e imediata, é imprescindível durante a com posterior cálculo da conformidade. As visitas foram realiza-
assistência pré-natal, evitando comprometer o prognóstico mater- das quinzenalmente, sem aviso prévio, pela mesma avaliadora.
no e gestacional. O principal agente causador a Escherichia coli, Os dados foram analisados com estatística descritiva. Resultados:
uropatógeno mais comum, sendo responsável por mais de três No primeiro mês de acompanhamento, diagnosticou-se alta inci-
quarto dos casos. Por isso, a terapêutica inicial necessariamente dência de PAV (20/1000 dias de VM) e baixa adesão às medidas
deve levar em consideração o padrão de sensibilidade desse mi- avaliadas (15%). No segundo mês, a adesão apresentou aumento
croorganismo aos antimicrobianos proposto. A amoxilina é a subs- gradativo, inversamente proporcional à taxa de PAV. De setembro
tância de escolha, sendo bem toleradae segura para ser usada na a dezembro, a adesão variou de 40 a 70%, com índices de PAV de
gravidez. O Objetivo deste é mostrar a eficácia terapêutica indi- 5 a 15/1000 dias de VM. Em fevereiro, observou-se um pico (30
cada no tratamento de ITU no perído gestacional. Foi feita uma episódios por 1000 dias de VM) e boa adesão ao bundle (70%), o
busca computadorizada de artigos utilizando os sistema, SciELO e que pode ser reflexo do aumento das médias de idade e perma-
Lilacs,cobrindooperíodode2002a2009eoutrosartigoscomple- nência de pacientes graves em uma das UTIs. Posteriormente, a
tos ou resumos de congressos citados na publicação encontradas equipe do Serviço de Controle de Infecção desenvolveu um traba-
e considerados relevantes ao tema também foram consultados e lho educativo, resultando em importante queda do índice de PAV
incluidos. Para que a incidência de ITU na gestação diminua,se faz para aproximadamente 8 episódios por 1000 dias de VM e adesão
necessário um acompanhamento pré-natal bem realizado, com de 90% às medidas do bundle. Conclusão: A aplicação de bundles
exames de uroculturas rotineiramente, durante o primeiro tri- é uma realidade factível, que produz bons resultados no controle
mestre e repetir na 30ª semana de gestação. a fim de diagnosti- e prevenção das infecções hospitalares. Porém, a educação e os
ca o agente etiológico e assim iniciar a antibioterapia precoce e treinamentos periódicos continuam sendo fundamentais nos pro-
adequada. Com esta prática assitencial ocorrerá diminuição de cessos de melhoria dos serviços de saúde.
trabalhos de partos pré-termo, ruptura prematura de membranas
fetais, choque séptico, sepse materna, aumento no risco de baixo Palavras-chaves: bundle, pneumonia associada a ventilação mecâ-
peso e óbito perinatal, além de onerar os cuatos adicionais em nic, prevenção
unidades de terapia intensiva neonatal.

Palavras-chaves: Gestação, ITU, Antibioterapia


P048
AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO DE-
TECTADAS POR VIGILÂNCIA PÓS-ALTA EM UM HOSPITAL DE MÉ-
DIO PORTE EM SÃO PAULO.

129
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Autor(es): DAIANE PATRICIA CAIS, KARINA SCARPARO TONELLI, O Brasil apresenta altos níveis de mortalidade materna onde 92%
CRISTIANE PAVANELLO RODRIGUES SILVA dos casos seriam tragédias evitáveis, sendo as complicações puer-
perais a 3° causa de morte materna prevenível de acordo com a
Instituição(ões): 1. SHS, SOCIEDADE HOSPITAL SAMARITANO décima revisão da classificação internacional de doenças (CID
– 10), dentre a qual, a infecção puerperal se apresenta como a
Resumo: quarta causa de mortalidade materna. Tal problema atinge todas
INTRODUÇÃO:Ainfecçãodesítiocirúrgico(ISC)éaquelaqueocor- as regiões brasileiras, sendo o nordeste o maior detentor de mor-
re em até 30 dias após a cirurgia ou até um ano, em caso de colo- talidade materna por esta causa, constituindo-se assim como um
caçãodeprótese,erepresentacercade24%dototaldasinfecções problema de saúde pública. Essa realidade é incompatível aos co-
hospitalares. Como na maioria das vezes a permanência pós-ope- nhecimentos científicos existentes sobre a patologia, pois a atual
ratória é curta, seu diagnóstico só é feito após a alta, subnotifican- compreensão é suficiente para em uma intervenção multiprofis-
doosíndicesdeISCdedeterminadasinstituiçõesdesaúde.Nestes sional associada aos recursos tecnológicos existentes ocasionar
casos a busca pós-alta faz-se necessária, sempre avaliando a facti- o controle do problema. Tomando como enfoque o controle de
bilidade e os custos desta vigilância, com a finalidade de se obter infecção puerperal na região nordeste, nos propomos a avaliar de
índices fidedignos de ISC e melhorar a qualidade da assistência forma quantitativa os casos de mortalidade materna por infecção
prestada. OBJETIVO: Descrever o índice de infecções de sítio cirúr- puerperal ocorridos nesta região no período de 2003 a 2007, a
gico, por meio de consolidados gerados após a busca pós-alta via partir dos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade
telefone, e comparar estes índices com aqueles obtidos na busca Materna - DATASUS e análise através da elaboração de gráficos e
ativa no âmbito intra-hospitalar. METODOLAGIA: Trata-se de uma discussão embasada na literatura pertinente. Os resultados mos-
análise retrospectiva dos casos obtidos por busca ativa pós-alta, traram que o Nordeste é responsável por 29% das mortes causa-
de setembro de 2009 a abril de 2010, em um hospital privado e das pela infecção puerperal no Brasil (maior percentual) e durante
de médio porte na cidade de São Paulo, conforme preconização oscincoanosanalisadosainfecçãofoiresponsávelpor173mortes
da RDC nº 8 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Foi se- maternas, estando presente entre as cinco principais causas de
guido um questionário padrão com sinais e sintomas sugestivos morte no período em questão, no qual o ano de 2003 foi o mais
de infecção: dor, edema, rubor, calor local, hipertermia, presença acometido por este mal, mesmo sendo um período procedente a
de secreção e nódulos ao redor da incisão cirúrgica. Sendo a ISC ummomentodeintensapressãoaosgestoresdoSistemaÚnicode
identificada, o paciente foi notificado formalmente e acompanha- Saúdequantoaocombatedamortalidadematernaporcausasevi-
do após 60 e 90 dias, também via telefone, para seguimento de táveis. Percebeu-se que a infecção puerperal em 2003 foi respon-
sua evolução, recebendo ao final, alta do Serviço de Controle de sável por 7% (41) de todas as mortes ocorridas, em 2004 por 5%
Infecção Hospitalar. RESULTADO: Após análise dos dados, identifi- (29), 2005 por 6% (40), 2006 por 5% (29) e em 2007 por 6% (34).
camos 40 ISC diagnosticadas no âmbito intra-hospitalar e 27 casos Portanto, no nordeste não houve diminuição relevante no número
por busca ativa pós-alta, ou seja, do total das ISC, 40,3% não se- de mortes por infecção puerperal. Logo, enquanto a atuação em
riam notificadas caso não houvesse busca pós-alta dos pacientes saúde no nordeste não estiver capacitada e preparada para pres-
cirúrgicos. Nenhum caso suspeito de infecção por micobactéria foi tar uma assistência em saúde adequada para a mulher de forma
identificado. De 2569 pacientes operados, 2518 (98%) foram en- holística e individualizada, ficará quase que inviável a redução das
contrados e aceitaram responder ao questionário, demonstrando mortes maternas por infecção puerperal.
excelente sucesso no contato. CONCLUSÃO: Concluímos que no
casodehospitaisquenãopossuamambulatóriodeegresso,abus- Palavras-chaves: Infecção Puerperal, Mortalidade Materna, Puer-
ca pós-alta é necessária e, dentre outras metodologias, o contato perio, Saúde da Mulher
telefônico é o que parece ser mais fidedigno por abranger quase a
totalidade dos pacientes. O índice de infecção identificado após a
altanesteestudojustificaanecessidadedaimplantaçãodestetipo
de vigilância, sempre avaliando a factibilidade e os custos de cada P050
metodologia adotada. AVALIAÇÃODAINCIDÊNCIADESEPTICEMIANAREGIÃONORDES-
TE NO PERÍODO DE 2005 À 2008
Palavras-chaves: CENTRO CIRÚRGICO, INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGI-
CO, PREVENÇÃO, VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Autor(es): Bruna Lopes da Silva1, Frederico Fávaro Ribeiro2, Leila
de Cássia Tavares da Fonsêca1,3

Instituição(ões):
P049 1. UFPB, Universidade Federal da Paraíba - Campus I
MORTALIDADE MATERNA E A INFECÇÃO PUERPERAL: UMA ANA- 2. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba - Campus V
LISE DE SUA OCORRÊNCIA NO NORDESTE 3. CCS, Centro de Ciências da Saúde

Autor(es): Bruna Lopes da Silva1, Frederico Fávaro Ribeiro2, Resumo:


Smalyanna Sgren da Costa Andrade1, Fernanda Maria Chianca da A Septicemia Consiste em uma doença infecciosa grave causada
Silva1 pela disseminação de bactérias patogênicas, esta requer a utiliza-
ção de equipamentos sofisticados, medicamentos de alto custo e
Instituição(ões): mão de obra especializada para combater a doença, gerando altos
1. UFPB, Universidade Federal da Paraíba - Campus I custos,sendo considerada um sérioproblema de saúdepúblicano
2. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba - Campus V Brasil, haja vista ser responsável por 65% das mortes ocorridas no
país, além de ser uma das principais causa de mortalidade hospi-
Resumo: talar tardia. Logo verificamos que a assistência em saúde tem dei-

130
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
xado a desejar por algum motivo, o qual só pode ser identificado a coorte retrospectivo com abordagem quantitativa. Os dados fo-
partir do momento que existirem dados regionais sobre o acome- ram coletados dos prontuários dos recém-nascidos das enferma-
timento de tal patologia. O Nordeste apresenta-se como uma das rias e fichas de investigação da Comissão de Controle de Infecção
regiões mais acometidos da Infecção generalizada, porem é pobre Hospitalar (CCIH), no período de janeiro a dezembro de 2009 e
em relação ao estudo epidemiológico da septicemia. Sendo ne- analisados com auxílio do programa Excel (Microsoft®). RESUL-
cessário o desenvolvimento desse conhecimento. Em decorrência TADOS: No período analisado nasceram 674 neonatos na MEJC,
disso temos como objetivo avaliar a Morbidade Hospitalar do Sis- dos quais 93 (13,80%) apresentaram infecções transplacentárias,
tema Único de Saúde residente na região Nordeste no período de sendo: 73 (10,83%) casos de sífilis congênita, 14 (2,08%) recebe-
2005 à 2008. Para alcançarmos o objetivo proposto, foi utilizado o ram profilaxia contra retrovirose (mas não houve confirmação de
métododocumentalequantitativa,apartirdosdadosdoDATASUS sorologia positiva nos recém-nascidos), 3 (0,44%) de toxoplasmo-
sobre o Sistema de Informação de Epidemiologia e Morbidade e se congênita, 2 (0,30%) de citomegalovírus e 1 (0,14%) de herpes
Estatísticas vitais juntamente com os dados das estimativas popu- congênita. Nota-se uma maior incidência dos internamentos por
lacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2005 sífilis congênitaquandocomparadoasdemaispatologias,cercade
à 2008, identificando os casos segundo a Décima Classificação In- cinco vezes mais que o HIV. CONCLUSÃO: Através desse estudo foi
ternacional de Doenças e analisando-os através da elaboração de possível observar a grande incidência de doenças infecciosas de
gráficos, discussões embasadas na literatura pertinente e a inci- transmissão vertical e que podem ser preveníveis para o feto com
dência calculada por 100.000 habitantes. Constatamos que o Nor- o tratamento materno adequado. Contudo, ainda são responsá-
deste foi responsável por 20,28% (44.628) dos casos ocorridos no veis por um considerável número de internações dos recém-nas-
Brasil, apresentando incidência total de 21,5 casos. Durante o pe- cidos na Maternidade, prorrogando a alta do neonato o qual fica
ríodo de 2005-2008 a incidência esteve oscilante, sendo a menor mais exposto a outras infecções, que podem agravar ainda mais o
de 19,3 casos em 2008 e a maior de 24,1 casos em 2005. Ao final seu quadro clínico. Por isso, torna-se necessário um maior inves-
do período observamos redução de 19,92% da taxa de incidência. timento em ações de prevenção, tratamento e acompanhamento
Verificou-se ainda que os óbitos evoluíram de forma decrescente maternoduranteopré-natalevitandoassimatransmissãoplacen-
de 2005 à 2008, com diminuição de 8%. Quanto à letalidade ob- tária.
servamos um aumento, indo de 28,3% em 2005 a 31,3% em 2008,
com letalidade total de 28,8%. Podemos concluir que a incidência Palavras-chaves: INFECÇÕES, TRANSPLACENTÁRIAS, NEONATOS,
da septicemia apresentou diminuição no acometimento popula- TRANSMISSÃO VERTICAL
cional.Emcontrapartidaaletalidadeteveumaumentoconsiderá-
vel, o que mostra a necessidade de avaliar a assistência em saúde,
verificando a disponibilidade de recursos humanos e materiais ne-
cessáriosparaodesenvolvimentodocuidaradequadoarealidade.
P052
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UM PA-
Palavras-chaves: Doenças Infecciosas, Infecção Generalizada, Sep-
CIENTECOMOSTEOMIELITEINTERNADOEMHOSPITALDEGRAN-
ticemia
DE PORTE DO RECIFE.

Autor(es): Denise Rodrigues Lima dos Santos1, Amanda de Melo


P051 França1,1,RosanaFerreiraNeponuceno1,1,1,MyrtesDanyelleOli-
INCIDÊNCIA DE INFECÇÕES TRANSPLACENTÁRIAS EM NEONATOS veira Silva1,1,1, Renata Kizzis de Barros Ribeiro2,2,2
NASCIDOS NA MATERNIDADE ESCOLA JANUÁRIO CICCO - NATAL/
RN. Instituição(ões):
1. UPE, Universidade de Pernambuco
Autor(es): ELAINE CRISTINA ALVES ALVES, SHEILA DUARTE DE 2. UFPE/CAV, Universidade Federal de Pernambuco
MENDONÇA MENDONÇA, VANESSA GOMES DE OLIVEIRA OLIVEI-
RA, CARLOS AUGUSTO MEDEIROS DE ARAÚJO ARAÚJO, DANIEL Resumo:
CABRAL PEREIRA PINTO PINTO, EDNA MARTA MENDES DA SILVA textoINTRODUÇÃO A osteomielite é uma infecção do tecido ósseo
SILVA causado mais freqüentemente por bactérias piogênicas, embora,
em alguns casos possa ser ocasionada por fungos. Apesar dos os-
Instituição(ões): sos serem geralmente protegidos podem infectar-se por invasão
1. MEJC/UFRN, Maternidade Escola Januário Cicco / Universidade direta, infecção de tecidos moles adjacentes ou através da circula-
Federal do ção sanguínea. Em crianças a infecção por disseminação hemato-
gênica é a mais comum, ocorrendo principalmente na faixa etária
Resumo: de2a5anos,ocasionadaem80à90%doscasospelostaphylococ-
INTRODUÇÃO: As infecções relacionadas à assistência à saúde cus aureos sendo os ossos longos dos membros inferiores os mais
em neonatologia são classificadas em: transplacentárias, preco- acometidos. Os sintomas mais comuns do quadro infeccioso, na
ce de origem materna e tardia de origem hospitalar. As infecções osteomielitehematogênica,sãoafebrealtaesúbita,dor,restrição
transplacentárias são transmitidas da mãe para o feto no período ao movimento do membro afetado, edema e aumento da sensibi-
intra-uterino. As patologias comumente transmitidas por essa via lidade local, além de eritema. OBJETIVOS Caracterizar o Processo
são: toxoplasmose, herpes simples, sífilis, rubéola, citomegaloví- de Enfermagem no controle da infecção em um paciente pediátri-
rus, hepatite B e vírus da imunodeficiência humana (HIV). OBJE- co com osteomielite, associada à infecção bacteriana. MÉTODOS
TIVO: Descrever a incidência de infecções transplacentárias em Relato de caso realizado, através da revisão de literatura e análise
neonatos nascidos na Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), de prontuário de um paciente, internado em um hospital de gran-
Natal-RN. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo tipo de porte no Recife. RESULTADOS Paciente J.J.M.J., de 3 anos e 10

131
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
meses, sexo masculino, deu entrada na Emergência do Hospital da informaram o uso de gorro e 15,3% mantinham os cabelos soltos.
Restauração (HR) no dia 27/03/10 com história de queda a mais Com relação à higienização das mãos, 93,1% afirmaram realizá-la,
oumenosseisdiasevoluindocomsinaisflogísticosemcoxadireta, entretanto, 43,1% não as higienizavam entre diferentes procedi-
sendo realizado drenagem cirúrgica do abscesso. No serviço, com mentos no mesmo cliente. Quanto ao uso de equipamentos de
hipótese diagnóstica de broncopneumonia e osteomielite, fez an- proteção individual durante a assistência aos clientes, os partici-
tibioticoterapia com Vancomicina e Gentamicina. Em decorrência pantes referiram que: para precaução de contado, 97,2% o uso de
das infecções ósseas serem de difícil tratamento e fácil dissemina- luvas e capote; precauções para gotículas, 80,5% utilizar a más-
ção, este paciente deve ser acompanhado de forma a minimizar a cara cirúrgica; e precauções para aerossóis, apenas 83,3% o uso
proliferaçãodainfecçãoatravésdediagnósticosedasintervenções da máscara N-95. Quanto questionados sobre a identificação de
de Enfermagem, que nesse caso incluirá importantes diagnósticos clientes em precauções baseadas na forma de transmissão, 88,9%
como: Dor aguda relacionada com a inflamação e inchação; Com- afirmaram que são identificados e 11,1% não souberam informar.
prometimento da mobilidade física relacionado com a dor e Risco Conclusão: Os resultados mostram a necessidade da elaboração
de extensãodainfecção.Asintervenções essenciaisno cuidado de de estratégias diferenciais, capazes de promover mudanças no
Enfermagem será o uso correto da técnica asséptica, conscientizar comportamento dos profissionais, de forma adequar suas condu-
os familiares sobre o regime de tratamento, proporcionar alívio tas às medidas de prevenção e controle de IACS, visando seguran-
da dor e apoio emocional. Dessa forma, espera-se como resultado ça no cuidado, tanto para o cliente, quanto para o profissional.
o controle do processo infeccioso. CONCLUSÃO O osteomielite é
uma infecção muito comum na infância, mas que pode trazer con- Palavras-chaves: infecção, UTI, biossegurança, Profissional da saú-
seqüências para a vida adulta, como no caso da sua cronificação de, microrganismo
onde ocorrem abscessos recorrentes durante toda a vida. Sendo
assim, mostra-se a relevância dos cuidados e orientação da Enfer-
magem ao paciente.
P054
Palavras-chaves: Controle de infecção, Infecção comum na infân- VIGILÂNCIA E CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS A
cia,Infecçãodotecidoósseo,ProcessodeEnfermagem,Osteomie- ASSISTÊNCIA EM SAÚDE EM OBSTETRÍCIA DO HOSPITAL DAS
lite CLÍNICAS DA UFMG

Autor(es):IveSouzaeSousa2,1,LucianaCamponezdeÁvilaMene-
zes2,1, Aline Martins Braga2,1, Nelma de Jesus Braz*1, Guilherme
P053 Augusto Armond1, Henrique Vitor Leite3,4, Regina Amélia Lopes
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO EM UNIDA- Pessoa de Aguiar3,4, Wanessa Trindade Clemente1,3, Roberta
DES DE TERAPIA INTENSIVA Maia de Castro Romanelli1
Instituição(ões):
Autor(es): MAYARA REGINA PEREIRA, DAYANE DE MELO COSTA, 1. CCIH - HC/UFMG, Hospital das Clínicas-UFMG
ANGÉLICA OLIVEIRA PAULA, JOYCE KELLEN CORREIA SOUSA, RE- 2. EE/UFMG, Escola de Enfermagem-UFMG
NATA GONÇALVES PAULINO, DAYANNE PRISCYLLA PIRES DE DEUS, 3. FM/UFMG, Faculdade de Medicina - UFMG
MARINÉSIA APARECIDA PRADO PALOS 4. HC/UFMG, Hospital das Clínicas/UFMG
Instituição(ões): 1. FEN/UFG, Faculdade de Enfermagem/ Univer-
sidade Federal de Goiás Resumo:
INTRODUÇÃO – A vigilância pós-cesárea para notificação de in-
Resumo: fecções é recomendada por tratar-se de componente cirúrgico e
Introdução:AsinfecçõesAssociadasaosCuidadosemSaúde(IACS) grandepartedessasinfecçõessedesenvolveapósaaltahospitalar.
representamumgrandeproblemadesaúdepúblicaprincipalmen- Naliteratura,ainfecçãopuerperalapresentataxasqueoscilamen-
te em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por se tratar de um am- tre 3 e 20%. Na instituição em estudo, encontrou-se 1,3%de infec-
biente insalubre, que recebe pacientes debilitados e muitas vezes ção pós-cesárea por notificação passiva nos anos de 2005 a 2007.
imunocomprometidos,favorecendoaexposiçãoamicrorganismos Assim, a adoção de um método de vigilância ativa pós-alta das
virulentos e resistentes aos antimicrobianos. Sendo indispensável pacientes obstétricas é de extrema importância para definição de
nesse ambiente a adequação às normas de biossegurança, tan- taxas reais de infecção puerperal. OBJETIVO - O projeto tem como
to para proteção dos profissionais quanto do cliente. Objetivo: objetivo estabelecer vigilância ativa das infecções em puérperas
Avaliar a adesão dos profissionais das equipes de enfermagem e para estabelecer taxas reais do serviço. MATERIAL E MÉTODOS -
médica às medidas de prevenção e controle de infecção em UTI, Trata-se de projeto prospectivo, de monitoramento de infecções
clínica e cirúrgica. Método: Estudo descritivo, realizado em um pós-cesáreas de puérperas do HC/UFMG. O estudo piloto incluiu
hospital universitário de Goiânia-Goiás, durante o mês de maio pacientes com parto entre 14/03/10 a 02/05/10. Utilizaram-se fi-
de 2010. A coleta de dados foi realizada por meio de um ques- chasdecoletaequestionárioelaboradoparaseguimentopós-alta.
tionário auto-aplicável, com trabalhadores das equipes médica e As informações foram coletadas diariamente do prontuário até a
de enfermagem das UTI clínica e cirúrgica da referida instituição. alta e com um contato telefônico em 30 dias após o parto para
Resultados: Foram investigados 72 profissionais, desses 55,5% notificação de infecção de ferida cirúrgica. Os dados foram digi-
eram técnicos em enfermagem, 19,4% eram enfermeiros e 25,7% tados e analisados em programa estatístico em computadores do
médicos. Sendo que 72,2% possuíam vínculo empregatício com serviço. RESULTADOS – Incluíram-se 180 pacientes submetidas a
outra instituição de saúde. No que se referem às atitudes de riscos parto cesárea e 111 completaram o período de seguimento de 30
dessesprofissionaisnocotidianodotrabalhoidentificou-se:75,0% dias pós-parto. No entanto, 35 (31,5%) delas foram consideradas
referiram uso de algum tipo de adorno, 44,4% unhas esmaltadas, perda de seguimento. Assim, 76 (68,5%) foram entrevistadas. Sete
9,7% de unhas compridas e 2,8% unhas sujas. Apenas de 54,2% (9,2%) delas informaram critérios para notificação de infecção,

132
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
sendoseisdelas(85,7%)comcritériosparanotificaçãodeInfecção aCCIHconcluiuqueéextremamentenecessáriaumavigilânciape-
de Ferida Cirúrgica Superficial (IFSS) e uma (14,3%) com Infecção riódicacomomedidadeprevençãodestetipodeinfecção,alémde
de Ferida Cirúrgica de Órgão ou Cavidade (IFCOC). Os critérios in- melhorarmos a qualidade na assistência de enfermagem.
formadosparaIFSSforamacometimentodepeleesubcutâneo(6),
drenagem purulenta (3), dor ou hipersensibilidade na ferida (4), Palavras-chaves: Acessos venosos, Controle de Infecção, Infecção
edema (3), calor (3) e drenagem cirúrgica da ferida (1) ou diag- Hospitalar, Pacientes Pediátricos, Punções Venosas
nóstico médico (5). Uma paciente referiu o diagnóstico de endo-
metrite, relato de abscesso e inserção de dreno, com diagnóstico
médico. CONCLUSAO – Após o início da vigilância, a taxa global
de infecção pós-cesárea encontrada foi comparável a taxas inter- P056
nacionais. Entretanto, está acima de dados nacionais e do serviço INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE (IRAS) EM
notificados por meio de vigilância passiva. O método de vigilância PACIENTES SORODISCORDANTES PARA O HIV, EM UNIDADE DE
pós-alta proposto mostrou-se capaz de identificar infecções que, TERAPIA INTENSIVA (UTI) ADULTO
geralmente, seriam subnotificadas, com definição de taxas reais
do serviço, o que favorece definição de ações preventivas. Autor(es): Lisandra Serra Damasceno1,5,3, Lara Gurgel Fernan-
des Távora2,1,5, Evelyne Santana Girão3,1,5, Rafael Fonseca de
Palavras-chaves: Infecção puerperal, Vigilância, Controle de infec- Queiroz2, Renato Labanca Delgado Perdigão2, Alessandra Serra
ção Damasceno4

Instituição(ões):
1. HSJ, Hospital São José de Doenças Infecciosas
P055 2. Unifor, Universidade de Fortaleza
ESTRATÉGIAS PARA O CONTROLE DE INFECÇÃO DOS ACESSOS VE- 3. UFC, Universidade Federal do Ceará
NOSOS PERIFÉRICOS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS. 4. UECE, Universidade Estadual do Ceará
5. Sesa, Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
Autor(es): Michelline Souza Cordeiro, Larissa Carvalho Lopes
Instituição(ões): 1. HGL, Hospital Geral de Linhares Resumo:
Introdução: As IRAS representam um grave problema de saúde
Resumo: pública, e estão entre as principais causas de morbimortalidade
INTRODUÇÃO: Os cateteres venosos periféricos são amplamente no mundo. Determinam um aumento em média de 5 a 10 dias no
utilizados no meio hospitalar e com isto a terapia endovenosa é período de internação hospitalar. Alguns estudos têm demontra-
indispensável na prática diária da enfermagem. Do ponto de vista do que pacientes HIV positivos podem ter uma frequencia maior
de infecção, pode-se dizer que cerca de 60% das infecções relacio- de IRAS quando comparados com pacientes HIV negativos. Em pa-
nadas ao acesso vascular são oriundas da pele e das conexões, daí cientes internados em UTI o risco de adquirir IRAS é bem maior,
a importância deste estudo. OBJETIVO: Apresentar a incidência de cerca de cinco a dez vezes, devido ao grande número de proce-
Infecções do Acesso Vascular Periférico em pacientes internados dimentos invasivos a que são expostos. Objetivos: avaliar as IRAS
na Clínica Pediátrica do Hospital Geral de Linhares. MÉTODOS: Em ocorridas em UTI adulto em pacientes sorodiscordantes para o
virtude da baixa indicação de procedimentos invasivos (ventilação HIV, no Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ) no período
mecânica, sondagens, punção venosa profunda, etc.) aos pacien- de janeiro de 2006 a dezembro de 2007. Materiais e métodos: Es-
tes pediátricos, a CCIH juntamente com a Enfermeira Coordena- tudo de corte transversal dos pacientes internados na UTI do Hos-
dora do setor considerou como relevante o acompanhamento das pital São José no período de 2006-2007. Os casos de IRAS foram
punções venosas periféricas. A partir daí, criou-se uma planilha diagnosticadas utilizando os critérios da metodologia NNISS/CDC.
para o registro de todos os pacientes que foram submetidos a este Resultados : No período do estudo, foram diagnosticados 144 ca-
procedimento durante o período do estudo (Maio de 2009 a Abril sosdeIRAS,em106pacientes.SessentaeramHIVnegativo(neg)e
de 2010). Nela, além do controle do número de punções, foram 46HIVpositivo(pos).OspacientesHIVpostiveramamédiadeida-
especificados os principais motivos para a troca dos acessos (Obs- de menor em relação aos HIV neg (41anos vs. 51anos - p=0.00). A
trução, Perda, Infiltração e Flebite). O diagnóstico de infecção re- média do escore Apache foi semelhante em ambos os grupos (18
lacionada ao cateter periférico foi firmado naqueles em que havia HIV pos vs. 17.6 HIV neg - p=0.87). As pneumonias (83/144) repre-
sinais inflamatórios (Flebite). Não foi feito cultura de cateter peri- sentaram o sítio topográfico mais acometido nos dois grupos, sen-
férico por ser um exame de baixa especificidade segundo a Anvisa do que a maioria (97%) esteve associada à ventilação mecânica.
(2009). RESULTADOS: Após 11 meses de estudo, observou-se que Quanto à densidade de incidência das IRAs não houve diferenças
a Infecção de Acesso Vascular Periférico (Flebite) é a menor com- significantes nos grupos estudados (HIV neg: 31 vs. HIV pos: 30,8
plicação relacionada à punção venosa periférica, representando – p=0,69). A densidade de incidência de pneumonia associada à
apenas 0,4% (n = 02) no universo de 552 punções neste período. ventilação mecânica foi maior no grupo HIV pos (HIV neg: 19,9 vs.
Logo, os principais motivos para a troca das punções que mais se HIV pos: 24,0 – p=0,38), enquanto que a densidade de incidência
destacaram foram: Obstrução 16,7% (n = 92) e Infiltração 15,4% de infecção urinária associada à sodagem vesical de demora foi
(n = 85). Diante disto, foram revisadas as rotinas de enfermagem, maior no grupo HIV neg (HIV neg: 4,5 vs. HIV pos: 1,6 – p=0,09),
a qualidade do cateter e a necessidade de implantação de Dispo- entretanto sem significância estatística. A média de leucócitos à
sitivo Intravenoso Periférico Intermitente como protocolo para os época do diagnóstico das IRAS foi maior nos pacientes HIV neg. A
pacientes pediátricos. CONCLUSÃO: A partir do controle diário da maioria dos pacientes HIV pos evoluíram para óbito (HIV neg: 54%
enfermagem em relação às punções venosas periféricas, foi ob- vs. HIV pos: 70% – p=0,2). Conclusão: O perfil das IRAS encontrado
servado que a Infecção do Acesso Vascular Periférico (Flebite) é a noperíodoestudadofoisemelhantenosdoisgrupos,nãohavendo
menor complicação associada à troca dos cateteres. Desta forma, diferenças significativas.

133
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Palavras-chaves: Infecção hospitalar, Unidade de terapia intensiva, P058
HIV FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA
EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO NA CIDADE DO NATAL-RN

P057 Autor(es): JANNYCE GUEDES DA COSTA1, EDINÔRA ASSUNÇÃO


ROCHA2, ANA MARIA ALVES2, ROSIMEIRE JÁCOME DE QUEIROZ2,
INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETER VENOSO CENTRAL EM PA-
CIENTESTRANSPLANTADOSDEMEDULAÓSSEADEUMHOSPITAL MARIA GORETTI LINS MONTEIRO2, MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA
UNIVERSITÁRIO FERNANDES2, MARIA NARRIMAN GUIMARÃES GOUVEIA2, MARIA
CELESTE NUNES DE MELO1
Autor(es): Gláucia Helena Martinho, Rosane Luiza Coutinho, Ricar-
do Luiz Fontes Moreira, Lenize Adriana de Jesus, Dirciana Batista Instituição(ões):
Cangussú, Lucienne França Reis Paiva, Wanessa Trindade Clemente 1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
2. HMAF, HOSPITAL PEDIÁTRICO MARIA ALICE FERNANDES
Instituição(ões):
1. CCIH-HC/UFMG, CCIH - Hospital das Clínicas da UFMG Resumo:
Infecção hospitalar normalmente está associada a índices eleva-
Resumo: dos de morbidade e mortalidade. A exposição a fatores de risco
INTRODUÇÃO: Os dispositivos intravasculares são importantes como uso de cateter venoso, nutrição parenteral, longos períodos
para a prática diagnóstica e terapêutica, contudo, a permanência de internação, intervenções cirúrgicas, uso profiláticos de antibió-
doscateteresvenososcentrais(CVC)podelevarariscoaumentado ticos, idade do paciente podem contribuir para o aparecimento de
de infecções e complicações. Os CVC são utilizados em pacientes infecção da corrente sanguínea.Assim, esse estudo tem como ob-
onco-hematológicos e requerem maior cuidado na sua inserção jetivo identificar fatores de risco associados à infecção da corrente
e manutenção. Para imunocomprometidos os critérios diagnós- sanguínea em paciente internados em um hospital pediátrico na
ticos de infecção do Centers for Disease Control and Prevention cidade do Natal-RN.As hemoculturas solicitadas ao Laboratório de
(CDC) são falhos, sendo necessária a adequação dos critérios para Microbiologia do hospital pediátrico durante o período de janeiro
o diagnóstico da infecção de cateter e infecções da corrente san- a agosto de 2009 foram identificadas pelo sistema semiquantita-
guínea. OBJETIVO: Identificar as infecções associadas aos catete- tivo API®/ID32 Biomerieux.As hemoculturas foram classificadas
res venosos centrais de pacientes transplantados de medula óssea quanto à origem da infecção em comunitárias ou hospitalares,
em Hospital Universitário de Belo Horizonte, considerando crité- caso fossem positivas no período inferior ou superior a 48 horas
rios do CDC e adaptados. MÉTODOS: Trata-se de estudo descritivo de internação, respectivamente.Os dados dos fatores de risco
que avalia a infecção associada à CVC em pacientes submetidos à foram obtidos a partir de consulta aos prontuários dos pacien-
transplante de medula óssea (TMO) que utilizaram CVC,de acordo tes internados no hospital pediátrico durante esse período.Das
com os critérios do National Healthcare Safety Network do CDC e 41 hemoculturas positivas foram isolados:9(22%) Staphylococ-
critérios adaptados, em um hospital de Belo Horizonte no período cus aureus, 8(19%) Candida sp., 7(17%) Estafilococos Coagulase
de janeiro de 2008 a dezembro de 2009. RESULTADOS: Durante o Negativa, 4(10%) Klebsiella pneumoniae, 4(10%) Pseudomonas
ano de 2008 foram realizados 72 TMO, com 1.727 CVC-dia, me- sp., 3(7%) Streptococcus pneumoniae, 2(5%) Kodamaea ohmeri,
diana de duração de utilização de CVC de 17 dias e densidade de 2(5%) Acinetobacter sp., 1(2%) Sphingomonas paucimobilis, 1(2%)
incidência de sepse associada à CVC de 28,4 por 1.000 CVC-dia. Serratia liquefaciens.Entre as 14(34%) hemoculturas classificadas
Em 2009 foram realizados 59 TMO com 1.826 CVC-dia, mediana como comunitárias 8(57%) foram isoladas de pacientes com idade
de duração de utilização de 14 dias e densidade de incidência de inferior a 2 anos, 8(57%) eram do sexo masculino e 5(35%) com o
sepse associada à CVC de 31,2 por 1.000 CVC-dia. Nos anos de diagnóstico de pneumonia.Com relação, as 27(66%) hemoculturas
2008 e 2009, os principais agentes causais para infecções de cor- hospitalares, 19(70%) em pacientes com idade inferior a 8 meses,
rente sanguínea foram os Staphylococcus spp, correspondendo a 17(63%) eram do sexo masculino, 13(48%) tiveram alguma obstru-
30,8% (8/26) e 29,8% (14/46) das notificações, respectivamente ção ou complicação intestinal e/ou foram submetidos a cirurgia
(p=0,98). Do total de infecções associadas à assistência a saúde, como apendicectomia ou colostomia.O tempo de internação va-
foram definidas como sepse clínica 27,9% em 2008 e 22,8% em rioude7diasa114dias.Alémdisso,em26(96%)dashemoculturas
2009 (p=0,74). Como sepse laboratorialmente confirmada no ano hospitalares, os pacientes tinham feito uso de cateter venoso e
de 2008 foram 19,4% e 33,1% no ano de 2009 (p=0,24). CONCLU- 15(55%) de nutrição parenteral.E das 10 hemoculturas positivas
SÃO:Apesardastaxasmanterem-seestáveisnosdoisanos,oestu- para levedura, os pacientes haviam feito uso de antibióticos an-
do identificou taxas elevadas de infecção associada à CVC em pa- teriormente a infecção.Conscientização dos profissionais quanto
cientes submetidos à TMO. Nesse caso o critério de sepse clínica aos riscos da transmissão cruzada de patógenos e utilização téc-
torna-se importante nesta população, pois corresponde a parcela nicas assépticas durante a inserção de dispositivos invasivos, uso
expressiva das notificações de infecções da corrente sanguínea. racional de antimicrobianos e contenção de possíveis surtos po-
Diante disto a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar tem dem contribuir para diminuição da morbidade e mortalidade dos
reforçado as medidas de prevenção e controle de infecções asso- pacientes pediátricos.
ciadas a cateter na tentativa de redução das infecções.
Palavras-chaves: Fatores de risco, Infecção da corrente sanguínea,
Palavras-chaves: Infecção hospitalar, Cateter venoso central, Pediátrico
Transplante de medula óssea, Hospital Universitário

134
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P059 P060
PERFIL MICROBIOLÓGICO DE PONTAS DE CATETER VENOSO AS- ANALISE DA ADEQUAÇÃO NA PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIA-
SOCIADAS À INFEÇCÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA EM UM HOS- NOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO TERCIÁRIO DE RIO DE
PITAL PEDIÁTRICO NA CIDADE DO NATAL-RN JANEIRO NO PERÍODO DE OUTUBRO DE 2006 À MAIO DE 2009

Autor(es): JANNYCE GUEDES DA COSTA1, EDINÔRA ASSUNÇÃO Autor(es): JULIO CESAR DELGADO CORREAL, EDUARDO A.R. CAS-
ROCHA2, ANA MARIA ALVES2, MARIA GORETTI LINS MONTEIRO2, TRO, PAULO VIEIRA DAMASCO, SILVIA THEES CASTRO, PATRICIA DE
MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA FERNANDES2, MARIA NARRIMAN SOUZA INHAQUITE
GUIMARÃES GOUVEIA2, MARIA CELESTE NUNES DE MELO1
Instituição(ões): Instituição(ões):
1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 1. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO
2. HMAF, HOSPITAL PEDIÁTRICO MARIA ALICE FERNANDES
Resumo:
Resumo: Introdução Uma das medidas de controle de infecção hospitalar
Os cateteres venosos são indispensáveis na prática da me- commaiorimpactoéavigilânciaativadaadequaçãonaprescrição
dicina moderna, podendo ser utilizados no monitoramento dos antimicrobianos. Objetivo Descrever os padrões de adequa-
hemodinâmico,administração de soros e medicamentos em um ção na prescrição de antimicrobianos observados no HUPE-UERJ.
período prolongado e, no suporte a nutrição parenteral. Embora Métodos Foi realizada uma analise retrospectiva dos registros de
os benefícios sejam significativos, a infecção relacionada ao ca- farmácia (n = 24,428 prescrições) correspondentes ao período de
teter permanece uma constante causa de infecção da corrente outubro de 2006 a maio de 2009 avaliando os consumos de anti-
sanguínea e, está associada, à significante mortalidade e morbi- microbianos de amplo espectro e analisando em forma prospecti-
dade de pacientes e elevados custos de permanência hospitalar. vatodasasprescriçõesdeantimicrobianosdesdeoutubrode2008
Os patógenos mais isolados nessas infecções, de acordo com atemaiode2009(n=1395).Foramconsultadasasbasesdedados
Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR)2002,são Estafi- do setor de microbiologia, da comissão de controle de infecção
lococos Coagulase-Negativa (ECN), Staphylococcus aureus,Bacilos hospitalar (CCIH) e do setor de internação e altas. Resultados Na
Gram-Negativos e Candida sp., podendo levar a um mau prog- revisão dos consumos de antimicrobianos de amplo espectro foi
nóstico de acordo com condição clínica do paciente. Assim, esse observada tendência a aumento de consumos de polimixina B,
trabalho tem como objetivo estabelecer o perfil microbiológico vancomicina, cefepima, meropenem e piperacilina-tazobactam o
das pontas de cateter venoso associadas à infecção da corrente qual se correlaciona diretamente com aumento de microrganis-
sanguínea em hospital pediátrico na cidade do Natal-RN.As amos- mos multirresistentes na instituição no período correspondente.
tras estudadas são as culturas de ponta de cateter e de sangue Na analise prospectiva o uso terapêutico correspondeu a 84% das
enviadas ao Laboratório de Microbiologia do hospital pediátrico prescrições avaliadas (adequadas em 47% e inadequadas em 53%)
de pacientes internados entre janeiro de 2007 a agosto de 2009.A e o uso profilático correspondeu a 16% (adequadas 7.1% e ina-
hemocultura foi semeada em meios convencionais e as pontas de dequadas 92,9%). A principal causa de inadequação no grupo de
cateter foram cultivadas de acordo com a técnica semi-quantita- prescrições profiláticas foi o tempo de duração excessivo (94,6%)
tiva de Maki,1975. Depois de isoladas, as amostras foram iden- e no grupo de prescrições terapêuticas o uso de antibióticos com
tificadas pelo sistema semi automatizado API®/ID32 Biomeriux.O espectromaiordoqueonecessário(23,3%).ConclusãoExisteuma
cateter venoso foi considerado fonte de infecção para a corrente correlação direta entre o aumento da freqüência de microrganis-
sanguínea na presença da mesma espécie microbiana em ambas mos multirresistentes e as tendências de aumento de consumo
culturas do mesmo paciente. Foram encaminhadas ao laborató- de antimicrobianos de amplo espectro. Os programas de controle
rio um total de 169 pontas de cateter das quais 106(62,7%) foram de infecção hospitalar devem enfatizar atividades (treinamentos,
positivas e 63(37,3%) negativas. Entre os 126 microrganismos iso- elaboração de protocolos) nesta área para diminuir o numero de
lados as espécies predominantes foram S. epidermidis 15(11,9%), prescrições inadequadas e a presença de microrganismos multir-
Candida albicans 15(11,9%), Pseudomonas aeruginosa 15(11,9%), resistentes.
S. haemolyticus 10(7,9%), Candida tropicalis 9(7,1%), Klebsiella
pneumoniae 8 (6,3%),Escherichia coli 5(3,9%),S. aureus 4(3,2%), Palavras-chaves:Antimicrobianos,Adequaçãodeantimicrobianos,
Enterococcus sp 3(2,4%) e Aeromonas sp 1(0,8%). Vinte pontas de Micorganismos multirresistentes, Vancomicina, Carbapenemas
cateter de pacientes apresentaram subseqüentes hemoculturas
positivas para a mesma espécie microbiana, sendo Candida albi-
cans a espécie mais isolada em ambas culturas.Imunidade ima-
tura e uso prolongado de antibióticos podem está relacionado a P061
infecçõesfúngicasempacientespediátricos;Higieneadequadadas IMPACTO DE MEDIDAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO EM SERVIÇO
mãos e o uso de luvas, máscaras, avental e gorro estéreis durante DE SAÚDE NA SELEÇÃO E DISSEMINAÇÃO DE BACTÉRIAS MULTI-
a inserção e manutenção do cateter podem diminuir os riscos de RESISTENTES.
contaminação.
Autor(es): JACQUELINE OLIVEIRA RUEDA*, VILMA AZEVEDO CA-
Palavras-chaves: Infecção da corrente sanguínea, Pediátricos, Pon- NUTO PEREIRA, DANIELA MOREIRA CARAMURU
tas de cateter
Instituição(ões):
1. HIMABA -VILA VELHA/E, HOSPITAL E MATERNIDADE DR. ALZIR
BERNADINO ALVES

135
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Resumo: mos isolados em culturas de pacientes com infecção relacionada
Introdução: Infecção primária de infecção de corrente sanguínea à assistência à saúde (IRAS) e suas sensibilidades antimicrobianas.
(IPCS) é a infecção mais frequente relacionada à assistência a saú- Realizado em uma instituição privada do Espírito Santo, um hospi-
de sendo Staphylococcus coagulase negativo o agente etiológico tal de 87 leitos. Estudo retrospectivo, onde foram incluídas todas
mais incidente seguido por enterobactérias, Staphylococcus au- as culturas positivas de janeiro de 2006 a dezembro de 2009, de
reus resistente a oxacilina (ORSA) e Candida sp. Destes ORSA e as pacientes classificados com IRAS, com amostragem de 604 cul-
enterobactérias produtoras de β-lactamase de espectro expandi- turas positivas. Foram excluídas culturas positivas de pacientes
do (ESBL+) e AmpC-lactamase (AmpC+) representam um desafio classificados como infecção comunitária. A taxa média anual de
devido ao tratamento e a alta mortalidade associada. Em nosso pacientes com IRAS, na instituição, neste período foi de 2,27%.
país os ORSA mostram-se sensíveis a glicopeptídeos, porém esta No presente estudo evidenciou-se isolamento de Pseudomonas
classe de antibióticos (ABT) esta relacionada com a emergência de spp em 14,4%, Proteus spp 3%, Acinetobacter spp 4,8%, Klebsiella
Enterococcus resistente a vancomicina (VRE). O uso de cefalospo- spp 9,9%; Enterobacter spp 5,6%, Staphylococcus aureus 15%,
rinas de 3ª geração induz a seleção de cepas de bactérias produ- Staphylococcus coagulase negativa 18,9%, E.coli 12,1%, Entero-
toras de ESBL, e a mutação cromossomial que leva a produção de coccus spp 5,6%, Serratia spp 3%, Candida 3,3% e outros micror-
AmpC+. Objetivo: Descrever o impacto de medidas de controle de ganismos 4,3%. Em relação à resistência à carbapenens em gram
infecção na seleção e disseminação de bactérias multiresistentes negativos foram encontradas em 41,4% das Pseudomonas isola-
(MR).Materiaisemétodos:Estudodescritivorealizadonaunidade das e em 3,4% dos Acinetobacter isolados. Sobre a resistência à
de terapia intensiva neonatal e pediátrica em Vila Velha/ES. Foram meticilina foi encontrado em 20,9% dos Staphylococcus aureus e
comparadasasincidênciadebactériasentre2períodos:2006/07e 56,1% dos Staphylococcus coagulase negativa isolados. Não foram
2008/09, períodos em que a CCIH interviu com as seguintes estra- isolados cepas de Enterococcus e de Staphylococcus, Vancomicina
tégias:oRealizaçãodeswabdevigilância(retalenasal)empacien- resistentes.O conhecimento das infecções permitiu refletir sobre
tes egressos e naqueles provenientes de outro serviço de saúde; microrganismos prevalentes em nossa instituição, multiresistên-
o Instituição de precaução de contato para pacientes colonizados/ cia, orientar as ações educativas e favorecer as intervenções de
infectado por bactéria MR; o Educação em relação ao uso de anti- prevenção e controle de casos.
microbianos sendo restringido o uso de vancomicina e 3ª geração
sendo o uso desta substituído por cefepima; Além disto, em 2009 Palavras-chaves: hospitalar, infecção, microrganismos, pacientes,
foi iniciada a vigilância semanal de VRE em pacientes de risco. Na prevalente
comparação entre as taxas foi usado teste χ2 (chi-square test). Re-
sultados: Após as intervenções da CCIH não ocorreu infecções por
ORSA (p < 0,05), as infecções por enterobactérias ESBL+ sofreram
uma queda de 70% (p < 0,05), mas a ocorrência de enterobacté- P063
rias AmpC+ permaneceu estável. Não foi encontrado VRE. Con- ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO PULMONAR RELACIO-
clusão: As medidas instituídas são de baixo custo,fácil aplicação e NADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA E IDENTIFICAÇÃO DOS GERMES
reprodutividade, e se mostraram efetivas no controle de ESBL+ e MAIS FREQUENTES EM UMA INSTITUIÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
ORSA, porém não se mostraram efetivas no controle de Amp C+.
Isto nos indicou que a cefepima apesar de ser um fraco indutor na Autor(es): Andressa Monteiro Braconi Grilo, Mireli Silotti Mastelo,
produção de AmpC+, deva ser utilizado com cautela. (AmpC beta- Renata Rosa Lima
lactamases. Jacoby GA.Clin Microbiol Rev. 2009 Jan;22(1):161-82).
A queda na ocorrência de ORSA automaticamente restringiu o uso Instituição(ões): 1. HUCI, Hospital Unimed Sul Capixaba
de vancomicina levando a redução deste importante fator de risco
para aquisição de VRE. Resumo:
A pneumonia associada à assistência à saúde(PAAS) é a segunda
Palavras-chaves: Enterobactérias, MRSA, Swab, Vigilância causa mais comum de infecção nosocomial. Há uma variação en-
tre 10% e 50% dos pacientes intubados que podem desenvolver
pneumonia, com risco aproximado de 1% a 3% por dia de intu-
bação endotraqueal.A infecção pulmonar resulta em taxas de
P062 mortalidade que variam entre 20% e 70%.O objetivo deste estudo
INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE : ESTUDO DE foi avaliar a prevalência de PAAS, bem como a pneumonia rela-
PREVALÊNCIA DE MICRORGANISMOS EM PACIENTES INTERNA- cionada à ventilação mecânica (PAV) e identificar os germes mais
DOS EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA frequentemente envolvidos.O estudo foi conduzido na Unidade
de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital privado , no período de
Autor(es):Andressa Monteiro Braconi Grilo, Mireli Silottti Mastelo, janeiro de 2006 a março de 2008. Esta unidade possui sete lei-
Renata Rosa Lima tos adultos, com taxa de admissão aproximada de 390 pacientes
ao ano. Em relação ao método de diagnóstico microbiológico das
Instituição(ões): 4. HUCI, Hospital Unimed Sul Capixaba PAAS utilizamos o não invasivo através de coleta do aspirado tra-
queal com cultura quantitativa e o lavado brônquico alveolar.Fo-
Resumo: ram admitidos na UTI 918 pacientes, com 4.099 pac/dia, dando
As infecções hospitalares representam um desafio na prática clíni- uma média de 4,46 dias de internação por paciente. Dos 918 pa-
ca. A sua ocorrência influencia no período de hospitalização, nos cientes 13,11% apresentaram infecção relacionada à assistência à
índices de morbimortalidade, repercutindo de maneira significati- saúde (IRAS), representando 21,32 % das diárias nesta unidade.
va nos custos, especialmente, considerando o prolongamento da Das IRAS na UTI, 70% foram PAAS e destes 89,79% foram PAV. Dos
internação, o consumo de antibióticos e os exames laboratoriais. 44 pacientes com PAV, 25% evoluíram para óbito. Neste período
Este estudo objetivou determinar a prevalência de microrganis- foram realizados 248 procedimentos de intubação orotraqueal e/

136
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
outraqueostomiascomtotalde2.223diasdeventilaçãomecãnica tato como um fatores de prevenção de disseminação de germes
(VM). Pelo critério do National Nosocomial Infection Surveillance multirresistentes.
System(NNISS) adensidade dePAV foi 19,79por 1000dias deVM.
Em 93,2% pacientes com PAV foram identificados os agentes etio- Palavras-chaves: Contato, Instituições, Pacientes, Precaução, Vindo
lógicos, sendo os germes gram-negativos responsáveis por 67,3%
das cepas isoladas. Os germes mais isolados foram Pseudomonas
spp 18,1%, Acinetobacter spp. 16,4%% e S. aureus 23,6%%. Das P065
Pseudomonas isoladas, 20% eram multirresistentes e dos S. au- INCIDÊNCIADEBACTÉRIASMULTIRRESISTENTESEMPRONTOSO-
reus 23% eram methicillin-resistent. Estes resultados ultrapassam CORRO DE HOSPITAL ESCOLA DE GOIÂNIA
osdadosNNISS,cujataxaéde13,5casospor1.000diasdeVM.As
taxas de PAV são muito conflitantes entre unidades, hospitais, re- Autor(es): PAULA FRANCIELLE TAVARES DE OLIVEIRA1, MARTA
giõesepaíses.Mesmoestudosdiagnósticoshistológicospostmor- MARIA DA SILVA DO AMARAL1, ADRIANA OLIVEIRA GUILARDE2,
tem não são conclusivos, dificultando análise dados estatísticos. MARIUSA BORGES GOMES PRIMO1, MARTA ANTUNES SOUZA1,
LINDON JOHNSON DE ABREU BATISTA1
Palavras-chaves: hospitalar, infecção, microrganismo, pulmonar,
ventilação Instituição(ões):
1. HC/UFG, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE GOIÁS
2. IPTSP, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA
P064
ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES VINDO DE OU- Resumo:
TRAS INSTITUIÇÕES, QUE SE MANTIVERAM EM PRECAUÇÃO DE Introdução. Microrganismos multirresistentes (MMR) represen-
CONTATO. tam um desafio contínuo e crescente para os hospitais, na preven-
ção da transmissão cruzada desses patógenos e no tratamento. As
Autor(es): Mireli Silotti Mastelo, Andressa Monteiro Braconi Grilo, unidades de emergência raramente possuem uma estrutura que
Renata Rosa Lima permita separar pacientes, o que aumenta a probabilidade de dis-
seminaçãodemicrorganismospormeiodecontatoouviasaéreas.
Instituição(ões): 1. HUCI, Hospital Unimed Sul Capixaba Objetivos. Avaliar a incidência de MMR no Pronto Socorro (P.S.) do
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG)
Resumo: de agosto de 2009 a abril de 2010; a procedência dos pacientes
Aerabacteriológicaseiniciouemtornode1980,comtrabalhosde (comunidade ou outra instituição hospitalar), a permanência mé-
alguns estudiosos, estabelecendo medidas simples de prevenção dia e a proporção de infecções hospitalares (IH). Métodos. Para
e controle da disseminação dos microrganismos. As precauções avaliação microbiológica foi utilizado o sistema automatizado VI-
padrão são as principais ações para controlar a disseminação das TEC 1, seguindo as recomendações do Clinical Laboratory Standar-
bactérias multirresistentes e outros agentes infecciosos transmiti- dsInstitute2009(CLSI).Coletadedados:questionárioestruturado
dos, sobretudo pelo contato. Face ao exposto, o presente estudo contendo: clínica de origem, sítio de obtenção da cultura e o perfil
tem por objetivo analisar de forma quantitativa as características de susceptibilidade aos antimicrobianos. Resultados: Foram ava-
dos pacientes vindo de outras instituições,que se mantiveram em liadas 222 amostras de culturas. Os sítios de isolamento com os
precaução de contato por apresentarem colonização/infecção por patógenos mais frequentes foram: hemocultura (n=33): S. aureus
microrganismos multirresistentes. Trata-se de uma abordagem (44,2%) e P. aeruginosa (4,3%); urina (n=77): E. coli (88,0%) e K.
metodológica quantitativa com caráter descritivo exploratório, pneumoniae (76,9%); sítio cirúrgico (n=5): A. baumannii (41,7%)
onde foram analisadas as características dos os pacientes vindos e S. aureus (7,3%). Os microrganismos mais frequentes foram: E.
de outras instituições, sendo instalados precaução de contato (PC) coli (n=67; 30,2%), S. aureus (n=52; 23,4%), P. aeruginosa (n=23;
e posteriormente analisados a manutenção ou retirada do iso- 10,4%), E. cloacae (n=15; 6,7%), K. pneumoniae (n=13; 5,8%) e A.
lamento por cultura de vigilância. O estudo foi realizado em um baumannii (n=12; 5,4%). Dentre os S. aureus isolados, 19 (36,5%)
hospital privado, através dos registros de precaução de contato apresentaram resistência à oxacilina. A resistência aos carbapenê-
realizado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar , no pe- micosdeP.aeruginosaeA.baumannii,foirepresentadapor26,1%
ríodo de janeiro de 2008 a abril de 2010. Neste período, foram e 58,3% das amostras, respectivamente. Os microrganismos pro-
analisados 30 pacientes, sendo que, 53,3% permaneceram em PC dutores de ESBL foram responsáveis por 6,0% e 30,8% do total de
apósresultadodeculturadevigilância.Destes,81,25%tiveramum E. coli e K. pneumoniae isolados, respectivamente. A incidência
tempo de internação na instituição de origem superior a 10 dias, de MMR foi 10,4% (23/222) no P.S. Dentre esses casos 60,9% fo-
todos com faixa etária 60 a 90 anos, 87,5% possuíam procedimen- ram IH, e o tempo médio de permanência dos pacientes foi de 15
tos invasivos como sonda vesical de demora, traqueostomia ou dias. Um dos casos de MMR foi de origem interinstitucional e 8
gastrostomia,43,75%tinhamferidasabertas,75%eramacamados (34,8%) pacientes com MMR da comunidade,com culturas posi-
e estavam em uso de antimicrobiano no ato da transferência. Fo- tivas dentro de 48h da admissão. Conclusão. Os microrganismos
ram avaliados também os pacientes retirados de PC após cultura multirresistentes estão cada vez mais frequentes na comunidade
de vigilância , onde 78,5% estavam sem procedimento invasivo, e pacientes colonizados e/ou infectados contribuem para a disse-
64,2% sem uso de antimicrobiano prévio, todos com faixa etária minação desses patógenos no ambiente hospitalar. As medidas de
de 25 a 45 anos e com tempo de internação na instituição de ori- vigilância devem ser intensificadas a fim de detectar precocemen-
gem menor que sete dias. Conclui-se que os pacientes com maior te os MMR e viabilizar as medidas de controle.
comorbidade, procedimentos invasivos e uso de antimicrobiano
colonizam-se mais e necessitaram de manter a precaução de con- Palavras-chaves: EPIDEMIOLOGIA, INFECÇÃO HOSPITALAR, MI-
CRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES, PRONTO SOCORRO

137
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P066 P067
INCIDÊNCIA DAS PNEUMONIAS ASSOCIADAS À VENTILAÇÃO INCIDÊNCIADASINFECÇÕESDECORRENTESANGÜÍNEAASSOCIADA
MECÂNICA EM UTI PEDIÁTRICA: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓ- AOCATETERVENOSOCENTRAL:UMESTUDONAUTINEONATAL.
GICO
Autor(es): Aline Verônica de Oliveira Gomes, Ana Paula Alencar
Autor(es): Aline Verônica de Oliveira Gomes, Ana Paula Alencar Macário dos Santos, Camilla Ferreira Catarino, Carlos Eduardo da
Macário da Silva, Camilla Ferreira Catarino, Carlos Eduardo da Silva Silva Figueiredo, Fabíola Cristina DE Oliveira Kegele, Maria de Fá-
Figueiredo, Fabíola de Oliveira Kegele, Mari Helena Gonçalves de tima Costa, Mari Helena Gonçalves de Carvalho, Mirza Rocha Fi-
Carvalho, Maria de Fátima Costa, Mirza Rocha Figueiredo gueiredo

Instituição(ões): 1. IFF, Instituto Fernandes Figueira Instituição(ões): 1. IFF, Instituto Fernandes Figueira

Resumo: Resumo:
Introdução: Desde o início da Terapia Intensiva uma das mais im- Introdução: A infecção hospitalar é um grave problema de saúde
portantes complicações no período de internação é a pneumonia pública, devido ao aumento significativo da morbidade, mortali-
hospitalar, que na maioria das vezes está associada ao uso prolon- dade, tempo de internação e custos hospitalares, sendo motivos
gado de ventilação mecânica (VM), como foi demonstrado pelo de grande preocupação dos gestores de serviço. O aumento da
National Nosocomial Infection Survaillance System (NNIS, 1999), sobrevida dos recém-nascidos prematuros tem elevado o número
compondo 85% das pneumonias nosocomiais. A PAV é responsá- de crianças com doenças crônicas, que precisam de várias inter-
vel por 15% das infecções relacionadas à assistência à saúde e, nações durante a sua vida e, muitas vezes, por tempo prolonga-
aproximadamente, 25% de todas as infecções adquiridas dentro do, favorecendo o surgimento das infecções hospitalares. Objeti-
das Unidades de Terapia Intensiva. Além disso, está relacionada a vo: Descrever a densidade de incidência de infecção de corrente
um aumento do período de internação e do índice de morbimor- sangüínea associada ao uso do cateter venoso central em recém-
talidade, repercutindo de maneira significativa nos custos hospita- nascidosinternadosnaUnidadedeTratamentoIntensivoNeonatal
lares (BERALDO CC, et al., 2008). Objetivo: Descrever a densidade (UTIN). Metodologia: Estudo descritivo, com análise retrospectiva
de incidência de PAV em crianças internadas na Unidade de Tera- dos dados referentes às infecções de corrente sangüínea, cole-
piaIntensiva(UTI).Metodologia:Trata-sedeumestudodescritivo, tados por busca ativa, seguindo os métodos validados pelo NNIS
com análise retrospectiva dos dados referentes a PAV, coletados (National Nosocomial Infections Surveillance System). Foram in-
por busca ativa, seguindo o método validado pelo National Noso- cluídos no estudo todos os recém-nascidos internados na UTIN
comial Infection Surveillance System (NNIS). Estudo desenvolvido do Instituto Fernandes Figueira/FIOCRUZ que foram submetidos à
na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do Instituto Fer- cateterização venosa central no período de janeiro a dezembro de
nandes Figueira (IFF). A Comissão de Controle de Infecção Hospi- 2009. As densidades de incidência foram estratificadas por peso
talar do IFF realizou, através de seu banco de dados, um estudo ao nascimento: <1000g, 1001-1500g, 1501-2500 e >2500g. Além
epidemiológico sobre o índice de PAV em um período de 01 de disso, esses dados foram comparados aos dados do Centers for Di-
janeiro a 31 de dezembro de 2009. Todos esses dados foram com- sease Control and Prevention (CDC, 2009) e aos dados do Boletim
parados com dados do Centers for Disease Control and Prevention Epidemiológico Paulista (BEPA, 2009) do Centro de Vigilância Epi-
(CDC, 2009) e do Boletim Epidemiológico Paulista (BEPA, 2009) do demiológica de São Paulo. Resultados: A Comissão de Controle de
Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo. Foram incluídas Infecção Hospitalar do IFF identificou na UTIN uma densidade de
no estudo todas as crianças internadas na UTI pediátrica que fo- incidência média de 27,79 ICS por 1000 CVC-dia nos recém-nasci-
ram submetidas à ventilação mecânica, no período supracitado. dosmenoresde1000g,comumintervalodeconfiança(IC)95%de
Resultados: A média da densidade de incidência de PAV na UTI 11,11 a 44,47; 16,70 ICS por 1000 CVC-dia de 1001-1500g (IC 95%:
pediátrica foi de 20,07 PAV/1000 VM-dia (Intervalo de Confiança 3,90 a 29,49); 14,53 ICS por 1000 CVC-dia de 1501-2500g (IC 95%:
95%: 15,10 a 25,03), enquanto que, a densidade de incidência do 2,47–26,59)e;13,30emmaioresde2500g(IC95%:4,40–22,19),
CDC (2009) foi de 4,6 PAV/VM-dia e do CVE (2009) de 16,1 PAV/ evidenciando que quanto menor o peso ao nascimento, maior o
VM-dia. A partir da análise desses dados, observa-se que as ta- risco de ICS associada ao uso de CVC. No entanto, a densidade de
xas de pneumonia associada ao uso de ventilação mecânica es- incidência de ICS do IFF estão elevadas, quando comparadas aos
tão muito elevadas na UTI pediátrica do IFF quando comparadas dados do CDC (2009) que mostra uma densidade de incidência de
às taxas do CDC e do CVE. Conclusão: É importante enfatizar, que 9,6 ICS por 1000 CVC-dia nos recém-nascidos menores de 1000g,
mesmo sendo um grupo de risco, seja pela faixa etária ou pela 6,4 ICS por 1000 CVC-dia de 1001-1500g, 6,4 ICS por 1000 CVC-dia
utilização de procedimentos invasivos, existe a necessidade de de 1501-2500g e 5,1 em maiores de 2500g. Por conseguinte, as
treinamentos periódicos da equipe multidisciplinar, junto à utiliza- densidades de incidência do IFF foram menores que as descritas
ção demedidas específicasde prevenção dessetipo de infecção. A no BEPA (2009) que mostra uma densidade de incidência de 36,3
divulgação desses dados certamente contribuirá para um melhor ICS por 1000 CVC-dia nos recém-nascidos menores de 1000g, 46,0
manejo das PAV, com a finalidade de reduzir a morbimortalidade ICSpor1000CVC-diade1001-1500g,44,0ICSpor1000CVC-diade
e racionalizar custos. 1501-2500g e 37,3 em maiores de 2500g. Conclusão: A vigilância
epidemiológica das infecções hospitalares é fundamental para o
Palavras-chaves: Infecção Hospitalar, Pneumonia associada à ven- diagnóstico correto e terapêutica precoce, que são essenciais para
tilação mecânic, Unidades de Terapia Intensiva pediátrica a prevenção da morbidade e mortalidade, além de contribuir para
o desenvolvimento de estratégias de intervenção.

Palavras-chaves: Cateterismo Venoso Central, Infecção Hospitalar,


Terapia Intensiva Neonatal

138
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P068 P069
PERFIL MICROBIOLÓGICO DAS INFECÇÕES EM HOSPITAL UNIVER- PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INFECÇÕES RELACIONADA À
SITÁRIO DE GOIÂNIA ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM PACIENTES TRANSPLANTADOS DE
CÉLULAS TRONCO-HEMATOPOIÉTICAS DO HOSPITAL DAS CLÍ-
Autor(es): MARTA MARIA DA SILVA DO AMARAL1, PAULA FRAN- NICAS/FMUSP NO PERÍODO DE 2001 A 2009.
CIELLE TAVARES DE OLIVEIRA1, ADRIANA OLIVEIRA GUILARDE2,
MARIUSA BORGES GOMES PRIMO1, MARTA ANTUNES DE SOU- Autor(es):ElisaDonalisioTeixeiraMendes,MariusaBasso,Frederi-
ZA1, LINDON JOHNSON DE ABREU BATISTA1 co Dulley, Thais Guimarães, Silvia Figueiredo Costa

Instituição(ões): Instituição(ões):
1. HC/UFG, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL 1. HC FMUSP, Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina da USP
DE GOIÁS
2. IPTSP, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA Resumo:
Introdução: Nos últimos 50 anos, a Infectologia vem deparando-
Resumo: se com uma crescente população de imunodeprimidos, sendo
Introdução. As infecções hospitalares (IH) compreendem aquelas o transplante de células tronco-hematopoiéticas (TCTH) um dos
infecções relacionadas com o cuidado à saúde. A prevenção e con- ramos que mais evoluiu. Infecções relacionadas ao serviço de
trole das IH constituem grande desafio na atualidade, em virtude saúde (IRAS) são importante causa de morbidade e mortalida-
do aumento dos recursos diagnósticos e terapêuticos, que possi- de nesta população. Porém, dados brasileiros de IRAS em TCTH
bilitam maior sobrevida de pacientes com doenças crônicas e/ou ainda são escassos. Objetivo: Avaliar as IRAS nos pacientes neu-
graves. O reconhecimento do perfil de susceptibilidade antimicro- tropênicos, internados na unidade de TCTH do HC-FMUSP de ja-
biana dos patógenos dentro das instituições de saúde é essencial neiro/2001 a dezembro/2009, analisando a evolução dos quadros
para subsidiar a terapia empírica inicial efetiva. Objetivos. Avaliar infecciosos, reconhecendo o seu perfil etiológico, e relacionando
o padrão microbiológico das infecções em pacientes internados a tempo de hospitalização e prognóstico. Métodos:Foi realiza-
no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/ da vigilância ativa de IRAS dos pacientes, com coleta de dados
UFG), no período de agosto de 2009 a abril de 2010. Métodos. clínicos,epidemiológicos e etiológicos, utilizando como denomi-
Para avaliação microbiológica foi utilizado o sistema automatiza- nador dias de neutropenia. A análise estatística foi realizada com
do VITEC 1, seguindo as recomendações do Clinical Laboratory Epinfo6.0,sendo as variáveis categóricas analisadas pelo método
Standards Institute 2009 (CLSI). Confeccionado questionário es- Exato de Fisher e as continuas pelo método de Mann-Whitney/
truturado contendo os seguintes dados: Clínica de origem, sítio de Wilcox(considerou-se p<0.05 significativo).X2 para tendência foi
obtenção e perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos. Resul- usado para comparar taxas de IRAS nos últimos 5 anos do estu-
tados: Foram avaliadas 1.022 amostras no período do estudo. Os do. Resultados:Ocorreram 477 episódios de neutropenia em 424
microrganismos mais frequentes foram: S. aureus (n=229; 22,4%), pacientes,totalizando 5.988dias de neutropenia.283 pacientes de-
E. coli (n=169; 16,5%), P. aeruginosa (n=126; 12,3%), A. bauman- senvolveram IRAS (75,1%) com idade média de 30 anos (1-70).A
nii (n=111; 10,9%), K. pneumoniae (n=88; 8,6%), S. epidermidis doença de base mais freqüente foi a anemia aplásica (18,3%).
(n=59; 5,8%), E. faecalis (n=37; 3,6%), E. cloacae (n=32; 3,1%) e E. O TCTH foi alogênico em 74,5%, e mais frequente entre os que
faecium (n=12; 1,2%). Dentre os S. aureus isolados, 116 (50,6%) apresentaram IRAS(81,2%).O tempo de internação entre os que
foram resistentes à oxacilina. A resistência aos carbapenêmicos desenvolveram IRAS variou de 3 a 232 dias (média 27), já entre os
de P. aeruginosa e A. baumannii, foi representada por 45% e 70% não-IRAS a durou de 1a52 dias (média 12), com p<0,001. A febre
das amostras, respectivamente. Os microrganismos produtores de origem indeterminada foi o diagnóstico mais comum, com 132
de ESBL foram responsáveis por 10,6% e 31,8% do total de E. coli pacientes (34,6%). Entre os com foco definido (64,5%), a infecção
e K. pneumoniae, respectivamente. Os Enterococos resistentes à de corrente sanguínea (38 episódios) foi a mais comum. Evoluíram
vancomicina (VRE) foram identificados em 8,1% das amostras de para óbito 157 pacientes (33,5%) e destes 85% realizaram TCTH
E. faecalis e em 25,0% de E. faecium. Os sítios de isolamento com alogênico (RR 2,91,p<0,001). O tempo de neutropenia foi signifi-
os patógenos mais freqüentes foram: hemocultura (n=230): S. epi- cantemente maior entre os que desenvolveram IRAS, e o número
dermidis(64,4%)eS.aureus(34,0%);urina(n=288):E.coli(76,0%) de infecções microbiologicamente documentadas não foram dife-
e K. pneumoniae (44,3%); trato respiratório (n=101): A. bauman- rentesnosdoisdesfechos(altaeóbito).Conclusão:ICSfoiaprinci-
nii (27,0%) e P. aeruginosa (25,4%); swab retal (n=37): E. faecalis pal IRAS diagnosticada, com sua taxa manteve-se estável durante
(62,2%) e E. faecium (50,0%). A unidade com maior proporção o período estudado. P.aeruginosa foi o agente mais freqüente. A
de patógenos multirresistentes foi a Clínica Tropical, com 41,7% presença de IRAS teve relação com internação prolongada,e foi
dentre o total de 60 isolados. Conclusão. Os microrganismos mul- mais frequente entre os TCTH alogênicos e entre os óbitos. Nem o
tirresistentes foram responsáveis pela maioria das infecções no tempo de neutropenia nem a ocorrência de infecção microbiologi-
ambiente hospitalar, mostrando a necessidade da intensificação camente documentada associaram-se com mortalidade, diferente
de medidas de prevenção e controle. do TCTH alogênico (aumento do risco de óbito).

Palavras-chaves: EPIDEMIOLOGIA, INFECÇÃO HOSPITALAR, PERFIL Palavras-chaves: Infecção hospitalar, Infecção transplantados de
MICROBIOLÓGICO medula ossea, Imunodeprimido, Neutropenico Febril, Neutrope-
nico dia

139
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P070 Buffon1, Priscila Garrido1, Juliano Fracasso1,3, Lessandra Miche-
INCIDÊNCIA DE S.AUREUS METICILINA RESISTENTE (MRSA) EM lim1,3
TERAPIA INTENSIVA CIRÚRGICA: META ZERO É POSSÍVEL?
Instituição(ões):
Autor(es): Renata Beranger, Patricia Pinheiro, Júlia Carijó, Marcos 1. HGCS, Hospital Geral de Caxias do Sul
Knibel, Luiz Rodrigo Carneiro 2. UCS, Universidade de Caxias do Sul

Instituição(ões): 1. HSL, Hospital São Lucas Resumo:


Objetivo: A Infecção do Trato Urinário (ITU) é responsável por 35
a 45% de todas as infecções adquiridas em hospitais, sendo uma
Resumo:
das principais causas de infecção associada a serviços de saúde.
INCIDÊNCIA DE S.AUREUS METICILINA RESISTENTE (MRSA) EM
Dos pacientes que são hospitalizados, mais de 10% são expostos
TERAPIA INTENSIVA CIRÚRGICA: META ZERO É POSSÍVEL? RENATA
temporariamente à cateterização vesical de demora, fator isolado
BERANGER, PATRÍCIA PINHEIRO, JÚLIA CARIJÓ, MARCOS KNIBEL,
mais importante que predispõe esses pacientes à infecção. Este
LUIZ RODRIGO CARNEIRO HOSPITAL SÃO LUCAS, RIO DE JANEIRO
estudo visa demonstrar as taxas de ITU associadas a cateterismo
vesical de demora (CVD) nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI)
Introdução A presença de S.aureus resistente a meticilina (MRSA) adulto, pediátrica e neonatal de um hospital universitário antes e
é um desafio constante em vários centros de terapia intensiva em após a implantação de rotinas de vigilância de processos. Mate-
todo mundo. Caracteriza-se pela facilidade de transmissão entre riais e métodos: estudo retrospectivo comparando taxas de ITU
pacientes na ausência de medidas adequadas de controle e pre- relacionada a CVD antes e após a implantação de rotinas de vigi-
venção. Objetivo Atingir densidade de incidência anual de MRSA lância de processos no Hospital Geral de Caxias do Sul, no período
igual a zero com medidas simples de intensificação de práticas de de março de 2007 à março de 2010. Resultados: Rotinas de vigi-
prevenção e controle de infecções hospitalares, envolvendo toda lância de processos e gerenciamento de risco foram implantadas
a equipe multidisciplinar atuante no setor. Métodos Estudo reali- em março de 2008 na instituição. No período que antecede essa
zado em uma unidade de terapia intensiva cirúrgica de 13 leitos implantação,ataxadeITUporcateterismovariavaentre0.0e21.6
de um hospital privado de alta complexidade no município do CVD-dia(médiade6.8infecçõesporpaciente-dia/ano).Apósaim-
Rio de Janeiro, Brasil. Desde a inauguração em 2004, a incidência plantação da vigilância de processos nas UTIs, a taxa variou entre
de MRSA foi monitorizada assim como as medidas de controle e 0.0 e 8.0 CVD-dia (média de 3.1 infecções por paciente-dia/ano),
prevenção de infecção hospitalar. Calculada a incidência anual de sendoqueduranteoitomeses,noperíododedoisanosdeestudo,
MRSA na unidade (numero absoluto de casos novos na unidade não houveram casos de ITU. Conclusão: Após a implantação da
após 48 horas de internação pelo numero de diárias de pacientes) vigilância de processos, a taxa de infecção diminuiu consideravel-
de 2004 até 2009. As medidas de prevenção visando a aderência mente. Observou-se maior comprometimento da equipe assisten-
de toda a equipe nas questões de retirada de adornos, lavagem cial em colaborar com cuidados na passagem do cateter e retirada
das mãos, medidas de precaução de contato, coleta de culturas precoce do mesmo. Melhorias nas rotinas de trabalho e medidas
de vigilância e higienização hospitalar, sempre foram discutidas e preventivas necessitam ser instituídas nos serviços que visam a
reforçadas durante reuniões multidisciplinares. Treinamentos adi- qualidade no atendimento de seus clientes.
cionais foram realizados durante a identificação do aumento do
numero de casos, visando sempre à meta zero. Resultados Duran-
Palavras-chaves: Infeção nosocomial, Infecção urinária, Vigilância
te o ano de 2004 e 2005 não conseguimos atingir a meta zero,
de processos
com incidência anual de 1,16 e 2,11 casos novos de MRSA por mil
diárias de pacientes respectivamente. Após a realização de trei-
namentos das medidas de prevenção, atingimos a meta zero em
2006. Novamente em 2007 e 2008 a incidência atingiu 1,44 e 0,55
respectivamente. Foi necessário intensificar novamente todas as P072
medidas de controle e prevenção, para retornar à meta zero em INFECÇÃO NOSOCOMIAL RELACIONADA A CATETER VENOSO
2009. Conclusões A implementação de um programa apropriado, CENTRAL EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO RS
envolvendo toda a equipe multidisciplinar pode reduzir a incidên-
cia de MRSA em unidades de terapia intensiva, alcançando a tão Autor(es): Viviane Mari1, Ana Paula Grando2, Gabriela Mosena2,
almejada meta zero. Porém a vigilância e principalmente a adesão Marina Capra2, Martina Winkler2, Thaiana Pezzi2, Williiam May2,
de todas as medidas de prevenção devem ser mantidas e monito- Priscila Garrido1, Juliano Fracasso1,2, Lessandra Michelim1,2
rizadas constantemente para a manutenção das conquistas.
Instituição(ões):
Palavras-chaves: incidência, resistência a meticilina, staphylococ- 1. HGCS, Hospital Geral de Caxias do Sul
cos aureus 2. UCS, Universidade de Caxias do Sul

Resumo:
Objetivo: Os cateteres venosos centrais (CVC) têm alto potencial
P071 de causar morbi-mortalidade resultante de complicações infeccio-
INFECÇÃO URINÁRIA RELACIONADA A CATETERISMO VESI- sas. Nos EUA, cerca de 80.000 casos de infecção sanguínea rela-
CAL EM HOSPITAL GERAL DE CAXIAS DO SUL -RS cionada a cateter ocorrem em unidades de tratamento intensivo
anualmente. Com o objetivo de reduzir esses números, devem ser
Autor(es): Viviane Mari1, Bruna Menezes3, Mariana Venturini3, implementadas estratégias que visem minimizar a incidência de
Patricia Cardoso3, Augusto Antoniazzi3, Daiane Ferla3, Viviane tais infecções. Este estudo visa demonstrar as taxas de infecção

140
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
por CVC nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) adulto, pediátrica pelo estudo nos possibilitaram compreender que o controle das
e neonatal de um hospital universitário antes e após a implanta- infecções hospitalares envolve um esforço conjunto de diferen-
ção de rotinas de vigilância de processos. Materiais e métodos: tes sujeitos e instâncias, ou seja, profissionais de saúde, gestores,
Estudo retrospectivo comparando taxas de infecção nosocomial Estado e comunidade para que haja um controle real e eficaz da
relacionada a CVC antes e após a implantação de rotinas de vigi- infecção hospitalar. Conclusão: A infecção hospitalar é um grave
lância de processos no Hospital Geral de Caxias do Sul, no período problema de saúde pública e representa um grande desafio a
de março de 2007 à março de 2010. Resultados: Rotinas de vigi- ser enfrentado pelo poder público para a execução das ações de
lância de processos e gerenciamento de risco foram implantadas prevenção e controle de infecção nas instituições hospitalares. A
em março de 2008 na instituição. No período que antecede essa realidade de muitos hospitais ainda édeficiente sob aspectos rela-
implantação, a taxa de infecção de CVC variava entre 0.0 e 20.7 tivos às questões sanitárias legais e normativas, e principalmente,
procedimentos-dia (média de 5.9 infecções por paciente-dia/ano). quando se trata da inexistência de Comissões e de Programas de
Após a implantação da vigilância de processos nas UTIs, a taxa va- Controle de Infecção Hospitalar para a aplicação das medidas de
riouentre0.0e8.4procedimentos-dia(médiade1.7infecçõespor prevenção e controle desses eventos.
paciente-dia/ano), sendo que durante nove meses não houveram
casos de infecção de cateter. Conclusão: Após a implantação da Palavras-chaves: infecção hospitalar, aspectos históricos e sociais,
vigilância de processos, a taxa de infecção diminuiu consideravel- controle de infecção
mente. Medidas como cuidados na passagem e conservação de
acessos centrais e uso completo de equipamentos de proteção in-
dividual foram fundamentais na diminuição das taxas. Melhorias
nas rotinas de trabalho e medidas preventivas são importantes na P074
busca pela qualidade de atendimento do paciente na instituição. INFECÇÃO X COLONIZAÇÃO EM PACIENTES INTERNADOS EM
UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E SUA CORRELAÇÃO COM
Palavras-chaves: Infecção de cateter, Vigilância de Processos, In- O USO DE ANTIMICROBIANOS
fecção Hospitalar
Autor(es): Cristiene Nunes Tadeu1, Lia Cristina Galvão dos San-
tos1,2, Mauricio de Andrade Perez2, Simone Moreira2, Magda
de Souza da Conceição2, Ana Maria Veiga Marques Graça2, Maria
P073 Aparecida Jardim Silva2, Alexandre Cardoso Baptista2, Regis Ma-
CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR NO ESTADO DE PER- riano de Andrade2, Carolina Romero Cardoso Machado2
NAMBUCO: ASPECTOS HISTÓRICOS E SOCIAS
Instituição(ões):
Autor(es): DILMA MARIA DA SILVA, SIMARA LOPES CRUZ, SUZANA 1. UGF, Universidade Gama Filho
DE OLIVEIRA MANGUEIRA, ANA WLÁDIA SILVA DE LIMA 2. HFB, Hospital Federal de Bonsucesso

Instituição(ões): Resumo:
1. UFPE- CAV, Universidade Federal de Pernambuco- CAV Introdução: a resistência bacteriana é um problema mundial que
tem exigido a vigilância e o controle do uso racional dos antimi-
Resumo: crobianos. Atualmente, está em evidência a questão dos microor-
Introdução: A assistência à saúde vem, ao longo dos tempos, evo- ganismos e a sua considerável capacidade de adquirir resistência
luindo com os avanços científicos e tecnológicos, e tem refletido aos antibióticos, bem como a sua velocidade de disseminação. Os
em melhoria das ações de saúde para a população. Porém, se por objetivos deste trabalho são: delinear a densidade de incidência
um lado se observa o desenvolvimento científico-tecnológico nas de colonização/infecção por microorganismos multirresistentes
ações de saúde, por outro, tem-se observado que problemas an- (MDR) em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital
tigos ainda persistem como é o caso das infecções hospitalares. Federal correlacionando-a à terapêutica antimicrobiana utilizada
Objetivos: abordar a história das instituições hospitalares e suas nos pacientes internados e investigar o tempo médio para a ocor-
relações com as práticas de controle de infecção, além de identifi- rência da colonização/infecção por microorganismo multirresis-
car o papel do estado de Pernambuco, dos profissionais de saúde tente nos pacientes internados na UTI. Método: o estudo iniciou
e dos usuários dos serviços no controle das infecções hospitalares. em agosto de 2009 e em atenção aos seus objetivos optamos pela
Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, com base em ar- abordagem quantitativa, a partir de uma coorte concorrente dos
tigos encontrados no Scielo e, em textos publicados nos Manuais pacientes internados na UTI de adulto. Desde então estamos co-
da Vigilância Sanitária e em bibliografia pertinente, utilizando os letando os resultados de exames microbiológicos dos pacientes ali
descritores “infecção hospitalar”, “assistência hospitalar” e “vigi- internados e registrando o seu tempo de internação, a ocorrência
lância sanitária”. Do material levantado selecionamos aqueles que de infecção/colonização, bem como o tempo entre a admissão e
se enquadravam no período de 2005 a 2009. Após a leitura dos oprimeiroresultadomicrobiológicopositivo.Resultados:osMDRs
mesmos, selecionamos 25 textos que abordavam a temática em predominantes na colonização foram Klebsiella pneumoniae,
questão. Para análise e síntese seguimos os seguintes passos: lei- Enterococcus resistente a Vancomicina e Escherichia coli, sendo
tura exploratória para reconhecer do que se tratava o texto; em a Pseudomonas aeruginosa o de maior densidade de incidência.
seguida procedemos a uma leitura seletiva, selecionando o ma- Os MDRs presentes nas infecções foram Staphylococcus aureus
terial em busca de informações que pudessem estar relacionados resistente a Meticilina, Acinetobacter baumannii, Klebsiella pneu-
aos objetivos e a temática proposta. Resultados: baseado no que moniae, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e Morganella
foi encontrado foi possível relacionar a condição dos hospitais e as morgannii. O MDR de maior densidade de incidência em infecção
infecções hospitalares, bem como o controle da infecção hospita- foi a Klebsiella pneumoniae e a Pseudomnas aeruginosa. Obser-
lar e o papel do estado de Pernambuco. As informações acessadas vou-sequetantoparacolonizaçãoquantoinfecção,osGramNega-

141
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
tivos foram mais presentes no período analisado. O tempo médio gica e à assepsia estarem envolvidos no aumento de infecção de
para ocorrência de colonização variou de 6 dias a 20 dias e para a FC pós cesárea.
infecção variou de 8 dias a 26 dias. Conclusão: a coleta dos dados
prosseguirá por ter sido considerada pela Comissão de Controle Palavras-chaves: cesariana, ferida cirúrgica, infecção hospitalar
de Infecção Hospitalar (CCIH) como uma importante fonte de in-
formaçõesquetemcontribuídoparaodirecionamentodaorienta-
ção do uso dos antimicrobianos e da educação permanente para a
prevençãodatransmissãodepatógenosnaUnidade.Universidade P076
Gama Filho/PIBIC. INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS DE INFECÇÕES RELACIONADAS
À ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM NEONATOLOGIA EM UNIDADES DE
Palavras-chaves: Bactérias multirresistentes, Colonização, Infec- ATENÇÃO MATERNO-INFANTIL DA REGIÃO METROPOLITANA DE
ção, Unidade de Terapia Intensiva BELO HORIZONTE, 2009.

Autor(es): LENIZE ADRIANA JESUS1, GUILHERME AUGUSTO AR-


MOND2,1, ROSANA VAZ RESENDE2, MARIA LETÍCIA BRAGA5,1,
P075 FRANCELLI CORDEIRO NEVES4,1, FABRIZIA MARQUES SILVA7,
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO PÓS CESÁREA CLAUDIA MURTA6, FABIANE SCALABRINI PINTO3, ALEXANDRE
SÉRGIO DA COSTA BRAGA1, LUCIA MACIEL DE CASTRO FRANCO3
Autor(es): Francisco de Assis Filocre Saraiva Júnior, Cláudia Rocha
Biscotto, Anne Caroline Bicalho Fagundes, Isabella Drumond Fi- Instituição(ões):
gueiredo, Maria Isabel Braga Malveira, Sandoval Lopo de Abreu 1. HC/UFMG, HOSPITAL DAS CLÍNICAS/UFMG – BELO HORIZONTE/
MG
Instituição(ões): 2. H.SOFIA FELDMAN, HOSPITAL SOFIA FELDMAN – BELO HORI-
1. UNIMONTES, Universidade Estadual de Montes Claros ZONTE/MG
3. IPSEMG, HOSPITAL GOVERNADOR ISRAEL PINHEIRO/IPSEMG
Resumo: 4. MMC/MG, MATERNIDADE MUNICIPAL DE CONTAGEM – CON-
INTRODUÇÃO: Infecções hospitalares são as mais freqüentes e im- TAGEM/MG
portantes complicações em pacientes hospitalizados. A infecção 5.M.O.V/BH,MATERNIDADEODETEVALADARES–BELOHORIZON-
hospitalar de ferida cirúrgica (FC) é aquela que ocorre até 30 dias TE/MG
após a alta. A cesariana é o principal fator de risco para infecção 6. SANTA CASA/BH-MG, SANTA CASA DE MISERICÓRDIA – BELO
puerperal. Duas condições que são aventadas como predisponen- HORIZONTE/MG
tes a essa complicação são: pré-natal (idade inferior a 20-25 anos, 7. HMOB/BH, HOSPITAL MUNICIPAL ODILON BEHRENS – BELO HO-
co-morbidades, infecção pré-existente - genital e urinária - e parto RIZONTE/MG
prematuro)epré-operatórioimediato(procedimentodeurgência,
tempo de trabalho de parto, amniorrexe prolongada). OBJETIVO: Resumo:
Analisar estatisticamente os fatores de risco pré-natais e pré- Introdução: As Infecções relacionadas à Assistência à Saúde (IrAS)
operatórios imediatos relacionados à taxa de infecção de FC pós- emneonatologiarepresentamaprincipalcomplicaçãonaassistên-
cesárea, para investigar a elevação da mesma em agosto e setem- cia ao paciente internado. Estão entre as as principais causas de
bro de 2009 no Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF). morbidade e de mortalidade. Estima-se que as IrAS afetam mais
METODOLOGIA: Realizada pesquisa documental e bibliográfica de 30% dos neonatos. A utilização de critérios epidemiológicos
de caráter quantitativo, através da análise de relatórios do Servi- nacionais de IrAS proporciona a comparação de indicadores en-
ço de Controle de Infecção Hospitalar e de prontuários médicos. tre as diversas instituições com atenção materno-infantil. A partir
Os dados foram analisados pelo teste qui-quadrado no software de 2009 a COPIHMI utiliza os critérios nacionais da ANVISA para
SPSS(Statistical Package for Social Scienses) versão 13.0 para Win- consolidar a incidência de IrAS em neonatologia. Objetivo: De-
dows. No período de junho a dezembro, foram selecionados 20 monstrar o perfil epidemiológico das IrAS em neonatologia das
prontuários, dos quais 10 constavam infecção de FC pós cesárea InstituiçõescomAtençãoMaterno-Infantilemsetehospitaispúbli-
e os outros, escolhidos aleatoriamente, não continham tal condi- cos e/ou filantrópicos da Região Metropolitana de Belo Horizonte
ção. DISCUSSÃO: Mediante o índice de 2% na taxa de infecção da (RMBH)utilizandooscritériosdeIrASemNeonatologiadaANVISA.
FC pós cesárea, perfazendo aumento de aproximadamente 100%, Métodos:ForamincluídasseteInstituiçõescomAtençãoMaterno-
em agosto de 2009, foram analisadas as variáveis: idade, co-mor- Infantil da RMBH, cujo perfil da clientela é semelhante. Foram cal-
bidades, infecção pré-existente, parto prematuro, procedimento culadas as taxas globais e densidades de incidência para o ano de
de urgência, trabalho de parto maiorque6 horas,amniorrexepro- 2009 adotando os critérios de IrAS em Neonatologia da ANVISA.
longada.Atravésdaanálisenãofoiobservadainfluênciaestatística Resultados: As taxas de incidência de IrAS nos Serviços de Neo-
das variáveis sobre a infecção da FC pós cesárea. Ressalta-se que, natologia variaram de 29,3% a 67,1%. A densidade de incidência
em agosto, diante do exposto, foi realizada uma reunião entre o variou de 14,7 a 51,2‰ pacientes-dia. A densidade de incidência
pessoaldoserviçodecontroledeinfecçãohospitalareaequipeda segundo a classificação de IrAS foi: IrAS precoce de origem mater-
maternidade,quandosedecidiu pelarealizaçãodeumtreinamen- na (0,4 – 9,3‰ pacientes-dia), precoce de origem hospitalar (0,0
to baseado na revisão das técnicas de assepsia pré-cirúrgica. Este – 9,2‰ pacientes-dia), tardia de origem hospitalar (9,3 – 36,5‰
evento foi realizado em setembro, observando-se a diminuição pacientes-dia). Em relação às infecções associadas a procedimen-
dos índices de infecção nos meses subsequentes. CONCLUSÃO: Os tos, os resultados obtidos foram os seguintes: pneumonia associa-
fatores inerentes à mãe não influenciaram significativamente no da à ventilação mecânica (0,4 – 16,9‰ procedimentos-dia), sepse
aumento dos índices de infecção de FC no período supracitado. laboratorial associada a cateter (3,3 – 15,7‰ procedimentos-dia),
Portanto, há possibilidade de os fatores referentes à técnica cirúr-

142
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
sepse clínica associada a cateter (0,0 – 17,4‰ procedimentos- Palavras-chaves: ANTIMICROBIANOS, PRECAUÇÕES E ISOLAMEN-
dia), infecção do trato urinário associada a sonda vesical de de- TO, UNIDADES DE ATENDIMENTO IMEDIATO
mora (0,0 – 7,9‰ procedimentos-dia). A sepse neonatal foi a IrAS
mais freqüente: precoce de origem materna (12 – 96%), precoce
de origem hospitalar (60 – 99%), tardia de origem hospitalar (19 –
78%). Conclusão: Com a adoção dos critérios nacionais de IrAS em P078
Neonatogia, é possível comparar os indicadores entre instituições SENSIBILIDADE DA CULTURA DE SWAB NASAL NA DETECÇÃO DE
com o mesmo perfil de clientela e elaborar estratégias adequadas COLONIZAÇÃO POR BACTÉRIAS MULTIRESISTENTES NO AMBIEN-
de prevenção e controle das infecções em neonatos. TE HOSPITALAR.

Palavras-chaves: Critérios Nacionais, Infecções, Neonatologia Autor(es): BERNADETE HELENA CAVALCANTI DOS SANTOS1,2,
DARCI MAGALHÃES1, KELLY RIBEIRO SA1, CARLA BRAGA DE
LIMA2, JULIO CESAR BRAGA DE LIMA2, NILO CESAR BRAGA DE
LIMA2, JOSE EYMARD MEDEIROS FILHO2, LAURO SANTOS FILHO1
P077 Instituição(ões):
ATUAÇÃO DA COMISSÃO MUNICIPAL DE CONTROLE DE INFEC- 1. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
ÇÃO EM UNIDADES DE ATENDIMENTO IMEDIATO NO MUNICÍPIO 2. HMSF, HOSPITAL MEMORIAL SAO FRANCISCO
DE CONTAGEM (MG)
Resumo:
Autor(es): Guilherme Armond, Ana Carolina Fabrini, José Carlos INTRODUÇÃO:Nosúltimosanos,aocorrênciadepacientescoloni-
Matos, Marcelo Oliveira, Rafaela França zados ou infectados por bactérias multiresistentes (MR) tem me-
recido atenção das Comissões de controle de infecção hospitalar
Instituição(ões): 2. FAMUC, Secretaria Municipal de Saúde de Con- (CCIH). Estudos recentes relatam o aumento das colonizações e
tagem/Minas Gerais infecções principalmente nas unidades de terapia intensiva (UTI),
devido à susceptibilidade ao tempo de permanência, uso de imu-
Resumo: nossupressorese/ouantibióticoseprocedimentosinvasivos.Com-
INTRODUÇÃO Em outubro de 2007, por meio da Portaria n°.2269 provou-seemestudosqueautilizaçãodoswabnasalemculturade
da Secretaria de Saúde de Contagem (MG), foi instituída a Comis- vigilânciatorna-sedegrandeimportância,vistoqueonarizeáreas
são Municipal de Controle de Infecção em Serviços de Saúde (CM- da pele expostas, são considerados os mais importantes sítios de
CISS), com caráter técnico, científico, normativo, educativo e de colonização. OBJETIVOS: Avaliar a ocorrência de colonização por
assessoriaaostrêsníveisdeatençãoàsaúde:primária,secundária Staphylococcus aureus resistentes à oxacilina (MRSA), Pseudomo-
e terciária. O município conta com cinco Unidades de Atendimen- nas aeruginosa MR e Acinetobacter spp. MR em pacientes da UTI
to Imediato (UAI’s). A permanência elevada dos pacientes, a alta e apartamentos através da coleta do swab nasal. MÉTODOS: As
utilização de antimicrobianos (ATM) e a necessidade de capacita- amostras foram coletados, com auxílio de swab, de 100 pacientes:
çõessobremedidasdeprecauçõeseisolamentodedoençastrans- 83 internos na UTI e 17 em apartamentos no período de novem-
missíveis demonstraram a importância da atuação da CMCISS nas brode2008aabrilde2009.Apóssemeaduraeidentificaçãoosmi-
UAI’s, com diretrizes pioneiras para minimizar os riscos de ocor- crorganismos isolados foram submetidos ao teste de sensibilidade
rência de agravos infecciosos e garantir a qualidade da assistên- aos antimicrobianos por disco-difusão (método de Kirby-Bauer)
cia prestada aos usuários. OBJETIVOS Os objetivos da atuação da segundo CLSI 2008. RESULTADOS: Dos 83 pacientes da UTI estu-
CMCISS nas UAI’s são: 1. Promover capacitações aos profissionais dados, 04 (30,77%) foram positivos para MRSA, 06 (46,15%) para
de saúde quanto as rotinas de isolamento e precauções e avaliar o P. aeruginosa MR e 03 (23,08%) para Acinetobacter spp. MR. Nos
seu cumprimento; 2. Auditar a utilização de ATM e normatizações 17 pacientes dos apartamentos encontrou-se 04 (44,45%) MRSA,
da CMCISS; 3. Elaborar indicadores de processo e resultado para 04 (44,45%) P. aeruginosa MR e 01 (11,10%) Acinetobacter spp.
auditoria de ATM e medidas de precauções e isolamento. MÉTO- MR. CONCLUSÃO:A prevalência da colonização de pacientes por
DOS A CMCISS é composta por dois enfermeiros, uma farmacêuti- MRSA, P. aeruginosa e Acinetobacter MR, potencializa a necessi-
caedoismédicos,quesemanalmentevisitamasUAI’sparaprestar dade de uma maior vigilância do controle de infecção, já que esta
suporte técnico e auditar o cumprimento das normatizações de população que carreia bactérias MR pode tornar-se reservatório
prevenção de Infecções relacionadas à Assistência à Saúde. Foi bacteriano no ambiente hospitalar. Diante do que foi estudado
designado um profissional das UAI’s para ser a referência da CM- constatou-se que a sensibilidade do swab nasal como cultura de
CISS. A auditoria de ATM é feita por contato telefônico e por meio vigilância atua como medida de precaução na detecção de pacien-
da avaliação das fichas de solicitação de ATM que são enviadas, tes colonizados por bactérias MR evitando a disseminação destes
diariamente, a CMCISS e cadastradas em banco de dados criado microrganismos no ambiente hospitalar. Palavras Chave: Infecção
no EPI Info versão 2002. Foi elaborado um programa de capaci- hospitalar; Bactérias multiresistentes; Colonização.
tação profissional sobre Precauções e Isolamento. RESULTADOS
Através da análise inicial dos dados foi verificada uma média de Palavras-chaves: Infecção hospitalar, Bactérias multiresistentes,
permanência de pacientes nas UAI’s de cinco (5) dias, desconheci- Colonização
mento dos profissionais sobre medidas específicas de precauções
e isolamento e alto consumo de ATM sem auditoria. CONCLUSÃO
A atuação da CMCISS nas UAI’s tem-se mostrado indispensável na
promoção da qualidade da atenção secundária à saúde e proteção
dos pacientes contra agravos infecciosos.

143
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P079 Instituição(ões): 1. HE, Hospital Evangelico
INFECÇÃO DE TRATO URINÁRIO POR CATETER VESICAL – MEDI-
DAS DE CONTROLE EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Resumo:
– ADULTO Introdução: Ao mencionar os fatores de riscos que cada individuo
esta susceptível a adquirir, devemos lembrar que anteriormente
Autor(es): Marlene Luiza de Jesus Luiza de Jesus, Liliana Lopes Sil- ao nascimento todos os bebês são estéril, sendo estes colonizados
va Rodrigues das Flores Lopes Silva Rodrigues das Flores, Dayane posteriormente ao nascimento pela microbiota da mãe durante
Lemes de Queiroz Lemes de Queiroz o parto. Em UTI neonatal, o RN é submetido a procedimentos in-
vasivos como: cateter umbilical, cateter venoso central, ventila-
ção mecânica, além das mãos da equipe de saúde. O tempo de
Instituição(ões): 1. HE, Hospital Evangelico
permanência do dispositivo venoso central recomendado é de no
maximo sete dias considerando risco X beneficio. A sepse é a mais
Resumo: habitualemsetratandodeinfecçãohospitalaremumaUTIneona-
Introdução: As infecções do trato urinário em unidade de tera- tal esua incidência vem aumentando emdecorrência da maior so-
pia intensiva estão dentro do grupo de infecção hospitalar como brevida dos recém nascidos de extremo baixo peso. Os cateteres
maior desafio sendo um dos elementos favoráveis à infecção uri- venosos centrais e cateteres umbilicais são os principais fatores
naria a instrumentação vesical é o motivo de maior preocupação de risco para esta complicação, que contribui significativamente
das equipes de controle de infecções hospitalares no que se refere com a mortalidade, gasto e tempo prolongado de hospitalização.
a procedimento invasivo tais como: técnica adequada, coleta de O objetivo do estudo e relacionar a influencia dos procedimentos
urina de sistema fechado, fixação deste cateter, higienização in- invasivos na positividade das culturas. Materiais e Métodos: Es-
tima. Quando se suspeita de infecção urinária, a confirmação do tudo descritivo da microbiota isolada em amostra de cultura de
diagnóstico é feita através de pesquisa e do encontro de bactérias secreção de ponta de cateter, hemocultura no período de janeiro
na urina. A urinocultura é considerada positiva quando o núme- a abril de 2010. Foi avaliada amostra de 34 de RNs submetidos a
ro de bactérias é superior a 100.000 por mililitro de urina. Con- cateter umbilical, admitidos em UTI neonatal de um hospital de
tagens inferiores podem representar contaminações externas ou médio porte na cidade de Dourados, Mato Grosso do Sul. Foram
significar infecção urinária, nestes casos, é importante a análise excluídos os RNs que morreram. A cultura de ponta cateter e he-
criteriosa do médico. Por todos estes motivos, a técnica de coleta mocultura foi realizada em todos os RNs submetidos ao procedi-
da urina deve ser realizada sem infringir princípios assépticos. A mentodecateterumbilical.Sendoestaconsideradapositivaquan-
infecção deve ser tratada e com toda a cautela. A escolha do anti- do inicialmente teve identificação dos resultados de hemocultura
biótico mais adequado é baseada no antibiograma, que analisa e e ponta de cateter com o mesmo microrganismo. E descrito os
quantifica a resposta das bactérias aos antibióticos, estudo na uri- principais microrganismos de resistência em cateteres coloniza-
nocultura. O objetivo deste estudo foi identificar o microrganismo dos e hemocultura no meio de cultura, para tanto foi descrito os
prevalente nos resultados de urinocultura de pacientes com cate- microrganismo predominantes nos resultados. Resultados e Con-
terismo vesical, internado em uma Unidade de terapia Intensiva. clusões: Identificou-se deste total de 34 RNs submetidos a catete-
Materiais e Métodos: O presente estudo e de caráter descritivo. rismo umbilical 9% com colonização em cateter, 3% com resultado
As amostras coletadas foram enviadas ao laboratório e semeadas de hemocultura e ponta de cateter com o mesmo microrganismo
em meios de cultura como agar MacConkey e cled, com alças ca- Stafhylococos Epidermides. Os resultados obtidos no presente es-
libradas de 1 microlitro. A bacteriuria considerada significante foi tudo indicam a presença de infecção em cateter e hemocultura
identificada pelos métodos convencionais, de acordo com os pro- indicando septicemia que é uma complicação letal que pode ser
cedimentos operacionais padrão do laboratório, os quais constam prevenida, trazendo conseqüências como morbidade, mortalida-
de provas bioquímicas para as identificações bacterianas. Para o de e perdas econômicas. A equipe de saúde deve colocar em pra-
teste de sensibilidade aos antimicrobianos, o método utilizado foi tica a obediência às medidas de prevenção e controle de infecção
o de difusão em agar mulher Hilton, com discos preconizados pelo
NationalCommitteofClinicaLaboratoryStandards(NCCLS).Resul-
Palavras-chaves: enfermagem, qualidade, neonato, vigilância, per-
tados e Conclusão: no período do estudo os pacientes submetidos
fil
a cateterismo vesical no mês de janeiro, que apresentaram infec-
ção com os microrganismos alcaligenas e pseudomonas, 2,66%
para alcaligenas e 4% para pseudomonas. As tomadas de decisão
foram retiradas de todos os procedimentos invasivos, suspensão
dos antibióticos e acompanhamento positivo dos casos.
P081
ADESÃO ÀSPRECAUÇÕESDECONTATO EMUMA UNIDADEDETE-
RAPIAINTENSIVANEONATALDEUMHOSPITALESCOLADEGOIÁS
Palavras-chaves: infecção, prevenção, qualidade, terapia
Autor(es): Marissa Peu de Castro e Borges1, Valquiria Vicente
da Cunha Barbosa1, Mary Rocha Carneiro Garcia Zapata1, Suely
Cunha Albernaz Sirico1, Anaclara Ferreira Veiga Tipple2
P080
PERFIL DOS MICROORGANISMOS EM CATETER UMBILICAL - CO-
LONIZAÇÃO EM NEONATOS CRITICOS Instituição(ões):
1. HC-UFG, Hospital das Clínicas
2. UFG, Universidade Federal de Goiás
Autor(es): Marlene Luiza de Jesus Luiza de Jesus, Liliana Lopes Sil-
va Rodrigues das Flores Lopes silva Rodrigues das Flores, Dayane
Lemes de Queiroz Lemes Queroz, Eryka Cristina Umbelino Petelin Resumo:
Umbelino Petelin INTRODUÇÃO: A adesão a higienização de mãos, ao uso de luvas e
de aventais são medidas fundamentais na assistência aos pacien-

144
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
tes em Precauções de Contato (PC). OBJETIVO: Avaliar a adesão recido, mediante processo seletivo, aos profissionais da área da
dos profissionais de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal saúde,especialmentemédicoseenfermeiros,pelascaracterísticas
deumHospitalEscoladeGoiásàsmedidasdePC.MÉTODOS:Estu- das atividades assistenciais inerentes à essas profissões. Possui
do transversal, observacional, realizado entre fevereiro e maio de uma carga horária de 860 horas (100%), sendo as aulas teóricas
2010, com diferentes categorias profissionais (médicos, enfermei- (20%) ministradas uma vez por semana no período vespertino e
ros, fisioterapeuta, técnicos em enfermagem e técnicos em radio- o estágio supervisionado (80%) com 16 horas/semanais, realizado
logia e da sala de vacinas), na ocasião da assistência aos neonatos no decorrer de doze meses. O conteúdo programático do curso é
em PC, durante duas horas semanais. Os aspectos éticos foram composto de cinco módulos, os quais compreendem um universo
considerados e os dados obtidos por meio do preenchimento de amplodeconteúdoscomoaspectoshistóricos,éticoselegislativos
um check list previamente avaliado e testado. RESULTADOS: Fo- das IAAS, vigilância epidemiológica, metodologias de pesquisa,
ram observados 38 procedimentos realizados por 25 profissionais. síndromes infecciosas, microbiologia e resistência aos antimicro-
Quanto a adesão à higienização das mãos (HM), 17 (45%) higieni- bianos, prevenção e controle de infecções. Essas aulas são minis-
zaram antes e após o cuidado, 22 (58%) apenas antes e 25 (66%) tradas por uma equipe multidisciplinar com referência regional e
após. De todas as oportunidades, apenas em duas a técnica de nacional, o que favorece a formação auto-crítica e a participação
HM foi realizada corretamente (enfermeiro e fisioterapeuta). Em ativanaresoluçãodedúvidas.Ocursoapresentacaracterísticasdi-
relaçãoaousodasluvas,houveaadesãoem35(92%).Nasdemais ferenciais como: a abrangência e integração entre teoria e prática
oportunidades em que não usaram, três (8%), correspondiam a em prevenção e controle de infecção, ampla carga horária prática,
procedimentos de extrema necessidade do uso de luvas (punção supervisão de estágio realizada por profissionais com mestrado na
venosa periférica e ventilação pulmonar positiva). Quanto ao uso área de controle de infecção hospitalar. Conclui-se então que este
do avental, houve adesão em 20 (53%) das observações. O fisio- curso, por sua peculiaridade teórico-prática, oferece aos pós-gra-
terapeuta e o profissional da sala de vacina usaram o avental em duandos a oportunidade conviverem com uma comissão de con-
todasasoportunidades,enquantoqueotécnicoemradiologia em trole de infecção atuante, fato fundamental para o aprendizado e
nenhuma. CONCLUSÃO: Houve baixa adesão à HM e quando reali- aprofundamento dos aspectos relacionados à prevenção e contro-
zada foi, predominantemente, com técnica incorreta. Quanto aos ledasIAAS,bemcomoparaodesenvolvimentodeanálisescríticas
equipamentos de proteção individual, a maior adesão foi às luvas. e de estratégias capazes de modificar a realidade.
É preocupante a não adesão às medidas de PC pelo técnico em ra-
diologia que presta assistência em várias unidades da instituição. Palavras-chaves: Educação em Saúde, Infecção Hospitalar, Profis-
Estes resultados evidenciam o risco de contaminação cruzada e a sional da Saúde, Controle de Infecções
necessidade de intervenções educativas para esta equipe, visando
aumentar a adesão às medidas avaliadas e consequentemente di-
minuir as infecções associadas à assistência de saúde.
P083
Palavras-chaves: Adesão, Controle de Infecção, Higienização das CONTROLE DE EGRESSOS CIRÚRGICOS ATRAVÉS DE INTERAÇÃO
mãos, Precaução de contato, UTI Neonatal ENTRE O SERVIÇO DE SAÚDE PÚBLICA MUNICIPAL E O SERVIÇO
DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM MONTES CLAROS/
MG

P082 Autor(es): CLÁUDIA DE ALVARENGA DINIZ FONSECA1,3, ANTONIO


IMPLANTAÇÃODEPÓS-GRADUAÇÃOTEÓRICO-PRÁTICANOCON- PRATES CALDEIRA2,3, PATRÍCIA GONÇALVES2, CÍNTHIA NEVES
TROLE DE INFECÇÃO EM ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA À FONSECA1, RITA DE CÁSSIA VIEIRA GOMES1, LETÍCIA DE MELO
SAÚDE EM UM HOSPITAL ESCOLA MOTA1, ADRIANA SILVA LINO1, EUGÊNIO ANTÔNIO LINS DE BAR-
ROS3
Autor(es): MARY ROCHA CARNEIRO GARCIA ZAPATA, LUANA CÁS-
SIA MIRANDA RIBEIRO, MARIUSA GOMES BORGES PRIMO, SUELY Instituição(ões):
CUNHA ALBERNAZ SIRICO, MARTA ANTUNES DE SOUZA, ADRIANA 1. SCMC, HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS/MG
OLIVEIRA GUILARDE 2. PMMCMG, PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS/MG
3. UNIMONTES, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS/
Instituição(ões): MG
1. HC-UFG, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás
Resumo:
Resumo: INTRODUÇÃO: A Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) ocupa a terceira
As Infecções Associadas à Assistência de Saúde (IAAS) se configu- posição dentre as principais Infecções Relacionadas à Assistência
ra no cenário atual como um sério problema de saúde pública. à Saúde (IRAS) no Brasil. Sabe-se da possibilidade de manifestação
Por essa razão, a demanda de conhecimentos exigida aos profis- desse tipo de infecção 30 dias ou até um ano pós-cirurgia, período
sionais de saúde envolvidos neste contexto é cada vez maior e em que o paciente geralmente se encontra no domicílio, favore-
mais abrangente. Diante dessa lacuna existente e da necessida- cendo a subnotificação dessas taxas.OBJETIVO: Apresentar uma
de iminente de formação de profissionais de excelência na área, proposta de modelo de vigilância epidemiológica de ISC detecta-
criou-se um curso teórico/prático de pós-graduação lato sensu no das após a alta hospitalar, visando otimizar o sistema de vigilân-
controle das IAAS no Hospital das Clínicas da Universidade Fede- cia desse tipo de infecção.MÉTODOS: Caracteriza-se por trabalho
ral de Goiás (HC/UFG). Por se tratar do primeiro curso com esse descritivo que aborda o método proposto de interação entre a
perfil no Estado, esse trabalho visa descrever a transcendência e rededesaúde pública municipal, Unidade Básica de Saúde (UBS) e
experiência inicial de sua implantação. O curso de especialização Programa de Saúde da Família (PSF), da cidade de Montes Claros-
em controle de infecção em estabelecimentos de saúde foi ofe- MG e o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) da Santa

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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Casa desse município. O projeto tem como critérios de inclusão nicação verbal prejudicada; termorregulação ineficaz; volume de
todos os pacientes submetidos a cirurgias classificadas de acordo líquido desequilibrado; risco para o trauma. As prescrições foram:
com a metodologia do National Nosocomial Infection Surveillance auxiliarnadrenagemposturalparamobilizarassecreçõesmaises-
(NNIS) e realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no hospi- pessascapazesdeinterferirnadeglutição,administraçãodesonda
tal, residentes em Montes Claros ou com permanência por até 30 vesical de demora; mudar periodicamente o decúbito, identificar
dias de pós-operatório nesse município. Excluem-se os pacientes fatores que promovam a comunicação propiciando um ambiente
compós-operatóriointra-hospitalar(contempladospelabuscaati- de aceitação e privacidade; verificar sinais vitais a cada 02 horas;
va das IRAS no hospital) e pacientes de convênios e particulares controlar a ingesta de líquidos; identificar, reduzir ou eliminar os
(abordadospelabuscafonada). Realizou-secapacitaçãodosenfer- fatores causais do edema; proteger a pele edemaciada contra os
meiros da saúde pública municipal na detecção de critérios diag- traumas;avaliar, juntoà equipe desaúde. CONCLUSÕES:podemos
nósticos de ISC pela equipe do SCIH, padronização de formulários constatar grande aproximação dos dados coletados com aqueles
de encaminhamento do paciente durante a alta hospitalar com o apresentados na revisão da literatura. Acerca do plano assistencial
referenciamento da UBS ou PSF mais próximo da sua residência e de enfermagem prestado ao paciente em estudo, acreditamos ter
de notificação de ISC. O SCIH fornece semanalmente a relação de sido fundamental para o melhor prognóstico do paciente. Além
pacientes encaminhados para que a equipe de saúde municipal disso, propiciou o desenvolvimento de um bom relacionamento
possa realizar a busca ativa dos pacientes que não comparecerem terapêutico, minimizando possíveis complicações.
à unidade para retirada de pontos. As fichas de notificação con-
templam se houve ou não critérios de ISC para posterior avaliação Palavras-chaves: enfermagem, sepse, terapia intensiva
do percentual de pacientes acompanhados e do impacto nas taxas
deISCdaInstituição.RESULTADOS:Oprojetoiniciouemnovembro
de 2009, encontra-se em fase de tabulação eletrônica e com pre-
visão de publicação de seus resultados após um ano de aplicação. P085
CONCLUSÃO: Espera-se promover uma alternativa para a vigilân- AVALIAÇÃO DO SURGIMENTO DE INFECÇÃO NOSOCOMIAL NA
cia epidemiológica cirúrgica após a alta hospitalar nas instituições UTI DO HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE, CARUARU-PE
de saúde que não possuem ambulatórios de egressos, refinar a
interação entre o serviço de saúde pública municipal e os servi- Autor(es): GLÊZIA RENATA DA SILVA1, PAULA REGINA LUNA DE
ços de controle de infecção hospitalar e aprimorar a qualidade do ARAÚJO JÁCOME2, AGENOR TAVARES JÁCOME-JÚNIOR1
atendimento ao cliente cirúrgico.
Instituição(ões):
Palavras-chaves: Vigilância epidemiológica, Infecção cirúrgica, In- 1. ASCES, Associação Caruaruense de Ensino Superior
fecção Relacionada à Assistência 2. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco

Resumo:
Introdução: Infecções nosocomiais são atribuídas ao hospital e
P084 podem se manifestar durante a internação ou após a alta do pa-
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE COM ciente. Sua importância se deve ao aumento da morbimortalidade
DIAGNÓSTICO DE SEPSE EM UM CENTRO DE TRATAMENTO IN- e dos custos hospitalares, sendo as Unidades de Terapia Intensivas
TENSIVO DE NATAL/RN (UTI) consideradas epicentros de infecções nosocomiais, de onde
microrganismospodemdisseminarparaosdemaissetoresdohos-
Autor(es): ANA ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇA, RODRIGO ASSIS pital, ou mesmo para os domicílios ou outras instituições de apoio
NEVES DANTAS, DANIELE VIEIRA DANTAS, PATRÍCIA CABRAL FER- para onde os pacientes sejam transferidos. Objetivo: Avaliar o sur-
REIRA, ANNA LÍVIA DE MEDEIROS DANTAS, KÁTIA REGINA BARROS gimento de infecção nosocomial em pacientes internados na UTI
RIBEIRO, KÉSSYA DANTAS DINIZ do Hospital Regional do Agreste (HRA), localizado em Caruaru/PE,
Brasil,noperíododeOutubrode2009aMarçode2010.Materiale
Instituição(ões): Métodos: Foram avaliados 10 pacientes internados na UTI do HRA
1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE noperíododoestudo,tendocomocritériodeinclusão,permanên-
cia de internação na UTI superior a três dias. As amostras obtidas
Resumo: foram sangue e urina, seguindo os critérios de coleta e análises
INTRODUÇÂO: a sepse é uma síndrome causada pela respos- do Manual de Procedimentos Básicos em Microbiologia Clínica
ta inflamatória sistêmica descontrolada do indivíduo, de origem para o Controle de Infecção Hospitalar, ANVISA. Foram coletadas
infecciosa, caracterizada por manifestações múltiplas, podendo amostras no momento da admissão e após 3 dias de internação
determinar disfunção ou falência de órgãos ou até a morte (CAR- na UTI do HRA. Resultados: Nenhuma hemocultura foi positiva.
VALHO; TROTTA, 2003). OBJETIVO: elaborar um plano assistencial Nas uroculturas, foi observado que 4 pacientes apresentavam no
de enfermagem para um paciente com sepse. MATERIAL E MÉTO- momento da admissão infecção urinária causada por Klebsiella sp.
DOS: estudo de caso desenvolvido durante a prática supervisio- associada a Acinetobacter sp. (1/4), Staphylococcus saprophyticus
nada da disciplina Clínica Avançada, no setor de reanimação de (1/4), S. epidermides (2/4) e Pseudomonas aeruginosa (1/4) que
um hospital público de referência em urgência e emergência na podem ter sido adquiridas na comunidade ou em outro setor do
Grande Natal. Os dados foram coletados a partir de um roteiro hospital antes de ser transferido para a UTI. Dois desses pacientes
pré-estabelecido pela disciplina, pesquisa em prontuário e revisão trataram a infecção primária e vieram a apresentar urocultura po-
bibliográfica sobre a patologia. RESULTADOS: os principais diag- sitivocausadasporoutrasbactériasdistintasdascausadorasdain-
nósticos de enfermagem detectados foram: risco para aspiração; fecção urinária anterior.Dospacientescomuroculturanegativa no
eliminação de líquido prejudicada; conforto alterado relacionado momento da admissão na UTI, um desenvolveu infecção urinária
ao tempo de permanência do cliente em decúbito dorsal; comu- após 72 horas de internação causada por Klebsiella sp e em outros

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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
três foi diagnosticada infecção urinária 15 dias após interação na nota-se a importância na implantação de medidas de controle de
UTI, ocasionada por S. saprophyticus (2/3) e Klebsiella sp (1/3), infecção hospitalar visando à redução dos índices principalmente
indicando que 66,7% (4/6) dos pacientes da amostra adquiriram a nos procedimentos com IRIC < 1.
infecção urinária após internação na UTI. Em estudo epidemioló-
gico realizado por Wang e Chang (2004) em um hospital da China, Palavras-chaves: CIRURGIA, CIRURGIA NEUROLÓGICA, INFECÇÃO,
os microrganismos mais comumente isolados em UTI foram P. ae- INFECÇÃO CIRURGICA
ruginosa, Klebsiella sp., E. coli, e Acinetobacter sp., corroborando
com os dados obtidos neste estudo. Conclusão: O monitoramento
dospatógenospresentesnoambientehospitalarpermiteodesen-
volvimento de políticas de controle de infecção nosocomial mais P087
eficientes. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM FRATURA EXPOS-
TA EM UM HOSPITAL DE TRAUMA DE BELO HORIZONTE
Palavras-chaves: Amostra de Vigilância, Infecção Nosocomial, Uni-
dade de Terapia Intensiva Autor(es): LEDNA BETTCHER, JOICE DAMASCENO, HUDSON RAN-
GEL, FABIANA VERISSIMO, LETÍCIA B VIEIRA, BERNADETE C BLOM

Instituição(ões):
P086 1. HJXXIII - FHEMIG, HOSPITAL JOÃO XXIII - FHEMIG
INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO EM PACIENTES SUBMETIDOS À
CIRURGIA NEUROLÓGICA EM UM HOSPITAL DE TRAUMA Resumo:
Introdução: Os traumatismos violentos do sistema musculoesque-
Autor(es): LEDNA BETTCHER, LETÍCIA B VIEIRA, FABIANA VERISSI- lético resultam tipicamente em rupturas extensas dos tecidos mo-
MO, JOICE DAMASCENO, HUDSON RANGEL, BERNADETE C BLOM les e duros. Nestas lesões podem introduzir materiais estranhos e
bactérias, criar segmentos de tecidos moles isquêmicos, necrose
Instituição(ões): 1. HJXXIII - FHEMIG, HOSPITAL JOÃO XXIII - FHE- tecidual e espaços mortos, conseqüentemente infecções. Estudos
MIG indicam que o risco de infecção de fratura exposta depende do
grau de contaminação ocorrido e da quantidade de tecidos des-
Resumo: vitalizados1. Lima2 identifica outros fatores que contribuem para
Introdução: As infecções cirúrgicas estão relacionadas funda- desenvolvimento de infecção: a transfusão sanguínea, pacientes
mentalmente com as condições dos pacientes. Atualmente, as com classificação de ASA 3, o uso de fixador externo e fratura de
Infecções de Sítio Cirúrigo (ISC) ainda são a importante causa de fêmur e aberta em pacientes com fratura. A osteomielite é a in-
morbimortalidade durante a internação. A maioria das ISC ocorre fecção mais freqüentes, sendo as acometidas pelo Staphyloccocus
em média, dentro de quatro a seis dias após o procedimento. O aureus as mais graves. No hospital em estudo o atendimento a
CDC estima que as ISC ocorram em 2,7% dos procedimentos, cor- pacientes com fratura segue um protocolo e para a classificação
respondendo a 15% de todas as infecções hospitalares e podem das lesões segue a classificação de Gustillo e Anderson e o tempo
ocorrer até 30 dias após as cirurgias. Vale lembrar que a ISC é a máximo de atendimento cirúrgico de 4 h após o trauma. Objetivo:
Infecção Hospitalar (IH) mais freqüente. Uma das classificações Este trabalho teve como objetivo identificar o perfil epidemiológi-
utilizadas para ISC é o cálculo do Índice de Risco de Infecção (IRIC), co e microbiológico dos pacientes com fratura exposta no Hospital
que adota a metodologia NNIS (National Nosocomial Infection João XXIII em Belo Horizonte MG. Dados disponíveis no banco de
Surveillance), considerando o potencial de contaminação das ci- dados do SCIH. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológi-
rurgias, o estado de saúde do paciente e o tempo cirúrgico. Obje- co, quantitativo e descritivo. População: pacientes internados com
tivos: Descrever o perfil epidemiológico de pacientes submetidos fratura exposta. O período de coleta de julho de 2009 a março de
a cirurgia neurológica em um hospital publico, emergência e de 2010. Resultados: Foram avaliados durante o período de estudo
trauma em Belo Horizonte, Minas Gerais. Métodos: Estudo quan- 1726 pacientes com diagnóstico de fratura exposta, tendo 80.5%
titativo, descritivo e retrospectivo. Para inclusão dos pacientes em (1390) pacientes do sexo masculino e 19.5% (336) pacientes do
estudo, foi adotada a recomendação do NNISS, sendo notificadas sexo feminino, encontrando uma predominância em traumas mo-
as ISC’s de acordo com a metodologia. A fonte de dados foram as tociclisticos 35% (604) e as fraturas expostas de tíbia com 27.5%
fichas de acompanhamento, previamente estabelecidas pelo SCIH (474). A taxa de infecção relacionada a fratura foi de 2% (32) dos
(Setor de Controle de Infecção Hospitalar) do hospital em ques- pacientes, sendo a osteomielite a mais comum e tendo o uso do
tão,edepacientesinternadossubmetidosacirurgiasneurológicas fixador externo como fator de risco. O MRSA foi a bactéria mais
(craniotomia, craniectomia, derivação ventricular e artrodese), no freqüente isolada principalmente nos pacientes que ficaram mais
período de 01/2009 a 03/2010. Resultados: Foram acompanhados de 15 dias na UTI. Conclusão: Ao rever a literatura percebe que o
794pacientes.OíndicedeISCcirurgianeurológicaobservadofoide índice de infecção dos pacientes com fraturas expostas é menor
14,3% (114). O procedimento com maior incidência de infecções que o relatado na literatura, mas dentro das expectativas da insti-
foi a craniotomia, 10,1% (33) apresentaram infecções. Quanto ao tuição onde se adotou uma rotina de tratamento cirúrgico de no
graudecontaminação,nasferidaslimpas(206)observou-seíndice máximo 4 horas após o trauma, o uso de antibioticoprofilaxia com
de ISC de 15,5% (32), deve-se ressaltar que em paciente com TCE medicamentos de amplo espectro, técnica cirúrgica limpa e alta
sem lesão de pele a cirurgia é classificada limpa. Nas feridas po- precoce do paciente.
tencialmente contaminadas (531), a taxa observada foi de 10,5%.
De acordo com o IRIC, os procedimentos com risco < 1 apresen- Palavras-chaves:FRATURAEXPOSTA,INFECÇÃO,PERFILEPIDEMIO-
taram taxa de 13,9%. Nos procedimentos com IRIC = 3, a taxa foi LOGICO
de 17,7%. Conclusão: A incidência de ICS foi compatível com os
índices observados na literatura (10 – 15%). A partir desses dados,

147
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Autor(es): RITA DE CÁSSIA VIEIRA GOMES, ADRIANA SILVA LINO,
P088 CÍNTHIA NEVES FONSECA, CLÁUDIA DE ALVARENGA DINIZ FONSE-
APRIMORAMENTO DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFEC- CA, LETÍCIA DE MELO MOTA
ÇÕES DO SÍTIO CIRÚRGICO PÓS ALTA HOSPITALAR POR MEIO DE
BUSCA FONADA NA SANTA CASA DE MONTES CLAROS/MG Instituição(ões):1.SCMC,HOSPITALSANTACASADEMONTESCLA-
ROS/ MG
Autor(es):CínthiaNevesFonseca,AdrianaSilvaLino,RitadeCássia
Vieira Gomes, Letícia de Melo Mota, Cláudia de Alvarenga Diniz Resumo:
Fonseca INTRODUÇÃO: Infecção Relacionada a Assistência a Saúde (IRAS) é
um grave problema de saúde pública mundial e os pacientes inter-
Instituição(ões):1.SCMC,HOSPITALSANTACASADEMONTESCLA- nados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são os mais expostos
ROS/MG às IRAS devido a freqüência de procedimentos invasivos e uso de
antimicrobianos.OBJETIVO: conhecer o perfil epidemiológico das
Resumo: IRAS em uma UTI adulto e corroborar com os dados nacionais
INTRODUÇÃO: A Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) consiste na ter- através da divulgação das taxas de IRAS da UTI de um hospital de
ceiratopografiamaisocorrentedentreasInfecçõesRelacionadasà grande porte do Norte de Minas Gerais referência para politrau-
AssistênciaàSaúde(IRAS),14%a16%dasencontradasempacien- matizados. MÉTODOS: estudo retrospectivo e descritivo com aná-
teshospitalizados.Sabe-seaindadapossibilidadedemanifestação lise das IRAS no ano de 2009 em UTI Geral (10 leitos), referência
desse tipo de infecção 30 dias ou até um ano pós-cirurgia, perío- para politraumatizados, a partir de dados coletados de forma sis-
do em que o paciente geralmente se encontra no domicílio, fator temática pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar utilizan-
agravanteparaasubnotificaçãodessastaxas.OBJETIVOS:Otimizar do a metodologia do National Nosocomial Infections Surveillance
a vigilância e notificação través de busca fonada dos pacientes ci- System (NNISS).RESULTADOS: Foram registradas 105 IRAS em 83
rúrgicospós-alta,afimdeobtertaxasfidedignasdeISC.MÉTODOS: pacientes e a densidade de incidência (DI) de IRAS da unidade em
Estudo quantitativo, com caráter descritivo e retrospectivo, sendo 2009 foi de 29,5/1000 pacientes-dia. As pneumonias represen-
analisados os dados obtidos por meio de busca fonada das ISC, taram a topografia de maior prevalência, 64,7% (68/105), sendo
no período de novembro de 2009 a fevereiro de 2010. A busca foi 76,5% (52/68) das pneumonias associadas à ventilação mecânica
executada pelo serviço de ouvidoria do hospital, com telefonemas (PAV), representando uma DI de 20,75 PAV/1000 res-dia em 2009.
realizados no prazo de trinta dias da data da cirurgia e direcionada As infecções do trato urinário (ITU) atingiram 16,19% (17/105),
pela relação da totalidade de pacientes de convênios particulares destas,76,5%(13/17)relacionadasàsondagemvesicaleassepses
dealtahospitalarsubmetidosacirurgiasclassificadascomolimpas ocorreram em 6,67% (07/105), somente uma associada ao cateter
no referido hospital. Os telefonemas seguiram um roteiro pré-es- vascular central. Foram isolados 36 agentes etiológicos com pre-
tabelecido, contendo perguntas referentes à qualidade do serviço domínio de Gram-negativos: Escherichia coli em 33,33%, Pseudo-
prestado e estado clínico pós-cirúrgico de forma direcionada para monas aeruginosa em 19,44% e Enterobacter cloacae em 13,89%.
cada sinal/sintoma sugestivo de infecção, sendo preenchida uma CONCLUSÃO: O presente estudo apresenta dados semelhantes
planilha no programa Microsoft Excel com as informações forneci- aos encontrados em outras referências nacionais e internacionais
daspelopróprioclienteouparentepróximo,composterioranálise e reforça que a UTI de pacientes politraumatizados está associada
do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) dos critérios a uma maior densidade de incidência de IRAS em relação à ob-
de ISC. RESULTADOS: Realizou-se a busca fonada de 314 pacientes servada em UTI com outro perfil de clientela. Reafirma a relação
pós-cirurgia, obtendo-se 181 (57,6%) ligações atendidas e conclu- entre as IRAS e os procedimentos invasivos na UTI, principalmente
ídas com sucesso. Registros incorretos de contatos telefônicos e PAV, e recomenda que medidas preventivas preconizadas por evi-
chamadas não atendidas após três tentativas foram fatores que dência são importantes instrumentos para reduzir a ocorrência de
limitaram o total de pacientes buscados. Quando questionados, 9 IRAS em UTI.
(5,0%)pacientesrelataramterapresentadofebre,9(5,0%)descre-
veram que a ferida operatória não evoluiu com bom aspecto, mas Palavras-chaves: Vigilância epidemiológica, Unidade de terapia in-
somente6(3,3%)dessesrelatarampresençadesecreçãonaferida tensiva, Taxa de infecção
operatória.AanálisedoscritériosdiagnósticosdeISCindicouano-
tificaçãode3ISC,comtaxade1,7%nessapopulaçãodepacientes.
CONCLUSÃO: Obteve-se taxa de ISC semelhante às demais refe-
rências para cirurgias limpas possibilitando o incremento de 3 ISC. P090
Reforça-se a importância de complementar a busca fonada com PREVALÊNCIA DE MEDIASTINITE PÓS-CIRÚRGICA EM UM HOSPI-
outros métodos de vigilância de ISC, pois esses índices servem de TAL CARDIOLÓGICO DO RECIFE E AÇÕES DA COMISSÃO DE CON-
instrumento para avaliar a qualidade do serviço prestado. TROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Palavras-chaves: Vigilância epidemiológica, Infecção cirúrgica, In- Autor(es): Marina Gabriella Pereira de Andrada Magalhães1,2, Li-
fecções relacionadas à assistência, Busca fonada dianne Fábia Moraes Alcantara1,2, Ludmila Medeiros Outtes Al-
ves1,2, Simone Maria Muniz da Silva Bezerra1,2, Laís Milena Costa
Teixeira1,2
P089 Instituição(ões): 1. UPE, Universidade de Pernambuco
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INFECÇÕES RELACIONADAS A AS- 2. FENSG, Faculdade de Enfermagem Nossa Sanhora das Graças
SISTÊNCIA A SAÚDE EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
DE POLITRAUMATIZADOS
Resumo:
INTRODUÇÃO:Amediastinitepós-operatóriaédefinidacomouma

148
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
infecçãoe/ouinflamaçãodotecidoconjuntivodomediastinoasso- infecção e/ou inflamação do tecido conjuntivo do mediastino as-
ciadaàosteomielitedoesterno,comousemsuainstabilidade,po- sociada à osteomielite do esterno, com ou sem sua instabilidade,
dendo atingir o espaço retroesternal. Possui incidência estimada podendo atingir ainda o espaço retroesternal. Pode ser causada
entre0,4e5,0%,eumaltoíndicedemortalidade(10%a47%).Seu por esternotomia mediana, ruptura esofágica, infecções cervicais
diagnóstico é geralmente tardio, podendo o paciente receber alta profundas e outras causas mais raras. Possui incidência estima-
antes da confirmação, refletindo em alto índice de reinternação. da entre 0,4% e 5,0% e um alto índice de mortalidade (10,0% a
As habilidades cognitivas e perceptivas da Comissão de Controle 47,0%). OBJETIVOS: Observar a correlação entre os tipos de cirur-
de Infecção Hospitalar (CCIH) influenciam a assistência e a identi- gia cardíaca e a incidência de mediastinite pós-cirurgica em pa-
ficação precoce deste agravo. OBJETIVO: Investigar a prevalência cientes internos no Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco
de mediastinite pós-cirúrgica nos pacientes internados no Pronto (PROCAPE), localizado em Recife, Pernambuco. MÉTODOS: Foi
Socorro Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE), no período de elaborado um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem
junho de 2007 a junho de 2009, e observar as ações da CCIH em quantitativa através de amostra selecionada pelo censo da Comis-
relação a este agravo. METODO:Através de dados fornecidos pela são de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do PROCAPE. Foram
CCIH do PROCAPE, foi realizado um estudo retrospectivo, descri- analisados todos os prontuários dos pacientes internados no hos-
tivo, transversal, com abordagem quantitativa em 21 prontuários pital e que desenvolveram mediastinite pós-cirúrgica, no período
de pacientes que apresentaram diagnóstico médico confirmado de junho de 2007 a junho de 2009. RESULTADOS: Determinou-se a
de mediastinite pós-operatória internados no PROCAPE entre Ju- incidência de mediastinite em 21 (2,3%) dos prontuários. Destes,
nho de 2007 e Junho de 2009. RESULTADOS: Ocorreram 21 (2,3%) 7 (33%) foram a óbito. O procedimento operatório mais freqüen-
casos de mediastinite após operação cardíaca. Destes, 7 (33%) pa- temente associado ao surgimento da mediastinite foi a cirurgia de
cientes foram a óbito. Vários fatores de risco foram identificados, revascularização do miocárdio (CRM) com circulação extracorpó-
como: HAS (80,9%); tabagismo (61,9%); DM (42,8%) e obesidade rea (CEC) perfazendo o total de 42,0%, seguido pela CRM sem CEC
(33,3%),sendoamaioria(76,2%)empacientessubmetidosacirur- (33,3%), correção da dissecção aórtica (14,3%) e troca de válvula
giaderevascularizaçãodomiocárdio.Aidademédiacorrespondeu mitral (9,5%). CONCLUSÃO: A correlação entre operações de re-
a 60,04 ± 15,60 (1 a 77anos). Os sinais e sintomas mais encontra- vascularização de miocárdio e o desenvolvimento de mediastini-
dosnaamostradoestudoforamapresençadeexsudato(100,0%), te está bem documentada na literatura, onde se aponta mais de
e deiscência da ferida operatória e dor (76,2%, cada). CONCLU- 80% de casos da infecção como complicação desta operação. A
SÃO: Comparativamente com as infecções pós-operatórias, que prevalência da CRM com CEC na ocorrência de infecção do espaço
obtiveram um total de 96 casos (10,7%), a mediastinite apresenta mediastinal pode estarassociado ao fatodeaCEC provocaraltera-
posição de destaque. A assistência da CCIH voltada ao atendimen- ções fisiológicas no sistema imunológico, especialmente pelo uso
to de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca é uma relevante da hipotermia e hemodiluição, predispondo ao aparecimento de
medida para prevenção e controle do surgimento de novos casos infecções,alterandoafisiologia normaldoindivíduo. Duranteesse
de mediastinite. Os profissionais da CCIH são os mais capacitados procedimento, pode ocorrer desequilíbrio no volume de líquidos,
para atuar no controle de infecção, pois estabelecem normas e troca de gases prejudicada, alterações da proteção devido à ini-
rotinas que visam desenvolver, orientar e supervisionar as ações a bição do sistema de coagulação com a heparinização sistêmica e
seremexecutadaspelosprofissionaisqueatuamnaáreadasaúde, seqüestro de leucócitos da circulação, inibindo a sua propriedade
além de ser responsável por realizar a primeira avaliação da ferida de fagocitar os germes invasores do organismo.
cirúrgica com sinais de infecção e orientar os pacientes quanto a
dieta, limpeza e troca de curativos, ressaltando-se a importância Palavras-chaves: Mediastinite, Cirurgia Cardíaca, Incidência
do reconhecimento precoce dos sinais e sintomas da mediastinite,
e a identificação do microorganismo envolvido na infecção, para
orientar o tratamento o mais cedo possível, fundamental para um
bom prognóstico. P092
PERFIL DA INFECÇÃO HOSPITALAR EM UM HOSPITAL DE REFE-
Palavras-chaves: Mediastinite, Osteomielite, Controle de Infecção RÊNCIA EM TRANSPLANTE RENAL EM TERESINA-PI

Autor(es): SONALE DO NASCIMENTO ROCHA, MARIA LUÍSA BRITO


FERREIRA ALMINO, ÂNGELA MARIA DE OLIVEIRA ANDRADE SILVA,
P091 AVELAR ALVES DA SILVA
CIRURGIAS CARDÍACAS ASSOCIADAS À INCIDÊNCIA DE MEDIAS-
TINITE EM UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE DA CIDADE DO RE- Instituição(ões): 1. ALIANÇA CASAMATER, HOSPITAL ALIANÇA CA-
CIFE-PE SAMATER

Autor(es): Marina Gabriella Pereira de Andrada Magalhães1,2, Li- Resumo:


dianne Fábia Moraes Alcantara1,2, Ludmila Medeiros Outtes Al- Introdução: As infecções hospitalares (IH) estão entre as principais
ves1,2, Simone Maria Muniz da Silva Bezerra1,2, Laís Milena Costa causas de óbito no Brasil, ao lado das doenças cardiovasculares,
Teixeira1,2 respiratórias, infecciosas e neoplásicas. Objetivos: Verificar a taxa
de prevalência da IH, indicadores de gravidade, tipos de infecções,
Instituição(ões): patógenos e seu perfil de sensibilidade aos antimicrobianos. Me-
1. UPE, Universidade de Pernambuco todologia: Estudo epidemiológico, retrospectivo, realizado através
2. FENSG, Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças de buscas ativas e de resultados de culturas no hospital Aliança
Casamater, serviço de referência no Piauí em transplante renal.
Resumo: Foram analisadas 198 fichas de notificação de infecções ocorri-
INTRODUÇÃO:Amediastinitepós-operatóriaédefinidacomouma das ao longo de 2009. Resultados: A taxa de IH anual média foi de

149
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
1,7%, com letalidade de 12% e mortalidade hospitalar de 0,2%. Os (médicos, enfermeiros, fisoterapeutas, fonaudiologo), as áreas de
principais sítios acometidos foram pulmonar(55%), urinário(16%), apoio (controle de infecção, farmácia, almoxarifado, CME)e a dire-
cirúrgico(12%), cutâneo(6%) e por cateter(2%). Estudos realizados toria; utilizar as ferramentas de qualidade na criação, implantação
empaíseseuropeusidentificaramaprevalênciadasmesmasinfec- e medição dos processos implantados. MÉTODO: Para o desenvol-
ções, todavia preponderou a infecção urinária(25 a 42%), seguida vimento destas atividades foi criado um grupo multiprofissional,
pela pneumonia(11 a 32,9%), infecção de sítio cirúrgico(8 a 29%) e composto pelo coordenador médico e de enfermagem da UTIA,
infecção de corrente sanguínea(5 a 9,6%). Os principais microrga- plantonista, fisoterapeuta, fonaudiologo e o controle de infecção.
nismos isolados foram Klebsiella pneumoniae(42%), E.coli(21%), Descrição das atividades: 1º formação do grupo multiprofissional
S.aureus(16%), pseudomonas(23%) e com a presença de 22% de e sua finalidade; 2º descrição dos problemas utilizando o diagra-
Cândida sp nas culturas. Outro serviço de referência em trans- ma de causa e efeito; 3º identificação das prioridades; 4º plano
plante renal no nordeste, evidenciou Klebsiella pneumoniae(22%) de ação, utilizando o sistema PDCA; 5º criação e implantação de
como principal agente, corroborando com o nosso estudo, po- check list e protocolos através do mapeamento de processos; 6º
rém em menores proporções, seguido por S.aureus(20%), Pseu- implantação dos processos, medição e gerenciamento, através
domonas aeruginosa(14%), Acinetobacter sp(13%), Escherichia de indicadores. RESULTADOS: Houve uma redução importante da
coli(10%), Enterobacter sp(9%) e Candida sp.(9%), contrapondo a densidade de PAV, do percentil 50 para abaixo de 30. A criação de
nossa pesquisa. A Klebsiella pneumoniae, principal cepa isolada umgrupomultiprofissionalpropiciouumapredizadomútuoeuma
neste estudo, apresentou perfil de sensibilidade a ceftriaxona de troca de experiência sem precedente, além de aprimorar a assis-
25%, a ceftazidima 48% e a cefepima de 49%. Resultado diferen- tência prestada e seus processos. CONCLUSÃO: As ferramentas de
te foi encontrado no Hospital Universitário de Fortaleza-CE, onde qualidade, são instrumentos de apoio fundamental para assegu-
a Klebsiella pneumoniae apresentou sensibilidade a ceftriaxona rar o comprometimento com a melhoria contínua dos resultados.
de 53,3% e a ceftazidima de 80%. A E.coli, isolado em 42% das Porém, entender e se adaptar a um trabalho multiprofissional foi
uroculturas, mostrou-se resistente ao ciprofloxacino(54%) e ao fundamental para alcançar resultados positivos em números e em
ácido nalidixico(76%), mas com boas respostas ao cefepima(75%), qualidade.
meropenem(100%) e imipenem(100%). Conclusão:Portanto é im-
portante confirmar o agente etiológico da IH e o seu padrão de Palavras-chaves: Pneumonia, Ventilação Mecânica, Ferramentas
sensibilidade em cada serviço, observando o perfil da IH, o agente de qualidade
isolado e a sensibilidade diversificados nos diferentes hospitais.

Palavras-chaves:infecçãohospitalar,prevalência,patógenos,perfil
de sensibilidade P094
PREVALÊNCIA DE MICROORGANISMOS ISOLADOS EM UROCUL-
TURAS DE PACIENTES INTERNADOS EM UMA INSTITUIÇÃO NO
ESPÍRITO SANTO
P093 Autor(es):ANDRESSA MONTEIRO BRACONI GRILO, Livia Caetano
FERRAMENTAS DE QUALIDADE AUXILIANDO NAS ATIVIDADES DE
UM GRUPO MULTIPROFISSIONAL PARA REDUÇÃO DE PNEUMO- Tambara, Patricia Vivyanne da Gama Cotta e Silva
NIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA
Instituição(ões):
Autor(es): Fabiana Silva Vasques, Sandra Regina da Silva, Fabiana 1. HECI, HOSPITAL EVAGÉLICO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
Pereira dos Santos, Imara J. de Azevedo Rios, Liliane Lemos, An-
tonio Claudomiro Aparecido Beneventti, José Licinio de Oliveira, Resumo:
Paula Marques de Vidal As infecções do trato urinário (ITUs) são causas frequentes de
manifestações na população, tendo maior ocorrência no sexo fe-
Instituição(ões): 1. HMB, Hospital Metropolitano Butantã minino. Os agentes etiológicos das ITUs mais comuns são da fa-
mília Enterobacteriaceae, sendo o mais predominante a bactéria
Escherichia coli. Estima-se que 30% das infecções relacionadas à
Resumo:
assistência à saúde (IRAS) sejam localizadas no trato urinário e
INTRODUÇÃO: A pneumonia associada a ventilação mecânica
tem como causa prioritária o cateterismo vesical.O objetivo deste
(PAV)é a infecção mais frequente, em especial na terapia intensi-
trabalho foi determinar a prevalência de microrganismos e perfil
va adulto (UTIA). A PAV pode aumentar em 30% a mortalidade e
microbiológico das uroculturas positivas em pacientes interna-
prolongaroperíododeinternaçãoentre7e9dias.Atualmente,há
dos em uma instituição do Espírito Santo.Foram incluídas todas
vários métodos de prevenção e conrtole de infecções associadas
as uroculturas positivas de pacientes internados na instiruição no
aos dispositivos invasivos. Sendo o modelo mais novo no Brasil, a
período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009, sendo excluídas
Campanha 5 milhões de vida do Institute of Healthcare Improve-
do presente estudo todas as culturas consideradas de origem co-
ment (IHI), que consciste, para PAV, quatro medidas com alto nível
munitária. Das 134 amostras de culturas analisadas, observamos
de evidência (elevação da cabeceira 30-45º; interrupção diária da
E.coli em 22,6%, Klebsiella em 20,2%, Pseudomonas spp 12%, En-
sedação;profilaxiadeúlceradestresseprofilaxiadeTVP).Pensan-
terococcus e S. aureus em 6,7%, Enterobacter em 5,2%, Strepto-
do em melhorar a assistência prestada na UTIA e visando a redu-
coccus spp em 5 3,7%, Proteus spp em 3%, Providencia em 2,2%,
ção de PAV, o servio de controle de infecção em parceria com os
Serratia spp em 2,2%, Acinetobacter spp e S.coagulase negativa
membros da equipe assistencial da UTIA do Hospital Metropolita-
em 1,5%, Candida em 12% e outros em 2,2% das amostras. Sobre
noButantã,decidiramimplantaressasmedidasutilizandoasferra-
resistência antimicrobiana, das 27 amostras positivas para Kleb-
mentasdequalidade.OBJETIVO:ReduziradensidadePAV;integrar
siella eram sensíveis a amicacina 74% , a Gentamicina 55,5%, a
o trabalho multiprofissional entre as equipes assistênciais da UTIA
Ciprofloxacina 37% , a Imipenem 96,3%, a Ceftriaxona 37% e a

150
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Cefepime 33,3%. Das 28 amostras de E.coli isoladas, eram sensí- venção
veis a Amicacina e Gentamicina 82,1%, a Ciprofloxacina 67,8%, a
Imipenem 85,8%, a Ceftriaxona 67,8% e a Cefepime 71,4%. Das
16 amostras de Pseudomonas isoladas eram sensíveis a Amicacina
81,2%, a Gentamicina 62,5%, a Ciprofloxacina 68,7% , a Imipenem P096
87,5%,aCeftazidima81,2%,aCefepime56,2%.Baseadonosestu- CASOS DE COQUELUCHE NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO
dos obtidos conclui-se que E.coli foi o principal agente etiológico ALEGRE (HCPA) NOS ANOS 2007 A 2009
das ITUs em nossa instituição , seguido pela Klebsiella. O presente
estudo contribuiu para conhecimento de prevalência microbioló- Autor(es): MÁRCIA ROSANE PIRES, JESSICA DALLÉ, FABIANO
gica e taxas de resistências locais , sendo uma das etapas básicas MARCIO NAGEL, RODRIGO PIRES DOS SANTOS, LORIANE RITA
para o estabelecimento de estratégicas particularizadas em rela- KONKEWICZ,NADIAMORAKUPLICH,CAREMGORNIACKLOVATTO,
ção ao uso racional de antimicrobianos. CRISTOFER FARIAS DA SILVA

Palavras-chaves: MICRORGANISMOS, PREVALÊNCIA, UROCULTU- Instituição(ões):


RA 1. HCPA, HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE

Resumo:
INTRODUÇÃO: A coqueluche é uma doença endêmica do trato
P095 respiratório causada pela bactéria Bordetella pertussis e paraper-
IMPACTO DAS MEDIDAS ADOTADAS PARA PREVENÇÃO DE tussis e acomete principalmente crianças. A transmissão ocorre
TRANSMISSÃO OD ACINETOBACTER BAUMANNII NA UNIDADE pelo contato direto por gotícula espalhada pela pessoa infectada
DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) DO HOSPITAL EVANGÉLICO DE CA- ou contato indireto com artigos recentemente contaminados. O
CHOEIRO DE ITAPEMIRIM (HECI). período de incubação é de 07 a 10 dias. É uma doença que neces-
sita isolamento. É uma patologia prevenível através da vacinação.
Autor(es):PatriciaVivyanne da GamaCotta eSilva,AndressaMon- OBJETIVO: Identificar os casos positivos através do teste de reação
teiro Braconi Grilo, Livia Caetano Tambara em cadeia da polimerase (PCR) das crianças internadas no HCPA
entre 2007 e 2009, bem como, avaliar o perfil de idade mais pre-
Instituição(ões): valenteeverificaraocorrênciadesazonalidadesnoscasos.MÉTO-
1. HECI, Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim DOS:Estudo quantitativodeanálisedosresultados depesquisa do
testedePCRemcriançasinternadascomopossíveldiagnósticode
Resumo: coqueluche. RESULTADOS: De um total de 579 amostras nos três
Introdução: o Acinetobacter baumannii é um cocobacilo Gram ne- anos de estudo, 32,6%,36,6% e 30,7% são oriundas de 2007, 2008
gativo não fermentador que apresenta grande capacidade de des- e2009,respectivamente.Houveconfirmaçãode32casosem2007
nvolverresistênciaequepodesertransmitidonoserviçodesaúde (16,9% das amostras), 47 em 2008 (22,2% das amostras) e 36 em
atravésdetransmissão cruzada oupor contaminaçãodo ambiente 2009(20,2%das amostras).Opico decasos aolongo dostrêsanos
conforme sugerem alguns estudos. Objetivo: demonstrar que me- ocorreu entre os meses de junho a agosto, com outros dois picos
didassimplespodempreviniratransmissãodoAcinetobacterbau- nos meses de fevereiro e março e também outubro e novembro.
mannii. Método: estudo epidemiológico descritivo. No período de Do total dos casos em 2007, 2008 e 2009, 75%, 59,6% e 69,4%
dezembro/09 a maio/10 o Serviço de Controle de Infecção Hospi- ocorreram em crianças de 0 a 6 meses, 18,7%, 17% e 11,1% de 7
talar do HECI observou um aumento do número de infecções re- meses a um ano e 6,2%, 23,4% e 5,6% em maiores de 2 anos, to-
lacionadas à assistência a saúde por Acinetobacter baumannii na dosrespectivamente.CONCLUSÃO:Oresultadoobtidonoestudoé
UTI, tendo sido realizadas as seguintes intervenções: foram refor- congruente com a literatura, com maior incidência de B. pertussis
çadas as precauções padrão (dando enfase para a higienização das em lactentes sem o esquema vacinal completo. Segundo a litera-
mãos) e de isolamento; identificação precoce de pacientes com tura a estação do ano mais prevalente é a primavera e verão. Nos-
culturas positivas para Acinetobacer baumannii, além de realiza- sos dados indicam uma variação sazonal diferente, com três picos
ção de culturas de vigilância para identificar portadores assinto- de incidência ao longo do ano. Pelo elevada transmissibilidade e
máticos,parainstituirprecauçõesdecontato;utilizaçãodesistema riscos de complicações, é importante rastrear os casos, isolar os
fechado de aspiração para os pacientes com ventilação mecânica; pacientes e notificar a Secretaria Municipal de Saúde.
e, uso racional de antimicrobianos. Durante esse período foram
realizadas culturas do ambiente (equipamentos e mobiliários da Palavras-chaves: Bordetella parapertussis, Bordetella pertussis,
unidade do paciente) e dos profissionais de saúde segudo padrões infecções virais
estabelecidos. Resultados: as amostras de culturas do ambiente
foram negativas, com exceção da cultura do material colhido do
sistema de aspiração de um único paciente. As culturas realizadas
nos profissionais de saúde foram negativas. Baseado nos resulta- P097
dosdoantibiograma,podemosafirmarquenãohouvecontamina- INFECÇÕES NOSOCOMIAIS E LETALIDADE EM PACIENTES ONCO-
ção cruzada, uma vez que o perfil microbiológico era diferente nas LÓGICOS.
amostras observadas. Conclusão: medidas de prevenção de trans-
missão por Acinetobacter baumanni são importantes em serviços Autor(es): THAIS KATO DE SOUSA1, SILVANA DE LIMA VIEIRA DOS
nos quais sua ocorrência é frequente, uma vez que geram impacto SANTOS1, MARINÉSIA APARECIDA DO PRADO PALOS1, DULCELENE
positivo. DESOUSAMELO1,DAYANEDEMELOCOSTA1,EDGARBERQUÓPE-
LEJA2, MARCELLE ALESSA SILVEIRA MACHADO2, REGIANE APARE-
Palavras-chaves: Acinetobacter, impacto, infecção, medidas, pre- CIDA DOS SANTOS SOARES BARRETO1

151
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Instituição(ões): Instituição(ões):
1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM - UFG 1. FEN/UFG, Faculdade de Enfermagem
2. AAJ, HOSPITAL ARAUJO JORGE 2. AAJ, HOSPITAL ARAUJO JORGE

Resumo: Resumo:
Introdução: Segundo a Agência Internacional para a Pesquisa em Introdução: O câncer configura-se como um grande problema de
Câncer (IARC/OMS), o impacto global do câncer dobrou nos úl- saúde pública, tanto nos países desenvolvidos, como naqueles em
timos 30 anos. Os pacientes oncológicos apresentam alterações desenvolvimento. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, são es-
permanentes ou transitórias nos mecanismos de defesa anti-in- perados no Brasil, para o ano de 2010, 236.240 casos novos de
fecciosos, em decorrência de serem submetidos a numerosas in- câncer para o sexo masculino e 253.030 para o sexo feminino.
ternações e a vários procedimentos invasivos e terapêuticos, que Diante desse diagnóstico, uma das maiores preocupações na área
prolongam sua permanência no ambiente hospitalar, favorecen- dasaúdeéaaltaincidênciadeinfecçõesassociadasaocuidadoem
do o aparecimento de diversas complicações infecciosas. Diante saúde (IACS), uma vez que pacientes em tratamento de câncer são
disso, as infecções associadas ao cuidado em saúde (IACS) são mais susceptíveis a desenvolver infecções devido a clínica envolvi-
consideradas as principais causas de morte em pacientes hospi- da, ao tratamento e ao ambiente hospitalar a que estão expostos.
talizados. Objetivos: Identificar as taxas de pacientes oncológicos Objetivo: Analisar as taxas de IACS, de acordo com as topografias,
com infecções associadas ao cuidado em saúde; avaliar a taxa de em pacientes oncológicos no período de 2004 a 2008. Métodos:
letalidade associada a essas infecções. Métodos: Estudo descriti- Estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa
vo, retrospectivo, com abordagem quantitativa desenvolvido em realizado em um hospital oncológico da região Centro-Oeste em
parceria com o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) parceria com Serviço de Controle de Infecção hospitalar(SCIH). Os
de uma instituição referência em tratamentos oncológicos da re- dados foram coletados por meio dos formulários de solicitação
gião Centro-Oeste. Como critério de inclusão foi considerado os do uso de antimicrobianos, pareceres dos infectologistas e for-
casos de IACS diagnosticados de acordo com a metodologia Na- mulários de registro de curativos arquivados no período de 2004
tional Nosocomial Infections Surveillance (NNIS). As informações a 2008, processados no programa Microsoft Excel versão 2003 e
foram coletadas por meio dos formulários de solicitação do uso analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: Identi-
de antimicrobianos, pareceres dos infectologistas e formulários ficou-se 5.943 episódios de IACS, nos cinco anos estudados, os
de registro de curativos arquivados no período de 2004 a 2008, e quais foram distribuídos por topografias. Quanto à taxa global de
processadas no programa Microsoft Excel versão 2003. Os aspec- infecção, constatou-se que os maiores índices foram relacionados
tos ético-legais foram observados. Resultados: Foram internados às seguintes topografias: ISC, 25,58% (1520); ICS, 23,62% (1404) e
no período 70.662 pacientes, e destes 5,8% (4.064) apresentaram ITR,18,12%(1077).Aoanalisaressasinfecções,emcadaanoestu-
IACS. Ao analisarmos as taxas de pacientes com IACS verificamos dado, observou-se que a ICS obteve os maiores percentis em 2004
que essas variaram de 4,9% (765) a 6,0% (968), com média global com 27,3% (278), 2005 com 32,5% (165) e em 2006 com 25,8%
de 6,7% (812). Quanto à taxa de letalidade associada à infecção (316). Verificou-se que em 2007 e 2008 a ISC foi o sítio mais aco-
observamos que, em 2004, ocorreu o menor índice, com 21,2% metido, apresentando taxa de 33,7% (604) e 24,9% (349) respec-
(162) e em 2006 o maior índice com 27,6% (208). A taxa de letali- tivamente. Conclusão: As infecções mais freqüentes encontradas
dade global associada à infecção, do total geral de pacientes com no ambiente hospitalar foram as infecções de sítio cirúrgico e cor-
IACS,foide23,8%(970)emédiaglobalde23,7%(194).Conclusão: rente sanguínea. Salienta-se que os índices de IACS estão direta-
Os índices de infecção e letalidade associada à infecção hospitalar mente relacionados com o nível de atendimento e complexidade
mantiveram-se dentro da média esperada pela instituição. Consi- de cada hospital. Dessa forma, conhecer e compreender as taxas
deramos que, mesmo com o perfil encontrado, o SCIH e os profis- de infecção distribuídas por topografias em pacientes oncológicos
sionais de saúde envolvidos na assistência aos pacientes oncológi- contribuiráparaodesenvolvimentodeestratégiasmaisefetivasna
cos, façam uma reflexão sobre suas condutas, para a manutenção prevenção e controle das infecções.
da qualidade da assistência, pois as infecções nessa população
apresentam-se de maneira diferenciada em virtude do status imu- Palavras-chaves:Infecçãohospitalar,ServiçoHospitalardeOncolo-
nológico e dos tratamentos aos quais são submetidos. gia, Prevenção & controle

Palavras-chaves: INFECÇÃO HOSPITALAR, CONTROLE DE RISCO,


PREVENÇÃO & CONTROLE, SERVIÇO HOSPITALAR DE ONCOLOGIA
P099
PREVALÊNCIA DE CASOS DE MEDIASTINITE EM UM HOSPITAL DE
CARDIOLOGIA DA CIDADE DO RECIFE.
P098 Autor(es): Marília Perrelli Valença, Aracele Tenório de Almeida Ca-
TAXAS DE INFECÇÕES ASSOCIADAS AO CUIDADO EM SAÚDE DIS-
TRIBUÍDAS POR TOPOGRAFIA: ESTUDO RETROSPECTIVO EM UM valcanti, Millena Raphaela da Silva Pinheiro, Valéria Barbosa Bar-
HOSPITAL ONCOLÓGICO ros Carvalho

Autor(es): THAIS KATO DE SOUSA1, SILVANA DE LIMA VIEIRA DOS Instituição(ões): 1. PROCAPE-UPE, Pronto Socorro Cardiológico de
SANTOS1, DULCELENE DE SOUSA MELO1, MARINÉSIA APARECIDA pernambuco-UPE
DO PRADO PALOS1, LIWCY KELLER DE OLIVEIRA LOPES1, HELINY
CARNEIRO CUNHA NEVES1, EDGAR BERQUÓ PELEJA2, MARCELLE Resumo:
ALESSA SILVEIRA MACHADO2 INTRODUÇÃO Mediastinite é uma infecção grave do pós-operató-
rio de cirurgias cardíacas. A sua prevalência varia de 0,2% a 5,0%.

152
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
(1) Fatores de risco podem depender das condições inerentes ao de enfermagem o que corresponde a 71% de todos colaborado-
paciente como, idade avançada, diabetes, DPOC, doenças sistêmi- res de enfermagem das unidades envolvidas nesse estudo. Resul-
cas do colágeno etc., como também podem ser controláveis (tem- tados No período pré-intervenção (março a setembro de 2009)
po de CEC, número de artérias mamárias internas como enxertos observou-se a incidência de três casos de infecção relacionada à
na CRVM; sangramento pós-operatório, múltiplas transfusões assistência à saúde por ERV e três óbitos correlacionados. A capa-
sangüíneas e/ou reoperações; necessidade de suporte inotrópi- citação foi realizada durante o período de setembro de 2009. No
co prolongado e uso de ventilação mecânica)(2) (3). OBJETIVOS: período pós-capacitação (outubro de 2009 a abril de 2010) ocor-
Descrever os casos de mediastinite em um Hospital de referên- reu 1 caso de ERV com óbito correlacionado. O que corresponde
cia em cardiologia do estado de Pernambuco. MÉTODOS Revisão a uma redução de 67%. Conclusão Concluiu - se que a capacitação
retrospectiva de prontuários dos pacientes que desenvolveram profissional constitui importante ferramenta como estratégia para
mediastinite em 1.389 cirurgias cardíacas, 395 (28,44%) limpas a redução da infecção relacionada à assistência à saúde e da mor-
e 930 (66,95%) potencialmente contaminadas entre janeiro de talidade por ERV.
2007 a janeiro de 2010. Dados foram armazenados no Microsoft
Office Excel, versão 2007. Os Aspectos Éticos seguiram resolução Palavras-chaves:ENTEROCOCCUSRESISTENTEAVANCOMICINA,NFEC-
196/96-CONEP, parecer nº: 172/09. RESULTADOS Ocorreram 56 ÇÃORELACIONADAÀASSISTÊNCIA,CAPACITAÇÃOPROFISSIONAL
casos (4%) de mediastinite. Destes, 63% eram mulheres. A idade
média foi de 57 anos. O tempo médio de internamento foi de 19
dias. Foram encontrados fatores de risco de infecção em 52 dos
pacientes. Dos fatores de risco mais freqüentes, estavam o inter- P101
namento hospitalar prolongado em 72%, história de tabagismo ANÁLISE DAS INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA A
em 46,4%, Diabetes Mellitus tipo 2 (28,5%) e doença pulmonar SAÚDE EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
crônica associada (21,4%). CONCLUSÕES A prevalência de medias-
tinite no referido serviço foi de 4%. O diagnóstico precoce da me- Autor(es): Ana Paula Rodrigues Costa1,3, Fernanda Cavalcante
diastinite é fundamental para a recuperação do paciente, através Fontenele4, Regina Cláudia Furtado Maia1, Waldélia Maria Santos
do reconhecimento dos fatores de risco e dos sinais clínicos da Monteiro1, Lia Fernandes Alves de Lima1,3
infecção, otimizando o tratamento. Cuidados profiláticos pré e
intra-operatórios, bem como a instituição de medidas clínicas e Instituição(ões):
cirúrgicas precoces podem contribuir para menores índices desta 1. HGF, Hospital Geral de Fortaleza
complicação infecciosa. 3. SESA/CE, Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
4. UFC, Universidade Federal do Ceará
Palavras-chaves: mediastinite, prevalência, cardiologia
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Infecção Hospitalar (IH) é um assunto que vem
se tornando cada vez mais presente e relevante no cotidiano da
P100 sociedade. As IH são mais freqüentes e, geralmente, mais graves
IMPACTO DA CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL COMO FERRAMENTA em Recém-Nascidos (RN) do que em crianças maiores e em adul-
PARA REDUÇÃO DA INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À tos.Alémdasváriaspeculiaridadesdestafasedavida,quelevamà
SAÚDE POR ENTEROCOCCUS RESISTENTE A VANCOMICINA maior susceptibilidade à infecção, a sobrevivência de um número
crescentedeRecém-NascidosPrematuros(RNPT)àcustadoeleva-
Autor(es): José Roberto Teixeira da Silva, Lilian Cristina de Lima Je- do tempo de permanência em Unidades de Terapia Intensiva Ne-
sus, Raquel Muarrek Garcia onatal (UTIN) A prevenção e o controle das infecções bacterianas
neonatais representa um desafio para todos aqueles envolvidos
Instituição(ões): 1. HGI, Hospital Geral de Itapevi nos cuidados hospitalares aos recém-nascidos. Surtos de infecção
em berçários, causando óbitos, têm sido amplamente divulgados
Resumo: pela imprensa leiga no Brasil. OBJETIVO: Identificar as infecções
Introdução O Enterococcus Resistente a Vancomicina (ERV) é um que acometeram os recém-nascidos de uma UTIN. MÉTODOS:
problema que aumenta mundialmente. Pacientes internados em Trata-se de um estudo quantitativa, retrospectiva, documental.
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são frequentemente afetados Foramusadastodasasfichasdenotificaçõesdeacompanhamento
em função da gravidade, exposição a múltiplos antibióticos e dis- dos RN no ano de 2009, que entraram na vigilância epidemiológi-
positivos invasivos. A vigilância ativa e a capacitação dos profis- ca da CCIH. RESULTADOS: Foram analisadas 188 fichas, no quanti-
sionais da área de saúde constituem uma importante medida de tativo de 173 recém-nascidos. Foram identificadas 230 infecções
prevenção e controle da disseminação do ERV. Objetivo Prevenir a distribuídas da seguinte forma: infecções tardias (57%), infecções
infecção relacionada à assistência à saúde pelo ERV. Metodologia precoces(38%)einfecçõestransplacentárias(5%).CONCLUSÃO:O
Realizou-se um estudo observacional de intervenção com aborda- manual criado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (AN-
gemanalíticocomparativa,noperíododemarçode2009aabrilde VISA) é um importante instrumento de informações que deve ser
2010 na UTI Adulto (10 leitos) e Pediátrica (10 leitos) do HGI. Essa bem utilizado pelos profissionais de enfermagem para o aprimo-
instituição é administrada através do modelo de Organização So- ramentodaassistência neonatalno combateainfecçãohospitalar.
cial de Saúde (OSS) pela ACSC e atende exclusivamente pacientes Faz necessário, portanto que estes profissionais estejam engaja-
do Sistema Único de Saúde (SUS). A capacitação foi realizada “in dos neste processo objetivando cada vez mais a qualidade da as-
loco” através de aulas expositivas que abordavam a definição de sistência neonatal.
ERV, fatores de risco, fonte de transmissão, medidas de prevenção
e controle, e, também, uma prática de higienização das mãos. Par- Palavras-chaves: infecção hospitalar, neonatologia, terapia inten-
ticiparam da capacitação 5 Enfermeiros e 17 técnicos e auxiliares siva

153
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P102 Instituição(ões):1. CSC, CASA DE SAÚDE CAMPINAS
AUDITORIA DE PROCESSO COM UMA MEDIDA DE REDUÇÃO DE
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS ASSOCIADAS A VENTILAÇÃO MECÂ- Resumo:
NICA A Terapia Intravenosa é considerada como um importante recur-
so terapêutico utilizado na maioria dos pacientes hospitalizados.
Autor(es): Tatiana Herrerias Puschiavo, Celia Beltrão, Luis Augusto Dentre as atividades realizadas pelos Profissionais de Enfermagem
Sinisgalli a Punção Venosa Periférica (PVP) é uma das mais frequentes, exi-
gindo competência técnica e habilidade para sua realização. As
trocas diárias da cobertura e as várias punções realizadas em um
Instituição(ões): 1. HNSL, Hospital Nossa Senhora de Lourdes
mesmo paciente tornam-se um fator agravante nesta prática. De
acordo com Infusion Nursing Society, o manejo seguro da PVP é
Resumo: fundamental para minimizar as complicações e recomenda o uso
As infecções pulmonares são responsáveis por aproximadamente de protocolos internos que direcionem os processos de PVP. Ob-
20%dasinfecçõeshospitalares,podendo seraprimeiratopografia jetivo: Avaliar a efetividade da implantação de um Protocolo de
nas instituições de saúde quando associada à ventilação mecâni- Prevenção de Flebites (PPF). Metodologia: Trata-se de um relato
ca invasiva. Apresentam alta taxa de morbimortalidade e podem de experiência, de abordagem quantitativa desenvolvido em 19
ser extremamente onerosas para instituição. Este trabalho tem o leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital priva-
objetivo demonstrar que a implantação da auditoria de processo do, no município de Campinas. O hospital conta com um Grupo In-
como instrumento de medida de prevenção de pneumonia asso- terdisciplinardeCateteres,compostoporquatroenfermeiras,dois
ciada à ventilação mecânica invasiva pode ser uma das ações a ser médicos e uma farmacêutica, que em janeiro de 2009 iniciou uma
implantada pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar para busca ativa diária a procura de sinais de flebites e outras compli-
reduzir a densidade de incidência de pneumonia associada à ven- cações relacionadas à PVP em 100% dos pacientes internados nas
tilação mecânica invasiva nas instituições de saúde. Esta auditoria UTIs. Concomitantemente houve a implementação do PPF, abor-
de processo consiste em um check - list com as principais medidas dando a instalação, fixação segura e manutenção dos cateteres.
de prevenção de infecção do trato respiratório associada à venti- Complementando esta etapa deu-se a capacitação da equipe de
lação mecânica invasiva. Esta auditoria foi aplicada durante o ano enfermagem atendendo as premissas do PPF. Resultados: Os da-
de 2009 na Unidade de Terapia Intensiva Adulto de um Hospital dos coletados de janeiro a maio de 2009 e no mesmo período de
Privado de grande porte no município de São Paulo, pela enfer- 2010 apontaram uma queda significativa no número de flebites, a
meira Supervisora da Unidade de Terapia Intensiva Adulto e pela média registrada neste período em 2009 foi de 79.7 flebites por
Enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. Primei- 1000 cateteres periféricos dia, e no mesmo período em 2010, de
ramentetodos os procedimentos operacionais padrãode medidas 42,2 flebites por 1000 cateteres periféricos dia. Conclusão: Após
de prevenção de infecções do trato respiratório foram elaboradas a análise dos dados verificou-se que as medidas implantadas fo-
e após toda a equipe multiprofissional treinada o mesmo foi apli- ram efetivas, com uma redução 53% na ocorrência de flebites na
cado. Três vezes por semana a auditoria de processo era aplicada naquela unidade. Além das medidas adotadas, a continuidade da
em todos os pacientes da Unidade de Terapia Intensiva Adulto busca ativa propiciou a identificação de não conformidades que
que faziam uso da ventilação mecânica invasiva. Neste impresso o redirecionaram ações na melhoria contínua deste processo.
cumprimentoeraapontadocomoconformeounãoconformepara
todas as medidas de prevenção mediante a evidência em prontu-
Palavras-chaves:AcessovenosoPeriférico,Feblites,Punçãovenosa
ário ou a beira do leito. Somente era considerado como conforme
se todas as medidas de prevenção de infecção fossem aplicadas
ao paciente. No momento da visita caso alguma não conformida-
de fosse observada a equipe eram envolvida para solucioná-la. O P104
resultado obtido foi que em 2008 a média da densidade de infec- IMPLANTAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE FLEBITES
ção do trato respiratório era de 11,52 por 1000 ventilador -dia, EM UM HOSPITAL PRIVADO
após a auditoria em 2009 a média foi reduzida para 2,21 por 1000
ventilador -dia. É importante ressaltar que a auditoria permitiu Autor(es): MARCIA BARBOSA MAGALHÃES GUIMARÃES, ELIANE
evidenciar que quando maior a adesão as medidas de prevenção PEREIRA MACHADO CALDEIRA, MÔNICA COSTA RICARTE, ELAINE
menor era a densidade de incidência de pneumonia associadas à CAPUANO, ROMILDA VORPAGEL
ventilação mecânica invasiva.
Instituição(ões):1. CSC, CASA DE SAÚDE CAMPINAS
Palavras-chaves: Auditoria de processo, Infecção do trato respira-
tório, Ventilação mecânica invasiva
Resumo:
Os Serviços da Saúde (SS) tem trabalhado em busca da melhoria
contínua através do aprimoramento de seus processos. As in-
P103 fecções na corrente sanguínea relacionadas ao uso de cateteres
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DE EFICÁCIA DE UM PROTOCO- venosos é uma das causas de morbimortalidade nosocomiais e
LO DE PREVENÇÃO DE FEBLITES . quando instalados emunidades deterapia intensiva(UTI),sãores-
ponsáveis por infecções mais graves. De acordo com Infusion Nur-
Autor(es): MARCIA BARBOSA MAGALHÃES GUIMARÃES, ELIANE sing Society, o manejo seguro da punção venosa periférica (PVP)
PEREIRA MACHADO CALDEIRA, MÔNICA COSTA RICARTE, ELAINE é fundamental para minimizar as complicações nesta prática. As-
CAPUANO, ROMILDA VORPAGEL sim destacam-se as flebites, relatadas de 20 à 70 % dos pacientes
com PVP. As recomendações tem sido na direção de se instituir
programas interdisciplinares que minimizem este risco. Objetivo:

154
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Implementar um protocolo de prevenção de flebites (PPF) em pa- lência realizado de agosto de 2005 a junho 2006 em um hospital
cientes submetidos a punções venosas periféricas. Metodologia: escola de Goiânia-Goiás. O projeto foi submetido ao Comitê de
Trata-se de um relato de experiência com abordagem qualitativa, Ética, CEPMHA/HC/UFG N.035/05. Utilizous-e questionário auto-
desenvolvido em uma UTI adulto de um hospital privado, no mu- aplicávelecoletadematerial(saliva).Resultados:Noqueserefere
nicípio de Campinas. Após um aumento na ocorrência de flebites àcolonizaçãoporStaphylococcus.spprodutordelecitinase,42,5%
nas PVPs, formou-se um Grupo Interdisciplinar de Cateteres (GIC), dos profissionais estavam colonizados. Sobre o comportamento
composto por quatro enfermeiros, dois médicos e uma farmacêu- de risco dos profissionais no cotidiano do trabalho, destacou-se
tica. Imediatamente incio-se uma observação sistematizada, ten- que 67,4% faziam uso de relógio, 51,8% de aliança, 7,8% faziam
do como base um roteiro de inspeção sugerido por um comitê de uso do mesmo uniforme utilizado em outro hospital e 1,4% não
avaliação de qualidade em SS. 100% dos pacientes internados nas higienizavam as mãos com freqüência. Destaca-se ainda que os
UTIs receberam visitas diárias dos enfermeiros tendo como foco a profissionais de enfermagem das clinicas médica e cirúrgica foram
pesquisa de sinais flogísticos. As não conformidades encontradas os mais expostos. Conclui-se que a colonização de Profissionais de
foram: a forma de fixação e a troca constante dos cateteres, além Saúde poressa bactéria é realidade,evidenciando que éinevitável
da elevação do número de flebites no mês. Resultados: Frente aos elaborar estratégias que promovam mudança de comportamento
dados levantados, o GIC inciou a elaboração de um protocolo de desses profissionais, visando assegurar a adesão as precauções de
PPF,coma revisão nas normas relacionadas as PVPs,padronização contato, controle e disseminação dessa e de outras bactérias na
de coberturas para cateteres e a implementação de capacitações instituição e na comunidade.
especificas. Outro aspecto desenvolvido foi o aprimoramento no
diagnóstico de flebites. Conclusão: Este estudo possibilitou a im- Palavras-chaves: Infecção, Profissionais de Saúde, Staphylococcus.
plementação de um PPF, que além de sistematizar uma prática, sp
gerou dados e uniu vários profissionais em torno de uma mesma
problemática, evidenciando a importância do trabalho interdisci-
plinar.
P106
Palavras-chaves: Flebite, cateteres periféricos, punção venosa pe- RELAÇÃO ENTRE A PANDEMIA DE INFLUENZA POR H1N1 E IN-
riférica FECÇÃO ASSOCIADA Á ASSISTÊNCIA EM UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA.

Autor(es): Lorena Vieira Lameri Siqueira, Francelly Bada Zanetti Ri-


P105 beiro,MichelleHeinzeBayerl,LucianaNevesPassos,TâniaQueiroz
PROFISSIONAIS DE SAÚDE PORTADORES DE STAPHYLOCOCCUS. Reuter
SP PRODUTORES DE LECITINASE: INTERFACES COM AS INFEC-
ÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS EM SAÚDE. Instituição(ões): 1. Cias, Centro Integrado de Atenção á Saúde

Autor(es): Kelcy Anne Santana e Silva, Marinesia Aparecida Prado Resumo:


Palos, Ana Carolina Gonçalves de Farias, Cíntya Rocha de Oliveira INTRODUÇÃO: Em abril de 2009 nos foram identificados no Méxi-
Lima, Paulo Henrique Alves Lourenço coeEstadosUnidososprimeiroscasosdeInfluenzaH1N1(IH1N1),
oqualsedisseminourapidamente,caracterizandoumapandemia.
Instituição(ões): 1. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem - Univer- A transmissão desta infecção ocorre através de inalação de gotí-
sidade Federal de Goiás culas e contato com superfícies, sendo sua medidas de prevenção
intimamente relacionadas áquelas adotadas para infecções hospi-
Resumo: talares. OBJETIVOS: Estudar a relação entre o plano de contigência
Introdução: Os Staphylococcus coagulase negativa-ECN, são orga- para IH1N1 e os indicadores de densidade de IH (DIH) e taxa de
nismossimbiontesdepeleemucosasdesereshumanos.Entretan- colonização de pacientes por Staphylococcus aureus meticilino re-
to, nesse milênio, tem sido reconhecido dentre os microrganismos sistentes (TCMRSA). MÉTODOS: Foram avaliados e comparados os
oportunistas, como um dos mais prevalentes em surtos graves de indicadorestrimestraisDIHeTCMRSAnasUTIsdehospitalprivado
infecções em serviços de saúde. Observou-se ainda que a virulên- de alta complexidade antes, durante e após instituição de medi-
cia dessa bactéria aumenta a problemática dessas infecções, uma das de prevenção de disseminação hospitalar de IH1N1. RESUL-
vez que, evidências científicas tem sinalizado o elevado índice de TADOS: Em junho de 2009 foi implementado plano de contigência
resistência desses microrganismos a vários antimcrobianos. Além para IH1N1, visando reduzir risco de transmissão entre pacientes,
disso, percebe-se ainda que tanto os S. aureus quanto os ECN são colaboradores e ambiente hospitalar: intensificação de higieni-
conhecidos pela sua virulência, em decorrência da sua capacidade zação das mãos, de superfícies e ambiente; precauções aéreas e
de produzir a enzima denominada lecitinase. A (Phosphatidylino- de contato; uso de equipamentos de proteção individual; insta-
sitol-specific Phospholipase-C, PIPL-C), conhecida como lecitinase lação de dispensadores de álcool gel em áreas comuns; normas
é uma das enzimas extracelulares produzidas por S. aureus e CNS de reprocessamento de artigos; descarte adequado de resíduos;
capazes de catalisar um fosfatidilinositol, cuja função é determi- capacitação de equipe interdisciplinar assitencial e administrativa
nar a ligação das proteínas para as células humanas. A colonização e disponibilização de folders e cartazes educativos. A DIH foi de
de profissionais de saúde por microrganismos virulentos, entre 5,8% e 8,5% no primeiro e segundo trimestres. No terceiro trimes-
eles, o Staphylococcus. sp produtor de PIPL-C, tem sido motivo de tre a DIH durante a pandemia, foi de 3,2% (queda de 62,4%), com
preocupação, haja vista, que esse problema tem contribuído para novaelevação(11,5%)noquartotrimestre.Omesmoocorreucom
elevar os índices de infecção nas Instituições de Saúde e na comu- a TCMRSA, apresentando 3,8%, 4,6%, 1% (queda de 78%) e 5,9%
nidade. Objetivo: isolar Staphylococcus. sp produtores de lecitina- respectivamente do primeiro ao quarto trimestre. CONCLUSÃO:
se da saliva de profissionais de saúde. Método: Estudo de preva- Durante o período de maior risco de transmissão de doença pan-

155
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
dêmica e comunitárias as normas estabelecidas pelo Serviço de devem ser extintas.
Controle de Infecção Hospitalar foram acatadas por toda a comu-
nidade hospitalar (médicos, colaboradores e clientes), apresen- Palavras-chaves: Infecção de sítio cirúrgico, Prevenção, Centro ci-
tando impacto positivo e significativo nos indicadores de IH e na rúrgico
transmissão de MRSA, agente classicamente conhecido como de
transmissãocruzada.Oplanodecontigêncianãoagregoumedidas
inéditas nem inovadoras, provando que a adesão rigorosa a pro-
cessos já estabelecidos são suficientes para reduzir os riscos de IH. P108
Cias-Unimed Vitória/ES FATORES DE RISCO PARA A COLONIZAÇÃO POR MICRORGANIS-
MO RESISTENTE E A OCORRÊNCIA DE INFECÇÃO RELACIONADA
Palavras-chaves: H1N1, Infecção Hospitalar, Unidade de Terapia AO CUIDAR EM SAÚDE
Intensiva
Autor(es): Adriana Cristina de Oliveira1, Fernanda Santiago Andra-
de1, Mário Ernesto Piscoya Diaz2
P107 Instituição(ões):
MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO: O
1. EE-UFMG, Escola de Enfermagem UNIVERSIDADE FEDERAL DE
QUE PENSAM OS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM ATUANTES
MINAS GERAIS
DE UM CENTRO CIRÚRGICO
2. UFG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Autor(es): Priscila Lima da Silva Almeida1, Cristiana Gomes1, Da-
Resumo:
niela Feitosa1, Giselly Hofmann1, Joana Stein1, Simone Tose1,
INTRODUÇÃO: Os Serviços de Emergência das Unidades de Pronto
Anelisa Morais1, Luciana Passos1, Lorena Vieira Lameri Siqueira2
Atendimento (PA) tem a finalidade de assistência imediata aos pa-
cientesemriscoiminentedevida,comumperíodomáximo24ho-
Instituição(ões): ras de permanência neste local. Porém, na prática diária, observa-
1. NUPEH, Núcleo de Pesquisa em Epidemiologia Hospitalar se que devido à escassez e/ou inexistência de vagas em Unidades
2. CIAS, Centro Integrado de Antenção á Saúde de Terapia Intensiva, os pacientes na sala de emergência (SE) do
PA permanecem por um tempo superior ao recomendado, neces-
Resumo: sitando de cuidados intensivos e quase sempre de procedimentos
INTRODUÇÃO: A infecção de sítio cirurgico (ISC) é responsável por invasivos. OBJETIVOS: Identificar os fatores de risco associados ao
38% das infecções hospitalares. Sabe-se que a principal fonte de desenvolvimento de colonização por microrganismo resistente e
contaminação é inoculação direta da microbiota da pele e do sí- para infecção relacionada ao cuidar em saúde (IRCS) em pacientes
tio contaminado do própio paciente, que pode ser prevenida por de uma unidade do PA. MÉTODOS: Tratou-se de um estudo epi-
técnicas seguras na assistência á saúde. Práticas decorrentes de demiológico, tipo coorte realizado entre agosto de 2009 e março
rituais podem favorecer o aumento do índice de infecção no pós- de 2010, envolvendo 254 pacientes adultos que permaneceram
operatório e resistência ás mudanças está fortemente enraizada maisde24horasnaSEdoPAdeumHospitalUniversitáriodegran-
nas crenças e ações. OBJETIVO: Detectar o conhecimento sobre de porte. Utilizou-se estatística descritiva e análise de regressão
conceitos de medidas de prevenção de ISC entre profissionais de logística bi e multivariado para identificação dos fatores de risco.
enfermagemdeumcentrocirurgicodehospitalprivado.METODO- RESULTADOS: Do total de 254 pacientes acompanhados no estudo
LOGIA: Estudo descritivo, executado em centro cirurgico de Hospi- 6,3% foram colonizados por microrganismos resistentes e 11,4%
tal de complexidade terciária com dez salas operatórias. Aplicado desenvolveram IRCS. Na análise bivariada, identificou-se como
questionário com quinze afirmativas sobre práticas para medidas possíveis fatores de risco para a colonização por microrganismo
de prevenção de ISC. RESULTADOS: O instrumento foi aplicado a resistentes o tempo de permanência na SE > 9 dias (OR=38,5;
2 enfermeiros (6,7), 2 técnicos em manuseio de material eletro- p<0,01) e a presença de infecção comunitária (OR=7,2; p<0,01).
médico (6,7) e 26 técnicos de enfermagem (86,7%). O tempo mé- Na análise multivariada tanto a permanência (OR=28,7; p<0,01)
dio de exercício profissional foi de 6,9 anos com média de tempo como a infecção comunitária (OR=5;p<0,01) se mantiveram como
de atuação em centro cirurgico de 5 anos. O índice de adequação fatores de risco. Para as IRCS identificou-se como possíveis fato-
das respostas foi de 53,8%. O índice de inadequação sobre lim- res de risco na análise bivariada, o tempo de internação superior
peza da sala operatória foi de 96,7%, cuidados com ferida cirúr- a 5 dias (OR=24,3;p<0,01), o uso de procedimentos invasivos
gica nas primeiras 12 horas de 83,3%, a remoção dos pêlos foi de (OR=7,7;p<0,01) e a colonização por microrganismo resistente
73,3%, banho com antissépticos de 66,7%, escovação das mãos de (OR=7,6; p<0,01). Após a análise multivariada verificou-se como
60,0%, conversas durante o ato cirurgico de 60,0% e uso concomi- fator de risco apenas o tempo de permanência na SE superior a 5
tante de antissépticos no preparo da pele de 46,7%. CONCLUSÃO: dias (OR:19,8 ; p<0,01). CONCLUSÃO: Identificou-se como fatores
Não podemos afirmar que o conhecimento sobre medidas para de risco para a colonização por microrganismo resistente o tempo
prevenção de ISC foi satisfatório. Obtivemos 46,2% de respostas de permanência na SE superior a 9 dias e a presença de infecção
inadequadas, principalmente no que diz respeito á escovação das comunitária e, para o desenvolvimento IRCS, o tempo de perma-
mãos, á remoção de pêlos, cuidados com a pele e sítio cirurgico nência na SE superior a 5 dias. Diante disso, conclui-se que a con-
do paciente assim como a limpeza da sala operatória. Este estudo tinuidade deste estudo é de extrema importância, pois somente
sugere um alto grau de dúvida sobre estas medidas evidenciando conhecendo os fatores de risco será possível treinar, prevenir e
a necessidade de treinamentos constantes para atualização dos controlar a ocorrência de grande parte das colonizações e infec-
funcionários já atuantes e integração dos novos funcinários a boas ções.
práticas. O conhecimento, correto e não empírico, deve ser repas-
sado e disseminado e práticas que são exercidas como “rituais”

156
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Palavras-chaves: Infecção hospitalar, Serviço Hospitalar de Emer- freqüentesentreasinfecçõeshospitalares,excetuando-senasuni-
gência, fatores de risco, Resistência Microbiana a Medicamentos dades críticas onde respondem pelo terceiro lugar, após pneumo-
nias e infecções de corrente sanguínea. OBJETIVOS: Avaliar a fre-
qüência de pacientes em uso de sonda vesical (SV) e as infecções
hospitalaresconsequentes aeste dispositivo. MÉTODOS: Oestudo
P109 foi realizado em uma UTI de adultos mista, clínico-cirúrgica, com
RELAÇÃO ENTRE HIGIENE BUCAL E A OCORRÊNCIA DE INFECÇÃO 15 leitos no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uber-
PULMONAR EM PACIENTES SUBMETIDOS À VENTILAÇÃO MECÂ- lândia. Realizou-se uma vigilância epidemiológica ativa durante
NICA INVASIVA. seis meses (1º semestre/2009) com coletas semanais de urina dos
pacientes sondados através da punção da sonda/tubo coletor, uti-
Autor(es): Mônica Costa Ricarte, Katia Melissa Padilha, Renata Fi- lizando critérios microbiológicos (≥105 UFC/ml) para definição dos
gueiredo do Nascimento, Grazielle Zani de Oliveira, Keyla Cristina casos de infecção urinária. A urina foi cultivada em Ágar Sangue,
Silva, Ana Claúdia da Silva Zanardi, Débora Mercadante de Paiva MacConkeyeSabouraudcomantibiótico.Asamostrasforamiden-
tificadas por meio de testes fenotípicos clássicos e o antibiograma
Instituição(ões): 1. UNIP, Universidade Paulista realizado pela técnica de difusão em gel. O projeto de pesquisa
foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFU. RESULTADOS: No perí-
Resumo: odo, foram internados na unidade 313 pacientes dos quais 80,8%
Introdução: A pneumonia ocorre pela multiplicação de microorga- estavam em uso de SV. Realizou-se urocultura em 66,4% dos pa-
nismo nas vias aéreas inferiores prejudicando as trocas gasosas, cientes sondados com uma taxa de positividade de 22,0%. Dos pa-
ela representa a principal causa no aumento do tempo de interna- cientes com infecção urinária, 59,4% eram do gênero masculino,
ção hospitalar. Pacientes submetidos à ventilação mecânica inva- 18,9% tinham idade superior a 60 anos, 10,8% eram diabéticos,
siva (VMI) apresentam um maior risco de desenvolver pneumonia 48,6% apresentaram infecção em outro sítio e 75,6% faziam uso
nosocomial (PNM) devido à alteração da sua microbiota, princi- de antimicrobianos. Houve predomínio de bacilos Gram-negativos
palmente a oral. Objetivo verificar a relação entre a realização da (BGNs) (53,8%) seguidos de cocos Gram Positivos (25,6%) e leve-
higiene bucal (HB) e a ocorrência de pneumonia nosocomial em duras (20,5%). As bactérias multiresistentes (MR) representaram
pacientes submetidos à VMI. Material e Método: Trata-se de um 42,8%dototaldeamostrasdeBGNs.Ataxadeincidênciadeinfec-
estudo quantitativo, descritivo, transversal com coleta de dados ção urinária por 1000 dias de sonda foi elevada, de 22,3. CONCLU-
em um único momento, seguindo um questionário elaborado SÃO: A densidade de utilização da SV na Unidade foi alta (80,8%)
pelas pesquisadoras e submetidos à validação de conteúdo. Os e os microrganismos isolados refletiram a pressão do uso de anti-
dados foram obtidos dos prontuários dos pacientes submetidos à microbianosnaunidadecomaslevedurasrespondendopor20,5%
ventilação mecânica invasiva em um hospital de ensino no muni- dos agentes isolados das ITUs e as bactérias multiresistentes entre
cípio de Campinas/SP. Resultados: A amostra foi composta por 15 os BGNs representando 42,8% do total, evidenciando este sítio
pacientes submetidos à ventilação mecânica invasiva, sendo que como reservatório potencial importante de bactérias resistentes
73,3% adquiriram pneumonia durante o período de internação, aos antibióticos. Apoio Financeiro: FAPEMIG
sendo que 72,7% durante o período de intubação orotraqueal e
27,3% após a realização da traqueostomia. Verificou-se que em Palavras-chaves: Cateter vesical, Infecção nosocomial, Infecção
apenas 20% dos prontuários havia registros sobre a realização da urinária, Unidade de Terapia Intensiva
HB, sendo estes de pacientes já admitidos com pneumonia. Con-
clusão: O número de registros da prescrição e da realização da HB
estáaquémdasnecessidades,oquedificultouumaavaliaçãomais
acuradadoobjetodeestudo.Noentanto,pode-seinferirqueexis- P111
te uma relação entre a pré-existência da PNM na admissão e a DE ONDE VÊEM AS BACTÉRIAS MULTIDROGA-RESISTENTES
realizaçãodaprescriçãodaHB,eentreodesenvolvimentodaPNM QUANDO SE INAUGURA UM HOSPITAL? UM ESTUDO DE CASO-
durante a internação e a não realização do HB. CONTROLE

Palavras-chaves: higiene bucal, Infecção hospitalar, pneumonia as- Autor(es): PAULO VICTOR NASCIMENTO, LÚCIA MARTINS SILVA,
sociada à ventilação mecânica SARA OLIVEIRA

Instituição(ões): 1. SDH - UNIMED, SANTOS DUMONT HOSPITAL -


UNIMED
P110
INFECÇÃODETRATOURINÁRIOASSOCIADAAOCATETERVESICAL Resumo:
EM PACIENTES ADULTOS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA Introdução: Bactérias multidroga-resistentes são responsáveis por
INTENSIVA (UTI): ETIOLOGIA, CLÍNICA E EPIDEMIOLOGIA. infecções relacionadas à assistência a saúde em todo o mundo.
São conhecidos vários fatores de risco para colonização ou infec-
Autor(es): Júlia Carvalho Hamadé, Carolina Barbosa de Sousa, Dei- çãoporessesmicroorganismos.Podemsercitadosousopréviode
vid William da Fonseca Batistão, Deivid William da Fonseca Batis- antibióticos,ainternaçãoprévia,aidade,ogênero,asco-morbida-
tão, Paulo Pinto Gontijo Filho des e procedimentos invasivos. São relatadas, como fontes dessas
bactérias, os hospitais, as unidades de tratamento intensivo, a as-
Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia sistência domiciliária à saúde, e mesmo a comunidade. É conhe-
cido o estado de portador de Staphylococcus aureus resistente a
Resumo: oxacilina (MARSA) entre os profissionais de saúde. Objetivo: Iden-
INTRODUÇÃO: As infecções do trato urinário (ITUs) são as mais tificar fatores de risco independentes para infecção/colonização

157
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
pormicroorganismosmultidroga-resistentes.CasuísticaeMétodo: Avaliar a prevalência da infecção tuberculosa nos profissionais da
Por ocasião da inauguração de um hospital no interior do estado Equipe Saúde da Família e do Programa de Agentes Comunitários
de São Paulo, Brasil, instituiu-se um sistema de vigilância epide- Saúde por meio de inquérito tuberculínico; Avaliar, através do in-
miológica ativo onde foi proposto o acompanhamento da coorte quérito tuberculínico, a prevalência da infecção tuberculosa nos
de todos os pacientes internados por um período de doze meses. profissionais de saúde da atenção básica; Favorecer a vigilância
Com a finalidade de identificar os fatores de riscos para coloni- e o acompanhamento dos profissionais de saúde da atenção bá-
zação e/ou infecção por microorganismos multidroga-resistentes sica expostos ao M. tuberculosis. Métodos: Trata-se de um estu-
foi conduzido um estudo de caso-controle aninhado nessa coorte. do descritivo, de abordagem qualitativa e quantitativa. Os dados
Foram identificados todos os pacientes que foram submetidos a foram coletados no mês de novembro de 2007, no município do
algumexamedecultura.Foramdefinidoscomocasosospacientes Cabo de Santo Agostinho, região metropolitana do Recife, estado
que apresentavam isolamento na cultura dos seguintes microor- de Pernambuco. A população foi representada por profissionais
ganismos: MARSA, Enterobactérias produtoras de betalactamases da Atenção Básica a Saúde, que conta com 362 servidores; sendo
de espectro estendido (ESBL), Pseudomonas sp. resistentes aos a amostra composta por 99 profissionais de saúde, entre médi-
carbapenêmicos, Enterococos resistentes à vancomicina, Acineto- cos, enfermeiros, odontólogos, auxiliares de enfermagem, agen-
bactersp.resistentesaoscarbapenêmicos.Ospacientesqueapre- tes comunitários de saúde e agentes de saúde ambiental. Foram
sentaram outras bactérias nas culturas foram considerados con- incluídos os servidores que aceitaram participar do estudo após
troles. Foram pesquisados os seguintes possíveis fatores de risco: receberem informação verbal quanto aos objetivos e a metodolo-
idade, gênero, presença de co-morbidades, origem do paciente, gia do trabalho. Resultados: A prevalência de infecção tuberculosa
internação de natureza clínica ou cirúrgica, uso de antimicrobiano nos 99 participantes que concordaram em se submeter à prova
prévio,serviçoresponsávelpeloatendimento,presençadecateter tuberculínica e retornaram no prazo proposto para a leitura do
nasoentérico, cateter vesical de demora, traqueostomia e número resultado foi de 82,8 %; Conclusão: A presença de pacientes com
de culturas realizadas por paciente. Foi realizada regressão logís- tuberculose nos serviços de saúde reflete a realidade epidemioló-
tica pelo método backward com o intuito de controlar possíveis gica deste agravo na comunidade, aumentando a prevalência en-
confundimentos. O nível de significância estatística foi de 95%. Fo- tre profissionais de saúde (OLIVEIRA et al, 2007). A infecção pelo
ram identificados 31 casos e 133 controles, (relação caso:controle M. tuberculosis é também mais prevalente nos profissionais de
de 4,3). Resultados: As variáveis que resultaram significativas fo- saúde, o que sugere que a exposição ocupacional é um risco para
rampresençadeco-morbidadeOR=3,2(IC95%:1,2–8,7),origem a aquisição da infecção. A implantação de medidas administrati-
dopacienteemalgumoutroserviçodesaúde,OR=4,6(IC95%:1,6 vas, entre as quais a prova tuberculínica no período de admissão
– 12,9), uso de antimicrobiano prévio OR = 6,9 (IC95%: 1,2 – 40,0) do profissional de saúde, é uma intervenção de cunho preventivo
com a correção pelo número de culturas realizadas por paciente fundamental; assim como a adoção de medidas de proteção do
OR = 1,3 (IC95%: 1,1 – 1,6). Conclusão: A origem do paciente em trabalhador nos estabelecimentos assistenciais de saúde.
outro serviço de saúde, a presença de co-morbidades e o uso pré-
vio de antimicrobianos são fatores de risco independentes para a Palavras-chaves: Prevalência, Tuberculose, Atenção Básica
aquisição de microorganismos multidroga-resistentes.

Palavras-chaves: Resistência, Antimicrobianos, caso-controle, hos-


pitais, controle de infecção P113
PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO TUBERCULOSA NOS PROFISSIONAIS
DA ATENÇÃO BÁSICA

P112 Autor(es): ANDRESSA BARROS TENÓRIO NUNES, SIMARA LOPEZ


PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO TUBERCULOSA NOS PROFISSIONAIS CRUZ, ANDRÉA DOLORES BARROS TENÓRIO, AMANDA DE OLIVEI-
DA ATENÇÃO BÁSICA RA BERNARDINO

Autor(es): ANDRESSA BARROS TENÓRIO NUNES1, ANDRÉA DOLO- Instituição(ões): 1. UFPE-CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PER-
RES BARROS TENÓRIO2, SIMARA LOPES CRUZ1, AMANDA DE OLI- NAMBUCO- C. A. DE VITÓRIA
VEIRA BERNARDINO1
Resumo:
Instituição(ões): Introdução: A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa re-
1. UFPE- CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO- C. A. DE lacionada à capacidade de resposta do organismo à invasão pelo
VITÓTIA bacilo tuberculoso. Esta resposta imunológica, por sua vez, de-
2. UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ pende das condições de vida do indivíduo. Dessa forma, as co-
munidades que agregam um número maior de pessoas com baixo
Resumo: poder aquisitivo estão consequentemente, mais vulneráveis ao
Introdução: A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa re- adoecimento pela tuberculose, como também por outros agravos
lacionada à capacidade de resposta do organismo à invasão pelo decorrentes de imunidade deficitária (BRASIL, 2002a). Objetivos:
bacilo tuberculoso. Esta resposta imunológica, por sua vez, de- Avaliar a prevalência da infecção tuberculosa nos profissionais da
pende das condições de vida do indivíduo. Dessa forma, as co- Equipe Saúde da Família e do Programa de Agentes Comunitários
munidades que agregam um número maior de pessoas com baixo Saúde por meio de inquérito tuberculínico; Avaliar, através do in-
poder aquisitivo estão consequentemente, mais vulneráveis ao quérito tuberculínico, a prevalência da infecção tuberculosa nos
adoecimento pela tuberculose, como também por outros agravos profissionais de saúde da atenção básica; Favorecer a vigilância
decorrentes de imunidade deficitária (BRASIL, 2002a). Objetivos: e o acompanhamento dos profissionais de saúde da atenção bá-
sica expostos ao M. tuberculosis. Métodos: Trata-se de um estu-

158
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
do descritivo, de abordagem qualitativa e quantitativa. Os dados 15.0. A análise descritiva foi feita utilizando-se valores absolutos e
foram coletados no mês de novembro de 2007, no município do porcentagens.Resultados:aincidênciaglobaldebacteremianoso-
Cabo de Santo Agostinho, região metropolitana do Recife, estado comialporBGNfoide2,7%nosportadoresdeHIVede1,7nosnão
de Pernambuco. A população foi representada por profissionais portadores de HIV. A mortalidade global foi de 54,7%, analisando
da Atenção Básica a Saúde, que conta com 362 servidores; sendo separadamente a população portadora do HIV, esse número sobe
a amostra composta por 99 profissionais de saúde, entre médi- para 63%. A bactéria mais prevalente entre os BGN isolados em
cos, enfermeiros, odontólogos, auxiliares de enfermagem, agen- hemoculturas foi a Klebsiella pneumoniae, seguida da Pseudomo-
tes comunitários de saúde e agentes de saúde ambiental. Foram nas aeruginosa, da Escherichia coli e do Acinetobacter baumannii.
incluídos os servidores que aceitaram participar do estudo após Emgeral,asensibilidadedessasbactériasaosantimicrobianostes-
receberem informação verbal quanto aos objetivos e a metodolo- tados foi ruim, tendo boa resposta apenas aos carbapenêmicos.
gia do trabalho. Resultados: A prevalência de infecção tuberculosa Somente a Pseudomonas aeruginosa que mostrou sensibilidade
nos 99 participantes que concordaram em se submeter à prova muitoreduzidaaoscarbapenêmicos,restandoapenasapolimixina
tuberculínica e retornaram no prazo proposto para a leitura do Bcomoopção.Conclusão:aletalidadeporbacteremianosocomial
resultado foi de 82,8 %; Conclusão: A presença de pacientes com em pacientes portadores de HIV foi maior do que em pacientes
tuberculose nos serviços de saúde reflete a realidade epidemioló- não portadores. Como tratamento empírico, a droga de escolha
gica deste agravo na comunidade, aumentando a prevalência en- para tratar bacteremia nosocomial por BGN no IIER é um carba-
tre profissionais de saúde (OLIVEIRA et al, 2007). A infecção pelo penêmico, com exceção a Pseudomonas aeruginosa, que mostrou
M. tuberculosis é também mais prevalente nos profissionais de resistênciaelevadaaessaclasse,restandosomenteapolimixinaB.
saúde, o que sugere que a exposição ocupacional é um risco para
a aquisição da infecção. A implantação de medidas administrati- Palavras-chaves: bacteremia nosocomial, perfil de sensibilidade,
vas, entre as quais a prova tuberculínica no período de admissão bacilo Gram negativo
do profissional de saúde, é uma intervenção de cunho preventivo
fundamental; assim como a adoção de medidas de proteção do
trabalhador nos estabelecimentos assistenciais de saúde.
P115
Palavras-chaves: Prevalência, Tuberculose, Atenção Básica VIGILÂNCIA PÓS ALTA VIA EMAIL ELETRÔNICO: RELATO DE EXPE-
RIÊNCIA DE DUAS MATERNIDADES PRIVADAS EM SP

Autor(es): SANDRA REGINA BALTIERI, ROSANA RICHTMANN, CA-


P114 MILA DE ALMEIDA SILVA, TATIANE TEIXEIRA RODRIGUES, FABIANA
ANÁLISE DAS BACTEREMIAS NOSOCOMIAIS CAUSADAS POR BA- CAMOLESI
CILOS GRAM NEGATIVOS NO INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍ-
LIO RIBAS ENTRE JANEIRO E DEZEMBRO DE 2008. Instituição(ões):1. HMSJ E PMP, HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA
JOANA E PRO MATRE PAULISTA
Autor(es): Paula de Paula, Rosana Richtmann
Instituição(ões): 1. IIER, Instituto de Infectologia Emílio Ribas Resumo:
Infecção de sítio cirúrgico é segunda maior causa dos eventos
Resumo: adversos de pacientes hospitalizados. Diversos serviços realizam
Introdução: As infecções da corrente sanguínea em pacientes hos- a vigilância através de ligações telefônicas ou envio de questio-
pitalizados são uma preocupação crescente entre os profissionais nários via correio. As desvantagens são alto custo e tempo gas-
da área da saúde, uma vez que essas infecções estão diretamente to pelo profissional de saúde. Sendo assim, optamos por iniciar
implicadas no aumento da morbimortalidade dos pacientes aco- novo método realizado por envio de email a paciente submetida à
metidos. Nos últimos anos vem crescendo a incidência com que cirurgia Objetivo:Avaliar método de vigilância pós alta através do
principalmente os BGN (bacilos Gram negativos) vem causando envio de email a todas pacientes submetidas à cesárea e cirurgia
esse tipo de infecção, influenciados por novas práticas de con- Metodologia:Estudo prospectivo realizado entre Outubro de 2009
trole de infecção, pelo uso indiscriminado de antimicrobianos e até Abril de 2010, em duas maternidades privadas que utilizam
pelos mecanismos de resistência a esses agentes. Diante de tais prontuário eletrônico. No momento da internação as pacientes ci-
microorganismos, é preciso saber reconhecer precocemente uma rúrgicasinformamseuendereçoeletrônico. Naalta hospitalar elas
infecção relacionada a algum deles para que medidas terapêuticas são orientadas sobre o email que receberão 30 dias após o proce-
sejam iniciadas prontamente, o que pode mudar a sobrevida do dimento cirúrgico. Estes emails são enviados via sistema eletrôni-
paciente em questão. Saber o perfil microbiológico local contri- co pela enfermeira do SCIH. O email apresenta breve questionário
bui sobremaneira na escolha correta do antibiótico empírico para onde a paciente assinala presença de febre, calor na ferida ope-
iniciar a terapia. Objetivos: estabelecer a incidência de bactere- ratória, abertura dos pontos, presença de secreção e uso de an-
mia nosocomial e a letalidade por BGN, em pacientes com aids tibiótico após a alta Através destas informações a enfermeira tria
ou não, em adultos e crianças; e também determinar o perfil de os casos suspeitos de infecção e realiza a ligação telefônica para
sensibilidade dos BGN causadores de bacteremia nosocomial no confirmar o diagnóstico. Resultados:No período do estudo foram
IIER (Instituto de Infectologia Emílio Ribas). Métodos: trata-se de realizados 15.061 procedimentos. Destes foram enviados 4.501
estudo descritivo e retrospectivo, para o qual foram coletados emails e 706 (15%) retornaram com o questionário preenchido. A
dados no laboratório, no SAME e na CCIH (comissão de controle vigilânciapósaltapermitiuidentificar3novoscasosdeISCquenão
de infecção hospitalar) do IIER. Foram selecionados 64 pacientes retornaram para realizar tratamento no Serviço. Discussão:Dos re-
que preenchiam os critérios de inclusão. Foi submetido e aprova- sultados obtidos observa-se que o número de procedimentos rea-
do pelo comitê de ética em pesquisa e pela diretoria científica do lizados é alto o que impossibilitaria a vigilância através do telefone
IIER. A análise estatística foi feita através do programa SPSS versão ou questionário via correio. O total de emails enviados atinge 30%

159
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
das pacientes submetidas a cirurgias. O registro do email no mo- no método ANVISA nesta população especifica. Quando compara-
mento da internação não é preenchido por todas pacientes, seja mos RN de maior risco para aquisição de IRAS (< 1500g) os méto-
por falta de endereço eletrônico ou muitas vezes o endereço re- dos resultam dados semelhantes. Num país continental como o
gistrado no sistema é do acompanhante que realiza a internação. Brasil,tercritériosnacionaisespecíficosparaosRN,publicadosem
Além disso, qualquer digitação errada no endereço o email fica português é fundamental. Como a população mais vulnerável em
bloqueado e não é enviado pelo sistema. Conclusão: Este método termos de morbidade e letalidade são os RN prematuros e baixo
não apresenta aumento de custo e atinge um grande número de peso, o método ANVISA de vigilância mostrou-se de fácil aplicação
pacientes. Proporciona triagem dos pacientes que devem ser con- e comparável com métodos já validados.
tatados pessoalmente. Observa-se, porém a necessidade de me-
lhorar o registro do email para atingir número maior das pacientes Palavras-chaves: METODO, VIGILANCIA, EPIDEMIOLOGICA
cirúrgicas, bem como reforçar a orientação das mesmas quanto à
importância de sua resposta ao serviço. Com este aumento será
possível avaliar o real impacto da vigilância na taxa de ISC.
P117
Palavras-chaves: vigilancia pos alta, infecção, sitio cirurgico CONCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO HOSPITAL DAS
CLÍNICAS DE PERNAMBUCO SOBRE A VEICULAÇÃO DE AGENTES
PATOGÊNICOS POR INSETOS NO AMBIENTE HOSPITALAR
P116 Autor(es): Débora Natália Silva de Oliveira, Marcelo Ataíde Solon
COMPARAÇÃO ENTRE DOIS MÉTODOS DE VIGILÂNCIA EPIDE-
de Oliveira
MIOLOGICA EM UTI NEONATAL: ANVISA X NHSN
Instituição(ões): 1. UFRPE, UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE
Autor(es): TATIANE TEIXEIRA RODRIGUES3, ROSANA RICHT-
PERNAMBUCO
MANN3, CAMILA DE ALMEIDA SILVA3, FABIANA CAMOLESI2, SAN-
DRA REGINA BALTIERI3
Resumo:
Os insetos podem carregar em sua superfície corporal microor-
Instituição(ões):
ganismos como bactérias e fungos, agindo como vetor mecânico
2. PMP, PRO MATRE PAULISTA
e disseminando doenças infecciosas. Dessa forma há uma preo-
3. HMSJ, HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA JOANA
cupação sobre as reais possibilidades de um agravo às infecções
hospitalares causado pela veiculação de agentes patogênicos por
Resumo: insetos. É sabido que os profissionais de saúde não contaminam
Introdução: Um sistema de vigilância ativa e padronizada forne- voluntariamente seus pacientes, mas a falta de atenção e obser-
ce dados confiáveis para elaborar adequadamente estratégias de vação de determinados princípios básicos do controle de infecção
prevençãoecontroledasinfecçõesemrecém-nascidos(RN).Obje- hospitalar pode trazer conseqüências drásticas. Por isso é funda-
tivo: Comparar a incidência das infecções relacionadas à assistên- mentalmente importante ter profissionais conscientes, bem infor-
cia à saúde (IRAS) em Neonatologia utilizando diferentes métodos mados, atualizados e com capacidade de autoavaliação. Este tra-
de vigilância epidemiológica, um largamente utilizado nos EUA balho teve como objetivo avaliar a concepção dos profissionais de
– NHSN “National Healthcare Safety Network” e a nova proposta saúde do Hospital das Clínicas de Pernambuco a respeito do papel
da ANVISA recentemente implantada no Brasil. Métodos: Estudo dos insetos como vetores mecânicos na transmissão de doenças
prospectivo realizado de nov/2009 a abr/2010, em duas materni- infecciosas no ambiente hospitalar, bem como a importância do
dades privadas, com 98 leitos de UTI Neonatal. Foram aplicadas as combate a esses vetores. A pesquisa foi realizada em maio e ju-
metodologias NHSN/08 e ANVISA/08 modificada que inclui: peso nho de 2010, no Hospital das Clínicas de Pernambuco, através da
de nascimento < 1500g ou uso de qualquer cateter venoso central aplicação de um questionário, elaborado e aplicado pelos autores
(CVC) ou uso de ventilação mecânica (VM). Os RN são excluídos aos profissionais de saúde, a maioria auxiliar e técnico de enfer-
da vigilância na alta da unidade ou quando completam 90 dias magem. Os resultados obtidos demonstraram que a maioria dos
de vida. Voltam a fazer parte da vigilância os RN readmitidos com profissionais possui conhecimento da veiculação de agentes pa-
dispositivo invasivo (VM/CVC), permanecendo até a retirada do togênicos por insetos, embora poucos tenham ouvido falar sobre
dispositivo. Resultados: utilizando os critérios NHSN obtivemos os a infecção hospitalar transmitida por esses animais. Embora haja
seguintes resultados: RN/dia 13.162, densidade de utilização (DU) ciência desse modo de transmissão, não há uma atenção espe-
de CVC total 25,9 e DU/VM total 19,3. Densidade de infecção (DI) cial para o combate a esses vetores, ficando então evidenciado
global<750g:11,6;750-999g:14,7;1000-1499g:8,5;1500-2499g: a necessidade de medidas de precaução que vise o controle sa-
4,1 e >2500g: 10,3. DI BCP/VM: < 750g: 1,5; 750-999g: 1,6; 1000- tisfatório desses animais no ambiente hospitalar para que toda a
1499g: 0; 1500-2499g: 4,8 e >2500g: 6,1. DI Sepse/CVC: < 750g: equipeestejadevidamentepreparadaparaalutacontraainfecção
9,5; 750-999g: 14,7; 1000-1499g: 7,9; 1500-2499g: 5 e >2500g: hospitalar.
16,4. Pelos critérios da ANVISA obtivemos: RN/dia 7.829, DU/ CVC
total 42,1 e DU/VM total 41,6. DI global < 750g: 14,1; 750-999g:
Palavras-chaves: CONTROLE DE INFECÇÃO, INFECÇÃO HOSPITA-
14,9; 1000-1499g: 7,9; 1500-2499g: 9,2 e >2500g: 23,7. DI BCP/
LAR, INSETOS VETORES
VM: < 750g: 1,5; 750-999g: 1,6; 1000-1499g: 0; 1500-2499g: 2,5
e >2500g: 3,9. DI Sepse/CVC: < 750g: 9,7; 750-999g: 15,6; 1000-
1499g: 8,0; 1500-2499g: 5 e >2500g: 17,6. Conclusão: no méto-
do da ANVISA, o denominador é muito menor que o no método
NHSN, incluindo um número menor de RN, especialmente os RN
maioresde1500g.IssogeradensidadedeincidênciadeIRASmaior

160
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P118 Autor(es): ANA FLÁVIA LIMA ARAÚJO, FABIANA ARISTON FILGUIE-
PERFIL DE SENSIBILIDADE DE GERMES ISOLADOS EM HEMOCUL- RA, JOSÉ DAVID URBÁEZ BRITO, FABIANA DE MATTOS MENDES,
TURAS NA UTI NEONATAL DO HOSPITAL REGIONAL DA ASA SUL SIMONE PIACESI
(HRAS), BRASÍLIA-DF de 2001 a 2009.
Instituição(ões): 1. HRAS/SES-DF, HOSPITAL REGIONAL DA ASA SUL
Autor(es):JoséDaviUrbaezBrito,AnaFláviadeOliveiraLimaAraú- -SECRETARIA DE SAÚDE
jo, Fabiana de Mattos Rodrigues Mendes, Simone Piacesi, Fabiana
Ariston Filgueira Resumo:
INTRODUÇÃO: Os resultados de hemoculturas nas Unidades de
Instituição(ões): Terapia Intensiva (UTI) Neonatais continuam sendo o padrão ouro
1. HRAS/SES-DF, HOSPITAL REGIONAL DA ASA SUL para diagnóstico das infecções no período neonatal. A incidência
de infecções por diferentes germes varia, sendo necessário defi-
nir o perfil de ocorrência desses microorganismos em cada hos-
Resumo:
pital com intuito de racionalizar as estratégias de prevenção da
Introdução: O acompanhamento dos isolados bacterianos a partir
transmissão cruzada.OBJETIVOS:Descrever o perfil da microbiota
de hemoculturas tem grande importância no manejo das infec-
associada às infecções documentadas dos neonatos internados
ções relacionadas a assistência em UTIs neonatais, possibilitan-
na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Regional
do a discussão de terapêuticas antimicrobianas mais racionais.
da Asa Sul – Brasília – DF. MATERIAIS:Realizou-se um estudo des-
Objetivos:Conhecer o padrão de sensibilidade aos principais
critivo, retrospectivo do resultado das hemoculturas dos recém-
grupos de antimicrobianos entre os isolados de bactérias mais
nascidos coletadas de sangue periférico e registradas em fichas de
freqüentes verificados em hemoculturas obtidas de neonatos in-
controle microbiológico do Núcleo de Controle de Infecção Hos-
ternados na UTIneo-HRAS.Métodos: Foram revisados os antibio-
pitalar do HRAS – DF, no período de janeiro de 2001 à dezembro
gramas correspondentes às hemoculturas obtidas no período de
de2009.RESULTADOS:Nos9anosanalisadosforamcoletadas7835
outubro de 2001 a dezembro de 2009. Foi analisado o perfil de
hemoculturas, das quais foram positivas 1639 (20,91%). Das 1634
sensibilidade dos germes mais prevalentes: Estafilococos coagu-
hemoculturas positivas, em 1595 (97,61%) completou-se a iden-
lase negativa (ECN) e Staphylococcus aureus no grupo de Gram
tificação do microorganismo correspondente. Constatou-se que
positivos, sendo avaliada a sensibilidade para oxacilina (oxa), van-
entre as IRAS com culturas positivas 1021 (62,48%) se deveram
comicina (van) e rifampicina (rmp) e do grupo de Gram negativos
a germes Gram Positivos, 443 (27,11%) a germes Gram Negativos
Klebsiella sp, Serratia marcescens, Enterobacter sp, Pseudomonas
e 170 (10,40%) a fungos. Os Estafilococos Coagulase Negativa fo-
aeruginosa e Acinetobacter sp, sendo avaliada a sensibilidade a
ram os germes predominantes entre os Gram Positivos com 740
amicacina (amc), gentamicina (gent), cefotaxima (cfx), ceftadizima
isolados (45,14%), seguidos pelos Staphylococcus aureus com 136
(cfz), cefepima (cfp), ciprofloxacino (cip) e imipenem (imp). Resul-
isolados (8,32%), Enterococcus sp com 21 (1,28%) e Streptococcus
tados: Entre os Gram positivos os perfis de sensibilidade foram os
agalactiae com 28 isolados ( 1,70%).CONCLUSÃO A predominância
seguintes: ECN (492 testados): van=100%; rmp=69,3%; oxa=9,3%.
de ECN na nossa série coincide com relatos de outros pesquisado-
S.aureus (106 testados): van=100%; rmp= quais 89,62% foram
res nacionais, europeus e norte – americanos. Esta incidência de
sensíveis a oxacilina, 100% a vancomicina e 98,11% a rifampicina.
estafilococos coagulase negativa tem relação com o uso intensivo
Entre os Gram negativos os perfis de sensibilidade foram os se-
de cateteres vasculares nessa população e com a imaturidade da
guintes por gênero bacteriano: Klebsiella sp (122 testados): amc=
pele . Outro ponto a ser destacado é a alta incidência de infecções
100%; gen=74,5%; ctx=66,3%; ctz=73,6%; cfp=75, 4%; cip=98,3%;
por Candida, o que pode ter relação ao aumento nos últimos anos
imp=100%. S.marcescens (72 testados):amc=97,2%; gen=69,4%;
da sobrevivência de neonatos com prematuridade extrema sub-
cfx=61,1%; cfz=73,6%; cfp=91,6%; cip=93%; imp=98,6%. Ente-
metidos a longos períodos de internação. Em conclusão,o perfil
robacter sp (36 testados): amc=97,2%; gen=88,8%; cfx=91,6%;
microbiológico da UTI – Neonatal HRAS é representativo de unida-
cfz=97,2%; cfp=91,6%; cip=97,2%; imp=97,2%. P.aeruginosa (40
des de alta complexidade com um tipo de hospedeiro altamente
testados):amc=92,5%;gen=72,5%;cfx=42,5%;cfz=80%;cfp=72,5%;
susceptível, submetido a múltiplos procedimentos invasivos.
cip=90%; imp=77%. Acinetobacter sp (33 isolados):amc=75,8%;
gen=78,8%; cfx=60,6%; cfz=84,8%;cfp=75,7%; cip=90,9%; imp=
93,9%.Conclusão: Em relação aos gram positivos confirma-se Palavras-chaves: HEMOCULTURAS, INFECÇÕES, MICROORGANIS-
a alta resistência a oxacilina dos ECN e um perfil favorável do MOS, PERFIL, UTI-NEONATAL
S.aureus com alta sensibilidade à oxacilina. Destaca-se ainda di-
minuição importante da sensibilidade ás cefalosporinas de 3ª e 4ª
geração da Klebsiella sp, provavelmente relacionado a advento de P120
betalactamases de espectro estendido. ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO SOBRE A INCIDÊNCIA DE OSTEOMIE-
LITE DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE MINAS GERAIS - FHEMIG.
Palavras-chaves: antimicrobianos, hemoculturas, perfil microbio-
lógico, UTI neonatal, sensibilidade Autor(es):CLÁUDIAFERREIRA,LÍDIAMELO,ROBERTAGONÇALVES,
HAIRTONAZEVEDO,MAISAAZEVEDO,,RENATABARROS,ALINESIL-
VA, ADRIANA MAGALAHAES
P119 Instituição(ões): 1. HGV, Hospital Galba Velloso - FHEMIG
PERFIL MICROBIOLÓGICO DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL DO HOSPITAL REGIONAL DA ASA SUL (HRAS), BRASÍ-
LIA – DF: 2001 - 2009 Resumo:
INTRODUÇÃO A Utilização de próteses talvez seja o maior pro-
gresso da tecnologia médica aplicada à cirurgia nas últimas déca-

161
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
das, representando uma enorme e crescente fatia das operações Resumo:
realizadas em todo mundo. As infecções em próteses produzem INTRODUÇÃO: Pneumonia hospitalar está associada à elevada le-
grande letalidade e alto custo financeiro (FERNANDES, 2000). talidade, com uma incidência de 5-20 vezes maior em pacientes
Segundo Queiroz et al. (2005) a utilização de antibióticos como sobassistênciaventilatória.Éainfecçãomaisfreqüentenopacien-
profilaxia para infecções em sitio cirúrgico (SSI) em cirurgias orto- te grave. Prolonga a internação, triplicando o tempo de ventila-
pédicas é indicada quando próteses são implantadas, ou quando ção mecânica. A importância desta infecção e as taxas elevadas
qualquer espécie de materiais osteo-sintéticos, tais como, fios, de nossa instituição demandam ações de impacto para redução
chapas e parafusos, são usados. OBJETIVOS Demonstrar a incidên- das infecções. OBJETIVO: Descrever as etapas de implantação de
cia de osteomielite no período de janeiro de 2008 a dezembro de um programa de prevenção de PAV e o impacto nas taxas das UTI.
2009. MÉTODOS Estudo descritivo, retrospectivo, longitudinal na MÉTODO:Estudodescritivo,observacionalcomintervenção;reali-
unidade ortopédica do Hospital Galba Velloso (HGV) no período zado na UTI clínica e cirúrgica (12 leitos), do Hospital Universitário
de janeiro 2008 a dezembro de 2009. O HGV, especializado em Clementino Fraga Filho - UFRJ; no período de janeiro de 2007 a
saúde mental com 145 leitos e ortopedia com 86 leitos, localizado dezembro de 2008. Formação de um grupo multiprofissional de
em Belo Horizonte, Minas Gerais. Os dados foram obtidos atra- prevenção de PAV envolvendo profissionais da UTI e do Controle
vés dos critérios de diagnóstico do National Institute of statistical de Infecção Hospitalar, discussão das medidas a serem implan-
sciences (NISS) para infecção cirúrgica que eram os padronizados tadas, vigilância de processo de trabalho e intervenção das não
na FHEMIG e busca ativa das infecções hospitalares.O tempo de conformidades com padronização de rotinas de ações preventivas
observação dos pacientes foram até de um ano após o implante . através de consensos. RESULTADO: As taxas de PAV anteriores a
Tamanho da amostra (n=2508) procedimentos cirúrgicos ortopé- implantação do programa (período de jan à jun 2007) foram 24,4
dicos. As variáveis dependentes: pacientes com osteomielite pós (UTI clínica) e 27,4 (UTI cirúrgica). Os percentuais de não confor-
operatória. Critérios de Inclusão: pacientes submetidos à cirur- midade de maior relevância observados na UTI clínica foram: 69%
gia ortopédica com implante de prótese no período do estudo. A em higiene oral, 58% em aspiração traqueal otimizada, 54% em
adoção de protocolo de profilaxia antimicrobiana cirúrgica (Kit) foi cabeceira elevada, 42% em manuseio e posicionamento de cir-
introduzido em outubro 2008 sendo umas das medidas para con- cuitos ventilatórios e 35% em cufometria; na UTI cirúrgica: 58%
trole das osteomielites. Método Estatístico: estatística Excell 2007 em cabeceira elevada, 54% em cufometria, 44% em aspiração
análise diagrama de controle. IC = 95% por corresponder ao limite traqueal otimizada, 42% em higiene oral e 10% em manuseio e
de controle epidêmico. RESULTADOS Através do acompanhamen- posicionamento de circuitos ventilatórios. As taxas de PAV na fase
to mensal do controle de infecção hospitalar foram registrados de implantação do programa (período de jul 2007 a dez 2008) fo-
11(0,40%) pacientes que tiveram osteomielite pós cirurgia ortopé- ram de 14,7 (UTI clínica p= 0,11) e de 25,6 (UTI cirúrgica p= 0,46).
dica até um ano pós cirurgia. As taxas de infecção hospitalar (IH) CONCLUSÃO: A implantação do programa não reduziu as taxas nas
por procedimento cirúrgico variaram de 1,09% a 7,53% em 2008 UTIs. Características específicas de cada unidade devem ser consi-
(média de 4,94) e de 1,25% a 5,88% em 2009 (média de 2,79). No deradas individualmente para a próxima etapa do programa.
período do estudo, a média alcançou 3,87 (Desvio Padrão = 1,93)
paraosteomielite,comexceçãodejaneirode2008,osdemaisme- Palavras-chaves: PREVENÇÃO, PNEUMONIA, UTI
ses oscilaram entre os limites epidêmico e endêmico. juntamente
com outras ações possibilitou a manutenção das taxas dentro dos
limites esperados, evitando elevado índice de osteomielite pós
operatória. CONCLUSÃO O principal mecanismo de infecção das P122
próteses ortopédicas é a colonização durante o implante através CHUPETA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À DIARRÉIA NOSO-
da manipulação cirúrgica. A utilização das condutas associadas ao COMIAL: ESTUDO DE COORTE
Kit permitiu a identificação oportuna dos eventos e a adoção ime-
diata de medidas de controle, com redução das taxas. Autor(es): Gabriela Cunha Schechtman Sette2, Maria Júlia Gonçal-
ves de Mello1, Jailson de Barros Correia1, Gisélia Alves Pontes da
Palavras-chaves: Antimicrobianos, Incidência, Infecção, Osteomie- Silva2, Luciane Soares de Lima2
lite
Instituição(ões):
1. IMIP, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira
2. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco

P121 Resumo:
IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE PNEU- Introdução - Os patógenos que causam diarréia são transmitidos
MONIA RELACIONADA À ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA (PAV) EM pela via fecal-oral e o risco pode ser mais elevado nos lactentes
UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) DE UM HOSPITAL hospitalizados devido à facilidade de contato entre os pacientes,
PÚBLICO UNIVERSITÁRIO DO RIO DE JANEIRO através das mãos contaminadas dos familiares e dos profissionais
desaúde. Achupetaparececonstituirumafontepotencialdecon-
Autor(es): ELAINE GAMA PESSOA DE ARAUJO, SIMONE NOUÉR, taminação para a criança adquirir diarréia nosocomial (DN). Ob-
MARCIA OLIVEIRA, CLAUDIA SOUZA, ILENILCE AFONSO, CHRIS- jetivos - Determinar a incidência de DN em lactentes que fazem
TIANY GONZALEZ, ERIKA ARAUJO, LUCIENE SOUSA, KARINA DI PIE- uso ou não de chupeta, identificar os fatores de risco associados à
RO, ANA MAGALHÃES doença e verificar a existência de contaminação fecal na chupeta
dos lactentes hospitalizados. Métodos – Estudo tipo coorte pros-
Instituição(ões):1. HUCFF/ UFRJ, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLE- pectiva de 378 lactentes hospitalizados nas enfermarias de pedia-
MENTINO FRAGA FILHO UFRJ tria clínica do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando
Figueira, Recife-PE, no período de abril a outubro de 2009. Resul-

162
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
tados – Foram diagnosticados 33 episódios de DN com incidên- taxas globais, por tipo de parto e por topografia para o ano de
cia cumulativa e densidade de incidência de 8,7% e 11,25/1000 2009. O diagnóstico epidemiológico foi baseado nos critérios do
pacientes-dia, respectivamente. As crianças que usaram chupeta National Nosocomial Infection Surveillance. Resultados:A taxa glo-
apresentaram incidência de DN de8,2%,quando comparadas com bal de infecção dos Serviços de Obstetrícia variou de 0,4 a 2,4%.
as que não usaram (9,2%), não apresentando risco estatisticamen- Em parto vaginal a taxa verificada foi entre 0,3 e 0,9% e em parto
te significante (OR = 0,88; IC95% 0,43-1,80) na análise bivariada cesárea entre 0,6 e 5,9%. Endometrite pós parto vaginal foi a in-
controlada pelo tempo de permanência. Na análise multivariada, fecçãomaisprevalentenosseishospitaiscomumataxaquevariou
ser amamentado durante a hospitalização (OR = 0,40; IC95% 0,17- entre 0,0 e 0,6%. Em parto cesárea as infecções por topografia e
0,93) e cada dia de permanência na enfermaria (OR = 0,65; IC95% as taxas se distribuem da seguinte forma: ferida cirúrgica superfi-
0,53-0,80)foramfatoresdeproteção,enquantoosfatoresderisco cial (0,3 a 1,1%), profunda (0,0 a 1,1%) e endometrite pós parto
estiveram associados ao maior número de dias de uso de oxigênio cesáreo (0,1 a 1,7%). Conclusão:Com a padronização de critérios
por cateter nasal (OR = 1,61; IC95% 1,18-2,20) e de antimicrobia- epidemiológicos de IrAS pelas instituições hospitalares, é possível
nos(OR=1,62;IC95%1,34-1,94).Foramisoladoscoliformesfecais comparar indicadores de IrAS e elaborar estratégias adequadas de
em 16% (27/169) das amostras colocadas em cultivo e cerca de prevenção e controle das infecções em serviços de obstetrí cia. As
¾ das positivas (77,8%) apresentou mais de 100.000 UFC/ml por variações das taxas ocorre devido ao número de partos realizados
chupeta. Conclusão – O uso de chupeta por lactentes não esteve nas instituições.
associado à diarréia nosocomial, embora tenha sido observada
contaminação fecal nas amostras colocadas em cultivo. O maior Palavras-chaves: IrAS, indicadores epidemiológicos, saúde, aten-
número de dias de uso de antimicrobianos foi fator de risco para ção materno-infantil
a ocorrência da doença, havendo necessidade de avaliação rigo-
rosa quanto à indicação e à duração do uso de antimicrobianos.
O maior número de dias de utilização de oxigenoterapia por cate-
ter nasal foi considerado fator de risco para o desfecho, estando P124
provavelmente associado à manipulação do cateter pela mãe e/ PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE INFECÇÃO HOSPITALAR NA OBSTE-
ou profissional de saúde, durante a instalação e manutenção do TRÍCIA DE UM HOSPITAL DE ENSINO UNIVERSITÁRIO
mesmo em crianças clinicamente graves com instabilidade hemo-
dinâmica. Autor(es): Gilvanildo Roberto da Silva1, Rogélia Herculano Pinto1,
Maria da Conceição Lira1, Paula Elizabeth Celerino Silva1
Palavras-chaves: chupetas, diarréia infantil, infecção hospitalar
Instituição(ões):
1. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
2. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
P123 3. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS DE INFECÇÕES RELACIONA- 4. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
DAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM OBSTETRÍCIA EM UNIDADES DE
ATENÇÃO MATERNO-INFANTIL DA REGIÃO METROPOLITANA DE Resumo:
BELO HORIZONTE, 2009. Acesáreaéumprocedimentocirúrgicoquequandobemindicado,
tem um papel importante na obstetrícia moderna como redutor
Autor(es): GUILHERME AUGUSTO ARMOND, LENIZE ADRIANA DE da morbidade e mortalidade perinatal e materna. O parto por ce-
JESUS, ROSANA VAZ REZENDE, MARIA LETCIA BRAGA, FRANCELLI sárea é uma laparatomia que exige uma série de cuidados clínicos,
CORDEIRO NEVES, FABRIZIA MARQUES DA SILVA, FLÁVIO SOUSA, técnicos e anestésicos que se associa também a algumas compli-
DIRCIANA BATISTA CANGUSSU, ANA LÚCIA NOGUEIRA DINIZ, IZA- cações que devem sempre ser ponderadas antes de sua indicação.
BELLA FERNANDES PRUDÊNCIO A cesárea é o mais importante fator de risco para a infecção puer-
peral, adicionando-se o risco da infecção do sítio cirúrgico (ISC). O
Instituição(ões): 1. COPIHMI, Comissão Permanente dos Serviços trabalho descreve o perfil epidemiológico da infecção hospitalar
de Controle de Infecção (IH) na Obstetrícia de um hospital de ensino universitário, durante
os anos de 2008 a 2009. Trata-se de um estudo epidemiológico
Resumo: retrospectivo, descritivo-exploratório de base hospitalar. A coleta
Introdução:A infecção puerperal, endometrite ou febre puerperal de dados foi realizada em junho de 2010 nos arquivos da Comis-
é aquela originada no aparelho genital após a realização de um são de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), do referido hos-
parto.Osindicadoresdeinfecçãohospitalar(IH)emobstetrícia,se- pital, que compreendem um banco de dados contendo as fichas
gundo dados do NISS (National Nosocomial Infection Surveillance) de notificação de infecção hospitalar bem como os relatórios da
doCDC(CenterforDiseaseControlandPrevention),variamconfor- vigilância epidemiológica das infecções relacionadas à assistência
me as características de cada instituição hospitalar, o tipo do siste- à saúde (IrAS). Em 2008 o centro obstétrico realizou 1.825 partos,
ma de vigilância epidemiológica adotado, modalidade do parto e destes,805(41,1%)foramcesarianas.Notou-seelevaçãodastaxas
fatores inerentes a assistência e a gestante. Objetivo:Demonstrar de infecção de sítio cirúrgico (9,2%) principalmente no 1° semes-
o perfil epidemiológico das Infecções relacionadas à Assistência tre, ocasião em que foram identificadas inadequações quanto à
à Saúde em obstetrícia em seis Instituições com Atenção Mater- estrutura física do Centro Obstétrico e de fluxo interno, além da
no-Infantil públicas e/ou filantrópicas da Região Metropolitana ocorrência frequente de superlotação na maternidade, o que con-
de Belo Horizonte (RMBH). Material e Métodos:Foram incluídas sequentemente implica em redução das práticas de controle de
seis Unidades com Atenção Materno-Infantil públicas e/ou Filan- infecção hospitalar. No ano de 2009, foram realizados 2.208 par-
trópicas da RMBH, cujo perfil da clientela é semelhante e carac- tos com o total de 755 (34,1%) cesarianas. Percebeu-se uma dimi-
terizam-se por serem de médio e alto risco. Foram calculadas as nuição das taxas de infecção de sítio cirúrgico em relação ao ano

163
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
anterior (6,2%), em contrapartida houve aumento da taxa global deIHéextremamenteimportante,poisalémdeindicarosagentes
de infecções relacionadas à assistência à saúde (15,2%). Diversas etiológicos mais freqüentes, identifica as taxas de resistência ali
medidas corretivas foram instituídas na ocasião, entretanto obser- existentes.Assim,conhecendoolocaledistinguindoacolonização
vou-se a necessidade da adequação da demanda à capacidade de dos RNs por cepas às vezes multirresistentes, fica mais fácil a ade-
atendimento do serviço, para que a qualidade da assistência não quação do uso de antimicrobianos.
fosse prejudicada. A adoção dessas medidas contribuiu para que
a taxa de infecção na unidade de obstetrícia se mantivesse dentro Palavras-chaves:ControledeInfecção,Infecção Hospitalar,Neona-
dos padrões internacionais aceitáveis, diminuindo assim a morbi- tologia
mortalidade perinatal e materna.

Palavras-chaves: Infecção Hospitalar, Obstetrícia, Vigilância Epide-


miológica P126
PERFILEPIDEMIOLOGICODEINFECÇÃOHOSPITALARNOSERVIÇO
DE CIRURGIA GERAL DE UM HOSPITAL DE ENSINO UNIVERSITÁ-
RIO
P125
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE INFECÇÃO HOSPITALAR NA UTI NE- Autor(es): Gilvanildo Roberto da Silva1, Maria da Conceição de
ONATAL DE UM HOSPITAL DE ENSINO UNIVERSITÁRIO Lira1, Rogélia Herculano Pinto1

Autor(es): Gilvanildo Roberto da Silva1, Rogélia Herculano Pinto1, Instituição(ões):


Maria da Conceição de Lira1 1. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
2. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Instituição(ões): 3. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
1. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
2. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Resumo:
3. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO A infecção do sítio cirúrgico (ISC) é a causa mais comum de in-
fecção no paciente cirúrgico e ocorre até 30 dias após a cirurgia.
Resumo: Nem sempre taxa elevada de infecção significa descuido com o
Com o objetivo de melhorar a qualidade da informação referen- problema. Muitas vezes, traduz metodologia apurada, diagnóstico
te à ocorrência de infecção hospitalar (IH) na Unidade de Tera- preciso e clientela de alto risco. A infecção pós-operatória é de-
pia Intensiva (UTI) de Neonatologia, a Comissão de Controle de terminada pela combinação de três fatores: quantidade e tipo de
Infecção Hospitalar (CCIH) do hospital em estudo implantou em contaminação; técnica cirúrgica e anestésica empregada, e resis-
2006 o sistema de vigilância epidemiológica por componentes de tência do hospedeiro. O trabalho descreve o perfil epidemiológico
acordo com o National Nosocomial Infections Surveillance System da infecção hospitalar (IH) no Serviço de Cirurgia Geral de um hos-
(NNISS), através do qual se avalia a freqüência de IH associada aos pital de ensino universitário, durante o ano de 2009. Trata-se de
fatores de risco. O trabalho descreve o perfil epidemiológico da um estudo epidemiológico retrospectivo, descritivo-exploratório
infecção hospitalar (IH) na UTI Neonatal de um hospital de ensi- de base hospitalar. A coleta de dados foi realizada em junho de
no universitário, durante os anos de 2007 a 2009. Trata-se de um 2010 nos arquivos da Comissão de Controle de Infecção Hospita-
estudo epidemiológico retrospectivo, descritivo-exploratório de lar (CCIH), do referido hospital, que compreendem um banco de
base hospitalar. A coleta de dados foi realizada em junho de 2010 dados contendo as fichas de notificação e relatórios referentes a
nos arquivos da CCIH do referido hospital, que compreendem um infecção hospitalar no serviço de cirurgia geral. Em 2009 foram
banco de dados contendo as fichas de notificação e relatórios de realizadas 596 cirurgias, correspondendo ao total de 55% das no-
IH na UTI Neonatal. A IH mais freqüente na UTI neonatal em 2007 tificações efetuadas pela Comissão de Controle de Infecção Hospi-
foi a sepse (80%), com maior ocorrência em recém – nascido (RN) talar. A taxa de infecção no sítio cirúrgico (ISC) foi de 2,3% consi-
com peso ao nascer abaixo de 1500g. Os patógenos mais isola- deradaaceitávelparaosparâmetrosdereferênciasinternacionais.
dos em hemoculturas foram Candida spp, Klebisiela pneumoniae Quanto ao potencial de contaminação, 57,1% foram consideradas
e Staphylococcus coagulase-negativo. No primeiro semestre de cirurgiaslimpas;21%potencialmentecontaminadas;14,1%conta-
2008, houve aumento na densidade de IH na UTI neonatal para minadas e 7.8% infectadas. A taxa de infecção em cirurgias limpas
a faixa de peso de prematuros (1.001–1.500g), período no qual foi de 0,5%, nas contaminadas 0,5% e nas infectadas de 1%. A taxa
houve superlotação da unidade e intervenção da CCIH pela Agên- de infecção cutânea atingiu 0,3%, as infecções do trato urinário
cia Pernambucana de Vigilância Sanitária (APEVISA), no intuito de (ITU) 0,09% e as infecções do trato respiratório (ITR) 0,09%. O es-
redução da demanda e adequação da estrutura física da unida- tudo demonstrou que as taxas de infecção hospitalar no serviço
de. No segundo semestre a unidade prestou assistência dentro de cirurgia geral, em 2009 mantiveram-se dentro dos níveis acei-
da capacidade instalada e na maioria do período, as taxas de IH táveis pela literatura internacional. A infecção é uma complicação
situaram-se dentro do limite esperado. No ano de 2009 a taxa inerente ao ato cirúrgico e se faz necessário um grande esforço
de IH permaneceram na maior parte do período, dentro dos ní- para mantê-la sob controle e em níveis aceitáveis, dentro dos pa-
veis aceitáveis, entretanto em RN com peso abaixo de 1.000g, a drões de uma determinada instituição hospitalar, de tal modo que
densidade de incidência (DI/1000 RN/dia) chegou a 69,8. Diante aanálisedeseusíndicesconstitui,hoje,umparâmetrodecontrole
da ocorrência de superlotação e elevação nas taxas de infecção, de qualidade do serviço prestado por um hospital. É necessária
os reforços nas medidas de controle de infecção foram tomados, uma observação criteriosa de normas e rotinas por parte de toda
através da intensificação da higienização das mãos, higiene am- a equipe multiprofissional, que por sua vez deve dedicar-se pe-
biental e técnica asséptica nos procedimentos invasivos. A análise riodicamente à revisão das mesmas e a um contínuo processo de
da epidemiologia em UTI neonatal para o controle e a prevenção educação.

164
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Palavras-chaves: controle de Infecção, Infecção Hospitalar, Infec- Resumo:
ção em cirurgia Introdução Os MR têm sido objeto de grande preocupação pela
dificuldade terapêutica e elevada mortalidade. Diante disso, a Co-
missão Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (CECIH) criou
uma ficha de Notificação de MR com os seguintes propósitos:
P127 manter um sistema de vigilância epidemiológica; colaborar com
AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPI- políticas de uso racional de antimicrobianos e avaliar o perfil de
TALAREMHOSPITAISPÚBLICOS,PRIVADOSEFILANTRÓPICOSDO multirresistência dos hospitais do Estado do Rio de Janeiro. Ob-
MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA jetivo Descrever os principais MR isolados de hemoculturas de
unidades críticas1 de13 hospitais localizados no RJ. Metodologia
Autor(es): Débora Gotardelo Audebert Delage, Girlene Alves da Os dados apresentados são provenientes de unidades críticas1 de
Silva 13 instituições de saúde, públicas e privadas. A CECIH prioriza a vi-
gilância de IH em unidades críticas devido à maior suscetibilidade
Instituição(ões): 1. UFJF, Universidade Federal de Juiz de Fora dospacientesinternadosnestessetores,alémdemaiorusodean-
timicrobianos de amplo espectro. Os MR isolados de hemocultura
Resumo: foram identificados a partir das notificações do ano de 2009 na
INTRODUÇÃO: O tema das Infecções Hospitalares (IH’s) é algo que ficha supracitada. Um programa livre, o EPI-Info 2000, foi utilizado
tem se destacado muito, e atualmente é um grave problema de para a análise epidemiológica dos dados. Resultados Fo-
saúde pública. No Brasil, com intuito de melhorar o controle das ramisolados230microorganismosMR,sendooAcinetobacterspp
IH’s passou a ser exigência a criação do Programa de Controle de resistente à carbapenêmicos o que apresentou maior prevalência
Infecção Hospitalar (PCIH) pelos hospitais (Lei 9341/1997). Moti- (37,8%), seguido por Klebsiella produtora de betalactamase de
vadaaentenderoprocessoatualdeprevençãoecontroledasIH’s, espectro expandido (ESBL), (17,8%) e Pseudomonas spp (13,5%).
este estudo tem como objeto de investigação o PCIH utilizado em Ainda foram isolados outros bacilos gram-negativos (ESBL),
hospitais do município de Juiz de Fora. OBJETIVOS: Avaliar o PCIH (11,3%); Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA)
em hospitais privados, públicos e filantrópicos de Juiz de Fora e (5,7%); Enterococcus (VRE) (4,8%); Proteus mirabilis (3,0%); Kle-
fazer uma análise do PCIH na ótica dos profissionais de saúde dos bsiella produtora de carbapenemase (KPC), (2,6%) e Burkholderia
Serviços de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH’s) e Comissão cepacea (2,2%). Conclusão A prevalência significativa apresentada
de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH’s). MÉTODO: Trata-se de pelo Acinetobacter spp resistente à carbapenêmicos pode ser ex-
uma pesquisa descritiva analítica. Para análise dos documentos plicada pela sua grande capacidade de sobrevivência no ambiente
referentes ao PCIH utilizamos uma planilha de avaliação que cons- hospitalar. O uso intenso e indiscriminado de antibióticos nas uni-
ta de 4 indicadores: 1- Estrutura técnico operacional; 2- Diretrizes dades críticas, em especial os carbapenêmicos é um dos fatores
operacionais; 3-Sistema de Vigilância Epidemiológica; 4- Ativida- que contribuem para o crescimento das taxas de MR, além dos
des de controle e prevenção de IH. Para apreensão da visão dos inadequados procedimentos de limpeza e desinfecção de artigos
profissionais dos SCIH’s e CCIH’s no que tange ao PCIH utilizamos e superfícies. Diante disso, podemos concluir que há necessidade
entrevistas semiestruturadas. RESULTADOS: Baseado nas falas dos de modificação de critérios na utilização empírica de antimicro-
profissionais e também no resultado obtido na planilha de avalia- bianos e nos processos de limpeza e desinfecção das superfícies
ção do PCHI identificamos alguns desafios dispostos nas seguintes hospitalares, sobretudo das áreas críticas. A qualidade das notifi-
categorias: a conscientização dos profissionais de saúde; o desafio caçõestambémdeveserconsideradaparaqueosdadossirvamde
das intervenções baseado na busca ativa; a estrutura técnico ope- subsídios para informações que contribuam para a prevenção e o
racional do PCIH e a questão do treinamento e capacitação dos controle das multirresistências.
profissionais. CONCLUSÕES: É fundamental que as atividades de
prevenção e controle das IH’s permaneçam na linha de frente dos Palavras-chaves: mulltirresitência, hemoculturas, epidemiologia
hospitais e para tal é necessário e imprescindível a instalação e
manutenção de um PCIH eficiente, mas é preciso ir além e com-
preender como esse PCIH é realizado e quais as dificuldades en-
frentadas pelos profissionais de saúde diretamente ligados a ele. P129
MONITORAMENTO DAS INFECÇÕES CAUSADAS POR MICRORGA-
Palavras-chaves: infecção hospitalar, programa de controle de in- NISMOS DE IMPORTÃNCIA EPIDEMIOLÓGICA NO MUNICÍPIO DE
fecção, saúde pública PORTO ALEGRE

Autor(es): Andreza Martins

P128 Instituição(ões):
PERFIL DE MICROORGANISMOS MULTIRRESISTENTES ISOLA- 1. CGVS/SMS/POA, Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde
DOS EM HEMOCULTURAS EM HOSPITAIS DO RIO DE JANEIRO
Resumo:
Autor(es): Rosimeire Bernardes da Cunha Silva1, Ana Cristina MONITORAMENTO DAS INFECÇÕES CAUSADAS POR MICRORGA-
do Amaral Jacques Nakao1, Silvia Cristina De Carvalho1, Mar- NISMOS DE IMPORTÃNCIA EPIDEMIOLÓGICA NO MUNICÍPIO DE
celle Drumond Piazi1, Eduardo Almeida Ribeiro de Castro2 PORTO ALEGRE AUTOR: MARTINS, A.F. Coordenadoria Geral de Vi-
gilância em Saúde/Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre
Instituição(ões): Introdução: O monitoramento das infecções relacionadas à assis-
1. SESDEC RJ, Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil - RJ tência a saúde (IRAS) nos permite avaliar a qualidade dos serviços
2. HUPE UERJ, Hospital Universitário Pedro Ernesto UERJ prestados aos pacientes e atuar precocemente na prevenção e

165
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
controle de surtos. Dentro deste contexto, as IRAS causadas por te de medidas de boas práticas deve ser validado de acordo com
micobactériasdecrescimentorápido,bactériasmultirresistentese as características de cada instituição. Introduzimos além das me-
outras de importância epidemiológica foram avaliadas no período didas usuais sugeridas pelo Institute of Heathcare Improvement
desteestudonomunicípiodePortoAlegre.Objetivo:Monitoraras (IHI), a técnica de desinfecção da conexão (Hub) do cateter com
infecções relacionadas à assistência a saúde causadas por micror- álcool 70%, antes de realizar qualquer procedimento. Objetivo:
ganismos de importância epidemiológica no município de Porto Descreveraimplantaçãodo“bundle”deprevençãodainfecçãoda
Alegre.Metodologia:Osdadosforamcoletadosdejulhode2009a corrente sanguínea na UTI, de janeiro a abril de 2010, e com isso
maio de 2010 pelos serviços de controle de infecção dos hospitais demonstrar como a aderência às boas praticas pode levar a dimi-
e enviados em uma planilha de Excel para a Equipe de Serviços nuição nas taxas de infecção da corrente sanguínea. Metodologia:
de Interesse á Saúde (Vigilância Sanitária) do município de Porto Estudo coorte prospectiva Resultados: A média anual de infecção
Alegre. Foram selecionados os seguintes microrganismos de acor- da corrente sanguínea de 2009 foi de 8,37 ICS/cateter-dia. Em
do com critérios definidos em conjunto com os hospitais: Acine- janeiro de 2010 implantamos o “bundle” de prevenção de ICS, a
tobacter spp. resistente aos carbapenêmicos, E. coli, Klebsiella sp. densidade de incidência de ICS foi de 4,48 ICS/cateter-dia e a ade-
e Enterobacter sp. com susceptibilidade reduzida aos carbapenê- são ao “bundle” foi de 94%, em fevereiro de 2010 a densidade de
micos de acordo com os critérios do Control Laboratory Standard incidência de ICS foi de 12,35 ICS/cateter-dia e a adesão ao “bun-
Institute2009(CLSI),P.aeruginosaresistenteaoscarbapenêmicos, dle” foi de 92%, nesta ocasião nos reunimos com os profissionais
S. aureus com susceptibilidade reduzida a vancomicina (VISA) de da UTI (médicos e equipe de enfermagem) e melhoramos o instru-
acordo com os critérios do CLSI, B. cepacia e S. maltophilia (exce- mento de checagem dos procedimentos, no intuito de melhorar a
to em pacientes com fibrose cística) e todos os casos de infecção aderência as boas práticas no momento da inserção do cateter e
por Micobactérias de crescimento rápido. Resultados: Dezoito no manejo/manutenção diária do cateter. Em março a densidade
hospitais encaminharam semanalmente as notificações de casos de incidência de ICS foi de 4,57 ICS/cateter-dia com 97% de ade-
e 1383 casos de infecção foram informados. O número de casos são ao “bundle”. Em abril houve aumento da taxa de ICS para 7,43
não variou significativamente durante o período avaliado, sendo ICS/cateter-dia com diminuição da adesão para 90% de adesão ao
que o mês de março de 2010 foi o que teve maior número de ca- “bundle”. Conclusão: A implantação do pacote de medidas para
sos relatados (n=198; 14,32%). A maior incidência ocorreu nas melhorar a aderência as boas praticas na prevenção da ICS, dimi-
Unidades de Terapia Intensiva de Adultos (n = 642; 46,4%) e nas nui as taxas de ICS, porem a vigilância constante e adequações a
Unidades Clínicas de pacientes adultos (n=618; 44,7%). A maior características das unidades envolvidas devem ser priorizadas.
causa de IRAS foi o Acinetobacter spp. (n=729; 52,7%) seguido por
P. aeruginosa (n= 346; 25,0%). Importante mencionar que a ter- Palavras-chaves: bundle, infecção da corrente sanguínea, unidade
ceira causa de IRAS foi S. maltophilia (n = 115; 8,3%), associada de terapia intensiva
principalmente a contaminação de água utilizada nos serviços de
hemodiálise.Conclusão:DeacordocomaOrganizaçãoMundialda
Saúde, as IRAS são uma importante causa do aumento de morta-
lidade e morbidade dos pacientes elevando significativamente o P131
custo da assistência à saúde. O monitoramento das IRAS é funda- INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO HOSPITALAR POR PARTO CESÁREA EM
mental para que medidas de intervenção adequadas possam ser HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO
realizadas nos serviços de saúde. NORTE

Palavras-chaves: Infecções Relacionadas a Assistência, Microrga- Autor(es): Karla Vanessa, Anna Karine, Sonaira Larissa, Daniella
nismos Multirresistentes, Vigilância Epidemiológica Cristina, Wilton Rodrigues, Silvana Helena

Instituição(ões): 1. HUAB, Hospital Universitario Ana Bezerra


P130 Resumo:
IMPLANTAÇÃO DO BUNDLE DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DA Introdução: As infecções hospitalares constituem um risco signifi-
CORRENTE SANGUINEA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NO cativo aos usuários de serviços de saúde, e estas estão relaciona-
HOSPITAL SANTA ISABEL, SÃO PAULO das a qualquer infecção adquirida após a internação do paciente
e que se manifeste durante a internação, ou mesmo após a alta,
Autor(es): Mauro José Costa Salles, Maysa Harumi Yano, Iolanda quando puder ser relacionada com a internação ou procedimen-
Lopes de Souza Santana, Bianca Maria Maglia Orlandi, Anderson tos hospitalares. Objetivo: O presente trabalho tem como objeti-
Garcia D’Ingianni vo analisar a incidência de infecção hospitalar por parto cesárea
no HUAB no ano de 2009, traçar um perfil das parturientes que
Instituição(ões): 1. HSI, Hospital Santa Isabel apresentaram IH, além de refletir sobre a vigilância das IH na ins-
tituição. Metodologia: Através da busca ativa diária feita pela SCIH
Resumo: nas enfermarias cirúrgicas e da análise dos Relatórios Anuais dos
Introdução: A infecção de corrente sanguínea associada ao uso de Procedimentos Realizados na Sala de Parto do HUAB, contidos no
Cateteres Venosos Centrais (CVCs) pode acarretar alterações he- setor de Documentação Médica e Estatística do referido hospital,
modinâmicas e disfunções orgânicas. A mortalidade atribuível a foram analisados os dados correspondentes ao número de infec-
tais infecções é de aproximadamente 18%. “Bundles” de cuidados ções hospitalares por cesáreas ocorridos no ano de 2009. Foi ob-
são pacotes de medidas de boas práticas referentes à prevenção servado o número total de cirurgias ocorridas nesse ano (cesáreas
de determinada doença. As evidências científicas que corroboram e outras), e feita uma análise descritiva dessas informações, desde
cada elemento do “bundle” estão suficientemente estabelecidas a procedência das parturientes que vieram para realizar parto ce-
para torná-las padrão no cuidado dos pacientes, mas este paco- sárea, distribuição por faixa etária e o percentual de cesáreas por

166
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
idade gestacional. A taxa de infecções foi avaliada através da taxa mêssubseqüentecomtreinamentodasequipesrelacionadaseim-
de infecção hospitalar geral do HUAB e da infecção do sítio cirúr- plementação definitiva em novembro do mesmo ano. A taxa mé-
gico em cesáreas. Resultados: No ano de 2009 observou-se que o dia de adesão às medidas pré, trans e pós-operatórias foi 66, 64,5
total de cirurgias foi 416, sendo que destas 324 foram cesáreas, o e 24,3%, respectivamente. Medidas como registro de infecção à
que corresponde a um percentual de 77,8%. Com relação a pro- distância, anti-sepsia cirúrgica das mãos, anti-sepsia do campo ci-
cedência das mulheres que realizaram parto cesárea, observa-se rúrgico,paramentaçãocompletaecorreta,antibioticoprofilaxiana
que a maioria é proveniente de Santa Cruz (n=149), seguido de indução anestésica, conforme protocolo estabelecido pelo Serviço
Tangará (n=39), e Campo Redondo (n=20), todos municípios que de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e com duração até 24
tem o HUAB como referência materno-infantil. A faixa etária de horas apresentaram taxa de conformidade superior a 70%. Foram
maior prevalência correspondeu a 20 a 29 anos (n=179), com per- notificados 56 ISC, identificando-se falhas na adesão do Projeto
centual de cesárea por idade gestacional sendo de 98,08% de par- como: registro da classificação ASA, anti-sepsia do campo cirúrgi-
to a termo ou pós-termo. A taxa de infecção hospitalar do total de co, drenagem fechada em procedimento eletivo, dose na indução
cirurgias do HUAB correspondeu a 1,5%, mas quando se observa e adicional de antibioticoprofilaxia cirúrgica. Conclusões: Como a
a taxa de infecção específica do sítio cirúrgico em cesáreas esse definição de ISC implica no diagnóstico em até 30 dias após a re-
valor se eleva para 2,2%. Conclusão: As taxas de infecções obser- alização da cirurgia ou até 12 meses no caso de implante de pró-
vadas pós-parto cesárea no HUAB são baixas, comparadas com os teses, não é possível avaliar completamente o impacto do Projeto
valores observados na literatura. Isso poderia refletir necessidade de Controle e Prevenção de ISC instituído como medida educativa
de mudanças de rotinas na vigilância desse agravo, pois a taxa real e de vigilância considerando apenas as notificações desses primei-
de incidência de infecção depende da investigação epidemiológi- ros meses, mas possivelmente falhas de assistência encontradas
ca pós-alta. Como na maioria dos hospitais a alta é precoce, esse contribuíram em graus variados para o desfecho de ISC.
diagnóstico fica prejudicado. Nessa perspectiva o estudo também
apontaparaanecessidadedeaprimorarocontrole dasIH,tornan- Palavras-chaves: Infecção de Sítio Cirúrgico, Controle e Prevenção,
do a vigilância pós-alta parte do protocolo do SCIH. Projeto

Palavras-chaves: Cesárea, Infecção, Parturiente, Investigação epi-


demiológica
P133
INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO HOSPITALAR POR PARTO CESÁREA EM
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO
P132 NORTE
PROJETO PRÁTICAS DE CONTROLE E PREVENÇÃO DE INFECÇÃO
DE SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) - ANÁLISE DA QUALIDADE DA ASSIS- Autor(es): Karla Vanessa, Anna Karine, Daniella Cristina, Sonaira
TÊNCIA CIRÚRGICA NO HOSPITAL GERAL DE GUARULHOS Larissa, Wilton Rodrigues, Silvana Helena

Autor(es): Ana Claudia Marques Barbosa Diaz, Ana Carolina Mar- Instituição(ões):1. HUAB, Hospital Universitario Ana Bezerra
teline Cavalcante Moysés, Noemi Evangelista Martins, Paula Za-
nellattoNeves,JaciraNoemiaCassanho,MarianaB.VivianiSilveira Resumo:
Saba Introdução: As infecções hospitalares constituem um risco signifi-
cativo aos usuários de serviços de saúde, e estas estão relaciona-
Instituição(ões): 1. ISCMSP - HGG, ISCMSP – OSS – Hospital Geral das a qualquer infecção adquirida após a internação do paciente
de Guarulhos e que se manifeste durante a internação, ou mesmo após a alta,
quando puder ser relacionada com a internação ou procedimen-
Resumo: tos hospitalares. Objetivo: O presente trabalho tem como objeti-
Introdução: Práticas de controle e prevenção representam medi- vo analisar a incidência de infecção hospitalar por parto cesárea
das consagradas em literatura capazes de reduzir as taxas de ISC no HUAB no ano de 2009, traçar um perfil das parturientes que
quando adequadamente aplicadas no pré, trans e pós-operatório. apresentaram IH, além de refletir sobre a vigilância das IH na ins-
Programas de destaque na avaliação de tais práticas incluem me- tituição. Metodologia: Através da busca ativa diária feita pela SCIH
didas com eficácia de alto grau de evidência científica, de fácil ob- nas enfermarias cirúrgicas e da análise dos Relatórios Anuais dos
tenção e baixo custo. Particularmente, “bundles” ou pacotes de Procedimentos Realizados na Sala de Parto do HUAB, contidos no
medidas derivadas do Projeto “5 Million Lives Campaign” ou do setor de Documentação Médica e Estatística do referido hospital,
Manual de Indicadores de Avaliação de Práticas de Controle de In- foram analisados os dados correspondentes ao número de infec-
fecçãoHospitalardaFundaçãodeAmparoàPesquisadoEstadode ções hospitalares por cesáreas ocorridos no ano de 2009. Foi ob-
SãoPaulo(FAPESP)temdemonstradograndeutilidadenessasiste- servado o número total de cirurgias ocorridas nesse ano (cesáreas
matização, justificando sua ampla adaptação no presente projeto. e outras), e feita uma análise descritiva dessas informações, desde
Objetivos: Monitorizar a adesão às principais medidas de controle a procedência das parturientes que vieram para realizar parto ce-
e prevenção de ISC através de indicadores estabelecidos e corre- sárea, distribuição por faixa etária e o percentual de cesáreas por
lacionar os resultados com as taxas de ISC do período. Materiais e idade gestacional. A taxa de infecções foi avaliada através da taxa
métodos: Análise prospectiva das taxas de adesão às práticas de de infecção hospitalar geral do HUAB e da infecção do sítio cirúr-
controle e prevenção de ISC definidas como pré, trans e pós-ope- gico em cesáreas. Resultados: No ano de 2009 observou-se que o
ratórias pelos profissionais de saúde responsáveis pela assistência total de cirurgias foi 416, sendo que destas 324 foram cesáreas, o
cirúrgica através de instrumento próprio de novembro de 2009 a que corresponde a um percentual de 77,8%. Com relação a pro-
fevereiro de 2010. Resultados: O Projeto Práticas de Controle e cedência das mulheres que realizaram parto cesárea, observa-se
Prevenção de ISC foi elaborado em agosto de 2009 e divulgado no que a maioria é proveniente de Santa Cruz (n=149), seguido de

167
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Tangará (n=39), e Campo Redondo (n=20), todos municípios que a amostra foi constituída de 773 prontuários de parto cesárea,
tem o HUAB como referência materno-infantil. A faixa etária de destes 14 apresentaram diagnóstico de infecção de sítio cirúrgico
maior prevalência correspondeu a 20 a 29 anos (n=179), com per- notificados pela CCIH, no qual corresponde a um índice de 1,68%
centual de cesárea por idade gestacional sendo de 98,08% de par- da taxa de infecção hospitalar no mesmo período. De acordo com
to a termo ou pós-termo. A taxa de infecção hospitalar do total de o MS. RESULTADOS: Revelaram que 50% das pacientes apresen-
cirurgias do HUAB correspondeu a 1,5%, mas quando se observa taram uma faixa etária entre 15 a 20 anos, 14,2% entre 21 a 25
a taxa de infecção específica do sítio cirúrgico em cesáreas esse anos e 28,5% tinham uma faixa etária entre 31 a 35 anos. CON-
valor se eleva para 2,2%. Conclusão: As taxas de infecções obser- CLUSÃO: A prevenção e o controle de infecção em cesáreas são
vadas pós-parto cesárea no HUAB são baixas, comparadas com os de suma importância, já que a infecção do sítio cirúrgico demanda
valores observados na literatura. Isso poderia refletir necessidade maior tempo de recuperação do paciente e maior custo hospita-
de mudanças de rotinas na vigilância desse agravo, pois a taxa real lar. Para a enfermagem vê-se a importância da elaboração de um
de incidência de infecção depende da investigação epidemiológi- plano de cuidados que amplie ações desde o pré-operatório até
ca pós-alta. Como na maioria dos hospitais a alta é precoce, esse o pós-operatório a fim de garantir ao máximo a integridade e re-
diagnóstico fica prejudicado. Nessa perspectiva o estudo também cuperação do paciente embasada na efetiva anamnese e exame
apontaparaanecessidadedeaprimorarocontrole dasIH,tornan- físico do mesmo.
do a vigilância pós-alta parte do protocolo do SCIH.
Palavras-chaves: Infecção de sítio cirúrgico pós-cesárea, Infecção
Palavras-chaves: Serviço de saúde, incidência, sítio cirúrgico, In- hospitalar, Parto cesáreo
vestigação epidemiológica

P135
P134 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE CIRURGIAS PLÁSTICAS COM
INVESTIGAÇÃO DO ÍNDICE DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO IMPLANTE MAMÁRIO BILATERAL: CONTROLE DE MICOBACTÉRIA
PÓS-CESÁREAEMUMAMATERNIDADEPÚBLICADAGRANDENA- NÃO TUBERCULOSA DE CRESCIMENTO RÁPIDO (MCR)
TAL, RIO GRANDE DO NORTE.
Autor(es): GIOVANE RODRIGO DE SOUSA1,2, LEANDRO BRUNO DE
Autor(es): Dharah Puck Cordeiro Ferreira, Alyne Noely Gouveia SOUZA1, MARINA FONSECA LAGE1, LUCIA HADDAD LUPPI MEN-
Vieira, Ana Karina da Camara Dantas, Maria Betânia Maciel da Sil- DONÇA1, HERBERT CARDOSO MENDONÇA1
va, Tassyana Pessoa Assis dos Santos
Instituição(ões):
Instituição(ões): 1. UnP, Universidade Potiguar 1. CLS, CLÍNICA SION CIRURGIA PLÁSTICA ESTÉTICA
2. UFMG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Resumo:
INTRODUÇÃO: A cesariana é um procedimento cirúrgico de retira- Resumo:
da do feto através de uma incisão na parede abdominal e uterina Com a evolução da tecnologia, antimicrobianos foram aperfeiço-
que deve ser realizada com técnica asséptica, a fim de prevenir ados, técnicas modernas de assistência foram desenvolvidas e o
infecção hospitalar. Sabe-se que a incidência de cesarianas vem tratamento das doenças assumiu alta complexidade. Por outro
aumentando nos últimos anos, apesar de existir um incentivo do lado, a invasão das bactérias multirresistentes, a inserção de no-
Ministério da Saúde (MS) ao parto vaginal. As infecções de sítio vas formas vivas de microrganismos e a luta contra a resistência
cirúrgico (ISC) são o segundo tipo de infecção nosocomial mais bacteriana surgiram nesse contexto, fragilizando o ambiente do
comum, complicações frequentes de um pós-operatório caracte- cuidado humano e desafiando as ações do cotidiano dos traba-
rizadas em sua essência como hospitalares, pelos procedimen- lhadores em saúde, no que se refere à prevenção das infecções.
tos invasivos realizados durante a internação e são causadas em O objetivo é apresentar um sistema de vigilância de cirurgias plás-
grande parte por bactérias que colonizam as superfícies cutâneas ticas com implante mamário bilateral. Trata-se de um estudo des-
mucosas. Os fatores que podem desencadear a infecção segundo critivo e retrospectivo realizado em uma clínica de cirurgia plástica
a literatura são: bolsa rota acima de 24 horas, líquido amniótico privada em Belo Horizonte-MG. Critérios de inclusão: cirurgias de
meconial e falta de antibioticoprofilaxia. As complicações pós- implantemamáriobilateralentrejaneiroedezembro/2008.Aaná-
operatórias apresentam seu tempo de internação aumentado en- lise estatística foi feita utilizando a técnica de estatística descritiva.
tre 3 a 11 dias, comparados a pacientes sem ISC. Pacientes que Um questionário foi elaborado para investigação de sinais de in-
desenvolvem ISC são duas a três vezes mais susceptíveis a óbito fecção desítio cirúrgico(ISC)incluindo sinais deinfecçãopor MCR.
por infecção, 60% mais susceptíveis à internação em unidades de Os casos foram investigados no 30º, 60º e 90º dia pós-operatório
cuidados intensivos e possuem cinco vezes mais chances de se- em consulta de retorno previamente agendada. Após 1 ano de
rem readmitidas no hospital. OBJETIVO: Investigar a incidência de realização do procedimento, foi feito o contato telefônico, pelo
infecção de ferida operatória pós-cesariana, de maneira que está enfermeiro especialista em microbiologia clínica e responsável
colabore com a redução das taxas de internação em unidades de técnico da instituição, com todos os que se submeteram a este
cuidados intensivos, minimizando os índices de óbitos por infec- procedimento cirúrgico (n=192 implantes mamários) entre janeiro
ção. MÉTODOS: Trata-se de um estudo quantitativo, realizado em e dezembro/2008. Um total de 96 pacientes (100%) foi avaliado.
uma Maternidade Divino Amor, Rio Grande do Norte, através de O questionário foi aplicado aos pacientes com objetivo de colher
um levantamento retroativo nos livros de registro de partos, nas informações sensíveis e específicas para definir a ocorrência de
estatísticas da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) ISC seguindo os critérios de ISC do Center for Disease Control and
e nos prontuários sobre mulheres pós-cesáreas, no período de Prevention (CDC) incluindo sinais de infecção por MCR como: le-
Janeiro a Maio de 2010. De um total de 1679 partos realizados, sões nodulares próximo ao portal cirúrgico ou secreção serosa

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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
na deiscência ou cicatriz cirúrgica, aspecto inflamatório crônico de 24,8% por falhas cadastrais. Foi detectada a ocorrência de 07
e granulomatoso ou formação de abscessos. Linguagem adequa- casos de infecção, uma taxa de ISC de 7,7% no período. Destes, 05
da à capacidade de compreensão dos pacientes foi utilizada. Não foram detectados pela vigilância intra-hospitalar, 01 no ambulató-
houve caso suspeito de infecção por MCR dentre os pacientes in- rio de egressos e 01 pela busca fonada. Conclusão: Nosso indica-
vestigados no período. Até onde nos foi possível conhecer, esta dor de ISC em OF foi menor do que o referencial externo nacional.
configura-se como a primeira clínica de cirurgia plástica no esta- Busca fonada não foi eficaz na detecção de ISC em OF, reforçando
do de Minas Gerais, a implantar um sistema de vigilância epide- o papel da avaliação presencial na vigilância deste tipo de cirurgia.
miológica das cirurgias plásticas com implante mamário até 1 ano Novos estudos com dimensionamento de amostra e tempo de ob-
após o procedimento, com investigação criteriosa de sinais de ISC servação se impõem para avaliação destas estratégias.
acrescentandoamonitorizaçãodesinaisdeinfecçãoporMCRpara
definição,notificação e investigação dos casos suspeitos. Todos os Palavras-chaves: Ambulatório de Egressos, Infecção de Sítio Cirúr-
achados clínicos colhidos foram registrados em impresso próprio. gico, Osteossíntese de Fêmur, Vigilância Cirúrgica Pós-alta
Emboranenhumcasotenhasidoidentificado,pode-seafrimarque
esta estratégia constitui uma importante ferramenta para o pro-
cesso de vigilância da evolução pós-operatória de cirurgias plásti-
cas com implante mamário bilateral, bem como para o monitora- P137
mento da ocorrência de ISC por MCR neste grupo de risco. PREVENINDO A PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂ-
NICA EM UMA UTI GERAL
Palavras-chaves: IMPLANTE MAMÁRIO, MICOBACTÉRIA NÃO TU-
BERCULOSA, VIGILÂNCIA Autor(es): Carlos Eduardo Nassif Moreira, Regina Tranchesi, Maria
Aparecida Aguiar da Silva, Ana Paula Mikulenas, Fabia Silva, Diva
Fukuma, Marcelo Milan, Denise Freitas, Mirian Jackiu, Adriano
Machado
P136
INFECÇÃO RELACIONADA À OSTEOSSÍNTESE DE FÊMUR EM HOS- Instituição(ões): 1. H9J, Hospital 9 de Julho
PITAL PÚBLICO: ESTRATÉGIA DE VIGILÂNCIA PÓS-ALTA.
Resumo:
Autor(es): ANELISA DE OLIVEIRA MORAIS1,2,SIMONE FREITAS CO- Introdução: a pneumonia associada à ventilação mecânica é aque-
ELHO TOSI1,2, CRISTIANA COSTA GOMES1,2, ÂNGELA LOURENÇO la que surge 48 horas após a iniciação da intubação – ventilação
LOPES RODRIGUES1, LUCIANA NEVES PASSOS2, DANIELA SPERAN- mecânica invasiva e ocorre, conforme o último levantamento re-
DIO FEITOSA DALLA BERNARDINA2, PRISCILA LIMA DA SILVA AL- alizado em UTI brasileiras, em cerca de 10 a 25% dos pacientes
MEIDA2 submetidos à ventilação mecânica, representando cerca de 50%
das pneumonias hospitalares. Objetivos: uniformizar as medidas
Instituição(ões): deprevençãodepneumoniaassociadaàventilaçãomecânicapara
1. HEC, Hospital Estadual Central Dr. Benício Tavares Pereira as equipes médica, de enfermagem, nutrição e de fisioterapia e
2. NUPEH, Núcleo de Pesquisa em Epidemiologia Hospitalar avaliar sua eficácia, em uma UTI geral constituída por 10 leitos e
inaugurada em maio de 2009. Métodos: foram levantados os fa-
Resumo: tores relacionados ao risco de pneumonia associada à ventilação
Introdução:Asinfecçõesdosítiocirúrgico(ISC)estãoentreasmais mecânica e, posteriormente traçadas as medidas de prevenção,
frequentes relacionadas à assistência à saúde, com prevalência onde foram abordados os seguintes itens: indicação da ventila-
estimada entre 9% a 11% no Brasil. Estudo realizado com cirur- ção mecânica invasiva e não invasiva, cuidados com tubos endo-
gias ortopédicas demonstra taxas entre 11,4% e 28,6%, sendo a traqueais e com os acessórios da ventilação mecânica, despertar
primeira referente à ISC em osteossínteses. A eficácia de um pro- diário,critérioseprotocoloparadesmamedaventilaçãomecânica
grama estruturado de vigilância contendo componentes pré, intra e extubação, ação sobre facilitadores de broncoaspiração, descon-
e pós-operatórios são citados na literatura como ferramenta para taminaçãodacavidadeoral,escolhaadequadadascânulastraque-
estabelecimentodeestratégiasdeprevençãoguiadaspordiagnós- ais, revisão da técnica de aspiração de vias aéreas, posicionamen-
tico apurado. Objetivos: Medir a taxa de ISC em cirurgias de oste- to do paciente, administração de nutrição enteral, profilaxia de
ossíntese de fêmur (OF) e verificar a eficácia da vigilância pós-alta úlcera de estresse, controle de glicemia, uso de procinéticos gas-
no ambulatório de egressos associada à busca fonada. Método: trointestinais e outras medidas como, higienização das mãos. Ba-
Estudo observacional, descritivo, prospectivo com pacientes sub- seado nestes itens foi elaborado um check-list diário preenchido e
metidos à cirurgia de OF em hospital público de Vitória/ES no pe- avaliado em conjunto pela equipe multiprofissional. Resultados: o
ríodo de dezembro/2009 a abril/2010. A metodologia do National conjuntodasmedidascitadaseocomprometimentodosprofissio-
Healthcare Safety Network (NHSN) norteou as definições de pro- nais da UTI fizeram com que não se notificasse nenhum paciente
cedimento cirúrgico e infecção, assim como a classificação e diag- com pneumonia associada à ventilação mecânica no período de
nóstico de ISC. Os componentes do protocolo de vigilância cirúr- maio de 2009 a abril de 2010 na UTI onde houve a implantação
gica no pós-operatório (PO) foram a avaliação no ambulatório de deste projeto.
egressos e a busca fonada para aqueles que não retornaram, além
da busca ativa durante internação no PO. Foi avaliada a ocorrência Palavras-chaves: Pneumonia, Prevenção, Ventilação mecânica
de febre, aspecto da ferida cirúrgica, uso de antibiótico e necessi-
dade de reinternação/reintervenção, no intervalo de 90 dias. Re-
sultados: Das 121 OF realizadas, 91 (75,2%) foram avaliadas, sen-
do que 68,1% compareceram ao ambulatório de egressos e 31,9%
foram investigados por busca fonada. Houve perda de seguimento

169
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P138 os dados relacionados aos períodos de neutropenia, obtidos do
MAPA DE DIVULGAÇÃO DE BACTÉRIAS MULTIRESISTENTES Componente de Vigilância em Hematologia do Instituto do Cân-
cer do Estado de São Paulo (ICESP), nos pacientes internados em
enfermaria e UTI, no período de junho/2009 a maio/2010. Defi-
Autor(es):Antonio Carlos Campos Pignatari, Regina Tranchesi, Ma-
nições : neutropenia - neutrófilos ≤ 500/mm3; neutropenia febril
ria Aparecida Aguiar da Silva, Ana Paula Mikulenas, Allan Ceccato
(NF) - pelo menos uma medida de temperatura axilar > 37,8°C em
paciente com neutropenia ; NF sem foco – NF sem identificação
Instituição(ões): 1. H9J, HOSPITAL 9 DE jULHO de sítio ou agente infeccioso. Os demais diagnósticos infecciosos
seguiram os critérios do CDC. As taxas de infecção foram expres-
Resumo: sas como infecções por neutropenia-dia. Resultado: No período
Introdução: as infecções relacionadas à assistência à saúde cau- avaliado, o número de pacientes expostos foi 465, compreenden-
sadas por microrganismos multiresistentes em um paciente hos- do 7482 pacientes-dia e 1280 neutropenias-dia. A densidade de
pitalizado representa aumento do período de hospitalização, da incidência de infecções/neutropenia dia x1000 foi de 66,0. Foram
morbimortalidade e dos custos hospitalares. A equipe que presta identificados 84 episódios infecciosos – 51 (61%) neutropenia fe-
assistência ao paciente deve ter a informação facilmente disponí- bril sem foco, 14 (17%) infecção de corrente sanguinea (ICS; 12
vel sobre a colonização ou infecção causada por estes microrga- com CVC), 7 (8%) pneumonia, 6 (7%) infecção do trato urinario
nismos. Objetivos: disponibilizar a informação para a equipe que (ITU), 4 (5%) infecção do trato gastro-intestinal, 2 (2%) infecções
presta assistência ao paciente sobre sua colonização ou infecção de pele e partes moles. A taxa de ICS associada a cateter/CVC-dia
causada por microrganismos epidemiologicamente importantes. x 1000 foi de 2,6, e os agentes isolados foram : 4 Acinetobacter
Métodos: as bactérias consideradas epidemiologicamente im- baumanii (resistente a carbapenêmico), 2 ,Staphylococcus aureus
portantes no Hospital Nove de Julho são representadas por cores meticilino-resistente (MRSA), 1 Candida parapsilosis, 1Candida
distribuídas da seguinte forma: cor verde para Acinetobacter bau- krusei , 1 Staphylococcus coagulase negativo, 1 Escherichia coli e
mnii, vermelho para Pseudomonas aeruginosa, rosa para Entero- 1 Klebsiella pneumoniae e 1 Enterobacter aerogenes. Os agentes
coccussppresistenteàVancomicinaeazulparabactériasgramne- identificados nas demais infecções foram: ICS sem CVC - 2 Esche-
gativas produtoras de carbapenemases. Foi construído um mapa richia coli; ITU – 3 C.albicans, 1 Stenotrophomonas maltophilia, 1
em planilha Excell que mostra todos os leitos do hospital divididos Enterococcus faecium (resistente a vancomicina) e 1 Escherichia
pelos andares e também os leitos das UTI. Quando o paciente do coli. Conclusão: A densidade de incidência de infecções/neutrope-
leitoestácolonizadopelasbactériasdescritasacima,omapaépin- nia-dia foi semelhante aos resultados encontrados na literatura. A
tado conforme a bactéria que o coloniza ou o infecta, ficando dis- taxa de ICS associada a cateter foi menor do que as descritas em
ponível na intranet do hospital, de fácil consulta dos profissionais outros estudos, provavelmente devido às condições de assistência
desaúde.Resultados:omapacomeçouaserdivulgadonaintranet à saúde. Os quatro episódios de ICS por Acinetobacter resistente a
em fevereiro de 2010, e foi apontado como um dos pontos fortes carbapênemico ocorreram em um mesmo período, durante surto
no processo da avaliação da Acreditação Canadense ocorrida em na unidade. O perfil dos agentes isolados, incluindo MRSA e Can-
marçode2010.Conclusão:adisponibilizaçãoemtemporealdain- didanão-albicansemcorrentesanguínea,refletemagravidadeeo
formação a ocorrência de bactérias multiresistentes é importante perfil epidemiológico destes pacientes, submetidos a tratamentos
para que os profissionais fiquem alertas aos cuidados de precau- múltiplos e inter-institucionais.
ções de contato e os profissionais do SCIH tem maior facilidade
emobservaraeventualdisseminaçãodestasbactériasnaunidade. Palavras-chaves: infecção hospitalar, neutropenia febril, onco-he-
matológico
Palavras-chaves: bactéria multirresistente, colonização, infecção

P139 P140
AVALIAÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CRANIOTOMIA: IN-
INFECÇÕES HOSPITALARES EM PACIENTES COM NEUTROPE- CIDÊNCIA, EVOLUÇÃO E FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO DE
NIA EM UMA UNIDADE ONCO-HEMATOLÓGICA. SÍTIO CIRÚRGICO.
Autor(es): Karim Yaqub Ibrahim, Fernando Pereira Malgueiro, Cil- Autor(es): ANGELA FIGUEIREDO SOLA, CARLA MORALES GUERRA,
mara Polido Garcia, Patrícia Pinheiro Gutierrez, Ligia Camera Pier- EDUARDO ALEXANDRINO SÉVOLO DE MEDEIROS
rotti, Marcelo Bellesso, Maristela Pinheiro Freire, Juliana Pereira,
Dalton de Alencar Fischer Chamone, Edson Abdala Instituição(ões): 1. UNIFESP, Universidade Federal de São Paulo
Instituição(ões): 1. ICESP, Instituto do Câncer do Estado de São Resumo:
Paulo Introdução: A infecção de sítio cirúrgico (ISC) é uma das mais te-
midas complicações de uma cirurgia. A incidência de ISC em neu-
Resumo: rocirurgia é baixa, mas as conseqüências podem ser desastrosas
Introdução: Pacientes onco-hematológicos internados são parti- devido à morbidade e a mortalidade. Poucos estudos nacionais
cularmente suscetíveis a infecções, especialmente nos períodos têm abordado este problema. Objetivo: Determinar a incidência
de neutropenia. A coleta sistemática de dados em neutropêni- deISCeanalisarosfatoresderiscoparaodesenvolvimentodessas
cos subsidia planejamento, implementação e avaliação das práti- infecções em pacientes submetidos à craniotomia. Analisar o im-
cas de saúde. Objetivo: Quantificar a incidência e a distribuição pacto dessas infecções na mortalidade e no tempo de internação.
das infecções ocorridas na vigência de neutropenia em pacien- Método: Estudo tipo coorte retrospectivo, realizado no Hospital
tes onco-hematológicos internados. Método: Foram avaliados Terciário Público em Diadema - SP. Foram incluídos no estudo to-

170
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
dos os pacientes submetidos a craniotomia consecutivas no perí- tógico e imunização completa anual dos animais; higienização das
odo de 01 de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2007. Todos mãos dos condutores, higienização dos animais, proteção com
os diagnósticos de infecção seguiram a definição do Centers for lençol do local ocupado pelo animal e troca do lençol a cada pa-
Disease Control and Prevention. Resultados: Foram realizadas 352 ciente,aproximação do condutor e o animal pelo lado oposto á re-
craniotomias. A idade média dos pacientes foi de 46,24 anos. O gião do corpo com curativo, acesso venoso ou dreno, desinfecção
diagnóstico de entrada mais freqüente foi o trauma crânio ence- das superfícies que tiveram contato com o animal com álcool 70%,
fálico 101 (28,7%). No período do estudo ocorreram 46 (13,1%) condutas com pacientes em pós-operatório imediato, alérgicos,
ISC, sendo 23 (50%) ISC superficial e 23 (50%) ISC de órgão e es- imunodeprimidos ou internados em isolamento; recomendações
paços. O tempo médio de internação dos pacientes com infecção à equipe de saúde para evitar o contato do paciente com saliva,
foi de 58,26 dias (3 a 187 dias) em comparação aos pacientes que fezes ou urina dos animais, evitar o contato do animal com fluidos
não apresentaram infecção o tempo médio de internação foi de orgânicos dos pacientes, higienização das mãos e condutas após a
16,07 dias (zero a 122 dias). Avaliando os agentes etiológicos en- ocorrência de incidentes que causam lesões nos pacientes e pro-
contramos predomínio de bactérias Gram-negativas 34 (72,4%), fissionais. Em anexo consta um quadro de zoonoses com respecti-
destaque para Acinetobacter baumannii 11 (37,9%). Após a aná- vos agentes e o calendário vacinal de cães e gatos, além de outras
lise multivariada, os fatores independentemente relacionados recomendações. Conclusões: a implantação do protocolo fortale-
à incidência de infecções foram: necessidade de re-operação ceu a adesão às medidas de controle de infecções relacionadas ás
(OR=13,22; IC95%=5,61-31,16; p<0,0001) e a presença de deriva- zoonosesetransmissãocruzadademicrorganismosentreanimais,
ção ventricular externa (OR=5,61; IC95%=2,21 -14,22; p<0,0001). pacientes e equipe de saúde, tornando mais seguro a presença
A mortalidade nos pacientes com ISC de órgão e espaços foi de dos animais no ambiente hospitalar.
78,3%. Conclusões: Encontramos uma taxa elevada de ISC, prin-
cipalmente causada por bactérias Gram-negativas. A utilização de Palavras-chaves: Controle de infecção, Asssitência assistida por
derivação ventricular externa e a re-operação foram os principais animais, pediatria, Pet terapia
fatores de risco encontrados. Encontramos relação com aumento
de mortalidade nos pacientes que desenvolveram ISC de órgão e
espaços e a ocorrência de ISC teve um impacto importante no au-
mento do tempo de internação dos pacientes. P142
IDENTIFICAÇÃO ETIOLÓGICA E ESTRATÉGIAS PARA PRE-
Palavras-chaves: Infecção de sítio cirúrgico, Neurocirurgia, Fatores VENÇÃO DAS INFECÇÕES HOSPITALARES POR VIRUS RES-
de risco, Incidência
PIRATÓRIOS EM UNIDADE PEDIÁTRICA

Autor(es): NANCI CRISTIANO SANTOS, ISA RODRIGUES SILVEIRA,


P141 ANA CRISTINA BALSAMO, VALÉRIA C. CASSETTARI, FÁBIO FRANCO
PROTOCOLO PARA CONTROLE DE INFECÇÃO EM ASSISTÊNCIA
AUXILIADA POR ANIMAIS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNI- Instituição(ões): 1. HU-USP, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVER-
VERSIDADE DE SÃO PAULO SIDADE DE SÃO PAULO

Autor(es): ISA RODRIGUES SILVEIRA, NANCI CRISTIANO SANTOS, Resumo:


DANIELA RIBEIRO LINHARES, ANA CRISTINA BALSAMO, FÁBIO INTRODUÇÃO: Os vírus respiratórios são responsáveis por grande
FRANCO parte das infecções respiratórias em crianças menores de cinco
anos no período outono-inverno, gerando elevação das taxas de
Instituição(ões): 1. HU-USP, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVER- internação.O curto período de incubação e efetiva transmissão
SIDADE DE SÃO PAULO são alguns dos fatores que contribuem para os casos de infecção
relacionada à assistência à saúde (IRAS). OBJETIVO: verificar a
Resumo: etiologia das infecções respiratórias hospitalares por vírus respira-
Introdução: Estudos sobre atividades desenvolvidas com animais tórios na clínica pediátrica, no período de janeiro a dezembro de
mostram benefícios nos aspectos físico, emocional, social e cog- 2009 e relatar as medidas preventivas instituídas. MÉTODO: estu-
nitivos dos pacientes. A presença dos animais na Instituição Hos- do descritivo, retrospectivo, onde foram analisados os resultados
pitalar exige uma cuidadosa avaliação dos riscos de transmissão das pesquisas de vírus respiratórios realizados pelo método imu-
de zoonoses para os pacientes e da possibilidade dos animais se nofluorescênciaindiretaemsecreçõesdenasofaríngeadoslacten-
contaminarem com microrganismos provenientes dos pacientes tes, pré-escolares e escolares internados na clínica. RESULTADOS:
(Staphylococcus aureus resistente à meticilina). Até o momento, foram 82 IRAS, sendo 35 infecções respiratórias. Desse total,15
não existem recomendações de instituições governamentais bra- IRAS por vírus respiratórios. O parainfluenza 3 foi responsável por
sileiras sobre a presença de animais nos hospitais que envolva a 33%, seguido do Vírus Respiratório Sincicial (VRS) 25% e Adenovi-
adoção de medidas de segurança para pacientes, profissionais da rus20%.AsinfecçõescausadasporInfluenzaAeporParainfluenza
saúde, condutores e seus animais. Objetivo: Estabelecer normas 1 representaram 7% cada e houve 1 caso de H1N1 (7%), identifi-
e rotinas de segurança visando minimizar o risco de transmissão cado por outro método. Estabeleu-se como medidas preventivas
de zoonoses e microrganismos multiresistentes. Método: revisão para os pacientes admitidos com bronquiolite: pesquisa para vírus
da legislação nacional e da literatura científica por uma comissão respiratórios (Adenovírus,Parainfluenza 1,2, e 3, Influenza A e B
composta pela enfermeira da Comissão de Controle de Infecção e VRS) e coorte para Precauções de Contato, visto que o grande
Hospitalar,enfermeira chefe da Pediatria e atécnica de apoio edu- número de internações nesse período inviabiliza o isolamento
cativo. Resultados: No protocolo foram estabelecidas as seguintes em quartos privativos. Após a liberação dos resultados, ocorre o
recomendações: exames anuais de fezes, tratamento anti-parasi- remanejamento dos pacientes que estão em coorte para quar-

171
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
tos privativos no caso de Precauções por gotículas; identificação fepima, imipenen e meropenen. Os Gram positivos eram sensíveis
no leito e/ou na porta do quarto e coorte (enfermarias) o tipo a gentamicina e vancomicina,sendo que a maioria apresentou re-
de precauções; informações sobre os vírus quanto ao modo de sistência a oxacilina e ampicilina.Dos 16 Gram negativos isolados
transmissão e medidas preventivas descritas em “folder” para os na UTIP,9 eram sensíveis à amicacina, ciprofloxacina, gentamicina
acompanhantes e familiares dos pacientes, treinamento dos pro- e cefepima e 12 à imipenem e apenas 2 resistentes às cefalospori-
fissionaisdeenfermagemrealizadospelaComissãodeControlede nas de terceira geração e aos carbapêmicos. CONCLUSÃO: Apesar
Infecção Hospitalar com divulgação das taxas, agentes etiológicos da reduzida casuística a meta da Comissão de Controle de IH é uti-
e medidas preventivas;recreação dos pacientes no próprio leito lizaressesresultadosparaimplementarestratégiasquefavoreçam
ou quarto com brinquedos exclusivos e laváveis. CONCLUSÃO: a a adesão as medidas preventivas visando a redução das IH.
identificação da etiologia das infecções virais respiratórias de for-
ma precoce, possibilitou darmos o primeiro passo para o reconhe- Palavras-chaves:IRAS,UnidadedeTerapiaIntensivaNeonatal,Uni-
cimento das IRAS, favorecendo a adoção de estratégias exclusivas dade de Terapia Intensiva Pediátrica
para essa problemática.

Palavras-chaves: IRAS, Precauções Respiratórias, Vírus respirató-


rios P144
IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE BOAS PRÁTICAS NA REDUÇÃO
DASTAXASDEINFECÇÃODECORRENTESANGUÍNEARELACIONA-
DA A CATETER VENOSO CENTRAL

P143 Autor(es): LETICIA CALICCHIO, CAMILA NICKEL, DIEGO JESUS, CEL-


ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES RELACIONADAS SO AMARAL, EDUARDO MEDEIROS
À ASSISTÊNCIA A SAÚDE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSI-
VA NEONATAL E PEDIÁTRICA Instituição(ões): 1. HUSH, Hospital Unimed Santa Helena

Autor(es): IiSA Rodrigues da Silveira, Ana Cristina Balsamo, Valéria Resumo:


Cassetari Chiarato, Fábio Franco, Nanci Cristiano Santos Introdução: No final de 2008, o Hospital Unimed Santa Helena
(HUSH), que faz parte da Campanha “5 milhões de vidas”, optou
Instituição(ões): 1. HU-USP, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVER- em gerenciar o risco de infecção de corrente sanguínea(ICS) rela-
SIDADE DE SÃO PAULO cionado a cateter venoso central(CVC) através da implantação de
um protocolo de medidas de boas práticas denominado bundle de
Resumo: prevenção de ICS em CVC em todos os setores de HUSH.Objetivo:
INTRODUÇÃO: A observação sistemática das infecções hospitala- Avaliar a adesão ao bundle de prevenção ICS e seu impacto nas
res (IH) é uma ferramenta prioritária para o direcionamento das taxas de ICS relacionada ao CVC no HUSH. Metodologia: Trata-se
medidas preventivas. OBJETIVO: Contribuir para o planejamento de um estudo tipo coorte retrospectivo que avaliou a adesão ao
das intervenções com a análise das IH. MÉTODOS: Estudo descriti- protocolo de boas práticas de prevenção ICS relacionado ao CVC
vo e retrospectivo, realizado a partir da vigilância ativa na Unidade implantado em 2009. A pesquisa foi desenvolvida em um hospital
de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) com 6 leitos e na Unidade de privado de grande porte localizado na cidade de São Paulo que
Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) com 10 leitos. O período estu- possui 244 leitos tendo em média atendimento mensal de 8.000 a
dado foi 2008 e 2009.A definição de casos seguiu os critérios do 8.500 pacientes e cerca de 1.400 internações/mês. A amostragem
CentrodeControledeDoençaseosnacionaisdaAgênciaNacional foi composta de todos os impressos abertos nos pacientes subme-
de Vigilância Sanitária. RESULTADOS: Identificaram-se 242 IH (99 tidos a implantação do CVC no ano de 2009. A coleta foi realizada
na UTIN e 143 na UTIP). A principal topografia na UTIN foi Infecção por meio de revisão dos impressos preenchidos durante o ano de
Primária da Corrente Sanguínea IPCS)–sepse clínica (19%),seguida 2009, que foram arquivados no serviço de controle de infecção
de IPCS com confirmação microbiológica (17%) e as taxas de den- hospitalar(SCIH).Osdadosforamanalisadosdeacordocomoscri-
sidade de incidência de uso de cateter foram: 2008 (zero) e 2009 térios diagnósticos recomendados pelos guidelines para ICS. Tam-
(5,43).Na UTIP, a topografia prevalente foi pneumonia, 39% e as bém foram comparadas as taxas de infecção do ano de 2008 que
taxas de densidade de incidência de Pneumonia Associada à Ven- antecedeseuperíodoimplantação.Resultados:Noperíododoes-
tilação Mecânica em 2008 e 2009 foram 16,50 e 21,41, respectiva- tudo entre janeiro e dezembro de 2009 foram implantados 1.854
mente. Quanto à etiologia, na UTIN 28 IH tiveram o agente isolado CVC com uma média de 154 CVC / mês. A média de impressos
e 71 sem etiologia identificada.Na UTIP,detectou-se o agente em abertos neste período foi de 64%. Dos cinco componentes relacio-
40 IH e 103 sem identificação.Os materiais com maior freqüência nados ao cuidado com CVC, avaliados no impresso, mensuramos a
de identificação do agente na UTIN foi o sangue (54%) e na UTIP adesão a cada componente com objetivo de focar as ações de me-
foi urina (28%). Isolou-se 12 diferentes agentes na UTIN. Os pre- lhoria por componente. A média de adesão de cada componente
valentes foram: Escherichia coli, Candida albicans e parapsilosis, do bundle foi: escovação adequada das mãos (81%), precauções
Enterobacter cloacae, Staphylococcus aureus, Dnase negativa e máximas de barreira (88%), anti-sepsia da pele com clorexidina
os epidermidis. A UTIP obteve 22 diferentes agentes, os mais im- (76%), escolha do sítio de inserção (66%) e reavaliação diária do
portantes foram Staphylococcus aureus e Candida albicans. Vale local de inserção (60%). A taxa média de ICS relacionada à CVC
destacar os vírus identificados por imunofluorescência em swab em 2009 foi de 4,2 por 1000 CVC dia comparada com 6,4 de 2008.
orotraqueal (Adenovírus, Influenza H1N1 e Vírus Sincicial Respira- Conclusão: Concluímos que a implantação de um pacote de me-
tório, representando 3% dos isolados. Constatou-se que na UTIN didas de prevenção (bundle) aliado a adoção de estratégias com
os 11 Gram negativos eram sensíveis a amicacina, cefotaxima, ce- foco na adesão a estas práticas, têm impacto positivo na redução
das taxas de infecção e na melhoria dos processos assistenciais.

172
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Palavras-chaves: Infecção de corrente sanguinea, protocolo de por um maior número de ICS comparado à média de IH geral. Ape-
boas práticas, adesão sar da redução da taxa de IH geral e ICS nestes dois últimos anos,
o hospital e particularmente a unidade de internação do estudo,
necessitam desenvolver programas de treinamento, padronização
de normas, rotinas e procedimentos para chegar a uma taxa de
P145 infecção ideal. Acreditamos que assim poderemos reduzir ainda
PERFIL DAS INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA EM UNIDADE mais a incidência de infecções e contribuir com alternativas efica-
DE TRATAMENTO HEMATOLÓGICO zes para o combate a infecção hospitalar.

Autor(es): Mona Lisa Menezes Bruno1,2,3, Socorro Milena Rocha Palavras-chaves: INFECÇÃO CORRENTE SANGUÍNEA, INFECÇÃO
Vasconcelos1,2, Andreia Farias Gomes1,2, Andreia Morais Fernan- HOSPITALAR, HEMATOLOGIA
des Loiola1,4,2, Germana Perdigão Amaral1,2, Ana Paula Dona-
di1,6,7, Rita Paiva Pereira Honório1,2

Instituição(ões): P146
1. HUWC, Hospital Universitário Walter Cantídio COMPARAÇÃO DA VIGILÂNCIA POS ALTA (VPA) COM VIGILÂNCIA
2. UFC, Universidade Federal do Ceará ATIVA PARA IDENTIFICAÇÃO DAS INFECÇÕES EM CIRURGIAS LIM-
3. FATE, Faculdade Ateneu PAS
4. UNIFOR, Universidade de Fortaleza
5. UNICAMP, Universidade Estadual de Campinas Autor(es): Mauro José Costa Salles, Maysa Harumi Yano, Bianca
6. FEF, Fundação Educacional de Fernandópolis Maria Maglia Orlandi, Iolanda Lopes de Souza Santana, Anderson
7. UECE, Universidade Estadual do Ceará Garcia D´Ingianni

Resumo: Instituição(ões): 1. HSI, Hospital Santa Isabel


Estudos mostram que as infecções de corrente sanguínea(ICS)são
multifatoriais e uma das principais complicações as quais estão Resumo:
sujeitos os pacientes internados que utilizam dispositivos de in- Introdução: As infecções de sitio cirúrgico (ISC) são o segundo tipo
fusão venosa central ou periférica. São causa de morbimortalida- de evento adverso mais comum em pacientes hospitalizados e es-
de hospitalar,responsáveis por estados graves de saúde. O uso de tãorelacionadascomaumentodemorbidadeemortalidade,taxas
cateteres venosos(CV)é freqüente tendo em vista as intervenções de reinternação, tempo de permanência e custo por paciente. Em
terapêuticas complexas, especialmente, em pacientes portadores média, 47% das ISC são identificadas após a alta. Por esta razão, os
de distúrbios hematológicos, patologias que requerem medidas índices de ISC obtidos apenas pela vigilância de pacientes interna-
de tratamento prolongado. A implantação dos CV impõe risco ao dos não reflete a real ocorrência de infecção. O método para ras-
paciente sendo a infecção o mais preocupante e a principal com- treamento das infecções hospitalares relacionadas ao sítio cirúrgi-
plicação relacionada ao seu uso. Além da correta colocação, não co após aaltahospitalar éconsiderado de grande importância, em
são menos importantes a segurança e eficiência na sua manipu- especial em procedimentos os quais o período de internação pós
lação. As ICS podem representar interrupção ou atraso no trata- operatório é curto. Objetivo: Relatar as infecções cirúrgicas rela-
mento, elevação dos custos e necessidade de condutas específicas cionadas às cirurgias limpas após a alta e comparar com a vigilân-
para a solução dos agravos. Com o presente estudo objetivamos cia ativa intra hospitalar. Materiais e métodos: Estudo prospectivo
analisar a taxa de infecção de corrente sanguínea e determinar a descritivo,realizadodejaneiroaabrilde2010emumhospitalpar-
incidência dos agentes etiológicos das mesmas, em unidade de ticular de São Paulo. Após a alta foram realizadas busca e seleção
internação destinada à pacientes hematológicos. Estudo retros- das cirurgias limpas de plástica e ortopedia. Estabeleceu-se como
pectivo, descritivo, com abordagem quantitativa realizado na uni- critério de ISC, a presença de sinal local associado a sintoma sis-
dade de internação I do Hospital Walter Cantídio da Universida- têmico de infecção. Foram realizados contatos telefônicos entre
de Federal do Ceará. Os dados foram coletados nos prontuários 30 dias e 1 ano após a alta de pacientes para cirurgias sem e com
dos 331 pacientes internados na unidade no período de Janeiro colocação de material de síntese, respectivamente, e foram pre-
a Dezembro de 2009 e em registro documentado da Comissão de enchidos questionários comvariáveisdemográficaserelacionadas
Infecção Hospitalar da referida instituição. A análise dos dados à infecção. Para a análise estatística foi utilizado o teste exato de
deu-se mediante a categorização dos achados e apoio de sistema Fischer (p < 0.05). Resultados: Durante o período de estudo fo-
de informatização, os resultados foram apresentados em gráfi- ram realizados 439 procedimentos cirúrgicos limpos, destes 265
cos e tabelas. Após análise dos dados identificamos que das 55 foram cirurgias plásticas e ortopédicas onde foi possível o contato
ocorrências de infecção hospitalar (IH) registradas na unidade 32 telefônico em 161 (60,75%) procedimentos. Foram identificadas
(58,18%) dos casos foram de ICS, taxa anual média de 9,7%, e que na vigilância pós alta 54,5% das ISC (p < 0,001). Das 11 ISC, 6 casos
as duas maiores incidências de patógenos foram 11(34,4%) infec- (3,72%) foram identificados pela VPA e 5 na reinternação e vigilân-
ções por K.pneumoniae e 8(25%) por S.aureus. Neste período a cia ativa, representando uma taxa de infecção em cirurgia limpa
taxa de IH da instituição foi de 6,3%. Segundo estudo realizado no de 1,14%. Ao contrário do que muitos estudos mostram, na rein-
mesmo local em 2007, a taxa de ICS da instituição foi de 26,6% e ternação apenas 1 infecção atingiu órgãos e cavidades e 4 foram
a IH foi de 8,2%. Os patógenos de maior incidência de IH foram incisionais e profundas. Somando a VPA com a busca ativa, 81,8%
a K.pneumoniae (22%) e o S. Aureus (20%). Comparando os da- foraminfecçõesortopédicaseasrestantesforamdecirurgiasplás-
dos de 2007 com os encontrados neste estudo podemos inferir ticas. Dentre os agentes identificados dos casos de reinternação,
que a taxa de ICS da unidade encontra-se bem abaixo da taxa do estavam o Acinetobacter baumanni, Pseudomonas aeruginosa e
hospital no referido ano. Ao analisar a incidência dos patógenos Enterococcus sp. Observou-se também que 17,39% dos pacientes
verificamos que a K.pneumoniae e o S. Aureus são responsáveis estavam em uso de antibiótico após a alta, não orientados pelo

173
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. Conclusão: Do total de
infecções cirúrgicas identificadas no período de estudo, 54,5% fo-
P148
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS COMISSÕES DE CONTROLE DE
ram por meio da vigilância pós a alta. O contato telefônico é uma INFECÇÃO (CCIH) DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA 2009
alternativaparaaVPA,entretantocadainstituiçãodeveseadaptar
a metodologia visando garantir a qualidade do dado obtido. Autor(es): Zilah Cândida Pereira das Neves, Sergiane Bisinoto Al-
ves, Elisangela Euripedes Resende, Gleide Mara Carneiro Tipple,
Palavras-chaves: Vigilância epidemiológica, Infecção Hospitalar, Sueli Lemes Ávila Alves, Fátima Maria Machado, Deybson Augusto
Infecção Cirúrgica dos Santos, Ludemila Cunha, Karla Andrade de Oliveira, Azisa Ma-
ria Cintra de Araújo

P147 Instituição(ões):1. VISA/DPCISS, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAU-


PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO POR ACINETOBACTER BAUMAN- DE/ VIGILANCIA SANITARIA
NII MULTIRESISTENTE EM ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE DE
GOIÂNIA Resumo:
Introdução: Conforme a portaria 2616/98 e lei 9431/97 as insti-
Autor(es): Zilah Cândida Pereira das Neves, Elisangela Euripedes tuições de saúde devem estruturar Comissões de Controle de In-
Resende, Sergiane Bisinoto Alves, Gleide Mara Carneiro Tipple, fecção Hospitalar. A vigilância sanitária de Goiânia (VISA) por meio
Sueli Lemes Ávila Alves, Fátima Maria Machado, Deybson Augusto da Divisão de Prevenção e Controle de Infecção em Serviços de
dos Santos, Ludemila Cunha, Karla Andrade de Oliveira, Azisa Ma- Saúde(DPCISS)temexigidodasinstituiçõesocumprimentodestas
ria Cintra de Araújo legislações visto que a vigilância deve trabalhar com a diminuição
oueliminaçãodoriscosanitário.Diantedisto,foisolicitadoatodos
os Estabelecimentos de Saúde de Goiânia (n = 103) que envias-
Instituição(ões): 1. VISA/DPCISS, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAUDE
sem à divisão de prevenção de controle de infecção da VISA a ata
de nomeação de CCIH, regimento interno, programa de controle
Resumo: de infecção hospitalar (PCIH), ata de reuniões e indicadores de in-
Introdução: A quebra das rotinas e técnicas, utilização de produ- fecção, de acordo com cronograma trimestral.Objetivo: Analisar o
tos com padrão de qualidade questionável e introdução de novas perfil epidemiológico das Comissões de Controle de Infecção do
tecnologias estão associados a ocorrência de casos de infecção. O municípiodeGoiânianoanode2009.Metodologia:Estudodescri-
controle do aumento de casos de infecções demanda ações rápi- tivo, transversal, realizado nos arquivos enviados pelos hospitais à
das ebemdirecionadas, com finalidade de reduzir agravidade dos Divisão de Controle de Infecção do Município de Goiânia no ano
casoseonúmerodepessoasafetadas.EmGoiâniavisandoreduzir de 2009. Os dados foram registrados em check list e analisados
o surgimento e disseminação da resistência microbiana, a Vigilân- por meio de estatística descritiva.Resultados: Dos 103 estabele-
cia Sanitária de Goiânia tornou obrigatório a notificação de casos cimentos, apenas 25,24% (n = 26) enviaram Ata de Nomeação de
de microrganismos multiresistentes (MR).O presente estudo teve CCIH; 7,76% (n = 08) enviaram regimento interno; 41,74 % (n =
como objetivo identificar casos de Acinetobacter baumannii mul- 43) enviaram o PCIH do ano de 2009; 48,54 % (n = 50) enviaram
tirresistentes nos estabelecimentos de saúde.Metodologia: Estu- atas das reuniões da CCIH. Apenas 27,18% das instituições envia-
do descrito, transversal realizado por meio do banco de dados da ram os indicadores de infecção de todos os trimestres de 2009 e
Divisão de Prevenção e Controle de Infecção em Serviços de Saú- 32,02% das instituições não enviaram os indicadores de Infecção
de - DPCISS/VISA/SMS a partir das notificações de Acinetobacter Hospitalardoanode2009.Percebemosqueapesarde27,18%das
baumannii e adoção de medidas de controle utilizadas pelos Esta- instituições terem enviados os indicadores de IH, nem sempre os
belecimentos de Saúde no período de março de 2009 a maio de mesmos condizem com a realidade, apresentando taxas de IH de
2010. Para definição dos casos adotamos como critérios pacientes zero (0%), erros de cálculos, falhas ou falta de vigilância epidemio-
com cultura positiva para Acinetobacter baumannii á dois ou mais lógicadasinfecções.EmboraosPCIHtenhasidoenviadOaDPCISS,
antimicrobianos de classes diferentes (conforme os critérios da em visitas técnicas realizadas aos EAS evidenciamos que faltam
CLSI),quemanifestaramsinaisdeprocessosinfeccioso,internados evidencias e registros que comprovem a sua implementação. Con-
nos hospitais de Goiânia no período.Resultados: Foram notifica- clusão: Verificamos que a maioria dos estabelecimentos de saúde
dos 178 casos de Acinetobacter baumannii MR por 13 instituições deGoiânianãoapresentounoanode2009dadosquecomprovem
hospitalares. Dos 178 casos de infecção 9 pacientes apresentaram que as CCIH são atuantes. Salientamos ainda que a preocupação
2 ou mais casos de infecção em diferentes topografias totalizan- com o controle de infecção por parte dos serviços é incipiente e os
do 196 casos. Prevaleceu as infecções de corrente sangüínea com profissionais têm pouco conhecimento sobre o assunto. Eviden-
31,1%eFeridaoperatóriacom26,5%.Conclusão:Asmedidasado- ciamos a necessidade de promoção de ações que estimulem os
tadas pelos Hospitais em conjunto com as orientações para con- profissionais a preocuparem com o controle de infecção.
tençãodegermesMRrealizadopelaDPCISSsemostrarameficazes
com redução ou ausência dos casos, exceto 2 estabelecimentos
Palavras-chaves: CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR, EPIDE-
em que as taxas de infecção ocilaram. Ressaltamos a importância
MIOLOGIA, VIGILANCIA SANITARIA
deasseguraraadoçãodemedidasdeprecauçõesparainterrupção
da transmissão dos germes MR.

Palavras-chaves: Infecção hospitalar, Acinetobacter baumannii,


Controle de infecção

174
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P149 Autor(es): Fabiana Siroma, Adriana Pires dos Santos, Aline Ferreira
PERSPECTIVA DE ENFERMAGEM NO CONTROLE DA INFECÇÃO de Melo, Evelin Amaral Ramos, Najara Maria Procópio Andrade
HOSPITALAR EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Instituição(ões): 1. HGIS, Hospital Geral de Itapecerica da Serra
Autor(es): LILIAN FIGUEIRÔA DE ASSIS, SÂMIA MIRELLY ALEXAN-
DRE DE ASSIS MARQUES, KENNIA SIBELLY MARQUES DE ABRAN- Resumo:
TES, GEOFABIO SUCUPIRA CASIMIRO, HERMERSON NATHANAEL Introdução: S.paucimobilis é um bacilo gram negativo não fer-
LOPESDEALMEIDA,MAGALYSUÊNYADEALMEIDAPINTO,MARIA- mentador (BGNNF), pouco descrito como causador de infecção.
NA QUEIROGA BARBOSA A literatura mostra surtos de infecção hospitalar causado por este
patógeno em unidades de hemato-oncológicos e terapia intensiva
Instituição(ões): 1. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA (UTI) e relacionados à contaminação de água e, está implicado em
GRANDE vários sítios de infecção. Objetivo: descrever 3 casos de infecção
nosocomial causado por S. paucimobilis ocorridos no Hospital Ge-
ral de Itapecerica da Serra entre fevereiro de 2009 e abril de 2010.
Resumo:
Descrição: Caso 1: THM, feminina, 16 anos, antecedente de inges-
INTRODUÇÃO: Estudos apontam as infecções hospitalares como
tão de soda cáustica há 2 anos, em alimentação enteral exclusiva
as mais freqüentes complicações do tratamento em Unidade de
por jejunostomia. Internou por dispnéia e estridor respiratório
Terapia Intensiva – UTI. A enfermagem tem o maior contato com o
causado por estenose de traquéia e desnutrição protéico-calóri-
cliente e por isso a conscientização destes para a prática de medi-
ca. Realizou traqueostomia durante a internação e adequação da
dasdecontroleeprevençãodeinfecçãohospitalaréextremamen-
dieta. No 8° dia pós operatório evoluiu com infecção de corren-
tefundamentalparaumaassistênciadequalidadeàsaúde.OBJETI-
te sanguínea (ICS) por S. paucimobilis, tratada com piperacilina-
VOS: Neste contexto, objetivou-se identificar os principais fatores
tazobactam por 14 dias, com boa evolução clínica. Caso 2: DAP,
de risco para o surgimento de infecções hospitalares e descrever
masculino, 20 anos, internado por traumatismo crânio-encefálico
os aspectos e as medidas consideradas relevantes na assistência
grave após acidente de moto. Durante internação em UTI foi sub-
de enfermagem em uma UTI. MÉTODOS: Foi efetuado a partir de
metida à ventilação mecânica (VM) e passagem de cateter venoso
umainvestigaçãodecaráterexploratório,comabordagemqualita-
central (CVC). Após 6 dias de internação evoluiu com ICS por S.
tiva,sendoestapesquisadesenvolvidanaUTIdoHospitalRegional
paucimobilis, tratado com piperacilina-tazobactam, porém pa-
de Sousa – PB, a coleta de dados foi realizada por meio de um
ciente evoluiu para morte encefálica e óbito antes do término do
questionário subjetivo, no mês de junho de 2009 e a amostra foi
tratamento. Caso 3: DMC, masculino, 5 meses de idade, internado
composta por 4 enfermeiros e 5 técnicos de enfermagem, a parti-
no 3° dia de vida, portador de encefalopatia crônica não evolutiva
cipação voluntária na pesquisa atendeu os requisitos da resolução
pósasfixianeonatal,dependentedeVMporBIPAP(VNI).Apresen-
nº. 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. As respostas foram
tou quadro de ICS por S. paucimobilis tratada com meropenem
categorizadas e analisadas utilizando-se o método de Análise de
por 14 dias com boa evolução clínica. Discussão: Os episódios de
Conteúdo, proposta por Bardin (1977). RESULTADOS: Constatou-
infecções ocorridos foram esporádicos, não relacionados tempo-
se que os procedimentos invasivos como fatores de risco para as
ralmente. Os casos notificados foram de ICS nosocomial, sendo 2
infecções hospitalares foram mencionados por todos os sujeitos,
associados a CVC, condizentes com Cheon et al. (2008) em que
os participantes demonstraram conhecer bem os fatores de risco
quase 70% dos casos de infecção hospitalar por S. paucimobilis
extrínsecos,porémnãorelataramemseusdepoimentososfatores
foramprimáriosdecorrentesanguínea.ApesardesetratardeBG-
intrínsecos,aqueles fatoresinerentesaocliente,alémdisso perce-
NNF, a virulência é menor do que os outros patógenos do mesmo
bemos a preocupação de adotar medidas de rotina para a preven-
grupo; de fato 2 pacientes evoluíram para cura da infecção e ou-
ção das infecções hospitalares, bem como do trabalho em equipe,
tro foi a óbito por outras causas. Conclusão: Na nossa instituição
os profissionais sabem da importância de desenvolver adequada-
as infecções por S. paucimobilis foram consideradas nosocomiais
mente as técnicas assépticas embora reconheçam a existência de
e associados ao CVC em sua maioria. Apesar da baixa virulência
algumasfalhasdevidoàcarênciaderecursoshumanosemateriais,
quando comparados a outros BGNNF, este patógeno não deve ser
eainda,demonstraramcontradiçõesquantoàfunçãodaComissão
esquecido especialmente no contexto de pacientes com diversos
de Controle de Infecção Hospitalar na instituição.CONCLUSÃO: A
dispositivos invasivos.
equipe de enfermagem reconhece os desafios e tais dificuldades
não devem constituir-se em fatos impeditivos, mas sim estimular
a busca de caminhos alternativos que avancem na perspectiva do Palavras-chaves: Sphingomonas paucimobilis, infecção hospitalar,
controle das infecções hospitalares. Por fim, esperamos que esta cateter venoso central
pesquisa contribua para uma reflexão não só dos profissionais de
enfermagem, mas da equipe de saúde, a fim de conscientizar tais
profissionais da importância das medidas de prevenção e controle P151
da contaminação do ambiente hospitalar. PANDEMIA DE INFLUENZA A H1N1: EXPERIÊNCIA DE UMA EQUI-
PE MULTIDISCIPLINAR PARA O ATENDIMENTO E MANEJO DOS
Palavras-chaves: Enfermagem, Infecção Hospitalar, UTI CASOS SUSPEITOS ATENDIDOS NO HOSPITAL GERAL DE ITAPECE-
RICA DA SERRA

P150 Autor(es): Adriana PIRES DOS SANTOS, ALINE FERREIRA DE MELO,


SPHINGOMONAS PAUCIMOBILIS COMO AGENTE DE INFECÇÃO Evelin Amaral Ramos, FABIANA SIROMA, NAJARA PROCÓPIO AN-
RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE DRADE, Ícaro Boszczowski, Lizzie Erthal de Burgo

Instituição(ões): 1. HGIS, Hospital Geral de Itapecerica da Serra

175
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Resumo: de mortalidade que variam de 20 a 75%. A maior ocorrência de
Introdução: A pandemia de casos da Síndrome Respiratória Aguda pneumonia hospitalar está em pacientes internados em unida-
Grave(SRAG)causadapelaInfluenzaAH1N1noanode2009levou des de terapia intensiva (UTI), submetidos à ventilação mecânica
várioshospitaisacriarplanosdecontingênciaparamanejodosca- (VM), que implica em uso de cânulas orotraqueais ou traqueosto-
sos suspeitos. Objetivo: Descrever as ações tomadas pelo Hospital mia. O Setor de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital
GeraldeItapecericadaSerra(HGIS)frenteàpandemiadecasosde de Doenças Tropicais (HDT) de Goiânia, segundo normas, rotinas,
InfluenzaAH1N1noanode2009,enfatizando-seamobilizaçãode protocolos e outros documentos internos a serem seguidos den-
uma equipe multidisciplinar Materiais/Métodos/Descrição: desde tro da instituição, elaborou pacotes de medidas de controle e pre-
os primeiros casos de Influenza A H1N1, o Serviço de Controle de venção de infecção que são instrumentos de coleta de dados e de
Infecção Hospitalar (SCIH) do HGIS produziu um alerta epidemio- educação permanente utilizados durante as visitas de controle de
lógico, folders para funcionário e para pacientes, banners, rema- infecção realizadas nos setores. Objetivo: Avaliar o impacto do uso
nejamento das gestantes colaboradoras para setores de baixo ris- de pacotes de medidas de controle de infecção na redução das
co de transmissão do vírus, treinamentos das equipes e reuniões taxas de pneumonia associadas ao uso de ventilador mecânico.
com os gestores para divulgação do plano de contingência, o qual Métodos: Visitas à UTI de pacientes adultos com equipe multi-
foi elaborado e atualizado periodicamente pelo SCIH. O manejo profissional utilizando roteiro com dez itens que incluem, dentre
dos casos suspeitos de Influenza A H1N1 iniciava-se desde a re- outros: utilização de circuitos processados por esterilização ou
cepção, quando todo paciente com sintomas da síndrome gripal desinfecção de alto nível, fisioterapia diária, técnica asséptica de
era orientado pela recepção a utilizar máscara cirúrgica, incentivo aspiraçãotraqueal, manutençãodedecúbito entre30°a45°,pres-
à higienização das mãos com álcool gel e fornecimento de papel são do balonete do tubo traqueal menor ou igual a 20 cm de H2O,
toalha. Vários dispensadores de álcool gel foram instalados nas verificaçãodaconformidadeounãoconformidadeediscussãodos
recepções. A triagem e classificação de risco eram realizadas por casos deinadequaçãocomcorreçãodas falhas. Resultados:Aden-
umenfermeirotreinado;casoslevesaguardavamatendimentoem sidade de incidência de pneumonia relacionada ao uso de VM em
local ventilado. Os pacientes com sintomas compatíveis com SRAG UTIdeadultosnoHDTnoanode2008foi7,1/1000.Em2009,após
tinham prioridade no atendimento. As gestantes, independentes aimplantaçãodospacotesdemedidasdeprevençãoecontrolede
da queixa, eram orientadas à utilização de máscaras durante o infecção de trato respiratório em paciente com VM, a densidade
tempo de permanência em ambiente hospitalar. Todos os casos de incidência de pneumonia caiu pra 5,8/1000. Conclusão: A ado-
que necessitaram de internação foram colocados em isolamento ção dos pacotes de medidas de prevenção e controle de infecção
respiratório em coorte até resultado do exame. Foi reforçada às reduziu sensivelmente as infecções na UTI do HDT corroborando
equipes a utilização de equipamento de proteção individual (EPI) que a aplicação do indicador de avaliação da adesão às medidas
durante atendimento destes pacientes. Em 2009 o HGIS atendeu deprevençãoecontroledeinfecçãoéumimportanteinstrumento
161 casos suspeitos, 91,1% foram internados. Do total de casos, para avaliação da eficácia dessas medidas.
31,1% foram positivos. A taxa de mortalidade foi 2%; 93% dos
pacientes atendidos receberam Oseltamivir. Não houve nenhum Palavras-chaves: IrAS, Pneumonia Associada à Ventilação, Pacotes
caso de transmissão nosocomial da doença. Conclusão: O plano de Medidas Preventivas
de contingência implementado mostrou-se ágil e eficiente. Ressal-
tamos que o envolvimento de profissionais de diversas áreas foi
fundamental para promover um adequado atendimento, e garan-
tir a qualidade da assistência e segurança para os colaboradores e P153
pacientes da instituição. PREVALÊNCIA DE PNEUMONIA EM PACIENTES SOB VENTILAÇÃO
MECÂNICA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM
Palavras-chaves:InfluenzaAH1n1,Manejoclínico,multidisciplinar HOSPITAL-ESCOLA DE FORTALEZA-CE

Autor(es): MARTA MARIA COSTA FREITAS1, REGINA CLAUDIA FUR-


TADO MAIA2, WALDÉLIA MARIA SANTOS MONTEIRO2, ANA ISA-
P152 BEL FECHINE LIMA1, ANNA RAQUEL RAMOS NÓBREGA1, DÉBORA
IMPLANTAÇÃO DE PACOTE DE MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CON- NÓBREGA BARROSO1, HÉLIO ÂNGELO DONADI1, JAQUELINE GO-
TROLE DE INFECÇÃO PULMONAR RELACIONADA À VENTILAÇÃO MES DE SOUZA SANTOS1, HILÇA MARIA AZEVEDO PARENTE1
MECÂNICA EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA PARA DOENÇAS INFEC-
TOCONTAGIOSAS EM GOIÂNIA (GO). Instituição(ões):
1. HUWC, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO
Autor(es): Lillian Kelly de Oliveira Lopes1,3, Luciana Leite Pineli 2. SESA, SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ
Simões1,2,3, Elionádia Barbosa de Miranda1, Luzinéia Vieira San-
tos1, Liwcy Keller de Oliveira Lopes3, Thais de Arvelos Salgado3 Resumo:
RESUMO A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) é
Instituição(ões): uma infecção grave, adquirida na unidade de terapia intensiva
1. HDT, Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (UTI), muito freqüente entre os pacientes que necessitam deste
2. PUC Goiás, Pontifícia Universidade Católica de Goiás suporte ventilatório, causando aumento dos dias de internação
3. UFG, Universidade Federal de Goiás e, geralmente, uma administração prolongada de antibióticos. O
presente estudo objetivou avaliar a prevalência de pneumonias
Resumo: associadas à ventilação mecânica em uma Unidade de Terapia In-
Introdução:Infecções respiratórias ocupam o segundo lugar no tensiva (UTI) e verificar a mortalidade de pacientes com PAV de
ranking das Infecções Relacionadas a Assistência, respondendo um hospital-escola do município de Fortaleza-CE; Foi realizado um
por 13 a 18% do percentual geral, estando associadas com taxas estudo do tipo descritivo e retrospectivo, com abordagem quan-

176
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
titativa, desenvolvida no período de janeiro de 2007 a janeiro de infecção do trato urinário(ITU) e 14,28% relacionados a pneumo-
2009. Foram inclusos na pesquisa pacientes de ambos os sexos, nia . Os principais agentes etiológicos destas IH foram: Staphylo-
com idade acima de 18 anos, intubados fazendo uso de VM com coccus aureus (23,8%), Pseudomonas aeruginosa(19,04%), Esche-
um tempo mínimo de 24 horas. Foi utilizado como instrumento richia coli (14,28%) e Klebsiella pneumoniae(14,28%). Quanto ao
para a coleta de dados um questionário composto por dezesseis perfildesensibilidadedoStaphylococcusaureus,esteapresentou-
itens,queabordavadesdeinformaçõesgeraisdopacientes,como: se com 100% sensível a vancomicina, gentamicina (40%), clinda-
idade, sexo, tempo de internação, doença de base, diagnóstico; micina (20%) e oxacilina (20%). A sensibilidade da Pseudomonas
bem como sua evolução no hospital, culturas solicitadas, micro- aeruginosa foi aztreonan (100%), ciprofloxacino(75%), gentamici-
organismos infectantes e administração de antibióticos. Fizeram na(75%),ceftazidima(50%)eimipenem(50%).CONCLUSÃO:Afre-
partedoestudo 74pacientesemuso deVM,sendo29(39,1%)ho- quência de infecções hospitalares é uma constante preocupação.
mens e 45 (60,8%) mulheres, apresentando média de idade igual Apesar do avanço tecnológico, verificou-se neste estudo que a in-
a 58 anos. Estes pacientes permaneceram na UTI em média 19,45 fecçãonosítiocirúrgicopredominousobreasdemais.Oscuidados
dias e sob ventilação mecânica em média 15,78 dias. Do total dos pré, trans e pós transplante são fundamentais para a prevenção
74 pacientes estudados, 70 (94,5%) apresentaram PAV; 34 (45,9%) das infecções nosocomiais, que têm elevada morbimortalidade
pacientes evoluíram para o óbito e 40 (54,1%) foram transferidos principalmente nos pacientes imunossuprimidos.
da UTI. Em relação aos suportes mecânicos, 20 pacientes estavam
com sonda nasoenteral (NSE) e 45 com sonda nasogástrica (SNG). Palavras-chaves: TRANSPLANTE HEPÁTICO, EPIDEMIOLOGIA, IN-
O estudo mostrou ser a PAV uma importante causa no aumento FECÇÕES HOSPITALARES, PERFIL DE SENSIBILIDADE
da morbidade e da mortalidade em pacientes graves internados
em UTI. A prevalência de PAV e sua notificação como infecção
hospitalar envolve muitas variáveis, que podem estar associadas
com o seu desenvolvimento, fazendo-se necessários estudos que P155
identifiquem a fundo esses fatores de risco visando à implantação INFECÇÕES POR ACINETOBACTER SPP. MULTIRRESISTENTE
de medidas profiláticas para evitar a morbi-mortalidade e, conse- EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA PARA DOENÇAS INFECTO-
quentemente, diminuir os custos diretos e indiretos causados por CONTAGIOSAS EM GOIÂNIA (GO).
essa infecção.
Autor(es): Luciana Leite Pineli Simões1,2,3, Lillian Kelly de Oliveira
Palavras-chaves: PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂ- Lopes1, Luzinéia Vieira Santos1, Hélio Galdino Júnior3, Elionádia
NIC, INFECÇÃO HOSPITALAR, PREVALÊNCIA DE PNEUMONIA, PAV Barbosa de Miranda1, Mariana Pigozzi Veloso2, Raiza Karoline Al-
meida de Assis2, Sara Moreira Borja2

Instituição(ões):
P154 1. HDT, Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad
EPIDEMIOLOGIA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES E PERFIL DE 2. PUC Goiás, Pontifícia Universidade Católica de Goiás
SENSIBILIDADEDOSMICRORGANISMOSEMUNIDADEDETRANS- 3. UFG, Universidade Federal de Goiás
PLANTE HEPÁTICO DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.
Resumo:
Autor(es): MARTA MARIA COSTA FREITAS1, REGINA CLAUDIA FUR- Introdução: O Acinetobacter spp. é um importante patógeno
TADO MAIA2, WALDÉLIA MARIA SANTOS MONTEIRO2, ANA KARI- causador de Infecções relacionadas à Assistência à Saúde (IrAS)
NE FONTENELE ALMEIDA1, EMANUELA LIMA BEZERRA1, GEYSA e associado à resistência a antimicrobianos (ATM), inclusive à car-
ANDRADE SALMITO1, NEIVA FRANCENELY CUNHA VIEIRA1, PATRI- bapenens (Acinetobacter multirresistente: A-MR). A emergência
CIA NEYVA DA COSTA PINHEIRO1, RAQUEL GUIMARÃES NOBRE1 e disseminação destas cepas relacionam-se à pressão seletiva e
à transmissão cruzada. Medidas de controle são necessárias para
Instituição(ões): redução dos casos e da letalidade associada. Objetivo : Descrever
1. HUWC, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO infecções por A-MR e as medidas de controle instituídas. Material
2. SESA, Secretaria de Saúde do Estado do Ceará e Métodos: Descrição de casos de IrAS por A-MR identificados no
período de agosto de 2008a março de 2010em um hospital de re-
Resumo: ferência para tratamento de doenças infecto-contagiosas em Goi-
INTRODUÇÃO: A infecção hospitalar (IH) pode estar relacionada à ânia (GO). Resultados: Foram identificados no período dois surtos
hospitalização quando do surgimento de qualquer manifestação de IrAS por A-MR. O primeiro, entre fevereiro e abril de 2008, teve
clínica de infecção após 72 horas de internação ou após 48 horas 4 casos, 3 em homens e 1 em mulher sendo a idade média de 45
da admissão do paciente havendo um procedimento invasivo. As anos. Dois pacientes tinham Aids e evoluíram para óbito e dois
infecções são comuns em pacientes transplantados já que compli- tinham dengue e receberam alta. Os diagnósticos de IrAS foram
caçõespodemsurgirapósotransplanteeousodedrogasimunos- Infecção Primária da Corrente Sanguínea (IPCS) (1 caso) e Infecção
supressoras pode predisporao surgimentodeinfecção.OBJETIVO: Relacionada ao Acesso Vascular Central (IAVC) (3 casos). O segun-
Verificar os tipos de infecção, patógenos envolvidos e seu perfil do surto ocorreu entre agosto e outubro de 2009 com 4 casos, 3
de sensibilidade aos antimicrobianos. METODOLOGIA: Trata-se de em mulheres e 1 em homem sendo a idade média de 40 anos. As
um estudo retrospectivo e longitudinal realizado na enfermaria doenças de base foram SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Gra-
do Transplante Hepático do Hospital Universitário Walter Cantídio ve) (2 casos), Aids (1) e tuberculose (1). Três casos evoluíram para
(HUWC) a partir da análise de notificação de IH ocorridas no ano óbito. As IrAS relatadas foram IPCS, IAVC, ITU e Pneumonia, todos
de 2009. RESULTADOS: As IH mais prevalentes na enfermaria do associados à procedimentos invasivos. Neste surto, foram identi-
Transplante Hepático reuniram 21,42%de infecção no sítio cirúrgi- ficados casos de IrAS interinstitucional. Nos dois momentos as se-
co(ISC);14,28%deinfecçãodecorrentesanguínea(ICS);14,28%de guintes condutas foram intensificadas/implementadas: (1) rotinas

177
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
de precauções padrão com ênfase em higiene das mãos e limpeza Clínica Médica e Clínica Cirúrgica, 34,9% (43) estavam na unidade
ambiental, (2) pacotes de prevenção de IrAS, (3) Precauções de deEmergênciae1,6%(2)estavamemoutrasunidades.Asculturas
Contato para todos os pacientes infectados/colonizados, (4) vigi- foram contabilizadas no banco de dados apenas uma vez. Conclu-
lância epidemiológica (5) realização de culturas de vigilância na são: Há uma tendência clara de elevação dos casos de A. baumanii
UTI.Noprimeirosurto,aUTIfoifechadaparadesinfecçãoterminal MDRemnossainstituição.Esseaumentodeveu-seanãoutilização
e no segundo, a tipagem molecular identificou cepas produtoras de precaução de contato para agentes MDR até o início do ano de
de OXA23 em 2 amostras assim como de outro hospital da mesma 2009,apressãoseletivadesenvolvidapelosmicroorganismosapós
região. Nos dois momentos, as culturas de vigilância identifica- exposição aos antimicrobianos e a problemas estruturais. Novos
ram vários outros pacientes colonizados por A-MR. Em marco de estudos são necessários para avaliar os fatores de risco associados
2010, uma mulher portadora de Aids, foi diagnosticada com IPCS a estes achados.
evoluindo para óbito. Conclusão: Um hospital de referência para
doenças infectocontagiosas pressupõem uma larga utilização de Palavras-chaves: A.baumannii, Multidrogarresistencia, Infecção
ATM com grande pressão seletiva surgindo cepas resistentes que hospitalar, Trauma, Incidência
podem ser disseminadas por transmissão cruzada. A instituição ri-
gorosa de medidas de controle pode diminuir a transmissão redu-
zindo os casosde A-MR,mas manteras condutas por capacitações
continuadascomgrandesensibilizaçãoeparticipaçãoénecessária P157
paraoefetivocontrole.Alemdisso,asinfecçõesinterinstitucionais TÍTULO: FREQUÊNCIA DE INFECÇÃO EM PRÓTESE DE ARTICU-
podem manter a transmissão do A-MR em níveis endêmicos tor- LAÇÃO DE QUADRIL NO HOSPITAL MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
nando improvável sua eliminação como já ocorre em várias regi- DOS CAMPOS EM UM PERÍODO DE 12 MESES
ões do país.
Autor(es): Luciana Campos, Viviane Santos, Juliane Gazetta, Suza-
Palavras-chaves: Acinetobacter, mutirresistente, IrAS, controle, vi- na Silveira, Claudia Mangini
gilância epidemiológica
Instituição(ões): 1. HMSJC, Hospital Municipal de São José dos
Campos

P156 Resumo:
ACINETOBACTER BAUMANNII MULTIDROGARESISTENTE EM UM Introdução: Foram levantados os casos de infecção de prótese de
HOSPITAL DE TRAUMA DO INTERIOR DE SÃO PAULO – UM PRO- quadril diagnosticados durante o ano de 2009 no HMSJC, serviço
BLEMA REAL. de referência para a região do Vale do Paraíba, onde foram reali-
zadas 1441 cirurgias ortopédicas, sendo destas 60 artroplastias de
Autor(es): Viviane Resende, Juliane Gazetta,Suzana Silveira,Lucia- quadril. Material e métodos: de acordo com os critérios propostos
na Campos, Claudia Mangini pelo CDC (Center of Disease Control), seis pacientes submetidos
à artroplastia de quadril cursaram com infecção durante o ano de
Instituição(ões): 2009. Seus prontuários foram submetidos à avaliação quanto: gê-
1. HMSJC, Hospital Municipal de São José dos Campos nero, idade, indicação cirúrgica, co-morbidade do paciente, tipo
de prótese utilizada, uso de cimento, tempo de internação prévio
Resumo: à cirurgia, classificação do risco operatório, realização do banho
Introdução: A importância do Acinetobacter baumannii tem au- pré-operatório, realização da tricotomia em centro cirúrgico, ma-
mentado nos últimos anos devido a sua grande capacidade de terial usado para anti-sepsia, tipo de furadeira utilizada, realização
adquirir resistência e aptidão em sobreviver em condições ad- deantibioticoprofilaxia,trocadeluvaspreviamenteacolocaçãoda
versas. Embora existam grandes variações entre os diferentes pa- prótese, duração do procedimento cirúrgico, intervalo de tempo
íses, há uma tendência global para o aumento da incidência do entre o ato cirúrgico e surgimento de sinais e sintomas compatí-
A. baumannii multidrogaresistente (MDR), estando associado à veis com infecção e isolamento de agente etiológico. Resultados:
alta mortalidade. Objetivo: Descrever o aumento do número de Dos 6 pacientes, 4 apresentavam idade superior a 60 anos, as in-
casos com A. baumannii MDR. Materiais e Métodos: Foram revi- dicações cirúrgicas foram por osteoartrose (3) e necrose avascular
sados os resultados de culturas realizadas de janeiro de 2007 a da cabeça do fêmur (3); 4 pacientes foram internados 1 dia antes
março de 2010. Todos aqueles que apresentaram isolados de A. do procedimento cirúrgico; o risco cirúrgico de acordo com ASA
baumannii resistente a pelo menos 3 classes de antimicrobianos foi igual a II para 3 pacientes e III para os demais; foi realizada
(Carbapenêmicos, Cefalosporinas e Quinolonas) foram classifica- antibioticoprofilaxia em todas cirurgias; não há descrição de troca
dos como MDR. As culturas foram realizadas através de método deluvaspré-colocaçãodeprótese;quatropacientesapresentaram
automatizado no aparelho Microscan Walk Away, Dade-Behringer, quadro clínico de infecção em um período menor do que 30 dias;
EUAeatravésdemétodomanual.Resultados:Foramavaliados123 três pacientes tiveram diagnóstico de infecção de sítio cirúrgico
isolados de A. baumannii MDR. A média de culturas positivas para (ISC) superficial e três de órgão/espaço. Conclusão: o levantamen-
esses agentes foi de 0,5, 1,6, 5,6 nos anos de 2007, 2008 e 2009, to foi motivado pelo aumento do número de infecções relaciona-
respectivamente e de 9,3 nos três primeiros meses de 2010. Des- das a este procedimento em nosso serviço nos últimos dois anos.
tes, 55,3% (68) foram classificados como agentes causadores de Uma das estratégias utilizadas seria a implementação de medidas
infecção relacionada à assistência a saúde, e o restante como co- preventivas já consolidadas contra infecção: internação próxima
lonizantes.Dasculturascoletadas29,2%(36)foramhemoculturas, ao ato cirúrgico, limpeza mecânica do local a ser operado com so-
17%(21)forampontasdecateterescentraiseaspiradostraqueais, luções antissépticas, uso de fluxo laminar, menor tempo cirúrgico
14,6% (18) foram uroculturas. No ato da coleta 52% (64) dos pa- possível e troca de par de luvas pré-colocação de prótese.
cientes estavam em UTI Adulto, 5,6% (7) estavam internados na

178
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Palavras-chaves: Infecção, proteses ortopedicas, infecção hospita- para o uso racional de antimicrobianos, permitindo a redução da
lar, infecção cirurgica taxas de infecção hospitalar, de custos e a seleção de cepas resis-
tentes.

Palavras-chaves: Epidemiologia, Infecção hospitalar, Secreção pu-


P158 rulenta
EPIDEMIOLOGIA DE BACTÉRIAS ISOLADAS EM PACIENTES
COM SECREÇÕES PURULENTAS NA UNIDADE DE EMERGÊN-
CIA DO AGRESTE – ALAGOAS.
P159
Autor(es): DANIEL GOMES COIMBRA1, ALDA GRACIELE CLAUDIO PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS E PADRÃO DE RESISTÊN-
DOS SANTOS ALMEIDA1, ELIZABETH MARIA BISPO BELTRÃO1, CIA BACTERIANA EM INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO NA
MAYARA DEYSE FREIRE BARBOSA1, SARA AMÉRICO GAMA SAN- UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO AGRESTE-ALAGOAS
TOS1, FRANCISCO BRUNO DE LIMA VALE1, ELAINE DE LIMA VALE1,
MARIA KAROLINA MARQUES FERREIRA3, EURÍPEDES ALVES DA Autor(es): DANIEL GOMES COIMBRA1, ALDA GRACIELE CLAUDIO
SILVA-FILHO2, TIAGO GOMES deANDRADE1 DOS SANTOS ALMEIDA1, ELIZABETH MARIA BISPO BELTRÃO1,
MAYARA DEYSE FREIRE BARBOSA1, SARA AMÉRICO GAMA DOS
Instituição(ões): SANTOS1, FRANCISCO BRUNO DE LIMA VALE1, ELAINE DE LIMA
1. UFAL - C. Arapiraca, Universidade Federal de Alagoas - UFAL VALE1,MARIAKAROLINAMARQUESFERREIRA3,EURÍPEDESALVES
(Campus Arapiraca) DA SILVA-FILHO2, TIAGO GOMES DE ANDRADE1
2. UFAL , Universidade Federal de Alagoas - UFAL (Campus A.C.
Simões) Instituição(ões):
3. UEA, Unidade de Emergência Dr. Daniel Houly 1. UFAL - C. Arapiraca, Universidade Federal de Alagoas - UFAL
(Campus Arapiraca)
Resumo: 2. UFAL - ICBS, Universidade Federal de Alagoas - UFAL (ICBS)
As infecções hospitalares são consideradas as mais freqüentes e 3. UEA, Unidade de Emergência Dr. Daniel Houly
importantes complicações pós-operatórias em pacientes hospita-
lizados. O objetivo deste estudo foi determinar o perfil etiológico Resumo:
e resistência aos antimicrobianos de bactérias patogênicas isola- A infecção do Trato Urinário (ITU) representa uma das mais co-
das em secreções purulentas de pacientes internos na Unidade muns infecções hospitalares, acometendo principalmente os pa-
de Emergência do Agreste-AL (UEA). Foram colhidas amostras de cientes que fazem uso de cateterismo vesical por tempo prolonga-
secreções purulentas diversas em pacientes internos, a partir de do. O uso intensivo de antimicrobianos em unidades hospitalares
busca ativa e avaliação de prontuários, no período de março de tem aumentado a quantidade de microrganismos multirresisten-
2008 a março de 2010. As amostras foram cultivadas e analisa- tes, restringindo as opções terapêuticas. O objetivo deste trabalho
das quanto à identificação. O perfil de sensibilidade aos antimi- foi avaliar o perfil etiológico e o padrão de resistência microbiana
crobianos foi efetuado por Disco-Difusão, de acordo com as reco- frente à utilização dos antimicrobianos prescritos empiricamente,
mendações do CLSI. Foram analisadas 119 amostras, resultando em pacientes com ITU. Foram colhidas amostras de urina de pa-
em 86% de culturas positivas. Destas, 15% foram provenientes da cientes internos em uso de sonda vesical de demora (SVD), consi-
UTI e 85% das enfermarias. Os principais motivos para internação derados casos suspeitos para infecção hospitalar, a partir da ava-
dospacientescominfecçãoforam:acidenteautomobilístico(42%), liaçãodeprontuáriosebuscaativa,noperíododemarçode2008a
perfuração por arma de fogo(13%), queimaduras(12%) e atrope- março de 2010. As amostras foram cultivadas e analisadas quanto
lamento(11%). Os pacientes com cultura positiva apresentaram à identificação. O perfil de sensibilidade aos antimicrobianos foi
tempo de internação expressivamente maior que os pacientes efetuado por Disco-Difusão, de acordo com as recomendações
com cultura negativa, 39,5 e 15,1 dias em média, respectivamen- do CLSI. Foram analisadas 163 amostras de pacientes em uso de
te (p<0,05). A terapia profilática foi administrada em 90% dos pa- SVD, sendo 38% de culturas positivas (19% bacteriana e 19% de
cientes, sendo a cefalotina(15%), oxacilina(14%), amicacina(13%), cândida) e 62% culturas negativas. Em relação ao tempo de uso
metronidazol(11%) e ceftriaxona(10%), os mais utilizados. Não de SVD, os pacientes com ITU bacteriana e cândida utilizaram por
houve diferença significativa entre os pacientes que estavam em 21,5 dias, em média. Os pacientes com cultura negativa exibiram
uso de antimicrobiano profilático na data da coleta, e os que não menor tempo de utilização com 13,4 dias (p<0,05). Entre os seto-
estavam em relação à positividade à cultura. Foram isolados 138 res de internação, as enfermarias apresentaram maior número de
microrganismos, sendo 22% gram-positivos e 78% gram-negati- casos de infecção que a UTI, com 48% e 23%, respectivamente.
vos. Os principais microrganismos isolados foram a Pseudomonas A terapia profilática foi administrada em 91% dos pacientes, sen-
aeruginosa (34%), Staphylococcus aureus (17%), Acinetobacter do amicacina(16%), ceftriaxona(19%), oxacilina(12%) e ceftazidi-
baumannii(13%)eKlebsiellapneumoniae(7%).Deformageral,os ma(12%) frequentemente administradas. Dos isolados, 83% foram
antimicrobianos com maior resistência foram a oxacilina(92,3%), bacilos gram-negativos e 17% cocos gram-positivos. Os agentes
ceftriaxona(88,5%) e ceftazidima(87,1%). Resistência mediana mais encontrados foram Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella
foi encontrada em amicacina(59,6%), cefepime(57,4%) cloranfe- pneumoniae, ambos com 29%, e Staphylococcus sp em 18% dos
nicol(53,8%) e ciprofloxacina(45,2%). Melhor susceptibilidade foi casos. Dos antimicrobianos testados, a ceftazidima(96,3%), ami-
evidenciada somente para imipenem(95%), meropenem(85,8%) e cacina(86%) e gentamicina(78,8%) exibiram maior resistência. A
vancomicina(100%).Dosgram-negativos,48%apresentaramperfil norfloxacina(50%) e a ciprofloxacina(58,1%) evidenciaram media-
de resistência como AmpC(29) e β-lactamase de espectro estendi- naresistência.MelhorsensibilidadefoiobservadacomImipenem/
do(22). Entre os 29 Staphylococcus isolados, 52% exibiram resis- Meropem(85,7%) e vancomicina(100%). Avaliando a efetividade
tência à meticilina. Essas informações poderão fornecer subsídios da terapia empírica e o perfil de resistência dos microrganismos

179
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
testados, somente 3% dos antimicrobianos prescritos seriam sen- P161
síveis e 70% resistentes. Entretanto, 27% dos casos não puderam UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA “INFORMAIS” PODEM OCUL-
ser analisados devido a diferenças em suas características e a te- TAR CELEIROS DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA EM
rapia prescrita. O estudo do predomínio da microbiota patogênica SAÚDE.
e o monitoramento do perfil de susceptibilidade podem auxiliar
no acompanhamento terapêutico e na orientação dos pacientes. Autor(es):ELAINESILVADEFREITAS,ADRIANAESTELABIASOTIGO-
MES, SILVIA EDUARA KENNERLY ALBUQUERQUE, DANIELA PONCE,
Palavras-chaves: infecção do trato urinário, infecção hospitalar, SANDRA MARA QUEIROZ RICCHETTI, CARLOS MAGNO CASTELO
sonda vesical de demora BRANCO FORTALEZA

Instituição(ões): 1. CCIRAS - FMB-UNESP, CCIRAS - Faculdade de


P160 Medicina de Botucatu, UNESP.
PERFIL MICROBIOLÓGICO DAS PNEUMONIAS ASSOCIADA À VEN-
TILAÇÃO MECÂNICA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADUL- Resumo:
TO DE UM HOSPITAL PRIVADO – SÃO PAULO. INTRODUÇÃO: A carência de leitos credenciados de Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) leva diversos hospitais a criar enfermarias
Autor(es):RenataBrazRalio,GiovanaAletaBorroKristeller,Nelson para pacientes graves, usualmente denominados “semi-críticos”.
Ribeiro Filho Em geral, essas enfermarias não possuem infra-estrutura e recur-
sos humanos compatíveis com a gravidade dos pacientes interna-
dos, o que determina risco aumentado de aquisição de agentes
Instituição(ões): 1. HMA - Medial, Hospital Alvorada Moema - Me-
infecciosos.OBJETIVO:AvaliaraincidênciadeInfecçõesRelaciona-
dial Saúde
das à Assistência em Saúde (IRAS) em uma Unidade de Cuidados
Intermediários de um Hospital de Ensino. MÉTODOS: O Hospital
Resumo: das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (400 leitos)
Introdução: A pneumonia associada á ventilação mecânica (PAV) possui duas enfermarias de clínica médica. Uma delas engloba
continua sendo a principal infecção hospitalar diagnosticada em uma unidade para pacientes graves (aqui designada por UPG),
pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto, composta por quatro leitos. Até janeiro de 2010, a unidade não
importante causa de aumento na permanência de internação e de dispunha de enfermeiro próprio e não era submetida a vigilância
mortalidade. Acreditamos que o conhecimento dos germes mais fre- epidemiológica de IRAS conforme as normas do componente UTI
qüentes na unidade é fundamental, isto favorece a prescrição racio- do National Healthcare Safety Network (NHSN). A partir de então,
nal e dirigida dos antimicrobianos. Este trabalho possibilita à equipe foi realizada vigilância ativa e prospectiva, seguindo com rigor as
assistencial da UTI o reconhecimento dos agentes infecciosos mais definições de IRAS do NHSN. Para avaliar a adequação desse abor-
comuns naquela unidade. Assim, as comissões de controle de infec- dagem, nós comparamos os indicadores de incidência e uso de
ção hospitalar (CCIH) devem, periodicamente, informar a equipe da dispositivos no período de feveiro a março de 2010 com dados
UTIosmicrorganismosmaisfreqüenteseoseuperfildesensibilidade agregadosdeduasUTIsclínico-cirúrgicasdainstituição(aquidesig-
aos antimicrobianos, pois o tratamento inicial com antibióticos ade- nadas UTI1 [15 leitos] e UTI2 [9 leitos]). As análises estatísticas fo-
quados está associado ao maior sucesso no controle da PAV e con- ram feitas no software OpenEpi®. Densidades de incidência foram
seqüentemente menor mortalidade. Objetivo: Identificar o perfil mi- comparadas através do mid-p exact test, com avaliação bicaudal e
crobiológicodosagentescausadoresdePAVnaUTIAdulto.Métodos: nível de significância de 0,05. RESULTADOS: No período de avalia-
Em2009foramacompanhadostodosospacientesinternadosnaUTI ção, foram registrados 287 pacientes-dia na UPG. A densidade de
adulto,umaUTIgeralcom43leitos.ParaodiagnósticodePAVforam incidência de IRAS na UPG foi de 52,3 por 1000 pacientes-dia, va-
usados os critérios do Centers for Disease Control (CDC) e da Coor- lor que não diferiu significativamente daqueles obtidos para UTI1
denadoria de Vigilância em Saúde (COVISA). Os agentes etiológicos (58,12; p=0,7) e UTI2 (44,4; p=0,4). Os valores de DI da UPG para
foram recuperados a partir de culturas obtidas através de aspirado IRAS associadas a dispositivos dia foram: (a) Pneumonias: 44,5 por
traqueal, lavado bronco alveolar ou por hemocultura. Resultados: 1000 ventiladores-dia; (b) Infecções da Corrente Sanguínea: 11,9
Foram notificados 65 casos de PAV no ano de 2009, destes, 58 com por 1000 cateteres venosos centrais-dia; e (c) Infecções do Trato
agenteidentificado,resultandoemumapositividadede89%.Osger- Urinário: 23,3 por 1000 sondas vesicais-dia. Nenhum desses valo-
mesdemaiorfreqüênciaforamPseudomonasaeruginosaeKlebsiella res diferiu de forma significante dos indicadores obtidos para UTI1
pneumoniae, com 24% dos casos cada. Em seguida, 17% Acineto- e UTI2. As incidências de Pneumonias e Infecção do Trato Uriná-
bacter baumannii, 9% de Candida spp, e 7% dos casos com Steno- rio foram superiores ao percentil 90 dos indicadores de IRAS em
trophomonas maltophilia. Conclusão: Conforme dados encontrados UTI de adultos no Estado de São Paulo (divulgados pelo Centro de
na literatura os agentes Gram negativos permanecem como os prin- Vigilância Epidemiológica – SP). CONCLUSÃO: Unidades não carac-
cipais germes associados à PAV, neste trabalho representando 50% terizadas como UTI podem apresentar elevada incidência de IRAS.
dototaldoscasosnotificados,porem,aCandidaspprepresentauma Intervenção sobre estrutura, recursos humanos e rotinas de aten-
parcelaimportante,demonstrandoaparticipaçãocadavezmaiordos dimento são essenciais para garantir a segurança dos pacientes.
fungoscomoagentesetiológicosdeinfecçãorelacionadaàassistência
ásaúde(IRAS).OmonitoramentoconstantedaCCIHaliadoaumlabo-
Palavras-chaves: Unidades de Terapia Intensiva, Unidades de Cui-
ratório de microbiologia adequado é uma ferramenta essencial para
dados Intermediários, Vigilância Epidemiológica, IRAS
conhecer o perfil epidemiológico e para a promoção do uso racional
deantimicrobianos.

Palavras-chaves: PAV, IRAS, microbiologico, perfil epidemiologico,


agente isolado

180
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P162 são consideradas importante causa de morbidade entre as crian-
PREVALÊNCIAS SERIADAS: UMA ALTERNATIVA PARA A VIGILÂN- ças admitidas na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Dentre
CIA DAS INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA EM SAÚDE as infecções, as Infecções de Corrente Sangüínea (ICS) associada
PARA UNIDADES NÃO-INTENSIVAS DE GRANDES HOSPITAIS? à Cateter Venoso Central (CVC) são as mais freqüentes. Objetivo:
Determinar o impacto da implantação de estratégias de preven-
ção e controle de ICS associada à CVC na redução desta infecção.
Autor(es): ADRIANA ESTELA BIASOTI GOMES, ELAINE SILVA DE
Método: Estudo coorte prospectivo de 2008 a maio 2009. A vigi-
FREITAS, SILVIA EDUARA KENNERLY ALBUQUERQUE, SANDRA
lância das infecções foi realizada pela Enfermeira do Serviço de
MARA QUEIROZ RICCHETTI, DANIELA PONCE, CARLOS MAGNO
Controle de Infecção Hospitalar. Foram utilizados os critérios do
CASTELO BRANCO FORTALEZA
CDC para ICS. Desde 2008 o hospital contratou como uma das
metas institucional a redução das ICS associadas à CVC. Dentre as
Instituição(ões): 1. CCIRAS - FMB-UNESP, CCIRAS - Faculdade de ações para atingirmos esta meta tivemos: realização de e-learning
Medicina de Botucatu, UNESP. sobre prevenção de ICS para médicos e enfermagem; utilização de
check-list e intervenção na inserção do CVC; aplicação da estra-
Resumo: tégia multimodal da Organização Mundial da Saúde (OMS) para
INTRODUÇÃO: A vigilância das Infecções Relacionadas à Assistên- higiene de mãos e feedback constante dos indicadores de IRAS
cia em Saúde (IRAS) é etapa essencial para seu controle. Como a à equipe. Resultados: A densidade de incidência de ICS associa-
vigilância global é extremamente laboriosa, grandes hospitais têm da à CVC/1000 CVC-dia em 2008 foi de 3,7. No período de janei-
restringido o foco para Unidades de Terapia Intensiva (UTI). OBJE- ro/2009 a maio/2010 a densidade de incidência de ICS associada
TIVO: Avaliar a performance de sistema de vigilância por prevalên- à CVC/1000 CVC-dia foi ZERO. Conclusão: As ações implementa-
cias quinzenais seriadas em enfermarias de um hospital universi- das associadas ao compromisso assumido pela equipe assistencial
tário de 400 leitos. MÉTODOS: Vigilância de IRAS por prevalências de garantir a conformidade a estas práticas refletiu a melhoria de
seriadas quinzenais foi aplicada a 15 enfermarias no período de qualidadeesegurançadopacienteatravésdareduçãosignificativa
fevereiro a abril/2009. Após esse período, realizamos avaliação das ICS associadas à CVC.
da performance do sistema conforme critérios dos Centers for Di-
sease Control and Prevention (Updated Guidelines for Evaluating Palavras-chaves: Infecções de corrente sangüínea, centro de te-
Public Health Surveillance Systems, 2001). RESULTADOS: A avalia- rapia intensiva pediátrica, tolerância zero, indicador de qualidade
ção de sensibilidade e especificidade do sistema foi prejudicada
pela ausência de aplicação de método alternativo. No entanto, a
vigilância pareceu mais sensível para enfermarias clínicas (valores
de prevalência entre 7,1% e 21,4%) e para cirurgia vascular (valor P164
máximo, 42,9%). A sensibilidade foi baixa nas demais enfermarias ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DA COMISSÃO DE CONTROLE DE INFEC-
cirúrgicas, especialmente oftalmologia/otorrinolaringologia, gi- ÇÃO HOSPITALAR NOS HOSPITAIS DE PERNAMBUCO
necologia e obstetrícia, que apresentaram prevalência “zero” em
diversas visitas. O intervalo entre as visitas de vigilância compro- Autor(es): MARIA LUCIA DE SOUZA MONTEIRO, KARINE MARIA
mete a oportunidade de medidas emergenciais (como o controle ARAUJO DE PAIVA, LETICIA MOURA MULATINHO, MARIANA ARRA-
de surtos). Por outro lado, o método se mostrou flexível, de fácil ES ALENCAR SAMPAIO, MOANNA ARRAES ALENCAR, ZULEIDE DO
aplicação e com menor consumo de tempo das enfermeiras de CARMO PAES
controle de infecção. CONCLUSÃO:O método de vigilância de IRAS
porprevalênciasseriadaspodeserumaalternativamenoslaborio- Instituição(ões): 1. APEVISA, AGENCIA PERNAMBUCANA DE VIGI-
saparaavaliaçãodeenfermariasclínicas,debaixarotatividade.No LANCIA SANITARIA
entanto, ele é ineficaz para deteção de surtos e inadequado para
enfermarias cirúrgicas.
Resumo:
A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) está funda-
Palavras-chaves: vigilância epidemiológica, prevalência, avaliação mentada em exigências legais e normativas com obrigatoriedade
para todos os hospitais do Brasil. Consolidada pela Lei Federal n°
9.431/97, foi instruída e respaldada com a Portaria n° 2.616/98 do
P163 Ministério da Saúde (MS). Em Pernambuco (PE), a Comissão Esta-
TOLERÂNCIA ZERO PARA INFECÇÕES DE CORRENTE SANGÜÍNEA dual de Controle de Infecção Hospitalar (CECIH), também normali-
ASSOCIADA À CATETER VENOSO CENTRAL NO CENTRO DE TERA- zada pelo MS por meio da Portaria 2.616/98, além de outras com-
PIA INTENSIVA PEDIÁTRICA: INDICADOR DE QUALIDADE DA AS- petências, coordena e avalia semestralmente as atividades das
SISTÊNCIA. CCIHs do estado e os indicadores epidemiológicos dos hospitais.
Mesmo reconhecida sua importância, a CCIH não tem sido incor-
porada em sua totalidade; conhecer a situação das CCIHs peran-
Autor(es): MARIA FATIMA SANTOS CARDOSO, LUCI CORRÊA*, SI-
te a CECIH é fundamental para o desenvolvimento de estratégias
MONE BRANDI, MILENA SICILIANO NASCIMENTO, ADALBERTO
diversificadas na perspectiva de surgirem mudanças da realidade
STAPE, DENISE POURRAT DAL’GE, EDUARDO JUAN TROSTER, SU-
atual adequando às diferentes necessidades no âmbito estadual.
LIM ABRAMOVICI
Esta pesquisa teve como objetivo geral avaliar a presença da CCIH
noshospitaisdePEecomoobjetivosespecíficosidentificaroshos-
Instituição(ões):1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein pitais que não possuem CCIH ou relatórios de acompanhamento
semestral. Para este estudo foi realizada uma pesquisa explorató-
Resumo: rio-descritiva baseada em levantamento bibliográfico e documen-
Introdução:AsInfecçõesRelacionadasàAssistênciaàSaúde(IRAS) tal da base de dados da CECIH-PE. A análise dos dados coletados

181
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
realizada foi feita com o auxílio do programa Epi Info 6.0d. Após uma interação efetiva com os órgãos responsáveis pela assessoria
análise, verificou-se que dos 367 hospitais da pesquisa, 4% são de técnica da epidemiologia hospitalar.
grande porte ou porte extra, 93% destes têm relatórios em dia e
portaria de abertura de CCIH; 35,42% estão localizados na Região Palavras-chaves: Epidemiologia Hospitalar, Serviços de Saúde, Vi-
Metropolitana tendo 50% destes a CCIH regulamentada; 40,06% gilância Epidemiológica
possuem portaria de abertura da CCIH, destes, 63,27% possuem
registro de algum relatório semestral. De acordo com amostra es-
tratificada, dos 367 hospitais, 13% dos privados e 9% dos públicos
têm relatórios entre 2008 e 2010; 7% não estão regulares a mais P166
de 10 anos. Os resultados revelaram que a CCIH, tornada obriga- TUBERCULOSE:PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ATEN-
tória desde1983,ainda nãofaz parteda realidade devárioshospi- DIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM NATAL,RIO GRAN-
tais do estado, mesmo onde existem Comissões, estas não se ade- DE DO NORTE(RN),2009.
quaram ao método de acompanhamento de suas ações realizado
pela CECIH-PE; observou-se que hospitais de maior porte e mais Autor(es): FRANCIANE AMORIM DE OLIVEIRA LIMA, ROSANA
próximos da CECIH incorporaram com maior frequência as ações KELLY DA SILVA MEDEIROS, ANA BEATRIZ MEDEIROS DE SIQUEIRA,
de monitoramento do Estado sobre suas CCIHs, demonstrando BÁRNORA THERESA DANTAS, ANNA LÍVIA DE MEDEIROS DANTAS,
adaptação ao modelo atual de prevenção e controle de infecções ANA PAULA DE SOUZA SANTOS, LUCIANA MELO RIBEIRO
hospitalares.
Instituição(ões): 1. HUOL, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LO-
Palavras-chaves:CCIH,INFECÇÃOHOSPITALAR,PORTARIA2616/98 PES

Resumo:
INTRODUÇÃO: A Tuberculose (TB) é uma doença infecto-conta-
P165 giosa crônica causada pelo Mycobacterium tuberculosis e con-
AVALIAÇÃO NORMATIVA DOS NÚCLEOS DE EPIDEMIOLOGIA siderada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma
HOSPITALAR DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE SAÚDE SITUA- emergência em nível mundial. Hoje um terço da humanidade se
DOS NO RECIFE-PE encontra infectada pelo bacilo da doença, sendo mais de oito mi-
lhões de casos novos por ano e três milhões de mortes causadas
Autor(es): Audenes de Oliveira Melo, Emanuela de Oliveira Silva, pela enfermidade. A grave situação da doença está associada ao
Jacyra Salucy Antunes Ferreira, Vantuí Ferreira dos Santos Filho aumento da pobreza e à urbanização acelerada. No Brasil, estima-
se a ocorrência de 129 mil casos por ano, sendo notificados cerca
Instituição(ões):1. FENSG/UPE, Faculdade de Enfermagem Nossa de 90 mil. No RN em 2009, foram notificados 990 casos novos, dos
Senhora das Graças quais, 531 no município do Natal. OBJETIVO: Caracterizar o perfil
epidemiológico dos pacientes diagnosticados com TB em um hos-
Resumo: pitaluniversitárioemNatal/RNduranteoanode2009.MÉTODOS:
Introdução: A vigilância epidemiológica é uma das mais antigas Estudo epidemiológico descritivo, utilizando como fonte básica de
atividades de monitoramento na área da sáude. O Sistema Nacio- pesquisa as Fichas Individuais de Investigação (FII) do Sistema de
nal de Vigilância Epidemiológica (SNVE) foi instituido pelo Minis- Informação Nacional dos Agravos de Notificação – SINAN, arquiva-
tério da Saúde (MS) durnate a 5ª Conferência Nacional de Saúde das no Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) de um hospital
em 1975 por meio de legislação específica (lei6259/75 e Decreto universitário de Natal/RN. RESULTADOS: No ano de 2009, foram
78.231/76), tornando obrigatória a notificação de doenças trans- diagnosticados 19 casos novos de TB entre os pacientes atendidos
missíveis selecionadas. O ambiente hospitalar torna-se uma im- no hospital e destes, 63,2% foram internados e 36,8% atendidos
portante fonte de notificação, uma vez que atendem um grande noambulatório.Quantoaosexo,63,2%eramhomense36,8%mu-
volume de casos, principalmente casos graves, diante disso, em lheres. A faixa etária predominante foi de 35 a 44 anos 26,3% e 55
novembro de 2004 o MS através da portaria 2.529/GM, institui o a 64 anos 21,1%, seguida de 25 a 34 e 45 a 54 15,8%. Habitavam
Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em âmbito hospita- na cidade de Natal e na Grande Natal 73,7% e 26,3% oriundos do
lar. Objetigvo: Avaliar os núcleos hospitalares de epidemiologia da interior do estado. Quanto à ocupação/profissão 10,5% eram es-
rede pública estadual de saúde, no município de Recife, Pernam- tudantes e aposentados; 5,8% do lar e pedreiro; 5,3% técnicos de
buco, Brasil, segundo a portaria 2.529GM/MS que estabelece nor- enfermagem, vigilantes, eletricistas, borracheiros e agricultores; e
mas para o seu funcionamento. Material e métodos: Foram ana- a maioria 21,1% sem informação. Tratando-se da escolaridade a
lisados os serviços de 06 hospitais de referência que representam maioria 57,9% não apresentou essa informação. O diagnóstico de
a alta complexidade, sendo os dados coletados através de instru- TB predominante foi a forma pulmonar, acometendo 63,2% dos
mento semi-estruturado, abordando variáveis de portaria regula- pacientes, seguida da extra pulmonar peritoneal 21,1% e outras
mentadoraeoutrasrelacionadascomascaracterísticasdoserviço. formas com 5,3% dos casos. CONCLUSÃO: Os resultados eviden-
Resultados: De acordo com as atividades desenvolvidas pelos hos- ciam o maior acometimento da doença na forma pulmonar em
pitais todos Núcleos de Epidemiologia Hospitalar (NEPHs) pude- pacientes hospitalizados, procedentes da zona urbana, com ocu-
ram ser classificados como completamente implantados, tendo 80 pação/profissão mais simples e corroborando com a estatística
a 100% de suas atividades desenvolvidas. Conclusão: A falta de re- nacional, predominou o sexo masculino e a faixa etária de 55 a 64
cursos humanos, bem como, a capacitação profissional e a utiliza- anos. Quanto ao nível educacional, aponta a necessidade reforçar
ção de recurso financeiro repassado, foram as principais dificula- o preenchimento correto da ficha de investigação.Universidade
dades relacionadas ao funcionamento. Embora consigam atender Ferderal do Rio Grande do Norte.
as necessidades básicas de funcionamento, ainda são necessários
maiores incentivos através de recursos humanos ou materiais e Palavras-chaves: EPIDEMIOLOGIA, HOSPITAL, TUBERCULOSE

182
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P167 Instituição(ões):
HEPATITES VIRAIS:PERFIL DO ENCERRAMENTO DAS INVESTIGA- 1. HUOL, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
ÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO
MUNICÍPIO DO NATAL,RIO GRANDE DO NORTE (RN),2009. Resumo:
INTRODUÇÃO: A Hanseníase é doença crônica granulamatosa,
Autor(es): FRANCIANE AMORIM DE OLIVEIRA LIMA, LUCIANA proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium leprae,
MELO RIBEIRO, ANNA LÍVIA DE MEDEIROS DANTAS, ANA BEATRIZ com alta capacidade de infectibilidade. No Brasil, a despeito da
MEDEIROS DE SIQUEIRA, SANDRA PARTRÍCIA SARAIVA CIPRIANO, inegável redução de mais de 80% na taxa de prevalência nos úl-
PATRÍCIA CABRAL FERREIRA, KÁTIA REGINA BARROS RIBEIRO, ANA timos quinze anos, persiste como importante problema de saúde
ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇA, RODRIGO ASSIS NEVES DANTAS, pública por sua magnitude, seu considerável potencial incapaci-
BÁRNORA THERESA DANTAS tante e por acometer segmentos da população em faixa etária
economicamente ativa.O Rio Grande do Norte é um dos estados
onde adoençaseencontra emprocesso deeliminação. OBJETIVO:
Instituição(ões):
Descrever as características clínico-epidemiológicas dos casos de
1. HUOL, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
Hanseníasediagnosticadosdejaneiroadezembrode2009,emum
hospital universitário de Natal, RN. MÉTODOS: estudo epidemio-
Resumo: lógico descritivo realizado nos arquivos do Núcleo Hospitalar de
INTRODUÇÃO: As Hepatites Virais são doenças infecciosas causa- Epidemiologia. Foram coletados dados em 26 (vinte e seis) fichas
das por diferentes agentes etiológicos, representando grande pro- de notificação/investigação de casos considerados novos diagnos-
blema de saúde pública em âmbito mundial. O Brasil, assim como ticados e tratados em 2009, pelo Programa de Controle de Hanse-
outros países da América Latina, é considerado de alta endemi- níase do Ambulatório de Dermatologia dessa unidade hospitalar.
cidade, variando consideravelmente nas diversas regiões do país. RESULTADOS: Os achados permitiram constatar que na classifica-
No município do Natal/RN, em um hospital universitário através ção operacional a maioria dos casos foi representada pelos multi-
doNúcleoHospitalardeEpidemiologia(NHE),sãonotificadosein- bacilares (65,3%). Em relação à distribuição por sexo observou-se
vestigados os casos suspeitos e confirmados da doença, mediante o predomínio (61,5%) das mulheres sobre os homens. A raça/cor
trabalho conjunto com o ambulatório de Gastroenterologia, refe- mais freqüente foi a branca (53,8%), seguida da parda (27%) sen-
rência no tratamento das doenças hepáticas do estado. OBJETIVO: do encontrado um considerável percentual (19,2%) de fichas sem
Verificar a oportunidade do encerramento dos casos de Hepatites essa informação. As faixas etárias mais acometidas foram duas:
Virais notificados e investigados em um hospital universitário em de 40 a 59 anos (53, 8%) e idosos, de 60 a 79 anos (30,7%), o que
2009. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo com aborda- pode indicar um diagnóstico e tratamento mais tardio. Quanto à
gem quantitativa, realizado através da coleta de dados em banco procedência, os casos advindos de Natal e de municípios circunvi-
oficial do Sistema de Informação dos Agravos de Notificação (SI- zinhosdaGrandeNatalforamosmaisfreqüentes(61,5%).Aforma
NAN NET) e das Fichas Individuais de Investigação (FII), investiga- clínica mais encontrada foi a Tuberculóide (42,3%), em seguida a
das no ano 2009, em um hospital universitário de referência para Virchowiana (15,3%) e a Indeterminada (15,3%). Na avaliação do
o Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em âmbito grau de incapacidades houve o predomínio (46,1%) de casos que
hospitalar. RESULTADOS: Foram notificados 121 casos de Hepati- apresentaram grau diferente de zero no diagnóstico, sendo signi-
tes Virais, correspondendo a 69,5% do total de notificações das ficativa (23%) a presença de fichas sem esse tipo de informação.
Doenças de Notificação Compulsórias (DNC) da Unidade Hospita- CONCLUSÃO: Os resultados evidenciam o maior acometimento da
lar, destas, 44,6% foram investigados oportunamente. Dos casos doença na forma clínica Tuberculóide, em pacientes procedentes
investigados, 25,6% eram procedentes de Natal e 19% de outros da zona urbana, com predomínio da cor branca, no sexo feminino
municípios. Foram confirmados laboratorialmente 13% ; 42,6% fo- e faixa etária de 40 a 59 anos. O estudo sinaliza a necessidade da
ram descartados e 40,7% encerrados como inconclusivos. Todos melhoria da qualidade no preenchimento da ficha de notificação/
os casos confirmados foram do sexo masculino, sendo 71% pelo investigação da doença.Universidade Federal do Rio grande do
vírusdaHepatiteC.CONCLUSÃO:Oestudorevelouque,44,6%dos Norte.
casos foram encerrados em tempo oportuno, refletindo o esforço
dos profissionais envolvidos no esclarecimento da classificação
Palavras-chaves: HANSENÍASE, EPIDEMIOLOGIA, HOSPITAL
final da investigação epidemiológica.Universidade Federal do Rio
Grande do Norte.

Palavras-chaves: HEPATITES VIRAIS, EPIDEMIOLOGIA, HOSPITAL, P169


SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE INFLUENZAPANDÊMICA(H1N1)NOHOSPITALGERALDEGUARU-
LHOS - SP: EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM
2009
P168 Autor(es): Jacira Noemia Cassanho, Mariana Bernardi Viviani Sil-
ASPECTOS CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICOS DOS CASOS DE HANSE-
veira, Leandra de Souza, Paula Zanelatto Neves, Ana Carolina Mar-
NÍASE DIAGNOSTICADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO
teline Cavalcante, Ana Cláudia Barbosa Diaz, Noemi Evangelista
MUNICÍPIO DO NATAL,RIO GRANDE DO NORTE (RN), EM 2009.
Martins
Autor(es): FRANCIANE AMORIM DE OLIVEIRA LIMA, ANA BEATRIZ
Instituição(ões): 1. HGG, Hospital Geral de Guarulhos
MEDEIROS DE SIQUEIRA, LUCIANA MELO RIBEIRO, SANDRA PATRÍ-
CIA SARAIVA CIPRIANO, FLÁVIA SANTOS DA SILVA, BÁRNORA THE-
RESA DANTAS Resumo:
Introdução: Em abril de 2009, foi declarada “Emergência em Saú-

183
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
de Pública de Importância Internacional” devido à ocorrência de casos(12%). A faixa etária prevalente foi entre 1 a 4 anos. Quanto
casos humanos de influenza por novo subtipo viral – A (H1N1). ao método de pesquisa do agente etiológico foram realizadas 258
Inicialmente as estratégias da fase de contenção tinham como ob- bacterioscopias,261culturase144contraimunoeletroforese,com
jetivo a detecção precoce dos casos. No momento atual, a fase de uma positividade de 29%, 19% e 20% respectivamente. O agente
mitigação visa maior especificidade nas ações de vigilância. Obje- mais isolado em cultura foi o meningococo, assim como na con-
tivos: Descrever o perfil dos casos de influenza pandêmica (H1N1) traimunoeletroforese. Do total de casos, o diagnóstico mais en-
notificados pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) do contrado foi o de meningite asséptica; o critério de confirmação
Hospital Geral de Guarulhos em 2009. Material e Métodos: Traba- prevalente foi o quimiocitológico do líquor (60%), seguido pela
lho descritivo, retrospectivo, a partir da análise do banco de dados cultura (18%). Conclusão: Fica evidente a dificuldade de identifi-
do NHE do Hospital Geral de Guarulhos. Foram avaliados todos cação do agente etiológico, muitas vezes possibilitando o encerra-
os pacientes acompanhados pelo Núcleo no período de junho a mento dos casos apenas pelo critério quimiocitológico. A ausência
dezembro de 2009 e, a partir destes, incluídos os casos notifica- de informações completas nas fichas de investigação prejudicou
dos. Os dados foram coletados a partir das Fichas de Investigação a análise de alguns dados, como, por exemplo, a situação vacinal.
específica. Resultados: Foram acompanhados 891 casos suspeitos
de Influenza pandêmica (H1N1), com notificação de 41%. A faixa Palavras-chaves: Epidemiologia, Meningite, Notificação
etária prevalente foi a de 21 a 30 anos (38,6%). Foram coletadas
362 amostras de aspirado de nasofaringe, sendo identificados os
vírus Influenza pandêmico (H1N1) em 30% e Influenza sazonal
em 17%. Foram confirmados 109 casos por Influenza pandêmico P171
(H1N1); destes, 20% eram gestantes. Necessitaram de internação INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO DE PPD NOS PROFISSIONAIS DE
hospitalar 30%, com o tempo médio de permanência de 9 dias. SAÚDE DO MUNICÍPIO DE BELFORD ROXO – RJ
Seis casos necessitaram de internação em Unidade de Terapia In-
tensiva. Houve 4 óbitos, todos em adultos, os quais apresentavam Autor(es):LETICIAJANOTTI,MARIADOSOCORRONEVES,JUSSARA
fatores de risco. Conclusão: O diagnóstico de casos por vírus In- MENDES, SHIRLEI AGUIAR, DANIELE PACHECO, ELKA ALCANTARA
fluenzapandêmico(H1N1)prevaleceusobreaquelescausadospor
Influenzasazonal.Aproporçãodecasosconfirmadosemgestantes Instituição(ões):1. NVEBR, Núcleo de Vigilância Epidemiológica,
em nosso serviço foi maior do que a proporção nacional. Os óbi- Belford Roxo, RJ.
tos, todos em indivíduos com fatores de risco, corroboram a maior
gravidade da influenza pandêmica nestes pacientes. Resumo:
Introdução: Belford Roxo é um município situado na baixada flu-
Palavras-chaves: Influenza pandêmica H1N1, Influenza sazonal, minense, no estado do Rio de Janeiro. Faz parte dos vinte e cinco
Pandemia municípios prioritários do estado e está inserido entre os treze
municípios de alta carga bacilar. Mediante a este fato realizamos
o primeiro inquérito de PPD (purified protein derivative), nos pro-
fissionais de saúde do município. Objetivos: Determinar a reativi-
P170 dade ao teste tuberculínico nos profissionais de saúde do municí-
PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MENINGITE pio e avaliar o risco de infecção pelo Micobacterium tuberculosis
NOTIFICADOS NO HOSPITAL GERAL DE GUARULHOS – SP nestes funcionários. Métodos: O teste foi oferecido aos profis-
sionais de saúde do município, durante cinco dias. Foi realizada
Autor(es): Jacira Noemia Cassanho, Mariana Bernardi Viviani Sil- a inoculação do PPD pela Técnica de Mantoux. A leitura ocorreu
veira, Leandra de Souza, Paula Zanelatto Neves, Ana Carolina Mar- após 48h e obedeceu aos parâmetros preconizados pelo Ministé-
teline Cavalcante, Ana Cláudia Barbosa Diaz, Noemi Evangelista riodeSaúde:a)0a4mm-nãoreator:indivíduonãoinfectadopelo
Martins M.tuberculosis ou com hipersensibilidade reduzida; b) 5 a 9mm
– reator fraco: indivíduo vacinado com BCG, infectado pelo baci-
Instituição(ões): 1. HGG, Hospital Geral de Guarulhos lo da TB ou por outras micobactérias; c) 10mm ou mais – reator
forte: vacinado com BCG recentemente, individuo infectado pelo
Resumo: bacilo da TB, que pode estar doente ou não. Resultados: Trezentos
Introdução: As meningites ainda hoje representam uma preocu- e oitenta e cinco funcionários apresentaram-se como voluntários,
pação à saúde pública devido à sua permanente ocorrência e po- responderam ao questionário padrão para investigação de Tuber-
tencial risco de seqüelas e óbitos. Assim, o diagnóstico adequado culose como também assinaram o termo de livre consentimento
e a notificação oportuna oferecem informações completas, deta- esclarecido. Destes, setenta e cinco (19,5%) faltaram para leitura e
lhadas e fundamentais como subsídio à implantação de políticas trezentos e dez (80,5%) retornaram para leitura. A análise dos da-
públicas visando à diminuição de sua incidência. Objetivo: Descre- dos apontou: Não reator = 170 (55,0%) Reator fraco = 69 (22,0%)
ver os sinais e sintomas mais prevalentes e as características epi- Reator forte = 71 (23,0%) Conclusão: Verificou-se boa adesão dos
demiológicas dos casos de meningite notificados nesta instituição. profissionais de saúde do município ao inquérito. Na população
Material e métodos: Estudo descritivo retrospectivo realizado a em estudo, verificou-se que a maioria (55%) foi reator fraco. No
partir da análise das Fichas de Investigação dos casos confirma- entanto, um número expressivo (23%) foi considerado reator forte
dos de meningite notificados pelo Hospital Geral de Guarulhos en- e será acompanhado ambulatorialmente, para descartar a hipóte-
tre janeiro de 2005 e dezembro de 2009. Resultados: No período se de infecção por Micobacterium tuberculosis nesses profissio-
considerado foram notificados 285 casos de meningites. Febre, nais.
vômito e cefaléia foram referidos em 92%, 72%, 69% dos casos;
o sinal mais encontrado ao exame físico foi rigidez de nuca (51%). Palavras-chaves: inquérito epidemiológico, profissionias de saúde,
O tempo médio de internação foi de 7 dias e evoluíram a óbito 34 PPD, Tuberculose

184
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
172 Júnior, Alcides Viana de Lima Neto, Maria Antonieta Delgado Ma-
EPIDEMIOLOGIA DA DENGUE NO MUNICÍPIO DE CEL. JOÃO PES- rinho
SOA – RN DE 2006 A 2009
Instituição(ões): 1. FATERN, Faculdade de Excelência Educacional
Autor(es): Alcides Viana de Lima Neto, Isaiane da Silva Carvalho, do Rio Grande do Norte
Pedro Bernardino da Costa Júnior, Vilani Medeiros de Araújo Nu-
nes Resumo:
INTRODUÇÃO: Desde a sua detecção no Brasil, em 1980, o perfil
Instituição(ões): 1. FATERN, Faculdade de Excelência Educacional epidemiológico da Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS)
do Rio Grande do Norte sofreuimportantesmudanças:emsuafaseinicial,de1980a1986,
caracterizava-se pela transmissão homo/bissexual masculino, de
escolaridade elevada, posteriormente, de 1987 a 1991, pela trans-
Resumo:
missão sanguínea e pela participação de usuários de drogas inje-
INTRODUÇÃO: A dengue é uma doença febril aguda e segundo o
táveis e, em seguida, de 1992 aos dias atuais, evidenciou-se um
Ministério da Saúde, é uma das doenças com maior incidência no
grande aumento de casos por exposição heterossexual. Diante de
Brasil, atingindo a população de todos os estados, independente-
tal realidade, o conhecimento do perfil epidemiológico da AIDS
mentedaclassesocial.Omunicípio deCel.JoãoPessoa,localizado
pode ser de grande importância para a elaboração e o direciona-
na região Oeste do Rio Grande do Norte, apresentou nos últimos
mento de políticas públicas de saúde adequadas. OBJETIVO: Iden-
anos uma alta incidência desta patologia, levantando um impor-
tificar o perfil epidemiológico da AIDS no estado do Rio Grande
tante inquérito. Diante do exposto, é importante o desenvolvi-
do Norte, no período de 2005 a 2009. MÉTODOS: Trata-se de um
mento de um estudo epidemiológico da dengue neste município.
estudo descritivo, de caráter quali-quantitativo, baseado em co-
OBJETIVO: Analisar a incidência da dengue no município de Cel.
leta de dados provenientes do Banco de dados de AIDS no Brasil,
João Pessoa - RN no período de 2006 a 2009. MÉTODOS: Estudo
referentes ao estado do Rio Grande do Norte - RN, no período de
descritivo, exploratório, de natureza quali-quantinativa, realizado
2005 a 2009. O mesmo consta de informações do Sistema de In-
através de um levantamento de dados sobre a Dengue no municí-
formação de Agravos Notificáveis (SINAN), do Sistema de Controle
piodeCel.JoãoPessoa-RN,noSistemadeInformaçãodeAgravos
de Exames Laboratoriais (SISCEL) e do Sistema de Informação de
de Notificação (SINAM), do Ministério da Saúde notificados nos
Mortalidade (SIM). RESULTADOS: Ao longo do período de 2005 a
anos de 2006, 2007, 2008 e 2009. RESULTADOS: No período anali-
2009, ocorreram 1243 casos de AIDS no RN. Desse total, 764 casos
sado, ocorreram 211 casos de dengue no referido município, onde
(61,46%) ocorreram em pessoas do sexo masculino. Em termos de
o maior nº acometeu o sexo masculino, com um percentual de
faixaetária,amaisatingidafoiaquelacompreendidaentre30e39
52% dos infectados. O ano que apresentou o maior nº de casos
anos, com um total de 426 casos (34,27%). Na categoria de expo-
foi o de 2007 com 81 (38,29%), e o menor nº ficou com o ano de
sição, detectou-se que 705 casos tiveram esse quesito ignorado,
2009, com apenas 9 casos (4,27%). A maior incidência ocorreu na
mas, naqueles em que ele foi discriminado, predominou a rela-
zona urbana, 123 casos (58,29%). A faixa etária mais acometida foi
ção heterossexual, com 391 (31,45%). Identificou-se, ainda, que
de 20 a 39 anos com um total de 76 casos (36,02%), já a que teve
o município em que a AIDS teve mais importância foi Natal, na
o menor percentual foi a de 80 anos e mais com apenas 2 infec-
qualatingiuonúmerode558casos(44,89%).CONCLUSÃO:AAIDS
ções (0,95%). Quanto à classificação final, percebeu-se que houve
apresenta forte poder destrutivo, capaz de abalar as pessoas não
1caso(0,47%)noanode2008quefoiignoradoounãopreenchido
só fisicamente, como também psicologicamente. Vê-se a necessi-
na ficha de notificação e o maior percentual classificou-se como
dade urgente do desenvolvimento de ações por parte do gover-
inconclusivo (62,56%). O restante dos casos foi classificado como
no estadual e das prefeituras municipais, bem como por parte de
Dengue clássico (36,97%). É importante destacar que não houve
cada profissional de saúde, responsável por ações de prevenção e
nenhum óbito por esta patologia neste período. CONCLUSÃO: As
orientação, para o controle dos casos de AIDS no RN, para que o
infecções pelos vírus da dengue apresentaram uma incidência
decréscimo de 149 casos visualizado entre os anos de 2008 e 2009
considerada no município analisado, mas ocorreu uma diminuição
possa aumentar cada vez mais nos anos posteriores.
no nº de casos, nos anos de 2008 e 2009, que apresentaram 45
(21,33%) e 9 (4,27%) casos respectivamente, mostrando que as
ações de educação em saúde e combate realizadas pela Secretaria Palavras-chaves: Epidemiologia, Saúde Pública, Síndrome da Imu-
Municipal de Saúde, apoiadas pela Prefeitura Municipal surtiram nodeficiência Humana
efeito positivo. A população acatou estas ações e colaborou redu-
zindo os reservatórios de proliferação do agente transmissor. É de
extrema importância a realização de ações como estas para que P174
a comunidade seja orientada quanto aos aspectos da patologia e VIGILÂNCIAEPIDEMIOLÓGICADEINFECÇÃOHOSPITALAREMUM
das formas de prevenção. HOSPITAL FEDERAL DE ALTA COMPLEXIDADE NO RIO DE JANEIRO
A PARTIR DA ESTRATÉGIA DA PREVALÊNCIA PONTUAL
Palavras-chaves: Dengue, Epidemiologia, Infecções
Autor(es): LIA CRISTINA GALVÃO DOS SANTOS1, SIMONE MO-
REIRA1, MAURÍCIO DE ANDRADE PEREZ2, MAGDA DE SOUZA DA
P173 CONCEIÇÃO1,ANAMARIAVEIGAMARQUESGRAÇA1,MARIAAPA-
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS NO RIO GRANDE DO NORTE RECIDA JARDIM SILVA1, ALEXANDRE CARDOSO BAPTISTA1, REGIS
NO PERÍODO DE 2005 A 2009 MARIANODEANDRADE1,CAROLINAROMEROCARDOSOMACHA-
DO1, NILSON DOS SANTOS COUTO1
Autor(es): Isaiane da Silva Carvalho, Pedro Bernardino da Costa
Instituição(ões):

185
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
1.HFB,MINISTÉRIODASAÚDE-HOSPITALFEDERALDEBONSUCESSO Saúde com diagnóstico de síndrome gripal na Unidade Pediátrica
2. NESC UFRJ, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Hospital Maria Cravo Gama no período de 2007 a 2009. Resulta-
dos: O total de pacientes foi de 53.872, destes foram coletadas
Resumo: 777 amostras, destas 8,59 % foram positivas. Dentre as amostras
Introdução: o estudo da prevalência de infecções hospitalares (IH) positivas, 68,4 % pertenciam a faixa etária 0 a 4 anos e o restante
recebe diferentes críticas a sua utilização como monitoramento acima dos 4 anos. No que diz respeito, a identificação do soroti-
epidemiológico, entretanto esta estratégia tem facilitado o di- po das amostras positivas apresentaram os seguintes resultados:
recionamento das medidas de prevenção e controle conduzidas 1,9% de Parainfluenza 1, 3,8% Parainfluenza 3, 5,8% Influenza B,
pelas Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Obje- 9,6% Influenza A, 13,5% Parainfluenza 2, 17,3% Adenovírus, 21,1%
tivo: apresentar a evolução temporal do estudo de prevalência de VírusRespiratórioSinciciale27%Inconclusivo.Conclusão:Estudos
infecções hospitalares em unidades não críticas (UNC), estimadas de vigilância sentinela da influenza são importantes para acompa-
a partir de amostras de pacientes internados em um hospital fe- nhar a evolução das doenças gripais no território pernambucano.
deral de alta complexidade, no período de janeiro de 2000 a mar- Bem como, é um modelo útil e eficiente para identificar preco-
ço de 2010. Metodologia: trimestralmente, a partir de amostras cemente futuras variações dos tipos do vírus da influenza, pois,
aleatórias estratificadas por clínica, calculada entre a população tais vírus frequentemente sofrem mutações em sua composição
internada em UNC, foi realizada a vigilância epidemiológica no antigênica.
período de dez anos. Resultados: durante este período, a mé-
dia da prevalência tem variado denotando a atuação da CCIH, o Palavras-chaves: Influenza, Epidemiologia, Unidade Sentinela
empenho dos profissionais de saúde do hospital e as mudanças
administrativas vividas pela instituição. Os valores encontrados
foram 2000=8,8%, 2001=5,2%, 2002=6,7, 2003=6,1%, 2004=8,4%,
2005=6,5%, 2006=10,3%, 2007=10,3%, 2008=9,7%, 2009=9,5%. A P176
diferença encontrada nos anos de 2006 e 2007, em relação a 2001 AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE LEISHMANIOSE VISCERAL NO
foiestatisticamentesignificante(p<0,05).Osanosde2008e2009 MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA NO PERÍODO DE 2004 A 2009
voltam a apresentar tendência de médias em queda em virtude
da manutenção da atividade de vigilância e educação permanente Autor(es): Frederico Fávaro Ribeiro1, Bruna Lopes da Silva2, Maria
instituída pela CCIH e, ainda, por conta da estabilidade gerencial ElianeMoreiraFreire2,3,BolívarPoncianoGoulartdeLimaDamas-
que se mantém na Instituição. Conclusões: O estudo da prevalên- ceno1
cia em unidades não críticas, através de um processo de amostra-
gem, é um método simples e de fácil execução. Sua capacidade de Instituição(ões):
refletir crises diversas, inclusive da gestão hospitalar, aponta a im- 1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba - Campus V
portância deste método para esses espaços de internação, locais 2. UFPB, Universidade Federal da Paraíba
geralmente relegados a um segundo plano, face a maior atenção 3. FASER, Faculdade Santa Emília de Rodat
dispensada às unidades críticas.
Resumo:
Palavras-chaves: Infecção Hospitalar, Prevalência de Infecções A Leishmaniose Visceral (LV) é um problema de saúde pública
Hospitalares, Vigilância epidemiológica mundial em decorrência da alta incidência e da evolução para óbi-
toemcercade90%doscasosnãotratados.Acometetodasasregi-
ões brasileiras, sendo o Nordeste responsável por 48% dos casos.
NaParaíba,dos223municípios,128apresentamcasosdeLV,onde
P175 SantaRita,Conde,JoãoPessoa,RioTintoeBaíadaTraição,sãores-
AVALIAÇÃODAVIGILÂNCIADAINFLUENZANUMAUNIDADESEN- ponsáveis por 56% dos casos notificados. Contudo, mesmo João
TINELA (2007-2009). Pessoa fazendo parte desse grupo, os conhecimentos epidemioló-
gicos desta doença são escassos, impedindo assim a realização de
Autor(es): GEANE RODRIGUES CHAVES, REBEKA ALVES CARIBÉ, FA- uma assistência em saúde adequada. O objetivo deste trabalho foi
BIANE DE LIMA, ADELMA SOUZA FRANCO realizar uma análise epidemiológica de casos confirmados para LV
residentes no município de João Pessoa, entre os anos de 2004 e
Instituição(ões): 1. HPMCG, UNIDADE PEDIÁTRICA HOSPITAL MA- 2009. Trata-se de um estudo quantitativo, com levantamento de
RIA CRAVO GAMA dados a partir das fichas de investigação do Sistema de Informa-
ção de Agravos de Notificação (SINAN) e a estimativa populacional
Resumo: pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A análise
Introdução: A influenza é um RNA vírus amplamente distribuído foi realizada por faixa etária e gênero através da elaboração de
pelo mundo, e que há séculos causa epidemias gripais. A influenza gráficos e consultas a literatura pertinente e a incidência foi cal-
é classificada em função do seu material genético em tipos A, B e culada por 100.000 habitantes. Foram observados 24 casos con-
C, podendo o tipo A ainda ser classificado em subtipos. A evolução firmados de LV em João Pessoa, representando 13,3% de todos
dessa doença infecciosa aguda muitas vezes pode levar a óbitos os casos ocorridos no mesmo período na Paraíba. A taxa de inci-
principalmente em pacientes imunocomprometidos, crianças e dência variou de 0,3 em 2009 a 0,8 em 2004 e 2005. A faixa etária
idosos. Objetivo:Otrabalho tevecomoobjetivoavaliaravigilância mais acometida foi a inferior a 5 anos de idade com incidência
da influenza segundo faixa-etária, resultados das amostras e iden- de 3,4, correspondendo a 46% de todos os casos ocorridos nesse
tificação da sorotipagem das amostras dos pacientes de zero a cin- período. Não foram observados casos confirmados de LV na faixa
co anos com diagnóstico de síndrome gripal. Metodologia: Estudo etária maior de 59 anos. Quanto ao gênero, no período estudado
retrospectivo das fichas de acompanhamento dos pacientes sele- foi observada incidência de 0,6 para o sexo masculino e 0,7 para
cionados de acordo com critérios estabelecidos pelo Ministério da o feminino. Do total de casos registrados, 4 evoluíram para óbito

186
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
(letalidadede17%),dosquaisosexofemininorepresenta75%dos P178
óbitos, tendo letalidade de 23%. Podemos concluir que João Pes- EXPERIÊNCIASNOENFRENTAMENTODAPANDEMIADEINFLUEN-
soa, no período estudado, não houve surtos de LV, com média de ZA A(H1N1) EM UM HOSPITAL GERAL
4 casos por ano e maior incidência em indivíduos com menos de
5 anos e em mulheres. A alta letalidade é um dado preocupante,
Autor(es): Lourdes das Neves Miranda, Gisele Izael da Silva Gon-
fato que merece atenção das políticas públicas de saúde. Espera-
çalves,CristianeAparecidaBetta,FláviaJuceliSilva,AndréiaNunes
mos que os resultados apresentados nesseestudo sirvam derefle-
de Barros, Fabiana Silva Vasques, Jane Silva de Oliveira, Thiago da
xo para as autoridades de saúde, bem como contribua para a ela-
Silva Mendes, Christian Leonardo Ferreira Campos
boração de medidas direcionada as necessidades populacionais.
Instituição(ões): 1. HGP, Hospital Geral de Pirajussara - SPDM
Palavras-chaves: Epidemiologia, Leishmaniose Visceral, Letalidade
Resumo:
Introdução Em 2009, o atendimento a pandemia de influenza
P177 A(H1N1), uma emergência em saúde pública, demandou a mobi-
CORRELAÇÃO ENTRE A MORTALIDADE E A FREQÜÊNCIA DE CO- lização e articulação dos diversos setores dentro da nossa institui-
LONIZAÇÕES / INFECÇÕES POR Acinetobacter spp. MULTIRRESIS- ção. Houve a necessidade de atendimento ágil às diversas mudan-
TENTE EM UNIDADES DE TRATAMENTO INTENSIVO EM UM HOS- ças do protocolo de atendimento preconizadas pelas autoridades
PITAL UNIVERSITARIO DO RIO DE JANEIRO sanitárias. Objetivo Relatar a experiência do grupo de enfrenta-
mento da pandemia de um hospital público da Grande São Paulo.
Autor(es): EDUARDO A.R. CASTRO, PAULO VIEIRA DAMASCO, SIL- Metodologia:1.Treinamentosdisponibilizadosaoscolabortadores
VIA THEES CASTRO, JULIO CESAR DELGADO CORREAL envolvidos na assistência direta e indireta; 2. Elaboração de um
planodecontingênciacomasprincipaisrecomendaçõesquantoao
Instituição(ões): manejo clínico, diagnóstico laboratorial e medidas de prevenção e
1. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO controle deste agravo; 3. Estabelecimento de fluxo de notificação,
coleta de exame e dispensação interna de oseltamivir 24 horas ao
dia; 4. Envolvimento de todos os setores da instituição: reuniões
Resumo:
semanais com profissionais da áreas envolvidas (por exemplo,
Introdução As infecções / colonizações por Acinetobacter spp.
almoxarifado); 5. Gerenciamento de leitos de isolamento: a) Pa-
multirresistente (IC- AMDR) têm aumentado em setores críticos.
cientes não-críticos, inicialmente, nos quartos de isolamento das
No há consenso na literatura entre o aumento da mortalidade e
enfermarias e em seguida o fechamento de uma ala do 6º andar;
infecção / colonização por esse microrganismo. Objetivo Deter-
b) Pacientes críticos, inicialmente, na UTI e posteriormente na UCI
minar correlação entre I/C-AMDR e mortalidade em unidades de
e plano alternativo do uso da enfermaria da Unidade de Cirurgia
tratamento intensivo (UTI) no hospital universitário Pedro Ernesto
Ambulatorial; 6. Mudança do fluxo de pacientes no PA (casos sus-
(HUPE). Métodos Foi realizada uma analise retrospectiva da mor-
peitos de Influenza e pacientes graves pela entrada de urgência
talidade em pacientes do HUPE (hospital terciário de 600-leitos; 5
e pacientes estáveis entrada pelo ambulatório). Criação de área
UTIs: 2 pediatricas e 3 de adultos) dos setores: UTI Geral (UTI-G:7
exclusiva no PA, com mínimo trânsito, e exclusiva para pacientes
leitos), da clinica medica (UTI-CM: 6 leitos) e da cirurgia cardía-
externos com queixas respiratórias - o “gripário”; 7. Retirada das
ca (UTI-CA:10 leitos), no período de maio de 2008 a setembro de
profissionaisdesaúdegrávidasdalinhadefrentedoatendimento;
2009.Usandobasesdedadosdacomissãodecontroledeinfecção
8. Relação com rede de saúde loco-reginal/Secretarias Municipais
hospitalar (CCIH), da internação e prontuários foi avaliada a pre-
de Saúde e divulgação do protocolo de atendimento às gestantes
sença de I/C-AMDR e a mortalidade associada a esse microrganis-
aos profissionais de saúde que atendiam as gestantes na rede mu-
mo.Excluio-sedestaanaliseaduplicidadedasculturas.Resultados
nicipal; 9. Relação com a Secretaria Estadual de Saúde, através da
Foi observado em 519 pacientes (8146 pac-dia), 189 óbitos e 136
elaboração de fluxo para dispensação interna e externa do oselta-
culturas com AMDR. A taxa de mortalidade media dos três setores
mivir, pela Farmácia do hospital 24 horas/dia. Resultados No perí-
foi 24.4 x 1000 pac-dia [17.26, 13.86 e 42.08 na UTI-G, UTI-CA e
odo de julho a 29 de setembro de 2009, foram internados e noti-
UTI-CM respectivamente]. A freqüência media de I/C-AMDR dos
ficados 74 casos de influenza. Foram confirmados 21 (28%) e três
três setores foi 16.7 x 1000 pac–dia [25.34, 8.57 e 16.36 na UTI-G,
(4%) casos de Influenza A(H1N1)e Influenza sazonal, respectiva-
UTI-CA e UTI-CM respectivamente]. Foi observada uma correlação
mente. Não ocorreu óbito entre os casos confirmados de influen-
inversaentreamortalidadeeonumeroI/C-AMDRemsetorescom
za. As faixas etárias mais acometidas foram os adultos jovens (15 a
maior prevalência do AMDR (UTI-G e UTI-CM). Na UTI-CA (Setor
49 anos) e crianças menores de dois anos. Neste período, ocorreu
com baixa prevalência de AMDR) também foi observada esta ten-
aumento do absenteísmo entre os funcionários (total de 466 dias
dênciainversacomaumentodamortalidadeemperíodosdebaixa
não trabalhados). Incremento no consumo de insumos: máscara
prevalência de IC-AMDR. Conclusão Parece existir uma correlação
cirúrgica(duplicou), máscara N95 (setuplicou),avental descartável
inversa entre a mortalidade de pacientes em setores críticos e al-
(aumento de 31%), álcool gel (triplicou) e papel toalha para higie-
tas prevalências de I/C-AMDR possivelmente relacionado á baixa
ne das mãos (aumento de 81%). Conclusões A interdiscilinaridade
virulência deste microrganismo e concorrência microbiológica
das ações foi fundamental para o sucesso da assistência. Ter uma
com espécies de reconhecida virulência como Staphylococcus
rede de comunicação efetiva foi o principal facilitador.
aureus, P. aeruginosa e enterobacterias, incluídas as produtoras
de beta-lactamase de espectro estendido (ESBL) e produtoras de
carbapenemase (KpC). Palavras-chaves: pandemia, influenza A (H1N1), epidemiologia,
interdisciplinaridade
Palavras-chaves: MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES, ACINE-
TOBACTER MDR, MORTALIDADE, UTI

187
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P179 Introdução: O vírus A H1N1 causa alerta mundial. A incidência de
CORRELACAO ENTRE AS BACTEREMIAS POR MICRORGANISMOS gripe sazonal é de 5 a 20%, enquanto a pandêmica incide entre
MULTIRRESISTENTES E IDADE ACIMA DE 65 ANOS EM PACIENTES 20 e 40%; aquela com letalidade de 0,1%; esta variável com taxas
DA UTI DE UM HOSPITAL PRIVADO DO RIO DE JANEIRO NO ANO de 0,2% nas pandemias de 1958 e 1968, até 2% em 1918. O ví-
2009 rus A H1N1 de 2009, tem gravidade moderada, com mortalidade
entre 0,45 a 2% de casos considerados graves. Em abril de 2009
a Organização Mundial de Saúde (OMS) volta sua atenção para
Autor(es): JULIO CESAR DELGADO CORREAL3, GABRIELA DE LIMA
casos da “gripe suína” surgidos no México; no mesmo mês, em
ALMEIDA2, MARIA DE FREITAS VILELA2, MANUEL CARLOS MO-
Cascavel/Paraná, registra-se, em um hospital privado de 110 lei-
REIRA BENITEZ2, ROGERIO RUFINO3,1, CECILIA DE MEDEIROS VI-
tos e 317 funcionários, o primeiro caso suspeito da região Oeste.
DAL2, PAULO VIEIRA DAMASCO1,2,3
O medo associado à desinformação, gerou a população dúvidas
Instituição(ões):
sobre as informações veiculadas na mídia. Objetivo: Promover a
1. HRL, HOSPITAL RIO LARANJEIRAS
informação através da educação em serviço. Métodos: O estudo
2. UNIRIO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEI-
caracteriza-se por relato de experiência através de atividades do
RO
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e Serviço de
3. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO
Educação Continuada (SEC) do Hospital Policlínica Cascavel Ltda
(HPC) frente à pandemia, enfatizando a prevenção e controle de
Resumo: disseminação do vírus A H1N1, no período de abril de 2009 a abril
Introdução A ocorrência de infecções por organismos multirresis- de 2010. Realizou-se palestras educativas, uso do site-HPC, entre-
tentes (MDRO) tem se tornado cada vez mais freqüente na prática vistas em rádios/jornais, assessoria fonada através do SCIH, elabo-
médica. Dentre os setores hospitalares, as unidades de terapia In- ração e exposição dos dados epidemiológicos internos, bem como
tensiva(UTI)apresentammaiorincidênciadessesmicrorganismos. sua emissão aos órgãos competentes, garantindo o planejamento
Considera-se a idade acima de 65 anos como um dos fatores de das práticas institucionais diárias. Resultados: Em 12 meses, ca-
risco para infecção por esses microrganismos. Objetivo Determi- pacitou-se 100% da equipe ativa da instituição, através de 40 pa-
nar se existe correlação entre pacientes com idades acima de 65 lestras e 32 treinamentos relâmpagos; notificou-se 418 casos sus-
anos internados na UTI de um hospital privado da cidade do Rio peitos; 274 foram submetidos ao exame laboratorial, destes, 23%
de Janeiro e a incidência de infecções por MDROs. Métodos Fo- foram positivos, 32% descartados e 45% sem resultado. Os 144
ram avaliadas 136 hemoculturas de 83 pacientes internados na casos restantes, ficaram sob responsabilidade de investigação da
UTI do hospital Rio Laranjeiras, no período de janeiro a dezembro VigilânciaEpidemiológicalocal.Onúmerodeóbitosregistradosfoi
de 2009. Os critérios utilizados para multirresistência foram: Sta- de 0,73% do total de casos confirmados laboratorialmente. Nesse
phylococcus aureus resistente à oxacilina (MRSA), Enterobactérias período, 5% dos colaboradores foram afastados para tratamento
produtoras de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) ou específico do vírus. Em 2010, a campanha de vacinação veiculada
Enterobacterias produtoras de carbapenemase (KpC), Gram nega- pelo Ministério da Saúde, propiciou a imunização a 84% da popu-
tivos não fermentadores resistentes a cefalosporinas de terceira lação HPC. O SCIH e o SEC, mantém no cronograma anual, eventos
geração,quinolonasecarbapenêmicos(MDR).ResultadosDas136 acerca do tema por tempo indeterminado. Conclusão: A relação
hemoculturas analisadas, 116 (85,3%) eram de pacientes maiores direta entre saúde e educação, estabelece um elo de saberes que
de 65 anos e 20 (14,7%) de menores de 65 anos. Dentre as hemo- inclui conscientização e autonomia como necessidades de ações
culturas dos menores de 65 anos, 10 (50%) foram positivas para coletivas e de estímulos à participação. Os multiplicadores de in-
MDROs e dentre as dos maiores de 65 anos, 56 (48,3%). O risco formações são primordiais, pois disseminam a informação correta
relativo observado para aquisição de MDROs em pacientes acima prevenindo o problema, promovendo saúde e qualidade de vida.
de 65 anos foi não estaticamente significativo [RR = 0,99 IC 95% O SCIH, SEC e HPC, desenvolveram papel fundamental na luta pela
(0,75 - 1,30)] Conclusão Não encontramos uma correlação estatis- prevenção, ampliando ações à população em geral, entendendo
ticamente significtativa entre idade acima de 65 anos e aumento que prevenção e informação caminham juntas.
da freqüência das amostras MDRO em hemoculturas de pacientes
internados na UTI.
Palavras-chaves: AH1N1,CONTROLE DE INFECÇÃO,DESINFORMA-
ÇÃO, EDUCAÇÃO CONTINUADA, PANDEMIA
Palavras-chaves: IDOSO, BACTEREMIAS, MICRORGANISMOS MUL-
TIRRESISTENTES, UTI

P181
INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA NOS
P180 SERVIÇOS DE HEMODIÁLISE DO ESTADO DA BAHIA EM 2009
INFLUENZA A H1N1: PREVENÇÃO É INFORMAÇÃO OU INFORMA-
ÇÃO É PREVENÇÃO?
Autor(es): Marilene Soares da Silva Belmonte, Fátima Maria Nery
Fernandes
Autor(es): CRISTIANE KARLA SILVA, ALESSANDRA A. RODRIGUES
GIMENES, ALEXANDRE L. G. PINHO LINS, DIVA REGINA MENOLLI,
Instituição(ões):
LINDALVA DA CRUZ MELO, THAÍS DE SOUZA MACHRY
1. SESAB/DIVISA, Secretaria da Saúde do Estado da Bahia
Instituição(ões):
Resumo:
1. HPC, HOSPITAL POLICLÍNICA CASCAVEL LTDA.
As complicações infecciosas em pacientes com insuficiência renal
crônica submetidos ao tratamento hemodialítico representam
Resumo: desafios importantes para os profissionais da saúde. Os pacien-

188
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
tes submetidos à hemodiálise crônica apresentam grande risco de generativas como causa básica de morte, acompanhadas de agra-
infecção, e o acesso vascular é uma fonte potencial de contami- vantes à saúde: desnutrição grave e prematuridade que poderiam
nação. A variabilidade de fatores de risco que predispõem a essas ser melhor acompanhadas e evitado o óbito. CONCLUSÃO: O esta-
complicações têm sido, freqüentemente investigadas na literatu- belecimento de um perfil epidemiológico pressupõe melhor qua-
ra. Nesse sentido, objetivou-se analisar a incidência de infecção lidade da assistência. O conhecimento dos fatores determinantes
relacionada à assistência nos serviços de hemodiálise (HD) do e/ou relacionados ao processo de adoecimento permite interven-
Estado da Bahia em 2009. Realizou-se um estudo epidemiológico ções preventivas e assistenciais multiprofissionais/integrativas.
retrospectivo, descritivo, com os pacientes que realizaram HD nos
28 serviços de diálise no Estado, que enviam regularmente seus Palavras-chaves: Vigilância epidemiológica, SINAN, Sistema de In-
indicadores, onde a coleta de dados foi realizada, através dos re- formação
latórios dos serviços de diálise enviados à Comissão Estadual de
Controle de Infecção da Bahia. Observou-se uma incidência de in-
fecçãode4,4%;dessescasos51,8%foirelacionadoàsítiodeinser- P183
ção do catéter e 20% à Corrente sanguínea. A maior frequência de ANÁLISE DOS ÓBITOS FETAIS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO
microrganismo foi de Staphyloccus aureus com 15,6%; as reações INTERIOR DO RIO GRANDE DO NORTE
pirogênicas representaram 0,7% dos eventos ocorridos; a taxa de
letalidade por infecção foi de 2,5% e não houve soroconversão no Autor(es):WiltonRodriguesMedeiros1,2,SilvanaHelenaNevesde
período. Estudos desta natureza têm sua relevância, considerando Medeiros1,2, Karla Vanessa Rodrigues Soares1, Ana Maria Mon-
que estampam a realidade e a necessidade da vigilância dos fato- teiro Cavalcanti1, Sonaira Larissa Varela de Medeiros1, Elza Maria
res de risco da infecção, para posteriormente implementar medi- Fernandes S. de Melo1
das de prevenção e controle.
Instituição(ões):
Palavras-chaves: Hemodiálise, Incidência, Infecção relacionada à 1. HUAB-UFRN, Hospital Universitário Ana Bezerra
assistência, Serviços de diálise 2. SESAP-RN, Secretaria de Saúde Pública do Estado do Rio Grande
do Norte

Resumo:
P182 Introdução: Mesmo com o declínio nas últimas décadas no Bra-
PREVALÊNCIADOSAGRAVOSDENOTIFICAÇÃOEMUMHOSPITAL sil, a mortalidade infantil permanece como problema em Saúde
PEDIÁTRICO UNIVERSITÁRIO Pública. Especialmente a mortalidade perinatal, que engloba a
neonatal precoce e fetal, que não conseguem acompanhar o de-
Autor(es): PATRÍCIA TAVEIRA DE BRITOARAÚJO, Juliana Teixeira Ja- clínio da pós-neonatal. As duas possuem fatores de risco e etiolo-
les Menescal Pinto, Déborah Dinorah De Sá Mororó, Mylena Taise gia semelhante, que interferem no feto no final da gestação e no
Azevedo Lima, Valéria Jâne Jácome Fernandes, Rafaela Antunes recém-nascido nas primeiras horas e dias de vida, sendo na sua
Peres, Gervina Brady Moreira Holanda maioria evitáveis. No entanto, os serviços de saúde dificilmente
incorporaram na sua rotina a sua análise, principalmente dos óbi-
Instituição(ões): 1. HOSPED, Hospital de Pediatria Prof. Heriberto tos fetais, nem a partir dessa propõem ações para sua redução.
Ferreira Bezerra Objetivos: Nessa perspectiva o Hospital Universitário Ana Bezer-
ra (HUAB), que presta assistência materno-infantil, implantou em
Resumo: 2009 a sua Vigilância de Óbitos Infantil e Fetal, com o intuito de
INTRODUÇÃO: O conceito de epidemiologia e Vigilância epide- qualificar as informações no hospital e incorporar a avaliação dos
miológica nas práticas hospitalares configura uma nova forma de serviços ofertados.Também colaborando com a investigação para
assistir e intervir dentro do contexto de adoecimento. O seguinte aVigilânciaEpidemiológicaMunicipaleEstadual,serviçoorganiza-
trabalhopropõe-seadescreveroperfilepidemiológicodoHospital do pela Portaria Nº 72, de 11 de Janeiro de 2010. que tem como
de Pediatria da UFRN prof. Heriberto Ferreira Bezerra (HOSPED). propósito identificar os problemas, estratégias e medidas de pre-
MÉTODO: estudo seccional com análise descritiva da prevalência venção de óbitos, de modo que se diminuam as desigualdades na
das notificações do Sistema de Informação de Agravos Notificá- mortalidade infantil, principalmente no Nordeste e Amazônia Le-
veis (SINAN), do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e gal.Métodos:NoHUABasinvestigaçõesficaramacargodoNúcleo
do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP- Estadual), do Hospitalar de Vigilância Epidemiológica (NHVE). Foi utilizada ficha
HOSPED no ano de 2009.RESULTADOS: dados do SINAN mostram para investigação do óbito fetal em âmbito hospitalar do Minis-
que 56% das crianças atendidas com agravos de notificação são tério da Saúde, nos óbitos com peso igual ou superior a 2500g.
do sexo feminino, em faixa etária de <1 ano (30) e 1-4 anos (30) Sendo instituída a comunicação em 48 horas, para a Secretária de
de idade. Desses 7 casos correspondem a sífilis congênita, seguida Saúde Pública do Estado (SESAP-RN). Resultados: Em 2009 foram
de Influenza A (04) e Dengue (03). Os dados do RCBP apresentam registrados quinze óbitos fetais, com preenchimento de Declara-
3 casos de câncer notificados no HOSPED, todos do sexo mascu- ção de Óbito (DO). Desses foram investigados seis, que tiveram
lino, sendo na faixa etária de 1-4 anos de idade (2) e de 10-14 fetos com peso médio de 3.158 g, a idade gestacional média das
anos (1). O diagnóstico se deu através da histologia (2) e cirúrgico/ mães foi de 39,6 semanas. Em todos os casos a DO atestou a anó-
histológico (1). Quanto à morfologia evidenciou-se carcinoma pa- xia intra-uterina como causa básica de morte. Em relação ao uso
pilífero(1),carcinomadesupra-renal(1)eleucemialinfóideaguda de medicação no parto, 85% dos casos investigados, com registro,
(1).Quantoatopografiafoinaglândulasupra-renal(1),natireóide fizeram uso de Misoprostol, e um caso conjuntamente com Atro-
(1) e na medula óssea (1). O SIM declarou 7 óbitos em 2009 com pina. Não havia nenhum registro de patologias ou fatores de risco
prevalência do sexo masculino (57%). A faixa etária é de <1 ano de apresentados durante a gravidez. No relato das mães esse óbito
idade (6) e de 10-14 anos (1). Encontramos doenças crônicas de- fetal era a primeira gestação em 33,3% delas. Enquanto entre as

189
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
que já tinham estado grávida, a média de gestações era de 3,25 zar as ações de eliminação para toda a rede básica de saúde, com
gestações, onde 50% já tinha tido pelo menos um filho nascido destaque ao Programa de Saúde da Família (PSF), universalizando
morto.Emrelaçãoàscondiçõesdenascimento,50%foramdeóbi- o acesso da população ao diagnóstico e ao tratamento da hanse-
tos com o feto macerado, no restante, dois fetos morreram antes níase. Como também capacitar e conscientizar os profissionais de
do parto e um durante o parto. Conclusões: O perfil de mortalida- saúde, emparticular os de enfermagem, que estão à frente desses
de encontrado, sugere que a maior parte são por causas evitáveis, serviços.
o que demanda uma avaliação da atenção ofertada à gestante,em
relação à qualidade do pré-natal e a assistência obstétrica espe- Palavras-chaves: Hanseníase, Estudos de prevalência, Epidemiolo-
cializada, no intuito de se propor uma Rede de Atenção Perinatal, gia, Enfermagem
pois só a partir dessa organização efetivamente haverá uma dimi-
nuição dos números da mortalidade infantil.

Palavras-chaves: Epidemiologia, Óbito fetal, Mortalidade infantil, P185


Vigilância Epidemiológica Hospitalar, Planejamento PANDEMIA INFLUENZA A (H1N1) 2009 EM PELOTAS-RS - ESFOR-
ÇOS E RESULTADOS

Autor(es): ANA CAROLINA ISSLER FERREIRA KESSLER1, AFRÂ-


P184 NIO KRÜGER1, MARILENE BURIOL FARINHA1, JUNIOR ANDRÉ DA
PREVALÊNCIA DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE CARUARU-PE, ROSA1, FRANCISCO ISAÍAS2
NO PERÍODO DE 2001 A 2005.
Instituição(ões):
Autor(es):LaísdeMacêdoFerreiraSantosSantos,DéboraMiriado 1. HE-UFPEL, Hospital Escola - UFPEL - Pelotas-RS
Nascimento Macêdo Macêdo, Débora Soledade de Oliveira Olivei- 2. SMS/PELOTAS-RS, Secretaria Municipal de Saúde - Pelotas-RS
ra,WilnikadoCarmoBarrosBarros,IaraTienedeLimaMeloMelo,
Diego Augusto Lopes de Oliveira Oliveira Resumo:
INTRODUÇÃO: Em 25 de abril 2009, OMS declarou Influenza A
Instituição(ões): (H1N1) Emergência Saúde Pública Importância Internacional (ES-
1. ASCES, Associação Caruaruense de Ensino Superior PII), pela confirmação entre humanos e a partir 11 de junho, com
disseminação mundial, declarou início da pandemia do novo sub-
Resumo: tipo viral. No Brasil, na fase de mitigação, semanas epidemiológi-
INTRODUÇÃO:Ahanseníaseéumadoençainfectocontagiosa,cau- cas (SE) 29 a 52/2009, o coeficiente incidência (CI) por Influenza
sada pelo agente etiológico Mycrobacterium leprae. O principal A (H1N1) foi 23,3/100.000 habitantes, maior incidência abaixo 2
meio de eliminação dos bacilos são as vias aéreas superiores. A anos, seguido 20 a 29 anos e a menor acima 60 anos, com pico
doença se manifesta principalmente através de sinais e sintomas na SE 31, padrão na região sul e sudeste. Rio Grande Sul teve o
dermatoneurológicos, sua predileção pelos nervos periféricos lhe 1ª caso nacional confirmado, SE 22/2009, casos notificados de
confere um grande potencial para provocar incapacidades físicas doença respiratória grave (SRAG) 61,7/100.000 hab, 13,7 (H1N1)
que podem evoluir para deformidades. A hanseníase é uma doen- com 1,7 óbitos/100.000 hab. Pelotas, região sul, às margens La-
ça de notificação compulsória em todo território nacional, sendo goa dos Patos, cidade histórica, 323.034 habitantes, 3ª no esta-
objetivo de atuação na saúde pública devido a sua magnitude, e do, iniciou mobilização concomitante à declaração ESPII, na fase
potencial incapacitante e por acometer a faixa etária economica- inicial de contenção. OBJETIVO: Relato dos esforços e resultados
mente ativa. Em 1999, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), no município de Pelotas-RS. MÉTODO: Formação do Comitê Muni-
promoveu o Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase cipal Enfrentamento da Pandemia, multidisciplinar e institucional,
(PNEH), com o objetivo de eliminar a hanseníase como problema coordenação SMS, reuniões semanais para definições estratégi-
de saúde pública até 2005, reduzindo a sua prevalência, a menos cas. Ampliação de equipamentos e leitos, geral e UTI, no Hospital
de um caso em 10000 habitantes, quebrando assim a cadeia epi- Escola-UFPEL, referência na epidemia e, demais hospitais públicos
demiológica da doença e a produção de novos casos. OBJETIVOS: e privados, organização ambulatorial, instalação de tenda de tria-
Descrever a prevalência da hanseníase no município de Caruaru- gem e atenção à Gripe e distribuição do antiviral específico. Capa-
PE, no período de 2001 a 2005. MÉTODOS: Trata-se de um estudo citação de profissionais de saúde aos protocolos de assistência e
transversal, descritivo e de abordagem quantitativa. A fonte de biossegurança. Campanhas informativas e boletins, suspensão ati-
dados foram textos bibliográficos, DATASUS eIBGE. Avariávelutili- vidades escolares e aglomerações. RESULTADOS: Pelotas registrou
zada foi sexo e a taxa de prevalência foi obtida pelo cálculo de ca- 1ª internação SRAG em 22/06/2009 (SE 26) e 165 internações até
sosexistentesresidentesemregistroativonoano/populaçãototal SE 39/2009, CI 50,1/100.000 hab, 33 em UTI (20%) e 24 óbitos (18
residente no ano X 10000. RESULTADOS: Nos anos de 2001 a 2004 UTI). Confirmados Influenza A (H1N1), 25 casos, CI 7,7/100.000
Caruaru apresentou-se na meta preconizada pelo PNEH, com va- hab e 0,9 óbitos/100.000. Pico internações SE 31/2009. Faixa etá-
lores respectivamente de 0,66/10000 hab. e 0,82/10000 hab.,nos ria mais prevalente e mais óbitos <2 anos, seguido 25-29 anos e
demais anos obteve resultados um pouco acima da média, ten- 30-49 anos. Maioria dos casos, sem co-morbidades (30%), segui-
do em 2003 a maior taxa, com 1,47/10000 hab.. A prevalência no dos de cardiopatias (25%) e pneumopatias (15%). Gestantes, 10
sexo feminino só foi maior que no sexo masculino no ano de 2003, internações SRAG, 4 confirmadas, 50% sem co-morbidades, 30%
contudo foi o ano que apresentou menor diferença no resultado doenças respiratórias prévias, 10% HAS, nenhum óbito. Mais 750
entre os dois sexos. CONCLUSÃO: A pesquisa demonstrou que Ca- profissionais capacitados, cerca 15.000 equipamentos proteção
ruaru manteve em 2005, taxas aproximadas da meta de 1 caso a distribuídos e 528 dispensações antiviral. CONCLUSÃO: Conheci-
cada 10000 habitantes. Contudo para que esse resultado seja al- mentoeuniãoforamdeterminantes,consultoriatécnicarepresen-
cançado é preciso autonomia e iniciativa política para descentrali- tativa e lideranças de órgãos públicos. Como resultante, cultura

190
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
deproteçãoàsdoençasrespiratóriasebiossegurança.Mobilização de meningites de maior relevância epidemiológica.
precoce em Pelotas, coincidente com início tardio de casos graves,
epidemia mais lenta e índices inferiores ao padrão estadual. Palavras-chaves: EPIDEMIOLOGIA, NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA,
MENINGITE, VIGILANCIA SANITÁRIA
Palavras-chaves: Doenças Emergentes, Epidemias e Pandemias,
Influenza A (H1N1), Gripe A, Pelotas-RS

P186 P187
AVALIAÇÃO DOS AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA EM HEPATITES VIRAIS: PERFIL DO ENCERRAMENTO DAS INVESTIGA-
UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE DE MONTES CLAROS - MINAS ÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS EM UM HOSPITAL DO MUNICÍPIO DO
GERAIS. NATAL, RIO GRANDE DO NORTE (RN), 2009.

Autor(es): CLÁUDIA ALVARENGA DINIZ FONSECA¹, ANA CECÍLIA Autor(es): ANNA LIVIA MEDEIROS DANTAS, LUCIANA MELO RIBEI-
VERSIANI DUARTE PINTO¹, FERNANDA OLIVEIRA LOPES¹, DIEGO RO,FRANCIANEAMORIMDEOLIVEIRALIMA,ANABEATRIZMEDEI-
RANIERI ALVES¹ ROS DE SIQUEIRA, SANDRA PATRICIA SARAIVA CIPRIANO, BARNO-
RA THERESA DANTAS, PATRICIA CABRAL FERREIRA, KATIA REGINA
BARROS RIBEIRO, ANA ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇA, RODRIGO
Instituição(ões):
ASSIS NEVES DANTAS
1. UNIMONTES, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
Instituição(ões): 1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRAN-
Resumo:
DE DO NORTE
INTRODUÇÃO: A informação é indispensável para o planejamento
deaçõesemsaúde.OSistemadeInformaçãodeAgravosdeNotifi-
cação(SINAN)foidesenvolvidoparareunirdadossobreagravosde Resumo:
notificação compulsória em todo território nacional e guiar inter- INTRODUÇÃO: As Hepatites Virais são doenças infecciosas causa-
venções. A meningite destaca-se como um agravo com várias cau- das por diferentes agentes etiológicos, representando grande pro-
sas, influenciado por aspectos ambientais e medidas preventivas. blema de saúde pública em âmbito mundial. O Brasil, assim como
OBJETIVOS: esse estudo objetivou avaliar os casos de meningite outros países da América Latina, é considerado de alta endemi-
notificados na Santa Casa de Montes Claros – MG (SCMC) no ano cidade, variando consideravelmente nas diversas regiões do país.
de 2009 e a condução da investigação epidemiológica. MÉTODOS: No município do Natal/RN, em um hospital Universitário através
trata-se de um estudo descritivo retrospectivo, que analisou a Fi- doNúcleoHospitalardeEpidemiologia(NHE),sãonotificadosein-
cha Individual de Investigação (FII) do SINAN de todos os agravos vestigados os casos suspeitos e confirmados da doença, mediante
notificados na SCMC e a FII de meningite que constava na Vigi- trabalho conjunto com o ambulatório de Gastroenterologia, refe-
lância Epidemiológica Estadual (VEE) registrada no SINAN no ano rência no tratamento das doenças hepáticas do estado. OBJETIVO:
de 2009. Foram excluídas as notificações de meningite que não Verificar a oportunidade do encerramento dos casos de Hepatites
constavam no SINAN. RESULTADOS: A SCMC registrou 283 agra- Virais notificados e investigados em um hospital universitário em
vos em 2009. As meningites foram responsáveis pela maioria das 2009. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo com aborda-
notificações (51) entre as doenças infecciosas. Entretanto, foram gem quantitativa, realizado através da coleta de dados em banco
excluídos 12 casos que constavam apenas nos registros da SCMC, oficial do Sistema de Informação dos Agravos de Notificação (SI-
sem registro no SINAN. A amostra foi de 39 casos, 14 registrados NAN NET) e das Fichas Individuais de Investigação (FII), investiga-
apenas no SINAN e outros 25 casos que constavam no SINAN e na das no ano 2009, em um hospital universitário de referência para
SCMC.Foramrealizadosnolíquor38examesquimiocitológicos,33 o Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em âmbito
culturas, 26 bacterioscopias, 23 aglutinações pelo látex e 12 con- hospitalar. RESULTADOS: Foram notificados 121 casos de Hepati-
traimunoeletroforeses.Osdoisúltimosexamesrealizadosnolabo- tes Virais, correspondendo a 69,5% do total de notificações das
ratório de referência estadual em Belo Horizonte. A VEE concluiu Doenças de Notificação Compulsórias (DNC) da Unidade Hospita-
como meningite 92,3% (36/39) dos casos e utilizou como critério lar, destas, 44,6% foram investigados oportunamente. Dos casos
de confirmação o quimiocitológico em 75% dos casos (27/36), a investigados, 25,6% eram procedentes de Natal e 19% de outros
cultura em 16,67% (6/36), o critério clínico em 5,55% (2/36) e a municípios. Foram confirmados laboratorialmente 13%; 42,6% fo-
aglutinação pelo látex em 2,78% (1/36). Em relação às causas, a ram descartados e 40,7% encerrados como inconclusivos. Todos
meningite asséptica ocorreu em 61,11% (22/36) dos casos, a me- os casos confirmados foram do sexo masculino, sendo 71% pelo
ningocócica 2,78% (1/36), a pneumocócica 11,11% (4/36), outras vírus da Hepatite C. CONCLUSÃO: O estudo revelou que 44,6% dos
bactérias 16,67% (6/36) e outras etiologias 8,33% (3/36). CON- casos foram encerrados em tempo oportuno, refletindo o esforço
CLUSÃO: O estudo mostrou deficiência da notificação da vigilância dos profissionais envolvidos e a necessidade de aprimoramento
epidemiológica estadual com perda significativa de casos, 23,5% do trabalho, na busca do esclarecimento diagnóstico e construção
(12/51) dos casos notificados somente na SCMC e, provavelmen- do perfil dos casos de Hepatites Virais em investigação no Hospital
te, também na vigilância epidemiológica municipal, demonstran- Universitário Onofre Lopes.
do fragilidade no processo e elevando os riscos associados a não
adoção de medidas de controle. Percebe-se a necessidade de im- Palavras-chaves: epidemiologia, hepatites, hospital, vigilância
plementação de laboratórios de microbiologia para aprimorar o
diagnóstico etiológico das meningites no interior de MG, já que o
critériomaisutilizadonãopermitedefiniçãoetiológica,examequi-
miocitológico do líquor. Não foi demonstrado número expressivo

191
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P188 doença é a Cochliomyia hominivorax, uma mosca com marcante
INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO HOSPITALAR NOS HOSPITAIS DO ESTA- presença no Brasil(Guimarães & Papavaro,1999). Há direta re-
DO DA BAHIA EM 2009 lação com a pobreza, falta de cuidados primários de saúde e de
saneamento básico(Marques et al,2007). A incidência do díptero
em clima tropical é maior no período chuvoso embora ocorra ao
Autor(es): Ezinete de Oliveira Dorea, Fátima Maria Nery Fernandes
longo do ano(WHITE, 2001). A escassez de estudos e a alta preva-
lência da doença torna importante a análise epidemiológica para
Instituição(ões): criação de métodos alternativos de profilaxia primária e controle
1. SESAB/DIVISA, Secretaria da Saúde do Estado da Bahia da infestação por dípteros. OBJETIVOS 1)Estudo epidemiológico,
através do diagnóstico clínico de miíases em pacientes atendidos
Resumo: no Hospital do Andaraí, no município do Rio de Janeiro, 2)Investi-
A infecção hospitalar (IH) é um grave problema de saúde pública gar fatores abióticos de maior importância, 3)Identificar agentes
mundial e responsável pela significativa morbimortalidade e, con- etiológicos envolvidos. MÉTODOS Estudo conduzido no Hospital
seqüentemente,por um elevado custo econômicoe social. Apesar do Andaraí(HA),Rio de Janeiro após aprovação no Comitê de Ética
dos grandes avanços tecnológicos da atualidade na área da saúde, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e Centro de
diversos estudos demonstram que as infecções hospitalares são Estudos do HA. Através de contatos com profissionais da saúde
as mais freqüentes complicações relacionadas à assistência. Nessa do HA, realiza-se observações clínicas e epidemiológicas, coletas
perspectiva, objetivou-se analisar a incidência de infecção hospi- de espécimes, registros fotográficos da lesão e tratamento. As
talar nos hospitais do Estado da Bahia em 2009. Trata-se de um larvas são conduzidas ao Laboratório de Estudo de Dípteros para
estudo epidemiológico, retrospectivo, descritivo, onde foram ana- posterior identificação taxonômica. RESULTADOS Registrados 41
lisados os relatórios de IH dos hospitais da Bahia, enviados à Co- pacientes diagnosticados com miíase na Emergência do HA, entre
missão Estadual de Controle de Infecção, mensalmente. Verificou- agosto de 2009 a maio de 2010. Destes,14 tinham de 0 a 12 anos;
se uma incidência de paciente com infecção hospitalar e infecção cinco, 13 a 40 anos; dez, de 40 a 65 anos; e doze tinham mais de
hospitalar representado por 2,5% e 2,8%,respectivamente, e taxa 65 anos. Quanto a etnia, 20 eram negros; oito, brancos; e treze,
de letalidade de 7,2%. A densidade de incidência de infecção nos pardos. Ao analisar as condições sócio-econômicas, 31 possuíam
hospitais da rede estadual foi de 6,5%o. O maior percentual de IH residência própria; quanto à renda mensal, 22 recebiam até dois
ocorreu nos hospitais da rede privada, representado por 50% dos salários; e 25 possuíam animais no domicílio. Quanto ao grau de
casos; e no trato respiratório representada por 24,3%, seguida da instrução, 28 possuíam Ensino Fundamental incompleto. Quando
Infecção de corrente sanguínea com 19,6%. Diante de tais resulta- questionados acerca de uso de drogas ilícitas/lícitas dentre os in-
dos, que se encontram abaixo dos parâmetros da literatura, torna- divíduos acima de 12 anos de idade, que são 27, 14 afirmaram
se imprescindível a necessidade das CCIHs reavaliarem a vigilância seremtabagistase23,etilistas.Comofatoresetiológicos,atenta-se
epidemiológica das IHs realizada nos pacientes desses hospitais, para o trauma, com oito casos, doenças infecto-parasitárias,com
visto que em alguns desses, sugerem indicadores sub notificados, 14; e doença vascular, com cinco casos. Os bioagentes envolvidos
o que reflete no indicador global do Estado; aliada a conscientiza- são da espécie Cochliomyia hominivorax. CONCLUSÃO A maioria
ção de cada profissional da equipe multidisciplinar, para a imple- dos pacientes são negros e infantes ou idosos.A incidência de do-
mentação de uma assistência adequada ao paciente, com vistas enças infecto-parasitárias, mostra uma condição típica de países
a garantir indicadores reais e confiáveis, já que o conhecimento subdesenvolvidos. As condições higiênico-sanitárias dos pacientes
técnico sobre as questões a serem discutidas em infecção hospita- propiciam o aparecimento de miíase, sendo que muitos conviviam
lar,devefornecersubsídiosparaenvolvertodososprofissionaisda próximos a animais. O alto índice de uso de drogas lícitas deno-
áreadasaúdedeformaconscienteeresponsávelfrenteaocontro- ta deficiência de hábitos de vida saudáveis. A baixa escolaridade
le e prevenção dessas infecções. e renda mensal de até dois salários pode ter contribuído para o
desenvolvimento da miíase, uma vez que um melhor nível sócio-
Palavras-chaves: Bahia, Incidência, Infecção Hospitalar, Vigilância econômico poderia auxiliá-los a cuidar melhor de sua saúde. Por
Epidemiológica fim, espécie de díptero mais prevalente foi a C.hominivorax.

Palavras-chaves: Miíase, epidemiologia, dípteros, Cochliomyia ho-


minivorax
P189
EPIDEMIOLOGIA DE MIÍASES EM PACIENTES ATENDIDOS EM
HOSPITAL PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO
P190
Autor(es):RhycktielleGladysmanFerrerCarneiro,NathaliaRaposo PREVALËNCIA DAS INDICAÇÕES DE ANTIMICROBIANOS EM HOS-
Thompson, Thales Grôppo Felippe, Raphael Pietsch França Fontes, PITAL PÚBLICO DE BELO HORIZONTE DA FUNDAÇÃO HOSPITALAR
Claudia Soares Santos Lessa, Valeria Magalhaes Aguiar Coelho, DE MINAS GERAIS.
Barbara de Queiroz Gadelha, Barbara Proença do Nascimento, An-
dré Ricardo Acacio Veloso, Marina de Oliveira Hoerlle Autor(es): CLAUDIA FERREIRA, HAIRTON AZEVEDO, MAISA AZEVE-
DO, RENATA BARROS, ROCHA KENIA, ALINE SILVA, LIDIA MELO
Instituição(ões): 1. Unirio, Universidade Federal do Estado do Rio
de Janeiro Instituição(ões): 1. HGV, HOSPITAL GALBA VELLOSO
Resumo: Resumo:
INTRODUÇÃO Miíase é a invasão de larvas de moscas em tecidos INTRODUÇÃO Os antimicrobianos estão entre os medicamentos
humanos ou animais(Neves, 1997). A espécie mais implicada na maisprescritosemhospitaisesãoresponsáveispor20%a50%dos

192
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
gastos com medicamentos e, além disso, estima-se ainda que seu tade dos pacientes pediátricos inicia a terapia de reposição renal
uso seja empregado de forma inadequada em torno de 50% dos em hemodiálise. Infecção relacionada ao acesso vascular é uma
casos (LOURO ,ROMANO-LIEBER, RIBEIRO, 2007). Atualmente, a grande preocupação nesses pacientes, porque a maioria da popu-
prática de utilizar antimicrobianos de maneira profilática está bem lação pediátrica começa a hemodiálise usando um cateter como
difundida estando presente em mais de 90% dos procedimentos acesso vascular. Objetivos Realizar vigilância epidemiológica das
cirúrgicos (LICHTENFELS et al, 2007). Já Rubio-Cebrian(2000) men- infecções de corrente sanguínea relacionadas à hemodiálise em
ciona que o URM ( uso racional de medicamentos) é uma práti- populaçãopediátricademodosistemáticoepadronizado,utilizan-
ca que consiste em maximizar os benefícios obtidos pelo uso dos do o sistema de vigilância proposto pelo CDC. Métodos De outu-
fármacos, em minimizar os riscos (acontecimentos não desejados) bro de 2006 a abril de 2009, o sistema de vigilância de infecção
decorrentes de sua utilização e reduzir os custos totais da terapia de corrente sanguínea proposto pelo Centers for Disease Control
para o indivíduo e a sociedade. OBJETIVOS Demonstrar a preva- and Prevention foi conduzido prospectivamente em uma unidade
lência das indicações de antimicrobianos no período de janeiro de extra-hospitalar de hemodiálise pediátrica. Resultados Durante o
2008 a dezembro de 2009 e promover o uso racional de antimi- estudo, 30 pacientes pediátricos foram incluídos. O sexo mascu-
crobianos profiláticos. MÉTODOS Estudo descritivo, retrospectivo, lino foi predominante e a idade média foi de 9,5 anos. A maioria
de intervenção na unidade ortopédica do Hospital Galba Velloso dos pacientes (73%) começou o estudo com cateter como acesso
(HGV) no período de janeiro 2008 a dezembro de 2009. O HGV é vascular. A durabilidade média dos cateteres permanentes foi de
especializado em saúde mental com 145 leitos e ortopedia com 170,6 dias e de 2,2 anos para as fístulas. A principal razão para
86 leitos, localizado em Belo Horizonte, Minas Gerais. Os dados a remoção de cateteres foram problemas mecânicos e infecção.
foram obtidos através das solicitações de antimicrobianos (FSA) e Um a cada três pacientes foi hospitalizado a cada mês e 20% fa-
pelo protocolo de antibioticoprofilaxia cirúrgica ( KAC) no serviço leceram. Foram reportados 181 eventos e 450 pacientes-mês. A
de farmácia.Tamanho da amostra (n=4156) . Concepção do estudo taxadeinfecçãorelacionadaaoacessovascularfoide21,1por100
foi em três períodos sendo o primeiro(P1), de Janeiro a Setembro pacientes-mês e variou de 16,7 por 100 pacientes-mês em pacien-
de 2008, descreveu o padrão sem o kit profilaxia cirúrgica. O se- tes com cateter temporário a 30 por 100 pacientes-mês naqueles
gundo (P2), de outubro de 2008 a outubro de 2009 descreveu o com cateter permanente. Staphylococcus aureus foi o microrga-
padrãocomokitdeprofilaxiacirúrgicaeoterceiro(P3),dejaneiro nismo mais frequentemente identificado em 34% dos isolados,
2008 a dezembro de 2009. As variáveis dependentes: antimicro- com uma taxa de resistência a oxacilina de 21%. Conclusões Nosso
bianos profilático, terapêutico e independente é sexo. Critérios de estudodemonstrouumcenáriomuitodiferentedoqueovistonos
Inclusão: pacientes em uso de antimicrobianos e exclusão: pacien- pacientes adultos, com maiores taxas de infecção relacionada ao
tes sem antimicrobianos. Método Estatístico do excell 2007.IC = acesso vascular nas crianças. Esta vigilância ajudará na identifica-
95%. RESULTADOS Das 4156 FSA e KAC avaliadas, 2024 foram no çãoemonitoramentodastaxaslocais,naimplementaçãodeestra-
P1, 1834 estavam no P2 e 298 eram no P 3.Dos pacientes 77.75% tégias para a prevenção de infecção relacionada ao acesso vascu-
sexo masculino e 22,24% do feminino na profilaxia e na terapëu- larenaavaliaçãodaefetividadedasintervençõesdeprevençãona
tica foram 60,03% sexo masculino e 39,97% do feminino nos 24 população pediátrica em hemodiálise.
meses. A média dos pacientes femininos na profilaxia foi 411,33
e no terapêutico 198. A média dos pacientes masculinos na profi- Palavras-chaves: vigilancia, infecção, criança, hemodialise, cateter
laxia foi 1437,67 e no terapêutico 624,33. A média das indicações
profiláticas P 3 foi 924,50 e no terapêutico 411,33. A prevalência
global no P3 foi de 30,67%.A razão da prevalência 0,91 e OR 0,90.
CONCLUSÃO O estudo demonstrou que houve prevalência da pro- P192
filaxia nos3períodos deestudo equeproporcionou ouso racional INVESTIGAÇÃO DE ÓBITO INFANTIL EM HOSPITAL UNIVERSITÁ-
de antimicrobianos e redução dos custos hospitalares. RIO NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO NORTE

Palavras-chaves: ANTIMICROBIANOS, INDICAÇÕES, PROFILAXIA, Autor(es): Karla Vanessa, Anna Karine, Daniella Cristina, Sonaira
RACIONAL USO, TERAPËUTICA Larissa, Wilton Rodrigues, Silvana Helena

Instituição(ões): 1. HUAB, Hospital Universitario Ana Bezerra


P191 Resumo:
VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA DAS INFECÇÕES RELACIONA- Introdução: Mesmo com o declínio nas últimas décadas no Brasil,
DAS AO ACESSO VASCULAR EM CRIANÇAS EM HEMODIALISE a mortalidade infantil permanece como problema para os servi-
ços de saúde e para a população como um todo. Objetivo: Investi-
Autor(es): Carolina Sucupira, Marcelo Luiz Abramczyk, Maria Isa- gar os óbitos infantis em Hospital Universitário no interior do Rio
bel de Moraes Pinto Grande do Norte. Metodologia: Através da busca ativa diária feita
pela SCIH na Sala de Parto, Berçário de Cuidado Intermediário e
Instituição(ões): Pediatria e da análise das Declarações de Óbitos (DO) constantes
1. UNIFESP, Universidade Federal de SãoPaulo - São Paulo - SP no Núcleo Hospitalar de Vigilância Epidemiológica do referido
hospital, foram analisados os dados correspondentes ao núme-
Resumo: ro de óbitos infantis ocorridos no ano de 2009. Para a investiga-
Introduçéao A incidência de insuficiência renal crônica em crian- ção específica dos óbitos fetais foi pactuada que seriam elegíveis
ças tem se mantido estável nas últimas décadas, mas a prevalên- aquelescomemissãodeDOecompesoigualousuperiora2500g.
cia quase triplicou. Apesar de a melhor opção de tratamento para Observou-se desde dados relacionados à criança (tempo de vida,
esta patologia ser o transplante renal, a maioria dos pacientes peso,sexo), dados relativosao internamento(motivo,intercorrên-
necessita de meses a anos de diálise antes do procedimento. Me- cias, medicações) até dados relacionados a assistência prestada à

193
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
criança (problemas ao nascer, procedimentos utilizados, motivo e nenhum óbito foi identificado e 3 pacientes com resultado posi-
local do óbito). Foi realizada uma análise descritiva dos dados co- tivo para influenza AH1N1. Sobre a unidade de internação, 15,2%
letados. Resultados: No ano de 2009 ocorreram 6 óbitos infantis dos pacientes admitidos em Centro de Terapia Intensiva. Foram
no Hospital. Destes, 2 eram do sexo Feminino, com média de peso 30 (15%) casos confirmados, 102 (50%) sem resultado e 71 (35%)
ao nascer de 3009g (± 167g), e idade ao óbito de 8,83 dias. Todos descartados. Houve 8 óbitos, sendo que destes, 3 confirmados
nasceram a termo em Maternidade, com o parto sendo realizado para Influenza AH1N1. Conclusão: O perfil dos casos internados
por médico e somente 1 foi parto cesárea. Todas as crianças fo- seguiu a mesma tendência do divulgado mundialmente quanto à
ram assistias por Pediatras, onde 66,66% necessitaram de oxigê- faixa etária, evolução da doença, fatores de risco para complica-
nioapósnascimento(inalatórioouCPAP)etodosapresentaramno ções e sinais de gravidade. Apesarde as gestantes, grupo de maior
primeiro minuto apgar igual ou inferior a 7 e no segundo minuto risco para complicação, apresentarem porcentagem significativa
somente metade apresentou apgar superior a 7. Ao nascimento, de internação, observou-se boa evolução clínica da maioria. Foi
apenas uma criança apresentou mal formação congênita e outra constatado óbito de uma gestante que tinha outro fator de risco
apresentou microcefalia, sendo as causas de óbito registradas no associado. As pesquisas de Influenza AH1N1 no país ficaram sob a
prontuário de anencefalia, choque séptico, septicemia, microcefa- responsabilidadedelaboratóriospúblicosdereferênciadoEstado.
lia, parada cardiorrespiratória, insuficiência respiratória e hipóxia Estasobrecargaexplicaataxaconsideráveldepacientessemresul-
neonatal. Nenhuma criança foi submetida a necropsia. No ano de tado, prejudicando a análise de letalidade. Mesmo os casos com
2009 houve 1200 partos e como o número total de óbitos foi de 6 resultado positivo para a pesquisa de influenza que não recebe-
a taxa de mortalidade infantil foi de 5 para cada 1000 nascidos vi- ram tratamento específico tiveram boa evolução clínica. A adesão
vos.Conclusão:TodosdosóbitosforamconsolidadospeloHospital aos protocolos através de capacitações e planos de contingência
e a taxa de mortalidade infantil apresentou-se baixa em compa- garantiu a eficácia no fluxo de atendimento aos pacientes interna-
ração com a taxa atual brasileira. Investigação dos óbitos infantis dos com suspeita de Influenza AH1N1.
faz-se necessário, pois reflete de maneira geral as condições de
assistência à criança, proporcionando aos serviços de saúde a pos- Palavras-chaves: Influenza, Pandemia, Epidemiologia
sibilidade de identificar os problemas e traçar estratégias e medi-
dasdeprevençãodeóbitosevitáveisdemodoaalcançarmelhores
níveis de sobrevivência infantil.

Palavras-chaves: Óbito, Infantil, Saúde


P194
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES SUSPEITOS DE IN-
FLUENZA A H1N1 NOTIFICADOS E INVESTIGADOS PELO NÚCLEO
DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE UM HOSPITAL DE REFERÊN-
P193 CIA
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA EVOLUÇÃO DOS CASOS SUSPEI-
TOS E CONFIRMADOS DE INFLUENZA A H1N1 INTERNADOS EM Autor(es): GILBERTO DA LUZ BARBOSA1,2, JUSSARA GOMES1,2,
UM HOSPITAL GERAL PRIVADO NO PERÍODO DE JULHO DE 2009 MÁRCIA RIBEIRO1, ANA PAULA ZANELLA1, NATÁLIA NESPOLO DE
A FEVEREIRO DE 2010 PAULA1, DIONARA SCHLICHTING1, HANNA NOSCHANG2,1, BRU-
NA BOARIA ZANANDREA2,1, EUGÊNIO PAGNUSSAT NETO2,1,
Autor(es): Rodrigo Rocha, Silvana Ricardo, Marina Lage, Camila Al- MAGDA LUNELLI2,1
ves, Raquel Costa, Jairo Carvalho
Instituição(ões):
Instituição(ões): 1. HMD, Hospital Mater Dei 1. HSVP, HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO
2. UPF, UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
Resumo:
Introdução: Um novo subtipo de vírus Influenza AH1N1 surgiu em Resumo:
março de 2009 na América do Norte e se espalhou pelo mundo INTRODUÇÃO: A Influenza é uma doença epidêmica, que epi-
resultando em uma pandemia. Em Belo Horizonte, a chegada do sodicamente causa pandemias com grande morbimortalidade.
vírus coincidiu com o inverno. A princípio, o Ministério da Saúde OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes com
restringiu o atendimento à rede pública, mas com o aumento do suspeita de Influenza A (H1N1) e Síndrome Respiratória Aguda
número de casos foi necessário a expansão para o setor privado. Grave (SRAG) internados e ambulatoriais, investigados pelo Nú-
Objetivo:Analisar a epidemiologia dos casos suspeitos e confirma- cleo de Vigilância Epidemiológica (NVE) do Hospital São Vicente
dos de Influenza AH1N1 internados em um hospital geral priva- de Paulo (HSVP). MÉTODOS: Neste estudo foram avaliados todos
do de Belo Horizonte entre Julho/2009 e Fevereiro/2010. Méto- os pacientes notificados como casos suspeitos de Influenza no pe-
dos: Estudo retrospectivo dos casos suspeitos e confirmados de ríodo de junho a dezembro de 2009. Foram incluídos no estudo
Influenza AH1N1 internados entre Julho/2009 e Fevereiro/2010. todos os casos suspeitos de Influenza Pandêmica e SRAG. A coleta
Os pacientes suspeitos foram agrupados em uma tabela e poste- de dados foi realizada através das fichas de investigação do Sis-
riormente os dados foram compilados e analisados. Resultados: tema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) e prontuários
Foram analisados 203 casos suspeitos e confirmados da doença dos pacientes. Foi realizada análise dos dados para ara verificar a
internados entre Julho/2009 e Fevereiro/2010. 30% dos pacientes associação das variáveis. Foram utilizados os testes Qui-quadrado
estavam na faixa etária de 20 a 29 anos, 19% entre 30 e 39 anos, e T-Student com nível de significância de 5% e poder de teste 80%.
14% entre 40 e 49 anos e 37% nas outras faixas etárias. Quan- RESULTADOS: Foram analisados 367 pacientes. Destes, 217 (59%)
to ao gênero, 44,8% eram mulheres, sendo 78% em idade fértil internaram. Sendo que 104 (48%) foram admitidos em Unidade
e 22% gestantes. Em relação ao tratamento 90,6% receberam o de Terapia Intensiva. A coleta de secreção nasofaríngea ocorreu
antiviral e 9,4% não receberam, sendo que deste último grupo em 214 pacientes, destes, 91 (42,5%) confirmaram para Influenza

194
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
A H1N1 e 25 (11,7%) para Influenza Sazonal. Com relação à faixa residência, 71,8% são de Maceió, 6,3% Rio Largo, 1,3% União dos
etária, a prevalência de H1N1 foi a seguinte: 12 (13,2%) menores Palmares,1,2%JoaquimGomese17,8%residentesemoutrosmu-
ou igual a 2 anos; 13 (14,3%) de 15 a 24; 12 (13,2%) de 25 a 29; 39 nicípios (total=46). Quanto ao encaminhamento dos pacientes ao
(43%) de 30 a 49. Dos 217 pacientes internados ocorreram 39 óbi- HUPAA, 33,7% são de bancos de sangue, 4,7% CTA e 47,0% não se
tos (18%). Antivirais foram administrados em 48 (87%) dos pacien- aplicada.Conclusões:OscasosnotificadosnoHUPAArepresentam
tes suspeitos, mas tal terapia foi iniciada há mais de 48 horas após em sua maioria homens, adultos, brancos ou pardos e de baixa
o início dos sintomas na maioria dos pacientes 130(63%). Entre os escolaridade. A procedência dos casos demonstra que o HUPAA
pacientes H1N1 a letalidade foi de 22% e de Sazonal foi de 7,7%, atende pacientes de todo o estado, comprovando que a vigilância
OR 2 (IC 0,56 – 7,6). Ainda, 59% dos casos suspeitos apresentaram epidemiológica hospitalar é um componente complementar e efi-
uma ou mais comorbidades. A Média de permanência hospitalar caz na vigilância das hepatites virais, sendo o HUPAA fundamental
dos casos confirmados para H1N1 foi de 10,50 e Influenza Sazonal no âmbito da saúde pública alagoana.
de8,68.CONCLUSÃO:Nesteestudoasmaioriasdospacientescom
influenza tiveram doença causada pelo tipo A H1N1. A influenza Palavras-chaves:Hepatite A, HepatiteB,Hepatite C,Epidemiologia
H1N1 causou doença mais grave com tendência de maior letalida- Descritiva, Epidemiologia Hospitalar
de e acometendo uma população mais jovem. O atraso no início
da terapia antiviral pode ter contribuído para um aumento da gra-
vidade da doença.
P196
Palavras-chaves: Influenza A (H1N1), Vigilância epidemiológica, PERFIL CLINICO-EPIDEMIOLOGICO DOS CASOS DE INFLEUZA A
Surtos de Doenças (H1N1) NO HOSPITAL DAS CLINICAS DA FACULDADE DE MEDICI-
NA DE MARILIA

Autor(es): CAMILA MARCONDES DE OLIVEIRA MARTINS, CASSAN-


P195 DRA LUCCHESI DIAS, ANA LUCIA MAIESI LEITE, CLEONICE FERNAN-
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HEPATITES VIRAIS NO- DES MOREIRA E FERNANDES, LUCIANA PEDRAL SAMPAIO SGARBI,
TIFICADOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA, ALAGOAS, 2006 a MARIA ZILMA DOS SANTOS, LUCIANA DORETTO, IONE FERREIRA
2009 SANTOS,SONIAAPARECIDADOSSANTOSOLIVEIRA,LAYLADARWI-
CHE
Autor(es): Edna Maria Marques Melo1, Waneska Alexandra Al-
ves2, Leila Beatriz dos Santos Calazans2, George Vasconcelos Ca- Instituição(ões):
lheiros de Oliveira Costa2, Larice Caroline de Barros Silva2, Ivanilza 1. FAMEMA, FACULDADE DE MEDICINA DE MARILIA
Emiliano dos Santos1, Augusto Suzart Pimenta Neto1
Resumo:
Instituição(ões): INTRODUÇÃO: Ao longo da história, pandemias recorrentes de in-
1. HUPAA, Hospital Universitário Professor Alberto Antunes fluenza têm afetado indivíduos e sociedades em todo o mundo
2. UFAL, Universidade Federal de Alagoas com número elevado de internações e mortes. Em abril de 2009
foi identificado no Brasil o 1º caso do novo vírus, oriundo do Méxi-
Resumo: co. O HC de Marília foi referencia para atendimento, investigação
Introdução: As hepatites virais são doenças contagiosas causadas etratamentodeinfluenzaA.Desenvolvemosumplanoestratégico
por diversos agentes etiológicos e de distribuição universal. Os visando resposta rápida, segura e eficaz durante a pandemia. OB-
principais vírus são A, B, C, D e E, sendo o homem o único reser- JETIVO:Avaliarascaracterísticasclínico-epidemiológicasdoscasos
vatório importante. Possuem grande importância epidemiológica confirmados de influenza A (HINI). MÉTODO: Realizamos busca
no cenário da saúde pública brasileira devido aos elevados valores ativados casosnotificados ao Serviçode Vigilância Epidemiológica
dos indicadores de morbimortalidade específicos e pela possibili- comsíndromegripalsubmetidosàinvestigaçãolaboratorialnope-
dade de complicações das formas agudas e crônicas. O Estado de ríodo de julho a dezembro de 2009. Utilizamos informações conti-
Alagoas notifica anualmente uma média de 541 casos confirma- das nas FNC de Influenza Humana por Novo Subtipo (Pandêmico)
dos. A vigilância destas doenças é realizada de forma passiva ou eelaboramosuminstrumentoparacoletadedadosdoscasoscon-
ativa a depender da ocorrência de surtos. O Hospital Universitário firmados por exame RT-PCR de influenza A (H1N1). RESULTADOS:
Professor Alberto Antunes (HUPAA) da Universidade Federal de Foram notificados e tratados com oseltamivir 1388 pacientes, dos
Alagoas (UFAL) é considerado centro referência para diagnóstico quais 362 foram submetidos à coleta de secreção de nasofaringe
e tratamento das hepatites em Alagoas. A vigilância epidemioló- seguindo o protocolo da Secretaria Estadual de Saúde. Obtivemos
gica hospitalar foi implantada no HUPAA no ano 2006. Objetivo: 15 (4,1%) resultados positivos para o vírus sazonal e 120 (33%) po-
AvaliaroperfildoscasosdehepatitesviraisnotificadosnoSistema sitivos para o vírus pandêmico, sendo 79 (65%) do sexo feminino
de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do HUPAA, se- e 41 (35%) masculino, 37 com idade inferior a 14 anos, 73 entre
gundovariáveisdemográficaseepidemiológicas.Metodologia:Foi 15 e 49 anos e 10 pacientes acima de 50 anos. Tivemos 26 (21,2%)
realizado um estudo transversal descritivo dos casos notificados casos de gestantes, sendo 7 no primeiro trimestre, 11 no segundo
no SINAN no período de 2006 a 2009. Resultados: No período de e 8 no terceiro; e 68 (56,7%) casos com comorbidades, das quais a
estudo, foram notificados 678 casos, sendo 12,5%, 37,3%, 28,0% e principal foi doença metabólica com 13 (10,8%) casos, tabagismo
22,1% nos anos 2006, 2007, 2008 e 2009, respectivamente. Quan- com 11 (9,2%) e pneumopatia crônica com 10 (8,3%). As altera-
to às variáveis estudadas, do total de casos notificados, 61,8% são ções radiológicas mais importantes foram infiltrado intersticial em
do sexo masculino, 45,4% são pardos, 67,1% possuem idade en- 41(34,2%) pacienteseconsolidação em20(16,7%).Dos 120casos
tre 25 e 54 anos e 29,6% cursaram o ensino fundamental (41,4% totais ocorreram 9 óbitos (letalidade de 7,5%), sendo 2 homens e
sem informação quanto a escolaridade). Quanto ao município de 7 mulheres, destas 3 gestantes, todas no terceiro trimestre. CON-

195
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
CLUSÃO: Estes dados auxiliam no melhor conhecimento sobre a P198
epidemia e a necessidade de reforçar as ações preventivas e tra- MENINGITE MENINGOCÓCICA COM COMPROMETIMENTO DE
tamento precoce especialmente dos casos de pacientes com risco PARES CRANIANOS E HEMIPARESIA: RELATO DE CASO
para complicações
Autor(es): Fabiana Siroma, Aline Ferreira de Melo, Adriana Pires
Palavras-chaves: H1N1, NOTIFICACAO, PANDEMIA dos Santos, Evelin Amaral Ramos, José Albani de Carvalho Junior,
Rodrigo Cruvinel Figueiredo, Najara Maria Procópio Andrade

P197 Instituição(ões): 1. HGIS, Hospital Geral da Itapecerica da Serra


TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
DE PACIENTES ADMITIDOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Resumo:
Introdução: A meningite meningocócica caracteriza-se por quadro
Autor(es): LILIAN FIGUEIRÔA DE ASSIS, KENNIA SIBELLY MARQUES agudo grave de febre, cefaléia, rigidez de nuca, confusão mental,
DE ABRANTES, GEOFABIO SUCUPIRA CASIMIRO, HERMERSON NA- aparecimento de petéquias e quadros de púrpura fulminans. Ape-
THANAEL LOPES DE ALMEIDA, MAGALY SUÊNYA DE ALMEIDA PIN- sar da gravidade, a maioria dos pacientes tratados precocemen-
TO, MARIANA QUEIROGA BARBOSA, ARIADNE PEREIRA PEDROZA, te recupera-se sem sequelas neurológicas, ao contrário das me-
VLADIA PINHEIRO DE SOUSA ningites pneumocócicas em que as sequelas motoras, cognitivas
e alteração de audição são mais prevalentes. Objetivo: relato de
Instituição(ões): caso de paciente com meningite por N.meningitis evoluindo com
1. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE sequela de hemiparesia, surdez e alteração de pares cranianos.
Métodos/descrição: Paciente masculino, 47 anos, internado por
quadro de febre alta, diarréia, rebaixamento do nível de consciên-
Resumo:
cia e coma; no exame clínico apresentava rigidez de nuca e pupilas
INTRODUÇÃO: O Brasil apresenta uma das maiores incidências de
anisocóricas sem reflexo fotomotor à direita. Realizado tomogra-
Traumatismo Cranioencefálico (TCE) do mundo, representando
fia computadorizada de crânio sem alterações e punção liquórica
um problema de saúde pública no qual é a principal causa de mor-
compleocitoseneutrofílica(4640célulascom90%deneutrófilos),
tenapopulaçãojovem.OTCEestápresentenamaioriadasvítimas
glicose de 11mg/dl, hiperproteinorraquia, reação de aglutinação
detraumaeéumimportantefatordeóbito.OBJETIVOS:Estudaro
pelo látex positivo para N. meningitidis CW135 e reação em ca-
perfil epidemiológico de pacientes admitidos na Unidade de Tera-
deia da polimerase positivo para N. meningitidis genogrupo C. Foi
pia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Sousa com diagnóstico
iniciado tratamento com ceftriaxona e paciente evoluiu com me-
de TCE. METODOLOGIA: Caracteriza-se de um estudo documen-
lhora do nível de consciência, porém apresentou sequela motora
tal do tipo exploratório, descritivo com abordagem quantitativa,
de hemiparesia esquerda, ptose palpebral, anisocoria persistente
através do levantamento de dados com revisão retrospectiva das
e estrabismo convergente, além de déficit de audição. Realizou
admissões de pacientes com TCE no período de Janeiro de 2005
ressonância nuclear magnética de encéfalo após 2 meses da inter-
a Agosto de 2008. Os dados coletados foram submetidos a uma
nação que mostrou lesão compatível com isquemia em topografia
análise estatística simples, respeitando os pressupostos da Reso-
de gânglios da base à direita e na transição ponto-mesencefálica,
lução 196/96. RESULTADOS: Foram verificados 53 casos de TCE,
justificandoasalteraçõesdehemiparesiaeparalisiadenervoscra-
sendo 84,9% do sexo masculino e 15,1% do sexo feminino. Com
nianos. Discussão: Déficits neurológicos focais são complicações
relação à faixa etária foi constatada uma maior prevalência entre
comumente observadas após episódio de meningite bacteriana
31 a 40 anos correspondendo a 15,1%, seguido de 21 a 30 anos
em adultos. Estudos mostram que complicações variam de 20 a
com 9,6%, sendo que em 30,2% dos casos não constava à idade.
50% dos casos, o comprometimento pode ser mono ou hemipa-
Dentre as condições específicas do TCE encontramos o hematoma
resia, afasia, defeitos de campo visual, ataxia a paralisia de nervos
subdural em 9,4%, alteração da complacência encefálica em 5,6%,
cranianos. Estas manifestações são mais associadas a meningites
fratura de crânio (3,7%), hemorragia intracraniana (3,7%), edema
causadas por Streptococcus pneumoniae e raramente por menin-
cerebral (3,7%), hemorragia subaracnóidea (1,8%), hematoma
gite de outras etiologias. Na meningite meningocócica estas mani-
epidural (1,8%) e hematoma extradural (1,8%). Quanto às lesões
festações são descritas em apenas 2 a 11% dos casos. Conclusão:
associadas ao TCE constatamos o politraumatismo em 24,5%, aci-
o aparecimento de alterações sequelares envolvendo pares cra-
dente vascular cerebral (AVC) em 3,7%, traumatismo facial (3,7%),
nianos, paresias e surdez neurossensorial são manifestações inco-
choque (1,8%), intoxicação alcoólica (1,8%), pneumotórax (1,8%)
muns pós-meningite meningocócica, porém devem ser lembradas
e distúrbio hidroeletrolítico (1,8%). Em 32,0% os dados não foram
em pacientes com esta patologia que evoluem com déficits focais,
informados. Em relação à conduta, 47,2% tiveram alta, 28,1% fo-
cognitivos e surdez.
ram transferidos, 17,0% foram a óbito e em 7,6% não constava à
conduta. CONCLUSÃO: Percebe-se que o TCE realmente se confi-
guracomoumproblemadesaúdepública,poisatingeapopulação Palavras-chaves: Meningite, Neisseria meningitis, paresia
jovem e economicamente ativa, principalmente do sexo masculi-
no, tornando-se necessário a criação de políticas públicas que en-
volvammedidaseducativasdeprevençãoecontrole.Éimportante P199
também conhecer as lesões que podem estar associadas ao TCE ESTUDO DE PREVALÊNCIA EM SERVIÇO DE ATENDIMENTO ESPE-
para melhor compreender e planejar a assistência realizada a es- CIALIZADO EM DST/AIDS.
ses pacientes.
Autor(es): ELISABETH SANTIAGO DREYER, JOSIMAR SOARES SAN-
Palavras-chaves: Epidemiologia, Traumatismo, UTI TANA,, JOSIAN MEDEIROS, JOSÉ IPIRANGÉ QUEIROZ, ANA CARO-

196
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
LINA MEDEIROS ARAÚJO, MICHELA CORDEIRO MELO, MARTHA rachas de lipoaspiração e lipoenxertia em serviços de saúde. Esta
MARIA ROMEIRO FONSECA, AMANDA DEY PAULA LIMA DA SILVA avaliaçãofoiprecedidadasuspensãodosprocedimentosdelipoas-
piração no ES em agosto de 2008 e se deu em duas etapas. Inicial-
Instituição(ões): 1. HOF, HOSPITAL OTÁVIO DE FREITAS menteaparteescritafoianalisadasegundoumafichatécnicacom
itens de verificação e pontuação previamente definidos. A segun-
Resumo: daetapaconsistiunacorreçãodositensinadequadoseverificação
INTRODUÇÃO: Pelo seu caráter pandêmico e história natural a in- da execução dos protocolos nos serviços, por meio de inspeção
fecção pelo HIV/AIDS é um dos principais agravos de saúde públi- sanitária para liberação dos procedimentos. Complementarmente
ca. Um serviço de atendimento especializado tem como princípio oLACENESpropôsumprotocolodepesquisademicobactériasem
oferecer assistência interdisciplinar aos portadores de HIV/AIDS, materiais apreendidos considerados estéreis. Resultados: No pe-
e quando inserido em um hospital de atendimento terciário, com ríodo de agosto a dezembro de 2008, 48 serviços encaminharam
serviço de emergência clínica e referência em tuberculose, neces- protocolos escritos à SESA, sendo todos estes avaliados nas duas
sita realizar interconsultas (pareceres) para adequada condução etapas. Destes 09 (18,75%) foram aprovados, 14 (29,16%) foram
clínicadestespacientesnasunidadesdeinternação.Objetivo:Ava- aprovados com ressalvas e 25 (52,08%) foram reprovados. Mate-
liar o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos em intercon- riais sob suspeita foram apreendidos cautelarmente em depósito
sultas no serviço de saúde. Método: Pesquisa de corte transversal, e foram analisadas 29 borrachas e 200 cânulas de lipoaspiração e
descritiva, de natureza quantitativa e retrospectiva, utilizando o lipoenxertia previamente esterilizadas sob autoclave a vapor. Con-
prontuário dos pacientes no período de 2006 a 2009. A pesquisa clusão: A realização desta ação sanitária permitiu a identificação
atendeu à resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. de riscos relacionados à limpeza e esterilização de produtos para
Resultado: Foram avaliados 390 pacientes em interconsultas sen- cirurgias, e subsidiou a adoção de melhorias tanto em relação à
do: 37% na faixa etária de 25 a 34 anos, e 9,5% acima de 50 anos. estrutura quanto aos processos de trabalho realizados em Centros
Quanto ao sexo, tivemos 61% do sexo masculino e 39% do femi- de Material e esterilização no ES.
nino (1,5: 1). Quanto à origem de solicitações de interconsultas
tivemos a seguinte distribuição: 44% provenientes da clínica mé- Palavras-chaves: Vigilancia Sanitária, Processamento de instru-
dica, 28% da tisio/pneumologia, 15% da UTI e 13% da emergência mentais, Cirurgias Plásticas, infecção hospitalar, Micobacteria de
(dos leitos de repouso). Conclusão: Observamos que o diagnóstico crescimento rapido
da infecção pelo HIV deve ser considerado na presença de sinais
e sintomas comuns a diversas patologias que levam a necessida-
de de internação hospitalar, refletindo o retardo na identificação
dos portadores desta infecção viral, e na intervenção terapêutica P201
precoce, com drogas antirretrovirais, que acarretaria alteração da EXPOSIÇÃOAMATERIALBIOLÓGICO:CAUSASECONSEQUÊNCIAS
morbi-mortalidade desta população de pacientes. NA VIDA DOS TRABALHADORES

Palavras-chaves: PREVALENCIA, HIV/AIDS, EPIDEMILOGIA Autor(es): LUANA CÁSSIA MIRANDA RIBEIRO1, ADE-
NÍCIA CUSTÓDIA SILVA E SOUZA1, HELINY CARNEIRO
CUNHA NEVES1, DENIZE BOUTTELET MUNARI1, MAR-
CELO MEDEIROS1, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIPPLE1
P200
AÇÃO SANITÁRIA PARA CONTROLE DO PROCESSAMENTO DE INS- Instituição(ões):
TRUMENTAIS CANULADOS E TUBULARES UTILIZADOS EM CIRUR- 1. FEN/UFG, Faculdade de Enfermagem/Universidade Federal de
GIAS PLÁSTICAS, NO ESPÍRITO SANTO Goiás
2. FEN/UFG, Faculdade de Enfermagem/Universidade Federal de
Autor(es): ANGELA LOURENÇOLOPES RODRIGUES, MARIA DO Goiás
CARMO BONINSENHA, RITA LECCO FIORAVANTI
Resumo:
Instituição(ões): Introdução: Os profissionais da área da saúde estão susceptíveis
1. SESA, SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ES aos vários riscos existentes no ambiente laboral, especialmente
ao risco biológico, que pode desencadear conseqüências graves
Resumo: na saúde e na vida desses trabalhadores. Objetivo: Este trabalho
Introdução: Micobactérias de crescimento rápido (MCR) têm sido teve como objetivo avaliar as principais causas e conseqüências
agentes etiológicos de surtos de infecções após procedimentos de ocasionadas na vida dos trabalhadores que tiveram acidentes com
videocirurgiasecirurgiasestéticasnoBrasil.Asfalhasnoprocessa- exposição a material biológico. Métodos: Estudo descritivo de
mento de produtos usados em cirurgias conferem oportunidades abordagem qualitativa, realizado em um hospital-escola de gran-
para a transmissão destes microorganismos. O presente trabalho de porte da região centro-oeste - Brasil. Fizeram parte do estudo
relata a ação sanitária desenvolvida pela Secretaria de Estado da profissionais da equipe de enfermagem que trabalhavam nas di-
Saúde do Espírito Santo (SESA ES), para controle do processamen- versas unidades do referido hospital. A coleta de dados ocorreu
to de instrumentais canulados utilizados em procedimentos de entre novembro e dezembro de 2008 por meio da técnica do gru-
lipoaspiração, lipoescultura e lipoenxertia, após surto de infecção po focal. Foram constituídos três grupos heterogêneos com cinco
por MCR nestes procedimentos ocorrido no Estado em 2008. Ob- componentes em cada. As discussões ocorreram uma vez em cada
jetivos: Monitorar as etapas de processamento de produtos canu- grupo, sendo essas, gravadas. As falas foram transcritas e analisa-
lados de acordo com itens mínimos de segurança, em serviços de das por meio do método de interpretação de sentidos proposto
saúde que realizam cirurgias plásticas no ES. Método: A CECISS ES por Minayo (2006). O trabalho atendeu às normas éticas vigentes.
avaliou os protocolos de limpeza e esterilização de cânulas, bor- Resultados: Ao avaliar os discursos dos grupos, percebeu-se as

197
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
principais causas e conseqüências relacionadas aos acidentes com proteção individual. As dificuldades como a sobrecarga de traba-
material biológico. As causas relatadas foram: a sobrecarga de tra- lho, estresse, estrutura física inadequadas, não disponibilidade e
balho, a falta de atenção e o descarte inadequado de perfurocor- difícil acesso ao EPI, falta de rotinas e do fluxograma de atendi-
tantes. As consequências referidas foram, o medo e a preocupa- mento pós-exposição a material biológico, entre outros, interfe-
ção em adquirir uma doença ocupacional, além das repercussões rem na adesão a esses equipamentos de segurança, porém não
do acidenteno cotidiano de vida profissional e pessoal. O trabalho os determinam. Conclusão: No ambiente de trabalho, os aspectos
possibilitou uma oportunidade de problematizar esta experiência organizacionais, gerenciais e relacionais que influenciam na ade-
no ambiente laboral. No grupo, os trabalhadores discutiram es- são aos EPI foram explicitados por: estrutura física inadequada;
sas causas e conseqüências, tal reflexão demonstrou contribuir disponibilidade e acessibilidade aos EPI; sobrecarga de trabalho;
para a conscientização sobre a prevenção dos mesmos. Conclu- estresse; improvisação; ausência de educação permanente; des-
são: O estudo explicitou as causas e conseqüências dos acidentes gaste nas relações de trabalho; desvalorização profissional; falta
envolvendo material biológico. O grupo focal, utilizado para a co- de rotinas e de um fluxo para o atendimento ao profissional em
leta de dados, além de cumprir esta finalidade, mostrou-se uma situação de pós-exposição a material biológico. Consideramos que
ferramenta importante para discussões que contribuíram para o a organização do trabalho, a implantação de uma cultura de segu-
desenvolvimento de consciência crítica sobre a temática e, conse- rança e um serviço de educação permanente estruturado, podem
quentemente,paraatransformaçãodessarealidade.Considera-se desenvolver atitudes e ações nos profissionais da área da saúde,
fundamental que discussões sobre o tema sejam feitas, levando o que refletirão uma mudança de comportamento de risco para um
trabalhador a repensar a sua prática e a atuar de forma mais segu- preventivo.
ra. Este estudo sinalizou ainda a necessidade de buscar estratégias
de intervenção capazes de interferir nas causas e conseqüências Palavras-chaves: Equipamentos de Proteção, Controle de Infec-
desses acidentes de trabalho e consequentemente, nas doenças ções, Profissional de saúde, Infecção Hospitalar
ocupacionais.

Palavras-chaves: Equipe de enfermagem, Exposição ocupacional,


Saúde do trabalhador P203
AENFERMAGEMFRENTEAOSRISCOSOCUPACIONAISEAGENTES
DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

P202 Autor(es):MARAWANESSALIMAESILVA,JOSYANNEALVESNEVES,
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL: O AMBIENTE DE GEORGE LUCAS DE MACEDO ROCHA REIS, DANILO GONÇALVES
TRABALHO COMO FATOR DETERMINANTE PARA A ADESÃO DANTAS, WESLLANY SOUSA SANTANA, MARCIA HELENA RODRI-
GUES DA SILVA
Autor(es): Heliny Carneiro Cunha Neves, Adenícia Custódia Silva e
Souza, Luana Cássia Miranda Ribeiro, Anaclara Ferreira Veiga Tiip- Instituição(ões):1. UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI
ple, Silvana de Lima Vieira dos Santos, Katiane Martins Mendonça
Resumo:
Instituição(ões): 1. FEN/UFG, Faculdade de Enfermagem da Uni- O espaço hospitalar é um local de condições de saúde e bem es-
versidade Federal de Goiás tar, mas nos expõe às doenças. O acometimento de profissionais
da saúde, que manipulam materiais contaminados ou atuam na
Resumo: assistência dos pacientes, por doenças transmissíveis, constitui
Introdução: A prevenção de transmissão ocupacional de patóge- um importante problema para instituições. Esses estão expostos
nos requer medidas diversificadas, sendo as precauções padrão a patógenos veiculados pelo sangue ou outros líquidos orgânicos
uma das principais medidas para se evitar a exposição e o apro- potencialmente contaminados. Na equipe de enfermagem, esse
priado uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) pode risco é ainda mais preocupante, pois seu contingente é numeroso
minimizar consideravelmente esses riscos. No entanto, verifica- e presta cuidados com contato direto ao paciente. O presente es-
mos que a adesão aos EPI pelos profissionais da área da saúde é, tudo objetiva analisar as publicações sobre os riscos ocupacionais
por vezes, descontínua e inadequada e leva a uma potencialização e agentes de doenças transmissíveis que assolam equipes de en-
dos riscos e aumento substancial de exposições ao material bioló- fermagem.Essetrabalhoéumarevisãodeliteraturaapartirdeum
gico. Objetivo: Identificar aspectos do ambiente de trabalho dos levantamento bibliográfico, nos Bancos de Dados LILACS e BDENF.
profissionais da enfermagem que influenciam na adesão aos equi- Para tal utilizaram-se os seguintes descritores: “risco ocupacio-
pamentos de proteção individual. Metodologia: Estudo qualitativo nal and enfermagem” e “transmissão de doença”. Estabeleceu-se
realizado em dezembro de 2008 em um hospital universitário do como recorte temporal o período de 2000 a 2009. As publicações
município de Goiânia. Foram observados os aspectos ético-legais não referentes à enfermagem foram excluídas. Enquadraram-se
e os dados foram coletados por meio da técnica do grupo focal. nessas estratégias 30 artigos, dos quais 15 foram selecionados e
Participaram deste estudo 15 profissionais da área da enferma- lidos. Dentre os assuntos abordados, destacaram-se: acidentes
gem, os quais constituíram três grupos focais. Os dados foram perfurocortantes entre enfermeiros; uso das precauções-padrão
analisados pelo Método de Interpretação de Sentidos. Da análise na assistência de enfermagem; acidentes de trabalho e biossegu-
emergiu a categoria Segurança no trabalho que interfere na mo- rança. Observando-se a autoria dos artigos, 100% foram desenvol-
tivação ou não para a adesão aos EPI. Resultados: Identificamos vidosporenfermeiros,evidenciandoointeressedessespelotema,
que os aspectos organizacionais e gerencias interferem nas ques- enfatizandoseutrabalhoeosriscosaosquaisestãosujeitos.Apre-
tõesdasegurançaeproteçãoindividual,noentanto,nãopodemos ocupação à exposição ocupacional aos vírus HIV, HBV e HCV está
desconsiderar os fatores individuais e a percepção do risco, que presente em 73% dos trabalhos, 60% mostram que os acidentes
também interligadas com o ambiente de trabalho, influenciam na com perfurocortantes predominam nas equipes de enfermagem e

198
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
93% dos autores, mencionam a importância dos modelos de bios- brasileira, por meio da NR 32 (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2005),
segurança e precauções-padrão no “combate” aos acidentes de ao apresentar que os mesmos, descartáveis ou não, devem estar
trabalho. Diante do exposto ressalta-se a notória importância do à disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de
estabelecimento, por parte das instituições de saúde, de medidas forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição.
epolíticaspúblicassobreasprecauções-padrão.Aforaaidentifica- Fato que foi verificado em todos os locais do estudo. Intervenções
ção dos riscos ocupacionais e capacitação dos profissionais sobre devem ser imediatas e novos caminhos de adesão apresentados.
práticas seguras visando aumentar a proteção desses e de seus Acreditamos que um diagnóstico da realidade em que se insere o
pacientes contra agentes de doenças transmissíveis. profissional é o primeiro passo para que, em conjunto – gerente
e trabalhador – encontrem uma forma de considerar o risco real,
Palavras-chaves: ENFERMAGEM, RISCO OCUPACIONAL, TRANS- minimizar os acidentes ocupacionais e elevar a adesão aos equi-
MISSÃO DE DOENÇA pamentos fornecidos.

Palavras-chaves: biossegurança, equipe de enfermagem, precau-


ções universais
P204
PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA SEM USO DE LUVAS: O RISCO EX-
PLÍCITO
P205
Autor(es): KATIANE MARTINS MENDONÇA, ANACLARA FERREIRA ATIVIDADE EDUCATIVA EM BIOSSEGURANÇA: ACADÊMICOS DE
VEIGA TIPPLE, MARINÉSIA APARECIDA PRADO PALOS, FABIANA ENFERMAGEM E SAÚDE LABORAL
RIBEIRO REZENDE, FRANCINE VIERA PIRES, HELINY CUNHA CAR-
NEIRO NEVES Autor(es): Diego Augusto Lopes Oliveira, Vanessa Juvino Sousa,
Raquel Bezerra dos Santos, Andrea Damasceno de Oliveira, Luci-
Instituição(ões): 1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA cleide Odília do Nascimento Nunes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Instituição(ões): 1. FACULDADE ASCES, ASSOCIAÇÃO CARUARUEN-
Resumo: SE DE ENSINO SUPERIOR
O uso de luvas pelos profissionais, para realizar uma punção ve-
nosa periférica, é indispensável ao considerar o risco ocupacional Resumo:
biológico, que envolve o procedimento. Esta recomendação in- INTRODUÇÃO:Atualmente as questões relacionadas à biossegu-
tegra as medidas de precaução padrão e é enfatizada por órgãos rança são de grande relevância e pauta constante entre os pro-
nacionais e internacionais por não faltarem evidências científicas fissionais de saúde dentro da comunidade científica como instru-
sobre a importância do uso, visto que, protege em caso de expo- mento de prevenção de doenças ocupacionais, sendo importante,
sição a sangue e demais fluidos corpóreos, bem como o não uso, em caráter contínuo como ferramentas que instrumentalizam
aumenta e potencializa esse risco; porém a literatura mundial tem ações educativas e que corroboram a atuação de saúde em qual-
registrado uma baixa adesão dos profissionais. Isso é atribuído, quer nível assistencial.OBJETIVO: Relatar a experiência de um
muitas vezes, à interferência da luva na habilidade para realizar o grupo de professores de um curso de graduação em enfermagem
procedimentoounaclassificaçãodopacientecomodebaixorisco. na atividade educativa em biossegurança a alunos ingressantes
OBJETIVO: Identificar a adesão ao uso de luvas, por profissionais nas atividades de estágio curricular de uma instituição de ensino
da equipe de enfermagem, durante a administração de medica- superior (IES) do agreste pernambucano.METODOLOGIA: Desen-
mentos por via endovenosa em setores de urgência e emergên- volveu-se durante as atividades de ingresso ao módulo de estágio
cia. MÉTODO: Estudo descritivo de corte transversal realizado, curricular do curso de graduação em enfermagem desta IES, onde
no período de maio a julho de 2009, nos setores de urgência e as formas de intervenção educativa foram o painel integrado e a
emergência dos três hospitais públicos da cidade de Goiânia-GO tempestade de idéias, buscando elucidar aspectos que se confi-
que recebem uma demanda espontânea de pacientes. Os dados gurassem como dificuldade na execução das atividades práticas
foramcoletadospormeiodecheck-listpreenchidomedianteaob- promovendo medidas de prevenção a saúde laboral e controle de
servação dos profissionais da equipe de enfermagem. O estudo infecção.RESULTADOS:Observou-sequeaimplementaçãodasme-
seguiu os aspectos ético-legais, aprovação por Comitês de Ética didas de biossegurança são de conhecimento acadêmico, porém,
em Pesquisa (nº 065/08, 12/08, 118/08) e assinatura do Termo ainda existe pouca interligação com as medidas de prevenção de
de Consentimento Livre e Esclarecido. RESULTADOS: Participa- doenças ocupacionais. Levantaram-se como pontos de interven-
ram do estudo 130 profissionais da equipe de enfermagem que ção nas atividades acadêmicas que se seguiam a esta vivência in-
foram observados em 244 oportunidades de administração de tervenções que proporcionassem educação continuada em saúde
medicamentos realizados por via endovenosa por meio de uma dos profissionais de enfermagem, nas unidades de realização dos
punção venosa periférica. Em apenas 71 (29,0%) procedimentos estágios,relacionada a estesriscos potenciais.CONCLUSÕES:Area-
de punção venosa periférica observados, os profissionais fizeram lização de tal intervenção na comunidade acadêmica se configura
uso de luvas. Em nenhum momento durante a coleta dos dados comoavançonaspráticasdeprevençãodeacidentesecontrolede
foi verificada a ausência de luvas nas unidades de emergência, infecção, já que possibilita a auto-avaliação do futuro profissional
locais do estudo. O fato da minoria dos profissionais integrantes e na mudança de comportamentos das equipes em contato com o
da equipe de enfermagem terem aderido ao uso de luvas durante alunoatravésdemedidaseducativasdecarátercontínuo,atualiza-
uma punção venosa periférica, é preocupante, visto a magnitude do e de adesão multidisciplinar.
do procedimento e o risco ocupacional explícito nesta ação para
a qual não faltam recomendações. CONCLUSÃO: O fornecimento Palavras-chaves: Biossegurança, Enfermagem ocupacional, Enfer-
de equipamentos de proteção é bem subsidiado pela legislação magem

199
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P206 Resumo:
MEDIDAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR EFETIVAS NA DeacordocomaAgênciaNacionaldeVigilânciaSanitária(ANVISA,
ATUAL PANDEMIA DE INFLUENZA A (H1N1) EM HOSPITAL ONCO- 2007), a higienização das mãos é a medida individual mais simples
LÓGICO e menos dispendiosa para prevenir a proliferação das infecções
relacionadas à assistência à saúde. A técnica mais utilizada para
a higienização simples das mãos é a lavagem que consiste na fric-
Autor(es): Ana Carolina Martins, Carla Sakuma de Oliveira Bredt,
ção manual vigorosa de toda a superfície das mãos e punhos, uti-
Audrey Regina Horochoski, Carmem Mendonça Fiori, Aline Carla
lizando-se sabão/detergente, seguida de enxágüe abundante em
Rosa, Ademar Dantas da Cunha Junior
água corrente. O tempo preconizado para a lavagem das mãos é
de aproximadamente 40 a 60 segundos e está recomendada após
Instituição(ões): 1. UOPECCAN, Hospital do Câncer de Cascavel o contato com fluidos e secreções, antes de calçar as luvas e após
removê-las.Comisto,esseestudotemcomoobjetivoavaliaratéc-
Resumo: nica e a adesão à pratica de higienização das mãos por parte dos
Objetivo: Relatar que as medidas de controle de infecção hospita- profissionaisdesaúdeemumPSF,zonaruraldacidadedeMossoró
lar no Hospital do Câncer de Cascavel-UOPECCAN, foram efetivas -RN.Trata-sedeumestudodescritivodeabordagemqualitativa.A
durante pandemia mundial de Influenza A. Material e Métodos: amostrafoicompostadeprofissionaisdesaúde,comoenfermeira,
Trata-se de Hospital Oncólogico, com 98 leitos hospitalares com técnico de enfermagem, dentista, auxiliar de consultório dental,
318 saídas/mês. Foram relatadas as medidas de controle de in- técnica em higiene dental, auxiliar de farmácia e a médica que
fecção hospitalar adotadas pelo SCIH durante os meses de junho, atuam nesta unidade. Os dados foram obtidos através de obser-
julho e agosto de 2009. Resultados: Desde 29 de junho a OMS vação participante, com a utilização de um check-list como roteiro
decretou a infecção pelo vírus Influenza A H1N1 uma pandemia norteador. Na amostra, pôde-se concluir que a adesão dos profis-
mundial. O primeiro caso confirmado de influenza A H1N1 na ci- sionais à prática da higienização das mãos de forma constante e
dade foi diagnosticado em 02 de julho de 2009. Durante o período rotineira ainda é insuficiente, mesmo eles sabendo da relevância
de 29 de junho a 31 de agosto de 2009, foram internados 7 casos deste tema. Os profissionais realizam a técnica de forma ineficien-
suspeitos de influenza A pandêmico na instituição. Houve confir- te, pois eles não retiram os adornos para utilização das luvas, não
mação laboratorial de 2 casos em aspirado nasal por técnica de realizamalavagemdasmãosacadatrocadeluvas,alavagemdura
PCR realizados pelo LACEN-PR. As seguintes medidas de controle menos que 40 segundos e, às vezes, ainda faltam materiais, como
de infecção hospitalar forama adotadas pelo SCIH: realização ma- o simples sabão e até mesmo o papel-toalha. Visto que, mesmo
ciça de treinamentos para equipes de enfermagem, apoio, admi- com a falta destes materiais, não justifica a não efetivação correta
nistrativo, clínicas e laboratoriais, redução temporária no número da técnica da lavagem das mãos. Deste modo, torna-se imprescin-
de visitantes e acompanhantes dos pacientes internados, intensi- dível reformular esta prática nesta equipe de PSF, implementando
ficação da higienização das mãos com disponibilização de álcool estratégias, como, um programa educacional e um treinamento
gel nas recepções, nos ambulatórios e outros pontos estratégicos, básico em controle de infecções relacionados à assistência à saú-
identificação pela equipe dos sintomáticos respiratórios e forne- de, junto com o auxílio dos gestores, e demais lideranças nos ser-
cimento de lenços descartáveis nas recepções, fixação de banner viços de saúde, na tentativa de sensibilizar e incentivar à adesão
informativo na recepção geral, suspeição precoce pela equipe da higienização das mãos como sendo uma prática fundamental
médica dos casos portadores de síndrome gripal e internação dos para a não disseminação de doenças.e assegurar a qualidade no
casos suspeitos em quartos com isolamento respiratório, forneci- atendimento aos usuários desta unidade.
mento e utilização de equipamento proteção individual. Durante
esse período não houve nenhum caso de suspeita de transmissão Palavras-chaves: Adesão à prática, Higienização das mãos, Progra-
intra-hospitalar, bem como não houve nenhum afastamento de ma de Saúde da Família
profissionaisdasaúdeporsíndromegripal.Conclusão:Asmedidas
educativas bem como as demais medidas de controle de infecção
hospitalar forame efetivas nesta instituição, podendo servir de
exemplo para outras instituições de saúde. P208
GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS PRODUZIDOS EM CONSULTÓ-
Palavras-chaves: Controle, Infecção, Hospitalar, Influenza RIOS ODONTOLÓGICOS DE SALVADOR-BA.

Autor(es): Ana Cristina Azevedo Moreira1,2, Andréa Padre1,


Mariana Cedraz1, Davi Curi1, Rodrigo Luna1, Daniela Vidigal1
P207
ADESÃO À PRÁTICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS POR PARTE
Instituição(ões): 1. UFBA- ICS, Universidade Federal da Bahia Insti-
DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UM PROGRAMA DE SAÚDE
tuto de Ciências da Saúde
DA FAMÍLIA (PSF), ZONA RURAL DA CIDADE DE MOSSORÓ – RN.
2. UNEB, Universidade do Estado da Bahia
Autor(es): Katiuscia Hellen Chaves Reinaldo, Aline Kallian de Melo
Resumo:
Cardoso, Laysla Talline Alves Praxedes, Lígia Gabriela Santos Amo-
Introdução:Os serviços de saúde, inclusive consultórios odontoló-
rim, Kalyane Kelly Duarte de Oliveira, Hanna Emanuela dos Santos
gicos, são responsáveis por produzir grande quantidade de resí-
Pereira, Gláucia Roberta Batista Rocha, Sarah Lavínia Nobre Fer-
duos. Diferentes tipos de resíduos são gerados: resíduos comuns,
nandes, Virgínia Brenna de Paula Góis, Joneide Gomes Bezerra
biológicos, químicos e perfuro-cortantes, devendo ser manejados,
segregados e tratados distintamente. Objetivo: O propósito deste
Instituição(ões): 1. UNP, Universidade Potiguar trabalho foi analisar o conhecimento e o procedimento dos cirur-
giões-dentistasarespeitodogerenciamentodosresíduosproduzi-

200
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
dos em seus consultórios. Métodos: Foram entrevistados 65 cirur- Gerais. Utilizou-se questionário semi-estruturado e foi realizado
giões-dentistas de clínicas e consultórios particulares de Salvador, análise descritiva, análise univariada e teste Qui-Quadrado para
Ba. O levantamento dos dados foi feito através da aplicação de um verificação de associações. A incidência de acidentes envolvendo
questionário com perguntas referentes aos resíduos dos grupos A, material biológico foi de 37,2% (61/164), predominando entre o
B, D e E, normalmente gerados em serviços odontológicos. Resul- sexo masculino (55,7%). Um total de 87,2% (143/164) dos alunos
tados: Constatou-se que mais da metade dos profissionais entre- informaram ter completado o esquema de vacinação contra hepa-
vistados não possuiam o Plano de Gerenciamento dos Resíduos tite B, dos quais apenas 46,9% (67/143) afirmaram ter realizado o
de Serviços de Saúde ou desconheciam a existência do mesmo, teste anti-HBs, 88,5% (54/61) dos que sofreram acidente estavam
não acondicionavam os resíduos biológicos contendo sangue na com o esquema de vacinação completo, desses, 50,8% (31/61) re-
forma livre em sacos vermelhos, 59,6 % os acondicionavam em alizaramoexamesorológico.Destaca-seque41,6%(5/12)dosque
sacos plásticos brancos leitosos e 51,6 % identificavam os sacos. A receberam duas doses da vacina também realizaram o anti-HBs.
maioria eliminava fixadores e reveladores na rede de esgoto sem Embora a cobertura vacinal do presente estudo tenha alcançado
tratamento prévio; em relação aos resíduos de amálgama, foi pe- 87% dos graduandos, esse resultado ainda é considerado insatis-
quena a diferença entre aqueles que os acondicionavam de forma fatório, seja pela não abrangência da totalidade dos alunos como
adequada e aqueles que os armazenavam em recipientes que- deve ser esperado, pela gratuidade da vacina e, acima de tudo,
bráveis ou eliminavam diretamente na rede de esgoto; A maioria pelacategoriacomogrupoderisco.Dessaforma,pretende-sesen-
(93,7%) descartava o material perfuro-cortante em recipientes de sibilizardiscentesedocentesparaamelhoriadacoberturavacinal,
parede rígida, identificados. 67,6% coletavam os resíduos comuns sugerindo para tanto, que os campos de prática bem como os do-
em sacos plásticos comuns e outros coletavam estes resíduos em centes responsáveis pelo ensino clínico, esclareçam a relevância
sacos destinados a material biológico, junto aos resíduos infec- da vacinação do acadêmico previamente a sua inserção no campo
tantes .64,5% possuíam local para armazenamento externo até a deestágio,alémdedeterminarem,comopré-requisito,umadocu-
coleta final.Conclusão: Os resultados evidenciaram a falta de co- mentação que comprove uma imunização efetiva.
nhecimento por grande parte dos cirurgiões-dentistas quanto ao
correto manejo dos resíduos produzidos, sendo necessária ação Palavras-chaves: Acidentes de trabalho, Estudante de medicina,
conjunta de órgãos fiscalizadores, conselhos de classe e institui- Hepatite B
ções de ensino, para a formação de profissionais conscientes do
seu papel na manutenção da saúde da população e preservação
do meio ambiente.
P210
Palavras-chaves: -Consultórios odontológicos, -Gerenciamento, CONSCIENTIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM SOBRE
Plano de Gerenciamento dos resíduos, Resíduos, Meio ambiente OS RISCOS DA MANIPULAÇÃO INCORRETA DE PERFUROCOTAN-
TES E A CONTRIBUIÇÃO DOS EPIs NA PROFILAXIA DE INFECÇÕES.

Autor(es): RITA DE CÁSSIA FERREIRA LINS*, HÁKILLA PRICYLA DE


P209 JESUS SOUZA, SORAIA LINS DE ARRUDA COSTA, FABRICYA CAVAL-
COBERTURA VACINAL PARA HEPATITE B ENTRE ALUNOS DO CUR- CANTE DOS SANTOS, TATIANA MARIA DA SILVA, MARIA DA CON-
SO DE MEDICINA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DE MINAS CEIÇÃO CAVALCANTE DE LIRA
GERAIS
Instituição(ões): 1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
Autor(es): Adriana Cristina de Oliveira, Maria Henriqueta Rocha
Siqueira Paiva, Adriana Oliveira de Paula, Camila Sarmento Gama Resumo:
Introdução: A equipe de enfermagem está constantemente expos-
Instituição(ões): 1. EEUFMG, Escola de Enfermagem da Universi- ta a riscos biológicos. Os riscos para essa categoria se intensificam
dade Federal de Minas Gerais quando o procedimento envolve o manuseio de perfurocortantes.
O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) proporcio-
Resumo: na uma proteção mecânica e minimiza os riscos de infecções ou
A hepatite B é a doença com maior risco de transmissão após acidentes. A ênfase ao do uso de EPIs atrelada à atenção à mani-
acidente percutâneo, se comparada a hepatite C e ao HIV, e a pulação de perfurocortantes torna as técnicas de saúde mais salu-
única passível de prevenção através da imunização. Para tanto, bres. Objetivos: Contribuir para a conscientização da categoria de
a cobertura vacinal deve atender ao calendário de três doses Enfermagem sobre o uso dos EPIs, enfatizando a sua importância
mais uma sorologia para verificação da titulação eficiente (anti- e maior efetividade quando associados à correta manipulação de
HBs reagente). No tocante a cobertura vacinal entre estudantes perfurocortantes e outros elementos biólogicos. Metodologia:
da área da saúde, dentre eles os graduandos de medicina, este Trata-se de uma revisão bibliográfica que utilizou 18 artigos pu-
tópico constitui-se como uma questão fundamental, visto que es- blicados de 1999 á 2010, publicados através das bases de dados
tes alunos possuem pouca habilidade e destreza manual, além de Medline, LILACS e SCIELO, referentes ao manuseio dos perfuro-
permanecerem frequentemente expostos a materiais biológicos cortantes e ao uso de EPIs pelos profissionais de saúde. Resulta-
durante o estágio curricular consistindo assim em um relevante dos: Os artigos analisados realçaram o aumento de acidentes com
grupo de risco. Objetivou-se determinar a cobertura vacinal e rea- perfurocortantes entre profissionais de Enfermagem, assim como
lização de exame anti-HBs entre alunos do curso de graduação em o crescimento de casos de HIVs por acidentes de trabalho. Ficou
medicina para hepatite B, expostos a material biológico, durante claro que a manipulação incorreta dos perfurocortantes é um dos
o período de estágio curricular. Trata-se de um estudo descritivo grandes fatores predisponentes para a ocorrência dos acidentes,
de abordagem quantitativa realizada com alunos do décimo perí- e a praxe do uso de EPIs em situações restritas, quando deveriam
odo do curso de medicina de uma Universidade Pública de Minas ser utilizados rotineiramente. Conclusão: A manipulação indevida

201
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
dos perfurocortantes traz riscos iminentes para os profissionais de estavam utilizando máscara N 95, e sim máscara cirúrgica. Os re-
saúde, expondo-os a infecções, o que aumenta quando associado sultados sugerem falhas na adesão às precauções para aerossóis,
ao não uso dos EPIs. A educação continuada assume relevância o que pode refletir falta de conhecimento a respeito das mesmas
em relação à biossegurança dos profissionais, devendo ser apli- ou falta de adesão às práticas recomendas. Isto reforça a necessi-
cada através de estratégias participativas e motivacionais promo- dade de atualização dos profissionais de saúde quanto às normas
vendo a profilaxia de infecções transmissíveis. Essas ações devem de precauções para aerossóis.
ser feitas com uma abordagem técnica-científica-prática, a fim de
explanar o tema de forma mais real possível. Palavras-chaves: PRECAUÇÕES PARA AEROSSÓIS, TRANSMISSÃO
NOSOCOMIAL, TUBERCULOSE
Palavras-chaves: EPIs, Infecção, Perfurocortantes, Profissionais de
Enfermagem
P212
ESTUDO SOBRE A NÃO ADOÇÃO ÀS NORMAS DE BIOSSEGURAN-
P211 ÇA POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE: UMA REVISÃO DE LITERATU-
PRECAUÇÕES PARA AEROSSÓIS: A PRÁTICA OBSERVADA EM UM RA.
HOSPITAL DE DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS DO CENTRO-
OESTE Autor(es): HÊNIA RAMALHO DE MELO RAMALHO, SORAYA MA-
RIA DE MEDEIROS MEDEIROS, FRANCIANE AMORIM DE OLIVEIRA
Autor(es): MONIQUE LOPES DE SOUZA1, LILIAN KELLY OLIVEIRA LIMA LIMA
LOPES2, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIPPLE1, LUCIANA LEITE PI-
NELI SIMÕES2, ELIONÁDIA BARBOSA MIRANDA2, HÉLIO GALDINO Instituição(ões): 1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRAN-
JÚNIOR1 DE DO NORTE

Instituição(ões): Resumo:
1. FEN / UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM (UFG) INTRODUÇÃO:AHistóriarelataquenoséculoXVIII,jáexistiaapre-
2. HDT, HOSPITAL ANUAR AUAD ocupação com as medidas de segurança e prevenção às infecções,
logo em meados de 1840, Semmelweis ressaltava a importância
Resumo: da lavagem das mãos, também em 1854, enfermeira Florence Ni-
A transmissão intra-hospitalar da tuberculose é um tema preo- ghtingale enfatizava as condições higiênicas do ambiente hospi-
cupante, Lopes et al (2008) identificaram alto nível de exposição talar, onde foi teorista do modelo ambiental, contribuindo assim
ao Mycobacterium tuberculosis nos profissionais da enfermagem com a prática em saúde e enfermagem. Segundo Costa (2006),
de um hospital de doenças infecto-contagiosas de Goiás. Este conceitua a biossegurançacomo conjuntosdeações voltados para
fato sustenta a necessidade de uma rigorosa adoção das precau- prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às ati-
ções para aerossóis. O objetivo deste estudo foi avaliar a adesão vidades de pesquisa, produção, ensino desenvolvimento tecnoló-
da equipe de profissionais de saúde referente às práticas de pre- gico e prestações de serviços, visando à saúde do homem. Atu-
cauções respiratórias para aerossóis (PA). Trata-se de um estudo almente é uma perspectiva social e ambiental a necessidade de
transversal, observacional e quantitativo. O estudo foi realizado adoção de medidas para prevenir e reduzir os riscos provenientes
em uma Instituição de referência no atendimento a doenças in- do trabalho à saúde humana e ambiental, constituindo assim em
fecto-contagiosas da região centro-oeste. A população do estudo uma temática bastante discutida e divulgada na área de saúde pú-
se constituiu de profissionais de saúde que assistiram os pacientes blica, principalmente na vigilância epidemiológica,pois é também
que estavam em PA no período entre agosto de 2009 à fevereiro uma das principais formas de prevenção de surtos, epidemias e
de 2010, em dias e horários escolhidos aleatoriamente. Observa- pandemias eficaz para o controle das doenças de transmissão
dos os aspectos éticos, os dados foram coletados por meio da ob- rápida por contato e/ou vias respiratórias. OBJETIVOS: Buscar e
servação das oportunidades que os profissionais tiveram de aderir avaliar as evidências disponíveis na literatura sobre a dificuldade
às normas de PA, para isto, utilizou-se um check-list previamente de adoção das normas de biossegurança pelos profissionais de
validado. Os dados foram analisados pelo programa SPSS 15.0. As saúde, selecionando artigos científicos sobre como as medidas de
categorias profissionais sujeitas da observação foram: enfermei- biossegurança estão sendo vistas e executadas na atenção à saú-
ro, técnico em enfermagem, médico, fisioterapeuta, nutricionista, de? MÉTODOS: Revisão de literatura mediante busca nas bases de
psicólogo, técnico em laboratório. Foram observados 143 opor- dadoscientíficas,categorizaçãodosestudos,avaliação,interpreta-
tunidades de aplicação das precauções para aerossóis. Todas as ção dos resultados e a síntese do conhecimento evidenciado nos
enfermarias com pacientes de tuberculose estavam devidamente artigos analisados em. Descritores e palavras chave: “biosseguran-
sinalizadas com a placa de precauções para aerossóis. As janelas ça, medidas de precaução padrão, saúde do trabalhador, aciden-
se encontravam abertas em 97,3% das observações, no entanto, a tes perfuro cortante e Infecção Hospitalar”. RESULTADOS: Foram
porta da enfermaria durante a entrada ou saída dos profissionais encontrados 464 artigos, onde 173 textos completos, sendo sele-
ficaram abertas em 13,3% das observações. Todas as enfermarias cionados 12 artigos. CONCLUSÃO: 100% dos artigos abordaram a
de isolamento possuíam filtro HEPA, porém em 60,9% das obser- importânciadasmedidasdebiossegurança,bemcomoadificulda-
vações eles estavam desligados. Com relação ao uso do respirador de de sua adoção pelos profissionais de saúde, visualizando maior
N95, apenas um trabalhador não utilizou, porém em 58,7% das desafio para as comissões de Controle em infecção Hospitalar, de
observações os profissionais permaneceram com a máscara posi- adotarem estratégia para sensibilização dos profissionais como
cionada após a saída do isolamento. Dos que retiraram a máscara medida de promoção e qualidade de vida no trabalho.
após a saída do isolamento 61,0% armazenaram a máscara no bol-
so do jaleco. Em 14,9% das observações os acompanhantes não Palavras-chaves: biossegurança, medidas de precaução padrão,

202
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
saúde do trabalhador, acidentes perfuro cortante, Infecção Hos- quanto à indicação do uso duplo de luvas em procedimentos lon-
pitalar gos. Sinaliza ainda a necessidade do investimento em controle de
qualidade das apresentações de luvas pela indústria.

Palavras-chaves: Cirurgia Geral, Equipamento de Proteção Indivi-


P213 dual, Luva Cirúrgica, Perfuração de Luva Cirúrgica, Risco Biológico
PERFURAÇÃODELUVASCIRÚRGICASEMCIRURGIASGERAIS:RIS-
CO BIOLÓGICO PARA PROFISSIONAIS E PACIENTES

Autor(es): Lorena Rodrigues Teixeira e Silva3, Eurides Santos Pi- P214


nho2, Vanderléia Patrícia Freitas Nunes Borges2, Anaclara Ferreira PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES COM MATERIAL BIO-
Veiga Tipple2,1 LÓGICO REGISTRADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO
RECIFE
Instituição(ões):
1. HC-UFG, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás Autor(es): JULIAN KATRIN ALBUQUERQUE DE OLIVEIRA, IVANISE
2. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal TIBÚRCIO CAVALCANTE DA SILVA, APARECIDA VIRGÍNIA TELES, RE-
de Goiás BECA MACHADO ROCHA, POLLYANA GOMES ROSENDO
3. FM-UFG, Faculdade de Medicina da Universidade Federal de
Goiás Instituição(ões): 1. HUOC, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO
CRUZ
Resumo:
Introdução: As luvas têm papel fundamental como equipamento Resumo:
de proteção individual e coletiva. Os Centers for Disease Control A utilização de medidas de segurança e o descarte adequado dos
and Prevention recomendam o uso de luvas para: reduzir o ris- resíduos hospitalares, apesar de amplamente divulgados, continu-
co de adquirir microrganismos infecciosos dos pacientes; preve- am sendo negligenciados pelos profissionais, o que oferece risco
nir transmissão da microbiota dos Profissionais da Área da Saúde potencial para os acidentes ocupacionais. Observa-se que estes
para pacientes; e reduzir contaminação transitória das mãos que acometem principalmente os trabalhadores de saúde uma vez
pode ser transferida de um paciente a outro. As cirurgias gerais quesuasatividadesenvolvemcontatocomsangueeoutrosfluidos
são procedimentos longos e envolvem exposição a grandes volu- corpóreos, além de manipulação rotineira de materiais perfuro-
mes de sangue, o que pode favorecer perfurações e alterações na cortantes. O objetivo deste trabalho foi traçar o perfil epidemio-
constituição das luvas potencializando o risco biológico para os lógico dos acidentes com exposição a material biológico em um
envolvidos. Objetivo: Identificar a freqüência de perfuração de Hospital Universitário do Recife, referência regional em doenças
luvas cirúrgicas utilizadas no ato operatório por equipes de cirur- infectoparasitárias. Foram analisadas variáveis como sexo e idade
gias gerais. Métodos: Estudo prospectivo realizado no HC-UFG, dos acidentados, situação vacinal, categoria profissional, utiliza-
entre abril/2008 e junho/2009, comparou dois grupos: (A) foram ção de equipamentos de segurança e circunstância do acidente.
incluídas 100 luvas cirúrgicas usadas em cirurgias gerais, descar- Trata-se de uma análise retrospectiva descritiva, com abordagem
tadas após o término da cirurgia e aparentemente íntegras; e (B) quantitativa, realizada através da análise das fichas do SINAN dos
grupo controle com 100 luvas novas do mesmo fabricante, lote acidentes ocupacionais, ocorridos de janeiro de 2007 a abril de
e tamanho. As luvas cirúrgicas foram coletadas e identificadas de 2010, presentes no banco de dados da Comissão de Controle de
acordo com procedimento, horário, duração da cirurgia, lote, ta- Infecção Hospitalar do referido hospital. Foram registrados 74 aci-
manho e categoria profissional. A seguir, foram realizados, seguin- dentesocupacionais,83%daamostraeramdosexofeminino,42%
do um protocolo de biossegurança, adequada limpeza das luvas, possuíam de 20-29 anos e 23% de 30-39 anos. Em relação à cate-
preenchimento com solução de azul de metileno diluída a 0,1% e goria profissional, 45% eram técnicos de enfermagem e 11% eram
marcação dos locais onde ocorreu perfuração a partir dos pontos acadêmicos.Observou-seque33%usavamluvasdeprocedimento
corados. As luvas do controle foram submetidas ao mesmo proce- e 30% não aderiram à utilização do equipamento de proteção in-
dimento. Os dados foram anotados em um roteiro que permitia dividual. O reencape das agulhas foi responsável por 6,7% dos aci-
identificar a topografia das perfurações. Resultados: A freqüência dentes. O descarte inadequado dos materiais perfurocortantes e a
de perfurações das luvas do grupo A foi de 22,0%, ocorridas em administração de medicamentos foram circunstâncias prevalentes
nove (52,9%) do total de 17 cirurgias gerais. Enquanto no grupo B dos acidentes, com 25,7% e 17,6% da amostra respectivamente. A
foi registrada apenas 1,0% de perfuração. Houve predominância exposiçãopercutâneaocorreuem59%doscasos,62%envolveram
de perfurações em luvas dos cirurgiões (45,4%), seguidos pelos agulhas com lúmen e 76% dos acidentados estavam previamente
auxiliares, e relacionado ao maior tempo de atuação durante o vacinados. Observa-se que a maior parte dos acidentes são oca-
ato cirúrgico. Dezesseis luvas tiveram perfuração única, e oito per- sionados por situações que contrariam as normas de precauções
furações múltiplas, apresentando de duas a seis perfurações por padrão, portanto passíveis de prevenção. A análise desses aciden-
luva. As regiões mais acometidas da luva foram palma e polegar tes possibilita o direcionamento das ações preventivas, com ên-
com 22,7% das perfurações cada, o dorso com 18,2% e o dedo fase na educação permanente das equipes, com vistas à redução
indicador com 15,9%. Conclusão: O cirurgião foi quem apresen- dos acidentes ocupacionais, assim como avanço na qualidade da
tou o maior índice de perfuração entre os membros da equipe e prestação de serviços.
a região que apresentou maior número de perfuração foi o dedo
polegar. O estudo mostrou que as perfurações de luvas no ato ci- Palavras-chaves: acidentes ocupacionais, equipamentos de prote-
rúrgico podem ocorrer de forma imperceptível, representando ris- ção, prevenção de acidentes
coparaprofissionaiseclientesesugerindoanecessidadedemaior
atenção pela equipe, principalmente do cirurgião e uma avaliação

203
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P215 CÊDO FERREIRA SANTOS, WÍLNIKA DO CARMO BARROS, DIEGO
USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PELA EQUI- AUGUSTO LOPES OLIVEIRA
PE DE ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL DO MUNICÍPIO DE CARU-
ARU – PE. Instituição(ões):
1. ASCES, Associação Caruaruense de Ensino Superior
Autor(es): IARA TIENE DE LIMA MELO, DÉBORA MIRIA DO NASCI-
MENTO MACÊDO, LAÍS DE MACÊDO FERREIRA SANTOS, WÍLNIKA Resumo:
DO CARMO BARROS, DIEGO AUGUSTO LOPES OLIVEIRA INTRODUÇÃO: A higienização das mãos é tida como uma ação
isolada, mas de relevância no controle de infecções hospitalares.
Instituição(ões): Estudosmostramaimportânciadessapráticanareduçãodastaxas
1. ASCES, Associação Caruaruense de Ensino Superior de infecções. No entanto a adesão a essa atividade por parte dos
profissionais é ainda reduzida, pois a maioria desses tem atitudes
passivas frente a esse exercício. OBJETIVO: Avaliar através da ob-
Resumo:
servação a técnica de lavagem das mãos nas atividades laborais
INTRODUÇÃO: O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI)
dos trabalhadores de saúde de uma unidade hospitalar do interior
é primordial para uma prática com segurança nos serviços de saú-
de Pernambuco. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantita-
de, pois em geral, os trabalhadores de enfermagem, estão expos-
tivo, descritivo e exploratório realizado no setor de clinica médica
tos a diversos geradores de processos de desgaste, ou seja, os ris-
adulto e pediátrica, e na urgência de um hospital do Município de
cos ocupacionais. Essa problemática se dá principalmente aos que
Caruaru-PE, sendo a população alvo do estudo a equipe de en-
atuam na assistência hospitalar, uma vez que essas instituições
fermagem e médica. O parâmetro de avaliação foi a observação
são tipicamente insalubres. Entretanto, a segurança desses traba-
da lavagem das mãos frente a atividade laboral cotidiana. RESUL-
lhadores se realiza não apenas pela adoção destes equipamentos,
TADOS: Os registros das observações foram realizados a partir da
mastambémdecomoosutilizamesuarepresentatividadeparaos
readaptação da lista de procedimentos para lavagem das mãos
mesmos. Contudo, as medidas de precaução devem ser avaliadas
adaptado por Mendonça (2007). Dos profissionais observados, os
e aperfeiçoadas, assim como a adesão dos profissionais a estas,
auxiliares e técnicos de enfermagem representaram 58,3%, do to-
avaliando também o uso adequado do EPI e o mau uso. OBJETI-
tal de avaliados, os demais membros da amostragem constitui-se
VOS: Averiguar os tipos de riscos a que os profissionais que atuam
de médicos (25%) e enfermeiros (16,7%), observou-se que 100%
numa unidade hospitalar estão sujeitos e analisar o conhecimento
da amostra não realizaram a lavagem das mãos de forma correta,
da equipe de enfermagem de um hospital de Pernambuco sobre a
dos técnicos e auxiliares de enfermagem (3,8%) deixaram de cum-
utilização dos EPIs. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quanti-
prir pelo menos uma etapa, 11,5% deixaram de cumprir duas ou
tativo, exploratório com análise por meio de estatística descritiva,
três etapas e 84,7% deixaram de cumprir quatro ou mais etapas,
ondeosdadosforamobtidospormeiodaaplicaçãoumquestioná-
dos enfermeiros observados 10,2% deixou de cumprir uma etapa,
rio após aprovação do estudo no Comitê de Ética. RESULTADOS:Os
66,7% duas ou três e 23,1% quatro ou mais etapas, enquanto que
resultados mostram que a adesão ao uso do EPI não tem relação
os médicos respectivamente 11,3%, 36,9% e 51,8%. Embora o ser-
à percepção que os profissionais têm sobre os riscos que estão
viço disponha de materiais para lavagem das mãos e de serviço de
expostos e da susceptibilidade a estes, pois apesar de (97,5%) dos
educação continuada, os profissionais observados não realizam a
profissionais serem conhecedores dos riscos que se expõem, os
técnicadeacordocomasrecomendações,foramnotóriasaneces-
equipamentos nem sempre são utilizados, principalmente por fal-
sidade de implementação de atividades educativas pedagógicas,
ta de hábito e disciplina, disponibilidade, descuido, incômodo e
na tentativa de adesão dessas praticas pelos profissionais dessa
desconforto.Apenasumapequenaparcelautilizaconstantemente
instituição. CONCLUSÃO: A lavagem das mãos é um ato de preven-
todos os EPI de forma correta no exercício de sua profissão, dos
ção, que mesmo sendo negligenciado por grande parte dos profis-
utilizados, as luvas são as que possuem maior adesão. CONCLU-
sionais, ainda se configura como uma das medidas mais eficazes
SÃO: Entende-se que há uma grande necessidade de trabalhar
no controle de infecção. A educação continuada e o estímulo a
estratégias de educação conscientizadora nos programas de bios-
esta atividade são tarefas que devem ser enfatizadas nas institui-
segurança, através de métodos participativos e motivacionais,
çõesdesaúdeemproldaminimizaçãodoscustoscominternações
criando nos profissionais responsabilidade social, e conscientiza-
hospitalares e terapias de alta complexidade que prejudicam prin-
ção da necessidade de preservação do meio ambiente e da sua
cipalmente a integridade do paciente.
qualidade de vida. Sabe-se que a falta de EPI pode ocasionar pu-
nição aos empregadores, para tanto se faz necessário demonstrar
aos mesmos a importância e principalmente os custo/beneficio Palavras-chaves: Lavagem de mãos, Controle de infecção, Biosse-
desta ação tão grandiosa e racional. gurança, Enfermagem, Profissionais da Saúde

Palavras-chaves:Equipamentos de Proteção, Controle deInfecção,


Biossegurança, Enfermagem P217
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL: PRÁTICA DE BIOSSE-
GURANÇA E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
P216 Autor(es): Karla Romana Ferreira de Souza1,1,1, Graciete Chagas
LAVAGEM DAS MÃOS NO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR:
UM ESTUDO SOBRE A EXECUÇÃO DA TÉCNICA. de Oliveira2,2,2, Gleice Rodrigues Gomes de Melo2,2,2, Diana Léa
do Nascimento2,2,2, Rose Mary Rodrigues de Souza2,2,2, Lucimar
da Silva Oliveira2,2,2, Joselma Pereira da Silva2,2,2, José Rocha da
Autor(es): IARA TIENE DE LIMA MELO, DÉBORA MIRIA DO NASCI-
Silva2,2,2, Bartolomeu José dos Santos Júnior1,1,1, Maria da Con-
MENTO MACÊDO, DÉBORA SOLEDADE DE OLIVEIRA, LAÍS DE MA-
ceição Cavalcanti de Lira1,1,1

204
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Instituição(ões): não adoção dessas medidas acontecem acidentes de trabalho.
1. UFPE, Universidade Federal de Pernanbuco-CAV Ocorreram muitos acidentes de trabalho com material biológico
2. FACIPE, Faculdade Integrada de Pernambuco potencialmente contaminado. Foi verificado acidentes na pele ín-
tegra, percutâneo, na mucosa e em pele lesada, onde a área mais
Resumo: afetada foi os membros superiores(mãos, dedos), que são partes
INTRODUÇÃO: Nos Estabelecimentos de Assistência à Saúde (EAS) mais utilizadas na execução de tarefas. A maioria dos acidentes
é importante discutir o uso dos Equipamentos de Proteção Indi- ocorria devido a distração, estresse, pouca habilidade e prática
vidual (EPI), uma vez que envolve a implementação de ações que profissional como também em procedimentos técnicos, como a
visam à proteção do profissional contra agentes etiológicos capa- punção venosa e arterial, administração de medicamentos, ma-
zes de provocar danos à saúde como infecções e/ou efeitos tóxi- nuseio de dispositivos e acessos venosos, durante a limpeza dos
cos. OBJETIVOS: Avaliar o conhecimento da equipe de enferma- materiaisenapráticadereencapedeagulhas.Algunsprofissionais
gem quanto ao uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) relataram procuraro posto de saúde e seremsubmetidos àsmedi-
como prática de biosseguranca e controle de infecção. MÉTODOS: das de prevenção pós-exposição. Muitos acidentes não são notifi-
Estudo quantitativo, observacional de caráter descritivo, onde os cados pelo fato da indisponibilidade das fichas em alguns setores
dados foram coletados nos meses de fevereiro a abril de 2010. como a UTI. Alguns ignoram a necessidade de relato e em alguns
Foram realizadas 80 (oitenta) entrevistas com questões fechadas artigos foi descrito informações incompletas nas fichas de notifi-
junto aos profissionais de enfermagem de nível superior e médio, cação Com isso é relevante perceber a importância do uso dessas
em um EAS situado na Zona da Mata do Estado de Pernambuco. medidas de biossegurança na rotina de trabalho dos profissionais
RESULTADOS: Observou-se que 64 funcionários de nível médio de saúde que estão em profissões de risco.
apresentaram falta de conhecimento na indicação correta para o
uso do EPI, no que se refere aos aspectos de proteção individual Palavras-chaves: ACIDENTES, BIOSSEGURANÇA, CONTROLE
e prevenção de infecções para o pacientes, evidenciou-se excesso
de proteção (maior preocupação em não se contaminar no mo-
mento do procedimento). Entretanto antes da retirada dos EPIs
contaminavam os artigos e superfícies, o mesmo se repetiu em 16 P219
funcionários de nível superior. CONCLUSÃO: A equipe de enferma- PERCEPÇÕES DOS ENFERMEIROS ACERCA DA PRÁTICA DE BIOS-
gem do EAS estudado apresentou deficiência no conhecimento do SEGURANÇA NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO
tema de extreme importância dentro dos pilares de sustentação DE CAJAZEIRAS, PARAÍBA
da qualidade que busca a segurança, a saúde humana, a integrida-
de profissional, o meio ambiente e a imagem institucional. Autor(es): MARCONNI ALVES FERREIRA, ANNE CAROLINE ALMEI-
DA DUARTE DA CRUZ, PATRÍCIO JÚNIOR HENRIQUE DA SILVEIRA,
Palavras-chaves: Educação, Infecção hospitalar, Prevenção MILENA NUNES ALVES DE SOUSA, ADAIRIS FONTES BALBINO

Instituição(ões):
1. FSM, FACULDADE SANTA MARIA
P218
AIMPORTÂNCIADABIOSSEGURANÇANOCONTROLEDEACIDEN- Resumo:
TES DE TRABALHO ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE A biossegurança é definida como um conjunto de medidas volta-
dasàprevenção,minimizaçãooueliminaçãoderiscosinerentesàs
Autor(es): DANILO GONÇALVES DANTAS, MARCELA PORTELA RE- atividadesdeprestaçãodeserviços,osquaispodemcomprometer
SENDE RUFINO, MIRTES SOUSA SÁ, JOSYANNE ARAÚJO NEVES, a saúde do homem, do ambiente ou a qualidade dos trabalhos
GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA desenvolvidos. Tais riscos são perceptíveis inclusive nas unidades
básicas de saúde (UBS’s), sendo considerados elevados, visto que
Instituição(ões): os clientes e profissionais, especialmente enfermeiros, estão ex-
1. UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI postos a um ambiente que favorece a disseminação de infecções
cruzadas. Diante do contexto, objetivou-se avaliar as percepções
Resumo: dos enfermeiros acerca das práticas de biossegurança nas UBS’s,
Biossegurança é a aplicação de conhecimento, técnicas e equi- tendo sido realizado um estudo exploratório-descritivo, randoni-
pamentos para prevenir a exposição do trabalhador, laboratório zado, com abordagem qualitativa, sendo desenvolvido com uma
e ambiente a agentes potencialmente infecciosos ou bio-riscos. amostra de 08 enfermeiros das UBS’s do município de Cajazeiras,
Assim objetivou-se descrever a importância da biossegurança no localizado no sertão paraibano. Os dados foram coletados me-
controle de acidentes de trabalho entre os profissionais de saúde. diante a utilização de um roteiro de entrevistas semi- estruturadas
Trata-se de um levantamento bibliográfico, nos Bancos de Dados e analisados à luz de Lefévre e Lefévre (2003). Dentre os entre-
LILACS e BDENF. Para tal utilizaram-se os seguintes descritores: vistados, 75% foram do sexo feminino e 25% do masculino. Os
“biossegurança and acidentes and controle”. Estabeleceu-se como principais resultados apontam que os enfermeiros demonstram
recorte temporal o período de 2000 a 2009. Enquadraram-se nes- apresentar conhecimento satisfatório acerca do tema, entendo a
sas estratégias 15 artigos. Dentre os assuntos abordados, desta- biossegurança como conjunto de medidas voltadas à prevenção,
caram-se: a importância da revisão do processo de trabalho, com minimização ou eliminação de riscos decorrentes da prática diá-
destaque para o uso de EPIs e adoção de práticas seguras. Ainda, ria de ações inerentes à enfermagem. As principais medidas de
a implementação de um programa de educação permanente, re- biossegurançaqueosenfermeirosrelataramconhecereempregar
levante não somente para fomentar a aquisição de conhecimento, commaiorfrequênciaforam:higienizaçãodasmãoseusodeEqui-
mas também para incentivar os profissionais a refletirem sobre pamentos de Proteção Individual (EPIs). Quanto à auto-proteção,
sua prática e responsabilidade social. Mostram que devido a uma esta variável foi avaliada como regular. No mais, consideram como

205
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
fatoresderiscoàsaúde:oambientefísicoinadequadodasUBS’s,a Autor(es): EDJANE SOUSA ANDRADE ANDRADE, JOSE JONATHAS
exposição aos materiais pérfuro-cortantes, as secreções vaginais, ALBUQUERQUE DE ALMEIDA ALMEIDA, ANKILMA DO NASCIMEN-
aos derivados de sangue e aos agentes biológicos. A falta de des- TO ANDRADE ANDRADE, ANNA KARLA BRANDAO MENEZES ME-
cartéx, de EPI suficientes e de coleta seletiva do lixo das unidades NEZES, JULIANA DIAS FERREIRA SILVA SILVA, MARÍLIA DIAS BRAGA
também foi atribuída com fatores de risco para os profissionais de BRAGA
enfermagem. Portanto, constatou-se que a biossegurança suscita
reflexões e debates entre os enfermeiros, uma vez que estão mais Instituição(ões): 1. FSM, FACULDADE SANTA MARIA
suscetíveis a contrair doenças advindas de acidentes de trabalho,

através de procedimentos que predispõem aos riscos biológicos, Resumo:


químicos, físicos e psicossociais. INTRODUÇÃO Biossegurança é uma ciência que surgiu para con-
trolar e diminuir os riscos quando se praticam diferentes tecnolo-
Palavras-chaves: Biossegurança, Atenção básica, Enfermagem, gias, tanto aquelas desenvolvidas em laboratórios, ambulatórios
Percepção como as que envolvem o meio ambiente. A biossegurança é regu-
lada por um conjunto de leis que ditam e orientam como devem
ser conduzidas as pesquisas e tecnológicas, sendo um processo
funcional e operacional de fundamental importância em serviços
P220 de saúde, não só por abordar medidas de Controle de Infecções
CARACTERIZAÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM PÉRFU- para proteção da equipe de assistência e usuários em saúde, mas
RO-CORTANTE ENVOLVENDO PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM MA- porterumpapelfundamentalnapromoçãodaconsciênciasanitá-
TERNIDADE DE REFERÊNCIA NO MEIO NORTE DO BRASIL. ria, na comunidade onde atua na preservação do meio ambiente
na manipulação e no descarte de resíduos químicos, tóxicos e in-
Autor(es): MARCOS RESENDE DE SOUZA LIMA, ELNA JOELANE L.S. fectantes e redução geral de riscos à saúde e acidentes ocupacio-
AMARAL, GISLAINE CASTRO ARAÚJO, ISABEL CRISTINA LIMA MI- nais, sendo um processo progressivo, que não inclui conclusão em
RANDA, JOSIANE ALVES LIMA, NADIA CRISTINA SANTANA GOMES, sua terminologia, pois deve ser sempre atualizado e supervisiona-
GINA NOGUEIRA DE MATIAS ARAUJO do e sujeito a exigência de respostas imediatas ao surgimento de
microrganismos mais resistentes e agressivos identificados pelas
Instituição(ões): 1. CIAMCA, U S Wall Ferraz notificações epidemiológicas da Equipe de Controle Epidemiológi-
co da SMS. Objetivo mostra a importância da biossegurança, e os
Resumo: direitos e deveres que o profissional tem, explicar alguns métodos
Os trabalhadores de saúde devem sentir-se seguros e não correr de proteção de maior relevância, levantando um pensamento cri-
riscos. Apesar das medidas, acidentes envolvendo material bioló- tica sobre o tema relatado. Metodologia utilizada para o desenvol-
gico são freqüentes entre profissionais de saúde. Existem vários vimento do estudo foi à pesquisa exploratória, com revisão e pes-
patógenos que devem ser transmitidos por exposição envolvendo quisa bibliográfica em livros nacionais, artigos científicos, revistas
matérias biológicos, especialmente sangue. Os vírus mais relacio- e dados da internet. Resultado Ocorre a falta de material disponí-
nados nestes acidentes são: HIV/HBV/HVC. O presente trabalho, veldeproteçãofazendocomqueocorramacidentesnotrabalho,e
de natureza descritiva, tem por objetivo caracterizar os fatores cerca da metade dos profissionais demonstraram ter conhecimen-
que predispõem os acidentes ocupacionais envolvendo materiais to pleno sobre a profilaxia pós-exposição de acidentes, sendo ás
pérfuro-cortantecomprofissionaisdesaúdequeatuamnumama- Principais causas de acidentes Descuido, sobrecarga de trabalho,
ternidade de referência em Teresina-PI, ocorrido no período de ter que trabalhar em 3 ou 4 empregos, falta de esclarecimento
setembro de 2009 a março de 2010. Os dados apresentados no sobre Biossegurança, como uma educação continuada, inadequa-
estudo foram coletados pela Comissão de Infecção Hospitalar da ção ou insuficiência de EPI’S e EPC’S, cansaço físico, stress e pre-
referida maternidade no período acima citado. Os resultados evi- carização do trabalho por equipamentos, recursos humanos entre
denciaram que, dos 11 acidentes trabalho notificados oficialmen- outros. Considerações finais Os riscos são assumidos como pecu-
te,7(64%)aconteceramcomtécnicosdeenfermagem,3(27%)com liaridades. A utilização de equipamentos individuais normatiza-se
acadêmicos de medicina e 1(9%) com médico. Em síntese, dentre formas de trabalho considerado seguros. A visão da Medicina do
as principais atividades que podem oferecer risco ocupacional, o Trabalho ainda é predominante nas análises de Biossegurança em
maior numero de casos notificados ocorreram durante a realiza- Unidades de Saúde prevalecendo à concepção de “ato inseguro”.
ção do parto, envolvendo principalmente sutura e administração Um dos grandes problemas é que a dimensão subjetiva não é in-
de medicações (55%); a faixa etária com o maior número de casos corporada na compreensão dos agravos a saúde no ambiente de
foi a de 40 a 50 anos, com 5 casos (45%) e a maioria dos acidentes trabalho. Isso justifica a necessidade de maior difusão de conheci-
ocorreu no período diurno (73%). Os dados obtidos pelo presente mento e formação de trabalhadores na área de biossegurança em
estudo servirão de base para execução de providências que pro- que a dimensão subjetiva seja um aspecto operante neste campo.
movam a prevenção e promoção da saúde dos profissionais no A diminuição dos riscos nas Instituições de Saúde cria uma nova
universo estudado. mentalidade de cuidados com os resíduos produzidos, em função
da preocupação com a preservação do ambiente externo e sua se-
Palavras-chaves: acidente, perfuro-cortante, biologico gurança.

Palavras-chaves: biossegurança,importancia, meio ambiente,pro-


fissionalismo
P221
BIOSSEGURANÇA RELACIONADA COM O PROFISSIONALISMO E O
MEIO AMBIENTE

206
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P222 SANTOS
EXPOSIÇÃOOCUPACIONALENTREPROFISSIONAISDESAÚDE:RE-
VISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA Instituição(ões):1. UFG, Universidade Federal de Goiás

Autor(es): LIWCY KELLER OLIVEIRA LOPES, DAYANE XAVIER DE Resumo:


BARROS, LUANA CÁSSIA MIRANDA RIBEIRO, ANACLARA FERREIRA Introdução: Os profissionais da área da saúde estão expostos a
VEIGA TIPPLE, ADENÍCIA CUSTÓDIA SILVA E SOUZA diversos riscos ocupacionais, dentre esses, destaca-se o risco bio-
lógico. Sendo assim, o ensino de medidas de prevenção e contro-
Instituição(ões): 1. UFG, Universidade Federal de Goiás le de infecção deve ser construído ainda durante a graduação, o
que pressupõe disciplinas que abordem essa temática. Objetivo:
Identificar o perfil do ensino de prevenção e controle de infecção
Resumo:
dos cursos de graduação da área da saúde do Estado de Goiás.
Introdução:Ostrabalhadoresdaáreadasaúde,durantesuasativi-
Métodos: Estudo descritivo e exploratório, com abordagem quan-
dadeslaborais,estãoexpostosaosdiversosriscosocupacionais,os
titativa. Para a identificação das Instituições de Ensino Superior
quais podem desencadear prejuízos à saúde desses profissionais.
(IES) que oferecem cursos de graduação da área da saúde, foram
Objetivo: Caracterizar o perfil das publicações acerca da exposição
utilizadas informações provenientes do site do Ministério da Edu-
ocupacional em profissionais da área da saúde nos últimos dez
caçãoeCultura(MEC).Olevantamentodosdadosfoirealizadopor
anos. Método: Estudo de revisão bibliográfica realizada nas bases
meio da análise das matrizes curriculares dos cursos disponíveis
de dados LILACS, MEDLINE e SciELO, no período de 2000 a abril
nos sites. Foram incluídos no estudo cinco cursos cuja prática en-
de 2010. A busca foi conduzida mediante os descritores contro-
volve material biológico na maior parte do tempo: biomedicina,
lados (DeCS): exposição ocupacional e pessoal de saúde. Os crité-
enfermagem, farmácia, medicina e odontologia. Resultados: Fo-
rios de inclusão foram: artigos na íntegra on-line publicados nos
ram encontradas no site do MEC 29 IES, sendo que, ao serem bus-
idiomas inglês, espanhol e português. Os dados foramdistribuídos
cadas quatro não tinham páginas on-line disponíveis e três não
em tabelas e categorizados segundo as bases de dados, país, ano
tinham unidades acadêmicas no Estado de Goiás, portanto foram
de publicação e a síntese dessas publicações para o desvelamento
incluídas no estudo 22 IES que totalizou 51 cursos. Dentre esses,
dos principais riscos envolvidos na exposição ocupacional desse
dez não tinham as matrizes curriculares disponibilizadas, perfa-
grupo. Resultados: Foram selecionados e analisados 38 artigos,
zendo uma amostra de 41 cursos analisados, que corresponderam
desses, 11 estavam indexados na base LILACS, 23 na MEDLINE,
a 17 de enfermagem, 11 de farmácia, oito de biomedicina, três de
e quatro constavam em ambas as bases. Não foram encontradas
medicina e dois de odontologia. Constatou-se que em 15 cursos
publicações na base de dados SciELO. Em relação aos países com
(36,6%) não havia, na matriz curricular, disciplinas que abordas-
maior publicação dessa temática, encontra-se o Brasil com 12 es-
sem a temática de prevenção e controle de infecção destacando-
tudos, seguido pelos Estados Unidos da América com seis, Chile
se os cursos de medicina e biomedicina em que no primeiro não
e Inglaterra, ambos com cinco artigos. O ano de 2005 foi o ano
foiencontradaqualquerdisciplinareferenteaotemaenosegundo
que mais apresentou publicações, com oito artigos disponíveis.
apenasem50,0%doscursos.Conclusão:Emboranãosejapossível
Dentre os principais riscos envolvidos na exposição ocupacional
afirmar que na ausência de disciplinas o ensino desse conteúdo
abordados nos artigos destacam-se: risco biológico com 15, risco
não ocorra nas IES, é possível dizer que as disciplinas acerca da
químico com quatro, risco radioativo e psicossocial com um res-
prevenção e controle de infecção não constituem uma priorida-
pectivamente, e em um estudo verificou-se referência aos riscos
de para os cursos de graduação da área da saúde, evidenciando
físicos e psicossociais. Conclusão: Observa-se a maior quantidade
uma fragilidade no ensino. As implicações sociais e econômicas
deartigosencontradosnabasededadosMEDLINEporsetratarde
das altas taxas de morbi-mortalidade das infecções associadas aos
uma base bibliográfica de abrangência internacional. Em relação
cuidados em saúde reforçam a necessidade de uma formação que
ao país de publicação, destacou-se o Brasil pela tendência que se
capacite o futuro profissional para lidar no seu cotidiano com situ-
apresenta no cenário atual que é a disponibilização gratuita dos
ações de prováveis exposições ocupacionais a agentes biológicos
artigos na íntegra via internet. Quanto ao risco, houve uma maior
e ainda de que esses adotem medidas protetoras aos clientes sob
abordagem do risco biológico e tal dado justifica-se pelas caracte-
sua responsabilidade.
rísticas das atividades que os trabalhadores da área da saúde de-
sempenham durante a prática laboral bem como ao ambiente em
queessassãodesenvolvidas.Considera-seimportantearealização Palavras-chaves: Biossegurança, Ensino, Medidas preventivas
de estudos dessa natureza, com os quais se pode observar de uma
forma abrangente o cenário das pesquisas, no intuito de direcio-
nar as ações protetoras na vida laboral desses trabalhadores. P224
ARTICULAÇÃO ENSINO SERVIÇO: BUSCANDO ESTRATÉGIAS DE
Palavras-chaves: exposição ocupacional, profissionais da saúde, AGILIDADE E SEGURANÇA NO ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE
acidentes de trabalho ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO

Autor(es): LIWCY KELLER OLIVEIRA LOPES1, ANACLARA FERREIRA


P223 VEIGA TIPPLE1, GISELE PALAZZO2, HEBE MACEDO2, ANA CRISTINA
MEDIDAS DE SEGURANÇA FRENTE AO RISCO BIOLÓGICO NOS BRAZ OLIVEIRA STÁBELE2, DAYANE XAVIER DE BARROS1, MARINÉ-
CURSOS DE GRADUAÇÃO DA ÁREA DA SAÚDE DO ESTADO GOIÁS SIA APARECIDA PRADO PALOS1

Autor(es): DAYANE XAVIER DE BARROS, LIWCY KELLER OLIVEIRA Instituição(ões):


LOPES, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIPPLE, SILVANA LIMA VIEIRA 1. UFG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
2. SES, Secretaria Estadual de Saúde Estado de Goiás

207
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Resumo: profissionais de saúde que não utilizam adequadamente equipa-
Introdução: O atendimento rápido e eficaz às vítimas de acidente mentos de proteção individual (EPI’s). As instituições de assistên-
ocupacional com material biológico (MB) uma condição que dimi- cia a saúde diponibilizam EPI’s aos colaboradores para que estes,
nui o risco de infecção. No município de Goiânia/GO, a partir de realizem suas atividades de forma segura; os equipamentos são
2004 esse atendimento ocorre na Rede de Serviço Sentinela (RSS) mantidos em áreas de fácil acesso. A capacitação em serviço é
implantada pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de suma importância para que os colaboradores se mantenham
Regional(CEREST).Entretanto,ofluxogramadeatendimentoapre- conscientes e atualizados, utilizando os EPI’s adequadamente em
sentava dificuldades que necessitavam ser identificadas. Tarefa todas as situações de riscos. Resultados: Instituições que possuem
que foi proposta como atividade do estágio supervisionado em comissões especiais, controlam os riscos ocupacionais, reduzindo
enfermagem realizado nesse serviço. Objetivos: Relatar as ativida- as taxas de acidentes de forma diferenciada. Comissões de con-
des desenvolvidas no estágio supervisionado em enfermagem no trole de infecção, educação em serviço, controle de qualidade e
Centro de Referência em Saúde do Trabalhador Regional (CEREST) saúde ocupacional, contribuem para a execução dos programas
e a articulação ensino serviço. Métodos: Relato de experiência das que visam à manutenção da segurança em seu amplo aspecto,
atividades desenvolvidas durante a disciplina de Estágio Supervi- criandoindicadoreserelatóriosdassituaçõesderisco,alémdeim-
sionado III, do 10º período do Curso de Graduação em Enferma- plementarprogramas educativos paraos funcionários. Legislações
gem em 2009, perfazendo 311 horas. A experiência: Entre as prin- específicas sobre o tema e recomendações de órgãos executivos
cipais atribuições do CEREST, destacam-se o desenvolvimento de e consultivos como: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (AN-
ações de prevenção, promoção e vigilância à vítimas de acidente VISA) e Center for Disease Control and Prevention (CDC) apoiam
ocupacional com MB. Com a implantação da RSS foram realizadas as comissões especiais no intuito de propiciar a avaliação, preve-
atividades de educação em serviço nas unidades de referência, o nindo as infecções e acidentes ocorridos; executando a vigilância
que possibilitou a identificação de problemas no fluxograma de contínua destes, levantando o problema e aplicando a solução de
atendimento por meio de observações e questionamentos aos formaimediata.Conclusão:Ainstituiçãodevegarantirasegurança
usuários. Pontos frágeis destacaram-se: o desconhecimento dos da tríade: local de trabalho - funcionários - pacientes , como um
profissionais sobre quais eram as unidades de referência para o processointer-relacionado;seainstiuiçãoésegura,seuscolabora-
atendimento às vítimas, bem como, a utilização do protocolo e do dores e pacientes também o são. A capacitação em serviço sobre
fluxograma.Além,dafaltadecomprometimentodosgestoresdes- os temas de biossegurança e saúde ocupacional se faz imprescin-
sas unidades em viabilizar o cumprimento de todas as etapas de dível na atualidade; afinal, todos os profissionais direta ou indire-
atendimento dessa população. Foram propostas algumas suges- tamenterelacionadosaopaciente,sãoco-responsáveisemprestar
tões, tais como: a realização de educação continuada com novas a melhor assistência possível, assegurando que os cuidados ofere-
estratégias de abordagem, articulada com os gestores das unida- cidos, sejam livres de perigos ou danos à sua saúde.
des econfecção de cartazes e bunners informativos sobrea opera-
cionalização do atendimento nas unidades sentinelas. Conclusão: Palavras-chaves: Biossegurança, Capacitação em Serviço, Comis-
ArealizaçãodoEstágioSupervisionadoIIInoCERESTproporcionou sões Especiais, Equipamento de Proteção Individual, Saúde Ocu-
maior compreensão sobre a saúde do trabalhador, como uma das pacional
propostas de atuação do Sistema Único de Saúde. A parceriaentre
IES e serviço, possibilitou a compreensão do saber e do fazer em
enfermagem no contexto das ações de promoção à saúde e de
prevenção à agravos validadas pela aplicabilidade do conhecimen- P226
to teórico aliado à prática. PRECAUÇÕES HOSPITALARES: FALTA DE HÁBITO OU CONHECI-
MENTO?
Palavras-chaves:acidentesdetrabalho,ensino,saúdedotrabalha-
dor Autor(es):MelisseOrtiz,VanessaCargnelutti,JaneteMachado,Do-
risLazaroto,JanineRauber,MarceloCarneiro,ElianeKrummenauer

Instituição(ões):1. HSC, Hospital Santa Cruz


P225
BIOSSEGURANÇA: SEGUIR OU NÃO SEGUIR, EIS A QUESTÃO! Resumo:
INTRODUÇÃO: A ocorrência da infecção cruzada nos ambientes
Autor(es): CRISTIANE KARLA SILVA, FABIANE KARINA DIAS SILVA, hospitalares pode ser favorecida pela disseminação de microrga-
GISIANNE TOZATTO WAKIMOTO, THAIS DE SOUZA MACHRY nismos (mãos dos profissionais, equipamentos e/ou soluções). O
conhecimento e comportamento dos profissionais de saúde acer-
Instituição(ões): 1. CASS P.D. LTDA, CASS PROCESSAMENTO DE DA- ca das recomendações de precaução e disseminação dos agentes
DOS LTDA potencialmente infecciosos, bem como das mudanças de hábitos
é essencial. OBJETIVO: Quantificar o nível de conhecimento em
Resumo: relação às precauções para assegurar uma assistência com qua-
Introdução: Estar seguro significa não correr riscos, profissionais lidade e planejar programas de educação continuada. MÉTODOS:
de saúde aprendem com os compromissos e juramentos assu- Estudo transversal e prospectivo com entrevistas aleatórias com
midos no início de suas carrerias a não causarem danos. Dessa as equipes assistenciais (instrumento com seis questões fechadas
forma, quando proporcionamos um ambiente seguro aos nossos sobre a necessidade das precauções hospitalares). RESULTADOS:
pacientes e a nós próprios, evitamos tais complicações. Objetivos: De um total de 364 funcionários assistenciais, 50 profissionais de
Orientar a biossegurança; reduzir doenças ocupacionais. Méto- saúde(6enfermeiros,43técnicosdeenfermageme1médico)res-
dos:Oestudocaracteriza-seporrelatodeexperiênciaereferencial ponderam o questionário e observou-se que 16 (32%) não tinham
bibliográfico, associado aos acidentes de trabalho, envolvendo os conhecimento adequado sobre as precauções e 33 (66%) não re-

208
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
conheceram as indicações das precauções. O tempo de trabalho P228
na instituição foi menor do que 1 ano em 25 (50%) funcionários. BIOSSEGURANÇA NA ENFERMAGEM: MUITA DISCUSSÃO, POUCA
CONCLUSÃO: Evidenciou-se que a falta de conhecimento é o fator AÇÃO.
limitante para a mudança de hábitos e adequada conduta duran-
te a assistência. Esses resultados são explicados, em parte, pela
Autor(es): Sheyla Gomes Pereira de Almeida, Cleonice Andrea Al-
grande rotatividade das equipes e lacunas na formação profissio-
ves Cavalcante, Elisângela Franco de Oliveira Cavalcante
nal. Desta forma, uma política de educação continuada periódica,
bem como estacar alertas visuais sobre as condutas de cada tipo
de precaução, garantindo a segurança do paciente, qualidade de Instituição(ões):
atendimento, custos otimizados e menor transmissão cruzada de 1. EEN/UFRN, Escola de Enfermagem de Natal/UFRN
microrganismos entre os doentes e profissionais.
Resumo:
Palavras-chaves: Biossegurança, Precauções contato, Precuações Os anos oitenta deixaram, entre outros, um importante legado
respiratórias, Infecção cruzada para a saúde brasileira, a reboque do falecimento prematuro do
então presidente, Tancredo de Almeida Neves, vitimado por infec-
ção hospitalar em instituição de renome nacional, e ainda com o
adventodaAIDS,quecausoupreocupaçãoemedoprincipalmente
P227 em relação ao risco ocupacional entre os trabalhadores da saú-
PERFILDOSACIDENTESCOMMATERIALBIOLÓGICOEMUMHOS- de. A partir de então, as ações de biossegurança na saúde e na
PITAL DE PEQUENO PORTE enfermagem tomaram vulto, sofrendo transformações profundas,
geradoras das atuais orientações. Consequentente, a preocupa-
Autor(es): Eliane Krummenauer, Marcelo Carneiro, Ja- ção com o preparo profissional daqueles que enveredam pelos
nete Machado, Dóris Lazaroto, Jose Emerson Correa caminhos da área da saúde é um permanente desafio. Instiga em
docentes e discentes contínuas reflexões acerca de como se com-
Instituição(ões):1. HSC, Hospital Santa Cruz prometer e estar habilitado para exercer efetivamente as ações de
biossegurança. Este estudo descritivo teve o objetivo de examinar
a vivência prática, alicerçada nos conteúdos teóricos das discipli-
Resumo:
nas de biossegurança I e II, dos alunos concluintes do curso Téc-
INTRODUÇÃO: Os acidentes com material biológico representam
nico em enfermagem da Escola de enfermagem da Universidade
um grande problema de saúde pública devido à exposição de pro-
Federal do Rio Grande do Norte. Estes relataram seu aprendiza-
fissionais saudáveis aos vírus do HIV, hepatite B, C e outros pa-
do em biossegurança, sua aplicação prática durante as aulas de
tógenos. OBJETIVOS: Avaliar os acidentes com material biológico
campo, e as dificuldades e limitações enfrentadas para aplicá-la,
ocorrido no ano de 2009 e descrever o perfil dos acidentes na ins-
por meio de um questionário, durante uma roda de conversa no
tituição. MÉTODO: Estudo epidemiológico descritivo retrospecti-
encerramento de disciplina teórica do semestre 2010.1 Resulta-
vo baseado nos dados das fichas de notificação de acidente com
dos: A apropriação dos conhecimentos teóricos está relacionada
material biológico, tendo como variáveis: faixa etária, sexo, tempo
principalmente ao entendimento do que são as medidas de bios-
detrabalho,categoriaprofissional,situaçãodeexposição,material
segurança, tratando-se objetivamente de um conjunto de técni-
envolvido, situação vacinal para hepatite B, situação da fonte, in-
cas e normas aplicadas em prol da segurança dos profissionais de
dicações de anti-retrovirais e conversão sorológica. RESULTADOS:
saúde e dos pacientes, traduzidas primordialmente na higieniza-
Foramanalisadas27fichas,sendoque24dosexofeminino(88,9%)
ção de mãos, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs),
e 3 do sexo masculino(11,1%). Em relação a faixa etária a maior
cuidados no manuseio de materiais e desenvolvimento correto
freqüência ocorreu no grupo de 20 a 29 anos(16;59,2%), segui-
de técnicas assépticas, dentre outros. A ênfase maior na aplica-
do de 30 a 39 anos(8;29,6%). Dentre as categorias profissionais o
ção prática ocorreu em relação à higienização das mãos e uso de
maior número de acidentes aconteceu com os técnicos de enfer-
EPIs. Relativo às dificuldades, os comentários evidenciam uma re-
magem(24; 89%), seguido do enfermeiro(1;3,7%), médico(1;3,7%)
alidade comprometedora, como ausência de EPIs, estrutura física
e auxiliar de serviços gerais(1; 3,7%). O tempo de trabalho na ins-
precária para higienização de mãos, e, para além, relatos do tipo
tituição variou de 2 horas a 25 anos. O sangue foi o material bio-
“muitas vezes nós tentamos fazer o que aprendemos no curso,
lógico mais envolvido (93%), sendo a exposição percutânea a mais
mas não conseguimos devido a superlotação dos serviços de saú-
recorrente(89%).Indicou-seanti-retroviralpara1caso(3,7%).Asi-
de”; e “outra dificuldade é a própria equipe de saúde, que nos vê
tuação mais freqüente foi fonte conhecida(26; 96,3%). Em relação
comoalunos,fazendoocorretoedizemquedemoramosmuitono
à vacina da hepatite B, 100% possuíam esquema completo e imu-
procedimento, que isso não é necessário.” Conclusão: Percebe-se
nizaçãoparaahepatiteB(anti-HBs>10mUL/ml).Todososacidenta-
que a escola consegue atingir os objetivos propostos, mas a prá-
dos conheciam a sua situação de soroconversão para a hepatite B
tica nos serviços trata de iniciar, ainda na condição de discente,
no momento do acidente. Não houve nenhum caso de conversão
o caminho inverso, já imprimindo nesse” iniciante profissional”
sorológica para as doenças ocupacionais. CONCLUSÃO: Observa-
seus vícios tão maléficos à qualidade da assistência. Tal situação
se que a execução de protocolos de atendimento, o conhecimento
compromete não só esta qualidade, como também a do aprendi-
da situação de soroconversão para a hepatite B pós vacina e estra-
zado, pois dificulta o processo de relação da teoria com a prática,
tégias educativas e preventivas, são elementos essenciais para a
momento de sedimentação do aprendizado e de confronto com a
segurança ocupacional das equipes de trabalho.
realidade prática nos serviços de saúde.
Palavras-chaves: Biosegurança, Risco biológico, Acidente de traba-
Palavras-chaves: cuidados de enfermagem, doenças ocupacionais,
lho, Saúde ocupacional
educação em enfermagem, infecção hospitalar, qualidade da as-
sistência

209
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Palavras-chaves: Exposição a Agentes Biológicos, Riscos Ocupacio-
nais, Serviço Hospitalar de Limpeza
P229
RISCO BIOLÓGICO ENTRE TRABALHADORES DO SERVIÇO DE HI-
GIENIZAÇÃO E LIMPEZA P230
ACIDENTES COM MATERIAL PERFUROCORTANTE ENTRE PROFIS-
Autor(es): Priscilla Santos Ferreira, Anaclara Ferreira Veiga Tipple, SIONAIS DE SAÚDE EM HOSPITAL PRIVADO DE VITÓRIA DE SAN-
André Nunes Gomes de Almeida, Dulcelene de Sousa Melo TO ANTÃO - PE

Instituição(ões): Autor(es): DILMA MARIA DA SILVA, SIMARA LOPES CRUZ, SUZANA


1. FEN / UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE DE OLIVEIRA MANGUEIRA, ZAILDE CARVALHO DOS SANTOS
FEDERAL DE GOIÁS
Instituição(ões): 1. UFPE-CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PER-
Resumo: NAMBUCO-CAV
Introdução: No hospital, são realizados muitos procedimentos in-
vasivos que expõem clientes e trabalhadores ao risco de contato Resumo:
com material biológico (MB) e microrganismos potencialmente Introdução: Os acidentes com materiais perfurocortantes são con-
patogênicos (MS, 2002). A equipe do Serviço de Higienização e siderados problema para os profissionais da área de saúde, pela
Limpeza (SHL) é bastante acometida por acidentes com MB, atrás possibilidade de transmissão ocupacional de patógenos veicula-
apenas daqueles que realizam procedimentos diretos no paciente dospelosangue,comooVírusdaImunodeficiênciaHumana(HIV),
(BALSAMO & FELLI, 2006). Objetivo: Analisar o risco biológico (RB) VírusdaHepatiteB(HBV)eVírusdaHepatiteC(HCV).Objetivos:os
dos trabalhadores do SHL com experiência de atuação em áreas objetivos foram descrever os fatores que predispõem a ocorrência
com grande densidade de procedimentos e caracterizar os aciden- de acidentes ocupacionais com material perfurocortante e identi-
tes ocorridos com eles. Métodos: Estudo transversal, descritivo, ficar as ocorrências de acidentes ocupacionais com materiais per-
quantitativo, realizado com trabalhadores do SHL de um hospital furocortantes entre os profissionais de saúde. A amostra compre-
de grande porte na cidade de Goiânia - GO. A coleta de dados foi ende 95 notificações de acidentes com materiais perfurocortantes
feita após aprovação em Comitê de Ética e a assinatura do Termo ocorridos entre os profissionais de saúde. Métodos: trata-se de
de Consentimento Livre Esclarecido por meio de entrevista semi- um estudo descritivo de caráter retrospectivo, com abordagem
estruturada pré-validada e testada em outra instituição. Os dados quantitativa, realizado em um hospital privado de Vitória de Santo
foram analisados pelo programa Epi Info 3.5.1. Resultados: Dos Antão - PE,no período de 2004a2009. Utilizaram- secomo instru-
140 profissionais do SHL, foram triados junto à direção do serviço mento para coleta dos dados, informações secundárias adquiridas
40 que tinham experiência de atuação nas áreas eleitas e parti- através de fichas de registro com as notificações dos profissionais
ciparam. Vinte e nove (72,5%) consideraram que o seu trabalho de saúde. Resultados: os resultados evidenciaram que: 58,7% dos
representa risco para a sua saúde; os cartões de vacinação de 11 acidentes com material perfurocortante ocorreram com a equipe
(27,5%) estavam incompletos quanto ao esquema vacinal contra de enfermagem, 57,7%, com os auxiliares de enfermagem, 36,9%,
hepatite B, apenas três (7,5%) fizeram o Anti-HBS com resultado durante a realização de procedimentos, 14,5% ocorreram devido
positivo e, 17 (42,5%) das vacinas anti-tetânicas estavam com o ao descarte do material em local impróprio, 17,9% ao descartar
esquema incompleto ou atrasado. O protocolo pós-exposição é o material perfurocortante e 9,20% auxiliando procedimentos,
total ou parcialmente desconhecido por 36 (90,0%) dos entrevis- 9,10%aorealizaracoletadematerialapósprocedimentos.Conclu-
tados. Catorze (35,0%) profissionais relatam ter sofrido acidentes são: conclui-se que os fatores que predispõem as ocorrências dos
com MB, referindo um total de 30 acidentes, todos percutâneos acidentes com material perfurocortante são: descarte do material
com material perfurocortante, que atingiram, principalmente, as em local impróprio; processo de descarte do material perfurocor-
mãos (24/ 80,0%) e ocorrendo, em sua maioria, no Pronto-socorro tante;durantearealizaçãodeprocedimentoseaorealizaracoleta
(8/ 26,6%) e Clínica Médica (4/ 13,3%). As atividades realizadas de material após procedimentos. Os profissionais de enfermagem
no momento do acidente foram: 19 (63,3%) estavam amarrando foram os mais atingidos pelos acidentes com materiais perfuro-
ou encaminhando o lixo manualmente para descarte no container, cortantes,sinalizando poucoconhecimentodasnormasdebiosse-
oito (26,6%) estavam manuseando caixas para o descarte de per- gurança, e a necessidade de intensificar os programas educativos,
furocortantes cheias acima de sua capacidade máxima permitida, quanto às medidas preventivas de segurança no trabalho para
duas(6,7%)estavamtorcendoospanosdurantealimpezadasuni- toda equipe de saúde. Sugere-se a educação permanente para os
dadeseuma(3,3%)estavarecolhendosujidadesdochãopróximas profissionais de saúde relacionada à temática em estudo.
à um ralo. Todos estavam em uso de luvas grossas de borracha,
gorro e botas impermeáveis. Em dois (6,7%) acidentes não foi pre- Palavras-chaves: Acidentes Perfurocortantes, Profissionais de Saú-
enchida a Comunicação de Acidente de Trabalho e apenas em seis de, Educação Permanente em Saúde
(20,0%) acidentes o paciente fonte foi identificado. Conclusão: O
estudoexplicitaoRBaqueestãosujeitosostrabalhadoresdoSHL,
cujos acidentes acontecem de maneira semelhante nas áreas hos-
pitalares estudadas. Este risco é potencializado por práticas inade- P231
quadas de outros profissionais como a superlotação de caixas de ADESÃO AO ACOMPANHAMENTO DA SOROCONVERSÃO EM ACI-
perfurocortantes e o descarte inadequado dos mesmos e, ainda, DENTE BIOLÓGICO OCUPACIONAL COM PACIENTE FONTE DESCO-
pelo frágil conhecimento e seguimento de precauções pré e pós- NHECIDO
exposição à MB.
Autor(es): Francisco de Assis Filocre Saraiva Júnior, Cíntia Barros

210
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
de Queiroz, Cláudia Alvarenga Diniz Fonseca, Isis Gabriella Antu- Resumo:
nes Lopes OBJETIVO: Avaliar a prevalência, tipos de exposições ao material
biológico e prevalência pós-exposição de Infecções por HIV, HBV e
Instituição(ões): 1. UNIMONTES, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE HCV, entre profissionais de saúde, em Hospital de Ensino. METO-
MONTES CLAROS DOLOGIA: Estudo longitudinal, 1995 a 2009 (14 anos), em Institui-
ção de ensino, referência no tratamento de doenças infecciosas,
Resumo: 162 leitos em unidades de clínica médica, cirúrgica, materno-in-
INTRODUÇÃO: As exposições ocupacionais a materiais biológicos fantil, unidades de terapia intensivas e, 15 leitos-dia entre Oncolo-
potencialmente contaminados representam um importante ris- gia e Hospital-Dia HIV/SIDA. Em assistência direta à saúde, média
co aos funcionários de uma instituição de saúde. O acompanha- anual 687 trabalhadores de saúde, 497 profissionais e 190 acadê-
mento de possível soroconversão do acidentado deve ser feito micos de saúde. O Programa de Prevenção e Controle de Exposi-
após o acidente biológico ocupacional. Quando o paciente fonte ções ao Material Biológico é coordenado pela CCIH, desde 1995,
é desconhecido, recomenda-se a realização de testes sorológicos com protocolos de referência nacionais. Dados do estado clínico e
do acidentado para Hepatite B (HBV) (se o acidentado não estiver sorológicodopacientefonte,tipodeexposiçãoeprecauçõesentre
adequadamente imunizado) 6 meses após o acidente, para Hepa- os profissionais de saúde são coletados no momento do incidente
tite C (HCV) com 6 e 9 meses, e para HIV com 6 semanas, 3, 6, 9 e e testes sorológicos anti HIV, anti HCV, HbsAg são realizados no
12 meses. OBJETIVOS: Esse trabalho objetivou avaliar o índice de paciente fonte e no profissional exposto, neste também anti HBs
soroconversão e de adesão dos funcionários ao acompanhamento e, repetidos, conforme indicações, 3 e 6 meses após. Classificação
dos exames sorológicos para HBV, HCV e HIV após acidente ocupa- doriscodaexposição,aconselhamentopréepós-testeecomplica-
cional com material perfurocortante potencialmente contamina- ções da profilaxia pós-exposição, prescritas na maioria dos casos,
do com fluidos biológicos de paciente fonte desconhecido, em um são feitos pela CCIH. Programa de Imunização anti HBV está em
hospital de grande porte de Montes Claros/MG. MÉTODOS: Foi vigor em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. RESULTA-
realizado um estudo descritivo e retrospectivo através da análise DOS: No período de estudo foram registrados 560 exposições en-
das notificações de acidente biológico ocupacional da instituição e tretrabalhadoresdesaúdenainstituição,médiaanual40ocorrên-
dos resultados sorológicos dos funcionários no período de junho cias, 5,82% do universo médio de profissionais/ano. As categorias
de 2007 a maio de 2009. RESULTADOS: Após a coleta dos dados, com maior percentual proporcional de exposições foram os técni-
apurou-se que, no período referido, ocorreu um total de 183 aci- cos de enfermagem, 9,1%, seguidos de auxiliares de higiene 8,7%,
dentes,dosquais153(83,6%)foramcommateriaisperfurocortan- de laboratório 8,1%, de manutenção 7,0%, enfermeiros 7,0%, au-
tes, sendo que 30 desses envolveram paciente fonte desconheci- xiliares de enfermagem 6,1%, acadêmicos de medicina 5,5% e de
do. Dentre eles, 19 (63,34%) ocorreram em auxiliares de serviços enfermagem 4,7%, médicos 4,3%, fisioterapeutas 3,5%, farmacêu-
gerais, 7 (23,34%) em técnicos de enfermagem e os demais em ticos 1% e nutricionistas 0,4%. Materiais pérfuro-cortantes foram
classes profissionais variadas. Em relação à adesão aos exames de osprincipaisveículosdeexposições(35%)seguidosdemanejosde
acompanhamento sorológico recomendados, observou-se que 8 resíduos de serviços de saúde (27%) e exposições à mucosa (24%).
(26,66%) acidentados não realizaram nenhum exame, 19 (63,34%) Registrou-se um caso de soroconversão confirmada para o HBV e
fizeram acompanhamento incompleto e apenas 3 (10%) realiza- um suspeito para HCV, ambos auxiliares de enfermagem. Nenhum
ram todos os exames. Não houve registro de conversão sorológi- caso de Infecção por HIV. CONCLUSÃO: Proporcionalmente, os
ca entre os casos avaliados. CONCLUSÃO: Os dados apresentados profissionais mais expostos compõem as equipes de enfermagem
permitemconcluirqueaadesãoaoacompanhamentodasorocon- e higienização. Programas de Biossegurança são desenvolvidos no
versão foi significativamente baixa, uma vez que 90% dos aciden- Hospital, desde 1995, para todas as categorias profissionais e os
tados não seguiram o esquema de exames recomendados, impac- resultados direcionam os alvos de constantes capacitações.
tando negativamente na análise da conversão sorológica. Diante
disso, torna-se evidente a necessidade de implementação de me- Palavras-chaves: biossegurança, exposição material biológico, HIV
didas educativas para conscientização dos profissionais expostos - HBV - HCV, profilaxia pós exposição, trabalhadores da saúde
ao risco biológico quanto à importância do acompanhamento da
soroconversão, bem como a análise jurídica do compromisso do
profissional mediante ao seguimento das normas preconizadas na
Instituição. P233
RISCOS OCUPACIONAIS EM CENTROS DE RADIODIAGNÓSTICO
Palavras-chaves: ACIDENTE BIOLÓGICO, ADESÃO ACOMPANHA- COM BASE NA NORMA REGULAMENTADORA 32(NR32) DO MI-
MENTO SOROCONVERSÃO, PACIENTE FONTE DESCONHECIDO NISTÉRIO DO TRABALHO

Autor(es): BARTOLOMEU SANTOS, MARIA DA CONCEIÇÃO LIRA,


SYLVIA LEMOS HINRICHSEN, TATIANA AGUIAR, BRUNO HENRIQUE
P232
EXPOSIÇÃO AO MATERIAL BIOLÓGICO EM PROFISSIONAIS DE Instituição(ões):
SAÚDE EM HOSPITAL DE ENSINO - 14 ANOS DE ACOMPANHA- 1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
MENTO - QUEM ESTÁ MAIS EXPOSTO?
Resumo:
Autor(es): ANA CAROLINA ISSLER FERREIRA KESSLER, MARILENE INTRODUÇÃO: O diagnóstico da saúde tecnológica e da segurança
TEREZINHA BURIOL FARINHA, JUNIOR ANDRÉ DA ROSA no trabalho nos Centros de Radiodiagnóstico deve estar de acordo
comasdiretrizesestabelecidasnoBrasil,levandoemconsideração
Instituição(ões): 1. HE-UFPEL, Hospital Escola – Universidade Fe- a biossegurança dos seus profissionais, que deve estar de acordo
deral de Pelotas - RS com a Norma Regulamentadora 32 (NR-32) do Ministério do Tra-

211
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
balho e Emprego (MTE) que estabelece as medidas de proteção tal Público na cidade do Recife – PE no período de fevereiro a abril
e segurança para os trabalhadores de saúde. OBJETIVOS: Iden- de 2010. O estudo é do tipo exploratório e observacional onde os
tificar os procedimentos de biossegurança adotados/condições dadosforamcoletadosatravésderelatosdosprofissionaisevisitas
de trabalhos e os problemas existentes na interface operador- diáriasparaobservaçãodiretadosriscosbiológicosaqueestãoex-
equipamento, de acordo com a NR-32 em serviços de radiologia. postos e da adoção das medidas de precauções padrão durante os
MÉTODOS: O presente trabalho foi realizado em três hospitais da procedimentosefetuados empacientesadmitidos naunidade. Re-
região metropolitana de Recife/PE, um público universitário e dois sultados: Observou-se uma real despreocupação dos profissionais
privados, todos de alta complexidade. No período de setembro de com os riscos a que estão expostos diariamente, pois durante suas
2008 a junho de 2009, realizou-se um estudo do tipo observacio- práticas profissionais não seguem as normas de precauções pa-
nal, transversal, utilizando questionários do tipo chek list previa- drão. Foi verificado que os profissionais de saúde da unidade não
mente construído dentro da legislação trabalhista. A análise dos possuemohábitodelavarasmãosanteseapósosprocedimentos
dados foi do tipo quantitativo, tendo como referências compara- e quando realizam utilizam a técnica incorreta,apresentam com-
ções entre o observado durante as visitas e análise dos programas portamento de risco como o uso de sandálias abertas e adornos,
de prevenção de acidente riscos ambientais. RESULTADOS: Não foi descarte inadequado de perfurocortantes, além de condições am-
observada a existência de evidências escritas de monitoramento bientaisdesfavoráveispoisaslixeirascompedaisapresentavam-se
do controle da dose de radiação no paciente, em nenhum servi- quebrados, e inexistência de torneiras automáticas ou semi-auto-
ço foi encontrado um programa escrito relativo ao controle de máticas. Conclusão: Alguns profissionais apresentam um conheci-
qualidade e ou à manutenção preventiva dos equipamentos, que mento limitado no que se refere aos princípios de biossegurança e
assegurasse se o equipamento estaria de acordo com as normas outros ignoramas possíveisconseqüências dapráticainadequada.
trabalhistas, observou-se pelos dados de que somente em uma Há também a queixa de que a instituição não oferece os materiais
única instituição havia o registro de realização de treinamentos necessários. Por isso, é fundamental o conhecimento das medidas
dos profissionais relativos aoperação dos equipamentosderaio-x, de biossegurança para uma boa execução da assistência prestada
como também não foram identificados registros escritos de trei- pela equipe de saúde, o que minimiza os riscos de infecção noso-
namentos periódicos de biossegurança (para o monitoramento de comial e acidentes de trabalhos.
riscos biológicos, químicos, físicos e outros) nas três instituições
estudadas.CONCLUSÃO:Observou-senãoconformidadestécnicas Palavras-chaves: Biossegurança, Profissionais de Saúde, Risco de
e ou operacionais, em função do desconhecimento da legislação, Infecção Hospitalar
ausência de políticas e programas escritos e de educação perma-
nentenomanuseiodosequipamentosdeacordocomasrecomen-
dações da NR-32.
P235
Palavras-chaves: Risco ocupacional, Radiodiagnostico, NR-32, BIOSSEGURANÇA – PERFIL DOS ACIDENTES DE TRABALHO ENTRE
Biossegurança, Hospitais OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO
DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE

Autor(es):Cristina Lúcia Ferraz de Oliveira2, Elisabeth Santiago


P234 Dreyer1, Luciana Medeiros Marinho Mendes Bezerra Martins1,
INADEQUAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA PRÁTICA DE Maria Goreth Ferrão Castelo Branco3, Márcia Cristina Gomes de
BIOSSEGURANÇA EM UMA TRIAGEM OBSTÉTRICA Araújo Lima1

Autor(es): HÁKILLA PRICYLA DE JESUS SOUZA*, SORAIA LINS DE Instituição(ões):


ARRUDA COSTA, RITA DE CÁSSIA FERREIRA LINS, FABRICYA CAVAL- 1. HMG, Hospital Memorial Guararapes
CANTE DOS SANTOS, PAULA ELIZABETH CELERINO SILVA, MARIA 2. HMSJ, Hospital Memorial São José
DA CONCEIÇÃO CAVALCANTE DE LIRA 3. UNICAP, Universidade Católica de Pernambuco

Instituição(ões): 1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco Resumo:


Introdução: Os acidentes de trabalho constituem uma frequente
Resumo: preocupação para as instituições e trabalhadores da área de saú-
Introdução: Mesmo sob o risco de adquirir doenças infecto conta- de, visto que o ambiente hospitalar favorece a ocorrência desses
giosas durante manipulação de objetos perfurocortantes e de flui- eventos. Logo, a biossegurança é um processo funcional e opera-
dos corporais, estudos comprovam a baixa percepção deste risco cional de fundamental importância no serviço de saúde, não só
pelos profissionais de saúde, o que é evidenciado pela não adesão por abordar medidas de controle de infecções para proteção da
às medidas profiláticas básicas. Dentre essas medidas estão a uti- equipe de assistência e usuário em saúde, mas por ter um papel
lização de instrumentos, Equipamentos de Proteção Individual e primordial na promoção da consciência sanitária, da importância
Equipamentos de Proteção Coletivo (EPI e EPC), técnicas e práticas da preservação do meio ambiente e na manipulação e descarte
de trabalho mais seguras e, ainda, uso de barreiras de proteção de resíduos químicos, tóxicos e infectantes e da redução geral de
apropriadas.OsCentersforDiseasesControlandPrevention(CDC) riscos à saúde e acidentes ocupacionais. Objetivos: Identificar o
preconizam precauções padrão que devem ser adotadas para o perfil dos acidentes de trabalho entre os profissionais de saúde.
atendimento a todos os clientes independente do conhecimento Métodos: Estudo do tipo transversal, descritivo e quantitativo,
do seu estado infeccioso. Objetivo: Descrever experiência com realizado na Comissão Interna de Acidentes de Trabalho – CIPA,
profissionais de uma triagem obstétrica de um Hospital público utilizando-se como instrumento a Comunicação de Acidentes de
e co-relacionar com a prática de biossegurança adequada ao am- Trabalho – CAT, de um hospital filantrópico da Região Metropolita-
biente profissional. Métodos: O estudo foi realizado em um Hospi- nadoRecife,noperíodode2004à2009.ApesquisaatendeuàRe-

212
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
solução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, aprovado pelo toda a equipe afirmou que há a necessidade da implantação dos
pertinente Comitê de Ética e Pesquisa. Resultados: Verificou-se mesmos. Concluímos que os profissionais não têm conhecimen-
um total de 183 acidentes classificados em: 12% de trajeto, 36,3% to dos riscos biológicos os quais estão expostos, e que tipos de
típico e 50,8% com perfurocortantes, e, destes, foi constatado que precauções devem adotar para determinadas DOENÇAS INFECTO-
as principais causas foram descarte em locais inadequados ou em CONTAGIOSAS. As sub-notificações de acidentes ocupacionais po-
recipientes superlotados, transporte ou manipulação de agulhas dem levar ao aumento da ocorrência dos mesmos. Assim é sugeri-
desprotegidas e desconecção da agulha da seringa, sendo o prin- do à elaboração do manual de procedimentos padrão para o setor
cipal fator associado ainda o reencape de agulhas, mesmo proibi- com o intuito de suprir as deficiências que a equipe apresenta nas
do há anos através de medidas de precaução padrão. Conclusão: suasatividadeslaborais,comotambémaimplementaçãodeservi-
Deve-se compreender que a promoção da saúde não é apenas ços responsáveis pela notificação de acidentes ocupacionais, para
informar e capacitar indivíduos e organizações a detectar situa- que se possa traçar um perfil das ocorrências dos acidentes e com
ções e/ou agravantes para as doenças e/ou riscos, é, sobremanei- isso implementar programas de educação continuada voltados
ra, reorientar as práticas de saúde contemplando a promoção, a para a minimização dos risco ocupacionais no setor.
segurança e a qualidade de vida e do trabalho, implementando-se
programas e projetos de educação continuada na quebra de mais Palavras-chaves: BIOSSEGURANÇA, DOENÇAS INFECTO-CONTA-
esse paradigma. GIOSAS, EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL, INFECTOLO-
GIA, MEDIDAS DE PRECAUÇÃO PADRÃO
Palavras-chaves:AcidentedeTrabalho,Biossegurança,Profissional
de Saúde
P237
AVALIAÇÃO DA ATUAÇÃO DA EQUIPE DE GERENCIAMENTO DE
P236 RESÍDUOS EM UM HOSPITAL: IMPLANTAÇÃO DE RELATÓRIO
BIOSSEGURANÇA NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: CONHE- MENSAL DE ATIVIDADES.
CIMENTO E ADESÃO ÀS MEDIDAS DE PRECAUÇÕES PADRÃO NO
SETOR DE INFECTOLOGIA Autor(es): LÍGIA DE OLIVEIRA BRAGA1, KEDMA DE MAGALHÃES
LIMA2, AMANDA PONTES DE SÁ MARQUIM1, MAÍRA DANIELLE
Autor(es): SHIRLAINE FARIAS CAMPOS1, JANUÁRIO SÉRVULO DE GOMES DE SOUZA1, JACIRA THEODÓSIO MENDES LINS1
SOUSA JÚNIOR2, ERIK ERMANO PEREIRA DA SILVA3, YLANNA SUI-
MEY SILVA BEZERRA2, ELIANA LINS DE ALEMEIDA1, MARINA SUÊ- Instituição(ões):
NIA DE ARAÚJO VILAR1 1. HUOC - UPE, Hospital Oswaldo Cruz - UPE
2. UFPE, PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL
Instituição(ões):
1. FCM, Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande-PB Resumo:
2. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba Objetivos:Naadministraçãohospitalar,omovimentodaqualidade
3. FMN, Faculdade Maurício de Nassau nocontextohistóricoeasconseqüênciasdaimplantaçãodedeter-
minados programas para as organizações, vêem se estruturando
Resumo: cada vez mais. Os conceitos, técnicas, processos e registros bus-
A biossegurança é um conjunto de ações voltadas para prevenção, cam a cada dia a qualidade. Atualmente, a adoção dos programas
minimização ou eliminação dos riscos no ambiente de trabalho. de qualidade no setor saúde está fortemente relacionada ao cres-
Nesse contexto, foi realizado um estudo do tipo exploratório com cimento da assistência hospitalar. Dentro deste contexto, pode-se
osprofissionaisdaequipedeenfermagemdosetordeinfectologia relacionar a questão do aumento dos resíduos nestes serviços e
do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC/UFCG) do muni- a importância do gerenciamento dos mesmos. Desta forma, ob-
cípiodeCampinaGrande–PB,objetivandoavaliaroconhecimento jetivamos avaliar a atuação da equipe de resíduos em serviço
e adesão as medidas de precauções padrão. A pesquisa foi reali- hospitalar de referência em Pernambuco e a implantar relatório
zada no período de Abril a Maio de 2009, com a aplicação de um mensal de atividades. Métodos e resultados: Trata-se de relato de
questionário com perguntas objetivas. De acordo com análise dos experiência da implantação do relatório mensal de atividades da
dadosfoipossívelverificarque:afaixaetáriaqueprevaleceuentre equipe de resíduo para monitorar a atuação desta equipe junto às
os entrevistados foi de 41-50 anos com 57,1%, onde 100% são do unidades do hospital. O registro do processo faz parte da busca
sexo feminino, 64,3% são técnicos de enfermagem e 36% traba- da qualidade e contribui para o controle mensal do descarte dos
lham a mais de 20 anos na profissão. Verificou-se que 85,7% dos resíduos de saúde reduzindo o impacto ambiental. A coleta dos
profissionais nunca receberam capacitação sobre biossegurança, dados foi realizada através da observação da equipe do resíduo
em relação à freqüência do uso de Equipamento de Proteção In- partindo da necessidade de registrar e avaliar os avanços do pro-
dividual (EPI), foi verificado que 57,1% só utilizam quando sabem cesso na instituição. A consolidação dos dados das atividades rea-
que o paciente é portador de alguma doença infecto-contagiosa e lizadas pela equipe mostrou uma maior preocupação em relação
64,3% dos funcionários informaram que os exames ocupacionais a qualidade dos registros, capacitação e a necessidade de avançar
sósãorealizadosquandooprofissionalsofrealgumtipodeaciden- mais profundamente neste contexto. Obstáculos importantes fo-
te e 50% deles não são imunizados. Quanto às exposições a agen- ramencontrados, principalmentearesistênciade alguns profissio-
tes biológicos 78,6% tiveram contato com sangue, sendo 64,3% nais em relação às mudanças propostas. O registro trouxe outros
compeleintegra,92,9%lavouolocaldalesãocomáguaesabão,e importantes subsídios, como buscar os obstáculos e trabalhá-los
64,3% não notificaram o acidente ocupacional. Constatou-se que junto as estes profissionais. Conclusões: A busca da qualidade faz
no setor não existe protocolo pós-exposição, como também não parte de processo e os avanços precisam ser consolidados na prá-
foi verificado a existência demanualdebiossegurança,no entanto tica. A cada dia o aumento dos resíduos acompanha o avanço da

213
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
tecnologia. É preciso buscar e implantar novas práticas. A equipe com as unidades d hospital faz parte deste contexto e garante a
do gerenciamento de resíduos em serviço hospitalar deve ter a biossegurança.
sistematização dos processos, acompanhar a segregação dos resí-
duos, treinar os profissionais, caracterizar os resíduos, dentre ou- Palavras-chaves: VISITAS, RESÍDUOS, BIOSSEGURANÇA
tras atividades. O processo deve ser registrado para que se possa
buscar o trabalho junto aos indicadores de qualidade e avaliar a
evolução das atividades deste setor. A avaliação continua faz parte
deste processo. P239
ATUAÇÃO DE GRUPO MULTIPROFISSIONAL NA ABORDAGEM DO
Palavras-chaves: gerenciamento de resíduos, relatório mensal, ACIDENTE BIOLÓGICO NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDA-
biossegurança DE DE MEDICINA DE MARILIA

Autor(es): IOSHIE IBARA TANAKA, ANA LUCIA MAIESI LEITE, IONE


FERREIRA SANTOS, CAMILA MARCONDES DE OLIVEIRA MARTINS,
P238 CASSANDRA LUCCHESI DIAS, LUCIANA PEDRAL SAMPAIO SGARBI,
SISTEMATIZAÇÃO DE VISITAS, JUNTO ÀS UNIDADES DE HOSPITAL CLEONICE FERNANDES MOREIRA E FERNANDES, SANDRA TIEMI
DE REFERÊNCIA EM PERNAMBUCO, POR EQUIPE DE GERENCIA- OTUTUMI, MARIA ZILMA DOS SANTOS
MENTO DE RESÍDUOS: UMA QUESTÃO DE BIOSSEGURANÇA.
Instituição(ões):
Autor(es): LÍGIA DE OLIVEIRA BRAGA1, KEDMA DE MAGALHÃES 1. FAMEMA, FACULDADE DE MEDICINA DE MARILIA
LIMA2, ESMERALDO RODRIGUES DE LIMA NETO1, AMANDA PON-
TES DE SÁ MARQUIM1, MAÍRA DANIELLE GOMES DE SOUZA1 Resumo:
INTRODUÇÃO:Apartirdapublicaçãodaportaria777doMinistério
Instituição(ões): daSaúdede2004anotificaçãodosacidentesocupacionaispassou
1. HOC-UPE, Hospital Oswaldo Cruz-UPE a ser compulsória em rede de serviços sentinela. No período de
2. UFPE, Departamento de Medicina Tropical 2007 a 2009 o município de Marilia ficou em 5º lugar em notifi-
cações de acidentes ocupacionais no estado de São Paulo. Desde
Resumo: 2007 foi instituído no hospital de clínicas um grupo de apoio aos
Objetivos: Com as transformações ocorridas em sua trajetória, o acidentes biológicos denominado Prev-bio composto por repre-
hospital contemporâneo não é apenas instituição que evolui, mas sentantes do SCIH, NVE, SESMT, CIPA, Microbiologia, Academia e
uma nova instituição que assumiu outras missões, pois ocorreram Moléstia Infecciosa. OBJETIVO: avaliar os acidentes quanto a inci-
mudanças em suas características e finalidades, na administração, dência, local de ocorrência, ocupação e circunstâncias do acidente
nos sujeitos e processos de trabalho. Assim, o dimensionamento para levantamento de problemas. MATERIAL E MÉTODOS: levan-
do impacto que os resíduos hospitalares causam no meio ambien- tamento dos acidentes ocorridos no período de janeiro a dezem-
te não pode ficar a margem dos processos. A sistematização das bro de 2009 pelas fichas de notificação específica de exposição a
visitas com a implantação de um cronograma operacionalizando o materialbiológico.RESULTADOS:Ototaldeacidentesocorridosfoi
processo favorece o controle e eficiência da segregação dos resí- 149 assim distribuídos: médicos (56), dos quais 73% eram residen-
duos e permite o acompanhamento uniforme em todos os setores tes, seguidos pelos auxiliares de enfermagem (34), estudantes de
doHospital.Destaforma,objetivamosregistrarotrabalhodaequi- medicina e enfermagem (31) e outros profissionais (28). Segundo
pe de gerenciamento de resíduos com as visitas sistematizadas e o local de ocorrência, o número de acidentes no Centro Cirúrgico
promover a biossegurança no ambiente de trabalho hospitalar.. foi35,prontosocorro13,UTIs11,enfermarias13elocalnãoespe-
Métodoseresultados:Trata-sederelatodeexperiênciadaimplan- cificado 77. Quanto ao tipo de exposição: percutânea 94, mucosa
tação da sistematização das visitas pela equipe do gerenciamento 31 e outros 24. Dos acidentes notificados em 123 o material or-
de resíduos em hospital de referência em PE, junto aos setores. gânico foi o sangue. Quanto a circunstância do acidente 66 foram
A coleta dos dados foi realizada através da observação da equipe durante procedimento cirúrgico, 33 na administração intravenosa,
do resíduo do hospital partindo da implantação de visitas siste- 10 descarte inadequado de material, 07 em procedimentos labo-
matizadas, seguindo cronograma pré-determinado para garantir ratoriais e 33 em outros procedimentos, sendo que as agulhas
a uniformidade do processo de acompanhamento. Toda ativida- com luz foram responsáveis por 63 acidentes. CONCLUSÕES E DIS-
de humana apresenta grau de variação de percepção, trabalhar CUSSÃO: Os dados mostraram que os profissionais médicos são
este aspecto é necessário quando se aplica mudanças no dia a dia os que mais se acidentam, e o sangue foi o material orgânico mais
profissional. No que diz respeito às mudanças de comportamen- envolvido.Foipossívelobservarque99%dosacidentadosestavam
tos, precisa-se primeiramente mudar conceitos. Observou-se que, imunizados contra o vírus da hepatite B. A partir desses dados, o
com as visitas sistematizadas e a convivência maior da equipe de grupo Prev-Bio elaborará estratégias de prevenção e controle em
resíduos com os profissionais dos setores, a segregação dos resí- parceria com as chefias dos diferentes setores, além de divulga-
duos apresentou melhoras; contribuindo, desta forma, para a pro- ção a comunidade interna de boletins semestrais desses acidentes
moção de controle da infecção hospitalar e a biossegurança dos ocupacionais.
profissionais inseridos neste contexto. Conclusões: Sistematizar
os processos favorece a confiabilidade e dar veículos para registro Palavras-chaves: ACIDENTE DE TRABALHO, BIOSSEGURANÇA, NO-
de trabalho e avaliação das atividades, inclusive com a criação de TIFICAÇÃO
indicadores de qualidade. As questões ambientais no âmbito das
atividades hospitalares, ainda precisam ser trabalhadas. Práticas
como estas mostram que é possível educar continuadamente e P240
promover vigilância permanente. Sistematizar os processos junto A POSTURA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE FRENTE ÀS MEDIDAS

214
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
DEBIOSSEGURANÇAESUASATISFAÇÃONOTRABALHOEMSAÚDE. lidade de vida, numa pretensão de suscitar uma maior satisfação
no trabalho. INSTITUIÇÃO DE FOMENTO: UFRN
Autor(es): SARAH DE ALMEIDA RODRIGUES FERNANDES1,1,1,
PRISCILA BATISTA COELHO DA SILVA1,1,1, ALINE DANYELLE SOUZA Palavras-chaves: AMBIÊNCIA, BIOSSEGURANÇA, EDUCAÇÃO CON-
DE OLIVEIRA1,1,1, EUNICE FERNANDES DA SILVA1,1,1, HÊNIA RA- TÍNUA E PERMANENTE, SATISFAÇÃO NO TRABALHO, TRABALHO
MALHO DE MELO1,1,1, THIAGO ENGGLE DE ARAÚJO ALVES1,1,1, EM SAÚDE
SORAYA MARIA DE MEDEIROS1,1,1

Instituição(ões):
1.UFRN,UNIVERSIDADEFEDERALDORIOGRANDEDONORTE P241
2.UFRN,UNIVERSIDADEFEDERALDORIOGRANDEDONORTE INFECÇÃO PELO Mycobacterium tuberculosis ENTRE TRABALHA-
3.UFRN,UNIVERSIDADEFEDERALDORIOGRANDEDONORTE DORES DE UM HOSPITAL DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
4.UFRN,UNIVERSIDADEFEDERALDORIOGRANDEDONORTE
5.UFRN,UNIVERSIDADEFEDERALDORIOGRANDEDONORTE Autor(es): Lillian Kelly de Oliveira Lopes1,2,4, Anaclara Ferreira
6.UFRN,UNIVERSIDADEFEDERALDORIOGRANDEDONORTE Veiga Tipple1,4, Hélio Galdino Júnior1,4, Luciana Leite Pineli Si-
7.UFRN,UNIVERSIDADEFEDERALDORIOGRANDEDONORTE mões1,2,3, Elionádia Barbosa de Miranda1,2, Luzinéia Vieira San-
tos1,2, Liwcy Keller de Oliveira Lopes1,4, Dayane de Melo Costa4,
Resumo: Zilah Cândida Pereira das Neves1,3
INTRODUÇÃO: Na atual concepção, a biossegurança é vista como
umcampodeconhecimento,ondenosfazrefletir,comosendoum Instituição(ões):
conjunto de ações destinadas a prevenção; controle; redução ou 1. Rede RB, Rede Goiana de Pesquisa em Risco Biológico
eliminação dos riscos inerentes às atividades, que possam com- 2. HDT, Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad
prometer a saúde humana, como também o ambiente. (BRASIL, 3. PUC Goiás, Pontifícia Universidade Católica de Goiás
2006). Atualmente, as orientações dadas para viabilizar a sensi- 4. UFG, Universidade Federal de Goiás
bilização, às medidas de biossegurança, bem como visitas diárias
nos setores institucionais, mostram-se como um momento crítico, Resumo:
pois se vê a não aplicabilidade dos profissionais de saúde frente Introdução: O ambiente hospitalar pode oferecer diversos riscos
às normas. Entende-se, por isso, que o tempo de um processo para os trabalhadores, entre eles o risco de exposição à doenças
educacionalélento,porenvolvermudançadecomportamentoea infectocontagiosas como a tuberculose. Objetivo: Identificar a in-
dificuldade de trabalhar com a prevenção. Assim compreendemos fecçãopeloMycobacteriumtuberculosisemtrabalhadoresadmiti-
que, a satisfação no trabalho está atrelada às influências internas dos em uma instituição referência para o atendimento de doenças
e externas ao ambiente de trabalho, podendo afetar consideravel- infectocontagiosasdoestadodeGoiás.Método:Estudodescritivo,
menteseuestadodesaúdefísicaemental,interferindo,assim,em retrospectivo com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi
seu comportamento profissional e social (MARTINEZ et al 2004). realizada nos prontuários do Serviço de Segurança e Medicina do
OBJETIVO: Analisar as possibilidades e limites, da adoção pelos Trabalho (SESMT) e do Recursos Humanos da instituição. Compu-
profissionais, às medidas de biossegurança, e descrever sua satis- seramaamostratrabalhadoresadmitidosnoperíododejaneirode
fação no ambiente de trabalho em saúde. METODOLOGIA: Estudo 2005 a dezembro de 2009. Os dados foram tabulados e analisados
dotiporevisãobibliográficaintegrativacomenfoquequalitativo.A pelo SPSS16.0 for Mac®. Resultados: Foram admitidos, nesse perí-
coleta de informações baseia-se no referencial teórico do Progra- odo,231trabalhadores,sendo62(26,8%)dosexomasculinoe169
ma de Controle em Infecções Hospitalares (BRASIL, 1998). A aná- (73,2%) do feminino. Quanto ao grau de escolaridade, verificou-se
lise das informações enfocou, na percepção dos profissionais de que 106 (45,9%) possuíam ensino superior completo e 71 (30,7%)
saúde, frente às medidas de biossegurança, como um fator facili- ensinomédiocompleto.Emrelaçãoàfunção,86(37,2%)eramtéc-
tador para a satisfação, apreendido pelos profissionais, no contex- nicos de enfermagem, 22 (9,5%) enfermeiros, 28 (12,1%) médicos
to das instituições hospitalares. RESULTADOS: Constatou-se que a e 34 (14,7%) técnicos administrativos. Do total de trabalhadores,
biossegurança para se efetivar, em um serviço de saúde, é neces- apenas 108 (46,8%) havia registro de vacinação com a BCG (Bacilo
sário que todos os profissionais, presentes naquele ambiente, se Calmette-Guérin). A realização de exames admissionais foi consta-
prontifiquem a obter certo conhecimento, exigindo, portanto, a da em 152 (65,8%) prontuários, desses o teste tuberculínico (TT)
presençadeumprocessodeensino-aprendizagemcontinuaeper- foi realizado em 127 (83,5%), sendo 37 (29,1%) positivos. Entre
manente (BRASIL, 2004). Portanto, foi constatada neste estudo, os que apresentaram positividade, vale ressaltar que 13 (35,1%)
que a postura assumida pelos profissionais, é perceptível, quando eram técnicos em enfermagem e oito (21,6%) técnicos adminis-
estes passam a abrigar, em seu universo cognitivo, a relação entre trativos. Dos profissionais que apresentaram TT negativo na ad-
o uso da técnica; da ciência, e do saber-fazer, condição que trans- missão e foram acompanhados anualmente, onze apresentaram
forma o seu modo de ser, com as potencialidades e vulnerabilida- viragem tuberculínica, sendo um (9,1%) técnico administrativo.
des, afetivas e físicas, de quem lida com riscos, na execução da ro- Conclusão: Os dados sugerem falhas na avaliação pré-admissional
tinadetrabalho (BRASIL,2006).CONCLUSÃO:Oconhecimentoem e periódica, principalmente quanto a realização do teste tubercu-
biossegurança exige, dos profissionais, uma compreensão, como línico. Destaca-se também, a positividade no ato da admissão dos
também o aprendizado de todos aqueles que vivenciam a rotina profissionais da área administrativa, provavelmente por exposição
em um serviço de saúde, juntamente com os pacientes; familia- comunitária. Além disso, constatou-se risco de infecção tubercu-
res e visitantes. Sobretudo, o próprio ambiente de trabalho facilita lose dentro da instituição, tanto para trabalhadores da área técni-
um cotidiano de aprendizado, de forma prática e reflexiva, mesmo ca quanto da área administrativa, evidenciando a necessidade de
sabendo que existem interferências em sua forma de gerenciar, implementar medidas de controle administrativa e de engenharia
ousaredecriarmaneiras,quecontribuamparaamelhoriadaqua- para a prevenção da tuberculose na instituição. Fomento: Funda-
ção de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG-GO)

215
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Palavras-chaves: Tuberculose ocupacional, Risco biológico, epide- ziravulnerabilidadedoprofissionaldesaúdeemGoiânia.FOMEN-
miologia, teste tuberculínico TO: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG)

Palavras-chaves: risco biológico, biossegurança, imunização para


hepatite B, acidente com material biológico, Goiânia
P242
IMUNIZAÇÃO PARA HEPATITE B ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE
EXPOSTOS À MATERIAL BIOLÓGICO EM GOIANIA, GOIÁS.
P243
Autor(es): Zilah Cândida Pereira das Neves1,2,5, Lys Bernardes Mi- ACIDENTEDETRABALHOCOMEXPOSIÇÃOAMATERIALBIOLÓGI-
nasi2, Mariana Pigozzi Veloso2, Luciana Leite Pineli Simões1,2,4, CO EM GOIÂNIA, GOIÁS.
AnaclaraFerreiraVeigaTipple1,3,LillianKellydeOliveiraLopes1,4,
Elionádia Barbosa de Miranda1,4, Murilo Dourado Chagas2, Raiza Autor(es): Luciana Leite Pineli Simões1,2,3, Mariana Pigozzi Velo-
Karoline Almeida de Assis2, Giselle Pallazo Ferreira6 so2, Zilah Cândida Pereira das Neves1,2,5, Anaclara Ferreira Veiga
Tipple1,3, Lillian Kelly de Oliveira Lopes1,4, Murilo Dourado Cha-
Instituição(ões): gas2, Raiza Karoline Almeida de Assis2, Lys Bernardes Minasi2,
1. Rede RB, Rede Goiana de Pesquisa em Risco Biológico Elionádia Barbosa de Miranda1,4, Hélio Galdino Júnior1,3
2. PUC Goiás, Pontifícia Universidade Católica de Goiás
3. UFG, Universidade Federal de Goiás Instituição(ões):
4. HDT, Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad 1. Rede RB, Rede Goiana de Pesquisa em Risco Biológico
5.DPCISS,DivisãodePrev.eCont.deInfecçãoemServiçosdeSaúde 2. PUC Goiás, Pontifícia Universidade Católica de Goiás
6. CEREST, Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Goi- 3. UFG, Universidade Federal de Goiás
ânia 4. HDT, Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad
5.DPCISS,DivisãodePrev.eCont.deInfecçãoemServiçosdeSaúde
Resumo:
Introdução: Os profissionais de saúde estão expostos à inúmeros Resumo:
agentes infecciosos dentre eles, o vírus da Hepatite B. Existe alto Introdução: A vulnerabilidade do profissional de saúde ao aci-
risco de soroconversão em caso de exposição de suscetível e uma dente com material biológico tem sido amplamente reconhecida
vacina reconhecidamente eficaz e segura o que torna incoerente a e muitas vezes relacionadas à condições adversas de trabalho.
existênciadegrandenúmerodeprofissionaisaindanãovacinados. O diagnóstico do agravo, descrevendo os detalhes do evento é
Reconhecerasituaçãovacinaledeimunizaçãodosprofissionaisde importante para subsidiar ações preventivas. Objetivos: Descre-
saúde pode nortear ações de conscientização para reduzir o risco ver os acidentes de trabalho com exposição à material biológico
ocupacional à Hepatite B. Objetivos: Descrever a vacinação e imu- registrado nas fichas de notificação (SINANnet) encaminhadas
nização para hepatite B registradas nas notificações de exposição ao Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (CEREST) de
de profissionais de saúde a material biológico em Goiânia (GO). Goiânia-GO. Materiais e Métodos: Estudo descritivo baseado nas
Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo das fichas fichas de notificação do SINANnet encaminhadas das instituições
de notificaçãodo SINANnet encaminhadas das instituições desaú- de saúde para o CEREST de Goiânia. Foram incluídos os acidentes
deparaoCERESTdeGoiânia.Foramincluídososacidentescomre- em Profissionais da Área da Saúde que ocorreram no Período de
gistro de ocorrência no Período de 01/01/2008 à 31/12/2009 que 01/01/2008à31/12/2009.Os dados foramtabulados e analisados
envolveram profissionais da área da saúde. Os dados foram tabu- por meio do programa SPSS16.0 for Mac®. Resultados: Foram re-
lados e analisados por meio do programa SPSS16.0 for Mac®. Re- gistrados no período 649 acidentes de trabalho em profissionais
sultados: Foram registrados no período 649 acidentes de trabalho de saúde com exposição a material biológico. Do total de casos,
com exposição a material biológico. A vacinação com ao menos 170 ocorreram em 2008 e 479 em 2009; um aumento de 181%. O
3 doses foi relatada em 498 casos (76,7%) e a vacinação incom- sexo feminino foi registrado em 505 casos (78%) e a idade média
pleta (0, 1 ou 2 doses) em 68 casos (10%). Registros de situação foi de 35 anos. A categoria profissional mais envolvida foi a Equi-
vacinal ignorada ocorreu em 83 casos (13%). Dentre os registros pe de Enfermagem (327 casos; 50,3%), especialmente os técnicos,
de profissionais vacinados, 90 (18%) tinham referencia à dosagem seguida pela equipe de Higienização (72 casos, 11%). Os acidentes
do antiHBs, sendo 54 Positivos (60%) e 36 Negativos (40%). Alem mais freqüentes envolveram exposições percutâneas (546; 84%),
disso, dentre os 54 positivos, apenas 23 tinham registro de dosa- sangue (520; 80%), agulhas (372; 57,3%) e procedimentos relacio-
gem do antiHBs sendo 1 deles abaixo de 10 UI/ml, considerado nados ao lixo, como o descarte inadequado e o manuseio da caixa
não protetor. Conclusão: Observou-se registro de vacinação em de perfurocortante (91; 14%). Não houve registros de soroconver-
apenas 76% dos profissionais acidentados, Dentre os vacinados são para HIV, Hepatite B ou Hepatite C. Conclusão: O estudo mos-
que tinham registro do exame qualitativo antiHBs, a positividade trou predominância de acidentes entre os profissionais da equipe
estava registrada em 60% dos casos, apesar da literatura referir de enfermagem, em especial, os técnicos (40,4%), exposição per-
efetividade vacinal de 95%. Esses números podem refletir uma pe- cutânea (84%), o envolvimento de sangue (80,5%) e de agulhas
quena amostra, grande período decorrente entre a vacinação e a (57,2%) e o envolvimento do lixo perfurocortante como causa de
testagem, menor soroconversão à vacina na população estudada, acidente(14%).EssesdadosencontradosemGoiâniasãosimilares
ou falta de preenchimento adequado da ficha de notificação. A a de outros estudos nacionais e internacionais. Essas informações
quantificação do antiHBs foi registrada em apenas 23 casos (4,6% podem subsidiar o planejamento de políticas de saúde pública
dentre os vacinados), sendo 22 acima de 10 UI/ml, valor conside- para ações preventivas mais efetivas no município de Goiânia e
rado protetor pela bula da vacina. Medidas administrativas para respalda a urgência da implementação da portaria Nº 939, de 18
promover a ampla vacinação dos ainda suscetíveis e a verificação de novembro de 2008 que regulamenta a substituição de mate-
deimunidadepeladosagemdoantiHBssãonecessáriaspararedu- riais perfurocortantes por outros com dispositivos de segurança.

216
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
O aumento no número de notificações em 2009 provavelmente P245
foi devido aos esforços do CEREST e da Rede Goiana de Pesquisa DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DAS SALAS DE VACINAÇÃO DE UM
em Risco Biológico que investiram em capacitações por meio da DISTRITO SANITÁRIO DE SAÚDE
elaboração e divulgação de material áudio visual de orientação
aos profissionais e na valorização do atendimento ao profissional
Autor(es): ANA PAULA FREITAS LIMA, FRANCINE VIEIRA PIRES, LU-
exposto a material biológico. Esses dados reforçam a necessidade
ANA CÁSSIA MIRANDA RIBEIRO
de um contínuo investimento na prevenção e no atendimento efi-
caz dos acidentes. FOMENTO: Fundação de Amparo a Pesquisa do
Estado de Goiás (FAPEG) Instituição(ões): 1. UFG, Universidade Federal de Goiás

Palavras-chaves: risco biológico, biossegurança, profissionais da Resumo:


área da saúde, acidente com material biológico, Goiânia Introdução: Para o êxito dos programas de vacinação, de nada
adianta a segurança e eficácia dos imunobiológicos, se os profis-
sionais envolvidos no processo não os utilizarem de forma ade-
quada. Um fator que pode comprometer a efetividade é a for-
P244 ma como as vacinas são manuseadas durante o seu processo e
Risco ocupacional pela exposição ao glutaraldeído em trabalha- as condições oferecidas nesse manuseio. Portanto, a supervisão
dores de uma Central de Material e Esterilização de um hospital dessas salas deve ser considerada como uma contribuição para a
municipal. melhoria da qualidade dos serviços prestados. Objetivo: Avaliar as
condições das salas de vacina de Estratégias de Saúde da Famí-
Autor(es):MariaJosédasNevesBarbosa,HákilaPricylaSouza,Ma- lia pertencentes ao Distrito Sanitário Leste (DSL) de Goiânia/GO.
ria da Conceição Cavalcante Lira, Rita de Cássia Ferreira Lins, Paula Metodologia: Estudo transversal, descritivo realizado em salas de
Elizabeth Celerino Silva, Fabricya Cavalcante Santos vacinas da cidade de Goiânia, Goiás, em outubro e novembro de
2009. Totalizou cinco salas de vacinação vistoriadas no Distrito Sa-
Instituição(ões): 1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco nitário Leste. Os dados foram obtidos por meio de roteiro preco-
nizado pelo Departamento Nacional de Vigilância Epidemiológica
quecontemplacaracterizaçãodassalasdevacina.Resultados:Três
Resumo:
(60%) das salas de vacinação eram exclusivas para as suas ativida-
Introdução: O Glutaraldeído é um agente amplamente utilizado
des. De acordo com a estrutura física, apenas uma (20%) possuía
no Brasil para desinfecção/esterilização química de materiais hos-
parede de fácil higienização, quatro (80%) delas possuíam piso
pitalares termossensíveis, pelas suas vantagens e baixo custo. No
de fácil higienização e pia com torneira e bancada de fácil higie-
entanto, poucos profissionais estão cientes dos riscos ocupacio-
nização. A minoria das salas de vacinação não se encontrava em
nais aos quais estão expostos com o uso dessa substância quími-
condições ideais de limpeza. Todas as salas de vacinação possuíam
ca, que por ser volátil, apresenta riscos pela exposição durante o
ar-condicionado, porém não havia um controle adequado da tem-
reprocessamento das máscaras de nebulização, por exemplo. O
peratura. Em apenas uma (20%) das salas não havia um registro
glutaraldeído pode ser tóxico e absorvido através dos olhos, da
adequado de data e hora de abertura do frasco das vacinas. Em
pele e do trato respiratório, se não manuseado corretamente.
todas as salas o refrigerador era de uso exclusivo para imunobio-
Objetivo: Descrever experiência em uma Central de Material e
lógicos e havia o termômetro de máxima e mínima. Em quatro
Esterilização (CME) de um hospital público municipal, avaliando a
(80%) refrigeradores eram mantidas bobinas de gelo reciclável na
forma de processamento de artigos respiratórios com uso do glu-
quantidade suficiente. Em uma (20%) sala a disposição do arma-
taraldeído. Métodos: O estudo foi realizado em uma CME de um
zenamento dos imunobiológicos nos refrigeradores encontrava-se
Hospital Público na cidade do Cabo de Santo Agostinho – PE no
incorreta. Eram mantidas garrafas de água com corante no espaço
período de maio a junho de 2010. O estudo é do tipo exploratório
inferiornaquantidadesuficienteemquatro(80%)dosrefrigerado-
e observacional onde os dados foram coletados através de relatos
res.Emtodasassalasocorriaaleituraeoregistrocorretodastem-
dos profissionais e visitas diárias para observação direta dos riscos
peraturasno início enofim dajornada. Namaioria(80%)dassalas
químicos aos quais estão expostos, e da avaliação do conhecimen-
o degelo e limpeza do refrigerador eram realizados a cada 15 dias.
to destes trabalhadores sobre essa temática. Resultados: A falta
Segundo os entrevistados, quando por qualquer motivo os imu-
de conhecimento dos riscos provocados pelo uso do glutaraldeído
nobiológicoseramsubmetidos atemperaturas nãorecomendadas
deixa os profissionais de saúde vulneráveis a danos provocados
os responsáveis pela sala de vacinação comunicavam a instância
por esta substância como: O vapor do Glutaraldeído pode provo-
hierarquicamente superior, preenchendo o formulário de avalia-
car irritação nos olhos, ao aparelho respiratório pode ocasionar
ção de imunobiológicos sob suspeita e mantinham as vacinas sob
danos irreparáveis e o contato com as mãos pode provocar der-
suspeita em temperaturas de +2ºC a +8ºC, até o pronunciamento
matites. Conclusão: O reprocessamento inadequado dos artigos
dainstânciasuperior.Conclusão:OProgramadeImunizaçãoéfun-
pode acarretar sérios danos aos pacientes e profissionais. Para os
damentalmente exercido pelos profissionais de enfermagem, este
pacientes os artigos podem tornar-se fonte de contaminação e
estudo aponta a importância da presença do supervisor periodi-
aumentar o risco de desenvolver infecções. Já os profissionais de
camente em todas as salas de sua área de abrangência, uma vez
saúde, a exposição e o manuseio de produtos químicos associa-
que os dados encontrados não são absolutamente concordantes
dos ao uso inadequado EPI potencializam os riscos ocupacionais.
com a prática.
Desta forma, o profissional deverá sempre buscar a qualidade e o
aprimoramento do seu trabalho, evitando atitudes inadequadas
e rotineiras. Palavras-chaves:ProgramasdeImunização,Vacinação,Infra-Estru-
tura Sanitária
Palavras-chaves: Glutaraldeído, desinfecção, esterelização, termo-
sensíveis

217
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P246 de saúde ocupacional. diante da pandemia de Influenza A (H1N1),
POLIOMIELITE:UMA RETROSPECTIVA DESDE OS PRIMEIROS CA- queocorreunoanode2009,umadasestratégiasdeprevençãofoi
SOS REGISTRADOS ATÉ A SUA ERRADICAÇÃO NO BRASIL. a imunização dos trabalhadores dos serviços de saúde. OBJETIVO:
Relato de experiência da campanha de vacinação contra Influenza
A (H1N1) no Hospital do Câncer de Cascavel-UOPECCAN. MATE-
Autor(es): Andréa Felizardo Ahmad, Adriana Souza Ribeiro, Rozic-
RIAL E MÉTODOS: O Hospital do Câncer de Cascavel-UOPECCAN
léa E. do Nascimento
é uma instituição filantrópica, na Cidade de Cascavel-PR, especia-
lizada no serviço de oncologia, composto por 98 leitos de interna-
Instituição(ões): 1. FABA, Faculdade Bezerra de Araújo ção para tratamento clínico e cirúrgico, atendimento ambulatorial
de radioterapia e quimioterapia. Para o atendimento ao público e
Resumo: perfeito funcionamento da instituição o quadro funcional é com-
A poliomielite é uma doença viral que apresenta febre,cefaléia e posto por 371 profissionais de diversas categorias. A campanha de
distúrbios gastrintestinais,seguidos de paralisia de membros infe- vacinaçãocontrainfluenzaA(H1N1),iniciounodia02demarçode
riores.Por afetar principalmente crianças,é conhecida como para- 2010. O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) realizou
lisia infantil.A criação de vacinas eficazes para prevenir a doença uma palestra sobre a pandemia e esclarecimento sobre a vacina,
associada àscampanhasnacionais devacinaçãoforamprimordiais ressaltando a importância efetiva da imunização, estratégias dos
para que,em 1989,o Brasil registrasse o último caso de poliomieli- grupos prioritários, possíveis efeitos adversos da vacinação des-
te.Nestetrabalhoanalisamososprincipaismarcoshistóricosdesde mistificando e esclarecendo várias dúvidas dos trabalhadores da
os primeiros casos registrados de poliomielite no Brasil até a sua saúde em relação a vacinação. Foram recebidas da Secretaria Mu-
erradicação.Opresentetrabalhotemporobjetivoanalisarpropos- nicipal de Saúde (Setor de Epidemiologia), 360 doses da vacina. A
tas científicas para o controle da poliomielite no Brasil e avaliar a campanha foi realizada no mês de março de 2010, nos períodos
eficácia das campanhas nacionais de imunização contra a doença. da manhã, tarde e noite, sendo um trabalho em equipe do SCIH,
Foi utilizada metodologia de natureza bibliográfica para esta pes- Serviço de Enfermagem e Administração. RESULTADOS: Durante o
quisa retrospectiva e artigos científicos como fonte de dados para período da campanha, a adesão dos trabalhadores de saúde foi
análise e discussão. Durante a revisão de literatura foi observado de 88,40%, sendo que a equipe de enfermagem, recepção e hi-
que os primeiros casos de poliomielite no Brasil foram registrados gienização foram 100% imunizados. Não foi notificada nenhuma
em 1911,afetando muitas pessoas por mais de setenta anos.Seu reação vacinal grave, somente alguns sintomas como dor de gar-
pico epidêmico ocorreu em 1953.Em 1960 duas vacinas tornaram- ganta, mialgia e sintomas de gripe. Conclusão: As orientações e
se disponíveis: a Salk,de vírus inativo e uso injetável e a Sabin,de esclarecimentosrealizadosduranteacampanhasobreavacina,foi
vírus atenuado e uso oral.A vacina criada por Jonas Salk tinha alto o principal motivo da adesão dos trabalhadores. Mas o empenho
custo e difícil aplicação em larga escala,além da eficácia duvidosa do SCIH, Serviço de Enfermagem e Administração contribuiu efeti-
devido à ocorrência de doença paralítica em vacinados(Incidente vamente para o sucesso da campanha.
Cutter).Já a criada por Albert Sabin oferecia baixo custo, fácil apli-
cação, longo efeito protetor e possibilidade de eliminação do vírus Palavras-chaves: Campanha, Imunização, Influenza, Trabalhado-
vacinal no ambiente devido à sua multiplicação no sistema diges- res, Saúde
tório.Porém,o início da erradicação da doença no Brasil começou
apenas em 1980,com a criação dos dias nacionais de vacinação
em crianças de zero a quatro anos.A incidência de casos de polio-
mielite diminuiu e em 1989 foi registrado o último caso em Souza, P248
Paraíba.Atualmenteasaçõesdevigilânciaepidemiológicaincluem A PECEPÇÃO DA POPULAÇÃO DA REGIÃO DOS LAGOS/RJ SOBRE
as campanhas nacionais de vacinação,investigação e notificação A IMUNIZAÇÃO H1N1.
imediatadecasossuspeitos;vacinaçãodeimigrantesdeáreascom
circulação do poliovírus e seletiva de viajantes(com esquema vaci- Autor(es): Elisangela Pires Querino de Araujo1,1,1, Gisane Silva e
nal incompleto) que irão para estas mesmas áreas. Lima1,1,VivianeBastosdaSilva1,1,1,TatianadeOliveiraMota1,1,1
Palavras-chaves: Poliomielite, Paralisia, Vacina, Vírus, Epidemia Instituição(ões):
1. UVA, Universidade Veiga de Almeida
2. UVA, Universidade Veiga de Almeida
P247 Resumo:
RELATO DE EXPERIÊNCIA: CAMPANHA DE IMUNIZAÇÃO CONTRA
INFLUENZA A (H1N1) PARA OS TRABALHADORES DO SERVIÇO DE
SAÚDE NO HOSPITAL DO CÂNCER DE CASCAVEL-UOPECCAN Introdução: A influenza no Brasil contou com apoio de programas
de Vigilância epidemiológica em saúde,saúde coletiva, instituições
Autor(es): Ana Carolina Martins, Carla Sakuma Oliveira Bredt, Sa- como Aeroportos, bancos, entre outras instituições foram motiva-
rah Michelon, Audrey Regina Horochoski, Marcia Claudete Wes- das com a finalidade de minimizar riscos para a sociedade e em-
chenfelder, Edevaldo Bertho pregar políticas com medidas preventivas. Segundo o Ministério
da Saúde (2009), A influenza é uma infecção que afeta principal-
mente as vias aéreas superiores e ocasionalmente, as inferiores.
Instituição(ões): 1. UOPECCAN, Hospital do Câncer de Cascavel
A influenza A é uma pandemia, de caráter virológico para os seres
humanos que acaba se alastrando facilmente por dispersão de
Resumo: gotículas expelidas pelo paciente infectado, onde os microorga-
INTRODUÇÃO:Aimunizaçãodostrabalhadoresdosserviçosdesaú- nismos são projetados no ar por secreções nasofaringeas.O Foco
de para imuno preveníveis constitui parte essencial de programas desta pesquisa é sobre o entendimento de muitos diante da cam-

218
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
panha preconizada pelo ministério de saúde sendo caracterizada bertura vacinal. Objetivos: Demonstrar os benefícios trazidos pela
normal dúvidas, questionamentos, pois se trata de algo novo pe- introdução da vacina pneumocócica 10-valente, fazendo um para-
rante muitos.Objetivo:Apresentar a compreensão da população lelo com a evolução da anti-pneumocócica. Métodos: O presente
sobre a vacinação contra Influenza H1N1 expressando seu grau resumo foi realizado através de uma revisão sistemática de artigos
de aceitação.Material e Métodos:O presente estudo segue com obtidosatravésdoscieloearquivosdigitaisdoMinistériodaSaúde
artifícios populacionais de doentes crônicos, adultos de 20 a 29 dos últimos 10anos. Resultados: Devido àgrande frequência eim-
anos, gestantes incluindo a população idosa com idade superior portância das doenças causadas por pneumococos, desde o início
a 60 anos, na localidade da Região dos lagos principalmente nas do século existem tentaivas de se prevenir a doença através da
cidades de Cabo Frio, São Pedro da Aldeia e Araruama no estado utilizaçãodesorosevacinas,entretantoapenasem1985foidispo-
do Rio de Janeiro no período de Janeiro a Maio de 2010, executa- nibilizada a 23-valente, que conferia imunidade apenas a maiores
do em (PSF). Para uma investigação mais precisa foi relatado ida- de 2 anos. Em 2000 foi disponibilizada ao mercado Pnc-7 que con-
de, sexo, estado conjugal, escolaridade, religião, fatores culturais feria uma imunidade para 85% dos sorotipos e uma baixa preva-
como valores e crenças.Subdivididos em grupos expressando con- lênciaparaossorotiposvacinais.Noentanto,mesmocomgrandes
dições de imunidade, renda familiar, autonomia, internação hos- evoluções quanto a vacina anti-pnemocócica alguns sorotipos que
pitalar e sua durabilidade, o tipo de doença crônica e dificuldade estão ligados a infecções preocupantes como a meningite, assim
de realização de atividades continuas, percepção de mundo, peso. através da liberação da vacina anti-pneumocócica 10-valente em
Foramentrevistados35gestantes,60doentescrônicos,30adultos 2009 e sua inclusão no calendário vacinal brasileiro, unindo força
de 20 a 29 anos e 27 idosos com mais de 60 anos de idade.Resul- com ações em saúde para vencer os desafios numéricos da mor-
tados Sendo 3,2% eram do sexo masculino e 61 96,8% do sexo talidade infantil. Conclusão: A vacinação é uma ação integrada e
feminino, dessa população e os respondentes atingiram o total de rotineiradosserviçosdesaúdeedegrandeimpactonascondições
100% adquirimos dados suficientes para mesclar o entendimento gerais da saúde infantil, representando um dos grandes avanços
e o grau de aceitação da imunização contra a Influenza A.Em rela- da tecnologia médica nas últimas décadas, se constituindo no pro-
ção ao estado civil o grupo se dividia em solteiro 30%, casado 68% cedimento de melhor relação custo e efetividade no setor saúde.
e viúvos 2%.Tendo um publico bem variado uma das questões do
questionário era se a visão atual da imunização muitos alegaram Palavras-chaves: Imunização, Vacinação, Vacina Pneumocócica
perigoso 42%, beneficiador 43% e não sabiam o motivo ao certo
15%.Conclusão:É relativamente pouco a quantidade de imuniza-
dos falta informações destaca -se os benefícios e as problemáticas
sendo opiniões populares,as constatações apontam para a dificul- P250
dade da população em aceitar algo desconhecido. Apesar da im- IMUNIZAÇÃO ATIVA CONTRA INFLUENZA EM PROFISSIONAIS DA
portância desta imunização podemos comprovar que a sociedade ÁREA DE SAÚDE (PAS) NUM HOSPITAL DE MÉDIO PORTE DE RI-
está desmotivada, torna-se claro que grande parte é de nível sócio BEIRÃO PRETO – SP (2008-2010)
econômico baixo e pouca infra-estrutura.Devemos usar experi-
ências como exemplo e sempre inovar, desenvolver processos de Autor(es): Mayra Fernanda de Oliveira, Fernando Crivelenti Vilar,
produção de conhecimentos. Maria de Lourdes Prado da Silva, José Paulo Pintyá

Palavras-chaves: Influenza, Influenza subtipo H1N1, Imunização Instituição(ões):


1. HERIBEIRÃO, Hospital Estadual de Ribeirão Preto

Resumo:
P249 Introdução: Anualmente o Ministério da Saúde do Brasil promo-
VACINA PNEUMOCÓCICA – 10 VALENTE: INTRODUÇÃO E DESA- ve a campanha de imunização ativa contra influenza sazonal para
FIOS idososeprofissionaisdaáreadasaúde(PAS).Estima-sequeaimu-
nização contra influenza possa reduzir em 88% as infecções pelo
Autor(es): Emanuela de Oliveira Silva1, Emília Natali Cruz Duarte1, vírus nos PAS e promover queda de 28% nos índices de absente-
Maria da Conceição Cavalcanti de Lira1, Bartolomeu José dos San- ísmo desses trabalhadores por doença respiratória. Devido à pan-
tos Júnior2 demia de Influenza A H1N1 em 2009, esforços foram empreendi-
dos para que, em 2010, ocorresse a campanha imunização contra
Instituição(ões): esse novo subtipo viral nos grupos populacionais com maior risco,
1. UFPE/CAV, Universidade Federal de Pernambuco - campus Vi- incluindo-se os PAS. Objetivo: Analisar a cobertura de imunização
tória contra influenza sazonal e pandêmica A H1N1 nas campanhas
2. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco - campus Recife realizadas em 2008, 2009 e 2010, num hospital de médio porte
de Ribeirão Preto – SP. Metodologia: O hospital foi fundado em
Resumo: março de 2008, possui 50 leitos de internação em clínica médica,
Introdução: As doenças infecciosas ainda são causas de muitas ambulatório de especialidades e exames, além de centro cirúrgi-
mortes, matando mais pessoas que as doenças do coração ou o co destinado a cirurgias de pequeno e médio porte. Direcionado
câncer. Dentre essas doenças infecciosas as pneumonias se desta- pela estratégia nacional, em 2008 e 2009, foram promovidas as
cam, sendo o Streptococcus pneumoniae (pneumococo) o princi- campanhas de imunização contra influenza sazonal no hospital
pal agente etiológico de pneumonias. A incidência anual de pneu- e, em 2010 foi promovida a campanha de imunização contra In-
monias em crianças menores de cinco anos é de 30 a 40 casos por fluenza pandêmica A H1N1. As campanhas destinaram-se a todos
1000 na Europa e na América do Norte, nos países em desenvolvi- os profissionais do hospital, todas foram realizadas dentro da ins-
mento os casos levam a alta mortalidade. Uma intervenção para a tituição, durante três dias cada, seguindo a mesma metodologia
redução desses números é o aumento da homogeneidade da co- de atuação. Resultados: Em 2008 havia 184 PAS no hospital, em

219
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
2009 esse número subiu para 250 e, em 2010, o hospital contava panha de vacinação foram uma maior aproximação dos discentes
com 308 PAS. A cobertura de imunização para influenza sazonal de enfermagem com a discussão da influenza H1N1, bem como a
em 2008 e 2009 foi de 69% e 66% respectivamente. Em 2010, a imunização das faixa etarias de 20 a 29 anos, onde foram vacina-
cobertura de imunização contra Influenza pandêmica A H1N1 foi das 659 pessoas, de 30 a 39 anos onde foram vacinadas 195 pes-
de 96%, acréscimo médio de 28% comparando-se com as campa- soas, ainda os portadores de doenças crônicas que foram 14, fora
nhas anteriores, ainda considerando-se que havia maior número de faixa 10, portadores de doenças crônicas com mais de 60 anos
de PAS no último ano. Os PAS com maior risco de exposição na foram 08, sendo assim 886 indivíduos vacinados, inclusos além
instituição são auxiliares de enfermagem, enfermeiros e médicos. dos acadêmicos e funcionários da instituição. Salientamos que é
Os auxiliares de enfermagem apresentaram cobertura de 66% em de fundamental importância todas as pessoas serem imunizadas.
2008, 63% em 2009 e 94% em 2010; os enfermeiros apresenta- Ainda estabelecer uma relação de confiança entre comunidade e
ram cobertura de 68% em 2008, 66% em 2009 e 100% em 2010; profissionais de saúde, fazendo assim uma integração da popula-
os médicos, que apresentaram as menores coberturas em 2008 e ção no processo de gerenciamento do risco associado às vacinas
2009, 22% e 27% respectivamente, passaram para 94% em 2010. infuenza pandêmica (H1N1), como também oferecer à população
Conclusão: A cobertura de imunização para Influenza pandêmica informações sobre os riscos da doença, desfazendo rumores, mi-
A H1N1 em 2010 foi bem maior em comparação às sazonais em tos e indicando quais as medidas necessárias e realmente eficazes
2008 e 2009. Isso pode ter ocorrido devido à percepção dos PAS a serem tomadas.
de maior risco à própria saúde com relação à Influenza pandêmi-
ca A H1N1, além da influência da vivência da pandemia por parte Palavras-chaves: associação da teoria e prática, influenza H1N1,
desses profissionais. reduçãodemorbi-mortalidade,acadêmicosdeenfermagem,cam-
panha de vacinação
Palavras-chaves: Imunização, Influenza, Profissionais de saúde

P252
P251 A ENFERMAGEM E SEU PAPEL NO PROCESSO DE
ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE POTIGUAR VACINAÇÃO:REVISÃO DE LITERATURA

– UnP, ASSOCIAM TEÓRIA E PRÁTICA NA CAMPANHA CONTRA


INFLUENZA H1N1. Autor(es): Wesllany Sousa Santana, Mirtes Sousa Sá, Marcela Por-
tela Rezende Rufino, Thalyta Portela de Oliveira, Sandra Marina
Autor(es):GLAUCIAROBERTABATISTAROCHA,DEIVSONWENDELL Gonçalves Bezerra
DA COSTA LIMA, HANNA EMANUELA DOS SANTOS PEREIRA, JO-
NEIDE GOMES BEZERRA, JAINARA KALINE DE MELO CUNHA, KA- Instituição(ões): 1. UFPI, Universidade Federal do Piauí
TIUSCIA HELLEN CHAVES REINALDO, LÍGIA GABRIELA SANTOS DE
AMORIM, LAYSLA TALLINE ALVES PRAXEDES, THAIS SABRINA FREI- Resumo:
RE GOMES, VIRGÍNIA BRENNA DE PAULA GÓIS A imunização é a capacidade que o organismo tem em resistir a
determinadas doenças, sendo realizada, quando o organismo não
Instituição(ões): 1. UNP, UNIVERSIDADE POTIGUAR tem essa capacidade, por meio da vacina. O Programa Nacional
de Imunizações (PNI) foi criado pelo Ministério da Saúde do Brasil
Resumo: em 1973, com o intuito de contribuir no controle e/ou erradicação
De acordo com o Ministério da Saúde (2010), o surto de influenza das doenças imunopreviníveis e infecto-contagiosas, mediante
H1N1 atingiu o Brasil no ano passado repercutindo numa grande imunização sistemática da população. São alvos das campanhas
preocupação social. Na fase de contenção foi proposta como uma do PNI: poliomielite, sarampo, tétano, tuberculose, hepatite, gri-
das estratégias o uso de redes sociais para atingir o público jovem, pe, rubéola entre outras. A equipe de enfermagem, dentro do
diante disso o curso de enfermagem da Universidade Potiguar - PNI, presta orientação ao cliente e/ou responsável sobre a eficácia
UNP,porintermédiodoDepartamentodeVigilância Epidemiológi- da vacina, sobre possíveis reações e lesões. Além disso, ela deve
ca de Mossoró/RN, incentivou os acadêmicos de enfermagem do priorizar suas ações na execução do programa, treinamento de
5º, 6º e 7º período a participar, no período de 15 de abril a 14 de pessoal, supervisão, como nas questões de educação em saúde.
maio de 2010, da estratégia nacional de vacinação contra o vírus O presente estudo tem como objetivo analisar artigos indexados
da Influenza H1N1. Esta ação teve como objetivo contribuir para a referentes ao papel da enfermagem no processo de vacinação.
redução de morbi-mortalidade pelo vírus da Influenza, imunizan- Trata-sedeumarevisãodeliteraturarealizadaatravésdoBancode
do os alunos e profissionais da Universidade. Trata-se de estudo Dados LILACS no período de 2000 a 2009. Utilizou-se, na busca os
exploratório com abordagem quanti-qualitativa, que proporcio- seguintes descritores: “enfermagem”, “vacinação” e “imunização”.
nou uma associação da teoria e prática através da realização de Foram excluídos os artigos que tratavam de doenças relacionadas
palestras, discussões em grupos, divulgação nos meios de comu- a não vacinação e os que não eram relacionados à Enfermagem.
nicação da UNP e campanha de vacinação na clínica desta institui- Seguindo a estratégia, 32 artigos foram encontrados, destes, 17
ção de acordo com o calendário preconizado pelo Ministério da foramanalisadosnaíntegra.Observou-secomaleituradosartigos
Saúde. Foram repassadas pela regional de saúde para a clínica da que41,18%referiam-seaavaliaçãodasituaçãovacinaldecrianças
UNP mais mil doses da vacina, provenientes do laboratório Glaxo a adultos e principalmente dos profissionais da saúde; verificou-se
SmithKline (GSK). Nesta campanha realizada na UNP, os discentes em 17,65% a participação da enfermagem em campanhas vaci-
seguiram as recomendações técnicas do Manual de Procedimen- nais; em17,65%a utilização da hospitalização como oportunidade
tos para Vacinação do Ministério da Saúde e de outras normas para atualizar o calendário vacinal; e 23,53% a utilização do es-
técnicas do Pacto Nacional de Vacinação (PNI), sob supervisão dos paço de vacina para a avaliação de enfermagem. Espera-se com
docentes da instituição. Os resultados alcançados a partir da cam- esse estudo, uma maior reflexão por parte dos profissionais de

220
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
enfermagem, para que possam agir com cautela, conhecimento e
responsabilidade durante toda assistência prestada ao cliente no
P254
IMUNIZAÇÃOCOMOESTRATÉGIAPARAAPROMOÇÃODASAÚDE
processo de vacinação.
DO CUIDADOR
Palavras-chaves: Enfermagem, Vacinação, Imunização
Autor(es): Wilton Rodrigues Medeiros, Silvana Helena Neves de
Medeiros, Ana Maria Monteiro Cavalcanti, Rose Marrie de Araujo
Barros
P253
VACINAÇÃO INFLUENZA A (H1N1)-ADESÃO DE PROFISSIONAIS Instituição(ões):
DA SAÚDE EM HOSPITAL ENSINO REFERÊNCIA PARA A EPIDEMIA 1. HUAB-UFRN, Hospital Universitário Ana Bezerra

Autor(es): MARILENE TEREZINHA BURIOL FARINHA, JUNIOR AN- Resumo:


DRÉ DA ROSA, ELISA MARIA MAURENTE, ELOÁ ROSA DE MOURA, Introdução: desde 2004, a Política Nacional de Saúde do Traba-
ANA CAROLINA ISSLER FERREIRA KESSLER lhador do Ministério da Saúde (MS), visa à redução dos acidentes
e doenças relacionadas ao trabalho, mediante a execução de es-
Instituição(ões):1. HE-UFPEL, Hospital Escola da Universidade Fe- tratégias e ações de promoção, proteção e vigilância na área da
deral de Pelotas saúde,minimizandooriscoàdoençasinfecciosasaoqualestãoex-
postos em sua prática diariamente. O ambiente hospitalar possui
Resumo: um risco aumentado de aquisição e de transmissão de doenças in-
INTRODUÇÃO: Programa Nacional de Vacinação do Influenza A fecciosas, sendo importante que os profissionais estejam adequa-
(H1N1) Pandêmico 2009, definido pelo Ministério da Saúde, pe- damente imunizados, além de obviamente utilizar as técnicas de
ríodo Março à Maio 2010, estabeleceu cinco etapas de ação, com proteção individual. A Norma Resolutiva 32 (NR-32) fixa à obriga-
definição de grupos prioritários, com base na situação epidemio- toriedade do empregador disponibilizar todas as vacinas, de acor-
lógica do país e com maior risco de complicações e mortalidade. do com os critérios de exposição a riscos. Objetivos: Nesse con-
Trabalhadores de serviços de saúde foram incluídos na primeira texto, o Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB), com 53 leitos,
etapa visando sua proteção e necessidade estratégica na pres- dedicados à assistência materno-infantil, referência da Região do
tação de assistência ao paciente. A expectativa do Ministério da Trairi no Rio Grande do Norte utiliza a vacina como estratégia para
Saúde é vacinar 80% da população incluída nos públicos-alvos, até a promoção da saúde, tendo como resultado esperado a diminui-
o final da campanha.OBJETIVOS: Avaliar a taxa de adesão dos tra- ção dos riscos de adoecimento, o que tem como conseqüência o
balhadores da saúde, colaboradores da instituição, ao Programa absenteísmo, evitando faltas, licenças temporárias por motivos
Nacional de Vacinação Influenza A (H1N1), realizado em Hospital de doenças preveníveis, como também busca reduzir o risco de
de Ensino e registrar complicações e efeitos adversos relaciona- transmissão de doenças para pacientes que são atendidos por es-
dos.MÉTODO: Programa desenvolvido no período 9 a 19 de março ses profissionais. Metodologia: A instituição iniciou em 2009 essa
2010, em Hospital Público de Ensino, de alta complexidade, refe- estratégia para seus 245 trabalhadores, uma ação conjunta do Se-
rência para o enfrentamento da pandemia, com 162 leitos. Em as- tor de Recursos Humanos (RH), Comissão de Controle de Infecção
sistência direta à saúde, média anual 697 trabalhadores de saúde, Hospitalar (CCIH), Núcleo de Vigilância Epidemiológica do referido
507 profissionais e 190 acadêmicos de saúde. Programa efetuado hospital e Comissão de prevenção e acidentes do trabalho (CPAT-
pela CCIH e Gerência de Risco Sanitário Hospitalar (GRSH), em três HUAB) entre outras. A fim de desenvolver ações educativas, como
turnos e horários pré-estabelecidos, com insumos fornecidos pela também os imunizando contra Hepatite B, Dupla e Tríplice viral e
Vigilância Epidemiológica, Secretaria Municipal de Saúde, vacinas Influenza,corroborandocomaPolíticaNacionaldoTrabalhadordo
monovalente A (H1N1), vírus inativado, laboratórios Sanofi Pas- MS. Durante o período de maio de 2009 a abril de 2010, iniciou-se
teur/Butantan.RESULTADOS: Foram vacinados 447 trabalhadores umacampanhadesensibilizaçãodosfuncionáriosquantoàimpor-
de saúde, 64,1% do total. Entre os profissionais com maior adesão tância da imunização, que contou com palestras nos setores, Se-
estão, em ordem de frequência, psicólogos, 100% (5/5), equipe mana de Saúde do trabalhador e ambiente hospitalar. Resultados:
nutrição e dietética, 94,3% (33/35), profissionais farmácia 93,3% após recadastramento, foram executados o seguinte quantitativo
(14/15), doutorandos medicina 76% (73/96), aux.manutenção de vacinas: 108 doses de DT, 131 doses de Hepatite B, 31 doses
66,7% (2/3), aux/tec.enfermagem (65,2) (152/233), laborató- de Tríplice Viral, 33 doses de Influenza Sazonal e 66 doses de In-
rio análises químicas 64,3% (9/14), enfermeiros, 63,6% (28/44), fluenza A H1N1. Conclusão: Apesar da implementação de políti-
acadêmicos enfermagem, 57,4% (54/94), aux.higienização, 50% cas públicas voltadas para imunização, estudos têm demonstrado
(31/62), médicos. 47,1 (41/87). Registrou-se 06 casos (1,34% dos baixa proporção de profissionais de saúde com imunidade contra
vacinados), de efeitos adversos precoces, dor e sinais inflamató- sarampo, varicela e mesmo hepatite B. Relata-se ainda, baixa ade-
rios locais, febre, náuseas e vômitos, sintomas respiratórios leves, são a campanhas de vacinação. Esses fatos também se repetem
fraqueza muscular e mialgias. CONCLUSÃO: Registramos taxa de na instituição alvo das ações, o que reforça a necessidade de se
adesão dos profissionais de saúde ao programa de vacinação para continuar a promover estratégias para garantir melhores cobertu-
InfluenzaA(H1N1)aquémdaexpectativanacionalparaestegrupo ras vacinais entre os profissionais de saúde do estabelecimento.
prioritário. Apesar de ainda não se ter evidências locais, o uso adequado das
vacinas reduz a incidência de afastamentos do trabalho desneces-
sáriostrazendograndesbenefíciosparaoserviçoeparaoservidor.
Palavras-chaves: Adesão, Imunização, Influenza A H1N1
Palavras-chaves: Imunização, Saúde do Trabalhador, Epidemiolo-
gia Hospitalar, Biossegurança

221
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P255 Resumo:
SITUAÇÃO VACINAL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE UM HOS- INTRODUÇÃO: COM O ADVENTO DA PANDEMIA DE INFLUENZA
PITAL PÚBLICO POR UM NOVO SUBTIPO A (H1N1) NO MÉXICO E NOS ESTADOS
UNIDOSDAAMÉRICAQUEVEIOMAISTARDEAACARRETARNUMA
PANDEMIA EM 2009, TODO O MUNDO ENVOLVEU-SE NUMA ES-
Autor(es): BRUNA MAYARA DANTAS DE MEDEIROS, ELIANE DE
TRATÉGIA PARA O ENFRENTAMENTO DE UMA SEGUNDA ONDA
SOUSA LEITE, THAINAR MACHADO DE ARAUJO NÓBREGA, MARI-
PANDÊMICA. FICOU ACORDADO COM AS AUTORIDADES GOVER-
NO MEDEIROS MARTINS, FELIPE JOSÉ FERNANDES QUEIROZ PE-
NAMENTAIS COM TODOS OS PAÍSES QUE ESSA VACINAÇÃO TERIA
REIRA, EUZERLANE DOS SANTOS BATISTA
COMO OBJETIVO MANTER O FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS
DE SAÚDE ENVOLVIDOS NA RESPOSTA À PANDEMIA E DIMINUIR
Instituição(ões): A MORBIMORTALIDADE ASSOCIADA À PANDEMIA DA INFLUEN-
1. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande ZA. A PARTIR DESTE CONTEXTO FORAM DEFINIDOS OS GRUPOS
A SEREM VACINADOS EM ORDEM DE PRIORIDADE. NESTE SENTI-
Resumo: DO, O PRIMEIRO GRUPO QUE DEVERIA SER VACINADO SERIA O
INTRODUÇÃO: as vacinas contem agentes imunizantes em diver- DOS TRABALHADORES DOS SERVIÇOS DE SAÚDE ENVOLVIDOS NA
sas formas como vírus ou bactérias atenuadas, bactérias ou vírus RESPOSTA À PANDEMIA (PÚBLICOS E PRIVADOS). OBJETIVOS: DE-
inativados que induz o organismo a uma resposta imunológica. A MONSTRAR A COBERTURA VACINAL CONTRA INFLUENZA H1N1
prática da vacinação constitui uma das medidas mais eficazes den- DOSCOLABORADORESEMUMHOSPITALPRIVADODESÃOPAULO.
tre as propostas dos programas de saúde pública, uma vês que MATERIAL E MÉTODOS: EM MARÇO DE 2010, INICIAMOS A DIVUL-
oferece proteção individual e duradora as pessoas. É vista como GAÇÃO DA CAMPANHA DE VACINAÇÃO PARA TODOS OS COLABO-
responsável pelo declínio acelerado da mobimortalidade por RADORES. O HOSPITAL DA LUZ É UM HOSPITAL GERAL COM 225
doenças imunopreveníveis nas ultimas décadas em nosso país, LEITOS DE INTERNAÇÃO, 20 LEITOS DE UTI ADULTO, 08 LEITOS DE
a vacina tem a finalidade de assegurar uma proteção específica UTI PEDIÁTRICA E 24 LEITOS DE UTI NEONATAL. ALÉM DISSO, POS-
ao indivíduo imunizado, sendo considerada, por muitos, respon- SUI CENTRO CIRÚRGICO COM MÉDIA DE 805 CIRURGIAS /MÊS DE
sável por salvar inúmeras vidas e evitar uma propagação de uma MÉDIOEGRANDEPORTEECENTROOBSTÉTRICOCOM192PARTOS
sériededoenças.OBJETIVO:identificarasituaçãovacinal;verificar /MÊS.NOPERÍODODE08A21DEMAIODE2010OSCIH(SERVIÇO
importância dada à vacinação e identificar possíveis causas para DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR) EM PARCERIA COM A
o não cumprimento do calendário vacinal pelos profissionais de MEDICINA DO TRABALHO CONDUZIU A CAMPANHA DE VACINA-
saúde. METODOLOGIA: estudo descritivo com abordagem quanti/ ÇÃO DOS COLABORADORES DO HOSPITAL DA LUZ COMO PARTE
qualitativa. A amostra constou de 40 profissionais da Central de DA ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO À UMA NOVA PANDEMIA. OS CO-
Material e Esterilização e Centro Cirúrgico de um Hospital público LABORADORES FORAM VACINADOS EM SEUS SETORES E RECEBE-
da cidade de Cajazeiras/PB. Coleta de dados foi realizada através RAM INFORMATIVOS COM ORIENTAÇÕES SOBRE POSSÍVEIS EVEN-
de um instrumento e cartão de vacina no mês de março de 2009. TOSADVERSOS.RESULTADOS:ACOBERTURAVACINALGLOBALFOI
A pesquisa foi conduzida levando em considerações os aspectos DE 65, 6% (922 COLABORADORES) DENTRE ELES: ENFERMEIROS,
éticosparaaspesquisasenvolvendosereshumanos.RESULTADOS: TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM (378) COM COBERTU-
Os resultados mostraram que, 42%, possuíam carteira de vacina- RA VACINAL DE 73,3% E SETORES DE APOIO (544) COM COBER-
ção, destes somente 28% estão com esquema vacinal completo, TURA VACINAL DE 72,6%. OBSERVAMOS UMA BAIXA COBERTURA
98% afirmaram ser importante a vacinação dos profissionais, pois VACINAL DOS MÉDICOS. OS MÉDICOS SÃO TERCEIRIZADOS E DE
é uma forma de prevenção de doença. E a justificativa para o não UM TOTAL DE 350 FORAM VACINADOS 11% (38). CONCLUSÃO:
cumprimento do calendário vacinal 60%, responderam que es- POR TRATAR-SE DE UMA VACINA NOVA, JUSTIFICAMOS UMA CO-
queciam, 20%, afirmaram que perderam o cartão,10% apontaram BERTURA VACINAL MUITO AQUÉM DO ESPERADO POR PROVÁVEL
como causa as reações e 10% deram outras respostas. CONCLU- RECEIO QUANTO AOS EVENTOS ADVERSOS E À EFICÁCIA DA VA-
SÃO: conclui-se que um número significante dos profissionais de CINA. PARA MELHORAR A COBERTURA VACINAL NECESSITAMOS
que atuavam neste estabelecimento de saúde, ou encontrava-se DE UMA CAMPANHA EDUCATIVA MAIS EFICAZ TANTO POR PARTE
com o cartão de vacina em atraso, ou não o tinha. Evidencia-se a DOS PROFISSIONAIS DO HOSPITAL COMO TAMBÉM DOS ÓRGÃOS
importância de se implementar ações educativas para esses pro- GOVERNAMENTAIS E DA MÍDIA EM GERAL PARA DESMISTIFICAR O
fissionais de saúde, sensibilizando-os da importância da imuniza- MEDO DA VACINA.
ção, como medidas de prevenção de doenças transmissíveis.
Palavras-chaves: GRIPE, H1N1, VACINAÇÃO
Palavras-chaves: Vacinação, Profissionais de Saúde, Prevenção de
doenças Transmissíveis

P257
IMPORTÂNCIA DA IMUNIZAÇÃO DE ACADÊMICOS DA ÁREA DA
P256 SAÚDE NO CONTROLE DE INFECÇÕES CAUSADAS POR ACIDENTES
COBERTURA VACINAL APÓS CAMPANHA DE VACINAÇÃO CON- COM MATERIAL BIOLÓGICO
TRA GRIPE A H1N1
Autor(es): DÉBORA LUIZA DA COSTA PEREIRA1, CORA CORALI-
Autor(es): VANIA MARIA FRADE BORRIELLO DE ANDRADE, LUCI- NA DOS SANTOS JUNQUEIRA1,1, MALÚ MICILLY PORFÍRIO SAN-
NEIDE BRITO EVANGELISTA, SANDRA MARIA DE SOUZA, IVELISE TOS2,1,3, MARIA ELIZABETE DE AMORIM SILVA1,2,3, MARÍLIA DE
GIAROLLA, TATIANA SANTANA BUENO DA SILVA SOUZA LEITE SILVA1,1,1, PATRÍCIA SIMPLÍCIO DE OLIVEIRA1,1,1,
VANESSA LOPES DATIVO1,2,2, CIZONE MARIA CARNEIRO ACIO-
Instituição(ões):1. HL, HOSPITAL DA LUZ LY2,2,1

222
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Instituição(ões): MARTINEZ QUIROGA, SHEILA MARA BEZERRA DE OLIVEIRA
1. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
2. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA Instituição(ões):1. HRBA, HOSPITAL REGIONAL DO BAIXO AMAZO-
3. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA NAS DO PARÁ, WALDEMAR “PENNA
4. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
5. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA Resumo:
6. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA INTRODUÇÃO: A pandemia causada pelo vírus influenza AH1N1
7. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA constitui-se um grande desafio para a saúde pública e foi devido a
8. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA isto que a Organização Mundial e Organização Pan-Americana de
Saúde acordaram a realização da vacinação contra o virus. A cons-
Resumo: tatação de transmissão sustentada do vírus no Brasil resultou na
IMPORTÂNCIA DA IMUNIZAÇÃO DE ACADÊMICOS DA ÁREA DA adequação das condutas de identificação, investigação e manejo
SAÚDE NO CONTROLE DE INFECÇÕES CAUSADAS POR ACIDENTES de casos de síndrome gripal assim como o lançamento da Estraté-
COM MATERIAL BIOLÓGICO INTRODUÇÃO: As exposições ocupa- gia Nacional de Vacinação Contra o Vírus da Influenza Pandêmica
cionais a materiais biológicos contaminados como: sangue, secre- (H1N1) no período de 8 de março a 21 de maio de 2010. Esta ação
ções, fluidos corporais, etc. é um sério risco aos profissionais da visa contribuir para a redução de morbi¬mortalidade pelo vírus da
saúde em seus locais de trabalho. Os acidentes com exposição a influenza (H1N1) e manter a infraestrutura dos serviços de saúde
esses materiais são considerados perigosos por serem capazes de para atendimento à população. Asegurar que os profissionais da
transmitir vários tipos de patógenos. Assim como os profissionais, saude estejam imunes a doencas preveníveis por vacina constitui
os acadêmicos dessa área realizam o aprendizado técnico científi- parte essencial de programas bem sucedidos de saúde ocupacio-
co desenvolvendo suas habilidades junto aos pacientes, manuse- nal. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo, observacional
ando esses fluidos corporais, deixando-os expostos aos mesmos realizado no Hospital Regional do Baixo Amazonas do Oeste do
riscosqueosprofissionais.Éimportanteaorientaçãoentreosaca- Pará “Dr. Waldemar Pena”, Santarém/PA. Foram analizados dados
dêmicos, principalmente por estarem sujeitos a sobrecarga e ele- do livro de registro de vacinação do Serviço de Controle de Infec-
vado ritmo de estudo, falta de experiência profissional, no que se ção Hospitalar da instituição correspondentes a Campanha de
refere à prevenção e ao controle da exposição às doenças infecto- Vacinação contra Influenza A H1N1 realizada em março de 2010.
contagiosas, enfatizando boas práticas: imunização. A imunização OBJETIVO: Relatar perfil de vacinação para Influenza A H1N1 de
atravésdevacinassensibilizaosistemaimunológicodoorganismo, profissionais de saúde. RESULTADOS: Dos 628 profissionais de
ajudando-o a estabelecer meios de defesa contra microorganis- saúde do hospital, 502 (80%) foram imunizados contra influenza A
mos, podendo reagir rápida e eficazmente prevenindo a infecção. H1N1.Ogrupoquemenosadiriuavacinaçaofoiodeprofissionais
OBJETIVO:Mostraraimportânciadaimunizaçãonocontroledein- médicos, apenas 45% deles aceitou a vacina. Cem por cento dos
fecçõescausadasporacidentescommaterialbiológicoeconscien- fisioterapeutas foram imunizados, seguidos de 92% dos funciona-
tizar Instituições de Ensino Superior para realizar educação per- riosdaadministraçao,88%dostécnicosdeenfermageme62%dos
manente com os acadêmicos da área de saúde. MÉTODOS: Este enfermeiros. DISCUSSÃO: O trabalhador de Saúde compõe parte
estudo foi desenvolvido no mês de abril e maio de 2010 a partir fundamental da população alvo para vacinação já que atua dire-
de revisões bibliográficas em artigos retirados da LILACS E BIREME tamente na resposta à pandemia e na investigação de casos sob
utilizando como palavras chaves: imunologia, material biológico e potencial risco de contrair a infecção pelo H1N1. Embora a vacina
acidentes. Para análise dos dados foram selecionados oito artigos seja eficaz e segura e os profissionais tenham acesso a esta infor-
pesquisados nos referidos locais. RESULTADOS: A prevenção e o mação, os grupos mais expostos como são médicos e enfermeiros
controle das infecções nosocomiais ocupacionais requerem uma que comumente realizam procedimentos invasivos nestes pacien-
abordagem ampla, com políticas bem definidas baseadas nas tes, foram os que menos aceitaram a imunização. Esta conscienti-
características da instituição hospitalar e na legislação em vigor. zação deve ser melhor trabalhada já que os serviços de saúde de-
Como parte do programa geral de controle de infecção, os hos- verãosermantidosemplenofuncionamentoecapazesdeatender
pitais devem priorizar e estabelecer políticas que minimizem os edarrespostasadequadaseemtempooportunoàpopulaçãoque
riscos de transmissão de infecção. CONCLUSÃO: É imprescindível venha adoecer em razão da pandemia.
a implantação de programas sistematizados para discutir sobre a
importância da imunização em todos os setores de atuação dos Palavras-chaves: ESTRATEGIA DE VACINAÇÃO, IMUNIZAÇÃO EM
acadêmicos da área de saúde, visando à minimização dos riscos PROFISSIONAIS DE SAÚDE, INFLUENZA A H1N1
ocupacionais. Pois o ingresso de graduados mais conscientes so-
bre prevenção de acidentes e comportamentos seguros poderá
interferir diretamente nas infecções e estarão protegendo não
apenas sua saúde, mas também dos clientes sob sua responsabi- P259
lidade. Palavras chave: imunização, material biológico, acidentes AVALIAÇÃO DOS EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS À VACINA
CONTRA INFLUENZA PANDÊMICA (H1N1) 2009 EM UM HOSPITAL
Palavras-chaves: acidente, imunização, material biológico DE REFERÊNCIA EM MINAS GERAIS

Autor(es): ROSANA VAZ REZENDE, GUILHERME AUGUSTO AR-


MOND, BRUNA MENDES DE OLIVEIRA CAMPOS, ALICE RABELO DE
P258 SÁ LOPES, ANA LÚCIA MACHADO SÓ, TATIANA ROSÁRIO MENDES
“PERFILDEVACINAÇÃOPARAINFLUENZAAH1N1EMPROFISSIO- FREIRE
NAIS DE SAÚDE DO HOSPITAL REGIONAL DO OESTE DO PARÁ”
Instituição(ões):1. FAIS, FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA INTEGRAL À
Autor(es): ALCILENE BATISTA CAVALCANTE, MARIANA MARGARITA SAÚDE

223
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Resumo: tantes. O Ministério da Saúde do Brasil definiu como estratégias
Introdução: Frente à introdução da vacina contra o vírus influenza a vacinação dos grupos prioritários, mantendo o funcionamento
pandêmica (H1N1) 2009, pode ocorrer um aumento no número dos Serviços de Saúde envolvidos na resposta à pandemia e, dessa
de notificações de eventos adversos pós-vacinais (EAPV), o que forma garantir a imunização dos profissionais da saúde. Objetivo:
torna fundamental o fortalecimento da vigilância epidemiológi- Relatar o impacto da Campanha de Vacinação contra Influenza
ca desses eventos. Objetivos: Conhecer o perfil de EAPV contra A (H1N1) aos profissionais ligados direta ou indiretamente à as-
influenza H1N1 dos profissionais de saúde do Hospital Sofia Fel- sistência à saúde do Hospital Santa Isabel. Materiais e métodos:
dman. Correlacionar a ocorrência dos EAPV na instituição com Estudo observacional descritivo, realizado no período de 09 a 13
aqueles já descritos em literatura pela vacina contra influenza de março de 2010 no Hospital Santa Isabel. A Campanha de Vaci-
H1N1 e sazonal. Métodos: Estudo observacional, retrospectivo, nação foi divulgada na intranet e disseminada pelos Serviços de
transversal. As informações foram obtidas a partir dos dados co- Infecção Hospitalar, Segurança e Medicina do Trabalho e Chefias
lhidosdequestionáriossobreaocorrênciadeEAPVcontrainfluen- dos setores. Resultados: Foram vacinados 646 funcionários do
za H1N1, digitalizados no banco de dados em acompanhamento Hospital, somando com os serviços terceirizados de Higiene e lim-
no serviço, através do programa SPSS for Windows versão 12.0. O peza e Logística Hospitalar que representaram 156 colaboradores.
banco contém as informações obtidas pelos questionários: iniciais Dentre aqueles diretamente ligados a assistência, receberam a va-
do paciente, idade, peso, sexo, presença de comorbidade, data da cina37,14%doscolaboradoresdeenfermagem,16,33%médicose
vacinação, EAPV, tempo decorrido do aparecimento, duração do 2,88dosfisioterapeutas.Abaixaadesãoàimunizaçãodosmédicos
evento, tipo de tratamento requerido. O trabalho foi submetido e fisioterapeutas esteve associada com o fato de outros serviços
ao Comitê de Ética em Pesquisa do hospital. Resultados: Foram disponibilizarem a vacina. Após a enfermagem, o maior número
avaliados 365 profissionais de saúde que receberam a vacina no de funcionários que aderiram à campanha foi do setor administra-
hospital. A vacina era constituída por adjuvante. A maioria foi do tivo, representando 29,60%. Segundo a recomendação do Centro
sexo feminino (85,8%); não havia gestantes. A mediana de idade de Vigilância Epidemiológica (CVE) deveriam ser notificados ape-
foide32anos(IQR25-75%%:17-42anos);amédia,35anos.Média nas os eventos adversos graves ou não esperados, entretanto para
do peso foi 65,8kg, mediana 63,5 kg (IQR25-75%%: 56-74kg). O controle do serviço foram verificados os eventos leves, dentre eles
período de avaliação mínimo foi de 7 dias após a vacina. Presença dor, rubor, cansaço, dor de garganta, náuseas, sendo os mais pre-
de comorbidades crônicas foi relatada por 65 indivíduos (17,9%). valentes mal estar, mialgia e febre. Conclusão: Acredita-se que a à
No geral e também por grupos etários - 17 a 29 anos (n=134, Campanha contra Influenza A (H1N1) teve um impacto na imuni-
36,9%), 30 a 39 anos (n=125, 34,4%), 40 a 49 anos (n=58, 16%) e zação dos funcionários devido à facilidade e proximidade do posto
50 anos ou mais (n=45, 12,4%), houve predomínio de EAPV leves de vacinação com as unidades de internação, divulgação e intera-
a moderados: dor, rubor, calor no local da aplicação (72%), mialgia ção entre o serviço de controle de infecção hospitalar, a medicina
(33%),cefaléia(29%);nóduloouenduraçãonolocal(19,7%);febre do trabalho e as chefias dos setores e, parceria com as empresas
mesmo que referida (16,4%). Não houve relato de EAPV graves. terceirizadas.
Houve um caso de internação hospitalar por 3 dias com boa evo-
lução (paciente com febre alta, exantema). O tempo para início do Palavras-chaves: Influenza, Imunização, Eventos adversos
EAPV foi principalmente o primeiro dia (68,8%), e a maioria com
resolução espontânea no primeiro (80,3%) e segundo dia (23,4%).
Conclusão: Os eventos adversos encontrados foram semelhantes
aos já esperados e descritos pela literatura. Mais estudos são ne-
cessários, buscando avaliar a influência dos fatores individuais na
P261
VACINAÇÃOCONTRAH1N1NOHOSPITALGERALDEITAPECERICA
ocorrência de EAPV, bem como a vigilância rigorosa a longo prazo
DA SERRA –UMA ESTRATÉGIA BEM-SUCEDIDA
desses eventos.
Autor(es): EVELIN AMARAL RAMOS, ADRIANA PIRES DOS SANTOS,
Palavras-chaves: vacinas, influenza, H1N1, eventos adversos
ALINE FERREIRA DE MELO, FABIANA SIROMA, JULIANA WANG LIN,
DENILSON OLIVEIRA REIS, NAJARA MARIA PROCÓPIO ANDRADE

P260 Instituição(ões): 1. HGIS, HOSPITAL GERAL DE ITAPECERICA DA


INICIDÊNCIA DE EVENTOS ADVERSOS NA CAMPANHA DE VACI- SERRA
NAÇÃO CONTRA INFLUENZA A (H1N1) AOS PROFISSIONAIS DE
SAÚDE Resumo:
Introdução: A Influenza A H1N1 representou um grande desafio
Autor(es):Mauro José Costa Salles, Bianca Maria Maglia Orlandi, no ano de 2009 para todas as instituições do Brasil e do mundo,
Maysa Harumi Yano, Iolanda Lopes de Souza Santana, Anderson sobretudo pelo desconhecimento do curso da pandemia e evolu-
Garcia D´Ingianni ção da doença e ainda pela inexistência de uma vacina eficaz até
então. Quanto à proteção dos profissionais de saúde, várias dire-
Instituição(ões): 1. HSI, Hospital Santa Isabel trizes foram instituídas no que se refere ao isolamento de casos
suspeitos,estímuloàhigienizaçãodasmãos,usodeequipamentos
Resumo: de proteção individual e remanejamento de funcionárias gestan-
Introdução: Em 2009, uma pandemia causada por um novo subti- tes para áreas de menor chance de contato com possíveis pacien-
po viral do vírus influenza A (H1N1) foi causa de 16.226 óbitos no tes portadores, entretanto ainda muita insegurança era percebida
mundo. No Brasil a taxa de incidência de Síndrome Respiratória entre as equipes. Em 2010 a vacina foi disponibilizada e o Ministé-
Aguda Grave (SRAG) por influenza pandêmica foi de 14,5/100.000 rio da Saúde (MS) do Brasil estabeleceu estratégias para garantir
habitantes com uma taxa de mortalidade de 0,85/100.000 habi- a imunização das populações de maior risco para aquisição e de-

224
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
senvolvimentodecomplicaçõespeladoença.Objetivos:Descrever anos,110entre30a39anos,78entre40a60anos,ecommaisde
as estratégias desenvolvidas pelo Hospital Geral de Itapecerica da 60 anos, 2 indivíduos; 21% eram auxiliares/técnicos de enferma-
Serra (HGIS) para garantir a cobertura vacinal de seus colaborado- gem, 16% enfermeiros, 2% médicos, 4% fisioterapeutas, 57% ou-
res. Materiais e métodos: O Hospital Geral de Itapecerica da Serra trosprofissionais.Dototal,86,5%foramvacinadose13,5%nãova-
é um hospital secundário de 220 leitos, público, estadual, geren- cinados. RESULTADOS:Quanto à freqüência dos eventos adversos
ciado por uma Organização Social de Saúde, o SECONCI, com 1300 dentre os colaboradores vacinados, os principais sinais e sintomas
colaboradoresentreaquelescomcarteiraassinadaeterceirizados. relatados foram: mal estar geral: 20%; dor e vermelhidão no local
A partir da divulgação da campanha do Ministério da Saúde, foi da aplicação: 18%; cefaléia: 16%; dores no corpo: 15%; sonolên-
elaborado um plano institucional para vacinação dos colaborado- cia:9%;febre:7%;astenia:7%;náuseas/vômitos:4%;tontura:3%;
res da instituição, com o envolvimento da alta direção, gestores diarréia:1%eoutros.Entreosnão vacinados,osmotivosreferidos
e equipe multidisciplinar, com divulgação da importância da vaci- foram: 20% medo; 22% não acreditar na eficácia da vacina; 19%
nação para segurança do colaborador. A campanha de vacinação por falta de tempo; 15% estar gripado no dia da campanha; 4,5%
aconteceu no posto fixo do dia 09 de março a 21 de maio de 2010. alergia a ovo e 19,5% outros. CONCLUSÃO:A presença de eventos
Nos primeiros dez dias aconteceu em horário estendido das 07 às adversos foi alta entre a população vacinada, porém transitórios e
22h, e nos demais dias no horário comercial. Nos finais de semana sem gravidade. Os fatores de não adesão a vacinação mostram a
profissionais de enfermagem percorriam os setores para vacinar necessidade de aprimoramento dos métodos da campanha.
plantonistas. Resultados: Após a campanha, a análise revelou que
98% dos funcionários com carteira assinada foram imunizados Palavras-chaves: influenza A H1N1, vacina, profissionais
(88% no HGIS, 10% declararam ter sido vacinados em outro ser-
viço). Entre os profissionais médicos, 91% foram imunizados. Con-
clusão: Os resultados revelaram um índice de adesão à vacinação
muito acima da literatura internacional. O sucesso da campanha P263
pode ser associado à divulgação da importância da imunização SURTO DE MEDIASTINITE NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRUR-
para segurança do colaborador, envolvimento de todas as cate- GIAS CARDÍACAS: ESTUDO CASO-CONTROLE
gorias profissionais no processo incluindo gestores, facilitação do
acesso à vacina por extensão do horário e prazo para imunização. Autor(es): Vanessa Dias da Silva1,2,3, Jorge Luiz Nobre Rodri-
gues1,3, Manuela Rocha Rodrigues3
Palavras-chaves: Imunização, H1N1, Profissional de Saúde
Instituição(ões):
1. UFC, Universidade Federal do Ceará
2. UNIFOR, Universidade de Fortaleza
P262 3. HSM, Hospital São Mateus
EVENTOS ADVERSOS DA VACINA CONTRA INFLUENZA A (H1N1)
EM PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE EM UM HOSPITAL PRIVA- Resumo:
DO DE SÃO PAULO E MOTIVOS DA NÃO ADESÃO À VACINAÇÃO. A Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) é uma das principais infecções
relacionadas à assistência à saúde no Brasil, ocupando a terceira
Autor(es): Renata Braz Ralio1, Ana Paula Matos Porto1, Eloisa posição entre todas as infecções em serviços de saúde e compre-
Mara Dias Gagliardi2, Marcio Jose Cristiano Arruda1, Mirian Dal- endendo 14% a 16% daquelas encontradas em pacientes hospi-
ben1 talizados (ANVISA, 2009). Quando ocorrem, demandam maior
utilização de recursos diagnósticos e terapêuticos, aumentando o
Instituição(ões): tempo de hospitalização e acarretando prejuízo financeiro para as
1. HP - Amil, Hospital Paulistano - Amil instituições de saúde e prejuízo a saúde do paciente, sendo um
2. HP - Amil, Hospital Paulistano - Amil desafio aos profissionais de saúde. Como conseqüência do enve-
lhecimento da população, os cirurgiões, especialmente os cardio-
Resumo: vascular,vêmatuandodemaneiracrescenteempacientescomco-
INTRODUÇÃO:Aproximadamente seis meses após a divulgação da morbidadesassociadas,oqueaumentasubstancialmenteoriscoe
pandemia pelo vírus A (H1N1), já havia publicações na literatura a gravidade das infecções no pós-operatório. O presente trabalho
sobre a vacina. Em vistas ao cenário mundial e com a disponibi- teve como objetivo identificar os fatores de risco associados à um
lidade de vacina, era iminente estabelecer estratégias de saúde surto de mediastinite ocorrido no pós-operatório de cirurgias car-
pública para imunizar a população. Em publicação da Secretaria díacas. O estudo foi realizado no ano de 2008, num hospital priva-
deSaúdedoEstadodeSãoPauloforampriorizadososgruposase- do, terciário e de grande porte, localizado em Fortaleza-Ce; incluiu
rem vacinados, sendo nestes incluídos os profissionais da área de 6 casos e 12 controles, as informações foram obtidas através de
saúde. O Hospital Paulistano realizou dois dias de vacinação para prontuários. A análise dos dados foi com base no programa EPI
influenzaA(H1N1),sendoimunizadoscercade690colaboradores. info versão windows, foi utilizado o teste estatístico qui quadrado
OBJETIVO: Identificar a ocorrência de eventos adversos da vacina (p<0,05), concomitantemente, foram avaliados os processos de
contra Influenza A H1N1 nos profissionais de saúde após campa- esterilização dos materiais. Verificou-se que em ambos os grupos
nha institucional; identificar fatores da não adesão dos profissio- ocaráterdacirurgiafoi100%eletiva;quantoaotempodecirurgia,
nais na campanha. MÉTODO:Foram entrevistados aleatoriamente obteve maior freqüência, no grupo caso de 5-6 horas (50%) e no
304 indivíduos, que responderam questionário elaborado para a grupo controle de 4-5 horas (58,3%); não apresentaram compli-
avaliação de eventos adversos pós-vacinação. Não houve critério cações no transoperatório 83,3% nos dois grupos. Devido ao pe-
de exclusão. Os dados foram tabulados e analisados através do queno número de pacientes acometidos de mediastinite, a análise
programa Epidata. Do total da casuística, 33% são do sexo mascu- estatística não teve significância, porém verificou-se que as me-
lino. Quanto à idade, 1 era menor de 19 anos, 113 entre 20 a 29 diastinitesqueeclodiramnosurtopodemtersidoprovenientesde

225
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
materiais que foram utilizados nas cirurgias, mas que não haviam P265
passado pelo processo de esterilização do hospital. Após a implan- SURTODEBOTULISMOALIMENTAREMSÃOJOSÉDORIOPRETO/
taçãodanormadequetodososmateriaisquefossemutilizadosem SP
procedimentos cirúrgicos deveriam passar pelo processo de esteri-
lizaçãodohospital,realizadapelaComissãodeControledeInfecção
Autor(es): Patrícia de Lucas Rodrigues, Luciano Garcia Lourenção,
Hospitalar,observou-sequenãohouvenovoscasosdesseincidente.
Andreia Francesli Negri Reis, Izalco Nurenberg Penha dos Santos,
Luciane Bilia de Moraes
Palavras-chaves: surto, mediastinite, estudo caso-controle
Instituição(ões): 1. SMS/SJRP, Secretaria Municipal de Saúde de
São José do Rio Preto
P264
SURTO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO: INVERSÃO DA CURVA Resumo:
DE TENDÊNCIA Introdução: O botulismo é uma doença neuroparalítica grave, de
caráter agudo, afebril, causada pela ação de uma toxina produzida
Autor(es):Luiz Giovani, Livia Pereira da Silva, Guilhermo Pascoal pelo Clostridium botulinum. Essa toxina se liga aos receptores da
Leguens Paramo, Darcy Lisbão Moreira de Carvalho membrana do axônio dos neurônios motores, impedindo a libera-
ção de acetilcolina na junção neuromuscular, o que causa paralisia
Instituição(ões): 1. H M, HOSPITAL METROPOLITANO flácida dos nervos cranianos e da musculatura esquelética, estru-
turas responsáveis pela adequada funcionalidade da deglutição
nos indivíduos. Há três formas de botulismo: alimentar (BA), por
Resumo:
ferimentos (BF) e intestinal (BI). Conservas caseiras são alimentos
INTRODUÇÃO: O presente trabalho foi realizado em hospital da
que oferecem maior risco e, apesar da gravidade, é uma doença
rede privada de São Paulo com 150 leitos. É de conhecimento dos
pouco diagnosticada pelos profissionais de saúde. Objetivo: Des-
profissionais dasaúde aimportância das Infecções doSítio Cirúrgi-
crever o surto de Botulismo Alimentar no município de São José
co (ISC) dentre as Infecções Hospitalares. Os surtos de ISC são te-
do Rio Preto-SP, no ano de 2009. Métodos: Estudo descritivo ana-
midos pelas equipes cirúrgicas e exigem pronta intervenção. Nem
lítico do surto de botulismo. Utilizou-se a ficha de investigação do
sempre se consegue esclarecer suas verdadeiras causas. OBJETI-
Ministério da Saúde. A coleta de dados foi realizada a partir de
VO: Testar uma metodologia que consiga maior agilidade na com-
12/10/2009, com visitas aos hospitais e revisão de prontuários.
preensão dos dados e possibilite exposição clara das ações para
Resultados: A Vigilância Epidemiológica foi notificada sobre caso
as equipes do hospital. MATERIAL E MÉTODOS: A CCIH nomeia
de Paralisia Flácida Aguda em uma mulher de 57 anos, hospitaliza-
os diferentes grupos cirúrgicos com códigos. Foram estudados 09
da, apresentando diplopia, disartria, disfagia, disfonia, ptose pal-
casos de ISC para o grupo T9E3 com um total de 121 cirurgias lim-
pebral, vômito, flacidez descendente de membros e insuficiência
pas, de janeiro a dezembro de 2009. A ISC foi caracterizada como
respiratória;associadoaocasohaviadoisóbitossuspeitosemuma
profunda em 05 casos e superficial em 04. Os casos foram revi-
mesma família. Durante a investigação, foi feito suspeita de botu-
sados levando-se em consideração a idade, doença pré-existente,
lismo e identificado um novo caso. Realizou-se coleta de exames
obesidade, desnutrição, uso de esteróides, tabagismo e infecções
específicos (eletroneuromiografia sugestiva), intervenção com
à distância. As culturas de secreção mostraram o crescimento de
Soro Antibotulínico e recolhimento dos alimentos suspeitos de
Staphylococcus aureus em 04 delas, Klebsiella pneumoniae em 01
contaminação, após levantamento da história clínica. O principal
e Psedomonas aeruginosa em 01. Diálogo com a equipe cirúrgica:
alimento suspeito, uma conserva caseira de jiló, não foi analisado
tempo de internação no pré-operatório, retirada de pelos, técnica
devido descarte pela família. A partir deste caso, realizou-se a in-
cirúrgica,drenos,instrumentais,antibioticoprofilaxia,tempocirúr-
vestigação dos óbitos e identificou-se Toxina Botulínica no sangue
gico, perfuração eventual de luvas, paramentação, equipe cirúrgi-
de um dos pacientes, confirmando o surto pela doença, com en-
ca, higienização das mãos e ambiente do Centro Cirúrgico. Central
cerramentos dos demais casos por vínculo clínico epidemiológico.
de Materiais: diálogo com a enfermeira responsável, revisão de
Conclusão: A ocorrência deste surto evidenciou o despreparo dos
processos,deficiênciascommateriaiseatençãoaosmateriaiscon-
serviços de saúde para diagnóstico precoce do botulismo, que é
signados; Centro Cirúrgico: entrevista com a enfermeira respon-
uma doença rara,porémcom boa evolução sediagnosticada etra-
sável, revisão dos processos, pessoal, arquitetura e deficiências
tada precocemente. Métodos inadequados de preparo e conser-
gerais. Os dados foram tabulados com aplicação do PDCA (Plan,
va dos alimentos podem colocar em risco a saúde da população,
Do, Check, Action) e diagrama de possíveis falhas (Ishikawa) para
sendo necessária maior ênfase na educação em saúde para evitar
correção de rumo na curva de tendência. RESULTADOS: A equipe
doenças, como o botulismo, diarréia e outras intoxicações.
T9E3 apresentou, de janeiro a agosto de 2009, elevação e oscila-
ção dos indicadores para cirurgias limpas (janeiro 0,0%, fevereiro
12,5%, março 0,0, abril 14,3%, maio 0,0, junho 20%, julho 33,3% Palavras-chaves: botulismo, alimentar, surto
e agosto 25%); após as ações da CCIH, os indicadores foram os se-
guintes:setembro0,0,outubro0,0,novembro0,0edezembro0,0.
CONCLUSÕES: 1. Houve correção de rumo e inversão da curva de P266
tendência. 2. Não foi possível detectar a exata causa do surto. 3. O SURTO POR STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE À METICILI-
diálogo com a equipe cirúrgica foi considerada a intervenção mais NAEMUMAUNIDADEDETERAPIAINTENSIVANEONATALDEUM
importante. 4. O PDCA e o diagrama de Ishikawa foram eficientes HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE MINAS GERAIS
nas apresentações para as equipes Médica e de Enfermagem.
Autor(es): Priscila Castro Cordeiro Fernandes, Daiane Silva Resen-
Palavras-chaves: EPIDEMIOLOGIA, INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGI- de, Rafaela Sodré Marques, Nayara Gonçalves Barbosa, Daniles
CO, SURTO

226
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Nunes Valadão, Cristiane Silveira de Brito, Vânia Olivetti Steffen Resumo:
Abdallah, Paulo Pinto Gontijo Filho, Denise von Dolinger de Brito JUSTIFICATIVA: No ano de 2009, o Hospital Infantil Sabará atuou
como hospital colaborador junto à Secretaria da Saúde do Estado
Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia de São Paulo e Secretaria Municipal da Saúde/SP para o atendi-
mento e vigilância epidemiológica das infecções causadas pelo
Resumo: vírus Influenza A H1N1 em pediatria. Baseado nas orientações
Introdução: Embora surtos por Staphylococcus aureus resistente técnicas do Ministério da Saúde do Brasil, a equipe multiprofis-
à meticilina (MRSA) sejam frequentes em Unidades de Terapia In- sional de atendimento buscou a máxima adesão aos protocolos
tensiva Neonatal (UTIN), como resultado de falhas nas práticas de para diagnóstico, tratamento e prevenção nos casos de doença
controle de infecção, este é o primeiro detectado após a reforma respiratória aguda grave em pediatria. OBJETIVO: Descrever as
da unidade. Objetivo: Investigar um surto por MRSA na UTIN do características epidemiológicas e impacto da adesão ao protocolo
Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. Méto- doMinistériodaSaúdesobreamortalidadedospacientescomdo-
dos: A unidade compreende 15 leitos, sendo 10 de nível III e 5 de ença respiratória aguda grave em serviço de pediatria no segundo
nívelII.Avigilânciaepidemiológicafoirealizadasegundoosistema semestre de 2009. MÉTODOS: A definição de doença respiratória
“National Healthcare Safety Network”, e o surto ocorreu no perío- aguda grave em pediatria foi a mesma adotada pelo Ministério da
do de 09/2009 a 01/2010. Foi realizado um estudo caso-controle, Saúde: febre, tosse ou dor de garganta e dispnéia, quando descar-
onde os casos foram definidos como neonatos com infecção por tadas outras causas para os sinais e sintomas. As práticas de vi-
MRSA e os controles, os internados no mesmo período sem in- gilância epidemiológica para diagnóstico e evolução clínica foram
fecção. Uma ficha individual com dados demográficos, clínicos e realizadas por enfermeiras epidemiologistas, através de visitação
epidemiológicos foi analisada por análise estatística univariada nas unidades do hospital, revisão de prontuários e laudos de exa-
quanto aos fatores de risco. A suscetibilidade a antimicrobianos mes laboratoriais. A confirmação de infecção pelo vírus Influenza
foi analisada segundo o “Clinical and Laboratory Standards Insti- AH1N1,vírussazonalouco-infecçãofoibaseadanosresultadosde
tute”. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa RT-PCR. RESULTADOS: Foram identificados 265 pacientes hospita-
da Universidade Federal de Uberlândia. Resultados: No período lizados por DRAG, sendo introduzido tratamento com oseltamivir
do estudo foram internados 380 neonatos, sendo que 54 tiveram nas primeiras 48 horas de início dos sintomas. Destes, 155 pacien-
infecção hospitalar com critério microbiológico. Nove neonatos tes apresentavam idade igual ou inferior a 2 anos. A co-infecção
foram infectados pelo MRSA de origem hospitalar, incluindo sete H1N1evírusinfluenzasazonalfoiobservadaem49pacientes.Não
casos de sepse e dois de conjuntivite. O caso índice foi de sepse, foram identificados casos de óbito ou de infecção cruzada intra-
em um neonato prematuro, peviamente infectado, transferido de hospitalar neste período. CONCLUSÃO: A adesão ao protocolo do
outro hospital, cujo diagnóstico microbiológico de infecção foi re- Ministério da Saúde para diagnóstico, tratamento e prevenção
alizado após 3 dias de internação, sendo o neonato isolado em se- contar a doença respiratória aguda grave causada por Influenza A
guida. Com relação aos demais, a relação temporal foi observada. H1N1 relacionou-se com ausência de mortalidade e ausência de
Apesar do tratamento com vancomicina, quatro dos sete (57,1%) infecções cruzadas causadas pelo vírus pandêmico no Hospital In-
neonatos com sepse evoluíram para o óbito. Os fatores de risco fantil Sabará.
nos neonatos infectados, estatisticamente significantes (p≤0,05)
foram: peso menor que 1500g, tempo de internação maior que Palavras-chaves: PANDEMIA, DOENÇA RESPIRATORIA, INFLUENZA
8 dias e uso de cateter venoso central. O controle do surto incluiu A
precauções com barreira e maior rigor na lavagem de mãos pelos
profissionais de saúde e visitantes, mas o término do surto só foi
observado quando houve o isolamento de coorte, com uma enfer-
meira exclusiva para cuidar dos neonatos infectados. Conclusão: O P268
surto acometeu neonatos internados em uma UTIN em neonatos DENGUENACIDADEDO NATAL-RNDE2000a2006:UMESTUDO
de baixopeso,com predomínio de sepseocorrendo quatroóbitos. DA EPIDEMIOLOGIA
O surto só foi controlado após isolamento de coorte. Agradeci-
mento ao Apoio Financeiro da FAPEMIG Autor(es): ALBERTINA MARTINS GONÇALVES1, ANA CAROLINA
FERNANDES DE OLIVEIRA2, JOSÉ DE ANCHIETA F. NETO3
Palavras-chaves: surto, MRSA, unidade de terapia intensiva neo-
natal, neonatos Instituição(ões):
1. HDPF, HOSPITAL DISTRITAL DE PEDRAS DE FOGO-PB
2. SMS, Secretaria Municipal de Saúde do Município de Natal-RN
3. CASM, Centro de Atenção a Saúde da Mulher
P267
PANDEMIA DE INFECÇÃO POR INFLUENZA A H1N1: ADESÃO AO Resumo:
PROTOCOLO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE RELACIONA-SE COM Introdução: No nordeste brasileiro, desde os anos 80 ocorrem epi-
AUSÊNCIA DE INFECÇÃO HOSPITALAR CRUZADA E DE MORTALI- demias de dengue clássico, evidenciando a circulação dos soro-
DADE POR DOENÇA RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE EM HOSPITAL tipos DEN-1; DEN-2 e DEN-3. A febre hemorrágica do dengue foi
PEDIATRICO diagnosticada desde 1990 e até 2006 o número de notificações
cresceu com morbi-mortalidade significativa. Em Natal-RN houve
Autor(es): REGINA RUIVO BERTRAND, SUE KARIYA CHIU, MILTON seguidas epidemias de Dengue em anos intercalados. Objetivo:
SOLBERMANN LAPCHIK Avaliar a situação epidemiológica da dengue na cidade de Natal,
e a distribuição de casos na cidade de acordo com os distritos sa-
Instituição(ões): 1. SABARA, HOSPITAL INFANTIL SABARA nitários, meses, faixa etária dos pacientes, semana epidemiológi-
ca e os índices de infestação predial por Aedes aegypti, visando

227
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
contribuir com informações sobre o perfil epidemiológico da do- pacientes; instituição de precauções de contato; incremento do
ença no município. Métodos: O presente estudo é descritivo do uso de preparado alcoólico para higienização das mãos, com trei-
tipo ecológico misto, sendo utilizadas as seguintes variáveis: (a) namento da técnica correta, e avaliação da taxa de adesão entre
espacial (município); (b) demográficas (faixa etária e sexo); (c) os profissionais nas fases pré e pós-treinamento; e, introdução do
distribuição da doença; e (d) índices de infestação do Aedes ae- monoperssulfatodepotássioparalimpezaedesinfecçãodaunida-
gypti. Utilizaram-se dados referentes ao período de 2000 a 2006 de.Nãoocorreramcasosdeinfecçãonoperíodo.Oresultadodati-
dos relatórios da Secretaria Municipal de Saúde do Município de pagemmolecularmostrouaocorrênciadetransmissãocruzadade
Natal, Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (po- Gram negativos produtores de ESBL em grande parte dos pacien-
pulação), e Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue. tes colonizados, já que 67% das amostras pertencia a um mesmo
Resultados: Entre 2000 a 2006 foram notificados 55.176 casos da grupo clonal (“A”), enquanto que 33% foram identificadas como
doença(49,3%dosexomasculinhoe56,1%dosexofeminino),dos clones “B”, “C”, “F” e “I”, por possuírem perfis de fragmentação
quais 39,5% correspondentes ao ano de 2001 e 22,1%, a 2003, re- de DNA diferentes entre si e diferentes do grupo predominante.
presentando os picos epidêmicos do período estudado. Em 2004,
houve diminuição do número de casos, tendo sido notificados Palavras-chaves: surto, ESBL, neonatal, colonização
apenas 1,7% do total de casos. O maior número de casos foi visto
nos meses de março a junho, período correspondente à estação
quente e com maior índice pluviométrico no município. A doença
predominou na faixa etária de 20 a 39 anos, com 39,6% do total P270
de casos, contra 61% nas demais faixas combinadas. Conclusão: O CONTROLE DE SURTO DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILA-
perfilepidemiológicodadoençanoperíodoanalisado mostrauma ÇÃO MECÂNICA POR ACINETOBACTER BAUMANNII RESISTENTE
correlação com a casuística da doença na região Nordeste e no A CARBAPENÊMICOS
Brasil, quando se constatam números significativos da endemia.
A doença apresenta um padrão anual, com maior incidência de Autor(es): ERICA RABELLO LOPES DA COSTA, AMANDA LUIZ PIRES
casos na estação chuvosa, de abril a junho no período em estudo. MACIEL, ICARO BOSZCZOWSKI, VIVIAN PRUDÊNCIO ANDRADE

Palavras-chaves: Dengue;, Aedes aegypti;, Surtos Instituição(ões): 1. HRC, HOSPITAL REGIONAL DE COTIA

Resumo:
Introdução: Atualmente Acinetobacter baumannii (AB) é um dos
P269 principais problemas em infecção hospitalar, sendo a pneumonia
SURTO DE COLONIZAÇÃO POLICLONAL POR BASTONETES associada à ventilação mecânica (PAVM) a topografia mais aco-
GRAM NEGATIVOS PRODUTORES DE ESBL EM UMA UTI NE- metida. A partir de maio de 2008 o AB emergiu como o agente
ONATAL DE CLÍNICA PARTICULAR NA CIDADE DO RIO DE JA- mais isolado em PAVM na UTI adulto de 10 leitos de um hospi-
NEIRO tal público de nível secundário da Região Metropolitana de São
Paulo. Objetivo: Descrever o controle do surto de PAVM por AB
Autor(es):DeniseCotrimdaCunha1,AlexandraSouzaLeite1,Julia- em hospital público de nível secundário da Região Metropolitana
na Silva de Freitas1, Nicéa Magali Matias1, Odália Uiback Barros1, de São Paulo. Métodos: Inicialmente foram tomadas medidas de
JofreCabral1,AnaPaulaD’AlincourtCarvalhoAssef2,MariseDutra instituição de precaução de contato para todos os pacientes infec-
Asensi2, Polyana Silva Pereira2 tados ou colonizados por AB, reforço da higienização ambiental
através do aumento da freqüência da limpeza concorrente (uma
Instituição(ões): limpeza por plantão, 3x/dia) e utilização de hipoclorito 1% além
1. CPL, Perinatal de água e sabão nas limpezas terminais, refeitos treinamentos de
2. LAPIH Fiocruz, Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar higienização das mãos com todos os colaboradores da unidade,
revisão do reprocessamento de todos os materiais de terapia ven-
Resumo: tilatória, revisão de todos os processos de assistência ventilatória.
Os objetivos do trabalho são descrever o surto de colonização por Em Março de 2009 foi realizada coorte não efetiva, sendo notifi-
bastonetes Gram negativos produtores de ESBL em recém nasci- cados cinco casos em Abril e três em Julho. Em Agosto de 2009
dos internados em uma UTI neonatal durante o período de julho foi realizada nova revisão do reprocessamento dos materiais de
de 2009 a maio de 2010, e identificar os genótipos das cepas iso- terapia ventilatória e em Setembro foram implantantados visitas
ladas no período. Em julho de 2009 foram detectados oito recém multidisciplinares diárias e o bundle de prevenção de pneumonia
nascidos com colonização retal por ESBL. Até o final de maio de associada a ventilação mecânica recomendado pelo Institute for
2010, foram detectados mais 27 casos de colonização, sendo que HealthcareImprovement,compostopelasmedidaspreventivasde
emdezembrode2009,nenhumcasonovoocorreu.Dezoitoamos- decúbito >45°, sistematização das profilaxias para trombose veno-
tras foram encaminhadas para confirmação fenotípica e tipagem sa profunda e úlcera por estresse, despertar diário e acrescentado
molecular no Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar da higiene oral com clorexidina tópica . Em Dezembro de 2009 foi fei-
FIOCRUZ. A identificação das amostras mostrou que três eram de ta nova coorte. Resultados: Foram notificados 26 casos de PAVM
Enterobacter sp., e 15 confirmaram ser produtoras de ESBL. Des- de Maio de 2008 até Janeiro de 2010. A partir de Maio de 2009
tas, duas (13%) eram Escherichia coli e 13 (87%) Klebsiella pneu- houve uma diminuição gradual do número de casos novos e em
moniae. Na tipagem molecular por PFGE foram detectados três di- Janeiro de 2010 foi notificado o último caso. Conclusão: As princi-
ferentes clones de Klebsiella pneumoniae e dois diferentes clones pais medidas para o controle do surto foram a coorte realizada em
de Escherichia coli. Diversas medidas foram adotadas na tentativa dezembrode2009,arevisãodoreprocessamentodetodososma-
de evitar que novos pacientes se tornassem colonizados, dentre teriais de terapia ventilatória, revisão dos processos de assistência
elas: suspensão do uso de cefalosporina de 3ª geração; coorte de ventilatória e implantaçãodo bundle de prevenção de PAVM.

228
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Palavras-chaves: Acinetobacter baumannii, pneumonia associada Introdução O uso racional de antimicrobianos previne o surgimen-
ventilação mecânica, surto, unidade de terapia intensiva to de cepas resistentes, entretanto são necessárias outras medi-
das para o controle da disseminação destes organismos. Objetivo
Descrever as medidas adotadas para o controle da disseminação
de enterobactérias produtoras de betalactamase de espectro es-
P271 tendido (ESBL) em uma Unidade Neonatal. Metodologia A Unida-
SURTO DE ACINETOBACTER SPP. MULTIRRESISTENTE EM UMA de Neonatal é constituída por três salas: UTI (4 leitos), Cuidados
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE HOSPITAL MUNICIPAL SE- Especiais (7 leitos) e Isolamento (2 leitos). Em 16 de junho de
CUNDARIO DO RIO DE JANEIRO 2007, foi isolado Klebsiella pneumoniae produtora de ESBL em
hemocultura de um recém-nascido (RN). A partir desta data até
Autor(es):EDUARDO A.R. CASTRO1, CLEONICE ROSA1, ROSEMARY março de 2010, várias medidas foram implantadas na unidade: 1.
CORREA1, ANA PAULA ASSEF2, VALERIA ALMEIDA1 Revisão das práticas de higienização das mãos e do manejo as-
séptico dos dispositivos venosos; 2. Orientação de desinfecção de
Instituição(ões): equipamentos e superfícies (balança, almotolias, frascos multido-
1. HMP, HOSPITAL MUNICIPAL DA PIEDADE se, termômetro, bancadas); 3. Identificação de colonização (RNs
2. FIOCRUZ, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ e funcionários); 4. Cultura de vigilância semanal dos RNs (a partir
de julho de 2008); 5. Tipagem molecular dos isolados de sangue e
Resumo: reto; 6. Coorte dos RNs com infecção e colonização, com aplicação
Introdução O Acinetobacter spp. multirresistente (MDR) têm sido de isolamento de contato; 7. Avaliação de indicador de estrutura
um microrganismo mundialmente isolado em hospitais, principal- (área física, recursos humanos). Resultados Em julho de 2007, fo-
mente em unidades de terapia intensiva (UTIs). Objetivo Descre- ram colhidas culturas de vigilância das mãos de 56 funcionários,
ver um surto por Acinetobacter spp MDR ocorrido entre maio e con isolamento de <1>K. pneumoniae ESBL+ na mão de um fun-
agosto de 2009 numa UTI de um hospital publico da cidade de cionário com onicomicose; este funcionário foi encaminhado para
rio de janeiro. Métodos Foi realizada uma analise retrospectiva tratamento e afastado das atividades da Unidade Neonatal. Em
dos dados de infecção /colonização por Acinetobacter spp. MDR 2007, a percentagem de inadequação na relação de técnico de en-
na UTI do hospital municipal da Piedade (hospital secundário com fermagem/RN apresentou uma mediana de 35% (variação de 0 a
110 leitos; 6 leitos de UTI). Resultados A partir de maio de 2009 93%); esta informação foi encaminhada à direção do hospital. No
umpacienteprovenientedosetordaproctologiaquefoiinternado período de junho de 2007 a junho de 2008, ocorreram cinco in-
naUTIportadordeAcinetobacterMDRdeuinicioaestesurto.Este fecções por isolados produtores de ESBL, e 50% dos contactantes
paciente não foi transferido desde outro hospital. No período de apresentaram cultura de vigilância positiva, com isolados com o
maioaagostode2009,foramobservadosmais8casosdeinfecção mesmoperfilgenéticodorespectivocaso-índice. Dejulhode2008
/ colonização por Acinetobacter MDR, nesta UTI. A comissão de a março de 2010, após a implantação de cultura de vigilância se-
controle de infecção hospitalar (CCIH) enfatizou as precauções de manal, foram identificadas uma infecção e sete colonizações (to-
contato, com ênfase na higienização de mãos, limpeza ambiental das em períodos distintos e com perfis eletroforéticos diferentes).
e restrição de novas internações na UTI. Destes pacientes conse- Não foi identficada colonizaçõ entre os contactantes, à exceção
guiu-se analisar 4 amostras de Acinetobacter spp. MDR usando-se de um RN. Em 2008, ocorreu uma pequena reforma e retirada do
metodologia de reação em cadeia da polimerase (PCR) e eletro- retorno ambulatorial que era realizado dentro da unidade. Con-
forese de campo pulsado (PFGE), sendo detectado o gene para clusões O controle da disseminação de germes ESBL+ dentro de
produção de carbapenemase OXA23 (3 de classe A e 1 de classe uma Unidade Neonatal foi resultado da aplicação de uma série de
B).ConclusãoAsmedidasadotadaspelaCCIHforamadequadasna medidas, particularmente, a cultura de vigilância semanal.
contenção do surto, sendo que posteriormente o Acinetobacter
spp. MDR, não se tornou endêmico nessa instituição como têm Palavras-chaves: multirresistência, surto, unidade neonatal, ente-
ocorrido em outras UTIs da Cidade de Rio de Janeiro. Este surto robactéria, biologia molecular
também demonstra que infecções por Acinetobacter spp. MDR
não estão restritas a UTIs de hospitais terciários.

Palavras-chaves: ACINETOBACTER MDR, SURTO, MICRORGANIS- P273


MOS MULTIRRESISTENTES, UTI SUCESSO NO CONTROLE DA TRANSMISSÃO DE ENTEROCOCCUS
SPP EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO.

Autor(es): Flavia Alves Ferreira Rossini Nascimento, Plinio Trabas-


P272 so, Renata Fagnani, Mirtes Leichsenring, Carlos Emilio Levy, Luis
CONTROLE DA DISSEMINAÇÃO DE GERMES MULTIRRESISTENTES Gustavo Cardoso, Maria Luiza Moretti
EM UMA UNIDADE NEONATAL
Instituição(ões):
Autor(es):Lourdes das Neves Miranda, Neide Palaia Zupo Giro, So- 1. UNICAMP, Universidade Estadual de Campinas
lange do Espírito Santo, Kátia Cristiane Crepaldi Yamaguti, Jaqueli-
ne Rodrigues Neves, Ilza Maria da Cruz Moraes Vivi Resumo:
INTRODUÇÃO: Enterococcus spp. resistentes à Vancomicina (ERV)
Instituição(ões): são um grande problema em muitos hospitais do Brasil e do mun-
1. HMMD, Hospital Municipal Profº Mário Degni do, principalmente devido à sua capacidade de colonizar e cau-
sar doenças em pacientes de alto risco, além da capacidade de
Resumo: contaminar o meio ambiente, com sobrevivência prolongada.

229
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
OBJETIVO: Descrever um surto de ERV em um hospital de ensi- serviço de saúde. RESULTADOS: Foram identificados três pacientes
no brasileiro e avaliar o impacto de medidas educativas, de en- com pneumonia associada à ventilação mecânica (Leito 2, 3 e 4),
genharia e mudanças em processos de trabalho no seu controle. no mesmo período, com identificação microbiológica e molecular
METODOLOGIA: Foi realizado um estudo prospectivo a partir de com Acinetobacter baumannii sensível à carbapenem, glicilciclina
fevereiro de 2008 a janeiro de 2009, através da revisão de pron- e polimixina. A média de idade era de 61 anos. O APACHE II foi
tuários médicos, em relação aos dados demográficos, doenças de de 24, com tempo de internação em média de 55 dias, com uso
base e comorbidades, fatores de risco, unidades e tempo de in- de ventilação mecânica em média 10 dias. A média de ocupação,
ternação. Outcomes primários foram colonização e infecção por dos leitos da UTI, era de 97,6%, com uma média de 2 pacientes/
VRE e morte. As diferenças entre as variáveis foram consideradas funcionário e com 3,1 procedimentos invasivos/dia. CONCLUSÃO:
significativas quando p < 0,05. RESULTADOS: Foram 150 pacientes Concluiu-se que as precauções de contato sem barreiras e a falta
com isolamento de VRE, 139 (93%) deles em swab retal e 11 (7%) de cumprimento da higienização das mãos são os principais facili-
com infecção nos seguintes sítios: sangue (n = 4), líquido ascítico tadores para a transmissão cruzada. Essa situação epidermiológi-
(n = 2), cateter venoso central (n = 2), e derrame pleural, urina e cas culminou com o fortalecimento das campanhas de educação
infecção de ferida operatória (n = 1), cada. Entre os pacientes, 94 continuada sobre a higienização do ambiente e das mãos.
(63%)eramdosexomasculinoeaidademedianafoide50anosde
idade. As principais unidades de internação foram Clínica médica, Palavras-chaves: Acinetobacter, Disseminação patógenos infeccio-
Onco-Hematologia, Trauma, Emergência e Clínica de Gastroente- sos, Precauções contato, Transmissão cruzada, Unidade de Terapia
rologia, correspondendo a 73% dos casos. Não houve diferenças Intensiva
entre os pacientes colonizados ou infectados de acordo com sexo,
idade, doença de base e comorbidades. Pacientes com infecção
foram observados com maior freqüência entre aqueles em venti-
laçãomecânica(p=0,013),comcatetervenosocentral(p=0,043), P275
cateter urinário (p = 0,049) ou drenos (p = 0,049). A morte foi mais SURTO DE MYCOBACTERIUM MASSILIENSE APÓS CIRURGIA VÍ-
freqüente entre os pacientes infectados (73%) do que nos coloni- DEO ASSISTIDA EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE CURITIBA
zados (17%) (p <0,001). Uma campanha informativa foi realizada, – PR
composta de palestras para profissionais de saúde e distribuição
de folhetos explicativos para pacientes e familiares. A limpeza do Autor(es): JEAN MARCEL LEMES, JULIANA APARECIDA COTRIM
ambiente foi reforçada, e dispensadores de álcool gel foram am-
plamente distribuídos em todas as áreas do hospital. Precauções Instituição(ões): 1. HCV-PR, HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA BRASI-
de isolamento de contato para todos pacientes com ERV e restri- LEIRA FILIAL DO PARANÁ
ção às visitas foram implementadas. O acompanhamento do surto
revela um decréscimo significativo no número de casos, com 25 Resumo:
novos casos em oito meses. CONCLUSÃO: Medidas educativas e INTRODUÇÃO: No ano de 2007, o Paraná foi acometido pelo surto
de reforço na limpeza do ambiente foram eficazes para deter a nacional de M. massiliense em vídeocirurgia. O Hospital da Cruz
disseminação ERV. Vermelha Brasileira – Filial do Paraná (HCV-PR), foi a primeira ins-
tituição a detectar e sinalizar o surto que atingiu o estado. OBJETI-
Palavras-chaves: Enterococcus resistente Vancomicina, surto, con- VO: Analisar as características dos pacientes acometidos e sua res-
trole de disseminação postaterapêuticadurante2anosapósasuspensãodotratamento.
MÉTODO: Busca ativa fonada de 1072 pacientes submetidos a ci-
rurgias vídeo assistidas no HCV-PR em 2007. Os casos suspeitos
foram encaminhados para biósia lesional. Nos casos confirmados,
P274 realizada antibioticoterapia com Claritromicina, Amicacina e Mi-
TRANSMISSÃO CRUZADA DE ACINETOBACTER BAUMANNII EM nociclina(CAM),eexéresecirúrgicadaslesões.Oscritériosdecura
TERAPIA INTENSIVA foram estabelecidos pela normalização laboratorial das provas de
atividade inflamatória, e pelos exames radiológicos (Ultra-sono-
Autor(es): MELISSE ORTIZ, VANESSA CARGNELUTTI, JANETE MA- grafia, Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética).
CHADO, DORIS LAZAROTO, JANINE RAUBER, MARCELO CARNEIRO, RESULTADOS: Confirmados 30 casos pelos critérios microbiológi-
ELIANE KRUMMENAUER cos e histopatológicos, totalizando prevalência anual de 0,027%.
15 (50%) eram do sexo feminino. Idade mediana de 43,8 anos
Instituição(ões): 1. HSC, APESC - HOSPITAL SANTA CRUZ (11 a 72 anos). As videocirurgias foram: Gastroplastia Redutora ,
18 (60%); Apendicectomia, 4 (13,33%); Colecistectomia, 3 (10%);
Resumo: Artroplastia, 3 (10%); Esofagoplastia, 1 (3,33%); Nefrostomia, 1
INTRODUÇÃO: As infecções por Acinetobacter baumannii em uni- (3,33%). O diagnóstico foi apenas histopatológico (granulomas)
dades de terapia intensiva são uma constante preocupação das em 16 pacientes (53,33%), e, também, microbiológico (pesquisa
Comissões de Controle de Infecção, sendo vigiadas para que as direta ou cultivo) em 14 (46,66%). Todos os pacientes foram sub-
ações de terapêutica e prevenção sejam estabelecidas minimi- metidos a apenas um procedimento de exérese cirúrgica das le-
zando riscos aos pacientes e prejuízos à instituição. OBJETIVO: sões, baseados nos achados radiológicos. O tratamento foi inicia-
Relatar a ocorrência de transmissão cruzada por Acinetobacter do com Terizidona ao invés da Amicacina em 7 pacientes (23,3%),
baumannii em unidade de terapia intensiva adulto, por falta de e substituído pela mesma conforme testes de sensibilidade; ex-
adesãoàsprecauçõesdecontatopreconizadas.MÉTODOS:Estudo ceção a paciente pediátrica que recebeu Linezolida. 29 (96,66%)
prospectivo e transversal baseados em resultados microbiológicos foram tratados com CAM. 21 (70%) receberam antibioticoterapia
(cultural e molecular) de pacientes internados, na unidade de te- por 9 meses (Gastroplastias, 2 Apendicectomias, e 1 Artroplastia),
rapia intensiva adulto e em investigação de infecção relacionada à e 7 (23,33%), por 6 meses. Houve interrupção do tratamento em 2

230
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
(6,66%);1por doença psiquiátrica, e 1por gestação (após 4 meses MEDIDAS MAIS EFETIVAS COMO HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, DE-
completos). 26 (86,66%) mantiveram acompanhamento no HCV- SINFECÇÃO CONCORRENTE E O USO CORRETO DOS EQUIPAMEN-
PR por 2 anos após a suspensão do tratamento sem que houvesse TOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
recidiva.CONCLUSÕES:GastroplastiaRedutorafoioprocedimento
vídeo assistido mais acometido por micobacteriose, possivelmen- Palavras-chaves: MICRORGANISMO, NEONATAL, PREVENÇÃO,
te devido à associação de co-morbidades. O tratamento instituído SURTO, TRANSMISSÃO
associado à exérese cirúrgica lesional demonstrou-se totalmente
eficaz no tratamento da infecção pós-cirúrgica por M. massiliense.

Palavras-chaves: Mycobacterium massiliense, Surto, Tratamento, P277


Videocirurgia MUDANÇAS ADQUIRIDAS A PARTIR DE SURTO DE PIROGENIA EM
UM SERVIÇO DE DIÁLISE DE MONTES CLAROS/MG

Autor(es): Cínthia Neves Fonseca1, Rita de Cássia Vieira Gomes1,


P276 Adriana Silva Lino1, Letícia de Melo Mota1, Cláudia de Alvarenga
RELATODEUMSURTOPORKLEBSIELLASPNAUNIDADEDETERA- Diniz Fonseca1, Darliane Daniela Prates Silva2, Luciana Andrade
PIA INTENSIVA NEONATAL Meira2, Catarina Ferreira Veloso de Abreu2, Robson Almeida MO-
RAIS2
Autor(es): KÁTIA REGINA GOMES DA SILVA SILVA
Instituição(ões):
Instituição(ões): 1. SCMC, HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS/MG
1. HE, HOSPITAL EVANGÉLICO DE LONDRINA 2. INNM, INSTITUTO DE NEFROLOGIA DO NORTE DE MINAS

Resumo: Resumo:
INTRODUÇÃO: OS RECÉM NASCIDOS ESTÃO MAIS EXPOSTOS AO INTRODUÇÃO: Os surtos de pirogenias exigem ações emergenciais
RISCO DE INFECÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. AS CO- e acarretam prejuízos aos pacientes e instituição. Entretanto, de-
LONIZAÇÕES/INFECÇÕES SÃO FREQUENTEMENTE ASSOCIADAS A sencadeiam investigação minuciosa da estrutura e processos, ca-
TRANSMISSÃO CRUZADA NO PERIODO NEONATAL. AS INFECÇÕES paz não somente de conter o surto, mas também de desenvolver
HOSPITALARES EM NEONATAL BASEIAM-SE EM ASPECTOS EPI- melhorias na instituição a partir do mesmo. OBJETIVO: Apontar o
DEMIOLÓGICOS, RELACIONADOS À ORIGEM DA AQUISIÇÃO DOS processo de detecção de surto de pirogenia em serviço de diáli-
MICRORGANISMOS, SE FORAM ADQUIRIDOS PRÉ-PARTO, PERI- se, investigações adotadas e medidas capazes de conter os casos.
PARTO OU PÓS-PARTO. SEGUNDO O MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS), METODOLOGIA: Foram detectados 12 e 9 pacientes com piroge-
INFECÇÃO HOSPITALAR É AQUELA ADQUIRIDA APÓS A ADMISSÃO nia nos meses de setembro e outubro de 2009, respectivamente,
DO PACIENTE E QUE SE MANIFESTE DURANTE A INTERNAÇÃO OU em serviço que apresentava média de 1 pirogenia por mês nos
APÓS A ALTA, QUANDO PUDER SER RELACIONADA COM A INTER- três meses anteriores. Esse índice motivou análise e discussões da
NAÇÃO OU PROCEDIMENTOS HOSPITALARES. OS RECÉM NAS- equipe multiprofissional da diálise e o serviço de controle de in-
CIDOS REPRESENTAM UMA POPULAÇÃO ESPECIAL DENTRO DO fecção hospitalar (SCIH) abordando: pacientes que apresentaram
AMBIENTE HOSPITALAR QUANDO INSERIDOS EM UM CONTEXTO pirogenia e respectiva data do evento, máquina de hemodiálise
NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. MUITOS SÃO OS FATORES envolvida, número de reuso das linhas e capilares na ocasião da
QUE PREDISPÕEM O RECÉM NASCIDO À COLONIZAÇÃO/INFEC- pirogenia, culturas da água e sangue dos pacientes envolvidos,
ÇÃO: BAIXO PESO, NECESSIDADE DE PROCEDIMENTO INVASIVO, além da relação de colaboradores e turnos de trabalho correspon-
IMATURIDADE DOS MECANISMOS DE DEFESA, ALTERAÇÃO DA MI- dentes às ocorrências. Nesta oportunidade, o SCIH realizou inspe-
CROBIOTA E MÃOS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE. O OBJETIVO ção no setor para reavaliação de sua estrutura e seus processos de
DESTE TRABALHO É RELATAR A EXPERIÊNCIA DE UM SURTO NA reprocessamento das linhas e capilares, manutenção preventiva
UNIDADE DE TERAPIA NEONATAL DE UM HOSPITAL DE GRANDE e desinfecção das máquinas de hemodiálise e das rotinas de con-
PORTE NO NORTE DO PARANÁ NO PERÍODO DE JUNHO A JULHO trole da qualidade da água utilizada. RESULTADOS: Evidenciado na
DE 2003. O PRESENTE TRABALHO POSSUI CARÁTER DESCRITIVO, análise realizada ausência de associação entre as máquinas, cola-
RETROSPECTIVO ONDE FORAM REALIZADAS CULTURAS ATRAVÉS boradores e culturas de água e sangue dos pacientes envolvidos
DE SWABS DE OROFARINGE DOS RECÉM NASCIDOS CONTATOS nos episódios, mas detectado número de reuso de capilares acima
COM O CASO ÍNDICE QUE APRESENTOU HEMOCULTURA POSITIVA do previsto. Após a inspeção do SCIH, enfatizou-se pela vigilância
PARA KLEBSIELLA SP. DOS DEZENOVE RECÉM NASCIDOS INVESTI- de processos necessidade de maior rigor na utilização dos equi-
GADOS POR SWAB DE OROFARINGE, 13 (68,42%) AMOSTRAS VIE- pamentos de proteção individual por parte dos colaboradores, no
RAMNEGATIVASE6(31,57%)FORAMPOSITIVASPARAKLEBSIELLA controle da temperatura no processamento da água, evitando seu
SP, AS AMOSTRAS FORAM ENCAMINHADAS PARA TRIAGEM MO- superaquecimento, e rotina de limpeza terminal do serviço. Em
LECULAR, REALIZADAS ATRAVÉS DA TÉCNICA DE PULSED-FIELD- avaliação estrutural, necessidade de otimização de recursos para
GEL. DUAS ENTRE AS SEIS AMOSTRAS DE KLEBSIELLA SP APRE- higienização das mãos no salão de hemodiálise e adequação no
SENTARAM O MESMO PADRÃO DE PFGE, DENOMINADA “B”. AS armazenamento de materiais do setor. Os itens apontados foram
OUTRAS QUATRO AMOSTRAS APRESENTARAM PADRÕES DE PFGE debatidos em reuniões com a equipe assistencial, coordenadores
DISTINTOS DENOMINADOS “A”, “C”, “D”, “E”. OS RESULTADOS IN- médicos, químico e enfermeiras do setor e formalizados por meio
DICARAM UMA DIVERSIDADE CLONAL ENTRE AS AMOSTRAS, NO de relatório, sendo o surto contido, com retorno do índice de piro-
ENTANTO, AQUELAS COM O MESMO PADRÃO DE PFGE (B) PER- genias para a média mensal esperada. Realizou-se ainda a padro-
TENCIAM A UM MESMO CLONE E PODEM TER ORIGINADO DE nização das rotinas no serviço com revisão de protocolos e plano
UMA FONTE COMUM DE CONTAMINAÇÃO. FORAM INSTITUÍDAS de contingência de pirogenias e iniciado também a realização de

231
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
vigilância epidemiológica das infecções relacionadas à assistência nicação freqüente com o SCIH e abertura de leitos individuais para
à saúde (IRAS) e eventos adversos do serviço de diálise por parte internação de pacientes isolados. Não foi identificado nenhum
do SCIH e não somente pela equipe do serviço como ocorria ante- novo caso no período de 60 dias, e; as taxas de IRAS normalizaram
riormente. CONCLUSÃO: O surto de pirogenia no serviço de diáli- nas referidas unidades. CONCLUSÃO: As medidas administrativas
se, apesar de danoso, contribuiu na consolidação e padronização efetivadas foram importantes e devem ser lembradas como fato-
de rotinas dentre os colaboradores e aprimoramento do sistema res de contenção e prevenção de surtos de MRSA.
de vigilância epidemiológica, revertendo-se em melhorias para o
serviço. Palavras-chaves: Isolamento, Surto, Vigilância epidemiológica

Palavras-chaves: Surto, Pirogenias, Serviço de Diálise, Vigilância


Epidemiológica
P279
CULTURA DE VIGILÂNCIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL: UM INSTRUMENTO PARA IDENTIFICAR PRECOCE-
P278 MENTE PACIENTES PORTADORES DE GERMES MULTIRRESISTEN-
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS ADOTADAS PARA CONTENÇÃO DE TES
SURTO DE MRSA NUM HOSPITAL DE GRANDE PORTE NO NORTE
DE MINAS GERAIS Autor(es): Thiago da Silva Mendes, Andréia Nunes de Barros Pa-
checo, Daniela Neves Gerace, Ana Lúcia Acquesta, Marcia Regina
Autor(es): Rita de Cássia Vieira Gomes, Adriana Silva Lino, Cínthia da Silva, Fabiana Silva Vasques, Lourdes das Neves Miranda, San-
Neves Fonseca, Letícia de Melo Mota, Cláudia de Alvarenga Diniz dra de Oliveira Guaré
Fonseca
Instituição(ões):1. HGP, Hospital Geral de Pirajussara
Instituição(ões):1.SCMC,HOSPITALSANTACASADEMONTESCLA-
ROS/ MG Resumo:
INTRODUÇÃO: Em janeiro de 2009 ocorreu na Unidade de Tera-
Resumo: pia Intensiva Neonatal (UTI neo)do Hospital Geral de Pirajussara
INTRODUÇÃO: Staphylococcus aureus Meticilino-Resistentes (HGP)um surto de infecções por bactérias ESBL. Desde então, se-
(MRSA) é um coco bacilo gram positivo altamente patogênico. manalmente, é realizada coleta de swab retal de vigilância na UTI
Apresenta alta prevalência de colonização em pacientes hospita- neo, na tentativa de isolar precocemente o recém-nascido (RN)
lizados. Desses, 30% a 60% desenvolvem infecção. A transmissão colonizados evitando transmissão cruzada de bactérias multir-
de MRSA nos estabelecimentos de saúde ocorre principalmente resistes (MR). OBJETIVO: Identificar precocemente bactérias MR
através das mãos, aerossóis e objetos contaminados envolvendo afim de aplicar rapidamente medidas de controle na prevenção
cuidadores e pacientes. Medidas de controle de surtos de MRSA de transmissão cruzada. METODO: A partir de fevereiro de 2009
são amplamente difundidas enfatizando reforço na adesão às amostras de swab retal foram colhidas uma vez por semana de
orientações de precaução de contato com o uso de equipamentos todososRNsinternadosnosetor.Deacordocomoresultadodesta
de proteção, isolamentos de coorte e swabs de vigilância. Entre- pesquisa os RNs ficavam em coortes de acordo com a precaução
tanto, a infraestrutura hospitalar e o processo de remanejamento recomendada. Os colonizados e seus contactantes ficavam em iso-
dos pacientes na instituição são ações administrativas que podem lamento de contato. Já aqueles que tinham pesquisa negativa, e
auxiliar na contenção de surtos. OBJETIVO: Descrever as principais não eramcontactantes,não eramisolados. Emmeadossetembro/
medidas administrativas empregadas para contenção do surto de outubro de 2009, com crescente demanda de internação na UTI
MRSA em unidades de internação específicas: enfermaria clínica neo, ficou definido pela cessação do isolamento de contactantes,
médica (57 leitos) e enfermaria cirúrgica (20 leitos) numa institui- em reunião multidisciplinar. A partir deste momento os RNs foram
ção de 329 leitos no Norte de Minas. MÉTODOS: Caracteriza-se classificados em colonizados e não colonizados, apenas os primei-
por trabalho descritivo e retrospectivo embasado na vigilância ros necessitando de isolamento. Esta decisão foi motivada não só
epidemiológica ativa, seguindo rotineiramente empregado pelo pelo grande número de crianças isoladas, mas também pelo baixo
serviço de controle de infecção da instituição. A detecção do sur- número de infecções por bactérias ESBL. No início de janeiro de
to foi confirmada comparando número de casos de infecção por 2010, foi observada uma infecções por bactérias ESBL em um RNs
MRSA em 2008, 9 infecções e; número de pacientes no período de apenas um dia de vida. Swab vaginal e anal da mãe da crianças
de janeiro a março de 2009 de 8 infectados por MRSA. RESULTA- mostraram colonização por bactéria ESBL com o mesmo genóti-
DOS: Medidas habituais para controle do surto foram instituídas po, o que nos sugeriu transmissão vertical. Observamos então que
tais como: treinamento e sensibilização da equipe assistencial em cerca de 30 porcento das amostras positivas no ano de 2009 eram
caráter emergencial, adequação de materiais para isolamento e de crianças com 6 dias ou menos de vida. Como as coletas eram
reforço na adesão à higienização das mãos. Entretanto, medidas realizadasapenasumavezporsemana,algumaspoderiamjáestar
administrativasforamdestaquenacontençãodessesurto:reunião colonizadas desde o primeiro dia de vida. Sendo assim iniciamos
com a diretoria e gerência assistencial da instituição com a pau- a coleta de swabs dos RNs nas primeiras 24 horas de vida, na ten-
ta de apresentação dos gráficos referentes a detecção do surto e tativa de isolar o colonizado de forma mais precoce. Mantivemos
apresentação dos pontos administrativos como: remanejamento ainda a coleta semanal apenas nos RNs com uso de antibioticote-
de leitos inadequado, dificuldade de comunicação entre gerência rapia (ATB)por sete dias ou mais, devido ao risco para colonização
de leitos e SCIH para alocação dos pacientes em isolamento na por bactérias multirresistentes. RESULTADO: Observamos queda
instituição e número de leitos destinados a isolamento restritos (1 de janeiro a março, na densidade global das infecções na unida-
isolamento para 82 leitos). Diante do surto de MRSA foi instituído: de, com 66,4, 23, 19,6 por mil paciente dia, respectivamente. Em
colaborador específico para remanejamento de leitos com comu- fevereiro de 2010 foram colhidas 49 culturas de vigilância, sem

232
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
positividade. No mês de março e abril, foram colhidos 55 swabs Intensiva
de vigilância, deste 10 foram positivos (18%), todos com 7 dias ou
mais de ATB. CONCLUSÃO: Coortes de isolamento mais simples
e objetivas pareceram ser suficientes para controle de surto por
ESBL em nossa unidade. A transmissão vertical, apesar de não ter P281
sido evidenciada na sequência de nossa vigilância, deve ser levada PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE INFECÇÃO POR
em consideração e investigada quando possíve. MICOBACTÉRIAS NÃO TUBERCULOSA NOTIFICADOS NO DISTRI-
TO FEDERAL NO SURTO OCORRIDO NO PERÍODO DE 2006 A 2008
Palavras-chaves: cultura de vigilância, multirresistência, entero-
bactérias, unidade neonatal Autor(es): ARIANY ARAUJO QUEIROZ GONÇALVES, EULINA MARIA
DO NASCIMENTO MENEZES RAMOS, MANUELA EMILIANA AMO-
RELLI CHACEL, JOSÉ DAVID URBAEZ-BRITO

P280 Instituição(ões): 1. GEPEAS/SES/DF, GERÊN INVES E PREV INFEC


SURTO DE ACINETOBACTER BAUMANII EM UNIDADE DE TERA- SERV SAÚ SES DF
PIA INTENSIVA (UTI): ESTUDAR A CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL
COMO ESTRATÉGIAS DE CONTROLE. Resumo:
GEPEAS/SES-DF INTRODUÇÃO: As micobactérias não tuberculo-
Autor(es): Lorena Vieira Lameri Siqueira, Francelly Bada Zanetti Ri- sas (MNT)são microrganismos ubíquos na natureza presentes no
beiro,Michelle HeinzeBayerl,Tânia QueirozReuter,Luciana Neves ambiente incluindo solo,água e aerossóis.Estes germes podem ser
Passos inoculados durante execução de procedimentos que envolvam o
uso de materiais contaminados, como agulhas ou cânulas.As MNT
Instituição(ões):1. CIAS, Centro Integrado de Antenção á Saúde teem grande capacidadde de aderência aos biofilmes e sua resis-
tênciaamétodosdeesterilizaçãoquímica.Assimsendo,existeuma
Resumo: estreita relação entre más práticas de limpeza e processos de es-
INTRODUÇÃO: Acinetobacter baumanii é causa de surtos de infec- terilização química de instrumentais e equipamentos endoscópi-
ções com alta morbidade e letalidade em UTIs. Por ser facilmente cos e o surgimento de surtos de infecções por MNT.A suspeição
disseminado, colonizando pacientes e superfícies secas por sema- clínica é feita quando há sinais de infecção local que não melho-
nas a meses o controle destes surtos é laborioso, sendo crucial ram com a antibioticoterapia convencional.Os achados clínicos
a identificação e erradicação de uma fonte comum. OBJETIVOS: variam de hiperemia e hipertermia local até formação de nódulos
Investigar fontes de contaminação ambiental em UTI clínico-cirur- e fistulizações. São infecções de difícil tratamento clínico, comu-
gica não endêmica de 16 leitos em hospital privado terciário como mente há necessidade de desbridamentos cirúrgicos extensos,
estratégia de controle de surto de A. baumanii. MÉTODOS: Na UTI por vezes deformantes. OBJETIVO:Conhecer o perfil clínico dos
estudada o A. baumanii é raramente causador de infecção/coloni- casos notificados no Distrito Federal de janeiro de 2006 a dezem-
zação, com uma média de 0,8 casos por mês. De dezembro/2009 bro de 2008.MÉTODOS:Foi feito revisão de todas as notificações
a fevereiro/2010 esta média foi de 8,0 casos. Foram realizadas de casos suspeitos de infecção por MNT no período mencionado.
culturas de vigilância de pias, estetoscópios e dispensador de ál- RESULTADOS:Foram identificados 20 casos: 2 (10%)casos com exa-
cool e sabão, além de equipamentos de fisioterapia e teclados de me direto positivo,1(5%) com exame anátomo-patológico positi-
computadores. Presença de contaminação aérea foi investigada vo,6 (30%)casos com apenas cultura positiva e 11(55%) casos com
através da exposição aérea de placa de Petri contendo ágar dual clínica compatível e vínculo epidemiológico.A queixa mais comum
sangue/teague durante 8 horas nos boxes. Todos os pacientes do foi hiperemia 18(90%) e 9 (45%) casos apresentaram fistulização.
setor foram investigados semanalmente com swabs de vigilância e Do total de 20 casos identificados, 3 (15%) do sexo masculino e
culturas de espécimes clínicos foram monitorizadas no período de 17(85%) sexo feminino,10(50%) dos casos foram relacionados a
janeiro/2008 á junho/2010. RESULTADOS: Focos de contaminação procedimentos estéticos.Quanto aos tipos de procediemntos 8
ambiental: pia e dispensador de álcool e sabão. 33,3% das placas (40%)aconteceram no ambiente extra hospitalar (clínica clandes-
deculturaexpostasaoarambienteforampositivas,confirmandoa tina de estética) com técnica de esterilização desconhecida e os
contaminaçãoaérea.Estratégiasdirecionadasáreduçãodecoloni- 12 restantes em ambiente hospitalar. Destes 12(60%)casos o glu-
zação de pacientes e erradicação ambiental foram instituídas: ba- taraldeído foi utilizado para esterilização em 4(20%) casos, a com-
nho diário com clorexidine 2%, portas dos boxes de colonizados/ binação de autoclavagem, imersão em ácido peracético e óxido
infectados fechadas, limpeza concorrente com hipoclorito três ve- de etileno foi utilizada em 5 (25%)casos, em 2(10%) o processo
zes ao dia e duas desinfecções terminais com hipoclorito 1% com de esterilização não estava disponível na ficha de notificaçãos e
intervalo de 24h após alta/óbito, mantendo leito bloqueado. En- em1(5%)casohouveinjeçãodecontrasteradioativocommaterial
fermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) im- descartável. CONCLUSÃO: As infecções de partes moles por MNT
plantou capacitação associada á vigilância de processos e adesão evoluemdeformacrônicaepodemestarrelacionadasàsuainocu-
ásprecauções,alémdeeducaçãocontinuadacomacompanhante/ lação direta, frequentemente associadas a limpeza e esterilização
visitantes. O surto foi controlado após três meses desta medidas inadequada de materiais.
instituídas. CONCLUSÃO: Estratégias direcionadas á erradicação
ambiental são eficazes no controle de surto por A. baumanii em Palavras-chaves: MICOBACTÉRIA NÃO TUBERCULOSA, SURTO,
unidade não endêmica. A contaminação aérea por provavél sus- PROCEDIMENTO CIRÚRGICO, PROCEDIMENTO ESTÉTICO, PARTES
pensão de partículas dever ser consideradas adotando assim me- MOLES
didas para redução de disseminação por esta via.

Palavras-chaves: Acinetobacter Baumanii, Surto, Unidade Terapia

233
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P282 Paludo1, Bruna Elisa Koch1, Caroline Bozzetto Ambrosi1
SURTO DE PICHIA ANOMALA EM UTI NEONATAL DE HOSPITAL
PRIVADO Instituição(ões):
1. UNISC, Universidade de Santa Cruz do Sul
Autor(es): SIMONE FREITAS COELHO TOSI1,3, CRISTIANA COSTA 2. HSC, Hospital Santa Cruz
GOMES1,3, LORENA GABURRO ORLETTI1, ANELISA DE OLIVEIRA
MORAIS1,3, NAZARETH M. KLEIN1, MARICELI ARAGÃO RIBEIRO2, Resumo:
LUCIANA NEVES PASSOS3, DANIELA SPERANDIO FEITOSA1,3, PRIS- INTRODUÇÃO: A meningococcemia é uma infecção bacteriana
CILA LIMA1,3 aguda, potencialmente fatal, que habitualmente leva à inflamação
Instituição(ões): dos vasos sanguíneos (vasculite). É causada pela Neisseria menin-
1. VAH, Vitória Apart Hospital gitidis, diplococo gram-negativo aeróbio que comumente coloniza
2. UFES, Universidade Federal do Espírito Santo o trato respiratório humano. A capacidade da N. meningitidis de
3. NUPEH, Núcleo de Pesquisa em Epidemiologia Hospitalar causar o óbito, em poucas horas, de um indivíduo previamente
saudável, é motivo de rapidez no diagnóstico e intervenção rápida
Resumo: nos pacientes que desenvolvem a doença. Os meningococos são
Introdução: Raros são os relatos de fugemia por Pichia anomala. classificados em 13 sorogrupos. Por volta do ano 2000, foi regis-
em literatura. Estudos evidenciam associação com fatores de risco trado o primeiro surto relacionado ao sorogrupo W-135, iniciado
relacionados à prematuridade, imunossupressão, procedimentos na Arábia Saudita e propagado para o norte da África. No Brasil,
invasivos, permanência hospitalar e fragilidade nas práticas de este subtipo é pouco notificado como causa de doença menin-
controle de infecção como não adesão dos profissionais de saúde gocócica. OBJETIVO: Relatar um caso de óbito por meningococ-
a higienização das mãos e manejo inadequado de nutrição paren- cemia fulminante causada por Neisseria Meningitidis do sorotipo
teral total (NPT). Objetivo: Relatar um surto de Pichia anomala. W-135. RELATO DO CASO: Paciente adulto jovem, do sexo femini-
ocorrido no período de janeiro de 2006 a março de 2007 em uma no, procurou o Pronto Atendimento (PA) do Hospital Santa Cruz/
unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) em hospital priva- RSrelatandocefaléia,náuseaseepigastralgia.Apresentava-senor-
do de alta complexidade. Método: Estudo transversal, descritivo, motensa, taquicárdica e febril. Realizou-se otoscopia e oroscopia,
analítico de abordagem quantitativa, baseado em investigação porém não foram observadas alterações. Não havia evidências
epidemiológica através de busca passiva em prontuários médicos. de irritação meníngea ao exame físico. Foi solicitado hemograma
A identificação da espécie do fungo foi obtida em laboratório de completoparaavaliarprocessoinfeccioso.Pacientefoimedicadae
micologia de referencia no Estado. Resultado:Durante o período liberadacomorientaçõespararetorno,afimdeseavaliaroexame
estudado foram registrados 08 casos de fungemia por Pichia ano- ou casohouvessepiora doquadro. A pacianteretornou aoPApara
mala. . A mediana de idade foi de 11,5 dias (DP ± 4,6), mesmo avaliação do hemograma, sem piora das queixas, com febre em
valoratribuídoàmedianadetempodeinternação,oqualcoincide regressão. Foi liberada com orientação de continuar com a medi-
com os dias de vida dos recém-nascidos (RN’s). Os fatores de risco cação prescrita previamente e retornar, caso apresentasse piora
mais prevalentes foram prematuridade, com mediana de peso de doquadro.Poucashorasdepois,pacienteretornouaoPAcompio-
1375,6g (DP ± 452), e procedimentos invasivos vascular e respira- ra da cefaléia, náuseas e dor abdominal; não apresentava febre.
tório.87,5%doscasosusaramNPT.Apósimplementaçãodecoorte Foi medicada e permaneceu em observação. O quadro evoluiu
e reforço nas medidas de controle de infecção o surto foi contido rapidamente para sepse. Paciente apresentava-se hipotensa, ta-
e não houve evidencia de casos novos. Conclusão: A não adesão quicardica e hipotérmica, com cianose central e extremidades mal
rotineira dos profissionais de saúde a higienização das mãos, bem perfundidas. Foram solicitados exames para avaliação de proces-
como o estabelecimento de práticas seguras no preparo e mani- so infeccioso, função renal, hepática e distúbio ácido-base, bem
pulação de NPT contribui significativamente para a ocorrência de como hemocultura e teste de sensibilidade in vitro. Verificou-se
surtos de sepse por Pichia anomala. No entanto, outros fatores de predomínio de neutrófilos e trombocitopenia. Apresentava acido-
risco como imunossupressão, uso de procedimentos invasivos e se metabólica descompensada e perda de função renal. Iniciou-se
uso de NPT podem estar implicados. Adesão às normas de contro- antibioticoterapia de largo expectro com piperacilina/tazobactam.
le de infecção, coorte dos pacientes infectados e capacitação em Paciente foi transferida para Unidade de Terapia Intensiva (UTI),
relação aos cuidados na manipulação com soluções parenterais, em ventilação mecânica, com reposição volêmica agressiva e em
associados a ações educativas visando a sensibilização dos profis- isolamento respiratório. Obteve-se resultado da cultura identifi-
sionais de saúde quanto à importância da higienização das mãos cando-se o meningococo do sorogrupo W-135. Antibioticoterapia
antes e após todos os processos relacionados à assistência são es- foi mantida. Paciente evoluiu para óbito por coagulopatia e cho-
tratégias eficazes no controle e prevenção desta infecção. que séptico poucas horas após admissão em UTI.

Palavras-chaves: Fungemia, Infecção Hospitalar, Pichia Anomala, Palavras-chaves: Meningococcemia, Neisseria meningitidis, Diplo-
Surto coco gram negativo, Meningococo, Infecção bacteriana aguda

P283 P284
RELATO DE CASO DE ÓBITO POR MENINGOCOCCEMIA FULMI- INVESTIGAÇÃO E CONTROLE DE UM SURTO DE ACINETOBACTER
NANTE CAUSADA POR NEISSERIA MENINGITIDIS DO SOROGRU- SP EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE ADULTOS
PO W-135
Autor(es): NAJARA MARIA PROCOPIO ANDRADE, EVELIN AMARAL
Autor(es): Marcelo Carneiro1,2, Marcelo Correa Vione2, Eduardo RAMOS, ADRIANA PIRES DOS SANTOS, ALINE FERREIRA DE MELO,
LINCOLN OLIVEIRA SANTANA, LIZZIE ERTHAL DE BURGO, JOSE AL-

234
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
BANI CARVALHO, FABIANA SIROMA Resumo:

Instituição(ões): Introdução: Acinetobacter baumannii é um patógeno relacionado


1. HGIS, HOSPITAL GERAL DE ITAPECERICA DA SERRA a surtos de infecção em ambiente hospitalar, principalmente em
unidades de terapia intensiva (UTIs). Infecções por A baumannii
Resumo: são de difícil tratamento, em razão do seu padrão de resistência
Introdução: Acinetobacter sp tem sido frequentemente associa- intrínseca e adquirida e representam um grande desafio para os
dos surtos de difícil controle. Objetivo: Descrever a investigação pacientes críticos. Objetivos: Fazer uma análise crítica sobre dois
e estratégias de controle de um surto de Acinetobacter sp na uni- surtos de Acinetobacter spp. na UTI. Métodos: Estudo descriti-
dade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Geral de Itapecerica da vo de surto na UTI do Hospital Giselda Trigueiro, referência para
Serra (HGIS) ocorrido em agosto e setembro de 2009. Metodolo- doenças infecciosas do estado do RN. Coleta de dados através de
gia: Foi realizado um estudo retrospectivo comparando pacientes busca ativa em vigilância de infecção relacionada à assistência e
colonizados ou infectados por Acinetobacter sp e pacientes inter- análise dos casos com isolamento de Acinetobacter spp. no pe-
nados no mesmo período sem colonização ou infecção por Acine- ríodo de janeiro de 2009 a abril de 2010. Resultados:Dois surtos
tobacter sp. Foram revisados os prontuários médicos e os casos e de Acinetobacer spp. foram registrados no período, com densi-
controles foram avaliados quanto às características demográficas, dade de incidência de 15,26 e 24,5/1000pac.dia em abril/maio
comorbidades, cirurgia prévia, uso de dispositivos invasivos, uso 2009 e abril 2010 respectivamente. Dos 17 pacientes acometidos,
prévio de antimicrobianos e evolução ou não para óbito. Os da- 11(64,7%)foramaóbito;tinhamemmédia56,3anos;sexomascu-
dos foram analisados pelo Epidata versão 3.1. Resultados: Nototal lino (53,85%); quatro pacientes com AIDS; permanência na UTI de
foram revisados 62 prontuários. Destes 16 foram categorizados 19,5 dias antes do isolamento da bactéria; infecção pulmonar, se-
comocasos(11infectadose5colonizados)e46controles.Entreos guido de infecções do sistema nervoso central foram os principais
casos de infecção, seis foram pneumonia, duas ventriculites e ou- diagnósticos admissionais. Bacteremia primária foi a principal in-
tros três casos foram associados a foco urinário, infecção do sítio fecção adquirida na unidade, seguida por pneumonia associada a
cirúrgico e infecção de sítio de cateter, respectivamente. Do total ventilação mecânica. O Acinetobacter spp. tornou-se endêmico. A
de pacientes avaliados, 41,9% eram mulheres, e a média de idade unidade apresenta taxas de utilização de procedimentos invasivos
erade54anos(variaçãode20a82anos).Nãohouvediferençaes- superiores a 70% para cateter central, sonda vesical e ventilação
tatisticamentesignificanteentrecasosecontrolesnoqueserefere mecânica. Medidas de controle adotadas por ocasião do primei-
ao gênero, idade e presença de comorbidades. O diagnóstico de ro surto foram impactantes sobre os indicadores de infecção da
infecção ou colonização por Acinetobacter sp foi estatisticamente UTI.Conclusão:Acinetobacterspp.éendêmicoemnossaUTI,está
associadoa:cirurgiaprévia(p=0,006),usodederivaçãoventricular associado a alta mortalidade o que exige da equipe assistencial
externa (DVE) (p=0,02), presença de traquestomia (p=0,02), uso vigilância permanente e rigor na adoção de precauções padrão e
de sonda naso-enteral (SNE) (p=0,044). Não houve diferença en- de contato.
tre casos e controles no que se refere à evolução para óbito. Para
controle do surto foi realizado treinamento das equipes quanto à Palavras-chaves: Acinetobacter, Infecção Hospitalar, Unidade de
higiene de mãos e medidas de precaução padrão e isolamento na Terapia Intensiva
UTI e centro cirúrgico, realizada coorte dos casos, instituída limpe-
za concorrente e terminal do ambiente com cloro e limpeza con-
corrente de equipamentos e mobiliários com álcool a 70% a cada
8 horas, com sucesso. Conclusão: A presença de SNE e a história P286
decirurgiaprévia,incluindotraqueostomiaeDVEforamfatoresde SURTO DE INFECÇÃO POR VIRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO
riscoassociadosacolonizaçãoouinfecçãoporAcinetobacterspno EM UMA UNIDADE NEONATAL BRASILEIRA
presente estudo. Falha nas rotinas de precaução de isolamento no
centro cirúrgico foi relacionada à trasmissão cruzada e as medidas Autor(es): Roseli Calil1, Monica Aparecida Pessoto1, Izilda R. M.
instituídas foram eficazes em controlar o surto. Rosa2,1, Oswaldo da Rocha Grassiotto2,1, Angela Maria Bacha2,1, Si-
bele Nunes Yonezawa Aranha Netto1, Janice F.F.S. Veiga1
Palavras-chaves: CONTROLE DE SURTO, ACINETOBACTER SP, FATO-
RES DE RISCO Instituição(ões):
1. CAISM/UNICAMP, Hospital da Mulher CAISM/Universidade de
Campinas
2. FCM/UNICAMP, Faculdade de Ciências Médicas-Universidade
P285 de Campinas
SURTODEINFECÇÃOPORAcinetobacterspp.EMUTIDEUMHOS-
PITAL DE REFERÊNCIA PARA DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS Resumo:
Introdução: Virus Sincicial Respiratório (VSR) é a mais importante
Autor(es): Mirella Alves da Cunha1, Marcela Santos Souza1, An- causa de infecção respiratória em crianças. Esta infecção pode ser
dréia Ferreira Nery1, Iara Marques de Medeiros1, Ana Célia Car- danosa em prematuros, crianças portadoras de doença cardíaca
valho2, Belinda Pessoa Ferro2, Márcia Maria Cruz2, Dagoberto ou pulmonar e imunossuprimidos. Pacientes, visitantes ou pro-
Mariz2, Marise Reis de Freitas1 fissionais da saúde infectados na comunidade podem ser a fonte
de transmissão nosocomial. Surtos de VSR em Unidade de terapia
Instituição(ões): intensiva neonatal (UTIN) são pouco relatados ou subdiagnostica-
1. UFRN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte dos. Objetivo: relatar surto de infecção por VSR em uma unidade
2. HGT, Hospital Giselda Trigueiro deinternaçãoneonatal(UTINeSemi-intensiva)eavaliaroimpacto
das medidas de controle adotadas. Métodos: Unidade Neonatal

235
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
em um hospital universitário, referência terciária para atendimen- mos de resistência a antimicrobianos, que ora se somam, ora se
to de recém-nascidos. Um estudo retrospectivo foi realizado após potencializam. A vigilância ativa da presença de BGN multirresis-
o surto de VSR. Foram definidos como caso RN sintomáticos respi- tentes é fundamental para que estratégias de contenção possam
ratórios com pesquisa de antígeno positiva para VSR em aspirado ser adotadas. Objetivos: Descrever a detecção de um surto de Aci-
de nasofaringe detectada por enzyme immunoassay (Directigen®; netobacter baumanii resistente a carbapenêmicos (ABRC) em um
Becton Dickinson). Considerados portadores para VSR, RN assinto- hospital de ensino, ações desencadeadas para contenção e seus
máticos com pesquisa de antigeno positiva. As medidas de contro- desfechos. Métodos: Análise do banco de dados de registro de pa-
le incluíram pesquisa para VSR em RN com sintomas respiratórios tógenos multirresistentes do SCIH, contendo culturas atribuídas a
agudos e pesquisa de VSR em RN assintomáticos considerados colonização ou infecção, entre janeiro de 2009 e maio de 2010.
contato; coorte de RN infectados e de portadores assintomáticos; Foi considerada apenas a primeira detecção de cada patógeno por
reuniões com a equipe ressaltando as medidas para evitar trans- paciente.Aanálisefoifeitacombasenonúmerototaldecasospor
missão cruzada (higienização das mãos, precauções de contato e semana epidemiológica, assim como as características da dissemi-
padrão, desinfecção de superfícies); administração de Palivizuma- nação pelos diversos setores. Foram analisados conjuntamente
beparaRNderiscoecontatosdeacordocomasorientaçõesdaSe- os documentos do SCIH que documentam as ações de contenção
cretaria de Saúde-SP. Limitação das visitas, liberada somente para desencadeadas. Resultados: De janeiro a agosto de 2009, não ha-
pais após descartar sintomas respiratórios. Durante este surto, di- via descrição de cepa de ABCR. Em setembro, no entanto, uma
ferente do surto em 2009, não houve fechamento de internação, cepa foi detectada em uma amostra de secreção traqueal na UTI
limitada somente pela taxa de ocupação. Resultados: Entre 4 e 16 de Adultos. Foram iniciadas medidas emergenciais de precauções
de abril foram identificados 8 casos de infecção por VSR. Entre 21 e isolamentos, desinfecção de superfícies e treinamentos para
RNassintomáticos,foramidentificados9RNcompesquisapositiva equipe de enfermagem e fisioterapia. A equipe médica foi a que
para VSR e entre 10 sintomáticos, 8 positivos para VSR. Os RN com mais apresentou resistência ao estímulo às práticas de contenção.
pesquisa positiva para VSR tinham peso entre 840g a 3630g; entre Em outubro de 2009, 9 novos casos foram detectados na UTI de
os sintomáticos; 3 casos <1000g, 1 de 1001 - 1500g, 2 de 1501- Adultos e outras 2 unidades, e levaram à adoção de medidas mais
2500g e 2 >2500g. Houve 1 óbito não relacionado em RN com VSR drásticas, incluindo culturas de vigilância em pacientes com dispo-
positivo. Entre 23 RNs expostos e que utilizaram Palivizumabe, sitivos invasivos e precauções de contato preemptivas enquanto
8,7% (2/23) evoluíram com sintomas leves e positivação da pes- as culturas de vigilância estivessem em andamento. Em novembro
quisa para VSR, 30,4% (7/23) tiveram triagem positiva para VSR e de 2009 foram detectados mais 12 novos casos na UTI de Adultos
permaneceram assintomáticos, 60,91 (14/23) não desenvolveram e em mais 4 unidades de internação. Foram então reforçadas as
sinais de infecção ou triagem positiva. O tempo de negativação medidas de desinfecção de superfícies e treinamento da equipe,
variou de 4 a 30 dias entre 15 RNs. Dois RN assintomáticos, após com a presença diária de um infectologista e um enfermeiro do
altahospitalarmantinhampesquisapositivacom22e24diasapós SCIH, com diminuição dos casos nos meses subsequentes. Conclu-
diagnóstico. A mediana para negativação do virus foi de 7 dias e o são: Surtos causados por microorganismos multirresistentes são
tempo médio de 11 dias. Conclusão: As medidas de controle ado- um grande desafio ao Serviço de Controle de Infecção Hospitalar e
tadas foram efetivas na resolução do surto. Palivizumabe pode ter representamenormeriscoàinstituição.Ocontroledesteseventos
contribuído para reduzir a gravidade e prevenir VSR doença. exige o emprego de todos os recursos disponíveis, assim como o
comprometimentodosprofissionaisdossetoresacometidos.Oes-
Palavras-chaves: Infecção, Palivizumabe, Recem-nascido, Surto, forçodecontençãonão foi suficienteparaerradicaroABRCdains-
Virus Sincicial Respiratório tituição, mas permitiu o manejo para uma incidência controlável.

Palavras-chaves: SURTO, ACINETOBACTER BAUMANII, CARBAPE-


NEMICOS
P287
SURTO DE ACINETOBACTER BAUMANII RESISTENTE A CARBAPE-
NÊMICOS EM UM HOSPITAL DE ENSINO DE ASSISTÊNCIA TERCIÁ-
RIA EM CAMPINAS - SP
P288
PERCEPÇÃODOENFERMEIROSOBREOSFATORESDERISCOPARA
A INFECÇÃO HOSPITALAR EM NEONATOS EM TERAPIA INTENSI-
Autor(es):LUISFERNANDOWAIB,IRENEDAROCHAHABER,MARIA VA.
FERNANDA FESTA MORARI SCUDELER, MARIA FERNANDA SCH-
NEIDER, MICHELI APARECIDA BARRETO, CARLA SIMOM MENDES,
Autor(es): Betânia Lins dos Santos6,1, Fabiana de Paula Raeli2,
DULCE APARECIDA SILVA CAVALCANTE, ELAINE CRISTINA DE FARIA
Mariana Arraes Alencar Sampaio4,5, Rafaela Cabral Nunes3
Instituição(ões):
Instituição(ões):
1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO
1. HC, Hospital das Clínicas de Pernambuco
PIERRO - PUC CAMPINAS
2. IMIP, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira
3. DS II, Distrito Sanitário II
Resumo: 4. APEVISA, Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária
Introdução: Dados da literatura médica mundial apontam o Sta- 5. EDUCSAÚDE, EducSaúde - Consultoria, Capacitação e Eventos
phylococcus aureus como um grande responsável por infecções em Saúde
hospitalares (IH) em países desenvolvidos. Entretanto, em vários 6. Saúde Olinda, Secretaria de Saúde de Olinda
hospitais brasileiros os dados apontam os bacilos Gram-negativos
(BGN) como principais agentes em IH, e também que representam
Resumo:
os maiores desafios terapêuticos devido aos múltiplos mecanis-
Infecções hospitalares (IHs) têm se tornado foco de atenção no

236
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
mundo, constituindo um problema de saúde. Apesar de sua inci- estudo transversal, tipo “survey” realizado com 85 alunos de en-
dência ser evidenciada em todos os diferentes grupos de pacien- fermagem do sétimo período no ano de 2009. Baseado em guias
tes, é em recém-nascidos (RNs) que se verificam maiores índices internacionais elaborou-se, e validou-se um questionário com 14
de mortalidade por infecções, principalmente quando se trata de questões pertinentes as práticas de enfermagem na prevenção
neonatos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). As IHs no pe- de pneumonia associada à ventilação mecânica. Considerou-se
ríodo neonatal estão associadas à presença de fatores de risco, conhecimento adequado acerto no item e no conjunto de ques-
sejamestes,maternos,intrínsecosaoRNouextrínsecos,conhecê- tões a partir de 80%. Resultados: 92% dos sujeitos eram do sexo
losauxilia nocontroleeprevençãodasIHs.Oenfermeiroéumdos feminino, a média de idade foi de 22,7 anos. Dos 14 itens do ques-
profissionais que ficam maior tempo e contato com o paciente, tionário, houve conhecimento adequado em apenas 05 (35,7%).
como a percepção é pessoal e intransferível, julgou-se importan- As fontes de informações citadas pelos estudantes para atualiza-
te verificar a percepção do enfermeiro de um hospital pediátri- ção foram: participação em eventos científicos (97,6%), pesquisa
co de ensino da cidade do Recife, sobre os fatores de risco para na internet (84,7%), livros (73%) e leituras de artigos científicos
aquisição de IHs em neonatologia em UTI. Através de um estudo (22,3%). Conclusões: de acordo com o escore adotado, o nível de
exploratório-descritivo, foi aplicado um questionário semi-estru- conhecimento dos estudantes em relação a prevenção de pneu-
turado entre 24 enfermeiros das UTIs com atendimento neonatal monia associada à ventilação mecânica foi insuficiente, apesar de
do IMIP no período de Janeiro a Março de 2010, tendo sido es- teremcursadodisciplinaqueabordamotemaecitaremconsultaa
tes dados processados com auxílio do programa Epi-Info 3.5.1 e a fontes de informações sobre o tema. Necessário se faz avaliar se e
análise subsidiada por revisão da literatura. O estudo respeitou os como o tema tem sido abordado durante as disciplinas específicas
códigos de ética em pesquisa e profissional de enfermagem, não de graduação
oferecendo um risco aos participantes. Verificou-se que todos os
pesquisados são do sexo feminino com faixa etária predominante Palavras-chaves: Conhecimento, Controle de Infecção, Enferma-
foi entre 20 e 30 anos e o tempo de atuação na UTI de 0 a 8 anos. gem, Pneumonia associada ventilação mecanica
Analisando o questionário. Para a prevenção da infecção hospita-
lar, a enfermagem leva em consideração todos os fatores variando
entre fatores maternos como o maior índice (33,3%) e fatores in-
trínsecos ao RN com o menor índice (12,5%). Com isso 33,3% das P290
entrevistadasconcordaramqueocatetervenosocentraléodispo- AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE INFECÇÃO RELACIONA-
sitivo, entre os descritos, com maiores índices associado à IH em DA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DE
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, a enfermagem considerou UMA UNIDADE DE CUIDADOS INTERMEDIÁRIOS
também a coleta de exames como fator eu predispõe o recém-
nascido à IH. Foi unânime a importância dada à lavagem das mãos Autor(es): Andressa Batista Zequini, Luana Laís Femina, Luciana
como principal forma de prevenção da IH. Souza Jorge

Palavras-chaves: Enfermagem, Fatores de risco, Infecção hospita- Instituição(ões):


lar, Neonatos, UTIN 1. FUNFARME, Hospital de Base de São José do Rio Preto

Resumo:
Introdução: A ocorrência de infecções relacionadas à assistên-
P289 cia à saúde (IRAS) determina um aumento no tempo de hospi-
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE ESTUDANTES DE ENFERMA- talização, nos custos e na morbimortalidade dos pacientes. Seu
GEM NA PREVENÇÃO DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILA- controle constitui um constante desafio para os profissionais de
ÇÃO MECÂNICA saúde. Objetivos: O estudo avaliou o conhecimento da equipe de
enfermagem de uma Unidade de Cuidados Intermediários sobre
Autor(es): Marcelo Alessandro Rigotti1, Adriano Menis Ferreira2, IRAS. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo exploratório com
Denise de Andrade1, Mauro Pinheiro Beijo4,4,4 abordagem quantitativa realizado pela Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar no segundo semestre de 2009 em uma Unida-
Instituição(ões): dedeCuidadosIntermediáriosde15leitosqueatendeapacientes
1. USP, Universidade de São Paulo clínicos e cirúrgicos. Trabalham nesta unidade 26 auxiliares e téc-
2. UFMS, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul nicos de enfermagem e cinco enfermeiros. A avaliação constou de
3. USP, Universidade São Paulo um questionário que abordou cinco itens sobre higienização das
4. Vida Coop, Cooperativa e Trabalho dos Profissionais da Área de mãos, 14 sobre as medidas de precauções, cinco sobre ventilação
Saúde mecânica, 8 sobre cateter vesical de demora e 13 sobre cateter
venoso central e periférico. Resultados: Todos os profissionais de
Resumo: saúde responderam ao questionário e os acertos totais considera-
Introdução: infecção hospitalar é considerada um importante pro- dos para cada item foram: 10 (32,3%) para higienização das mãos,
blema de saúde publica. Diversos estudos demonstram que o co- 8 (25,8%) para precauções de um modo geral, 11 (35,5%) para
nhecimento dos profissionais de enfermagem são inconsistentes precauções de contato, 18 (58,1%) para pneumonia associada à
com as recomendações padronizadas na literatura em relação a ventilação mecânica, 12 (38,7%) para infecção associada a cateter
prevenção de infecções, inclusive do trato respiratório. Objetivo: venoso central e periférico e 9 (29%) para infecção urinária asso-
analisar o conhecimento de estudantes de enfermagem de duas ciada a cateter urinário. Conclusão: Os resultados insatisfatórios
universidades públicas sobre medidas preventivas da pneumonia mostram que devemos investir em treinamento e capacitação dos
associada à ventilação mecânica e identificar as fontes de infor- funcionários de enfermagem, para que medidas de prevenção e
mações citadas pelos estudantes para a sua atualização. Método: controle de IRAS sejam adotadas com base na fundamentação

237
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
científica.
P292
PERFIL DAS INFECÇÕES HOSPITALARES DE SÍTIO CIRÚRGICO EM
Palavras-chaves: Avaliação, Conhecimento, Enfermagem, Infecção UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NA CIDADE DO RECIFE – PE
Hospitalar
Autor(es): Aparecida Virgínia Soares Teles, Ivanise Tibúrcio Caval-
canti da Silva, Julian Katrin Albuquerque de Oliveira, Rebeca Ma-
P291 chado Rocha, Pollyana Gomes Rosendo
MICOBACTÉRIAS NÃO TUBERCULOSAS EM CIRURGIAS: EVIDÊN-
CIAS NO BRASIL Instituição(ões):
1. HUOC, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ
Autor(es): Danielle Bezerra Cabral, Cátia Helena Damando Salo-
mão, Denise de Andrade Resumo:
As infecções em sítio cirúrgico (ISC) são infecções que ocorrem na
Instituição(ões): incisão cirúrgica após realização do procedimento ou até mesmo
1. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto após a alta do paciente podendo acometer tecido subcutâneo, te-
cidos moles profundos, órgão e cavidades incisados. Vários são os
Resumo: fatores relacionados a ISC entre eles: carga microbiana, virulên-
Micobactérias não tuberculosas (MNT) são microrganismos ubí- cia do microorganismo, obesidade, técnica cirúrgica inadequada,
quosereconhecidoscomocontaminantesdesistemasdeáguaem duração do procedimento, entre outros. São consideradas um
estabelecimentos de assistência à saúde, bem como, dispositivos importante problema dentro das infecções hospitalares ocupando
cirúrgicos e medicamentos injetáveis. Sua ocorrência representa no Brasil a terceira posição entre todas as infecções em serviços
uma emergência epidemiológica e sanitária, especialmente em de saúde e relacionadas a um aumento das taxas de morbidade e
pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos. Frente ao ex- mortalidade além de gerar um maior tempo de hospitalização do
posto, objetivou-se avaliar a produção do conhecimento científico paciente e aumento do custo hospitalar. Mesmo sendo uma das
acerca da ocorrência de infecções por MNT em pacientes subme- principais complicações após cirurgia, as infecções de sitio cirúrgi-
tidos a procedimentos cirúrgicos. A prática baseada em evidências cos podem ser evitadas e sua prevalência deve ser mantida entre
representou o referencial teórico-metodológico e, como recurso níveis aceitos pelos órgãos competentes. Diante deste contexto, o
paraobtençãodestasevidênciasutilizou-searevisãointegrativada objetivo do nosso trabalho foi descrever o perfil epidemiológico
literatura nas bases de dados Lilacs, Medline/Pubmed, ISI Web of dos casos de infecções em sítio cirúrgico em hospital universitário
Science e Biblioteca Cochrane. Totalizaram-se 24 publicações nos na cidade do Recife-PE. Trata-se de uma análise retrospectiva des-
últimostrintaanos,com15(62,5%)noidiomainglês,asdemaisno critiva, com abordagem quantitativa, realizada através da análise
português. No que se refere ao delineamento dos estudos, foram das fichas da CCIH pertencente ao banco de dados da Comissão
mais frequentes os (28%) relatos de caso, (20%) estudos trans- de Controle de Infecção hospitalar do referido hospital no ano de
versais e (12%) estudos metodológicos e quase-experimentais. 2008. Foram analisadas variáveis como sexo, faixa etária, distri-
A análise dos estudos culminou em três categorias temáticas: 08 buição proporcional das cirurgias realizadas segundo potencial de
(33,3%) Tipos de cirurgias, 07 (29,2%) Identificação das espécies contaminação, as taxas de infecções em sítio cirúrgico de acordo
por métodos microbiológicos e/ou moleculares e 09 (37,5%) Me- com o tipo de cirurgia e a distribuição dos casos associados com
didas de prevenção e controle. Ainda como subcategorias na pre- infecções emoutras topografias. No período estudado foramdiag-
venção e controle têm-se: a vigilância pós-alta, terapêutica com nosticadas136infecçõesemsítioscirúrgicos.Destes,52,20%eram
antibióticos e uso de glutaraldeído. As cirurgias oftalmológicas, es- do sexo feminino e 47,79% masculino. A faixa etária mais acome-
téticas, cardíacas e procedimentos laparoscópicos e artroscópicos tida foi entre 40-49 anos com 22,79%. Predominaram as cirurgias
foram as mais investigadas. Entre os microrganismos destacam-se potencialmente contaminadas 40,44%, seguidas das cirurgias
com 37,5% Mycobacterium chelonae, 29,2% M. abscessus e 25% limpas 30,88% e contaminadas 6,61%. O não preenchimento da
o M. fortuitum. A eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE) classificação cirúrgica foi observada em 22,05% dos casos. Quanto
é considerada padrão-ouro na identificação de algumas cepas à topografia, 35,29% das infecções de sítio cirúrgico estavam rela-
bacterianas. Neste particular, a aplicação de técnicas moleculares cionados com outras localizações. O conhecimento das variáveis
possibilita definir a diversidade das espécies de micobactérias que do estudo mostrou-se de relevante importância para direcionar
não puderam ser identificadas pelos métodos clássicos. Em rela- ações preventivas, com ênfase nos fatores de risco para o desen-
ção à terapia evidenciou-se que, em geral, a indicação é realizada volvimento de infecções hospitalares em sítio cirúrgico. Também
empiricamente a longo prazo, podendo incluir desbridamento ci- ressaltado a importância do completo preenchimento da ficha da
rúrgico de tecidos infectados. Com base nas publicações analisa- CCIH com dados referente ao tipo de procedimento realizado.
das, conclui-se que não se tem um panorama nacional, talvez pela
inoperânciadosistemadevigilânciapós-alta,inexistênciadecrité- Palavras-chaves: Infecção hospitalar, sítio cirúrgico, perfil
rios clínicos e bacteriológicos uniformizados em todo o território
e, também pela falta de integração entre a clínica e o laboratório.

Palavras-chaves: Micobactérias não tuberculosas, Procedimentos


P293
FATORES DE RISCO E MEDIDAS PREVENTIVAS PARA PNEUMO-
cirúrgicos operatórios, Infecções atípicas por Mycobacterium, In- NIAS HOSPITALARES (PNMH): UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.
fecção Hospitalar
Autor(es): Vanessa Arias, Mônica C. Ricarte, Caroliina G. Bonotto

238
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Instituição(ões): 1. PUC-CAMPINAS, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. Os
CATÓLICA DE CAMPINAS profissionaisdaenfermagemdevemadotarumasériedecuidados
e estratégias em relação ao meio ambiente e aos pacientes, obje-
Resumo: tivandominimizarosriscosdeinfecçãohospitalar,abordandocom
propriedade a questão epidemiológica das doenças e infecções
Introdução: As infecções hospitalares (IH) localizadas no trato res- hospitalares. Objetivo: Este estudo tem como objetivo buscar na
piratório inferior têm grande importância pela frequência em que literatura aspectos relacionados com a assistência de enfermagem
ocorrem e pela morbimortalidade associada. A PNMH é definida na prevenção da ocorrência de infecções hospitalares. Métodos:
como aquela diagnosticada após um período maior ou igual a 48 Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, realizado através
horas de admissão do paciente e não está incubada no momento de pesquisa bibliográfica na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS),
da hospitalização. Objetivos: Realizar estudo bibliográfico sobre as utilizando-se as bases de dados de Ciências da Saúde em Geral
PNMH tendo como base seus principais fatores de risco e medi- – LILACS, IBECS e MEDLINE. Adotou-se como critério de inclusão:
daspreventivas.Metodologia:Trata-sedeumestudobibliográfico, artigos completos publicados entre os anos de 2008 e 2009 que
com corte a partir de 2001, na Biblioteca Virtual da Bireme e Base tratavam dos cuidados de enfermagem na prevenção de infecções
de dados LILACS e SCIELO, além de manuais da ANVISA, partindo hospitalares. Ao todo foram encontrados 22 artigos, dos quais fo-
dos descritores indexados nos DeCs: Controle de Infecções; Infec- ram utilizados 5. Resultados: A enfermagem deve utilizar as medi-
ção Hospitalar; Respiração Artificial; Pneumonia Associada à Ven- das de precauções-padrão como forma de prevenir a transmissão
tilação Mecânica. Resultados: Foram encontrados 8 artigos com demicroorganismoscausadoresdeinfecção.Dentreelaspodemos
publicaçãonoBrasil,EspanhaeChile,7manuais,3dissertaçõesde destacarousodeequipamentosdeproteçãoindividual(máscaras,
mestrado e 1 tese de doutorado. A entubação orotraqueal (EOT) luvas,avental,óculosprotetoreseescudofacial),vacinas,e,princi-
e a ventilação mecânica (VM) foram apontadas, respectivamente, palmente, a mais antiga e mais eficiente, a lavagem das mãos com
por 47,4% e 78,9% das publicações como os principais fatores pre- água e sabão. Outras ações recomendáveis devem ser mantidas,
disponentes a PNMH aumentando de 3 a 21 vezes a probabilidade tais como a higienização do ambiente de trabalho, de acordo com
deocorrênciadamesma.Foramidentificadostambémoutrosfato- as políticas institucionais e as práticas de enfermagem; monitori-
rescomo:idade(31,6%);cateterparaalimentação(36,8%)equan- zar as técnicas assépticas, incluindo a lavagem das mãos e a utili-
tidade de dias em VM (47,4%). Já as medidas preventivas foram: zação do isolamento. Conclusão: A equipe de enfermagem possui
realização de técnicas assépticas (36,8%); o uso de fluidos estéreis um papel importante no controle da infecção hospitalar, com o
nos reservatórios de umidificadores e nebulizadores (31,6%); cui- objetivo de zelar pela boa saúde do paciente. Para que esses ob-
dados com cateteres para alimentação (21%); elevar para 30-45° jetivos sejam alcançados, os profissionais deverão ser motivados
a cabeceira da cama do paciente submetido a VM, desde que não e orientados em um processo de educação permanente. É impor-
hajacontra-indicação,para evitaraspiração (31,6%);realizarhigie- tante a inserção do enfermeiro juntamente com a sua equipe em
ne oral dos pacientes entubados com clorexidina oral 0,12% e dos pesquisas relacionadas ao assunto, favorecendo a atualização e
demais pacientes com escova e creme dental (21,1%). Além disso, novas descobertas a respeito deste tema.
31,6% das publicações destacam a importância da implantação de
programas de treinamento e aprimoramento dos profissionais em Palavras-chaves: Assistência de enfermagem, Diminuição dos ris-
relação à prevenção de PNMH. Conclusão: Procedimentos invasi- cos de infecções, Prevenção de infecções
vos como EOT, traqueostomia e cateter para alimentação, além de
carrearem microrganismos, quebram as barreiras antiinfecciosas
do paciente. O conhecimento dos fatores de risco para a PNMH é
fundamental para interferir na sua cadeia epidemiológica, estabe- P295
lecendo um conjunto de medidas para sua prevenção e controle. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E NO CONTROLE
DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Palavras-chaves: Controle de Infecções, Infecção Hospitalar, Pneu- DA LITERATURA
monia Associada à Ventilação Mecânic, Respiração Artificial
Autor(es): PAULA BARBOSA1,1,1, LÍVIA ALBUQUERQUE1,1,1,
MORGANA LIMA1,1,1, ELLEN SANTOS1,1,1

P294 Instituição(ões):
A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM COM FOCO NA PREVENÇÃO 1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO-CAV
DAS INFECÇÕES HOSPITALARES 2. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO-CAV
3. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO-CAV
Autor(es): Alcides Viana de Lima Neto, Bruna Dianelle Freitas Ra- 4. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO-CAV
belo, Vilani Medeiros de Araújo Nunes
Resumo:
Instituição(ões): 1. FATERN, Faculdade de Excelência EducacionalA Infecção Hospitalar é um grande problema de saúde pública.
do Rio Grande do Norte Dentre as infecções hospitalares, a infecção do trato urinário (ITU)
é a mais comum, sendo a presença de cateter urinário o principal
Resumo: fator de risco. A presente investigação é uma revisão integrativa
Introdução: As infecções hospitalares representam um motivo de que teve como objetivo buscar e avaliar as evidências científicas
preocupaçãoconstanteentreosprofissionaisdaáreadasaúde.De disponíveis sobre a relação entre a prevenção e o controle de
acordo com a portaria nº 2.616 de 12 de maio de 1998 a infecção infecção do trato urinário e os cuidados de enfermagem na exe-
hospitalar é aquela adquirida após a admissão do paciente e que cução do cateterismo vesical. Para tanto, a seleção dos estudos
se manifeste durante a internação ou após a alta, podendo estar foi realizada por meio de três bases de dados: PUBMED (National

239
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Library of Medcine), MEDLINE/BVS (Medical Literature Analysis damente. E no último critério fluxo urinário desobstruído, foi ob-
and Retrieval System Online/Biblioteca Virtual em Saúde) e LILACS servado apenas 1 paciente com o fluxo inadequado. CONCLUSÃO
(Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) Esta pesquisa mostrou parte da realidade das ações de prevenção
resultando em 12 artigos científicos. A apresentação dos artigos de ITU cabíveis a equipe de enfermagem. A falta do comprometi-
incluídosnessarevisãointegrativafoidistribuídaemquadros,con- mento, responsabilidade, do conhecimento técnico e científico da
siderandoosseguintespontos:periódico,ano/país,título,autoria, equipe de enfermagem, torna a assistência incompleta. Desta for-
tipo de estudo, objetivo, resultados e conclusão. Os resultados ma, faz-se necessário atuação constante da Comissão de Controle
foram discutidos de forma descritiva e em consonância com o de Infecção Hospitalar (CCIH).
objetivo proposto. Destaca-se que é de suma importância que a
equipe de enfermagem esteja habilitada técnica e cientificamente Palavras-chaves: infecção, prevenção, trato urinário
para a execução do procedimento de cateterização vesical. Dessa
forma, fica claro a importância de implantar-se metodologias que
facilitem a prevenção e o controle de infecção do trato urinário no
ambiente hospitalar. P297
TRATAMENTO COM HEMODIÁLISE: fatores associados a infecção
Palavras-chaves: CUIDADOS DE ENFERMAGEM, INFECÇÃO DO
TRATO URINÁRIO, PREVENÇÃO E CONTROLE Autor(es):MoisesFelipePereiraGomes,LuzanaBernardesMacke-
vicius, Thais Fraguas Castro, Patricia Vieira Conceicão, Joelma Apa-
recida Voltoline Oliveira, Gisele Bento Fernandez Cintas, Louvania
de Souza Santos
P296
AÇÕES DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO-URINÁRIO: NAS Instituição(ões): 1. Unisantos, Universidade Católica de Santos
UNIDADES DE INTERNAÇÃO DE UM HOSPITAL DO MÉDIO VALE
DO ITAJAÍ Resumo:
Introdução: Há inúmeros fatores relacionados à infecção no pa-
Autor(es): Caroline Lazzarini, Aline Lunelli, Carmen Liliam Brum ciente em tratamento com hemodiálise. Os autores apontam que
Marques Baptista omanuseioinadequadodoscatéterescentrais,olongoperíodode
permanência,anãoorientaçãodospacientesparamanutençãoda
Instituição(ões):1. FURB, Universidade Regional de Blumenau via, a técnica do curativo realizada de forma inadequada e a falta
de controle efetivo da qualidade da água podem ser considerados
Resumo: fatores de risco à infecção. Objetivo: O presente estudo objetivou
AÇÕES DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO: NAS revisar a produção cientifica referente aos principais fatores de
UNIDADES DE INTERNAÇÃO DE UM HOSPITAL DO MÉDIO VALE risco associados com a incidência de infecção em pacientes que
DO ITAJAÍ *CAROLINE LAZZARINI 1 CARMEN LILIAM BRUM MAR- realizam hemodiálise. Método: Foi realizado levantamento biblio-
QUES BAPTISTA *ALINE LUNELLI 2 UNIVERSIDADE REGIONAL DE gráfico sistemático no banco de dados da Medline e do Lilacs no
BLUMENAU–FURB BLUMENAU-SC Enfermeira e autora principal período de2001afevereirode2010.Foramencontrados4.715ar-
(1) Enfermeira e professora orientadora do trabalho Enfermeira tigos, sendo que 21 artigos, 01 dissertação de pós-graduação e 01
e autora secundária (2) *Apresentadora RESUMO INTRODUÇÃO trabalho de conclusão de curso foram selecionados para compor a
Dentre as infecções hospitalares, uma das predominantes é a in- amostra necessária à confecção deste trabalho. Utilizando os des-
fecção do trato urinário (ITU), seja ela por doença adquirida ou critores: complicações na hemodiálise;dialisador; infecção por ca-
por procedimento invasivo como no caso do cateterismo vesical teter de hemodiálise; microrganismo e qualidade da água. Resul-
dedemora.OBJETIVOSAnalisarasaçõesrealizadaspelaequipede tado e Discussão: Constata-se que, o maior enfoque da produção
enfermagem na prevenção de ITU em pacientes usuários de cate- literária discorre sobre a soro prevalência de doenças infecto con-
ter vesical de demora em uma instituição hospitalar de alta com- tagiosasempacientesemtratamentodialítico,emboraomaiorín-
plexidade. Identificar as ações de prevenção de ITU em pacientes dicedeinfecçãoestejaco-relacionadaaomanuseiodoscateteres.
usuários de cateter vesical de demora realizadas pela equipe de A razão para uma maior abordagem sobre doenças infecciosas por
enfermagem quanto à utilização de sistema fechado, fixação do agentesviraiscomooHIVouasHepatitesBeCemdetrimentodas
cateter, fixação da bolsa, volume urinário na bolsa e fluxo urinário. complicaçõesinfecciosasadvindas comos cateteresvenosos se dê
MÉTODOS Escolheu-se a abordagem quantitativa, exploratória, pelo impacto que as doenças supracitadas possuem sobre a saú-
com observação e registro no formulário. Foram adotados cinco de pública. Considerações Finais: Concluímos que, a incidência de
critérios (utilização do sistema fechado, fixação correta do cateter, infecção em hemodiálise é significativa, e entre os fatores associa-
volume de urina correto, fixação correta da bolsa e fluxo urinário dos estão: o hábito de higiene do cliente/paciente, o manuseio do
desobstruído) pré-estabelecidos pela Secretaria de Estado da Saú- cateter, pelo profissional da saúde, o uso prolongado do mesmo, a
de de São Paulo. Os critérios avaliaram as ações de prevenção de qualidadedaáguadodialisador,atécnicainadequadadocurativo.
ITU realizadas pela equipe de enfermagem de um hospital de alta Salientamos aqui, a extrema importância do conhecimento técni-
complexidade em Blumenau–SC. A coleta de dados foi realizada co – científico dos profissionais atuantes em unidades de hemo-
durante 6 dias do mês de Setembro de 2009,em 9 unidades de in- diálise, bem como normas e diretrizes eficazes para o controle de
ternação da instituição, totalizando 60 observações. RESULTADOS infecção em pacientes com IR, já que se constituí a segunda causa
Osresultadosrevelaramqueemrelaçãoàutilizaçãodosistemafe- de morte durante o tratamento.
chado,todosestavamdeacordo.Jáafixaçãodocatetertodasesta-
vam incorretas. Já no item volume de urina, somente 2 pacientes Palavras-chaves: Complicações na hemodiálise, Dialisador, Infec-
apresentaram o volume acima do indicado. No quesito fixação da ção por cateter de hemodiálise, Microorganismo, Qualidade da
bolsa, 8 pacientes estavam com a bolsa coletora fixada inadequa- água

240
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P298 Resumo:
HIGIENIZAÇÃO BUCAL EM PACIENTES COM DÉFICIT NO AUTO
CUIDADO EM UTI INTRODUÇÃO: A Sepse neonatal pode ser definida como uma in-
fecção sistêmica,caracterizada por alterações clinicas e laborato-
Autor(es): Diego Silva Souza, Luzana Mackevicius Bernardes, Cibe- riais. A infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter ocor-
le Silva Santos, Patrícia Vieira Conceição re quando o microrganismo presente no local de inserção atinge
a corrente sanguínea, resultando em bacteremia, que quando
não contida, provoca infecção com grave comprometimento clí-
Instituição(ões): 1. Unisantos, Universidade Católica de Santos
nico, podendo resultar em septicemia. A sepse neonatal ocorre
principalmente nas unidades de terapia intensiva neonatal, onde
Resumo: o cateter central de inserção periférica(PICC) é inserido,e cada
INTRODUÇÃO: A higiene bucal dos pacientes em Unidade de Te- vez mais tem sido utilizado no cuidado de pacientes em estado
rapia Intensiva (UTI) é fundamental para evitar a proliferação de crítico,porém vários outros fatores devem ser considerados como
bactérias e fungos, que além de prejudicar a saúde bucal e o bem- risco de infecção e estes são agrupados em fatores maternos, ne-
estar do mesmo, pode proporcionar outras infecções e doenças onatais ou ambientais. OBJETIVO: O presente estudo objetivou re-
sistêmicas. Pacientes internados nas UTI, na maioria das vezes, visar a produção científica referente a sepse neonatal relacionada
não possuem higienização oral adequada, possivelmente pelo aoPICC,classificando-aemduasdimensõesosfatoresderiscoque
desconhecimento de técnicas adequadas pelas equipes de UTI e levam a sepse neonatal e a sua relação com a inserção do cateter
pela ausência do relacionamento interprofissional odontologia/ PICC MÉTODO: Foram realizadas buscas sobre o tema na base de
enfermagem. Os pacientes admitidos nas UTI têm prevalência dados MEDLINE e LILACS, nos anos de 2005-2010, utilizando-se
de colonização de patógenos respiratórios na cavidade oral, fa- os descritores sepse neonatal, PICC e enfermagem. Foram iden-
vorecido pela falta de higiene adequada. O aumento do volume tificados 32 artigos, sendo 20 da base LILACS e 12 MEDLINE. No
e da complexidade da placa dental pode promover interações entanto foram utilizados 15 artigos que traziam o delineamento
bacterianas entre bactérias nativas da placa e patógenos respi- da pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De modo geral concluí-
ratórios podendo contribuir para o desenvolvimento de doenças mos que os estudos apontaram que o PICC, quando comparado
respiratórias. OBJETIVO: O presente estudo objetivou revisar a com outros dispositivos venosos centrais, apresenta menor in-
produção cientifica referente à contextualização da importância cidência de complicações, o que favorece afirmar que é um dis-
da higienização bucal em paciente com déficit auto cuidado em positivo seguro na unidade de terapia intensiva neonatal. Porém
UTI. MÉTODO: Compreendeu a análise total de 816 abstracts de há controvérsias,outros estudos apontam que a sepse neonatal
periódicos indexados na base de dados LILACS 486 e SCIELO 330 relacionada ao PICC é um agravo importante que acomete prin-
entrede2005a2010utilizando-seosdescritoreshigienebucalem cipalmente neonatos pré-termo e com baixo peso ao nascimento,
pacientes de UTI. No entanto, foram utilizados somente 15 artigos devidoasuaimaturidadeimunológicaefísica,caracterizandouma
que traziam dados completos ao delineamento da pesquisa. RE- sepse de origem tardia. Segundo os estudos revisados a incidência
SULTADO E DISCUSSÃO: Apesar da grande quantidade de estudos, de sepse tardia relacionada ao PICC é de 2 a 21%, sendo fatores
poucos trabalhos estão direcionados à higiene bucal em pacientes determinantes técnica asséptica inadequada, excessiva manipula-
de UTI. Dentre os estudos analisados e compatíveis com a abor- ção do cateter, não lavagem das mãos antes da manipulação. O
dagem desta revisão, constata-se que há dificuldades no entendi- papel do enfermeiro tem grande importância, pois este deve estar
mento da importância desse procedimento e que a não promoção capacitado para realizar o procedimento de inserção do PICC de
da higiene bucal pode acarretar prejuízos na evolução clínica. Os forma autônoma, sendo o mesmo responsável pela introdução e
fatores burocráticos ainda interferem na prestação de uma assis- manutenção deste dispositivo de forma asséptica livre de poten-
tência mais integralizada. É premente que a própria enfermagem ciaisinfecções.CONSIDERAÇÕESFINAIS:Ogerenciamentodolocal
redimensioneoseufazer-saberabordandocriticamenteocuidado da inserção do cateter, bem como a aplicação de protocolos para
com a higiene corporal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Torna-se funda- padronização de técnicas seria fundamental para prevenção da
mental estudos que explorem a importância da temática sobre a sepse neonatal. A atuação do enfermeiro no treinamento da equi-
atenção à higiene oral, de forma técnica e humanizada por meio peeeducaçãocontinuadasefaznecessáriaparaamanutençãodo
de educação permanente e socialização de informações, com o dispositivo de forma segura.
propósito de promover um atendimento integral, minimizando os
riscos de complicações e o tempo de hospitalização dos pacientes.
Palavras-chaves: ENFERMAGEM, PICC, SEPSE NEONATAL
Palavras-chaves: HIGIENE BUCAL, PACIENTES, UTI

P299 P300
RISCO DE INFECÇÃO HOSPITALAR NA IMPLANTAÇÃO DE CATETE-
SEPSE NEONATAL RELACIONADA À INTRODUÇÃO DO CATETER
RES: REVISÃO DE LITERATURA
PICC: Revisão de Literatura
Autor(es): THALYTA PORTELA DE OLIVEIRA, KELLY DE SOUSA MA-
Autor(es): PATRÍCIA VIEIRA DA CONCEIÇÃO, LUZANA BERNARDES
CIEL, DANILO GONÇAVES DANTAS, MARA WANESSA LIMA E SILVA,
MACKEVICIUS, GISELE BENTO FERNANDEZ CINTAS, JOELMA APA-
GEORGE LUCAS MACEDO ROCHA REIS, MARCIA HELENA RODRI-
RECIDA VOLTOLINE OLIVEIRA, LOUVANIA SOUZA SANTOS, MOISÉS
GUES DA SILVA
FELIPE PEREIRA GOMES, THAIS FRAGUAS CASTRO
Instituição(ões): 1.UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAIUÍ
Instituição(ões):1.UNISANTOS,UNIVERSIDADECATÓLICADESANTOS

241
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Resumo: serção de cateter vascular central de inserção periférica. O mate-
A infecção hospitalar (IH) constitui-se, como um dos grandes pro- rial, a paramentação e os procedimentos de higiene/antissepsia
blemas de saúde pública. Ela é definida pelo Ministério da Saúde sõ avaliados e fornecidos conforme procedimento operacional
do Brasil como sendo toda infecção adquirida após admissão do padrão. A vigilância epidemilógica para identificação de casos de
paciente e manifestada durante a internação, ou mesmo após a infecção hospitalar ocorre por busca ativa pela enfermeira epi-
alta, quando puder ser relacionada com a hospitalização. Os ca- demiologista, utilizando-se as definições e critérios do programa
teteres vasculares periféricos são usados na terapêutica dos pa- estadual de controle de infecção hospitalar de São Paulo (CVE/
cientes, devendo ser manuseados e implantados de acordo com SP-NMCIH/CDC/COVISA). RESULTADOS: A densidade de incidência
os princípios de assepsia, pois são considerados como precurso- anual de ICS rel CVC na UTI foi igual a 3,32/1000 cvc-dia, sendo
res das IH. O trabalho tem como finalidade analisar publicações inferior a mediana para o mesmo indicador às UTIs pediátricas
a respeito dos riscos de IH com a implantação de cateteres. Tra- norte-americanas do Projeto NNIS (3,5/1000 cvc-dia). A densida-
ta-se um levantamento bibliográfico no Banco de Dados LILACS. de de incidência de utilização de cateter vascular central na UTI
Os seguintes descritores foram utilizados na pesquisa: “infecção em nosso serviço foi de 0,32. O tempo médio de uso de CVC em
and cateter”. Constituíram-se como amostra, artigos publicados nosso serviço foi de 15 dias. CONCLUSÃO: As práticas de precau-
no período de 2003 a 2009. Do universo de 61 textos encontra- ções máximas de barreira estéril para inserção e manutençãode
dos, 20 foram selecionados. Os artigos em língua inglesa e os que CVC relacionaram-se com menor incidência de infecções quando
abordavam casos de infecção não relacionados ao uso de cateter, comparado aos referenciais externos da cidade de São Paulo e
foramexcluídos.Comoenfoques,osartigosapresentaram:ainfec- hospitais participantes do Projeto NNIS.
ção em procedimentos hemodialíticos, infecção do trato urinário,
uso de cateter venoso central de inserção periférica e suas com- Palavras-chaves: CATETER CENTRAL, INFECÇÃO, CORRENTE SAN-
plicações, infecção de cateter em UTI e o conhecimento técnico e GUINEA
científicodosprofissionaisnocuidadocomcateter.Dentreascom-
plicações referentes ao uso cateteres estavam a oclusão, flebite,
sepse, trombose, infecção local, ruptura e dificuldade de remoção
do cateter. Os autores atribuem às complicações supracitadas, ao P302
uso inadequado da técnica asséptica e manipulação do dispositi- USO PRÉVIO DE ANTIMICROBIANOS É FATOR DE RISCO PARA
vo. Nos cateteres, os principais microorganismos isolados foram BACTERIÚRIAASSINTOMÁTICA POR PSEUDOMONAS AERUGINO-
o Staphylococcus aureus e S. epidermidis, corroborando com os SA EM PACIENTES ATENDIDOS EM PRONTO-SOCORRO DE PEDIA-
dados da literatura. Foram relatados também, altos índices de in- TRIA.
fecção em UTIs e complicações no trato urinário decorrentes do
uso de cateteres. Diante o exposto, verificou-se que as IH por uso Autor(es): MILTON SOLBERMANN LAPCHIK, REGINA RUI-
de cateteres, ocorrem rotineiramente nos hospitais, necessitando, VO BERTRAND, FATIMA RODRIGUES MAESTRE FERNANDES
portanto que os profissionais busquem e/ou atualizem seus co-
nhecimentos técnicos e científicos. Isso pode ser alcançado por Instituição(ões): 1. SABARA, HOSPITAL INFANTIL SABARA
meio de treinamentos evitando, assim, problemas decorrentes da
manipulação inadequada dos cateteres. Resumo:
JUSTIFICATIVA: Em fevereiro de 2008, foram identificados, pela
Palavras-chaves: INFECÇÃO, HOSPITAL, CATETER equipe de pediatria do pronto-socorro e ccih, casos de urocultu-
ra positiva para Pseudomonas aeruginosa em pacientes sem an-
tecedentes de procedimentos invasivos do aparelho urinário ou
hospitalização recente em serviço de pediatria. Foi encaminhada
P301 investigaçãodesurtooupseudo-surtodeinfecçãourinárianonos-
PRÁTICAS DAS PRECAUÇÕES MÁXIMAS DE BARREIRA ESTÉRIL so serviço. OBJETIVOS: Investigar a ocorrência de uroculturas po-
RELACIONAM-SE COM BAIXA INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO HOSPI- sitivas para Pseudomonas aeruginosa em pacientes atendidos no
TALAR PRIMÁRIA DA CORRENTE SANGUÍNEA PÓS-INSERÇÃO DE pronto-socorro de pediatria, com identificação de fatores de risco
CATETER VASCULAR CENTRAL EM UTI PEDIÁTRICA para esta condição. MÉTODOS: Realizado levantamento de pron-
tuário para realização de estudo caso-controle. Os casos foram
Autor(es): REGINA RUIVO BERTRAND, MILTON SOLBERMANN LAP- definidos omo pacientes atendidos no PS com urocultura positiva
CHIK, NELSON HORIGOSHI para P. aeruginosa e o grupo controle os pacientes atendidos na
mesma unidade e período com urocultura negativa para P. aerugi-
Instituição(ões): 1. SABARA, HOSPITAL INFANTIL SABARA nosa. As variáveis pesquisadas para análise de fatores de risco in-
cluíram: doença neurológica prévia, uso prévio de cateter vesical,
Resumo: antcedentes de infecção urinária, antecedentes de vaginite, uso
JUSTIFICATIVA: As práticas de precauções máximas de barreira prévio de antimicrobianos e tempo de uso, lote do saco coletor
estéril constituem medida de segurança para a prevenção de in- utilizado na coleta de urina, coleta prévia de urina em outro servi-
fecções da corrente sanguínea relacionadas ao uso de cateter vas- ço de saúde, não-conformidade no procedimento de coleta de uri-
cular central em pacientes críticos internados em UTI. OBJETIVO: na para urocultura no PS. Utilizamos a proporção de 1 caso para 3
Avaliar a incidência de infecção hospitalar da correten sanguínea controleseutilizamosotestedoqui-quadradoparaanálisedepro-
relacionada ao udo de cateter vascular central na UTI pediátrica porções, fixando-se em 5% o nível de significância estatística. RE-
em 2009, na vigência das práticas de precauções máximas de bar- SULTADOS: Foram identificados 15 casos e 45 controles. Não hou-
reira estéril para inserção e manuntenção do dispositivo invasivo. ve comprovação microbiológica de contaminação do lote de saco
MÉTODOS: A inserção de cateter vascular central é realizada pela coletor e do anti-séptico utilizado nos procedimentos. O controle
equipe médica de intensivista e enfermagem habilitada para a in- de qualidade do laboratório descartou contaminação de meios de

242
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
cultura. A coleta de urina por saco coletor não se mostrou um fa- Palavras-chaves: Pneumonia, Infeção, Cabeceira
tor de risco (p=NS). A análise dos fatores de risco revelou o uso
préviodeantimicrobianoscomofatorderiscoparabacteriúriapor
Pseudomonas aeruginosa na amostra de casos (p=0,0001). CON-
CLUSÃO: O uso prévio de antimicrobianos é fator de risco para P304
bacteriúria por P. aeruginosa em pacientes pediátricos. A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM NO CONTROLE DAS INFEC-
ÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Palavras-chaves: ANTIMICROBIANOS, PSEUDOMONAS AERUGI-
NOSA, BACTERIURIA Autor(es): Isabely Pereira Cavalcante1, Catyanne Maria de Arruda
Ferreira1, Gabriela Neves Cavalcante1, Débora de Sousa Nasci-
mento Guerra1, Sabrina Talita Teotônio Bezerra2

P303 Instituição(ões):
CABECEIRA ELEVADA EM PACIENTES SOB VENTILAÇÃO MECÂNI- 1. UEPB, UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA
CA: VERIFICAÇÃO DO INDICADOR DE PROCESSO DO CENTRO DE 2. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL SANTA CATARINA
Resumo:
Autor(es): VÂNIA MONTIBELER KRAUSE, CAROLINE BATISTA A infecção hospitalar é definida como aquela contraída após a in-
ternação do paciente e que se manifesta durante a internação ou
Instituição(ões): mesmo após a alta quando puder ser relacionada com a interna-
1. HSC Blumenaur, Hospital Santa Catarina de Blumenau ção ou procedimentos hospitalares. Atualmente, na tentativa de
ampliação, esse termo passa a ser compreendido como Infecção
Resumo: Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), pois esta não se adqui-
CABECEIRA ELEVADA EM PACIENTES SOB VENTILAÇÃO MECÂNI- re apenas em ambiente hospitalar, mas também em outras áreas
CA: VERIFICAÇÃO DO INDICADOR DE PROCESSO DO CENTRO DE como unidades básicas de saúde e consultórios médicos. No Bra-
TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL SANTA CATARINA CAROLINE sil, as IRAS representam um grande problema de Saúde Pública. A
BATISTA *VÂNIA MONTIBELER KRAUSE HOSPITAL SANTA CATA- Portaria 2.616, de 12 de maio de 1998, do Ministério da Saúde, foi
RINA DE BLUMENAU – SC Introdução. A pneumonia associada à criada em substituição Portaria MS 930 / 92 para que os profissio-
ventilação mecânica é uma das infecções hospitalares de maior naisconheçammelhoresseproblemadeprevençãoecontroledas
relevância entre os pacientes adultos internados nos Centros de IRAS e sobre a criação da Comissão de Controle de Infecção em
terapia intensiva (CTI). A mortalidade desta infecção pode variar Serviços de Saúde (CCISS). Sendo o (a) enfermeiro (a), responsá-
de 20 a 60%, além de contribuir para aumentar a permanência do vel por cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica,
paciente. A cabeceira elevada entre 30 e 45º tem demonstrado pode-sedizerqueesseprofissionalédegrandeimportânciaparaa
associação com um risco reduzido de aspiração pulmonar, rela- identificação e notificação dos casos de infecção hospitalar. Desse
cionada à melhora dos parâmetros ventilatórios, redução da taxa modo, o presente trabalho tem por objetivo abordar o tema IRAS,
de atelectasia, redução do esforço respiratório e especialmente relatandoarealidadeobservadanoshospitais,ascausasquelevam
diminuindo a possibilidade de aspiração em pacientes em uso de as IRAS e porque este é um problema tão crítico que deve ser ana-
nutrição enteral. Objetivo. Avaliar a adesão da equipe referente à lisado em seu todo. Para a condução desse trabalho bibliográfico,
orientação de manter-se a cabeceira elevada. Método. A coleta de foi realizado pesquisa em artigos, livros e periódicos já existentes,
dados foi realizada em 03 meses sem nenhum conhecimento da levando em consideração as seguintes etapas operacionais: esco-
equipe assistencial. Foram realizadas observações semanais, em lhadotema,elaboraçãodoplanodetrabalho,identificação,locali-
dias alternados, perfazendo um total de 12 observações para cada zação, compilação, fichamento, análise e interpretação e redação.
mês. Os dados eram armazenados em planilhas, avaliando o nú- Dos artigos revisados foi possível observar, principalmente, que a
mero de paciente em ventilação mecânica no momento da obser- forma mais eficaz de controle das IRAS é a higienização das mãos
vação e o número de pacientes com cabeceira elevada, para defi- e que os enfermeiros, erram nesse aspecto, não por desconhecer
niradequadamenteoângulodacabeceirafoiutilizadomedidorde os protocolos, mas por condições inadequadas de localização das
ângulo especificamente criado para tal fim. Resultados. Quanto ao pias, falta de papel toalha e utilização de produtos que muitas ve-
número de pacientes sob ventilação mecânica avaliados no perío- zes causam alergia. Assim sendo, as questões éticas envolvidas na
do somavam-se 164, destes apenas 39,6% estavam com cabeceira prática profissional de enfermeiros que compõem a Comissão de
adequadamente elevada. Nos meses, respectivamente foram en- Controle de Infecção em Serviços de Saúde devem ser discutidas
contrados os seguintes dados, em janeiro 40,6%, fevereiro 33,33% e aprofundadas de acordo com as necessidades vivenciadas no
e em março 44,89%. Conclusão. Podemos concluir que embora as âmbito de cada Instituição hospitalar, é preciso adotar medidas
cabeceiras dos pacientes sob ventilação mecânica apresentavam- educativas nas próprias instituições hospitalares para que se obte-
se aparentemente elevadas, este fato não se confirmava ao reali- nha um maior controle das IRAS, as quais devem ser controladas e
zar a verificação através de instrumento especifico. Acreditamos prevenidas, merecendo, portanto uma melhor abordagem.
queistosedevepornãohaverapreocupaçãoconstantedaequipe
em verificar a angulação da cabeceira, e por não possuir prática Palavras-chaves: Enfermagem, Infecção Hospitalar, Prevenção-
estabelecida para esta verificação. Após a análise pela comissão Controle
de controle de infecção deste hospital estes achados foram apre-
sentados para equipe envolvida, a fim de estabelecer cultura de
verificação rotineira, o indicador continuará sendo acompanhado
a fim de evidenciarmos a adesão e melhoria obtida com estas in- P305
tervenções. PACOTE DE MEDIDAS PREVENTIVAS OU “BUNDLES” PARA PNEU-

243
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
MONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA- UMA REVISÃO nea, podendo ocorrer supuração e a presença de sintomas como
DE LITERATURA febre e letargia. A literatura descreve o uso de oxigenoterapia hi-
perbárica concomitantemente aos procedimentos cirúrgicose a
Autor(es):AluskaMirtesAraujoSouza,DanielleAndradedoCanto, antibioticoterapia, reduzindo consideravelmente índices de mor-
Fabyana Muniz Lange talidade. As intervenções de enfermagemcontam com a alavagem
de mãos, melhora da imagem corporal, controle da dor, promover
Instituição(ões): 1. E, Especializa exercícios estimulando a circulação, cuidados nas trocas de curati-
vos e no local do enxerto, acompanhamento do paciente durante
Resumo: a sessão de oxigenoterapia, esclarecimento sobre o tratamento
A Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM) é uma das e intercorrências como otite e dificuldade ao deglutir. O objetivo
infecções hospitalares mais incidentes na Unidade de Terapia In- deste é descrever sobre a utilização da oxigenoterapia hiperbárica
tensiva (UTI), definida como aquela que se desenvolve 48 horas e a importância das intervenções de Enfermagem no acompanha-
a partir do início da ventilação mecânica, sendo considerada até mento dos pacientes com Gangrena de Fournier. Este trabalho é
48 horas após a extubação. O “Bundle” da ventilação é um con- uma revisão bibliografica, buscando artigos científicos produzidos
junto de medidas específicas que tem como objetivo prevenir ou no perído de 2001 a 2009, publicados em livros, periódicos e meio
diminuir a incidência de PAVM. Tais medidas são bem estabele- digital na área de súide, pelos sites da Bireme, LiLACS e Scielo. O
cidas, através das melhores evidências científicas disponíveis, as reconhecimento precoce, debridamento cirúrgico e agressivo e
quais devem ser consideradas padrão de cuidado. Considerando a combinação com terapia antibiótica de amplo aspectro consti-
os índices elevados de PAVM, interessa-nos responder a seguinte tuem intervenções essenciais para evitar a rápida progressão do
questão: quais contribuições os pesquisadores da área de saúde processo infeccioso. Suporte nutricional, uso de agentes tópicos
têm trazido para a diminuição dos altos índices de infecção. A pre- em função de sua propriedade de hiperosmolaridade, aplicação
sente pesquisa teve como objetivos analisar textos científicos que doshormôniosdocrescimentoquepromoveumfechamentomais
abordam a PAVM e identificar as principais técnicas citadas pelos rápido da ferida, e uso da oxigenoterapia, são intervenções impor-
autores para sua prevenção e controle. Trata-se de um estudo tantes no tratamento. A oxigenoterapia possibilita menos mutila-
exploratório caracterizado como revisão bibliográfica. A pesquisa ções e menos perda de tecido e melhor qualidade de cicatrização
sobre o tema foi realizada em livros e artigos de revistas científicas além de melhorar a atuação dos antibióticos, quimioterapicos e
de autoria nacional e internacional. As principais medidas preven- antifúngicos. Como esta doença é multiladora e promove proble-
tivas,encontradasnestapesquisa,sãoàquelasreferentesao“Bun- mas de autoimagem, resultando em sentimentos de insegurança,
dle” da PAVM (interrupção diária da sedação, cabeceira elevada medo e perda, é de importância fundamental o acompanhamento
30º/45º, profilaxia de hemorragia digestiva e trombose venosa da enfermagem junto ao paciente, pois a equipe pode esclarecer
profunda,tubotraquealcomaspiraçãosubglóticaeacessoenteral dúvidas, levando o paciente a confiar na em todos os profissionais
e traqueal por via oral) acrescidas à adoção de técnicas assépticas que o ajuda em especial o da enfermagem e na cafinaça do êxito
em procedimentos invasivos às vias aéreas, assim como higieniza- do tratamento. Portanto o conhecimento da equipe de enferma-
ção das mãos dos profissionais de saúde e educação continuada gemsobreapatologiasefazimportanteparaassimmelhorassistir
destes. Assim, a PAVM é um tipo de infecção hospitalar de difí- o paciente acometido pela Sindrome de Fournier.
cil prevenção, porém existem medidas que ao serem executadas
durante a assistência prestada ao paciente, evitam que o mesmo Palavras-chaves: GANGRENA DE FOURNIER, OXIGENAÇÃO HIPER-
desenvolva esta patologia. Estas medidas, citadas nos resultados BÁRICA, ENFERMAGEM
da pesquisa, devem ser executadas em conjunto, e são dignas de
estarem inseridas no “Bundle” da ventilação mecânica, tanto por
se mostrarem eficazes em estudos realizados como por possuírem
embasamentos teóricos plausíveis. P307
PREVENÇÃO DA SEPSE EM QUEIMADOS ATRAVÉS DA GLUTAMI-
NA
Palavras-chaves: Pneumonia, Ventilação, Bundle, Prevenção
Autor(es): SHIRLEY ANTAS DE LIMA, MARIA AUXLIADORA SIZA

P306 Instituição(ões):
OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA E INTERVENÇÕES DE ENFERMA- 1. UNIPÊ, CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA
GEM NO TRATAMENTO DA GANGRENA DE FOURNIER
Resumo:
Autor(es): SHIRLEY ANTAS DE LIMA, MARIA AUXILIADORA F. SIZA Queimadura é um quadro resultante da ação direta ou indireta do
calor sobre o organismo humano, configurando-se uma importan-
Instituição(ões): te causa de mortalidade originando infecções que podem evoluir
1. UNIPÊ, CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA para septicemia, assim como à repercussão sistêmica devida in-
capacidade do sistema imunológico em debelar as infecções. A
Resumo: resposta sistêmica manifesta-se por febre, circulação sanguínea
A Gangrena de Fournier é uma doença grave, infecciosa, de rápi- hiperdinâmica e ritmo metabólica acelerado. Com o aumento do
da progressão, caracterizada por uma intensa destruição tissular, catabolismo muscular, decorrerá alterações hipotalâmicas, defi-
comprometendo a região genital e áreas adjacentes com manifes- ciência da barreira gastrointestinal, contaminação bacteriana da
tações clínicas caracterizadas por dor de início súbito na região área queimada, perda de calor e fluido. Cuidados intensivos são
perineal e perianal, acompanhada de sinais flogísticos da área dispensadosaosqueimadosparalimitaraprogressãoderepercus-
cutânea afetada, evoluindo para lesões bolhosas, necrose cutâ- são sistêmica das queimaduras graves, prevenindo o desenvolvi-

244
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
mentodefalênciaorgãnica,sobretudorespiratório,cardíaca,renal Palavras-chaves:ProjetoNascer,Sífilis,TransmissãoVerticaldoHIV
e cerebral. além disso, devem ser mantidos o suporte nutricional
e o controle da infecção, principal causa de moirtalidade, uma vez
ultrpassado o período de estabilização. Os grandes queimados
apresentam um redução de 58% nas concentrações de glutamina, P309
que se mantêm baixas pelo menos vinte e um dias após o aciden- ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE INFECÇÕES DE SÍTIOS CIRÚRGI-
te. Com redução da glutamina neste período, as concentrações COS NA MATERNIDADE ESCOLA JANUÁRIO CICCO, NATAL RN.
podem deixar de manter a importante função imune, por compro-
moter a capacidade de proliferação das células. As mecessidades Autor(es): ELAINE CRISTINA ALVES Alves2,3, CARLOS AUGUSTO
de glutamina são particularmente elevadas quando o metabolis- MEDEIROS ARAÚJO ARAÚJO2,3, DANIEL CABRAL PEREIRA PINTO
mo é ativo, como no caso do grande queimado. O objetivo deste PINTO2,3, TAYNE ANDERSON CORTEZ DANTAS DANTAS2,3, TATIA-
trabalho é mostrar a redução da morbimortalidade e do controle NA XAVIER DA COSTA COSTA2,3, LÚCIA CALICH CALICH2,3, DANIEL
de infecções em pacientes queimados através da Glutamina. O le- CALICH LUZ LUZ2,3
vamento bibliografico foi feito através de artgos científicos nas lin-
guagens portuguesa, inglesas e espanhola, via internet, nas bases Instituição(ões):
de dados, MedLine, Sciel, LILACS, sendo considerados os resulta- 2. UFRN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
dos publicados nos últimos dez anosm considerados relevantes ao 3. MEJC, Maternidade Escola Januário Cicco
tema. A utilização da glutamina contribui na manutenção da fun-
çãoimunológicadoorganismoereduzosíndicesdemorbimortali- Resumo:
dadenastrêsprimeirassemanasapósoacidente.Esteaminoácido INTRODUÇÃO: Dentre as infecções hospitalares a infecção de sí-
não é somente utilizado pelo tecido muscular, mas também em tio cirúrgico (ISC) é a segunda em ordem de importância entre os
grande quantidade pelo sistema imunológico e digestivo. Portan- pacientes hospitalizados. Estima-se que no Brasil, a ISC apresente
to, a amnutenção da glutamina em n´veis normais no organismo, uma incidência de 2,8 a 20%, (média de 11%) dependendo do tipo
aumenta a espessura da mucosa intestinal o que pode prevenir de vigilância realizada, das características do hospital, do pacien-
a trsnslocação bacteriana, que está envolvida na falência orgãni- te e do procedimento cirúrgico. A histerectomia é uma operação
ca múltipla, reduzindo o número de complicações infecciosas e o cirúrgica da área ginecológica que consiste na retirada do útero.
tempo de internação. A histerectomia total abdominal (HTA) ocorre quando se retira o
corpo e o colo do útero através de incisão abdominal. A opera-
Palavras-chaves: QUEIMADURA, INFECÇÃO, PREVENÇÃO ção cesariana é uma técnica cirúrgica utilizada para retirar um feto
de dentro do útero quando ocorrem dificuldades encontradas na
evoluçãodeumtrabalhodeparto.OBJETIVO:Esseestudoobjetiva
comparar as taxas de infecções de sítios cirúrgicos em pacientes
P308 submetidas à HTA e a Cesariana na Maternidade Escola Januário
APLICAÇÃO DO PROJETO NASCER EM UMA INSTITUIÇÃO FILAN- Cicco (MEJC), em Natal (RN), no período de janeiro a dezembro
TRÓPICA DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE de 2009. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal com
coleta de dados em prontuários e em registros da comissão de
Autor(es): Luciana Medeiros Marinho Mendes Bezerra Martins, controle de infecção hospitalar (CCIH) da MEJC, realizado entre
Elisabeth Santiago Dreyer, Josineide Muniz Cordeiro janeiro e dezembro de 2009. A amostra foi composta por 2875 ci-
rurgias, sendo 304 HTA e 2571 cesarianas. As taxas de infecções
Instituição(ões): 1. HMG, Hospital Memorial Guararapes nos diferentes tipos de cirurgias foram comparadas por meio de
aplicação do Teste t Student. O nível de rejeição da hipótese de
Resumo: nulidade foi fixado em 5% ou p < 0,05. RESULTADOS: Das 2571 ce-
Introdução: Quanto mais precoce o diagnóstico da infecção pelo sarianasrealizadas54(2,1%)evoluíramcomISCincisional.Das304
HIVnagestante,maioressãoaschancesdeseevitaratransmissão HTA realizadas, no mesmo período, 20 (6,5%) evoluíram com ISC
vertical. O uso de medicamentos antirretrovirais (AZT) em gestan- incisional. Foi observada diferença estatisticamente significativa
tes e recém-nascidos, a cesariana programada e a substituição do (p=0,001) entre as taxas de infecções ocorridas nos sítios cirúr-
aleitamento podem reduzir o risco de transmissão de mãe para gicos quando se comparou os tipos de procedimentos em estu-
filho. Objetivos: Analisar sorologias para HIV e sífilis solicitadas no do. CONCLUSÃO: Embora as taxas de ICS das cirurgias estudadas
pré-natal e na instituição e a adoção de medidas profiláticas e/ encontrem-se abaixo da média nacional (11%), conclui-se que a
ou terapêuticas. Métodos: Pesquisa descritiva de natureza quan- taxa de infecção das HTA foi superior a das cesarianas, fazendo-se
titativa e retrospectiva, dados coletados em 8.495 prontuários necessário que medidas de controle de infecção sejam reiteradas
de gestantes admitidas para assistência obstétrica no período de com o intuito de reduzí-las.
janeiro de 2008 a dezembro de 2009. Resultados: No pré-natal,
12% das gestantes realizaram sorologia para HIV e 30% para sífilis. Palavras-chaves: Cesária, Histerectomia total abdominal, Sítio Ci-
Na maternidade, o teste rápido para HIV foi realizado em 98,8% ríugico, Infecção
das gestantes e VDRL para 100%. Neste período, foram notifica-
das 27 gestantes como sendo HIV positivo (0,32%) e 40 com sífilis
(0,47%), sendo utilizada a profilaxia preconizada pelo Ministério
da Saúde. Conclusão: O Projeto Nascer mostra-se extremamente P310
importante, uma vez que reduz o risco de transmissão vertical do ESTUDO DESCRITIVO DE UTILIZAÇÃO DE PIPERACILINA/ TAZO-
HIV de 25% para 2%, além de servir como instrumento educacio- BACTAM PARA TERAPIA EMPÍRICA DE PNEUMONIA ASSOCIADA
nal atuando no contexto de responsabilidade social na transmis- À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI DE UM HOSPITAL UNIVERSI-
são do HIV da mãe para o filho. TÁRIO.

245
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Autor(es): MAYRA CARVALHO RIBEIRO2, ELSA MASAE MAMIZUKA
MAMIZUKA2, CRISTINA AKIKO TAKAGI1
P311
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO: A ENFERMAGEM NO CONTROLE
E PREVENÇÃO.
Instituição(ões):
1. HU-USP/SP, Hospital Universitário da Universidade de São Paulo
Autor(es): Amanda Xavier, Tâmara Burgos, Marina Ferraz, Morga-
2. FCF-USP/SP, Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP
na de Lima, Paula Silva
Resumo:
Instituição(ões): 1. UFPE-CAV, Universidade Federal de Pernambu-
INTRODUÇÃO: A pneumonia associada à ventilação mecânica
co-Centro Acadêmico Vitória
(PAVM) é uma infecção relacionada à assistência a saúde adqui-
rida após 48 horas de intubação orotraqueal. A PAVM preocupa
pela alta morbi-mortalidade e pelos custos envolvidos na Unidade Resumo:
deTerapiaintensiva(UTI).Aescolhadaantibioticoterapiaempírica INTRODUÇÃO A Infecção Hospitalar (IH) é uma das principais
deve ser direcionada aos agentes etiológicos mais freqüentes na complicações que pode ser adquirida pelo paciente em âmbito
UTI, em um determinado período de tempo. No HU-USP, o antibi- Hospitalar. Dentre as IH, a Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) merece
ótico piperacilina/tazobactam foi escolhido para terapia empírica destaque pela sua alta prevalência, representando cerca de 11%
dePAVM.Arealizaçãodeumestudoobservacionaldousodepipe- de todas as IH. Apesar dos esforços das Comissões de Controle de
racilina/tazobactam faz-se necessária para descrever os pacientes Infecção Hospitalar (CCIH) e do avanço tecnológico que permiti-
que utilizaram esse esquema terapêutico, identificar problemas e ram o desenvolvimento na área da saúde, a ISC ainda permanece
resultados negativos relacionados ao seu uso (RNM). OBJETIVOS: um problema de saúde pública. OBJETIVO Este estudo descreve os
Realizar estudo observacional e descritivo da utilização de pipera- principais fatores de risco para ISC, bem como, a atuação da enfer-
cilina/tazobactam após introdução do protocolo terapêutico para magem no tocante ao seu controle. METODOLOGIA O estudo re-
PAVM. MÉTODOS: Foram incluídos no estudo 39 pacientes maio- alizou uma revisão bibliográfica acerca dos fatores relacionados a
res de 18 anos que utilizaram piperacilina/tazobactam no período ISC em pacientes submetidos a cirurgia Geral e do papel da enfer-
de novembro de 2008 a junho de 2009. Para cada paciente foram magem na prevenção e controle, mediante a busca dos principais
preenchidas fichas de coleta de dados com informações sobre os artigos indexados aos bancos de dados do Lilacs, Bireme e Scielo.
dadosdopaciente,dadosdaantibioticoterapia,acompanhamento Ao total foram analisadas 33 publicações. RESULTADOS Os diver-
farmacoterapêutico do paciente, resultado de cultura de secreção sos estudos mostraram que os principais fatores de riscos para ISC
traqueal no período de utilização do antibiótico e investigação podem estar relacionados às condições inerentes ao paciente e à
de eventos adversos. RESULTADOS: 53,8% dos pacientes eram do assistência oferecida no período perioperatório. Os autores ain-
sexo masculino e 46,2% do sexo feminino. A média de idade da da afirmam que os principais sinais e sintomas envolvidos são os
população estudada foi de 56,9 anos e a permanência hospitalar da inflamação geral acrescidos de secreção purulenta, desde que
e em UTI foram, respectivamente, 44,46 e 24,97 dias. Em 48,8% essaúltima,nãotenharelaçãocomreaçãocausadaaprópriasutu-
dostratamentoshouveassociaçãocomaminoglicosídeos,associa- ra. Alguns autores relatam a importância do papel da enfermagem
ção proposta em casos de risco de isolamento de Pseudomonas nocontroledestaproblemática,ressaltandosuaatuaçãonaCCIHe
aeruginosa na cultura de secreção traqueal. Em relação aos pro- nos cuidados operatórios, além das medidas de educação em saú-
blemas relacionados ao medicamento (PRM), verificou-se que 15 de fornecidas por estes profissionais. CONCLUSÃO Nesse contex-
pacientes receberam em algum momento dose não ajustada à sua to, a ISC continua representando um grande problema hospitalar,
funçãorenalouindicaçãodaterapiapropostae3receberamtrata- destacando-se o importante papel da Enfermagem na vigilância
mento superior a 14 dias. Estes dados demonstram a necessidade epidemiológica e educação continuada, buscando através de co-
de divulgação à equipe multiprofissional sobre as características nhecimento científico capacitar toda equipe, como também cons-
específicas dos medicamentos incluídos na padronização, como cientizar os demais profissionais da unidade hospitalar acerca das
estratégia para diminuição da incidência dos problemas observa- precauções padrões de prevenção destas infecções hospitalares.
dos. Foram detectadas 4 reações adversas, sendo 3 possivelmente
associadas ao medicamento e uma classificada como duvidosa. A Palavras-chaves: Cirurgia, Enfermagem, Infecção
partir das culturas de secreção traqueal dos pacientes foi possível
a identificação de 9 isolados de Staphylococcus aureus, 6 de Aci-
netobacter baumannii e 5 de Pseudomonas aeruginosa. Todos os
isolados de Acinetobacter baumannii eram resistentes à piperaci-
P312
OS DESAFIOS DO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM UNI-
lina/ tazobactam, fato que contribuiu para suspensão da utilização
DADE DE TERAPIA INTENSIVA
desse antibiótico pelo HU-USP em Julho de 2009. CONCLUSÃO: O
seguimento farmacoterapêutico dos pacientes que utilizaram pi-
peracilina/ tazobactam no HU-USP mostrou ser uma ferramenta Autor(es): Renata Albino Barros, Tatiane Castanha de Melo, Kha-
válida na detecção de PRM e RNM associados à terapia. rolyne Keller Moreira Silva, Adrenny Nunes Tavares da Silva, Rebe-
ca Barroso Batista, Aurora Karla de Lacerda Vidal
Instituição(ões): 1. UPE, Universidade de Pernambuco
Palavras-chaves: Piperacilina/ tazobactam, Pneumonia Associada
à Ventilação Mecânic, Seguimento Farmacoterapêutico, Unidade
de Terapia Intensiva, Farmácia Clínica Resumo:
Estudos apontam as infecções hospitalares (IHs) como as mais
freqüentes complicações do tratamento em Unidades de Terapia
Intensiva (UTI). Tendo em vista a multiplicidade de fatores interve-
nientes objetivou-se neste estudo verificar quais contribuem para
dificultar o controle de infecção nas UTIs. Foi realizado estudo de

246
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
revisão de literatura onde se buscou artigos publicados disponí- tância e a intensidade com que elas se apresentam aumentam no
veis, na internet, nos sistemas de bases de dados: Medlars on line avanço da idade; isso ocorre devido o impacto que o sistema imu-
Literatura Internacional (Medline), Literatura Latino Americana e ne, a imunossescência. Este trabalho tem por objetivo realizar um
do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e site da Biblioteca Virtu- resgate na literatura sobre as infecções relacionadas à assistência
al de Saúde (BVS). Os resultados evidenciam que a lavagem das à saúde no processo de envelhecimento, suas características e
mãos continuasendoum desafio asersuperado. Alémdisso,éne- cuidados de enfermagem. Escolhemos a abordagem quantitativa
cessário maior interação entre a equipe em busca da redução das do tipo revisão bibliográfica, obedecendo às considerações éticas
IHs. Na UTI, as IHs podem atingir taxas em torno de 20% ou mais, presentes na Resolução 311/2007 do COFEN. Foram levantados
de acordo com a doença de base do paciente e outros fatores de dados através de fontes da literatura, sistemas de informação
risco. Neste setor, são inúmeros fatores predisponentes para aqui- on line, periódicos e revistas científicas. Das fontes bibliográficas
sição de IHs visto que é um setor de monitorização intensiva por pesquisadas, todas asseguram a susceptibilidade/vulnerabilidade
muitas vezes associadas a métodos invasivos. As IHs, em UTI, são dos idosos às infecções decorrentes das alterações na função ce-
comumente associadas a microorganismos da flora endógena do lular, características do processo de senescência. Reafirmamos o
paciente ou na flora do ambiente hospitalar. Entre as bactérias crescente envelhecimento populacional com todos os seus efeitos
mais prevalentes neste tipo de unidade estão o Staphylococcus (sociais e fisiológicos), enfatizando a importância da abordagem
epidermidis, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus sp. e Cân- desse assunto; Com profissionais de saúde conhecedores dessas
dida sp., sendo este o agente que apresenta maior incidência de mudanças decorrentes do envelhecimento vai existir melhor dire-
infecções.Agentes isolados de pacientes de terapia intensiva são cionamento do cuidado ligados à assistência dos idosos. Para que,
mais propensas a serem resistentes a múltiplos antimicrobianos e tanto os idosos quanto os cuidadores saibam lidar com a situação,
a UTI age como epicentro destes agentes para as demais unidades os profissionais de saúde devem se aprofundar no tema e utilizar
hospitalares. A localização topográfica mais freqüentemente aco- medidas educativas mostrando que as modificações apresentadas
metida é a infecção respiratória baixa, visto que estes pacientes se no decorrer da idade são naturais.
submetem a longos períodos de ventilação mecânica. No entanto,
as infecções ligadas à cânula venosa têm maior taxa de mortali- Palavras-chaves: senescência, saúde, imunossescência
dade, mesmo com incidência mais baixa. Conclui-se que a UTI é
caracterizada como unidade de alto risco de IHs, portanto requer
ênfase nos cuidados de rotina. Esforços devem ser realizados para
evitar transmissão horizontal de microorganismos, associando-se P314
às precauções-padrão, medidas de controle de disseminação de AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE DO-
agentesmultirresistentes.Apresençadestesagentesdevesermo- ENÇAESTREPTOCÓCICANEONATALNAMATERNIDADEDEHOSPI-
nitorizada periodicamente, a fim de evitar surtos de infecção. Os TAL DE GRANDE PORTE
avanços tecnológicos trouxeram benefícios incontáveis ao pacien-
te critico, mas, trouxeram também riscos maiores a complicações Autor(es): Daniele Ferreira de Faria Bertoluci, Lara Tânia de As-
devido ao maior potencial invasivo dos procedimentos. sumpção D. G. de Oliveira, Claudia Balbuena Dal Forno

Palavras-chaves: Complicações, Desafios, Infecção hospitar, Pa- Instituição(ões):1. SBIBAE, Sociedade Beneficente Israelita Brasi-
ciente critico, Unidade de terapia intensiva leira Albert Einstein

Resumo:
INTRODUÇÃO:ADoençaEstreptocócicaNeonatal(DEN)temcomo
P313 seu agente etiológico o Estreptococo do Grupo B (EGB), um coco
ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA DAS INFECÇÕES RELACIONADAS À AS- Grampositivoquecolonizaassintomaticamenteostratosgastroin-
SISTÊNCIA À SAÚDE NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO testinal e genitourinário de humanos adultos, porém é predomi-
nante causa de doença invasiva bacteriana em neonatos. O EGB
Autor(es): Gabriela Neves Cavalcante, Catyanne Maria de Arruda coloniza de maneira transitória, crônica ou intermitente cerca de
Ferreira, Isabely Pereira Cavalcante, Débora de Sousa Nascimento 10 – 40 % das gestantes, cerca de 50 - 70% dos recém nascidos
Guerra de mães portadoras de EGB são colonizados e, destes de 1 – 2
% desenvolvem a DEN. A DEN pode resultar em morte, gerar se-
Instituição(ões): qüelas ou recorrência de infecção. Em 1996 o American College of
1. UEPB, UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA Obstreticians and Gynecologists (ACOG) e o Centers for Disease
Control and Prevention (CDC), publicaram consensos, em 1997,
Resumo: a American Academy of Pediatrics (AAP) revisou suas recomen-
O envelhecimento populacional é considerado um fenômeno uni- dações propostas em 1992. Em 2002, ACOG e CDC publicaram
versal. O aumento dos números da população idosa desencadeia novos consensos, que baseiam até hoje estratégias de controle e
modificações na sociedade em vários aspectos (políticos, econô- prevenção da DEN. OBJETIVO: Avaliar a adesão ao protocolo de
micos, sociais, culturais, etc.), porém, a saúde dessa população é prevenção da DEN na Maternidade de Hospital de Grande Porte
um dos aspectos mais preocupantes (se não o mais), pois, muitas em São Paulo – SP. MÉTODO: Estudo de Coorte retrospectivo, que
vezes, vem acompanhada de doenças crônico-degenerativas, o analisou 581 prontuários de parturientes internadas no período
que acarreta complicações e limitações de saúde. No transcorrer de janeiro a junho de 2008. RESULTADO: A adesão ao protocolo
do envelhecimento é possível notar mudanças funcionais decor- foi de 61%. A coleta foi solicitada para 78% das parturientes (456).
rentes das alterações na função celular, típicas do processo de Com cultura positiva para EGB em 22% (100). Em 59% destas (59),
senescência. As doenças infecciosas representam uma ameaça o protocolo não foi seguido corretamente, sendo as principais não
expressiva de morbidade e mortalidade aos idosos, pois, a cons- conformidades: tratamento no período da coleta e realização de

247
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
profilaxiasemindicação.ApesquisaparaEGBnãofoisolicitadaem interrompidos e iniciado esquema de vancomicina por 9 dias. Dia
22% da população estudada (125), e nestes casos, apenas em 6% 16/04 hemocultura de controle negativa e dia 17/04 hemocultu-
a pesquisa não era realmente indicada devido à idade gestacional ra também negativa. Recebeu alta no 42° dia de internação apre-
e nestes casos o protocolo por fator de risco foi seguido corre- sentando peso = 2040g, perímetro cefálico = 34 cm, estatura = 44
tamente. Verificou-se ainda que, neste período, não houve DEN cm. Dieta por aleitamento materno e leite artificial (45ml) a cada
diagnosticada com hemocultura positiva. CONCLUSÃO: Apesar da 3 horas. Conclusão: No recém-nascido, os sinais e sintomas de in-
adesãoaoProtocolodePrevençãodaDENtersidosuperiora60%, fecção são sutis e rápidos, tornando-se essencial a presença de
osresultadosdesteestudoapontamparanecessidadedecontínua uma equipe treinada que tenha atenção quanto às mudanças que
educação dos profissionais de saúde envolvidos a fim de melhorar prenunciam uma infecção. Sendo assim, torna-se fundamental as
a adesão ao protocolo e despertar na equipe a importância de se estratégias de treinamento elaboradas pela Comissão de Controle
fazerapesquisaparaEGBnoperíodoadequado,deformaagaran- de Infecção Hospitalar (CCIH), além de possibilitar o despertar da
tir a prevenção da DEN. equipe de saúde num contexto geral.

Palavras-chaves: Doença Estreptocócica Neonatal (DEN), Estrepto- Palavras-chaves: Gastrosquise, Infecção da Ferida Operatória, Te-
coco do Grupo B (EGB), Protocolo de Prevenção rapia Intensiva Neonatal

P315 P316
RECÉM-NASCIDO EM PÓS-OPERATÓRIO DE GASTROSQUISE: CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E NO CONTROLE
UM CASO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO. DE INFECÇÃO HOSPITALAR ASSOCIADA AO CATETERISMO PERI-
FÉRICO: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Autor(es): Aline Verônica de Oliveira Gomes, Ana Paula Alencar
Macário da Silva, Camilla Ferreira Catarino, Carlos Eduardo da Silva Autor(es): Silvana Maria Pereira, Edivânia Maria da Silva, Thaíse
Figueiredo, Fabíola de Oliveira Kegele, Mari Helena Gonçalves de Torres de Albuquerque, Nelson Miguel Galindo Neto, Isabel Cris-
Carvalho, Maria de Fátima Costa, Mirza Rocha Figueiredo tina Guerra Spavoc, Viviane de Araújo Gouveia, Ellen Cristina Bar-
bosa dos Santos
Instituição(ões): 1. IFF, Instituto Fernandes Figueira
Instituição(ões): 1. UFPE-CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PER-
Resumo: NAMBUCO
A Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) é uma das infecções mais co-
muns relacionada à assistência à saúde no Brasil, sendo uma Resumo:
complicação relevante, uma vez que contribui para o aumento A presente investigação é uma revisão integrativa que teve como
da morbimortalidade dos pacientes pós-cirúrgicos. Estima-se que objetivobuscareavaliarasevidênciascientíficasdisponíveissobre
no Brasil, 60% da mortalidade infantil têm como principal causa a os cuidados de enfermagem na prevenção e no controle da infec-
sepse neonatal (DATASUS, 2008). Além disso, dentro dessa classe, ção hospitalar associada ao cateterismo periférico, no período de
encontramosdiversosneonatosportadoresdemalformaçõescon- 1999 a 2010. Para tanto, a seleção dos estudos foi realizada por
gênitas e, em alguns casos, logo após o nascimento, essas crian- meio de três bases de dados: PUBMED (National Library of Me-
ças são submetidas a procedimentos cirúrgicos, como no caso dicine), MEDLINE/BVS (Medical Literature Analysis and Retrieval
da gastrosquise. Sendo assim, é de extrema importância, que o System Online/Biblioteca Virtual em Saúde) e LILACS (Literatura
profissional de saúde esteja atento e devidamente treinado para Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), resultando
os cuidados com as feridas cirúrgicas desses pacientes. Objetivo: em 12 artigos científicos. A apresentação dos artigos incluídos
Descrever um caso de uma RN com gastrosquise que apresentou nessa revisão integrativa foi distribuída em quadros, considerando
infecção de ferida operatória; identificar a terapêutica antimicro- os seguintes pontos: periódico, ano/país, título, autoria, tipo de
biana utilizada e a evolução do caso. Metodologia: Trata-se de um estudo, objetivo, resultados e conclusão. Os resultados foram dis-
estudo descritivo, com abordagem qualitativa, de caráter explora- cutidos de forma descritiva e em consonância com o objetivo pro-
tório, do tipo estudo de caso. O estudo foi desenvolvido em uma posto. As intervenções de enfermagem devem visar à redução da
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), de um hospital de introduçãodemicroorganismospelocatéterperiférico.Paratanto,
referência em malformações cirúrgicas com uma RN portadora a lavagem correta das mãos e a execução de técnica asséptica du-
de gastrosquise. A coleta de dados foi realizada através de bus- rante a punção e troca do curativo do catéter são indispensáveis.
cas semanais no prontuário da paciente, onde foram coletados a Assim, destaca-se a importância da equipe de enfermagem estar
anamnese e o acompanhamento das evoluções do serviço médico embasada cientificamente para o desempenho do procedimento
e de enfermagem. O estudo foi realizado desde o primeiro dia de de cateterização periférica e manutenção desse catéter, como for-
internação da UTIN até a alta hospitalar da paciente, resultando ma de prevenir e controlar a infecção hospitalar relacionada ao
em 42 dias de internação. Resultados: A recém-nascida permane- cateterismo periférico.
ceu 26 dias com cateter epicutâneo (PICC) e dieta por Nutrição
Parenteral Total (NPT). No 37° dia de internação, apresentou hi- Palavras-chaves: CATETERISMO PERIFÉRICO, CUIDADOS DE EN-
peremia de ferida operatória persistente. Um dia depois, além da FERMAGEM, ENFERMAGEM, INFECÇÃO HOSPITALAR, PREVENÇÃO
hiperemia, apresentou edema, calor, dor à palpação abdominal e E CONTROLE
hipoatividade. No mesmo dia foi colhido hemocultura e iniciado
tratamento com antimicrobianos, amicacina (3 dias) e oxacilina (5
dias). Após o resultado da hemocultura (positivo para Estafiloco-
cos Epidermidis resistente a oxacilina) ambos antibióticos foram

248
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P317 Clemente2, Edna Maria Rezende2, Roberta Maia de Castro Roma-
INFECÇÃOHOSPITALAR:OCUIDADODEENFERMAGEMNAPNEU- nelli2
MONIA NOSOSCOMIAL
Instituição(ões):
Autor(es): Silvana Maria Pereira, Edivânia Maria da Silva, Vanessa 1. EE - UFMG, Escola de Enfermagem - Universidade Federal de
Carolina Lucena Freire Arantes, Ariane Auxiliadora Dias, Niedja Va- Minas Gerais
nessa Lopes de Oliveira, Raquel de Fátima Santos de Farias, Tássia 2. CCIH - HC/UFMG, CCIH - Hospital das Clínicas/UFMG
Campos de Lima e Silva, Sônia Maria Josino dos Santos
Resumo:
Instituição(ões): 1. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PER- INTRODUÇÃO - As Infecções Hospitalares (IH) são importantes
NAMBUCO causasdemorbi-mortalidadeesãofreqüentesemrecém-nascidos
internados em unidades neonatais. Para o controle de IH é impor-
tante a execução de práticas simples como a lavagem das mãos,
Resumo:
a utilização correta de medidas de precaução e conscientização
Pneumonia é uma patologia bastante incidente em pacientes in-
da equipe de saúde sobre estas medidas aliadas à orientação dos
ternados em UTI’s. Sendo assim, seu diagnóstico e tratamento
acompanhantes do paciente. A educação de pacientes é uma ex-
devemserprecocesafim dereduzir aseveridadeda doençaeme-
periência planejada, usando uma combinação de métodos como
lhorarseuprognóstico.Apresenteinvestigaçãoatravésdeumare-
ensino, aconselhamento e técnicas de modificação de comporta-
visão integrativa teve como objetivo buscar e avaliar as evidências
mento. OBJETIVO - O objetivo do presente estudo foi educar pais
científicas disponíveis sobre os aspectos que resultam na infecção
e responsáveis por RN internados em uma unidade neonatal com
nosocomial, destacando a pneumonia e o cuidado de enferma-
orientações sobre medidas de prevenção de infecção em Unidade
gem, evidenciando os fundamentos que norteiam a compreensão
Neonatal. MÉTODOS - Trata-se de estudo prospectivo, com aplica-
deste fenômeno de indiscutível importância para a assistência
ção de questionários às mães e acompanhantes de recém nasci-
a pacientes internos na UTI. O tema é trabalhado no sentido de
dos na Unidade Neonatal do Hospital das Clínicas da Universidade
evidenciar a responsabilidade em prevenir e controlar a infecção
Federal de Minas Gerais, realizado nos meses de Agosto de 2008
como sendo papel inerente aos profissionais da equipe de saúde,
à Abril de 2009. O questionário foi aplicado em duas diferentes
evidenciando o papel do enfermeiro no desenvolvimento dessas
amostras, selecionadas aleatoriamente, antes e após as orienta-
ações e educação continuada como estratégia de medidas efica-
ções de prevenção de infecção baseadas nas normas de vigilância
zes na busca da qualidade do cuidado. Para tanto, a seleção dos
sanitária e Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) lo-
estudos foi realizada por meio de três bases de dados: PUBMED
cal.RESULTADOS-Asorientaçõeseaplicaçãodosquestionáriosfo-
(National Library of Medicine), MEDLINE/BVS (Medical Literature
ram feitas a 268 usuários, sendo que 121 deles receberam a orien-
Analysis and Retrieval System Online/Biblioteca Virtual em Saúde)
tação previamente a aplicação do questionário e 147 receberam
e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
as informações após o preenchimento. Observou-se que houve
Saúde). A apresentação dos artigos incluídos nessa revisão inte-
percentual de acerto maior após as orientações em todas as ques-
grativa foi de suma importância para obtenção dos resultados que
tões. No entanto, através do teste Pearson Chi-Square concluiu-se
foram discutidos de forma descritiva do tipo exploratória e em
que houve diferenças estatísticas significativas (p<0,05) entre os
consonância com o objetivo proposto, para assim, proporcionar
grupos na quase totalidade das perguntas do questionário. Ape-
maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais
nas duas das quatorze questões não tiveram diferença estatística
explícito. Destaca-se assim, a formação profissional que visa à pre-
significativa, que se referiam à patogenicidade dos microrganis-
venção como condição necessária para se concretizar um progra-
mos e a resposta imunológica dos RN, podendo ser consideradas
ma de controle de infecção nosocomial, descrevendo-se as prin-
questões mais técnicas de difícil assimilação pela população leiga.
cipais causas e microorganismos envolvidos. Foi identificado que
Observou-se, de modo geral, um grande interesse e atenção de
todos os profissionais da área de saúde, inclusive os enfermeiros,
mães e acompanhantes durante as orientações e importante cola-
que lhe dão com esses pacientes devem agir em concordância,
boração ao responderem ao questionário. CONCLUSÃO - Conclui-
adotando medidas de prevenção da infecção nosocomial, a fim de
se que essa foi uma medida eficaz para educação de responsáveis
reduzir os riscos para a sua ocorrência, prevenindo a colonização
pelos recém nascidos que adquiriram noções básicas de infecção
do trato aerodigestivo e a aspiração de secreções contaminadas
após as orientações e por isso podem contribuir para o controle e
para as vias áereas inferiores, o que diminui a taxa de mortalidade
prevenção de infecções na Unidade e em casa após a alta.
de seus pacientes.
Palavras-chaves: controle de infecções, recém-nascido, vigilância
Palavras-chaves: CUIDADOS DE ENFERMAGEM, INFECÇÃO NOSO-
COMIAL, PENUMONIA, PREVENÇÃO E CONTROLE, UNIDADES DE
TERAPIA INTENSIVA
P319
REDUÇÃO DE PNEUMONIAS ASSOCIADAS À VENTILAÇÃO MECÂ-
NICA APÓS IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS
P318
AÇÕES EDUCATIVAS PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES HOSPITA-
LARES EM UMA UNIDADE NEONATAL Autor(es): TATIANA SANTANA BUENO DA SILVA, ANDREA GURGEL
BATISTA LEITE, VANIA MARIA FRADE BORRIELLO DE ANDRADE,
MARIA LUIZA PIRES, EVELYN DE SENA SIMPSON, FLÁVIA GOMES
Autor(es): Mayara Sousa Vianna1, Guilherme Augusto Armond*2,
CARDOZO
Aline Martins Braga1, Luciana Camponez de Ávila Menezes1, Dir-
ciana Cangussu2, Lenize Adriana de Jesus2, Wanessa Trindade
Instituição(ões): 1. HL, HOSPITAL DA LUZ

249
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Resumo: indispensável na assistência à saúde, particularmente nas unida-
INTRODUÇÃO: A PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂ- des de terapia intensiva (UTI). Contudo, apesar de oferecerem
NICA (PAV) É UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE INFECÇÃO HOSPI- acesso vascular necessário, sua utilização expõe os pacientes a
TALAR (IH) SEGUNDO DADOS DO NNISS (NATIONAL NOSOCOMIAL riscos de complicações infecciosas. As infecções da corrente san-
INFECTION SURVAILLANCE SYSTEM) DO CDC (CENTER OF DISEA- guínea associadas ao uso de cateteres venosos centrais (ICS-CVC)
SESCONTROLANDPREVENTION)TENDOIMPACTORELEVANTENA representam 10-20% das infecções associadas à assistência à saú-
MORBI- MORTALIDADE DOS PACIENTES E NO AUMENTO DA PER- de, aumentando os custos, o tempo de hospitalização e a morbi-
MANÊNCIA HOSPITALAR.OBJETIVO: O OBJETIVO DESTE ARTIGO mortalidade dos pacientes. Estratégias têm sido identificadas para
É CORRELACIONAR A IMPLANTAÇÃO EFICAZ DO PROTOCOLO DE reduziraincidênciadestasinfecçõescomoaimplementaçãodein-
MEDIDAS DE PREVENÇÃO DAS PAV S COM A REDUÇÃO DA DENSI- tervenções focadas em medidas simples denominadas “bundles”.
DADE DESTA INFECÇÃO NUMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Objetivo: Avaliar o impacto da aplicação de pacotes (bundles) de
ADULTO (UTI) DE UM HOSPITAL PRIVADO EM SÃO PAULO (HOS- capacitação na prevenção das ICS-CVC. Método: Realizou-se um
PITAL DA LUZ). MATERIAL E MÉTODOS: A PARTIR DE MÊS DE DE- estudo de intervenção com abordagem analítica comparativa no
ZEMBRO DE 2008 OS PROFISSIONAIS DO SERVIÇO DE CONTROLE período de julho a dezembro de 2009 na UTI coronária com 30
DE INFECÇÃO HOSPITALAR (SCIH) EM CONJUNTO COM EQUIPE leitos. Foram capacitados todos os profissionais de enfermagem
MULTIDISCIPLINAR DA UTI DE UM HOSPITAL GERAL INICIARAM (70 profissionais) e médicos (17 profissionais) atuantes na unida-
IMPLANTAÇÃO DE PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE PAV BASEADAS de.Acapacitaçãofoirealizadanaformadepacotesdeações.Cada
NAS RECOMENDAÇÕES DO CDC, SHEA (THE SOCIETY FOR HEALTH- pacote contém três ações de caráter cumulativo. Pacote 1: higie-
CAREEPIDEMIOLOGYOFAMÉRICA),APECIH(ASSOCIAÇÃOPAULIS- nização das mãos, desinfecção das conexões com álcool 70% e a
TA DE EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADA troca do curativo diariamente. Pacote 2: barreira máxima para a
À ASSISTÊNCIA À SAÚDE) ONDE FORAM REALIZADOS CHECKLISTS instalaçãodeCVC,trocasdelinhasdeinfusãoepreparodapelena
DOS ITENS RELACIONADOS COM CORREÇÃO DAS NÃO CONFOR- instalação. Pacote 3: controle de troca dos cateteres; desinfecção
MIDADES EM TEMPO REAL. ALÉM DISTO, FORAM REALIZADAS antes da abertura das ampolas e troca do protetor de cone luer
VISITAS SEMANAIS INCLUINDO MEMBROS DOS SETORES ACIMA nas infusões intermitentes. Concomitantemente foram realizadas
MENCIONADOS E REUNIÕES MENSAIS PARA DISCUSSÃO DOS visitas semanais para monitoração do cumprimento das medidas,
RESULTADOS E DA ADESÃO DAS MEDIDAS INCLUÍDAS NO PRO- nas quais cada profissional era observado e abordado individual-
TOCOLO.RESULTADOS: AS MÉDIAS DAS TAXAS DE DENSIDADE DE mente. Também, foi realizada observação direta dos cuidados re-
INCIDÊNCIA DE PAV NOS ANOS DE 2008 E 2009 FORAM DE 15,8 E alizados com CVC, por meio da aplicação de um check list e acom-
14,8 / 1000 RESPECTIVAMENTE (P= 0,658). A MÉDIA DA TAXA DE panhamento das taxas de ICS-CVC. Resultados: Verificou-se uma
UTILIZAÇÃO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA EM 2008 FOI DE 38,4 EN- redução de 31,3% na taxa de ICS-CVC de 4,8/1000 cateteres dia no
QUANTOQUEEM2009FOIDE43,2(P=0,034).ISSODEMONSTRA período pré-intervenção (janeiro a junho de 2009) para 3,3/1000
QUE AS MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE FORAM EFICAZES, cateteres dia no período pós (julho a dezembro). A densidade de
POIS, MESMO COM O INCREMENTO DO NÚMERO DE PACIENTES utilização (DU) do CVC no período pré foi de 34,4 e no período
SUBMETIDOSÀVENTILAÇÃOMECÂNICA,CONSEGUIU-SEREDUZIR pós foi de 26,1. Conclusão: O estudo demonstrou que a estratégia
AS INFECÇÕES RELACIONADAS A ESTE PROCEDIMENTO.CONCLU- de capacitação na forma de aplicação de pacotes, realizados na
SÕES: A INCIDÊNCIA DE PAV MOSTROU TENDÊNCIA À REDUÇÃO própriaunidadedeatuaçãodosprofissionaiseseguidademonito-
APÓS IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE PROFILAXIA. MESMO raçãocontínuaeindividualizadafoiefetivaparamelhoraraadesão
NÃO TENDO ALCANÇADO SIGNIFICÂNCIA ESTATÍSTICA , ACREDITA- às recomendações e reduzir a incidência de ICS-CVC.
MOS QUE O PROTOCOLO TEM SIDO EFICAZ POIS, MESMO COM
O AUMENTO CONSIDERÁVEL DE UTILIZAÇÃO DE VENTILAÇÃO Palavras-chaves: prevenção, capacitação, infecção da corrente
MECÂNICA, HOUVE DIMINUIÇÃO DA DENSIDADE DE INCIDÊNCIA sanguínea
DA INFECÇÃO.PORÉM, PRECISAMOS DE UM MAIOR PERÍODO DE
AVALIAÇÃO PARA ATINGIRMOS UMA SIGNIFICÂNCIA ESTATÍSTICA
E CONCLUSÕES DEFINITIVAS.
P321
Palavras-chaves: PAV, PREVENÇÃO, VAP AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES DO TRATO URINÁ-
RIO OCORRIDAS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NA CIDADE
DE TAUBATÉ – SP

P320 Autor(es): MARINA MOREIRA, GABRIELA FAGUNDES STADTLOBER,


O IMPACTO DA APLICAÇÃO DE PACOTES DE CAPACITAÇÂO (BUN- ADRIANA GIUNTA CAVAGLIERI, MARIA ELISA MOREIRA, MARIA
DLE) NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA TERESINHA RIBEIRO FERREIRA, JORGE HENRIQUE YOSCIMOTO KO-
RELACIONADA A CATETER VENOSO CENTRAL ROISHI

Autor(es): ANA CAROLINA OLIVEIRA FILHIOLINO, Dirceu Carrara, Instituição(ões): 1. UNITAU - HUT, UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ -
Tânia Mara Strabelli Varejão, Daiane Patricia Cais, Suzi França Ne- HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ
res, Patricia Ana Paiva Corrêa Pinheiro
Resumo:
Instituição(ões): 1. InCor HCFMUSP, Instituto do Coração dO Hos- Introdução: as Infecções do Trato Urinário (ITU) são considera-
pital das Clínicas da FMUSP das importantes causas de Infecções Relacionadas à Assistência
a Saúde (IRAS), tanto pela alta freqüência, como pelas possíveis
Resumo: complicações e repercussões econômicas. Objetivo: conhecer a
Introdução: Os cateteres vasculares constituem uma tecnologia incidência de ITUs ocorridas, identificando o perfil dos pacientes

250
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
acometidos, microorganismos envolvidos e sensibilidade aos anti- infecção foram a clínica de ortopedia com 41,73% seguido pela
microbianos. Método: trata-se de estudo epidemiológico do uni- clínica cirúrgica com 22,30%. Cabe ressaltar que o hospital pos-
verso das ITUs registradas no Serviço de Vigilância e Controle de sui outras alas cirúrgicas como maternidade e clínica particular
Infecção Hospitalar (SVCIH) do Hospital Universitário de Taubaté- onde são feitos diversos procedimentos cirúrgicos; as cirurgias
SP, nos anos de 2001 a 2009. Resultados: encontramos 274 ITUs de próteses tanto de joelho quanto de quadril foram mais feitas
relacionadas à assistência à saúde, 229 (83,61%) eram adultos, nestes anos; seguidos de limpeza cirúrgica. Foram usados diver-
dos quais 127 (55,5%) tinham mais que 60 anos, e 142 (51,8%) sos antibióticos, dentre eles kefazol 25,17%, vancomicina 24,46%
eramdosexofeminino.Utilizaramsondavesical(SVD)198(72,3%) ciprofloxacina 19,42%; foram levantados também dados como
dos casos, 185 (80,8%) em adultos e 66,7% entre as crianças > 1 realização de tricotomia, banho pré–operatório, classificação ASA
ano.Tiveramboaevoluçãocomcura,168(61,5%).Osóbitosforam dos pacientes, porém não havia registros. Conclusão: conclui-se
mais freqüente entre os adultos acima de 60 anos (p= 0,0001). Os com este levantamento de que o perfil dos pacientes acometidos
microorganismosmaisfreqüentesforamaPseudomonasspem63 pelas infecções era do sexo masculino, foram submetidos na sua
casos (23%), Klebsiella sp 61 (20,8%), Echerichia coli 42 (15,3%), maioriaacirurgiasortopédicasequeusaramdiversosantibióticos.
Enterobacter sp 33 (12,0%), Candida sp 29 (10,6%) e Bacilo gram Observou-se na utilização dos antibióticos uma não padronização,
negativo não fermentador 19 (6,9%), sendo outras bactérias 27 assim como de dados que seriam essenciais para serem cruzados
(9,9%).Asensibilidade aos antimicrobianos, respectivamentepara com este levantamento, faz-se necessário uma orientação de um
os seguintes agentes Pseudomonas sp, Klebsiella sp, E. coli e En- melhor registro nos prontuários dos pacientes para que se obte-
terobacter sp, foi: Aminoglicosídeos (38,3%, 66,1% 89,7%, 48,4%). nha um panorama melhor desta situação.
Quinolonas (36,7% 42,4%, 84,6%, 51,5%), Cefalosporina de 3ª
geração (58,8%, 38,3%, 70%, 37,5%), Cefepime (46,3%, 44,2%, Palavras-chaves: infecção de sitio cirugico, perfil dos pacientes,
81,6%, 59,4%), Piperacilina Tazobactan (82,4%, 23,8%, 75%, 0%), antibioticoprofilxia
Imipenen (58,9%,100%, 100%, e 96%). Pseudomonas sp foi mais
encontradaempacientescomSVD(81%)eresponsávelpelamaior
mortalidade,porémsemsignificânciaestatística(p=0,05).Conclu-
são: podemos concluir que as ITUs relacionadas à assistência à P323
saúde foram mais freqüentes em adultos, a maioria relacionada a ETIOLOGIA, AGENTES ETIOLÓGICOS E PROFILAXIA DAS INFEC-
SVD, com evolução desfavorável relacionada à idade. Gram nega- ÇÕES FULMINANTES PÓS-ESPLENECTOMIA
tivos como Pseudomonas sp, Klebsiella sp, E. coli e Enterobacter
sp foram os agentes mais encontrados. A resistência aos antimi- Autor(es): RODRIGO ASSIS NEVES DANTAS, DANIELE VIEIRA DAN-
crobianos foi variável, sendo maior para Pseudomonas sp, esta, TAS, ANA ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇA, ANNA LIVIA DE MEDEI-
relacionada à SVD e responsável por maior mortalidade. ROS DANTAS, PATRICIA CABRAL FERREIRA, KÁTIA REGINA BARROS
RIBEIRO, ROSEMARY ÁLVARES DE MEDEIROS
Palavras-chaves:infecçãotratourinário,prevalênciademicroorga-
nismos, sensibilidade antimicrobiana Instituição(ões): 1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRAN-
DE DO NORTE

Resumo:
P322 INTRODUÇÃO:Aslaceraçõesesplênicas,aindaquemínimasdecor-
PREVALÊNCIA DAS INFECÇÕES EM SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) EM UM rentes de trauma abdominal ou manipulações cirúrgicas, constitu-
HOSPITAL GERAL NA CIDADE DE TAUBATÉ íam-se em realização da esplenectomia total. Contudo, atualmen-
te, o número de indicações para esplenectomia vem nitidamente
Autor(es): ADRIANA GIUNTA CAVAGLIERI, DOMENICA BOROWSKY decrescendo, principalmente daquelas relacionadas ao trauma e a
MOLINARO, FLAVIA NALDI ZANDONADI, MARINA MOREIRA, GA- enfermidades hematológicas ou malignas. OBJETIVO: identificar a
BRIELA FAGUNDES STADTLOBER, MARIA TERESINHA RIBEIRO FER- etiologia e a profilaxia da infecção fulminante pós-esplenectomia
REIRA (IFPE), bem como os métodos existentes para preservação de te-
cido esplênico quando a esplenectomia total faz-se necessária.
MÉTODO: pesquisa bibliográfica realizada na base de dados da
Instituição(ões): 1. UNITAU, Universidade de Taubaté - Departa-
LILACS, nos anos de 2007 a 2009. Foram selecionados 16 estu-
mento de Enfermagem
dos que tratavam do assunto, sendo estes publicados na íntegra
e on line por via da Biblioteca Virtual em Saúde. RESULTADOS: os
Resumo: agentes etiológicos mais freqüentemente encontrados são Strep-
Introdução: As ISC correspondem a aproximadamente 38% do to- tococcus pneumoniae, Haemophilus influenza e tipo B, e Neisse-
tal das infecções hospitalares em pacientes cirúrgicos e 16% do ria meningitidis. Outras bactérias, como Escherichia coli, Strepto-
total de infecções hospitalares.Objetivo: Levantar o número de in- coccus b-hemolítico, Staphylococcus aureus e Pseudomonas sp,
fecções do Sítio Cirúrgico de um hospital geral nos anos de 2007, também representam risco significativo. Similarmente, grande
2008e2009eidentificaroperfildospacientesqueforamacometi- variedade de agentes, incluindo outros microrganismos entéricos
dos por essas infecções.Método: Estudo retrospectivo onde foram Gram-negativos e patógenos não-bacterianos, também é relatada
levantados nos fichas do serviço as infecções de sítio cirúrgico no esporadicamente. A profilaxia situa-se em três categorias princi-
período de 2007 a 2009. O presente estudo foi aprovado pelo Co- pais: educação dos pacientes, imunoprofilaxia e quimioprofilaxia.
mitê de Ética em Pesquisa da UNITAU.Resultados: foram encontra- Quando a esplenectomia total for necessária, o auto-implante
dos 134 casos de infecção de sítio cirúrgico; destes 58,27% eram esplênico heterotópico parece constituir a única alternativa para
do sexo masculino, com faixa etária de maior prevalência de 41 preservação de tecido esplênico. Estudos clínicos e experimentais
anos ou mais com 53,24%, ; as clínicas que mais ocorreram esta têm mostrado que, após um período de regeneração, desenvolve-

251
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
se tecido esplênico viável, com características estruturais similares P325
a um baço normal e com preservação da função imune esplênica. AADEQUAÇÃODOSINDICADORESDEPROCESSONASCIRURGIAS
CONCLUSÕES: com a caracterização mais detalhada da IFPE, a in- CARDÍACAS
dicação para esplenectomia total vem decrescendo. Métodos pro-
filáticos foram desenvolvidos visando à minimização dos efeitos
Autor(es): ÁUREA ANGÉLICA PASTE, PATRÍCIA JAMBEIRO, JAQUELI-
dessa grave enfermidade.
NE SUZAN CARDOSO FREITAS
Palavras-chaves: esplenectomia, infecção, prevenção
Instituição(ões): 1. SCMBA - HSI, SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
DA BAHIA - HOSPITAL SANTA IZABEL

P324 Resumo:
A EVIDÊNCIA DO FECHAMENTO INTERMITENTE DA SONDA VE- Introdução: A infecção de sítio cirúrgico (ISC) continua a ser uma
SICAL DE PERMANÊNCIA COMO ESTRATÉGIA PARA REEDUCAR A das mais temidas complicações de um ato operatório, especial-
BEXIGA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. mente aquela relacionada à órgãos ou cavidades profundas. É
importante causa de morbi-letalidade e da variação do custo do
Autor(es): Leila Santos de Souza, Gustavo Mustafa Tanajura, Ja- tratamento relacionado à necessidade da terapia antimicrobiana,
queline Suzan Cardoso Freitas, Gabriella Fernandes Magalhães ocasionais reintervenções cirúrgicas com aumento do tempo de
permanência hospitalar e ainda a possibilidade de exposição à pa-
Instituição(ões): 1. OSID, Obras Sociais Irmã Dulce tógenos multirresistentes. Em um contexto de crescente controle
dos custos relacionados aos procedimentos de alta complexidade,
é importante avaliar indicadores de qualidade da cirurgia cardíaca
Resumo:
de forma sistemática. Objetivo: Avaliar a adequação dos indica-
INTRODUÇÃO: O fechamento intermitente da sonda vesical de
dores de processo específicos em pacientes submetidos à cirurgia
permanência (SVP) é uma prática entre os Profissionais da As-
cardíacas, internados num hospital do município de Salvador/BA.
sistência à Saúde utilizada para evitar a retenção urinária após a
Métodos: Estudo transversal com abordagem do tipo quantitativo
remoção da SVP, embora sem efeito comprovado é um procedi-
e qualitativo descritivo, baseado no referencial teórico, em obser-
mento de rotina, mas que pode provocar a ampliação do tempo
vação direta e levantamento de dados dos prontuários de pacien-
de uso do dispositivo, podendo causar impacto no aumento das
tes durante três meses. O critério de inclusão é ter sido submetido
taxas de infecção urinária hospitalar. Usando a metodologia de re-
à cirurgia cardíaca (revascularização do miocárdio, troca ou plastia
visão sistemática da literatura (RSL), que objetiva identificar as pu-
de valvas) e ter acima de 18 anos no Hospital Santa Izabel, no pe-
blicações científicas mais relevantes e qualificadas sobre o tema,
ríodo entre março a maio 2010. Nesse estudo foi realizada uma
foi possível verificar se há evidências na realização deste procedi-
análise descritiva dos indicadores avaliados quanto à adequação
mento. OBJETIVO: Verificar a existência de evidências, utilizando
conforme os Critérios Nacionais de Infecção da Anvisa. Os resul-
a metodologia de RSL, no fechamento intermitente da SVP como
tados serão apresentados por porcentagem. Resultados: Foram
estratégia para reeducar a bexiga. MÉTODOS: Realizada uma RSL
avaliados 35 pacientes sendo 12 do sexo feminino (34%) e 23 do
de ensaios clínicos, nas bases de dados eletrônicas das publica-
sexo masculino (66%). Conforme análise as Cirurgia eletiva com
ções de 1960 a 2009, a fim de verificar as evidências existentes
tempo de internação pré-operatório foi de 31.4%; tricotomia com
relacionadas ao fechamento intermitente da SVP como estratégia
intervalo < 2h, 2,8%; tricotomia com aparador ou tesoura, 0%;
de reeducar a bexiga. A coleta de dados se deu em março e abril
anti-sepsia do campo operatório, 94,2%; indicador de controle gli-
de 2009. Excluíram-se artigos com participantes com patologias
cêmico, 51,4%; antibioticoprofilaxia realizada até 1 hora antes da
congênitas ou adquiridas do sistemaurinário e que não realizaram
incisão, 94,2 %; presença de indicador químico, 100% e duração
o fechamento intermitente da SVP. Foi utilizado, para selecionar
da antibioticoprofilaxia 57,1%. Conclusão: Os indicadores de pro-
os estudos, um formulário que avaliava o tipo de estudo, partici-
cesso analisados colaboraram para a consolidação dos dados nas
pante, o método, a intervenção, o resultado e as conclusões, e em
cirurgias cardíacas, servindo como guia à instituição para que es-
seguida foi observada a descrição do processo de sigilo de aloca-
tabeleça padrões de atendimento com alta qualidade juntamente
ção, e por fim, verificou-se a qualidade dos artigos nos seguintes
contribuição para a prevenção de infecções pós-operatória.
fatores que influenciariam a validade interna dos estudos: se foi
descrito como aleatório? Se foi descrito como duplo-cego? Se fo-
ram descritas perdas de seguimento e retiradas de pacientes do Palavras-chaves: Infecção, Cirúrgia, Cardíaca, Indicador, Processo
estudo? RESULTADOS: Incluídos quatro ensaios clínicos randomi-

zados que realizaram a intervenção do fechamento intermitente


da SVP como estratégia para reeducação da bexiga. Em relação P326
à qualidade dos estudos selecionados, todos tiveram um padrão USO DE CORTICOSTERÓIDES E RISCO DE INFECÇÃO
metodológico inadequado, não apresentaram força de evidência, HOSPITALAR:CUIDADOS DE ENFERMAGEM
e, além disso, a heterogeneidade dos estudos não permitiu grau
de recomendação desta prática clínica. CONCLUSÃO: A qualida- Autor(es): Fernanda Santos Rodrigues Araújo, Renata da Costa
de metodológica inadequada dos estudos impossibilita utilizá-los Santos, Luciana Elem Pereira de Queiroz, Marcella Azevedo Fer-
como evidência científica para recomendação da intervenção na nandez Garcia
prática clinica.
Instituição(ões): 1. UFF, Universidade Federal Fluminense
Palavras-chaves: Revisão Sistemática, Evidências, Sonda Vesical,
Infecção Urinária, Infecção Hospitalar Resumo:

252
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Introdução: O tratamento com corticosteróides sintéticos envolve no ano de 2009. Foi realizada uma análise descritiva e analítica
níveis mais elevados que o fisiológico. Níveis elevados de corticos- dos dados através do software SPSS 16.0 e planilha do Excell. RE-
teróides têm um efeito inibitório na fisiologia endócrina, forman- SULTADOS: A amostra foi constituída de 42 RN com malformação
do um circuito de feedback negativo. Isto desencadeia uma série congênita, sendo que 34 (80,9%) tinham peso ao nascer acima de
deefeitoscolaterais,dentreasquais,quedanosistemaimunológi- 2500g e 22 (52,4%) do sexo feminino. Considerou-se para a aná-
co, o que pode levar ao risco para infecção. Para que o enfermeiro lise da vitalidade, o Apgar do quinto minuto, cuja freqüência de
se torne atualizado é preciso estar em contato com o que se vem 35 (83,3%) ficou entre 7 e 10. A idade gestacional acima de 38
pesquisando até o momento, por isso a pesquisa sobre o uso de semanas foi a mais contemplada, com 17 (40,4%). O sistema orgâ-
corticosteróides e quais as intervenções de enfermagem que são nico mais afetado foi o nervoso central com 16 (38,1%) seguido do
realizadas para prevenir a infecção hospitalar. Objetivos: selecio- cardiotorácico com 9 (21,4%). Quanto aos dispositivos utilizados,
nar na literatura científica produções sobre o uso de corticoste- 13 (31%) fizeram uso de ventilação mecânica em algum momento
róides; e identificar os cuidados de enfermagem ao paciente em dainternação.Oacessovenosocentralfoiutilizadopor16(38,1%)
risco para infecção hospitalar. Métodos: revisão sistematizada de dosRNdaamostra. Nãoadquiriraminfecção hospitalar 31(73,8%)
artigos científicos. Para a busca das referências acessou-se a base totalizando 326 dias de internação (média 10,51, variação 1-53
de dados da Literatura do Caribe e América Latina (Lilacs), com os dias). Adquiriram infecção hospitalar 11 (26,2%) cuja permanên-
descritores: Corticoterapia, Corticosteróides, Corticosteróide Sis- cia em UTI totalizou 768 dias (média 69,81, variação 6-345 dias),
têmico,Medicamentos,MedicaçõeseEnfermagem.Oprocessode aumentando em 2,4 vezes o tempo de permanência. A principal
identificação dos artigos resultou em 11 referências encontradas, topografia das IH foi a infecção da corrente sanguínea (ISC) com 8
onde foram, ao final, selecionados quatro artigos em português, (72,7%), seguido de PAV com 3 (27,3). CONCLUSÃO: Pode-se con-
publicados entre 2004 e 2009. Resultados: as publicações aponta- cluir que o perfil dos recém-nascidos com malformação congênita
ram que investigar as doenças que cursam com imunossupressão é: RN, sexo feminino, peso > 2500g, idade gestacional > 38 sema-
ou infecções sistêmicas; orientar o paciente para avisar sobre sin- nas, anomalia no sistema nervoso central. Identificou-se associa-
tomasdeinfecçãocomoadorecalafrios;manterumacessoveno- ção de 100% entre o tempo de permanência de cateter venoso
so calibroso e exclusivo para administração do corticosteróide;são central e a ocorrência de IH, comprovando-se com a maior preva-
cuidados de enfermagem primordiais contra o desenvolvimento lência de ISC no estudo.
de infecções oportunistas nesses pacientes. Conclusão: orientar
os pacientes quanto aos sintomas de infecção e identificar, rapi- Palavras-chaves: Infecção, Malformação, Recém-nascidos, Terapia
damente as mínimas alterações através da observação de sinais e intensiva
sintomas, pode minimizar complicações posteriores ou até evitar
seqüelas ou fatalidades para o paciente em uso dessa substância
essencial, mas prejudicial quando se trata do risco para a infecção
hospitalar. P328
COLONIZAÇÃO MATERNA PELO STREPTOCOCCUS AGALACTIAE(
Palavras-chaves: medicações, cuidados, infecção, corticosteróides EGB): QUAL A MELHOR ESTRATÉGIA DE VIGILÂNCIA

Autor(es): CAMILA DE ALMEIDA SILVA, ROSANA RICHTMANN, TA-


TIANE RODRIGUES, ELISA KUSANO, HELENILCE FIOD, SANDRA BAL-
P327 TIERI
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS RECÉM-NASCIDOS COM MAL-
FORMAÇÃO CONGÊNITA EM UTI NEONATAL Instituição(ões): 1. HMSJ, HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA JO-
ANA
Autor(es): Regina Cláudia Furtado Maia, Lia Fernandes Alves de
Lima, waldelia maria santos monteiro, Fernanda Calixto Martins, Resumo:
Melissa Soares Medeiros, Christianne Fernandes Valente Takeda, Introdução: O EGB é a principal causa de sepse neonatal precoce.
Vera Lúcia Bento Ferreira, José Iran Carvalho Rabêlo, Lauro Vieira
A transmissão neonatal pode ser prevenida através da pesquisa
Perdigão Neto, Kelma Maria Maia da colonização materna e realização de antibióticoprofilaxia in-
traparto (AIP). Objetivo: Avaliar a incidência da colonização anal e
Instituição(ões): 1. HGF, Hospital Geral de Fortaleza vaginal pelo EGB e o impacto do protocolo na UTI Neonatal. Méto-
do: Estudo prospectivo realizado de jan/2007 a jan/2010. Basea-
Resumo: do nas recomendações do CDC/2002, foi elaborado um protocolo
INTRODUÇÃO: A malformação congênita constitui-se em toda institucional onde é realizada pesquisa da colonização anal/vagi-
anomalia funcional ou estrutural do desenvolvimento do feto de- nal pelo EGB de todas as gestantes com idade gestacional entre
corrente de fator originado antes do nascimento, seja genético, 24-37 semanas ou que apresentem fatores de risco: trabalho de
ambientaloudesconhecido,mesmoquandoodefeitonãoforapa- partoprematuro,bolsarotamaiorque18horas,febrematernaou
rentenorecém-nascido (RN)esósemanifestarposteriormente.O cerclagem. É indicada profilaxia antimicrobiana para as gestantes
impacto dos defeitos congênitos no Brasil vem aumentando pro- colonizadas ou com screening desconhecido e que apresentem fa-
gressivamente,tendopassadodequintaparaasegundacausados tores de risco; história de Recém Nascido (RN) prévio com doença
óbitos em menores de um ano entre 1980 e 2000. OBJETIVO: Des- invasivaporEGBoubacteriúriaporEGBduranteagestação.Apro-
creveroperfilepidemiológicodosRNcommalformaçãocongênita filaxia recomendada é Penicilina Cristalina no início do trabalho de
associado ou não à incidência de infecção hospitalar. MÉTODOS: parto nas seguintes doses: Penicilina G 5mU EV (ataque), seguido
Trata-se de um estudo transversal, observacional, retrospectivo, de 2.5 mU EV de 4/4 horas até o nascimento. Como indicador de
com amostra definida por conveniência do pesquisador, composta processo, é realizado vigilância ativa na UTI Neonatal com a finali-
de todos os RN no HGF, portadores de malformação congênita, dadededetectaronúmerodeRNcomfatorderisco,cujaacoloni-

253
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
zação materna era conhecida.Resultados: durante o estudo foram MRSA (resistência a sulfametoxazol, tetraciclinas e clindamicina).
investigadas 3475 gestantes o que corresponde a 10% do total de O número de amostras foi ajustada por número de pacientes-dia
partos realizados na institução. Destas 772 (22,2%) estavam co- internados nos setores, e realizada regressão linear da prevalência
lonizadas pelo EGB. Das gestantes colonizadas, tivemos apenas 2 por período de cada subtipo de MRSA. Resultados No período do
casos de pneumonia precoce por EGB (2/772). No primeiro a mãe estudo foram recuperadas 169 amostras de CA-MRSA e 219 amos-
recebeu profilaxia adequada e o RN foi a óbito. No segundo caso a tras de HA-MRSA. Observou-se que, quando ajustado o número
mãe não recebeu a profilaxia e o RN sobreviveu. Ocorreu apenas de amostras do subtipo de MRSA ao número de pacientes-dia in-
um caso de sepse precoce pelo EGB, cuja a colonização materna ternados nos diversos setores do HUPE-UERJ, houve um aumento
não foi investigada (falha do protocolo). A incidência de infecção progressivo no número de amostras com perfil fenotípico de CA-
por EGB foi de 0,06/1000 nascidos vivos com uma letalidade de MRSA (r2 = 0,229) e diminuição de microrganismos com fenótipo
50%. Em relação ao indicador de processo para avaliação do co- de HA-MRSA (r2 = 0, 2209). Conclusão O aumento de amostras de
nhecimento da colonização materna nos RN com fator de risco CA-MRSA como agentes causadores de infecção/ colonização em
internados na UTI neonatal, a média foi de 90%. Conclusões: A pacientes internados no HUPE está correlacionada com a diminui-
média de colonização encontrada esta dentro do esperado pela ção do MRSA tradicional ou “clone brasileiro” (HA-MRSA). Novas
literatura. A estratégia de investigação na gestante de risco, mos- condutas devem ser implementadas nos setores de controle de
trou que apesar de abranger aproximadamente 10% das gestan- infecção para limitar a propagação deste microorganismo no meio
tes, 90% dos RN internados na UTI Neonatal tinham informação hospitalar.
de colonização materna, o que é fundamental para avaliação do
risco infeccioso. Acreditamos que esta estratégia seja fáctivel nas Palavras-chaves: CA-MRSA, Infecção e colonização, HA-MRSA, Per-
maternidades brasileiras. fil fenotípico de CA-MRSA e HA-MRSA, Staphylococcus aureus

Palavras-chaves: Colonização Materna, Streptococcus Agalactiae,


Estreptococos do grupo B
P330
AVALIAÇÃO DOS DESFECHOS DE INFECÇÕES POR Staphylococcus
aureus RESISTENTE A OXACILINA (MRSA) EM 4 HOSPITAIS DA CI-
P329 DADE DO RIO DE JANEIRO NO PERÍODO DE 2008 - 2009
AUMENTO DA PREVALÊNCIA DE Staphylococcus aureus RESIS-
TENTE A OXACILINA (MRSA) COM PERFIL FENOTÍPICO DE “MRSA Autor(es): CECILIA DE MEDEIROS VIDAL2, JULIO CESAR DELGADO
ADQUIRIDO NA COMUNIDADE” (CA-MRSA) NO HOSPITAL PEDRO CORREAL1, MANUEL CARLOS MOREIRA BENITZ2, MAÍRA DE FREI-
ERNESTO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO NO PERÍODO DE 2005 TAS VILELA2, GABRIELA LIMA DE ALMEIDA2, PAULO VIEIRA DA-
- 2009 MASCO1,2

Autor(es): CECÍLIA DE MEDEIROS VIDAL2, JULIO CESAR DELGADO Instituição(ões):


CORREAL1,MANUELCARLOSMOREIRABENITEZ2,GABRIELALIMA 1. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO
DE ALMEIDA2, MAÍRA DE FREITAS VILELA2, PAULO VIEIRA DAMAS- 2. UNIRIO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEI-
CO1,2 RO

Instituição(ões): Resumo:
1. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO Introdução As infecções por Staphylococcus aureus resistente a
2. UNIRIO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEI- oxacilina (MRSA) evoluíram a novos modelos de interação entre
RO os microrganismos da comunidade e os adquiridos no meio hos-
pitalar. Essas alterações geram novas dificuldades no tratamento
Resumo: de quadros infecciosos. Na literatura local existem poucos estu-
Introdução As infecções por Staphylococcus aureus resistentes a dos sobre este tema. Objetivo Avaliar os desfechos de infecções
oxacilina (MRSA) evoluíram a novos modelos de interação entre causadas por MRSA (pacientes com culturas positivas para MRSA)
os microorganismos da comunidade e aqueles adquiridos no meio em quatro hospitais de nível terciário (dois públicos e dois priva-
hospitalar, sendo que o MRSA “adquirido na comunidade” (CA- dos) da cidade do Rio de Janeiro. Métodos Foi realizado um es-
MRSA) tem aumentado a sua prevalência como agente causador tudo prospectivo dos pacientes com infecções por MRSA usando
deinfecçõeshospitalaresseverasemoutrospaísesouestados.Em informações de bases de dados dos setores de controle de infec-
nosso meio local existe pouca informação sobre esta tendência. ção hospitalar, dos setores de internação e altas e registros do
Objetivo Avaliar a prevalência de amostras obtidas de pacientes laboratório de microbiologia em cada instituição participante. Foi
com infecção / colonização com perfil fenotípico de CA-MRSA e empregada uma ficha epidemiológica desenhada para coletar os
HA-MRSA no hospital universitário Pedro Ernesto (HUPE-UERJ: dados do estudo. Os resultados foram agrupados por tipo de va-
hospital terciário-600 leitos; com 5 unidades de tratamento inten- riável e realizadas analises univariadas e de freqüências. Resulta-
sivo; 2 pediátricas e 3 de adultos) da cidade do Rio de Janeiro. dos Foram avaliados os desfechos de infecções por MRSA em 56
Métodos Foram analisadas todas as amostras de Staphylococcus pacientes internados no período de fevereiro de 2008 a dezembro
aureus resistentes a oxacilina obtidas de pacientes internados no de 2009, sendo 71,4% destes pacientes provenientes de hospitais
HUPE UERJ no período de fevereiro de 2005 a julho de 2009 e ava- públicos. Foi observado sexo masculino em 51,78% e uma idade
liado o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos obtidos a media de 59,49 anos (DP=24,7 anos). O tempo médio de interna-
partir das análises automatizadas (Vitek II®) ou por metodologias ção foi 50,9 dias (DP=72,8 dias) e 60% dos pacientes tinham in-
de disco difusão para classificar como CA-MRSA (suscetibilidade a ternação previa nos últimos 3 meses. Nesta serie de casos, 45%
sulfametoxazol-trimetroprim, tetraciclinas e clindamicina) ou HA- estavam internados em unidade de terapia intensiva de adulto,

254
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
23% na clínica médica, 14% em setor da nefrologia/hemodiálise, me foi 22.14%(265) versus 29.4% (187) naqueles piperacilina/ta-
11% em clínicas cirúrgicas e 7% na pediatria. Foi observado que zobactam (p=0.05). Durante esse período foram utilizados 34.5kg
85,71% dessas infecções foram adquiridas no ambiente hospita- de cefepime e 85.39kg de piperacilina/tazobactam com custos
lar. O tratamento foi realizado em 69,64% dos pacientes usando de medicamentos de US$63.715 e US$93.210, respectivamente.
vancomicina como monoterapia, sendo freqüente a associação Conclusões: Foi observado que os custos e o número de falências
aos antimicrobianos beta-lactâmicos. Aproximadamente 36% dos terapêuticas foram mais baixos nos pacientes que utilizaram cefe-
pacientes apresentaram óbito relacionado à infecção por MRSA. pime em comparação com aqueles que usaram piperacilina/tazo-
ConclusãoAsinfecçõesporMRSAsãoresponsáveisporumgrande bactam. Além disso, a mortalidade neste último grupo foi maior
número de óbitos relacionados a infecção nosocomial. Os novos do que no grupo do cefepime. O maior custo do tratamento com
modelosdeinteraçãoentreosStaphylococcussp.provenientesda piperacilina/tazobactam é de extrema relevância para países em
comunidade estão gerando mudanças nos padrões epidemiológi- desenvolvimento como o Brasil.
cosdedisseminaçãonomeiohospitalarespecialmenteemsetores
da clinica medica - unidades de nefrologia e comprometendo pa- Palavras-chaves: Terapia Empirica, Falha terapêutica, Custos, Cefe-
cientes cada vez mais jovens. pime, Piperacilina/Tazobactam

Palavras-chaves: Desfecho de infecção por MRSA, Infecção noso-


comial, MRSA, Tempo de internação, Vancomicina
P332
AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE PRÁTICAS DE CONTROLE E
PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA À
P331 CATETERIZAÇÃO VESICAL EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE ENSINO
ANÁLISE DA RESPOSTA TERAPÊUTICA DE CEFEPIME VERSUS PI-
PERACILINA/TAZOBACTAM NO TRATAMENTO DE INFECÇÕES SE- Autor(es): Ana Cristina Balsamo, Isa Rodrigues da Silveira, Valéria
VERAS EM UM HOSPITAL UNVERSITÁRIO DO RIO DE JANEIRO-RJ Cassetari Chiaratto, Fabio Franco, Cristiane de Lion Botero Couto
BRASIL Lopes

Autor(es): CECÍLIA DE MEDEIROS VIDAL2, JULIO CESAR DELGADO Instituição(ões): 1. HU-USP, Hospital Universitáripo da USP
CORREAL1, PAULO VIEIRA DAMASCO1,2, EDUARDO CASTRO1
Resumo:
Instituição(ões): INTRODUÇÃO:Os indicadores de processo são ferramentas impor-
1. HUPE, HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO tantes para o reconhecimento da qualidade das práticas assisten-
2. UNIRIO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEI- ciais, principalmente para a prevenção das infecções hospitalares.
RO OBJETIVO: Avaliar a conformidade de práticas de prevenção de
infecção do trato urinário relacionada ao cateterismo vesical, uti-
Resumo: lizando indicadores estabelecidos pelo Manual de Avaliação de
Introdução: A eleição da terapia empírica adequada para o trata- Qualidade de Práticas de Controle de Infecção Hospitalar: 1) Indi-
mento de quadros infecciosos severos é determinante na morta- cador deavaliação do registrodaindicaçãodo cateterismovesical;
lidade associada à infecção, no tempo de estância hospitalar e no 2)Indicador de avaliação do registro de justificativa para a perma-
aumento de custos associados ao tratamento hospitalar. No con- nência do cateter vesical e 3) Indicador de avaliação das condições
texto atual da evolução dos microorganismos multirresistentes é de manutenção do cateterismo vesical. Este é composto por cindo
preciso avaliar periodicamente a eficácia dos antimicrobianos a itens: utilização do sistemafechado dedrenagem dediurese,posi-
fim de diminuir os impactos negativos da eleição de uma terapia ção da fixação do cateter vesical, posicionamento da bolsa coleto-
antimicrobiana inadequada. Objetivos: O propósito desse estudo ra de diurese, volume urinário contido no coletor e desobstrução
foi comparar a ocorrência de falha terapêutica e os custos gerados do fluxo urinário. MÉTODO: Observação direta de pacientes com
pelo uso de cefepime versus piperacilina/ tazobactam como tera- cateterismo vesical de demora e registros em prontuários. Estudo
pia antimicrobiana para infecções severas em pacientes atendidos transversal e prospectivo realizado no turno da manhã, nas Uni-
no Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hospital terciário - 600 dades de Terapia Intensiva e Semi intensiva Adulto, Clínica Médica
leitos; com 5 unidades de tratamento intensivo; 2 pediátricas; 3 e Clínica Cirúrgica, no período de 02 a 15 de dezembro de 2009,
de adultos) no período de outubro de 2006 a Julho de 2009. Mé- totalizando 252 oportunidades de observação.RESULTADOS: O ín-
todos: usando bases de dados da farmácia, do setor de interna- dice de conformidade geral obtido com os três indicadores em pa-
ções/altas e da comissão de controle de infecção hospitalar foram cientes com cateterismo vesical foi de 53,0%. Os indicadores que
analisadas, em forma retrospectiva, 2.206 prescrições de antimi- avaliam o registro da indicação e da permanência do cateterismo
crobianos (n = 1576 pacientes). Os desfechos avaliados no estudo vesical, tiveram adesão de 97,2% e 91,7%, respectivamente. No
foram a mortalidade relacionada à falha terapêutica, a necessida- cálculo de cada item que compõe o terceiro indicador, verificou-
de de troca de terapia antimicrobiana e os custos gerados pelo se uma baixa conformidade à correta fixação do cateter vesical
uso do agente antimicrobiano. Na análise estatística foi usado o (69,4%) ao compararmos com os demais itens: conformidade de
teste exato de Fisher e um valor de p<0.05 foi considerado signifi- 100% na utilização do sistema fechado, conformidade de 97,2%
cativo. Resultados: 985 pacientes utilizaram Cefepime (1197 pres- na manutenção do volume de urina da bolsa coletora; 94,4% de
crições) e 591 pacientes utilizaram piperacilina /tazobactam (636 conformidade no posicionamento adequado da bolsa coletora e
prescrições). Foi observada falha terapêutica em 32.58% (390) dos em94,4%dototaldasobservaçõesosistemadedrenagemdediu-
pacientes que usaram cefepime, versus 44.5% (263) dos pacien- rese encontrava-se desobstruído. Analisando a conformidade dos
tes que usaram piperacilina/tazobactam (p<0.005). A mortalidade indicadores de avaliação entre as quatro unidades, observou-se
relacionada à falha terapêutica nos pacientes que usaram cefepi- que a conformidade mais baixa foi referente ao local de fixação

255
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
do cateter vesical. CONCLUSÃO: Há a necessidade de revisão das P334
recomendações referentes ao local de fixação do cateter. As ava- FATORES DE RISCO POR TIPO DE PNEUMONIA EM PORTADORES
liações de processo permitem detectar práticas assistenciais que DE SEQUELAS DE LESÃO CEREBRAL
necessitam de atualizações ou novos treinamentos.
Autor(es): OLÍMPIA LEAL DE OLIVEIRA, DILENE SOUSA ROCHA NO-
Palavras-chaves:Indicador,Infecçãodotratourinário,adesão,con- GUEIRA
formidade
Instituição(ões):
1. SARAH-BH, HOSPITAL SARAH BELO HORIZONTE
P333 Resumo:
ESTUDO DE CASO: NEUROSÃFILIS ASSOCIADA À SINDROME DA
IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (SIDA) INTRODUÇÃO: As infecções do trato respiratório inferior estão en-
tre as mais freqüentes dentre as adquiridas em hospitais. Em um
Autor(es):FABRICYA CAVALCANTE DOS SANTOS, THAÃZE TORRES estudo, a taxa de pneumonia hospitalar(PH) em não-ventilados
DE ALBUQUERQUE, ADA MARCELA FERNANDES DA SILVA, LAÃS foi de 0,9/1000 pacientes-dia(pac.dia). Uma das principais con-
INGRID DA SILVA JARDINS, MARIA DA CONCEIÇÃO CAVALCANTE seqüências da PH é o aumento do tempo de internação e a alta
LIRA letalidade. Em geral, pacientes admitidos em hospitais de reabi-
litação apresentam-se em boas condições clínicas e pneumonias
não são muito freqüentes. Quando ocorrem, impõem restrições
Instituição(ões):1. UFPE - CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PER-
ao paciente e geram prejuízos ao processo. Portadores de seqüe-
NAMBUCO
las de lesão cerebral(SLC), por apresentarem, com freqüência, di-
minuição do reflexo de deglutição, diminuição da motilidade gas-
Resumo: trintestinal, uso de sondas nasogástricas ou enterais, entre outros,
Introdução: A Sà filis é uma doença infecciosa aguda constituem-se em grupo de risco especial. OBJETIVO: Conhecer o
crônica causada pela espiroqueta Treponema pallidum, tendo comportamento das pneumonias em pacientes portadores de SLC
origem congênita ou através de contato sexual. Na pessoa internados em um hospital de reabilitação. MÉTODO: Estudo re-
não tratada a evolução da sà filis pode ser dividida em três trospectivo das pneumonias comunitárias(PC) e hospitalare(PH),
estágios: Primário, Secundário e Terciário, estes refletem o in- detectadas de 2000 a 2009, em um hospital de reabilitação situ-
tervalo de tempo desde a infecção até as manifestações ado em Belo Horizonte. Os critérios de diagnóstico foram clínicos
clà nicas observadas. A Sà filis Terciária é o estágio final da e radiológicos. Uma amostra de pacientes portadores de SLC foi
história natural da doença, as manifestações mais comuns destacada para a verificação da ocorrência fatores de risco con-
nessenÃvelsãoaaortiteeaneurosÃfilis,conformeevidenciado forme o tipo de pneumonia. RESULTADOS: Em todo o Hospital, a
pordem̻ncia,psicose,paresia,acidentevascularcerebraloume- taxa de PC por 1000 pac.dia foi de 0,18(IC 95% 0,14 Р0,23)e a de
ningite, tornando os pacientes mais suscetà veis a lesões ulcero- PH de 0,14(IC 95% 0,11 – 0,19). Em portadores de SLC foram res-
sas em maior quantidade, com tempo de cicatriza̤̣o e sangra- pectivamente 0,31(IC 95% 0,19 Р0,47) e 0,41(IC 95% 0,27 Р0,59).
mentomaior.Objetivos:Oobjetivoéorientarosprofissionaisde Osleitosaelesdestinadoscorresponderama18%dosdisponíveis.
saúde à prevenção e ao controle das Doenças Sexualmente Em seus ocupantes foram detectadas 31,8% das PC e 54,9% das
Transmissà veis (DSTs) além ressaltar as complicações da co- PH. Entre todos os que apresentaram pneumonia, a chance(odds
infecção Và rus da Imunodeficiência Adquirida (HIV)-sà filis, ratio) de ser hospitalar foi 2,61(IC 95% 1,15 – 5,98) vezes maior
visto que estudos mais recentes têm mostrado que a sà filis é entre os portadores de SLC. Nestes, o sexo masculino foi o mais
a principal DST associada ao HIV. Métodos: Foi realizada uma acometido pelas PC(71,4%). As PH se distribuíram de forma seme-
revisão bibliográfica baseada nos periódicos indexados nas lhante entre os sexos(M 53,6% e F 46,4%). A média de idade dos
bases CAPES, Scielo e Google Acadêmico dos últimos 10 anos pacientescomPH(58±21)foi10anosmenorqueadoscomPC(48
sobre a Neurosà filis bem como sua associação com a Sà ndro- ± 18). Aspiração alimentar esteve presente em 57,1% das PH(PC
me da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). Resultados: Os fatores 28,6%), déficit nutricional em 42,9%(PC 23,8%), uso de sondas
de risco para a infecção pelo và rus da SIDA são igualmen- para alimentação em 40,0%(PC 10,5%) e pneumonia prévia em
te fatores de risco para a sà filis, sendo evidente a associação 28,6%(PC 9,5%) CONCLUSÃO: A taxa geral de PH e entre os porta-
epidemiológica. Na população infectada pelo HIV, a sà filis doresdeSLCfoimenorqueacitadanaliteratura.AmaioriadasPH
passou a ter uma progressão mais rápida, não respeitando a foi detectada entre portadores de SLC, sendo a chance de ter PH
cronologia clássica, sendo a incidência de neurosà filis mais fre- quase 3 vezes maior neste grupo. Em relação a estes pacientes, a
quente e precoce, bem como as reinfecções e recorrências. distribuição da PH entre os sexos foi semelhante e a PC predomi-
Conclusão: É necessário haver uma capacitação dos pro- nounomasculino.AmédiadeidadenasPHfoi10anosmenorque
fissionais de saúde no que diz respeito a técnicas alternativas nas PC. O percentual de pacientes que tinham déficit nutricional,
de orientação à prevenção e ao controle das DSTs, visto que usavamsondasparaalimentação,apresentaramaspiraçãoalimen-
são muito comuns infecções secundárias associadas a essas tar ou tinham história de pneumonia prévia, foi maior nas PH.
doenças. Deve-se da maior ênfase aos portadores, visto que es-
tes estão mais susceptà veis a infecções secundárias, como
Palavras-chaves: FATORES DE RISCO, PNEUMONIA, LESÃO CERE-
a sà filis.
BRAL
Palavras-chaves: Co-infecção SIDA/Sà filis., Doenças Sexu-
almente Transmissà veis (DSTs, Neurossà filis, Sà ndrome da
Imunodeficiência Adquirida, Sà filis

256
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P335 briela Ravagnani De F. E SILVA, CELENA NAGAO, SANDRA REGINA
A PROFILAXIA DO LINFOMA NÃO HODGKIN (LNH), ATRAVÉS DA BALTIERI, TATIANE TEIXEIRA RODRIGUES, FABIANA CAMOLESI
PREVENÇÃO DO HIV, COMO FORMA DE DIMINUIR O ÔNUS COM
GASTOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE À SOCIEDADE. Instituição(ões):
1. HMSJ, HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA JOANA
Autor(es): HÁKILLA PRICYLA DE JESUS SOUZA*, TATIANA MARIA
DA SILVA, FABRICYA CAVALCANTE DOS SANTOS, RITA DE CÁSSIA Resumo:
FERREIRA LINS, SORAIA LINS DE ARRUDA COSTA, MARIA DA CON- INTRODUÇÃO: Infecção de sítio cirúrgico (ISC) e endometrite são
CEIÇÃO CAVALCANTE DE LIRA a maioria das complicações pós-operatórias em partos cesáreos
(PC). A profilaxia antimicrobiana tem demonstrada eficácia na
Instituição(ões): 1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco redução destas infecções. Dentre os fatores de risco para ISC, a
obesidade é um fator freqüente em gestantes com indicação de
maiores doses de antimicrobiano (ATB) profilático. OBJETIVOS:
Resumo:
Avaliar a adesão ao protocolo instituído para ajuste de dose na
Introdução: A origem do LNH é desconhecida, porém sugere-se
profilaxia antimicrobiana em pacientes obesas submetidas a PC.
que fatores hereditários, ambientais, ocupacionais e dietéticos
MÉTODOS: Estudo retrospectivo realizado em uma maternidade
possamestarenvolvidos.Oaumentoprogressivodaincidênciapor
privadanoperíododeset/08adez/09.Paralevantamentodosda-
décadas, principalmente os linfomas agressivos, parecem ser par-
dos, utilizamos uma planilha que é preenchida após o parto cons-
cialmente explicados pela crescente incidência de portadores da
tando a adequação da antibioticoprofilaxia. O protocolo consiste
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e pela exposição
na administração do dobro da dose habitual de ATB (cefazolina
a fatores ambientais. Esses linfomas surgem em todos os grupos
2g ou clindamicina 1200mg se alergia a beta-lactâmicos) após o
de exposição para infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Hu-
clampeamento do cordão. Com o intuito de alertar a equipe sobre
mana (HIV), consequentemente, a prevenção do HIV acarreta na
a necessidade do ajuste de dose a ficha anestésica é identificada
prevenção do LNH, entre outras neoplasias, levando a diminuição
com uma etiqueta dourada na avaliação pré-anestésica. Consi-
do ônus que esses pacientes proporcionam ao Estado. Objetivo:
deramos sobrepeso as gestantes com peso> 100Kg ou se ≥30 Kg
Relacionar o LNH com a infecção por HIV ressaltando a prevenção
em relação à altura (p.ex., se altura de 1,60m e peso de 90Kg).
da infecção viral como forma de evitar gastos à sociedade, uma
RESULTADOS: Foram realizados 14.930 PC, sendo 1193 (8%) com
vez que requerem tecnologias avançadas no tratamento, e gran-
sobrepeso. Destas, 1031 (86%) receberam profilaxia de acordo
de gama de medicações. Metodologia: Este artigo trata-se de uma
com o protocolo. Em set/09, com o objetivo de garantir que não
revisão bibliográfica de literatura relacionando à Doença de não
houvesse falhas na solicitação da dose dobrada, implantamos o
Hodking associada a pacientes com a AIDS, através das Bases de
“kit obesa”, fornecido pela farmácia e que consiste em uma caixa
Dados do Portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
contendo, além dos medicamentos utilizados na anestesia, a dose
de Nível Superior (CAPES), Biblioteca Nacional de Medicina (Pub-
suplementar do ATB. Após a introdução do “kit”, a média de ade-
Med),eaBibliotecaCientíficaEletrônicaVirtual(SciELO),comarti-
são dos meses seguintes foi de 89%. CONCLUSÕES: Implantar um
gos que vão de 2003 a 2008. Foram utilizados 7 artigos, dos quais
protocolo institucional para garantir a administração da dose cor-
20levantadosparacomporocorpodestetrabalho. Resultados:Os
reta de ATB em profilaxia de pacientes com sobrepeso parece ser
artigosanalisadosenfatizaramacorrelaçãoentreosportadoresde
uma medida útil. Através de medidas simples conseguimos garan-
HIV e os portadores de LNH e o aumento crescente de pacientes
tir uma alta adesão dos profissionais. Não foi possível concluir se
imunocomprometidos acometidos com esta neoplasia. Afirmaram
houve impacto na diminuição das taxas de ISC após a implantação
também que os gastos com tais patologias são inerentes a com-
do protocolo. A adesão da equipe médica aos protocolos institu-
plexidade das mesmas, e que poderiam ser evitadas a partir de
cionais éessencialparaseatingirníveisexcelentesnocontroledas
medidas de prevenção primária. Conclusão: A presença da AIDS
infecções hospitalares.
é um fator de risco para o LNH, que associado a esta síndrome
possui um prognóstico não favorável ao paciente. A alta comple-
xidade desta oncologia, associada à imunodeficiência, aumenta Palavras-chaves: AJUSTE, DOSE, ANTIMICROBIANO, OBESAS
a necessidade de utilização dos serviços de saúde em todos os
graus de complexidades. É menos oneroso para o Estado investir
em programas de prevenção ao HIV pela utilização contínua da P337
educação em saúde, bem como a facilitação para a população em CATETER VENOSO CENTRAL E A PRÁTICA DE ENFERMAGEM PARA
geral do acesso a informação sobre os mecanismos de profilaxia e A PREVENÇÃO DE INFECÇÕES
enfrentamento das afecções oportunistas.
Autor(es): Renata da Costa Santos, Fernanda Santos Rodrigues
Palavras-chaves: HIV, Linfoma de Não Hodgkin, Neoplasia, Preven- Araújo, Luciana Elem Pereira de Queiroz
ção
Instituição(ões):1. UFF, Universidade Federal Fluminense

P336 Resumo:
PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM CESARIANA: PROTOCOLO DE Introdução: As infecções hospitalares da corrente sanguínea são
AJUSTE DE DOSE NA PROFILAXIA ANTIMICROBIANA PARA PA- umas das principais complicações apresentadas pelos clientes em
CIENTES COM SOBREPESO terapia intensiva e estão associadas à utilização de cateteres vas-
culares. Os cateteres centrais são um dos principais fatores predis-
Autor(es): CAMILA DE ALMEIDA SILVA, ROSANA RICHTMANN, Ga- ponentesparaasinfecçõessistêmicas.Objetivos:revisaraliteratu-
radeenfermagemsobreoriscodeinfecçãonopacientequeutiliza

257
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
o cateter venoso central; apontar os cuidados com o cateter veno- luiu com sepse neonatal tardia relacionada a PICC. O 2º RN com
so central. M�todos: revis�o integrativa da literatura, utilizan- mielomeningocele rota corrigida no segundo dia de vida, evoluiu
do os descritores: Infec��o Hospitalar, Cateter, Enfermagem com sepse neonatal tardia, sem dispositivo invasivo. O 3º caso um
e Veias. Nas bases de dados Pubmed e Lilacs. Dos 34 textos iden- prematuro de 34 semanas que apresentou sepse neonatal tardia
tificados, 08 foram selecionados. Estes foram artigos de revistas semrelaçãocomdispositivosinvasivoseevoluiucomabscessoem
de enfermagem publicados nos �ltimos 5 anos. Resultados: as pé e isolamento do mesmo agente na secreção.Todos foram tra-
pesquisasmostraramqueascomplica��es infecciosasrelacio- tados com colistina (dose 5 mg/kg) em associação com imipenen
nadas ao cateter venoso central representam risco aos pacientes, por tempo mínimo de 14 dias e evoluíram com sucesso clínico e
estando relacionado a fatores end�genos (imunossupress�o) microbiológico, sem efeitos colaterais da medicação. Conclusão:
e ex�genos (caracter�sticas do cateter, t�cnica e local da Foi o primeiro relato de infecção por enterobactéria resistente a
inser��o, tempo de perman�ncia, fluidos administrados e carbapenêmico nesta UTI neonatal. Aparentemente a dose utili-
qualidade t�cnica na manuten��o). J� os dispositivos de zada e a assoiciação de imipenem foi apropriada para garantir o
acesso vascular causam v�rios tipos de infec��es, inclusive sucesso terapêutico sem efeitos colaterais.
aquelas relacionadas ao local de inser��o dos cateteres intra-
venoso,tunelizado,sub-implantado,setornandomaisgravequan- Palavras-chaves: INFECÇÃO, KLEBSIELLA PNEUMONIAE RESISTEN-
do atinge a corrente sangu�nea. Para prevenir as infec��es, TE A CARBA, NEONATAL
deve-se realizar um �timo preparo da pele para diminuir ao
m�ximo a flora transit�ria, utilizando os diversos tipos de
solu��es indicadas ao preparo; certificar-se que o cateter es-
teja bem fixado para n�o haver mobiliza��o, j� que facili- P339
ta a entrada de microorganismos e infiltra��o; utilizar produ- CATETER IMPREGNADO COM ÍONS DE PRATA: CASO DE SUCESSO
tos que trazem novidades na redu��o de infec��o, como NA PREVENÇÃO DE BACTEREMIA FÚNGICA EM PACIENTE COM
por exemplo, cateteres que possuem solu��es antimicrobia- LEUCEMIA
nasemsuasuperf�cie.Conclus�o:Umadassolu��espara
que n�o se possa ocorrer mais infec��es por cateteres ve- Autor(es): MARINEI CAMPOS RICIERI, INGENORA LUCHTENBERG,
nosos centraisseriaconstantementehavertreinamentodaequipe FABIO DE ARAÚJO MOTTA, HELOISA IHLE G. GIAMBERARDINO
multiprofissional, com orienta��es sobre a inser��o do
cateter pelo m�dico, e sobre os cuidados feitos pela equipe de Instituição(ões): 1. HIPP, Hospital Infantil Pequeno Príncipe
enfermagem.
Resumo:
Palavras-chaves: Infecção Hospitalar, Cateter, Enfermagem, Veias Sabe-se que pacientes com diagnóstico de doenças oncológicas
são submetidos à terapia medicamentosa intravenosa (TMI). Nes-
tesentido,aescolhaeaduraçãodoacessovenoso(AV)sãofatores
que dão condições para a infusão de fármacos, coleta de sangue
P338 para exames e qualidade de vida do paciente. Na pediatria existe
INFECÇÃO POR KLEBSIELLA PNEUMONIAE RESISTENTE A CARBA- a dificuldade de punção de AV por motivos como, menor calibre
PENÊMICO EM UMA UTI NEONATAL E RESPOSTA AO TRATAMEN- dos vasos e estresse do paciente (choro, agitação). Este relato tem
TO COM COLISTINA. o objetivo de demonstrar a efetividade do cateter impregnado de
íons de prata, no quesito tempo de permanência e prevenção de
Autor(es): Camila de Almeida Silva, BRUNNO CÉSAR BATISTA CO- infecção de corrente sanguínea relacionada a cateter. A descrição
CENTINO, VERA LÚCIA KREBS, ALFIO ROSSI JÚNIOR do caso é de um paciente de 7 anos, masculino, 45kg, obeso, com
Instituição(ões): 1. ICr- HCFMUSP, Instituto da Criança leucemia linfóide aguda alto risco, diagnosticada em agosto de
2009. Na primeira hospitalização o paciente iniciou o protocolo
Resumo: GBTLI-99 e terapia antimicrobiana por 30 dias, via acesso venoso
Introdução:Recém-nascidos(RN)internadosemunidadesdetera- periférico. No vigésimo dia de internamento evoluiu com infecção
pia intensiva neonatal (UTIN) estão sob risco de infecções relacio- fúngica por Fusarium sp. Tratava-se de um paciente de difícil aces-
nadas à assistência a saúde, principalmente os prematuros, pela so que a cada 4 dias precisava ser puncionado, e na maioria das
imaturidade do sistema imunológico, falha de barreira da pele e vezes sob sedação. Portanto, apresentava critérios de indicação
trato gastrointestinal. Fatores extrínsecos também estão associa- para colocação de cateter venoso central (CVC), como TMI de lon-
dos como procedimentos cirúrgicos e a presença de dispositivos ga duração e dificuldade de AV. Porém, devido ao paciente já está
invasivos.ApesardeosagentesGrampositivosestaremcommaior infectado(fusariose),apresençadoCVCtorna-semaisumfatorde
freqüênciaimplicadosnaetiologiadestasinfecções,recentemente risco para bacteremia ou sepse relacionada a cateter. A proposta
tem-se observado aumento importante dos Gram negativos, in- terapêutica para este caso foi a inserção do CVC impregnado com
clusive multirresistentes. O uso de colistina na população neona- prata, o qual através dele foi realizado o tratamento antifúngico.
tal tem uma carência de dados de segurança e efetividade, além O objetivo deste cateter é prevenir a aderência de microorganis-
de que a dose ideal não é definida. Objetivo: Relatar a evolução mos e a formação de biofilmes, e, por conseguinte, a infecção
e desfecho clínico de 3 casos de bacteremia por Klebsiella pneu- bacteriana ou fúngica. A literatura relata que a ação dos íons de
moniae resistente aos carbapenêmicos. Resultado: Três neonatos prata permanece por 30 dias. No paciente em questão, o cateter
foram infectados com Klebsiella pneumoniae resistente aos carba- permaneceu por 150 dias e neste período foram realizados 6 in-
penêmicos configurando um surto na UTIN, em agosto de 2009. ternamentos e vários atendimentos ambulatoriais, além de hemo-
Foi realizado teste de Hodge sendo positivo em uma cepa, porém culturas (HMC) negativas. Após 5 meses com CVC funcionante, o
o PCR (Polymerase Chain Reaction) para Carbapenemase foi ne- paciente interna com febre alta e HMC (periférica e central) apre-
gativo em todos os casos. O 1º caso era um RN a termo que evo- sentando crescimento de E. coli. Portanto, a conduta foi retirar o

258
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
CVCeapós3diasopacienteevoluiucomaltahospitalareembom P341
estado geral. Conclui-se que a indicação deste cateter foi adequa- PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA: UMA RE-
da para as condições clínicas do paciente, prevenindo infecção por FLEXÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO
umperíodoalémdoesperado,eaomesmotempocontribuiupara
fatores humanísticos, como diminuição da ansiedade e da irritabi-
Autor(es): Débora Gotardelo Audebert Delage
lidade do paciente devido ao número de punções venosas.
Instituição(ões): 1. UFJF, Universidade Federal de Juiz de Fora
Palavras-chaves: pediatria, leucemia, fusariose, cateter impregna-
Resumo:
do, tempo de permanência
INTRODUÇÃO: A incidência de pneumonia nosocomial cresceu
muito nas últimas décadas, isso devido um aumento do número
de pacientes internados e principalmente à complexidade de pro-
P340 cedimentos clínicos e cirúrgicos A pneumonia associada a venti-
lação mecânica (PAVM) é uma das infecções que mais acomete
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE AUXILIARES E TÉCNICOS DE
ENFERMAGEM QUANTO A MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE EVEN- pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) e
TOS ADVERSOS RELACIONADOS AO CATETER VASCULAR DE IN- é um importante preditor de morbimortalidade, com repercussão
SERÇÃO PERIFÉRICA significativa nos custos. Portanto é de extrema importância que
a equipe de saúde conheça os mecanismos de desenvolvimento
Autor(es): MICHELI APARECIDA BARRETO, IRENE DA ROCHA HA- da PAVM podendo assim atuar de forma eficaz no tratamento e
BER, MARIA FERNANDA FESTA MORARI SCUDELER, LUIS FERNAN- prevenção. OBJETIVO: Esta pesquisa tem por objetivos, investigar,
DO WAIB, MARIA FERNANDA SCHNEIDER, PAULA ROCCO GOMES a partir da pesquisa bibliográfica, e informar aos profissionais da
LIMA, ADELINE MARIANO SILVA, CARLA SIMOM MENDES, FLAVIA área de saúde, sobre alguns aspectos da PAVM como: conceito,
MALVEZZI ESTRADA mecanismosdetransmissão,fatoresderisco,taxasdemortalidade
e tratamento, enfatizando a importância dessa patologia, e princi-
palmente a sua prevenção. METODOLOGIA: Pesquisa bibliográfica
Instituição(ões): 1. HMCP-PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNI-
exploratória. A produção científica foi obtida de periódicos nacio-
DADE CELSO PIERRO - PUC CAMPINAS
nais, internacionais, livros e teses. As fontes de pesquisa foram
os acervos das bibliotecas BIREME e da Faculdade de Medicina e
Resumo: Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora, Ministério
A terapia intravenosa é utilizada em larga escala em hospitais, daSaúdeelevantamentosbibliográficospresentesemestudosso-
principalmente em hospitais de nível terciário. É competência da bre o tema. Utilizou-se também o sistema LILACS. RESULTADOS:
equipe de enfermagem a escolha do local para punção venosa, Vários são os mecanismos de transmissão das PAVM’s dentre os
tipo e calibre do dispositivo, registros, técnica de inserção e manu- mais frequentes: aspiração endógena da flora orofaríngea e/ou
tenção do cateter com conseqüente prevenção de complicações. gástrica; aspiração exógena de bactérias a partir de equipamentos
Diante dessa perspectiva faz-se necessário que a equipe de enfer- de terapia respiratória contaminados e disseminação bacteriana
magem conheça as medidas para prevenção de efeitos adversos para pulmões a partir de um foco extrapulmonar. A partir do co-
relacionados ao cateter vascular de inserção periférica, dentre os nhecimento destes mecanismos e dos fatores de risco associados
quais se destacam as flebites medicamentosas e infecciosas. Este é possível interferir na cadeia epidemiológica, estabelecendo um
estudo objetiva avaliar o conhecimento de técnicos e auxiliares de conjunto de medidas para sua prevenção e controle. CONCLUSÃO:
enfermagem de uma unidade de internação de moléstias infeccio- Tendo-se em vista a elevada incidência e mortalidade das pneu-
sas e clínica cirúrgica, sobre as medidas de prevenção de efeitos monias hospitalares, é fundamental a aplicação de normas bem
adversos relacionados ao cateter vascular de inserção periférica, estabelecidas para a prevenção de tais infecções a fim de que
para assim definir enfoque de treinamento sobre o assunto, des- esta realidade se modifique e, portanto a adequada educação e
tinado aos técnicos e auxiliares de enfermagem. Tratará de um conscientização da equipe de saúde envolvida no tratamento do
estudo quali-quantitativo de natureza descritiva e exploratória, re- paciente sob ventilação mecânica é a maior chave para melhora e
alizado na unidade de internação de moléstias infecciosas e clínica prevenção dessas infecções.
cirúrgica, em um hospital escola de atendimento de nível terciá-
rio, do interior do estado de São Paulo. O documento de coleta
Palavras-chaves: pneumonia, ventilação mecânica, prevenção
de dados utilizado será elaborado com base em recomendações
referendadas para o manuseio correto de cateteres venosos peri-
féricos, para a prevenção de infecção relacionada a acesso vascu-
lar periférico e prevenção flebite de origem medicamentosa, com P342
perguntas semi-estruturadas. Será aplicado a todos os funcioná- PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS PELA FI-
rios da unidade de internação anteriormente citada, depois de SIOTERAPIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL
esclarecidos os objetivos da pesquisa, garantindo a participação CENTRAL CORONEL PEDRO GERMANO
voluntária e sigilo das respostas e das identidades conforme cons-
tará no Termo de consentimento livre e esclarecido. A pesquisa Autor(es): WESLLEY MENEZES, TAÍSA ANDRADE, CATHARINNE FA-
encontra-se em andamento impossibilitando o relato dos resulta- RIAS, ANGELO NASCIMENTO
dos e elaboração da conclusão.
Instituição(ões):
Palavras-chaves: acesso vascular periférico, infecção de acesso, 1. FARN, Faculdade Natalense Para o Desenvolvimento do RN
prevenção de infecção
Resumo:

259
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
INTRODUÇÃO: Os pacientes internados em Unidades de Terapia de casos em todas as faixas etárias, estando a cidade de Campina
Intensiva (UTI’s) são submetidos à monitorização constante, ne- Grande em segundo lugar no Estado. Objetivo: Investigar a rela-
cessitando de cuidados complexos na tentativa do restabelecer ção entre a fonte de orientação sexual e o uso de preservativo em
seu estado de saúde e de permitir sua sobrevivência. Além disso, estudantes de escolas da rede pública em Campina Grande. Mé-
encontramososerviçodefisioterapiaquefazpartedoatendimen- todos: Foram avaliados 572 estudantes da primeira série do ensi-
to multidisciplinar oferecido aos pacientes em UTI, sua atuação no médio de três escolas da rede pública na cidade de Campina
é extensa e se faz presente em vários segmentos do tratamento Grande, através da aplicação de questionários. A média de idade
intensivo com o objetivo de evitar, principalmente, complicações foi de 16,5 anos, sendo 55,2% do sexo feminino e 44,8% do sexo
respiratórias emotoras. OBJETIVOS: Traçar o perfil epidemiológico masculino. Resultados: Dentre os estudantes pesquisados, 70,5%
dos pacientesatendidos pela fisioterapia na unidade deterapia in- dos estudantes afirmaram usar preservativo durante a relação se-
tensiva do Hospital Central Coronel Pedro Germano. MÉTODOS: É xual, enquanto que 29,5% negaram o uso. O uso do preservativo
umestudodescritivoquantitativo,comosdadoscoletadosatravés ocorre em 73,8% dos estudantes que receberam orientação sexu-
de registro dos serviços fisioterapia e enfermagem, no período do al familiar. Dentre os que não receberam esse tipo de orientação,
primeiro quadrimestre de 2010. Foram incluídos todos os pacien- 65,9% afirmam usar o preservativo devido a outras fontes de in-
tes que deram entrada na UTI do Hospital Central Coronel Pedro formação, tais como professores e televisão. A orientação familiar
Germano, no período já referido. Os dados obtidos foram tabula- dos estudantes do sexo masculino deveu-se a: pai (30,4%), mãe
dos no software estatístico SPSS 17.0 e determinados, por conse- (29,5%) e outro familiar (17%). Outros agentes orientadores fo-
guinte,todososvaloresdetendênciacentral.Paraasvariáveisida- ram: professores (32,3%) e televisão (26,6%). Estudantes do sexo
de e tempo de ventilação mecânica foram utilizados o cálculo de feminino indicaram: mãe (68,7%), outros familiares (14,3%) e pai
média e desvio-padrão. Para todas as outras variáveis, foi utilizado (4,8%). Apontaram ainda: professores (51,6%) e televisão (20,2%).
a distribuição relativa. RESULTADOS: Ao todo 22 pacientes foram A orientação mais eficaz foi prestada pelas mães (42,9% dos es-
avaliados e a média e idade foi de 60,90 anos (±4,027). A maioria tudantes usando o preservativo), pelos professores (29,5%), pela
era do gênero feminino (60%), prevalecendo o diagnóstico de do- televisão e outros familiares (ambos com 19,7%). CONCLUSÃO: A
ença cardíaca (25%), seguido por doenças cardíacas associadas a orientação sexual para o uso do preservativo por parte da família,
doençasrespiratórias(20%),somentedoençasrespiratórias(15%), da escola e da mídia é uma estratégia que deve ser estimulada,
doenças respiratórias associadas a demência (10%). A maioria dos pois é eficaz na prevenção de DSTs em ambos os sexos. Somente a
pacientes teve como procedência a Ala Mista (70%), 50% evolu- conscientização dos jovens poderá ajudá-los a viver a sexualidade
íram para o óbito, 80% não realizaram procedimento cirúrgico de forma saudável e livrá-los das consequências de um contato
durante a internação, 40% utilizaram a ventilação mecânica com sexual desprotegido.
média de 5,35 dias (±2,909) e 50% receberam a assistência fisio-
terapêutica. Destes atendidos pela Fisioterapia, a metade recebeu Palavras-chaves: DSTs, PREVENÇÃO DE DSTs, USO DE PRESERVA-
sófisioterapiarespiratória,ondecercade40%foramsubmetidosa TIVOS
aspiração.Otempomédiodeinternamentofoide6diaseamédia
de atendimentos fisioterapêuticos foi de 3,5 dias, sendo 2 vezes
ao dia. CONCLUSÃO: O atendimento Fisioterapêutico foi realizado
em todos os pacientes prescritos, mostrando-se essencial para a
melhoria do quadro de saúde ou manutenção da estabilidade do
P344
DESINFECÇÃO DO “HUB¨, COMO FAÇO?
paciente.
Autor(es): Mauro José Costa Salles, Iolanda Lopes de Souza San-
Palavras-chaves: Epidemiologia, Fisioterapia intensiva, UTI tana, Maysa Harumi Yano, Bianca Maria Maglia Orlandi, Anderson
Garcia D´Ingianni

P343 Instituição(ões): 1. HSI, Hospital Santa Isabel


INFLUÊNCIA DA ORIENTAÇÃO SEXUAL NO USO DO PRESERVATI-
VO E PREVENÇÃO DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS Resumo:
NOS JOVENS. Introdução: As Infecções da Corrente Sanguínea (ICS) estão entre
as mais importantes infecções hospitalares (IH) e frequentemente
Autor(es): GISELE CRISTIANE FERRAZ, ANTÔNIO ERMERSON FER- estão relacionadas ao uso de dispositivos intravasculares. A colo-
REIRA DE LIMA, IANNE FEITOSA LUCENA, JANAÍNA REIS MENE- nização e a formação de biofilme bacteriano ou fúngico na cone-
ZES, JOAQUIM APRÍGIO NÓBREGA BATISTA, KALLYDYA PASQUALLY xão do cateter (Hub) é uma porta de entrada de microrganismos
MOURA DA FONSECA, MÁRCIO SOUTO BATISTA DE ALMEIDA, MA- para a corrente sanguínea decorrente da freqüente manipulação.
XLÂNIO WILLIAM DE SOUZA GUEDES, PHILIPE MENESES BENEVI- Estudos mostram que a falta de aderência às técnicas adequadas
DES, PAULO DE FREITAS MONTEIRO de desinfecção das conexões dos cateteres pelos profissionais de
enfermagem, tem sido o maior problema quanto à adesão às me-
Instituição(ões):1. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA didas de prevenção, entretanto, a literatura não é clara quanto a
GRANDE melhor técnica de desinfecção do Hub. Objetivo: Analisar a mu-
dança de técnica de desinfecção do hub e conseqüente redução
das ICS, através da limpeza com álcool a 70% antes e após a mani-
Resumo:
pulação do acesso. Também objetivamos alinhar esta nova prática
Introdução: A transmissão de doenças sexualmente transmissíveis
e incorporar este método de prevenção na rotina dos profissionais
(DSTs) ocorre principalmente através de relações sexuais sem o
de enfermagem. Materiais e métodos: Estudo transversal, reali-
uso de preservativo. Segundo o boletim epidemiológico DST/AIDS
zado em hospital privado. Realizamos “benchmarking” em outros
2009, a Paraíba é o quinto estado do Nordeste em número total

260
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
serviços de saúde questionando a técnica utilizada de desinfecção dos custos de internação. OBJETIVOS. Estratificar a prevalência e
doHub,utilizandocomoindicadoresadesinfecçãoexternaeinter- fazeranálisepreliminardaprescriçãodeantibióticosparaos1.027
na. Realizado previamente a coleta de dados da técnica de desin- pacientes cirúrgicos do HUAC(1) no período de 6 meses, de 2 de
fecção do Hub adotado pelos profissionais de enfermagem, e em março a 2 de setembro de 2009. MÉTODOS. Para este estudo, fo-
seguida foi aplicado o treinamento da nova técnica de desinfecção ram coletados e analisados criticamente os dados obtidos pela
do Hub. O treinamento consistiu na montagem de estação com CCIH(2) do HUAC através da busca ativa nas alas cirúrgicas no refe-
manequim e diversos dispositivos vasculares utilizados neste pro- renteperíodo.RESULTADOS.Houveprescriçãodeantibióticospara
cedimento, com demonstração da atual prática de desinfecção. A 579 pacientes cirurgiados (56,4%), taxa relativamente alta, mas
atual prática consiste em realizar com swab alcoólico à 70% uma discretamente menor que a média nacional para hospitais univer-
fricção vigorosa rotatória unidirecional no sítio de saída do cateter sitários. Foram realizadas 49 cirurgias a mais na segunda metade
e também dos conectores de acesso antes e após cada manipu- do período, mas esse aumento veio acompanhado de um incre-
lação. Resultados: O “benchmarking” em outras instituições (seis mento desproporcional na antibioticoterapia, com cerca de 121
no total) mostrou que a técnica de desinfecção do Hub não é bem prescrições a mais. Esse fato mostra uma tendência cronológica
estabelecida, maioria realiza a desinfecção externa do Hub, po- em aumento do uso de antibióticos, a despeito da alta taxa, talvez
rém,adesinfecçãointernasomenteérealizadasehouversujidade por insegurança dos profissionais, incerteza do diagnóstico e falta
visível. O indicador mostrou que 71,5% dos profissionais fazem a de consciência da gravidade da resistência bacteriana. Entretan-
desinfecção externa, 17,6% faz a desinfecção interna da conexão, to, um sinal positivo foi a prevalência do uso de antibioticoterapia
8% faz a desinfecção interna e externa, 3% não faz a desinfecção profilática (71%) em detrimento da terapêutica (29%), o que indi-
em nenhum momento. No treinamento inicial de dez dias foram ca uma intervenção mais preventiva que curativa no controle das
abordados 43% dos profissionais de enfermagem da Instituição, infecções hospitalares. O antibiótico mais utilizado foi a cefazolina
dos períodos manhã, tarde e noturno com demonstração da téc- (45%), seguida pela benzilpenicilina benzatina (12,2%). CONCLU-
nica de desinfecção do Hub que melhor atende aos objetivos pro- SÃO. A vigilância da utilização de antibióticos é a base para intro-
postos. Conclusão: A técnica de desinfecção do hub não é uma duzir estratégias que minimizem seu emprego, e para tal devem
prática bem entendida pelos profissionais de enfermagem, não ser feitos monitoramentos do consumo destes como metodologia
está padronizada como ação importante para a prevenção de in- quepermitacompararautilizaçãoentrehospitais,parahaveruma
fecção da corrente sanguínea. Este fato pode estar contribuindo diretriz de sua utilização no debelamento das infecções hospitala-
para as altas taxas de ICS. res. (1)– Hospital Universitário Alcides Carneiro – Campina Grande
(PB) (2)– Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
Palavras-chaves: infecção hospitalar, infecção de corrente sanguí-
nea, prevenção Palavras-chaves: antibioticoterapia, antibioticoterapia profilática,
infecção hospitalar

P345
ANTIBIOTICOTERAPIA PROFILÁTICA E TERAPÊUTICA EM PACIEN- P346
TES CIRÚRGICOS PARA CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR: AVALIAÇÃO DO PROTOCOLO DE MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE
ESTRATIFICAÇÃO E ANÁLISE PRELIMINAR DE PRESCRIÇÃO EM DISSEMINAÇÃO DE BACTERIASMULTIRRESISTENTEEMHOSPITAL
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GERAL.

Autor(es): Francisco de Assis Pinto Cabral Júnior1, Mirella Patri- Autor(es): GIRLAYNE BATISTA ARRUDA, ADRIANA CESÁRIO LOPES,
cio Rodrigues1, Tallita Carvalho Vieira1, Antônio Emerson Ferreira ANDREA MENDES SILVA, Martha Maria Romeiro Fonseca
Lima1, Dannila Ramalho Moura1, Tatiana Passos da Costa Veiga1,
João Pinto Cabral Neto1, Euthalia Lemos Vilela Quirino1, Kallil Instituição(ões): 1. HUR, HOSPITAL UNIMED RECIFE
Monteiro Fernandes2, Stéphan Cariry Palhano1
Resumo:
Instituição(ões): A rotina de uso de medidas de precauções em estabelecimentos
1. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande de saúde tornou-se primordial na prevenção da transmissão de
2. UFRN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte patógenos, em especial bactérias multirresistentes, a pacientes
susceptíveis e aos profissionais de assistência a saúde (PAS). O
Resumo: HUR-II é um hospital privado de assistência terciária a pacientes
INTRODUÇÃO. Infecções em sítio cirúrgico são aquelas que aco- adultos, clínicos e cirúrgicos. A CCIH do hospital, no seu programa
metem tecidos, orgãos, manipulados durante procedimento cirúr- de ação no ano de 2008 implantou a rotina de instituição de me-
gico.Ocorrem até o 30º dia de pós-operatório ou até um ano na didas de precauções de contato na admissão dos pacientes atra-
presença de prótese.Essas infecções estão entre as mais temidas vés de fluxograma específico onde eram avaliados os fatores de
complicações decorrentes do ato operatório, uma vez que aumen- riscos para infecção e colonização por bactérias multirresistentes,
tam a morbidade e mortalidade, prolongam a permanência hospi- a serem estabelecidas pelos profissionais de assistência (médicos
talar, potencializam outras complicações e oneram o tratamento. e enfermeiros) e/ou CCIH. Com objetivo da avaliação e monito-
Antibióticos são utilizados em 23 a 38% dos pacientes hospitaliza- ramento deste processo construímos um formulário de acompa-
dos, sendo que em hospitais universitários podem ser utilizados nhamento, com o qual avaliamos as várias etapas do processo de
em até 60% dos pacientes internados. Estima-se que, nos hospi- modo a manter a informação contínua do cumprimento do proto-
tais, 50% dos antibióticos sejam prescritos incorretamente. A utili- colo. No formulário consta a avaliação das conformidades ou não
zação abusiva e incorreta está diretamente associada ao aumento e/ou aplicabilidade das seguintes variáveis: indicação do estabe-
da incidência de microorganismos multirresistentes e à elevação lecimento das precauções de contato, o uso da sinalização atra-

261
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
vés de placas e adesivos de identificação por cores das medidas infecção em CVC foi 2,6 vezes maior em 2008, antes das medidas
de precaução (conforme protocolo de medidas de precaução da adotadas, quando comparado ao ano de 2009 e a diferença foi
instituição), a disponibilidade dos EPI´s indicados, a acomodação estatisticamente significante (risco relativo = 2,62 com intervalo
em quarto privativo, e a duração do uso de medidas de precau- de confiança 1,41 – 4,81). CONCLUSÃO: Neste estudo, observou-
ção. Construímos a meta de atingirmos 100% de cumprimento da se importante redução na densidade de incidência de infecção em
instituição das medidas de precaução de contato nos casos indica- CVC após a implantação das medidas de educação continuada e
dos, criando um indicador de processo para este fim. Obtivemos conclui-se que com a incorporação de conhecimentos e aumento
os seguintes resultados: das variáveis levantadas, atingiram 100% da adesão às boas práticas é possível reduzir as taxas de infecção
de conformidades a indicação da precaução, sinalização nos lei- associada a CVC.
tos e nas pranchetas dos pacientes, higienização das mãos, uso de
avental, individualização dos artigos de assistência e tempo de du- Palavras-chaves: Incidencia, Infecçao Hospitalar, educaçao
ração da precaução. A única variável que apresentou o critério de
nãoatenderaconformidadefoiadequartoprivativo(47,2%).Essa
variável apresentou a não aplicabilidade, devido à UTI do hospital
não ter quartos privativos, ser um ambiente comum de comparti- P348
lhamento de leitos. CUIDADOS NA MANUTENÇÃO DO CATETER VESICAL DE DEMO-
RA: PREVENINDO A INFECÇÃO HOSPITALAR
Palavras-chaves: Prevenção, bactérias multirresitentes, medidas
de precaução Autor(es): Luciana Elem Pereira de Queiroz, Renata da Costa San-
tos, Suelem do Rozario, Fernanda Santos Rodrigues Araújo

Instituição(ões): 1. UFF, universidade Federal Fluminense


P347
REDUÇÃO NA INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO RELACIONADA A CA- Resumo:
TETER VENOSO CENTRAL EM UTI DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE Introdução: Por vezes, relacionado ao cateter, a infecção do tra-
PERNAMBUCO – UM ESTUDO ANTES E DEPOIS DE AÇÕES DE to urinário caracteriza-se pela invasão e multiplicação bacteriana
EDUCAÇÃO CONTINUADA em qualquer segmento do aparelho urinário, ocasionando uma
bacteriúria sintomática ou assintomática. Esta infecção pode aco-
Autor(es): KATIA MARIA PIRES DE CARVALHO, DEMÓCRITO DE meter o trato urinário inferior (cistites e uretrites) e o trato su-
BARROS MIRANDA-FILHO, RAFAELLA FELIX SERAFIM VERAS perior, como os rins e a pelve renal (pielonefrites). A infecção do
trato urinário atinge preferencialmente o sexo feminino, cerca 3:1.
Instituição(ões): 1. HBL, Hospital Barao deLucena Observamos na prática, altos índices de infecção relacionados ao
cateter vesical de demora. Quase sempre relacionada com a má
Resumo: manipulação e a má assepsia do cateter, pela equipe de enferma-
gem. Objetivos: identificar publicações de enfermagem sobre a in-
INTRODUÇÃO: O uso do cateter venoso central (CVC) tem sido fecção urinária ao paciente em uso de cateter vesical de demora.
apontado como um importante fator de risco para infecções pri- Métodos: foi feita uma revisão sistematizada da literatura, a partir
máriasdacorrentesanguínea(IPCS),oqueacarretaprolongamen- dos descritores Infecção Hospitalar, Cateter e Urinário. Esta busca
to nas internações, aumento da morbimortalidade e elevação dos foi nas bases de dados Pubmed e Lilacs. Das 21 referências identi-
custos de hospitalização. Nesse contexto, a educação continuada ficadas,07foramselecionadas.Oscritériosdeinclusão dosartigos
é considerada uma medida eficaz e de baixo custo na redução de foram pelo ano – artigos publicados entre 2002 a 2010; pelo idio-
infecção hospitalar. OBJETIVO: verificar o impacto de ações de ma–inglêseportuguêse;porrelevância–deassunto.Resultados:
educação continuada promovidas pela Comissão de Controle de recomendações como a lavagem das mãos, manutenção da téc-
Infecção Hospitalar (CCIH) na redução das infecções relacionadas nica estéril no momento da aplicação do cateter e a testagem da
a CVC. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo tipo antes e depois pervidade do cateter, também as características da diurese como
realizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Barão cor,odortambémsãoimportantes.Notificaraequipemédicacaso
de Lucena no estado de Pernambuco. Foram realizadas reuniões o cliente apresente dor, febre ou hematúria previne a infecção do
entre os membros da CCIH e da equipe médica e de enfermagem trato urinário. A febre limiar ou a alta temperatura são fatores de
do setor no período de julho de 2008 a janeiro de 2009, com o observação para os instrumentos invasivos como o cateter vesical
objetivo de padronizar e reforçar condutas referentes à paramen- de demora, onde um protocolo recomendado é trocá-lo em caso
tação da equipe, uso de material estéril adequado durante o im- de exame de sangue com cultura positiva para pseudomonas ae-
plante do cateter e manutenção através de curativos. Foram im- ruginosa e persistência de febre até 2 horas após a administração
plantados kits de materiais estéreis contendo campos ampliados de antitérmicos. Conclusão: programas de educação permanente
exclusivos para o procedimento e um check-list para inserção e com a equipe técnica de enfermagem e os enfermeiros do setor;
monitoramento de CVC que contemplou os itens constantes no além da supervisão direta dos procedimentos envolvendo o cate-
“pacote de medidas” como: higienização das mãos, uso de bar- ter vesical de demora nos pacientes, podem corrigir o modo como
reira máxima estéril, preparo da pele e revisão diária da necessi- se manipula esse dispositivo, diminuindo os índices de infecção e
dade do CVC. As pautas das reuniões foram registradas em atas. garantindo a qualidade da assistência de enfermagem.
A densidade de incidência de IPCS/CVC do período foi comparada
com a do mesmo período do ano anterior. RESULTADOS: Em 2009 Palavras-chaves: cateterismo, urinário, infecção, cuidados
houve redução da taxa de incidência de infecção em CVC em 10
dos 12 meses. A taxa de incidência de infecção relacionada ao uso
de CVC foi 13.80/1000 em 2008 e 5.26/1000 em 2009. O risco de

262
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
alizadas após o processo de limpeza. Utilizaram-se três métodos
P349 para avaliar a limpeza, inspeção visual, adenosina trifosfato (ATP)
EFETIVIDADE DO ÁLCOOL A 70% EM SUPERFÍCIES PELA ADENOSI-
bioluminescência e presença de Staphylococcus aureus/MSRA.
NA TRIFOSFATO POR BIOLUMINESCÊNCIA
Resultados: respectivamente, 20%, 80% e 16% das avaliações
pelos métodos visual, ATP e presença de Staphylococcus aureus/
Autor(es): Adriano Menis Ferreira1, Marcelo Alessandro Rigotti2, MSRA foram consideradas reprovadas. Houve diferenças estatis-
DenisedeAndrade2,MargareteTeresaGottardodeAlmeida3,Kei- ticamente significantes (p<0.05) entre as taxas de reprovação da
th Cássia Cunha3 limpeza utilizando os métodos ATP, comparado ao visual e micro-
biológico. A inspeção visual não se mostrou uma medida confiável
Instituição(ões): para avaliar a limpeza das superfícies. Conclusão: os resultados
1. UFMS/CPTL, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul -Três demonstram que o protocolo de limpeza não é eficaz e necessita
Lagoas. ser reformulado. Trabalho subsidiado pela Conselho Nacional de
2. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq
3. FAMERP, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Palavras-chaves: higiene hospitalar, controle de infecção, Sta-
Resumo: phylococcus aureus
Introdução:A limpeza do ambiente inanimado representa um mé-
todo custo-benefício, fundamental no controle da infecção asso-
ciada ao cuidado à saúde. Objetivo:avaliar a eficácia da aplicação
do álcool a 70% em cinco superfícies de uma unidade de terapia P351
intensiva. Método:para mensurar a eficácia do álcool, utilizaram- AVALIAÇÃO DE DUAS TÉCNICAS DE LIMPEZA DE SUPERFÍCIES
se os métodos de avaliação visual, ATP por bioluminescência e PELO MÉTODO DE ATP POR BIOLUMINESCÊNCIA
microbiológico (Staphylococcus aureus e MRSA). Foram avaliadas,
para cada método, 160 superfícies antes e depois da aplicação do Autor(es): Adriano Menis Ferreira1, Marcelo Alessandro Rigotti2,
álcool. Resultados:respectivamente, 87,5%, 79,4% e 87,5% das Denise de Andrade2
superfícies foram consideradas limpas utilizando os métodos de
monitoramento visual, ATP e microbiológico. Houve redução esta- Instituição(ões):
tisticamente significante das taxas de reprovação após o processo 1. UFMS/CPTL, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-Três
de limpeza considerando os três métodos de avaliação utilizados. Lagoas
A avaliação visual da limpeza foi o método menos sensível. Con- 2. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
clusão: o álcool a 70% foi eficaz na redução de matéria orgânica e
inorgânica das superfícies, no entanto, estudos adicionais devem Resumo:
elucidaraspectosrelacionados atécnicadefricção,suafreqüência Introdução:Alimpezaéessencialparareduzirosreservatóriosam-
e associação ou não com outros produtos químicos Trabalho sub- bientais de microrganismos. Portanto, pode ser um método custo-
sidiado pela Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e efetivo de controle de infecção e deve ser investigada como um
Tecnológico-CNPq processo científico com resultados mensuráveis. Objetivos: avaliar
a eficácia de duas técnicas de limpeza/desinfecção de superfícies
Palavras-chaves: staphylococcus aureus, contaminação de equipa- para remoção de matériaorgânica. Material eMétodo: trata-se de
mentos, resistência a meticilina, serviço hospitalar de limpeza um estudo transversal onde foram coletadas amostras de matéria
orgânica de mesas de cabeceiras de pacientes internados em uma
Unidade de Terapia Intensiva, antes e após o processo de limpeza.
Duas técnicas de limpeza foram testadas: sentido unidirecional e
P350 bidirecional utilizando um tipo de pano industrializado. Para cada
AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE LIMPEZA DE SUPERFÍCIES DE UMA
técnica uma única mesa e pano, umedecido com álcool a 70%,
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
foram utilizados a cada dia. A detecção de ATP foi realizada pelo
teste de bioluminescência utilizando o sistema 3M™ Clean-Trace™
Autor(es): Adriano Menis Ferreira1, Marcelo Alessandro Rigotti2, ATP Systems. Resultados: Para cada técnica 13 amostras foram co-
Mauro Pinheiro Beijo3, Denise de Andrade2 letadas antes e 13 após o processo de limpeza, totalizando 52 co-
letas de ATP por bioluminescência. Após análise estatística não se
Instituição(ões): constatoudiferençaestatisticamentesignificativaentreastécnicas
1. UFMS/CPTL, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul -Três pelo teste de Friedman (p=0,689). Conclusão: As duas técnicas fo-
Lagoas ram efetivas na redução de ATP das superfícies embora sem pre-
2. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto domínio de uma sobre a outra. Considerando a amostra limitada,
3. Vida Coop, Cooperativa de Trabalho dos Profissionais da Área estudos futuros necessitam avaliar além das técnicas outros tipos
de Saúde de panos de limpeza. Trabalho subsidiado pela Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq
Resumo:
Introdução: A limpeza das superfícies é reconhecidamente uma Palavras-chaves: controle de infecção, higienização hospitalar,
medida de controle da disseminação de microrganismos no am- contaminação de equipamentos, serviço hospitalar de limpeza
biente hospitalar. Objetivo: avaliar um protocolo de limpeza/
desinfecção de quatro superfícies próximas do paciente em uma
Unidade de Terapia Intensiva. Método: estudo prospectivo, rea-
lizado durante 14 dias. Cem avaliações das superfícies foram re-

263
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P352 Resumo:
A PROBLEMÁTICA DA SEGREGAÇÃO E GERENCIAMENTO DOS RE- A introdução de recipientes padronizados para descartar resíduos
SÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE perfurocortantes parece ter incentivado essa ação e contribuído
para diminuir acidentes relacionados. Porém, não basta dispo-
nibilizar insumos, é preciso usá-los adequadamente. A literatura
Autor(es): MARA WANESSA LIMA E SILVA, GEORGE LUCAS DE MA-
apresentasituaçõesconflitantesrelacionadasaoconhecimentode
CEDO ROCHA REIS, JOSYANNE ARAÚJO NEVES, MIRTES SOUSA SÁ,
profissionais da área da saúde sobre o limite de preenchimento
MÁRCIA HELENA RODRIGUES DA SILVA
desses recipientes; apesar de afirmarem que não se deve preen-
chê-los até a superlotação, apresentaram dúvidas quanto ao real
Instituição(ões): limite e à montagem dos mesmos, representando certo distancia-
1. UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ mento dos profissionais sobre o tema, ao referirem a ela como
“um objeto distante de sua prática”. Fato importante, pois esses
Resumo: recipientes, erroneamente montados ou superlotados, geram um
Os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) são aqueles gerados por risco coletivo. OBJETIVO: Identificar e avaliar o uso dos recursos
instituições que prestam serviços na área da saúde. Entre elas in- materiais disponíveis para o adequado descarte de objetos perfu-
cluem-se os hospitais, clínicas odontológicas e veterinárias, labo- rocortantes em setores de urgência e emergência. MÉTODOS: Es-
ratórios, farmácias, unidades de saúde e instituições de ensino e tudo descritivo de corte transversal realizado, no período de maio
pesquisa. Esses resíduos oferecem um preocupante risco sanitário a julho de 2009, nos setores de urgência e emergência dos três
e ambiental perante um gerenciamento incorreto, pois são possí- hospitais públicos da cidade de Goiânia-GO que recebem deman-
veis fontes de propagação de doenças, podendo contribuir para o da espontânea de pacientes. Os dados foram coletados por meio
aumento da incidência de infecção hospitalar, além de represen- de check-list. O estudo seguiu os aspectos ético-legais, aprovação
tarem risco ocupacional intra e extra estabelecimento de saúde, porComitês deÉtica emPesquisa (nº 065/08,12/08,118/08)eas-
principalmente os RSS denominados como perfurocortantes, se sinaturadoTermodeConsentimentoLivreeEsclarecido.RESULTA-
forem acondicionados de maneira inadequada. Os RSS necessitam DOS: Integrou o estudo cinco unidades de urgência e emergência
de cuidados criteriosos nas fases de coleta, segregação, acondi- (02 de atendimento pediátrico, 02 adulto e 01 adulto e pediátri-
cionamento, transporte, tratamento e disposição final. O presente co), em nenhuma, havia disponíveis, recipientes para descarte de
trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica utilizando-se publi- perfurocortantes, para pronta substituição. Em quatro unidades,
cações nacionais sobre segregação e gerenciamento dos resíduos esses recipientes, ultrapassavam a capacidade de 2/3 ou 5 cm de
de serviços de saúde (RSS) valendo-se das Bases de Dados BBO, distância da boca do recipiente, contrariando a legislação. A lo-
BDENFELILACS.Osdadosforamcoletadosutilizando-seosseguin- calização dos mesmos, distantes dos leitos, era inadequada, po-
tes critérios: artigos publicados entre 2003 e 2009 e utilização dos tencializando o risco coletivo. Um dos recipientes foi encontrado
descritores “resíduos and saúde”, “gerenciamento” e “ambiente.” sobre uma caixa de papelão vazia e que por várias vezes caía e
Foram encontrados 94 artigos, os quais tiveram lidos seus resu- ocasionava a dispersão dos artigos perfurocortantes ali acondicio-
mos. Desses artigos foram selecionados 23, visto que apresenta- nados.Arecomendaçãoéquefiquemsuspensossemcontatocom
vam maior compatibilidade com a temática em questão. Os estu- o chão, evitando que a caixa rígida, mais comumente de papelão,
dosdemonstramqueasegregaçãoéopontofundamentaldetoda molhe e/ou perca a integridade; uma unidade possuía o supor-
adiscussãosobreapericulosidadedosRSS.Apesardeapenasuma te, porém, em número insuficiente. Nenhum local disponibilizava
pequena parcela dos resíduos ser potencialmente infectante ou esse recipiente improvisado, diferentemente do encontrado por
contaminante, se essa não for segregada, todos os resíduos que ti- outros estudos. A Portaria n° 939, de 18/11/2008, do Ministério
veramcontatocomelatambémdeverãosertratadoscomopoten- da Saúde, sobre a obrigatoriedade de substituição dos materiais
cialmente infectantes ou contaminantes, exigindo procedimentos perfurocortantes por outros, com dispositivo de segurança, até
e cuidados especiais nas demais etapas do manejo. Com esse mau 18/11/2010 para todas as instituições de saúde, a discussão so-
gerenciamento, os riscos e os custos do tratamento desses resídu- bre perfurocortantes seja aumentada. CONCLUSÕES: Esforços
os são, em muito, aumentados. Frente ao exposto, ressalta-se a devem se voltar para minimizar o risco ocupacional relacionado
necessidade da tomada de medidas no âmbito da biossegurança, aos perfurocortantes, como o melhor uso de recursos disponíveis.
incluindo a educação e o treinamento dos profissionais de saúde e Estratégias em conjunto (profissionais e gerentes) podem evitar
o esclarecimento da população em geral. que ações repetitivas que ocasionem risco coletivo permaneçam.
Palavras-chaves: AMBIENTE, GERENCIAMENTO, RESÍDUOS E SAÚ- Palavras-chaves: biossegurança, Precauções Universais, equipe de
DE enfermagem

P353 P354
FATORES INTERVENIENTES PARA A ADESÃO AO DESCARTE ADE- MANEJO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE EM UMA UNIDA-
QUADO DE RESÍDUOS PERFUROCORTANTES DE DE ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE
GOIÂNIA
Autor(es): KATIANE MARTINS MENDONÇA, ANACLARA FERREIRA
VEIGA TIPPLE, FABIANA RIBEIRO REZENDE, HELINY CUNHA CAR- Autor(es): ERIKA GOULART RODRIGUES, SERGIANE BISINOTO AL-
NEIRO NEVES VES, ADENÍCIA CUSTÓDIA SILVA E SOUZA, FABIANA RIBEIRO DE
REZENDE, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIPPLE, MARINÉSIA APARE-
Instituição(ões):1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA CIDA PRADO PALOS, KARINA SUZUKI
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

264
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Instituição(ões): 3. UNIFAL, UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
1. UFG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Resumo:
Resumo: Introdução: Os Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSSS) cons-
Introdução: Os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) são fontes tituem um desafio com múltiplas interfaces, e, além das questões
potenciais de propagação de doenças, e seu descarte inadequa- ambientais inerentes a qualquer tipo de resíduo, incorporam uma
do coloca em risco o meio ambiente, compromete os recursos preocupação maior no que tange ao controle de infecções em
naturais e a qualidade de vida das pessoas, e apresentam um ris- ambientes prestadores de serviços, nos aspectos da saúde indi-
co adicional aos trabalhadores dos serviços de saúde. Para evitar vidual, ocupacional, pública e ambiental. Objetivos: avaliar o Pla-
esses riscos preconiza o manejo em todas as suas etapas, desde no de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS),
a geração até a disposição final. Na atenção básica, no município tendo como base a Resolução nº 306, de 07/12 de 2004 (ANVI-
de Goiânia, a preocupação com o manejo dos resíduos é ainda SA) e a Resolução CONAMA nº 358, de 29/04/2005. Os objetivos
muito incipiente. Tem-se observado que não há estrutura e ge- do PGRSS foram: reduzir os riscos à Saúde Pública e ao meio am-
renciamento desses resíduos. Objetivo: analisar a segregação dos biente através da conscientização e Capacitação de funcionários
resíduos gerados em uma Unidade de Atenção Básica de Saúde da do hospital estudado; criar ações que visem à redução do volume
Família de Goiânia-Goiás. Metodologia: Pesquisa descritiva, com de resíduo infectante gerado, no período de um ano; segregar os
abordagem quantitativa. Os dados foram coletados durante uma resíduos para propiciar sua reciclagem, compostagem e destina-
semana, por meio de observação direta e registrados em um che- ção adequada. Metodologia: O hospital estudado, destina-se ao
ck list. Os RSS foram pesados em balança eletrônica, conforme a atendimento em Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Obstetrícia e
segregação feita pelos profissionais. Na seqüência os sacos foram Emergência. Foi realizada uma quantificação através da pesagem
abertos e realizada nova segregação, conforme preconizado pela de 100% dos resíduos gerados no hospital durante 08 dias conse-
RDC 306 e, novamente pesados. A segregação e pesagem foram cutivos para comparação , repetida seis e doze meses após. Resul-
realizadas observando todas as medidas de biossegurança. Resul- tados: Evidenciou-se que, em março/2009 o número de resíduos
tados: Foram gerados 22,97kg na semana (4,594kg/dia). Destes, foi de 2128kg, sendo 1507kg de resíduos infectantes (Grupos A,
conforme segregado pela unidade, 1,980kg eram do grupo A; E) e 621kg de resíduos comuns (Grupo D); assim 70,81% foram
19,850kg do grupo D; e 1,140kg do grupo E. Após a correta se- RSS infectantes e 29,19% comuns. Houve então a implantação do
gregação, foi encontrado 0,515kg do grupo A; 21,295kg do grupo PGRSS com treinamentos, educação continuada, conscientização
D; e 1,160kg do grupo E. Os resultados preocupam, pois apenas dos funcionários, aquisição de novas lixeiras para segregação do
26% do segregado como infectante eram verdadeiramente deste lixo e atividades educativas. Em setembro/2009, após 06 meses
grupo. Alem disso, percebemos o descarte de resíduos do grupo da implantação, foi realizada nova avaliação: 398kg, sendo 146kg
E nos sacos destinados aos grupos A e D. Na unidade não existe de resíduos infectantes (Grupos A, E) e 252kg de resíduos comuns
local apropriado para o armazenamento externo, a coleta é feita (Grupo D); assim 36.7% são RSS infectantes e 63.3% são comuns.
de forma manual e não existe a identificação dos recipientes de Em março/2010, após um ano da implantação do PGRSS, foi rea-
acondicionamento. Conclusão: Os dados revelam fragilidades na lizada nova avaliação: 613kg, sendo 91kg de resíduos infectantes
segregação dos resíduos pela inobservância do descarte de cada (Grupos A, E) e 522kg de resíduos comuns (Grupo D); assim 14.9%
grupo norecipienteindicado. Asegregaçãoincorretacompromete são RSS infectantes e 85.1% são comuns. Conclusão: Conclui-se
as demais etapas do manejo dos resíduos e, expõem a riscos os que, houve uma diminuição em 55.91% de resíduos infectantes.
profissionais que atuam na unidade, os trabalhadores do serviço Observou-se que, a socialização do conhecimento e dos proces-
de limpeza urbana e a comunidade. Soma-se a isso os gastos com sos legais e normativos que norteiam a questão dos resíduos
o descarte de resíduos infectantes, que nem sempre pertencem a trás grande diferenciação e capacidade de promover uma maior
esse grupo. Consideramos que o manejo adequado com a implan- discussão sobre o assunto. Sabemos que, a conscientização dos
taçãodoplanodegerenciamentodosresíduosrepresentamaisdo recursos humanos, tem interferência nos sistemas geradores, de
que o cumprimento de uma norma, é antes de tudo um compro- forma a minimizar os impactos à saúde e ao ambientes atribuídos.
misso social e ético.
Palavras-chaves:Gerenciamento,Resíduossólidos,ServiçodeSaú-
Palavras-chaves:Resíduos deServiçodeSaúde, Gerenciamentode de
Resíduos, Saúde Ambiental

P356
P355 IDENTIFICAÇÃO DE MICRORGANISMOS EM PROFISSIONAIS E SU-
AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE GERENCIA- PERFÍCIES DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
MENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM SAÚDE, EM UM HOSPITAL DE
MINAS GERAIS. Autor(es): JOVANI ANTONIO STEFFANI, ADRIANA GALHOTO, FA-
BIOLA IAGHER, MORGANA BAÚ, CANDICE CRISTINA STUMPF
Autor(es): DANIELLI MARIA VIEIRA PEREIRA1, JANAÍNA BIANCA DE
OLIVEIRA ABRÃO1, FERNANDA MARIA VIEIRA PEREIRA2, ELUCIR Instituição(ões):1. UNOESC, UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA
GIR2, NATALIA MARIA VIEIRA PEREIRA3, JOICE GASPAR2, SILMARA CATARINA - CAMPUS JOAÇABA
ELAINE MALAGUTI2
Resumo:
Instituição(ões): Introdução: A infecção hospitalar está ligada a altos índices de
1. IMAIP, HOSPITAL E MATERNIDADE ISABEL CRISTINA mortalidade. Os desafios para o controle decorrem das causas
2. EERP-USP, ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO - USP multifatoriais que contribuem para a ocorrência das infecções

265
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
hospitalares, processos de trabalho incorporados a avanços tec- umapropostadeindicadoresparaacompanhamentodesteimpor-
nológicos, capacitação das pessoas, condições dos programas de tante grupo de trabalho. Objetivo: desenvolver uma estratégia
controle, interesse e apoio institucional, dentre outros. O objeti- de monitoramento dos processos de higienização hospitalar com
vo deste trabalho foi identificar os microrganismos de superfície, base em uma proposta de indicadores de desempenho. Método:
mãos e cavidade nasal de profissionais de uma unidade de tera- Após uma avaliação diagnóstica do processo de higienização das
pia intensiva. Método: A presente pesquisa trata-se de um estudo superfícies, nos diferentes momentos de sua realização, foi for-
descritivo, transversal e de campo com abordagem quantitativa malizado um instrumento com itens pertinentes a rotina diária do
realizado em um hospital de Joaçaba (SC) nos meses de março a serviço de higienização. Foram considerados para consolidação do
junho de 2009. Foram incluídos todos os profissionais da equipe instrumento itens que se apresentaram não conformes na maio-
multidisciplinar que estavam no local (UTI) no momento da coleta ria das observações. Tais itens forma apresentados aos líderes do
das amostras, respeitando-se os profissionais que não quiseram Serviço de Higienização para reconhecimento dos pontos críticos
participar. Participaram do estudo 25 profissionais da equipe da avaliados. A partir daí a CCIH iniciou as suas avaliações, apenas
UTI do hospital. As coletas foram realizadas sempre no final de nas unidades de Terapia Intensiva Adulto e Neonatal, através de
cadaplantão,comduraçãode6he12h,diurnoenoturno,respec- uma inspeção mensal. Posteriormente a avaliação destes itens é
tivamente. Foram realizadas coletas da cavidade nasal e das mãos consolidada um indicador em forma de valor percentual de ade-
dos profissionais, das superfícies das torneiras, saboneteira e con- quaçãoqueéapresentadoaogrupodehigienizaçãoquediscuteas
dicionador de ar, todas elas realizadas em data única. Resultados: estratégiasdeabordagemdoproblemaeaapresentanasreuniões
Obteve-se da cavidade nasal 5 cepas de Staphylococcus aureus e mensais da CCIH. Resultados: A análise dos indicadores possibili-
20 de Staphylococcus coagulase negativo. Nas mãos 9 cepas de tou a percepção do grupo quanto a importância deste instrumen-
fungos, 4 de bacilo gram-negativo do ambiente, 6 de bacilo gram- to como ferramenta para a identificação das não conformidades
positivo do ambiente, 10 de Staphylococcus coagulase negativo, 3 e para o estabelecimento de um plano de ação para adequação
de Staphylococcus aureus, 1 de Acinetobacter calcoaceticus e 1 de dos processos realizados pelo Serviço de Higienização Hospitalar.
micrococos. Na superfície de torneiras, ar condicionado e sabone- Conclusão: a avaliação destes indicadores visa melhorar a quali-
teira 3 cepas de fungos, 3 de Staphylococcus coagulase negativo dade da higienização hospitalar nesta instituição e pode ser uma
e 2 de bactérias. Conclusão: Quanto aos Staphylococcus aureus, importanteferramentadetrabalhosendooseuusoampliadopara
o que os tornaria diferenciados seria o fato de serem MRSA (Sta- as demais áreas do hospital.
phylococcus aureus Meticilina Resistentes), o que não ocorreu,
porém vários destes microrganismos foram encontrados nas mãos Palavras-chaves: CONTROLE DE INFECÇÃO, INDICADOR DE ESTRU-
dos profissionais mesmo após a higienização das mesmas, resulta- TURA, LIMPEZA HOSPITALAR
dos que evidenciam a importância da educação continuada para
o controle das infecções, através do uso de equipamentos de pro-
teção individual adequados, e das boas práticas de higienização
das mãos e desinfecção correta das superfícies. Apoio: Fundação P358
de apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do estado de Santa QUALIDADE NO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DOS
Catarina – FAPESC. SERVIÇOS DE SAÚDE

Palavras-chaves: Microrganismos de superfície, Infecção hospita- Autor(es): Karla Romana Ferreira de Souza1,1,1, Manuela Cristina
lar, Lavagem das mãos Gomes da Luz2,2,2, Priscila Nilma Rodrigues de Albuquerque So-
ares2,2,2, Samuel Anderson Firmino de Oliveira2,2,2, Thanmirys
Maiara Ferreira dos Santos2,2,2, Suzane Bezerra de França2,2,2,
Maria da Conceição Cavalcanti de Lira1,1,1, Viviane de Araújo
P357 Gouveia1,1,1, Bartolomeu José dos Santos Júnior1,1,1, Bruno
PROPOSTA DE INDICADORES PARA O SERVIÇO DE HIGIENE HOS- Henrique Andrade Galvão1,1,1
PITALAR COMO ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Instituição(ões):
Autor(es): ISABELLE CALDAS AMORIM1,2, SIMONE MOREIRA1,2, 1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco-CAV
CINTHYA RAMIRES FERRAZ1,2, GISELA VALADÃO1,2 2. FACIPE, Faculdade Integrada de Pernambuco

Instituição(ões): 1. ADLER, A ADLER CONSULTORIA LTDA Resumo:


2. HP, HOSPITAL PASTEUR INTRODUÇÃO: Os Resíduos de Serviços de Saúde recebem um
tratamento diferenciado dos resíduos comuns, segundo as re-
Resumo: soluções n°358/2003 do Conselho Nacional de Meio Ambiente
Introdução: Desenvolver ações capazes de reduzir o risco de in- (CONAMA) e a 306/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sani-
fecções no ambiente hospitalar integra um dos objetos centrais tária (ANVISA), que determina ao gerador destes resíduos a res-
propostos pelas Comissões de Controle de Infecção Hospitalar ponsabilidade do seu gerenciamento, desde a segregação até o
(CCIH), tornando-se imperativa a implementação de ações de destino final, sendo aplicada nos estabelecimentos de saúde hu-
monitoramento das variáveis relacionadas ao ambiente e conse- mana ou animal. Na enfermagem, este assunto é importante, por
qüentemente, ao processo de trabalho do serviço de higienização descartar a grande maioria dos resíduos gerados nas instituições
hospitalar bem como a estrutura que um adequado serviço de hi- de saúde, necessitando esta categoria profissional ser capacitada
gienização oferece na prevenção e controle das infecções relacio- de forma permanente. OBJETIVOS: Conhecer os procedimentos
nadasaassistênciaasaúde.Combasenestesaspectos,edianteda para seleção, descarte adequado e destinação final dos resíduos
dificuldade de avaliar sistemática e criteriosamente as atividades produzidos pelos Estabelecimentos de Assistência à Saúde (EAS).
desenvolvidaspeloserviçodehigienizaçãohospitalar,construímos MÉTODOS: Pesquisa descritiva e observacional, realizada através

266
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
de visita técnica a empresa responsável pelo tratamento e des- mente quanto ao descarte de material perfuro cortante, principal
tino final dos resíduos perigosos gerados nos EAS no Estado de causa de acidentes envolvendo material biológico.
Pernambuco, devidamente licenciada pelos órgãos de Vigilância
Sanitária e Ambiental. RESULTADOS: Observou-se que existe falha Palavras-chaves: SEGREGAÇÃO, SERVIÇOS DE SAÚDE, RESÍDUOS
na segregação dos resíduos hospitalares na fonte geradora (EAS),
ondeaquantidadederesíduoscomuns(nãoperigosos)estásendo
acondicionados como resíduos dos grupos perigosos (A e B), nos
serviços da rede pública e privada aumentando os custos hospi- P360
talares e impactos negativos ao meio ambiente, sem considerar a A IMPORTÂNCIA DO MANEJO DOS RESÍDUOS DE SAÚDE: UMA
responsabilidade sócio-ambiental destes estabelecimentos. CON- REFLEXÃO A PARTIR DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
CLUSÃO: Não somente a implantação do Plano de Gerenciamen-
to de Resíduos dos Serviços de Saúde (PGRSS) e suficiente para Autor(es): RAFAELA GESSNER, LAURA CHISTINA MACEDO PIOSIA-
garantir efetivação do gerenciamento dos resíduos, se faz neces- DLO
sário um trabalho de educação permanente com os profissionais
da equipe de saúde para minimizar os riscos ocupacionais, de in- Instituição(ões):
fecção hospitalar e meio ambiente, para atender com qualidade e 1. UFPR, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
segurança o público interno e externo dos EAS.
Resumo:
Palavras-chaves: Gerenciamento dos resíduos, Resíduos sólidos, Os Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) caracterizam-se por mate-
Serviços de saúde riaisproduzidosportodoosistemadeatendimentoàsaúdeanimal
ou humana. Devido a sua diferente composição e utilidade, os RSS
carecem de uma legislação específica sobre seu gerenciamento.
Atualmente seu manejo é regido pela RDC 306/2004. Tal resolu-
P359 ção define, além das características físico-químicas de cada artigo,
EDUCAÇÃO EM SERVIÇO NA SEGREGAÇÃO DE RESÍDUOS DE SAÚ- a responsabilidade de cada gerador destes resíduos por implan-
DE EM UM HOSPITAL GERAL tar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde
(PGRSS). O gerenciamento inadequado dos RSS vem se mostrando
Autor(es): Aline Garcia Alvarenga Pereira, Evaldo Ferreira da Silva, como um problema de Saúde Pública devido a seus efeitos deleté-
Ana Claudia Bocchi Luchi, Silvana Martins Dias Toni rios sobre a saúde ambiental e populacional além de implicar em
Instituição(ões): umriscopotencialparaacidentesdetrabalhoaosquetemcontato
1. SCMT, SANTA CASA DE MISERICORDIA DE TUPÃ direta ou indiretamente com esses materiais. A pesquisa de ini-
ciação científica realizada no período de 2009-2010, intitulada “O
Resumo: manejo dos resíduos de serviços de saúde em diferentes tipos de
INTRODUÇÃO: Os resíduos de serviços de saúde tem se tornado serviço: um problema a ser enfrentado”, através da metodologia
um problema de saúde publica por colocar em risco o meio am- de revisão sistemática da literatura, teve como objetivo demons-
biente e a segurança dos profissionais de saúde. Há uma grande trar a importância do manejo correto dos resíduos produzidos nos
necessidade de trabalhar com a conscientização dos profissionais serviços de saúde bem como apontar as dificuldades trazidas pela
para que a segregação ocorra da forma correta. A segregação do literatura, na última década, sobre o tema. A amostra da pesquisa
resíduo hospitalar é uma das mais importantes etapas que per- foi formada por 17 artigos selecionados da base de dados Scielo,
meiam todo este processo de forma segura para todos, sendo publicadosentreosanosde1993e2008.Apesquisapermitiucon-
esta, algo da realização deste trabalho.OBJETIVO: Avaliar o co- cluir que a discussão sobre o manejo dos RSS é recente e cresceu
nhecimento dos profissionais de enfermagem quanto ao desprezo juntamente com a publicação das legislações que versam sobre o
do resíduo hospitalar.METODOLOGIA: O trabalho foi realizado no tema.Aformaçãoprofissionaltemsemostradoumadasprincipais
período de abril à maio de 2010, e o publico alvo compôs-se de preocupações nos artigos que discutem o gerenciamento correto
todos os profissionais de enfermagem.Foram realizados dois pe- dos resíduos de saúde. A formação profissional precisa ser voltada
dágios em momentos diferentes (antes e após treinamento) onde para o todo da complexidade do gerenciamento dos RSS, desde
os colaboradores tinham que simular o descarte de lixo gerado no a sua produção até sua destinação final. Assim o debate para a
ambiente de trabalho (nomes de diferentes tipos de resíduos, de- formação de uma nova postura profissional perante as ações rela-
vidamente dobrados e aleatoriamente retirados de um recipiente cionadas à saúde ambiental e populacional é essencial. O risco de
eposteriormentedescartadosemurnasprópriasquesimulavamo acidentes ocupacionais devido ao gerenciamento inadequado dos
coletor de resíduo nas cores padronizadas: branca, preta e amare- RSS também é destaque nas produções científicas encontradas.
la). A supervisão desta simulação foi feita pela enfermeira do ser- Observa-se a necessidade de uma educação continuada aos tra-
viçodecontroledeinfecçãohospitalarepelotécnicodesegurança balhadores, oferecida pelas instituições empregadoras, e também
dotrabalho.RESULTADOS:Aofinal doprimeiropedágioaavaliação uma melhor condição de disposição desses materiais, tais mudan-
mostrou que entre os 91 participantes obtivemos 74 (81,3%) de ças podem ser capazes de reduzir substancialmente o número de
desprezo adequado e 17 (18,7%) de desprezo inadequado sendo acidentes de trabalho.
este7(41,2%)com erros nodescartecom perfuro cortante.Nase-
qüência, houve a capacitação dos colaboradores no tema especí- Palavras-chaves: educação ambiental, educação em saúde, geren-
fico. O segundo pedágio demonstrou entre os 81 participantes 67 ciamento de resíduos, resíduos de serviços de saúde
(82,7%) de desprezo adequado e 14(17,3%)de desprezo inadequa-
do sendo este 9 (64,3%) com erros no descarte com perfuro cor-
tante.CONCLUSÃO: Apesar de um número significativo de acertos,
ainda há necessidade de trabalhar com a capacitação principal-

267
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P361 liar, que vem aumentando desde a implantação da estratégia Saú-
PGRSS – PRODUÇÃO DE CAIXA DE PERFUROCORTANTE COM MA- dedaFamília,tambémháageraçãoderesíduoseosriscosineren-
TERIAL RECICLADO: PROJETO PILOTO tes a eles. Assim, compreender como ocorre o manejo de resíduos
gerados no atendimento domiciliar pode contribuir efetivamente
paraaadoçãodemedidasdeprevençãoeatenuaçãodospossíveis
Autor(es): Elisabeth Santiago Dreyer1, Silvana Cristina Pereira Sil-
impactos à saúde das pessoas, dos profissionais e do ambiente.
va1, Maria Goreth Ferrão Castelo Branco2
Objetivos - Analisar o manejo dos resíduos gerados pela assistên-
cia domiciliar das Unidades de Atenção Básica a Saúde da Família
Instituição(ões): (UABSF) de um Distrito Sanitário da cidade de Goiânia, identificar
1. HMG, Hospital Memorial Guararapes os tipos de resíduos gerados, verificar sua segregação e transporte
2. UNICAP, Universidade Católica de Pernambuco até a unidade. Metodologia – Pesquisa descritiva, com abordagem
quantitativa, realizada em oito UABSF que tem 28 equipes de saú-
Resumo: de da família. A coleta de dados foi realizada por meio de obser-
Introdução: O lixo produzido pelas instituições de saúde repre- vação direta, durante a realização de procedimentos que geravam
senta um risco potencial tanto para a saúde dos seres humanos resíduos no domicilio. Os dados foram registrados em um check
quanto para o meio ambiente. O lixo contaminado é o resíduo list previamente construído segundo as recomendações da RDC
dos materiais usados no tratamento aos pacientes, como gazes, 306. Resultados - Observamos que na maioria das vezes os resídu-
curativos e luvas, que, após utilizados, devem ser depositados em os gerados durante a assistência no domicilio não são segregados
recipientes específicos. Contudo, em termos de risco para a saúde de acordo com a legislação vigente, sendo estes acondicionados
humana, o que mais preocupa são os chamados perfurocortantes, junto ao lixo domiciliar. Os principais resíduos gerados no domici-
que são agulhas e bisturis usados em contato com sangue conta- lio são: gaze com sangue, compressa, atadura, esparadrapo, luvas,
minado,sendooportadordovírusHIV,porexemplo,umtransmis- frascos de soro, agulhas e fitas para hemoglucoteste e invólucros
sor em potencial da doença. Objetivos: Abordar a importância de de materiais para curativo. Conclusão – O manejo dos resíduos ge-
se aprimorar a redução dos custos através da educação continua- rados durante a assistência domiciliar não é realizado segundo as
da e produção de caixas de perfurocortante com material recicla- recomendações da ANVISA. Apesar desses resíduos pertencerem
do. Métodos: Projeto Piloto desenvolvido primeiro com a sensi- aos grupos A (biológico) e E (perfurocortantes), são desprezados
bilização dos colaboradores sobre a coleta seletiva para o resgate juntocomolixodomésticoecomotal,acondicionadosecoletados
das caixas vazias embasadoras da produção, e a capacitação para como resíduos do grupo D (comum), expondo a riscos de aciden-
confecção segundo as normas técnicas de legislação. Resultados: tescommaterialbiológico,tantoafamíliaeacomunidade,quanto
Ainstituiçãoabraçouacausaapósasensibilizaçãosobrecoletase- os profissionais de saúde e os trabalhadores da coleta pública de
letiva, contribuindo com a redução do lixo hospitalar, sendo as cai- resíduos. Consideramos que a elaboração do plano de gerencia-
xas reproduzidas mantendo-se a qualidade exigida pela NBR 7500 mento dos resíduos destes serviços de saúde e a capacitação dos
da ABNT, ficando a ser discutido posteriormente as condições de profissionais para o seu manejo é mandatório para prevenir estes
produção em série. Conclusão: Oferecer uma destinação adequa- riscos e para a preservação do meio ambiente.
da ao lixo não se trata apenas de tornar o ambiente de trabalho
mais limpo e agradável, pois a coleta seletiva é um compromisso Palavras-chaves: Resíduos de Serviços de Saúde, Assitência Domi-
no qual a presença de multiplicadores dessa nova opção de vida é ciliar, Plano de Gerenciamento de Resíduos, PGRSS, Meio ambien-
primordial, reciclando-se com cidadania e solidariedade. te
Palavras-chaves: Lixo Hospitalar, Perfurocortante, Saúde Ambien-
tal
P363
O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS GERADOS EM UMA UNI-
DADE DE CENTRO CIRÚRGICO DE UM HOSPITAL NA CIDADE DE
P362 TAUBATÉ-SP
MANEJO DE RESÍDUOS GERADOS NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR
DE UM DISTRITO SANITÁRIO DA CIDADE DE GOIÂNIA Autor(es): ADRIANA GIUNTA CAVAGLIERI*, BRUNA CRISTINA DOS
PASSOSSILVA,JOSÉFRANCISCODOSSANTOS,NATHÁLIABORSATTI
Autor(es): FABIANA RIBEIRO DE REZENDE1,1,1, SERGIANE BISI- EUGENIO
NOTO ALVES1,1,1, ERIKA GOULART RODRIGUES1,1,1, ADENICIA
CUSTÓDIA SILVA E SOUZA1,1,1, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIP- Instituição(ões): 1. UNITAU, DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM -
PLE1,1,1, SILVANA DE LIMA VIEIRA DOS SANTOS1,1,1, HÉLIO GAL- UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
DINO JÚNIOR1,1,1, KATIANE MARTINS MENDONÇA1,1,1, CAMILA
STIVAL BISINOTO2,2,2, ELAINE ROCHA VIEIRA2,2,2
Resumo:
Introdução: Atualmente todos os serviços de saúde são responsá-
Instituição(ões): veis pelo gerenciamento dos resíduos de serviço da saúde, respei-
1. UFG, Faculdade de Enfermagem/ Universidade Federal de Goiás tando as normas e exigências legais, desde quando ele é gerado
2. PUC - GO, Pontifícia Universidade Católica de Goiás até seu destino final. (LIMA, 2007). Objetivo: Identificar junto à
equipe de enfermagem da unidade o desprezo do resíduo gerado
Resumo: no centro-cirúrgico assim como os tipos de sacos de lixo usados
Introdução - A maioria dos resíduos de serviços de saúde repre- na unidade. Método: Pesquisa descritiva, onde foram aplicados
senta riscos às pessoas e ao ambiente. Esses riscos podem ocorrer questionários a todos os profissionais de enfermagem da referi-
desde a geração até a sua disposição final. Na assistência domici- da unidade. Além dos questionários, foram observados os tipos

268
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
de sacos de lixos nas salas e os tipos de resíduos que eram des- gadas, como: manter as superfícies limpas e desinfetadas, bem
prezados no momento das cirurgias. O estudo foi aprovado pelo como leitos, móveis e outros materiais tocados com freqüência;
Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade de Taubaté. Resulta- e quando da presença de contaminação visível por sangue ou flui-
dos: Participaram 18 profissionais de enfermagem (78%), destes dos corpóreos em superfícies ou equipamentos, utilizar um desin-
72% eram auxiliares de enfermagem; 50% não têm conhecimen- fetante aprovado pelo hospital, que atenda as normas técnicas do
to sobre gerenciamento de resíduos de serviços de saúde; 94% Ministério da Saúde. A ineficiência da Comissão de Controle de
sabem dos diferentes tipos de sacos de lixos; 42% citam tanto o Infecção Hospitalar é outro fato comum encontrado nos hospitais.
saco preto como o branco; 59% citam o que deve ser desprezado Conclui-se então que, na área hospitalar a infecção tem crescido
no saco branco: luvas, equipo de soro, gaze; no saco preto 45% proporcionalmente ao desenvolvimento da tecnologia invasiva,
dizem que deve ser lixo não contaminado. Quanto aos perfuro - no entanto, o conhecimento dos profissionais da saúde sobre as
cortantes 89% relatam jogar em recipientes rígidos; 47% não sa- ações de prevenção e controle das infecções não acompanha este
bem o destino do resíduo do saco branco. Quanto à observação desenvolvimento. Analisando as considerações em torno da lim-
dos resíduos desprezados, levantou-se que nas salas de cirurgias peza na manutenção de um ambiente hospitalar biologicamente
contém apenas sacos brancos, sendo, portanto desprezado todo e seguro, observa-se a relevância do papel exercido pela equipe de
qualquer tipo de resíduo neste saco. Conclusão: Concluí-se que os enfermagem em promover medidas que melhorem a qualidade
profissionais devem ser orientados sobre o gerenciamento, sobre da assistência.
a colocação de sacos de lixo de outras cores na unidade, separan-
doetreinandosobreoquedeveserdesprezadoemcadaumdeles Palavras-chaves: Enfermagem, Infecção hospitalar, Higiene hospi-
para um destino correto destes resíduos. talar

Palavras-chaves:gerenciamentoresiduos,centro-cirúrgico,equipe
enfermagem
P365
GERENCIAMENTO ADEQUADO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS HOSPI-
TALARES: CONTRIBUINDO PARA O PARADIGMA ECOLÓGICO
P364
ESTRATÉGIAS ADOTADAS PELOS PROFISSIONAIS DA ENFERMA- Autor(es): RODRIGO ASSIS NEVES DANTAS, DANIELE VIEIRA DAN-
GEM PARA A HIGIENIZAÇÃO DO AMBIENTE HOSPITALAR COMO TAS, ANA ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇA, KÁTIA REGINA BARROS
FORMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECÇÕES HOSPITA- RIBEIRO, PATRICIA CABRAL FERREIRA, ANNA LIVIA DE MEDEIROS
LARES DANTAS, KÉSSYA DANTAS DINIZ

Autor(es):MariaElizabetedeAmorimSilva,CoraCoralinadosSan- Instituição(ões):1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRAN-


tos Junqueira, Malu Micilly Porfírio Santos, Marília de Souza Leite DE DO NORTE
Silva, Patrícia Simplício de Oliveira, Rebeca Silva Bezerra, Vanessa
Lopes Maia Dativo, Cizone Maria Carneiro Acioly Resumo:
INTRODUÇÃO: Os resíduos sólidos hospitalares ou como é mais
Instituição(ões):1. UFPB, Universidade Federal da Paraíba comumente denominado “lixo hospitalar”, sempre constituiu
um problema bastante sério para os administradores hospitala-
Resumo: res, devido principalmente à falta de informação a seu respeito,
Infecção hospitalar é qualquer infecção adquirida após a interna- gerando mitos entre seus funcionários, pacientes, familiares, e
ção de um cliente em um hospital e que se manifeste durante a in- principalmente a comunidade vizinha às edificações hospitalares
ternação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a hos- e aos aterros sanitários. OBJETIVO: descrever e analisar as nor-
pitalização. Apesar de suas principais causas estarem relacionadas mas estabelecidas, com base nas diretrizes oficiais, para um ge-
com o doente susceptível à infecção e com os métodos-diagnósti- renciamento de resíduos adequado a normatização da ANVISA.
cos e terapêuticos utilizados, não se deve deixar de considerar os METODOLOGIA: Pesquisa descritivo-documental e informativa,
padrõesdeassepsiaedehigienedoambientehospitalar,estessão realizada com documentos oficiais da Agência Nacional de Vigi-
importantesparaareduçãodonúmerodemicroorganismosepro- lância Sanitária (ANVISA) no período de 2004 a 2009. Com base
moção de maior segurança ao cliente e à equipe de saúde. Tendo no plano de gerenciamento da Resolução de Diretoria Colegiada
isso em vista, objetiva-se analisar a luz da literatura as estratégias (RDC 306), de Dezembro de 2004 da ANVISA. RESULTADOS: para
utilizadas pela enfermagem para a higienização hospitalar como o correto gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde se faz
forma de prevenção e controle da infecção hospitalar. Trata-se de necessário, a idéia ou preocupação de segregação dos diferentes
uma pesquisa bibliográfica e descritiva realizada no mês de abril e tipos de resíduos. Cada hospital deve formular seu plano de ge-
maio de 2010 junto a periódicos e livros encontrados na Biblioteca renciamento de acordo com as características particulares de cada
Central da Universidade Federal da Paraíba e em acessos a sites serviço, contemplando os recursos disponíveis e pessoal neces-
como Google acadêmico e Scielo, utilizando como termos-chaves: sário para a sua implementação. Para que mudanças ocorram ao
Enfermagem; Infecção hospitalar; Higiene hospitalar. Para análise sistema de manejo dos resíduos hospitalares, faz-se necessária a
dos dados foram selecionados dez artigos encontrados na base capacitação contínua de profissionais, técnicos, gerentes de todas
de dados referidos, assim como três livros. Verificou-se que as asunidadesetrabalhadoresquelidamdiretamentecomomanejo
infecções hospitalares são as mais freqüentes complicações ocor- dos resíduos, assim como avaliações contínuas dos processos apli-
ridas em pacientes hospitalizados, e como forma de prevenção e cados ao gerenciamento de resíduos hospitalares. CONCLUSÕES:
controle desta, destaca-se a limpeza e desinfecção da unidade do É importante a educação ambiental que propõe atingir todos os
paciente, a qual é definida como o conjunto de espaços e móveis cidadãos através de um processo pedagógico participativo, com
destinados a cada paciente. Medidas simples devem ser empre- a clara necessidade de mudar o comportamento do homem em

269
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
relaçãoànaturezaeaomeioemquevive,nosentidodepromover P367
sob o modelo de desenvolvimento sustentável a compatibilização OS RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E A QUESTÃO DA CONTA-
de práticas econômicas e conservacionista, com reflexos positivos MINAÇÃO AMBIENTAL
evidentes junto à qualidade de vida de todos.
Autor(es): AMANDA DE OLIVEIRA BERNARDINO, ANDRESSA BAR-
Palavras-chaves: gerenciamento, hospital, resíduo ROS TENÓRIO NUNES, SIMARA LOPES CRUZ, ZAILDE CARVALHOS
DOS SANTOS

P366 Instituição(ões): 1. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PER-


DIAGNÓSTICOS POR IMAGEM QUE USAM RADIAÇÃO IONIZANTE NAMBUCO
E A GESTÃO EM SAÚDE AMBIENTAL HOSPITALAR NOS CENTROS
DE SAÚDE DE BRASÍLIA-DF Resumo:
Introdução: A quantidade exagerada de resíduos perigosos gera-
Autor(es):AMANDA DE OLIVEIRA BERNARDINO, ANDRESSA BAR- dos pelo homem torna os ecossistemas naturais impossibilitados
ROS TENÓRIO NUNES, SIMARA LOPES CRUZ, ZAILDE CARVALHO de depurá-los na velocidade necessária para se evitar tragédias
DOS SANTOS de impacto ambiental. Há resíduos que não são depuráveis o que
aumenta ainda mais a necessidade de conscientização ambiental,
Instituição(ões):1. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PER- principalmente nos processos de geração e consumo. Objetivos:
NAMBUCO divulgar e informar num contexto recente e próximo de nossa re-
alidade, estimular a consciência ecológica, e enriquecer o debate
científico da preservação ambiental frente ao avanço da poluição
Resumo:
advinda das diversas atividades humanas geradoras de resíduos,
Introdução: o presente estudo abordou a Gestão Hospitalar nos
dentre os quais, aqueles gerados nos estabelecimentos de servi-
Centros e Diagnósticos por Imagem que usam radiação ionizante
çosdesaúde.Métodos:Paraarealizaçãodapesquisaforamacom-
em hospitais na cidade de Brasília no Distrito Federal. Os motivos
panhados profissionais de setores dos hospitais público e privados
que inspiraram a realização dessa pesquisa foram os altos núme-
selecionados previamente. De cada setor participaram diversos
ros de exames radiológicos realizados. Objetivos: o objetivo deste
profissionais. Os dados foram coletados nos três períodos, manhã,
trabalho é analisar o processo de Gestão Hospitalar desses Cen-
tarde e noite, por um período de duas horas de observação es-
trosentreoperíodode2007a2009realizadaemtrêshospitaisem
truturada feita pelo pesquisador, quando procurou se identificar
Brasília-DF. Métodos: a metodologia utilizada foi pesquisa tipo es-
quais os materiais que foram utilizados, a classe à qual o resíduo
tudo ecológico, de campo, descritivo, com observação direta não
pertencia, e o destino final dado pelo usuário. Durante a observa-
participativa, uso de entrevistas, formulário e questionários dis-
ção estruturada e análise da destinação considerou-se a classe de
tintos para cada categoria dos sujeitos envolvidos, com anotação
cada resíduo de acordo com a resolução da ANVISA. Resultados:
simultânea dos dados obtidos e uso de registro fotográfico. Os su-
Analisando os dados coletados com os profissionais dos setores
jeitos que participaram da pesquisa foram clientes, acompanhan-
do hospital sobre o manejo e segregação de resíduos de serviços
tes, funcionários pertencentes ao setor de radiodiagnóstico, mé-
desaúde(RSS),percebemosqueparaadestinaçãodoresíduopro-
dico, técnicos raios-x, funcionários da enfermagem, higienização,
duzido nas atividades não houve diferença entre os funcionários
secretaria, setor administrativo (diretor administrativo, Serviço de
que realizaram o treinamento em serviço e aqueles que não par-
Controle de Infecção Hospitalar), coordenação de enfermagem,
ticiparam do treinamento. Dos 52 funcionários que participaram
pessoas pertencentes à clientes e acompanhantes e comunidade
da pesquisa, 47 cometeram erros durante a segregação.Conclu-
extra-hospitalar moradoras das adjacências do hospital. Resulta-
são: Os resíduos de serviços de saúde, embora potencialmente
dos: os resultados obtidos indicaram que as instituições precisam
infectantes e perigosos, são atualmente passíveis de tratamento
sermelhoradas.Paraanáliserealizadapelosdescartesdemateriais
e manejo seguro. É possível prevenir e minimizar os efeitos poten-
nos exames radiológicos, mamográficos e tomográficos também
cialmente agressivos dos RSS quanto ao meio ambiente e à saúde
foram encontrados rejeitos dos tipos biológicos e químicos nos
humana,atravésdemedidasdepreservaçãoambientaledepolíti-
locais inadequados àqueles de descartes. Nas três Instituições es-
cas de saúde pública. É inaceitável, frente a consciência ecológica,
tudadas o trajeto dos resíduos poluentes é considerado inadequa-
ainda se encontrar no Brasil altos índices de descaso com estes
do. Já no que se refere à Análise da Gestão Hospitalar quanto ao
resíduos, manejados de forma incorreta e lançados em lixões sem
cumprimento de algumas das legislações em vigor nas Instituições
prévio tratamento.
estudadas a portaria n.°453, o Manual de Acreditação Hospitalar
e a Resolução do COFEN n.° 211 não foi identificada nas três insti-
tuições nem pêlos diretores, nem coordenadores de enfermagem Palavras-chaves: Contaminação Ambiental, Resíduos, Serviços de
a presença da implantação correta dos cuidados com os resíduos Saúde
dos centros estudados. Conclusão: conclui-se que dessa forma é
preciso rotinizar condutas para seleção, coleta e transporte dos
resíduos hospitalares, classificando-os conforme as normas técni- P368
cas que foram estabelecidas e legislação vigente contemplando: EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM HOSPITAL-ESCOLA ANÁLISE DA SE-
periculosidade, volume e reciclagem, definindo atribuições aos di- GREGAÇÃO DE RESÍDUOS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE
versos serviços e setores envolvidos, com a operacionalização do
programa em cada uma das suas diferentes etapas.
Autor(es): ANDRESSA BARROS TENÓRIO NUNES, SIMARA LOPES
CRUZ, AMANDA DE OLIVEIRA BERNARDINO, ANA WLÁDIA SILVA
Palavras-chaves: Gestão Hospitalar, Radiação ionizante, Saúde DE LIMA
Ambiental

270
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Instituição(ões): 1. UFPE- CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PER- no de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).
NAMBUCO- C. A. DE VITÓRIA Para tanto, criou-se e implantou-se um programa de educação
continuada em gerenciamento de resíduos sólidos. É importante
Resumo: enfatizar que inicialmente foi necessário mobilizar as equipes de
Introdução: A preocupação com a segregação de Resíduos de Ser- trabalho envolvendo diversos serviços do hospital e gerenciar as
viços de Saúde (RSS) é algo recente dentro das instituições hospi- ações de identificação, classificação dos tipos de resíduos gera-
talares e somente passou a ganhar devida importância na última dos no Hospital, caracterizá-los e segregá-los corretamente obe-
década, com a aplicação de legislações específicas. O aumento da decendo às características de cada grupo. OBJETIVOS - Garantir o
produção de resíduos nos serviços de saúde tem se constituído descarte correto dos resíduos infectantes no hospital; - Preservar
emumapreocupaçãonoshospitaisbrasileiros.Dadosindicamque a saúde pública, os recursos naturais e o meio ambiente; - Pro-
são coletadas diariamente 228.413 toneladas de resíduos no Bra- porcionaraosresíduosgeradosencaminhamentoseguro,eficiente
sil. Objetivos: descrever como os profissionais do hospital-escola e proteção do trabalhador; - Colaborar no aumento de vida útil
relatam a aplicação dos conhecimentos adquiridos no treinamen- dos aterros sanitários adequados. MÉTODOS Estudo descritivo e
toemserviçosobreasegregaçãoderesíduosdeserviçosdesaúde retrospectivo ocorrido no período 2007 a 2009, realizado no Hos-
e sua importância para o desenvolvimento de atividades diárias pital Galba Velloso, hospital público, pertencente à Fundação Hos-
e comparara descrição realizada pelos profissionais do hospital- pitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG). RESULTADOS Conse-
escola que foram treinados para a segregação como relato de guiu-se reduzir o lixo infectante a um terço (1/3) em comparação
profissionais do mesmo serviço que não foram treinados para com o período que não havia os treinamentos. Inicialmente se
tal. Métodos: Para a realização da pesquisa foram acompanhados geravaumamédiade3.500kg/mês(R$4.130,00)delixoinfectante,
profissionais de 45 setores do hospital selecionados previamente com os trabalhos de educação em gerenciamento de resíduos de
e em que pelo menos uma pessoa havia sido capacitada através serviços de saúde houve uma queda em média para 1353 Kg/mês
do projeto. De cada setor participaram dois profissionais: um que ( R$ 1.596,54)correspondendo 69,23% de economia .Estimulou a
havia participado da capacitação e um que não participou. Os da- comunidade hospitalar fazer as notificações de acidentes perfuro-
dos foram coletados nos três períodos, manhã, tarde e noite, por cortantes , fato que, não acontecia anteriormente. CONCLUSÃO
um período de duas horas de observação estruturada feita pelo O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde do
pesquisador, quando procurou se identificar quais os materiais fo- Hospital Galba Velloso, rede Fhemig, fechou o seu terceiro ano em
ramutilizados,aclasseàqualoresíduo pertencia,eodestinofinal fase de consolidação e tem sido referência para outras unidades
dado pelo usuário. Durante a observação estruturada e análise da da rede. Conclui-se, portanto, que esse programa caminha sem-
destinação considerou-se a classe de cada resíduo de acordo com pre ao aprimoramento, podendo ser entendido como um ciclo de
a resolução da ANVISA Resultados: Analisando os dados coletados melhoramento contínuo, possibilitando a constante minimização
com os 45 profissionais dos setores do hospital sobre o manejo e dos impactos ambientais, de acidentes com o trabalhador, garan-
segregação de resíduos de serviços de saúde (RSS), percebemos tindo sempre melhorias na qualidade de vida na atual conjutura e
que para a destinação do resíduo produzido nas atividades não futuras gerações.
houve diferença entre os funcionários que realizaram o treina-
mento em serviço e aqueles que não participaram do treinamen- Palavras-chaves: BIOSSEGURANÇA, EDUCAÇÃO, GERENCIAMEN-
to. Dos 45 funcionários que participaram da pesquisa, 35 comete- TO, MEIO-AMBIENTE, RESÍDUO
ram erros durante a segregação. Conclusão: As novas legislações
trazem avanços significativos com relação ao destino dos resíduos
gerados pelos serviços de saúde. Por outro lado, são visíveis as
dificuldades enfrentadas pelos serviços e profissionais para a ade- P370
quação às normas vigentes. QUANTIFICAÇÃO DE RESIDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE PARA A
ELABORAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO: UM RELATO DE
Palavras-chaves: Segregação de Resíduos, Hospital-escola, Servi- EXPERIENCIA
ços de Saúde
Autor(es): SERGIANE BISINOTO ALVES, ADENICIA CUSTÓDIA SILVA
E SOUZA, CAMILA STIVAL BISINOTO, KEYTI CRISTINE ALVES DAMAS
RESENDE, ERIKA GOULART RODRIGUES, FABIANA RIBEIRO DE RE-
P369 ZENDE, DULCELENE DE SOUZA MELO, HELINY CARNEIRO CUNHA
EDUCAÇÃOEGERENCIAMENTODERESÍDUOS:QUESTÃODESAÚ- NEVES
DE AMBIENTAL E BIOSSEGURANÇA EM HOSPITAL PÚBLICO DE
MINAS GERAIS Instituição(ões):1. UFG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS

Autor(es): CLÁUDIA. FERREIRA, HAIRTON AZEVEDO, Resumo:


Instituição(ões): 1. HGV, Hospital Galba Velloso - FHEMIG Introdução: A RDC 306/2004 preconiza que os estabelecimentos
geradores de resíduos de serviços de saúde (RSS) devem elabo-
Resumo: rar o Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde
INTRODUÇÃO Sabe-se que os resíduos gerados no ambiente hos- (PGRSS). O PGRSS é o documento que descreve as ações relativas
pitalar são perigosos e representam um grande problema para o ao manejo dos resíduos sólidos contemplando os aspectos refe-
meio ambiente e para os profissionais que lidam diretamente e in- rentes à todas as etapas. Para sua elaboração é imprescindível o
diretamente com a assistência ao paciente (BARROS, 2000; SILVA; correto diagnostico da geração dos resíduos, sendo a quantifica-
HOPPE, 2005). A falta de informação e conscientização da popula- ção a forma mais fidedigna de conhecer a real geração dos resí-
ção em geral e também dos próprios profissionais de saúde foram duos de uma instituição. Apesar disso, muitas instituições optam
barreiras a serem superadas no processo de implantação do Pla- por não realizar a quantificação dos resíduos devido aos riscos e

271
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
dificuldades envolvidas. Objetivo: relatar a experiência da pesa- pital, avaliando segregação e acondicionamento dos resíduos dos
gem e quantificação dos resíduos de serviços de saúde realizada grupos A, D e E quanto as conformidades ou não. Aplicamos por
em cinco unidades de saúde. Metodologia: A pesagem dos resí- quatro semanas, avaliamos os resultados obtidos, e planejamos
duos ocorreu durante uma semana em cada unidade, utilizando intervenção educativa, e re-aplicamos o formulário de busca. Re-
uma balança da marca Toledo, com capacidade máxima de 30 kg sultado: Obtivemos na primeira avaliação 88% de conformidades
e mínima de 5 gramas, devidamente calibrada. Todos os resíduos na segregação de resíduo do grupo E, e percentuais próximos a
foram identificados por setor, por meio de uma etiqueta adesiva meta quando avaliamos os resíduos do grupo A e D (100% e 97%
e em seguida pesados e registrados. Todos os sacos foram aber- respectivamente). Após a intervenção educativa tivemos os se-
tos, realizada a segregação de acordo com a legislação vigente e guintes resultados: 100% na segregação dos resíduos do grupo
novamente pesados. Para facilitar a segregação foram utilizados A, 98% nos resíduos do grupo D e 95% nos resíduos do grupo E.
novos recipientes com sacos específicos para cada grupo, para os Conclusão: Apesar de não conseguir atingir a meta de 100% das
quais foram transferidos os resíduos dos sacos originais. A segu- conformidades, conseguimos através da intervenção educativa
rança ocupacional foi garantida pelo uso de gorro, mascara com melhorar o desempenho das equipes no tocante a segregação dos
filtro tipo PFF2, óculos protetores, avental descartável, avental resíduos e o monitoramento contínuo sinalizará as necessidades
impermeável, bota de cano longo, luvas de borracha e de látex de re-planejamento do processo – gerenciamento dos resíduos
e os resíduos foram manuseados utilizando pinça Cherron de 24 sólidos, na nossa instituição.
cm. Resultados: A principal dificuldade encontrada para a pesa-
gemdosresíduosfoiafaltadeestruturadasunidades,aexistência Palavras-chaves: gerenciamento de resíduos, gestão, qualidade
de resíduos perfurocortantes segregados de forma incorreta nos
sacos, o mau cheiro dos resíduos de copa, dentre outras. A segre-
gação de todos os grupos de resíduos foi inadequada, mostrando
desconhecimento, por parte dos profissionais, sobre esta impor- P372
tante etapa do manejo dos resíduos. Conclusão: Acreditamos que CONSIDERAÇÕES SOBRE A SENSIBILIDADE DA DAPTOMICINA EM
a pesagem dos resíduos, apesar de trabalhosa, permite a análise AMOSTRAS DE ENTEROCOCCUS RESISTENTES À VANCOMICINA -
da segregação e a determinação da quantidade de resíduos gera- ASPECTOS ATUAIS
dos, etapas fundamentais para a elaboração do PGRSS.
Autor(es): MARCELO MARANHÃO ANTUNES ANTUNES1, JOSINEI-
Palavras-chaves: RESIDUOS DE SERVIÇOS DE SAUDE, PLANO DE DE FERREIRA BARROS BARROS2, ADRIANA ALMEIDA ANTUNES
GERENCIAMENTO DE RESIDUOS, ATENÇÃO BASICA ANTUNES3

Instituição(ões):
1. LACEN - PE., LABORATÓRIO CENTRAL DE SAUDE PÚBLICA DE
P371 PERNAMBUCO
RELATO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE GERENCIA- 2. HAM, HOSPITAL AGAMENON MAGALHÃES
MENTO DE RESÍDUOS EM HOSPITAL GERAL, BASEADO NO MO- 3. UFPE., UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
DELO DE GESTÃO DE QUALIDADE
Resumo:
Autor(es): MARTHA MARIA ROMEIRO FONSECA, GIRLAYNE BATIS- Introdução: Ultimamente os Enterococcus vêm apresentando um
TA ARRUDA, ADRIANA CESÁRIO LOPES, ANDREA MENDES SILVA perfilderesistênciaamúltiplasdrogas,principalmentenoambien-
te hospitalar. Pernambuco registrou a ocorrência desses microrga-
Instituição(ões): 1. HUR, HOSPITAL UNIMED RECIFE nismos, com um padrão de resistência à vancomicina, atingindo
vários hospitais, tanto do setor público quanto do privado. A dap-
Resumo: tomicina, um lipopeptídeo cíclico natural, com rápida atividade
INTRODUÇÃO: Com o crescimento e reorganização dos Serviços bactericida contra Gram positivos, surge como uma alternativa
de Saúde no Brasil, houve um aumento significativo na geração de tratamento, principalmente para infecções complicadas como
de resíduos. O excesso de resíduos produzidos no mundo tornou- bacteriemias e endocardites causadas pelo VRE. Objetivos; Ava-
se um grave problema na gestão ambiental para autoridades go- liar a determinação da sensibilidade de VRE frente à daptomici-
vernamentais. Os resíduos gerados em serviços de saúde geram na, como uma alternativa de tratamento de infecções causadas
riscos individuais (exposição ocupacional dos profissionais de pelo microrganismo. Material e Métodos: Foram estudadas 16
saúde) e riscos ambientais. Os estabelecimentos de saúde são amostras clínicas de VRE isoladas de pacientes internados em
responsavéis desde a segregação até a destinação final dos resí- um hospital público de Pernambuco, no período de 2008 e 2009.
duos de modo a não causar danos ambientais e à população. Com Para a identificação das amostras foi utilizada metodologia con-
base na RDC 306/04 e CONAMA 358/05 e com objetivo de defi- vencional e automatizada. O perfil de sensibilidade foi realizado
nir o manejo dos resíduos desde sua geração até o destino final, por E-test, com fitas de daptomicina de gradiente pré-formado,
implantamos o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos pré-definido e estável, com um nível ideal e de cálcio, conforme
em Saúde (PGRSS). O desafio é manter a segregação correta dos metodologiapreconizadapeloCLSI.Resultados:Todasasamostras
resíduos gerados. O monitoramento do processo (Gerenciamento de VRE apresentaram sensibilidade para a daptomicina, com MIC
de Resíduos) e planejamento das correções necessárias (incluin- variando entre 0,32 e 0,94 µg/ml. Comentários: Considerando-se
do a educação continuada) para atingirmos meta programada de as características como o elevado peso molecular e a dependência
100% de conformidade pelo planejamento estratégico. Objetivo: deíonscálciolivreemcondiçõesfisiológicas,algunsfatoresdevem
Compartilhar a experiência exitosa relativa ao manejo dos resídu- ser observados. A Microdiluição em Caldo é o método recomen-
os sólidos. Método: Baseado no PGRSS, elaboramos formulário dado pelo CLSI e EUCAST para a determinação da sensibilidade à
de busca para registro de visitas periódicas aos setores do hos- daptomicina. O_E-test pode ser utilizado como método alternati-

272
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
vo. Já estão disponíveis fitas de daptomicina contendo íons cálcio acompanhamento do uso racional de antimicrobianos, vigilância
podendo ser usadas em Agar Mueller-Hinton ou em Agar Isosensi- das cepas hospitalares e do perfil de sensibilidade, para evitar a
test. Testes de disco-difusão não são recomendados uma vez que propagação e disseminação de microrganismos, em especial os
antibióticos de alto peso molecular apresentam uma difusão defi- multirresistentes, tendo em vista escolha antimicrobiana nos tra-
ciente em discos de papel, causando erros de interpretação. Siste- tamentos das infecções.
mas automatizados já estão desenvolvendo painéis/cartões com
a daptomicina. Conclusões: Apesar do número reduzido de amos- Palavras-chaves: Acinetobacter baumannii, sensibilidade antimi-
tras testadas, pode-se concluir que a daptomicina apresentou crobiana, Unidade de Terapia Intensiva
avanços significativos quando comparada a outras drogas, como
maior potência in vitro representada por MICs menores, além de
rápida atividade bactericida. Estudos recentes de farmacodinâmi-
ca e farmacocinética, (PK/PD) demonstraram que a daptomicina P374
proporciona cobertura adequada para o tratamento de infecções PREVALÊNCIA DE Staphylococcus COAGULASE-NEGATIVOS RE-
sistêmicas causadas por VRE. SISTENTES À METICILINA ISOLADOS DE PROFISSIONAIS DE UMA
INSTITUIÇÃO ONCOLÓGICA
Palavras-chaves: SENSIBILIDADE, DAPTOMICINA, ENTEROCOCCUS,
VANCOMICINA Autor(es): LARISSA OLIVEIRA ROCHA-VILEFORT1, LARA STEFÂNIA
NETTO DE OLIVEIRA LEÃO3, ANA BEATRIZ MORI LIMA2, DAYANE
DE MELO COSTA1, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIPPLE1, FABIANA
CRISTINA PIMENTA4, MARINÉSIA APARECIDA PRADO-PALOS1
P373
PERFIL DE SENSIBILIDADE DE ACINETOBACTER BAUMANNI DE Instituição(ões):
2005 A 2007 EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIDA EM UM 1. FEN/UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FE-
HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE DE PONTA GROSSA – PR DERAL DE GOIÁS
2. FF/UFG, FACULDADE DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
Autor(es): Carla Luiza da Silva1, Maria Dagmar da Rocha Gaspar2, DE GOIÁS
Susana Bastos Martins Mikowski1 3. IPTSP/UFG, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL DE SAÚDE PÚ-
BLICA
Instituição(ões): 4. CDC, CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION
1. SCMPG, Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa
2. UEPG, Universidade Estadual de Ponta Grossa Resumo:
Introdução: Os seres humanos são colonizados desde o nascimen-
Resumo: to e em diferentes sítios anatômicos por diversos microrganismos,
Acinetobacter baumannii são considerados importantes patóge- por exemplo, os Staphylococcus coagulase-negativos (SCoN). Essa
nos hospitalares, por sobreviverem durante longos períodos em bactéria, antes considerada de pouca importância clínica, atual-
superfícies secas e por desenvolverem resistência a múltiplas dro- mente, vem destacado-se como agente de infecções oportunistas
gas, favorecendo sua persistência no ambiente hospitalar. Entre e graves, especialmente em indivíduos institucionalizados, entre
as principais infecções relacionadas a este microrganismo estão eles, os portadores de agravos oncológicos. Esses clientes encon-
a pneumonia associada à ventilação mecânica, bacteremia e in- tram-se imunocomprometidos, submetidos a procedimentos in-
fecção do trato urinário. Os procedimentos geralmente realizados vasivos, terapêutica medicamentosa agressiva e outros agravos.
em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), Além disso, os SCoN têm desenvolvido resistência a vários anti-
como intubação traqueal, cateter venoso central e urinário são microbianos, incluindo a meticilina, em decorrência do uso inade-
consideradas as principais fontes de infecção. Este trabalho teve quado. Os profissionais das instituições de saúde, estão cotidia-
como objetivo realizar e avaliar o perfil de sensibilidade de Acine- namente vulneráveis à colonização por esse microrganismo. Em
tobacterbaumanniisoladosdepacientesinternadosemUTIsadul- consequência, tornam-se veiculadores desse agente aos clientes,
to em um hospital de alta complexidade de Ponta Grossa – Paraná visitanteseseusfamiliares,pormeiodecontatodiretoouindireto.
no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2007. Foi analisado Objetivo: Determinar a prevalência de SCoN resistentes à meticili-
o perfil de sensibilidade por Acinetobacter baumannii dos antimi- na isolados da saliva de profissionais de um hospital oncológico de
crobianos deste hospital durante o ano de 2008 sendo verificando Goiânia, Goiás. Método: As amostras coletadas foram semeadas
as culturas positivas e antibiograma, para posteriormente avaliar em ágar manitol salgado, ágar Tryptic soy e caldo Tryptic soy su-
o perfil de resistência aos antimicrobianos. Os antimicrobianos plementados com 4% de NaCl e 6mcg/mL de oxacilina e, incuba-
utilizados neste hospital que apresentaram melhor perfil de sen- das a 35ºC por 48 horas. As colônias que se desenvolveram foram
sibilidade são de 100% ao imipenem e 90,91% ao meropenem, identificadas por provas bioquímicas-enzimáticas padronizadas.
seguidos pela ampicilina/sulbactam com 88,06% e piperacilina/ Posteriormente, os isolados foram submetidos ao teste de susce-
tazobactam com 62,5%. Os aminoglicosídeos tiveram um perfil de tibilidade pelo método de disco-difusão e os SCoN resistentes à
sensibilidade aceitável aos demais antibióticos e a cefepima com cefoxitina e/ou oxacilina foram submetidos ao teste confirmató-
um percentual de 15,63% de sensibilidade. Observamos um de- rio de detecção da concentração Minimum Inhibitory Concentra-
créscimo na sensibilidade do Acinetobacter baumannii frente ao tion (MIC), E-test. Resultados: Foram isolados 61 SCoN, destes 35
meropenem e em relação ao demais antimicrobianos o perfil de (57,3%) apresentaram resistência à cefoxitina e/ou oxacilina pelo
sensibilidade deste microrganismo apresenta-se com uma sensibi- antibiograma. Tiveram resistência confirmada pelo E-test 44,2%
lidadeacimadamédia,comexceçãodacefepima.Concluímosque dos SCoN isolados, com MIC variando de 0.5 µg/mL a 256 µg/Ml.
é fundamental o controle das infecções hospitalares pelas CCIHs e Um dos isolados apresentou MIC > 256 µg/mL, ou seja, alto nível
equipes de saúde,por meio de um conjunto de ações educati¬vas, de resistência. Entre os 192 participantes, 22 (11,4%) eram porta-

273
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
dores de SCoN resistentes à meticilina. Conclusão: Entre os profis- à dalfopristina-quinopristina, linezolida e vancomicina. Conclusão:
sionais de saúde investigados, 11,4% encontravam-se colonizados Observou-se elevada taxa de participantes portadores de estafi-
por SCoN resistentes à meticilina, essa condição os caracterizam lococos multirresistente na saliva. Este resultado é preocupante,
como disseminadores dessa bactéria na instituição. Recomenda- pois esses trabalhadores podem atuar como disseminadores des-
se a realização de novos estudos nesta área a fim de estabelecer se agente tanto no ambiente das instituições de saúde como na
critérios bem definidos para o controle da transmissão cruzada de comunidade.
microrganismos e, consequentemente, das infecções associadas
aos cuidados em saúde. Palavras-chaves: Pessoal de saúde, Resistência a Meticilina, Risco
Ocupacional
Palavras-chaves: Pessoal de saúde, Resistência a meticilina, Sta-
phylococcus, Concentração inibitória mínima
P376
INFECÇÃO NOSOCOMIAL X VENTILAÇÃO MECÂNICA
P375
Staphylococcussp.MULTIRRESISTENTESISOLADOSDASALIVADE Autor(es): CYNTHIA ANGÉLICA RAMOS DE OLIVEIRA, CLÁUDIA SY-
TRABALHADORES DE SAÚDE DE UMA INTITUIÇÃO ONCOLÓGICA MONE VIEIRA DE MIRANDA

Autor(es): DAYANEDEMELOCOSTA1,MARINÉSIAAPARE- Instituição(ões): 1. HRA, Hospital Regional do Agreste

CIDA PRADO-PALOS1, LARISSA OLIVEIRA ROCHA-VILEFORT1, ANA


BEATRIZ MORI LIMA2, KARINA SUZUKI1, EDGAR BERQUÓ PELEJA4, Resumo:
LARA STEFÂNIA NETTO DE OLIVEIRA LEÃO3 Introdução: A infecção hospitalar está presente nas unidades de
terapia intensiva (UTI), a mesma constitui uma das complicações
Instituição(ões): de risco significativo à saúde dos usuários, ocasionando aumento
1. FEN/UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FE- das taxas de mortalidade e conduzindo a doenças graves de difícil
DERAL DE GOIÁS tratamento. Os métodos invasivos, como a intubação traqueal e
2. FF/UFG, FACULDADE DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL a ventilação mecânica são responsáveis por grande número das
DE GOIÁS infecções, somado a associação de fatores iatrogênicos que oca-
3. IPTSP/UFG, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL DE SAÚDE PÚ- sionam uma maior suscetibilidade nesses pacientes. Objetivos:
BLICA /UFG Geral é Identificar os microrganismos prevalentes nos pacientes
4. ACCG/HAJ, ASSOCIAÇÃO DE COMBATE AO CÂNCER DE GOIÁS/ intubadosoutraqueostomizadossubmetidosàventilaçãomecâni-
HOSP. ARAÚJO JORGE ca, e especificamente determinar a incidência patogênica dos mi-
croorganismos. Métodos: População composta por pacientes da
Resumo: UTI num total de 50. Incluindo-se adultos de ambos os sexos, in-
Introdução: Infecções associadas aos cuidados em saúde (IACS) tubados, traqueostomizados e submetidos a ventilação mecânica,
causadas por Staphylococcus sp. multirresistentes desafiam, cons- excluindo-se pacientes com diagnóstico de infecção respiratória,
tantemente, a atenção à saúde, pois estes microrganismos desta- com mais de 24h de ventilação mecânica, qualquer patologia que
cam-se pela virulência e por ocasionar infecções graves e de difícil cause imunodeficiência e portadores de fístula traqueo-esofágica.
tratamento. Nesse sentido, a colonização de trabalhadores atu- Coletou-se secreção traqueal através da aspiração das vias aéreas
antes em instutuições de saúde por essa bactéria, contribui para emduasetapas,sendoa1ªrealizadanas24hiniciais deventilação
agravos à saúde dos usuários, visitantes, trabalhadores e comu- mecânicaea2ªnas72hapósa1ªcoletaeencaminhou-seaamos-
nidade em geral. Assim, a identificação de portadores dessa bac- tra para o laboratório do próprio hospital para estudo de cultura
téria, tem sido referida como uma possível estratégia de controle com antibiograma. Resultados: De acordo com os resultados das
das IACS. Objetivo: Identificar e determinar o perfil de suscetibili- culturas de secreção traqueal a Klebsiela sp foi o microrganismo
dade de estafilococos isolados da saliva de trabalhadores atuan- patógeno mais importante e prevalente encontrado no ambiente
tes em um hospital oncológico de Goiânia, Goiás. Método: Estu- da UTI pesquisada, uma vez que vem apresentando alto índice de
do descritivo epidemiológico realizado no período de maio/2009 resistência à antibioticoterapia específica, o que resultou na inter-
a abril/2010, com 192 trabalhadores da referida instituição. As dição temporária da UTI no período da pesquisa. Foram também
amostras de saliva foram semeadas em ágar manitol salgado, ágar encontrados outros microorganismos como: O Staphylococcus au-
Tryptic soy e caldo Tryptic soy suplementados com 5% de NaCl e reus, a Pseudomonas sp, o Enterobacter sp, a Cândida sp, as Célu-
2mg/mL deoxacilina, eincubadas a35ºC por 48horas. Ascolônias las Leveduriformes, o Enterococcus sp e o Streptococcus viridans,
que se desenvolveram foram identificadas por provas bioquímicas os quais também apresentaram resistência significativa aos antibi-
padronizadas e os isolados submetidos ao teste de suscetibilida- óticos. Conclusões: Avaliar a incidência de microorganismos pató-
de pela técnica de disco difusão, no qual foram avaliados 12 anti- genos numa UTI não é tarefa fácil, devido às muitas variáveis que
microbianos. Resultados: Dos 192 participantes, 82 (42,7%) eram podem estar associadas ao seu desenvolvimento, mesmo quando
portadores bucais de estafilococos. Dos quais foram isoladas 104 se dispõe de recursos sofisticados para seu diagnóstico. Porém, a
cepas, sendo 61 estafilococos coagulase-negativos (ECN) e 41 S. busca incessante por uma assistência mais qualificada com obje-
aureus . Entre os isolados, 42 (44,4%) apresentaram resistência a tivo de diminuir os fatores extrínsecos de exposição à infecção ao
mais de um dos antimicrobianos avaliados. Destes, as maiores ta- paciente crítico nos motivou a desenvolver este estudo.
xas de resistência foram para: eritromicina (85,7%), clindamicina
(42,8%) e mupirocina (40,4%). Vale destacar que 21 cepas apre- Palavras-chaves: Infecção Nosocomial, Ventilação Mecânica, Uni-
sentaram resistência à oxacilina e/ou à cefoxitina, sugerindo fenó- dade de Terapia Intensiva
tipo de resistência à meticilina. Todas as cepas foram susceptíveis

274
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
SANE SILVA LIMA1,1,1
P377 Instituição(ões):
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS RELACIONADAS A PRESSÃO DO BA- 1. UVA, UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
LONETE EM PACIENTES SUBMETIDOS A VENTILAÇÃO MECÂNICA 2. UVA, UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
3. UVA, UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
Autor(es): CYNTHIA ANGÉLICA RAMOS DE OLIVEIRA, JOSÉ ALE- 4. UVA, UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
XANDRE ANDRADE FERREIRA
Resumo:
Instituição(ões): 1. HOF, Hospital Otávio de Freitas Introdução: Considerando a escassez de trabalhos abordando a
temática do controle de infecção hospitalar através de pomadas
Resumo: e lubrificantes, estes que deveriam ser individualizados, tem-se a
Introdução: O balonete (do inglês cuff) tem como função fixação preocupação com estas substâncias atuarem no meio hospitalar,
da cânula na traquéia e selar a via aérea, impedindo a aspiração nãosomentecomafinalidadedecicatrizaçãooulubrificaçãoesim
pulmonar.Paraqueobaloneteexerçaafunçãoparaoqualfoicria- comoummeiodecarrearmicrorganismos,queporsuavezpodem
do, é fundamental que seja mantido sob uma pressão adequada. apresentar características de patogênicidade e/ou multiresistên-
O aumento da pressão do balonete causa oclusão do fluxo sangüí- cia. Objetivo: Certificar a presença de microrganismos nas poma-
neo da mucosa, destruição do epitélio de revestimento, estenose daselubrificantesemambientehospitalar,avaliandosuaseguran-
traqueal e fístula traqueoesofágica, enquanto que uma pressão ça para utilização. Métodos: A coleta do material foi realizada em
diminuída poderá causar auto-extubação, risco de aspiração, in- um pronto socorro, um posto de saúde de referência e um hos-
fecção e desconforto respiratório. Objetivos: Geral é Verificar as pital, sendo todas unidades públicas localizadas no município de
ocorrências de infecções respiratórias relacionadas à pressão do Araruama, tendo como parceria o laboratório de microbiologia da
balonete em pacientes submetidos a ventilação mecânica e es- Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio
pecificamente são Mensurar o valor da pressão do balonete e de Janeiro. Todas as fases e coletadas de material foram devida-
identificaros microrganismos patogênicos nas infecções respirató- mente autorizadas pelas referidas instituições através de consen-
rias. Métodos: População composta por pacientes da Unidade de timento livre e esclarecido por escrito garantindo os devidos re-
Terapia Intensiva (UTI), num total de 20. Incluindo-se adultos de sultados. Portanto, a entrada no campo da pesquisa ocorreu após
ambos os gêneros intubados ou traqueostomizados, excluindo os a aprovação do protocolo de pesquisas pelo comitê de Ética em
pacientes com máscaras laríngeas, combitubes, história de infec- pesquisas da Universidade Veiga de Almeida atendendo a resolu-
ção respiratória e com tempo superior a 72h de ventilação. O ins- ção 186/96. Foram analisados onze pomadas e três lubrificantes
trumento de coleta de dados baseia-se na mensuração da pressão através de swabs contendo meio de cultura de transporte (meio
do cuff através de um medidor de baixo custo, graduado mmHg, de stwart) para coletas de espécimes clínicas. A realização da co-
composto por uma torneira de três vias de plástico, 5 cm de tubo leta ocorreu de maneira asséptica com os devidos equipamentos
de silicone de 8mm e um manômetro analógico e aspiração das de proteção individual, com o objetivo principal de manutenção
vias aéreas utilizando um coletor fechado e estéril. Resultados: das integridades microbiológicas das espécimes sem contamina-
Com relação a pressão do balonete, observou-se que 83% da ção. As amostras dos respectivos swabs coletados evidenciaram a
amostra apresentou medidas irregulares de acordo com a padro- partir de semeaduras por esgotamento em três meios de cultura
nizada e apenas 17% apresentou medidas regulares e no que diz diferenciados: MH ágar, CLED ágar e ágar sangue. Resultados: Das
respeito as infecções respiratórias 90% da amostra apresentava-se quatorze amostras, somente três não apresentaram presença de
colonizada e apenas 10% não apresentou colonização. Identificou- microrganismos. Os microrganismos mais isolados foi Staphilo-
se o Staphylococcus aureus, a Pseudomonas sp, o Enterobacter cocus epidermidis, Escherichia coli, Staphilococcus aureus, Pseu-
sp, Klebsiela sp e o Enterococcus sp. Conclusões: Com este estudo domonas aeruginosa, Klebsilla pneumoniae, Acinectobacter sp.,
conclui-se que são necessários controles freqüentes e manuten- Stetrophomonas maltophilia. Conclusão: Baseado na avaliação
ção da pressão do balonete dentro de valores aceitáveis. Não são microbiológica de amostras de pomadas e lubrificantes coletados,
rotineiras as mensurações destas pressões nas UTI’s possivelmen- evidencioucrescimentodebactérias,determinandoarelaçãodes-
te pelo desconhecimento ou despreocupação dos profissionais de ses artigos como fômites no ambiente hospitalar. No qual chama-
terapia intensiva com esta questão. Há necessidade de orientar se atenção para o fato da Escherichia coli e a Klebsilla pneumo-
esses profissionais para que haja uma vigilância das pressões do niae serem enterobactérias, colonizadoras do intestino humano,
balonete de forma rotineira, sendo a equipe de enfermagem uma no qual estes achados apontam para a não adesão em medidas
das principais responsáveis pela assistência direta aos pacientes simples de controle de infecção hospitalar como as lavagens das
nessas condições. mãos.Faz-senecessárioumamudançadeposturanamanipulação
desses artigos, a fim de evitar iatrogenias para o paciente.
Palavras-chaves: Infecção Respiratória, Ventilação Mecânica, Câ-
nula Traqueal Palavras-chaves: POMADAS E LUBRIFICANTES, MICRORGANIS-
MOS, INFECÇÃO HOSPITALAR

P378
AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DAS POMADAS E LUBRIFICANTES P379
EM AMBIENTE HOSPITALAR DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS DE ENTEROCOCCUS SPP. RESISTENTES
À VANCOMICINA EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO DE ENSINO NO
Autor(es):VIVIANEBASTOSDASILVA1,1,1,REGIANECRISTINALIRA INTERIOR PAULISTA
DA SILVA1,1,1, ELISANGELA PIRES QUERINO DE ARAUJO1,1,1, GI-

275
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Autor(es):Andressa Batista Zequini, Luana Laís Femina, Luciana suspensão de Candida albicans ATCC 18804 em ágar Sabouraud.
Souza Jorge Para o controle positivo utilizou-se Nistatina em solução 100000
UI e o controle negativo, soro fisiológico a 0,9%. A atividade anti-
Instituição(ões):1.FUNFARME,HOSPITALDEBASEDESÃOJOSÉDO fúngica foi evidenciada através da produção de halos de inibição
RIO PRETO do crescimento em torno dos orifícios contendo os anti-sépticos.
Resultados: Os resultados obtidos através da média do diâmetro
Resumo: dos halos de inibição formados foram: Malvatricin com tirotricina
Introdução: Enterococcus spp. resistente à vancomicina (VRE) (malva com tirotricina): 47mm; Peroxil (peróxido de hidrogênio):
emergiu recentemente como um importante patógeno nosoco- 37 mm; Plax clássico (triclosan): 19 mm; Periogard (clorexidina):
mial, sendo responsável por graves infecções relacionadas à assis- 18,2 mm; Paradontax (clorexidina): 18,2 mm; Oral B (cloreto de
tênciaàsaúde.Acometeparticularmentehospedeirosdebilitados, cetil piridínio): 13 mm; Cepacol (cloreto de cetil piridínio) 11 mm;
imunossuprimidos e internados em unidade de terapia intensiva. Listerine(timol): 11 mm. Os enxaguatórios Malvatricin sem tiro-
As infecções por VRE estão associadas a maior morbimortalidade, tricina (malva) e Fluormint (fluoreto de sódio) não apresentaram
especialmenteempacientescríticoseadmitidosemhospitaiscom atividade antifúngica. A média dos halos produzidos no controle
superlotação e com infra-estrutura inadequada. Fatores relevan- positivo (nistatina) foi 19,2 mm.Conclusão: Enxaguatórios bucais
tes na disseminação do VRE incluem pressão seletiva de antimi- contendo substâncias anti-sépticas podem constituírem-se em
crobianos, estado de portador, colonização do ambiente, proximi- opção terapêutica complementar no tratamento das candidoses
dade de pacientes colonizados, inadequação da higienização das bucais, somando-se às existentes.
mãos e das barreiras de precaução. Objetivo: O estudo apresenta
a distribuição de VRE em um hospital. Métodos: Trata-se de um Palavras-chaves: Atividade antifúngica, Candidoses bucais, Candi-
estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo, com abordagem da albicans, Enxaguatórios, Tratamento
quantitativa, no período de 2007 a 2009, em um hospital de ensi-
no de 709 leitos, referência para o atendimento clínico e cirúrgico
de pacientes críticos. Resultados: Foram avaliadas 150 culturas
positivas para VRE, com predomínio de 110 cepas (73%) de Ente- P381
rococcus faecium. Dos materiais analisados, 80 (53%) foram em ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS
urina e 21 (14%) em sangue. As unidades que apresentaram maior COMPOSTOS DE CALENDULA OFFICINALIS.
prevalência foram as Unidades de Terapia Intensiva (UTI), com 78
(52%) das culturas positivas. Em relação às saídas observamos que Autor(es): Ana Cristina Azevedo Moreira1, Péricles Maia Andrade1
as altas corresponderam 59 (40%) e óbitos 91 (60%). Conclusão:
Há necessidade nas medidas de prevenção para a ocorrência de Instituição(ões):
ERV, sendo a higiene de mãos e precauções de contato mais efica- 1. UFBA, Universidade Federal da Bahia
zes no controle da disseminação deste agente. 2. Uneb, Universidade do Estado da Bahia

Palavras-chaves: Enterococcus, Infecção Hospitalar, Resistência a Resumo:


Vancomicina Introdução: Calendula officinalis é uma planta originária do Egi-
to, trazida para o Brasil pelos europeus no século XVIII e utilizada
pelos seus efeitos anti-inflamatórios, anti-sépticos e cicatrizante,
sendo encontrada em estabelecimentos homeopáticos ou fitote-
P380 rápicos sob diversas apresentações. Em Salvador-Ba., o laborató-
AVALIAÇÃO “IN VITRO” DA ATIVIDADE DE ENXAGUATÓRIOS BU- rio Homeopático Soares da Cunha desenvolveu uma formulação
CAIS SOBRE CANDIDA ALBICANS. alcoólica a base de Calendula officinalis chamando-a “Souci”. Ou-
tros laboratórios também passaram a produzir-la. É utilizada para
Autor(es): Ana Cristina Azevedo Moreira1,2 o tratamento de infecções bacterianas e fúngicas, principalmente
em candidíases.Objetivo: Devido à prescrição do Souci por médi-
Instituição(ões): cos homeopatas e naturalistas e a ausência de estudos microbio-
1. UNEB, Universidade do Estado da Bahia lógicos sobre a sua eficácia foi desenvolvido este trabalho, com
2. UFBA, Universidade Federal da Bahia o propósito de avaliar a sua atividade sobre Candida albicans (C.
albicans). Métodos: Foram analisadas amostras de três laborató-
Resumo: rios (A, B, e C). A técnica foi por difusão em ágar, método da placa
Introdução: Candidoses são infecções fúngicas frequentes na clíni- com orifício de acordo com o Instituto Nacional de Controle de
ca odontológica, podendo estar relacionadas com diversos fatores Qualidade em Saúde .Foi utilizada uma suspensão padronizada de
e apresentarem-se sob formas variadas. Para o tratamento destas C. albicans ATCC-18804 em ágar Sabouraud, e a tintura de Souci
infecções são utilizados antifúngicos, dentre os quais destaca-se a foi testada em concentrações que variavam de 0,5 % a 100%. O
nistatina.Embora prescritos na prevenção e tratamento do biofil- controlepositivofoifeitocomNistatinaeocontrolenegativo,soro
me dental, cárie e doença periodontal, antissépticos ou enxagua- fisiológico. A atividade antifúngica foi evidenciada através da pro-
tórios bucais são pouco utilizados no tratamento das candidoses. dução de halos de inibição do crescimento em torno dos orifícios
Objetivos: O propósito deste trabalho foi avaliar a atividade de . Resultados: Os Souci dos laboratórios A e B demonstraram ação
enxaguatórios bucais comercialmente disponíveis sobre Candida antifúngica sobre C. albicans a partir da concentração de 1%. O
albicans. Métodos: Foram analisadas 10 marcas de enxaguatórios Souci C demonstrou pequena atividade, apenas quando utilizado
comercialmente disponíveis. A técnica adotada foi por difusão em concentrado.Conclusão: Os resultados obtidos nas marcas A e B
ágar, método da placa com orifício, segundo o Instituto Nacional demonstraram a atividade do medicamento “Souci” sobre C. al-
de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). Foi utilizada uma bicans, confirmando os relatos clínicos de sua eficácia, podendo

276
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
constituir-seemopçãoterapêuticaparaotratamentodecandidía- A Pseudomonas aeruginosa é um microrganismo ubiquitário cau-
ses. O resultado obtido com o Souci C, evidencia a necessidade de sador de diversas infecções, inclusive as de caráter hospitalar, com
maiorfiscalizaçãosobreasformulaçõesfitoterápicasouhomeopá- elevadamortalidade.Oobjetivodesteestudofoidescreveroperfil
ticas disponibilizadas em estabelecimentos de produtos naturais de resistência e sensibilidade da P. aeruginosa isolada de pacien-
oufarmacêuticos,evitandoassimacomercializaçãoeutilizaçãode tes adultos internados em uma unidade de terapia intensiva na
medicamentos pouco eficientes. Santa Casa de Misericórdia Nossa Senhora do Patrocínio, Patrocí-
nio, Minas Gerais. Foram avaliados 16 isolados de P. aeruginosa,
Palavras-chaves: Atividade antifúngica, Calendula officinalis, Can- no período de abril de 2008 a setembro de 2009, provenientes
dida albicans, Formulação homeopática, Souci de infecções em 14 pacientes com média de idade de 58 anos, de
ambos os sexos. Bem como o perfil de resistência e sensibilidade
aos antimicrobianos rotineiramente testados pelo laboratório cre-
denciado pela instituição. As infecções mais frequentes foram as
P382 pneumonias, em 43,8%, seguido das infecções urinárias em 25%.
A IMPORTÂNCIA DO STAPHYLOCOCCUS SP. (COAGULASE NE- Quanto ao perfil de resistência e sensibilidade descrito pelo re-
GATIVO) NO DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO RELACIONADA À sultado do antibiograma, a maioria das amostras de P. aeruginosa
ASSISTÊNCIA A SAÚDE EM NEONATOLOGIA. analisadas foram resistentes à ampicilina/sulbactam (62,5%), sul-
fametoxazol/trimetoprima (56,3%), ceftazidima (53,3%), cefepime
Autor(es): Paulo Souza1,2, Patricia Shimabukuro3,2, Antonio Fernan- (31,3%), aztreonam (21,4%), amicacina e levofloxacina (13,3%),
des2 norfloxacina (12,5%) e ciprofloxacina, gentamicina e imipenem
(6,3%). Como este estudo mostrou os antimicrobianos com ação
Instituição(ões):1. IGESP, Hospital IGESP antipseudomonicida de escolha para tratamento de infecções per-
2. Faculdade INESP, Faculdade INESP manecemosaminoglicosídeos,cefalosporinasdeterceiraequarta
3. HGP, Hospital Geral de Pedreira geração, monobactâmicos, carbapenêmicos e quinolonas, porém
osensaioslaboratoriaisrealizadosnecessitamdeadequaçõescon-
Resumo: forme o preconizado pelo Clinical and Laboratory Standards Insti-
AtualmenteénotóriaapresençadoStaphylococcussp.(coagulase tute CLSI) em relação ao uso de alguns antimicrobianos nos testes.
negativo) (ECN) em UTI neonatal como agente causador das infec-
çõesrelacionadasàassistênciaasaúde(IRAS).Muitosautorestem Palavras-chaves: Pseudomonas aeruginosa, Resistência, Antimi-
estudado este agente nos pacientes de UTI neonatal, pois eles não crobianos, UTI
só contaminam mas também infectam. Estima-se que no Brasil,
60% da mortalidade infantil ocorra no período neonatal, sendo a
sepse neonatal uma das principais causas. As falhas na técnica as-
séptica de coleta de sangue para hemoculturas aliada ao aumento P384
da sensibilidade dos métodos automatizados ocasiona aumento ESTUDO DA RESISTÊNCIA BACTERIANA À CIPROFLOXACINA EM
substancial da taxa de contaminação por ECN e devido a particu- CULTURAS DE PACIENTES INTERNADOS NA CASA DE SAÚDE SAN-
laridade do sistema imune do neonato ainda imaturo, é de suma TA EFIGÊNIA
importânciadistinguircolonizaçãodecontaminação.Diantedestes
fatos objetivando aprimorar o diagnóstico de sepse verdadeira, Autor(es): DÉBORA SOLEDADE DE OLIVEIRA1, LAÍS DE MACÊDO
muitos critérios foram propostos como o escore NOSEP , o estudo FERREIRA SANTOS1, DÉBORA MÍRIA NASCIMENTO MACÊDO1, WIL-
da produção de slime, do operon ICA e dosagens de marcadores NIKA DO CARMO BARROS1, IARA TIENE DE LIMA MELO1, EVELLYNE
bioquímicos como a Proteína C reativa. O presente trabalho faz DE OLIVEIRA FIGUEIRÔA2
uma revisão destes de outros fatores importantes pra a prevenção
de IRAS causadas por ECN. Instituição(ões):
1. ASCES, Associação Caruaruense de Ensino Superior
Palavras-chaves: Assistência neonatal, Infecção hospitalar, Sta- 2. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
phylococcus, coagulase negativo
Resumo:
Antibióticos são substâncias produzidas, na sua maioria, por mi-
croorganismos, capazes de levar à inibição do crescimento, ina-
P383 tivação ou morte do agente infeccioso. Eles fazem parte de um
DESCRIÇÃO DO PERFIL DE RESISTÊNCIA DE PSEUDOMONAS AE- conjunto de medicamentos específicos,sendo eficazes apenas
RUGINOSA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO contra determinados agentes. O uso inadequado de antimicro-
bianos, principalmente os de largo espectro, pode desencadear
Autor(es): KAMILLA FERNANDA DA SILVA CAIXETA1,2, ROBERTA um processo denominado resistência bacteriana. O objetivo do
APARECIDA DIAS2, LIZANDRA FERREIRA DE ALMEIDA E BORGES2,3 trabalho foi analisar estatisticamente as principais bactérias resis-
tentes à ciprofloxacilina, durante o período de dezembro de 2008
Instituição(ões): a abril de 2009, na Casa de Saúde Santa Efigênia. Para isso, fez-
1. SANTOS, Laboratório de Análises Clínicas Santos, Santa Casa de se um levantamento epidemiológico dos exames laboratoriais de
Miser pacientes internados durante o período supracitado, através da
2. UNICERP, Centro universitário do Cerrado - Patrocínio observação do livro de Registro. As bactérias foram consideradas
3. UFU, Universidade Federal de Uberlândia sensíveis (++), com resistência intermediária (+) ou resistentes (-),
de acordo com o tamanho do halo de inibição formado após a re-
Resumo: alização do teste de susceptibilidade aos antimicrobianos. Foram

277
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
escolhidasculturaspositivasparaasseguintesbactérias:Staphylo- programaBioNumerics6.0.Verificou-seimportantecontaminação
coccus aureus, Klebsiella spp., Escherichia coli, Pseudomonas spp. de superfícies e equipamentos em UTI (P<0,004). Os estetoscó-
e Proteus spp. Dentre as bactérias gram-negativas, houve predo- pios, ventiladores mecânicos e torneiras apresentaram as maiores
mínio da Pseudomonas spp. (30%; n=87), seguida por Klebsiella médias de contaminação. Não houve contaminação da solução
spp.(27,24%; n=79) e por E. coli (26,55%; n=77). Todas as amos- degermante (PVP-I 10%). Nos estetoscópios da unidade de isola-
tras foram de pacientes internos, sendo contabilizadas 290 cultu- mento,registrou-seapresençadeEnterococcusfaecalisresistente
ras. Destas, 41,72% (n=121) apresentavam bactérias resistentes à vancomicina (VRE), Staphylococcus aureus resistente à ciproflo-
à ciprofloxacina, sendo 14,28% (n=3) das culturas positivas para xacinaeAcinetobacterbaumanniimultirresistente.Entreoisolado
S. aureus, 36,71% (n=29) daquelas positivas para Klebsiella spp., de A. baumannii multirresistente detectado no ventilador mecâ-
25,97% (n=20) positivas para E. coli, 68,96% (n=60) positivas para nico e uma amostra de hemocultura de paciente houve 80% de
Pseudomonas spp. e 34,61% (n=9) positivas para Proteus spp. A similaridade. Consideráveis percentuais de similaridade (60-65%
ciprofloxacina é uma fluorquinolona de amplo espectro sendo - IC: 85%), ainda foram observados entre outros isolados do am-
efetiva no tratamento de infecções graves causadas por bactérias biente e hemoculturas de pacientes. Conclui-se, que as superfícies
gram-negativas multirresistentes. Porém, quando utilizada indis- inanimadas frequentemente tocadas e equipamentos próximos
criminadamente pode resultar em bactérias resistentes e este me- aopacientenaUTIcontaminam-seporbactériasresistentes,suge-
dicamento. Destaca-se o predomínio de bactérias gram-negativas, rindo relação clonal com isolados bacterianos de hemocultura de
em especial, Pseudomonas spp., bem como a elevada freqüência pacientes.Assim,observa-seanecessidadedereforçarasmedidas
de resistência desta bactéria à ciprofloxacina. Esse estudo reforça de controle, redução e prevenção da disseminação de microrga-
aimportânciadaanálisemicrobiológicanaepidemiologiadeagen- nismos resistentes.
tes etiológicos envolvidos em processos infecciosos, bem como,
no monitoramento de perfis de suscetibilidade e/ou resistência, Palavras-chaves: ambiente, contaminação, farmacorresistência
apoiando assim a terapêutica do paciente. bacteriana, infecção hospitalar, transmissão

Palavras-chaves: Ciprofloxacina, Microbiologia, Resistência bacte-


riana
P386
RESISTÊNCIA MLSb EM Staphylococcus aureus ISOLADOS DE LE-
SÕES VENOSAS DE PACIENTES ATENDIDOS EM SALAS DE CURATI-
P385 VOS DE SERVIÇOS MUNICIPAIS DE SAÚDE DE GOIÂNIA, GO.
ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE SUPERFÍCIES, EQUIPAMENTOS
E SOLUÇÕES DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM Autor(es): MARLENE ANDRADE MARTINS1,2, SILVANA DE
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LIMA VIEIRA DOS SANTOS1,2, LARA STEFÂNIA NETTO DE
OLIVEIRA LEÃO2, ANA BEATRIZ MORI LIMA2, SUELEN GO-
Autor(es): Quésia Souza Damasceno1, Adriana Cristina de Olivei- MES MALAQUIAS4, NAYARA PORTILHO ARAÚJO3, QUEI-
ra1, Jacques Robert Nicoli2 LIENE ROSA DOS SANTOS1, MARIA MARCIA BACHION1

Instituição(ões): Instituição(ões):
1. EEUFMG, Escola de Enfermagem da Universidade Federal de 1. UFG/FEN, Universidade Federal de Goiás/Faculdade de Enfer-
Minas Gerais magem
2. ICBUFMG, Instituto de Ciências Biológicas da UFMG 2. UFG/IPTSP, Univer Feder Goiás/Instituto de Patologia Tropical
Saúde Pública
Resumo: 3.UFG/FM,UniversidadeFederaldeGoiás/FaculdadedeMedicina
O ambiente ocupado por pacientes colonizados ou infectados 4.UFG/FEN/CAMPUSJATAÍ,UniversidadeFederaldeGoiás/FacEnf
podesetornarcontaminadoporbactériasresistentesfavorecendo Campus Jataí
a transferência horizontal de patógenos. Objetivou-se determinar
a distribuição de bactérias de importância epidemiológica quando Resumo:
presentes nas superfícies, soluções e equipamentos, segundo sua INTRODUÇÃO:Nosúltimosanos,temsidoobservadoumaumento
susceptibilidade aos antimicrobianos e possível similaridade com no isolamento de Staphylococcus aureus resistentes em infecções
isolados bacterianos de hemocultura de pacientes de uma Uni- adquiridasnacomunidade.Entreosfenótiposdocumentadostêm-
dade de Terapia Intensiva (UTI) de Belo Horizonte. Tratou-se de searesistênciaaogrupoMSLb(macrolídeos,lincosamidas,estrep-
um estudo transversal entre julho e outubro de 2009. Amostras tograminas B), os quais representam importantes opções terapêu-
foram obtidas do degermante e swab das superfícies do monitor ticas para as infecções estafilocócicas, especialmente de pele e de
de função cardíaca, ventilador mecânico, grade lateral da cama, feridas. OBJETIVOS: Detectar a resistência MLSb em S.aureus iso-
torneira, mesa de cabeceira, estetoscópio e pia. As amostras fo- lados de úlceras venosas de pacientes atendidos em salas de cura-
ram cultivadas em ágar BHI, MacConkey e Sabouraud a 37º por tivos em serviços municipais de saúde de Goiânia-GO. MÉTODOS:
48h. As bactérias foram identificadas pela morfologia da colônia, Participaram da investigação 43 pacientes, com 68 lesões. Nestas,
coloraçãodegramestedecatalaseeKitAPI.Otestedesusceptibi- foram isolados S. aureus em 56 lesões, os quais foram submeti-
lidadefoirealizadopelométododeBauer-KirbyparaVancomicina, dos à detecção do fenótipo MLBb por disco aproximação, D-teste.
imipenem, ciprofloxacina e ceftriaxona. Os isolados com perfil de Nessa técnica, o disco de clindamicina é colocado a uma distân-
resistênciaaosantimicrobianos foramcomparadosàsamostrasde cia de 15 a 26mm do disco de eritromicina. O achatamento do
hemoculturas de pacientes, obtidas da UTI adulto, pelo teste “re- halo da clindamicina (efeito D) reporta o resultado como positivo.
petitive extragenic palindromic sequences” (rep-PCR), com análi- Os aspectos éticos-legais foram respeitados. RESULTADOS: Foram
se do perfil de bandas pelo o método Unweighted Pair-Group no identificados entre as 68 amostras das feridas um total de 9 casos

278
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
(14%) de presença de S.aureus resistentes ao grupo MLSb, que re- cepas multirresistentes. É evidente a necessidade de estratégias
presentam que 9 (21%) dos 43 participantes eram portadores de de controle de infecção, por parte da equipe multiprofissional, à
feridas infectadas por esse tipo de microrganismo. CONCLUSÃO: pacientes com úlceras venosas atendidos na atenção primária e
A detecção da resistência MLSb em S.aureusisolados de úlceras reflexõesacercadautilizaçãodaterapia antimicrobiana devemser
venosas é um dado de grande relevância para o tratamento dos realizadas, a fim de contribuir para o tratamento resolutivo destes
pacientes na prática clínica. O conhecimento dessa resistência e usuários.APOIO FINANCEIRO: FAPEG - Rede Goiana de Pesquisa
de suas implicações clínicas tornam-se, assim, essenciais para a em Avaliação e Tratamento de Feridas.
criação de medidas de controle da emergência de cepas multir-
resistentes na comunidade. Financiamento: FAPEG - Rede Goiana Palavras-chaves: Atenção Básica à Saúde, Curativos, Resistência
em Avaliação e Tratamento de Feridas. Bacteriana a Antibióticos, Staphylococcus aureus, Úlcera Venosa

Palavras-chaves: Staphylococcus aureus, Úlcera venosa, Resistên-


cia bacteriana a antibióticos, Atenção básica à saúde, Curativos
P388
FREQUÊNCIA E SUSCETIBILIDADE DE Staphylococcus sp. ISOLA-
DOS DE ÚLCERAS VENOSAS DE PACIENTES ATENDIDOS EM SALAS
P387 DE CURATIVOS DE UNIDADES MUNICIPAIS DE SAÚDE DE GOIÂ-
PREVALÊNCIA DE Staphylococcus aureus METICILINA RESISTEN- NIA.
TE (MRSA) EM ÚLCERAS VENOSAS DE PACIENTES ATENDIDOS EM
SALAS DE CURATIVOS DE UNIDADES DE SAÚDE DE GOIÃNIA. Autor(es): MARLENE ANDRADE MARTINS1,2, SILVANA DE LIMA
VIEIRA DOS SANTOS1, MARIA MARCIA BACHION1, LARA STEFÃNIA
Autor(es): MARLENE ANDRADE MARTINS1, SILVANA DE LIMA VIEI- NETTO DE OLIVEIRA LEÃO2, SUELEN GOMES MALAQUIAS4, NAYA-
RA DOS SANTOS1, NAYARA PORTILHO ARAÚJO3, LARA STEFÂNIA RA PORTILHO ARAÚJO3, QUEILIENE ROSA DOS SANTOS1, CAMILA
NETTO DE OLIVEIRA LEÃO2, SILVIA MARIA SOARES DE CARVALHO PEREIRA CÂMARA SOUSA2
SANT´ANA1, SUELEN GOMES MALAQUIAS4, MARIA MARCIA BA-
CHION1, QUEILIENE ROSA DOS SANTOS1, ANA BEATRIZ MORI Instituição(ões):
LIMA2 1. UFG/FEN, Universidade Federal de Goiás/Faculdade de Enfer-
magem
Instituição(ões): 2. UFG/IPTSP, Univ Fed de Goiás/Ins de Patologia Tropical e Saúde
1. UFG/FEN, Universidade Federal de Goiás/Faculdade de Enfer- Pública
magem 3.UFG/FM,UniversidadeFederaldeGoiás-FaculdadedeMedicina
2. UFG/IPTSP, Univ Fed Go/Instituto de Patologia Tropical e Saúde 4. UFG/FEN/Campus Jataí, Univ Fed Go/Faculdade de Enf-Campus
Pública de Jataí
3.UFG/FM,UniversidadeFederaldeGoiás/FaculdadedeMedicina
4. UFG/FEN/CAMPUS JATAÍ, Univ Feder Goiás/Faculdade de Enfer Resumo:
-Campus Jataí INTRODUÇÃO:O gênero Staphylococcus aureus é um grupo hete-
rogêneo de bactérias e podem desencadear processos infeccio-
Resumo: sos importantes na pele, tecidos moles e nas feridas. Nos últimos
INTRODUÇÃO: A emergência de Staphylococcus aureus meticilina anos, tem sido observado o surgimento de cepas multirresistentes
resistente (MRSA) como agente de infecção representa um pro- provenientes, de pacientes atendidos na atenção primária com le-
blema de saúde pública, pelos elevados índices de morbi-morta- sões de etiologia venosa. Este fato é de grande preocupação, visto
lidade. A presença de MRSA em úlceras venosas é uma condição que o fenômeno da resistência bacteriana diminui opções tera-
importante, pois compromete o processo de cicatrização, além de pêuticas, aumenta os custos e implicações para a saúde pública.
contribuir para o surgimento de complicações graves.OBJETIVOS: OBJETIVOS: O objetivo foi determinar a frequência e o perfil de
Este estudo teve como objetivo determinar a prevalência de Sta- suscetibilidade de Staphylocccus sp.isolados de úlceras venosas
phylococcus aureus meticilina resistente em úlceras venosas de de pacientes atendidos em salas de curativos de unidades muni-
pacientes atendidos em salas de curativos de unidades de saúde cipais de saúde de Goiânia-GO, no período de novembro de 2009
deGoiânia-GO.MÉTODOS:ParaoisolamentodoMRSA,omaterial a maio de 2010. MÉTODOS: Nesta investigação, 68 lesões venosas
de 68 lesões venosas de 43 pacientes foi cultivado em ágar mani- foram avaliadas de 43 pacientes que apresentavam sinais clínicos
tol salgado,ágar tryptic soy e caldo tryptic soy suplementados com de infecção local. O material das úlceras foi coletado por meio
4% de NaCl e 6mcg/mL de oxacilina, e incubado a 35oC por até 48 do uso de swab e cultivado em meio seletivo para isolamento de
horas. Os S.aureus isolados foram avaliados quanto à suscetibili- estafilococos. As bactérias foram identificadas e a suscetibilidade
dade a oxacilina e cefoxitina, e aqueles que se apresentaram re- antimicrobiana determinada pelo método de disco-difusão. Os as-
sistentes foram submetidos ao teste confirmatório para detecção pectos éticos-legais foram observados. RESULTADOS: A freqüência
da concentração inibitória mínima (CIM),E-test, empregando fitas de isolamento de Staphylococcus sp.. nas lesões avaliadas foi de
de oxacilina. Aspectos éticos foram respeitados. RESULTADOS: A 63 (92,8%). Das 64 cepas isoladas, 56 (87,5%) foram identificadas
prevalência de MRSA nas lesões avaliadas foi de 17 (30,4%). Den- como S. aureus e 8 (12,5%) como estafilococos coagulase-negati-
tre os isolados, 6 (35,3%) apresentaram CIM entre 2 e 96 µg/mL vos(ECN).DentreosS.aureus,9(16%)eramresistentesagentami-
e 10 (58,8%) apresentaram alto nível de resistência a oxacilina (≥ cina,19(34%)aciprofloxacina,11(19,6%)arifampicinae11(20%)
256 µg/mL). CONCLUSÃO: Foi observada uma elevada prevalência a tetraciclina. A prevalência de MRSA foi de 17 (30,4%) resistentes
deMRSAnaslesõesavaliadas,comdestaqueparaoisolamentode a oxacilina e cefoxitina. Entre os ECN, 3 (37,5%) estavam resisten-
cepas com alto nível de resistência. Esse resultado é preocupante, tes a tetraciclina e ciprofloxacino e 6 (75%) a rifampicina. Estes
devido a possibilidade de falha terapêutica e de disseminação de antibióticos que apresentaram menor atividade contra Staphylo-

279
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
coccussp.poderiamsersubstituídosporopçõesterapêuticasaces- Em relação ao perfil de susceptibilidade aos aminoglicosídeos, a
síveis na atenção primária. Todos os estafilococos isolados foram prevalência de HLAR foi de 91%, sendo 94% para estreptomicina
suscetíveis a vancomicina, dalfopristina-quinupristina, linezolida, e 20,5% para gentamicina. Quanto aos outros antimicrobianos, foi
mupirocina e ao sulfametoxazol-trimetoprim. Em 3 (7%) dos pa- observado 100% de resistência à teicoplanina e mais de 60% de
cientes havia espécies de Staphylococcus sp.diferentes na mesma resistência à ampicilina (24/34), ciprofloxacina (27/34) e penicilina
ferida e em 12 (28%) dos portadores de úlceras venosas, foram (22/34).Poroutrolado,todososisoladosforamsensíveisàcloran-
encontrados microrganismos diferentes no mesmo paciente, no fenicol, linezolida e tigeciclina. Os resultados obtidos a partir da
entanto, em lesões com local anatômico diferenciado. A coleta de análise molecular mostraram que os 34 isolados de Enterococcus
espécime clínico em feridas diferentes no mesmo paciente com resistentes à vancomicina eram E. faecium. Conclusão: A alta fre-
sinais e sintomas clínicos de infecção evidente, é uma estratégia quência do fenótipo HLAR encontrado em isolados de E. faecium
importante para a determinação da terapia antimicrobiana eficaz. indica uma diminuição das opções terapêuticas para o tratamento
CONCLUSÃO: A freqüência de isolamento e o perfil de resistência das infecções graves por enterococos, entretanto, a sensibilidade
observado evidenciam a necessidade de monitoramento constan- a gentamicina de alto nível, apresentada pela maioria dos isolados
tedospacientesatendidosnaatençãoprimária,poisosestafiloco- deste estudo, mostra que estes pacientes ainda podem ser trata-
cos tem se destacado pela capacidade de disseminação, de causar das com esse antimicrobiano.
infecções graves e ocorrência de surtos. Sua caracterização é uma
importante ferramenta para subsidiar o tratamento de pacientes Palavras-chaves: Enterococos, Vancomicina, Aminoglicosídeos-
com úlceras venosas.Apoio:FAPEG HLAR, VRE

Palavras-chaves: Atenção Básica à Saúde, Curativos, Resistência


Bacteriana a Antibióticos, Staphylococcus aureus, Frequência
P390
PRODUÇÃO DE BETA-LACTAMASE AMPC POR ENTEROBACTÉRIAS
ISOLADAS DA SALIVA DE PROFISSIONAIS ATUANTES EM UM CEN-
P389 TRO ESPECIALIZADO NO TRATAMENTO ONCOLÓGICO
AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE SUSCEPTIBILIDADE AOS AMINOGLI-
COSÍDEOS DE AMOSTRAS CLÍNICAS DE Enterococcus RESISTEN- Autor(es):LARA STEFÂNIA NETTO DE OLIVEIRA LEÃO1, ANA BEA-
TES À VANCOMICINA (VRE) TRIZ MORI LIMA2, LARISSA OLIVEIRA ROCHA-VILEFORT3, DAYANE
DE MELO COSTA3, MARINÉSIA APARECIDA PRADO-PALOS3, DA-
Autor(es):KÁSSIA KAROLINE ALIANÇA DE CASTRO1,1,1, BÁRBARA NIEL GONÇALVES VIEIRA1, FABIANA CRISTINA PIMENTA4,1
DE OLIVEIRA SILVA1,1,1, MARIA CAROLINA DE ALBUQUERQUE
WANDERLEY3,1,3, WILLAMES MARCOS BRASILEIRO DA SILVA Instituição(ões):
MARTINS2,2,2, ANNA CAROLINA SOARES ALMEIDA3,1,3, MARI- 1. IPTSP-UFG, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚ-
NALDAANSELMOVILELA1,1,1,MÁRCIAMARIACAMARGODEMO- BLICA-UFG
RAIS1,1,1, JOSÉ ANCHIETA DE BRITO1, MARIA DE FÁTIMA ACIOLY1 2. FF-UFG, FACULDADE DE FARMÁCIA-UFG
3. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM - UFG
Instituição(ões): 4. CDC, CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION
1. UPE, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
2. FMN, FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU Resumo:
3. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO INTRODUÇÃO:EMSEUCOTIDIANO,OSPROFISSIONAISDOSSERVI-
ÇOS DE SAÚDE ESTÃO EXPOSTOS A VÁRIOS RISCOS OCUPACIONAIS
Resumo: QUÍMICOS, RADIOATIVOS E BIOLÓGICOS, INCLUINDO DIVERSOS
Introdução: Os aminoglicosídeos são um grupo de drogas com PATÓGENOS MULTIRRESISTENTES. TAIS FATORES ASSOCIADOS AO
ação bactericida, capazes de inibir a síntese protéica, utilizados TEMPO DE PERMANÊNCIA NO HOSPITAL, AO TIPO DE ATENDI-
em associação a outras drogas na terapia contra os Enterococcus MENTOPRESTADOEAFALTADEADESÃOÀSMEDIDASDEPRECAU-
resistentes à vancomicina (VRE). Nas últimas décadas houve um ÇÃO-PADRÃO TORNAM AS EQUIPES SUSCETÍVEIS À COLONIZAÇÃO
aumento significativo de infecções hospitalares por cepas de en- POR MICRORGANISMOS VIRULENTOS, COMO ENTEROBACTÉRIAS
terococos resistentes aos aminoglicosídeos de alto nível (HLAR). PRODUTORAS DE BETA-LACTAMASES. ESSES PROFISSIONAIS TOR-
A expressão dessa resistência tem comprometido a eficácia desse NAM-SE ASSIM PORTADORES E DISSEMINADORES DE AGENTES
esquema terapêutico. Objetivo: Avaliar o padrão de susceptibili- INFECCIOSOS PARA INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS OU IMUNOCOMPRO-
dade in vitro de amostras clínicas de VRE aos aminoglicosídeos de METIDOS, PARA O AMBIENTE HOSPITALAR E EXTRA-HOSPITALAR,
alto nível (Estreptomicina e Gentamicina). Métodos: Foram utiliza- AUMENTANDO O RISCO DE INFECÇÃO E A OCORRÊNCIA DE SUR-
dos 34 isolados provenientes de pacientes internados no Hospital TOS. OBJETIVOS: DETECTAR A PRODUÇÃO DE BETA-LACTAMASES
Universitário Oswaldo Cruz no período de 2008 a 2010. Os iso- TIPO AMPC POR ENTEROBACTÉRIAS ISOLADAS DA SALIVA DE
lados bacterianos foram coletados e identificados pelos métodos PROFISSIONAIS ATUANTES EM UM CENTRO ESPECIALIZADO NO
convencionais no Laboratório de Bacteriologia da Universidade de TRATAMENTO ONCOLÓGICO DA REGIÃO CENTRO-OESTE. MÉ-
Pernambuco. O perfil de susceptibilidade a antimicrobianos foi TODOS: PARA A DETECÇÃO DE BETA-LACTAMASES AMPC, AS EN-
determinado pelo método de disco-difusão, obedecendo aos cri- TEROBACTÉRIAS ISOLADAS DA SALIVA DOS PARTICIPANTES QUE
térios do CLSI (2005). Foram utilizados além dos aminoglicosídeos APRESENTARAM RESISTÊNCIA A CEFOXITINA NO TESTE DE SUSCE-
de alto nível (Estreptomicina e Gentamicina) os seguintes antimi- TIBILIDADE ANTIMICROBIANA POR DISCO-DIFUSÃO FORAM SUB-
crobianos: ampicilina, ciprofloxacina, cloranfenicol, linezolida, pe- METIDAS AO TESTE CONFIRMATÓRIO POR DISCO APROXIMAÇÃO.
nicilina,teicoplaninaetigeciclina.Aidentificaçãodaespéciefoire- O DISCO DE CEFOXITINA FOI COLOCADO À 20MM DO DISCO DE
alizada por PCR com primers e condições específicas. Resultados: CEFTRIAXONA E A FORMAÇÃO DE UMA ZONA DE ACHATAMENTO

280
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
NO HALO DA CEFTRIAXONA FOI CONSIDERADA POSITIVA PARA EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA PARA TRATAMENTO ONCOLÓGI-
A PRODUÇÃO DE ENZIMA AMPC. RESULTADOS: PARTICIPARAM CO DA REGIÃO CENTRO-OESTE. MÉTODOS: FOI COLETADA A SA-
DO ESTUDO 178 PROFISSIONAIS. FORAM ISOLADAS 17 ENTERO- LIVA DE 178 PROFISSIONAIS ATUANTES EM VÁRIOS SERVIÇOS DA
BACTÉRIAS RESISTENTES À CEFOXITINA, SENDO QUE 16 (94,5%) INSTITUIÇÃO PESQUISADA. AS AMOSTRAS FORAM SEMEADAS EM
APRESENTARAM TESTE CONFIRMATÓRIO POSITIVO PARA A PRO- MEIO DE CULTURA SELETIVO, ÁGAR MACCONKEY, E AS BACTÉRIAS
DUÇÃO DE BETA-LACTAMASE TIPO AMPC: 11 ENTEROBACTER SP., ISOLADAS CARACTERIZADAS POR PROVAS BIOQUÍMICAS DE IDEN-
2 PANTOEA SP., 2 CITROBACTER SP. E UMA ECHERICHIA COLI. UM TIFICAÇÃO E PELO TESTE DE SUSCETIBILIDADE ANTIMICROBIANA
TOTAL DE 8,4% DOS PROFISSIONAIS ESTAVA COLONIZADO POR POR DISCO-DIFUSÃO. RESULTADOS: FORAM ISOLADAS 37 ENTE-
ENTEROBACTÉRIAS PRODUTORAS DE ENZIMA AMPC E UM DELES ROBACTÉRIAS, INCLUINDO ESPÉCIES POTENCIALMENTE PATOGÊ-
ALBERGAVAMAISDEUMAESPÉCIE.CONCLUSÃOAPRODUÇÃODE NICAS COMO KLEBSIELLA PNEUMONIAE, KLEBSIELLA OXYTOCA,
BETA-LACTAMASES REPRESENTA O PRINCIPAL MECANISMO DE RE- ECHERICHIA COLI E SERRATIA MARSCESENS. OS GÊNEROS MAIS
SISTÊNCIA ANTIMICROBIANA AO GRUPO DOS BETA-LACTÂMICOS, PREVALENTES FORAM ENTEROBACTER SP. (51,4%), CITROBACTER
SENDO OBSERVADA PRINCIPALMENTE NO AMBIENTE HOSPITA- SP. (16,2%) E KLEBSIELLA SP. (16,2%). COM RELAÇÃO AO PERFIL DE
LAR. BETA-LACTAMASES TIPO AMPC CONFEREM RESISTÊNCIA AS SUSCETIBILIDADE DOS ISOLADOS, 59,5% APRESENTARAM SENSI-
CEFALOSPORINAS E PENICILINAS DE AMPLO ESPECTRO, MONO- BILIDADE REDUZIDA À AMOXACILINA-ÁCIDO CLAVULÂNICO, 27%
BACTÂMICOS E CEFAMICINAS, O QUE DIMINUI AS OPÇÕES TERA- ÀCEFPODOXIMA E 48,6%FORAM RESISTENTES ÀCEFOXITINA, SU-
PÊUTICAS VIGENTES. EM ALGUMAS ESPÉCIES, SUA PRODUÇÃO É GERINDO FENÓTIPO POSITIVO PARA PRODUÇÃO DE BETA-LACTA-
INDUZIDA PELO USO DE DETERMINADOS ANTIMICROBIANOS O MASE TIPO AMPC. CONCLUSÃO: OS RESULTADOS APRESENTADOS
QUE FAZ COM QUE OS MICRORGANISMOS SE TORNEM RESISTEN- SÃO DE GRANDE RELEVÂNCIA, POIS PESQUISAS SOBRE COLONIZA-
TESDURANTEOCURSODATERAPIA.DESTAFORMA,PORTADORES ÇÃO DE PROFISSIONAIS POR BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS (BGN)
ASSINTOMÁTICOS DE BACTÉRIAS PRODUTORES DE AMPC ATUAM SÃO ESCASSAS. PORTADORES DE BGN, ESPECIALMENTE ENTERO-
COMO RESERVATÓRIO E POTENCIAIS CARREADORES DE AGENTES BACTÉRIAS, ASSUMEM IMPORTANTE PAPEL NAS IACS POR REPRE-
MULTIRRESISTENTES. SENTAREMFONTESPOTENCIAISDEDISSEMINAÇÃODEBACTÉRIAS
VIRULENTAS E MULTIRRESISTENTES. VALE RESSALTAR AINDA, QUE
Palavras-chaves:BETA-LACTAMASEAMPC,ENTEROBACTÉRIAS,SA- A CONDIÇÃO DE PORTADOR TAMBÉM É PREJUDICIAL À PRÓPRIA
LIVA SAÚDE DO PROFISSIONAL, POIS DIANTE DE UM DESEQUILÍBRIO
DOS MECANISMOS DE DEFESA OS MICRORGANISMOS ENDÓGE-
NOS PODEM TORNAR-SE AGENTES DE INFECÇÃO.

P391 Palavras-chaves: ENTEROBACTÉRIAS, PROFISSIONAIS, SALIVA


CARACTERIZAÇÃO DE ENTEROBACTÉRIAS ISOLADAS DE PROFIS-
SIONAIS ATUANTES EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA PARA TRA-
TAMENTO ONCOLÓGICO
P392
Autor(es): LARA STEFÂNIA NETTO DE OLIVEIRA LEÃO1, ANA BEA- DETERMINAÇÃO DO PERFIL DE RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIA-
TRIZ MORI LIMA2, LARISSA OLIVEIRA ROCHA-VILEFORT3, DAYANE NOS E DO PERFIL PLASMIDIAL DE ISOLADOS CLÍNICOS DE K.
DE MELO COSTA3, MARINÉSIA APARECIDA PRADO-PALOS3, JOSÉ pneumoniae PROVENIENTES DE RECIFE-PE
DANIEL GONÇALVES VIEIRA1, FABIANA CRISTINA PIMENTA4,1
Autor(es): ADRIANE BORGES CABRAL, RITA DE CÁSSIA DE ANDRA-
Instituição(ões): DE MELO, MARIA AMÉLIA VIEIRA MACIEL, ANA CATARINA DE SOU-
1. IPTSP-UFG, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚ- ZA LOPES
BLICA- UFG
2. FF-UFG, FACULDADE DE FARMÁCIA - UFG Instituição(ões):
3. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM - UFG 1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
4. CDC, CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION
Resumo:
Resumo: Klebsiella pneumoniae é uma enterobactéria responsável por
INTRODUÇÃO: O CONTROLE DE INFECÇÃO NOS SERVIÇOS DE SAÚ- uma alta incidência de infecções hospitalares principalmente em
DE REPRESENTA UM GRANDE DESAFIO PARA OS GESTORES PÚBLI- pacientes imunocomprometidos. Estas infecções são causadas
COS, MAS POSSÍVEL DE SER REALIZADO. PARA ISSO, AS DIVERSAS geralmente por linhagens produtoras de ESBLs (Extended Spec-
CAUSAS E RISCOS PARA A OCORRÊNCIA DAS INFECÇÕES ASSOCIA- trum β-lactamases), enzimas codificadas principalmente por ge-
DASAOSCUIDADOSEMSAÚDE(IACS)DEVEMSERCONSIDERADAS nes plasmidiais, capazes de inativar antibióticos β-lactâmicos de
E MELHOR INVESTIGADAS. EM SUA CADEIA EPIDEMIOLÓGICA, OS última geração. Existem diversos métodos moleculares utilizados
PROFISSIONAIS SÃO CONSIDERADOS RESERVATÓRIOS NATURAIS com o objetivo de caracterizar isolados de K. pneumoniae envolvi-
DE AGENTES INFECCIOSOS E PARTICIPAM DA TRANSMISSÃO CRU- dos em infecções hospitalares, dentre estes, a análise plasmidial.
ZADA DE MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS, COMO OS MEMBROS Portanto, este trabalho tem como objetivo caracterizar isolados
DA FAMÍLIA ENTEROBACTERIACEAE. ESSE GRUPO DE BACTÉRIAS clínicos de K. pneumoniae através do perfil de susceptibilidade a
ESTÁ ASSOCIADO A DIVERSAS INFECÇÕES HUMANAS E TÊM SE antimicrobianos e perfil plasmidial. Foram analisados 24 isolados
DESTACADO NO AMBIENTE HOSPITALAR COMO IMPORTANTES provenientes de dois hospitais da cidade de Recife-PE. O perfil de
AGENTES DE INFECÇÃO EM CLIENTES IMUNOCOMPROMETIDOS E susceptibilidade a antimicrobianos foi obtido pelo método de di-
COM LONGO PERÍODO DE INTERNAÇÃO. OBJETIVOS: CARACTERI- fusão em disco e a extração de plasmídeos foi realizada através
ZAR FENOTIPICAMENTE ENTEROBACTÉRIAS ISOLADAS DA SALIVA de “kit” comercializável. Os antimicrobianos que apresentaram
DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E DAS EQUIPES DE APOIO ATUANTES melhor atividade foram os Aminoglicosídeos (Amicacina, Estrep-

281
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
tomicina e Gentamicina) inibindo 83%, 71% e 58% dos isolados, tipoSHV,17(71%)apresentaramogeneblaCTX-Me7(29%)foram
respectivamente, seguidos dos Carbapenemas (Imipenem e Me- positivosparaapresençadogeneTEM. Cinco(21%)isolados apre-
ropenem) com taxas de inibição de 58% e 54%, respectivamente. sentaram os três genes pesquisados, 10 isolados (42%) apresen-
A cefoxitina inibiu 52% dos isolados. Os demais antimicrobianos taram simultaneamente os genes SHV e CTX-M e 2 isolados (8%)
inibiram menos de 33% dos isolados. Todos os isolados apresenta- apresentaramambososgenes,SHVeTEM.AcombinaçãoCTX-Me
ram de 1 a 10 plasmídeos de diferentes tamanhos. Os plasmídeos TEM não foi observada. Estes resultados alertam para o surgimen-
>150Kb, 150kb e ≤3,4kb foram encontrados em 50%, 54% e 83% to e disseminação de várias β-lactamases devido ao amplo uso de
dosisolados,respectivamente.Plasmídeosde100kb,80kb,e12kb β-lactâmicos, representando grandes desafios na terapêutica e no
foram encontrados em 57%, 78% e 50% dos isolados provenientes controle das infecções.
de um mesmo hospital. Um isolado bacteriano com apenas 2 plas-
mídeos foi sensível a 10 drogas e isolados com 5 a 9 plasmídeos Palavras-chaves: K.pneumoniae, ESBLs, TEM, SHV, CTX-M
foram sensíveis apenas a uma droga. Adicionalmente, alguns iso-
lados apresentam o mesmo perfil de resistência, mas diferentes
perfis plasmidiais, e outros, compartilham o mesmo perfil plasmi-
dial, mas diferentes resistências. Os resultados sugerem que pode P394
ter havido disseminação de plasmídeos entre os isolados e que CARACTERIZAÇÃO DE PSEUDOMONAS SP. ISOLADADAS EM ÚL-
um mesmo plasmídeo pode ser portador de vários genes ou não CERAS VENOSAS CRÔNICAS DE USUÁRIOS DE SALAS DE CURATI-
apresentar genes de resistência. VOS DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA - GO

Palavras-chaves: K. pneumoniae, resistência, plasmídeos Autor(es): Silvana Lima Vieira dos Santos1,2,4, Marlene Martins
Andrade1,2, Ana Beatriz Mori Lima3, Suelen Gomes Malaquias1,
Nayara Portilho Araújo2, Lara Stefânia Netto de Oliveira Leão3,
Maria Márcia Bachion1,4
P393
DETERMINAÇÃODEESBLsDOTIPOTEM,SHVeCTX-MEMISOLA- Instituição(ões): 1. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem
DOS CLÍNICOS DE K. pneumoniae RESISTENTES A ANTIBIÓTICOS 2. FM-UFG, Faculdade de Medicina
-LACTÂMICOS PROVENIENTES DE RECIFE-PE 3. IPTSP-UFG, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública
4. FAPEG, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás
Autor(es): ADRIANE BORGES CABRAL, MARIA AMÉLIA VIEIRA MA-
CIEL, ANA CATARINA DE SOUZA LOPES Resumo:
Introdução: As úlceras venosas (UV) geralmente são crônicas e
Instituição(ões): suscetíveis à invasão por agentes de infecção, entre as quais a
1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Pseudomonas sp. O diagnóstico de infecção inicialmente é clínico
equandohásuspeitadeprocessoinfeccioso,asanálisesmicrobio-
Resumo: lógicas representam uma importante ferramenta complementar.
Klebsiella pneumoniae é um patógeno oportunista associado a in- O isolamento deste microrganismo têm se tornado cada vez mais
fecções hospitalares graves que acomete principalmente o trato comum nessa população e, portanto, conhecer a prevalência de
urinárioerespiratório,causandotambémmeningiteesepticemias, suaocorrênciaeseuperfildesuscetibilidadeéessencialparaouso
principalmente em pacientes imunocomprometidos. Geralmente racional dos antimicrobianos e o sucesso do tratamento. Objetivo:
estasinfecçõessãocausadasporlinhagensmultirresistentesepro- Caracterizar o perfil microbiológico de Pseudomonas sp. isoladas
dutoras de ESBLs (Extended-Spectrum β-lactamases) que podem de úlceras venosas crônicas de usuários de sala de curativos de
degradarascefalosporinasde3ªe4ªgeraçãoeomonobactâmico, unidadesbásicasdesaúdedomunicípiodeGoiânia,GO.Métodos:
aztreonam. As ESBLs freqüentemente produzidas por isolados de O estudo foi realizado no período de outubro/2009 a março/2010
K. pneumoniae são denominadas TEM, SHV e CTX-M. Em Recife, e participaram 29 usuários. O material proveniente das feridas foi
apesar do aumento da resistência bacteriana aos β-lactâmicos coletado segundo Levine et al.(1976). Uma vez coletada, as amos-
de última geração, são raros os estudos que comparem à atual tras, foram enviadas ao laboratório em meio específico para trans-
frequência desses genes. Portanto, este trabalho tem como ob- porte, cultivadas em ágar MacConkey e incubadas a 35ºC por 24
jetivo caracterizar isolados clínicos de K. pneumoniae resistentes horas. As espécies isoladas foram identificadas por provas bioquí-
a β-lactâmicos de amplo espectro através da detecção fenotípica micaspadronizadaseoperfildesuscetibilidadecaracterizadopelo
de produção de ESBLs e identificação dos genes blaTEM, blaSHV e teste de disco-difusão. Os aspectos ético-legais foram observados.
blaCTX-M. Foram analisados 24 isolados clínicos provenientes de Resultados: Foram identificadas nos 29 sujeitos da pesquisa 43
doishospitaisdacidadedeRecife-PE.Osisoladosforamseleciona- úlceras. Dentre as feridas analisadas 51,2% estavam contamina-
dos conforme resistência aos β-lactâmicos de última geração pelo das por Pseudomonas sp. sendo isolado um total de 12 cepas. A
método de difusão em disco. A detecção fenotípica de ESBLs foi espécie mais comum foi a P. aeruginosa (75%). Verificou-se ainda
realizada através do teste de sinergia de disco duplo e a presença que 100,0% dos isolados apresentaram resistência a cefoxitina,
dos genes blaTEM, blaSHV e blaCTX-M foi investigada pela técnica 66,6% ao sulfametoxazol-trimetoprim, 25,0% a ciprofloxacina e
da PCR. Dos 24 isolados, 9 (37,5%) foram positivos para o teste ainda 16,6% apresentaram resistência a ceftazidima, imipenem e
de sinergia de disco duplo, que detecta somente ESBLs que são meropenem, sugerindo a produção de metalo β-lactamase. Este
inibidas pelo ácido clavulânico. Todos os isolados que não foram microrganismo tem-se destacado pela virulência, capacidade de
positivos fenotipicamente para ESBLs apresentaram no mínimo formar biofilme e resistência antimicrobiana. Conclusão: Os resul-
um dos três genes pesquisados, confirmando que métodos mole- tados sugerem a ocorrência de contaminação cruzada por cepas
culares apresentam maior sensibilidade para a detecção de ESBLs resistentes, ou contaminação cruzada por estes microrganismos,
que métodos fenotípicos. Todos os isolados apresentaram ESBL do associado ao uso de antibióticos que contribuíram para o desen-

282
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
volvimento de resistência. Diante do exposto é necessário que os P396
profissionais da área de saúde façam uma análise crítica sobre o PREVALÊNCIA DE MICROORGANISMOS PATOGÊNICOS ENCON-
atendimento aos usuários portadores de UV, tanto em relação ao TRADOS EM LESÕES CUTÂNEAS DE MEMBROS INFERIORES
manejo da ferida, como em relação à organização e gerenciamen-
to dasala decurativo,eainda da seleçãodeantimicrobianos apro-
Autor(es): ALBERTINA MARTINS GONÇALVES1, JOSÉ DE ANCHIETA
priados para cada caso.
F. NETO2, KARLA SIMONE DE BRITO BROCK1, MARIA ANARILDA
NOGUEIRA DE LIMA3, VALKÊNIA ALVES SILVA1
Palavras-chaves: Pseudomonas sp., Beta-lactamases do tipo
AmpC, Úlcera venosa
Instituição(ões):
1. HDPF, HOSPITAL DISTRITAL DE PEDRAS DE FOGO-PB
2. CASM, Centro de Atenção a Saúde da Mulher
P395 3. NUTRIVIDA, NUTRIVIDA/PETROBRAS
PREVALÊNCIA DE PSEUDOMONAS SP. PRODUTORAS DE BETA-
LACTAMASES DO TIPO AmpC ISOLADAS DE PROFISSIONAIS DE Resumo:
UMA INSTITUIÇÃO DE SAÚDE INTRODUÇÃO: Um agente patogênico pode ser um microorga-
nismo como bactérias, vírus, fungos, protozoários, helmintos
Autor(es): Ana Beatriz Mori Lima1, Larissa Oliveira Rocha Vile- e alguns tipos de vermes que são capazes de produzir doenças
fort2, Dayane Melo Costa2, Maria Cláudia Dantas Porfírio Borges infecciosas aos seus hospedeiros, sempre que estejam em cir-
André1,FabianaCristinaPimenta3,MarinésiaAparecidaPradoPa- cunstâncias favoráveis, inclusive do meio ambiente, podendo se
los2, Lara Stefânia Netto de Oliveira Leão1, Maria Alves Barbosa2 multiplicar, causando infecção e outras complicações. Pode ser
chamado de agente infeccioso ou etiológico animado. OBJETIVOS:
Instituição(ões): identificar a prevalência de microorganismos mais freqüentes em
1. IPTSP-UFG, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública lesões cutâneas de MMII. METODOLOGIA: Trata-se de uma pes-
2. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem quisa descritiva, transversal, a partir de dados secundários, rea-
3. CDC-EUA, Centers for Disease Control and Prevention lizada no Hospital Distrital de Pedras de Fogo-PB, no período de
setembro de 2008 a dezembro de 2009. Os dados foram coletados
através de livro de registro de cultura de secreção de 20 pacien-
Resumo:
tes que foram internados na clínica médica com lesões cutâneas
de membros inferiores. RESULTADOS: Os achados revelaram que
A multirresistência bacteriana é um fenômeno resultante do uso a maior prevalência encontrada foi em pacientes do sexo feminino
indiscriminado de antimicrobianos e representa um grave proble- (55%), acima de 71 anos (55%) e portadores de diabetes mellitus
ma de saúde pública. O conhecimento sobre mecanismos de re- (85%). Observamos ainda que o maior tempo de internamento foi
sistência é imprescindível para implementação de estratégias que de 22 a 30 dias (35%) e os principais microorganismos encontra-
reduzam a emergência e disseminação de microganismos multir- dos foram pseudômonas aeroginosa (35%) seguindo concomitan-
resistentes em instituições de saúde. Neste contexto, as Pseudo- temente de proteus mirabillis e klebsiela (20%), cujo tratamento
monas sp. recebem especial atenção, pois representam um grupo adotado foi conservador com antibioticoterapia e curativo, após
de microrganismos ubíquos e oportunistas, associado à infecções desbridamento cirúrgico (65%). CONCLUSÃO: Podemos perceber
graves, elevadas taxas de morbimortalidade e emergência de mul- que a resistência de microorganismos vem aumentando. Isso se
tirresistência, como a produção de beta-lactamases. Este estudo deve ao uso inadequado e sem controle de antibióticos causando
teve o objetivo de determinar a prevalência da produção fenotí- resistência e falência no tratamento. Os dados servem de alerta
pica de beta-lactamase cromossômica induzível do tipo AmpC por para os profissionais de saúde e órgãos responsáveis, pois podem
Pseudomonas sp. isoladas da saliva de uma equipe multiprofissio- subsidiaraçõesdecontroleeumaterapêuticaseguraedequalida-
nal atuante em um hospital oncológico da Região Centro-Oeste do de que traga benefício a saúde do paciente.
país. As pseudomonas que apresentaram resistência à cefoxitina
foram submetidas à confirmação pelo método fenotípico de apro-
Palavras-chaves: Prevalência;, Microorganismos patogênicos, Le-
ximação de discos. Dos 178 participantes do estudo, 10(5,61%)
são cutânea
estavam colonizados por Pseudomonas sp. resistentes à cefoxi-
tina. Todas as espécies identificadas (Pseudomonas aeruginosa,
Pseudomonas stutzeri e Pseudomonas fluorescens) apresentaram
achatamento de halo de inibição da cefotaxima, confirmando a P397
produçãofenotípicadeAmpC.Osdadosreportadossãorelevantes FREQUÊNCIA E PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE DE Escherichia coli
e evidenciam que profissionais colonizados por Pseudomonas sp. ISOLADAS DE INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO COMUNITÁRIAS
assumem a condição de disseminadores destes agentes aos clien- NO HOSPITAL NAVAL DE SALVADOR-BA
tes assistidos na referida instituição. A hiperexpressão de AmpC
é um importante mecanismo de resistência, detectá-lo correta e Autor(es): Rodrigo Silva Cézar1,2, Corine Silva Sampaio2, Liane
precocemente na rotina laboratorial é uma importante estratégia Maria Campos de Souza1, Marcos Soares Vieira1, Stefany Fontes
para direcionar a escolha terapêutica, além de reduzir a emergên- Domingues1, Manuel Vitor Viana Gonçalves2, Vanessa Benevides
cia e disseminação de bactérias multirresistentes no ambiente no- Ribeiro2
socomial.
Instituição(ões):
Palavras-chaves: Pseudomonas, Beta-lactamases do tipo AmpC, 1. HNSa, Hospital Naval de Salvador
Profissionais da Área de Saúde 2. FacFar-UFBA, Faculdade de Farmácia - UFBA

283
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
cas de saúde da cidade de Botucatu através da caracterização do
Resumo: cassete cromossômico mec e análise das características clínicas
INTRODUÇÃO: A infecção do trato urinário (ITU) é uma das infec- desses pacientes. Foram incluídas no estudo 60 amostras isoladas
ções mais frequentes da clínica médica, e uma das mais comuns de 50 pacientes atendidos no período de março a maio de 2010.
indicações para o tratamento com antimicrobianos. A Escherichia As amostras foram submetidas à identificação, detecção de resis-
coli é o uropatógeno mais frequentemente isolado em ITUs, cau- tência a oxacilina pelo método de difusão com disco de oxacilina
sando cerca de 80% das infecções em pacientes comunitários. O e cefoxitina, penicilina, levofloxacina, clindamicina, eritromicina,
desenvolvimento de resistência aos antimicrobianos utilizados gentamicina, vancomicina e caracterização do SCCmec por PCR
como primeira escolha têm limitado as opções terapêuticas para o multiplex nas amostras de S. aureus com gene mecA. As amostras
tratamento da ITU adquirida na comunidade (ITU-AC). OBJETIVO: de S. aureus também foram submetidas ao teste D para detecção
Descrever a frequência e o perfil de sensibilidade de E. coli isola- deresistênciaaclindamicina.Das60amostrasestudadas,22(44%)
das de ITU aos antimicrobianos utilizados na terapia empírica de foram identificadas como S. aureus e uma amostra (4,5%) foi po-
pacientes ambulatoriais atendidos no Hospital Naval de Salvador sitiva para a presença do gene mecA, com cassete tipo IV (CA-
(HNSa) entre janeiro e dezembro de 2009. MÉTODOS: Foi realiza- MRSA). O teste de sensibilidade as drogas em disco demonstrou
do um estudo descritivo do perfil de susceptibilidade dos isolados 19(86,4%) S. aureus resistentes a penicilina, 6(27,3%) resistentes a
de E. coli oriundos de ITU comunitária. A identificação e o antibio- eritromicina, 2(9,1%) resistentes a gentamicina, 1(4,5%) resistente
grama foram realizados no Laboratório de Microbiologia do HNSa, a oxacilina e cefoxitina, 1(4,5%) resistente a clindamicina, sendo
por meio da técnica de difusão em disco segundo o protocolo que todas as amostras de S. aureus foram resistentes a pelo me-
M100 do Clinical Laboratory Standard Institute. RESULTADOS: A E. nos uma droga, 14(63,6%) amostras foram resistentes a apenas
coli foi responsável por 64% das uroculturas positivas no período uma droga, 7(31,8%) amostras foram resistentes à duas drogas,
estudado. As taxas de resistência encontradas foram: 64% à Ampi- 1(4,5%) amostra foi resistente a três drogas. Os resultados encon-
cilina (AMP), 43% à Sulfametoxazol-Trimetroprima (SXT) e 30,8% à trados nesse estudo permitem concluir que o cassete tipo IV está
Ciprofloxacina (CIP). CONCLUSÃO: O conhecimento da frequência inserido na comunidade. Também chamamos atenção para o alto
e do perfil da sensibilidade aos antimicrobianos são relevantes na índice de resistência encontrado, principalmente a penicilina, uma
escolha da antibioticoterapia. A frequência do isolamento de E. das drogas mais utilizadas na atenção básica para o tratamento de
coli encontrada corrobora outros trabalhos, bem como as taxas de infecções.
resistência para AMP e SXT, que em nosso país variam de 53,3% a
87,5% e 33,7% a 64%, respectivamente; porém a observada para Palavras-chaves: Staphylococcus aureus, Resistência, MRSA, feri-
CIP foi superior à descrita em outros trabalhos. Segundo a Socie- das
dade Americana de Infectologia, quando a taxa de resistência a
SXT ultrapassa 20% na comunidade, o seu uso é desaconselhado
como terapia empírica e esta deve ser substituída por uma fluo-
roquinolona, porem a alta taxa descrita para essa classe de an- P399
timicrobiano em nossa comunidade pode inviabilizar seu uso no Staphylococcus aureus DE ORIGEM HOSPITALAR PRESENTES NA
tratamento desse tipo de infecção. COMUNIDADE

Palavras-chaves: INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO COMUNITÁRIA, Autor(es): Mariana Fávero Bonesso, Eliane Patricia Lino Pereira,
PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE, Escherichia coli Maria de Lourdes Ribeiro de Souza Cunha

Instituição(ões): 1. UNESP, Universidade Estadual Paulista

P398 Resumo:
CA-MRSA ISOLADOS DE FERIDAS DE PACIENTES ATENDIDOS EM Staphylococcus aureus são comumente encontrados em ambien-
UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DA CIDADE DE BOTUCATU tes hospitalares como agentes de vários tipos de infecções. Atu-
almente a maioria das cepas de Staphylococcus spp. de origem
Autor(es): Eliane Patricia Lino Pereira, Mariana Fávero Bonesso, hospitalarsão resistentesaosbeta-lactâmicos,antimicrobianos de
Maria de Lourdes Ribeiro de Souza Cunha escolha para o tratamento dessas infecções. Em 1990 surgiram os
primeiros relatos de S. aureus resistentes à meticilina na comuni-
Instituição(ões): 1. UNESP, Universidade Estadual Paulista dade (CA-MRSA). MRSA adquirido na comunidade atinge indivídu-
os sem fatores de risco de aquisição e carreiam o cassete cromos-
Resumo: sômico(SCCmec)dotipoIVquepossuiogenemecAquecodificaa
O Staphylococcus aureus é uma importante bactéria envolvida em resistência à meticilina. Cepas de CA-MRSA geralmente carreiam o
infecções adquiridas tanto na comunidade como em hospitais. gene da Leucocidina Panton-Valentine (PVL) uma toxina responsá-
Nos últimos anos, surgiu o S. aureus resistente à oxacilina associa- vel pela invasão tecidual, podendo acarretar infecções sistêmicas
do à comunidade (CA-MRSA). O CA-MRSA atinge indivíduos sem e pneumonias necrotizantes levando ao agravamento do estado
fatores de risco de aquisição e carreiam o cassete cromossômi- do paciente. Esse trabalho teve como objetivo a detecção do gene
co (SCCmec) do tipo IV que possui o gene mecA que codifica a mecA, a caracterização do cassete cromossômico mec e a detec-
resistência à meticilina. Diante da importância do S.aureus como ção do gene da PVL em amostras de S. aureus isoladas de infec-
um dos microrganismos mais freqüentemente isolados de infec- ções de pele comunitárias de pacientes atendidos na Triagem da
ções de pele e tecidos moles e a crescente disseminação dos S. DermatologiadaUNESP.Deumtotalde125amostrascoletadasde
aureusresistentesaoxacilina (MRSA),o que dificultaotratamento pacientes pode-se isolar 64 (51%) S. aureus e, dessas, 7 (10%) car-
e aumenta custos, este estudo objetiva identificar a presença de rearam o gene mecA. Na tipagem do cassete dessas amostras foi
CA-MRSA em feridas de pacientes atendidos em unidades bási- possível observar a presença de 3 (42%) do tipo II, 3 (42%) do tipo

284
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
IV e 1 (16%) do tipo IA. Com relação à detecção do gene da PVL, resistência, facilitando a existência de surtos ou a permanência
nenhuma das amostras que carrearam o gene mecA, carrearam o desses isolados no ambiente hospitalar.
gene da PVL, mas este estava presente em 9 (14%) das amostras
deS.aureussensíveisameticilina(MSSA).Osresultadosencontra- Palavras-chaves: integron de classe 1, resistência bacteriana, dis-
dos nesse estudo permitem concluir que cepas de S. aureus que seminação, enterobacteriáceas
carreiam o gene da PVL e os MRSA resistentes à meticilina estão
presentes na comunidade como agentes de infecções. A presen-
ça da PVL em infecções comunitárias é preocupante visto que sua
toxicidade pode levar a sérias complicações sistêmicas como en- P401
docardites, osteomielite hematogênica e pneumonias. A presença ENTEROBACTERIAS PRODUTORAS DE Β-LACTAMASE ISOLADAS
do SCCmec hospitalar em pacientes atendidos na triagem do HC DE PACIENTES DE UMA UNIDADE DE CIRURGIA CARDIACA NO
da FMB permite concluir também que essas cepas são importan- RIO DE JANEIRO
tes fontes de infecção de difícil tratamento e de disseminação de
cepas resistentes na comunidade. Autor(es): MÁRCIA REGINA GUIMARÃES VASQUES1, CRISTIANE
LAMAS1, JOSE AUGUSTO ADLER PEREIRA2, JUAREZ CORREA1,
Palavras-chaves: Staphylococcus, Resistência, MRSA CHARLES BATISTA1, ALEXANDRE BELO2

Instituição(ões): 1. INC, Instituto Nacional de Cardiologia


2. UERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
P400
PREVALÊNCIADEINTEGRONDECLASSE1EMISOLADOSDEENTE- Resumo:
ROBACTERIÁCEAS DE PACIENTES COM INFECÇÃO URINÁRIA Introdução:No Brasil existe uma alta incidênca de infecções
causadas por microorganismos Gram-negativos produtores de
Autor(es): Maria Carolina de Albuquerque Wanderley1,2, Willa- Β-lactamases.Esses microorganismos são clinicamente e epide-
mes Marcos Brasileiro da Silva Martins3,1, Bárbara de Oliveira miologicamente relevantes por apresentarem elementos ge-
Silva1, Kássia Karoline Aliança de Castro1, Anna Carolina Soares néticos móveis que facilitam a transmissão cruzada dentro das
Almeida1, Marinalda Anselmo Vilela1, Márcia Maria Camargo de unidades hospitalares. Objetivo: Caracterizar genotipica e feno-
Morais1 tipicamente amostras bacterianas produtoras de Β-lactamases
de pacientes colonizados/infectados de uma unidade de cirurgia
Instituição(ões): 1. UPE, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO cardíaca no RJ. Métodos: Foram avaliadas amostras clinicas e de
2. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO fezes de pacientes admitidos no período de janeiro a dezembro de
3. FMN, FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU 2007.Asamostrasclínicasquejáhaviamsidoidentificadastiveram
a sua identificação confirmada, foram submetidas ao teste feno-
Resumo: típico para a presença de carbapenemase e submetidas a reação
Introdução: A presença de integron tem sido relatada como res- de polimerase em cadeia (PCR). As amostras de fezes tiveram a
ponsável pelo aumento da resistência aos antimicrobianos entre sua identificação realizada, foram submetidas ao teste fenotípico
bactérias gram-negativas, principalmente em enterobacteriáceas. para carbapenemase e submetidas a PCR. Todos os testes que ha-
Os integrons de classe 1 apresentam uma variedade de cassetes viam sido inicialmente realizados no laboratório de origem foram
gênicosqueconferemresistênciaaosantimicrobianosconhecidos. confirmados no laboratório da Universidade do Estado do Rio de
O principal impacto clínico da resistência bacteriana é a aplicação Janeiro (UERJ). Foi incluída a reação de polimerase em cadeia para
de tratamentos inadequados, que induzem à falha terapêutica e os genes blaTEM, blaSHV, CTX-M1, Toho-1 and AmpC, realizada
aumentam as taxas de mortalidade dos pacientes. Objetivo: De- no laboratório da UERJ. Resultados: As bactérias mais freqüente-
finir o perfil de susceptibilidade dos isolados aos antimicrobianos mente isoladas foram: Escherichia coli 11/49 (22.4%) e Klebsiella
e investigar a presença de integrons de classe 1. Material e Méto- pneumoniae 17/49 (34.6%) do número total de amostras avalia-
dos: Foram utilizados 20 isolados bacterianos resistentes a cipro- das. O gene mais prevalente nas amostras que expressaram fe-
floxacinaprovenientesdepacientescominfecçãourináriainterna- notipicamente ESBL 30/49 (61,22%) foram blaTEM (15/30,50%),
dos no Hospital Universitário Oswaldo Cruz no período de 2009 a AmpC 15/30 (50%), blaSHV 10/30 (33.3%), CTX-M1 10/30 (33,3%)
2010. Os isolados foram coletados e identificados pelos métodos e Toho-1 7/30, 23.3%). Dessas 19 (63.3%), apresentaram mais de
convencionais. O perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos um gene para os primers testados. Em 10/30 (33.3%) das amos-
foi determinado por método de disco-difusão (Clinical Laboratory tras que não eram de E. coli, K. pneumoniae ou Proteus sp, houve
Standards Institute – CLSI) (2005). A investigação da presença de expressão de ESBL confirmado por PCR. Das trinta amostras que
Integron de classe 1 foi realizada através da técnica de PCR, com foram positivas para ESBL e expressaram genotipo 15 (50%) tam-
utilização de primers específicos. Resultados e discussão: Foram bém expressaram AmpC. Susceptibilidade intermediária para er-
identificados 15 isolados de E. coli e 5 de Klebsiella spp. Em rela-tapenem foi encontrada em 2/30 (6,6%) que expressaram ESBL.
ção à susceptibilidade: 20% foram resistentes a cefoxitina, 25% a Conclusão: Nossos achados sugeriram a revisão das metodologias
cefotaxima, 20% a ceftazidima, 50% a cefalotina, 5% a merope- parapesquisadeoutrasresistênciasmicrobianasquenãoestavam
nem, 35% a gentamicina, 10% a piperaciclina/tazobactam e 90% a instituídas no INC, sendo então introduzida a pesquisa de carba-
sulfametoxazol/trimetoprim.Nenhumdosisolados apresentoure- penemases. Para determinação das ESBLs, o ponto de corte para
sistênciaaoimipenem.60%dos isolados apresentaramresistência as cefalosporinas foi reduzido e o teste fenotípico para ESBL foi
a pelo menos 3 antibióticos. A presença de integron de classe 1 foi mantido para confirmação e caracterização epidemiológica das
observada em 14 (70%) isolados, dentre os quais 11 (78,5%) eram amostras na instituição.
E. coli. Conclusão: A prevalência de integron de classe 1 entre os
isolados hospitalares está relacionada à disseminação de genes de Palavras-chaves: enterobactérias, beta-lactamase, multiresistência

285
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P402 P403
REDUÇÃO DA SENSIBILIDADE ANTIMICROBIANA DOS GRAM NE- PREVALÊNCIA DE BETA-LACTAMASE AMP-C EM BACTÉRIAS
GATIVOS NAS INFECÇÕES HOSPITALARES EM UTI DE ADULTOS – GRAM-NEGATIVAS ISOLADAS DE ÚLCERAS VENOSAS CRÔNICAS
PERÍODO DE 5 ANOS
Autor(es): Silvana Lima Vieira dos Santos1,4,3, Marlene Martins
Autor(es): Valéria Cassettari Chiaratto, Ana Cristina Balsamo, Isa Andrade3, Ana Beatriz Mori Lima2, Suelen Gomes Malaquias1,
Rodrigues da Silveira, Fábio Franco, Lilian Ferri Passadore, Marina Queiliene Rosa dos Santos1, Lara Stefânia Netto de Oliveira Leão2,
Baquerizo Martinez Maria Márcia Bachion1

Instituição(ões): 1. HU-USP, Hospital Universitário da Universidade Instituição(ões):


de São Paulo 1. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem
2. IPTSP-UFG, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública
Resumo: 3. FM-UFG, Faculdade de Medicina
INTRODUÇÃO: Conhecer a evolução da resistência bacteriana ao 4. NEPIH, Núcleo de Estudos e Pesquisa em Infecções
longo dos anos permite estabelecer com maior segurança e racio- 5. FAPEG, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás
nalidade o melhor tratamento empírico no momento atual. OBJE-
TIVOS: Analisar a evolução local da resistência dos Gram negativos Resumo:
implicadosnasinfecçõeshospitalares.MÉTODO:Realizamosanáli- Introdução: Os portadores de úlceras venosas crônicas são fre-
se dos dados microbiológicos referentes às infecções hospitalares quentemente acometidos por infecções decorrentes de bactérias
ocorridasemUTIdeadultosde12leitos,de2005a2009.Osdados Gram-negativas(BGN),asquaisapresentamresistênciaantimicro-
foram obtidos por vigilância ativa e digitados em banco de dados biana. Os β-lactâmicos representamuma das classes deantimicro-
do programa Excel. A análise também foi realizada com o Excel. bianos mais diversificadas e amplamente empregadas na prática
RESULTADOS: Ocorreram em 5 anos 732 infecções hospitalares na clínica.OprincipalmecanismoderesistênciadasBGNaestegrupo
UTI de adultos. Das culturas de materiais representativos dessas de medicamentos é a produção de β-lactamases, como a do tipo
infecções obtiveram-se 522 isolados de bactérias ou fungos. Os Amp-C. Essas enzimas catalisam a hidrólise do anel β-lactâmico,
Gram negativos representaram 56% do total de isolados. Houve impossibilitando, assim, a sua atividade antimicrobiana. Desta
93isoladosdeA.baumannii,79deP.aeruginosa,26deE.coli,20de forma, para uma melhor resposta à terapêutica, o tratamento das
E.cloacae, 17 de K.pneumoniae, sendo esses agentes 80% dos iso- feridas deve ser baseado nas características do microrganismo,
lados Gram negativos. Verificou-se tendência contínua de redução entre as quais, no tipo de resistência. Objetivo: Determinar a pre-
da sensibilidade dos Gram negativos aos principais antimicrobia- valência de bactérias Gram-negativas produtoras de β-lactamases
nos, exceto quanto a A.baumannii em relação a gentamicina, que Amp-C isoladas em úlceras venosas crônicas. Método: As BGN fo-
aumentou de 33% em 2005 para 75% em 2009. As alterações mais ram isoladas de 43 úlceras venosas provenientes de 29 usuários
relevantesforamareduçãodasensibilidadedeA.baumanniiaimi- de unidades básicas de saúde de Goiânia – GO, abordados de ou-
penem (de 100% em 2005 para 29% em 2009) e a redução da sen- tubro de 2009 a março de 2010. Após a identificação bioquímica
sibilidade de K.pneumoniae e E.coli a ciprofloxacina (de 88% em das bactérias, estas foram submetidas ao antibiograma por disco-
2005 para 20% em 2009). Para P.aeruginosa não houve mudança difusão. Os isolados que apresentaram resistência a cefoxitina fo-
representativanoperfildesensibilidadenesses5anos.Aoanalisar ram considerados suspeitos da produção de β-lactamase Amp-C.
o alcance dos antimicrobianos para os 77 isolados de Gram nega- Em seguida, foi realizado o teste confirmatório de disco-aproxima-
tivos obtidos no ano de 2009, verificamos que 77% dos isolados ção. O resultado foi considerado positivo quando observado um
foram sensíveis a gentamicina, 52% foram sensíveis a imipenem, achatamento do halo da cefotaxima ou ceftazidima. Os aspectos
40% a amicacina, 30% a cefepima, 25% a piperacilina-tazobactam ético-legais foram observados. Resultados: Foram identificados 13
e 22% a ciprofloxacina. A análise desses dados em gráfico indicou isolados resistentes a cefoxitina pelo teste de disco difusão, sendo
aumento do espectro pela associação de imipenem a gentamicina seis (46,2%) pseudomonas, cinco (38,4%) enterobactérias e dois
no tratamento empírico. Outras associações não demonstraram (15,4%) bastonetes-gram negativos não fermentadores. A produ-
utilidade. CONCLUSÃO: Ainda que a casuística seja reduzida, é útil ção de β-lactamases Amp-C foi confirmada em oito (61,5%) do to-
analisar os dados microbiológicos locais para melhor orientação tal de isolados, que corresponde a 18,6% das lesões estudadas, e
da terapia empírica em UTI. Na unidade de internação estudada, 24,1%dosparticipantes.Conclusão: Esses resultadoscaracterizam
verificamos que as opções de tratamento empírico são escassas uma exposição prévia dos pacientes a um β-lactâmico ocasionado
e com baixa margem de segurança tanto pelo espectro reduzido por tratamento anterior ou contaminação por cepas que sofreram
como pelos efeitos colaterais previstos. A partir dos dados micro- exposição prévia decorrentes de transmissão cruzada. Os gestores
biológicos de 2009, foram considerados aceitáveis para infecções e profissionais da área da saúde devem dispensar mais atenção à
graves o uso empírico de polimixina ou associação de imipenem a assistência prestada aos portadores de úlceras venosas crônicas,
gentamicina. pois estes são frequentadores assíduos das salas de curativos po-
dendo disseminar microrganismos resistentes para outros clientes
Palavras-chaves: Gram negativo, sensibilidade a antimicrobianos, e para o ambiente, nas próprias unidades e nos domicílios.
UTI, epidemiologia
Palavras-chaves: Multirresistência, Bactérias gram negativas, Úlce-
ra venosa

286
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P404 nizados de cuidados aos portadores de UV e o monitoramento da
ENTEROBACTERIACEAE ISOLADAS EM ÚLCERAS VENOSAS CRÔ- colonização, a fim de direcionar a prática terapêutica e reduzir a
NICAS DE USUÁRIOS DE UNIDADES MUNICIPAIS DE SAÚDE DE disseminação de microrganismos multirresistentes.
GOIÂNIA-GO
Palavras-chaves: Enterobactérias, Úlcera venosa, Multirresistência
Autor(es): Silvana Lima Vieira dos Santos1,6,7, Marlene Martins
Andrade1,3, Ana Beatriz Mori Lima5,3, Silvia Maria Soares de Car-
valho Sant´ana1,7, Nayara Portilho de Araújo3, Queiliene Rosa dos
Santos1, Lara Stefânia Netto de Oliveira Leão5, Maria Márcia Ba-
P405
INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA POR SPHINGOMONAS
chion1,7
PAULIMOBILIS EM PACIENTE ONCOLÓGICO PEDIÁTRICO
Instituição(ões):
Autor(es): MARIA HELENA MARQUES FONSECA DE BRITTO, TEL-
1. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem
MACASSANDRABARROSFREIRE,ANAPATRÍCIAGOMESLEANDRO,
2. HAJ-ACCG, Hospital Araújo Jorge
ANNE KAROLINE ALMEIDA PEREIRA, LUCIANA CORREA AGUIAR
3. FM-UFG, Faculdade de Medicina
4. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem
5. IPTSP-UFG, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública Instituição(ões):1. LNRCC, LIGA NORTE-RIOGRANDENSE CONTRA
6. NEPIH, Núcleo de Estudos e Pesquisa em Infecções O CÂNCER - POLICLÍNICA
7. FAPEG, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás
Resumo:
Resumo: INTRODUÇÃO: Sphingomonas paucimobilis é uma bactéria aeró-
Introdução: As úlceras venosas (UV) são geralmente suscetíveis à bica encontrada no solo e na água e considerada causa rara de
contaminação não só pela microbiota normal da pele como tam- Infecção Relacionada à Assistência a Saúde (IRAS). Existem relatos
bém por agentes patogênicos. A caracterização desses patógenos de Infecção de Corrente Sanguínea (ICS) em pacientes imunocom-
é imprescindível para subsidiar condutas assertivas na prescrição prometidos, na hematologia e na oncologia. Parece haver corre-
de antimicrobianos e na redução do desenvolvimento de multirre- lação entre casos de infecção e colonização bacteriana nos reser-
sistência. Objetivos: Determinar a prevalência de enterobactérias vatórios de água hospitalares e sistemas de ventilação mecânica.
em úlceras venosas crônicas e analisar o perfil de suscetibilidade OBJETIVOS: Relatar caso de ICS por S. paucimobilis em paciente
dosisoladosaosantimicrobianosrecomendadosnapráticaclínica. oncológico,internadonapediatriadaPoliclínica,emabrilde2010.
Método:Estudotransversalrealizadonoperíododeoutubro/2009 MÉTODO: Foram coletadas 2 amostras de hemocultura, processa-
amarço/2010,noqualparticiparam29usuáriosdesalasdecurati- das pelo sistema automatizado BACTEC 2050 (Benckton Dickson).
vosdasunidadesbásicasdesaúdedomunicípiodeGoiânia,Goiás, Com 72 horas de incubação a 2ª amostra positivou, tendo sido
os quais apresentavam 43 úlceras. Os espécimes clínicos (material realizado um GRAM. Observou-se cocobacilos GRAM negativos.
de ferida) foram obtidos com o auxílio de swab, segundo técnica A amostra foi submetida a provas bioquímicas: teste de oxidase,
descrita por Levine et al.(1976), inoculados em meio para trans- motilidade e fermentação de açúcares. O semeio foi realizado em
porte e enviados ao laboratório. Para o isolamento primário das Agar Sangue de Carneiro, Agar Mc Conkey e Agar Chocolate, com
enterobactérias, as amostras foram semeadas em meio de cultura incubação a 37ºC. Após 24 horas observou-se o crescimento de
seletivo, ágar MacConkey, e incubadas a 35ºC por 24 horas. Em colônias com pigmentação amarelada em Agar Sangue. A amostra
seguida, as bactérias isoladas foram identificadas por provas bio- foi então identificada pelo sistema automatizado VITEK (Bio Me-
químicas padronizadas e o seu perfil de suscetibilidade avaliado riueux), que mostrou compatibilidade de 90% com Sphingomonas
pela técnica de disco-difusão. Aspectos éticos foram observados. paucimobilis. RESULTADOS: EGSD, 15anos, portador de Osteossar-
Resultados: Das amostras de 43 úlceras venosas crônicas, foram coma metastático, deu entrada no hospital dia 14.04.2010 para
isoladas 18 enterobactérias em 30,2% (13 lesões). A Escherichia quimioterapia, tendo evoluído com mucosite grave. Surgiu febre
coli foi a espécie mais prevalente cinco (27,8%) em quatro lesões, no sexto dia de internação, quando foram colhidas hemoculturas
seguida da Pantoea agglomerans quatro (22,2%) em duas lesões, e iniciado cefepime, metronidazol e fluconazol. Após 3 dias de
Enterobacter aerogenes três (16,6%) em três lesões e Proteus antibioticoterapia havia persistência da febre e queda do estado
mirabillis três (16,6%) em duas lesões. Dentre os isolados, 72,2% geral, quando ocorreu substituição da cefalosporina por mero-
mostrou resistência a pelo menos um dos antibióticos testados, penem. A hemocultura acusou crescimento de S. paucimobilis. O
50,0% apresentaram resistência a tetraciclina, 27,8% a amoxacili- paciente seguiu recebendo apenas carbapenêmico, tendo ficado
na-ácidoclavulânico,16,6%acefoxitina.Esteúltimodadosugereo afebril após 24 horas. Evoluiu com recuperação da leucometria e
fenótipo de multirresistência. As drogas que apresentaram melho- resolução da mucosite. O doente foi tratado com meropenem por
res atividades antimicrobianas foram as cefalosporinas, a ciproflo- 10 dias, após o que coletou novas hemoculturas. Estas resultaram
xacina e a gentamicina. Conclusão: A prevalência de enterobacté- negativas, tendo recebido alta. CONCLUSÃO: O controle das IRAS
rias nas lesões indica a possibilidade de contaminação endógena somente é eficaz quando apoiado por uma microbiologia de exce-
e antibioticoterapia inespecífica ou ainda contaminação cruzada lência, sendo de fundamental importância uma comunicação efe-
por microrganismos resistentes, contraídos nas unidades onde o tiva entre o laboratório e o controle de infecção. O caso relatado
usuário recebe atendimento. Os dados evidenciam uma situação alcançou sucesso terapêutico e constituiu evento sentinela, uma
preocupante no atendimento dos usuários em nível primário, vis- vez que resultou na revisão da programação de lavagem dos re-
to que a família Enterobacteriaceae é constituída por microrga- servatórios de água do hospital, bem como no monitoramento da
nismos virulentos, frequentemente associados a infecções graves qualidade da água do ponto de vista microbiológico.
e ao desenvolvimento de resistência aos antimicrorbianos. Desta
forma, é urgente e necessária a implantação de protocolos padro- Palavras-chaves: INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA, PACIENTE
ONCOLÓGICO, SPHINGOMONAS PAULIMOBILIS

287
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P406 nha, Ana Carolina Issler Ferreira Kessler, Magda Tatiara da Silva
ACINETOBACTER SP: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E MICROBIOLÓGI- Bandeira
CO NUM HOSPITAL TERCIÁRIO DA REGIÃO SUL.
Instituição(ões): 1. HE-UFPEL, Hospital Escola da Universidade Fe-
Autor(es): GILBERTO DA LUZ BARBOSA1,2, NATÁLIA NESPOLO DE deral de Pelotas
PAULA1, BRUNO VENTURA TARASCONI2, EMANUEL ROBERTO
DIEL2, VINÍCIUS TREICHEL CAZAROTTO2, DAIANE BOPP FUENTE- Resumo:
FRIA1,2 INTRODUÇÃO:Infecções hospitalares constituem principais pre-
ocupações de saúde pública em todo mundo. Conhecimento do
Instituição(ões): perfil de resistência aos antimicrobianos na instituição é fator
1. HSVP, HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO essencial e facilitador à escolha racional da terapêutica e o iso-
2. UPF, UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO lamento de microorganismos na corrente sanguínea é, por elei-
ção, marcador para estudos de processos infecciosos. No Hospi-
tal Escola da Universidade Federal de Pelotas(HE/UFPEL), desde
Resumo:
2003, a CCIH desenvolve desenvolve o Programa de Auditoria
Introdução:Acinetobactersp(ACT)temsidoumagentefrequente-
de Antimicrobianos precritos na instituição, com co-participação
mente isolado em infecções hospitalares graves, causando surtos
na Rede Nacional de Monitoramento da Resistência Microbiana
em vários hospitais, e apresentando um perfil de multirresistência
em Serviços de Saúde - ANVISA. A auditoria normal e seleção de
aos antimicrobianos.Objetivo: Determinar o perfil epidemiológi-
antimicrobianos são realizadas, diariamente, pelo farmacêutico
co/clínico e microbiológico das infecções por Acinetobacter sp.
e pela médica da CCIH, com avaliação de antibiogramas e dados
Métodos: Estudo retrospectivo transversal, baseado em dados
clínicos.OBJETIVO:Avaliar o perfil de resistência de microorganis-
emitidos pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH),
mos isolados em hemoculturas de pacientes internados no HE/
de todas as culturas positivas para ACT coletadas no Hospital São
UFPEL.MÉTODO:Análise prospectiva de hemoculturas positivas e
Vicente de Paulo (HSVP), Passo Fundo, RS, no período de janei-
das notificações de uso de antimicrobianos, no primeiro trimestre
ro a dezembro de 2008. A análise foi realizada através de revisão
2010, em hospital público de ensino, com 162 leitos em unidades
de prontuários onde foram obtidos dados referentes ao perfil de
declínicamédica,cirúrgica,materno-infantileunidadesdeterapia
resistência e circunstâncias associadas a cada paciente. Os dados
intensiva e leitos-dia entre Oncologia e Hospital-Dia HIV/SIDA.As
foram comparados aos dados da região Sul fornecidos pela Rede
cepas foram isoladas pelo laboratório de análises clínicas do HE,
Nacional de Monitoramento da Resistência Microbiana em Servi-
com meios de cultura apropriados, dados analisados no Epi Info
ços de Saúde (Rede RM) entre julho de 2006 e junho de 2008. Fo-
3.2.2. RESULTADOS:No período de estudo, 150 hemoculturas soli-
ram excluídos os pacientes que apresentaram óbito nas primeiras
citadas, 19(12,7%) positivas, 85% em pacientes da clínica médica
48 horas após confirmação por cultura. Os dados coletados foram
e 15% em unidades intensivas, adulta e infantil. Staphylococcus
digitados no programa Excel® 2003 e para analise utilizado o pro-
epidermidisfoi o mais prevalente (42%), seguido de Staphylococ-
grama Statistical Package for Social Sciences ® 16.0 (SPSS®) e em-
cus aureus (26%), com resistência à oxacilina em 32%, eritromi-
pregando o teste qui-quadrado (X2). Resultados: Em 2008, foram
cina 56%, penicilina 17% e sulfametoxazol + trimetoprima 32%,
avaliadas 66 culturas positivas para ACT. A idade média foi 48 anos
amicacina 11%, ciprofloxacino 32% e nenhuma cepa resistente à
(±6,53), sendo 73% do sexo masculino. O tempo de internação
vancomicina, Klebsiella sp. isolada em 26% das hemoculturas e
prévio à cultura variou de 1 a 180 dias, com média de 27 dias. A
todas as cepas sensíveis à ciprofloxacino, piperacilina+tazobactam
maioria das amostras, 48,5% foram isoladas de pacientes interna-
e imipenem + cilastatina. Tratamento antimicrobiano, de acordo
dos nas Unidades de Cuidados Intensivos. O sítio de infecção mais
com o perfil de resistência, foi instituído em 16 (84%) dos pacien-
prevalente foi pulmonar (59%). As cepas de ACT apresentaram
tes com hemoculturas positivas, três foram considerados sem
20% de resistência ao Meropenem, em contraste com a análise
infecção.CONCLUSÃO:Os coeficientes de resistências dos germes
da Rede RM que mostrou 79% de resistência. A resistência à Am-
gram-positivos aos beta-lactâmicos e quinolonas estão em torno
picilina/Sulbactam foi de 46%. A mortalidade global foi de 38,5%.
de 30% e entre as enterobactérias observamos sensibilidade total
Os pacientes com cepas multirresistente exibiram maior taxa de
aos antimicrobianos de reserva terapêutica.
letalidade de 41%. As infecções pulmonares foram responsáveis
pela maior parte das mortes (84%).Conclusão: Em comparação
com a Rede RM, observou-se uma menor resistência do ACT neste Palavras-chaves: hemocultura, infecção hospitalar, resistência mi-
estudo, o que permite concluir a adequação da política de uso de crobiana
antibiótico e das medidas de controle de infecções nosocomiais.
Meropenem e Ampicilina/Sulbactam ainda são opções adequadas
para tratamento de infecções por Acinetobacter sp no HSVP. P408
ISOLAMENTO DE CEPAS DE Clostridium difficile A PARTIR DAS FE-
Palavras-chaves: Acinetobacter sp, Resistência bacteriana, Contro- ZES DE PACIENTES INTERNADOS E DO AMBIENTE DE HOSPITAIS
le de infecção DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

Autor(es): Ilana Teruszkin Balassiano1, Danielle Angst Secco1, Jo-


P407 aquim dos Santos-Filho1, Jon S. Brazier2, Márcia Pinto Barros de
MONITORAMENTODARESISTÊNCIAMICROBIANADEHEMOCUL- Oliveira3,MariaCatarinaRamos4,SimoneAranhaNouér5,Claudia
TURAS EM HOSPITAL ESCOLA PÚBLICO R. C. Souza5, Eliane de Oliveira Ferreira1, Regina Maria Cavalcanti
Pilotto Domingues1
Autor(es): Junior André da Rosa, Marilene Terezinha Buriol Fari-
Instituição(ões):

288
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
1. IMPPG - UFRJ, Instituto de Microbiologia Prof Paulo de Góes Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria gram-negativa que tem
2. PHLS, Anaerobe Reference Unit causado graves problemas em hospitais do mundo devido a sua
3. INFECTO Consultoria, INFECTO Consultoria grande incidência em infecções hospitalares, principalmente por
4. , Controle de Infecção Hospitalar de Hospital Terciário Privad ser um germe oportunista e de grande resistência a antimicrobia-
5.CCIH-UFRJ,CoordenaçãodeControledeInfecçõesHospitalares nos. Assim, esta bactéria tem adquirido uma grande importância
epidemiológica,sendoseuestudonecessárioparamelhorcontrole
Resumo: e combate. Este estudo teve como objetivo estudar o perfil epide-
Clostridium difficile é considerado como o principal agente etioló- miológico da Pseudomonas aeruginosa em culturas de pacientes
gico da diarréia associada a antibióticos (DAA) em diversos países, internadosemumhospitaldemédioportelocalizadoemCampina
porém no Brasil existem poucos relatos de sua incidência e disper- Grande-PB. Caracteriza-se por ser um estudo quanti-qualitativo,
são dentro de unidades hospitalares. O objetivo deste trabalho foi realizado no período de janeiro de 2008 a março de 2009. Foram
pesquisar e caracterizar cepas de C. difficile a partir de amostras reunidos resultados de 40 culturas positivas para Pseudomonas
defezesdepacientescomsuspeitadeDAAedoambientehospita- aeruginosadepacientesinternadosnasunidadesdeTerapiaInten-
lar, de duas unidades de saúde localizadas na cidade do Rio de Ja- siva e Clínica Médica da instituição hospitalar em estudo. Através
neiro (RJ). Os dois tipos de amostras foram submetidas a técnicas de um formulário estruturado, coletaram-se dados das culturas,
de cultura padrão. As amostras de fezes também foram avaliadas como a topografia do paciente em que o exame foi realizado e o
quanto à presença de toxinas A e B, utilizando-se um imunoen- antibiograma. Das 40 culturas positivas para Pseudomonas aeru-
saio enzimático (ELISA) comercial. Os isolados foram identificados ginosa, 62,5% pertenciam a pacientes internados na Unidade de
fenotípica e genotipicamente, esta última através de reações de Terapia Intensiva e 37,5% a internos no setor de Clínica Médica.
amplificação (PCR) tendo como alvo gene espécie-específico. PCR Quanto à topografia examinada, 42,5% das culturas eram do trato
também foi utilizada para confirmar a presença de genes para as respiratório, o trato urinário correspondeu a 37,5% das amostras
toxinasA,Bebinária.Foirealizadatipagemmoleculardosisolados, e a corrente sanguínea a 20,0%. Ao analisar os antibiogramas,
utilizando-se as técnicas de PCR-ribotipagem e PFGE. Amostras do mostrou-se mais sensível ao aztreonam (74,55% das amostras), a
hospital 1 (HUCFF-hospital público federal) foram coletadas entre amicacina e ceftazidima (ambas 43,64%) e não apresentou sensi-
março/2008 - agosto/2009. Amostras do hospital 2 (hospital pri- bilidade a ampicilina, carbenicilina, cefalotina e sulfatrimetropin.
vado terciário) foram coletadas entre março - julho/2008. Foram A Pseudomonas aeruginosa, neste estudo, mostrou ser uma bac-
encaminhadas 83 amostras de fezes diarréicas e 67 do ambiente. téria de grande importância epidemiológica nas infecções, com
Com relação ao hospital 1, não foi possível recuperar C. difficile a uma considerável incidência na Unidade de Terapia Intensiva, que
partir das amostras ambientais, porém 27,1% (19/70) das amos- pode ser encontrada com maior freqüência no trato respiratório,
tras de fezes apresentaram reação positiva no ELISA. Destas, oito possuindo boa sensibilidade ao aztreonam e grande resistência às
foram positivas também na cultura. Com relação ao hospital 2, foi cefalosporinas de primeira geração, penicilinas e sulfonamidas.
possível isolar o microrganismo a partir de uma amostra ambien-
tal, além de 100% (13/13) das amostras fecais analisadas terem Palavras-chaves: epidemiologia, infecção, Pseudomonas aerugino-
apresentado reação positiva no ELISA. Destas, foi possível o iso- sa
lamento bacteriano a partir de três amostras. Todos os isolados
foram positivos para a presença de genes tcdA e tcdB, e negativos
para cdt. Resultados de tipagem molecular revelaram a presença
de dois tipos clonais circulantes no hospital 2, e outros dois tipos P410
clonais prevalentes no hospital 1. Todas as cepas isoladas apre- PERFIL DAS BACTÉRIAS ISOLADAS EM CULTURAS DE SECREÇÃO
sentaram resistência a clindamicina, ciprofloxacin e levofloxacin. TRAQUEAL DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM PNEUMONIA
Este trabalho evidencia a presença de C. difficile, em pacientes NOSOCOMIAL
apresentandoDAAenoambientedehospitaisdacidadedoRiode
Janeiro, reforçando a importância do estudo desse microrganismo Autor(es): Aluska Mirtes Araujo Souza1, Sônia Maria Barbosa Sou-
para a compreensão de sua dispersão entre unidades hospitalares za2, Emmanuelle Marie Albuquerque1
brasileiras. Apoio financeiro: MCT/CNPq, MCT/PRONEX/FAPERJ e
FAPERJ. Instituição(ões):
1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba
Palavras-chaves: Clostridium difficile, Diarréia associada a antibió- 2. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande
tico, Ambiente hospitalar
Resumo:
Apneumonianosocomialéumproblemaqueatingeasinstituições
hospitalares, sendo um fator agravante à recuperação do pacien-
P409 te.Aventilaçãomecânicaétidacomoumdosprincipaisfatoresde
PSEUDOMONAS AERUGINOSA- UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO risco, por se tratar de um procedimento invasivo que, exige maior
manipulação do trato respiratório pelos profissionais de saúde,
Autor(es): Aluska Mirtes Araujo Souza1, Sônia Maria Barbosa Sou- tornando-se uma porta de entrada para microorganismos patogê-
za2 nicos. Conhecer o perfil das bactérias envolvidas na pneumonia
hospitalar torna-se base no auxílio ao tratamento e controle deste
Instituição(ões): tipo de infecção. O presente estudo teve como objetivo delinear
1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba o perfil das principais bactérias isoladas em culturas de secreção
2. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande traqueal de pacientes com diagnóstico de pneumonia nosocomial.
Trata-se de um estudo quanti-qualitativo, realizado em uma Uni-
Resumo: dade de Terapia Intensiva (UTI) adulta de um hospital de médio

289
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
porte localizado na cidade de Campina Grande-PB, no período de do 19 oriundas de pacientes hospitalizados em UTIs Neurológica,
janeiro a dezembro de 2008. Através de um formulário estrutura- Neonatal, Geral, Pediátrica ou Coronariana. As demais amostras
do, foi realizado um levantamento das culturas de secreção tra- procederam de outros setores, dentre eles Unidade de Emergên-
queal dos pacientes diagnosticados com pneumonia nosocomial cia, Centro de Terapia de Queimados, Ambulatório e Apartamen-
na referida UTI. Durante o período do estudo, foram analisadas to. Os espécimes clínicos mais frequentes em UTIs foram secreção
21 amostras de culturas de secreção traqueal com antibiograma, traqueal 42% (8/19) e urina 21% (4/19), enquanto nas demais alas
verificando-se incidência de Pseudomonas aeruginosa (47,12%), os mais prevalentes foram secreção de ferida 44% (11/25) e urina
Acinetobacter sp (21,10%), Klebsiella sp (18,67%) e Staphylococ- 32% (8/25). As taxas de resistência aos antimicrobianos nos iso-
cusaureus(13,11%).Quantoaoperfildesensibilidadeaosantimo- lados de UTIs e dos demais setores foram, respectivamente: cef-
crobianos, a Pseudomonas aeruginosa mostrou-se mais sensível tazidima 55% e 31%, meropenem 53% e 44%, gentamicina 56%
ao aztreonam, o Acinetobacter sp à amicacina, cefoxitina e cefta- 36%, imipenem 50% e 25%, amicacina 44% e 43%, cefepime 44%
zidima, Klebsiella sp à cefoxitina e Staphylococcus aureus à vanco- e 47%, ciprofloxacina 44% e 36%, levofloxacina 36% e 38%, aztre-
micina. As bactérias mais envolvidas em pneumonia nosocomial, onam 32% e piperacilina/tazobactam 19% e 14%. A prevalência
neste estudo, são em sua maioria gram-negativas (Pseudomonas de amostras multirresistentes em pacientes de UTI chegou a 58%,
aeruginosaapresentoumaiorincidência),sensíveisaoscompostos enquanto que nos demais setores o percentual foi equivalente a
monobactâmicos, aminoglicosídeos e às cefalosporinas de segun- 36%. Conclusão: As amostras de UTIs apresentaram taxas de resis-
da e terceira geração. Trata-se de bactérias com resistência típica tência e multirresistência superiores às encontradas nos demais
de microorganismos de ambiente hospitalar, requerendo controle setores avaliados, evidenciando a grande pressão seletiva que o
no uso de antimicrobianos e ação exaustiva da Comissão de Con- ambiente propicia ao desenvolvimento de mecanismos de resis-
trole de Infecção Hospitalar para reduzir ao máximo o índice de tência pelas bactérias. O presente trabalho destaca a necessidade
pneumonia nosocomial. de implementação de uma política de antimicrobianos que enfo-
que a prescrição adequada das drogas e o controle das infecções
Palavras-chaves: bactérias, pneumonia nosocomial, secreção tra- hospitalares e da disseminação de patógenos multirresistentes,
queal principalmente nas UTIs, refletindo na diminuição do período de
internamento, dos custos advindos da internação e dos índices de
mortalidade por infecção hospitalar.

P411 Palavras-chaves: Infecção nosocomial, Multirresistência, Pseudo-


ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE CEPAS DE Pseudomonas aerugi- monas aeruginosa, UTI
nosa OBTIDAS DE UNIDADES DE TERAPIAS INTENSIVAS E DE DE-
MAIS SETORES HOSPITALARES DE MACEIÓ, AL

Autor(es): EMMILY MARGATE1, ALYNNE KAREN MENDONÇA DE P412


SANTANA2, MARCELLE AQUINO RABELO1, GABRIELA BRITO DE ERROS DE MEDICAÇÃO: A ENFERMAGEM E SEU IMPACTO NA RE-
OLIVEIRA1, ARMANDO MONTEIRO BEZERRA NETO1, ALICE RA- SISTÊNCIA MICROBIANA
MOS ORSI2, VIVIANE MARTA DOS SANTOS MORAIS2, KARINA
CAVALCANTE BELTRÃO DE CASTRO2, DENISE MARIA WANDERLEI Autor(es): Camila Megumi Naka Shimura, Janaína da Silva
SILVA2
Instituição(ões):
Instituição(ões): 1. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
2. UFAL, Universidade Federal de Alagoas Resumo:
Erros no processo da terapia medicamentosa tem sido uma ques-
Resumo: tão relevante para a alteração do perfil epidemiológico de micror-
Introdução: Pseudomonas aeruginosa é causa frequente de infec- ganismos, gerando resistência aos antibióticos e antimicrobianos
çõesnosocomiais,principalmenteemUnidadesdeTerapiaIntensi- em geral. Considerando os cuidados prestados em tempo integral
va (UTIs), onde o prolongado tratamento dos pacientes, associado pela equipe de enfermagem na assistência em saúde, este estudo
à grande utilização de antimicrobianos, tem favorecido a seleção objetiva analisar os erros nas quais podem ser evitáveis e refletir
de isolados multirresistentes. Objetivos: O presente trabalho vi- na atual atuação da enfermagem. Para tanto se utilizou como mé-
souàcomparaçãoentreamostrasdeP.aeruginosaobtidasdeUTIs todo a revisão integrativa da literatura na qual foram selecionados
e demais alas hospitalares, quanto ao perfil de susceptibilidade 13 artigos concernentes ao tema através das bases de dados CI-
antimicrobiana e à freqüência de cepas multirresistentes. Méto- NAHL, MEDLINE e LILACS. Estudos revelam que a resistência bac-
dos: As amostras foram obtidas de hospitais de Maceió-AL entre teriana vem crescendo paralelamente ao uso de antimicrobianos,
o período de julho/2007 a agosto/2009. O teste de antibiograma segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima-se que 25
foi realizado utilizando imipenem, meropenem, aztreonam, cipro- a 33% dos pacientes fazem uso de drogas antimicrobianas durante
floxacina, levofloxacina, gentamicina, amicacina e ceftazidima. O sua internação. Embora a escolha e prescrição do antibiótico se-
perfil de susceptibilidade obtido nas amostras de UTIs, bem como jam de domínio médico, a administração destes é realizada pela
a freqüência de multirresistência, foram comparados aos dados equipe de enfermagem que constituem auxiliares e técnicos su-
das cepas obtidas nas demais alas hospitalares, sendo considera- pervisionados pelo enfermeiro. Os erros mais encontrados em es-
dos multirresistentes os isolados com resistência a três ou mais tudos, cometidos pelos profissionais de enfermagem foram: erro
classes de antimicrobianos. Resultados: Um total de 44 amostras de cliente, erro de dose, erro de via, erro de medicamento não
foram obtidas do Hospital Geral do Estado, da Santa Casa de Mise- autorizado e erro de horário sendo o de maior prevalência. Ainda
ricórdia e dos Hospitais-Escolas Hélvio Auto e José Carneiro, sen- deacordocomaspesquisasousoerrôneodeantimicrobianostem

290
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
sido considerado como “fatores de alerta”, pois tem afetado toda intermediária à amoxicilina/clavulanato. Alta prevalência de R foi
a ecologia microbiana, o que tem diminuído as possibilidades de observada para a tetraciclina (78%), a clindamicina (55%), a cefo-
tratamento terapêutico em processos infecciosos, gerando longas xitina (25%), o moxifloxacin (23%) e o cefotaxime (21%). Multir-
internações e gastos financeiros. Dessa forma, os profissionais resistência foi observada em 36% das amostras, ocorrendo uma
de enfermagem devem prezar pela segurança do paciente, mas variação de 75% entre B. thetaiotaomicron e de apenas 2% entre
existem fatores que podem prejudicar sua qualidade assistencial B. fragilis e B. vulgatus. As prevalências dos genes de R foram de:
como as longas jornadas de trabalho, plantões, recursos huma- tetQ, 89%; cepA, 31%; cfiA, 18%; ermF 15%; e nim 2%. Em rela-
nos deficientes, todavia proporcionar assistência em saúde livre ção aos padrões genéticos de enterovirulência, 3 amostras de B.
de erros cometidos por imprudência, imperícia e negligência são fragilis foram caracterizadas como ETBF (toxigênica), e outras 3
preceitos básicos a qualquer profissional de enfermagem. Assim, como NTBF (não toxigênica) padrão III. O presente estudo revelou
prezar pela vigilância constante em saúde por meio de práticas se- altas taxas de R entre amostras isoladas da microbiota comensal.
guras é indispensável, seja na manipulação ou administração de Determinantes de R foram prevalentes destacando o papel destes
antimicrobianos pelos profissionais de enfermagem em suas ativi- microrganismos comensais como reservatórios de genes de R a
dades ocupacionais. Ainda existe um paradigma extenso a ser en- múltiplas drogas, ressaltando que processos de transferência de
frentado visto que grande parte dos erros é evitável, provenientes genes podem ocorrer no ambiente gastrointestinal. Desta forma,
de um sistema falho, mas em ascendência. Palavras-Chave: Erros estudosquecaracterizemestegrupomostram-seimportantes.Fo-
de medicação; Resistência microbiana; Enfermagem. mento: CNPq, PRONEX-FAPERJ

Palavras-chaves: Enfermagem, Erros de medicação, Resistência Palavras-chaves: Bacteroides spp, Parabacteroides distasonis, Epi-
microbiana demiologia, Perfil susceptibilidade antimicrobianos, Determinan-
tes genéticos de resistência

P413
ASPECTOS DA EPIDEMIOLOGIA DA COLONIZAÇÃO POR Bacteroi- P414
des spp e Parabacteroides distasonis EM PACIENTES ADMITIDOS MUDANÇA NO PADRÃO DE CONSUMO DOS ANTIMICROBIA-
NO CENTRO DE TRATAMENTO INTENSIVO DE UM HOSPITAL UNI- NOS DOS CTI-ADULTO E CTI-INFANTIL NA SANTA CASA DE
VERSITÁRIO DO RIO DE JANEIRO FRANCA E OS GERMES PREVALENTES DE 2007 A 2010 .

Autor(es): Laís dos Santos Falcão1, Priscila Zonzini Ramos1, Joa- Autor(es): Tatiana Batista Rodrigues, Amanda Migliorini Urban,
quim Santos-Filho1, Natasha Pinto Medici1, Geraldo Renato de Ludimila Otero Oliveira Santos, Sara Rodrigues Kellner, Gislaine
Paula2, Juliana Arruda de Matos3, Beatriz Meurer Moreira1, Regi- Cristhina Bellusse, Fabricio Ribeiro de Campos, Maria Auxiliadora
na Maria Cavalcanti Pilotto Domingues1 Mancilha Carvalho Pedigone, Milena Cristina de Paula Figueiredo

Instituição(ões): Instituição(ões):
1. IMPPG/UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro 1. Santa Casa, Fundação Santa Casa Misiericordia de Franca
2. UFF, Universidade Federal Fluminense
3. FM/UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro Resumo:
INTRODUÇÃO: Os Centros de Tratamento Intensivo são os que
Resumo: mais encontram a mudança de padrões de uso de antimicrobia-
O gênero Bacteroides é predominante nas populações de micro- nos afetando a flora e microrganismos mais prevalentes, pelo fato
biota anfibiôntica do cólon de humanos adultos. Embora seja um de tratar pacientes em estado grave e geralmente, os germes, já
componente minoritário deste ambiente, Bacteroides fragilis é a têm algum tipo de resistência ou uma porcentagem superior a um
espécie anaeróbia mais associada a infecções. Duas espécies ma- germe da comunidade. OBJETIVO: Avaliar a mudança da sensibi-
joritárias deste ambiente, Bacteroides thetaiotaomicron e Para- lidade destes setores e analisar sua possível mudança no padrão
bacteroides distasonis, emergiram como patógenos potenciais e de consumo de antimicrobianos. MÉTODOS: Foi realizada nos se-
como reservatórios de genes de resistência (R). O objetivo deste tores do CTI-Adulto e CTI-Infantil uma busca ativa dos dados dos
estudo foi o de caracterizar aspectos fenotípicos e genotípicos da protocolos do Hospital sobre os germes mais comumentes e sua
identificação, da R e dos padrões de enterovirulência deste grupo respectiva sensibilidade frente aos antimicrobianos testados pelo
de espécies anaeróbias isoladas de pacientes admitidos em uma setor da Microbiologia. RESULTADOS: Diante dos dados avaliados
coorte recentemente acompanhada no CTI de um HU no RJ. Es- nos Centros de Tratamentos Intensivos, Adulto e Infantil, obser-
pécimes retais foram coletados semanalmente da admissão até vou-se que dentre os germes mais prevalentes destes setores,
a alta ou óbito. Foram recebidos 537 swabs de 193 pacientes, houve sim uma mudança da sensibilidade aos antimicrobianos,
sendo isoladas 135 anaeróbios de 70 pacientes. Não houve dife- mas diante aos germes prevalentes não houve mudança tanto no
rença estatisticamente significativa entre o grupo de colonizados CTI-Adulto quanto no CTI-Infantil. CONCLUSÃO: Baseado nestes
e o de não colonizados em relação ao sexo, à idade e ao tempo dados obtidos, concluímos que precisa ter uma fiscalização rigoro-
de internação no CTI. Em relação ao desfecho, observou-se uma sa das prescrições dos antimicrobianos destes setores, intervindo
associação negativa, entre ter anaeróbio isolado e óbito, ou seja, com restrição ou educação da antibioticoterapia em detrimento
os pacientes que tiveram isolamento de anaeróbio evoluíram a de um programa de racionalização, controle ou restrição de anti-
óbito com menor frequência. As espécies mais isoladas foram B. microbianos nestes setores onde neles há uma maior freqüência
thetaiotaomicron (27%), P. distasonis (21%), B. fragilis (19%) e B. da resistência dos germes diante aos antimicrobianos.
vulgatus (15%). Todas as amostras apresentaram susceptibilidade
(S) ao imipenem, 3 S reduzida (CIM 4 mg/L) ao metronidazol e 3 S Palavras-chaves:Antimicrobiianos,Resistenciabacteriana,Sensibilidade

291
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P415 turas dos pacientes internados com colonização/infecção, do ano
Perfil de Sensibilidade de Staphylococcos sp à oxacilina de 2008-2009, arquivadas pela Comissão de Controle de Infecção
e Epidemiologia Hospitalar do Hospital Santa Cruz - SCS - RS. Re-
sultados: Foram analisados 39 laudos de antibiogramas positivos
Autor(es): Fernanda Ribeiro, Mariana Frighetto Tres, Tamires Fis-
para Enterobacter sp de um total de 773 culturas positivas de to-
cher, Heloísa Poli, Daniela Miranda, Juliana Alves, DORIS LAZARO-
das as unidades de internação.Foi o agente responsável por 3%
TO, JANETE MACHADO, ELIANE KRUMMENAUER, Marcelo Carnei-
das infecções no ano de 2008 e por 7,6% no ano de 2009. A com-
ro
paração do ano de 2008 com o ano de 2009, observou-se uma
redução da resistência à cefalosporina de 3ª geração, à Sulfamet +
Instituição(ões):1. UNISC, Universidade de Santa Cruz do Sul TrimetoprineAmicacinaeaumentodaresistênciaàImipenem,Er-
tapenem e Piperaciclina+ Tazobactam. Na UTI adulto, observamos
Resumo: a redução da resistência à Cefalosporina de 3° geração, Amicacina,
Introdução: Staphylococcus sp. são bactérias Gram-positivas, sen- Gentamicina e Sulfamet + Trimetoprin e aumento da resistência à
do um dos patógenos mais prevalentes na microbiota humana. Piperaciclina+ Tazobactam e Ciprofloxacina e, também, que a re-
Objetivos: Analisar o perfil de sensibilidade de Staphylococcus sp sistênciaàImipenemsemanteve.JánaUTIpediátrica,verificamos
àoxacilinacausadoresdeinfecção/colonizaçãodosanosde2008e queImipenem,Gentamicina,CiprofloxacinaeCefalosporina3ªge-
2009. Métodos: Estudo retrospectivo de antibiogramas realizados ração mantiveram-se sensíveis. Conclusão: O reconhecimento do
no período de 2008-2009, no Hospital Santa Cruz, Santa Cruz do perfilepidemiológicogaranteumaferramentaaomédicoparaque
Sul, RS. Resultados: Foram analisadas 112 antibiogramas de Sta- aterapiaempíricasejadirecionadaaosprincipaisagentesinfeccio-
phylococcus sp, dentre os quais 110 foram testadas para oxacilina sos bem como a melhor escolha terapêutico.
apartirde433examescoletadosem2008.Em2009,encontrou-se
74 antibiogramas de Staphylococcus sp de um total de 340 amos- Palavras-chaves: Enterobacter sp., INFECÇÃO HOSPITALAR, RESIS-
tras clínicas, sendo que, daquelas, 65 amostras foram testadas TÊNCIA, ANTIBIOTICOTERAPIA
para oxacilina. Quanto aos Staphylococcus sp testados para oxa-
cilina em 2008 foi possível constatar que no Hospital Santa Cruz,
nas unidades, 91,37% foram sensíveis e 8,62% resistentes. Já na
UTI adulto 81,25% foram sensíveis e 18,25% resistentes e na UTI P417
pediátrica82,75%foramsensíveise17,24%resistentes.Noanode PERFIL DE SENSIBILIDADE DE PSEUDOMONAS SPP EM UNI-
2009, 80% foram sensíveis e 20% resistentes nas unidades. Já na DADES HOSPITALARES DO HOSPITAL SANTA CRUZ - SCS - RS
UTI adulto 78,94% mostrou-se sensível e 21,05% resistente e, por
fim, 68,75% foram sensíveis e 31,25% resistentes na UTI pediátri- Autor(es): HELOISA POLI1, DANIELA MIRANDA1, MARIANA TRES1,
ca. Conclusão: Em relação aos anos de 2008 e 2009, foi possível FERNANDA RIBEIRO1, JULIANA ALVES1, TAMIRES FISCHER1, DORIS
concluir, que houve um aumento da resistência para a oxacilina LAZAROTO1,2, JANETE MACHADO2, ELIANE KRUMMENAUER2,
em todas as alas. Nas unidades do HSC constatou-se um aumento MARCELO CARNEIRO1,2
cerca de 11,38%, na UTI Adulto 2,8% e, por fim, na UTI pediátrica
14,01%. Instituição(ões):
1. UNISC, Universidade de Santa Cruz do Sul
Palavras-chaves:resistenciabacteriana,oxacilina,staphyococcossp 2. CCIH - HSC, CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - HSC

Resumo:
P416 Introdução:Pseudomonassppéumbacilogram-negativofreqüen-
PERFIL DE RESISTÊNCIA DE Enterobacter sp. NO HOSPITAL SANTA te em ambientes hospitalares, especialmente, causando infecção
CRUZ - SCS - RS em pacientes que realizaram procedimentos invasivos. Objetivos:
Analisar o perfil de sensibilidade de Pseudomonas spp nas unida-
des hospitalares de um Hospital do interior do Rio Grande do Sul.
Autor(es): JULIANA ALVES1, TAMIRES FISCHER1, HELOISA POLI1,
Métodos: Foi um estudo retrospectivo dos anos de 2008 e 2009,
MARIANA TRES1, DANIELA MIRANDA1, FERNANDA RIBEIRO1,
do Hospital Santa Cruz, na cidade de Santa Cruz do Sul, RS. Re-
MARCELO CARNEIRO1, JANETE MACHADO2, ELIANE KRUMME-
sultados: Foram analisados 773 antibiogramas no Hospital Santa
NAUER2, DORIS LAZAROTO2
Cruz, entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009, sendo que 114
apresentavam cepas de Pseudomonas spp. No ano de 2008, anali-
Instituição(ões): saram-se65cepasdePseudomonasspp,sendoque25sãoprovin-
1. UNISC, UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL das das Unidades não críticas. Entre essas amostras, 76% demons-
2. CCIH - HSC, CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR DO HOSPITAL traram resistência às Cefalosporinas, 13,6% à Amicacina, 52,17% à
SANTA CRUZ Ciprofloxacina, 40,9% à Gentamicina, 50% à Ertapenem, 4,34% a
Imipenem, 84,6% a Piperacilina + Tazobactam e 100% à Sulfamet
Resumo: + Trimetoprin. Na UTI Adulto foram analisados 26 antibiogramas,
Introdução : A avaliação periódica do perfil de resistência de En- o que demonstrou resistência de 93,75% às Cefalosporinas, 28%
terobacter sp. assume fundamental importância devido ser um à Amicacina, 44% à Ciprofloxacina, 36% à Gentamicina, 13,04% a
agente de relevância no ambiente hospitalar, especialmente, em Imipenem, 93,75% a Piperacilina + Tazobactam e 100% à Sulfamet
unidades críticas. Objetivo: Foi analisar o perfil de resistência do + Trimetroprin. Na UTI Pediátrica verificaram-se 14 cepas, entre
Enterobacter spp. com a finalidade de uma melhor orientação elas 88,46% eram resistentes às Cefalosporina, 14,28% à Ciproflo-
empírica no manejo das infecções, visando à efetividade na anti- xacina, 21,42% à Gentamicina, 7,69% a Imipenem, 85,71% a Pi-
bioticoterapia. Métodos: Estudo retrospectivo de análise de cul- peracilina + Tazobactam e 90,90% à Sulfamet + Trimetroprin. No

292
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
período de 2009, verificaram-se 49 antibiogramas, sendo que dos de K. pneumoniae e 12 (20,3%) amostras de E. coli. Conclusão: O
21 analisados nas UTI Adulto, 70,59% apresentaram resistência presente estudo revelou altos níveis de resistência bacteriana nos
às Cefalosporinas, 48,27% à Amicacina, 43,75% à Ciprofloxacina, hospitais estudados. A detecção deste fenômeno é de grande re-
42,85% à Gentamicina, 100% à Ertapenem, 40,90% a Imipenem, levância clínica para a saúde do paciente, além da sua importância
71,42% a Piperacilina + Tazobactam e 100% à Sulfamet + Trime- no controle das infecções hospitalares. É necessária uma conduta
toprin. Na Unidades Hospitalares foram observados 23 laudos, apropriadanoscasosdebacteremiaousepse,arealizaçãodemais
desses 70,54% apresentaram resistência às Cefalosporinas, 20% à de uma hemocultura e do teste de sensibilidade antimicrobiana,
Amicacina, 40% à Ciprofloxacina, 42,85% à Gentamicina, 10,52% a confere um tratamento antimicrobiano adequado.
Imipenem, 65% a Piperacilina + Tazobactam e 88,88%à Sulfamet +
Trimetoprin. Na UTI Pediátrica, foram analisados 5 antibiogramas, Palavras-chaves:ESBL,Klebsiella,Escherichiacoli,Beta-lactamases
sendo que 81,81% apresentaram resistência às Cefalosporinas,
75%% a Piperacilina + Tazobactam e 66,66% à Sulfamet + Trime-
toprin. Conclusão: Na comparação dos anos de 2008 e 2009, ob-
servou-se que a Pseudomonas spp tornou-se mais resistente para P419
a Amicacina, Gentamicina e Imipenem na UTI Adulto. Já na UTI AVALIAÇÃO DO PERFIL DE SUSCETIBILIDADE À LEVOFLOXA-
Pediátrica percebeu-se maior sensibilidade aos antimicrobianos. CINA EM AMOSTRAS DE ESCHERICHIA COLI ISOLADAS DE PA-
CIENTES COM INFECÇÄO DO TRATO URINÁRIO, ATENDIDOS
Palavras-chaves: Pseudomonas, Infecções hospitalares, unidade EM DOIS HOSPITAIS PÚBLICOS DE MACEIÓ-AL.
de terapia intensiva
Autor(es): Alynne Karen Mendonça de Santana1, Renato Júnior
Cavalcante da Silva1, Emmily Margate Lima Rodrigues de Barros2,
Gabryelle Barbosa Cordeiro de Lima3, Aline Colatino Ferreira3, Ze-
P418 naldo Porfírio1
INCIDÊNCIA DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE E ESCHERICHIA COLI
PRODUTORAS DE BETA-LACTAMASE DE ESPECTRO ESTENDIDO Instituição(ões):
(ESBL), EM HEMOCULTURAS ISOLADAS EM TRÊS HOSPITAIS PÚ- 1. CPML, Centro de Patologia e Medicina Laboratorial
BLICOS DE MACEIÓ-AL. 2. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
3. UFAL, Universidade Federal de Alagoas
Autor(es): Alynne Karen Mendonça de Santana1, Renato Júnior
Cavalcante da Silva1, Emmily Margate Lima Rodrigues de Barros3, Resumo:
Gabryelle Barbosa Cordeiro de Lima2, Aline Colatino Ferreira2, Ze- Introdução: A infecção do Trato Urinário (ITU) é considerada um
naldo Porfírio1 das doenças infecciosas mais comuns diagnosticadas em ambien-
Instituição(ões): te hospitalar e na comunidade. A Escherichia coli corresponde ao
1. CPML, Centro de Patologia e Medicina Laboratorial patógeno mais frequentemente isolado em pacientes com ITU, e a
2. UFAL, Universidade Federal de Alagoas presença deste e de outros microorganismos na urina é conhecida
3. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco como bacteriúria. A introdução da levofloxacina na prática clínica
significou um grande avanço no tratamento de infecções urinárias
Resumo: por bactérias multirresistentes, devido à sensibilidade apresenta-
Introdução: Beta-lactamases de Espectro Estendido (ESBL) são en- da a esse medicamento em cepas bacterianas resistentes a múlti-
zimas bacterianas mediadas por plasmídeos, capazes de hidrolizar plos antimicrobianos. Objetivos: Avaliar o perfil de suscetibilidade
antibióticos beta-lactâmicos de amplo espectro de ação. A produ- à levofloxacina em amostras de Escherichia coli isoladas de uro-
ção de ESBL pelas cepas bacterianas ocorre predominantemente culturasprovenientesdepacienteshospitalizadoseambulatoriais,
em Klebsiella spp. e em menor grau em Escherichia coli, podendo atendidos em dois hospitais públicos de Maceió-AL, no período de
ser encontrada em outros patógenos clinicamente importantes, e janeiro a junho de 2009. Métodos: Durante o período de janeiro a
representa um problema de interesse universal no tratamento de junho de 2009, foram analisadas 76 uroculturas com positividade
infecções graves por esses agentes. Objetivos: Estabelecer a inci- para E. coli, de pacientes hospitalizados e ambulatoriais, atendi-
dência de cepas de Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli pro- dos em dois hospitais públicos do Estado de Alagoas. O jato médio
dutoras de ESBL em hemoculturas, no período de junho de 2008 a da urina de cada paciente foi coletado em recipiente esterilizado
junho de 2009, em Unidades de Terapia Intensiva de três hospitais e encaminhado ao laboratório de microbiologia do Centro de Pa-
públicos de Maceió-AL. Métodos: Foram incluídas 59 amostras tologia e Medicina Laboratorial (CPML). O material biológico foi
bacterianas neste estudo, sendo 42 amostras de K. pneumoniae semeado em meios de ágar cistina-lactose eletrólito deficiente
e 17 de E. coli isoladas de hemoculturas de pacientes atendidos (CLED), ágar MacConkey e ágar sangue de carneiro 5%, com alça
no período de junho de 2008 a junho de 2009, em três hospitais deplatinacalibrada(0,01mL).Foramutilizadasprovasbioquímicas
públicos do Estado de Alagoas. O material biológico foi submeti- para a identificação bacteriana. Os antibiogramas foram realiza-
do ao plaqueamento por esgotamento nos meios de cultura de dos através da técnica de difusão do disco em ágar Muller-Hinton,
ágar sangue de carneiro 5% e ágar MacConkey, e foram realizadas seguindo as orientações do National Committee for Clinical Labo-
provas bioquímicas para a identificação bacteriana. Para a detec- ratory Standards (NCCLS) para a determinação da suscetibilidade
ção da produção de ESBL foi realizada a técnica de dupla difusão, aos antimicrobianos. Resultados: Do total de amostras positivas
utilizando ágar Muller-Hinton, de acordo com as normas do Na- para E. coli, 54 (71,1%) apresentaram sensibilidade a levofloxaci-
tional Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS) para a na, enquanto 22 (28,9%) mostraram resistência ao medicamento.
determinação da suscetibilidade aos antimicrobianos. Resultados: Conclusão: A ocorrência de E. coli resistente à levofloxacina é um
Foram consideradas produtoras de ESBL 37 (62,7%) das amostras dado clinicamente importante, considerando que esse agente in-
submetidas ao teste de dupla difusão, sendo 25 (42,4%) amostras fectante é o mais frequentemente isolado em pacientes com ITU.

293
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
O crescimento lento da resistência de E. coli à levofloxacina e às ou- P421
tras quinolonas parece estar relacionado ao uso frequente desses IDENTIFICAÇÃO DE MECANISMOS DE RESISTÊNCIA EM KLEB-
antimicrobianos na profilaxia de infecções e no tratamento de ITU. SIELLA PNEUMONIAE DE ORIGEM HOSPITALAR.

Palavras-chaves: Resistência antimicrobiana, levofloxacina, Infec- Autor(es): Josineide Ferreira Barros1, Adelina Vila Bela1, Luciana
ção do trato urinário Rezende Bandeira de Mello1, Maria de Fátima Magalhães Acioly
Mendizabal1, Moacir Batista Jucá1, Marcelo Maranhão Antunes2,
Adriana Almeida Antunes3
P420 Instituição(ões):
ANÁLISE DA RESISTÊNCIA A OXACILINA E A VANCOMICINA EM
AMOSTRAS DE Staphylococcus hominis ISOLADAS DE SANGUE 1. HAM, Hospital Agamenom Magalhães
EM UM HOSPITAL DO RIO DE JANEIRO, NO PERÍODO DE 1998 A 2. LACEN - PE., Laboratório Central de Saúde Pública de Pernam-
2009 buco
3. UFPe., Universidade Federal de Pernambuco
Autor(es): Claudio Simoes de Mattos, Ricardo Pinto Schuenck, Ali-
ne Gil Pestana de Souza, Katia Regina Netto dos Santos Resumo:
INTRODUÇÃO: A Klebsiella pneumoniae vem se tornando um pro-
Instituição(ões): blema crescente em várias partes do mundo, inclusive no Brasil,
1. UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro por ser produtora de beta-lactamases de espectro estendido –
ESBL, enzima mediada por genes plasmidiais, não-induzíveis, ca-
pazes de hidrolisar a cadeia do anel beta-lactâmico, conferindo
Resumo:
resistência aos beta-lactâmicos de amplo espectro, como as ce-
Staphylococcus hominis é o terceiro Staphylococcus coagulase
falosporinas de 3ª e 4ª geração e monobactâmicos, mas não con-
negativo mais isolado de amostras sanguíneas de pacientes inter-
ferem resistência às cefamicinas e carbapenêmicos. Recentemen-
nados. Essa espécie é composta por 2 subespécies: S. hominis ho-
te, a resistência a carbapenemicos tem sido descrita também em
minis, descrita primeiramente, e S. hominis novobiosepticus, que
Klebsiella pneumoniae, devido à produção de carbapenemases
apresenta características bioquímicas distintas e resistência múlti-
de classe A, destacando-se a enzima KPC, conferindo resistência
pla a drogas. Esse estudo teve como objetivo avaliar a resistência
de baixo nível a carbapenêmicos. OBJETIVO: Identificar os meca-
a oxacilina e a vancomicina em 51 amostras de S. hominis isola-
nismos de resistência em Klebsiella pneumoniae em um hospi-
das de um hospital terciário do Rio de Janeiro, através do teste
tal público de Recife, na perspectiva de contribuir ao seu efetivo
de microdiluição em caldo (MDC), coletadas em 2 períodos: entre
controle no ambiente hospitalar. MATERIAL E MÉTODOS: Foram
1998 e 2002 (19 amostras) e de 2005 a 2009 (32 amostras). No
analisadas 2.119 culturas de pacientes internados em um hospital
total 70% (36 amostras) foram resistentes a oxacilina e nenhuma
público de Recife, Pernambuco, no período de fevereiro de 2009
apresentou resistência a vancomicina. No primeiro período, pelo
a abril de 2010, sendo selecionadas para o estudo 232 amostras
sistema automatizado Microscan, foram identificadas 11 amostras
de Klebsiella pneumoniae. As amostras clínicas foram isoladas de
de S. hominis hominis, sendo 4 (36%) resistentes a oxacilina; todas
sangue, urina, secreção traqueal e ferida cirúrgica. Para a identi-
apresentaram CMI para vancomicina variando de 0,5 a 1µg/ml.
ficação e caracterização microbiológica foi utilizada metodologia
Oito amostras foram identificadas como S.hominis novobiosep-
convencional e automatizada (Phoenix 100), preconizada pela
ticus, sendo 6 (75%) resistentes a oxacilina; 4 (50%) delas apre-
CLSI. A detecção dos mecanismos de resistência foi realizada por
sentaram CMI 2, 3 (37,5%) CMI 1 e 1 (12,5%) amostra apresentou
métodos fenotípicos. As amostras produtoras de ESBL foram de-
CMI 0,5 para vancomicina. No segundo período, de 15 amostras
tectadas pela técnica de aproximação e teste de dupla difusão em
identificadas como S. hominis hominis, 12 (80%) foram resistentes
disco e teste de confirmação por metodologia automatizada. Para
a oxacilina, enquanto 2 (13%) amostras mostraram CMI 2, 7 (47%)
a detecção de KPC foi utilizada a técnica de Hodje modificada, uti-
CMI 1 e 6 (40%) amostras apresentaram CMI 0,5µg/ml para van-
lizando-se o Ertapenem como marcador de resistência para a tria-
comicina. Ainda nesse período, todas as 15 amostras identificadas
gem desse fenótipo. RESULTADOS: Dos 232 isolados de Klebsiella
comoS.hominisnovobiosepticusforamresistentesaoxacilina,en-
pneumoniae 100 (43%) foram positivas para ESBL e 40 foram KPC
quanto10(67%)amostrasapresentaramCMI2e5(33%)amostras
positivas ao teste de Hodje, correspondendo a 17%. Em relação
CMI 1 para vancomicina. Duas amostras não foram identificadas
a KPC, algumas apresentaram resistência plena e outras apenas
em nível de subespécie, sendo resistentes a oxacilina e apresen-
um perfil intermediário. Todas as amostras KPC positivas também
tandovaloresdeCMI1e2paravancomicina.Ainda,aoutilizarmos
foram positivas para ESBL. CONCLUSÕES: Baseados em nossos
SDS-PAGE em amostras do primeiro grupo, identificamos apenas 5
resultados pode-se concluir que a bactéria estudada apresentou
(26%) S. hominis hominis, sendo apenas 1 (20%) resistente a oxa-
elevada capacidade de disseminação, pela produção tanto de en-
cilina, e passamos a identificar 14 (74%) amostras como S.hominis
zimas ESBL como KPC. É fundamental que os laboratórios clínicos
novobiosepticus, sendo 9 (64%) resistentes a oxacilina. Nossos re-
adotem estratégias para a identificação desses mecanismos de re-
sultados confirmam a maior resistência antimicrobiana apresen-
sistência, através do estabelecimento da relação genética entre as
tada pela subespécie S. hominis novobiosepticus e a identificação
amostras positivas, utilizando-se metodologia por biologia mole-
precisa das subespécies no primeiro período do estudo confirma
cular, para avaliação do perfil de fragmentação do DNA, indicativo
essa característica. Embora sem essa diferenciação por SDS-PAGE
da sua dispersão e assim, contribuir para o seu efetivo controle no
em amostras do segundo período, os resultados indicam a aquisi-
ambiente hospitalar.
ção de determinantes de resistência para ambas as subespécies
ao longo dos anos.
Palavras-chaves: Resistência, Klebsiella pneumoniae, Hospitalar
Palavras-chaves: CMI, resistencia, Staphylococcus hominis

294
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P422 P423
IMPORTÂNCIA DA TIGECICLINA COMO OPÇÃO TERAPÊUTICA NO ANÁLISE DO PERFIL DE RESISTÊNCIA À METICILINA EM ISOLADOS
TRATAMENTO DE ACINETOBACTER SPP. ISOLADOS DE PACIENTES DE Staphylococcus aureus PROCEDENTES DE HOSPITAL PÚBLICO
INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE RECIFE - BRASIL DO RECIFE-PE

Autor(es): Josineide Ferreira Barros1, Adelina Vila Bela1, Luciana Autor(es): Márcio da Silveira Gomes, Marconi Coelho dos Santos,
Rezende Bandeira de Mello1, Maria de Fátima Magalhães Acioly CatarinaFernandesFreitas,ValdemirVicentedaSilvaJúnior,Maria
Mendizabal1, Moacir Batista Jucá1, Marcelo Maranhão Antunes2 Amélia Maciel

Instituição(ões): Instituição(ões): 1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco


1. HAM, Hospital Agamenom Magalhães
2. LACEN - PE., Laboratório Central de Saúde Pública de Pernam- Resumo:
buco Introdução: Staphylococcus aureus é uma bactéria do grupo dos
3. HAM, Hospital Agamenom Magalhães cocos gram-positivos que faz parte da microbiota humana, mas
que pode provocar doenças que vão desde uma infecção simples,
Resumo: como espinhas e furúnculos, até as mais graves, provocando em
INTRODUÇÃO: Verifica-se a emergência gradativa de infecções muitos casos a septicemia e a morte do paciente. A importância
hospitalares causadas por Acinetobacter baumannii, bacilo Gram das infecções produzidas por Staphylococcus é bem reconhecida
negativo com grande capacidade de expressar multiresistência e representa uma ameaça á saúde da população mundial devido
bem como de adquirir plasmídios contendo genes característicos ao aumento da resistência desses microrganismos aos antimicro-
de resistência bacteriana. É portanto, um agente de infecção hos- bianos atualmente disponíveis. Nos últimos anos, o aumento do
pitalar, com espectro de resistência a múltiplos antimicrobianos, número de linhagens hospitalares de S. aureus resistente a meti-
representando atualmente um grande desafio terapêutico. A tige- cilina (MRSA) tornou-se um sério problema epidemiológico. Obje-
ciclina, um novo antimicrobiano da classe das Glicilciclinas, tem tivos: O presente trabalho teve como objetivo avaliar o perfil de
apresentado promissora atividade in vitro contra muitos patóge- sensibilidade e resistência de isolados de S. aureus frente à me-
nos. Esse novo antimicrobiano é um fármaco de amplo espectro, ticilina, assim como descrever a ocorrência em relação ao perfil
ativo contra Gram-positivos e Gram-negativos indicado no trata- de resistência nos diferentes setores do hospital de acordo com o
mento de infecções da pele e partes moles, infecções intra-abdo- isolado clínico. Métodos: Foram analisados 167 isolados clínicos
minais complicadas e pulmonares, como também no tratamento procedentes do livro de registro de amostras clínicas do setor de
deinfecçõesmistas,evitandoterapiacombinada.OBJETIVOS:Ava- bacteriologia de hospital público no período de janeiro a dezem-
liar a atividade antimicrobiana da tigeciclina e indicar a importân- bro de 2008. Resultados: A ocorrência de MRSA foi de 29% nas
cia da terapêutica em infecções causadas por Acinetobacter spp. amostras analisadas, em relação á procedência do isolado a mais
em ambiente hospitalar. MATERIAL E MÉTODOS: Foram identifi- prevalente foi em hemoculturas (48%) e ponta de cateter (34%).
cados 167 amostras de Acinetobacter baumannii, isoladas de pa- As maiores freqüências para MRSA foram unidades de terapia in-
cientes internados em um hospital público do Recife, no período tensiva e clínica médica, com valor que chega a 65% referente as
de 01de fevereiro de 2009 a 30 de abril de 2010. Para a identifi- Unidade de Terapia Intensiva (adulto, pediátrica e neonatal) e 27%
cação foi utilizada metodologia convencional e/ou automatizada na clínica médica. Conclusões: Os resultados encontrados estão
(Phoenix-100). Os espécimes clínicos mais freqüentes utilizados abaixo da média nacional de prevalência no Brasil que vai de 40%-
foram: aspirado traqueal, 57 amostras (38%); sangue, 46 (28%); 80%. Observou-se maior prevalência nas UTIs por serem setores
cateter 24 (14%); urina 17 (10%). O perfil de sensibilidade da ti- em que se encontram pacientes que estão internados por prolon-
geciclina foi realizado através da técnica de disco difusão (Kirby gados períodos de tempo e que apresentam imunodeficiências.
Bauer), de acordo com os critérios recomendados pelo CLSI/FDA.
RESULTADOS: As 167 mostras de Acinetobacter, apresentaram re- Palavras-chaves: Staphylococcus aureus, Meticilina, Resistência
sistênciaàcefazidime(92%),cefepima87%,imipenem80%,mero-
penem (79%) sulfatrimetoprim (84%), e sensibilidade apenas para
a polimixina e a tigeciclina. CONCLUSÃO: De acordo com nossos
resultados pode-se concluir que a tigeciclina apresentou excelen- P424
te sensibilidade in vitro atuando de maneira eficiente contra as PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS EM
amostras de Acinetobacte spp. isolados de casos de infecção hos- AMOSTRAS DE Acinetobacter spp. DE UNIDADES DE TRATAMEN-
pitalar, sendo portanto uma opção terapêutica importante princi- TO INTENSIVO (ADULTOS E NEONATAL) DO HOSPITAL UNIVERSI-
palmente por ter baixa excreção urinária e não apresentar nefro- TARIO PEDRO ERNESTO (HUPE-UERJ) DE RIO DE JANEIRO.
toxidade, representando grande vantagem em pacientes críticos.
Estudos clínicos complementares são necessários para esclarecer Autor(es): EDUARDO ALMEIDA RIBEIRO DE CASTRO, JULIO CESAR
melhoropapeldatigeciclinanotratamentodeinfecçõescausadas DELGADO CORREAL, SILVIA THEES CASTRO, PATRICIA DE SOUZA
por Acinetobacter. INHAQUITE, PAULO VIEIRA DAMASCO

Palavras-chaves: Tigeciclina, Opção Terapêutica, Acinetobacter Instituição(ões):


1. UERJ, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Resumo:
Introdução Acinetobacter spp. é um coco-bacilo Gram-negativo
não fermentador associado às infecções hospitalares em unida-

295
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
des de cuidados intensivos. O uso inadequado de carbapenemas 6 (23,07%) do sangue, 2 (7,69%) da urina, 2 (7,69%) de ponta de
nas unidades de terapias intensivas (UTIs) nas últimas décadas cateter venoso e 3 (11,53%) de outros sítios. 14 (53,84%) dos pa-
têm contribuído para o aumento da prevalência das infecções por cientes estavam na Unidade de terapia intensiva (UTI) de adultos
Acinetobacter spp. multirresistente (MDR) em Hospitais de Rio de quandoomaterialparaculturafoicoletadoe12(46,15%)estavam
Janeiro. Objetivos Descrever os padrões de resistência aos anti- em outras unidades de internação. 21 cepas (80,76%) mostraram-
microbianos de Acinetobacter spp. isolados em hemoculturas de se sensíveis aos dois antimicrobianos testados, 3 (11,53%) apenas
pacientes internados nas UTIs do Hospital Universitário Pedro Er- ao sulfazotrin e 2 (7,69%) apenas à levofloxacina. 13 pacientes
nestodeRiodeJaneiro(HUPE-UERJ)em2009.MétodosForamob- (50%) receberam alta hospitalar e a outra metade evolucionou
tidos dados de suscetibilidade aos antimicrobianos em amostras para o óbito. Conclusão: S. maltophilia é uma bactéria não rara-
com crescimento de espécies de Acinetobacter spp. MDR do siste- mente isolada de pacientes do HCU, onde é predominantemente
ma de vigilância da comissão para o controle da infecção hospita- isolada de secreção traqueal e sangue de pacientes internados em
lardoHUPE-UERJResultadosNaUTIgeralforamisoladas97amos- UTI;amaioriadascepasaindaésensíveltantoaosulfazotrincomo
tras sendo 84% resistentes às cefalosporinas de 3ª e 4ª geração e à levofloxacina, embora já exista resistência a ambos, e está asso-
89 % resistentes aos carbapenêmicos. Na UTI cardíaca obteve-se ciada a alta letalidade.
48amostras,sendo60%resistentesacefalosporinasde3ªe4ªge-
ração e 60% resistentes aos carbapenemas. Já na UTI neonatal fo- Palavras-chaves: PERFIL DE SENSIBILIDADE, STENOTROPHOMO-
ram identificadas somente 3 amostras, todas estas sensíveis a ce- NAS MALTOPHILIA, BACTÉRIA HOSPITALAR
falosporinas e aos carbapenemas Conclusões A provável diferença
nas suscetibilidades dos isolados de Acinetobacter spp. entre as
UTIs deadulto eneonatal do HUPE-UERJpode está correlacionada
com a pressão seletiva dos carbapenemas em espécies de Acine- P426
tobacter spp. da UTI geral e cardíaca, pelo elevado uso empírico PERFIL DE SENSIBILIDADE DOS PRINCIPAIS MICRORGANISMOS
desses antimicrobianos. Por outro lado, há baixo uso empírico de ISOLADOS DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) ADULTO DE
carbapenemas,eraramenteidentificamosAcinetobactersppMDR UM HOSPITAL PRIVADO DE UBERLÂNDIA
na UTI neonatal. Portanto, o controle do uso inadequado de car-
bapenemas nas UTIs de adultos pode contribuir para mudança do Autor(es): ASTRÍDIA MARÍLIA DE SOUZA FONTES ONTES2,1, MI-
cenário de multirresistência por Acinetobacter spp. MDR. CHELLE SANTOS JUNQUEIRA JUNQUEIRA2, MICHELLE OLIVEIRA
CARNEIRO CARNEIRO2, MIGUEL TANÚS JORGE JORGE1
Palavras-chaves: acinetobacter, multirresistencia, unidades de tra-
tamento intensivo Instituição(ões):
1. HC-UFU, HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
UBERLÂNDIA
2. HSG, SANTA GENOVEVA COMPLEXO HOSPITALAR
P425
STENOTROPHOMONAS MALTOPHILIA: EPIDEMIOLOGIA E SENSI- Resumo:
BILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS Introdução: Os índices de infecção hospitalar nas unidades de te-
rapia intensiva tendem a ser maiores do que aqueles encontrados
Autor(es): THIAGO AMARAL ABRAHÃO ABRAHÃO, ASTRÍDIA MA- nos demais setores do hospital e as bactérias tendem a ser mais
RÍLIA DE SOUZA FONTES FONTES, MIGUEL TANÚS JORGE JORGE, resistentes aos antimicrobianos. Objetivo: Conhecer as principais
MARIANA CARVALHO CARVALHO, SEBASTIANA SILVA SABINO SA- bactérias isoladas a partir dos pacientes da UTI Adulto e sensibili-
BINO, VIVIENI PRADO ALMEIDA ALMEIDA dade aos antimicrobianos. Métodos: Estudo retrospectivo,realiza-
doemumhospitalprivadodeUberlândia,com110leitos,queava-
Instituição(ões): 1. HC-UFU, HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSI- liouculturasdepacienteshospitalizadosnaUTIAdulto,noperíodo
DADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA de janeiro a dezembro de 2009. Os dados foram obtidos do labo-
ratório terceirizado de análises clínicas através de CD ROOM en-
Resumo: viado mensalmente pelo setor de microbiologia e fichas de busca
Introdução: Stenotrophomonas maltophilia é um bastonete gram- ativa preenchidas pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
negativo, não fermentador, de baixa virulência, associado princi- (SCIH). Resultados: Foram colhidas 345 culturas, de sítios diversos,
palmente à colonização de pacientes e dispositivos. Raramente é sendo 121 positivas (35%) e 26 (21%) foram consideradas como
causa de infecção que, quando ocorre, pode cursar com elevada agentes de infecção hospitalar. Foram isoladas: 10 (8,3%) cepas de
morbidade em pacientes imunocomprometidos, e ser de difícil Staphylococcus aureus, a maioria (6; 60%) meticilino-sensíveis; 26
tratamento, sobretudo devido à resistência intrínseca à maioria (21,7%)Pseudomonasaeruginosa,amaioria(17;65,4%)resistente
dos antimicrobianos. Objetivo: Conhecer dados epidemiológicos aos carbapenêmicos, mas uma (3,8%) sensível só à Polimixina B; 7
e o padrão de sensibilidade aos antimicrobianos das cepas de S. (5,8%) Acinetobacter baumanii, todos sensíveis aos carbapenêmi-
maltophiliaisoladasnoHCU.Materialemétodo:Foramanalisadas cos; 7 (5,8%) Escherichia coli, a maioria (5; 71,4%) não produtoras
todas as S. maltophilia isoladas no período de 10 de Fevereiro de de beta-lactamase de espectro ampliado (ESBL); 15 (12,4%) Kleb-
2009 a 10 de Fevereiro de 2010, no laboratório de análises clíni- siella pneumoniae, todas produtoras de ESBL. Os microrganismos
cas do Hospital de Clínicas de Uberlândia (HCU). Os dados foram restantes foram 22 (18,2%) Staphylococcus coagulase-negativo;
obtidosdoreferidolaboratório,ondeaidentificaçãodaespéciefoi 11(9%) Enterococcus spp, 6 deles resistentes à vancomicina (VRE),
realizada pelo Sistema Vitek e o antibiograma realizado manual- isolados de amostras de vigilância; 4 Candida spp; 1 Cryptococ-
mente. Foi testada a sensibilidade aos antimicrobianos sulfazotrin cus spp e 18 diferentes bactérias gram-positivas e gram-negativas,
e levofloxacina. Resultados: Foram obtidas 26 culturas de 23 pa- principalmente outras enterobactérias. Conclusão: As bactérias
cientes. 13 (50%) das cepas foram isoladas de secreção traqueal, gram-negativas são mais frequentemente isoladas nos pacientes

296
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
da UTI Adulto, destacando a elevada resistência da P. aeruginosa
aos carbapenêmicos e alta produção de ESBL, mas também a pre-
P428
ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DO PERFIL DE RESISTÊNCIA APRESENTA-
sença de VRE.
DO POR CEPAS DE K. pneumoniae ISOLADAS EM UM HOSPITAL
ESCOLA
Palavras-chaves: PERFIL DE SENSIBILIDADE, MICROORGANISMOS,
UTI ADULTOS
Autor(es): NADIR RODRIGUES MARCONDES, LUZIA NERI COSMO
MACHADO, RODRIGO ANTONIO MATTEI, CRISTIANE MUNARETTO,
CAROLINE FURLAN, NEREIDA MELLO DA ROSA GIOPPO
P427
PERFIL DE SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS APRESENTA- Instituição(ões):
DO POR UROPATÓGENOS ISOLADOS DE RECÉM-NATOS 1. Unioeste, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Autor(es): NADIR RODRIGUES MARCONDES, NEREIDA MELLO DA Resumo:


ROSA GIOPPO, LUZIA NERI COSMO MACHADO Introdução: Klebsiella pneumoniae é um bacilo Gram negativo im-
plicadoeminfecções,tantonomeioambientecomunitárioquanto
Instituição(ões): no hospitalar. Apresentam resistência aos antimicrobianos devido
1. Unioeste, Universidade Estadual do Oeste do Paraná a produção de ESBL(βlactamase de espectro estendido), metalo-
β-lactamases (MBL), carbapenases (KPC) e perda de porinas. Ob-
Resumo: jetivo: Este trabalho objetivou avaliar a evolução do perfil de resis-
Introdução: A prevalência das infecções das vias urinárias varia tência de cepas de K. pneumoniae isoladas em um hospital escola.
com o sexo e a idade do paciente. Nas infecções urinárias agudas Métodos:Foirealizadoestudoretrospectivo,quantitativodoperfil
predominaaEscherichiacoli,enquantoquenasinfecçõescrônicas de resistência de 512 cepas de Klebsiella pneumoniae isoladas de
ou adquiridas em ambiente hospitalar existe prevalência de Kleb- ferida operatória, ponta de cateter, secreção traqueal, secreção
siella spp.,Proteus sp., Pseudomonas spp., Enterobacter sp., e por purulenta, sangue e urina de pacientes internados no Hospital
Gram positivos, como Enterococcus sp. e Sthaphylococcus spp. O Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) no período de janeiro de
conhecimento dos micro-organismos isolados e o perfil de sensi- 2005 a dezembro de 2009. Foram avaliados os antimicrobianos:
bilidadeaosantimicrobianosemumaunidadehospitalarrevela-se amicacina, ampicilina, ampicilina/sulbactam, aztreonam, cefaloti-
de extrema importância para o estabelecimento da terapia empí- na, cefepima, cefotaxima, cefoxitina, ceftazidima, ciprofloxacina,
rica inicial. Objetivo: Avaliar a sensibilidade, aos antimicrobianos, cloranfenicol, gentamicina, imipenem, meropenem, piperacilina/
de bactérias isoladas em uroculturas de recém-natos. Materiais tazobactam, sulfazotrim, ticarcilina/ác.clavulânico, tetraciclina, ni-
e métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo, quantitativo trofurantoína e norfloxacin. Para fins interpretativos, a resistência
atravésdaanálisedosresultadosde244uroculturasrealizadas,no das cepas foi considerada como: alta (maior que 75%); média (
período de dezembro de 2006 a junho de 2009, pelo Laboratório 50 a 74%) e baixa (menor que 50%). Os antimicrobianos relatados
de Análises Clínicas do Hospital Universitário do Oeste do Paraná foram os de uso mais frequentes no hospital. Resultados: Foram
(HUOP). As culturas foram processadas observando-se normas do encontradas228(44,5%)cepasESBL.Ascepasestudadasapresen-
CUMITECH-2B-98. Os testes de susceptibilidade aos antimicrobia- taram: média resistência à amicacina e ao aztreonam, e baixa re-
nos,pordiscodifusão,foramrealizadosconformepadronizaçãodo sistência ao imipenem. Observou-se redução de resistência à cef-
Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Resultados: Nas tazidima e à cefepima no decorrer dos 5 anos estudados ( de 85%
culturas foram isolados 38 (55,1%) enterobactérias e 31(14,5%) para 47,7% e 76,2% para 55,3%, respectivamente). Cepas isoladas
cocos Gram positivos (CGP). Os gêneros e espécies mais isolados de urina apresentaram baixa resistência ao norfloxacin e à nitrofu-
das enterobactérias foram: E.coli 11(15,9%), Enterobacter spp. rantoína. Todas as cepas isoladas, de hemocultura e secreção tra-
10(14,5%) e Klebsiella pneumoniae 07(10,1%). E. coli apresentou queal,em2009foramresistentesàampicilinaeapresentaramalta
sensibilidade de 54,5% para ceftazidima, norfloxacin e sulfame- resistência à cefalotina e cefepime. Não foram encontradas cepas
toxazol/trimetoprim; alta sensibilidade à cefotaxima, cefepima KPC. Conclusão: A diminuição de resistência a alguns antimicro-
(90,9%)eciprofloxacin(81,8%);57,1%dascepasdeK.pneumoniae bianos só foi possível através da efetiva interação multidisciplinar
apresentaram sensibilidade à cefalotina, ceftazidima, cefepima e entre os microbiologistas e a equipe responsável pelo controle de
nitrofurantoína; todas as cepas foram sensíveis ao sulfametoxa- infecção hospitalar que propiciou o uso de maneira adequada e
zol/trimetoprim e 71,4% delas mostraram sensibilidade à cefoxi- racional dos antimicrobianos.
tina, cefotaxima, cefepima e norfloxacin; 85,7% foram sensíveis
ao ciprofloxacin. Enterobacter spp.apresentou baixa sensibilidade Palavras-chaves: antimicrobiano, K. pneumoniae, resistência
(20,0%) à cefalotina e cefoxitina, sensibilidade de 60,0% à nitrofu-
rantoína, 70,0% à cefotaxima e ceftazidima, 80,0% à ciprofloxacin
e sulfametoxazol/trimetoprim e todas as cepas foram sensíveis ao
norfloxacin. Conclusão:Uropatógenos com reduzida sensibilidade
P429
PERFIL DE SENSIBILIDADE DE BACTÉRIAS NÃO FERMENTADORAS
aos antimicrobianos são preocupantes em recém-natos que apre-
DE GLICOSE ISOLADAS DO TRATO RESPIRATÓRIO DE PACIENTES
sentam baixa imunidade.
COM FIBROSE CÍSTICA
Palavras-chaves: antimicrobianos, recém-natos, uropatógenos
Autor(es): NADIR RODRIGUES MARCONDES, PAULINO YASSUDA
FILHO, NEREIDA MELLO DA ROSA GIOPPO, LUZIA NERI COSMO
MACHADO

297
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Instituição(ões): objetivo deste estudo foi avaliar 140 amostras de S. aureus isola-
1. Unioeste, Universidade Estadual do Oeste do Paraná das de hemoculturas em dois hospitais do Rio de Janeiro frente a
três testes fenotípicos que determinam a Concentração Mínima
Resumo: Inibitória (CMI) para vancomicina: diluição em ágar (DA), teste E
Introdução: Fibrose cística (FC) é doença autossômica recessiva e microdiluição em caldo (MDC), sendo este último considerado
que afeta populações caucasóides. Seu diagnóstico é sugerido método de referência. Os tipos de SCCmec em amostras MRSA
pelas características clínicas de doença pulmonar obstrutiva crô- também foram detectados. Pelo método MDC, 86 (61%) amostras
nica, colonização pulmonar persistente (particularmente com apresentaram CMI de 0,5 µg/ml e 54 (39%) de 1 µg/ml, enquanto
cepas mucóides de Pseudomonas), íleo meconial, insuficiência no método DA, 116 (83%) amostras apresentaram CMI de 1, oito
pancreática com prejuízo do desenvolvimento ou história fami- amostras de 0,5 e 16 de 2 µg/ml. Dentre essas, 53 amostras apre-
liar da doença. Na presença dessas, o diagnóstico é confirmado sentaram resultados similares ao do método de referência. Pelo
por concentração de cloro no suor maior que 60 mEq/ L ou pela E-teste, 77 (55%) amostras foram inibidas em 2 µg/ml de vanco-
mutação FC patológica nos cromossomos. Objetivo: Avaliar a sen- micina, 58 (41%) em 1 µg/ml, apenas 2 amostras apresentaram
sibilidade de bactérias não fermentadoras de glicose isoladas do CMI de 0,5 µg/ml. Ainda pelo E-teste 3 amostras foram inibidas
trato respiratório de pacientes fibrocísticos, aos antimicrobianos, em 3 µg/ml da droga. Destas, apenas 14 amostras apresentaram
atendidosemhospitalescoladaregiãoOestedoParaná.Materiais resultados similares ao do método padrão. No total, apenas 11
e métodos: Por meio de estudo quantitativo, retrospectivo, foram (7,9%) amostras foram concordantes pelos três testes utilizados.
analisados 174 espécimes respiratórios, sendo 76 escarros e 98 Estatisticamente, ambos os métodos demonstraram diferenças
swabs faríngeos de 30 portadores de fibrose cística, no período significativas quando comparados com o método padrão (p<0,05),
de outubro de 2006 a julho de 2009. Foram cultivados em Agar tendo o teste-E apresentado uma maior diferença. Tanto o mé-
sangue, Mac Conkey e Agar chocolate, os escarros que apresenta- todo DA quanto o teste-E mostraram valores de CMI maiores
ram 10 ou menos células e 25 ou mais leucócitos na coloração de em 1 e 2 diluições quando comparados ao método de referência
Gram.Osswabsforamcultivadosnosmesmosmeiosdecultivo.As MDC, incluindo a detecção de três amostras sensíveis como VISA
bactérias foram identificadas por metodologia convencional e ma- (resistência intermediária a vancomicina) pelo teste-E. Dentre as
nual. Das 58 cepas de Pseudomonas aeruginosa isoladas, 46 cepas 51 (36%) amostras detectadas como MRSA, aquelas oriundas do
foram não mucóide e 12 cepas mucóide. Foram realizados testes HUCFF apresentaram principalmente o SCCmec tipo IV (72%), en-
desuscetibilidadeaosantimicrobianospordiscodifusãoconforme quanto entre as do HNMD houve uma maior prevalência do SCC-
padronização do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). mectipoII(70%).FoidetectadaapenasumaamostracomSCCmec
Resultados: Para P. aeruginosa não mucóides, as maiores sensibili- tipo III, oriunda do HUCFF. Deve-se destacar que os métodos DA
dades observadas foram para os antimicrobianos ceftazidima, me- e teste-E detectaram erroneamente amostras com CMIs de 2 e
ropenem, cefepima, piperacilina/tazobactam e ticarcilina/ácido 3 µg/ml, valores que podem inviabilizar a terapêutica com vanco-
clavulâmico com 85%, 83%, 78%, 76% e 72% de sensibilidade, res- micina eminfecções estafilocócicas. Adicionalmente,foiverificada
pectivamente. As maiores taxas de resistência foram observadas uma alteração na epidemiologia das bacteriemias por MRSA pela
para amicacina, gentamicina, aztreonam e ciprofloxacin com 33%, troca em quase 100% de amostras com SCCmec tipo III por amos-
47%, 52% e 57% de resistência, respectivamente. Todas as cepas tras tipos IV e II em ambos os hospitais avaliados.
mucóides foram sensíveis ao meropenem; apresentaram alta taxa
de sensibilidade (92%) para cefepima, gentamicina e piperacili- Palavras-chaves: SCCmec, Staphylococcus aureus, vancomicina
na/tazobactam; sensibilidade de 84% para ceftazidima. A menor
sensibilidade observada foi para cefotaxima, cloranfenicol (8%) e
amicacina (17%). Conclusão: Observou-se que para P. aeruginosa
estudadas há alta taxa de sensibilidade aos carbapenêmicos. P431
FATORES DE RISCO E MICROORGANISMOS CAUSADORES DA
Palavras-chaves: antimicrobianos, fibrocísticos, Pseudomonas PNEUMONIA HOSPITALAR

Autor(es): Martha Priscila Dantas de Lima, Gabriela Beserra Sola-


no, Cibely Freire de Oliveira, Alexsandro Silva Coura, Inacia Sátiro
P430 Xavier de França
Staphylococcus aureus ISOLADOS DE BACTERIEMIAS: UTILIZA-
ÇÃO DE DIFERENTES METODOLOGIAS PARA AVALIAÇÃO DA SUS- Instituição(ões): 1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba
CEPTIBILIDADE A VANCOMICINA
Resumo:
Autor(es): Aline Gil Pestana de Sousa, FERNANDA SAMPAIO CA- INTRODUÇÃO: Pneumonia Hospitalar (PH) é uma infecção do tra-
VALCANTE, CLAUDIO SIMÕES DE MATTOS, DENNIS DE CARVALHO to respiratório inferior adquirida durante a internação e que não
FERREIRA, SIMONE ARANHA NOUÉR, KÁTIA REGINA NETO DOS estava presente ou em incubação no momento da admissão. As
SANTOS maiores taxas de incidência ocorrem nos serviços clínicos e cirúr-
gicos, em pacientes imunossuprimidos, naqueles submetidos a
Instituição(ões): 1. UFRJ, Universidade Federal do Rio de janeiro procedimentos cirúrgicos do tórax ou do abdome e nos pacientes
admitidos na UTI. O estudo se justifica diante dos significativos da-
Resumo: dos epidemiológicos, pois a PH é responsável por 60% de todos os
Staphylococcus aureus é um dos principais patógenos relaciona- óbitos decorrentes de infecção hospitalar. OBJETIVO: Verificar os
dos a infecções de origem hospitalar e comunitária, sendo res- fatores de risco e os microorganismos causadores da PH. MÉTO-
ponsável pela maioria das bacteriemias. Amostras resistentes à DOS: Tratou-se de revisão da literatura cujas fontes foram: artigos,
meticilina (MRSA) podem carrear diferentes tipos de SCCmec. O livros e portarias pertinentes a temática. RESULTADOS: Diversos

298
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
fatores têm sido responsabilizados pelo aumento do risco de PH e por Kloss e Bannerman 2001. A resistência à meticilina foi obser-
podem estar relacionados às condições clínicas do usuário (idade vada através da sensibilidade à oxacilina (1ug) e cefoxitina (30ug)
avançada, doença aguda ou crônica grave, desnutrição, hospitali- pelo teste de disco difusão em ágar (CLSI, 2009). A produção do
zação prolongada, tabagismo, alcoolismo, uremia e presença de biofilme foi determinada a partir da aderência em microplacas es-
alterações do Sistema Nervoso Central); às medidas para controle téreisdepoliestirenoinertedefundochato,deacordocomAraújo
de infecções (higienização inadequada das mãos, utilização das 2006.Foram isolados um total de 28 amostras de ECN das quais
mesmas luvas durante atendimento entre pacientes, uso de equi- 6 foram identificadas como Staphylococcus epidermidis e 6 como
pamentos de terapia respiratória contaminados e inadequação Staphylococcus haemolyticus. As 12 amostras foram resistentes à
de técnicas assépticas durante realização de procedimentos); e meticilinasendocincoisoladasdepontadecatetervenoso,trêsde
às características das práticas intervencionistas (aspiração de se- sangue, três de secreções e uma de urina. Quanto à produção de
creções, cirurgia, quimioterapia, sondagem, alimentação enteral biofilme, quatro foram classificadas como fortemente produtoras,
e posicionamento do paciente). Os microorganismos responsáveis quatro como moderamente, duas fracamente e duas não produ-
por PH variam entre hospitais, como consequência das diferentes toras de biofilme. Os quatro isolados fortemente produtores de
populações estudadas e métodos diagnósticos utilizados. Bacté- biofilmepertenciamàespécieS.epidermidis.Amatrizmucóidedo
rias aeróbias gram-negativas são mais frequentes e entre gram- biofilme pode aumentar a persistência bacteriana no hospedeiro
positivas, predomina Staphylococcus Aureus. A PH ainda pode ser e o potencial patogênico das bactérias contribuindo como fontes
causada por fungos, embora raramente, devido maior complexi- freqüentesdegravesinfecçõesnosocomiais;Alémdaproduçãode
dadedospacientes,maiornúmerodeprocedimentosinvasivosre- biofilme outros fatores de virulência podem está associados à pa-
alizadoseusoabusivodeantimicrobianosdelargoespectro.Osví- togenicidade das amostras ECN como a produção de hemolisinas,
rus não são rotineiramente implicados na PH, provavelmente pela proteases, urease e fibrinolisina.
escassezderecursostecnológicosdevigilância. CONCLUSÃO:APH
é considerada um grave problema de saúde pública requerendo Palavras-chaves:Biofilme,EstafilococosCoagulaseNegativa,Resis-
vigilância dos fatores de risco, a fim de que sejam minimizados e tentes à meticilina
que possam ser adotadas medidas preventivas para controle dos
microorganismos causadores.

Palavras-chaves: Fatores de Risco, Infecção Hospitalar, Pneumonia P433


ESTUDODAFREQUÊNCIADEMICRO-ORGANISMOSISOLADOSDE
UROCULTURAS DE RECÉM-NATOS EM UM HOSPITAL ESCOLA

P432 Autor(es): LUZIA NERI COSMO MACHADO, NADIR RODRIGUES


ESTAFILOCOCOS COAGULASE NEGATIVA RESISTENTES À METICI- MARCONDES, NEREIDA MELLO DA ROSA GIOPPO
LINA E PRODUTORES DE BIOFILME ISOLADOS EM HOSPITAIS DA
CIDADE DO NATAL-RN Instituição(ões):
1. UNIOESTE, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
Autor(es): JANNYCE GUEDES DA COSTA, LEONARDO DE ALBU-
QUERQUE DANTAS, FRANCISCO CANINDÉ DE SOUSA JUNIOR, Resumo:
EUTÁLIA ELIZABETH NOVAES FERREIRA DA SILVA, MARIA JOSÉ DE Introdução: A ITU situa-se entre as infecções mais prevalentes no
BRITTO COSTA FERNANDES, MARIA CELESTE NUNES DE MELO homem surgindo mais comumente por via ascendente sendo fre-
quentemente causadas por micro-organismos do próprio paciente
Instituição(ões): e, geralmente, devido a bactérias pertencentes a microbiota do
1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE trato intestinal. Na maioria das vezes essas infecções são causadas
por um número limitado de espécies bacterianas. O conhecimen-
Resumo: to dos micro-organismos isolados com maior frequência e o perfil
De acordo com o Programa de Vigilância Epidemiológica SENTRY de sensibilidade aos antimicrobianos em uma unidade hospitalar
2009, os Estafilococos Coagulase Negativa (ECN) são os segun- revela-se de extrema importância para o estabelecimento da te-
dos mais isolados em hemoculturas nos hospitais do Brasil. Sua rapia empírica inicial. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo
importância como patógeno nosocomial deve-se principalmente verificarafrequênciademicro-organismosisoladosdeuroculturas
ao aumento de pacientes imunocomprometidos e do uso de pró- de recém-natos (RN), realizadas em um hospital escola. Materiais
teses e cateteres. A natureza dessas infecções está relacionada à e métodos: Foi realizado estudo retrospectivo, quantitativo atra-
produção de biofilme, importante fator de virulência. A presença vés dos resultados de uroculturas realizadas, no período de de-
de adesinas de superfície celular e extracelular confere a produ- zembro de 2006 a junho de 2009, pelo Laboratório de Análises
ção de macromoléculas que aumentam a aderência bacteriana a Clínicas do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP). A
polímeros, garantindo, portanto, proteção contra os mecanismos amostra foi semeada por técnica de esgotamento em Meio CLED,
imunológicos de defesa do hospedeiro e de resistência a agentes com volume utilizado definido pelo Gram da gota. Incubou-se a
antimicrobianos. Assim, esse estudo tem como objetivo verificar a amostra a 35-37°C/ 24-48 horas e a interpretação do resultado foi
produção de biofilme em isolados de ECN resistentes à meticilina realizada segundo normas do CUMITECH-2B-98. As colônias com
de hospitais da cidade do Natal-RN.As amostras foram isoladas de contagem significativa foram identificadas através de coloração de
hospitais da cidade do Natal-RN entre 2004 e 2006 e, conservadas Gram, seguida de provas bioquímicas, observando o protocolo de
emglicerola-20ºCnoLaboratóriodeBacteriologiaMédicadaUni- identificação do Setor de Microbiologia do HUOP. Resultados: Das
versidade Federal do Rio Grande do Norte. O gênero Staphylococ- 244 uroculturas realizadas 28,3%(69) mostraram-se positiva. Fo-
cusfoiconfirmadoatravésdostestesderotina:coloraçãodeGram, ram rejeitadas, por contaminação, 7(2,9%), sendo que todas estas
catalaseecoagulaselivre.Aidentificaçãoemespéciefoiàadotada amostras foram coletadas com saco coletor. Nas culturas positivas

299
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
de RN foram isolados 38 (55,1%) enterobactérias e 31(14,5%) co- Palavras-chaves:InfecçãoHospitalar,Staphylococcusaureus,perfil
cos Gram positivos (CGP). Das enterobactérias os gêneros e espé- de resistência
cies mais isolados foram: Escherichia coli 11(15,9%), Enterobacter
sp. 10(14,5%) e Klebsiella pneumoniae 07(10,1%). Nos CGP os Es-
tafilococos coagulase negativos (ECN) foi isolado com maior fre-
qüência 17(54,8%) seguido de Enterococccus faecalis 10(32,3%). P435
Não foram isoladas leveduras e bactérias não fermentadoras da Escherichia coli : ANÁLISE DO PADRÃO DE EVOLUÇÃO DA RESIS-
glicose. Conclusão: Conhecer os principais patógenos que incidem TÊNCIA DE CEPAS ISOLADAS EM UM HOSPITAL ESCOLA
em um sítio anatômico em um hospital é importante do ponto de
vista de instituir a terapia empírica inicial em uma Autor(es): LUZIA NERI COSMO MACHADO, NADIR RODRIGUES
MARCONDES, CRISTIANE MUNARETTO, ARIANA BLEICH, NEREIDA
Palavras-chaves: frequência, micro-organismos, uroculturas MELLO DA ROSA GIOPPO

Instituição(ões):
1. UNIOESTE, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
P434
EVOLUÇÃO DO PERFIL DE RESISTÊNCIA APRESENTADO POR ES- Resumo:
TIRPES DE S.aureus ISOLADOS EM UM HOSPITAL ESCOLA Introdução: A Escherichia coli,é ubíquo, sendo frequentemente
isolado no meio hospitalar, sendo também o mais proeminente
Autor(es): LUZIA NERI COSMO MACHADO, RODRIGO ANTONIO agente etiológico das infecções urinárias e das septicemias. O iso-
MATTEI, CRISTIANE MUNARETTO, JULIETE GOMES DE LARA DE lamento de cepas produtoras de beta-lactamases de espectro es-
SOUZA, NEREIDA MELLO DA ROSA GIOPPO, NADIR RODRIGUES tendido(ESBL)écadavezmaiscomumnestepatógeno.Cepascom
MARCONDES resistência mediada por ESBL podem apresentar sensibilidade
quando testadas in vitro, no entanto, in vivo, ocorre resistência. A
Instituição(ões): resistência aos antibióticos é manifestamente uma das principais
1. UNIOSTE, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ causasdare-emergênciadasdoençasinfecciosasedoaumentoda
morbilidade, mortalidade e custos em saúde.Objetivo: Este traba-
Resumo: lho objetivou avaliar a evolução do perfil de resistência de cepas
Introdução: Staphylococcus aureus são encontrados como micro- de E.coli isoladas em um hospital escola. Métodos: Foi realizado
biota normal da pele e mucosa, podendo tornar-se patogênicos um estudo descritivo com abordagem quantitativa, retrospectivo
em condições de quebra da barreira cutânea ou diminuição da do perfil de resistência de 330 cepas de E. coli isoladas de ferida
imunidade. Estão implicados em infecções cutâneas, sistêmicas e operatória, ponta de cateter, secreção traqueal, secreção purulen-
intoxicações. O potencial patogênico deste micro-organismo está ta, sangue e urina de pacientes internados no Hospital Universi-
associado à diferenciada capacidade de mutação para formas re- tário do Oeste do Paraná (HUOP) no período de janeiro de 2005
sistentes, exigindo reavaliações periódicas de seu perfil de suscep- a dezembro de 2009. Foram avaliados os antimicrobianos ami-
tibilidade. Objetivo: Avaliar a evolução do perfil de resistência das cacina, ampicilina/sulbactam, ampicilina, cefalortina, cefepime,
estirpes de S. aureus isoladas em um hospital escola. Metodolo- cefotaxima, cefoxitina, ciprofloxacina, gentamicina, meropenem,
gia: Foi realizado estudo retrospectivo, quantitativo do perfil de piperacilina/tazobactam, sulfametoxazol/trimetoprim, ticarcilina,
resistência de 577 cepas de S.aureus isoladas de ferida operatória, aztreonam, ceftazidima, cloranfenicol, norfloxacina, nitrofurantoi-
ponta de cateter, secreção traqueal, secreção purulenta, sangue e na. Foi considerado como critério interpretativo a frequência de
urina de pacientes internados no Hospital Universitário do Oeste cepas resistentes como: alta (maior que 75%), média (50 a 74%) e
do Paraná (HUOP) no período de janeiro de 2005 a dezembro de baixa (menor que 50%). Os antimicrobianos relatados foram os de
2009, através de levantamento de dados de laudos de culturas. uso mais frequentes no hospital. Resultados: Foram encontradas
Foram avaliados os antimicrobianos:azitromicina, clindamicina, 67 (20,3%) cepas ESBL. As cepas estudadas apresentaram: redu-
ciprofloxacina, cloranfenicol, gentamicina, linezonilada, oxacilina, ção de resistência à amicacina no decorrer dos 5 anos estudados
penicilina, sulfametoxazol /trimetoprim, teicoplanina, tetraciclina ( de 79,1% para 8,6%). A resistência à ampicilina/sulbactam va-
e vancomicina. Foi considerado como critério interpretativo o re- riou de média para baixa no decorrer do período; para cefalotina
sultado da frequência de resistência, como: alta (maior que 75%), a resistência foi baixa. Cepas resistentes ao imipenem variaram de
média (50 a 74%) e baixa (menor que 50%). Os antimicrobianos 17,6 a 1,4%. As taxas de resistência à ampicilina ( alta) tendem a
relatados foram os de uso mais frequente no hospital. Resultados: aumentar. Cepas isoladas de urina apresentaram baixa resistência
Foram encontradas 297(51,5%) cepas de ORSA. As cepas estuda- ànorfloxacina enitrofurantoína. Conclusão: Adiminuiçãoderesis-
das apresentaram:alta resistência à penicilina ( 87,4 a 97,1%);bai- tência a alguns antimicrobianos só foi possível através da efetiva
xa resistência ao ciprofloxacin, gentamicina e cloranfenicol. Todas interaçãomultidisciplinar entreosmicrobiologistaseaequiperes-
ascepasforamsensíveisàteicoplaninaelinezolida.Cepasisoladas ponsável pelo controle de infecção hospitalar que propiciou o uso
de aspirado traqueal diminuíram sua resistência de 71,4% no ano de maneira adequada e racional dos antimicrobianos.
de 2006 para 18,2% em 2009. Cepas de S.aureus isoladas a par-
tir de 2008 foram sensíveis à tigeciclina. Conclusão: A redução da Palavras-chaves: Escherichia coli, infecção hospitalar, resistência
disseminação de resistência é multi fatorial. Um dos fatores é o bacteriana
acompanhamento da frequência da resistência (estudo clínico e
ambiental). A relação bem estabelecida entre os microbiologistas
e equipe responsável pelo controle de infecção hospitalar pode
propiciar o uso adequado e racional dos antimicrobianos.

300
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P436 Autor(es): NEREIDA MELLO DA ROSA GIOPPO, LUZIA NERI COSMO
ESTUDO DO PERFIL DE RESISTÊNCIA DO Complexo Acinetobacter MACHADO, CRISTIANE MUNARETTO, NADIR RODRIGUES MAR-
baumannii ISOLADOS DE PACIENTES INTERNADOS EM UM HOS- CONDES
PITAL ESCOLA (2005-2009) Instituição(ões):
1. UNIOESTE, Universidade Esadual do Oeste do Paraná
Autor(es): NEREIDA MELLO DA ROSA GIOPPO, LUZIA NERI COSMO
MACHADO, CRISTIANE MUNARETTO, NADIR RODRIGUES MAR- Resumo:
CONDES Introdução: Pseudomonas aeruginosa é um patógeno oportunis-
ta que vem se destacando ao longo dos anos entre os agentes
infecciosos mais freqüentemente isolados em ambientes hospi-
Instituição(ões):
talares. Esta bactéria pode disseminar-se facilmente em ambien-
1. UNIOESTE, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
tes hospitalares, além de ser resistente a desinfetantes químicos
e anti-sépticos como compostos quaternários de amônio, fenol
Resumo: e hexaclorofeno. Sua ampla resistên¬cia aos diversos grupos de
Introdução:Acinetobacter spp é um CBGN, aeróbio restrito, não antimicrobianos garante a este micro-organismo um papel de des-
móvel sendo o baumannii mais comumente isolado e considerado taque entre as bactérias mais preva¬lentes associadas à infecção
comoumimportantepatógenocausadordeinfecçõeshospitalares nosocomial. Objetivo:Avaliar o perfil de resistência de cepas de
que acomete pacientes imunocomprometidos. A importância do Pseudomonas aeruginosa isoladas durante o período de janeiro
Complexo Acinetobacter baumannii tem aumentado nos últimos de 2005 a dezembro de 2009. Métodos: Foi realizado um estudo
anos devido à sua grande capacidade em adquirir mecanismos retrospectivo do perfil de resistência utilizando laudos de cultura
de resistência às diferentes classes de antibióticos e à sua grande eantibiogramacomosseguintesfármacos:amicacina,aztreonam,
aptidão em se adaptar a condições adversas resistindo ao desse- cefepime, ceftazidima, gentamicina, meropenem, cefotaxima,
camento, a amplas faixas de temperatura e de pH. Objetivo: Le- piperacilina/tazobactam, sulfazotrim, norfloxacin. Para a análise
vantar o número de cepas do Complexo Acinetobacter baumannii dos dados referentes ao perfil de resistência para Pseudomonas
isoladasemdiferentesmateriaisbiológicoseoperfilderesistência aeruginosa, foram considerados como baixa resistência, quando
dessas amostras durante os anos de janeiro de 2005 a dezembro menos de 50% das cepas apresentaram-se resistentes ao fárma-
de2009.MetodologiaMateriaiseMétodos:Foramisoladaseiden- co, média resistência entre 50 e 75% e alta resistência maiores de
tificadas 460 amostras do Complexo Acinetobacter baumannii, 75%. Resultados: Das 583 amostras de Pseudomonas aeruginosa
provenientes de pacientes internados no Hospital Universitário isoladas durante os anos de 2005 a 2009 de pacientes internados
do Oeste do Paraná – Cascavel. Foi realizado estudo retrospectivo no HUOP, 165 (28,2%) isolados foram de amostras de secreção
do perfil de resistência analisando laudos de cultura e antibiogra- traqueal, 126 (21,6%) de urina, 106 (18,0%) de secreções puru-
ma com os seguintes fármacos: amicacina, aztreonam, cefepime, lentas, 74 (13%) de ferida operatória, 56 (9,6%) de ponta de ca-
ceftazidima, cloranfenicol, gentamicina, meropenem, cefotaxima, teter venoso central e 56 (9,6%) de hemoculturas. Em relação ao
piperacilina/tazobactam, sulfazotrim, norfloxacin. Para a análise perfil de resistência, as cepas apresentaram alta resistência frente
dos dados referentes ao perfil de resistência foi considerado como a sulfazotrim, gentamicina, cefotaxima e amicacina. Destaca-se
baixa resistência, quando menos de 50% das cepas apresentaram- que nos anos de 2007 e 2008, o índice de resistência foi de 100%
se resistentes ao fármaco, média resistência entre 50 e 75% e alta para sulfazotrim e cefotaxima e que em 2009 o mesmo indíce foi
resistência maiores de 75%. Resultados: Das 460 amostras do para gentamicina. Conclusão: Em nosso estudo foi demonstrada
Complexo Acinetobacter baumannii isoladas no período propos- uma alta prevalência de P. aeruginosa, no Hospital Universitário
to, 155 (34%) cepas foram de amostras de secreção traqueal, 80 do Oeste do Paraná, bem como, um alto perfil de resistência aos
(17,4%) de secreções purulentas, 62 (13,4%) de hemoculturas, 57 antimicrobianos, sulfazotrim, gentamicina e cefotaxima.
(12,4%) de ferida operatória e de ponta de cateter venoso central
e 49 (10,6%) de urina. Baseado no critério adotado para perfil de
Palavras-chaves: infecção hospitalar, Pseudomonas aeruginosa,
resistência,independentedomaterialbiológico,ascepasapresen-
resistência bacteriana
taram alto índice de resistência para aztreonam e cloranfenicol, e
baixa resistência ao imipenem que vem mostrando crescimento
gradativo da resistência. Conclusão: A exposição contínua frente
a antibióticos de largo espectro desenvolve uma seleção sobre o P438
Complexo Acinetobacter baumannii promovendo a sobrevida de AGENTES CAUSADORES DE INFECÇÃO PREVALENTES EM CUL-
estirpes mais resistentes portanto, deve ser fundamental a utili- TURAS: ESTUDO EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO DE ENSINO
zação criteriosa de antibióticos utilizando esquemas terapêuticos
combinados, de modo a prevenir o aparecimento de resistências.
Autor(es): Deborah Dinorah de Sá Mororó, Emeline Noronha Vilar
de Souza, Patricia Taveira de Brito Araújo, Juliana Texeira Jales Me-
Palavras-chaves: PERFIL DE RESISTÊNCIA, ACINETOBACTER BAU- nescal Pinto, Ana Raquel de França Souza, Mylena Taise Azevedo
MANNII, ANTIMICROBIANOS Lima Bezerra, Maiana Maria de Lima Dantas

Instituição(ões): 1. HOSPED, Hospital de Pediatria da UFRN Prof.


P437 Heriberto F. Bezerra
ANÁLISE DO PERFIL DE RESISTÊNCIA DE ISOLADOS CLÍNICOS DE
Pseudomonas aeruginosa PROVENIENTES DE HOSPITAL UNIVER- Resumo:
SITÁRIO A diversidade de agentes causadores de infecção existentes na
comunidade e no hospital requer a necessidade de solicitar cul-
turas para o isolamento de microorganismos e direcionamento

301
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
da escolha terapêutica.Nesta perspectiva, o presente estudo tem principalmente entre amostras tipo II. Não houve diferença esta-
como objetivo analisar a positividade das culturas realizadas nas tisticamente significativa no perfil de susceptibilidade entre amos-
crianças internadas em um hospital pediátrico de ensino duran- tras de infecção e de colonização nasal. Amostras com SCCmec IV
te o ano de 2009, bem como,identificar os agentes prevalentes permanecemsensíveisamaioriadosantimicrobianos,emespecial
causadores de infecção.Realizou-se um estudo retrospectivo, me- tetraciclina e TMP/STX, ao contrário do observado para amostras
diante a análise dos resultados de todas as culturas realizadas no tipo III. Esse fenótipo poderia ser utilizado em laboratórios clínicos
setor de internação, as informações foram coletadas através dos para indicar o tipo de SCCmec, principalmente em países onde os
boletins epidemiológicos mensais da Comissão de Controle de amostras tipo III e IV são mais encontradas, e quando não existi-
Infecção Hospitalar(CCIH). Como resultado, verificou-se a reali- rem condições técnicas para tipagem das amostras.
zação de 436 culturas. Dessas, 78 apresentou positividade, o que
representou 17,8% da amostra. Foram identificados 22 agentes Palavras-chaves: Staphylococcus aureus, resistência, antimicrobia-
causadores de infecção, prevalecendo os seguintes microorga- nos, SCCmec, infecções
nismos: E.coli(11,5%),Klebsiella sp(11,5%), Pseudomonas aeru-
ginosas(11,5%) presentes em 09 culturas, seguidas de Staphylo-
coccus aureus presente em 08 culturas que corresponde a 10,2%,
Burkholderiacepaciaem05culturascom6,4%.Asolicitaçãoerea- P440
lização de culturas possibilitam a definição do perfil de sensibilida- INVESTIGAÇÃO CLÍNICA E EPIDEMIOLÓGICA DO SURTO DE VÍRUS
de bacteriana do setor de internação pediátrica. Essa informação SINCICIAL RESPIRATÓRIO (VSR) OCORRIDO EM ABRIL E MAIO DE
permite instituir a terapêutica adequada e a adoção de medidas 2010NOSERVIÇODETRANSPLANTEDECÉLULASTRONCO-HEMA-
de prevenção e controle das infecções para a equipe multiprofis- TOPOIÉTICAS (TCTH) DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS (HC) – FMUSP
sional e acompanhantes das crianças internadas.
Autor(es): Driele Peixoto, Elisa Teixeira Mendes, Carolyne Chaves,
Palavras-chaves: infecção, microorganismos, culturas FREDERICO DULLEY, TANIA ALVES DE LIMA, MARJORIE VIEIRA BA-
TISTA, Claudio Panutti, Thais Guimarães, Silvia Figueiredo Costa
Instituição(ões):
1. HC FMUSP, Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina da USP
P439
AVALIAÇÃO IN VITRO DO USO DE TETRACICLINA E SULFAMETO- Resumo:
XAZOL- TRIMETOPRIM PARA CARACTERIZAÇÃO DE AMOSTRAS Introdução: Surtos por VSR são freqüentes, e ainda sub-notifica-
DE Staphylococcus aureus CARREANDO DIFERENTES TIPOS DE dos, ocorrendo sazonalmente no outono e início do inverno. Em
SCCmec TCTH, as infecções respiratórias virais vêm ganhando relevância,
tantopeloaumentodamorbidadeemortalidadenestapopulação,
Autor(es): FERNANDA S. CAVALCANTE, RICARDO P. SCHUENCK, quanto por melhores técnicas diagnósticas e moleculares. Objeti-
ROBERTA M. F. CABOCLO, DENNIS DE CARVALHO FERREIRA, KÁTIA vos: Investigação clínico-epidemiológica e monitoramento de um
R. N. DOS SANTOS surto de VSR ocorrido em pacientes acompanhados no Hospital
Dia e enfermaria de TCTH, do HC-FMUSP, de abril a maio de 2010,
Instituição(ões): analisandoevoluçãodosquadrosinfecciososdestapopulação,sem
1. IMPPG - UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro tratamento antiviral específico. Métodos: O serviço realiza busca
ativa em sintomáticos respiratórios com lavado nasal e pesquisa
Resumo: de VRS, do vírus Parainfluenza, Influenza sazonal e H1N1 pandê-
Staphylococcusaureusresistentesameticilina(MRSA)éoprincipal mico. Foi realizada análise de dados clínicos e epidemiológicos de
patógeno envolvido em infecções associadas a cuidados médicos prontuários de internação e fichas de atendimentos ambulatoriais
no Brasil e no mundo. A resistência ao antimicrobiano está asso- de 42 pacientes sintomáticos respiratórios, acompanhados no pe-
ciada com a presença de um cassete cromossômico estafilocócico ríodo, que apresentavam lavado nasal positivo para pesquisa de
(SCCmec). Até o momento, são descritos oito tipos de SCCmec (I VSR pela técnica de Imunofluorescência Indireta. A análise esta-
ao VIII). No Brasil, o tipo III é prevalente em amostras hospitalares, tística foi realizada utilizando Epinfo 3.1. As variáveis categóricas
porém amostras tipo IV, tradicionalmente associadas à comunida- foram analisadas pelo método Exato de Fisher. Os pacientes in-
de e potencialmente mais virulentas vem emergindo como impor- ternados foram colocados em isolado de gotícula e contato e só
tante causa de infecções hospitalares. Este estudo objetivou ava- eram retirados do isolamento após negativação da pesquisa viral.
liar 140 amostras de MRSA oriundas de infecção e de colonização Resultados: Foram identificados 42 pacientes com VSR e apenas
nasal quanto ao tipo de SCCmec e a susceptibilidade a 15 antimi- 13(30,9%) pacientes encontravam-se internados no momento do
crobianos, e determinar a concentração mínima inibitória (CMI) diagnóstico. A maioria 29(69%) teve diagnóstico ambulatorial. A
para tetraciclina e sulfametoxazol/trimetoprima (TMP/STX) entre idade da população estudada variou entre 11 e 65 anos (média
elas. Foram analisadas 12 (8,5%) amostras tipo II, 63 (45%) tipo III de 43). De todos os pacientes 57,1% apresentaram tosse, 47,4%
e 65% (46,4%) tipo IV. Amostras tipo IV foram significantemente febre, 4% sinusite,16 % faringite e 64,2% coriza. Apenas 14(33,3%)
maissensíveisaosantimicrobianosdoqueamostrastipoIII,exceto apresentaram sintomas respiratórios baixos, e dentre esses 4 tive-
para mupirocina e teicoplanina, para os quais amostras tipo III e IV ram broncoespasmo,7 hipóxia e 8 pneumonia, sendo que 5 deles
apresentarampercentuaissemelhantesdesusceptibilidade.Todas já estavam internados. A principal doença de base foi o mieloma
as amostras tipo IV foram sensíveis a tetraciclina e apenas uma múltiplo (13 pacientes), seguido da leucemia mielóide aguda (7).
foi resistente a (TMP/STX). Ao contrário, todas as amostras tipo III Apenas 2 não estavam em uso de antibioticoterapia. Evoluiram
foram resistentes a ambos antibióticos. Os resultados obtidos no para óbito 3 (7%) pacientes, todos com quadros respiratórios
teste de difusão do disco foram, em todos os casos, compatíveis graves concomitantes (2 com aspergilose pulmonar invasiva pro-
com os resultados de CMI. Resistência a mupirocina foi observada vável e um com pneumonia bacteriana por Acinetobacter multi-

302
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
resistente). Nenhum dos 42 pacientes acompanhados fez uso de dados sugerem que antigos antimicrobianos e antissépticos como
terapia antiviral específica. Conclusão: Em pacientes TCTH, o VSR os aminoglicosideos e nitrofurantoína permanecem como opções
é um dos principais agentes virais encontrados em sintomáticos terapêuticas para o tratamento das ITU em pacientes com câncer
respiratórios,comquadrosaltoseboaevoluçãonagrandemaioria ginecológico. Os testes fenotípicos não detectaram produção de
dos casos. A necessidade de tratamento específico com ribavirina ESBLecarbapenemase,indicandoqueascefalosporinasde2ºe3º
inalatória ou anticorpos (mono e policlonais) é controvérsia na li- geração também permanecem como opção terapêutica para ITU
teratura. Neste surto os pacientes não foram tratados, e observa- nesta população.
mos uma evolução favorável, principalmente entre pacientes não
hospitalizados. Uma má evolução do quadro pulmonar ocorreu Palavras-chaves: Câncer Ginecológico, Escherichia coli, Infecção
em pacientes internados, já com condição clínica desfavorável e Urinária
com infecções pulmonares graves concomitantes.

Palavras-chaves: Infecção Viral Respiratória, Tratamento Vírus Sin-


cicialRespiratório,Surto,TransplanteMedulaOssea,VirusSincicial P442
Respiratório PERFIL DE RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS DE MICRORGANIS-
MOS ISOLADOS DE HEMOCULTURA EM HOSPITAIS DE NITERÓI

Autor(es): MARIA EMILIA DE CASTRO KLING FLEMING1, JUPIRA


P441 MIRON CARBALLIDO2, ANDRÉ LUIZ DE MELO2, MARIA CRISTINA
PERFILDESUSCEPTIBILIDADEAOSANTIMICROBIANOSDEAMOS- FERGUSON GUEDES PINTO2, PEDRO JUAN JOSE MONDINO3, LE-
TRAS DE Escherichia coli UROPATOGÊNICAS EM PACIENTES COM NISE ARNEIRO TEIXEIRA1, FERNANDA MIRANDA DE ARAUJO1, GE-
CÂNCER GINECOLÓGICO RALDO RENATO DE PAULA1

Autor(es): FERNANDA MIRANDA DE ARAUJO1,2, MUNIQUI SCHA- Instituição(ões):


RAMM CAPETT2, DEBORA OTERO BRITTO PASSOS PINHEIRO1, 1. UFF, Faculdade de Farmácia da Universidade Federal Fluminense
JULLIANA SILVA DE ABREU1, VERA LUCIA DA CUNHA ALVES1, VE- 2. HUAP, Hospital Universitário Antônio Pedro
RONICA FIRMO RIBEIRO1, GERALDO RENATO DE PAULA2, LENISE 3.UFF,FaculdadedeMedicinadaUniversidadeFederalFluminense
ARNEIRO TEIXEIRA2, IANICK SOUTO MARTINS3
Resumo:
Instituição(ões): INTRODUÇÃO: As infecções de corrente sanguínea constituem
1. HCII/INCA, INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER - UNIDADE HC II umadasmaisgravesinfecçõesbacterianasesetornamaindamais
2. UFF, FACULDADE DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL severas se causadas por microrganismos multirresistentes. A re-
FLUMINENSE sistência está relacionada às características moleculares dos pa-
3. UFF, FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL tógenos, assim como aspectos do hospedeiro e uso irracional de
FLUMINENSE antimicrobianos. Por se tratar de um problema de saúde pública,
medidas de vigilância e estudos de monitoramento são ferramen-
Resumo: tas fundamentais no conhecimento do perfil de microrganismos
INTRODUÇÃO: As infecções urinárias complicadas são frequentes envolvidos em bacteremias e no desenvolvimento e execução de
nas pacientes com câncer ginecológico, devido alterações ana- ações preventivas. OBJETIVOS: Descrever o perfil microbiológico
tômicas das vias urinárias. E. coli é o agente etiológico mais fre- e a prevalência de resistência aos antimicrobianos entre os mi-
quentemente detectado nestas infecções. OBJETIVOS: Descrever crorganismos isolados de hemoculturas em hospitais de Niterói.
a prevalência de amostras de E. coli uropatogênicas susceptíveis MÉTODOS: Foram coletadas amostras detectadas em hemocultu-
a antigos antimicrobianos em pacientes com câncer ginecológi- ras em dois hospitais gerais (público e privado) de Niterói, entre
co. MÉTODOS: Trata-se de uma série de casos de pacientes com julho/2009 e março/2010. A identificação bacteriana foi obtida
infecções do trato urinário (ITU) por E. coli assistidas no Hospital por métodos microbiológicos convencionais. Os testes de suscep-
do Câncer II do Instituto Nacional de Câncer (HCII/INCA). Todas tibilidade aos antimicrobianos foram realizados e interpretados
as pacientes com ITU por E. coli (crescimento bacteriano maior conforme recomendações do Clinical and Laboratory Standards
que 105 UFC/mL) e câncer ginecológico, atendidas nos ambula- Institute(CLSI 2009). RESULTADOS: Foram avaliadas 291 amostras
tórios, enfermarias, CTI e emergência do HCII/INCA, de janeiro a da instituição pública, sendo 30,2% Staphylococcus coagulase ne-
dezembro de 2009 foram incluídas. A identificação bacteriana foi gativa (SCN) (n: 88), seguido de 8,9% S. aureus (n: 26), 5,5% Kleb-
realizada por métodos microbiológicos convencionais. Os testes siella pneumoniae (n: 16), 4,5% Escherichia coli (n: 13), 3,1% Pseu-
de susceptibilidade aos antimicrobianos, detecção de ESBL e car- domonas aeruginosa (n: 9) e 2,1% Acinetobacter baumannii (n: 6).
bapenemase foram realizados conforme recomendações do Clini- No hospital particular, 68 amostras foram avaliadas e comparadas
cal and Laboratory Standards Institute (CLSI 2009). RESULTADOS: com o perfil da unidade pública apresentando as porcentagens:
No período do estudo, foram avaliadas 535 amostras bacterianas 1,5% SCN (n: 1), 8,8% S. aureus (n: 6), 10,3% K. pneumoniae (n: 7),
consecutivas responsáveis por 535 episódios de ITU. E. coli foi de- 7,4% E. coli (n: 5), 35,3% P. aeruginosa (n: 24) e 7,4% A. bauman-
tectada em 340 casos (64%). A prevalência global de resistência nii (n: 5). Quanto à resistência, no hospital público, 80,7% (n: 71)
entreasamostrasdeE.coli foi53%(n:181)paraamoxicilina eam- de SCN e 57,7% (n: 15) de S. aureus foram resistentes a oxacilina
picilina, 47% (n: 161) para cefazolina, 41% (n: 140) para sulfame- respectivamente. Todas as amostras foram sensíveis a vancomici-
toxazol/trimetoprim, 36% (n: 124) para ciprofloxacino, 9% (n: 32) na. Dentre as amostras de K. pneumoniae e E. coli, 43,8% (n: 7) e
para gentamicina,4%(n: 12) para nitrofurantoína emenos que1% 15,4% (n: 2) foram produtoras de ESBL respectivamente. Todas as
(n: 1) para a amicacina. Todas as amostras de E. coli foram nega- amostrasdeP.aeruginosaeA.baumanniiforamsensíveisapolimi-
tivas para produção de ESBL e carbapenemases. CONCLUSÃO: Os xinaB,entretanto,22,2%(n:9)e100%(n:5)respectivamentepro-

303
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
duziram metallo-β–lactamase. No hospital particular, 71,4% (n: 5) Palavras-chaves: Acinetobacter, infecção hospitalar, resistência
Staphylococcus sp. foram resistentes a oxacilina e todos sensíveis bacteriana
a vancomicina. Dentre as amostras de K. pneumoniae 57,1% (n:
4) foram positivas para a produção de ESBL, enquanto todas as E.
coli foram negativas. Entre as amostras de P. aeruginosa e A. bau-
mannii, 66,7 (n: 16) e 80% (n: 4) produziram metallo-β–lactamase P444
etodas foramsensíveis apolimixina B. CONCLUSÃO:Diferençasna INCIDÊNCIA E PERFIL DE SUSCETIBILIDADE AOS ANTIMICROBIA-
prevalência de microrganismos causadores de bacteremias entre NOS DE PSEUDOMONAS SPP ISOLADAS EM UM HOSPITAL UNI-
oshospitaisrefletemaimportânciadabuscadedadoslocais,afim VERSITÁRIO NO ANO DE 2009
de reduzir o uso inadequado de antibióticos e prevenir a dissemi-
nação de patógenos. Autor(es): ARAH SELLA LANGER, ANA FLÁVIA GALLAS LEIVAS, GRA-
ZIELA BRAUN
Palavras-chaves: Antimicrobianos, Hemocultura, Resistência
Instituição(ões):
1. Unioeste, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

P443 Resumo:
INCIDÊNCIA E PERFIL DE SUSCETIBILIDADE AOS ANTIMICROBIA- O gênero Pseudomonas é constituído por bacilos Gram-negativos
NOS DE ACINETOBACTER SPP ISOLADAS EM UM HOSPITAL UNI- móveis, aeróbios estritos, que apresentam a enzima citocromo
VERSITÁRIO NO ANO DE 2009 oxidase. Pseudomonas aeruginosa é a espécie mais isolada e de
maior importância clínica. O objetivo deste estudo foi determinar
Autor(es): GRAZIELA BRAUN, ANA FLÁVIA GALLAS LEIVAS, SARAH a incidência e o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos das
SELLA LANGER cepas de Pseudomonas isoladas no Hospital Universitário do Oes-
te do Paraná (HUOP) no ano de 2009. Foram incluídas no estudo
Instituição(ões): todas as culturas positivas para o gênero Pseudomonas realizadas
1. Unioeste, Universidade Estadual do Oeste do Paraná noLaboratóriodeAnálisesClínicasdoHUOP,noperíododejaneiro
a dezembro de 2009. A suscetibilidade aos antimicrobianos foi de-
Resumo: terminada pelo método de disco-difusão em agar, de acordo com
O gênero Acinetobacter é constituído por cocobacilos Gram-nega- asnormasdoClinicalandLaboratoryStandardsInstitute(CLSI).No
tivos aeróbios estritos, sendo Acinetobacter baumannii a espécie período, foram obtidos 128 isolados, sendo 118 de P. aeruginosa,
mais frequentemente isolada. As infecções causadas por A. bau- dois de P. putida e oito de outras espécies não identificadas pelo
mannii são de tratamento difícil, devido à resistência difundida laboratório. Os isolados foram provenientes de diversos materiais
destas bactérias a maioria dos antimicrobianos. Surtos causados clínicos: secreções (57,1%), urina (22,2%), escarro (8,7%), ponta
por cepas de A. baumannii resistentes aos carbapenêmicos têm decateter(4,8%),sangue(4,0%)elíquidoscavitários(3,2%).Ame-
sido relatados em diversos hospitais. Por isso, o objetivo deste es- diana de idade dos pacientes estudados foi de 24 anos, variando
tudo foi determinar a incidência e o perfil de suscetibilidade aos de 39 dias a 88 anos. Quanto ao gênero, 61,7% (79) dos pacientes
antimicrobianos das cepas de Acinetobacter isoladas no Hospital eram homens. Em relação ao perfil de suscetibilidade aos antimi-
Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) no ano de 2009. Foram crobianos, as cepas de Pseudomonas apresentaram maiores índi-
incluídas no estudo todas as culturas positivas para o gênero Aci- ces de resistência ao cloranfenicol (86,9%), piperacilina (78,7%),
netobacterrealizadasnoLaboratóriodeAnálisesClínicasdoHUOP, cefotaxima (53,5%), sufametoxazol+trimetoprima (50,0%), aztre-
no período de janeiro a dezembro de 2009. A suscetibilidade aos onam (35,1%), amicacina (33,3%), ciprofloxacino (33,3%), ceftazi-
antimicrobianos foi determinada pelo método de disco-difusão dima (24,7%), gentamicina (20,7%), ticarcilina + ácido clavulânico
em agar, de acordo com as normas do Clinical and Laboratory (16,9%) e meropenem (6,1%). Estes resultados mostram que a re-
Standards Institute (CLSI). No período do estudo foram obtidos 67 sistênciabacterianadosisoladosaosantimicrobianosconstituium
isolados, sendo 42 de A. baumannii, 15 de Acinetobacter genoes- problema na prática clínica.
pécie 3, dois de A. junii e oito de outras espécies não identificadas
pelo laboratório. Os isolados foram provenientes de diversos ma- Palavras-chaves: Pseudomonas, infecção hospitalar, resistência
teriais clínicos: secreções (67,2%), urina (14,9%), ponta de cateter bacteriana
(7,5%), sangue (4,5%), líquidos cavitários (3,0%) e fragmentos ós-
seos(3,0%).Amedianadeidadedospacientesestudadosfoide32
anos,variandode2mesesa79anos.Quantoaogênero,74,6%(50)
dos pacientes eram homens. Em relação ao perfil de suscetibilida- P445
de aos antimicrobianos, as cepas de Acinetobacter apresentaram INCIDÊNCIA E PERFIL DE SUSCETIBILIDADE AOS ANTIMICROBIA-
maioresíndicesderesistênciaaoaztreonam(92,6%),cloranfenicol NOSDECEPASDEESCHERICHIACOLIISOLADASEMUMHOSPITAL
(70,0%), ciprofloxacino (69,2%), ceftriaxona (60,7%), ticarcilina + UNIVERSITÁRIO
ácido clavulânico (55,4%), amicacina (53,6%), ceftazidima (53,1%),
tetraciclina (52,9%), gentamicina (38,9%), ampicilina + sulbactama Autor(es): ANA FLÁVIA GALLAS LEIVAS, SARAH SELLA LANGER,
(34,6%), meropenem (25,0%), piperacilina+tazobactama (25,0%), GRAZIELA BRAUN
sufametoxazol+trimetoprima (20,0%) e polimixina B (20,0%). As-
sim, conclui-se que devido à resistência difundida destas bactérias Instituição(ões):
a maioria dos antimicrobianos testados, as infecções causadas por 1. Unioeste, Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Acinetobacter são de difícil tratamento.
Resumo:

304
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Escherichia coli é um dos patógenos bacterianos mais versáteis. te a Candida spp. isoladas na saliva de pacientes oncológicos com
Algumas cepas são membros importantes da microbiota normal e sem mucosite submetidos a diferentes tratamentos antineoplá-
do intestino, enquanto outras possuem fatores de virulência que sicos. Um total de 12 Candida spp., foram isoladas desses pacien-
as permitem causar infecções intestinais ou em outros locais do tes e utilizadas nesse estudo, sendo 7 Candida albicans, 3 Candida
organismo, principalmente no trato urinário. O objetivo deste es- glabrata e 2 Candida tropicalis. Para a avaliação da atividade anti-
tudo foi determinar a incidência e o perfil de suscetibilidade aos microbiana frente a Candida spp. foram utilizados os antissépticos
antimicrobianos das cepas de Escherichia coli isoladas no Hospital bucais comerciais Cepacol® Cool Ice e o Periogard®, bem como o
Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) no ano de 2009. Foram manipulado em farmácia, clorexidina a 0,12%. Para a avaliação
incluídas no estudo todas as culturas positivas para E. coli realiza- do perfil de sensibilidade de antifúngicos frente a Candida spp.
das no Laboratório de Análises Clínicas do HUOP, no período de foram utilizadas fitas Etest® com anfotericina B e fluconazol. Os
janeiroadezembrode2009.Asuscetibilidadeaosantimicrobianos resultados foram expressos em diluição inibitória máxima (DIM),
foi determinada pelo método de disco-difusão em agar, de acor- que representou a máxima diluição de antisséptico capaz de inibir
do com as normas do Clinical and Laboratory Standards Institute o crescimento microbiano, e em concentração inibitória mínima
(CLSI). No período deste estudo foram obtidos 114 isolados de E. (CIM), que representou a mínima concentração do antifúngico
coli. Os isolados foram provenientes de diversos materiais clíni- capaz de inibir o crescimento microbiano. Para análise estatística
cos, dentre os quais a maioria era de urina (57,9%), seguida de empregou-se os testes não paramétricos de McNemar e Wilcoxon
secreções (31,6%), líquidos cavitários (6,1%) e sangue (4,4%). A com nível de significância (α=0,05). As DIMs do Cepacol® Cool Ice
maior parte dos pacientes dos quais foram obtidas as amostras foram de 1:20 para 4 cepas, 1:40 para 3 cepas, 1:80 para 2 cepas e
encontrava-se internada nas Clínicas Médica e Cirúrgica (23,1%), de 1:160 para 3 cepas; para o Periogard® foram de 1:20 para 8 ce-
na ala de Ortopedia (11,1%), na Unidade de Terapia Intensiva pas e de 1:40 para 4 cepas; e para a clorexidina a 0,12% foram de
(9,4%) e no Centro Obstétrico (8,6%). A idade dos pacientes va- 1:10para4 cepas,1:20para4cepas, 1:40para3 cepase1:80para
riou de um mês a 91 anos, sendo a mediana de 35 anos. Quan- 1 cepa. Com relação as CIMs dos antifúngicos, as 12 Candida spp.
to ao gênero, a maioria (63,2%) eram mulheres, e apenas 36,8% foram sensíveis a anfotericina B (0,125 a 0,64μg/ml) e 10 Candida
eram homens. Em relação ao perfil de suscetibilidade aos antimi- spp.aofluconazol(0,125a6μg/ml).Entretanto,2C.glabrataapre-
crobianos, as cepas de E. coli apresentaram resistência a ampici- sentaram sensibilidade dose dependente ao fluconazol (12μg/ml).
lina (49,1%), ampicilina+sulbactama (42,6%), cefalotina (37,8%), Em conclusão, o Cepacol® Cool Ice apresentou as melhores DIMs
sulfametoxazol+trimetoprima (36,0%), tetraciclina (26,5%), pipe- frente a Candida spp. isoladas na saliva de pacientes oncológicos,
racilina (21,2%), ticarcilina + ácido clavulânico (15,6%) cefepime o Periogard® mostrou atividade antimicrobiana intermediária e a
(11,7%), ciprofloxacino (10,5%), cefoxitina (10,2%), gentamicina clorexidina a 0,12% o pior resultado (p<0,05). Em adição, todas as
(10,0%), cefotaxima (9,7%), aztreonam (6,8%), ceftazidima (6,7%), leveduras foram sensíveis aos antifúngicos (anfotericina B e flu-
amicacina (6,3%), piperacilina+tazobactama (4,5%) e meropenem conazol), apesar da sensibilidade dose dependente de 2 cepas ao
(1,3%). Todas as cepas testadas foram sensíveis ao cloranfenicol. fluconazol.
Para concluir, considerando-se a resistência bacteriana à terapia
medicamentosa, é essencial o conhecimento do perfil de resistên- Palavras-chaves: Candida, mucosite, antissépticos bucais, antifún-
cianaprópriainstituição,afimdeaperfeiçoaraprescriçãodeanti- gicos, neoplasias
microbianos, melhorando a qualidade de atendimento ao pacien-
te e reduzindo os riscos de indução de resistência nos patógenos.

Palavras-chaves: Escherichia coli, infecção urinária, resistência P447


bacteriana, urina ATIVIDADE ANTIBIOFILME DO ÓLEO DE MELALEUCA E FUTURA
APLICABILIDADE EM BIOMATERIAIS: REVISÃO INTEGRATIVA

Autor(es): Evandro Watanabe, Denise de Andrade


P446
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE ANTISSÉPTICOS Instituição(ões):
BUCAIS E ANTIFÚNGICOS FRENTE A Candida spp. ISOLADAS NA 1. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP
SALIVA DE PACIENTES ONCOLÓGICOS
Resumo:
Autor(es): Vanessa Castro de Souza e Silva, Evandro Watanabe, A melaleuca é uma planta nativa da Austrália e é conhecida como
Andresa Piacezzi Nascimento, Vanderlei José Haas, Denise de An- Árvore do Chá (Tea Tree). Na natureza, é na maioria das vezes
drade bactericida, mas em baixas concentrações pode ser bacterios-
tática. O óleo extraído das folhas da Melaleuca alternifolia tem
Instituição(ões): apresentado concentrações inibitórias mínimas (CIMs) abaixo de
1. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP 1,0% para maioria das bactérias, sendo uma opção segura para
futura aplicabilidade em biomaterias com a finalidade de vencer
Resumo: os desafios associados ao biofilme e a resistência antimicrobiana.
ACandidaspp.éumgênerodeleveduraque,apesardefazerparte Frente ao exposto, objetivou-se avaliar e descrever as evidências
da microbiota normal da boca, representa uma ameaça a saúde científicas disponíveis a respeito da atividade antibiofilme do óleo
bucal de pacientes oncológicos submetidos a tratamento antineo- de melaleuca e a futura aplicabilidade em biomateriais a serem
plásico e um desafio aos profissionais de saúde, devido as dificul- empregadosparasaúdehumana.Apráticabaseadaemevidências
dades diagnósticas e terapêuticas relacionadas as suas infecções. representou o referencial teórico-metodológico. E, para a obten-
Diante do exposto, objetivou-se neste estudo avaliar a atividade ção das evidências, realizou-se a revisão integrativa da literatura
antimicrobiana in vitro de antissépticos bucais e antifúngicos fren- nas bases de dados MEDLINE, LILACS, CINAHL e Biblioteca Cochra-

305
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ne. Totalizou-se 7 publicações experimentais in vitro da atividade A sensibilidade de Pseudomonas sp, em pacientes internos/exter-
antimicrobiana do óleo de melaleuca frente ao biofilme de Liste- nos, à ciprofloxacina foi de 80%/75%; à ceftazidima 92%/75%; à
ria monocytogenes, estafilococos colagulase-negativa (SCN), Sta- gentamicina 87,5%/75%. Para os SCN e S. aureus a sensibilidade
phylococcus epidermidis, Staphylococcus aureus não resistente a à oxacilina em pacientes internos foi de 52%/81% e em externos
meticilina (MSSA), S. aureus resistente a meticilina (MRSA), Por- 40%/83%,respectivamente.CONCLUSÃO:Asbactériasgramnega-
phyromonas gingivalis, Streptococcus mutans e Candida albicans. tivas ainda apresentam uma boa sensibilidade às cefalosporinas
De acordo com os estudos, o óleo de melaleuca inibiu e reduziu e quinolonas nos dois ambientes. A sensibilidade dos S. aureus à
em 50% o biofilme de L. monocytogenes. Ainda, mesmo os biofil- oxacilina permite iniciar terapia empírica com esse antimicrobiano
mes mais resistente de SCN, bem como os mais sensíveis de MSSA no meio intra-hospitalar e ambulatorial com segurança. Entretan-
e MRSA foram eliminados com óleo de melaleuca. A atividade an- to, a baixa sensibilidade à oxacilina para os SCN, possibilita o uso
tibiofilme da melaleuca foi de 2 a 16g/l frente ao S. epidermidis, empírico de vancomicina nos isolados até resultado de antibiogra-
abaixo de 1% para o S. aureus e de 0,2% para a Porphyromonas ma e a depender da condição clínica do paciente.
gingivalis e Streptococcus mutans. Em adição, a impregnação de
óleo de melaleuca em biomaterial como o polidimetil siloxano ini- Palavras-chaves: Ambulatório, Bactérias, Hospitalar, Perfil Micro-
biu o biofilme de Candida albicans. Assim, outras pesquisas são biológico
necessárias, especialmente, para elucidar questionamentos refe-
rentes a melaleuca, os futuros avanços em biomateriais e o risco
deinfecçãorelacionadoadispositivosimplantadose/ouaplicados,
reforçando o interesse em avaliar, identificar situações problemas P449
e propor métodos efetivos de intervenção para melhoria da qua- DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES RELACIONADAS AO CATETER PE-
lidade de vida do ser humano. Bolsa de Pós-doutorado da FAPESP LAS TÉCNICAS SEMIQUANTITATIVA E QUANTITATIVA

Palavras-chaves: Biofilmes, Materiais Biocompatíveis, Melaleuca, Autor(es): Danilo Flávio Moraes Riboli, Eliane Pessoa Silva, Va-
Óleo de Melaleuca léria Cataneli Pereira, Maria de Lourdes Ribeiro de Souza Cunha

Instituição(ões):1.IBB-UNESP,IntitutodeBiociênciasdeBotucatu
P448 Resumo:
PERFIL DE SENSIBILIDADE DAS BACTÉRIAS ISOLADAS DE PACIEN- “DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES RELACIONADAS AO CATETER PE-
TES INTERNADOS E PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO LAS TÉCNICAS SEMIQUANTITATIVA E QUANTITATIVA” Riboli, D.
DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO NORTE DE MINAS. F. M.* ; Silva, E. P.; Pereira, V.C.; Cunha, M. L. R. S Universidade
Estadual Paulista - Departamento de Microbiologia e Imunologia
Autor(es): Francisco de Assis Filocre Saraiva Júnior, Letícia de Melo – IB UNESP- Botucatu - SP A infecção da corrente sanguínea rela-
Mota, Lúcia Maria Garcia, Luana Cirstine Soares Rocha, Luciana cionada ao cateter (ICSRC) é uma das principais infecções noso-
Prates Lafetá, Maria Cecília Xavier Souto, Thiago Vinícius Bispo comiais que acometem neonatos e prematuros com baixo peso.
Mendes O uso freqüente de dispositivos intravasculares é indispensável
na prática médica moderna, entretanto, o uso freqüente desses
Instituição(ões): dispositivos é fator predisponente a uma variedade de infecções
1. HUCF, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTE DE FARIA locais ou sistêmicas, dentre elas ICSRC. Os Estafilococos coagulase
negativa (ECN), comuns da flora normal da pele freqüentemente
Resumo: são recuperados de cateteres contaminados ou associados à sep-
INTRODUÇÃO: Conhecer o perfil de sensibilidade das bactérias ticemia. A ICSRC tem sido diagnosticada quando microrganismos
isoladas no meio intra e extra-hospitalar permite direcionar te- idênticos são isolados da cultura da ponta de cateter e das he-
rapia empírica nos dois ambientes. OBJETIVO: Avaliar o perfil de moculturas do mesmo paciente. Esse estudo tem como objetivo
sensibilidade das bactérias em pacientes internados e ambula- determinar a etiologia e comparar as técnicas de culturas semi-
toriais de setembro de 2009 a abril de 2010. MÉTODOS: Dados quantitativa e quantitativa no diagnóstico das ICSRC em recém-
adquiridos através do software SPSS (Statistical Package for Social nascidos da UTI neonatal do Hospital Universitário de Botucatu no
Scienses) versão 11 no laboratório de microbiologia da instituição período de 2005 a 2010. A técnica semiquantitativa foi realizada
e compilados no programa Excel 2007. RESULTADOS: Avaliou-se através do rolamento da ponta de cateter em placa contendo ágar
395 bactérias isoladas entre internados (53%/211) e ambulato- sangue, sendo que o crescimento ≥ 15 unidades formadoras de
riais (47%/184). As bactérias mais comuns nos pacientes internos colônia (UFC) indicou colonização significativa do cateter. Na téc-
e externos foram: E. coli, SCN (Staphylococcus coagulase negati- nica quantitativa foi feita a instilação de água destilada estéril pelo
vo), S. aureus, Klebsiella pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa. lúmen do cateter, e o cultivo de volume conhecido em ágar san-
As amostras mais cultivadas de pacientes internos e externos fo- gue, considerando significativo o crescimento ≥ 103 UFC/mL. Den-
ram, respectivamente, sangue (94/44%; 38/21%) e urina (78/37%; tre os microrganismos isolados, os ECN foram os mais freqüentes
132/72%). Comparando-se o perfil de sensibilidade aos antimicro- (73,0%), seguidos pelas Leveduras (13%), S. aureus (7%), bacilos
bianos evidenciou-se para a Escherichia coli, 88,2% de sensibilida- gram negativos (7%) e E. coli (7%). De 39 pontas de cateteres com
de à ciprofloxacina em pacientes internos e 94,4% em externos, hemocultura positiva para o mesmo microrganismo encontrado
72,4% à ceftriaxona em internos e 96% em externos, 85,1% à no cateter, a cultura semiquantitativa foi positiva em 26 (66,7%)
gentamicina em internos e 96% em externos. K. pneumoniae mos- delas e a quantitativa em 24 (61,5%). Dentre as espécies de ECN,
trou sensibilidade de 67% à ciprofloxacina em pacientes internos S. epidermidis foi a espécie mais encontrada na colonização das
e 100% em externos, à ceftriaxona 63% em internos e 86% em pontas de cateteres e na ICSRC. Verificou-se resistência à oxacilina
externos, à gentamicina 50% em internos e 92,4% em externos. em 14 (73,7%) de um total de 19 amostras de Staphylococcus spp.

306
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
relacionados com a ICSRC sendo que 13 (92,8%) deles eram ECN. concomitantemente.Dos57S.saprophyticusestudados,7(12,3%)
Apesar do acesso vascular ser extremamente importante no tra- foram resistentes ao disco de cefoxitina e nenhum apresentou o
tamento de recém-nascidos, ele também é um fator de risco para gene mecA, enquanto 56 (98,2%) demonstraram resistência ao
a ICSRC. Devem ser preconizadas medidas assépticas pelos profis- disco de oxacilina e somente 2 apresentaram o gene mecA. O D-
sionais no ambiente de trabalho buscando-se sempre a prevenção teste foi positivo em 10 isolados (6 S. saprophyticus, 3 S. aureus
das infecções. Sendo os Staphylococcus o gênero mais encontra- e em um S. haemolyticus). Os resultados mostraram que embo-
do quando diagnosticada a ICSRC, destaca-se a importância do ra o disco de cefoxitina e a detecção do gene mecA apresentem
estudo desses microrganismos e a detecção de cepas resistentes maior sensibilidade para detecção de resistência à oxacilina em
a antibióticos o que pode levar a um tratamento mais eficaz dos diferentes espécies de estafilococos, para S. saprophyticus o disco
recém-nascidos. Apoio Financeiro: CNPq deoxacilinaapresentoumelhoresresultados,provavelmentedevi-
do a hiperprodução de β-lactamase ou alteração de PBP que não
Palavras-chaves:Infecçãorelacionada aocateter,Técnicaquantita- a PBP2a. Apoio:FAPESP
tiva, Técnica semiquantitativa
Palavras-chaves: Infecção urinária, Resistência, Staphylococcus sa-
prophyticus
P450
DETECÇÃO DA RESISTÊNCIA À OXACILINA, RESISTÊNCIA INDUZI-
DA AO GRUPO MLS (MACROLÍDEOS; LINCOSAMINAS E ESTREP- P451
TOGRAMINAS), E COMPARAÇÃO DE MÉTODOS DE IDENTIFICA- CARACTERIZAÇÃO DE STAPHYLOCOCCUS RESISTENTES À OXACI-
ÇÃO EM STAPHYLOCOCCUS SPP. ISOLADOS DE PACIENTES COM LINA EM UNIDADES NEONATAL E PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU). UNIVERSITÁRIO

Autor(es): ADRIANO MARTISON FERREIRA, ALESSANDRO LEA Autor(es):VALÉRIACATANELIPEREIRA,ANDRÉMARTINS,ADILSON


MONDELLI, MARIANA FAVERO BONESSO, VALÉRIA CATANELI PE- DE OLIVEIRA, MARIA DE LOURDES RIBEIRO DE SOUZA DA CUNHA
REIRA, MARIA DE LOURDES RIBEIRODE SOUZA DA CUNHA Instituição(ões): 1. UNESP, Universidade Estadual Paulista
Instituição(ões): 1. UNESP, Universidade Estadual Paulista

Resumo:
Resumo: Os Staphylococcus resistentes a oxacilina (MRS) são importantes
A ITU é uma das doenças infecciosas mais frequentes na prática patógenos em Unidades Neonatal (UTIN) e Pediátrica (UTIP), po-
clínica,figurandocomoasegundainfecçãomaiscomumnoserhu- dendo causar sérias infecções às crianças internadas, que geral-
mano. O Staphylococcus saprophyticus é o segundo mais frequen- mente estão submetidas a vários fatores de risco. A resistência in-
te agente de ITU adquirida na comunidade, existindo relatos de trínsica à oxacilina é mediada pelo gene mecA, que é carreado em
septicemia e pielonefrite por este microrganismo. Os objetivos fo- umelementogenéticomóvelespecíficoidentificadocomocassete
ramavaliaroperfilderesistênciaecomparar2métodosparaiden- cromossômicoestafilocócicomec(SCCmec).Existem7tiposdeSC-
tificação de Staphylococcus spp. isolados de pacientes com ITU. As Cmec, sendo os tipos I, II e III predominantes nos MRS isolados em
100 amostras foram identificadas através do método simplificado ambiente hospitalar, e os demais encontrados nos MRS isolados
de provas bioquímicas (método de referência) e pelo Vitek I. Para na comunidade. A detecção e caracterização de MRS é importante
avaliação da sensibilidade às drogas foram utilizados os discos de para guiar a terapia e prevenir que o paciente seja desnecessa-
oxacilina,cefoxitina,novobiocina,cefalotina,gentamicina,linezoli- riamente tratado com vancomicina, um antimicrobiano que apre-
da, norfloxacina, penicilina G, sulfametoxazol/trimetoprin, vanco- senta complicações terapêuticas e que pode selecionar amostras
micina, nitrofurantoina, amoxicilina/ácido clavulânico, eritromici- resistentes.OestudodetectouecaracterizouMRSnasUTINeUTIP
na e clindamicina. A determinação da resistência à oxacilina foi do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu no
feita por disco-difusão e detecção do gene mecA. Para detecção período de 1990 a 2009. Foram estudadas 119 amostras de S. au-
da resistência induzida aos antimicrobianos pertencentes ao gru- reus provenientes de pacientes da UTIN e UTIP e 100 amostras de
po MLS utilizou-se o método de disco aproximação (D-teste). As estafilococos coagulase-negativa (ECN) provenientes de pacientes
provas bioquímicas identificaram 55 isolados como S. saprophyti- da UTIN. Foi realizada a detecção de MRS através da pesquisa do
cus, 14 S. epidermidis, 7 S. haemolyticus e 6 S. warneri, enquanto gene mecA pela técnica de PCR e a caracterização das amostras
o Vitek I identificou 47 S. saprophyticus, 12 S. epidermidis, 9 S. ha- positivas para esse gene pela técnica de PCR multiplex. Foram de-
emolyticuse4S.warneri.Os16S.aureusencontradosforamiden- tectados 17,6% de S. aureus resistentes a oxacilina, sendo 18,4%
tificados por ambos os testes, entretanto 6 espécies de S. auricu- na UTIN e 16,3% na UTIP. Entre os ECN, 69% apresentaram o gene
laris, 5 de S. simulans e um S. xylosus foram identificadas somente mecA, sendo 91% pertencentes à espécie S. epidermidis, 7% à es-
pelo Vitek I. O maior percentual de resistência encontrado foi à pécie S. haemolyticus e 2% à espécie S. warneri. A caracterização
oxacilina (78,0%), seguido da penicilina G (73,0%). Todas as amos- do SCCmec em S. aureus revelou 57,1% do tipo IV e 42,9% do tipo
tras foram sensíveis à vancomicina, linezolida e Nitrofurantoina. III, sendo que no período de 1991 a 1999 foram caracterizadas 8
Dentre as amostras estudadas foram encontrados 18 estafilococos amostras do tipo III e 1 do tipo IV e no período de 2000 a 2009
mecA positivos, sendo 6 S. epidermidis, dos quais 3 possuiam SC- foram detectadas 11 amostras do tipo IV e 1 do tipo III. Nos ECN a
Cmec tipo III e 3 do tipo IV; 4 S. aureus, 2 do tipo III, um do tipo II caracterização do SCCmec classificou 39,1% do tipo I sendo 22 S.
e um não tipável; 4 S. haemolyticus, 2 do tipo II e 2 não tipáveis, epidermidis e 5 S. warneri, 4,4% do tipo II sendo 2 S. epidermidis e
2 S. saprophyticus, os dois do tipo IV; 2 S. warneri, um do tipo III 1 S. warneri, 43,5% do tipo III e 13% do tipo IV, sendo os tipos III e
e o outro não tipável. Em relação ao teste de triagem para detec- IV pertencentes à espécie S. epidermidis. A caracterização do SCC-
ção da resistência à oxacilina, dos 18 estafilococos mecA positivos, mec em S. aureus revela a prevalência do tipo III na década de 90
15 (83,3%) foram resistentes aos discos de cefoxitina e oxacilina e a predominância dos MRSA do tipo IV a partir desse período, su-

307
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
gerindoumaumentodelinhagensdeS.aureusresistentesàoxaci- frente a microrganismos Gram positivos que Gram negativos e em
lina de origem comunitária. Já entre os ECN resistentes à oxacilina nossos estudos constatamos a superior eficiência da fração fren-
foramdetectados4tiposdeSCCmec,ressaltandoaimportânciada te a microrganismos Gram negativos multirresistentes. Com isso,
detecção e caracterização dos MRS, pois a possibilidade da trans- concluímos que a fração clorofórmica da própolis vermelha é um
ferência do gene mecA de ECN para linhagens de S. aureus, que poderoso agente bactericida com ação tanto em Gram positivos
possuem mais fatores de virulência, implica em cuidados com o como em Gram negativos e com estudos mais aprofundados po-
emprego racional de antibioticoterapia e melhora das práticas de derá ser um promissor fitoterápico no combate a microrganismos
controle de infecção hospitalar. Apoio: FAPESP multirresistentes.

Palavras-chaves: Oxacilina, Resistência, Staphylococcus, SCCmec Palavras-chaves: Própolis, Resistência Bacteriana, Fitoterápico

P452 P453
ATIVIDADE BACTERICIDA DA FRAÇÃO CLOROFÓRMICA DE PRÓ- PERFIL DE SENSIBILIDADE DOS MICROORGANISMOS ISOLADOS
POLIS EM INFECÇÕES COMUNITÁRIAS EM UM HOSPITAL ESCOLA

Autor(es):ZenaldoPorfírio1,2,ValterAlvino1,2,FláviaSoares2,Lu- Autor(es): Gislene Aparecida Xavier dos Reis1, Priscila Paulin1, Ja-
ana Biggi2, Renato Cavalcante2, Renato Cavalcante2 queline Dario Capobiango1, Renata Aparecida Belei1, Katia Regina
Gomes da Silva2
Instituição(ões):
1. UFAL, Universidade Federal de Alagoas Instituição(ões):
2. CPML, Centro de Patologia e Medicina Laboratorial 1. HUL, Hospital Universitário de Londrina, PR.
2. HEL, Hospital Evangélico de Londrina
Resumo:
A própolis é um produto natural que ganhou grande importância Resumo:
nosúltimos30anosevemsendoutilizadaatualmenteemdiversas INTRODUÇÃO:Infecçãocomunitáriaéumainfecçãoconstatadaou
preparações farmacêuticas como: pó, creme, pomada, sabonete, em incubação no ato da admissão do paciente, não relacionada
protetor solar, etc. Estudos farmacológicos vêm sendo realizados a internação anterior. As infecções comunitárias em pediatria são
devido às atividades, como: antibacteriana, antifúngica, antiinfla- uma importante causa de admissão hospitalar. OBJETIVO: Iden-
matória,antioxidante,hipotensiva,anti-HIV,antiviral,antitumoral, tificar o perfil de sensibilidade dos microrganismos de infecções
adstringente, hepatoprotetora, anestésica, imunomodulatória. comunitárias em crianças atendidas em um Hospital Universitário
Dentre as substâncias presentes na própolis destacam-se os fla- Público.METODOLOGIA:Estudoretrospectivodecaráterquantita-
vonóides, os quais são indicados como responsáveis pelas ações, tivo,descritivo.Osdadosforamcoletadosapartirdelaudosmicro-
anti-inflamatória, antimicrobiana e, em especial, pela antifúngica. biológicosanalisadosporumamédicadaComissãodeControlede
Recentemente, foi descoberto um novo tipo de própolis no litoral Infecção Hospitalar (CCIH). A população estudada foram crianças
da região Nordeste do Brasil, chamada de própolis vermelha. O entre 0 e 12 anos atendidas nas unidades pediátricas da referida
objetivo do estudo foi avaliar a ação bactericida da fração cloro- instituição, no período de janeiro a dezembro de 2009. A análise
fórmica de própolis vermelha frente a bactérias multirresistentes. foi feita através do programa Epiinfo versão 3.5.1. RESULTADOS:
Foram utilizadas no estudo cepas de Enterococcus faecalis; Pseu- Foram analisados 269 laudos microbiológicos. Os materiais iso-
domonas aeruginosa; Klebsiella pneumoniae; Escherichia coli; lados foram: urina (73,2%), secreções (11,5%), sangue (7,1%), lí-
Proteus vulgaris e Staphylococcus aureus resistentes a mais de quido peritoneal (5,2%), fezes (1,1%), fragmento de tecido (0,7%),
2 classes de antimicrobianos cedidos pelo Centro de Patologia e líquor (0,4%), líquido pericárdico (0,4%) e líquido articular (0,4%).
Medicina Laboratorial/CPML da Universidade Estadual de Ciências O microrganismo de maior frequência foi a Escherichia coli, com
da Saúde de Alagoas/UNCISAL. O meio de cultura Agar Mueller sensibilidade a amicacina de 99,3%, a gentamicina de 95,4%, a
Hinton foi preparado e em seguida foi incorporada a fração de cefalotina de 53,6%, a sulfametoxazol-trimetoprim de 42,3%, a
própolis na concentração de 1 mg/mL que foi vertido em placas ampicilina-sulbactam de 43,5%. A Pseudomonas spp foi sensível
de Petri. As bactérias foram solubilizadas em solução salina 0,9% a ceftriaxiona em 12,5% das amostras e a amicacina em 100%. O
numa concentração de 0,5 de turbidez na escala de McFarland e Staphylococcus aureus foi sensível a oxacilina em 85% e a clinda-
foram semeadas com o auxílio de um swab nas placas contendo a micina em 90% das amostras. CONCLUSÃO: O presente estudo de-
própolis incorporada ao meio de cultura. Após 24 horas de incu- monstrou que ainda é possível o uso de antibióticos de primeira
bação em estufa bacteriológica a 36,5° C foram realizadas as lei- linha como os aminoglicosídeos e a oxacilina nas infecções comu-
turas, caso não houvesse crescimento as placas eram novamente nitárias. Esta conduta reforça a importância da CCIH na auditoria
incubadas por mais 24 horas para confirmação inibição do cresci- de antimicrobianos para tratamento das infecções comunitárias,
mento bacteriano. Placas contendo somente o meio Mueller Hin- com a finalidade de evitar o uso indiscriminado dos antimicrobia-
ton foram utilizadas para servir como controle de viabilidade dos nos e a seleção de resistência.
espécimes analisados. Os testes foram realizados em triplicata. Foi
observado que as todas as cepas utilizadas no experimento foram Palavras-chaves: Infecção, Microrganismo, Sensibilidade
sensíveis à fração de própolis na concentração analisada. A única
espécie que apresentou resistência foi a Escherichia coli onde foi
observado crescimento em todas as repetições. Isso demonstra
uma excelente atividade antimicrobiana da fração analisada, visto
que estudos demonstram que a própolis possui maior atividade

308
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P454 BEIRO FERREIRA
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DO ÓLEO ESSEN-
CIAL DE Coriadrum sativum l. (COENTRO) SOBRE CEPAS DE Aci- Instituição(ões): 1. HUT, Hospital Universitário de Taubaté
netobacter spp.
Resumo:
Autor(es): BERNADETE HELENA CAVALCANTI DOS SANTOS, EDEL- Introdução: A crescente resistência bacteriana aos antimicrobia-
TRUDES OLIVEIRA LIMA, FELIPE QUEIROGA SARMENTO GUERRA, nos é uma realidade na prática médica, sendo amplamente dis-
JULIANA MOURA MENDES, LUIS ALBERTO SOUZA RODRIGUES cutido o uso racional de antimicrobianos. Objetivo: Avaliar os mi-
croorganismos prevalentes em uma Unidade de Terapia Intensiva
Instituição(ões): 1. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UTI) adulto de um Hospital Universitário, comparar a resistência
aos principais antimicrobianos entre dois períodos e avaliar o con-
sumo de antimicrobianos no ambiente hospitalar. Métodos: Ava-
Resumo:
liação retrospectiva das fichas de investigação do SVCIH em dois
Introdução: O gênero Acinetobacter tem sido implicado em uma
períodos: I (2006-2007) e II (2008-2009), comparando o uso de
crescente variedade de infecções hospitalares, incluindo bactere-
antimicrobianos em Dose Diária Dispensada (DDD) em gramas/mil
mia, infecção do trato urinário, meningites secundárias e princi-
pacientes-dia. Resultados: No período I das 124 culturas positivas
palmente como agentes de pneumonia hospitalar em pacientes
74,7% eram microorganismos Gram negativos, dos quais Pseudo-
de unidades de terapia intensiva (UTI). O tratamento destas in-
monas aeruginosa (21,7%) e bacilos não fermentadores (18%),
fecções tem se tornado difícil devido à resistência aos principais
e Gram positivos: Staphylococcus coagulase negativo(76,6%) e
classes de antibióticos e ao fato destas bactérias terem uma sig-
Staphylococcus aureus (23,4%). Período II, 283 amostras, 80,8%
nificativa sobrevida em ambiente hospitalar. Com o intuito de
Gram negativos: P. aeruginosa (26,7%), bacilos não fermentadores
buscar novas alternativas terapêuticas, tem crescido as pesquisas
(26,7%), Enterococcus sp (26,7%) e Klebsiella sp (19,3%). Os anti-
com plantas medicinais. O óleo essencial do Coriadrum sativum L.
microbianos utilizados foram os mesmos nos dois períodos. A pre-
(coentro),antesdeseuusodifundidocomotempero,eraeaindaé
sençadeAcinetobacterbaumaniiresistenteaImipenem,antesnão
utilizadopopularmenteemungüentosparareumatismo,eczemae
observada,foinosegundoperíodode45%(p<0,001).Aresistência
feridas, sendo também usado como antifúngico e ansiolítico. Este
ao Cefepime também aumentou de 58% para 78% (p<0,001). As
trabalhoinvestigouaatividadeantibacterianadoóleoessencialde
amostras de P. aeruginosa foram menos resistentes ao Imipenem
CoriadrumsativumL.(coentro),sobrecepasdeAcinetobacterspp.
no segundo período, de 52% para 2 %, e a Ciprofloxacino, de 70%
oriundasdeumhospitalgeraldeJoãoPessoa,PB.Métodos:Deter-
para 57%. Os gram positivos tiveram um aumento da resistência a
minação da concentração inibitória mínima (CIM) do óleo essen-
Oxacilina: S. aureus de 57% para 67% (p=0,59) e S. coagulase ne-
cial de C. sativum por meio do método de microdiluição partindo
gativode65%para76%(p=0,88),semsignificânciaestatística.Não
da concentração 10.000 μg/mL sobre cepas de Acinetobacter spp.
foi observado aumento de resistência para Klebsiella sp e E. coli.
e posteriormente foi confirmada a menor concentração do produ-
Nos anos de 2006 e 2009 o consumo de antimicrobianos em DDD
to por determinação da concentração bactericida mínima (CBM),
foi respectivamente: Carbapenêmicos 1,99/37,26; Vancomicina
naqualnãoocorreuvisívelcrescimentomicrobiano.Resultados:O
15,43/41,07; Piperaciclina-Tazobactam: 3,85/19,89; Quinolonas:
óleo essencial de C. sativum exerceu inibição sobre o crescimento
27,15/34,14; Cefalosporinas de 3ª geração: 217,82/308,55; Cefa-
de todas as cepas nas concentrações: 10.000, 5.000 e 2.500μg/
losporina de 4ª geração: 18,73/25,82, com isso o maior consumo
mL e tendo como concentração inibitória mínima (CIM) de 1.250
deantibióticosacompanhou-sedeaparecimentodemicroorganis-
µg/mL (1,2 mg/mL), inibindo o crescimento de 15 (63%) das 24
mosmaisresistentes.Conclusão:nãohouvediferençaentreosmi-
cepas usadas nos ensaios microbiológicos e concentração bacteri-
croorganismos isolados nos dois períodos, porém a resistência de
cida mínima (CBM) de 2.500 µg/mL (2,5 mg/mL). Conclusão: Nas
Gram negativos não fermentadores ao Imipenem aumentou sig-
condições avaliadas, o óleo essencial apresenta atividade antimi-
nificativamente, exceto P. aeruginosa. Dentre as enterobactérias
crobiana e diante da importância das infecções hospitalares oca-
não observamos aumento da resistência. Houve um aumento no
sionadas por esta bactéria, assim como das inúmeras atividades
consumo dos principais antimicrobianos, especialmente Carbape-
biológicas já descritas para este produto, a pesquisa poderá ter
nêmicos, Vancomicina e Piperacilina/Tazobactan.
continuidade com um estudo de associação com antibacterianos
sintéticos. PalavrasChave:Coriadrumsativuml.;Concentraçãoini-
bitória mínima; Acinetobacter spp. Palavras-chaves: microorganismos, UTI, resistência bacteriana

Palavras-chaves: Coriadrum sativum l., Concentração inibitória mí-


nima, Acinetobacter spp. P456
EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DE ENTEROCOCO RESISTENTE À
VANCOMICINA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS EM HOSPITAIS
DO MINICÍPIO DE GOIÂNIA.
P455
PREVALÊNCIA DE MICROORGANISMOS EM UNIDADE DE TERA-
PIA INTENSIVA DE ADULTOS: COMPARAÇÃO DO CONSUMO DE Autor(es): MARTA ANTUNES DE SOUZA2, ADRIANA OLIVEIRA GUI-
ANTIMICROBIANOS E DA RESISTÊNCIA BACTERIANA EM DOIS LARDE1, MARÍLIA DALVA TURCHI1, MARIA CLÁUDIA DANTAS AN-
PERÍODOS. DRÉ1, ANDRÉ KIPNIS1, CLAÚDIA CASTELO BRANCO ARTIAGA KO-
BAYASHI3, LINDON JOHNSON DE ABREU BATISTA2, JOSÉ DANIEL
GONÇALVES VIEIRA1, GERALDO SADOYAMA1, ANA LÚCIA SGAM-
Autor(es): MARINA MOREIRA, MARIA ELISA MOREIRA, JORGE
BATI DE ANDRADE1
HENRIQUE YOSCIMOTO KOROISHI, GABRIELA FAGUNDES STA-
DTLOBER, ADRIANA GIUNTA CAVAGLIERI, MARIA TERESINHA RI-
Instituição(ões):

309
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
1. IPTSP, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública Resumo:
2. HC/UFG, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás Introdução: A emergência de Staphylococcus sp. resistentes à mu-
3. HUGO, Hospital de Urgências de Goiânia pirocina tem sido motivo de inquietação no ambiente das institui-
ções de saúde, pois este antimicrobiano é um importante aliado
Resumo: notratamentodasinfecçõesestafilocócicas.Diantedisso,acoloni-
INTRODUÇÃO. Enterococo resistente à vancomicina (VRE) tem zação de trabalhadores por essse microrganismo pode resultar na
emergido como um importante patógeno nosocomial, associado disseminaçãodessesagentesnasinstituiçõese,consequentemen-
à elevada letalidade. No Brasil, a primeira infecção por VRE foi te, elevar as taxas de infecções associadas aos cuidados em saúde.
registrada na região sul, no ano de 1996. Em agosto de 2007 o Objetivo: Identificar trabalhadores de saúde de uma instituição
primeiro caso de VRE foi identificado na cidade de Goiânia. Este oncológicaportadoresdeStaphylococcussp.resistentesàmupiro-
estudo descreve as características moleculares dos primeiros iso- cina. Método: Estudo descritivo epidemiológico realizado de maio
lados de VRE nesse município. METODOLOGIA. Triagem para VRE de 2009 a abril de 2010. Coletou-se uma amostra de saliva de 192
foi realizada em dois grandes hospitais públicos e em um hospital trabalhadores dos setores de curativo, terapia Intensiva, esteriliza-
privado. Espécimes microbiológicas (swab retal, sangue, urina, se- ção e higienização, pronto atendimento, radioterapia, quimiotera-
creção de sítio cirúrgico) foram obtidas de pacientes adultos hos- pia, processamento de roupas, endoscopia, serviço de controle de
pitalizados em unidades clínica, cirúrgica e Unidades de Terapia infecção hospitalar, higienização e limpeza, e nutrição e dietética
Intensiva (UTI). Colônias suspeitas de VRE foram submetidas a tes- da referida instituição. As amostras de saliva foram semeadas em
tes bioquímicos e de suscetibilidade antimicrobiana (CLSI, 2008). ágar manitol salgado e incubadas a 35ºC por 48 horas. As colônias
Detecção de genes de resistência à vancomicina foi realizada pela que se desenvolveram foram identificadas segundo características
Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR). A similaridade genética morfotintoriais e bioquímicas-enzimáticas. Para determinar o per-
entre as cepas foi avaliada pela eletroforese em campo pulsado. fil de suscetibilidade à mupirocina, os estafilococos isolados foram
RESULTADOS. Um total de 58 isolados de VRE (41 E. faecium; 17 submetidos ao antibiograma por disco difusão. Resultados: Foram
E. faecalis) foram obtidos de 58 pacientes. A média de idade foi isolados 19 Staphylococcus sp. resistentes à mupirocina, sendo
de 54 anos (13 a 84 anos). Do total de E. faecalis, 76,5% foram de 18 estafilococos coagulase-negativos (ECN) e 1 S. aureus. Dos 192
cepas colonizadoras; em contraste, quase metade dos E. faecium participantes, 14 (7,3%) foram identificados como portadores de
foramassociadoscominfecção(sangue,urinaesítiocirúrgico).To- Staphylococcus sp. mupirocina resistentes, sendo 2 enfermeiros,
das as cepas apresentavam o gene vanA. Vinte e sete (66%) das 8 técnicos de enfermagem, 2 auxiliares de limpeza, 1 médico e 1
cepas de E. faecium pertenciam ao mesmo cluster (similaridade secretário. Estes trabalhadores atuavam nos setores: de terapia
genética ≥ 80%) e a 5 linhagens altamente relacionadas. As cepas intensiva (8), curativo (2), higienização e limpeza (2), pronto aten-
do hospital privado foram geneticamente similares e não se corre- dimento (1) e departamento de esterilização e higienização (1).
lacionaram com as cepas dos hospitais públicos. Os isolados de E. Conclusão: A colonização de trabalhadores por Staphylococcus sp.
faecalis agruparam-se em 5 clusters. Em relação à suscetibilidade mupirocina resistentes na referida instituição é uma realidade. A
antimicrobiana, 10,3% das amostras foram sensíveis à ampicilina elevada taxa de resistência dos ECN sinaliza a importância de se
e 86,2% sensíveis à linezolida. CONCLUSÃO. A circulação de VRE repensar as políticas de controle específicas para microrganismos
nos dois hospitais públicos é clonal. A vigilância genotípica é uma resistentes, uma vez que estes trabalhadores atuam como rota de
importante ferramenta para entender o padrão de transmissão disseminação, com impacto na saúde dos usuários, do próprio tra-
e direcionar medidas de intervenção e controle das infecções no balhador e da comunidade.
ambiente hospitalar.
Palavras-chaves: Staphylococcus, Mupirocina, Pessoal de saúde
Palavras-chaves:Enterococo,Resistênciabacteriana,Vancomicina,
Hospitalar, VRE
P458
Staphylococcus aureus LECITINASE POSITIVA ISOLADOS DA CAVI-
P457 DADE BUCAL DE PROFISSIONAIS DE UMA INSTITUIÇÃO ONCOLÓ-
TRABALHADORESDESAÚDEDEUMAINSTITUIÇÃOONCOLÓGICA GICA DA REGIÃO CENTRO-OESTE
PORTADORES DE Staphylococcus sp. RESISTENTES À MUPIROCI-
NA Autor(es): MARINÉSIA APARECIDA PRADO-PALOS2, LARISSA OLI-
VEIRA ROCHA-VILEFORT2, DAYANE DE MELO COSTA2, REGIANE
Autor(es): MARINÉSIA APARECIDA PRADO-PALOS1, DAYANE DE APARECIDA SANTOS SOARES BARRETO2, KELCY ANNE SANTANA E
MELO COSTA1, LARISSA OLIVEIRA ROCHA-VILEFORT1, ANA BE- SILVA2, FABIANA CRISTINA PIMENTA1, LARA STEFÂNIA NETTO DE
ATRIZ MORI LIMA2, RENATA GONÇALVES PAULINO1, DAYANNE OLIVEIRA LEÃO4, ANA BEATRIZ MORI LIMA3
PRISCYLLA PIRES DE DEUS1, LARA STEFÂNIA NETTO DE OLIVEIRA
LEÃO3 Instituição(ões):
1. CDC, CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION
Instituição(ões): 2. FEN/UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FE-
1. FEN/UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FE- DERAL DE GOIÁS
DERAL DE GOIÁS 3. FF/UFG, FACULDADE DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
2. FF/UFG, FACULDADE DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
DE GOIÁS 4. IPTSP/UFG, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL DE SAÚDE PÚ-
3. IPTSP/UFG, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL DE SAÚDE PÚ- BLICA
BLICA /UFG
Resumo:

310
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Introdução:AcolonizaçãodosprofissionaisdesaúdeporStaphylo- sendo 37 UTI adulto/trauma. A metodologia para coleta de dado e
coccus aureus tem sido motivo de preocupação, pois esse evento diagnósticodasinfecçõesestádeacordocomNISS.Aidentificação
está relacionado à transmissão cruzada de microrganismos e às bacteriana e perfil de suscetibilidade padronizado pelo CLSI.: Dos
elevadas taxas de infecções associadas aos cuidados em saúde 1117 pacientes, observou-se 816 infecções, os principais sítios de
(IACS). Soma-se a isso a capacidade dessa bactéria de produzir en- infecção:pneumonia(46%),infecçãodotratourinárioedacorren-
zimas que potencializam seu fator de virulência, entre elas, uma te sanguínea (16%) cada e do sistema vascular (11%). A densidade
das mais importantes é a lecitinase. Tal enzima promove a degra- (IH/1000 Pac-dia): pneumonias/VM foi de 36, sepse/CVC de 10,32
dação da lecitina, um componente fosfolipídico da membrana ci- e inf. Urinária/SVD de 12,6. Nas 788 amostras, o Staphylococcus
toplasmáticadascélulashumanas,comoporexemplo,abainhade foi bactéria mais freqüente (26%), seguida pelo Acinetobacter
mielina que envolve o sistema nervoso central. Objetivo: Detectar (25%) e Pseudomonas (15%). O Staphylococcus apresentou 48%
aprevalênciadeStaphylococcusaureuslecitinasepositivaisolados (207) sensível a oxacilina, 52%(202) a clindamicina, 98% (111) a
da cavidade bucal de profissionais de uma instituição de saúde da linezolida e 100% (197) a vancomicina. A Pseudomomas foi sensí-
RegiãoCentro-Oeste.Método:Asamostrascoletadasforamseme- vel em: 60% (97) ao aztreonam, 47% ao cefepime, 50% (104) aos
adas em ágar manitol salgado e incubadas a 35ºC por 48 horas. As carbapenêmicos, 100% (97) a polimixina. Apenas 27% (167) do
colônias características de S. aureus foram cultivadas em ágar Nai- Acinetobacter foram sensível a amp+sulbactam, 100% (32) sensí-
to e incubadas a 35ºC por 24 horas. Esse meio de cultura contém vel a polimixina e 96% (28) sensível a tigeciclina. : A freqüência de
gema de ovo, o que permite a detectar essa bactéria, por meio BMDR é alta e reforça a importância de uma vigilância microbio-
da formação de uma zona de precipitação ao redor das colônias. lógica na condução terapêutica e implantação de estratégias de
Resultados: Dos 192 participantes da pesquisa, 82 (42,7%) eram controle de BMDR. O índice infecção é difícil de ser comparado
portadores de Staphylococcus sp. Foram isolados 104 estafiloco- devido à escassez de dados aplicados a UTI de trauma.
cos, sendo que 43 (41,3%) eram S. aureus, destes 41 (95,3%) eram
S. aureus produtores de lecitinase. Conclusão: O elevado percen- Palavras-chaves: BACTÉRIA MULTIDROGA RESISTENTE, INFECÇÃO,
tual de profissionais colonizados é um achado preocupante, assim UNIDADE TERAPIA INTENSIVA
comoaelevadataxadeS.aureusprodutordelecitinase,noquese
refere ao impacto para saúde desses profissionais, se considerar-
mos o risco de seqüelas no caso de aquisição de doenças infeccio-
sas como a meningite bacteriana. P460
PREVALÊNCIA DE BACTÉRIAS RESISTENTES A CARBAPENÊMICOS
Palavras-chaves: Staphylococcus aureus, Lecitinases, Pessoal de EM HOSPITAIS PRIVADOS CONVENIADOS A UMA OPERADORA
saúde DE PLANOS DE SAÚDE DE FORTALEZA/CE.

Autor(es): DANIELLE DE PAULA MAGALHAES, HENRY PABLO LO-


PES CAMPOS REIS, MARIA LIANA DE MAGALHAES NASCIMENTO,
P459 SAULO RODRIGO LUCAS RIBEIRO, LARISSA MENEZES LEITE, JULIO
AOCORRÊNCIADEBACTÉRIAMULTIDROGARESISTENTEEMUMA CESAR PASCOAL SILVA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL DE TRAUMA
EM BELO HORIZONTE Instituição(ões): 1. UNIMED FORTALEZA, UNIMED FORTALEZA

Autor(es): LEDNA BETTCHER, FABIANA VERISSIMO, BERNADETE C Resumo:


BLOM, JOICE DAMASCENO, LETÍCIA B VIEIRA, HUDSON RANGEL Introdução: A crescente incidência e prevalência de resistência
bacteriana é um fato preocupante, principalmente relacionada
Instituição(ões): aos carbapenêmicos, considerados antimicrobianos de reserva
1. HJXXIII - FHEMIG, HOSPITAL JOÃO XXIII - FHEMIG terapêutica no tratamento de infecções causadas por bactérias
gram-negativas resistentes a outros agentes Betalactâmicos. Essa
Resumo: resistência tem como conseqüência a restrição a apenas uma op-
: A infecção hospitalar é um problema na prática clínica e esta as- ção terapêutica, polimixina, que é um fármaco potencialmente
sociadaaoaumentodotempodeinternação,desagregaçãosocial, nefrotóxico. Objetivo: Determinar a prevalência da resistência a
uso de antimicrobiano, aumento do trabalho do profissional de carbapenêmicos em bactérias isoladas de pacientes infectados
saúde, novas comorbidades e custo. Pacientes internados em UTI em hospitais privados conveniados a uma operadora de planos de
são mais vulneráveis as infecções, devido aos procedimentos in- saúde de Fortaleza/CE. Métodos: Estudo transversal e descritivo,
vasivos e gravidade. Este cenário favorece ao desenvolvimento de executado em nove (n=09) hospitais privados, a partir de um cor-
bactérias multidroga resistente-BMDR. A implantação de políticas te definido no tempo (Fevereiro 2009 a Fevereiro 2010). A aferi-
que visa o prevenção das infecções e o uso racional de antimicro- ção da resistência bacteriana foi baseada na susceptibilidade aos
biano é recomendação dos órgãos de vigilância a saúde. Conhecer carbapenêmicos, sendo consideradas aquelas que demonstraram
o perfil de suscetibilidade antimicrobiana é fundamental no dire- resistência a meropenem (MER) e/ou Imipenem (IMI). Os dados
cionamento terapêutico e controle de BMDR. : Identificar patoge- foram coletados através de auditorias prospectivas utilizando for-
nos mais freqüentes nas infecções na UTI e descrever o perfil de mulário semi-estruturado, utilizando como fonte os laudos dos
suscetibilidade antimicrobiana. Métodos: Trata-se de um estudo antibiogramasanexadosaosprontuários.Osdadosforamtratados
descritivo, quantitativo e retrospectivo, que avaliou as bactérias noprogramacomputacionalExcelforWindows®2007.Resultados:
mais freqüentes e o perfil de suscetibilidade antimicrobiana na No período, foram analisados 359 (38,35%; n=936) pacientes com
UTI-trauma no ano de 2009. Foram utilizados dados disponíveis solicitação de cultura, totalizando 864 exames solicitados (média=
no banco de dados do SCIH-HJXXIII. O hospital em estudo é espe- 2,42 culturas/paciente). Das culturas avaliadas, 530 (61,34%) ti-
cializadonoatendimentoàvítimadetrauma,tem70leitosdeUTI, veram crescimento microbiano. As bactérias gram negativas mais

311
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
freqüentes foram: Pseudomonas aeruginosa (n=100; 18,87%), se- Até 2009, seguindo-se as recomendações do CLSI, enterobactérias
guido de Klebsiella pneumoniae (n=67; 12,64%), Escherichia Coli com teste positivo para ESBL deveriam ser reportadas como resis-
(n=53; 10%) e Acinetobacter baumannii (n=43; 8,11%). A preva- tentes a todas as cefalosporinas (exceto as cefamicinas), indepen-
lência de resistência a carbapenêmicos em Pseudomonas aerugi- dente dos resultados obtidos no antibiograma. Com a aplicação
nosa foi de 36,00% (IMI: 30,00%; 30 – MER: 29,00%; 29); em Kle- dos novos critérios de interpretação, nossos resultados mostram
bsiella Pneumoniae foi de 8,96 % (IMI: 2,98%; 2 – MER: 8,95%; que, diversas amostras bacterianas produtoras de ESBL poderão
6); em Escherichia coli foi de 7,55% (IMI e MER: 5,66%; 3) e em ser frequentemente consideradas sensíveis in vitro a algumas ce-
Acinetobacter baumannii foi de 79,07% (IMI: 62,79%; 27 – MER: falosporinas de amplo espectro. Considerando a falta de estudos
76,74%; 33). Conclusão: O trabalho demonstra uma preocupante clínicos relacionados ao emprego destes antibióticos em micro-or-
prevalência de bactérias resistentes a carbapenêmicos, particular- ganismos produtores de ESBL e a dificuldade de acompanhamen-
menteAcinetobacterbaumannii, nospacientesinfectados estuda- to do tratamento de cada paciente, principalmente em hospitais
dos.Indica-seaindaqueotestedeumúnicocarbapenêmicocomo públicos, surge a preocupação de como estes resultados poderão
ATMpreditivoderesistênciaapresentasensibilidadequestionável, nortear a conduta médica na terapia antimicrobiana.
sendoaassociaçãodecarbapenêmicosnoteste,provavelmente,a
estratégia de maior sensibilidade e especificidade para a aferição Palavras-chaves: Cefalosporinas de amplo espectro, CLSI 2010, En-
desta resistência. terobactérias, ESBL

Palavras-chaves: BACTYERIAS RESISTENTES, CARBAPENEMICOS,


HOSPITAIS PRIVADOS
P462
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE IN VITRO DE MEROPENEM EM COM-
BINAÇÃO COM CIPROFLOXACINO EM Pseudomonas aeruginosa
P461
INFLUÊNCIA DOS NOVOS CRITÉRIOS DE INTERPRETAÇÃO PARA Autor(es): Vera Lucia Dias Siqueira1, Rubia Andreia Falleiros Pá-
CEFALOSPORINAS DE ESPECTRO ESTENDIDO SUGERIDOS PELO dua1, Rosilene Fressatti Cardoso1, Regiane Bertin de Lima Sco-
CLSI 2010 NA SENSIBILIDADE IN VITRO DE ENTEROBACTÉRIAS dro1,ElizabethEikoAoki2,CesarHelbel2,CelsoVataruNakamura1
PRODUTORAS DE ESBL
Instituição(ões):
Autor(es): Rubia Andreia Falleiros Pádua1, Katiany Rizzieri Caleffi 1. UEM, Universidade Estadual de Maringá
Ferracioli1, Rosilene Fressatti Cardoso1, Hilton Vizi Martinez2, Re- 2. HUM, Hospital Universitário de Maringá
giane Bertin de Lima Scodro2, Vera Lucia Dias Siqueira1
Resumo:
Instituição(ões): A prevalência de infecções causadas por bactérias com elevado
1. UEM, Universidade Estadual de Maringá nível de resistência aos antimicrobianos representa um proble-
2. HUM, Hospital Universitário de Maringá ma na grande maioria dos hospitais. Pseudomonas aeruginosa é
um dos principais agentes de infecções hospitalares e multirre-
Resumo: sistência é um fenômeno comum nesta espécie bacteriana. Na
A partir da década de 90, vem sendo relatados vários casos de prática clínica, associações de medicamentos têm sido emprega-
falha terapêutica no uso de cefalosporinas de terceira ou quarta das como alternativas de tratamento em pacientes com infecções
geração em enterobactérias produtoras de beta-lactamases de por micro-organismos multirresistentes e interações sinergísticas
espectro estendido (ESBL). A maioria dos laboratórios brasileiros entre antimicrobianos têm sido investigadas por décadas para a
realizaoantibiogramasegundoasrecomendaçõesdoCLSI(Clinical melhoria dos resultados terapêuticos e diminuição do potencial
Laboratory Standards Institute), que em 2010 trouxe mudanças na tóxico dos antimicrobianos empregados. Para o tratamento empí-
interpretação do perfil de sensibilidade de enterobactérias para rico de infecções hospitalares causadas por P. aeruginosa multir-
algumas cefalosporinas e a necessidade de realização do teste resistentes, diversas associações têm sido sugeridas. Entretanto,
confirmatório para ESBL apenas para fins epidemiológicos. Estas detecção in vitro do sinergismo entre antibacterianos tem sido
alterações abriram uma grande discussão quanto à implantação e pouco demonstrada. Este estudo teve como objetivo avaliar a
repercussão na clínica médica. Neste contexto, este trabalho teve atividade antimicrobiana in vitro da associação de meropenem e
por objetivo avaliar a influência dos novos critérios de interpreta- ciprofloxacino em amostras de P. aeruginosa geneticamente dis-
çãoparacefalosporinasde3ªe4ªgeraçãonasensibilidadeinvitro tintas, isoladas de pacientes internados em dois hospitais públi-
deenterobactériasprodutorasdeESBLisoladasdepacientesinter- cos do município de Maringá-PR, no período compreendido entre
nados no Hospital Universitário de Maringá-PR (HUM), no período janeiro de 2007 e dezembro de 2008. A concentração inibitória
de 2008 a 2009. Foi realizado um estudo transversal retrospectivo mínima (CIM) das bactérias isoladas para meropenem e ciproflo-
utilizando laudos de exames bacteriológicos de pacientes interna- xacino foi determinada pelo método de microdiluição em caldo e
dos no HUM, arquivados no período de 2008-2009 pelo Laborató- a combinação destes antimicrobianos foi avaliada pelo método de
rio de Bacteriologia Clinica da Universidade Estadual de Maringá checkerboard. A relação clonal entre as amostras bacterianas foi
(UEM). Dos isolados bacterianos produtores de ESBL, 45,6% deles determinada pela técnica de Enterobacterial Repetitive Intergenic
mostraram-se sensíveis as cefalosporinas: cefepime (46,2%), cef- Consensus Polymerase Chain Reaction (ERIC-PCR). Das amostras
tazidima (42,3%), ceftriaxona (7,7%) e cefotaxima (3,8%). Cinco de P. aeruginosa isoladas no período, 65 foram geneticamente dis-
isolados apresentaram sensibilidade a mais de uma das cefalospo- tintas e destas 49,2% foram resistentes a pelo menos um dos dois
rinas. Entre as cepas sensíveis, Escherichia coli foi a mais identifi- antimicrobianos e foram testadas pelo método de checkerboard.
cada (40,9%), seguida de Klebsiella pneumoniae (36,4%), isoladas A CIM50 e CIM90 para ciprofloxacino foram 0,5 μg/mL e 512 μg/
predominantemente em amostras de urina (45%) e sangue (32%). mL respectivamente, e 2 μg/mL e 32 μg/mL para meropenem.

312
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
A combinação dos antimicrobianos foi sinérgica para 18,8% das e Enterobacter sp. podem estar associados a complicações pul-
amostras testadas, sendo estas previamente resistentes a maio- monares decorrentes da ventilação mecânica, do longo período
ria dos antimicrobianos, inclusive ao meropenem e ciprofloxacino. de internação dos pacientes (16 a 132 dias), tabagismo (61,9%
Com este estudo observamos que embora a combinação ciproflo- dos pacientes) e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (4,8%). A
xacino/meropenem não tenha apresentado efeito sinérgico para a mediastinite é uma grave intercorrência, determinando aumento
maioria das amostras bacterianas testadas, esta combinação pode significativo dos custos de internação, além de ser debilitante em
representar uma alternativa importante no tratamento de infec- alguns casos,demonstrando aimportância deumrigorosocontro-
ções por P. aeruginosa mutirresistentes. Agradecimentos: CNPq, le de infecções e rapidez na instituiçäo da terapêutica.
FINEP, PRONEX/Fund. Araucária
Palavras-chaves: Microorganismos, Culturas, Mediastinite
Palavras-chaves: Pseudomonas aeruginosa, Combinação de anti-
microbianos, Meropenem, Ciprofloxacino
P464
FREQUÊNCIA RELATIVA E SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIA-
P463 NOS DOS MICRORGANISMOS ISOLADOS EM UROCULTURAS DE
PREVALÊNCIA DE MICROORGANISMOS ISOLADOS EM CULTURAS GESTANTES ATENDIDAS NO HOSPITAL MATERNO INFANTIL PRO-
DE TECIDO MEDIASTINAL DE PACIENTES ACOMETIDOS POR ME- FESSOR FERNANDO FIGUEIRA – IMIP
DIASTINITE PÓS-CIRÚRGICA EM UM HOSPITAL CARDIOLÓGICO
DO RECIFE-PE Autor(es): Maria do Rosário Soares de Almeida Leles de Moura,
WaldyleneBarbosaCalábria,WaldyleneBarbosaCalábria,Roberto
Autor(es): Marina Gabriella Pereira de Andrada Magalhães1,2, José Alves Casado
Ludmila Medeiros Outtes Alves1,2, Lidianne Fábia de Moraes Al-
cantara1,2, Simone Maria Muniz da Silva Bezerra1,2, Laís Milena Instituição(ões):
Costa Teixeira1,2, Aline Trindade Brasil Mourato3 1. IMIP, Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira

Instituição(ões): Resumo:
1. UPE, Universidade de Pernambuco Objetivo: determinar a freqüência relativa e a sensibilidade aos
2. FENSG, Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças antimicrobianos dos microorganismos isolados em culturas de uri-
3. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco na de mulheres grávidas. Metodologia: foi feito um estudo pros-
pectivo em um grupo de gestantes no período de abril a setembro
Resumo: de 2007 no laboratório do Instituto Materno Infantil Professor
INTRODUÇÃO:Amediastinitepós-operatóriaédefinidacomouma Fernando Figueira (IMIP). Foram examinadas 514 uroculturas de
infecção e/ou inflamação do tecido conjuntivo do mediastino as- pacientes grávidas provenientes do atendimento ambulatorial e
sociada à osteomielite do esterno, com ou sem sua instabilidade, hospitalar com idade gestacional que variou entre 5 e 42 semanas
podendo atingir ainda o espaço retroesternal. A incidência de me- com faixa etária média em torno de 25 anos. Resultados: houve
diastinite pós-operatória varia de acordo com a rotina da institui- um percentual de 9,3% de uroculturas positivas das quais 75%
ção, uso de antimicrobianos profiláticos, padronização de técnicas foram de germes Gram negativos e 22,9% de Gram positivos. A
assépticas, etc, sendo estimada de 0,4 e 5,0%. Dentre os agentes Escherichia coli foi a bactéria mais prevalente com um percentual
infecciosos encontrados nas culturas de tecido mediastinal infla- de 35,4% seguida da Klebsiella sp. com 31,2% e 6,2% de Staphylo-
mado, destacam-se o Staphylococcus aureus, o Staphylococcus coccus coagulase negativa . E. coli e Klebsiella sp. apresentaram
epidermidis, as Pseudomonas sp. e a Escherichia coli, sendo esta forte resistência à ampicilina com um percentual de sensibilidade
última associada a um alto índice de mortalidade. Porém, ainda de 29,4% e 6,7% respectivamente. Para a cefalotina a E. coli apre-
são relatadas infecções mistas, respeitando-se as variações ine- sentou 56,2% de sensibilidade e Klebsiella sp. 80% .Os resultados
rentes a cada serviço. Em alguns casos, a cultura do exsudato me- encontrados neste estudo revelam uma prevalência de germes
diastinal pode ser negativa, o que na maioria das vezes se deve ao Gram negativos causando infecção urinária como descrito tam-
uso prévio de antibióticos. OBJETIVO: Investigar a prevalência de bém por vários autores na literatura atual. A baixa sensibilidade
microorganismos encontrados em culturas de tecido mediastinal a ampicilina (29,41%) está dentro da média descrita por estudos
empacientesacometidospormediastinitepós-cirúrgicanoPronto de vários centros nacionais. A resistência à cefalotina (56,2%) foi
Socorro Cardiológico de Pernambuco(PROCAPE). METODOLOGIA: considerada preocupante e ressalta a importância de estudos de
Através de dados fornecidos pela CCIH do PROCAPE, foi realizado prevalência de sensibilidade dos germes causadores de infecção
um estudo retrospectivo, descritivo, transversal, com abordagem urinária em gestantes.
quantitativa em 21 prontuários de pacientes que apresentaram
diagnóstico médico confirmado de mediastinite pós-operatória Palavras-chaves: gravidez, complicações infecciosas na gravidez,
internados no PROCAPE entre Junho de 2007 e Junho de 2009. Infecções urinárias, Resistência Bacteriana, Drogas
RESULTADOS: Ocorreram 21 (2,3%) casos de mediastinite após
operação cardíaca. Destes, 7 (33%) pacientes foram a óbito. Os
germes mais freqüentemente isolados foram S. aureus (25,0%)
e Klebsiella pneumoniae(21%),seguidos pelo Enterobacter sp. e P465
pelo S. epidermidis, ambos com 13,0%. CONCLUSÃO: A realização FREQÜÊNCIA E PERFIL DE RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIA-
desse estudo demonstra uma vasta gama de agentes infecciosos NOS DOS UROPATÓGENOS ISOLADOS EM MENORES DE CIN-
associados a este agravo, respeitando as variações de cada ser- CO ANOS ATENDIDOS EM HOSPITAL DE ENSINO DA CIDADE
viço. O alto número de casos atribuídos a Klebsiella pneumoniae DO RECIFE: COMPARAÇÃO ENTRE DOIS PERÍODOS DE TEMPO

313
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Autor(es): Roberta Souza da Costa Pinto Meneses, Maria Júlia por3diasa5meses,podeserencontradoemcortinas,leitohospi-
Gonçalves de Mello, José Pacheco Martins Ribeiro Neto, Jailson talar, balanças, maçanetas, teclados de computador, equipamen-
Barros Correia, Roberto José Alves Casado toshospitalaresematerialdeassistênciaventilatória.Hádescrição
Instituição(ões): naliteratura dedisseminação inter-institucional e mundial. Objeti-
vo: descrever um surto de A. baumannii resistente aos carbapenê-
1. IMIP, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira micos (A. baumannii RC) e o impacto das intervenções da Comis-
são de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) num hospital geral
Resumo: privado, de grande porte. Metodologia: realizada vigilância ativa e
Introdução: Infecções do trato urinário (ITU) podem determinar prospectiva de todos os casos de A. baumannii a partir de junho
cicatrizesrenais,hipertensãoarterialsistêmicaedoençarenalcrô- de 2006. A evolução epidemiológica inicial sugeriu disseminação
nica terminal na pediatria. O aumento da resistência dos uropató- por transmissão cruzada sendo adotado um conjunto de ações:
genos aos antimicrobianos dificulta a terapia empírica e o trata- reunião com diretoria técnica e unidades envolvidas, treinamen-
mento da ITU. Objetivo: Identificar os uropatógenos, mudança no to da equipe, intensificação das precauções de contato, identi-
perfil de resistência aos antimicrobianos nas uroculturas de me- ficação dos apartamentos dos casos, auditoria dos isolamentos,
nores de cinco anos, propondo terapia empírica. Método: Estudo uso de borrifador de álcool 70 nos isolamentos, troca do produto
de corte transversal dos resultados das uroculturas das crianças utilizado na desinfecção do ambiente e intensificação da limpe-
atendidas no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando za, tipagem das cepas por PFGE (eletroforese em campo pulsado),
Figueira em dois períodos (1999/2001 e 2008). Considerou-se po- realização de culturas ambientais, participação da engenharia clí-
sitiva a urocultura com isolamento de um único micro-organismo nica no treinamento de limpeza e desinfecção de equipamentos
com ≥100.000 UFC/cm3. A distribuição dos micro-organismos e (outubro/2007), melhora da sinalização das precauções adicionais
perfil de resistência aos antimicrobianos foram comparados entre e aquisição de carrinhos próprios para isolamentos. Resultados:
os dois períodos (teste do qui-quadrado). Resultados: Analisaram- Após 5 meses da detecção do caso indice observou-se aumento
se 601/4113 uroculturas (15% positiva). A distribuição dos isola- nos casos de infecção/colonização por A. baumannii RC (Grafico
dos nos dois períodos foram respectivamente: E.coli (30% e 41%), 1). A tipagem por PFGE identificou o predomínio de 47% de um
Klebsiella spp (27% e 25%), P.aeruginosa (5 e 9%), P.mirabilis (7 e clone (D). Em junho de 2007, durante coleta de culturas ambien-
7%), outras bactérias (20% e 15%) e Candida spp. (11% e 4%). Os tais, observou-se deficiência na limpeza dos equipamentos, com
isolados de E.coli e Klebsiella spp. apresentaram um aumento de 23% de positividade para A. baumanii CR. Quatro meses depois,
resistência de duas e três vezes ao ácido nalidíxico respectivamen- após realização de treinamentos sobre limpeza e desinfecção de
te (p<0,05) ficando em torno de 50% em 2008, e demonstraram equipamentos, observou-se queda na positividade das culturas
uma redução não significativa da resistência ao sulfametoxazol– ambientais, chegando a 5%. Coincidindo com queda na incidência,
trimetoprim (permanecendo acima de 60%) duas vezes maior que enquanto a prevalência se manteve elevada. Em maio/08 atingiu-
no período de 1999/2001. Cepas de E.coli demonstraram uma se a meta desejada, nenhum caso novo de A. baumannii RC. Este
queda da resistência a cefalosporina de primeira geração quando quadro foi mantido por quatro meses, quando novos casos volta-
comparado os dois períodos (62% e 32% p<0,05). Considerando ram a acontecer, após a reinternação de um paciente colonizado
todos os isolados a melhor cobertura antimicrobiana seria atingi- por A. baumannii RC. Retomaram-se os treinamentos com nova
da com o ciprofloxacino (88%, IC95=83,4-91,6) e nitrofurantoína queda da incidência e média de prevalência em torno de dez ca-
(75%, IC95=68,6-80,5). Conclusão: Nitrofurantoína e ciprofloxaci- sos/mês. Conclusão: Três anos e meio de estudo mostraram a efi-
nosãoalternativasparatratamentodeITUnão-complicadaecom- cáciadas intervençõesno controledenovos casoseanecessidade
plicada respectivamente. A mudança do perfil de resistência deve de se otimizar processos assistenciais. Evidenciou-se ainda, a difi-
ser sempre monitorada, importantes modificações acontecem ao culdade em erradicar este microrganismo, que se tornou endêmi-
longo do tempo o que pode levar a alterações na terapia empírica. co em baixos níveis na Instituição.
Estudosprospectivosdevemserrealizadosparaacompanharestas
mudanças. Palavras-chaves: SURTO, ACINETOBACTER BAUMANNII, RESISTEN-
CIA AOS CARBAPENÊMICOS, LIMPEZA DO AMBIENTE
Palavras-chaves: Infecções urinárias, Resistência bacteriana a anti-
bióticos,Agentesanti-infecciososurinários,/lactente,/pré-escolar
P467
RESISTÊNCIAÀOXACILINAEMSTAPHYLOCOCCUSAUREUSIMPLI-
P466 CADOS EM PNEUMONIAS RELACIONADAS À VENTILAÇÃO MECÂ-
SURTO DE ACINETOBACTER BAUMANNII RESISTENTE AOS CAR- NICA EM UTI ADULTO DE HOSPITAL DE ENSINO
BAPENÊMICOS: É POSSÍVEL CONTROLAR?
Autor(es):LUISFERNANDOWAIB,IRENEDAROCHAHABER,MARIA
Autor(es): LARISSA GARMS THIMOTEO CAVASSIN, EMERSON DAN- FERNANDA FESTA MORARI SCUDELER, MARIA FERNANDA SCHNEI-
GUY CAVASSIN, LUCIENE XAVIER SANTOS, VERA LUCIA BORRASCA, DER, MICHELI APARECIDA BARRETO, CARLA SIMOM MENDES
MARIA BEATRIZ SOUZA DIAS
Instituição(ões):
Instituição(ões): 1. HSL, HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS 1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO
PIERRO - PUC CAMPINAS
Resumo:
Introdução: Acinetobacter baumannii multirresistente tornou-se Resumo:
reconhecido como patógeno envolvido em surtos hospitalares, Introdução:Apneumoniaassociadaàventilaçãomecânica(PAVM)
principalmente em unidades críticas. Resiste em superfícies fixas é a infecção relacionada à assistência à saúde mais comum nos

314
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
pacientes internados em UTI. Os agentes etiológicos mais relacio- blico e privado, de assistência terciária. Métodos: Prospecção do
nados às PAVM são Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter spp., perfil de sensibilidade de Pseudomonas aeruginosa isoladas em
Klebsiella spp., Acinetobacter spp. e Staphylococcus aureus. Tais casos de PAVM na UTI Adulto, segundo critérios NHSN, no período
patógenos exibem aumento da resistência às diversas classes de de 2000 a 2010. Foram pesquisados fenótipos quanto à resistên-
antimicrobianos, em grande parte devido à forte pressão seleti- cia a carbapenêmicos em amostras de aspirado traqueal válidas e
va relacionada ao uso de antimicrobianos de amplo espectro. O hemoculturas.Ocritérioparasensibilidadeobedeceuaosparâme-
acompanhamento das tendências de resistência microbiana faz tros do CLSI (2010). Resultados: Pseudomonas aeruginosa foi um
parte do conjunto de esforços para manter uma política racional dos principais agentes isolados em PAVM na série histórica de 10
de uso de antimicrobianos dentro da instituição, assim como tra- anos. Foi identificada em 169 amostras válidas de 896 PAVM, com
çarestratégiasdecontenção.Objetivos:Avaliaramudançanoper- 49 cepas (28,9%) resistentes a carbapenêmicos detectadas desde
fil microbiológico dos Staphylococcus aureus implicados em PAVM o início da série histórica. Conclusões: a pressão seletiva exercida
em UTI Adulto com 19 leitos de um hospital de ensino, público pelo uso de antimicrobianos de largo espectro implica no surgi-
e privado, de assistência terciária. Métodos: Prospecção do per- mento de microorganismos multirresistentes. Embora observado
fil de sensibilidade de Staphylococcus aureus isolados em casos aumentodaincidênciadebacilosresistentesacarbapenêmicosna
de PAVM na UTI Adulto, segundo critérios NHSN, no período de instituição neste período, este fenômeno não pôde ser demons-
2000 a 2010. Foram pesquisados fenótipos quanto à resistência à trado para Pseudomonas aeruginosa, que segue com elevada re-
oxacilina em amostras de aspirado traqueal válidas e hemocultu- sistência a estes antimicrobianos.
ras.OcritérioparasensibilidadeobedeceuaosparâmetrosdoCLSI
(2010). Resultados: Staphylococcus aureus foi um dos principais Palavras-chaves: RESISTENCIA, CARBAPENEMICOS, PNEUMONIAS,
agentesisoladosemPAVMnasériehistóricade10anos.Foiidenti- VENTILAÇÃO MECÂNICA, UTI
ficadaem98amostrasválidasde896PAVM,com58cepas(59,2%)
resistentes à oxacilina detectadas desde o início da série histórica.
Conclusões: a pressão seletiva exercida pelo uso de antimicrobia-
nos de largo espectro implica no surgimento de microorganismos P469
multirresistentes. Embora observado aumento do consumo de PERFIL MICROBIOLÓGICO E DE SUSCETIBILIDADE DAS INFECÇÕES
antimicrobianos na instituição neste período, não observamos HOSPITALARES DO HOSPITAL SANTA ISABEL, SÃO PAULO
aumento da prevalência de Staphylococcus resistente à oxacilina.
Este dado pode sugerir que o controle ativo de antimicrobianos Autor(es): Mauro Jose Costa salles, Maysa Harumi Yano, Iolanda
na instituição está sendo capaz de conter a pressão seletiva para Lopes de Souza Santana, Bianca Maria Maglia Orlandi, Anderson
este agente, assim como as medidas de precauções e isolamento. Garcia D’Ingianni

Palavras-chaves: STAPHYLOCOCCUS AUREUS, PNEUMONIA, VEN- Instituição(ões): 1. HSI, Hospital Santa Isabel
TILAÇÃO MECÂNICA, UTI, OXACILINA
Resumo:
Introdução: O CDC (Centers for Disease and Prevention) estima
que 5 a 10% dos pacientes hospitalizados desenvolvam infecções
P468 associadas aos cuidados de saúde, correspondendo a aproxima-
RESISTÊNCIA A CARBAPENÊMICOS EM PSEUDOMONAS AERUGI- damente dois milhões de infecção por ano, acarretando 100.000
NOSA IMPLICADAS EM PNEUMONIAS RELACIONADAS À VENTI- mortes por ano em hospitais americanos. A maioria destas infec-
LAÇÃO MECÂNICA EM UTI ADULTO DE HOSPITAL DE ENSINO ções é causada por germes multirresistentes, sendo importante o
conhecimento do perfil microbiológico e de suscetibilidade para
Autor(es):LUISFERNANDOWAIB,IRENEDAROCHAHABER,MARIA orientar o tratamento antimicrobiano adequado e vigilância dos
FERNANDA FESTA MORARI SCUDELER, MARIA FERNANDA SCHNEI- germes multirresistentes. Objetivos: Descrever o perfil microbio-
DER, MICHELI APARECIDA BARRETO, CARLA SIMOM MENDES lógico e de suscetibilidade das infecções hospitalares, infecções
da corrente sanguínea (ICS), infecções do trato urinário (ITU), e
Instituição(ões): 1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNI- das pneumonias associadas à ventilação mecânica (PAV). Método:
DADE CELSO PIERRO - PUC CAMPINAS Estudo prospectivo e descritivo, realizado em um hospital priva-
do da cidade de São Paulo, de janeiro de 2009 a abril de 2010.
Resumo: Os critérios seguidos para a notificação das infecções hospitalares
Introdução:Apneumoniaassociadaàventilaçãomecânica(PAVM) são NHSN (National Healthcare Safety Network), e para detecção
é a infecção relacionada à assistência à saúde mais comum nos do perfil de suscetibilidade é seguido o protocolo do CLSI (Clinical
pacientes internados em UTI. Os agentes etiológicos mais relacio- Laboratory Standards Institute) Resultados: 20% ICS foram causa-
nados às PAVM são Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter spp., das por estafilococos coagulase-negativa, com 92% de resistência
Klebsiella spp., Acinetobacter spp. e Staphylococcus aureus. Tais aoxacilina,aPseudomonasaeruginosafoiisoladaem15%dasICS,
patógenos exibem aumento da resistência às diversas classes de com 50% de resistência aos ao imipenem e 54% de resistência ao
antimicrobianos, em grande parte devido à forte pressão seleti- meropenem, seguido pelo Acinetobacter baumannii em 14% das
va relacionada ao uso de antimicrobianos de amplo espectro. O ICS, com 44% resistência ao meropenem e imipenem, e em 12%
acompanhamento das tendências de resistência microbiana faz dasICSaCandidasppfoioagenteisolado,sendoaquartacausade
parte do conjunto de esforços para manter uma política racio- ICS neste hospital sendo importante ressaltar que apenas 15% das
nal de uso de antimicrobianos dentro da instituição, assim como candidemias foram causadas por Candida albicans. Em relação ITU
traçar estratégias de contenção. Objetivos: Avaliar a mudança no o microrganismo mais prevalente foi a Pseudomonas aeruginosa
perfil microbiológico das Pseudomonas aeruginosa implicadas em isolado em 31% das ITUs, com 71% de resistência ao imipenem e
PAVM em UTI Adulto com 19 leitos de um hospital de ensino, pú- 67% de resistência ao meropenem, seguido pela Escherichia coli

315
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
encontrada em 19% das ITU com 56% de resistência ao imipenem, P471
36% de resistência a ciprofloxacina e 15% ao cefepime. 56% das INFECÇÃO URINÁRIA DE DIFÍCIL CONTROLE: RELATO DE CASO
PAVs foram causadas por bacilos Gram-negativos não fermenta-
dores, sendo 28% por Acinetobacter baumannii, cuja resistência
Autor(es): ANTÔNIO ERMERSON FERREIRA DE LIMA, ANDREA DE
ao imipenem foi de 79% e 84% de resistência ao meropenem, e
AMORIM PEREIRA BARROS, CAMILA CAROLINA DE SOUSA, DY-
28% das PAVs causadas pela Pseudomonas aeruginosa, com 71%
NARA MABEL DE QUEIROZ PINHEIRO, GISELE CRISTIANE FERRAZ,
de resistência ao imipenem ao meropenem. Conclusão: O conhe-
PATRÍCIA ROZANA FARIAS DA COSTA, JANAÍNA REIS MENEZES,
cimento e divulgação do perfil microbiológico e de suscetibilidade
KALLYDYA PASQUALLY MOURA DA FONSECA, MAXLÂNIO WILLIAM
das infecções hospitalares são essenciais para guiar a terapia an-
DE SOUZA GUEDES, NATÁLIA FARIAS DE ALMEIDA
timicrobiana empírica, além de realizar a vigilância das bactérias
multirresistentes, a fim de evitar trasmissão cruzada e dissemina-
ção do patógeno. Instituição(ões):
1. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
Palavras-chaves: perfil microbiológico, perfil de suscetibilidade,
infecções hospitalares Resumo:
INTRODUÇÃO: A infecção do trato urinário (ITU) é uma patologia
comum, que ocorre em todas as idades. Após as primeiras idades,
as mulheres são mais afetadas que os homens. Os germes causa-
P470 dores de ITU variam de acordo com o tipo de infecção, intra ou
PERFIL DE RESISTÊNCIA DAS PRINCIPAIS BACTÉRIAS GRAM NE- extra-hospitalar, e também difere em cada ambiente hospitalar.
GATIVAS NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2009 NA Os maiores responsáveis pela ITU são os germes gram-negativos
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL GERAL DE GUA- entéricos especialmente a E.coli, que é o mais freqüente inde-
RULHOS pendente da série estudada, seguido dos demais gram-negativos
como Klebsiella, Enterobacter, Acinetobacter, Proteus, Pseudo-
Autor(es):AnaCarolina MartelineCavalcanteMoysés,AnaClaudia monas, etc. OBJETIVOS: Relatar um caso de infecção do trato
Marques Barbosa Diaz, Noemi Evangelista Martins, Paula Zanellat- urinário de difícil controle, alertando para a conduta adequada.
to Neves, Jacira Noemia Cassanho, Mariana B. Viviani Silveira Saba METODOLOGIA: A partir da autorização da paciente, analisamos o
Instituição(ões): prontuário da mesma quanto à anamnese, exame físico e exames
1. ISCMSP - HGG, ICMSP – OSS – Hospital Geral de Guarulhos complementares. RESULTADOS: Jovem de 27 anos, casada, com
dor lombar e discreto ardor urinário, procura o médico. Fez um
Resumo: hemograma, mostrando 15700 leucócitos (com 17 bastões e 8 lin-
Introdução: A presença de agentes multiresistentes pode ser con- fócitos atípicos) e sumário de urina que mostrou 17 piócitos com
siderado um indicador de práticas de cuidados com os pacientes urina de aspecto turvo. Iniciou ciprofloxacino 500 VO 12/12h. Fez
e medidas para a melhoria destes cuidados poderá reduzir a pre- USG total de abdome no dia seguinte a qual revelou líquido livre
valência de agentes multiresistentes juntamente com as taxas de na cavidade abdominal. A paciente foi para o centro cirúrgico com
infecções associadas ao cuidado à saúde. Objetivos: Descrição do suspeitadeapendicite.Oachadofoiapêndicenormal,comlíquido
perfil de resistência na Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTIA) em cavidade e rim direito com sinais de importante pielonefrite.
do Hospital Geral de Guarulhos das principais bactérias gram ne- Foi trocado o antimicrobiano por cefepime, com piora do quadro,
gativas identificadas no período de janeiro a dezembro de 2009. sendo transferida para a UTI. A paciente desenvolveu um choque
Materiais e métodos: Análise prospectiva de cepas identificadas séptico,alémdaITU,eentãoacrescentou-seMeropenem6g/diae
no período em questão e perfil de resistência realizado através do Linezolida. A paciente estabilizou por poucos dias, e depois desen-
método de disco difusão, resultados enviados e conferidos diaria- volveu uma Insuficiência Respiratória Aguda, provavelmente de-
mentepeloSCIH.Resultados:HouveramdezenovecepasdeAcine- corrente da Linezolida, que foi retirada no 9º dia pós-operatório. A
tobacter baumanii com cinqüenta e nove por cento de resistência paciente continuou instável, sendo o Meropenem substituído por
aos carbapenêmicos e quarenta e quatro por cento de resistência Piperacilina/Tazobactam.No11ºdiaforamassociadasaoesquema
à ampicilina-sulbactam; oito casos de Pseudomonas aeruginosa Vancomicina e Polimixina B, pensando-se em pseudomonas hos-
com quarenta e três por cento de resistência à ciprofloxacino; ses- pitalar resistente, e então a paciente por volta do 20º dia estava
senta e dois e meio por cento de resistência à cefalosporinas de estável,recebendoaltadaUTI,eno26ºdiarecebeualtahospitalar.
quartageração,cinqüentaporcentoderesistênciaaoscarbapenê- CONCLUSÃO:OpresenterelatodescreveumaITUdedifícilcontro-
micos e vinte e cinco por cento de resistência à aminoglicosídeo; le, mostrando a importância da correta abordagem terapêutica e
dezoitocepasdeKlebsiellapneumoniaecomnoventaequatropor alertando para a possibilidade de germes resistentes.
cento de resistência à cefalosporinas de quarta geração, noventa
e quatro por cento de resistência à ciprofloxacino e seis (25) de Palavras-chaves: INFECÇÃO URINÁRIA, ANTIBIOTICOTERAPIA,
resistência à Imipenem. Conclusões: O conhecimento do perfil de BACTÉRIAS RESISTENTES
resistêncianainstituiçãoéfundamentalparaauxílio nadecisãote-
rapêutica e consequentemente na racionalização antimicrobiana,
subsidiando revisões e atualizações da padronização de antimicro-
bianos.
P472
DETERMINANTES DA AQUISIÇÃO DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS
RESISTENTES À OXACILINA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS
Palavras-chaves: Bactérias Gram Negativas, Perfil de Resistência
Bacteriana, Unidade de Terapia Intensiva
Autor(es): GIOVANE RODRIGO DE SOUSA, LEANDRO BRUNO DE
SOUZA, LEILA SADDI-ORTEGA, PATRÍCIA SILVA CISALPINO

316
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Instituição(ões): po de tratamento e da transmissão cruzada de microrganismos).
1. UFMG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Resultados: Entre 01/01/06 a 31/12/06 em 100 testes de Mero-
penem 46% foram sensíveis, em 101 de Ceftazidime 50,5% sensí-
Resumo: veis, em 101 de Piperacillina/Tazobactam 43,56% sensíveis e em
O Staphylococcus aureus resistente a meticilina ou oxacilina 11 de Polimixina B,54,55% sensíveis. Entre 01/06/08 a 31/05/09
(MRSA) é um dos mais importantes patógenos relacionados às em 63 testes de Meropenem 76,19% foram sensíveis, em 63 de
infecções hospitalares. O controle e a prevenção das infecções Ceftazidime 68,25% sensíveis, em 62 de Piperacillina/Tazobactam
por MRSA devem incluir o reconhecimento precoce daqueles pa- 66,13% sensíveis e de 62 Polimixina B,100% sensíveis. Estratifican-
cientes com maior risco de adquirir essas linhagens e a correta do os resultados por sítio de infecção observou-se a mesma redu-
identificaçãodasmesmas.Esteestudotemcomopropósitoavaliar ção de resistência encontrada nas taxas globais após implantação
os fatores associados à aquisição de MRSA em pacientes interna- das medidas. Foi observado aumento global da sensibilidade para
dos em um hospital terciário, com 335 leitos, localizado em Belo Meropenem de 30,19%, Ceftazidime 17,75%, Piperacilina/Tazo-
Horizonte/MG, no período de agosto a outubro de 2009. No total bactam 22,57% e Polimixina B 45,45%. Conclusão: Assim como
foram avaliados 103 pacientes, dos quais 36 (35%) eram porta- demonstrado em literaturas científicas, as medidas implementa-
dores de uma amostra de MRSA e 67 (65%) de uma amostra de das contribuíram consideravelmente para a melhora do perfil de
Staphylococcus aureus sensível a meticilina ou oxacilina (MSSA). sensibilidade daP.aeruginosa emuma UTIdeumhospitalgeral de
Cinco fatores foram identificados na análise multivariada como as- BH/MG, o que foi constatado pelos dados epidemiológicos descri-
sociados, de forma independente, à aquisição de MRSA: interna- tos nesse estudo.
ção superior a 10 dias; procedência de outro hospital; presença de
diabetesmelitus;feridascrônicaseusodeantibióticosnosúltimos Palavras-chaves: Resistência bacteriana, Pseudomonas aerugino-
seis meses antes da internação. A taxa de letalidade geral entre os sa, Prevenção
pacientes portadores de MRSA foi significativamente maior que
entre os pacientes portadores de MSSA, o que atribui ao MRSA o
papel marcador de gravidade. A aquisição comunitária de MRSA
não foi encontrada na amostra de pacientes estudada. Estudos P474
prospectivos devem avaliar se os fatores associados à aquisição ANÁLISE DE Staphylococcus epidermidis ISOLADOS DO AMBIEN-
de MRSA encontrados neste e em outros estudos, constituem fa- TE E HEMOCULTURAS DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
tores de risco com associação independente. Esses fatores pode- DE BELO HORIZONTE
rão, então, ser avaliados como preditores de aquisição de MRSA,
e sua presença contribuir na tomada de decisão para instalação Autor(es):QuésiaSouzaDamasceno1,2,AdrianaCristinaOliveira1,
demedidaspreventivasvisandoreduçãodadisseminaçãonosoco- Jacques Robert Nicoli2
mial destepatógeno,bem como na definição da antibioticoterapia
empírica em pacientes suspeitos de infecção estafilocócica. Instituição(ões):
1. EEUFMG, Escola de Enfermagem da UFMG
Palavras-chaves: Staphylococcus aureus, resistência, fatores de 2. ICB/UFMG, Instituto de ciências Biológicas da UFMG
risco
Resumo:
Os Staphylococcus epidermidis, apesar de considerados pouco
virulentos, destacam-se nas infecções de corrente sanguínea rela-
P473 cionadas ao uso de cateteres venosos centrais. O microrganismo
AUMENTO DA SENSIBILIDADE DAS PSEUDOMONAS AERUGINO- pode aderir e multiplicar em superfícies inanimadas e dispositivos
SAS AOS ANTIMICROBIANOS MARCADORES DE MULTIRRESIS- médicos. Objetivou-se verificar se há relação entre isolados de
TÊNCIA, EM UM CTI DE UM HOSPITAL GERAL PARTICULAR, APÓS S. epidermidis, resistentes aos antimicrobianos, de pacientes em
IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS. hemocultura de rotina e a possível contaminação de superfícies
inanimadas e equipamentos de uma Unidade de Terapia Intensiva
Autor(es): Rodrigo Rocha, Silvana Ricardo, Marina Lage, Camila Al- (UTI) de Belo Horizonte. Tratou-se de um estudo transversal rea-
ves, Raquel Costa, Jairo Carvalho, Giovane Sousa lizado entre julho e outubro de 2009. As amostras foram obtidas
porswabsdassuperfícieseequipamentos(monitordefunçãocar-
Instituição(ões): 1. HMD, Hospital Mater Dei díaca, ventilador mecânico, grade lateral da cama, torneira, mesa
de cabeceira, estetoscópio e pia). As amostras foram cultivadas
Resumo: em meios BHI, MacConkey e Agar Sabouraud a 37º por 48 horas.
Introdução: A resistência dos microorganismos causadores de Osisoladosbacterianosforamidentificadospelamorfologiadaco-
infecções nosocomiais tem aumentado ao longo dos anos. O co- lônia, coloração de gram, teste de catalase, Kit API e antibiograma
nhecimento dos padrões de resistência da unidade pode orientar pelo método de Bauer-Kirby para os antimicrobianos Vancomicina
a política do uso de antimicrobianos e otimizar as medidas de e ciprofloxacina. Os isolados foram comparados às amostras de
controle de infecção implementadas. Objetivo: Demonstrar me- hemocultura de pacientes, obtidas da rotina do setor, pelo tes-
lhora do perfil de sensibilidade da P.aeruginosa em uma UTI de te “repetitive extragenic palindromic sequences” (rep-PCR), com
um hospital geral privado de BH/MG. Métodos: Estudo retrospec- análise do perfil de bandas pelo o método Unweighted Pair-Group
tivo de culturas dos principais sítios (tratos respiratório e uriná- no programa BioNumerics 6.0. Detectou-se S. epidermidis resis-
rio e corrente sanguínea). A prevalência do perfil de multirresis- tente à ciprofloxacina, antibiótico alternativo para tratamento das
tência foi avaliada na UTI, estratificada pelos sítios de infecção e infecções por estafilococos, no diafragma do estetoscópio, grade
comparadas após intervenções (mudança de escolha empírica e lateral da cama da unidade de isolamento e hemoculturas de pa-
de-escalonamento precoce de antimicrobianos, redução do tem- cientes com importante similaridade (60-65% - IC: 85%). Uma si-

317
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
milaridadede95%foiverificadaentreisolados,resistentesàcipro- sível estabelecer os padrões para terapia empírica em IPCS/CAT
floxacina, de Leuconostoc spp. detectado nos botões de comando na principal unidade crítica da instituição, reduzindo o tempo ne-
do monitor de função cardíaca da enfermaria e S. epidermidis cessário para início da terapia antimicrobiana eficaz. Em conjunto
presente no diafragma do estetoscópio do isolamento, sugerindo com o acompanhamento rigoroso de e contribuindo para redução
tratar-se do mesmo microrganismo. Entre os isolados de S. epider- da letalidade associada a esta infecção. Novos estudos serão dire-
midis não houve resistência à vancomicina. As similaridades entre cionados à avaliação do impacto destas mudanças na letalidade
os isolados bacterianos do ambiente e paciente reforçam a impor- das IPCS/CAT na instituição.
tância epidemiológica da transferência horizontal de microrganis-
mos oportunistas, com possibilidade de disseminação entre en- Palavras-chaves: RESISTENCIA, INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍ-
fermaria e isolamento. Conclui-se, que as superfícies inanimadas NEA, UTI, CATETER
frequentementetocadaseequipamentospróximosaopacientena
UTI contaminam-se por bactérias oportunistas resistentes, suge-
rindo relação clonal com isolados bacterianos de hemocultura de
pacientes. P476
AVANÇO DA RESISTÊNCIA DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE ENVOL-
Palavras-chaves: ambiente, contaminação, farmacorresistência VIDA EM PNEUMONIAS RELACIONADAS À VENTILAÇÃO MECÂNI-
bacteriana, Infecção Hospitalar, Staphylococcus epidermidis CA EM UTI ADULTO

Autor(es):LUISFERNANDOWAIB,IRENEDAROCHAHABER,MARIA
FERNANDA FESTA MORARI SCUDELER, MARIA FERNANDA SCHNEI-
P475 DER, MICHELI APARECIDA BARRETO, CARLA SIMOM MENDES
RESISTÊNCIA MICROBIANA EM INFECÇÕES DA CORRENTE SAN-
GUINEA RELACIONADAS A CATETERES VASCULARES DA UTI Instituição(ões): 1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNI-
ADULTO DE UM HOSPITAL DE ENSINO EM CAMPINAS - SP DADE CELSO PIERRO - PUC CAMPINAS

Autor(es):LUISFERNANDOWAIB,IRENEDAROCHAHABER,MARIA Resumo:
FERNANDA FESTA MORARI SCUDELER, MARIA FERNANDA SCHNEI- Introdução:Apneumoniaassociadaàventilaçãomecânica(PAVM)
DER, MICHELI APARECIDA BARRETO, CARLA SIMOM MENDES é a infecção relacionada à assistência à saúde mais comum nos
pacientes internados em UTI. Os agentes etiológicos mais relacio-
Instituição(ões): 1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNI- nados às PAVM são Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter spp.,
DADE CELSO PIERRO - PUC CAMPINAS Acinetobacter spp., Staphylococcus aureus e Klebsiella pneumo-
niae. A Klebsiella pneumoniae tem ganho particular atenção nos
Resumo: últimos anos em função da disseminação de cepas produtoras de
Introdução: Infecções primárias da corrente sanguinea (IPCS) es- ESBL, e mais recentemente, de carbapenemases. Cepas de Kleb-
tão relacionadas à presença de cateteres intravasculares, que são siellapneumoniaeresistentesacarbapenêmicosforamdetectadas
dispositivos largamente utilizados em terapia intensiva. A letalida- em nossa instituição pela primeira vez no final de 2009, e um sis-
de relacionada às IPCS nosocomiais é bastante elevada em nossa tema de vigilância especial foi desenvolvido para acompanhar sua
instituição (66%), em comparação com dados da literatura (25 a progressão ao longo do tempo. Objetivos: Avaliar o perfil de sensi-
60%).Os agentes etiológicos mais associados às IPCS são Staphylo- bilidade de Klebsiella pneumoniae em cepas implicadas em PAVM
coccus spp., Klebsiella spp., Serratia marcescens, Candida spp., em UTI Adulto com 19 leitos de um hospital de ensino, público
Pseudomonas spp. e Enterobacter spp. Objetivos: Avaliar o perfil e privado, de assistência terciária. Métodos: Prospecção do perfil
microbiológico e incidência de resistência aos antimicrobianos de de sensibilidade de Klebsiella pneumoniae isolados em casos de
primeira escolha em IPCS relacionadas ao cateter central (IPCS/ PAVM na UTI Adulto, segundo critérios NHSN, no período de 2000
CAT) na UTI Adulto com 19 leitos de um hospital de ensino, pú- a 2010. Foram pesquisados fenótipos quanto à existência de beta-
blico e privado, de assistência terciária. Métodos: Prospecção da lactamasedeespectroestendido (ESBL)eresistênciaacarbapenê-
microbiota e seu perfil de sensibilidade em hemoculturas de IPCS/ micos em amostras de aspirado traqueal válidas e hemoculturas.
CAT na UTI Adulto, segundo critérios NHSN, no período de janei- O critério para sensibilidade obedeceu aos parâmetros do CLSI
ro de 2009 a maio de 2010. Foram pesquisados fenótipos quanto (2010). Resultados: Klebsiella pneumoniae foi um dos principais
à resistência à oxacilina em Staphylococcus e cefalosporinas de agentesisoladosemPAVMnasériehistóricade10anos,identifica-
4ª geração (C4G) e carbapenêmicos em bacilos Gram-negativos da em 62 amostras válidas de 896 PAVM. Destas cepas, 25 (40,3%)
(BGN). O critério para sensibilidade obedeceu aos parâmetros do eram produtoras de ESBL. O número de isolados cresce regular-
CLSI (2010). Resultados: Foram notificadas 30 IPCS/CAT em 5205 mente após o caso inicial, em 2003. Em 2010, foram detectadas as
cateteres-dia, representando densidade de incidência de 5,76 primeiras 3 cepas resistentes a carbapenêmicos em PAVM na ins-
IPCS/1000 cat-dia. Os agentes etiológicos recuperados foram 18 tituição. Os testes de triagem para KPC nestas cepas foram nega-
BGN, 7 Staphylococcus spp, 2 Enterococcus spp e 3 Candida spp. tivos. Conclusões: A pressão seletiva exercida pelo uso de antimi-
Dos BGN, 7 (38,9%) apresentaram resistência apenas às C4G e crobianos de largo espectro implica, visivelmente, no surgimento
2 (11,1%) eram resistentes tanto às C4G quanto aos carbapenê- de microorganismos multirresistentes. A vigilância epidemiológica
micos. Os principais agentes no grupo resistente apenas às C4G destes microorganismos é fundamental para embasar o direcio-
foram as Klebsiella pneumoniae ESBL(+) e as Pseudomonas ae- namento das estratégias para uso racional de antimicrobianos e
ruginosa, enquanto o Acinetobacter baumanii foi o único agente dos ajustes nas práticas de precauções e isolamentos. Além disso,
resistente a carbapenêmicos. Dos Staphylococcus spp., 3 eram S. a vigilância contínua garante uma melhor alocação dos recursos
aureus e 4 S. coagulase negativos. Seis dos 7 isolados mostraram necessários para o controle da disseminação destes patógenos. A
resistência à oxacilina. Conclusão: Com base nestes dados, foi pos- emergência de cepas de Klebsiella pneumoniae resistentes a car-

318
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
bapenêmicos trouxe a necessidade de um vínculo mais próximo BAPENEMICOS, PNEUMONIA, UTI
entre o SCIH e a UTI Adulto, assim como a adoção de medidas de
vigilância, controle de antimicrobianos e educação continuada de
modo mais intensivo.
P478
Palavras-chaves: RESISTENCIA, PNEUMONIA, VENTILAÇÃO MECÂ- PREVALÊNCIA DE BACTÉRIAS EM ESTETOSCÓPIOS DISPONÍVEIS
NICA, UTI, KLEBSIELLA PNEUMONIAE PARAUTILIZAÇÃO PORPROFISSIONAISDESAUDE EMUMHOSPI-
TAL DO RIO GRANDE DO SUL

Autor(es): Marcelo Carneiro, Bruna Elisa Koch, Eduardo Paludo,


P477 DanielleJardimTrevisan,GabrielePorcher,JaneDagmarPolloRen-
SURGIMENTO DE RESISTÊNCIA A CARBAPENÊMICOS EM ACINE- ner, Lia Possuelo, Cristiane Pimentel Hernandes Machado, Priscilla
TOBACTER BAUMANII IMPLICADO EM PNEUMONIAS RELACIO- Müeller Emmel
NADAS À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI ADULTO DE HOSPITAL
DE ENSINO Instituição(ões): 1. UNISC, Universidade de Santa Cruz do Sul

Autor(es):LUISFERNANDOWAIB,IRENEDAROCHAHABER,MARIA Resumo:
FERNANDA FESTA MORARI SCUDELER, MARIA FERNANDA SCHNEI- Introdução: O estetoscópio é um instrumento de uso frequente na
DER, MICHELI APARECIDA BARRETO, CARLA SIMOM MENDES área da saúde. Após o contato com o paciente, geralmente ele é
guardadosemquehajaodevidocuidadonasuadesinfecção.Dessa
Instituição(ões): 1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNI- forma, atua como importante fonte de infecção e a limpeza desse
DADE CELSO PIERRO - PUC CAMPINAS é considerada de pouca relevância. Objetivo: Avaliar a microbiota
do Hospital Santa Cruz por meio da coleta de swabs dos estetos-
Resumo: cópiosutilizadosemcadasetorhospitalarenaUnidadedeAtendi-
Introdução:Apneumoniaassociadaàventilaçãomecânica(PAVM) mento Acadêmico. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo
é a infecção relacionada à assistência à saúde mais comum nos transversalnoHospitalSantaCruz,nacidadedeSantaCruzdoSul/
pacientes internados em UTI. Os agentes etiológicos mais relacio- RS, dos dias 21 a 25 de setembro de 2009. Foram coletados swabs
nados às PAVM são Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter spp., de 32 diafragmas de estetoscópios disponíveis para uso em 12 se-
Klebsiella spp., Acinetobacter spp. e Staphylococcus aureus. Tais tores do hospital. Foram realizados os procedimentos de cultura,
patógenos exibem aumento da resistência às diversas classes de microscopia (GRAM) e teste de susceptibilidade aos antimicrobia-
antimicrobianos, em grande parte devido à forte pressão seleti- nos. Resultados: Todas as amostras analisadas apresentaram cres-
va relacionada ao uso de antimicrobianos de amplo espectro. O cimentodemicroorganismos.Dototaldeamostras,96,9%tiveram
acompanhamento das tendências de resistência microbiana faz crescimento bacteriano e 3,1% apresentaram crescimento fúngi-
parte do conjunto de esforços para manter uma política racional co. Foram isolados dez espécies de diferentes bactérias, dos quais
de uso de antimicrobianos dentro da instituição, assim como tra- Escherichia coli (23%), Staphylococcus coagulase negativo (21%),
çar estratégias de contenção. Objetivos: Avaliar o perfil de sensibi- Staphylococcusaureus(15%)eKlebsiellapneumoniae(13%)estão
lidade a carbapenêmicos dos Acinetobacter baumanii implicados entre as mais prevalentes. A bactéria que apresentou resistência a
em PAVM em UTI Adulto com 19 leitos de um hospital de ensino, todos os antibióticos testados (Cefalexina, Sulfametoprima, Cefo-
público e privado, de assistência terciária. Métodos: Prospecção xitina, Ceftazidima, Ceftriaxona e Tetraciclina) foi a Pseudomonas
do perfil de sensibilidade de Acinetobacter baumanii isolados em aeruginosa que foi isolada na UTI adulto do hospital. Os bacilos
casos de PAVM na UTI Adulto, segundo critérios NHSN, no período gram negativos que apresentaram resistência a maioria dos anti-
de 2000 a 2010. Foram pesquisados fenótipos quanto à resistên- bióticos foram Klebsiella spp. e Enterobacter spp sendo somente
cia a carbapenêmicos em amostras de aspirado traqueal válidas sensíveis a Ceftazidima (Klebsiella spp. 37,5%, Enterobacter spp.
e hemoculturas. O critério para sensibilidade obedeceu aos parâ- 33,3%) e Ceftriaxona (Klebsiella spp. 37,5%). Constatou-se o cres-
metros do CLSI (2010). Resultados: o Acinetobacter baumanii foi cimento de duas espécies de microorganismos na mesma amostra
um dos principais agentes isolados em PAVM na série histórica de em 69% das análises. Conclusão: É necessária a orientação aos es-
10 anos. Foi identificado em 143 amostras válidas de 896 PAVM, tudanteseaosprofissionaisdaáreadasaúdearespeitodacorreta
sendo a resistência a carbapenêmicos detectada apenas em 2006 higienização dos estetoscópios usados pelos mesmos, enfatizando
(1amostra),2007(5amostras),2008(5amostras)e2009(5amos- a importância da desinfecção regular, preferencialmente antes e
tras). Conclusões: a pressão seletiva exercida pelo uso de antimi- após o uso no paciente, com solução alcoólica a 70%. Isso possibi-
crobianos de largo espectro implica, visivelmente, no surgimento lita um menor índice de multirresistência em ambientes de baixa
de microorganismos multirresistentes. A vigilância epidemiológica complexidade atenuando a infecção hospitalar.
destes microorganismos é fundamental para embasar o direcio-
namento das estratégias para uso racional de antimicrobianos e Palavras-chaves: Estetoscópios, Microbiota, Resistência microbia-
dos ajustes nas práticas de precauções e isolamentos. Além disso, na, Microorganismos, Higienização
a vigilância contínua garante uma melhor alocação dos recursos
necessáriosparaocontroledadisseminaçãodestespatógenos.No
caso dos patógenos associados a PAVM, treinamentos foram dire-
cionados às equipes de higiene e limpeza, enfermagem e fisiotera- P479
pia, que tem contato mais intenso com vias aéreas dos pacientes CONTAMINAÇÃO MICROBIANA EM EMBALAGEM DE BEBIDAS
em VM, resultando em diminuição recente da incidência. ENLATADAS.

Palavras-chaves: ACINETOBACTER BAUMANII, RESISTENCIA, CAR- Autor(es): Herion Alves da Silva MACHADO, Liline Maria Soares

319
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
MARTINS, Maria do Rosário Conceição Moura NUNES Resumo:
Introdução: Pseudomonas aeruginosa (P.a) é uma bactéria Gram
Instituição(ões): 1. FACID, FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL negativa não fermentadora, amplamente difundida no ambiente
(água, plantas, solo, animais) e, atualmente, importante causa
Resumo: de infecção relacionada à assistência à saúde especialmente em
INTRODUÇÃO: As embalagens enlatadas são práticas e atraentes pacientes imunocomprometidos devido a sua multirresistên-
visivelmente, estimulando o seu consumo fora do ambiente do- cia. Objetivo: avaliar e conhecer os sítios de identificação por
miciliar. Vários trabalhos têm sido feito com o objetivo de avaliar P.aeruginosa, seu percentual de resistência a determinados anti-
o risco à saúde do ser humano, decorrente do contato direto com microbianosemumhospitalterciáriodaredeestadualemNiterói/
a boca.OBJETIVOS: Este trabalho foi realizado com o objetivo de RJ e sugerir formas de reduzir sua disseminação. Material e méto-
avaliar através de parâmetros microbiológicos, o nível de contami- do: foram analisados 134 exames de 70 pacientes. A detecção de
nação na superfície de latas de bebidas prontas para o consumo e sensibilidade e resistência foi realizada por método de Kirk-Bauer
discutir os resultados em relação aos riscos para a saúde humana, - leitura por disco-difusão segundo padrão do CLSI vigente - no
bem como caracterizar a presença (identificando os principais mi- período de julho a dezembro de 2009. Resultados: P. aeruginosa
crorganismos presentes nas amostras coletadas) e o número dos foi encontrada nos seguintes sítios de infecção: secreção traqueal
principais indicadores microbiológicos higiênico-sanitários procu- (36%), urina (30%), sangue (16%), ponta de cateter (15%), secre-
rando relacioná-los à origem da contaminação e à potencialidade ção de ferida (3%) com resistência aos seguintes antimicrobianos:
para causarem gastroenterites nos consumidores de bebidas di- Piperaciclina-tazobactam (33,6%), Ceftazidima (35%), Cefepime
retamente na embalagem.MÉTODOS: Foram analisadas 60 amos- (36%), Imipenem (35%), Meropenem (28%), Amicacina (25%), Ci-
tras coletadas da superfície de bebidas enlatadas. Os espécimes profloxacina (51,5%). Conclusão: Neste hospital observou-se fre-
microbiológicos da superfície das latas foram obtidos mediante o qüência elevada de resistência aos antimicrobianos, semelhante a
uso de um swab. Em seguida o swab foi introduzido em um tubo estudos nacionais e internacionais. Houve necessidade de implan-
de ensaio contendo soro fisiológico estéril, seguindo-se de homo- tar protocolos para uso racional de antimicrobianos, implementar
geneização mecânica. Logo depois retirou-se deste volume 10 ml a higienização das mãos, precaução de contato, vigilância micro-
para ser utilizado na pesquisa de coliformes totais e fecais com biológica semanal e revisar protocolos de limpeza e desinfecção
o kit Aquatest coli que consistia em duas etapas(I e II) e os 10 ml no ambiente e material médico-hospitalar nos diversos setores.
restantes foram utilizados na pesquisa quantitativa de Mesófilos
aeróbios, Fungos, Estafilococos, Enterococos e Gram-negativos, Palavras-chaves: Pseudomonas aeruginosa, Resistência, Antimi-
utilizando-se como meios de cultura, respectivamente, ágar Plate crobianos, Hospital
count, ágar batata dextrose, ágar Baird-Parker ,ágar bile esculina
e Eosine metilene blue(EMB). As culturas de bactérias foram in-
cubadas a 37ºC durante 24 horas , o Aquatest coli I foi incubado a
36ºC por 24 horas e o Aquatest coli II foi incubado a 45ºC durante P481
24 horas,onde apenas as amostras que foram positivas no Aqua- DETECÇÃODEINFECÇÃODACORRENTESANGUÍNEARELACIONA-
test I foram submetidas ao Aquatest II. As culturas de fungo foram DA AO CATETER (ICS-RC) EM PACIENTES ATENDIDOS EM UNIDA-
incubadas a 25º C durante sete dias. RESULTADOS: No presente DES HOSPITALARES PÚBLICAS EM MACEIÓ-ALAGOAS.
estudo,observou-se a presença de população de mesófilos, esta-
filococos coagulase positivo, bolores, leveduras, coliformes totais Autor(es): FLÁVIA SOARES DE LIMA1, ZENALDO PORFÍRIO1, ELOÍ-
e fecais e enterococos, tendo uma quantificação significativa prin- SA RAFAELLE DA S. ALÉCIO1, HELOÍSA HELENA F. ALVES1, MARCUS
cipalmente em locais onde as amostras se encontravam expostas HUMBERTO S. DE LIMA1, LUANA LUZIA S. PIRES2, GABRYELLE B.
por mais tempo, bem como manuseada constantemente. CON- CORDEIRO DE LIMA2
CLUSÃO: A realização deste estudo teve importância para esclare-
cimento da sociedade quanto à carência de informações sobre a Instituição(ões):
presença de microrganismos que podem trazer danos à saúde do 1. CPML/UNCISAL, CENTRO DE PATOLOGIA E MEDICINA LABORA-
ser humano, sendo útil conhecer os riscos que nos encontramos TORIAL
expostos. 2. PGCS/ICBS/UFAL, UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

Resumo:
Palavras-chaves: contaminação, embalagens enlatadas, Microbio-
logia Os cateteres venosos centrais (CVC) são utilizados na terapia intra-
venosa com a finalidade de facilitar o diagnóstico e o tratamento
dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Entretanto, o uso desses cateteres oferece riscos de infecção local
P480 e sistêmica. Objetivo desse trabalho foi detectar a ICS-RC em pa-
Pseudomonas aeruginosa: RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA E cientes atendidos em unidades hospitalares públicas em Maceió-
PRINCIPAIS SÍTIOS DE INFECÇÃO EM UNIDADE HOSPITALAR Alagoas.No período de janeiro a julho de 2009 foram analisadas
DA REDE PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. 171 amostras de CVC oriundas de 03 unidades hospitalares, as
pontas de cateteres (3-5 cm) foram submetidas a cultura, utilizou-
Autor(es): CYNTHIA GASPARONI LIRA, NADJA RAQUEL LUSTOSA se a técnica de Maki (semi-quantitativa), em meio ágar-sangue a
LOPES, ANA DE FÁTIMA ROSA, REGINA CÉLIA SANTOS MOREIRA, 37ºCpor24-48hehemoculturasquandosolicitadas,variavaentre
JUSSARA NAZÁRIO, PAULO ROBERTO PORTO FURTADO 1 a 3 amostras por paciente incubadas por até 5 dias a 37ºC. Foi
avaliado o teste de sensibilidade por disco difusão apenas dos mi-
Instituição(ões): 1. HEAL, HOSPITAL ESTADUAL AZEVEDO LIMA crorganismos isolados de cateter/hemoculturas por paciente.Das
171 culturas de CVC apenas 66 foram solicitados hemoculturas,

320
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
dessas, 44 foram positivas para cultura de cateter e/ou hemocul- média 19,45 dias e sob ventilação mecâni¬ca, com uma média de
turas. Dessas, apenas 10 apresentou o crescimento do mesmo mi- 15,78 dias. Fo¬ram realizadas culturas de sangue, de urina ou de
crorganismocateter/hemocultura,oquesugeriuICS-RC:Klebsiella secreção traqueal em 59 pacientes, sendo que duas foram negati-
spp (05), Hafnia alvei (02), Escherichia coli (01), Candida spp (01). vas. Em dezenove delas houve crescimento de Pseudomonas ae-
Os perfis de sensibilidade demonstraram que Klebsiella spp (06) e ruginosa, treze Acinetobacter baumannii , nove Candida sp, oito
E. coli (01) eram produtoras de Betalactamases de Espectro Esten- Klebsiella pneumoniae, sete Staphylococcus aureus e sete Acine-
dido (ESBL). Todas as amostras de enterobactérias foram sensíveis tobacter spp, sendo que em alguns pacientes foi encontrado mais
aos carbapenens (imipenem/meropenem) e Piperacilina/tazobac- de um microorganismo. Destes pacientes, 34 (45,9%) evoluíram
tameresistentesagentamicina/cefalosporinas,aresistênciadaci- para o óbito e 40 (54,1%) foram transferidos da UTI. Observou-se
profloxacina foi verificada Klebsiella spp (03), H. alvei (02) e E. coli queataxademortalidadenaUTIfoibastanteelevada,fazendo-se,
(01). S. aureus (01) resistente a Oxacilina e sensível a teicoplanina portanto, necessária a adoção de medidas de prevenção da PAV a
e Linezulida. Amostras de CVC/sem solicitação de hemoculturas fim de reduzir os riscos para a sua ocorrência, prevenindo a colo-
foram de 105 e desses 57 apresentaram cultura positiva, tendo o nização de microorganismos do trato respiratório e digestivo com
Staphylococcus spp como agente mais freqüente com 25. A ICS- aaspiração desecreções contaminadasparaasviasaéreasinferio-
RC teve como agente principal os bacilos Gram-negativos, o que res, o que, possivelmente, poderá diminuir a taxa de mortalidade
difere da literatura que aponta os Gram-positivos, este resultado dos pacientes que necessitam fazer uso desse suporte ventilatório
pode está subestimado uma vez que o número de solicitações de invasivo.
hemocultura foi bem abaixo do número de culturas de CVC e para
CVC sem solicitação de hemocultura o predomínio foi de Gram- Palavras-chaves: PNEUMONIA, RESISTÊNCIA BACTERIANA, VENTI-
positivos. Sugere-se a implantação de um protocolo nos hospitais LAÇÃO MECÂNICA
para a solicitação de culturas do CVC e hemocultura uma vez que
para afirmar ICS-RC é necessário cruzar ambos os resultados para
excluir microrganismos possíveis de colonização.
P483
Palavras-chaves: INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUINEA, TÉCNICA PNEUMONIA POR ACINETOBACTER E KLEBSIELLA PNEUMONIAE
DE MAKI, CATETER, HEMOCULTURA, MICRORGANISMOS NA UTI: PERFIL DE RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS

Autor(es): Marta Maria Costa Freitas1, Cecília Bezerra Gomes da


Silva1, Lanuza Celes Mendes1, Priscila Jesus dos Santos Alves1,
P482 Evelyne Santana Girão1, Jorge Luíz Nobre Rodrigues1
PREVALÊNCIA DE MICROORGANISMOS MULTIRRESISTENTES NA
MORTALIDADE DE PACIENTES COM PNEUMONIA ASSOCIADA À Instituição(ões):
VENTILAÇAO MECÂNICA 1. HUWC, Hospital Universitário Wlater Cantídio
2. HUWC, Hospital Universitário Walter Cantídio
Autor(es): MARTA MARIA COSTA FREITAS, DÉBORA NÓBREGA
BARROSO, EMANUELA LIMA BEZERRA, HÉLIO ÂNGELO DONADI, Resumo:
JAQUELINE GOMES DE SOUZA SANTOS Dentreasinfecçõesnosocomiais,apneumoniaseenquadranasde
mais relevância, pois é responsável por mais da metade das pres-
Instituição(ões): crições de antibióticos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O
1. HUWC, HOSPITAL UNIVERSITARIO WALTER CANTÍDIO Acinetobacter afeta freqüentemente pacientes críticos internados
em unidades de terapia intensiva. Outra bactéria que tem elevado
Resumo: osíndicesdeinfecçãohospitalaréaKlebsiellapneumoniae.Dados
A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) é aquela que brasileiros também demonstram sua posição entre as bactérias
se desenvolve após 48 horas no paciente intubado que necessi- mais frequentemente encontradas em UTI. Consideramos a rele-
ta da ventilação mecânica (VM), sendo conseqüência da falta de vância de realizar o estudo onde poderemos a partir deste, iden-
equilíbrio entre os mecanismos de defesa do indivíduo e o agente tificar a taxa de pneumonia nosocomial por ambos, assim como o
microbiano.Aprincipalfontedesurtosdebactériasmultirresisten- perfil de resistência desses patógenos aos antimicrobianos mais
tes são as UTI’s, devido ao excessivo consumo de antimicrobianos, usados no seu combate, a fim de planejar estratégias de preven-
uso rotineiro de técnicas invasivas e a presença de pacientes com ção e tratamento baseadas na análise desses perfis. Com objeti-
doenças graves. Deste modo, o estudo teve o objetivo de identi- vos de identificar a taxa de pneumonia nosocomial causada por
ficar a prevalência de microorganismos isolados encontrados em Acinetobacter e Klebsiella pneumoniae em pacientes internados
pacientes com PAV de uma unidade de terapia intensiva (UTI) de em unidade terapia intensiva e conhecer o perfil de resistência
um hospital universitário do município de Fortaleza. Foi realizado aos antimicrobianos mais utilizados para infecções pulmonares
um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa, nosocomial causadas por Acinetobacter e Klebsiella pneumoniae
desenvolvido de janeiro de 2007 a janeiro de 2009. Fizeram parte em UTI. Realizou-se um do tipo epidemiológico descritivo com
da pesquisa 74 pacientes, sendo 45 (60,8%) do sexo feminino e 29 abordagem quantitativa, retrospectivo e documental. Teve como
(39,1%) do sexo masculino, com idade acima de 18 anos, subme- cenário um hospital universitário de grande porte da rede publica
tidos à VM com um tempo mínimo de 24 horas. A coleta de dados terciária federal da cidade de Fortaleza-CE. Os dados foram cole-
foi realizada através da consulta aos prontuários de cada paciente, tados de fichas de notificação de infecção hospitalar de pacientes
ondedestesforamcolhidasinformaçõescomo:idade,sexo,tempo que estiveram internados na unidade de terapia intensiva clínica
de internação, diagnóstico; culturas solicitadas, microorganismos da referida instituição no ano de 2009 diagnosticados com pneu-
infectantes e administração de antibióticos. Os pacientes apresen- monia nosocomial por Acinetobacter ou Klebsiella pneumoniae.
taram média de idade igual a 58 anos, permaneceram na UTI em Foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa, da referida ins-

321
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
tituição, dentro das normas que regulamentam a pesquisa com UTI clínico-cirúrgica de adultos com 15 leitos. Outras UTI foram
seres humanos. A coleta de dados foi realizada em maio de 2010 focos minoritários de transmissão. Os microorganismos prevalen-
na CCIH da referida instituição. A taxa de pneumonia por Acineto- tes não diferiram entre IRAS adquiridas dentro e fora de UTI, com
bacter na UTI foi 26,8% e por K. pneumoniae alcançou 24,4%. Foi predomínio de A. baumannii e MRSA. CONCLUSÃO: A evidência
analisado o perfil de resistência ao cefepime, imipenem, merope- deaquisiçãodeIRASpormicroorganismos multi-droga-resistentes
nem e piperacilina + tazobactam. O A.baumamii mostou 72,7% de foradasUTIdemonstraaimportânciadeestendermedidasrigoro-
resistência ao cefepime, 45,4% ao imipenem, 18,1% ao merope- sas de barreira e auditoria de uso de antimicrobianos nas diversas
nem e a piperacilina + tazobactam não foi testada nenhuma vez. unidades de internação.
JáoAcinetobacterspteve25%deresistênciaaocefepime,75%ao
imipenem,25%aomeropenemcom50%defaltaeapiperacilina+ Palavras-chaves: microorganimsos multi-droga-resistentes, MRSA,
tazobactam não foi testada nenhuma vez. No caso da Klebsiella o Acinetobacter baumannnii, Pseudomonas aeruginosa, VRE
imipenem,nãofoitestadonoantibiograma,ocefepimeobtevere-
sistência de 30%, meropenem e piperacilina + tazobactam que fo-
ram testados apenas em um dos casos, mostrando-se resolutivos.
Conclui-se que assim como em outras UTI´s, a taxa de pneumonia P485
por Acinetobacter sp, A.baumamii e K. pneumoniae é elevada e PERFIL MICROBIOLÓGICO E INCIDÊNCIA DE RESISTÊNCIA MICRO-
queoantibiogramapormuitasvezesnãoérealizado,sendoimple- BIANA NAS INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO DA UTI ADULTO DE
mentado de forma empírica, podendo retardar a melhora clínica UM HOSPITAL DE ENSINO EM CAMPINAS - SP
do paciente pela escolha inadequada do antimicrobiano.
Autor(es):LUISFERNANDOWAIB,IRENEDAROCHAHABER,MARIA
Palavras-chaves: uti, pneumonia, infecção FERNANDA FESTA MORARI SCUDELER, MARIA FERNANDA SCHNEI-
DER, MICHELI APARECIDA BARRETO, CARLA SIMOM MENDES

Instituição(ões): 1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNI-


P484 DADE CELSO PIERRO - PUC CAMPINAS
QUE PROPORÇÃO DAS INFECÇÕES POR MICROORGANISMOS
MULTI-DROGA-RESISTENTES EM UM HOSPITAL DE ENSINO É AD- Resumo:
QUIRIDA FORA DAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA? Introdução: A infecção do trato urinário relacionada à sonda ve-
sical de demora (ITU/SVD) representa cerca de 40% do total das
Autor(es): SILVIA EDUARA KENNERLY ALBUQUERQUE, ADRIANA infecções relacionadas à assistência à saúde. Os agentes etiológi-
ESTELA BIASOTI GOMES, ELAINE SILVA DE FREITAS, SANDRA MARA cos mais comumente associados a esta infecção são a Escherichia
QUEIROZ RICCHETTI, DANIELA PONCE, CARLOS MAGNO CASTELO coli, Klebsiella spp., Proteus spp., Enterobacter spp. e Enterococ-
BRANCO FORTALEZA cus spp. Objetivos: Avaliar o perfil microbiológico e incidência de
resistência aos antimicrobianos de primeira escolha em ITU/SVD
Instituição(ões): 1. CCIRAS - FMB-UNESP, CCIRAS - Faculdade de na UTI Adulto com 19 leitos de um hospital de ensino, público e
Medicina de Botucatu, UNESP. privado, de assistência terciária. Métodos: Prospecção da micro-
biota e seu perfil de sensibilidade em hemoculturas e culturas de
Resumo: urina atribuídas a ITU/SVD da UTI Adulto, segundo critérios NHSN,
INTRODUÇÃO: Microorganismos multi-droga-resistentes têm par- noperíododejaneirode2009amaiode2010.Forampesquisados
ticipação predominante na etiologia de Infecções Relacionadas à fenótipos quanto à resistência à ampicilina em Enterococcus spp.,
Assistência em Saúde (IRAS). A aquisição desses agentes é des- oxacilina em Staphylococcus spp., cefalosporinas de 4ª geração
crita principalmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), que (C4G) e carbapenêmicos em bacilos Gram-negativos (BGN). O cri-
albergam pacientes graves, submetidos a múltiplos procedimen- tério para sensibilidade obedeceu aos parâmetros do CLSI (2010).
tos e em uso de antimicrobianos de amplo espectro. A identifi- Também foi avaliada a prevalência de fungos em ITU/SVD, mas
cação dos focos predominantes de transmissão cruzadas desses não foi avaliado o perfil de sensibilidade destes patógenos. Resul-
patógenos ajuda no direcionamento e intensificação de medidas tados: Foram notificadas 86 ITU/SVD neste período, em 6110 SVD-
de barreira. OBJETIVO: Identificar a proporção de pacientes que dia, resultando em uma densidade de incidência de 14,07 ITU por
adquiriram IRAS por microorganismo multi-droga-resistentes fora 1000sondas-dia.Destas,houveidentificaçãodoagenteetiológico,
de Unidades de Terapia Intensiva. METODOLOGIA: O estudo foi por urocultura ou hemocultura, em 85 infecções. Dos agentes iso-
conduzido no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de lados, 54 (63,53%) eram BGN, 9 (10,59%) CGP e 22 (25,88%) de
Botucatu (400 leitos). Foram revistos os pacientes com culturas fungos. O BGN mais freqüente foi a Klebsiella pneumoniae, com
clínicas positivas para um dos seguintes agentes: Acinetobacter 16 isolados (29,63%), seguido de Pseudomonas aeruginosa, com
baumannii resistente às cefalosporinas de terceira geração; Pseu- 9 isolados (16,66%) e Escherichia coli, com 8 isolados (14,81%).
domonas aeruginosa resistente ao imipenem; Staphylococcus au- O CGP mais freqüente foi o Enterococcus faecalis, com 5 isolados
reus resistente a meticilina (MRSA) e Enterococcus SSP resistentes (55,55% dos cocos Gram-positivos). O fungo mais freqüentemen-
à Vancomicina. Os pacientes foram analisados quanto ao local te isolado foi a Candida albicans, com 9 isolados (40,9% dos fun-
provável de aquisição do microorganismo. O período da análise gos).Dos BGN, 27,78% apresentavam resistência apenas às C4G e
foi de 01/02/2010 a 10/06/2010. RESULTADOS: No período ana- 9,26% eram resistentes tanto às C4G quanto aos carbapenêmicos.
lisado, 129 pacientes apresentaram IRAS com isolamento de um Os principais agentes no grupo resistente apenas às C4G foram as
dos microorganismos de interesse. Dentre estes, 38,8% (Interva- Klebsiella pneumoniae ESBL(+), Acinetobacter baumanii e Entero-
lo de Confiança 95%=30,6%-47,4%) não tinham história prévia de bacter cloacae. O principal agente resistente aos carbapenêmicos
passagem por UTI. Entre os demais, 27,9% (IC95%=20,7%-36,11%) foi a Klebsiella pneumoniae. Os testes de rastreamento para KPC
tinham como local provável de aquisição do microorganismo uma nestas amostras resultou negativo. Dos 9 cocos Gram-positivos

322
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
isolados, 5 eram Enterococcus faecalis, sendo 80% resistentes à na. Conclusão: Com base nestes dados, foi possível estabelecer
ampicilina. Não foram isolados Enterococcus spp. resistentes à os padrões para terapia empírica em PAVM na principal unidade
vancomicina. Conclusão: O perfil de sensibilidade da microbiota crítica da instituição, reduzindo o tempo necessário para início da
envolvida nas ITU/SVD nesta unidade justifica a padronização de terapia antimicrobiana eficaz, contribuindo para redução da letali-
carbapenêmicos e antifúngicos como terapia empírica inicial. Me- dade associada a esta infecção. Novos estudos serão direcionados
didas amplas de educação continuada e controle de antimicrobia- à avaliação do impacto destas mudanças na letalidade das PAVM
nos serão necessárias para reduzir o número de infecções e conter nesta unidade.
o avanço da resistência microbiana nesta unidade.
Palavras-chaves: RESISTENCIA, PNEUMONIA, UTI, VENTILAÇÃO
Palavras-chaves: RESISTENCIA, INFECÇÃO URINÁRIA, CATETER VE- MECÂNICA
SICAL, UTI

P487
P486 A IMPLEMENTAÇÃO DA RACIONALIZAÇÃO DE PROFILAXIA CI-
PERFIL MICROBIOLÓGICO E INCIDÊNCIA DE RESISTÊNCIA AOS RÚRGICA DE UM HOSPITAL PRIVADO E ACREDITADO NO INTE-
ANTIMICROBIANOS DAS PNEUMONIAS ASSOCIADAS À VENTILA- RIOR DE SÃO PAULO
ÇÃO MECÂNICA EM UTI ADULTO DE HOSPITAL DE ENSINO
Autor(es): MARIELLY HERRERA GONZÁLEZ, ELAINE VAZ DE SOUZA
Autor(es):LUISFERNANDOWAIB,IRENEDAROCHAHABER,MARIA JAMBO,CLAUDIAMANGINI,FERNANDOVINICIUSCESARDEMARCO
FERNANDA FESTA MORARI SCUDELER, MARIA FERNANDA SCHNEI-
DER, MICHELI APARECIDA BARRETO, CARLA SIMOM MENDES Instituição(ões): 1. HV, HOSPITAL VIVALLE

Instituição(ões): 1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNI- Resumo:


DADE CELSO PIERRO - PUC CAMPINAS INTRODUÇÃO É evidente a importância do desenvolvimento de
antimicrobianos (ATM) na melhoria da qualidade de assistência à
Resumo: saúde na humanidade. Entretanto, o uso de ATM no período pe-
Introdução:Apneumoniaassociadaàventilaçãomecânica(PAVM) rioperatório já está estabelecido como fator adjuvante na preven-
é a infecção relacionada à assistência à saúde ( IRAS) mais comum ção das infecções. Apesar de simples, a profilaxia é muitas vezes
nos pacientes internados em UTI. Na literatura, os agentes etioló- inadequada, e particularmente algumas são prolongadas no pós-
gicos mais relacionados às PAVM são Pseudomonas aeruginosa, operatório. Para se obter um efeito benéfico com o emprego da
Enterobacter spp., Klebsiella spp., Acinetobacter spp. e Staphylo- antibioticoprofilaxia na prevenção da Infecção de Sítio Cirúrgico
coccus aureus. Tais patógenos exibem aumento da resistência às (ISC), alguns conceitos devem ser previamente estabelecidos e a
diversas classes de antimicrobianos, em grande parte devido à administração de um ATM avaliada, pois não é desprovida de ris-
forte pressão seletiva relacionada ao uso de antimicrobianos de cos considerando que alguns prescritores não considerem estes
amplo espectro. O acompanhamento das tendências de resistên- potenciais eventos adversos. OBJETIVOS Demonstrar as estraté-
cia microbiana faz parte do conjunto de esforços para manter uma gias que um hospital privado e acreditado do interior de São Paulo
política racional de uso de antimicrobianos dentro da instituição, utilizou para implantar melhorias na adesão ao protocolo de pro-
assim como traçar estratégias de contenção. Objetivos: Avaliar o filaxia cirúrgica. MÉTODOS Após revisão do protocolo de profilaxia
perfil microbiológico e incidência de resistência aos antimicrobia- cirúrgica e análise do percentual de adesão no primeiro semestre
nos de primeira escolha em PAVM na UTI Adulto com 19 leitos de de 2009, um novo documento foi elaborado e implantado nos se-
um hospital de ensino, público e privado, de assistência terciária. tores assistenciais e gerenciado através de análise conjunta com
Métodos: Prospecção da microbiota e seu perfil de sensibilidade a Farmácia Clínica. No segundo semestre, foram confeccionados
em hemoculturas e culturas de aspirado traqueal de PAVM na UTI kits de ATM de acordo com a especialidade cirúrgica e adminis-
Adulto, segundo critérios NHSN, no período de janeiro de 2009 a trados pelo Anestesiologista em consonância com o cirurgião. RE-
maio de 2010. Foram pesquisados fenótipos quanto à resistência SULTADOS No primeiro semestre houve um percentual de 61% de
à oxacilina em Staphylococcus spp. e cefalosporinas de 4ª gera- adesão ao protocolo de profilaxia cirúrgica. Após a implantação
ção (C4G) e carbapenêmicos em bacilos Gram-negativos (BGN). do novo protocolo no 2° semestre, a adesão foi de 72,3%, sendo
O critério para sensibilidade obedeceu aos parâmetros do CLSI a média anual de adequação ao protocolo de 70%. CONCLUSÃO
(2010). Resultados: Foram notificadas 115 PAVM na UTI Adulto A garantia da melhoria da adesão é o reflexo do gerenciamento
em 3230 VM-dia ( DI=35,6 PAVM/1000VM-dia). Agentes isola- do protocolo executado pela equipe multiprofissional garantindo
dos de aspirado traqueal com controle de qualidade de amostra a segurança no tratamento do paciente evitando a resistência mi-
e hemoculturas foram considerados, totalizando 100 amostras crobiana e riscos inerentes a prática.
positivas. Os principais agentes isolados nestas amostras foram
Pseudomonas aeruginosa (28%), Klebsiella pneumoniae (19%), Palavras-chaves: ANTIMICROBIANO, PROFILAXIA, RACIONALIZA-
Acinetobacter baumanii (18%) e Staphylococcus aureus (12%). O ÇÃO
predomínio absoluto foi de BGN (87%), sendo mais frequentes os
não-fermentadores(57,5%dosBGN).DosBGN,33,33%apresenta-
vam resistência apenas às C4G e 10,34% eram resistentes tanto às
C4G quanto aos carbapenêmicos. Os principais agentes no grupo P488
resistente apenas às C4G foram as Klebsiella pneumoniae ESBL(+) ANTIBIOTICOTERAPIA NOS ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
e Acinetobacter baumanii. Dos 13 cocos Gram-positivos isolados,
12 eram Staphylococcus aureus, sendo 25% resistentes à oxacili- Autor(es): Marcos Antonio Macedo dos Anjos1,2, Elias Gomes de

323
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Oliveira1,3, França Helena Elias Pereira1, Bruno dos Santos Fer- 1. HUGV, Hospital Universitário Getúlio Vargas
nandes1, Soraya Costa Alvarenga1, Amanda Fonseca da Costa Val1 2. SUSAM, Secretaria Estadual de Saúde

Instituição(ões): Resumo:
1. HGNI, Hospital Geral de Nova Iguaçú O uso de medicamentos nos hospitais envolve de 20 a 30 etapas,
2. HEAS, Hospital Estadual Albert Schweitzer juntamente com a atuação de diversos profissionais e a transmis-
3. HEAPN, Hospital Estadual Adão Pereira Nunes são de ordens e materiais entre as pessoas. Cada etapa apresenta
potenciais variados de ocorrência de erros e, para uma real redu-
Resumo: çãoderiscosfaz-senecessáriaumaanálisesistêmicadesseproces-
Introdução A antibioticoterapia tem sido usada de forma indis- so, o conhecimento dos seus pontos vulneráveis e a implantação
criminada em diversas emergências hospitalares. A atuação mul- demedidaspreventivas.EntreosindicadoresutilizadosemFarmá-
tiprofissional é imprescindível para avaliar, de modo coerente, o cia Hospitalar a prescrição médica é importante por ser o vínculo
uso racional dos antimicrobianos. A utilização indevida resulta no terapêutico entre o médico e o seu paciente. Com isso, vimos à
desenvolvimento de cepas bacterianas resistentes. Diante disso, necessidade de avaliar as prescrições e realizar um estudo retros-
espera-se que os dados obtidos, contribuam para corroborar com pectivoeobservacionaldafarmacoterapiaaplicadaàpacientesin-
aliteraturasobreaprofilaxiaeotratamentocomantimicrobianos. ternados na Clínica de Nefrologia do HUGV. Foram avaliados todos
Objetivos Esta pesquisa visa realizar uma estatística sobre o uso os pacientes internados no período de junho à agosto de 2009.
e a indicação de antimicrobianos na emergência de um hospital Os indicadores observados foram: número de medicamentos por
público do Rio de Janeiro. Métodos A presente pesquisa é do tipo prescrição; número de medicamentos prescritos por nome gené-
quantitativa utilizando o método survey corte-transversal que, rico; número de medicamentos da RENAME¨(Relação Nacional de
segundo LIMA (2004), identifica e explica uma ou mais variáveis Medicamentos); número de apresentações injetáveis e número
em um espaço de tempo pré-determinado. A coleta de dados foi de antibióticos por prescrição. As informações coletadas foram
realizada de 01 a 28 de fevereiro de 2010. Todos os dados foram lançadas em Sistema Informatizado Microsoft Excell® 2007 para
obtidos através de justificativas de antimicrobianos cedidas pela análise dos dados por meio de cálculos de médias, proporções,
farmácia e pelo controle de infecção hospitalar da instituição. Re- percentagem e plotagem de gráficos. A avaliação de 1200 prescri-
sultados Foram identificadas 304 prescrições no período, 45,7% ções demonstrou que foram prescritos cerca de 13.212 medica-
delas de clinica médica, 20,7% de ortopedia, 20,4% de cirurgia ge- mentos,sendoquecercade74%compreendemosmedicamentos
ral, 6,9% de pediatria, 3,3% de buco-maxilo e 3% de neurocirurgia. com denominação genérica; 58,6% compreendem medicamentos
Principais indicações: cefazolina para profilaxia em cirurgias orto- contemplados na RENAME, 1.128 medicamentos eram antimicro-
pédicas e de buco-maxilo-facial; ciprofloxacina para Infecções do bianos correspondendo a 8,5% do total e 3.937 medicamentos
trato urinário; ciprofloxacina associada a metronidazol para profi- eram apresentações injetáveis correspondendo a 29,8% do total.
laxia de cirurgias abdominais; ampicilina associada a gentamicina Os dados obtidos demonstram que o número de medicamentos
para profilaxia de cirurgias abdominais; oxacilina para infecções por prescrição gira em torno de 11 medicamentos/dia, estando
cutâneas e ósseas; Amoxicilina+clavulanato para pneumonias; acima do número da média nacional. Estudos realizados no Brasil
gentamicina associada a metronidazol e ampicilina para profilaxia demonstramque78,3%dosmedicamentossãoprescritosdeacor-
de cirurgias abdominais, ortopédicas e pneumonias; ceftriaxona docomaRENAMEecercade74%sãoprescritospordenominação
para meningites, sepse pulmonar e do trato urinário; clindamicina genérica, porém a Clínica estudada apresentou um valor inferior
associada a oxacilina para infecções cutâneas e osteoarticulares; a média nacional para medicamentos contemplados na RENAME
penicilina para sífilis, Sulfametoxazol+Trimetoprim associado a sendo de 58,6%, mas observou-se que a clínica apresentou 74%
ciprofloxacina e ceftriaxona para pneumonias. Conclusões Tendo paramedicamentosprescritospordenominaçãogenérica,ouseja,
em vista o exposto, concluiu-se que as indicações de uso estão de o valor encontra-se igual ao da média nacional. Portanto, os da-
acordo com a literatura, portanto esperamos que esta pesquisa dos que obtivemos na clínica estudada, que foi recém inaugura-
possa fornecer subsídios para debate acerca das práticas existen- da e ainda não contempla uma efetiva atenção farmacêutica no
tesemrelaçãoaousodeantimicrobianos,demodoquesejamela- controle da terapêutica dos pacientes, demonstraram a partir da
boradas estratégias positivas de atendimento, criando protocolos análise dos indicadores, que há uma necessidade urgente da atu-
específicos e criteriosos para o uso desses medicamentos. ação do farmacêutico na unidade, pois tais indicadores podem ser
melhorados através de alternativas para redução no número de
Palavras-chaves: Antibioticoterapia, Antimicrobianos, Atendimen- medicamentos prescritos, promovendo um uso racional de anti-
to de Emergência, Controle de Infecção, Profilaxia microbianos.

Palavras-chaves: indicadores, prescrição médica, uso racional de


medicamentos
P489
INDICADORES DE USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS NA
CLÍNICA DE NEFROLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GE-
TÚLIO VARGAS - HUGV P490
PERFIL DO CONSUMO DE ANTIMICROBIANOS DO HOSPITAL UNI-
Autor(es): Francisco Gessy Mendonça1, Vivian do Nascimento VERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS HUGV
Pereira1,1,1, Dayana Silva Grimm1, Agostinho Silva-Sobrinho2,1,
Leidyana Moraes Costa1, Viviane Alencar Santos1, Maria Thereza Autor(es): Francisco Gessy Mendonça1,1,1, Vivian do Nascimento
Medeiros Duarte1, Maria Bethania Paes Justamente1 Pereira1,2, Agostinho Silva-Sobrinho2, Leydeana Moraes Costa1,
DayanaSilvaGrimm1,VivianeAlencarSantos1,MariaTherezaMe-
Instituição(ões): deiros Duarte1, Andrea de Souza Carneiro1

324
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Pereira2,1, Agostinho da Silva_Sobrinho2, Leidyana Moraes Cos-
Instituição(ões): ta1, Viviane Alencar Santos1, Maria Thereza Medeiros Duarte1,
1. HUGV, Hospital Universitário Getúlio Vargas Dayana Silva Grimm1, Maria da Conceição Bulcão Silva2
2. SUSAM, Secretaria Estadual de Saúde
Instituição(ões):
Resumo: 1. HIDF, Hospital Infantil Dr. Fajardo
Introdução: O uso racional de antimicrobianos é uma ação pri- 2. SUSAM, Secretaria Estadual de Saúde
mordial da Farmácia Hospitalar, sendo assim, a análise do perfil
de antimicrobianos é importante para fornecer indicadores para Resumo:
a análise da comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH) INTRODUÇÃO: O uso racional de medicamentos é a principal dire-
e consequentemente promover o uso racional e reduzir custo triz de um programa de assistência farmacêutica e também contri-
hospitalares. O uso irracional de antimicrobianos é relatado em buiparaocontroledasinfecçõeshospitalares.Medidasdepreven-
todo mundo, sendo um problema bastante atual. No HUGV há ção e controle de infecção hospitalares, e a utilização racional de
uma CCIH atuante, multidisciplinar e um serviço de Farmácia que medicamentos otimizam o equilíbrio entre efetividade, segurança
contribui para o bom desempenho das ações do controle das in- e custo da assistência hospitalar. O controle de antimicrobianos
fecções, porém, por ser um hospital escola periodicamente há é uma ação primordial da Farmácia Hospitalar, sendo assim, a
novos prescritores e observou-se a necessidade da avaliação do análise da comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH) e
perfil do consumo de antimicrobianos nesta instituição. Objeti- consequentemente promover o uso racional desta classe terapêu-
vos: Analisar o perfil de antimicrobianos prescritos nas clínicas do tica. OBJETIVO: Analisar o perfil de antimicrobianos prescritos em
HUGV e avaliar se há um uso racional nesta instituição. Métodos: todas as clínicas (pediatrias, isolamento, alto risco, UTI e clínica
Realizou-se um estudo retrospectivo observacional das fichas de cirúrgica) do Hospital Infantil Dr. Fajardo e avaliar se há um uso
antimicrobianosoriundasdetodasasclínicasdoHUGVnoperíodo racional nesta instituição, contribuindo, também, para o controle
compreendido de junho a novembro de 2009. A coleta de dados de infecção hospitalar e evitar a resistência microbiana. METODO:
foi realizada verificando os seguintes parâmetros: fichas comple- Realizou-se um estudo retrospectivo observacional das fichas de
tas, incompletas, sexo, local da infecção, classes dos agentes anti- antibióticos: completas, inconpletas,sexo, idade, origem da in-
microbianos e clínicas. As informações coletadas foram analisadas fecção, local da infecção, classes dos agentes antimicrobianos e
por meio de cálculos de média, proporções, porcentagens e plo- clínicas. RESULTADOS E DISCURSSÃO: Foram analisadas 995 fichas
tagem de gráficos no software Execel ® 2007. Resultados: Foram de antibióticos dos quais obtivemos 59% da ficha completa e 41%
analisadas 2905 fichas de antibiótico oriundas de todas as clínicas incompletas(idade14%,localdainfecção2%eorigemdainfecção
sendo: 51% clínica cirúrgica, 20% ortopédica, 9% clínica médica, (25%).Quantoaosexotivemos39%feminino,55%masculinoe6%
7% nefrologia, 7% neurologia e 6% unidade de terapia intensiva. A não informado. Quanto a origem da infecção obtivemos 9% hos-
maioria das fichas analisadas encontrava-se devidamente preen- pitalar, 63% comunitária e 18% não informado. As faixas etárias
chidas (84%) e nas incompletas (16%) não constavam dados como correspondem de 0 a 6 meses (19%), 7m a 1ano (19%), 1 a 2 anos
sexo; número de leito e localização da infecção. Observou-se certa (25%), 3-4 anos (8%), 5-6 anos (3%), 7-8 anos (2%), 9-10 anos (4%)
equivalência na qualidade de internos do sexo feminino (48%) e e acima de 11 anos (5%), não informados (15%). Os grupos tera-
masculino (50%), sendo 2% sem sexo discriminado. A localização pêuticos prescritos foram: 47% penicilinas, 14% cefalosporinas de
das infecções de maior prevalência foram:broncopulmonar (8%) e terceira geração, 9% cefalosporinas de primeira geração, 7% ami-
infecção do trato urinário (8%), seguidas da gastrointestinal (5%); noglicosideos, 6% macrolideos, 6% glicopeptideos, outros 11%. As
osteoarticular (2%); peritonial (2%); sepse (2%); cutâneo cirúrgica localizações das infecção são: broncopulmonar 65%, gastrointesti-
(1,5%);cutâneonãocirúrgica(1,5%);sistemanervosocentral(1%); nal 9%, cutânea não cirúrgica 7%, cutânea cirúrgica 6%, sepse 5%
outros (13%). Porém, a profilaxia cirúrgica (56%) teve prevalência e outros 8%. CONCLUSÃO: A análise dos dados demonstrou que
sobre as cefalosporinas de 1ª geração (64%), seguida das fluorqui- o Hospital possui maior consumo de antimicrobianos de primei-
nolonas (7%), cefalosporinas de 3ª geração (6%), glicopeptideos ra escolha – penicilinas, por ter, em grande parte, pacientes com
(3,5%), aminoglicosídeos (2%), carbapenêmicos (2%), penicilinas broncopulmonares, porém poderia haver mais reserva quanto ao
(2%), cefalosporina de 4ª geração (2%), sulfonamidas (1,5%), anti- uso de cefalosporinas de terceira geração. Concluímos, também,
fúngicos (1%) e outros (5%). Conclusão: A análise demonstrou que que há um baixo consumo de antimicrobianos de reserva, mesmo
o HUGV possui maior consumo de antimicrobianos de 1ª escolha, sendo um hospital de média complexidade, demonstrando o re-
cefalosporinas de 1ª geração, por ter, em grande parte, pacientes sultado do comprometimento da Farmácia Hospitalar em promo-
cirúrgicos.Concluímos,queháumbaixoconsumodeantimicrobia- ver uma terapêutica antimicrobiana segura e racional.
nosdereserva,mesmosendoumhospitaldemédiaealtacomple-
xidade, demonstrando o resultado do comprimento da Farmácia Palavras-chaves: antibiótico, Perfil farmacoterapeutico, Uso Racio-
Hospitalar juntamente com a CCIH. nal de Medicamento

Palavras-chaves: antimicrobianos, perfil de antibioticos, ficha de


antibiotico
P492
OIMPACTODOUSODATERAPIASEQUENCIALORALANTIMICRO-
BIANA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE BELO HORIZONTE- MINAS
P491 GERAIS
ESTUDO DO PERFIL FARMACOTERAPEUTICO DOS ANTIMICRO-
BIANOS DE UM HOSPITAL INFANTIL DO NORTE Autor(es): Dirce Silva, Claúdia Ferreira, Aline Silva, Renata Barros,
Hairton Guimarães, Maísa Azevedo
Autor(es): Francisco Gessy Mendonça1,1,1, Vivian do Nascimento

325
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Instituição(ões): 1.HGV/FHEMIG, Hospital GalbaVelloso /FHEMIG sumo de antimicrobianos nos períodos considerados; traçar perfil
dos antimicrobianos de reserva terapêutica e melhorar a política
Resumo: de uso de antimicrobianos. Método: O estudo foi realizado em
INTRODUÇÃO: Os antimicrobianos representam um gasto de duas unidades de uma instituição especializada em cuidados on-
aproximadamente 1/3 do orçamento do hospital. Uma alter- cológicos,tendoumadelas87leitos,deatendimentoexclusivoem
nativa para redução destes gastos é a terapia sequencial oral a oncologia/SUS, e a outra 73 leitos, de atendimento geral e onco-
antimicrobiana(TSA).Este programa consiste no uso de antimicro- lógico (convênio/particular/SUS), localizadas em Natal, RN. Os re-
bianos por via endovenosa (EV) nas 48-72 horas iniciais da infec- gistroshospitalaresforamrevisadosvisandoidentificaroconsumo
ção para após a obtenção de melhora clínica, efetuar-se a troca de antimicrobianos por pacientes internados, sendo os resultados
desta via pela oral, a ser mantida até o término do tratamento. expressosemDoseDiáriaDefinida(DDD)por100leitos-dia.Aaná-
OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso da TSA no lise foi realizada para determinar as tendências de consumo dos
Hospital Galba Velloso (HGV). MÉTODOS: Estudo prospectivo e agentes individuais. Resultados: através dos dados analisados foi
transveral realizado no mês de abril e maio de 2010 no HGV, per- possível verificar que o uso de penicilinas apresentou-se elevado
tencente á Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais, com em ambas as unidades, especialmente no tocante às penicilinas
86 leitos ortopédicos, atendendo à clientela acima de 14 anos, na com inibidor de beta-lactamase, sendo a Piperacilina/Tazobactam
qual foram avaliadas as solicitações de antimicrobianos de cada de eleição para tratamento dos casos de Pneumonia Hospitalar.
paciente. Utilizou-se Software Minitab 14. Um dos critérios de in- Observou-se também um alto consumo de cefalosporinas, decor-
clusão foram pacientes com infecções relacionadas a fraturas. Já rente da padronização na instituição do uso de cefepima para tra-
os critérios de exclusão foram pacientes com distúrbios gastroin- tamento de neutropenia febril e do uso de cefazolina em larga es-
testinais, dificuldades de deglutição,neutropênicos. Varíaveis dep cala para antibioticoprofilaxia cirúrgica. Na unidade I, há um maior
endentes:medicamentos(ciprofloxacino,clindamicina,imipenem, consumo de metronidazol (devido ao elevado número de cirurgias
levofloxacino e ceftazidima). Variáveis dependentes:patologias. pélvicas de grande porte com conseqüente infecção de sítio cirúr-
RESULTADOS:Foramanalisadassolicitaçõesdeantimicrobianosde gico em muitos casos e tratamento de úlcera tumoral infectada) e
351 pacientes, onde 35 destes poderiam aderir á TSA e somente clindamicina(protocolodeantibioticoprofilaxiaemcirurgiasdeca-
8 aderiram. A média dos dias de tratamento EV dos 35 pacien- beçaepescoço).Omaiorconsumodecarbapenêmicosnaunidade
tes foi de 9 dias e a predominância das internações foi de 80% III deve-se à presença da UTI e da padronização mais ampla deste
para o sexo masculino e 20% para o sexo feminino. O custo gerado grupo na unidade, onde são tratados casos de sepse. Conclui-se
para o HGV destes 35 pacientes foide R$1.948,00 reais,porém,se então que as duas unidades têm perfis de consumo de antimicro-
tivessem aderido a TSA,o custo seria o equivalente a R$694,00 re- bianosdiferenciadosemdecorrênciadaclienteladecadaum,sen-
ais, havendo uma economia de R$1.254,00 reais(64,0%).Fazendo do justificados os padrões encontrados.
uma estimativa para o ano, economizaria-se em torno de 16% do
gasto total com antibióticos. CONCLUSÃO: O estudo continua em Palavras-chaves: consumo de antibióticos, dose diária definida,
andamento , na qual pretende-se obter mais dados concretos e instituição hospitalar oncológica
relevantes que comprovem ainda mais a importância d implemen-
tação da TSA para diminuir custos.

Palavras-chaves: TERAPIA SEQUENCIAL, ANTIMICROBIANOS, IM- P494


PACTO AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO COM ANTIMICROBIANOS DOS PA-
CIENTES NA ALTA HOSPITALAR EM UM INSTITUTO DE REFERÊN-
CIA EM TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA

P493 Autor(es): Marcele Lima Monte Gonçalves1,2, Michelle Araujo de


PERFIL DE CONSUMO DE ANTIBIÓTICOS EM INSTITUIÇÃO DE CUI- Lima Magalhães1,2, Isabela Laudares Marques1,2, Isabela Azeve-
DADOS ONCOLÓGICOS DE NATAL-RN do Mota1,2, Natalia Regina Pereira1,2, Maely Favero Retto1

Autor(es): MARIANA GURGEL DE AMARAL FURTADO, ANNE KA- Instituição(ões):


ROLINE ALMEIDA PEREIRA, TELMA CASSANDRA BARROS FREIRE, 1. INTO, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia
BELINDA FERRO PESSOA, ELILIAN MARIA SOUZA VARELA 2. UFF, Universidade Federal Fluminense

Instituição(ões): Resumo:
1. LNRCC, LIGA NORTE-RIOGRANDENSE CONTRA O CÂNCER Introdução: Pacientes submetidos a cirurgias ortopédicas estão
propensos à infecção no sítio cirúrgico e necessitam de tratamen-
Resumo: to prolongado, visto que o osso é um tecido pouco vascularizado
Introdução: Os antibióticos são um dos grupos de medicamentos e de difícil acesso aos antimicrobianos. A elevação das taxas de
mais prescritos nos hospitais e que causam uma grande preocu- infecção hospitalar em conseqüência do aumento da resistência
pação quanto à adequação do seu uso. Nos países em desenvol- microbiana cria a necessidade de se conhecer bem o arsenal tera-
vimento, poucos recursos são empregados na monitorização de pêutico utilizado na unidade de saúde. A realização de estudos de
ações sobre o uso racional de antimicrobianos. São, também, li- utilização dos antimicrobianos torna-se necessária para oferecer
mitados os dados sobre o consumo destes agentes em hospitais. subsídios aos médicos na promoção de uma prescrição racional.
Assim realizou-se estudo para determinar os padrões de uso de Objetivo: Avaliar o uso de antimicrobianos na alta hospitalar em
antimicrobianos em duas unidades hospitalares de uma mesma relação à epidemiologia, etiologia, farmacoterapia, topografia e
instituição, com perfis diferenciados, comparando-se o consumo tipos de infecção, com o propósito de contribuir para uma anti-
no primeiro trimestre de 2009 e 2010. Objetivos: Avaliar o con- bioticoterapia racional. Métodos: Foi realizado um estudo descri-

326
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
tivo, retrospectivo dos pacientes após a alta do Instituto Nacional acordo com ATC. Os dados coletados foram registrados em pla-
de Traumatologia e Ortopedia durante o ano de 2009. Os dados nilha eletrônica e analisados. Resultados: Os antimicrobianos que
foram coletados através da análise dos formulários de solicitação apresentaram em média maior DDD/100 leitos-dia foram Cipro-
de antimicrobianos e comunicação de infecção e tabulados. Re- floxacino, Oxacilina e Imipenem, respectivamente. Em 2008, foi
sultados: No período do estudo, foram atendidos na Unidade de observado uso elevado da maioria dos antibióticos, provavelmen-
Farmácia 600 pacientes. A região topográfica com maior índice de te em conseqüência do aumento do número de leitos disponibili-
infecção foi a do sítio cirúrgico (57,67%) seguida de pele e tecidos zados para os pacientes de trauma oriundos de outros hospitais.
moles (14,15%). Foram identificados 222 casos de infecção comu- Neste ano, houve diminuição significativa da Cefazolina devido à
nitária,215dehospitalarese163nãopuderamseridentificadas.O revisão do protocolo que prevê seu uso prioritário para profilaxia.
microrganismo mais prevalente tanto na infecção hospitalar como Amicacina e Vancomicina apresentaram um perfil semelhante de
nacomunitáriafoioStaphylococcusaureusapresentandoumcoe- utilização, já que esta é a terapia empírica de escolha, de acor-
ficiente de sensibilidade a Oxacilina de 70,21%. Este dado está de do com a conduta do hospital. No ano de 2007 verificou-se uma
acordo com o perfil dos antibióticos mais utilizados no tratamento queda na utilização de Ciprofloxacino e Carbapenêmicos. Nesse
destes pacientes: Cefalexina, para uso profilático e empírico, e Le- mesmo período houve um aumento na utilização de antibióticos
vofloxacino e Rifampicina para o terapêutico. Foram realizados 61 de amplo espectro. Conclusão: Apesar do Ciprofloxacino ser o an-
tratamentos profiláticos, 201 terapêuticos e 338 empíricos. Con- tibiótico mais utilizado seu uso vem decaindo devido ao apareci-
clusão:Osdadosdoestudodemonstramqueasinfecçõestratadas mento de resistência, com conseqüente aumento dos antibióticos
na alta são, na maioria das vezes, decorrente de infecções pós- de amplo espectro. A tendência do hospital, dentro deste quadro,
operatórias causadas por Staphylococcus aureus. Mostram ainda, é aderir a uma política de uso racional de antimicrobianos através
que apesar de não haver protocolo formal na instituição para uso de esquema de rodízio com o propósito de diminuir a pressão se-
de antimicrobianos neste momento, existe uma tendência dos letiva sobre os microrganismos.
prescritores de seguirem os guidelines internacionais. O acompa-
nhamento dos pacientes que tiveram alta hospitalar em uso de Palavras-chaves: Antimicrobianos, Perfil de uso, Resistência, Uso
antibióticos mostra-se importante na recuperação dos mesmos e racional
na diminuição do tempo de permanência hospitalar.

Palavras-chaves:AltaHospitalar,Antimicrobianos,Resistência,Uso
Racional P496
RETRATO DO USO DE ANTIMICROBIANOS DE UMA UNIDADE
HOSPITALAR DE PEDIATRIA DO MUNICÍPIO DO RECIFE.

P495 Autor(es): REBEKA ALVES CARIBÉ, GEANE RODRIGUES CHAVES, FA-


PERFIL DE UTILIZAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS EM UM INSTITU- BIANE DE LIMA, ADELMA DE SOUZA FRANCO
TO DE REFERÊNCIA EM TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA
Instituição(ões):
Autor(es): Natália Regina Pereira1,2, Marcele Lima Monte Gonçal- 1. HPMCG, Hospital Pediátrico Maria Cravo Gama
ves1,2, Isabela Azevedo Mota1,2, Michelle Araujo de Lima Maga-
lhães1,2, Isabela Laudares Marques1,2, Maely Favero Retto1 Resumo:
Introdução : O uso irracional de antimicrobianos é relatado em
Instituição(ões): várias partes do mundo, sendo um problema de saúde pública
1. INTO, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia mundial. Nesse intuito, vários esforços estão direcionados para
2. UFF, Universidade Federal Fluminense promover uma conduta de responsabilidade no controle de infec-
ções hospitalares através da interação multiprofissional da equipe
Resumo: de saúde, bem como da promoção e adequação de protocolos de
Introdução: A resistência bacteriana é um problema global, por uso de antimicrobianos em pacientes pediátricos. Objetivo: Anali-
isso merece atenção especial com conscientização dos profissio- sar o uso e a conduta das prescrições de antimicrobianos sistêmi-
nais da saúde. Em função deste quadro, é de grande interesse a cos e tópicos em pacientes pediátricos, fornecendo informações
realização de estudos de utilização de antimicrobianos que permi- para direcionar futuras ações. Metodologia: Estudo retrospectivo
tam detectar problemas com os mesmos e oferecer subsídios para das prescrições de antimicrobianos do Hospital de Pediatria Maria
queosgestorespossamrevisarapolíticadeuso existenteeavaliar Cravo Gama durante o ano de 2009. Resultados: Foram analisadas
sua aceitação e cumprimento. A Organização Mundial de Saúde 2.288 requisições de antimicrobianos sistêmicos e 139 prescrições
(OMS) preconiza o uso da metodologia ATC/DDD (The Anatomical de antimicrobianos tópicos. Dentre as prescrições de antimicro-
Therapeutical Chemical Classification/ Defined Daily Doses) como bianossistêmicos,56,5%perteciamaclassedaspenicilinas,destas
forma de padronizar a quantificação dos medicamentos utilizados a ampicilina o maior percentual das prescrições (56,6%). A classe
permitindo comparações de taxas de consumo através do tempo. das cefalosporinas representou a segunda maior classe prescrita
Objetivo: Contribuir com a gestão do arsenal de antimicrobianos com cerca 34,5% das prescrições (cefalotina e ceftriaxona). Os
do hospital, assim como o controle da resistência bacteriana, des- outros antimicrobianos sistêmicos apresentaram os seguintes re-
crevendo o perfil dos antimicrobianos utilizados. Métodos: Foi re- sultados: 0,5% sulfonamidas, 0,6% macrolídeos, 1,3% anfenicois,
alizado um estudo descritivo no período de 2005 a 2009, segundo 1,5% quinolonas e 5% aminoglicosídeos. No que diz respeito aos
os registros eletrônicos de consumo de medicamentos de um hos- antimicrobianos tópicos, os resultados demonstraram que 48,2
pitalespecializadoemTraumatologiaeOrtopedia.Osdadosforam % das prescrições continham nistatina, 25,9% neomicina, 24,5%
coletados através do sistema informatizado existente (MV2000i). tobramicina e 1,4% cloranfenicol. Conclusão: Podemos concluir
O consumo foi expresso em DDD/100 leitos-dia e agrupados de que as classes de sulfonamidas e macrolídeos apresentam baixo

327
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
consumo, sendo praticamente requeridas apenas conforme pro- P498
tocolos terapêuticos reconhecidos nacionalmente. Essa avaliação INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR NA PRESCRIÇÃO DE CARBAPE-
éútilparatraçarmosocomportamentodeusodeantimicrobianos NÊMICOS, EM HOSPITAL DE ENSINO
na instituição, além de fornecer informações para as atividades
educativaserestritivasdaComissãodeInfecçãoHospitalarnapro- Autor(es): Junior André da Rosa, Marilene Terezinha Buriol Fari-
moção do uso racional de antimicrobianos. nha, Ana Carolina Issler Ferreira Kessler
Palavras-chaves: Antimicrobianos, Uso racional, CCIH Instituição(ões):
1. HE-UFPEL, Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas

P497 Resumo:
TENDÊNCIAS NA UTILIZAÇÃO DE CEFTAZIDIMA EM HOSPITAL INTRODUÇÃO:Carbapenêmicos são antimicrobianos de ação sis-
UNIVERSITÁRIO têmica de amplo espectro. Atualmente estão disponíveis para
terapêutica imipenem, meropenem e ertapenem e reservados
para tratamento de infecções graves, normalmente causadas por
Autor(es): Junior André da Rosa, Marilene Terezinha Buriol Fari-
germes multirresistentes, além, custo significativamente elevado
nha, Ana Carolina Issler Ferreira Kessler
no Hospital Escola - Universidade Federal de Pelotas (HE/UFPEL),
desde 2003, a Comissão de Controle de Infecções (CCIH) desen-
Instituição(ões): volve programa de Auditoria de Antimicrobianos (ATM), em co-
1. HE-UFPEL, Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas participação na Rede Nacional de Monitoramento da Resistência
Microbiana da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Resumo: OBJETIVO:Avaliar a seleção de carbapenêmicos e a intervenção da
INTRODUÇÃO:Ceftazidima é antibacteriano de ação sistêmica de equipe multidisciplinar da CCIH na prescrição de antimicrobiano.
amplo espectro, terceira geração do grupo das cefalosporinas. No MÉTODO:Estudo prospectivo, no período dezembro 2009 a abril
Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas(HE/UFPEL) é 2010 (5 meses), de prescrições de carbapenêmicos em Hospital
consideradodeusorestritopelaComissãodeControledeInfecção de Ensino, com 162 leitos clínicos e cirurgicos, UTI adulto e infan-
Hospitalar(CCIH)indicado para tratamento de infecções causadas til. A auditoria global e da seleção de antimicrobianos são realiza-
por germes hospitalares, terapia empírica de neutropenia febril das, diariamente, pelo farmacêutico e pela médica da CCIH, com
e considerado cefalosporina de eleição para infecções por Pseu- avaliação das notificações de uso, antibiogramas e dados clínicos.
domonas sp ou Pseudomonas aeruginosa. OBJETIVOS:Observar a Os critérios de seleção para uso de carbapenêmicos são divulga-
tendênciadeconsumodoantimicrobianoerelacionarcomoperfil dos no site intranet da CCIH, em capacitações e em discussões
das cepas isoladas no HE/UFPEL, no período 2007-2009.MÉTODO: de casos com instrutores, acadêmicos e residentes da instituição
Estudo descritivo exploratório, de corte transversal retrospectivo, (intervenção pré prescrição)e incluem infecções hospitalares mul-
no período 2007-2009, com abordagem quantitativa em Hospital tirresistentes, tratamento empírico com uso prévio de ATM, infec-
de Ensino, com 162 leitos clínicos, maternos-infantis, cirúrgicos e ções polimicrobianas, infecções intra abdominais e partes moles,
UTI adulto e infantil. Os dados de consumo e seleção foram obti- osteomielites e infecções urinárias complicadas. Estabeleceu-se
dos pelos relatórios mensais da CCIH, onde são tabuladas as noti- como prescrição adequada a que seguia os critérios de seleção
ficações de prescrição eletrônica de antimicrobianos, de preenchi- definidas pela CCIH. As notificações de carbapenêmicos foram
mento obrigatório, em cumprimento ao programa de auditoria de avalidas pela CCIH e a seleção de uso classificada de acordo com
antimicrobianos desenvolvido pela CCIH. O consumo é expresso a adequação. Em casos de prescrições consideradas inadequadas
em dose diária definida (DDD), em gramas, por 1000 leitos-dia e a houve a intervenção da CCIH com discussões de caso entre a equi-
seleção em percentual de frequência. O perfil de sensibilidade dos pe médica e avaliou-se a adesão às sugestões e recomendações
germesàceftazidimafoiobtidomediantelaudodoslaboratóriode da CCIH (intervenção pós prescrição).RESULTADOS:Ocorreram
análises clínicas da instituição.RESULTADOS:Observa-se tendência 50 notificações de uso de carbapenêmicos no período de estu-
decrescente do consumo da ceftazidima, na instituição a partir de do, 47(94%)de imipemem e 3(6%) de meropenem, com 44(88%)
2007, de 179 DDD/1000 leito-dia para 172 DDD/1000 leito-dia em notificações classificadas como seleção adequada e 6(12%)inade-
2008, e, diminuição acentuada do consumo para 77 DDD/1000 quadas. Houve adesão às recomendações da CCIH em 33%(2/6)
leito-dia, em 2009. O número de culturas positivas para Pseudo- dos casos, com substituição de antimicrobiano, diminuição de
monas aeruginosa manteve-se estável, 65 em 2007, 48 em 2008 e tempo de uso ou alterações de posologia. A frequencia final de
60 em 2009, bem como o coeficiente de sensibilidade do germe à prescrições adequadas de carbapenêmicos atingiu 92%(46/50).
ceftazidima, com 57% de cepas sensíveis em 2007, 57% em 2008 CONCLUSÃO:Observamos índice satisfatório de seleção adequada
e 60% em 2009. Observamos adequada seleção do uso da cefta- de carbapenêmicos na instituição, durante o período de observa-
zidima no HE/UFPEL, indicado, em média, para neutropenia febril ção e, a despeito da amostra restrita, as instervenções da CCIH pré
(44%), pneumonia (25%), seguida de septicemia (12%) e infecção e pós-prescrições revelaram-se relevantes.
do trato urinário (6%), padrão observado nos três anos analisa-
dos. CONCLUSÃO: Os achados apontam que à despeito do perfil Palavras-chaves: Auditoria de antimicrobianos, Equipe multidisci-
de sensibilidade à ceftazidima e a frequência de culturas positivas plinar, Carbapenêmicos
manterem-se estáveis, no período de estudo, houve redução no
consumo do antimicrobiano, provavelmente, associada a padroni-
zação de outros antimicrobianos de espectro semelhante.

Palavras-chaves: antimicrobianos, dose diária definida, estudo de


utilização de medicamentos

328
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P499 siana Prates
ANÁLISE DA PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS PARA PACIEN-
TES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE MINAS GERAIS SOB A PER- Instituição(ões): 1. HED, Hospital Ernesto Dorneles
PECTIVA DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Resumo:
Autor(es): DANIEL ALMEIDA DO VALLE, PÂMELLA DE OLIVEIRA Introdução: O grande número de prescrições de antimicrobianos
BARROSO, LUCIENE ANDRADE DA ROCHA MINARINI em unidades de terapia intensiva sempre foi e será uma grande
preocupação dos controladores de infecção hospitalar. O uso irra-
Instituição(ões): 1. UFJF, Universidade Federal de Juiz de Fora cional de antimicrobianos possui impacto direto no aumento das
taxas de resistência bacteriana. Paralelamente, o aumento de bac-
térias multirresistentes presentes em nossas instituições, faz com
Resumo:
que aumenteo uso de antimicrobianos, como os carbapênemicos,
Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde, usar ra-
trazendo-nosanecessidadedeacompanharsuaprescriçãodema-
cionalmente os medicamentos significa pacientes receberem
neira a controlar seu uso, visando também melhorar estratégias
medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em do-
para redução de taxas de resistência bacteriana. Objetivo: Anali-
ses adequadas às suas necessidades particulares, por período
sar a utilização de carbapenêmicos, assim como a sua prescrição,
adequado e ao menor custo para si e para a comunidade. O uso
emUnidade de Tratamento Intensivo (UTI). Métodos: Prospectivo,
inapropriado de medicamentos retarda a cura do paciente, eleva
quantitativo dos pacientes internados na UTI do Hospital Ernes-
o custo para o mesmo e onera o sistema de saúde, podendo ainda
to Dorneles em Porto Alegre, Rio grande do Sul, que utilizaram
gerar efeitos adversos. Os antimicrobianos (ATB) constituem um
durante sua internação nesta unidade antibioticoterapia carba-
grupo de particular importância nas políticas de racionalização,
penêmica. A coleta de dados aconteceu no período de março à
por serem amplamente prescritos, apresentando, em muitos ca-
maiode2010.Resultados:Obteve-seumtotalde47pacientesque
sos, utilização desnecessária e abusiva pela comunidade. Evidên-
utilizaram em algum momento carbapenêmicos. Observou-se que
cias apontam que o consumo descomedido de ATB é fator crítico
19.1%das prescriçõesaconteceram sem enviodeuma justificativa
para a seleção de linhagens bacterianas resistentes, assim como a
de uso para o controle de infecção. Exames culturais foram soli-
sua subutilização, dosagem inadequada, não padronização e baixa
citados para 83% destes pacientes sendo que 27% apresentaram
adesão ao tratamento. Objetivos: Avaliar as prescrições de ATB,
ausência de germe isolado. Com base nos critérios do Center for
sob a perspectiva do uso racional de medicamentos, no Hospital
Disease Control (CDC), verificou-se que 48,9% não caracterizaram
Jorge Caetano de Mattos, localizado na cidade de Ervália, MG, nos
infecção, 17% apresentaram perfil de resistência ao medicamento
aspectos referentes à seleção do ATB e ao esquema terapêutico
após o uso e 51,1% não tinham histórico de uso prévio de antibi-
adotado. Métodos: Entre julho de 2007 e julho de 2008, foram
ótico. No final do tratamento, 36,2% dos pacientes foram a óbito,
analisados prontuários médicos, disponíveis nos setores de arqui-
57,4% receberam alta para o andar e 6,4% reinternaram na UTI
vo e de dispensação de medicamentos, dos pacientes internados
dias após a alta. A média de duração do tratamento com carbape-
e submetidos à antibioticoterapia. Resultados: A população anali-
nêmicos por paciente foi de 7,19(DP ± 4,48) dias/ uso. Conclusão:
sada compôs-se de 214 prontuários. O esquema de monoterapia
É cada vez mais claro que a eficácia clínica de carbapenêmicos,
com ATB foi utilizado, inicialmente, em 71% dos pacientes, sen-
particularmente, é criticamente dependente da dose ideal, es-
do fármacos da classe dos beta-lactâmicos, como cefalosporinas
pecialmente nas UTIs onde organismos multirresistentes são fre-
e penicilinas, utilizados em 96,7% dos casos. A poliquimioterapia
qüentemente encontrados. Para racionalizar o uso destes antimi-
foi utilizada em 62 (29%) pacientes, destes, 14 (6,5%) tiveram sua
crobianos, várias iniciativas devem ser consideradas: conscientizar
terapia alterada durante internação. A eficácia das prescrições
a equipe assistencial sobre o uso racional; determinar o regime de
foi observada em 78% dos casos, sendo que em 42% houve pres-
dose ideal para contextos de alta prevalência de multirresistência
crição de ATB de 1ª escolha. Em relação à hipótese diagnóstica,
e utilizar parâmetros de farmacocinética /farmacodinâmica para
21 (9,8%) pacientes apresentaram prescrições ineficientes e 26
avaliar a melhor alternativa terapêutica.
(12,2%) não possuíram indicação de uso de ATB. Em 22% dos pa-
cientes houve a administração de ATB com substâncias capazes de
gerarreaçãomedicamentosa.Conclusão:Aanálisedasprescrições Palavras-chaves: Antibiótico, Carbapenêmicos, Resistência bacte-
através das hipóteses diagnósticas relatadas aponta para a neces- riana
sidade de revisão e divulgação de protocolos, reforçando aspectos
terapêuticos preconizados. Pode-se constatar ainda a necessidade
de laboratórios de análises microbiológicas para a adequação do P501
ATB ao acometimento, evitando o uso de fármacos ineficazes no AUDITORIA DO USO DE ANTIMICROBIANOS EM HOSPITAL GERAL
tratamento. DE ENSINO
Palavras-chaves: Antimicrobianos, Infecção Hospitalar, Uso Racio- Autor(es): Valéria Cassettari Chiaratto, Cristina Akiko Takagi, Isa
nal de Medicamentos Rodrigues da Silveira, Ana Cristina Balsamo, Fabio Franco

Instituição(ões):
P500 1. HU-USP/SP, Hospital Universitário da Universidade de São Paulo
AVALIAÇÃO DA ANTIBIOTICOTERAPIA CARBAPENÊMICA EM
UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO (UTI) Resumo:
INTRODUÇÃO: A prescrição de antimicrobianos pode sofrer inter-
Autor(es): Paola Hoff Alves, Francyne Lopes, Fabiano Ramos, Cas- ferência de hábitos que comprometem seu uso racional. Quando
esses hábitos são conhecidos é possível intervir de forma mais

329
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
eficaz por métodos informativos ou restritivos dirigidos a essas fa- vias, otimização de parâmetros farmacodinâmicos ou por hábito
lhas.OBJETIVOS:Identificarprioridadesdeaçõesparamelhoriado do médico prescritor. Para antibióticos cuja formulação oral e in-
uso racional de antimicrobianos na instituição. MÉTODOS: Duran- travenosa tem características farmacológicas semelhantes, muitas
te todo o mês de novembro de 2009 realizamos uma auditoria por vezes as desvantagens do uso IV superam e muito as vantagens.
estudo de corte transversal do uso de antimicrobianos por pacien- Pode-se listar nestas desvantagens maior custo direto da medica-
tes internados em todas as unidades do Hospital Universitário da ção, insumos relacionados à administração, tempo de trabalho da
USP. Cada unidade de internação foi observada em um único dia. equipe cuidadora e prolongamento da estadia hospitalar. Objeti-
Os prontuários de todos os pacientes foram verificados, sendo re- vos Através de orientação em prontuário, atentar o médico pres-
gistrados os antimicrobianos em uso e os dados de conformidade critor da possibilidade de troca da administração via IV para via
da indicação, espectro, dose, intervalo, via de administração, e du- oral(VO)dosantibióticosselecionados,ecomissoreduzirotempo
ração do uso até a data da observação. RESULTADOS: Verificou-se e custo das internações hospitalares. Métodos Em março de 2009,
prevalência de 40% de uso de antimicrobianos entre os pacientes o Serviço de Farmácia e o Serviço de Controle de Infecção Hos-
internados, com variação entre as unidades de 100% (UTI neona- pitalar (SCIH) implantaram um protocolo de estímulo à transição
tal) e 9% (Unidade Neonatal de Risco Intermediário). Os diagnós- de antibióticos da via IV para VO. Os antibióticos definidos para
ticos mais prevalentes foram pneumonia (23%), infecções de pele a intervenção foram: ciprofloxacina, clindamicina, levofloxacina,
e partes moles (14%) e do trato urinário (10%). Das prescrições de metronidazol. A Farmácia encaminhava diariamente ao SCIH, os
antimicrobianos, 54% continham um único antimicrobiano, 42% pacientes em uso IV destes antimicrobianos, nas unidades de clí-
tinham dois antimicrobianos e 4% tinham três antimicrobianos. nica médica e clínica cirúrgica. O infectologista avaliava a presença
Ceftriaxona foi o antimicrobiano mais prescrito (21%), seguido de de condições para a terapia seqüencial, e anotava em prontuário a
clindamicina (9%), metronidazol (8%) e vancomicina (8%). O uso orientação. A Farmácia mediu a aderência do médico prescritor às
foi considerado completamente racional em 48% das prescrições. orientações do SCIH e calculou a economia gerada pela interven-
As principais inadequações identificadas na Clínica Médica, Clínica ção.Para medida dos primeiros resultados de impactos a Farmácia
Pediátrica e UTI Pediátrica foram indicação inapropriada, espec- forneceu o DDD (Dose Diária Definida/1000 pacientes-dia) para os
tro muito largo e duração excessiva do uso dos antimicrobianos. antibióticos selecionados nos períodos de pré e pós intervenção.
Na Clínica Cirúrgica (incluindo casos ortopédicos) foram indicação Resultados No período de janeiro a abril de 2010 foram realizadas
e duração excessivas de antibioticoprofilaxia cirúrgica e adminis- 376 avaliações de mudança de via de administração IV para VO.
tração endovenosa desnecessária. Na unidade de Obstetrícia e 70%dasorientaçõesdoSCIHforamaceitaspelomédicoprescritor.
Ginecologia, foram espectro muito largo e duração excessiva do Esta mudança, até o momento, gerou uma economia de 20% no
tratamento. Ceftriaxona foi o antimicrobiano mais utilizado na au- gastocomestesmedicamentos.Aciprofloxacina,seguidapelome-
sência de sinais de infecção e com maior excesso no que se refere tronidazol, foram as drogas que mais contribuíram para a diminui-
ao espectro bacteriano. Inadequações críticas, tais como erro de ção deste custo. A clínica cirúrgica foi o setor onde foi observado o
posologia, foram muito raras. CONCLUSÃO: Entre as inadequações maior impacto da intervenção, com o aumento ainda do consumo
encontradas, as mais freqüentes se associaram a uso excessivo VO de clindamicina e levofloxacina. Conclusão Um plano sistemá-
de antimicrobianos (tempo prolongado, espectro excessivamente tico para a conversão parenteral-oral dos antimicrobianos, pode
largo, uso de antimicrobiano sem sinais de infecção); o antimicro- reduzir custos assistenciais. Os resultados obtidos nos mostram
biano mais utilizado em excesso foi ceftriaxona; as unidades com que ainda é necessária maior sensibilização das equipes médicas
maiornúmerodeprescriçõescomexcessosforamaClínicaMédica sobre a importância da terapia seqüencial no hospital.
eClínicaCirúrgica.Portanto,apróximaetapaparamelhoriadouso
de antimicrobianos na instituição deve focar a informação sobre Palavras-chaves: terapia sequencial, uso racional, economia, inter-
uso racional de ceftriaxona para tratamento de infecções comuni- face
tárias, particularmente em adultos. Também é necessário reforçar
o protocolo de antibioticoprofilaxia cirúrgica do hospital.

Palavras-chaves: antimicrobianos, uso racional de medicamentos, P503


prescrição, auditoria AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DE DIFERENTES INTERVENÇÕES NA
ADEQUAÇÃO DA PROFILAXIA ANTIMICROBIANA DA INFECÇÃO
DO SÍTIO CIRÚRGICO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO BRA-
SIL
P502
TERAPIASEQUENCIAL:INTERFACEFARMÁCIAESERVIÇODECON- Autor(es): ASTRÍDIA MARÍLIA DE SOUZA FONTES FONTES, MIGUEL
TROLEDEINFECÇÃOHOSPITALARCOMOESTRATÉGIADEECONO- TANÚS JORGE JORGE, BRUNO DE OLIVEIRA BURJAILI BURJAILI, VI-
MIA NÍCIO MARQUES MARTINS MARTINS

Autor(es): JANE SILVA DE OLIVEIRA, THIAGO DA SILVA MENDES, Instituição(ões): 1. HC - UFU, HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSI-
LEANDRO TEIXEIRA FERRACINI, ANDERSON VIEIRA DE ALMEIDA, DADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
LOURDES DAS NEVES MIRANDA
Resumo:
Instituição(ões): Introdução: O objetivo da profilaxia com antimicrobiano é reduzir
1. HGP - SPDM, Hospital Geral de Pirajussara - SPDM as taxas de infecção do sítio cirúrgico (ISC) e, consequentemente,
a morbidade, mortalidade e custos financeiros relacionados a esta
Resumo: infecção. Quando bem indicada é comprovadamente benéfica,
Introdução A via intravenosa (IV) de administração é preferível entretanto as inadequações da antibioticoprofilaxia cirúrgica per-
para diversos antimicrobianos, seja por má absorção por outras manecem como um dos mais importantes erros com administra-

330
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ções de medicamentos em hospitais de todo o mundo. Objetivo: Enterobactérias sensíveis, variando de acordo com o ambiente
Conhecer a efetividade de intervenções que visam mudança de hospitalar e o esquema empírico, podendo incluir betalactâmico
condutademédicoscirurgiõesnoqueserefereàcorretaindicação associado à inibidor de betalactamases sem ação contra Pseudo-
e manutenção por tempo adequado dos antimicrobianos na profi- monas sp. ou fluoroquinolona. Cefalosporinas de terceira geração
laxia da ISC. Material e método: Estudo prospectivo, do tipo antes podemserutilizadasdesdequemoderadamenteenapresençade
e depois, realizado no Hospital de Clínicas de Uberlândia (HCU), controladores de infecção, tendo em vista os riscos crescentes de
avaliadas cirurgias limpas nas especialidades traumato-ortopedia Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli pelo seu uso abusivo. No
e cirurgia geral, com relação a correta indicação, tempo de uso e segundo grupo, os agentes prováveis, além dos citados, são Pseu-
antimicrobiano prescrito para profilaxia da ISC. O estudo foi divi- domonas aeruginosa, Acinetobacter sp., Stenotrophomonas mal-
dido em seis períodos: coleta basal de dados (Pré-I); elaboração tophilia, Enterobactérias resistentes e MRSA. O tratamento empí-
de um guia local para profilaxia com antimicrobiano em cirurgia; rico inclui agentes antipseudomonas, associado ou não à agente
Intervenção I (Disponibilização do Guia); coleta de dados no Pós- antiestaficolocócico,dependendodocontextoclínicoedaunidade
Intervenção I (Pós-I); Intervenção II (Restrição da liberação da Ce- ondeopacienteestásendoassistido.Avancomicinaéotratamen-
fazolina, a partir de Kits); coleta de dados no Pós-Intervenção II to de escolha para MRSA, devido a sua eficácia, segurança e expe-
(Pós-II). Resultados: Foram avaliados 201 pacientes. A indicação riência de uso. CONCLUSÃO: As opções apresentadas indicam a
douso eo antimicrobiano prescritona profilaxiada ISCforamcon- necessidade de uma ampla discussão em equipe multiprofissional
siderados adequados nos três períodos. O tempo de manutenção empenhada em definir a terapêutica contribuindo, assim, no uso
do antimicrobiano com intenção de profilaxia foi considerado ade- racional dos antimicrobianos.
quado em 23,08%, 46,15% e 82,46% dos casos no Pré-I, Pós-I e
Pós-II (p<0,0001). Houve redução em 35,7% no consumo da Cefa- Palavras-chaves: Agentes Antibacterianos, Pneumonia, Uso Racio-
zolina no Hospital (p<0,0001). Conclusão: Intervenções educativas nal de Medicamentos
e principalmente administrativas podem aumentar a adequação
do uso do antimicrobiano na profilaxia cirúrgica, assim como re-
duzir custos.
P505
Palavras-chaves:ANTIBIÓTICOPROFILÁTICO,PROFILAXIACIRÚRGI- PERFIL DO CONSUMO DE ANTIBIÓTICOS EM PACIENTES COM
CA, INFECÇÃO SÍTIO CIRÚRGICO CÂNCER GINECOLÓGICO

Autor(es): DENISE RAMOS DOS SANTOS1, LIZ GOMES DA SILVA


LUTTERBACH1, MANOEL WANDERLEY RODRIGUES2, PRISCILA HE-
P504 LENA MARIETTO FIGUEIRA2, FERNANDA MIRANDA DE ARAUJO2
USO RACIONAL DOS ANTIMICROBIANOS NO TRATAMENTO DA
PNEUMONIA HOSPITALAR E SEUS CRITÉRIOS DE ESCOLHA Instituição(ões):
1. UFF, UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - FACULDADE DE
Autor(es): Martha Priscila Dantas de Lima, Cibely Freire de Olivei- FARMÁCIA
ra, Gabriela Beserra Solano, Alexsandro Silva Coura, Inacia Sátiro 2. INCA - HC II, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER - HOSPITAL DO
Xavier de França CÂNCER II

Instituição(ões): 1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba Resumo:


INTRODUÇÃO: Pacientes com neoplasia são susceptíveis às in-
Resumo: fecções devido à sua situação clínica, abordagens terapêuticas
INTRODUÇÃO: Antimicrobianos são drogas indicadas no trata- e evolução da doença. A monitorização do consumo de antimi-
mento de infecções microbianas sensíveis. Quanto à Pneumonia crobianos é uma ferramenta fundamental para a adequação das
Hospitalar (PH) o tratamento deve ser iniciado imediatamente medidas preventivas e terapêuticas, tanto no âmbito hospitalar
após estabelecido diagnóstico. A antibioticoterapia empírica é o quanto ambulatorial, devido ao crescente surgimento de cepas
tratamento de escolha por reduzir a morbimortalidade, estrutu- multirresistentes. OBJETIVOS: Traçar o perfil do consumo de an-
rada com base nos agentes mais frequentemente isolados. O co- tibióticos no Hospital do Câncer II (HC II) do Instituto Nacional de
nhecimento dos germes prevalentes em cada hospital e seu perfil Câncer, especializado em câncer ginecológico, e avaliar o impacto
desensibilidadeaosantimicrobianosnortearãoaescolhadotrata- econômico desse consumo. MÉTODOS: Foi realizado um estudo
mento e identificação do agente. OBJETIVO: Identificar antimicro- descritivo retrospectivo referente ao ano de 2009. Foram avalia-
bianos utilizados no tratamento da PH e verificar critérios adota- dos o consumo de antibióticos, utilizando a Dose Diária Definida
dos para sua escolha. MÉTODOS: Realizou-se revisão da literatura, (DDD) e a classificação incluídas no Anatomic Therapeutic Chemi-
considerando: artigos, livros e diretrizes pertinentes à temática. cal (ATC) Index with DDD’s 2009, e os custos com a antibiotico-
RESULTADOS: Constatou-se que previamente à adoção do trata- terapia realizada em pacientes ambulatoriais e hospitalizados no
mento empírico é necessário conhecer a gravidade da patologia; HC II. RESULTADOS: Os antibióticos representam 85% do consu-
se o portador apresenta alguma característica clínica específica da mo de antimicrobianos no HC II. O grupo de antibióticos de maior
PHousefezusorecentedefármacosimunossupressores;otempo consumo foi o de quinolonas (J01M; 43%), seguido de penicilinas
de início da PH; e se na unidade em que o paciente se encontra há (J01C; 27%), de cefalosporinas e carbapenêmicos (J01D; 21%) e
presença de microorganismos associados à PH. O tratamento me- dos demais antibióticos (9%). Quanto ao custo, os antibióticos são
dicamentosoclassifica-seemgruposdepacientescombaixoealto responsáveis por 90% dos gastos com antimicrobianos. O grupo
risco para patógenos potencialmente resistentes. No primeiro, os de maior impacto econômico foi o de cefalosporinas e carbapenê-
agentes prováveis são Streptococcus pneumoniae, Haemophilus micos (J01D; 30%), seguido de penicilinas (J01C; 25%), quinolonas
influenzae, Staphylococcus aureus sensível à oxacilina (MRSA) e (J01M; 25%) e dos demais (20%). O ciprofloxacino (J01MA02) foi

331
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
o antibiótico mais utilizado, representando 69% do consumo de P507
quinolonas, 29% do consumo total de antibióticos e 15% do custo ANÁLISE DO PERFIL DE SENSIBILIDADE DE CEPAS BACTERIANAS
total com antibioticoterapia. CONCLUSÃO: Os resultados mostram ISOLADAS EM UM HOSPITAL DE PEDIATRIA DE NATAL – RN
que o grupo de antibióticos mais consumido foi o de quinolonas,
com destaque para ciprofloxacino, um dos antibióticos indicados
Autor(es): Mylena taíse Azevedo Lima Bezerra, Patrícia Taveira de
em profilaxia cirúrgica, tratamento de infecções do trato urinário,
Brito Araújo, Deborah Dinorah de Sá Mororó, Juliana Teixeira Me-
intra-abdominais, entre outras. Apesar do grupo das quinolonas
nescal Pinto, Thiago Lima PESSOA, Solange Maria OLIVEIRA, An-
representarem o maior consumo entre os antibióticos, este não
derson da Silva CAVALCANTI
representa o maior custo com antibioticoterapia para a unidade
hospitalar.Estudossubsequentesserãorealizadosparaummelhor
detalhamento da utilização de antimicrobianos no HC II. Instituição(ões): 1. HOSPED/UFRN, HOSPITAL DE PEDIATRIA PROF.
HERIBERTO FERREIRA BEZERRA
Palavras-chaves: ANTIBIÓTICOS, CÂNCER, DOSE DIÁRIA DEFINIDA,
INFECÇÃO BACTERIANA Resumo:
INTRODUÇÃO: Os antimicrobianos são substâncias que provocam
a morte ou inibição do crescimento de microorganismos. Estão
entre os fármacos mais utilizados na atualidade e o emprego in-
P506 discriminado e irracional desta classe de medicamentos têm ace-
PADRÃODASREAÇÕESADVERSASAMEDICAMENTOSCAUSADAS lerado o processo de desenvolvimento de resistência microbiana.
POR ANTIMICROBIANOS EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO UNIVER- O perfil de sensibilidade de cepas bacterianas é uma ferramenta
SITÁRIO que auxilia na escolha do fármaco mais efetivo, já que na maioria
das vezes o tratamento é empírico. OBJETIVO: Destacar como o
Autor(es):PATRÍCIATAVEIRADEBRITOARAÚJO,THIAGOLIMAPES- perfil de sensibilidade de cepas bacterianas isoladas de pacientes
SOA, FERNANDO MARLISSON QUEIROZ, MARIA IZABEL PRISCILA de um hospital pode sofrer mudanças ao longo dos anos e como
DE ARAÚJO MEDEIROS, STELLA MARIA ANDRADE GOMES BARRE- a análise desse perfil pode servir como ferramenta para a esco-
TO, ANDERSON DA SILVA CAVALCANTI, DEBORAH DINORAH DE SÁ lha dos antimicrobianos a serem prescritos para os pacientes des-
MORORÓ, MYLENA TAÍSE AZEVEDO LIMA BEZERRA, JULIANA TEI- te hospital. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo transversal
XEIRA J. MENESCAL PINTO através da análise dos coeficientes de sensibilidade das culturas
isoladas de pacientes internados no Hospital de Pediatria Prof. He-
Instituição(ões): 1. HOSPED, HOSPITAL DE PEDIATRIA PROF. HERI- riberto Ferreira Bezerra (HOSPED). As amostras foram coletadas
BERTO FERREIRA BEZERRA daurina,sangue,secreçõesepontadecateternoperíodode2001
a 2009. RESULTADOS: A mudança mais significativa foi observada
nas cepas de Klebissiella sp., as quais apresentavam um aumento
Resumo:
considerável da resistência microbiana aos diversos fármacos tes-
INTRODUÇÃO: A intenção de monitorizar os medicamentos co-
tados. Dentre os antimicrobianos utilizados, as cefalosporinas de
mercializados é de prover informações atualizadas sobre os danos
3ª geração mostraram um decréscimo da sensibilidade emrelação
potenciais e reais, levando a uma reavaliação periódica da rela-
ao ano de 2008. A cefotaxima, ceftazidima e ceftriaxona que apre-
ção risco/ benefício. A utilização de antimicrobianos deve levar
sentavam coeficiente de sensibilidade de 75%, passaram a apre-
em consideração, dentre outros fatores, o risco de aumentar os
sentarem2009oscoeficientesde67%,57%e67%respectivamen-
níveis de resistência bem como o de favorecer o aparecimento
te. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: Os dados encontrados no estudo
de reações adversas, principalmente com usos mais prolongados.
comprovam a tendência mundial, com o aumento da resistência
OBJETIVO:descreveropadrãodasreaçõesadversasamedicamen-
bacteriana. É observado um aumento da resistência bacteriana
tos causadas pelos antimicrobianos utilizados em pacientes inter-
nas cepas de Klebsiella sp. nos pacientes do HOSPED, em relação
nados no Hospital de Pediatria da UFRN. MÉTODOS: Foi feito um
a vários antibióticos testados, destacando as cefalosporinas de 3ª
estudo descritivo, transversal, retrospectivo. Os dados foram co-
geração. Estudos epidemiológicos sugerem que o amplo uso des-
lhidos das notificações de reações adversas a medicamentos-RAM
sas cefalosporinas têm importante contribuição para a emergên-
causadas por antimicrobianos em pacientes acompanhados pela
cia de Klebsiella sp. produtora de β-lactamase. Para minimizar o
farmacovigilância do HOSPED, no período de 2005 a 2009. RESUL-
aumento de cepas multirresistentes, é necessário estabelecer cri-
TADOS: Os antimicrobianos foram responsáveis por 46% do total
térios para aumentar o controle sobre o uso dos antimicrobianos.
das RAM notificadas no período, sendo com maior freqüência a
Omapeamentodamicrobiotalocaleaanálisedoperfildesensibi-
oxacilina (32 %) bezilpenicilina potássica (18 %) e vancomicina
lidade sãoferramentasquefavorecemousomaisadequado dessa
(9%), fluconazol (9%) e anfotericina B (9%). As principais reações
classe de medicamentos.
adversas identificadas foram rash (21%), prurido (17%) e pápula
eritematosa (13%). CONCLUSÃO: Os antimicrobianos contribuem
com uma boa parte das suspeitas de reações adversas a medica- Palavras-chaves: antimicrobiano, resistência microbiana, perfil de
mentos, notificadas no HOSPED, apontando assim, para a necessi- sensibilidade
dade de uma maior vigilância no uso desses medicamentos, para
quesetomemmedidasadequadasequegarantammedicamentos
mais seguros. P508
MONITORIZAÇÃO FARMACÊUTICA UTILIZANDO FERRAMENTA
Palavras-chaves: Antimicrobiano, reações adversas, farmacovigi- STEWARDSHIP: IMPACTOS FINANCEIROS NA RACIONALIZAÇÃO
lância DO USO DE ANTIMICROBIANOS (ATM) EM UMA OPERADORA DE
PLANOS DE SAÚDE DE FORTALEZA/CE.

332
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Autor(es): MARIA LIANA DE MAGALHAES NASCIMENTO, HENRY LA MAGALHAES, JULIO CESAR PASCOAL, ANTONIO ELIEZER ARRAIS
PABLO LOPES CAMPOS E REIS, SAULO RODRIGO LUCAS RIBEIRO, MOTAFILHO,JOSELUCIANOLEITAOALENCAR,FRANCISCOFERREI-
JOEL BEZERRA VIEIRA, LARISSA MENEZES LEITE, DANIELLE DE PAU- RA FILHO
LA MAGALHAES, JULIO CESAR PASCOAL, JUSSARA BARBOSA FREI-
TAS SOBRAL, ANTONIO ELIEZER ARRAIS MOTA FILHO, JOSE LUCIA- Instituição(ões): 1. UNIMED FORTALEZA, UNIMED FORTALEZA
NO LEITAO ALENCAR
Resumo:
Instituição(ões): 1. UNIMED FORTALEZA, UNIMED FORTALEZA INTRODUÇÃO: O uso racional de ATM visa promover a otimização
farmacoterapêutica, considerando as conseqüências microbio-
Resumo: lógicas, econômicas e sociais associadas ao uso desses agentes.
INTRODUÇÃO: O programa de supervisão/ gestão da terapia anti- OBJETIVO: Analisar os indicadores de impacto da implantação de
microbiana (stewardship) é um mecanismo para favorecer o uso normatizações em antibioticoterapia de reserva em uma operado-
apropriado de ATM, tendo como alvo aperfeiçoar os desfechos ra de plano de saúde de Fortaleza/CE. MÉTODOS: Estudo transver-
clínicos, minimizar o custo e os efeitos inconvenientes do uso sal (análise causa – efeito), executado em nove (n=09) hospitais
irracional de antimicrobianos e atuar como arma estratégica no privados de Fortaleza. Foram comparados 709 pacientes divididos
tratamento das infecções hospitalares. OBJETIVOS: Avaliar o im-em dois grupos: 360 no grupo controle (anterior a normatização
pacto financeiro gerado pela monitorização farmacêutica no uso - A) entre Julho a Outubro/ 2009 - e 349 no grupo estudo (após a
de antimicrobianos utilizando a ferramenta stewardship. MÉTO- normatização - B) selecionados de Dezembro/ 2009 a Fevereiro/
DOS: Estudo observacional (antes - depois) executado em nove 2010. As normatizações envolveram a definição de ATM de Reser-
(n=09) hospitais privados conveniados a uma operadora de planosva Terapêutica (ART), condicionando a liberação para uso desses
de saúde de Fortaleza/ CE. A monitorização do farmacêutico na mediante a realização de cultura e a análise técnica da Comissão
otimização da antibioticoterapia buscando redução do custo foi a
de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Os dados foram cole-
intervenção proposta. O critério de inclusão foi paciente em uso
tados através de auditorias prospectivas utilizando formulário se-
de ATM hospitalizado. Os grupos foram divididos em não expostosmi-estruturado. As análises estatísticas foram feitas no programa
(sem intervenção) - 360 pacientes, de Julho a Outubro de 2009 - e
SPSS®, versão 10.0. RESULTADOS: Os ART definidos foram (n=13):
grupo intervenção (349 pacientes - Dezembro de 2009 a FevereiroMeropenem, Ertapenem, Imipenem, Tigeciclina, Polimixina B, Po-
de 2010). Os dados foram coletados através de auditorias pros- limixina E, Daptomicina, Linezolida, Anfotericina B desoxicolato,
pectivas utilizando formulário semi-estruturado. Os parâmetros Anfotericina B lipossomal, Voriconazol, Caspofungina e Anidula-
de desfecho para análise do impacto econômico das intervenções fungina. Houve diminuição estatisticamente significativa da emis-
farmacêuticas foram: otimização da antibioticoterapia, tempo são de pareceres da CCIH para os ATM em geral (A: 79,39%; B:
de tratamento e terapia sequencial oral. Para as intervenções, 34,01%; p<0,05) e aumento significativo para os ATM de reserva
promoveu-se discussão clínica colegiada entre auditoria médica,terapêutica (A: 57,58%; B: 65,56%; p<0,05). Quanto à solicitação
médico assistente e farmacêuticos clínicos. Os dados foram trata-
de antibiograma, observou-se que houve diminuição estatistica-
dos no programa computacional SPSS® versão 10.0. RESULTADOS: mente significativa para os ATM em geral (A: 52,98%; B: 34,39%;
A aplicação das estratégias resultou em uma economia total de p<0,05), porém, não houve diferença significativa nas solicitações
R$ 747.966,34. Esta economia foi estratificada e testada estatis-
para pacientes em uso ART (A: 78,95%; B: 73,89%; p>0,05). Não
ticamente nas seguintes ações: 1) Otimização da antibioticotera-
houve diferença estatisticamente significativa quanto ao nú-
pia (descalonamento e uso baseado em evidências) com redução mero de culturas solicitadas por paciente em ambos os grupos,
significativa de R$ 594.125,28 (p<0,05); 2) Redução do tempo deconstatando-se uma média de 2 culturas por paciente (p>0,05).
tratamento (161 esquemas terapêuticos com término em 10 ou CONCLUSÃO: As normatizações instrumentalizaram focalmente a
11 dias) com economia de 34,40% (R$ 150.181,47), quando com- análise técnica para prescrição dos ART, que realmente precisam
parado aos 14 dias de tratamento (p<0,05). 3) Quanto à terapia desse instrumento de controle e direcionaram os esforços de mo-
sequencial de endovenosa para oral, obteve-se êxito em 8 esque-nitorização e emissão de pareceres da CCIH para os casos críticos.
mas terapêuticos, resultando em uma economia de 35,72% (R$ Repercutiu, ainda, na racionalização da solicitação de exames la-
3.659,59) – não testado estatisticamente por não ter esta estra-
boratoriais, o que influiu diretamente nos custos assistenciais. As-
tégia anteriormente. CONCLUSÃO: A monitorização farmacêutica sim, fica clara a necessidade de efetivação de normatizações para
apontou para uma melhora significativa no controle e custos de controle da prescrição de ART.
ATM,apósimplantaçãodeestratégiasstewarship.Sugere-seaam-
pliação desta prática farmacêutica em hospitais. Palavras-chaves: ANTIMICROBIANOS, USO RACIONAL, ESTRATE-
GIAS, HOSPITAIS PRIVADOS
Palavras-chaves: STEWARDSHIP, IMPACTO FINANACEIRO, ANTIMI-
CROBIANOS
P510
INVESTIGAÇÃO DE REAÇÃO ADVERSA A ANTIMICROBIANO: IN-
P509 TERFACE ENTRE FARMÁCIA CLÍNICA E SERVIÇO DE CONTROLE DE
ANÁLISE DO IMPACTO DE NORMATIZAÇÕES TÉCNICAS PARA RA- INFECÇÃO
CIONALIZAR O USO DE ANTIMICROBIANOS (ATM) DE RESERVA
TERAPÊUTICA EM HOSPITAIS PRIVADOS DE FORTALEZA, CEARÁ Autor(es): MARINEI CAMPOS RICIERI, FABIO DE ARAÚJO MOTTA,
HELOISA IHLE G. GIAMBERARDINO
Autor(es): MARIA LIANA DE MAGALHAES NASCIMENTO, HENRY
PABLO LOPES CAMPOS REIS, SAULO RODRIGO LUCAS RIBEIRO, Instituição(ões): 1. HIPP, Hospital Infantil Pequeno Príncipe
JOEL BEZERRA VIEIRA, LARISSA MENEZES LEITE, DANIELLE DE PAU-

333
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Resumo: 2. NUPEH, Núcleo de Pesquisa em Epidemiologia Hospitalar
As experiências e os resultados do serviço de Farmácia Clínica (FC)
vêm demonstrando a importância desta prática e a necessidade Resumo:
emergente do trabalho em conjunto com o Serviço de Controle de INTRODUÇÃO: Política de racionalização de antimicrobianos é
Infecção Hospitalar (SCIH). No Hospital Pequeno Príncipe (HPP), uma das principais ferramentas no controle de emergência de
instituição especializada e de alta complexidade, em termos de microorganismos multirresistentes no ambiente hospitalar. En-
prescrição o antimicrobiano (ATM) é um dos medicamentos mais tretanto, ainda não está estabelecida qual a melhor logística de
utilizados com uma freqüência de 26% em relação às outras clas- sua execução, capaz de viabilizar resultados e metas, otimizando
sesfarmacológicas.Areaçãoadversaamedicamento(RAM)écon- o tempo de serviços de controle de infecção quase sempre limi-
sideradaumeventoquetrazrepercussõesclínicaseeconômicas,à tado. É imperativo o estudo de estratégias custo-efetivas. OBJETI-
medida que o paciente desenvolve outro problema de saúde e/ou VO: Analisar prescrições antimicrobianas, determinando taxa de
aumenta o tempo de hospitalização. Os objetivos deste trabalho não conformidade segundo critérios estabelecidos pelo Serviço
foram quantificar o impacto (freqüência e tipo) de reações adver- de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). METODOLOGIA: Estu-
sas a antimicrobianos (RAA) dentro do escopo de ação da FC. Tra- do transversal trimestral com análise de prontuários de pacientes
ta-se de um estudo quantitativo prospectivo, de cunho descritivo internados em uso de antimicrobianos em hospital privado, terci-
realizado por meio de pesquisa de campo. Os sujeitos do estudo ário, de alta complexidade. Utilizado formulário estruturado pelas
foram pacientes pediátricos internados no HPP acompanhados infectologistas do SCIH, contendo dados demográficos, indicação
peloserviçodeFC,entreosanosde2008e2009.Quantoaosresul- do antibiótico, dose, via de administração, duração, agente etio-
tados, neste período foram acompanhados pelo farmacêutico clí- lógico e realização de escalonamento e descalonamento. RESUL-
nico267pacientes.Destes,81(30%)forampormotivodesuspeita TADOS: A taxa de não conformidade foi de 21%, sobretudo aos
de RAM. Quanto à análise da freqüência de reação ao ATM, obser- beta-lactâmicos(especialmentecarbapenêmicos)eàsquinolonas.
va-se que esta classe farmacológica foi responsável por 45% das Os principais desajustes foram a indicação, duração e dose dos
RAM em 2008, e por 70% em 2009. Com relação aos tipos de RAA, antimicrobianos. Manutenção do uso de antibiótico com alto po-
considerando o período de 2008-2009, 41% delas foram reações tencial de indução de resistência quando era possível opção mais
de pele (rash cutâneo, prurido, síndrome de Stevens-Johnson), adequada também caracterizou não conformidade. As equipes
25% alterações neurológicas (encefalopatia e confusão mental), com maior inadequação na prescrição foram oncologia e clínica
17% reações gastrintestinais (vômito, diarréia), e 17% alterações médica, as quais raramente requerem consultoria da infectologia.
hepáticas (aumento de transaminases e colelítiase). Diante desta Foram reformuladas políticas de controle dos antimicrobianos
proporção de RAA, o serviço de FC e o SCIH sistematizaram um junto à farmácia com restrição das classes identificadas a partir
fluxo de investigação. As etapas deste processo são: 1) notificação deste protocolo. Equipes com maiores problemas foram convida-
ao serviço da suspeita de RAA; 2) investigação pelo farmacêutico das para apresentação e discussão dos resultados fortalecendo a
clínico através de coleta de informações e acompanhamento far- parceria com o SCIH. CONCLUSÃO: Estudo transversal se mostrou
macoterapêutico; 3) discussão do caso com o SCIH; 4) produção uma ferramenta factível e eficaz em identificar inadequações na
de relatório padronizado de investigação onde consta: descrição prescrição antimicrobiana, com vantagens relacionadas ao tempo
do evento, medicamentos utilizados pelo paciente, revisão de li- operacional e possibilitar diagnósticos em tempo real permitindo
teratura e avaliação de causalidade com aplicação de algoritmo. intervenções imediatas e capazes de gerar diretrizes operacionais
A partir desta sistematização de informações, finaliza-se definindo objetivas.
se a reação é conclusiva ou inconclusiva e as condutas a serem to-
madas. Entre elas estão a notificação à Anvisa, ações de educação Palavras-chaves: Antimicrobiano, Infecção Hospitalar, Racionaliza-
em serviço, medidas preventivas e mudanças de processo interno. ção de Antimicrobiano
Conclui-se que o ATM representa um percentual significativo de
RAM, e que o serviço de FC em parceria com o SCIH pode, além
de detectar e notificar estas reações, atuar de forma preventiva e
educativa, promovendo o uso seguro do antimicrobiano. P512
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM OBSTETRICIA NUM HOSPITAL TER-
Palavras-chaves:pediatria,reaçãoadversa,antimicrobiano,farmá- CIÁRIO DA REGIÃO SUL
cia clínica, serviço de controle de infecção
Autor(es): GILBERTO DA LUZ BARBOSA1,2, NATÁLIA NESPOLO DE
PAULA1,HANNANOSCHANG2,MARTINABORTOLON2,JULIANOS-
CHANG2, LETÍCIA PEREIRA2, DIONARA SCHLICHTING1

Instituição(ões):
P511 1. HSVP, HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO
ESTUDO TRANSVERSAL COMO ESTRATÉGIA PARA POLÍTICA DE 2. UPF, UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
RACIONALIZAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS.
Resumo:
Autor(es): DANIELA SPERANDIO FEITOSA DALLA BERNARDINA1,2, INTRODUÇÃO:Aantibioticoprofilaxia(ATBPROF)éumamedidaim-
CRISTIANA COSTA GOMES1,2, PRISCILA LIMA DA SILVA ALMEI- portante na prevenção de infecção de sitio cirúrgico. OBJETIVO:
DA1,2,LUCIANANEVESPASSOS2,SIMONEFREITASCOELHOTOSI2, AvaliarousodeATBPROFemobstetrícianumhospitalterciáriose-
ANELISA DE OLIVEIRA MORAIS2 guimento às recomendações elaboradas pelo Serviço de Controle
deInfecção(SCIH).MÉTODOS:Foirealizadoumestudotransversal,
Instituição(ões): onde foram avaliadas as prescrições de pacientes que se subme-
1. VAH, Vitória Apart Hospital teram a parto cesáreo ou parto normal, no período de novembro

334
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
de 2009 a março de 2010. A coleta de dados foi realizada através cidade de Maringá Paraná. MÉTODOS: O estudo realizado foi des-
de um instrumento estruturado com as seguintes variáveis: iden- critivoeretrospectivo,emqueseavaliouousodeantimicrobianos
tificação do paciente, tipo de procedimento cirúrgico, adequação no período de setembro de 2004 a setembro de 2008, segundo os
da indicação de ATBPROF e início e duração do uso do antibiótico registros eletrônicos de consumo de medicamentos do hospital.
(ATB). Foi considerado adequado o uso de ATBPROF em parto ce- O consumo daqueles agentes foi examinado em todas as áreas da
sáreo em dose única após campleamento do cordão. Os critérios instituição, sendo os resultados expressos em dose diária definida
de exclusão foram: falha no seguimento pós-operatório, cirurgia (DDD) por 100 leitos-dia antes e após a intervenção. RESULTADOS:
infectada, uso de ATB com objetivo terapêutico e feto morto. Os Observamos aumento do consumo de alguns antimicrobianos,
dados coletados foram digitados no programa Excel® 2003 e ana- mas a diminuição de outros com custo mais elevado, trazendo
lisados através de analise descritiva com cálculo de frequencia e economia a instituição sem prejuízo ao tratamento do paciente
percentuais. Em todos os cálculos usou-se o programa SPSS® 16.0. e como principal conseqüência a busca por parte do profissional
Oníveldesignificânciaadotadofoidep>0,05.RESULTADOS:Foram médico, no momento da decisão de qual antimicrobiano prescre-
avaliadas 791 prescrições. A média da idade foi de 27 anos (±6,7). ver, de orientação junto ao médico infectologista. CONCLUSÃO:
Em 476 (60,2%) gestantes foi realizado parto cesáreo, destas 105 Observamos que a prática do uso racional de antimicrobianos,
(22,0%) foram procedimentos de urgência. Bolsa rota ocorreu em junto ao programa de intervenção deve apresentar uma continui-
245(31,0%) procedimentos. A ATBPROF foi considerada adequada dade, estar sempre sendo discutido e reformulado. A obrigatorie-
em relação a indicação em 97% dos partos cesáreos. A principal dadedopreenchimentoejustificativamédicaparaautilizaçãodos
causa de inadequação foi em relação ao inicio da ATBPROF sendo, antimicrobianos ajudam a educar e fazer com que o profissional
21 (4,4%) antes do campleamento do cordão e em 354 (74,3%) o médico discuta a necessidade do uso correto do antimicrobiano
horário de inicio estava indefinido. Em 235 (37,1%) o ATB foi pres- com o médico infectologista.
crito no pós-operatório por 24 horas ou mais. CONCLUSÃO: Houve
umaboaadequaçãodaATBPROFemrelaçãoàindicação,jáquefoi Palavras-chaves: ANTIMICROBIANOS, USO RACIONAL, INFECÇÃO
estabelecido seu uso em todos partos cesáreos no hospital em es- HOSPITALAR
tudo. Observou-se uma grande inadequação na ATBPROF em rela-
çãoaousonopós-operatório.Emrelaçãoaomomentodeadminis-
tração do ATB houve um número elevado de horários indefinidos
o que acabou prejudicando a avaliação da adequação do inicio do P514
ATB. Ressalta-se a importância do SCIH, pois a ATBPROF não deve IMPACTO ECONÔMICO DA INCLUSÃO DA AZITROMICINA ENDO-
substituir os cuidados e medidas contra a infecção hospitalar e a VENOSA NA FICHA DE ANTIMICROBIANOS CONTROLADOS PELO
técnica cirúrgica correta uma vez que, há necessidade de melhor SERVIÇO DE COTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
adequação da ATBPROF nos procedimentos obstétricos.
Autor(es): NAJARA MARIA PROCÓPIO ANDRADE, MARCO AN-
Palavras-chaves: Antibioticoprofilaxia, Cesariana, Infecção cirúrgi- TÔNIO NALETTO, LÍGIA MARIA PACHECO HENRIQUE, ÍCARO
ca BOSZCZOWSKI, FABIANA SIROMA

Instituição(ões): 1. HGIS, Hospital Geral de Itapecerica da Serra


P513 Resumo:
USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS: TENDÊNCIA NA UTILIZA- Introdução: Faz parte do campo de atuação do serviço de controle
ÇÃO DE ANTIMICROBIANOS EM UM HOSPITAL PRIVADO, 2004- de infecção hospitalar o estímulo para a transição de alguns anti-
2008. microbianos (ATM) da via endovenosa para via oral, com efeitos
diretos no tempo de internação, risco para aquisição de infecção
Autor(es): Ana Cristina Medeiros Gurgel, Cesar Helbel, Rosinéia hospitalar e redução dos custos hospitalares. Objetivos: Relatar a
Barbosa Serpeloni de Sá, Carlos Henrique Hortêncio, Talita de Me- experiência de redução de custos relacionados ao uso de Azitro-
nezes micina EV no Hospital Geral de Itapecerica da Serra (HGIS), após a
inclusão desta droga na ficha de antimicrobianos controlados pelo
Instituição(ões): 1. ASB - HSR, ASSOCIAÇÃO BOM SAMARITANO Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), como parte de
HOSPITAL SANTA RITA um projeto de estímulo contínuo à transição de antimicrobianos
daviaendovenosa(EV)paraviaoral.Materiaisemétodos:Apartir
Resumo: da análise rotineira mensal pela Comissão de Farmácia e Terapêu-
INTRODUÇÃO: O campo de investigação de estudos de uso de tica da lista dos dez medicamentos com maior impacto financeiro
medicamentos, tem atraído interesse crescente desde o seu inicio na instituição, foi percebido alto gasto com uso de Azitromicina EV
na década de 1960. Tem sido bem documentado que crescente duranteoanode2008einíciode2009.Ofatodestamedicaçãoter
utilização de antimicrobianos está resultando em enormes gastos alternativaviaoral,comcustosmenoresesemimpactonaeficácia
hospitalares e aparecimento de microrganismos mulltiresistentes. terapêutica justificava a definição de estratégias para restrição do
Assim a cuidadosa avaliação da prescrição e estratégias para de- uso da via EV com estímulo para uso oral da droga, quando pos-
senvolvimento de melhor relação custo-eficácia do tratamento sível. Para tal foi definido pela equipe a inclusão da Azitromicina
são urgentemente necessário. Recomendações para a gestão de EV na lista de antimicrobianos controlados pelo SCIH a partir de
uso de antimicrobianos nos hospitais incluem programas educati- julho de 2009. Resultados: Os gastos com Azitromicina EV no HGIS
vos, consulta com médicos infectologistas, restrição do formulário reduziram-se significativamente após implantação da medida pro-
hospitalar, entre outros. OBJETIVO: Avaliar através dos dados de posta.Dejulhoadezembrode2008osgastoscomestamedicação
gerenciamento farmacêutico o impacto das medidas de uso racio- que variavam de R$5831,8 a R$19.630,00 (média= R$11.029,57)
nal de antimicrobinaos num hospital privado de médio porte na reduziram-se para uma média de R$4111,51 (variação: R$2385,9

335
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
a R$7779,3 e redução média no período analisado de 37,27%) no através da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, propor-
mesmo período de 2009. Esta redução foi progressiva durante o cionando uma educação continuada aos profissionais da saúde.
primeiro trimestre de 2010, com média mensal de consumo desta
medicação de R$ 9507,4, R$5196,73 e R$ 829,19 respectivamente Palavras-chaves: ANTIMICROBIANOS, DOSE DIÁRIA DEFINIDA,
durante os primeiros trimestres de 2008, 2010 e 2010. Conclusão: USO RACIONAL
Faz parte do campo de atuação do serviço de controle de infecção
hospitalarousoracionaldeantimicrobianosnoshospitais,incluin-
do a transição, quando possível, de alguns destes medicamentos
da via endovenosa para via oral, com efeitos diretos no tempo de P516
internação, risco para aquisição de infecção hospitalar e redução USO DE VANCOMICINA EM UTI’s DE HOSPITAL DE GRANDE POR-
dos custos hospitalares. A inclusão da Azitromicina EV na lista de TE.
antimicrobianos controlados pelo SCIH a partir de uma idéia que
surgiu de uma equipe multidisciplinar foi uma medida efetiva na Autor(es): Larissa Cruz de Lima1, Herion Alves da Silva Machado1,
redução dos custos associados ao uso desta medicação no HGIS, Evanniely Rodrigues do Nascimento1, Rosania Maria de Araujo1,
de fácil implantação e execução e sem prejuízo ao paciente. Ieline Mourão Morais1, James Ricardo Soares de Brito1, Lory No-
ronha de Castro Monte1, Tiago Santos Eulálio DANTAS1, Vivian
Palavras-chaves: azitromicina, impacto, endovenosa Maria Alcântara Raulino1, Djamila Brasileiro do Nascimento1

Instituição(ões):
1. FACID, FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL
P515 2. HSM, HOSPITAL SÃO MARCOS
CONSUMO DE ANTIMICROBIANOS EM HOSPITAL DE GRANDE
PORTE. Resumo:
INTRODUÇÃO: Os pacientes internados em unidade de terapia
Autor(es): Larissa Cruz de Lima1, djamila brasileiro do Nascimen- intensiva (UTI) quase sempre se encontram em estado grave e
to1, Ieline Mourão Morais1, Tiago Santos Eulálio DANTAS1, Evan- requerem um maior número de medicamentos. Com o uso fre-
niely Rodrigues do Nascimento1, Herion Alves da Silva Machado1, quente de um grande número de drogas simultâneas, sobretudo
LoryNoronhadeCastroMonte1,RosaniaMariadeAraujo2,Vivian os antimicrobianos, em um mesmo paciente, é possível que haja
Maria Alcântara Raulino1, James Ricardo Soares de Brito1 a indução de resistência bacteriana, especialmente quando usa-
dos inadequadamente. A resistência de bactérias aos antibióticos
Instituição(ões): é atualmente um problema de saúde pública, pois implica em
1. FACID, FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL maior mortalidade, uso de medicações mais caras e mais tóxicas,
2. HSM, HOSPITAL SÃO MARCOS tornando-se necessário o monitoramento do seu consumo. Uma
importante droga usada nos casos de resistência bacteriana em
Resumo: gram-positivos é a vancomicina, e sua administração deve ser pru-
INTRODUÇÃO: Os antimicrobianos são um grupo de medicamen- dente porque sua aplicação freqüente implica em fator de risco
tos mais prescritos em hospitais, e que causam preocupação para colonização ou infecção de microorganismos Vancomicina
quanto ao seu uso inadequado, sendo o uso racional um dos mais resistentes.OBJETIVOS: Considerando-se a importância do uso ra-
importantesaspectosnabuscadocontroledeinfecçõeshospitala- cional de medicamentos no contexto do risco sanitário hospitalar,
res. OBJETIVO: O presente trabalho teve como objetivo descrever objetivou-se com o presente trabalho, quantificar o uso de Vanco-
o consumo de antimicrobianos em UTI’s de Hospital privado de micina em UTI’s de um hospital privado de grande porte de Tere-
grande porte da cidade de Teresina, analisando a quantidade con- sina, haja vista que se trata de um antibiótico de largo espectro,
sumida no ano de 2009. MÉTODOS: Os dados foram colhidos com utilizado nos casos em que há resistência de microorganismos aos
base em informações emitidas pela Comissão de Controle de In- antimicrobianos de menor espectro de ação.MÉTODOS: Os dados
fecção Hospitalar (CCIH). Utilizou-se a Dose Diária Definida (DDD) foram colhidos com base em informações emitidas pela Comissão
para cada droga analisada, com o intuito de realizar uma análise de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de um hospital privado
comparativa entre os medicamentos utilizados, levando em conta de grande porte da cidade de Teresina, os dados são referentes
queolocalemanálisepossuicaracterísticasprópriasetaisdiferen- aos anos de 2002 a 2009.RESULTADOS: No ano de 2002, teve um
ças entre o consumo de cada droga devem ser consideradas para consumo de Vancomicina na ordem de 11,54% ,em 2003, ocorreu
que as comparações tenham significado prático. RESULTADOS: De um declínio para 9,52%, em 2004, esse número foi para 14,76%,
acordo com os dados fornecidos, pôde-se observar que as princi- em 2005,chegou a 18,13%, em 2006 15,19% ,em 2007, 23,27%,
pais drogas utilizadas foram Vancomicina (DDD:36,87), Oxacilina em 2008, 16,54% e em 2009, chegou a um total de 36,87% dos
(DDD: 185,58), Ampicilina + Sulbactam (DDD:8,71), Ceftazidima pacientes atendidos nas UTI’s desse hospital.CONCLUSÃO: Apesar
(DDD:247,79), Ceftriaxona (DDD: 153,02), Cefepime (DDD:95,93), da grande disponibilidade de antibióticos, a Vancomicina ainda é
Meropenem(DDD:16,49),Imipenem(DDD:124,51),Ciprofloxacina uma droga essencial para o tratamento de infecções hospitalares
(DDD:15,27) e Sulfametoxazol+Trimetropim (DDD:48,69), repre- causadas por germes gram-positivos. No período de 2002 a 2009
sentando do total de 203.993,5 gramas de drogas utilizadas nes- tivemos aumento no consumo de vancomicina, alcançando maior
se período, 2.93%, 29.56%, 2.08%, 29.6%, 6.09%, 15.28%, 1.97%, porcentagem em 2009.
9.91% 0.91% e 1.62% respectivamente. CONCLUSÃO: Consideran-
do que os antimicrobianos são medicamentos de grande impor- Palavras-chaves: ANTIMICROBIANOS, UTI’S, VANCOMICINA
tância e que têm uma freqüência elevada de utilização, vê-se a
necessidade de desenvolver políticas de saúde que priorizem o
seu uso de forma racional, bem como o controle das prescrições

336
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P517 Palavras-chaves: Custos, Antimicrobianos, Dose Diária Definida
INFECÇÕES HOSPITALARES E CUSTOS COM ANTIMICROBIANOS
EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA E SEMI-INTENSIVA EM
HOSPITAL PÚBLICO TERCIÁRIO DE FORTALEZA P518
IMPACTO DA PARTICIPAÇÃO DO INFECTOLOGISTA NA VISITA
Autor(es): WALDÉLIA MARIA SANTOS MONTEIRO1, REGINA CLAU- MULTIDISCIPLINAR EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)
DIA FURTADO MAIA2, SOLANGE CECÍLIA CAVALCANTE DANTAS1, EM HOSPITAL PRIVADO DE SÃO PAULO SOBRE O CONSUMO DE
BRÁULIO MATIAS DE CARVALHO1, ADRIANA ROCHA SOLON1, LÍ- ANTIMICROBIANO (ATM)
LIAN MARIA CANUTO MACIEL1, MARIANA MOTA MOURA FÉ1, RE-
NATA MORAES AMARAL1, ADELAIDE ROSITA PEREIRA BOTELHO1, Autor(es): Ana Paula Matos Porto, Danilo Teixeira Toritomi, Eloisa
TEREZA DE JESUS PINHEIRO GOMES BANDEIRA1 Mara Dias Gagliardi, Marcio Jose Cristiano Arruda, Mirian Dalben,
Renata Braz Ralio
Instituição(ões):
1. HM, Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes Instituição(ões): 1. HP - Amil, Hospital Paulistano - Amil
2. SESA, Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
Resumo:
Resumo: INTRODUÇÃO: O uso de ATM de amplo espectro tornou-se fre-
Introdução: A assistência em unidades de terapia intensiva (UTI) qüente no tratamento de pacientes em UTIs, e, portanto, um dos
é permanentemente desafiada por infecções hospitalares, que fatores contribuintes para emergência de organismos multi-resis-
resultam no aumento de morbimortalidade, no tempo de inter- tentes (OMR), aumento do risco de reações adversas e dos gastos
nação e nos custos. Objetivo: Relacionar o grau de gravidade dos com medicamentos. A UTI do Hospital Paulistano possui capacida-
pacientes e custos com antimicrobianos (ATM) em pacientes inter- de para 16 leitos para adultos, e tem como um dos maiores custos
nados em unidades de terapia intensiva (UTI) e semi-intensiva de com medicamentos, o uso de ATM. OBJETIVO: Avaliar o impacto
hospital público. Métodos: Estudo observacional, transversal com da participação do infectologista durante a visita diária multidis-
dados colhidos de planilhas de consumo de ATM emitidas pelo ciplinar na UTI sobre o consumo de ATM. MÉTODO: A partir de
serviço de farmácia e do banco de dados da Comissão de Controle novembro de 2009, o infectologista passou a participar da visita
de Infecção Hospitalar (CCIH). Realizado em quatro unidades de multidisciplinar na UTI, avaliando os pacientes em uso de ATM e
terapia intensiva (UTI) com 39 leitos e uma semi-intensiva(SEMI) atuando na decisão sobre introdução de esquemas antimicrobia-
com13leitosemhospitalpúblico,terciário,especializadonotrata- nos, mudança ou suspensão dos mesmos. O consumo de ATM na
mento de doenças cardiorrespiratórias. Utilizaram-se as variáveis: UTI é calculado mensalmente com base na dose diária definida
Dose Diária Definida (DDD) por 100 leitos/dia, custos (em Reais), (DDD) desde janeiro de 2009. Foram selecionados os ATMs de
e escore de gravidade dos pacientes/Average Severaty of Ilness maior consumo na UTI de janeiro a outubro de 2009, período an-
Score (ASIS). Foram considerados elegíveis os antimicrobianos terior à participação do infectologista na visita, e calculado a mé-
administrados por via parenteral nos pacientes no ano de 2009. dia de consumo (DDD) dos meses antes e após a intervenção. Fo-
Resultados:AinstituiçãohospitalardisponibilizouR$1.403.153,06 ram avaliados: vancomicina, ceftriaxone, piperacilina-tazobactam,
com antimicrobianos em todas as suas classes e apresentações, e imipenem, meropenem e polimixina B. RESULTADOS: Quanto ao
em todas as unidades de internação durante 2009. Com os ATM consumo de ATM, ao compararmos a média do DDD dos meses
injetáveis utilizados nas UTI e SEMI, houve um custo anual de R$ pré-intervenção (janeiro a outubro de 2009) e pós-intervenção
630.583,30 com os carbapenens representando 53% dos custos (novembro a abril de 2010), observamos: não houve mudança
totais seguido das quinolonas (14,5%) e glicopeptídeos (10,3%). no consumo de piperacilina-tazobactam (9,02 x 9,43) e imipenem
O custo com carbapenens totalizou 51% dos custos totais com an- (94,74 x 96,04); ocorreu aumento no consumo de ceftriaxone
timicrobiano no hospital em estudo. Os glicopeptídios obtiveram (95,80 X 137,44) e redução de 63,6%, 33,3% e 29,7% no consumo
o maior consumo com 97,63 DDD/100 leitos/dia, sendo a UTI res- de meropenem (47,48 x 17,27), polimixina B (561,88 x 374,38),
piratória a unidade que mais consumiu essa classe de ATM. A UTI e vancomicina (111,50 x 78,36), respectivamente. CONCLUSÃO: A
cardiopulmonar obteve o maior consumo de carbapenens entre atuação do infectologista na visita multidisciplinar da UTI contri-
as unidades acompanhadas com 25,5 DDD/100 leitos dia e obteve buiu para alteração do perfil do consumo de ATM, com redução
maior escore de gravidade para os pacientes (ASIS = 3,9) com um importante no consumo de três ATMs de amplo espectro e alto
custo de R$ 208.177,88. Na UTI pós-operatória verificou-se menor custo, destacando a racionalização do uso da polimixina B, reser-
ASIS (3,0) e custo de R$35.320,14 sendo a cefazolina, o atm mais vada para o tratamento de infecções por OMR. São necessários
usado. A unidade semi-intensiva concentrou para os carbapenens estudos para avaliar o impacto dessa intervenção na resistência
DDD de 21,8/100 leitos/dia seguido dos antifúngicos com DDD de bacteriana, ocorrência de efeitos adversos e mortalidade.
15,7/100 leitos/dia.. Na avaliação geral das UTI e SEMI, os maio-
res valores de DDD foram: glicopeptídeos (97,63), carbapenens
Palavras-chaves: ATM, ATB, uso racional, infectologista
(81,07) e penicilina antipseudomonas (79,4).Conclusão: A análise
dos custos com antimicrobianos demonstrou valores percentuais
e monetários elevados, sendo os carbapenens e os glicopeptídeos
as principais classes. O critério de uso correto de ATM nem sem-
pre é fácil de ser estabelecido. A política de uso racional desses
P519
IMPLEMENTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE USO RACIONAL DE ANTI-
medicamentos deve ser perseguida pela CCIH, em conjunto com MICROBIANOS EM UM HOSPITAL PARTICULAR DE MACEIÓ
Farmácia e comunidade hospitalar, a fim de melhorar a qualidade
no cuidar, o controle da multiresistência e, conseqüentemente, a Autor(es): Janaina Cabral Borges1,3, Maria Raquel dos Anjos Silva
redução nos custos. Guimarães1, Janeuza Vaz de Medeiros1, Emília Manuela Pinheiro

337
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Lima1 Resumo:
INTRODUÇÃO: As infecções causadas por Shewanella sp ocorrem
Instituição(ões): em lugares de clima quente ou temperado e geralmente estão re-
1. HUM, Hospital Unimed Maceió lacionados com ambientes com alto teor de salinidade. A maioria
3. CESMAC, Centro Universitário CESMAC doscasosdescritoscomumenteenvolveapele,tecidosmolescom
ou sem bacteremia. Este trabalho teve como objetivo reportar o
Resumo: primeiro caso de fasceíte necrotizante devido à Shewanella algae,
INTRODUÇÃO: A Avaliação de antimicrobianos a nível hospitalar é isolada de um paciente internado em um hospital da rede privada
um processo complexo minucioso e multifacetado, onde o moni- de São Luís-MA. METODOLOGIA: No período de 21 de fevereiro
toramento pode contribuir para a eficácia terapêutica e a redução de 2010 a 01 de março de 2010 foram isoladas 3 linhagens de
decustoshospitalares.OBJETIVOS:Buscou-seidentificaresolucio- Shewanellaalgaedeumpacienteinternadocomlesãonomembro
narerrosrelacionadosaousodeantimicrobianosatravésdeestra- inferior esquerdo. Foram colhidas as seguintes amostras clínicas
tégias que visam garantir a assistência ao cliente com segurança e para análise microbiológica: Urocultura, hemocultura, secreção
atendendoaoscritériosdeavaliaçãodeinfecçõesdosítiocirurgico traqueal e secreção de ferida da lesão. A semeadura das amostras
da ANVISA a partir da análise de indicadores. MÉTODOS: O estudo foi feita em meios convencionais. Para a identificação bacteriana
foi realizado em um hospital particular, terciário, com 109 leitos, utilizou-se o método automatizado Vitek 2® Compact bioMèrieux,
localizadoemMaceió,AL.Tevecomoestratégiacentralaauditoria Empregou-se o método epsilométrico do E-test® (AB Biodisk, Sol-
corrente, com intervenção e feedback ao médico prescritor, atra- na, Sweden) para o teste de susceptibilidade aos antimicrobianos,
vés de folhas de acompanhamento da antibioticoterapia com che- imipenem, meropenem, polimixina e ceftazidime.Os MIC fora;
cagem diária nos blocos clínico e cirúrgico, maternidade e pedia- para Ceftazidime =0,25; Imipenen > ou = 16;Meropenen =0,19 e
tria. Houve também, a reformulação da ficha de monitorização de Ciprofloxacino =0,25 .RESULTADOS: G.G.M., 60 anos de idade, dia-
procedimentos invasivos da CCIH/GIPEA. Esta foi utilizada no des- betico, portador de válvula mitral metálica , internado na unidade
calonamento da terapia antimicrobiana e na análise dos prontuá- de terapia intensiva em 22 de fevereiro de 2010, com relato de
rios de pacientes internos que se submeteram a cirurgias, fazendo ferimento por esporão de peixe, “Bagre marinus” em membro in-
uso de indicadores de processo, como: realização da antibiotico- ferior esquerdo. Os exames de admissão mostravam leucopenia
profilaxia até uma hora antes da incisão cirúrgica e em cesarianas de 6.220/mm3, com14% de bastões,proteína c reativa de 17,2
no intra-operatório e duração ≤ 24 horas. Os dados foram coleta- mg/dl(até 0,60 mg/dl) e lactato de 7,10 mmol/l (até 2,44 mmol/l).
dos durante o período de janeiro a março de 2010. RESULTADOS: Feitodiagnosticodefasceitenecrotizante,sendosubmetidoades-
Na auditória corrente, foram analisados 300 prontuários - 100 em bridamento cirúrgico e iniciado ciprofloxacino e metronidazol.Na
cada mês, correspondentes aos meses de janeiro, fevereiro e mar- evolução na uti cursou com choque séptico, insuficiências renal e
ço onde foram observados respectivamente, 9, 6 e 3 intervenções, respiratória , recebendo suportes de hemodiálise e ventilatório.
pela infectologista responsável pela CCIH/GIPEA, onde 15 (80%), Houve piora da leucocitose para 24.000/mm3 com presença de 14
dos 300 apresentaram feedback positivo. Em relação aos pacien- bastões. Paciente com evolução desfavorável, sendo substituído a
tesquesesubmeteramacirurgiasnocentrocirúrgico,100tiveram antibioticoterapiaparameropeneneteicoplamina.Pacienteveioa
seus prontuários analisados, destes, nenhum fez uso da antibioti- óbitoem01demarçode2010.Nashemoculturascoletadasnaad-
coprofilaxia 1 hora antes da incisão cirúrgica. Quanto à duração, missão foi isolado Shewanella algae . CONCLUSÃO: Este relato de
dos mesmos, 88 (88%) fizeram uso de profilaxia antimicrobiana e caso demonstra a necessidade de lembrar de diagnostico etiológi-
somente 5 (6%) tiveram duração > 24 horas, que sofreram inter- co pela Shewanella algae em historia de ingestaou contacto com
venção e logo foram suspensos. Já no centro obstétrico, 100 pron- comidas de frutos do mar e a virulência do microorganismo, que
tuários foram analisados e somente 4 (4%) pacientes não tiveram mesmo a despeito do tratamento clinico cirúrgico intensivos, em
a profilaxia antimicrobiana no intra-operatório. CONCLUSÃO: As hospedeiro vulnerável, culminou com óbito do paciente.
intervenções sofreram um decréscimo considerável no período de
três meses apresentando feedback positivo por maior parte dos Palavras-chaves: SHEWANELLA ALGAE, FASCEITE NECROTIZANTE,
médicos prescritores. E, em relação à antibioticoprofilaxia dos se- SEPSE
tores cirúrgicos, no qual os dados foram somente analisados, já se
vem trabalhando estratégias para a solução do problema.

Palavras-chaves: Antibioticoprofilaxia, Indicadores de avaliação, P521


Segurança PREVALÊNCIA DE MICROORGANISMOS ISOLADOS DE UROCUL-
TURAS DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE
RECIFE, ENTRE FEVEREIRO DE 2007 E JANEIRO DE 2009
Autor(es): Evellyne de Oliveira Figueirôa1, Renata Marcia Costa
P520 Vasconcelos2, Débora Soledade de Oliveira3, Laís de Macêdo Fer-
FASCEÍTE NECROTIZANTE POR SHEWANELLA ALGAE reira Santos3

Autor(es): Sirlei Marques2, CONCEIÇÃO MADEIRA1, Alexandre Instituição(ões):


Guilherme Carvalho1, ANA CLAUDIA PInho1, PATRICIA Ribeiro2, 1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
YANKEE Magalhães2, WASTON GONÇALVES GONÇALVES1 2. UFPB, Universidade Federal da Paraíba
3. ASCES, Associação Caruaruense de Ensino Superior
Instituição(ões):
1. UDI, UDI HOSPITAL Resumo:
2. CEDRO, LABORATORIO CEDRO A Infecção do Trato Urinário (ITU) ocorre devido à invasão micro-
biana de qualquer tecido urinário. No Brasil, é a segunda doença

338
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
infecciosa mais comum, e, entre as infecções nosocomiais, uma mento de determinadas bactérias. Sabe-se que esquistossomose
dasmaisimportanteseprevalentes.Suaetiologiavariacomosexo, crônica pode provocar imunodeficiência relativa, mas não se co-
idade e estado imunológico do indivíduo. Geralmente é causada nhece a importância desta doença na alteração da MB intestinal.
por bactérias Gram-negativas da microbiota intestinal, sendo a Es- Objetivamos avaliar a MB intestinal de camundongos esquistos-
cherichiacolioagentemaisfreqüente.Analisarestatisticamenteas somóticos crônicos e comparar com camundongos sem infecção.
uroculturasrealizadasnolaboratóriodoHospitalBarãodeLucena, Métodos e resultados: Utilizou-se 20 camundongos machos Swiss
entre fevereiro de 2007 a janeiro de 2009. Fez-se um levantamen- webster, 10 não-infectados (CN) e 10 infectados pela Técnica de
to epidemiológico das uroculturas durante o período supracitado, ImersãoCaudal(cepaSLM-50cercárias/animal)(CE).Após50dias,
através de observação do livro de Registro, sendo consideradas osCEforamsubmetidosaoKato-Katz.Apósa12ªsemanadaexpo-
positivas aquelas que apresentavam crescimento bacteriano igual siçãocercariana,osgruposCEeCNforamsubmetidosàeutanásia.
ou superior a 106 UFC/mL. Das 5462 culturas de urina de jato mé- A análise microbiológica quantitativa foi realizada com amostras
dio contabilizadas, 3068 (56,2%) eram de pacientes ambulatoriais de pellets e conteúdo cecal semeadas em meios cromogênicos
e2.394(43,8%)depacientesinternos.Entreasurinasdepacientes com posterior utilização de provas bioquímicas clássicas. Foram
ambulatoriais, 838 (27,3%) apresentaram crescimento bacteriano pesquisadas bactérias aeróbias: enterococos, coliformes e mesófi-
acima de 10^6 UFC/mL, sendo isolados principalmente espécimes los totais. Os resultados foram expressos em unidades formadoras
de E. coli (60,7%,n=358), Klebsiella spp. (48,6%,n=141), Providen- de colônias por grama de amostra (ufc/g). De uma forma geral, o
cia rettgerii (67,2%,n=45) e Klebsiella pneumoniae (52,9%,n=36). grupo CE apresentou maior variedade e quantidade de colônias
Já entre os pacientes internos, 839 (35%) amostras apresentavam- bacterianas quando comparado com o grupo CN. Além disso, hou-
se positivas, havendo prevalência de E. coli (39,3%,n=232), Kleb- ve aumento das UFC de mésofilos, principalmente Staphylococcus
siella spp. (51,4%,n=149), Pseudomonas aeruginosa (84%,n=105) coagulase negativa, e coliformes, principalmente Escherichia coli,
e Candida spp. (96,5%,n=83). A frequência de positividade entre no grupo CE. Não houve diferença quanto ao número de colônias
as mulheres foi de 72,7% (n=1220), sendo 56,7% (n=692) aten- de Enterococcus faecalis nos dois grupos estudados. Conclusões:
didas no ambulatório e 43,3% (n=528) no hospital. Entre os ho- Podemos dizer que a partir do nosso modelo experimental a es-
mens, a frequência de amostras positivas foi de 26,2% (n=440), quistossomose crônica e sua relativa imunodeficiência influenciou
sendo 32,5% (n=143) de pacientes ambulatoriais e 67,5% (n=297) no desequilíbrio da MB intestinal, fato que pode favorecer a trans-
de internos. A urocultura quantitativa continua tendo as melhores locação de microrganismos.
sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de ITU, sendo,
contudo, bastante laboriosa. A utilização de meios cromogênicos Palavras-chaves: MICROBIOTA, INTESTINO, ESQUISTOSSOMOSE
possibilita o isolamento e identificação direta de microorganismos CRÔNICA, ESQUISTOSSOMOSE EXPERIMENTAL, TRANSLOCAÇÃO
frequentes em amostras de urina, minimizando o tempo e os ma- BACTERIANA
teriais gastos com a urocultura. Destaca-se a ocorrência de Candi-
da spp., e P. aeruginosa quase exclusivamente em pacientes inter-
nos. Quanto à origem, houve prevalência de amostras positivas do
sexo masculino provenientes de pacientes internos, enquanto que P523
as amostras positivas do sexo feminino eram distribuídas unifor- ESTUDO DA TRANSLOCAÇÃO MICROBIANA VIA TRATO GAS-
memente entre pacientes ambulatoriais e internos. TROINTESTINAL EM CAMUNDONGOS SUBMETIDOS À ESPLENEC-
TOMIA.
Palavras-chaves: Candida spp., Escherichia coli, Infecção do Trato
Urinário, Pseudomonas aeruginosa, Urocultura Autor(es):KedmadeMagalhães Lima1,Leilah AndradedeFrança2,
Jéssica Beatriz dos Santos Teixeira2, André de Lima Aires1, Thays
Miranda Almeida3, Célia Maria Machado Barbosa de Castro3,1

P522 Instituição(ões):
ALTERAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL NA ESQUISSOSTOMO- 1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
SE CRÔNICA EXPERIMENTAL 2. FIR, FACULDADE INTEGRADA DO RECIFE
3. LIKA, Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami
Autor(es): KEDMA DE MAGALHÃES LIMA1, Jéssica Beatriz dos San-
tos Teixeira2, Leilah Andrade de frança2, Carlos Roberto Weber Resumo:
Sobrinho1, Célia Maria Machado Barbosa de Castro1,3 Objetivos:Translocação microbiana(TM) é a passagem de mi-
crorganismos ou endotoxinas pela mucosa e lâmina do trato
Instituição(ões): gastrointestinal(TGI) atéos linfonodos mesentéricos(LM) eórgãos.
1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco Esse fenômeno tem sido associado à bacteremias, candidemias e
2. FIR, Faculdade Integrada do Recife síndrome da falência de vários órgãos e sistemas. Os mecanismos
3. LIKA, Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami responsáveis pelo controle da TM são dependentes dos hospedei-
ros e microrganismos. Para que esse fenômeno ocorra, é preciso
Resumo: baixa imunidade, alteração da microbiota e/ou quebra da barreira
Objetivos: O trato gastrointestinal abriga complexa e dinâmica damucosaintestinal.Obaçoéoprincipal sítio queestáapto ares-
população de microrganismos, em sua maioria, bactérias, consti- ponder contra os antígenos presentes na circulação, funcionando
tuintes da microbiota (MB). As investigações nessa área têm atra- como “filtro” do sangue. Com isso, objetivamos comparar camun-
ído muito interesse nos últimos anos, devido ao importante papel dongos esplenectomizados(CE) e não-esplenectomizados(CC),
destanodesenvolvimentoemanutençãodarespostaimuneintes- em relação às alterações da microbiota TGI; peso e positividade
tinal. Além disso, translocação bacteriana pode resultar do rom- de culturas (sangue porta e periférico, homogeneizados LM e fí-
pimento do equilíbrio da MB, que contribui para excessivo cresci- gado). Métodos e resultados:O trabalho foi aprovado pela Co-

339
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
missão de Ética em Experimentação Animal (CEEA) do CCB/UFPE, Palavras-chaves: Candida spp., Urina, Recém-nascidos
onde 30 camundongos machos Swiss webster foram submetidos
ao registro de peso corporal aos 35, 80, 125 e 132 dias de nasci-
dos. Depois de 125 dias, em 15 realizou-se à esplenectomia total,
após anestesia(0,10mL-Xilosina-80%; Ketamina-20% p/animal) e P525
cirurgia aberta. Decorridos 132 dias, os CC e CE foram eutanasia- ENCEFALITE HERPÉTICA E PRÁTICAS DE BIOSSEGURANÇA EM
dos para estudo da TM. Os CE apresentaram perca de peso pós- UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
esplenectomia(M=43, DP=1.3) quando comparados aos CC(M=53,
DP=1.6).OsCEapresentarammaiorvariedadeequantidadedeco- Autor(es):RITADECÁSSIAFERREIRALINS*,FABRICYACAVALCANTE
lônias provindas de semeio de amostra fecal. Quanto à presença DOS SANTOS, HÁKILLA PRICYLA DE JESUS SOUZA, SORAIA LINS DE
de bactérias em amostras biológicas, os CC não apresentaram po- ARRUDACOSTA,TATIANAMARIADASILVA,MARIADACONCEIÇÃO
sitividade em sangue e fígado, apresentando em 47% dos LM. Nos CAVALCANTE DE LIRA
CE, 67% apresentaram positividade em LM, 47% em sangue porta,
47% no fígado e 20% no sangue periférico. Conclusões: Esplenec- Instituição(ões): 1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
tomia é procedimento cirúrgico realizado em casos de trauma e
tratamento de doenças hematológicas, imunológicas, metabólicas Resumo:
e oncológica. Estudos anteriores demonstraram que essa cirurgia Introdução:Aencefaliteherpéticaéumapatologiagrave,comalto
não parece promover translocação no intestino de camundongos; índice de seqüelas neurológicas e mortalidade, logo há importân-
que esplenectomia aumenta resistência a TM induzida por inocu- cia do diagnóstico precoce que são realizados através de exames
lação intraperitoneal de endotoxinas de Escherichia coli laboratoriais e de imagem. Apresenta sintomas como: febre, cefa-
léia e alterações cognitivas. O tratamento empírico com aciclovir
Palavras-chaves: TRANSLOCAÇÃO, INFECÇÃO, ESPLENECTOMIA, deve ser aplicado mediante uma hipótese diagnóstica, tendo em
TRATO GASTROINTESTINAL, LINFONODOS MESENTÉRICOS vista sua baixa toxicidade e alta eficácia além de garantir a não
progressão da patologia. Objetivo: Descrever experiência com um
paciente portador de encefalite herpética na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) de um Hospital Universitário (HU) no período de
P524 três meses e co-relacionar com a prática de biossegurança apli-
CANDIDA SP ISOLADA DA URINA DE RECÉM-NASCIDOS DA UNI- cada no cuidado do paciente em estudo. Métodos: O estudo o foi
DADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DE HOSPITAL PÚBLICO realizado no HU na cidade de Recife-PE no período de março a
DE MACEIÓ-AL junho de 2010. Realizou-se um estudo do tipo exploratório e ob-
servacional onde os dados foram coletados através de prontuário
Autor(es): Daniela de Deus Correia2, Roza Emília de Carvalho Car- do paciente e visitas diárias na unidade. Relato do caso: Tratava-se
dozo2, Maria Anilda dos Santos Araújo2, Thiago José Matos Ro- de uma paciente do sexo feminino, 48 anos, não portadora de HIV,
cha1 não usuária de imunosupressores e drogas ilícitas, encaminhada
de outro hospital; referia cefaléia e vômitos há 10 dias, acompa-
Instituição(ões): nhada de tomografia computadorizada de crânio que revelava hi-
1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco podensidade parietal direita. A paciente foi encaminhada a UTI,
2. CESMAC, Centro de Estudos Superiores de Maceió apresentando rebaixamento do nível de consciência (glasgow 3),
com abertura ocular ao estímulo verbal, pupilas isocóricas e fo-
Resumo: torreagentes, febre e taquipnéia. Iniciou tratamento com aciclovir
A candidíase é uma infecção fúngica oportunista causada por es- no 4º dia de internação, tendo uma melhora gradativa no quadro
pécies de Candida, apresentando uma ampla diversidade clinica. neurológico. Apresentou sorologia positiva para HSV-1 e evidên-
O presente trabalho teve como objetivo detectar a presença de cias na Ressonância Magnética (RNM). Após 32 dias apresentou
Candida na urina de RNs atendidos no Hospital Universitário. Os boa evolução que determinou sua alta da UTI. Resultados: Obser-
dados foram coletados do livro de registro do Laboratório de Ana- vou-se a aplicação adequada e precoce do tratamento ao paciente
lises Clinicas do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes- pela equipe de saúde, que contribuiu para sucesso no seu prog-
HUPPA/UFAL. Foram coletadas 50 urinas dos RNs e realizado de nóstico.Comrelaçãoàbiossegurançaevidenciou-seanecessidade
diagnostico laboratorial micológico, através de exame direto após deeducaçãocontinuadaparapromoçãodepráticasdousocorreto
clarificação com hidróxido dle potássio a 20% e cultura em agar de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), lavagem das mãos
Sabouraud com cloranfenicol, mantidas a temperatura ambiente como também prevenção de infecção cruzada. Conclusão: A ence-
por 5 dias. A identificação das espécies de Candida foi realizada falite herpética é uma patologia um tanto rara, porém com gran-
através do sistema automatizado Microescan®. Das 50 urinas de de risco de seqüelas e até mesmo óbito, portanto o diagnóstico
RNs analisados 21 (42%) apresentaram positividade para candidí- e tratamento precoce dado a esta paciente foram fundamentais
ase. Em relação a ao sexo, o masculino foi o mais acometido apre- para sua cura assim como o conhecimento das medidas de biosse-
sentando 57,1% dos casos. Entre as espécies de maior ocorrência gurança são fundamentais para uma boa execução da assistência
foram isoladas C. albicans 8 (38,1%), de C. tropicalis 5 (23,8%), C. prestada pela equipe de saúde.
famata 4 (19%), C. stellatoidea 2 (9,5%) C. zeylanoides e C. cate-
nulata 1 (4,8%). O número de isolados de leveduras foi maior no Palavras-chaves: Biossegurança, Encefalite, Tratamento, Unidade
parto normal com 13 (62%), sendo C. tropicalis a espécie de maior de tarapia intensiva
ocorrência, enquanto C. albicans foi mais prevalente no parto ce-
sário 5 (62,5) para parto cesário e com relação a não-albicans a
maior incidência foi no parto normal.

340
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P526
ETIOPATOGENIA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES EM UM HOSPI- Autor(es): Maria Alice Pimentel Falcão1, Adolfo Luis Almeida Ma-
TAL UNIVERSITÁRIO leski1, Larissa Alves Ribeiro de Oliveira Macedo1, Naiana Soares
de Souza1, Mônica Meira Leite Rodrigues1,2, Eliege Maria dos
Autor(es): MARIA ALICE ROCHA JUSTINO1, STÉPHANIE CARIRY PA- Santos2,1
LHANO FREIRE1, MARTA LÚCIA PAULINO JÁCOME1, ANNE KARELY-
NE DE FARIA FURTUNATO2, CÂNDIDA MIRNA DE SOUZA ALVES2, Instituição(ões):
GEANE XAVIER DE SANTANA2, WALDEGLEIDE BENEVIDES DA SIL- 1. UFAL, Universidade Federal de Alagoas
VA2, MARIA LUISA SOUTO PORTO1 2. HUPAA, Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes

Instituição(ões): Resumo:
1. HUAC/UFCG, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO Introdução: Klebsiella spp é um gênero de bactérias gram-negati-
2. UEPB, UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA vas da família Enterobacteriaceae com freqüente ocorrência em
âmbito hospitalar causando entre outras doenças pneumonia e
Resumo: infecção do trato urinário, tendo sido relatadas endemias em ber-
INTRODUÇÃO: As Infecções Hospitalares, atualmente denomina- çários e UTI Neo Natais de grandes hospitais. Objetivo: Avaliar a
das Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), constituem freqüênciadeKlebsiellasppprodutorasdeESBLcomparadaàocor-
um grave problema para os hospitais e para a sociedade, por au- rênciadeoutrosmicroorganismos entreosmesesdeabrilde2009
mentar significativamente o tempo de permanência do paciente e abril de 2010 na UTI Neo Natal do Hospital Universitário Prof.
nos Serviços de Saúde, bem como tem elevado o número de óbi- Alberto Antunes em Alagoas. Material e métodos: Os dados foram
tosdevidoàssuascomplicações,umavezqueosmicroorganismos coletados através da pesquisa em livros de registro de resultados
causadores dessas infecções encontram no ambiente hospitalar do Laboratório de Microbiologia Clínica do referido Hospital. Re-
hospedeiroseveículosideaisparasuadisseminaçãoe,consequen- sultados: O estudo demonstrou que das 518 amostras analisadas
temente, contágio. Desse modo, faz-se necessário a identificação no período de um ano, 77 (15%) foram positivas para algum tipo
dos principais microorganismo associados às Infecções Hospitala- de microorganismo. Das 77 amostras positivas, observou-se uma
res ocorridas no Hospital Universitário Alcides carneiro(HUAC) lo- freqüência de 21(27%) de Klebsiella spp, destas, 15(68%) eram da
calizado na cidade de Campina Grande-PB para que se estabeleça espécie Klebsiella pneumoniae, onde cerca de 12(80%) apresenta-
um efetivo controle e prevenção das infecções. OBJETIVO: Iden- ram ESBL positivo – e 6 (32%) eram da espécie Klebsiella oxytoca
tificar os principais microorganismos causadores de infecçções (32%), com 2(43%) ESBL positivo. Além de Klebsiella spp foram
hospitalares no HUAC e comparar os resultados com a literatura identificadostambémoutrosmicroorganismos:Staphylococcus29
pertinentes ao tema. METODOLOGA: Trata-se de uma pesquisa (37%),Candidaspp9(11%),Serratiaspp8(10%),entreoutroscom
tipocoorte,observacional,retrospectiva,realizadaapartirdaaná- menor ocorrência. Conclusão: O aparecimento das ESBLs constitui
lise dos laudos de culturas positivas fornecidos pela Comissão de um grande problema em saúde pública, uma vez que essas cepas
Controle de Infecção Hospitalar(CCIH)do HUAC durante o período são importantes patógenos nas Infecções Hospitalares. Diante dis-
de janeiro a dezembro de 2009. RESULTADOS: Foram analisados so, é importante a restrição ao uso de antimicrobianos de amplo
147 resultados de culturas positivas, dos quais houve 69 (47%) In- espectro associado a medidas profiláticas de Controle de Infecção
fecções do Trato Urinário (ITU); 32 (22%) Pneumonias; 30 (20%) Hospitalar, a fim de reduzir a freqüência de tais cepas.
Sepsese16(11%)InfecçõesdaFeridaOperatória.NaITU,topogra-
fia que foi observado maior número de casos, a bactéria de maior Palavras-chaves: BACTÉRIAS, KLEBSIELLA, INFECÇÃO, ESBL, UTI
ocorrência foi Escherichia coli responsável por 28%. Na Pneumo- NEO NATAL
nia o principal agente isolado foi a Pseudomonas, responsável por
50% dos casos. Já na sepse, destacou-se o Staphylococcus aureus
como causador de 47% das infecções. Na Infecção da Ferida Ope-
ratória o agente isolado com maior freqüência foi a Pseudomonas
P528
FREQUÊNCIADECandidasppEMMULHERESATENDIDASNOAM-
com 31%. CONCLUSÃO: Os dados do presente estudo revelaram
BULATÓRIO DE OBSTETRÍCIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRO-
que os principais microorganismos isolados por topografia confir-
FESSOR ALBERTO ANTUNES EM MACEIÓ.
mamosresultadosdescritosnaliteratura.Contribuindo,dessafor-
ma, para o conhecimento da flora bacteriana local, o que constitui
uma das etapas básicas para o estabelecimento de estratégias de Autor(es): Larissa Alves Ribeiro de Oliveira Macedo1, Maria Alice
prevenção e controle das Infecções Nosocomiais no HUAC. Pimentel Falcão1, Adolfo Luis Almeida Maleski1, Helenice da Silva
Gonçalves1, Mônica Meira Leite Rodrigues1,2, Eliege Maria dos
Santos2,1
Palavras-chaves: INFECÇÃO HOSPITALAR, MICROORGANISMOS,
TOPOGRAFIA
Instituição(ões):
1. UFAL, Universidade Federal de Alagoas
2. HUPAA, Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes
P527
FREQUÊNCIA DE Klebsiella spp PRODUTORAS DE ESBL (BETA- Resumo:
LACTAMASES DE ESPECTRO ESTENDIDO) NA UTI NEO NATAL DO Introdução: Vulvovaginite é um processo infeccioso e/ou inflama-
HOSPITALUNIVERSITÁRIOPROF.ALBERTOANTUNES-HUPAAEM tório do trato geniturinário inferior feminino. É causada, entre ou-
ALAGOAS COMPARADA À INCIDÊNCIA DE OUTROS MICROORGA- trosmicroorganismos,pelosfungosdogêneroCandida,colonizan-
NISMOS tes habituais do trato gastrintestinal, que podem, em condições
especiais, tornar-se patogênicos. Objetivo: A proposta do estudo

341
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
foi avaliar a freqüência de Candida spp e a distribuição e perfil de predominância de E. coli, seguida de Klebisiella spp, outras ente-
suas espécies na flora vaginal de mulheres atendidas no ambu- robactérias e cocos Gram positivos. Pseudomonas spp foi isolada
latório de obstetrícia no Hospital Universitário Professor Alberto em apenas 5,43% das amostras. Conclusão: Os resultados obtidos
Antunes. Material e métodos: Os dados foram coletados através destacamqueE.coliéaprincipalespéciescausadoradasinfecções
da pesquisa em livros de registros de resultados do Laboratório do trato urinário de pacientes atendidos no referido hospital. Por-
de Microbiologia no período de maio de 2009 a maio de 2010 tanto, deve-se realizar novos estudos que contemplem um maior
no Hospital acima citado. Resultados: O estudo mostrou que dos número de amostras possíveis de forma a se poder verificar a sus-
1.031 exames realizados através da coleta de secreção vaginal em cetibilidade aos antimicrobianos por partes dos principais agentes
mulheres na faixa etária de 4 a 76 anos, 256 foram positivos para etiológicos ao longo do tempo.
alguma espécie fúngica. As leveduras do gênero Candida se desta-
caram com 138 (53,9%) dos casos, sendo a C.albicans a mais fre- Palavras-chaves: Escherichia coli, Frequência, Infecções do trato
qüente 88 (63,8%) e não albicans 50(46,2%). Entre as não albicans urinário
a mais freqüente foi a C.parapsolis 19(17,6%), seguida de C.krusei
13(12%), C.tropicalis 10(9,2%) e a C.glabrata 8(7,4%). Conclusão:
Os resultados apresentados mostraram que dentre as espécies de
Candida avaliadas, a C. albicans, foi a que mais predominou entre P530
as demais. Embora a espécie Candida albicans seja a mais impor- MONITORAMENTO DO TRATAMENTO DE INFECÇÕES FÚNGICAS
tante causadora de candidíase, a freqüência de não-abicans tem SISTÊMICAS DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE INFECTOLOGIA DE MI-
se destacado dentre as vaginites fúngicas. NAS GERAIS

Palavras-chaves: FUNGOS, CANDIDÍASE, INFECÇÃO Autor(es): DIRCE INES SILVA, SERGIO FRANÇA LARA, LETÍCIA VILAR
DIAS

Instituição(ões):
P529 1. HEM/FHEMIG, HOSPITAL EDUARDO DE MENEZES/FHEMIG
ETIOLOGIA DAS INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO (ITU) EM PA-
CIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR Resumo:
ALBERTO ANTUNES-HUPAA EM MACEIÓ-AL INTRODUÇÃO: Nos últimos 25 anos a frequência das infecções
fúngicas sistêmicas têm aumentado de forma muito significativa
Autor(es): Maria Alice Pimentel Falcão1, Larissa Alves Ribeiro de tanto em incidência quanto em gravidades sendo os fungos re-
Oliveira Macêdo1, Naiana Soares de Souza1, Helenice da Silva conhecidos como importantes agentes infecciosos em pacientes
Gonçalves1, Maria Anilda Dos Santos Araujo1, Eliege Maria dos imunocomprometidos pela Síndrome de Imunodeficiência Adqui-
Santos1,2 rida. Dentre os tipos de infecções sistêmicas a mais frequente é
a Candidíase Invasiva. O tratamento das infecções fúnigicas é re-
Instituição(ões): alizado com anfotericina B deoxicolato 50 mg, fluconazol 2 mg/
1. UFAL, Universidade Federal de Alagoas mL e anfotericina B lipossomal 50 mg. Este trabalho se restringe
2. HUPAA, Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes a mostrar o consumo das drogas antifúngicas de uso sistêmico no
Hospital Eduardo de Menezes(HEM) da Fundação Hospitalar do
Resumo: Estado de Minas Gerais(FHEMIG). OBJETIVOS: Monitorar o consu-
Introdução: As infecções do trato urinário são caracterizadas pela mo de drogas antifúngicas de uso sistêmico no período de janeiro
proliferação de microrganismos nas vias urinárias baixas (cistite) a dezembro de 2009 dispensadas pela Unidade de Farmácia do
e/ou altas (pielonefrite), onde causam sintomas inflamatórios. O HEM.MÉTODOS:Levantamentoretrospectivodoconsumomensal
agente etiológico mais freqüente nas ITU´s é Escherichia coli, se- de drogas antifúngicas dispensadas pela Unidade de Farmácia do
guida de Klebisiella spp, outras enterobactérias e Staphylococcus HEM através de registros de controle de estoque. RESULTADOS:
saprofiticus Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo de- O monitoramento mensal da dispensação constatou o consumo
tectar a ocorrência de diferentes agentes etiológicos em infecções anual de : 1727 frascos de anfotericina B deoxicolato, 978 bolsas
dotratourinário,bemcomocorrelacionarafreqüênciaempacien- de Fluconazol 2mg/mL e 419 frascos de Anfotericina B lipossomal
tes hospitalizados e de ambulatório. Material e Métodos Os da- 50 mg. RESULTADOS: Constatou-se através deste monitoramento
dos foram coletados através da pesquisa em livros de registros de uma frequência de infecções fúngicas sistêmicas na unidade hos-
resultados do Laboratório de Microbiologia no período de janeiro pitalar sendo uma das principais causas de infecção hospitalar.O
de 2006 a junho de 2010 no Hospital acima citado. As amostras consumo maior de anfotericina B deoxicolato 50 mg em função
de urina foram semeadas em meio de cultura Agar CLED (Cisteína- primariamente do baixo custo, seguido do fluconazol que resulta
Lactose-Deficiente em Eletrólitos), incubadas em estufa a 37ºC, emumdecréscimonafrequênciadascandidíasesinvasivasnaúlti-
realizados Gram de gota em urina não centrifugada e avaliadas ma década e ficando a anfotericina B lipossomal 50 mg devido ao
quanto ao crescimento bacteriano. Foram consideradas amostras alto custo para casos mais complexos. O profissional farmacêutico
positivas as que obtiveram crescimento >105 Unidades Formado- monitora o consumo desta drogas e contribui para o uso racional.
ras de Colônias/mL e feitos testes bioquímicos para a identificação
dasespéciesbacterianas. Resultados:Duranteoperíodoestudado Palavras-chaves: infecções fúngicas sistêmicas, pacientes imuno-
deram entrada no setor de microbiologia do Laboratório de Aná- comprometidos, monitoramento
lises Clínicas–HUPAA 9355 amostras de urina para realização de
cultura. Entre as amostras positivas, verificamos que das urocul-
turas realizadas 920 (71,93%) foram de pacientes de ambulatório
e 359 (28,07%) de internos. Dos microrganismos isolados, houve

342
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P531 Instituição(ões):
CONSUMO DE ANTIBIÓTICOS E PNEUMONIA ASSOCIADA Á VEN- 1. ASCES, Associação Caruaruense de nsino Superior
TILAÇÃO MECÂNICA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Resumo:
Autor(es): DIRCE INÊS SILVA, ALINE SOARES DUTRA, SÉRGIO FRAN- INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é uma doença de transmissão
ÇA LARA, PATRÍCIA A BARBOSA, LETÍCIA VILAR DIAS, CLAÚDIA A direta de pessoa para pessoa, e tem como reservatório o homem.
AVELAR FERREIRA ApessoainfectadapelobacilodeKochtorna-sebacilíferoeduran-
te um ano pode infectar outras pessoas. Nos países em desenvol-
vimento é mais freqüente em pessoas idosas, nas maiorias étnicas
Instituição(ões):
e imigrantes estrangeiros, sendo causa de morte em 95% a 98%.
1. HEM-FHEMIG, HOSPITAL EDUARDO DE MENEZES-FHEMIG
Este quadro explica-se pelo fato de haver grande dicotomia social
nesses países em desenvolvimento, já que a saúde é influenciada
Resumo: por fatores sociais, econômicos, ambientais e culturais. OBJETI-
INTRODUÇÃO: A pneumonia associada á ventilação mecânica VOS: Apresentar fatores que influenciam na incidência da TB pul-
(PAVM) representa cerca de 60% das infecções hospitalares com monar no município de Caruaru-PE, no período de 2000 a 2006.
taxas de morbi-mortalidade significativas. Sendo usualmente METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo e retrospec-
causada por bactérias e permanecendo como a segunda causa tivo, onde para análise dos dados foram utilizados os Programas
comum de infecção hospitalar.Acomete anualmente cerca de 250 Epidata Analysis® versão 1.1 e o Microsoft Excel® versão 2003.
milpacienteserepresentagrandeimpactonoscustoshospitalares RESULTADOS:Osdadosforamcoletadosatravésdasfichasdenoti-
atingindo um bilhão de doláres por ano. Este trabalho restringe-se ficação do SINAN, cedidas pela Secretaria de Saúde do município.
ainformaroconsumoeocustodeantibióticosnaunidadedetera- Foram analisados 557 casos novos de tuberculose pulmonar no
pia intensiva do Hospital Eduardo de Menezes. OBJETIVOS: Avaliar período citado. A faixa etária mais acometida foi a de 20 a 39 anos
o consumo de antibióticos em pacientes adultos da unidade de (45,6%) com média de 41,9±18,3. Destes, 376 casos do sexo mas-
terapiaintensivanoperíododejunhoadezembrode2009.MÉTO- culino (67,5%). Dos sujeitos da pesquisa (89,2%) residem na zona
DOS: Estudo retrospectivo do registro de consumo de antibióticos urbana. No entanto a maior incidência foi evidenciada no ano de
dispensados pela Unidade de Farmácia. Foram selecionados para 2005 com 95 casos (17,1%). Dos agravos associados o alcoolismo
essa análise os seguintes antibióticos:ceftriaxona,cefepime,mero apresenta maior relevância, maioria dos acometidos não concluiu
penem,vancomicina e polimixina B.A PAVM foi definida com base o ensino básico. A forma pulmonar representa uma incidência de
em critérios clínicos radiológicos e contagem microbiológica no 85,5% dos casos, realizando baciloscopia em 70,4%. Compreende-
aspirado traqueal. RESULTADOS: No período de junho a dezembro se que a TB pulmonar é um agravo comum entre os homens com
de 2009 foram diagnosticados 24 casos de pneumonias associada idade economicamente ativa, com baixo grau de escolaridade e
áventilaçãomecânicanaunidadedeterapiaintensiva.Oconsumo que fazem uso de bebida alcoólica, caracteriza-se assim a influên-
de ceftriaxona sobressaiu-se em primeiro lugar,5863 frasco com cia do nível socioeconômico da população no processo de saúde-
picodeconsumoemagosto,emsegundoomeropenemcom3438 adoecimento. Fica evidente que a incidência da TB pulmonar, ain-
unidades e pico de consumo em setembro,em terceiro a vanco- da é alta quando comparada às metas designadas pelo Ministério
micina com 3080 frascos com pico de consumo em outubro , em da Saúde, o qual estabelece que se deve diagnosticar pelo menos
quarto lugar o cefepime com 2950 frascos e consumo máximo 90% e curar 85% dos casos diagnosticados da doença. CONCLU-
em outubro e em quinto lugar a polimixina B com consumo de SÃO: Para controle da TB pulmonar no município de Caruaru, faz-
441 frascos e pico máximo de consumo em setembro. No perío- se necessário monitorar a população na qual a incidência é maior,
do de agosto a outubro registramos um surto de Acinetobacter como mostra o referido estudo. Contudo é de extrema importân-
baumannii,casos de síndrome respiratória aguda grave relaciona- cia aumentar o número de exames de baciloscopia em todos os
da com pandemia de influenza A H1N1 justificando picos de con- suspeitos bacilíferos e controlar os comunicantes. Quando confir-
sumo dos antibóticos prescritos no tratamento da pneumonia. O mado um caso, realizar barreira na comunidade onde o paciente
custo total deste período com antibóticos foi de R$ 257.748,14. reside, e tratá-lo imediatamente.
CONCLUSÃO: Os resultados revelaram uma densidade de uso de
antibióticos dos seguintes classes : cefalosporinas,carbapenêmico
Palavras-chaves: Tuberculose Pulmonar, Estudos de Incidência,
s,glicopeptídeos e polimixinas. A unidade de terapia intensiva do
Epidemiologia, Enfermagem
HEMgeraumcustoelevadonotratamentodapneumoniaassocia-
da á ventilação mecânica com maior impacto das cefalosporinas.

Palavras-chaves: ANTIBIOTICOS, PNEUMONIA ASSOCIADA Á VEN- P533


TILAÇÃO, UTI ENFRENTAMENTO DE SURTO DE INFLUENZA A (H1N1) ENTRE
FUNCIONÁRIOS DE INSTITUIÇÃO DE CUIDADOS ONCOLÓGICOS

Autor(es): TELMA CASSANDRA BARROS FREIRE, ANA PATRÍCIA GO-


P532 MES LEANDRO, ANNE KAROLINE ALMEIDA PEREIRA, BELINDA FER-
INCIDÊNCIA DA TUBERCULOSE PULMONAR NO MUNICÍPIO DE
RO PESSOA, IANDRA PAULA RIBEIRO HOLANDA
CARUARU-PE NO PERÍODO DE 2000 A 2006.
Instituição(ões): 1. LNRCC, LIGA NORTE-RIOGRANDENSE CONTRA
Autor(es): IARA TIENE DE LIMA MELO, DÉBORA MIRIA DO NASCI-
O CÂNCER
MENTO MACÊDO, LAÍS DE MACÊDOFERREIRA SANTOS, WÍLNIKA
DO CARMO BARROS, DIEGO AUGUSTO LOPES OLIVEIRA
Resumo:
Introdução: O vírus da Influenza A H1N1, recentemente configu-

343
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
rou-se como Emergência de Saúde Pública de Importância Inter- tanto adquiridas na comunidade como durante a hospitalização
nacional. Diante da possibilidade de evolução para Doença Res- continuam elevadas. A Sistematização da Assistência de Enferma-
piratória Aguda Grave, estratégias como identificação precoce de gem (SAE) configura-se como uma ferramenta assistencial onde
surtos institucionais, isolamento e tratamento de casos suspeitos o Enfermeiro desempenha ações fundamentadas em diagnósti-
são de fundamental importância para prevenção e controle da in- cos de enfermagem direcionados exclusivamente a condição de
fecção.Objetivo:RelatarasmedidasimplementadasnaLIGACON- saúde do paciente, proporcionando senso crítico na escolha de
TRA O CÂNCER quando da ocorrência de surto entre funcionários ações que promovam seu bem estar e educação em saúde para
da UTI, em novembro de 2009. Método: Identificação de mudan- prevenir recidiva do quadro. OBJETIVOS: Sistematizar a Assistên-
ça no perfil de atendimento no Pronto Socorro(PS)da Liga no dia cia de Enfermagem à pacientes com pneumonia internos em duas
23/11/09, com o aporte de vários funcionários apresentando sin- unidades de média complexidade no município de Caruaru-PE.
tomas gripais. A exposição ocorreu 48 horas antes, durante Ofici- METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e
na de Trabalho, realizada em ambiente fechado. Resultados: De exploratório onde foram aplicados históricos de Enfermagem com
um total de 60 participantes, 23( 38%)adoeceram. Destes,03(13%) 9 paciente acometidos por pneumonia que se encontravam inter-
foram internados. O período médio de internação foi de 06dias. nados em duas unidades de Saúde da cidade de Caruaru-PE, no
Todos os indivíduos expostos foram convocados para consulta mé- período de março e abril de 2010. Para maior embasamento dos
dica no PS, sendo que 24(40%) receberam Oseltamivir profilático, dados foi realizado, ainda, anamnese, exame físico, observação, e
05(8%)não atenderam ao chamado, 03(5%)apresentaram sinto- análise de prontuários. RESULTADOS: Foram encontrados diversos
mas incaracterísticos, tendo sido afastados do trabalho e recebido diagnósticos reais e de risco os quais o enfermeiro poderia atuar e
sintomáticos, 03(5%)não aceitaram quimioprofilaxia e 02(3%)não obter sucesso no desenvolver do tratamento do paciente, e foram
tiveram o Oseltamivir profilático indicado, por se tratar de 1 ges- poucos os diagnósticos de bem-estar detectados. As intervenções
tante e 1 nutriz. Houve confirmação da infecção pelo vírus H1N1 realizadas para melhora da qualidade de vida do paciente foram
nos 03 funcionários internados, através da coleta de Swab de eficazes principalmente para os diagnósticos que causavam ansie-
Rayon e exame de PCR. Os doentes tratados ambulatorialmente dade, como desobstrução ineficaz de vias aéreas, trocas gasosas
foramafastados por07dias eaqueles internados receberamisola- prejudicadas, conhecimento deficiente, risco para integridade da
mento de contato e respiratório para gotículas. Os funcionários do pele prejudicada dentre outros. CONCLUSÃO: A assistência direta
hospital foram alertados para reforçar as medidas de Precaução ao paciente é competência do enfermeiro, porém a sobrecarga de
Padrão. Os profissionais doentes coletaram swab nasal. Os estagi- trabalhos burocráticos nas unidades de saúde acaba por não favo-
ários da UTI foram liberados até segunda ordem e os leitos foram recer essa relação de envolvimento e acompanhamento da clínica
fechados para novos internamentos. Os pacientes do setor que e das respostas humanas a esta, assim é preciso resgatar a SAE
puderam, foram encaminhados para outros hospitais. Conclusão: comométodoquevaiconferircredibilidadeeautonomiaaotraba-
Diante do grande risco de extensão do surto de Influenza A H1N1 lho do enfermeiro e conscientizá-lo de sua importância.
a partir dos profissionais da UTI, foi importante a identificação dos
casos e o trabalho em equipe que, de forma orquestrada, instituiu Palavras-chaves: Pneumonia, Sistematização da Assistência, Enfer-
medidasdebloqueio,queeficazmenteforamcapazesdecontrolar magem Baseada em evidências, Enfermagem
o referido surto.

Palavras-chaves: INFLUENZA A (H1N1), SURTO, SURTO INSTITU-


CIONAL P535
ESTUDO DE CASO: ASSISTÊNCIA AO PACIENTE PORTADOR DE TU-
BERCULOSE ASSOCIADO AO VÍRUS HIV.

P534 Autor(es): MARCELA CRISTINA SILVA DA HORA, NATHALIA LIRA


SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIEN- TAVARES SANTANA, EMANUELA DE OLIVEIRA SILVA, MARIA DA
TES INTERNOS EM UNIDADES DE MÉDIA COMPLEXIDADE ACO- CONCEIÇÃO CAVALCANTI DE LIRA, NATALY DOS SANTOS SOARES,
METIDOS POR PNEUMONIA. TAYANNE QUEIROZ DAMASCENO, ROSÁLIA TERESA CARVALHO DE
ALMEIDA, MONIKE MUNIZ DE SIQUEIRA
Autor(es): Débora Miria do Nascimento Macêdo Macêdo, Wilnika
do Carmo Barros Barros, Laís de Macêdo Ferreira Santos Santos, Instituição(ões):
Iara TIene de Lima Melo Melo, Débora Soledade de Oliveira Olivei- 1. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - CAV
ra, Diego Augusto Lopes Oliveira Oliveira
Resumo:
Instituição(ões): Introdução:Atuberculose(TB)constitui-seumproblemadeSaúde
1. ASCES, Associação Caruaruense de Ensino Superior Pública, juntamente com a SIDA (Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida). O HIV (Síndrome da Imundeficiência Humana) não só
Resumo: tem contribuído para um crescente número de casos de TB como
INTRODUÇÃO: O termo pneumonia refere-se à infecção do tra- também tem sido responsáveis pelo aumento da mortalidade en-
to respiratório inferior que primariamente envolve o pulmão. As tre os pacientes co-infectados. Esse aumento tem dificultado con-
pneumonias podem ser divididas em comunitárias e hospitala- sideravelmente os programas de controle da TB. Com exceção da
res. Esta classificação é baseada no ambiente em que a infecção candidíase oral, a TB é a doença oportunista mais freqüente nos
é adquirida e apresentam agentes etiológicos, fatores de risco e pacientes infectados pelo HIV. A Organização Mundial da Saúde
evolução clínica diferentes. Apesar do grande avanço tecnológico (OMS) ressalta a importância do aconselhamento e da realização
e da terapia antimicrobiana no cuidado aos pacientes graves, as do teste anti-HIV, em caráter voluntário, entre os pacientes com
taxas de letalidade dos pacientes que desenvolvem pneumonia tuberculose, a fim de evitar a disseminação do vírus. Objetivo:

344
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Aperfeiçoar os argumentos teóricos para estimular a realização do dada a gravidade do paciente no momento do diagnóstico. Os es-
teste anti-HIV em pacientes com tuberculose. Metodologia: Trata- cores para classificação de gravidade de doença (APACHE II e SAPS
se de uma pesquisa do tipo estudo de caso, utilizando-se como 3) foram calculados em 87% dos pacientes (20 casos). De acordo
instrumento um questionário cumprindo os requisitos da Resolu- com os valores encontrados no APACHE II, oito pacientes tinham
ção 196/96 do CEP (Comitê de Ética e Pesquisa) e dados coletados probabilidade superior a 30% de evoluir para óbito; cinco destes
do prontuário do paciente, além da revisão de literatura em pes- faleceram. Em relação ao SAPS 3, o número de pacientes com taxa
quisas científicas. O estudo foi realizado em Recife, PE, no Hospital de mortalidade esperada superior a 30% era de 10, o que se con-
das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE), firmou em sete casos. O isolamento do Acinetobacter baumanni
no período referente a maio de 2010. Resultados: Foi observado multirresistente vem se tornando cada vez mais frequente na uni-
que a prevalência de pessoas portadoras de tuberculose e HIV é dade de terapia intensiva do Hospital Municipal Lourenço Jorge,
muito alta e que esses pacientes só tiveram conhecimento de que principalmente em pacientes com permanência prolongada e uso
eram portadores de HIV quando procuraram a Unidade de Saú- de múltiplos esquemas antimicrobianos.
de, após o aparecimento dos sintomas da tuberculose. No Brasil,
a tuberculose é doença definidora de AIDS em 28,2% dos casos Palavras-chaves: UTI, Acinetobacter baumannii, multirresistente
notificadosnoMinistériodaSaúde,masestima-sequepossaocor-
rer em até 70% dos pacientes ao longo da evolução da doença.
Conclusão:Verifica-seaimportânciadosprofissionaisdesaúdeter
conhecimento sobre os altos índices de TB e HIV estarem associa- P537
das e incentivar os portadores de TB que, após a confirmação da FREQUÊNCIA DE INFECÇÃO URINÁRIA HOSPITALAR POR LEVEDU-
infecção, também realize o teste anti-HIV, a fim de detectar preco- RAS
cemente os portadores de HIV e evitar que outras pessoas sejam
infectadas pelo vírus. Autor(es): Hilton Vizi Martinez1, Odete Correia Antunes de Olivei-
ra1, Terezinha Ines Estivalet Svidzinski2
Palavras-chaves: AIDS, TUBERCULOSE, VÍRUS DA AIDS
Instituição(ões):
1. HUM, Hospital Universitário Regional de Maringá
2. UEM, Universidade Estadual de Maringá
P536
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS EM Resumo:
UTI DE HOSPITAL TERCIÁRIO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JA- As Infecções Hospitalares (IH) representam um importante agravo
NEIRO, COM ISOLAMENTO DE ACINETOBACTER BAUMANNII à saúde pública e as infecções urinárias estão entre as infecções
MULTIRRESISTENTE EM AMOSTRAS CLÍNICAS mais freqüentes. Atualmente as leveduras estão entre os micror-
ganismos mais isolados em infecções do trato urinário (ITU) em
Autor(es): Denise Cotrim da Cunha1, Liège Maria Abreu da Car- pacientes hospitalizados. O propósito deste estudo foi avaliar a
valho1, Margareth Souza Trindade1, Christiany Moçali Gonzalez1, freqüência de IH do trato urinário provocados por leveduras no
Verônica Maria Bezerra Cavalcanti3, Nicéa Magaly Matias3, Luis HospitalUniversitárioRegionaldeMaringá(HURM),duranteoano
FilipeGasbarroVaz2,DanielAugustoLyraVillela2,FlaviaPaivaPro- de 2008, distinguindo os principais agentes etiológicos. Foi feito
ença Lopes2, Julise Bergold Gross1 um estudo retrospectivo quantitativo, realizado no período de
janeiro a dezembro de 2008, utilizando os registros da Comissão
Instituição(ões): de Controle de Infecção Hospitalar, baseado nos índices de IH de
1. CCIH HMLJ, Hospital Municipal Lourenço Jorge todas as unidades do hospital, relacionadas ao sítio de infecção do
2. UTI HMLJ, Hospital Municipal Lourenço Jorge trato urinário. O índice geral de IH em 2008 foi de 5,92%, as ITU
3. Lab. Bacteriologia, Hospital Municipal Lourenço Jorge foram a segunda causa de IH no período, sendo 36,36% delas pro-
vocadas por fungos. A taxa de infecção do trato urinário hospitalar
Resumo: (ITU-H) foi de 16,67% e esta foi mais freqüente na unidade de te-
Durante o período de janeiro de 2007 a março de 2010, 23 pa- rapia intensiva adulto. A freqüência de ITU-H causadas por fungos
cientes internados na unidade de terapia intensiva do Hospital nas unidades de terapia intensiva foi 42,10%, com predomínio do
Municipal Lourenço Jorge, tiveram isolamento de Acinetobacter Candida spp seguido por Trichosporon spp e Geotrichum candi-
baumannii multirresistente em doze hemoculturas e em 11 aspi- dum. Candida albicans foi o terceiro agente mais isolado em ITU-
rados traqueais com contagem superior a 100000 UFC/ml. A idade H. Embora as bactérias ainda estejam presentes na maioria das
média dos pacientes foi de 54,2 anos, variando de 22 a 88 anos. culturas de ITU-H, as leveduras foram os microrganismos mais fre-
O diagnóstico de admissão mais frequente foi quadro infeccioso qüentes,principalmentenasunidadesdeterapiaintensiva(UTI).O
(pneumoniacomunitáriagrave,meningite,leptospirose,sepseuri- perfil das ITU causada por fungos insere o HURM nas estatísticas
nária)em43,5%pacientes,seguidodetraumaem30,4%doscasos, mundiais, em contrapartida traz consigo a mesma preocupação
patologias cardiovasculares em 17,4% e pós operatório abdominal em relação à emergência de microrganismos mais resistentes e
em8,7%.Otempomédiodepermanênciadospacientesnaunida- um dos grandes desafios desse início de século: o controle das IH
de foi de 27 dias. Dezenove pacientes (82,6%) foram submetidos a causadas por fungos que tem altos índices de morbidade e mor-
maisdeumtratamentocomantimicrobianos,eem43%doscasos, talidade.
um dos antimicrobianos utilizados era da classe dos carbapenêmi-
cos. Dezoito pacientes pacientes (78,3%) evoluíram para óbito, e Palavras-chaves: Infecção Hospitalar, Infecção Urinária, Leveduras,
a média de tempo, em dias, entre o isolamento do Acinetobacter Infecção Fungica
multirresistente e o desfecho negativo foi de 9,8 dias. Em alguns
casos, não houve tempo para o início do tratamento específico,

345
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P538 ferentes de vírus, DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, que perten-
SITUAÇÃO ATUAL DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA cem à família Flaviviridae, do gênero Flavivirus. A maior incidência
DE SANTO ANTÃO - PERNAMBUCO. de casos ocorre no período de verão/outono, devido ao acúmulo
de água parada facilitando a proliferação do inseto vetor. O pre-
sente trabalho teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico
Autor(es): Amanda Xavier, Tâmara Burgos, Marcela Correia, Ma-
dosindivíduosacometidospeladenguenacapitalRecifedoestado
rina Ferraz, Morgana de Lima, Mirella Galvão, Rafaela Azevedo,
dePernambuco.FoiutilizadooSistemadeInformaçãoNacionalde
Glaúcia Lima
Agravos de Notificação (SINAN), como base para o levantamento
de dados, no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2009.
Instituição(ões): 1. UFPE-CAV, Universidade Federal de Pernambu- Analisando as variáveis demográficas (sexo, idade, raça e ano) e
co-Centro Acadêmico Vitória formas clínicas (evolução, classificação final da doença, o grau de
febre hemorrágica da dengue-FHD e as possíveis complicações da
Resumo: doença). Neste período foram notificados 4.095 casos de dengue,
INTRODUÇÃO: A Hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, de onde 93,11% evoluíram para a cura da doença. Com predominân-
evolução lenta, e que tem como agente etiológico o Mycobacte- cia da forma clássica da doença (92,08%) em indivíduos com a fai-
rium leprae também conhecido como bacilo de Hansen. Acomete xa etária entre 20 a 39 anos ( 34,11%), do sexo feminino (57,04%),
principalmente a pele e os nervos, deixando a pessoa infectada decorparda(16,04%),desenvolvendoograudoisdeFHD(0,39%).
com lesões cutâneas e sem sensibilidade em algumas áreas. A Os resultados demonstram a pouca eficácia das ações de contro-
Hanseníase pode causar incapacidade física como perda da força le da dengue nos últimos anos, com isso surge à necessidade de
musculareparalisianasáreasdeatuaçãodosnervosafetados,po- repensar as estratégias usadas no controle da doença e adotar po-
rém quando detectada precocemente pode haver cura.OBJETIVO: líticas integradas não apenas no setor da saúde, como também
O presente estudo teve como objetivo identificar a prevalência de da educação, segurança, entre outros, bem como a atuação mais
casosnoperíodode2007a2009eavaliarasvariáveiscomoidade, efetiva da vigilância epidemiológica, obtendo dessa forma a dimi-
sexo, raça e escolaridade comparando-as entre si no município de nuição do número de indivíduos acometidos, principalmente no
Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Para isto, foi realizado um le- grupodemaiorrisco,citadosanteriormentecombasenapesquisa
vantamento de casos confirmados da doença no município no pe- executada.
ríodo de Janeiro de 2007 a Dezembro de 2009, no Sistema Nacio-
nal de Agravos (SINAN), Ministérios da Saúde.RESULTADO: Como Palavras-chaves:Dengue,SaúdePública,VigilânciaEpidemiológica
resultado, nos anos de 2007 a 2009 foram relatados 109 casos
confirmados da doença no município estudado, com um aumento
de 5,49% do primeiro ano para o último. Dentre esses, houve pre-
valência de infectados da raça parda (51,23%), do sexo masculino P540
(62,13%) e com idade entre 20 e 39 anos (47,96%) e ensino fun- PREVALÊNCIA DE Candida spp. NA SALIVA DE PACIENTES ONCO-
damental I incompleto (33,79%). CONCLUSÃO: Com esses dados LÓGICOS
podemos concluir que com o passar dos anos houve aumento no
número de casos relatados, fazendo com que essa doença ainda Autor(es): Vanessa Castro de Souza e Silva, Evandro Watanabe,
constitua um grave problema de saúde pública requerendo uma Andresa Piacezzi Nascimento, Helena Megumi Sonobe, Denise de
vigilância resolutiva que proporcione um maior controle da enfer- Andrade
midade ou pelo menos a descoberta precoce da mesma, dando
oportunidade aos doentes a chance de cura. Instituição(ões):
1. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP
Palavras-chaves: Epidemiologia, Hanseníase, Infecção
Resumo:
Leveduras do gênero Candida spp. fazem parte da microbiota nor-
P539 mal de seres humanos, entretanto em pacientes oncológicos sub-
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INDIVÍDUOS ACOMETIDOS POR metidos ao tratamento antineoplásico podem representar uma
DENGUE NO MUNICÍPIO DE RECIFE. ameaça à saúde bucal. Frente ao exposto, objetivou-se neste estu-
docaracterizarpacientesoncológicossegundosexo,idade,tipode
câncer, terapêutica antineoplásica e ocorrência de mucosite, bem
Autor(es): PRISCILA KAROLINA FRANCISCA DA SILVA, Laís Helena
como determinar a prevalência e o nível de Candida spp. na saliva
Souza Soares, Polyana Karla Francisca da Silva, Roberta Fernanda
desses pacientes. Amostras de aproximadamente 2,0ml de saliva
da Silva, Gláucia Manoella de Souza Lima
de 34 pacientes oncológicos com e sem mucosite foram coletadas
em tubos de ensaio esterilizados (25x150mm) contendo pérolas
Instituição(ões): de vidro. As amostras in natura de saliva foram homogeneizadas
1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO em agitador de tubos durante 1,0min e submetidas a diluições
decimais seriadas. Em seguida, alíquotas de 50μl de amostras in
Resumo: natura e diluídas foram semeadas na superfície de placas de Pe-
A dengue tem sido um dos principais agravos de notificação com- tri contendo meio de cultura CHROMagar™ Candida e incubadas
pulsória registrada no Brasil. É considerada a arbovirose mais co- a 37C por 48h. Decorrido o período de incubação, realizou-se a
mum, com número superior a cinco milhões de casos notificados determinação do número de unidades formadoras de colônias de
nos últimos 10 anos, caracterizando-se assim um grave problema Candida spp. por mililitro de saliva (UFC/ml), bem como as iden-
de saúde pública. Sua transmissão se dá pela picada do mosquito tificações das espécies por meio de morfologia macroscópica (cor
Aedes aegypti, que pode infectar o indivíduo com quatro tipos di- da colônia no meio de cultura), morfologia microscópica (micro-

346
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
cultivo), bioquimismo (zimograma e auxanograma) e crescimento a concentração de 1 mg/mL de própolis, enquanto que em con-
a 37C e 42C. Dos 34 pacientes, 27 (79,4%) eram do sexo masculino centrações igual ou inferiores a 0,9 mg/mL o perfil de resistência
e 7 (20,6%) do sexo feminino, sendo que 4 (11,8%) apresentavam começou a ser evidenciado. A CIM para Candida albicans foi a me-
idades de 14 a 29 anos, 14 (64,7%) de 30 a 59 anos e 8 (23,5%) norobservada(0,5mg/mL),contudoalgumascepasapresentaram
de 60 a 86 anos. Além disso, de acordo com os tipos de câncer, CIM de 0,6 mg/mL, confirmando a presença de cepas com maior
13 (38,2%) pacientes apresentavam doenças onco-hematológicas, resistência ao tratamento. A maior CIM (1 mg/mL) foi observada
20 (58,8%) câncer de cabeça e pescoço e 1 (2,9%) câncer primá- para a Candida glabrata e C. tropicalis. A CIM para C. Krusei foi de
rio oculto. Ainda, de acordo com a terapêutica antineoplásica, 0,9 mg/mL e para Candida sp foi de 0,6 mg/mL. Assim, a fração da
5 (14,7%) pacientes foram submetidos a quimioterapia (QT), 12 própolis vermelha apresentou excelente atividade frente a Candi-
(35,3%) a radioterapia (RT), 11 (32,4%) a QT/RT e 6 (17,6%) já ha- da albicans e não-albicans demonstrando ser um potente agente
viam passado pela QT (pós-QT), sendo que 19 (55,9%) apresen- antifúngico quando testado in vitro podendo ser um promissor
tavam mucosite e 15 (44,1%) não. Ademais, com relação as 34 antifúngico.
amostras de saliva, de 9 (26,5%) foram isoladas 12 Candida spp.
(60 a 64.000UFC/ml), sendo 7 (20,6%) Candida albicans, 3 (8,8%) Palavras-chaves: Candida, Própolis, Resistência
Candidaglabratae2(5,9%)Candidatropicalis.Diantedarealidade
apresentada, níveis elevados de Candida spp. na saliva de pacien-
tes oncológicos podem representar um fator de risco importante
para o desenvolvimento de mucosite. P542
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEPTOSPIROSE EM RECIFE – PE NO
Palavras-chaves: Candida, mucosite, neoplasias, saúde bucal PERÍODO DE 2007 A 2009

Autor(es): LAÍS HELENA DE SOUZA SOARES, PRISCILA KAROLINA


FRANCISCA DA SILVA, POLYANA KARLA FRANCISCA DA SILVA, RO-
P541 BERTAFERNANDADASILVA,GlLAÚCIAMANOELLADESOUZALIMA
FRAÇÃO DE PRÓPOLIS FRENTE A ESPÉCIES DE Candida
Instituição(ões):
Autor(es): Zenaldo Porfírio1,2, Valter Alvino1,2, Flávia Soares2, 1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Kelly Regina2, Fabiano Diniz1
Resumo:
Instituição(ões): A leptospirose é uma zoonose causada pela bactéria Leptospira
1. UFAL, Universidade Federal de Alagoas interrogans, constituindo-se como uma doença infecciosa, aguda
2. CPML, Centro de Patologia e Medicina Laboratorial e potencialmente grave de distribuição mundial, com exceção das
regiões polares, e que acomete homens e animais. Os dissemina-
Resumo: dores mais freqüentes da doença são os ratos através da elimi-
A própolis é um dos muitos produtos naturais que vem sendo uti- nação da espiroqueta na urina. É uma doença sazonal, ocorren-
lizada durante séculos pela humanidade. Possui atividade antio- do predominantemente em épocas de chuva onde há mistura da
xidante, antiviral, cicatrizante, antitumoral, anticancerígena entre urina do roedor com a água das enchentes. A bactéria penetra
outras. Contudo, as atividades antibacteriana e antifúngica têm no corpo através da pele e mucosa estando esta íntegra ou não,
sido as mais extensivamente estudadas e são atribuídas principal- podendo gerar como sintomas mais comuns: febre, cefaléia, cala-
mente aos flavonóides. As leveduras são consideradas patógenos frios,doresmusculares,eemcasosmaisseverospodelevaramor-
oportunistas e podem causar muitos processos infecciosos que te. O presente trabalho teve como objetivo analisar a frequência
variam desde quadros clínicos benignos ou assintomáticos até de indivíduos acometidos pela leptospirose em Recife-PE. Foi utili-
aqueles graves e fatais. Estima-se que cerca de 75% das mulhe- zado o Sistema de Informação Nacional de Agravos de Notificação
res adultas apresentem pelo menos um episódio de vulvovaginite (SINAN) como base para o levantamento de dados, no período de
fúngica em sua vida, sendo que destas, 40 a 50% vivenciam novos janeiro de 2007 a dezembro de 2009. Foram analisadas as seguin-
surtos e 5% tornam-se recorrentes. O problema com a resistência tes variáveis: raça, sexo, idade, escolaridade, ano, evolução, carac-
aos antifúngicos vem crescendo e já foram identificadas algumas terização do local da infecção. Neste período foram notificados
espécies que possuíam sensibilidade diminuída aos triazólicos, 206 casos, onde 77,18% evoluíram para cura da doença. Houve
como Candida glabrata , ou mesmo resistência a eles como Candi- predominância dos casos em indivíduos de área urbana (52,91%),
da krusei, ou ainda resistência à anfotericina B, como Candida lu- do sexo masculino (80,58%), cor parda (44,17%) com faixa etária
sitaniae. O trabalho teve como objetivo avaliar a ação antifúngica de 20 a 39 anos (44,66%) e nível de escolaridade de 5ª à 8ª série
da fração clorofórmica da própolis vermelha frente a Candida albi- (20,87%), sendo o ambiente domiciliar (32,52%), o que oferece
cans e não-albicans. A pesquisa foi realizada através de um estudo maior risco deste contrair a doença. A maior incidência dos ca-
experimental com realização de testes in vitro utilizando cepas de sos ocorreu no ano de 2008 (38,83%). Os resultados demonstram
Candida isoladas de secreção vaginal cedidas pelo Centro de Pato- uma deficiência nas ações de controle da leptospirose na localida-
logia e Medicina Laboratorial/CPML da Universidade Estadual de de, com isso há uma necessidade de se programar estratégias de
Ciências da Saúde de Alagoas/UNCISAL. A fração de própolis ver- controle mais eficazes no que se refere à transmissão da doença,
melha foi adicionada ao meio de cultura Agar Sabouraud, vertido bem como a atuação da vigilância epidemiólogica, no sentido de
em placa de Petri e, após solidificação, foram semeadas as cepas diminuir o número de indivíduos acometidos, com foco no grupo
deCandida.ParadeterminaçãodaConcentraçãoInibitóriaMínima de maior risco como visto na pesquisa realizada.
(CIM) foram utilizadas concentrações decrescentes da fração de
própolis partindo de 1mg/mL a 0,1mg/mL. Foi observado que to- Palavras-chaves: bactéria, doença infecciosa, vigilância epidemio-
das as espécies de Candida apresentaram sensibilidade utilizando lógica

347
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P543 Instituição(ões): 1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
ENDOCARDITE INFECCIOSA EM ADOLESCENTES DE UM HOSPITAL Resumo:
PÚBLICO EM PERNAMBUCO. Introdução: A Enterocolite Necrosante Neonatal (ECN) é uma
síndrome caracterizada por sinais e sintomas gastrointestinais e
sistêmicos de intensidade variável e progressiva, como distensão
Autor(es): ARACELE TENÓRIO DE ALMEIDA CAVALCANTI1,2, Ma-
abdominal, vômitos biliosos e hematoquezia. Atinge com maior
rília Perrelli Valença1, Millena Raphaella Pinheiro1, Rafaela Maria
freqüência os bebês prematuros e embora a causa exata ainda
de Lima Medeiros1, Hilda Carrilho Barbosa1
seja desconhecida, admite-se que a ECN resulte de uma agres-
são inicial à mucosa intestinal seguida de reações inflamatórias
Instituição(ões): em cascata e proliferação bacteriana, culminando com necrose.
1. PROCAPE-UPE, Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco-UPE O procedimento mais indicado em prematuros é a laparotomia
2. PROCAPE-UPE, Pronto socorro Cardiológico de Pernambuco-UPE exploradora com ressecção do segmento acometido, seguida de
anastomose, sendo a Síndrome do Intestino Curto (SIC) uma das
Resumo: suas maiores complicações secundárias. Objetivo: Descrever a ex-
INTRODUÇÃO A Endocardite Infecciosa (EI) é uma doença causada periência com uma lactente submetida a colectomia segmentar
pelainfecçãodafaceendotelialdeestruturascardiovasculares,re- conseqüente à ECN, co-relacionando com os principais efeitos de-
querendo a presença de microorganismos(1). São poucos os estu- correntes do procedimento cirúrgico. Métodos: O estudo, do tipo
dos específicos sobre o comportamento desta doença na adoles- exploratório e observacional foi realizado em um Hospital Univer-
cência sendo os diversos aspectos analisados conjuntamente com sitário (HU) na cidade de Recife-PE durante o mês de janeiro de
os da população adulta ou pediátrica(2,3). OBJETIVOS Investigar 2010.Osdadosforamcoletadosatravésdeprontuáriodopaciente
os aspectos clínicos e demográficos em adolescentes portadores e de visitas diárias na unidade. Relato do caso: Tratava-se de uma
de EI num centro de cardiologia de Pernambuco. METODOLOGIA lactente do sexo feminino,nascida de parto cesariano de uma ges-
Estudo descritivo, retrospectivo do tipo série de casos, analisando tação gemelar pré-termo, com APGAR de 7 e canal arterial paten-
10 pacientes adolescentes, com diagnóstico de EI internados em te.Desenvolveusepsemiaprecoceetardia,estapossivelmentere-
hospital de referência de cardiologia do estado de Pernambuco. lacionada a bactérias hospitalares, decorrente dos procedimentos
Foram observadas características da doença cardíaca de base, invasivos. No 20º dia de vida, foi diagnosticada a ECN, tratada com
sinais/sintomas, possível etiologia, alterações do eletrocardiogra- terapia farmacológica, no entanto nos primeiros meses, notou-se
ma, achados em radiografia de tórax, presença de vegetação ao apersistênciadedistensãoabdominal,vômitosediarréia,alémda
ecocardiograma e o tipo do tratamento empregado. O estudo foi observação focos de estenose colônica pós-enterocolite, havendo
aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade de a necessidade de ressecção cirúrgica. Resultados: Observou-se
Pernambuco, com registro do CEP)UPE: 171) 09, registro CAAE; que durante o pós- operatório imediato da ressecção intestinal,
0157.0.097.000-09. RESULTADOS Dos 10 pacientes estudados, 7 os sinais e sintomas da SIC foram evidenciados por meio de profu-
eram do sexo masculino, 60% procedentes do interior do estado. sa diarréia aquosa e perda de peso da lactente, resultados da má
Quanto à cardiopatia de base, 9 eram portadores de doença reu- absorçãointestinal equedependemdolocaledaextensãodares-
mática. A sintomatologia presente em unanimidade foi a febre. secção, além da capacidade de adaptação do intestino remanes-
Um dos pacientes apresentou alteração neurológica associada. cente. Conclusão: O manuseio do paciente portador da SIC como
A etiologia mais freqüente (43%) foi a infecção de orofaringe, se- consequência da enterocolite envolve cuidados de uma equipe
guida de meningite (15%), ITR inferior (14%) e ITU (14%). Dentre multidisciplinar, nos quais o objetivo principal no pós-operatório
as alterações do eletrocardiograma, a sobrecarga ventricular foi deve ser a manutenção do estado nutricional, a diminuição dos
a mais freqüente (67%). Nos achados de radiografias torácicas, a sintomas relacionados ao quadro disabsortivo, além de promover
cardiomegalia foi evidente em 66% dos achados. Todos apresen- e acelerar o processo de adaptação intestinal, resultando em me-
taram vegetações no ecocardiograma, predominando vegetação lhoria na sua qualidade de vida.
em valva aórtica (40%). O tratamento cirúrgico foi necessário em
30% dos casos. CONCLUSÃO No presente estudo a EI apresentou Palavras-chaves: Diarréia, Enterocolite necrosante neonatal, Intes-
características semelhantes à EI do adulto, tendo a cardiopatia tinal, Pós operatório
reumática como o principal fator predisponente. Este estudo re-
força a necessidade do diagnóstico de EI, bem como da instituição
do tratamento precoce e o acompanhamento dos casos utilizando
exames complementares. P545
INFECÇÃO POR STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE A METI-
Palavras-chaves: endocardite, adolescentes, Pernambuco CILINA ADQUIRIDAS NA COMUNIDADE NO INSTITUTO DE INFEC-
TOLOGIA EMÍLIO RIBAS
Autor(es): BRUNNO CÉSAR BATISTA COCENTINO, REGIA DAMOUS
FONTENELE FEIJÓ
P544
ENTEROCOLITE NECROSANTE E COMPLICAÇÕES SECUNDÁRIAS À Instituição(ões):
RESSECÇÃO INTESTINAL EM LACTENTE 1. IIER, INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS
Autor(es): HÁKILLA PRICYLA DE JESUS SOUZA*, FABRICYA CAVAL- Resumo:
CANTE DOS SANTOS, RITA DE CÁSSIA FERREIRA LINS, SORAIA LINS INTRODUÇÃO. O Staphylococccus aureus resistente a meticilina
DEARRUDACOSTA,RENATAKIZZISDEBARROSRIBEIRO,MARIADA (MRSA) foi descoberto logo após a introdução da oxacilina em
CONCEIÇÃO CAVALCANTE DE LIRA 1960. Desde então tem sido responsável por grande variedade
de infecções hospitalares, geralmente associadas a dispositivos

348
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
invasivos. A partir dos anos 90, tem-se identificado o MRSA como dois ou mais órgãos, com alto potencial de morbidade e mortali-
causador de infecções graves em pacientes jovens e sem fatores dade. O objetivo deste relato é apresentar um caso de fusariose
derisco,adquiridasnacomunidade.OBJETIVOS.Estetrabalhotem em paciente com leucemia linfóide aguda (LLA), tratado com vori-
objetivo de avaliar prevalência de infecção por MRSA adquirido conazol(VCZ)eanfotericinaBlipossomal(L-AMB),entresetembro
na comunidade (CA-MRSA), identificar formas clínicas e fatores de e outubro/2009. A descrição do caso é de um paciente de 7 anos,
risco envolvidos. MATERIAL E MÉTODOS. Avaliação retrospectiva masculino, branco, residente de Campo Largo/PR. O diagnóstico
em banco de culturas comunitárias da Comissão de Controle de de LLA foi confirmado em agosto/2009 e iniciado o protocolo GB-
Infecção Hospitalar (CCIH) do Instituto de infectologia Emílio Ribas TLI-99. Cerca de 20 dias após o início da quimioterapia o pacien-
(IIER) de Janeiro/2008 a Fevereiro/2009 com pesquisa de MRSA. te apresentava neutrófilos abaixo de 100 células/mm3 e evoluiu
Casos incluídos devem ter perfil fenotípico para CA-MRSA: resis- comnóduloseritematosos,superficiais,dolorososenecróticosem
tência a oxacilina e susceptibilidade a pelo menos 1 dos antibi- antebraço, e em membros inferiores inúmeras lesões de flebites
óticos: clindamicina, sulfametoxazol-trimetoprim, rifampicina ou apósváriaspunçõesvenosas,levantando-seasuspeitadeinfecção
tetraciclina. Foram excluídos os pacientes que, através de análise fúngica. Uma biopsia de lesão cutânea revelou hialohifomicose e
de prontuário médico e preenchimento de ficha de coleta de da- seu cultivo positivou para Fusarium spp. As hemoculturas colhidas
dos, nos últimos 12 meses, tenham passado por internação hos- foram negativas e a investigação por imagens afastou invasão em
pitalar, procedimento cirúrgico, hemodiálise ou diálise peritoneal, outros órgãos. Com isso, iniciou-se esquema 1 de tratamento com
portadores de dispositivo intravasculares (cateter venoso central), VCZ 400mg/dia via oral. Após 13 dias (D13) de terapêutica hou-
infecção ou colonização por MRSA prévia e os moradores de insti- ve piora das lesões de pele caracterizadas por placa endurecida
tuições com cuidados médicos ou de enfermagem. RESULTADOS. em antebraço esquerdo, vermelho-violácea, dolorosa a palpação,
59 culturas positivas com Staphylococcus aureus consideradas placas violáceas em perna, coxa e braço direitos e nódulos subcu-
comunitárias, 31 amostras resistentes a oxacilina, 20 culturas de tâneosemregiãoinguinal,hipogástrioehipocôndriodireito.Opa-
19 pacientes preenchiam critério fenotípico para CA-MRSA. 14 pa- ciente inicia esquema 2 com associação entre L-AMB 3mg/kg/dia
cientes excluídos: 14tinham internação prévia, 2 cirurgia,2 faziam eVCZcompropostadecompletar30dias deterapêuticacombina-
hemodiálise, 1 paciente tinha dispositivo intravascular. 5 culturas da. Ao término do tratamento com VCZ, o paciente ainda apresen-
de 5 pacientes com critérios para CA-MRSA. 2 pacientes coloni- tava nódulos subcutâneos em abdome com aspecto eritematoso,
zados e 3 com infecção: 1 fasceíte necrotizante (sem fatores de sugerindo infecção ativa. Com esse quadro, optou-se por aumen-
risco), 1 endocardite infecciosa (prótese biológica e endocardite tar a dose de L-AMB para 5 mg/kg/dia no D18, encerrando no D30
prévia) e 1 abscesso em glúteo (aplicação local de silicone 1 sema- com melhora do quadro, regressão dos nódulos e alta hospitalar.
na antes). Pacientes infectados eram HIV negativos. CONCLUSÃO. Nove dias após a alta e 17 dias após o término do tratamento com
Foram encontradas 3 infecções graves em 14 meses de avaliação L-AMB, o paciente reinterna com febre e ainda com a presença de
não confirmadas genotipicamente, porém com predomínio de 3 nódulos em abdome em fase de reabsorção sem sinais inflama-
peleepartesmolesconformeliteraturaexistente.Éprecisoavalia- tórios. Foi realizada nova biopsia do nódulo e o exame micológico
ção prolongada com métodos diagnósticos moleculares para ava- foinegativoparaFusariumspp.Opacienterecebealtarecuperado
liar a situação do Brasil na pandemia por CA-MRSA. da neutropenia (3200 células/mm3). Conclui-se que este fungo é
emergente em pacientes leucêmicos e precocidade diagnóstica é
Palavras-chaves: STAPHYLOCOCCUS AUREUS, MRSA, COMUNITÁ- de grande importância para o sucesso terapêutico. Os esquemas
RIO, CA-MRSA de tratamento ainda são bastante controversos, salientando-se,
nesse relato, a necessidade do ajuste de dose do ABL para o con-
trole da doença.

P546 Palavras-chaves: Pediatria, Leucemia, Fusariose, Voriconazol, An-


FUSARIOSE EM PACIENTE PEDIÁTRICO COM LEUCEMIA: RELATO fotericina B lipossomal
DE CASO

Autor(es): MARINEI CAMPOS RICIERI1, FÁBIO DE ARAUJO MOT-


TA1, JACQUELINE MARISE OLSZEWSKI1, ANA PAULA KUCZYNSKI1, P547
FLORA MITIE NATARABE1, EDNA KAKITANI CARBONI1, CILMARA RELATO DE CASO: ABSCESSO CEREBELAR POR SPHINGOMONAS
KUWAHARA1, ROBSON DE CASTRO COELHO1, MARISOL DOMIN- PAUCIMOBILIS
GUEZ MURO2, FLAVIO QUEIROZ-TELLES2
Autor(es):MARIA FERNANDA FESTAMORARISCUDELER, IRENE DA
Instituição(ões): ROCHA HABER, LUIS FERNANDO WAIB, MARIA FERNANDA SCH-
1. HIPP, Hospital Infantil Pequeno Príncipe NEIDER, MICHELI APARECIDA BARRETO
2. HC UFPR, Hospital de Clínicas da UFPR
Instituição(ões): 1. HMCP - PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNI-
Resumo: DADE CELSO PIERRO - PUC CAMPINAS
Nas leucemias agudas onde os pacientes encontram-se com com-
prometimentodaimunidadecelular,mucosasepele,osfungosre- Resumo:
presentam 40% dos processos infecciosos. Além disso, a utilização Introdução: Sphingomonas paucimobilis é uma bactéria bacilo
de antibióticos, corticóides, cateteres e neutropenia prolongada gram negativo, aeróbica, não-fermentativa, não-esporulada, en-
são fatores de risco para Doença Fúngica Invasiva. Fungos do gê- contrada habitualmente na natureza no solo e na água e é rara
nero Fusarium spp são agentes oportunistas, encontrado no solo causa de infecção nosocomial. Objetivos: Relatar caso raro de
ou fitopatógenos. A infecção provocada por este fungo pode ser abscesso cerebelar por Sphingomonas paucimobilis tratado em
localizada, focalmente invasiva ou disseminada quando acomete hospital de ensino público e privado de assistência terciária. Mé-

349
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
todos: Avaliação retrospectiva do prontuário e descrição do quer tecido, causar doença pulmonar, infecção da ferida cirúrgi-

caso do paciente em que foi identificado este microrganismo na ca, sendo frequente o acometimento da pele e do tecido celular
cultura de líquido cefalorraquidiano (LCR). Resultados: H.S., fe- subcutâneo. Paciente M.M.P.S., sexo feminino, 49 anos, natural
minino, 57 anos, solteira, transferida de hospital de assistência de MG, procedente de Miracatu SP. Admitida na ISCMSP por sa-
secundária do interior de São Paulo com quadro de cefaléia ho- ída de pus da ferida operatória e febre de longa data. História de
locraniana intensa, pulsátil, associada à fotofobia e fonofobia, ver- implantedemarcapassoatrioventricularporBAVT/miocardiopatia
tigem e perda de peso há 20 dias da admissão. Evoluiu com piora chagásica há 7 meses (foi reabordada 10 dias após o primeiro pro-
da intensidade da dor, associada a náuseas e vômitos incoercíveis, cedimento para reposicionamento do eletrodo atrial), evoluindo
sendo então avaliada por especialistas. No exame neurológico de desde então com saída de secreção purulenta pela ferida opera-
entradaapresentava-secompupilasfotorreagentes,aberturaocu- tória e picos febris esporádicos, recebeu neste período inúmeros
lar espontânea, respondia a comandos, movimentação ativa dos antibióticos como β- lactâmicos, sulfamídicos e macrolídeos sem
4 membros, reflexos presentes e simétricos, ausência de reflexos melhora do quadro. Realizada cirurgia para retirada do sistema
patológicos, coordenação preservada, Romberg a esquerda, au- (gerador/eletrodos) observando-se saída de grande quantidade
sênciadedéficitsmotoresousensitivos.Realizoutomografiaeres- de secreção purulenta esverdeada (aproximadamente 50 ml), re-
sonância magnética de crânio que evidenciou lesão expansiva em tirados eletrodos de AD e VD, tecido da loja e pontas de eletro-
hemisfério cerebelar à direita. Após 5 dias de internação, medica- dos para cultura e análise anatomopatológica. Todas as culturas
da com corticóide intravenoso, foi submetida a exérese tumoral foram negativas para bactérias comuns, evoluiu com pneumonia e
por craniotomia. Durante o intraoperatório evidenciou-se a lesão derrame pleural. Resultado da cultura do material da loja do mar-
com conteúdo de aspecto amarelado e espesso. Realizada deriva- capasso positiva para micobactéria, enviado ao Instituto Adolfo
ção ventricular externa e coleta de LCR para análise bioquímica e Lutz para tipificação e antibiograma. Durante este período fez uso
microbiológica. Ficou por 2 dias na Unidade de Terapia Intensiva empírico dos seguintes esquemas antibióticos : glicopeptídeos,
e mantinha quadro neurológico preservado. Iniciou tratamento rifampicina e carbapenêmicos. A tipificação da micobactéria reve-
com ciprofloxacina após resultado da cultura do LCR positivo para lou Mycobacterium fortuitum iniciou-se: amicacina, ciprofloxaci-
Sphingomonas paucimobilis. Recebeu alta e continuou acompa- na, sulfametoxazol/trimetoprim e manutenção do imipenem com
nhamento ambulatorial concluindo-se que a lesão se tratava de boa evolução. A identificaçäo dessas micobactérias é importante
carcinoma epidermóide pouco diferenciado com extensas áreas para estabelecer terapêutica adequada, em virtude dos diferentes
de necrose, metastático, abscedado. Durante investigação am- padrões de resistência aos fármacos, assim como para a imple-
bulatorial, diagnosticou-se como foco primário pulmonar e outra mentação de medidas de controle de infecções relacionadas às
lesão metastática óssea. Atualmente encontra-se em tratamento micobactérias de crescimento rápido.
quimioterápico. Conclusão: Apesar de rara, a identificação desta
bactéria neste caso, correlaciona-se com a imunossupressão se- Palavras-chaves: Mycobacterium fourtuitum, marcapasso atrio-
cundária à neoplasia diagnosticada nesta internação. ventricular, relato de caso

Palavras-chaves: abscesso cerebelar, bacilo gram negativo, SPHIN-


GOMONAS PAUCIMOBILIS
P549
ANÁLISE RETROSPECTIVA DAS INFECÇÕES CAUSADAS POR ENTE-
ROCOCCUS NO HOSPITAL GERAL DE GUARULHOS DE FEVEREIRO
P548 DE 2006 À ABRIL DE 2010
RELATO DE CASO DE MYCOBACTERIUM FOURTUITUM EM
MARCAPASSO ATRIOVENTRICULAR Autor(es): Ana Claudia Marques Barbosa Diaz, Ana Carolina Mar-
teline Cavalcante Moysés, Noemi Evangelista Martins, Paula Za-
Autor(es): Giselle Burlamaqui Klautau, Mauro José Costa Salles, nellattoNeves,JaciraNoemiaCassanho,MarianaB.VivianiSilveira
Rodrigo Contrera Do Rio, Maysa Harumi Yano, Luana Scatamburlo, Saba
Ronaldo Rabello, Luiz Antonio Rivetti, Roberto Alexandre Franken Instituição(ões):
Franken, Ana Polizeli Cavaller Cavaller 1. ISCMSP - HGG, ICMSP – OSS – Hospital Geral de Guarulhos

Instituição(ões): 1. SCSP, Santa Casa de São Paulo Resumo:


Introdução: O gênero Enterococcus é representado por 09 es-
Resumo: pécies sendo que, E. faecalis e E. Faecium estão mais freqüente-
Asmicobactériasdecrescimentorápido(MRC)anteriormenteclas- mente associadas a infecções a assistência à saúde. A importância
sificadas como complexo Mycobacterium fourtuitum foram recen- crescente de Enterococcus se deve ao aumento de sua incidência
temente designadas M. fortuitum, M.peregrinum, M.chenonae e no âmbito hospitalar e de Enterococcus resistente a Vancomicina
M.abcessus, comumente encontradas no solo e na água, reconhe- (ERV), especialmente em unidades de terapia intensiva, ancologia,
cidas como contaminantes de fármacos injetáveis e outros produ- cirurgias e de transplante de órgãos. Infecções por Enterococcus
tos assim como artigos e dispositivos para a saúde. O M. fortuitum podem se originar de microbiota endógena ou transmissão cruza-
tem potencial patogênico muito baixo, porém tem importância da, esta principalmente através da mão dos profissionais de saúde
crescente em infecções hospitalares inclusive com uso de disposi- e de materiais e equipamentos contaminados. Objetivos: Avaliar
tivos implantáveis. Apesar da alta prevalência da tuberculose em as infecções por Enterococcus ocorridas no Hospital Geral de Gua-
nossomeio,oestudodas“micobactériasnãotuberculosas”(MNT) rulhosnoperíododefevereirode2006amarçode2010.Materiais
também despertou interesse, com o isolamento e a descrição de e métodos: Analise retrospectiva das infecções por Enterococcus
M. fortuitum por Costa Cruz em 1938, representando um marco ocorridos entre fevereiro de 2006 a março de 2010 a partir da re-
no estudo das micobacterioses no Brasil. Podem acometer qual- visão das notificações de infecção hospitalares e culturas encami-

350
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
nhadas para identificação no Instituto Adolf Lutz – IAL no período. 1, alertando para a busca do diagnóstico diante de tais sintomas.
Resultados: Foram identificadas 159 infecções por Enterococcus
no período avaliado, sendo 58 causadas por E.faecalis e 64 por E. Palavras-chaves: HTLV-1, PARAPARESIA ESPÁSTICA TROPICAL, MIE-
faecium. Aproximadamente 35% das cepas avaliadas eram sensí- LOPATIA POR HTLV-1
veis a ampicilina e 86,7 % eram ERV. As infecções por ERV ocor-
reram predominantemente em pacientes clínicos (84,5%), mas-
culinos (55,9) entre 50 a 89 anos (67,08%). A principal topografia
observada foi ITU (52,69%)e a taxa de mortalidade global dói de P551
57,76% Conclusões: A analise dos casos registrados do Hospital ACOMPANHAMENTO DE CASOS SUSPEITOS DE INFLUENZA A
Geral de Guarulhos possibilita o conhecimento de perfil de infec- H1N1 ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM DOEN-
ções por Enterococcus, favorecendo a padronização de condutas ÇAS INFECTOCONTAGIOSAS DE GOIÁS.
para prevenção, controle e terapêutica adequadas, especialmente
de ERV. Autor(es): Lillian Kelly de Oliveira Lopes1,3, Luciana Leite Pineli
Simões1,2,3, Elionádia Barbosa de Miranda1, Luzinéia Vieira San-
Palavras-chaves: Enterococcus, Infecção, Infecções Bacterianas tos1, Liwcy Keller de Oliveira Lopes3, Dayane de Melo Costa3

Instituição(ões):
1. HDT, Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad
P550 2. PUC Goiás, Pontifícia Universidade Católica de Goiás
MIELOPATIA ASSOCIADA AO HTLV-1 OU PARAPARESIA ESPÁSTICA 3. UFG, Universidade Federal de Goiás
TROPICAL: RELATO DE CASO
Resumo:
Autor(es): ANTÔNIO ERMERSON FERREIRA DE LIMA, ANDREA DE Introdução: O novo subtipo viral Influenza A, H1N1, foi responsá-
AMORIM PEREIRA BARROS, CAMILA CAROLINA DE SOUSA, DY- vel pela ocorrência de uma pandemia no ano 2009. Sua eficien-
NARA MABEL DE QUEIROZ PINHEIRO, GISELE CRISTIANE FERRAZ, te capacidade de transmissão e a ausência de imunidade entre
IANNE FEITOSA LUCENA, MAXLÂNIO WILLIAM DE SOUZA GUEDES, a população ocasionou grandes transtornos na rede primária e
NATÁLIA FARIAS DE ALMEIDA, PATRÍCIA ROZANA FARIAS DA COS- terciária de atenção à saúde em função da grande demanda e da
TA, PHILIPE MENESES BENEVIDES gravidadedoscasos.Objetivo:Analisaroperfilepidemiológicodos
suspeitos de H1N1, atendidos num hospital de referência para o
Instituição(ões): atendimento de doenças infectocontagiosas do estado de Goiás.
1. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE Método:Estudodescritivocomabordagemquantitativa.Realizada
coleta de dados em prontuários e fichas de notificação de pacien-
Resumo: tes atendidos na instituição, de maio a setembro de 2009. Os da-
INTRODUÇÃO: A mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM) ou para- dosforamanalizadosutilizando-seoprogramaSPSS16.0forMac®.
paresia espástica tropical é uma doença desmielinizante crônica Resultados: Houve 277 suspeitos de Influenza A H1N1. 103 tive-
progressiva que afeta a medula espinal e a substância branca do ram diagnóstico confirmado laboratorialmente para Influenza A e
cérebro. É condição rara, com menos de 4% dos portadores crô- Sazonal e 09 resultados foram inconclusivos. A faixa etária variou
nicos do vírus desenvolvendo esta complicação, mais prevalente entre 02 e 79 anos, sendo mais prevalente entre adultos jovens
em mulheres, na proporção 2:1. A transmissão pode ser vertical, (21–29anos).63pacienteseramdosexofeminino(61,2%),sendo
sexual, hemotransfusão e compartilhamento de agulhas conta- quatro (3,9%) gestantes. Houve 62 casos (60,2%) com sintoma de
minadas. Os distúrbios de marcha, fraqueza e enrijecimento de dispnéia e em 100 (97,1%) onde febre foi o sintoma mais impor-
membros inferiores são os sinais e sintomas principais, podendo tante. 21 pacientes (20,4%) apresentaram comorbidades, dentre
ocorrertambémcomprometimentodasfunçõesvesicaleesfincte- estas: cardiopatia, insuficiência renal crônica, imunodepressão,
rianas. OBJETIVOS: Relatar um caso raro dentro da prática médica, doenças metabólicas, pneumopatia, hemoglobinopatia e tabagis-
a fim de evidenciar sinais importantes e como proceder frente a mo. Dos 103 pacientes com diagnostico de Influenza A (H1N1), 54
eles. METODOLOGIA: A partir da autorização da paciente, anali- (52,4%)receberamtratamentocomoseltamivirdentrodoperíodo
samos o prontuário da mesma quanto à anamnese, exame físico indicado de 48 horas, 20 (19,4%) após esse período, e ignora-se o
e exames complementares. RESULTADOS: L.D.S., 32 anos, sexo tempo decorrido entre o aparecimento dos sintomas e o início do
feminino, solteira, doméstica, natural e procedente de Campina tratamento de um dos pacientes. Pelo PCR foram identificados 23
Grande(PB),informavaquehá2anosvinhaperdendoacoordena- (22,3%) casos positivo para Influenza A sazonal e 72 (69,9%) para
ção motora dos membros inferiores, com progressiva dificuldade Influenza A H1N1. Onze indivíduos com Influenza A H1N1, evoluí-
para andar, subir degraus e com quedas freqüentes.Negava fra- ramparaventilaçãomecânicaedestes,noveevoluíramparaóbito.
queza em membros superiores, tremores e alterações de esfíncte- Dosóbitos,todostiveraminíciotardiodoantiviral(de96ha216h).
res.Relatava comportamento sexual sem uso de preservativo. Ao Conclusão: O atendimento e encaminhamento precoce dos pa-
exame físico, paciente orientada, marcha espástica, hiperreflexia cientes suspeitos de Influenza A H1N1 às unidades de referência,
e Babinski positivo bilateralmente. A RNM de coluna torácica não bem como a introdução precoce do antiviral e suporte ventilatório
evidenciou anormalidades, dosagem de Vitamina B12 normal, an- podem melhorar o prognóstico destes pacientes.
ti-HIV não-reagente e sorologias para HTLV-1 por ELISA e Western-
blot reagentes, confirmando o diagnóstico. Desenvolveu depois, Palavras-chaves: H1N1, epidemiologia, pandemia
dificuldademiccional,tendoquecomprimirohipogástrio,alémde
constipação intestinal, cerca de 8 dias sem evacuar. Atualmente
encontra-seemtratamentofisioterápico.CONCLUSÃO:Opresente
relatodescreveasmanifestaçõescomunsàparaparesiapeloHTLV-

351
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P552 Palavras-chaves: gestantes, H1N1, oseltamivir, Pandemia, recem-
ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DE INFLUENZA A (H1N1) nascidos
NO HOSPITAL DA MULHER CAISM/UNICAMP

Autor(es): Roseli Calil1, Sibele Nunes Yonezawa Aranha Netto1,


Oswaldo da Rocha Grassiotto3,1, Angela Maria Bacha Bacha3,1,
P553
USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS EM PACIENTES INTERNA-
Antonio Francisco de Oliveira Neto1, Eliana M. Amaral3,1 DOS EM UNIDADE DE CIRURGIA GERAL DE HOSPITAL TERCIÁRIO
DE SÃO PAULO
Instituição(ões):
1. CAISM/UNICAMP, Hospital da Mulher-CAISM-Universidade de Autor(es): Rodrigo Contrera do Rio, Mauro José Costa Salles, Gi-
Campinas selle Burlamaqui Klautau, José Cesar Assef, Jacqueline Perlingeiro,
2. CAISM/UNICAMP, Hospital da Mulher - CAISM - Universidade José Gustavo Parreira
de Campinas
3. FCM-UNICAMP, Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP Instituição(ões):
4. FCM-UNICAMP, Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP 1. ISCMSP, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
5. CAISM/UNICAMP, Hospital da Mulher - CAISM - Universidade
de Campinas
Resumo:
Introdução: As infecções em cirúrgias de emergência represen-
Resumo: tam grande parte das infecções de sítio cirúrgico (ISC). As com-
Introdução: Em julho de 2009, o hospital da mulher CAISM/ plicações pós-operatórias, a gravidade do quadro inicial, o tempo
UNICAMP ao se configurar a Pandemia por Influenza A (H1N1), prolongado de internação e as constantes quebras de barreira em
organizou-se para atender especialmente gestantes com sinto- muitos destes pacientes leva ao uso de antimicrobianos de amplo
mas respiratórios. Objetivo: Descrever os dados epidemiológicos espectro em diversas situações. Dessa forma a orientação do uso
referentes ao atendimento no CAISM de mulheres com síndrome racionaldeantimicrobianosconstituitarefadiáriaparaoinfectolo-
gripal de 01/07 a 31/12/2009 e estratégias adotadas visando à gista que acompanha pacientes cirúrgicos. Objetivos: descrever o
organização dos processos de trabalho e orientação da equipe. perfil das infecções e dos principais antimicrobianos utilizados em
Métodos: Revisão dos atendimentos através da notificação feita pacientes internados em unidade de cirurgia geral de hospital ter-
pela CCIH, revisão de prontuário dos casos confirmados, revisão ciário de São Paulo. Métodos: análise retrospectiva no período de
dos documentos gerados e informações divulgadas para a orga- 1 ano (março de 2009 a março de 2010) de prontuários de pacien-
nização do atendimento. Resultados: O 1º caso admitido na UTI tes internados com diagnóstico de infecção em unidade de cirur-
confirmado para H1N1 foi em 15/07/2009. Organização do aten- gia geral. Analisamos as variáveis: sexo, idade, sítios de infecção,
dimento: As ações coordenadas pela CCIH com apoio da diretoria antimicrobianos utilizados, tempo de antibioticoprofilaxia, uso de
do hospital visavam à orientação e proteção de visitantes, clien- antimicrobianos de amplo espectro e descalonamento de antimi-
tes e profissionais. Estratégias para a informação: reuniões, aulas, crobianos.Resultados:Totalde188pacientesnoperíodode1ano,
banners, folders. Foram 364 participações em aulas e 3000 folders sendo 54% sexo masculino e 46% sexo feminino. A média de idade
distribuídos para clientes, visitantes e colaboradores. O conteúdo foide39anos.Aprincipaldoençadeadmissãofoiapendicite(27%
das aulas e orientações foi inserido na página eletrônica (www. casos).Aprincipalcomplicaçãoinfecciosafoiperitonitesecundária
caism.unicamp.br). Aumento do número de pontos de álcool gel (19% casos), seguida de pneumonia (18%) e infecções de ferida
em áreas administrativas, salas de espera e ambulatórios. Fluxo operatória (15%). As principais classes de antimicrobianos utiliza-
para dispensação de Oseltamivir para clientes internadas e pronto dos foram quinolonas (35%), metronidazol (34%), cefalosporinas
atendimento. Afastamento de gestantes trabalhadoras do CAISM de 3ª geração (30%) e inibidores de beta-lactamases (26%). O uso
desde o início para setores de menor risco de adquirir a doença. empíricoinicial de antimicrobianos de amplo espectro ocorreuem
Resultados assistenciais: 86 atendimentos de síndrome gripal sen- 22% dos pacientes. Houve descalonamento de antimicrobianos
do73gestantes,3puérperas,3mulheresnãogestantese7recém- em 13% pacientes e a antibioticoprofilaxia cirúrgica não excedeu
nascidos (RNS) de mães com diagnóstico ou suspeita de H1N1. Fo- 48h em 93% casos. Conclusão: O uso racional de antimicrobianos
ram internados 79% (68/86) dos clientes, necessitando de UTI 24 em cirurgia geral ainda constitui um desafio para o infectologista
gestantes, 2 puérperas e 6 RNs. Uso de ventilação mecânica em 4 e para o cirurgião. A gravidade dos quadros clínicos, a ocorrência
gestantes e 4 RNs. Foram confirmados 22,8% (18/79), todas ges- de peritonites e infecções polimicrobianas, o tempo prolongado
tantes, sendo 2 casos para Influenza sazonal e 16 para Influenza A de internação constituem alguns dos fatores que levam ao uso de
H1N1. Entre estes, 12 estavam no 3º trimestre de gestação, 5 não antimicrobianos de amplo espectro. A melhora no uso racional de
usaram Oseltamivir. Houve um óbito de gestante internada com antibioticoprofilaxia bem como a identificação microbiológica e o
7 dias de sintomas e sem uso de Oseltamivir. Houve um óbito de conseqüente direcionamento terapêutico são medidas importan-
RN prematuro (870g), filho de mãe com diagnóstico de H1N1 em tes para a otimização do uso destas medicações.
ventilação mecânica há 3 semanas; a ecografia cerebral mostrou
leucomalácea extensa, com pesquisa negativa para H1N1. Não
Palavras-chaves: antimicrobianos, cirurgia, infecções
houve casos de H1N1 em RNs ou de malformações congênitas.
Não houve transmissão intra-hospitalar de H1N1 para clientes ou
equipe do hospital. Conclusão: Todos os casos diagnosticados no
CAISM ocorreram em gestantes, com 1 óbito de gestante admitida P554
tardiamente e 1 óbito de RN de gestante positiva para H1N1. As USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS EM PACIENTES NEURO-
medidas de organização visando à segurança de clientes, visitan- CIRÚRGICOS INTERNADOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA PARA
tes e profissionais foram satisfatórias. TRAUMA

352
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Autor(es): Rodrigo Contrera do Rio, Mauro Jose Costa Salles, Gi- controle e redução das mesmas. Objetivos: descrever o perfil das
selle Burlamaqui Klautau, Jose Carlos Esteves Veiga, Nelson Saade infecções de corrente sanguínea relacionadas a catateres em po-
pulação internada em hospital terciário de São Paulo. Métodos:
Instituição(ões): estudoobservacionalrealizadoduranteoperíodode1ano(março
1. ISCMSP, SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO - SP de2009amarço de2010)nas unidades deinternação clínicaseci-
rúrgicas de hospital terciário. Foram analisadas as variáveis: sítios
Resumo: de infecção de cateteres venosos centrais (CVCs), percentual de
Introdução: as infecções em pacientes neurocirúrgicos abrangem cateteres infectados conforme definições do MMWR, perfil micro-
tanto as que acometem o sistema nervoso central (snc) quanto biológico dos agentes isolados, percentual de flebites nos catete-
as que atingem outros sítios, como o trato respiratório e o san- res venosos periféricos. Resultados: em relação aos CVCs: número
gue, decorrentes muitas vezes de internação prolongada e que- de cateteres = 675, sendo subclávios 259, jugulares 425, inguinais
bra de barreiras. O uso adequado de antibióticos relaciona-se 37 e outros 38. Cerca de 14,9% dos cateteres tinham infecção do-
não somente ao sucesso do tratamento mas também à redução cumentada,predominandoemsitiodeinserçãosubclávio(15,8%).
de patógenos multirresistentes no hospital. Objetivos: descrever Em 16,5% das culturas isolados mais de um microorganismo,
o perfil das infecções e dos principais antimicrobianos utilizados com predomínio de Staphylococcus coagulase negativos isolados
em pacientes internados em unidade de neurocirurgia de hospital (35,5%), gram negativos não fermentadores 21,4%, enterobacté-
terciário de São Paulo. Métodos: análise retrospectiva no período rias 14,8% e cândidas 11,5% das culturas. O percentual de flebites
de 1 ano (março de 2009 a março de 2010) dos prontuários de pa- foi de 5,16%, de um total de 9066 catetres periféricos avaliados.
cientesinternadosemunidadedeneurocirurgia.Foramanalisadas Conclusão: as características dos agentes isolados expressa reali-
as variáveis: sexo, idade, tempo de internação, sítios de infecção, dade de diversos serviços, com perfil predominando cocos gram
uso de antimicrobianos de amplo espectro, principais classes de positivos, mas com o incremento de gram negativos e cândidas
antimicrobianos utilizadas, descalonamento de antimicrobianos. nas hemoculturas. Na literatura predomina a infecção em sítio in-
Resultados: Total de 204 pacientes no período de 1 ano, sendo guinal, o que difere dos achados acima. O conhecimento do perfil
68% sexo masculino e 32% sexo feminino. A média de idade foi destas infecções é fundamental para o seu combate.
de 48 anos. 64% dos pacientes tinham internação por mais de 14
dias. As principais infecções encontradas na população estudada Palavras-chaves: infecções, cateteres, intravasculares, hemocultu-
foram: pneumonia (36%), infecções de corrente sanguínea (21%), ras
infecções urinárias (20%) e neuroinfecções (15%). Cerca de 46%
dos pacientes receberam antimicrobianos de amplo espectro,
sendo 27% baseados em isolamento de microorganismos em sí-
tios estéreis. Houve descalonamento de antimicrobianos em 18% P556
casos após avaliação da infectologia. Conclusão: o descalonamen- O PRURIDO VAGINAL É O SINTOMA MAIS FREQUENTE EM PA-
to de antimicrobianos ainda representa um desafio na prática do CIENTES COM CANDIDÍASE VULVOVAGINAL: ESTUDO NO HOSPI-
tratamento de infecções em neurocirurgia, bem como é elevado TAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO- CAMPINA GRANDE, PB
o número de pacientes que recebem antimicrobiamos empíricos
de amplo espectro, o que muito se atribui à gravidade do quadro Autor(es): Patricia Spara Gadelha2, Mônica Borba da Silva1, Carla
clínicoinicialeàsinfecçõesporpatógenosmultirresistentesdecor- Carolina da Silva Leite1, Erika Morgana Neves de Araújo1, Antonio
rentes do tempo prolongado de internação. Gadelha da Costa2, Larissa Luise Ferreira Lourenço1

Palavras-chaves: antimicrobiamos, neurocirúrgicos, infecção Instituição(ões):


1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba
2. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande
Resumo:
P555 INTRODUÇÃO: Candidíase vulvovaginal (CVV) é uma infecção da
PERFIL DAS INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA RELACIONA- vulvaedavagina,causadapelasváriasespéciesdeCandida,fungos
DAS A CATETERES INTRAVASCULARES EM HOSPITAL TERCIÁRIO comensais das mucosas vaginal e digestiva, que podem tornar-se
DE SÃO PAULO patogênicos,sobdeterminadascondiçõesquealteramoambiente
vaginal. A CVV vaginal encontra-se no rol das vaginites não sexual-
Autor(es): RodrigoContrera do Rio, Mauro JoséCosta Salles, Gisel- mente transmissíveis (mais de 85% dos casos são de origem endó-
le Burlamaqui Klautau, Roberto Caffaro, Walkhiria Hueb, Daniela gena)e,devido asua grande incidência, merecelugarde destaque
Muniz Cancio, Josineide Jesus Santos em estudos e pesquisas que objetivam quantificar sua incidência.
OBJETIVO: Avaliar a frequência dos sintomas e agente etiológico
Instituição(ões): de um grupo de pacientes com candidíase vulvovaginal visando a
1. ISCMSP, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo promoçãodasaúde.MÉTODOS:Foramouvidas112pacientescom
candidíase vulvovaginal diagnosticada, atendidas no Hospital Uni-
Resumo: versitário Alcides Carneiro (HUAC), durante o período de março a
Introdução: as infecções de corrente sanguínea relacionadas a novembro de 2009. Foi realizado exame especular com coleta de
cateteres intravasculares representam importante problema re- secreção vaginal. As amostras foram submetidas à coloração de
lacionado ao controle de infecção hospitalar, contribuindo para Gran. RESULTADOS: Observou-se que o prurido é o sintoma, mas
o aumento de mortalidade, morbidade e custo hospitalar, sendo frequentemente referido pelas paciente ( n= 106; 95%) seguido de
também fator predisponente para o surgimento de germes mul- corrimentoesbranquiçado ( n=72);64%).Aoexameginecológicoo
tirresistentes. O conhecimento do perfil destas infecções nos as- sinalmaisfrequentementeobservadofoiahiperemia(n=84;75%),
pectos epidemiológicos e microbiológicos é fundamental para o seguido de fluxo esbranquiçado aderente à mucosa. No presente

353
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
estudo, a coloração com Gran demonstrou cândida SSP em 100% Autor(es): Jainara Cunha, Joneide Bezerra, Virgínia Góis, Sarah
dos casos. CONCLUSÕES: Os resultados permitem concluir que, na Fernandes, Aline Cardoso, Katiuscia Chaves, Glaucia Rocha, Hanna
amostra avaliada, o prurido vaginal é, sem dúvida, o sintoma mais Pereira, Talizy Araújo
manifesto entre as pacientes com candidíase vulvovaginal.
Instituição(ões): 1. UNP, Universidade Potiguar
Palavras-chaves: Candidíase, Infecção, Sintoma
Resumo:
A assistência a idosos acamados vem nas últimas décadas se tor-
nando um problema nos países emergentes, não só pelo aumento
P557 progressivo do ápice da pirâmide etária, mas pelas dificuldades
AVALIAÇÃO DE GESTANTES COM INFECÇÃO URINÁRIA: ESTUDO dos familiares em conciliar as tarefas do dia a dia, com a atenção
PROSPECTIVO EM CENTRO TERCIÁRIO DE CAMPINA GRANDE-PB integral, continua e específica que necessitam esses idosos. Por
conseguinte, elevados níveis de limitações físicas e falta de cuida-
Autor(es):AntonioGadelhadaCosta2,MônicaBorbadaSilva1,Pa- dos específicos colocam os idosos em risco de desenvolverem úl-
tricia Spara Gadelha2, Erika Morganna Neves de Araújo1, Larissa cerasporpressãoquesedefinemporumalesãolocalizadanapele
Luise Ferreira Lourenço1, Carla Carolina da Silva Leite1 e tecidos subjacentes, causada por pressão, fricção, cisalhamento,
ou um conjunto desses, bem como retardar a cicatrização daque-
Instituição(ões): las já existentes. Como esses pacientes não podem permanecer
1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba dentro do ambiente hospitalar por muito tempo, correndo risco
2. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande decontrairinfecçãorelacionadasaassistênciaasaúde(IRAS),ocu-
pando leitos e gerando gastos desnecessários, criou-se a necessi-
Resumo: dade da assistência domiciliar, conhecida como Home Care. Com
Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é uma complicação isso,opresentetrabalhotemcomoobjetivofocalizarosbenefícios
comum durante a gestação devido às modificações anatômicas e da assistência de enfermagem prestada em Home Care para esses
funcionais que ocorrem no trato urinário durante esse período, pacientes portadores de úlceras por pressão e seus familiares/cui-
predispondo-o assim, a infecções urinárias. A ITU, se não tratada, dadores. No qual se recorreu a uma pesquisa do tipo bibliográfica
é responsável por elevado número de complicações materno-fe- descritiva embasada em artigos científicos. Como já foi abordada,
tais. O acesso dos microorganismos ao trato urinário se dá por via essa condição de limitação favorece o aparecimento de úlceras
ascendente, ou seja, pela uretra, podendo se instalar na própria por pressão e essa condição de saúde muitas vezes aflige e desen-
uretra e próstata, avançando para a bexiga e, com mais dificulda- coraja esses pacientes, provocando nos familiares uma sobrecarga
de, para o rim. Objetivos: Avaliar a etiologia e a sensibilidade do física, emocional e social muitas vezes por não estarem treinados
antibiograma em casos de infecção do trato urinário (ITU) durante e preparados para assumir esse cuidado. Com isso, observamos
a gestação, desenvolvendo ações de promoção da saúde e uma que o processo de cuidar se torna cada vez mais complexo para
melhor qualidade de vida. Métodos: Foram avaliadas 452 urocul- esses familiares, onde esses cada vez mais procuram pelos servi-
turas positivas no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA) no ços Home Care, que garantem vantagens bem significativas para
período de 01 de janeiro de 2009 a 31 de janeiro de 2010. Foi os familiares, onde os mesmos deixam de ser o cuidador principal
utilizadouminstrumentodepesquisa,constandodeumprotocolo para dar espaço a profissionais qualificados com planos de cuida-
previamente elaborado e após exposição do projeto aos mesmos, dos específicos para cada paciente, proporcionando uma melhor
seguindo as recomendações da Resolução 196/96 do Conselho segurança e continuidade da assistência, bem como ajuda a dimi-
Nacional de Saúde foi oferecido o termo de consentimento e livre nui o tempo na recuperação e reabilitação desses pacientes por
esclarecido. A sensibilidade bacteriana foi avaliada pelo antibio- favorecer a assistência num ambiente que não alimenta a idéia de
grama. Os dados foram tabulados planilha do programa Microsoft enfermidade.
Office Excel®. Os resultados foram analisados de forma descritiva. Palavras-chaves: Assistência, Familiares, Idosos, úlceras por pres-
Resultados: O uropatógeno mais freqüente foi a Escherichia coli são, Vantagens
(n=325; 71,9%), seguido do gênero Klebsiella (n=32; 7%). Em rela-
ção à sensibilidade bacteriana, observaram-se baixos percentuais
à ampicilina (52,1%) e sulfametaxazol e trimetropim (46,8%). Por
outrolado,cefuroximadestacou-secomoboaopçãoparacobertu- P559
ra antibiótica (96,3% de sensibilidade). Conclusões: Os resultados ASSISTÊNCIA DOMICILIAR À PACIENTE PORTADORA SINTOMÁ-
permitem concluir que, na amostra avaliada, as adolescentes ain- TICA DO VÍRUS LINFOTRÓPICO DA CÉLULA T HUMANA (HTLV I):
dapossuempoucoconhecimentosobreopapilomavírushumano. RELATO DE EXPERIÊNCIA
Dessa forma, seria interessante a orientação primária da popula-
ção, por meio de campanhas de informação. Autor(es): Wílnika do Carmo Barros, Débora Miria do Nascimen-
to Macêdo, Laís de Macêdo Ferreira Santos, Diego Augusto Lopes
Palavras-chaves: Gestantes, Infecção, Orientação Oliveira, Thallita Maria Tavares Pontes, Nayara Francisca Cabral de
Sousa, Débora Soledade de Oliveira, Iara Tiene de Lima Melo, Ra-
faella Nunes Lucena

P558 Instituição(ões):
VANTAGENS DA ASSISTÊNCIA HOME CARE PARA FAMILIARES/ 1. ASCES, ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DE ENSINO SUPERIOR
CUIDADORES DE IDOSOS ACAMADO COM ÚLCERAS POR PRES-
SÃO. Resumo:
INTRODUÇÃO: O vírus linfotrópico das células T humana do tipo I

354
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
(HTLV-I) que no Brasil já é considerado endêmico, está associado e balões que dificultam o reprocessamento. Uma estratégia para
principalmente, a leucemia-linfoma de células T do adulto (LTA) e controlar os custos é o reuso. Esta prática tem provocado uma
à paraparesia espática tropical (PET). Pode ser contraído através grande preocupação em relação aos riscos adicionais para os pa-
da transfusão sanguínea, relação sexual, aleitamento materno e cientes devido à contaminação por agentes infecciosos e substân-
manuseio de instrumentos contaminados. Na maioria dos ca- cias tóxicas. A RE/ANVISA 2.606/06 dispõe sobre as diretrizes para
sos permanece no corpo de forma assintomática durante muito elaboração, validação e implantação de protocolos de reproces-
tempo podendo até não se manifestar, em outros casos torna-se samento de produtos médicos. Este estudo teve como objetivo:
sintomático após os 40 anos de vida, onde na ocasião apresenta, elaboração, validação e implantação do protocolo de limpeza dos
dentre outros sintomas, diminuição crescente da força em mem- artigos do setor de cardiologia de um hospital de alta complexi-
bros inferiores e a perda do controle esfincteriano. O diagnóstico dade de Ponta Grossa – PR. Trata-se de um estudo quantitativo e
é laboratorial, realizado através da sorologia de fluídos orgânicos experimental realizado no período de novembro de 2009 a janeiro
utilizando ensaios enzimáticos (EIA) e o teste de Western blot de2010.Foicoletadaumaamostrade72cateteresemdiasehorá-
para a confirmação, que caso aconteça implicará no tratamento rios aleatórios, sendo utilizado como material o HemoCheck-S, um
quimioterápico e radioterápico. OBJETIVO: Relatar a experiência líquido que detecta resíduo orgânico. Avaliou-se pelas descrições
de acadêmicas de enfermagem na assistência domiciliar a uma do produto e pela sua coloração a quantidade de material orgâni-
paciente portadora sintomática do vírus linfotrópico das células co presente nos cateteres após a lavagem sem uma técnica ade-
T humana do tipo I (HTLV-I). METODOLOGIA: Trata-se um relato quada. Após esta análise, elaboramos um protocolo, capacitamos
de experiência de acadêmicas do Curso de Graduação em Enfer- os funcionários com a nova técnica, ficamos sob supervisão para
magem – Bacharelado de uma Instituição de Ensino Superior (IES) verificar se a prática estava sendo realizada de forma adequada.
do interior de Pernambuco. A vivência foi dada durante as práti- Após as lavagens em datas e horários aleatórios realizávamos os
cas clínicas de Assistência Domiciliar em uma Unidade de Saúde testes nos cateteres. Os resultados desta amostra mostram que
da Família do município de Caruaru-PE, na ocasião foi assinado 1,38% dos cateteres estavam com 100µg de sujidade; 6,94% com
o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para realização da 10µg; 4,16% com 1µg; 15,27% com 0,1µg e 72,22% com 0µg de
abordagem. RESULTADOS: O auto-cuidado é realizado em grande sujidade. Com os dois primeiros passos do processo validados,
partedastarefaspelapaciente,porémaassistênciadoenfermeiro realizamos a implantação do protocolo, sendo avaliado uma vez
no domicílio é de total importância, pois a mesma está constan- na semana em dias e horários aleatórios para verificação da efi-
temente exposta a infecções do trato urinário pelo fato de não se cácia do processo. Concluímos que para a busca de excelência no
realizar o cateterismo de forma asséptica pela falta de treinamen- atendimento necessitamos priorizar a segurança do paciente e o
to e recursos materiais. Com base nas dúvidas e necessidades da processo de elaboração, validação e implementação de um proto-
família o grupo disponibilizou material estéril, cartazes e folders colo é de extrema importância, pois estaremos evitando que estes
educativos acompanhados de demonstrações e efetuação das téc- produtos estejam com resíduos protéicos, foco de contaminação
nicas citadas presenciadas e efetuadas também pela cuidadora, a e pirogenia ao paciente, sendo um risco potencial para um novo
qual juntamente com a paciente mostrou envolvimento e satisfa- foco de infecção ao paciente internado.
ção. CONCLUSÃO: Apesar do interesse demonstrado pela paciente
e cuidadora, percebe-se que o enfermeiro tem mais do que nunca Palavras-chaves: Artigo de uso único, Limpeza de cateteres cardí-
um papel de educador das famílias visando minimizar os riscos no acos, Enfermagem
domicílioemconjuntocomasredessociaisdesaúdeparaoferecer
apoio universal, integral e contínuo da assistência.

Palavras-chaves: Assistência Domiciliar, mielopatia associada a P561


HTLV 1, Autocuidado, Enfermagem ANÁLISE DA ESTERILIZAÇÃO DE EMBALAGENS UTILIZADAS NA
CRIOPRESERVAÇÃO DE TECIDOS MUSCULOESQUELÉTICOS PARA
TRANSPLANTES
P560
PROCESSO DE VALIDAÇÃO DE LIMPEZA DE CATETERES PASSÍVEIS Autor(es): Luiz Augusto Ubirajara Santos, Arlete Mazzini Miran-
DE REPROCESSAMENTO NA HEMODINÂMICA DE UM HOSPITAL da Giovani, Monica Mathor, Alberto Tesconi Croci, Cesar Augusto
DE PONTA GROSSA – PR Martins Pereira, Graziela Guidoni Maragni

Autor(es): Carla Luiza da Silva1, Maria Dagmar da Rocha Gaspar2, Instituição(ões): 1. IOT HCFMUSP, iNSTITUTO DE ORTOPEDIA E
Karine de Oliveira Jabur1, Susana Bastos Martins Mikowski1, Clau- TRAUMATOLOGIA DO HCFMUSP
dia Regina Biancato Bastos1
Resumo:
Instituição(ões): INTRODUÇÃO: Ossos e tendões são obtidos de doadores falecidos
1. SCMPG, Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa por morte encefálica após um rigoroso processo de triagem. Os
2. UEPG, Universidade Estadual de Ponta Grossa tecidos obtidos são encaminhados para um Banco de Tecidos e
submetidos a etapas de processamento, embalados e criopreser-
Resumo: vados a - 80º C. A manutenção da esterilidade e viabilidade é fun-
As doenças cardiovasculares são as principais causas de morbi- damental para evitarmos o descarte e isto cabe à embalagem, que
mortalidade no mundo. Estima-se que, mais de um milhão de in- deve promover contenção e proteção. A ausência no mercado de
tervenções coronarianas são realizadas. O setor de cardiologia é embalagens para esta finalidade motivou os autores na busca e
responsável por procedimentos complexos, como o cateterismo qualificação de uma alternativa viável e segura. OBJETIVOS: Testar
cardíaco e a angioplastia. Os cateteres cardíacos são considerados o método de esterilização de embalagens confeccionadas com fil-
comoartigoscomplexosporqueapresentamlúmenlongo,estreito meextrusadoàbasedepolietileno(PE)ecopolímerodepoliamida

355
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
(PA).MÉTODOS:Submetemosamostrasdaembalagemaosseguin- (06)dosentrevistadosfizeramaclassificaçãoparcialmentecorreta
tes ensaios: Ensaio 1 - Análise Biomecânica de tração em amostras dos artigos listados no questionário. Na análise por classificação,
esterilizadas (grupo A), esterilizadas e criopreservadas (grupo B) e percebeu-se que nos materiais críticos houve maior percentual de
sem tratamento (controle); Ensaio 2 - Análise “in vitro”de citotoxi- acerto, seguido dos semi-críticos e, com um menor percentual, os
dade emamostras da embalagem;Ensaio 3 - Teste de Migração de não-críticos. Grande parte do grupo reconheceu a importância da
Monômeros em meio aquoso, ácido e gasoso; Ensaio 4 - Esteriliza- limpeza prévia do material a ser reprocessado e a maioria relatou
ção de 10 camadas da embalagem em Câmara de Óxido de Etile- a necessidade da utilização de equipamentos de proteção indivi-
no com respectivo teste de esterilidade por indicadores químicos, dual durante a realização dos processos. CONCLUSÃO: Constatou-
biológicos e por inoculação direta; Ensaio 5 – Análise Residual de se que, mesmo conhecendo as definições de artigos, os profissio-
Oxido de Etileno e subprodutos (Etilenocloridrina, Etilenoglicol ) nais tinham dificuldade para distingui-los quando listados, o que
por Cromatografia Gasosa. RESULTADOS: No Ensaio 1, na análise interferediretamentenaescolhadotipodeprocessamento.Ainda
da tensão de escoamento não foram observadas diferenças que que soubessem o tipo de processamento que o material requer,
possam comprometer a resistência mecânica das embalagens, an- alguns cuidados necessários para a sua eficácia eram desconhe-
tes e após a esterilização e criopreservação. O Ensaio 2 evidenciou cidos. Diante da relevância do tema, torna-se necessário investir
que a viabilidade celular no meio de cultura se manteve próxima em educação permanente como medida para viabilizar melhores
de 100% e portanto a embalagem não é citotóxica e também não praticas de limpeza, desinfecção e esterilização de artigos e, con-
permitiu migração de monômeros em todos os meios analisados sequentemente, redução dos índices de infecção hospitalar.
(Ensaio3).Nosensaios4e5constatamosapenetraçãodogásÓxi-
do de Etileno em todas as camadas sem permanência de resíduos. Palavras-chaves: Desinfecção, Enfermagem, Infecção Hospitalar
Os 3testesdeesterilidade nãomostraramcrescimentobacteriano
após o período de incubação. CONCLUSÃO: A embalagem é resis-
tente a - 80 º C, não migra monômeros, não é citotóxica e após ser
esterilizada em óxido de etileno é segura e pode ser utilizada na P563
criopreservação. COMO É REALIZADA A LIMPEZA DE MACRONEBULIZADORES
E MICRONEBULIZADORES?
Palavras-chaves: EMBALAGENS, ESTERILIZAÇÃO, TRANSPLANTES
ÓSSEOS Autor(es): Marcos Antonio Macedo dos Anjos2, Edialda Pereira
dos Santos2, Lívia Maria Ferreira da Silva2, Luciana Nunes Krue-
ger2, Renata Lima Rocha2, Tayaná Cândida A. Oliveira2

P562 Instituição(ões):
CONHECIMENTO DE AUXILIARES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM 1. HGNI, Hospital Geral de Nova Iguaçú
DE UM HOSPITAL DE ENSINO ACERCA DA CLASSIFICAÇÃO E DO 2. UNIGRANRIO, Universidade do Grande Rio
REPROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
Resumo:
Autor(es): Diana Karla Muniz Vasconcelos, Abigail de Paulo An- Introdução Esse estudo visa verificar quanto à técnica correta da
drade, Danusa de Araújo Felinto, Aldiânia Carlos Balbino, Luziene limpeza e da desinfecção de Macro e Micronebulizadores baseado
Campos de Oliveira no Manual do Ministério da Saúde de Processamento de Artigos e
Superfícies em Estabelecimentos de Saúde. Escolhemos este tema
Instituição(ões): 1. SCMS, Santa Casa de Misericórdia de Sobral porque percebemos que não é dada a devida atenção a este pro-
cedimento e por causa da importância que a infecção hospitalar
Resumo: tem atualmente para a sociedade por ser um tema que assusta a
INTRODUÇÃO: Para que se faça o reprocessamento adequado de população e por representar muito gasto para os cofres públicos
artigos hospitalares é necessária uma correta classificação dos ou planos de saúde. Objetivos •Verificar a técnica de limpeza e de
mesmos por parte dos profissionais de enfermagem, que são di- desinfecção de macro e micronebulizadores em uso no hospital
retamente responsáveis por essas ações, a fim de que todas as público do Estado do Rio de Janeiro; •Elaborar estratégias para
etapas do processo sejam realizadas conforme o preconizado divulgar a técnica de limpeza e de desinfecção de macro e micro-
pelas normas vigentes, possibilitando a prevenção de diversas nebulizadores. •Realizar ações educativas sobre a aplicação da
infecções hospitalares. OBJETIVO: Analisar o conhecimento de técnica de limpeza e de desinfecção de macro e micronebulizado-
auxiliares e técnicos de enfermagem do Serviço de Emergência res. Metodologia A metodologia utilizada no estudo foi do tipo ex-
Pediátrica de um Hospital de Ensino sobre classificação e repro- ploratória, Gil (2002) define a pesquisa exploratória como “aquela
cessamento de artigos hospitalares. METODOLOGIA: Trata-se de quetemcomoobjetivoproporcionarmaiorfamiliaridadecompro-
um estudo exploratório-descritivo, realizado no mês de março de blema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóte-
2010. Para a coleta de dados utilizou-se um formulário contendo ses”.Eletambémcita“queseuplanejamentoé,portanto,bastante
4 questões objetivas, que contemplavam o conhecimento sobre a flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados
classificaçãoeostiposdecuidadosnoreprocessamentodeartigos aspectos relativos ao fato estudado”. Essa coleta de dados ocor-
hospitalares. Participaram 11 dos 14 profissionais de enfermagem reu entre o 1° e 2° semestre de 2004. Considerações Finais Após
de nível médio do referido serviço. Destes, 63,6% (07) são técni- a avaliação de como é realizada a limpeza e a desinfecção de ma-
cos e 36,4% (04) são auxiliares, 54,5% (06) tinham entre 5 e 10 cronebulizadores e micronebulizadores nos hospitais públicos do
anos de profissão. RESULTADOS: Percebeu-se que a maioria dos Estado do Rio de Janeiro, concluímos que este procedimento não
profissionais (09) era capaz de definir artigos críticos, semi-críticos estava de acordo com o manual do Ministério da Saúde de Proces-
e não-críticos, bem como o reprocessamento utilizado em cada samento de Artigos e Superfícies em Estabelecimento da Saúde.
caso, limpeza, desinfecção e/ou esterilização. No entanto, 54,5% Mediante a isto decidimos divulgar a forma correta da limpeza e

356
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
da desinfecção destes artigos durante a Semana de Enfermagem
da UNIGRANRIO e do CAP UNIGRANRIO, abordando o conteúdo P565
teórico e prático por meio de uma fita de vídeo e folder. Durante a A IMPORTÂNCIA DA LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO
palestra observamos o interesse dos estudantes de enfermagem. NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES HOSPITALARES: REVISÃO BIBLIO-
Ao término, eles demonstraram compreender o procedimento de GRÁFICA
limpeza e desinfecção desses artigos e a importância de realizá-los
corretamente. Referência 1-BRASIL, Processamento de artigos e Autor(es): THALYTA PORTELA DE OLIVEIRA, WESLLANY SOUSA
superfícies em estabelecimento de saúde, 2o edição,1994. Minis- SANTANA, GEORGE LUCAS MACEDO ROCHA REIS, KELLY DE SOUSA
tério da Saúde. 2-GIL, Carlos Antônio. Como elaborar Projetos de MACIEL, MARA WANESSA LIMA E SILVA, MARCIA HELENA RODRI-
Pesquisa. 4ª edição, São Paulo. Editora Atlas.2002 GUES DA SILVA

Palavras-chaves: Limpeza, Desinfecção, Prevenção de Infecção, In- Instituição(ões): 1. UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAIUÍ
fecção Respirtória
Resumo:
O ambiente hospitalar é formado pelo ar, água e superfícies ina-
nimadas, esses por sua vez, atuam na transmissão de patógenos,
P564 tendo assim íntima relação com as infecções hospitalares (IH). São
ATIVIDADE GERMICIDA DO ÁCIDO PERACÉTICO FRENTE Á MYCO- práticas eficazes na prevenção e controle das IH, os métodos de
BACTERIUM MASSILIENSE esterilização, desinfecção e correta higiene das mãos. O presente
estudo objetiva analisar publicações que abordam sobre métodos
Autor(es):MariadeDeusReis1,AnaCristinaMoreira2,JailmaSou- de prevenção de IH, entre eles: esterilização, desinfecção, limpeza
sa Bastos1, Daiana Rose Ferreira Quirino1 de materiais e pele. A pesquisa foi realizada mediante consulta no
Instituição(ões): banco de dados LILACS nos últimos 9 anos. A busca foi realizada
1. INDEBA, Indeba Indústria e Comércio Ltda com os descritores: “desinfecção and métodos” e “esterilização
2. UFBA, Universidade Federal da Bahia and métodos”. As publicações sobre esterilização tubária, saúde
da mulher e planejamento familiar foram excluídas, de tal modo,
Resumo: as referentes à qualidade de vida de enfermeiros nas centrais de
INTRODUÇÃO: A esterilização dos artigos contribui para eficácia materiais. Atenderam às estratégias, 14 artigos, dos quais, 10 fo-
do controle de infecções hospitalares. A ocorrência de surtos de ram analisados na íntegra. Os autores abordaram assuntos envol-
infecções causadas por Mycobacterium massiliense relacionadas vendo a avaliação da presença de microrganismos aeróbios em
aos cuidados com a saúde, tem sido constatada em várias cidades blocos de cimento submetidos a três técnicas de esterilização; uso
brasileiras. Diante de indícios da resistência deste microorganis- das pastilhas de paraformaldeído por instituições no Brasil; avalia-
mo frente ao glutaraldeído 2%, a ANVISA orienta como medida ção da técnica de lavagem das mãos por estudantes de enferma-
cautelar a esterilização de artigos críticos com outros métodos gem; condição microbiológica dos leitos hospitalares antes e de-
disponíveis, em substituição aos esterilizantes líquidos. A INDEBA pois de sua limpeza; eficácia dos métodos de desinfecção cutânea
preocupada com a eficácia e segurança no reprocessamento de em doadores de sangue. Os artigos são de autoria de profissionais
artigos de uso hospitalar, iniciou pesquisa em seu Laboratório de da saúde, incluindo: enfermeiros, odontólogos e médicos, corro-
Microbiologia para desenvolvimento de soluções que atendam às borando que temática de prevenção de IH é uma preocupação
necessidades das instituições de saúde. Considerando que o áci- unânime entre os profissionais. Os autores citam várias formas de
do peracético é um agente químico reconhecidamente utilizado IH presentes unidades de saúde, entre as mencionadas estão às
como esterilizante para materiais termossensíveis, realizamos tes- infecções transmitidas por cateter, as por blocos de cimento uti-
tes para comprovar a ação frente a Mycobacterium massiliense lizado por dentistas, pelas mãos e em leitos. Os danos causados
que apresenta como característica, parede celular rica em lipídios, pelas IH são de extrema importância, sendo necessária a utiliza-
representando verdadeira proteção contra os agentes químicos. ção correta dos métodos de limpeza, esterilização e desinfecção
OBJETIVO: Avaliar a ação germicida do ácido peracético frente à de materiais, ressalta-se que a conscientização dos profissionais é
Mycobacterium massiliense INCQS 00594 Origem IEC 735 Lote: de grande valia e pode ser feita com a implantação de programas
0209594, isolada de sítio cirúrgico por via laparoscópica. MÉTO- de formação continuada, buscando assim um comprometimento
DOS:Utilizou-semétodoconfirmatórioparaavaliaçãodaatividade maior tanto do setor de material de esterilização quanto dos de-
micobactericida de desinfetantes preconizado pela AOAC propos- mais profissionais.
to pelo MS, descrito no POP INCQS nº 65.3210.004. RESULTADOS:
O Ácido Peracético na concentração de 1700ppm com exposição Palavras-chaves: DESINFECÇÃO, ESTERILIZAÇÃO, MÉTODOS
de 30 minutos apresentou resultado satisfatório. CONCLUSÃO: os
resultados evidenciam que o ácido peracético apresenta um am-
plo espectro de ação, podendo ser utilizado com segurança no
combate a Mycobacterium massiliense. P566
FUNCIONALIDADE DOS CENTROS DE MATERIAL ESTERILIZADO
Palavras-chaves: Esterilização, Ácido peracético, Mycobacterium
massiliense Autor(es): Carolina Pereira da Cunha Sousa, Ana Carolina Dantas
Rocha, Juraci Dias Albuquerque, Francisco Stélio de Sousa

Instituição(ões): 1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba

Resumo:

357
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Introdução: Mediante a emergência das infecções relacionadas à sos e resultados da central de materiais e esterilização buscando
assistência à saúde e a evolução tecnológica do processamento encontrar falhas, para que essas sejam corrigidas e assim prevenir
dos artigos médico-hospitalares torna-se fundamental conhe- a infecção hospitalar. MÉTODOS: Foi realizada na CME, no período
cer a funcionalidade dos centros de material esterilizado (CME), de 23 de abril a 23 de julho de 2009, uma busca ativa observacio-
definidos como um setor ou serviço destinado à limpeza, ao nal durante duas horas por dia de segunda-feira a sexta-feira. Foi
acondicionamento, à esterilização, à guarda e à distribuição dos utilizadouminstrumentodoManualdeAvaliaçãodaQualidadede
produtos para saúde. Objetivos: Investigar o perfil funcional dos Práticas de Controle de Infecção Hospitalar, do Centro de Vigilân-
Centros de Materiais Esterilizados. Metodologia: Estudo descri- cia Epidemiológica da Secretária de Estado da Saúde de São Paulo.
tivo com abordagem quantitativa, constituído por uma amostra RESULTADOS: Os componentes avaliados nos mostram algumas
composta de 13 enfermeiros responsáveis pelo CME ou Centro deficiências como: falta de torneiras com bicos especiais para en-
Cirúrgico (CC) de 8 hospitais de médio e grande porte da rede pú- xágüe de cateteres e artigos canulados e escovas com diâmetros
blica e privada credenciada ou não pelo Sistema Único de Saúde adequados para materiais canulados. Nas embalagens de tecido
(SUS) da cidade de Campina Grande-Paraíba. A funcionalidade não são feitas marcas mostrando quantas vezes já foram reutiliza-
deste setor foi analisada por meio de questionário, consideran- das. Materiais imersos no ácido peracético muitas vezes não ficam
do, principalmente, como são operacionalizados os processos de imersos totalmente. Das embalagens seladas 44,31% está fora dos
limpeza, desinfecção, empacotamento, esterilização e validação padrões, além dos funcionários abrirem essas bordas para anotar
dos artigos hospitalares. Foi utilizada a estatística descritiva com oprazodevalidade.Aáreadearmazenamentonãoérestritaenão
a distribuição de variáveis em números absolutos e percentu- há registro de umidade. Os materiais estéreis armazenados ficam
ais. Resultados: A maioria dos profissionais era do sexo feminino encostados nas paredes; as autoclaves não emitem validação não
(93,3%) e exerciam sua atividades nos CME/CC entre 1 e 5 anos possuindo laudos comprobatórios da qualificação térmica da au-
(69,2%). Quanto ao processamento dos materiais, notou-se que toclave.OtestedeBowie-Dickérealizadoassextas-férias;naeste-
92,3% dos entrevistados utilizam a limpeza manual; Os principais rilização de próteses é realizado indicador químico; a esterilização
produtos utilizados na desinfecção/esterilização química dos ma- das autoclaves é realizada por indicador biológico de 3ºgeração.
teriais foram o cidex (33,3%) e o peróxido de hidrogênio (27,8%). Foram raras as vezes que foi observado lavagem de mãos. Mate-
Os invólucros que obtiveram percentuais mais expressivos foram riais que não foram utilizados no Centro Cirúrgico são devolvidos
as caixas metálicas (31,4%), tecido (28,6%) e papel kraft (25,7%). na área de armazenamento sendo “jogados” dentro das caixas. A
Para a esterilização dos artigos termossensíveis ao calor, a maioria porcentagem de materiais com problemas de conservação é de
dos sujeitos (92,3%) revelaram a terceirização por meio de pro- 24.22% devido à falta de cuidados e controle de liberação de ma-
cessos físico-químicos como principal alternativa. A monitorização teriais.CONCLUSÃO:Apósesseperíododeobservaçãoconcluímos
química revelou que 26,3% dos profissionais fazem uso do teste que a CME precisa modificar alguns pontos de sua estrutura para
específico – Bowie & Dick (26,3%), bem como dos indicadores de oferecer melhores condições de trabalho aos funcionários obten-
processo, seguido dos multiparamétricos (21,1%). Em se tratando do melhores resultados. É necessário realizar reciclagem de co-
dos controles microbiológicos, 38,4% dos sujeitos revelaram usar nhecimentos, mostrando sempre a maneira correta de se fazer o
indicadores de segunda geração; De acordo com 61,5% dos enfer- serviço garantindo uma melhor qualidade e assistência de serviço.
meiros, tais indicadores são utilizados apenas uma vez por sema-
na. Conclusão: Os resultados deste estudo reforçam a importância Palavras-chaves: Infecção Hospitalar, Prevenção, Vigilância de Pro-
do acompanhamento e planejamento do perfil funcional deste cesso
setor, a fim de minimizar custos e riscos com infecção hospitalar,
otimizar processos, aumentando a produtividade e garantindo a
qualidade da assistência prestada.
P568
Palavras-chaves: centro de material esterilizado, enfermeiros, fun- CAPTAÇÃO DA REALIDADE: A UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE
cionalidade, infecção hospitalar PROTEÇÃO INDIVIDUAL PELA EQUIPE DE SAÚDE NA SALA DE ES-
TERLIZAÇÃOEMUMAUNIDADEBÁSICADESAÚDENACIDADEDE
MOSSORÓ/RN.

P567 Autor(es): Sarah Lavínia Nobre Fernandes, Aline Kallian Cardoso


VIGILÂNCIA DE PROCESSO – AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA, PRO- de Melo, Jainara Kaline de Melo Cunha, Virginia Brenna de Paula
CESSO E RESULTADOS DA CENTRAL DE MATERIAIS E ESTERILIZA- Gois
ÇÃO COMO MÉTODO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Instituição(ões): 1. Unp, Universidade Potiguar
Autor(es): Tatiana Batista Rodrigues, Sara Rodrigues Kellner, Fabri-
cio Ribeiro Campos, Gislaine Cristhina Belusse, Maria Auxiliadora Resumo:
Mancilha Carvalho Pedigone INTRODUÇÃO: Sabemos que nos dias de hoje, ainda existe um
grande número de contaminação nas salas de esterilização das
Instituição(ões): Unidades Básicas de Saúde(UBS) por falta de conscientização dos
1. Santa Casa, Fundação Santa Casa de Misericordia deFranca profissionais de saúde no que se refere à utilização de Equipamen-
todeProteçãoIndividual –(EPI).Expondo profissionais, usuáriose
Resumo: visitantes a esse perigo de contaminação.De acordo com CCI (Co-
INTRODUÇÃO: A Central de Material e Esterilização (CME) é o con- missão de Controle de Infecção) os profissionais de saúde estão
junto de elementos destinados à recepção, expurgo, preparo, es- expostos a diversos riscos ocupacionais. A adoção de medidas de
terilização, guarda e distribuição do material para as unidades do precaução-padrão ou universais, medidas básicas de prevenção
estabelecimento de saúde. OBJETIVO: Avaliar a estrutura, proces- adotadas indistintamente ou em todos os atendimentos de saúde,

358
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
são normas de biossegurança que impedem que os profissionais de grande porte da cidade de Goiânia utiliza em 2009 predomi-
se infectem ou sirvam como vetores para transmitir doenças para nantemente o tecido de algodão cru como invólucro para artigos
outros pacientes ou para seus familiares. Dentre essas medidas submetidos à esterilização por vapor saturado sob pressão e dian-
estão o uso de equipamento de proteção individual (EPI), a imuni- te das desvantagens deste invólucro empreendeu a elaboração de
zação dos profissionais de saúde e a lavagem criteriosa das mãos, um estudo com vista à sua substituição pelo SMS. Após uma busca
limpeza criteriosa na unidade de saúde.OBJETIVO: O presente es- de artigos científicos relacionados ao tema, foram solicitados os
tudo tem como objetivo averiguar como os profissionais de saú- valores de custo aos setores de confecção e lavanderia e do distri-
de em uma Unidade Básica na cidade de Mossoró/RN que lidam buidor do não tecido. O setor de costura enviou os seguintes da-
diretamente com a sala de esterilização estão preconizando a dos: descrição dotecido,preçopormetro,avidaútil,ostamanhos
utilização do equipamento de proteção individual durante a este- utilizados com seus respectivos custos de confecção. A lavanderia
rilização dos materiais.METODOLOGIA : Esse estudo foi realizado forneceu os valores do reprocessamento por quilograma de teci-
através de uma pesquisa de campo, utilizando de uma entrevista do de algodão e o peso dos invólucros nos diferentes tamanhos.
com os funcionários responsáveis pela esterilização de materiais, Com esses dados e a definição da média de consumo diário foi
visto que a unidade tem 40(quarenta) funcionários, onde 06(seis) estabelecido o custo diário para o hospital do tecido de algodão
são responsáveis pela esterilização dos materiais, sendo 04(qua- e para a aquisição do SMS. Conclusão: A análise evidenciou que o
tro)técnicosdeenfermagem(TE)e02(dois)auxiliardeconsultório gasto com o tecido de algodão é maior, mesmo sem a inclusão do
dentário (ACD).RESULTADOS: Após o estudo percebemos que os custo da hora de trabalho. Não foi feita uma análise do impacto
profissionais que lidam com o processo de esterilização não pas- ambiental envolvido no uso das embalagens, entretanto conside-
saram por um treinamento para exercer a função;como também rando a relação custo benefício que incluiu aspectos de segurança
foi observado que nem sempre é respeitado o posicionamento dos usuários, uma vez que as embalagens de tecido são utilizadas
correto dos materiais na autoclave, já os materiais odontológicos indefinidamente, o relatório apresentou sugestão de substituição
primeiramente passam pelo processo com agentes enzimáticos, do tecido de algodão pelo SMS. O setor de compra que aprovou a
para posteriormente autoclavar, utilizam como Epi’s, apenas luvas substituiçãodaembalagem.Essaexperiênciadeintegraçãoensino
de procedimento. CONCLUSÃO: Como nas outras áreas, os fun- serviço buscou qualidade da assistência e contribuiu para a forma-
cionários que atuam nesse ambiente exercem atividade que exi- ção acadêmica.
gem atenção, raciocínio, envolvimento e agilidade. Para tanto os
conhecimentos básico sobre funcionamento dos equipamentos, Palavras-chaves: Esterilização, Centro de Material e Esterilização,
noções de microbiologia e princípios de esterilização de artigos Invólucros, Reprocessamento de Artigos
(Rodrigues AB, Cunha AF, Souza AL). Percebemos a necessidade
básica de um treinamento a estes profissionais para que o proces-
so de esterilização seja casa vez mais rápido e eficiente.
P570
Palavras-chaves: Conscientização, Esterilização, Equipamento de ARTIGOS SEMICRÍTICOS UTILIZADOS NA ATENÇAO BÁSICA EM
proteção individual, Profissionais de Saúde, Unidade Básica de GOIÂNIA: INDICADORES DE QUALIDADE DO REPROCESSAMENTO
Saúde
Autor(es):THAÍS DE ARVELOS SALGADO, ANACLARA FERREIRA VEI-
GA TIPPLE, ADENÍCIA CUSTÓDIA SILVA E SOUZA, KEYTI CRISTINE
P569 ALVES DAMAS REZENDE, SERGIANE BISINOTO ALVES, GABRIELLA
TECIDODEALGODÃOENÃOTECIDO:RELAÇÃOCUSTOBENEFÍCIO RIBEIRO DE PAULA
Instituição(ões): 1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM-
Autor(es): Francine Vieira Pires1, Eurides Santos Pinho1, Anaclara UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FerreiraVeigaTipple1,KatianeMartinsMendonça1,LillianKellyde
Oliveira Lopes2, Fabiana Ribeiro de Rezende1 Resumo:
Introdução: As precauções padrão para o controle de infecção
Instituição(ões): constituem um conjunto de medidas que devem ser aplicadas no
1. FEN- UFG, Faculdade de Enfermagem/ Universidade Federal de atendimento de qualquer indivíduo independente de conheci-
Goiás mentooususpeitadedoençasinfecciosas,eumadestaséorepro-
2. HC- UFG, Hospital da Clínicas da Universidade Federal de Goiás cessamento dos artigos odonto-médico-hospitalares de modo A
escolha do tipo de reprocessamento que um artigo será submeti-
do depende do risco potencial de infecção, associado à sua utiliza-
Resumo:
ção. Os artigos semicríticos, que entram em contato com mucosa
Introdução: O não-tecido (Spunbonded Meltblown Spunbonded –
íntegra, requerem no mínimo desinfecção de nível intermediário.
SMS) e o tecido de algodão cru são invólucros indicados para a es-
Objetivo: caracterizar a estrutura física e os recursos disponíveis
terilização de artigos em vapor saturado sob pressão. Há unanimi-
para o reprocessamento de artigos odonto-médico-hospitalares
dade dos autores em relação à falta de segurança da embalagem
semicríticos nas Unidades de Atenção Básica do Distrito Sanitá-
de tecido dealgodão emrelação àbarreira microbiana, queémui-
rio Leste na cidade de Goiânia-GO.Métodos: Estudo transversal,
to baixa. Um estudo sobre custo benefício de embalagens apre-
descritivo com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi re-
sentou dados que retificam a crença que a embalagem de tecido
alizada em janeiro e fevereiro de 2010, por meio de observação
de algodão é “mais barata” em relação ao SMS. Objetivo: Relatar
direta do Centro de Material e Esterilização (CME) e do reproces-
a experiência de uma atividade acadêmica desenvolvida no está-
samento de artigos em três Centros de Atenção Integral à Saúde
gio supervisionado de enfermagem em um Centro de Material e
e duas Unidades Básicas de Saúde, utilizando um check list, pre-
Esterilização que buscou relacionar o custo benefício entre tecido
viamente validado e submetido a teste piloto, após aprovação em
dealgodãocrueSMS.Desenvolvimento:Umhospitaluniversitário

359
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
comitê de ética. Resultados: Em todas as unidades a desinfecção exclusivos para higienização das mãos, o que contribui para a con-
é realizada no CME, entretanto em área inadequada em quatro, taminação de ambas as áreas. A estrutura física dos CME, no refe-
que a realizam no expurgo. Todos realizam desinfecção química rente a piso, paredes, forro, janelas, portas, iluminação, ventilação
dos artigos semicríticos com hipoclorito de sódio 1% e apenas um e sistema de exaustão e calor, na maioria não há conformidade
também utiliza glutaraldeído 2%. Os produtos utilizados são arma- com as normas sanitárias vigentes no país. Todos realizam limpeza
zenados em recipientes adequados na maioria e utilizados dentro manual dos artigos, quatro (80%) utilizam detergente enzimático.
do período recomendado em três unidades. Em todas as unidades A autoclave a vapor saturado sob pressão é o método de esterili-
a água utilizada para enxágüe dos artigos é potável e as torneiras zação em todas as unidades e todas utilizam tecido de algodão e
não possuem filtro para desmineralização. Os artigos submetidos papel grau cirúrgico como invólucro, uma (20%) ainda utiliza papel
à desinfecção são embalados em saco plástico (20%) e posterior- Kraft. Todas realizam controle químico classe I e teste biológico
menteacondicionadosemrecipientesplásticoscomtampa,tecido semanalmente e apenas uma realiza o controle físico pelo registro
de algodão (20%) e ainda em recipiente com plástico ou inox com dos parâmetros em livro tipo “Ata”. Em todos os CME o armaze-
tampa, recipiente plástico ou inox forrado com tecido de algodão namento dos artigos esterilizados é feito em armários adequados
(40%) e 20% em tecido de algodão, papel grau cirúrgico ou reci- e de uso exclusivo. Conclusão: Apesar de a estrutura física dos
piente plástico com tampa. O armazenamento é feito na área lim- CME das Unidades de Atenção Básica possuir falhas em relação às
pa da unidade (60%) ou em suas unidades consumidoras (40%). normas Sanitárias, ainda assim oferecem condições mínimas bem
Conclusão: Os produtos químicos utilizados para desinfecção es- como recursos materiais satisfatórios para a realização das etapas
tão de acordo com as normas preconizadas no país e as condições do reprocessamento de artigos, sendo um importante elemento
de armazenamento são satisfatórias. Entretanto, a estrutura física na prevenção das IrAS.
onde é realizada a desinfecção é inadequada, podendo compro-
meter a qualidade do reprocessamento. Palavras-chaves: Atenção Primária à Saúde, Controle de Infecções,
Descontaminação, Esterilização
Palavras-chaves: Atenção Primária à Saúde, Controle de Infecções,
Descontaminação, Desinfecção
P572
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DA ESTERILIZAÇÃO
P571
O REPROCESSAMENTO DE ARTIGOS CRÍTICOS EM UNIDADES DE Autor(es): JULIANA DIAS FERREIRA SILVA SILVA, JOSÉ JONATHAS
ATENÇÃO BÁSICA DE GOIÂNIA-GOIÁS ALBUQUERQUE DE ALMEIDA ALMEIDA, ANNA KARLA BRANDAO
MENEZES MENEZES, ANKILMA ANDRADE DO NASCIMENTO NAS-
Autor(es):THAÍSDEARVELOSSALGADO,ANACLARAFERREIRAVEI- CIMENTO, NEFERTITI PEREIRA LEITE LEITE
GA TIPPLE, ADENÍCIA CUSTÓDIA SILVA E SOUZA, KEYTI CRISTINE
ALVES DAMAS REZENDE, SERGIANE BISINOTO ALVES, GABRIELLA Instituição(ões): 1. FSM, FACULDADE SANTA MARIA
RIBEIRO DE PAULA
Instituição(ões): 1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM-UNI- Resumo:
VERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Introdução Esterilização é um processo pelo qual ocorre a des-
Resumo: truição de todas as formas de vida microbiana, isto é, esporos,
Introdução:As Infecções relacionadas à Assistência à Saúde (IrAS) bactérias, fungos e protozoários em determinado meio, devido à
são uma das principais causas de morbidade e letalidade associa- aplicação de agentes físicos ou químicos. A escolha do processo
das a procedimentos terapêuticos, dentre os quais se incluem os de esterilização depende da natureza do artigo a ser esterilizado.
serviços de Atenção Básica. O reprocessamento dos artigos odon- O processo de esterilização que oferece maior segurança é o calor
to-médico-hospitalares é uma das principais medidas antiinfec- úmido saturado sob pressão, entretanto, vários artigos hospitala-
ciosas. As Unidades de Atenção Básica, apesar de não realizarem res são termos sensíveis, o que inviabiliza esse processo de forma
atendimentos de alta complexidade, a cada dia mais assumem generalizada. Atualmente vem-se intensificando estudos e discus-
atividades antes realizadas apenas no âmbito hospitalar. Assim, sões, no tocante ao estabelecimento de critérios, para diferenciar
uma gama de artigos é reprocessada diariamente nessas unida- e aplicar corretamente os processos de esterilização, tendo como
des o que requer controle dos processos. Objetivo: Caracterizar a principal objetivo o controle das infecções hospitalares. Objetivo
estrutura física e os recursos disponíveis para o reprocessamento Orientar sobre as técnicas e os cuidados ao manusear os matérias
de artigos odonto-médico-hospitalares críticos nas Unidades de químicos e físicos que estão associados à esterilização, mostrando
Atenção Básica do Distrito Sanitário Leste na cidade de Goiânia- aimportânciadousodoEPI,eteroenfermeironoprocessoeaca-
GO. Métodos: Estudo transversal, descritivo com abordagem pacitação para desenvolvimento da atividade com segurança para
quantitativa, aprovado em Comitê de Ética, segundo Resolução todos. Metodologia utilizada para o desenvolvimento do estudo
196/96. A coleta de dados foi realizada por meio de observação foi à pesquisa exploratória, com revisão e pesquisa bibliográfica
direta do Centro de Material e Esterilização (CME) e do reproces- emlivrosnacionais,artigoscientíficos,revistasedadosdisponíveis
samento de artigos em três Centros de Atenção Integral à Saúde e na internet, favorecendo a reflexão e familiarização sobre esterili-
duas Unidades Básicas de Saúde em janeiro e fevereiro de 2010, zação e desinfecção em serviços de saúde. Resultados Do estudo
utilizandoumchecklist,previamentevalidadoesubmetidoateste feito em diversas bibliografias, mostrar que categoria profissional
piloto. Resultados: Três (60%) CME são centralizados e dois (40%) que executa o processo de esterilização com maior freqüência é
são semicentralizados. Dois (40%) não possuem áreas específicas os técnico e/ou auxiliar de enfermagem sendo realizado o proce-
para cada etapa do reprocessamento dos artigos, e ainda não há dimento na própria unidade tendo-se dificuldade para treinamen-
barreira física entre as áreas suja e limpa, impossibilitando o fluxo to e supervisão, ocorrendo acidentes de trabalho e aumento do
unidirecional dos artigos. Em quatro (80%) não existem lavatórios custo pelo desperdício, uso irracional dos produtos, entre outros.

360
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Os profissionais se queixam de uma leve irritação dos olhos com o lises realizadas com 60 cilindros para cada microrganismo teste,
manuseio de Formaldeído. Conclusões Assim sendo, dada a diver- sendoevidenciadaeconfirmadaaausênciadecrescimentomicro-
sidade de falhas e a importância da temática, no contexto da as- biano em todos os cilindros testados. Para a determinação da CIM
sistência hospitalar, medidas corretas devem ser adotadas, tendo os testes foram avaliados quanto à presença ou não de turbidez
uma capacitação dos profissionais que realiza esse procedimento. emcomparação com os controles positivo e negativos, ea CBM foi
Seria necessário que a supervisão direta do processo de esteriliza- determinadaapartirdotesteCIM,ondeamenorconcentraçãodo
ção, tanto físico quanto químico, fosse de responsabilidade do en- extrato capaz de impedir totalmente o desenvolvimento de colô-
fermeiro. Este profissional deverá atualizar-se constantemente so- nias de bactérias nas placas foi considerada CBM. Conforme os re-
bre as alterações tecnológicas, bem como, atentar para a garantia sultados obtidos nas análises, seguindo protocolo preconizado, as
daqualidade dosserviçosprestadosàcomunidade.Aesterilização formulações desenvolvidas contendo pequenas concentrações do
deveria ser centralizada e contratada pelos hospitais, acarretando extrato de Baccharis dracunculifolia diluído em soluções hidroal-
no mínimo dois benefícios, proteção ao meio ambiente, e saúde coolicas a 40°GL, mostraram-se eficazes para uso a que se propõe.
ocupacional, isso se as normas de segurança forem cumpridas.
Através de recursos disponíveis, buscando acompanhar o desen- Palavras-chaves: Acidos fenólicos, Antimicrobiano, Atividade bac-
volvimento científico/tecnológico, enquadrando os benefícios tericida, Baccharis dracunculifolia, fungicida
dentro dos parâmetros considerados corretos, consagrados por
pesquisas. Para segurança de pacientes e profissionais.

Palavras-chaves: conhecimentro, Esterilização, importância, qua- P574


lidade, segurança AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DA ESTERILIZAÇÃO DE CANETAS
ODONTOLÓGICAS DE ALTA-ROTAÇÃO EM AUTOCLAVE GRAVITA-
CIONAL ADOTANDO UM PROTOCOLO DE REPROCESSAMENTO

P573 Autor(es): Camila Fonseca Alvarenga1, Cleomenes Reis1, Anaclara


ESTUDO DA SAZONALIDADE, IDENTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS Ferreira Veiga Tipple3, Enilza Maria Mendonça de Paiva2
ATIVOS E ATIVIDADE BACTERICIDA/ FUNGICIDA DA FONTE BOTÂ-
NICA DA PRÓPOLIS VERDE Baccharis dracunculifolia DC. Instituição(ões):
1. IPTSP, instituto de patologia tropical e saude publica
Autor(es): Daniela Sicci Del Lama1, Jairo Kenupp Bastos2, Niege 2. FO, faculdade de odontologia
Araçari Jacometti Furtado2 3. FEN, faculdade de enfermagem

Instituição(ões): Resumo:
1. CicloFarma, Ciclofarma Indústria Quimica Introdução: Na odontologia vários instrumentos podem albergar
2. FCFRP, Universidade de São Paulo microrganismos após atendimento de pacientes. A caneta de alta
rotação é um instrumento de complexo design, funcionamento e
Resumo: reprocessamento.Porapresentarespaçointernoimpossíveldeser
Agrandediversidadevegetaldificultaacorrelaçãodaprópoliscom exposto durante esterilização, o risco de reter ar frio neste espaço
a fonte produtora. Recentemente a própolis brasileira foi classi- é aumentado quando o funcionamento da autoclave gravitacional
ficada em 12 grupos, observando a existência de um tipo majo- é considerado. Objetivo: avaliar um protocolo de reprocessamen-
ritário de própolis na região Sudeste. Baccharis dracunculifolia, to de canetas odontológicas de alta-rotação utilizando autoclave
conhecida vulgarmente como alecrim do campo, da família Aste- gravitacional. Médodos: Os dados foram obtidos por meio de bus-
raceae,éafontevegetalutilizadapelasabelhasApismelliferapara ca de informações sobreo paciente esua saúde nas fichas clínicas,
a elaboração da própolis produzida na região sudeste. Objetivou- aplicação de questionário aos dentistas e análise microbiológica
se neste trabalho estudar a sazonalidade, identificar os compostos colhida de seis canetas de alta-rotação. Para a análise microbioló-
ativos, desenvolver formulações contendo substâncias identifica- gicaforamcoletadas60amostrasdeseiscanetasodontológicasde
das em quantidades definidas, avaliar a atividade antimicrobiana alta-rotação de 60 pacientes diferentes. Um mês antes da coleta
destas formulações seguindo protocolos que indiquem o poten- foi instituída uma rigorosa rotina de reprocessamento da cane-
cial das mesmas para uso como antisseptico, desinfetante hospi- ta seguindo o protocolo recomendado pelos CDC (2003). Após o
talar e para controle de infecção em saúde animal. O extrato de atendimento de pacientes, as canetas eram reprocessadas e enca-
B. dracunculifolia foi utilizado em diferentes concentrações para o minhadas ao laboratório de microbiologia do IPTSP/UFG para a re-
preparodeformulaçõesemsoluçãohidroalcoolica.Aidentificação alização da coleta. Foram utilizados swabs umedecidos com salina
das substâncias presentes no extrato foi realizada utilizando cro- que foram introduzidos na cabeça da caneta no espaço da turbina
matografia liquida de alta eficiência. A atividade antimicrobiana e transferidos para caldo tioglicolato de sódio. Os tubos contendo
das formulações desenvolvidas foi avaliada conforme métodos e o material foram levados para estufas bacteriológicas e incubados
procedimentos do INCQS/FIOCRUZ para Staphylococcus aureus por sete dias a 37C. Foram consideradas esterilizadas, as canetas
ATCC 6538, Pseudomonas aeruginosa ATCC 15442, Salmonella onde não foi observado crescimento de nenhum microrganismo
choleraesuis ATCC 10708, Escherichia coli ATCC 25922 e usando a no período de incubação especificado. Mesmo sem turvação, foi
técnicadediluiçãoemcaldoparadeterminaraCIMeaCBMparaS. realizada a coloração de Gram para confirmação microscópica da
Enteritidis ATCC 13076, S. Thyphi, S. agalactiae ATCC 13813, S. aga- ausência de microrganismos nos meios que não turvaram. Resul-
lactiae, Aspergillus flavus, Aspergillus niger ATCC 16404 e Candida tados:Todasas60amostrasanalisadasnesteestudodemostraram
albicans. Os ensaios para avaliação das atividades antibacteriana e ausência de crescimento microbiano, evidenciando a efetividade
antifúngica foram desenvolvidos com os controles apropriados. A das autoclaves gravitacionais para a esterilização de canetas de
atividade antimicrobiana das formulações foi constatada nas aná- alta-rotação. Conclusão: Considera-se que o rigoroso cumprimen-

361
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
to do protocolo do CDC foi fundamental para o alcance desse re- de protocolos, por profissionais qualificados, que permitam quan-
sultado. Destaca-se a limpeza interna da caneta obtida pelo acio- tificarodesgasteeorientarodescartedessescampos,nãodeixan-
namento do sistema ar/água por 30 segundos que possibilitou a do de lado os critérios para aquisição do tecido adequado a esta
redução mecânica da biocarga em níveis compatíveis (≤106) com função.O enfermeiro tem nesse processo, um papel fundamental,
o processo de esterilização em autoclaves a vapor saturado sob enquanto coordenador do serviço de enfermagem no CME, de-
pressão. vendo assumir sua função com competência técnica, participando
efetivamente do processo de compra, avaliação e controle de uso,
Palavras-chaves:controledeinfecções,esterilização,instrumentos com vista a garantir maior segurança aos clientes.
odontologicos, odontologia
Palavras-chaves: ESTERILIZAÇÃO, EMBALAGEM, TECIDO DE ALGO-
DÃO, VAPOR SATURADO SOB PRESSÃO
P575
EMBALAGEM DE TECIDO DE ALGODÃO: UMA ANÁLISE DO USO
EM HOSPITAIS DE MÉDIO E GRANDE PORTE DE GOIÂNIA. P576
ESTUDO EXPERIMENTAL DA AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO PRO-
Autor(es): LUCIMARA RODRIGUES DE FREITAS2, DIRCE FELIPE PI- CESSODEDESINFECÇÃODEALTONÍVELNAREMOÇÃODEBIOFIL-
RES2, NEURACI DOS SANTOS RAMOS RODRIGUES3, ANACLARA ME EM CANAIS DE ENDOSCÓPIOS
FERREIRA VEIGA TIPPLE1, DULCELENE DE SOUSA MELO1
Autor(es): Ana Cristina Balsamo
Instituição(ões):
1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM - UFG Instituição(ões): 1. HU-USP, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVER-
2. HC-UFG, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE GOIÂNIA - GO SIDADE DE SÃO PAULO
3. HDT, HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS
Resumo:
Resumo:
Introdução: O reprocessamento de artigos é uma condição bási- Palavras-chaves: Biofilme, Desinfecção, endoscópio
ca para prevenção e controle da infecções associadas ao cuidado
em saúde. Para esterilização em vapor saturado sob pressão, den-
tre os vários invólucros, os serviços de saúde utilizam o tecido de
algodão cru. No entanto, não se sabe se estes serviços seguem P577
as normatizações e critérios para que este invólucro seja efetivo RELATO DE CASO: EXPERIÊNCIA NA DESINFECÇÃO DE ENDOSCÓ-
durante o processo de esterilização, bem na manutenção da es- PIOS FLEXÍVEIS COM ÁCIDO PERACÉTICO.
terilidade até o uso. Objetivos: Identificar os hospitais de médio
e grande porte de Goiânia que utilizam o tecido de algodão como Autor(es): LUCIENE XAVIER SANTOS, ANA CLAUDIA QUINONEIRO,
embalagemparaartigoshospitalares;identificaroprofissionalres- RENATO CASSIO MENDES, LARISSA CAVASSIN, VERA LUCIA BOR-
ponsável pela aquisição do tecido em cada instituição e quais são RASCA, MARIA BEATRIZ SOUZA DIAS
os critérios adotados para sua compra; descrever de que forma os
campos de algodão são confeccionados e quais os critérios de se- Instituição(ões): 1. HSL, Hospital Sírio Libanês
leção dos campos, antes do empacotamento dos artigos; descre-
ver as formas de controle, adotadas pelas instituições, para reuso Resumo:
do tecido de algodão e analisar amostras novas de tecido utiliza- Introdução:Oglutaraldeídoéumdosdesinfetantesmaisutilizados
das pelos hospitais como invólucro. Materiais e métodos: Estudo em serviços de endoscopia mostrando boa eficácia, custo relativa-
descritivo, realizado em hospitais de médio e grande porte de Goi- menterazoável,boacompatibilidade.Emfevereirode2007aCCIH
ânia em 2009. Os dados foram coletados mediante a aplicação de do HSL identificou a oportunidade de mudar o processo de desin-
um questionário semi-estruturado aos enfermeiros do Centro de fecção dos aparelhos de endoscopia (AE) com glutaraldeído para
Material e Esterilização (CME) e/ou Centro Cirúrgico (CC) e análise ácido peracético (AP). Os motivos para a mudança são: toxicidade
de amostras de tecido de algodão novo, utilizado pelos hospitais do glutaraldeído, legislação específica para o Estado normatizan-
pesquisados. O estudo foi submetido à avaliação do Comitê de Éti- do o uso (Resolução da Secretária de Estado da Saúde – SS 27) e
ca em Pesquisa. Resultados: Participaram do estudo 16 hospitais provável resistência de “Micobactéria spp” ao glutaraldeído. Em
dos 26, de médio e grande porte, que utilizam o tecido de algodão comparação com o glutaraldeído, o AP tem eficiência similar ou
comoinvólucro.Emoitodestes(50,0%)oenfermeirodoCMEe/ou superior, é menos irritante e mais seguro para o ambiente. Apre-
CC era o responsável pela aquisição do tecido de algodão; no en- senta como desvantagens: menor estabilidade, odor de vinagre
tanto, quatro enfermeiros (25,0%) não souberam responder quais e ação corrosiva dependendo da formulação. Objetivos: Verificar
eram os critérios observados para sua compra. Os campos de te- a compatibilidade do AP no processo de desinfecção de AE; Me-
cido são costurados de modo simples em seis hospitais (37,6%) e todologia: O estudo foi realizado no Serviço de Endos-
cinco (31,2%) utilizam um campo simples e um duplo para emba- copia de um Hospital Privado Terciário da cidade de São Paulo.
lar os artigos. Apenas um hospital relatou alguma forma sistemá- Os AE estudados foram submetidos à revisão pelo fabricante para
tica de controle do reuso dos campos de algodão. O número de identificar danos prévios e posteriormente submetidos ao proces-
fios por cm2 de tecido foi entre 40 e 56 em 14 hospitais (87,5%). so de desinfecção com AP. Em agosto de 2009 o serviço de en-
Conclusão: A maioria dos hospitais que utilizava o tecido de algo- doscopia foi ampliado, novos AE foram adquiridos e o processo
dão como embalagem, não realizava qualquer tipo de monitora- de desinfecção com AP foi totalmente implantado. Nesta ocasião,
mento de sua vida útil, o que torna necessário o estabelecimento houve a introdução de AE de outro fabricante. Em junho de 2010

362
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
a CCIH realizou um levantamento dos motivos de reparos dos AE tabelecida de 1,2% para o ano de 2009. O período de 2006 a 2009
comintuitodeidentificarpossíveisdanoscausadospeloAP.Foram mostra significativa melhora das taxas no decorrer dos anos, com
selecionados: videogastroscópios (VGTC) e videoduode/colonos- queda na curva das médias anuais. Taxa de IH em cesárea: No de-
cópios (VDCC) de um fabricante “X” e Gastroscópios (GTC) do fa- correr dos anos, um empenho significativo de toda a equipe da
bricante “Y”. Os possíveis danos foram divididos em: vazamentos, obstétrica em reduzir as taxas de IH nas pacientes submetidas a
infiltrações, tubos furados, tubos amassados, entupimentos e pro- cesáreas. Entretanto o esforço possibilitou atingir a média anual
blemas na vedação do conector eletrônico. Resultados: Em 2006, de 1,6% em 2009. Taxa de IH global: A taxa de IH global reflete
do total de VGTC encaminhados 33,3% apresentavam problemas a queda das taxas de infecção hospitalar de todas as unidades.
de vazamento e em 2007 observou-se que: 46,2% apresentavam Não conformidades nos procedimentos: A margem de segurança
vazamento; 15,4% infiltração; 38,5% tubo furado e 7,7% entupi- será sempre zero, e obtivemos uma taxa média de 1,3% em 2009.
mento. Em 2008, após a introdução parcial do AP observou-se: O SCIH faz apenas o diagnóstico das irregularidades nas audito-
vazamento: 11,1%; tubo furado: 5,6%. Em 2009: vazamento: 5%; rias contínuas, e as não-conformidades mais encontradas foram
tubofurado:10,0%;entupimento:5,0%efinalmenteem2010,até a não identificação de equipos e polifix. Continuam mantidas as
o mês de maio não foram observados danos. Em 2006 no grupo atividades de educação permanente, estimulando os setores que
dos VDCC foram observados: vazamentos: 12,5% e tubo furado: sãoresponsáveispelosprocedimentosamelhoraremseusíndices.
12,5%. No ano de 2007: vazamentos: 10%. Nos demais anos não CONCLUSÕES: Foi observado um maior envolvimento e empenho
foram observados danos. Os GTC do fabricante “Y”, adquiridos em de todas as equipes em reduzir as taxas de infecções hospitalares,
2009 apresentaram no mesmo ano de sua aquisição: infiltração: abrangendo tanto médicos como colaboradores da instituição.
4,3% e entupimento: 8,7%. Em 2010 até o mês de maio: tubo fu-
rado: 4,3%; entupimento: 13,0% e danos na vedação do conector Palavras-chaves: Indicadores, Infecção Hospitalar, Qualidade
eletrônico: 13,0%. Conclusão: Os GTC do fabricante “Y” adquiridos
em 2009 apresentaram mais danos quando comparados aos do
fabricante“X”,porémnãofoipossívelcompararocomportamento
destes, antes e após a desinfecção com AP pelo fato de não terem P579
sido expostos ao processo prévio de desinfecção com glutaraldeí- VIGILÂNCIA DE PROCESSO CIRÚRGICO: A EXPERIÊNCIA E O PER-
do. FIL EVOLUTIVO DE UM TRIÊNIO DE UM HOSPITAL PRIVADO E
ACREDITADO DO INTERIOR DE SÃO PAULO
Palavras-chaves:DESINFECÇÃODEENDOSCÓPIOS,ÁCIDOPERACÉ-
TICO, compatibilidade, glutaraldeído Autor(es): MARIELLY HERRERA GONZALEZ, CLAUDIA MANGINI,
FERNANDO VINICIUS CESAR DE MARCO, ESTHER CARDOSO F.
MARQUES, CIBELE CARNEIRO DA SILVA

P578 Instituição(ões): 1. HV, Hospital viValle


AVALIAÇÃO DE QUATRO ANOS DOS INDICADORES DA QUALIDA-
DE DO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Resumo:
INTRODUÇÃO Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Autor(es): Juliana Vidal Sartori, Maria Beatriz Bonin Caraccio (ANVISA),a Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) é uma das principais
infecções relacionadas à assistência à saúde, ocupando 3°lugar
Instituição(ões): 1. HUL, Hospital Unimed Limeira entre todas as infecções em serviços de saúde e compreenden-
do 14% a 16% daquelas encontradas em pacientes hospitalizados.
Resumo: Portanto, faz-se necessário que a CCIH de cada hospital trace es-
INTRODUÇÃO: Indicadores são dados coletados rotineiramente tratégias como: normatização de procedimentos; definição de in-
que permite a comparação e fornece informações a respeito das dicadores e avaliação do bloco cirúrgico (vigilância do processo ci-
características do problema escolhido para ser monitorado. Nes- rúrgico).OBJETIVODescreveraexperiênciadeumhospitalprivado
te estudo foi realizado um comparativo de quatro anos das taxas e acreditado pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) do
de infecção hospitalar (IH). OBJETIVO: Avaliar comparativamente interiordeSãoPaulo(HospitalviValle) no períododedezembrode
os dados referentes aos indicadores de qualidade em um perío- 2006 a dezembro de 2009 na vigilância de processo cirúrgico reali-
do de quatro anos. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram avaliados os zada pelo SCIH em parceria com as colaboradoras de Enfermagem
dados referentes aos indicadores de qualidade (IH na UTI, IH em do Centro Cirúrgico. MÉTODOS A vigilância do processo cirúrgico
cirurgias, IH em cirurgias limpas, IH em cesárea, IH global e não- é feita por preenchimento em formulário do SCIH e aplicado pela
conformidades nos procedimentos) em um período de quatro colaboradora de enfermagem no período transoperatório. O for-
anos (2006, 2007, 2008 e 2009). RESULTADOS: Taxa de IH na UTI: mulário contêm dados do paciente, da equipe cirúrgica, da cirur-
O empenho da equipe de assistência da UTI em reduzir os riscos gia (incluindo acidentes intraoperatórios), da anestesia, dados da
de IH, foi o fator preponderante para a obtenção das taxas. Outro circulanteeinclusiveadescriçãodenãoconformidadespresencia-
fator que contribuiu para a diminuição das taxas foi a média de dasematocirúrgico.Paraquehajaumacoletadedadosfidedigna,
permanência que caiu de 6,6 dias em 2006 para 5,4 em 2007, para a Enfermeira do SCIH realiza atualização da equipe de Enferma-
5,2 em 2008 e para 3,6 em 2009. Isto representou uma redução gemdoCentroCirúrgicotrimestralmenteeacadaadmissãodeum
de mais de 45% na média de permanência em 3 anos. Taxa de IH novo colaborador. Os formulários preenchidos são encaminhados
cirúrgicos: Considerando o tipo de paciente e de cirurgias, a mar- e analisados pela Enfermeira do SCIH semanalmente. RESULTA-
gem de segurança para 2009 foi ter uma taxa de 1,2%. Obteve-se DOS Entre dezembro de 2006 a dezembro de 2009 pesquisamos
taxa média do ano de 2009 de 1,0%, o que consideramos satis- todas cirurgias realizadas e obtivemos da análise o percentual de
fatória e igual à média de 2008. A taxa média de IH em cirurgias cirurgias conformes de 97,64% e o de cirurgias não-conformes de
limpas foi de 1,03%, considerando-se a margem de segurança es- 2,36%. O SCIH conjuntamente ao CME e Centro Cirúrgico realizam

363
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
um incansável trabalho pela busca da excelência na prestação de da segurança do paciente, mesmo não apresentando um sistema
serviços aos seus clientes e com o apoio da Diretoria Clinica e da informatizado como sugerido pela JCI. Porém, sua representante
Gerência Médica, neste hospital é vetada a entrada de materiais demonstrou interesse em parcerias visando a elaboração de pro-
não reprocessados na CME deste hospital mesmo que o médico tocolos,capacitação/treinamentoseinserçãoemredenacionalde
traga materiais previamente esterilizados por outro serviço. Todas segurança do paciente.
as não conformidades em cirurgia são tratadas como prioridade
máxima pelo SCIH conjuntamente à Qualidade,Gerência Médica e Palavras-chaves: QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE, SEGU-
Diretoria Clínica. CONCLUSAO A implantação de Vigilância de Pro- RANÇA DO PACIENTE, HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS
cesso Cirúrgico, não só fornece os indicadores como dissemina a
informação entre os colaboradores e equipes médicas, de forma
a estimular a adesão de todos às boas práticas e colaborar para a
gestão de risco no processo do cuidado ao paciente. P581
VERIFICAÇÃO DA APLICAÇÃO DAS MEDIDAS DE CONTROLE
Palavras-chaves: cirurgico, evolutivo, perfil, processo, vigilancia DE INFECÇÃO RELACIONADAS A COLETA DO EXAME CITOPA-
TOLÓGICO DO COLO DO ÚTERO EM GOIÂNIA

Autor(es): DAIANNY FRANCISCA DA PAZ E SOUSA, Renata Gonçal-


P580 ves Paulino, ANA KARINA MARQUES SALGE, JANAÍNA VALADARES
O USO DE PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM HOS- GUIMARÃES
PITAIS UNIVERSITÁRIOS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO
Instituição(ões): 1. FEN - UFG, Faculdade de Enfermagem - Univer-
Autor(es): KAREN BARBOSA COUTO PEREIRA, CAMILA GRAMIÃO sidade Federal de Goiás
DE OLIVEIRA CRUZ, LAILA FRANCO DA SILVA, NATÁLIA REIS ALVES
CHAVES, SONIA MARA FARIA SIMÕES Resumo:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – GOIÂNIA- GO As precau-
Instituição(ões):1. UFF, UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ções-padrão foram estabelecidas para que se considere presu-
mivelmente que todos os clientes possam estar potencialmente
Resumo: infectados com patógenos. Por esta razão, o profissional de saúde
A Joint Commission International (JCI) tem como missão a quali- deve se prevenir com medidas de barreira, sempre que houver
dade de atendimento garantindo a segurança do paciente e, para possibilidade de contato com sangue ou fluidos corporais. Sabe-se
isso, estabelece seis metas que estão relacionadas nos resultados. que muitos serviços de saúde no atendimento a mulher, não dis-
A pesquisa aprovada em 2008 na Fundação de Amparo à Pesquisa ponibilizam ou carecem equipamentos suficientes para promover
do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), tem como objetivos carac- a proteção do profissional responsável pela realização do exame.
terizar o uso de protocolos de segurança do paciente em hospitais Neste sentido, a saúde da mulher é uma área que merece grande
universitários; discutir a implementação dos protocolos à luz da destaqueporserlocalcomgrandepossibilidadedecontaminação.
literatura e propor rede de articulação institucional sobre segu- Objetivo: Avaliar, através de observação direta, a adoção dos en-
rança do paciente. Metodologia: Trata-se de pesquisa exploratória fermeiros as medidas de controle de infecção durante a coleta do
de natureza quanti-qualitativa, aprovada pelo Cômite de Ética e examecitopatológicodocolouterino,bemcomoadisponibilidade
Pesquisa (CEP/HUAP) sob o número de protocolo 268/09, tendo de equipamentos de proteção. Método: Utilizou-se a metodolo-
como cenários um Hospital Universitário no município de Niterói gia descritiva e analítica em pesquisa com abordagem quantita-
e dois no Rio de Janeiro. Os sujeitos são enfermeiros gestores nas tiva com aplicação de “check list” para registro das observações
instituições selecionadas. Foi elaborado um formulário contendo em relação as medidas de controle de infecção pelos enfermeiros
dados de identificação da instituição e as metas internacionais que atuam nas Unidades de Atenção Primária à Saúde e Estratégia
de segurança do paciente. Resultados: Os dados parciais revelam Saúde da Família de um Distrito Sanitário de Goiânia. Resultados:
as estratégias utilizadas no Hospital Universitário em Niterói. Em Participaram do estudo 18 enfermeiros, sendo que todos utiliza-
relação à identificação correta do paciente, a instituição usa a ram luvas de procedimento para realizar a coleta, metade deles
identificação pelo nome completo do cliente, número do leito e higienizaram as mãos antes e após a coleta, e 13 (72,23%) troca-
prontuário, esclarecendo que ainda não existe no hospital meca- ramaroupadecamaapósacoleta,13(72,22%)mantiveramosca-
nismos informatizados de identificação. No que tange a efetivida- belos presos, 8 (44,44%) utilizaram máscara, 3 (16,67%) utilizaram
de da comunicação entre os profissionais da assistência, não há jaleco de mangas longas, 4 (22,23%) utilizaram sapato fechado,
ummecanismoouprotocoloparasetransmitirordenstelefônicas. 2 (11,11%) fizeram uso de gorro, 2 (11,11%) não higienizaram as
Considerando a melhoria da segurança das medicações de risco mãosesomente1(5,56%)realizoualimpezadamesaginecológica
foi informado que essas medicações ficam no posto de enferma- após a coleta. Concluímos que as medidas de controle de infecção
gem, havendo uma carga mínima para cada setor e o paciente não durante o exame citopatológico são negligenciadas, principalmen-
tem acesso a essa medicação. Quanto a eliminar cirurgias do lado- te a higiene de mãos que consiste na medida mais eficaz e simples
errado, paciente-errado, procedimento- errado há verificação do de se prevenir infecção. Constatamos também que a falta de insu-
prontuário do paciente, exames, mas não um checklist. Para re- mos (lençol, gorro, máscara) dificulta a adesão e cumprimento das
duzir o risco de infecção são implementadas medidas preventivas precauções-padrão atrapalhando a qualidade e a segurança do
e a CCIH atua na investigação dos casos. Em relação à reduzir o serviço prestado, aumentando o risco para infecção cruzada nas
risco de dano /lesão ao paciente vitima de queda a representan- unidades básicas de saúde.
te institucional afirma que em 100% dos casos essas precauções
são mantidas, tendo as unidades fechadas leitos são com grades. Palavras-chaves: Exame Colpocitológico, controle de infecção,
Conclusão: Os dados mostram que a instituição atua no controle equipamentos de proteção

364
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P582 CONTINUADA
CONDIÇÃO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM INFECÇÃO HOSPI-
TALAR E OS PRINCIPAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS PELAS CCIHs
DO ESTADO DE SANTA CATARINA PARA O EFETIVO CONTROLE P583
DASINFECÇÕESHOSPITALARESNOSHOSPITAISPRESTADORESDE LESÕESPROVOCADASPELAINSTALAÇÃODECATETERVESICALDE
SERVIÇOS PARA O SUS DEMORA EM PACIENTES DO SEXO MASCULINO EM UMA UNIDA-
DE DE TERAPIA INTENSIVA
Autor(es): Jovani Antônio Steffani, Fabiola Iagher, Andréia Presta,
Candice Cristina Stumpf Autor(es): ANA SANTOS, LUIZ BHERING, MARCIA VALERIA ROSA
Instituição(ões): 1. UNOESC - Joaçaba, Universidade do Oeste de LIMA
Santa Catarina – Joaçaba – SC
Instituição(ões): 1. UFF, Universidade Federal Fluminense
Resumo:
Introdução: a educação continuada ou permanente é definida
Resumo:
como um processo efetivo e regular de ensino e aprendizagem di-
INTRODUÇÃO: Em nossa vivência profissional atuando nas unida-
nâmico e contínuo, tendo por finalidade a análise e aprimoramen-
des de internação, observamos algumas situações quanto ao cui-
to da capacitação de pessoas e grupo. Objetivo: o objetivo inicial
dado, com o enfoque durante a manipulação do paciente do sexo
foi avaliar as experiências e estratégias utilizadas na educação per-
masculino com cateter vesical de demora (CVD) quanto às lesões
manente de trabalhadores de saúde em Infecção Hospitalar (IH) e
decorrentes da fixação do mesmo. OBJETIVOS: Identificar como é
seu impacto na qualidade das práticas nos hospitais do Estado de
realizada a cateterização vesical em pacientes do sexo masculino
SC com mais de 70 leitos prestadores de serviços para o SUS. Mé-
e analisar a qualidade na assistência com o uso de cateter vesical
todo: através do DATASUS e a partir de informações da Secretaria
de demora. MÉTODO: Este Estudo foi realizado em conformidade
de Estado da Saúde, obteve-se a relação dos hospitais com mais
com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde - RDC 196/96. O
de 70 leitos de SC. Como em quase a totalidade dos hospitais não
cenário foi o Centro de Tratamento Intensivo no período compre-
havia programas de educação continuada plenamente estabeleci-
endido de julho a dezembro de 2009. O Instrumento foi passado
dos, o estudo procurou levantar as principais dificuldades que as
para 84 profissionais, sendo 21 Enfermeiros e 63 Técnicos de en-
CCIHs enfrentam para o efetivo controle das infecções. Os dados
fermagem após a ciência dos mesmos através da autorização de
coletados nas entrevistas foram analisados através da técnica de
participação na Pesquisa. A coleta de dados foi realizada durante
Análise do Discurso do Sujeito Coletivo proposta por Lefévre &
a atividade laboral dos trabalhadores de enfermagem da unidade
Lefévre (2005). Resultados: ao contrário do que muitos pensam,
definida, em forma de entrevista. A análise dos dados foi realizada
que o maior problema é a falta de recursos financeiros para a im-
através de tratamento estatístico e discutida sob a luz do referen-
plementação de programas de controle das IHs, o estudo apon-
cial teórico e dos registros em prontuário. RESULTADO: Dos pro-
tou em ordem decrescente de importância que este item ocupa
fissionais pesquisados, 92% fixam de forma correta, o que evita
o quarto lugar, antes foram elencados: (1) a falta de ações junto
as conseqüências observadas na pós-fixação como a tração sobre
órgãos de classe, médica e de enfermagem e junto às entidades
a uretra, ou que seja acidentalmente removido. Quando isto não
de formação destes profissionais para promover a discussão e o
ocorreu, foi observada a fístula uretrocutânea em 08% da amostra
planejamentodeestratégiasquelevemaumamudançadecultura
durante a avaliação pós-alta hospitalar. CONCLUSÃO: Observamos
e de atitude em relação à importância e necessidade de controle
que os enfermeiros e técnicos que confirmaram a fixação corre-
das IHs, alertando-se para o fato de que no ensino de graduação o
ta, justificaram que a sonda é presa não à coxa, como é sugerido,
estudo das IHs fica relegado a apenas um dos itens da ementa de
mas à porção inferior do abdome. Acredita-se que esta posição
uma determinada disciplina, evidenciando a fragilidade na capa-
do pênis reduza a pressão sobre a uretra ao nível da junção entre
citação técnico-científica destes profissionais para o controle das
o pênis e o escroto, reduzindo assim o potencial de necrose tis-
IHs; (2) a falta de políticas e programas capazes de possibilitar a
sular. Quando esta fixação ocorre sobre a uretra na junção perio-
educação continuada em massa aos profissionais de saúde; e, (3)
escrotal, surge a grave complicação da fistula uretrocutânea, não
a falta de campanhas de esclarecimentos junto à sociedade civil e
observada nos pacientes imediatamente, sendo necessário o seu
aos profissionais de saúde, incentivando e fortalecendo o controle
acompanhamento na alta hospitalar. Ressaltamos que este fato se
social, a respeito da importância e da fundamental necessidade
faz especialmente importante quando as sondas são mantidas por
do controle das IHs; além de outros 12 problemas elencados na
período de tempo prolongado, como por exemplo, no caso de pa-
íntegra do estudo. Conclusão: apenas 11% dos hospitais incluídos
cientes com lesão medular e outros pacientes neurológicos.
na amostra mantêm algumas ações que podem ser consideradas
como atividades de educação continuada, mas em nenhum deles
pôde-se observar um programa efetivo de educação continuada Palavras-chaves: cateter vesical, sexo masculino, unidade de tera-
para o controle das IHs, sendo que os principais problemas que pia intensiva, lesões uretrais
as CCIHs enfrentam em SC não são de ordem econômica priori-
tariamente, mas decorrentes da falta de uma gestão adequada
das políticas públicas e organização do poder público para que P584
possa garantir a oferta de condições mínimas para que as CCIHs RELATÓRIO DE NÃO CONFORMIDADES COMO INSTRUMENTO DE
possam desenvolver plenamente o seu trabalho. Apoio: Fundação CONTROLE DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: UMA FERRAMENTA
de apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do estado de Santa DE GESTÃO DE QUALIDADE NA PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES RE-
Catarina – PPSUS/2006 - MS/CNPq/FAPESC/SES. LACIONADAS A ASSISTÊNCIA
Palavras-chaves: GESTÃO, CCIH, POLÍTICAS EM IH, EDUCAÇÃO Autor(es): NADIA SUELY DE OLIVEIRA LORENA2,1, ERIC GUSTAVO

365
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
RAMOS DE ALMEIDA2,1, SIMONE MOREIRA2,1, NATASHA HART- para garantir a qualidade da assistência prestada, devem cumprir
MANN2,1 normas de biossegurança e controle de infecções entre os diver-
sos seguimentos hospitalares, sendo os centros de radiodiagnós-
Instituição(ões): ticos as áreas que tem uma maior exposição a riscos ocupacionais
1. HSL, HOSPITAL SÃO LUCAS do tipo: Físicos, quimicos, biológicos e exposição dos pacientes
2. ADLER, A ADLER CONSULTORIA LTDA a procedimentos invasivos, aumentando o risco de infecção no-
socomial. Objetivo: Identificar a aplicação de medidas de biosse-
Resumo: gurança e controle de infecções pelos profissionais médicos e de
Introdução: As visitas de inspeção da Comissão e Controle de In- enfermagem em um centro de radiodiagnostico., sendo realizado
fecção Hospitalar (CCIH) levam ao levantamento de não conformi- um estudo observacional do comportamento destes profissionais
dades nos setores que por vezes não são passiveis de resolução nomomentodoatendimentoaocliente.Métodos:Realizou-seum
imediata, pois necessitam não apenas de investimentos financei- estudo observacional do comportamento destes profissionais no
ros como também de mudança comportamental. O acompanha- momentodoatendimentoaocliente,quantoàsnormasdebiosse-
mento destes ajustes pelos membros executores da CCIH melhora gurança em relação aos riscos biológicos e medidas de prevenção
a resposta dos setores na resolução dos problemas. Desta forma, de infecções, tais como limpeza, desinfecção e esterilização dos
também esta equipe necessita aprimorar seus instrumentos de artigos e equipamentos de diagnóstico utilizados nas biópsias de
trabalho visando o acompanhamento da resolução dessas não próstata e mama, guiadas por ultra-som no período de outubro a
conformidades. Objetivo: acompanhar a evolução dos setores na novembro de 2009. Resultados: Observou-se não conformidades
resolução das não conformidades encontradas durante as visitas emrelaçãoaocumprimentodaslegislaçõesocupacionaisedecon-
de inspeção, realizadas periodicamente na Instituição, através de trole de infecções, ausência de técnicas corretas nos procedimen-
um instrumento baseado no Método de Análise e Solução de Pro- tosinvasivos,elevadonumerodeexamesmarcadosparaomesmo
blemas (MASP) que é elaborado por setor a partir de cada visita horário, impedindo a limpeza e desinfecção das salas de procedi-
de inspeção da CCIH. Metodologia: implementação desse instru- mentos, promovendo falta de atenção na montagem da sala para
mento no Centro Cirúrgico de um hospital privado no município novo paciente e postura inadequada em relação à transmissão de
do Rio de Janeiro. A partir da visita de inspeção que tem perio- agentes infecciosos por contato. Conclusão: Diante da realidade,
dicidade variável, podendo ser anual, semestral ou por uma de- recomenda-se a realização de treinamentos de biossegurança e
manda específica como ocorrência de surtos, obras entre outros, controle de infecções, de forma a minimizar o risco ocupacional
foi elaborado o instrumento de acompanhamento de resolução e efetivar a prevenção da disseminação de microorganismos no
das não conformidades. Este instrumento permite um acompa- ambiente;implantaçãodeprogramadeeducaçãocontinuada com
nhamento das ações corretivas implementadas pelo setor, pois, o supervisão das praticas executadas; gerenciamento da demanda
mesmo é utilizado nas rondas semanais realizadas pelos membros de clientes, mantendo intervalos entre os procedimentos a fim de
executoresdaCCIH.Acadavisitaoprofissionalavalianãosomente cumprirasnormas,oferecendosegurançaequalidadenaassistên-
a resolução das não conformidades como também o desenvolvi- cia prestada ao profissional e paciente.
mento das ações para as correções a médio e longo prazo. Resul-
tados: Foi observado um aumento do interesse dos gerentes na Palavras-chaves: Radiodiagnostico, Biossegurança, Controle de in-
discussão das estratégias bem como uma melhoria na resolução fecções, Risco ocupacional, Profissionais de saúde
das não conformidades que envolvem outros serviços como, por
exemplo, o Serviço de Engenharia. Foi observado ainda que priori-
zar as observações em ordem de gravidade e que o envio regular
dos relatórios a partir de cada término de prazo estipulado para P586
resolução de problemas no plano de ação melhorou o funciona- AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS DE CONTROLE E PREVENÇÃO DE IN-
mento do método. Conclusão: O instrumento utilizado contribuiu FECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADO AO CATETERISMO VE-
no avanço das discussões para resoluções das não conformidades SICAL NA SANTA CASA DE MARÍLIA
trazendo para a instituição uma importante parceria entre a CCIH
e a Gestão da Qualidade. Autor(es): Rubiana de Souza Gonçalves, Silvana Martins Dias Toni,
Lucieni de Oliveira Conterno
Palavras-chaves: CONTROLE DE INFECÇÃO, GESTÃO DE QUALIDA-
DE, MASP Instituição(ões):
1. SCMM, Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Marília

Resumo:
P585 INTRODUÇÃO:Autilizaçãodosindicadoresdeprocesso(IP)permi-
BIOSSEGURANÇA E CONTROLE DE INFECÇÃO EM SERVIÇO PRIVA- te nos mostrar resultados da prática institucional. Através destes,
DO DE RADIODIAGNOSTICO NO RECIFE - PE muitos hospitais diminuíram seus índices de infecção hospitalar
(IH). Este estudo avaliou dados de conformidade e não confor-
Autor(es): MARIA DA CONCEIÇÃO LIRA, BARTOLOMEU SANTOS, midades (NC) relacionadas à manutenção de cateter vesical de
ISABEL SPACOV, TAMARA BURGOS, BRUNO ANDRADE demora (CVD). OBJETIVO: Avaliar a manutenção correta do CVD
através de IP na unidade médica cirúrgica de um hospital geral.
Instituição(ões): METODOLOGIA: Realizou-se um estudo através de IP no período
1. UFPE, UNIVERSIDADE FEDERAL DEPERNAMBUCO de outubro de 2009 a março de 2010 em 454 clientes submetidos
à CVD. Foram escolhidos IP de acordo com a sua importância na
Resumo: prevenção da Infecção Urinária. Diariamente durante as ativida-
Introdução: Os Estabelecimentos de Assistência à Saúde (EAS), des de vigilância habituais, a enfermeira do serviço de controle

366
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
de infecção hospitalar (SCIH) relacionava em um formulário as mendados para cada tipo de precaução contra microorganismos.
conformidades e NC de manutenção do CVD. RESULTADO: Neste A população foi constituída por 45 enfermeiros e a amostra por
período foram observados 454 clientes submetidos ou que já en- 27, representando 60% do total. Verifica-se que, 78% dos enfer-
traram no setor sob CVD e constituíram a amostra inicial do estu- meiros aceitam e concordam plenamente com as medidas contra
do. Dos indicadores pesquisados, sistema de drenagem fechado, microorganismos, 17 % apenas concorda, 1% são indiferentes, 4%
fixação adequada do cateter de drenagem, bolsa coletora abaixo discordam e ninguém discorda totalmente. Quando relacionado
no nível da bexiga, volume de urina abaixo de 2/3 do volume má- o tempo de formação e de contratação, ambos com as faixas de
ximo da bolsa, fluxo urinário desobstruído e justificativa médica zero a dois anos, dois a cinco anos e mais de cinco anos, as mé-
diária em prontuário. Verificou-se 100% de NC na prescrição mé- dias evidenciam que não há relação entre elas. A porcentagem,
dica em relação à permanência do CVD e 451 (99,3%) não havia na relação formação/contratação, parece ser maior quando sepa-
a indicação no uso do CVD. A segunda NC mais encontrada foi à rada por tipo de precaução, certificando que este tema não pode
falta de fixação adequada presente em 402 (88,5%) e a terceira ser esquecido, e outros trabalhos com o mesmo foco necessitam
NC com 18 (4%) foram em relação ao volume de urina abaixo de ser realizados. Em face destes resultados, foi elaborado um check
2/3. CONCLUSÃO: A porcentagem de NC mostrada através dos IP, list norteador, para a equipe multidisciplinar aplicar no início da
possibilitou identificar que o setor necessita de orientações com utilização da medida de precaução apropriada, e um manual de
respeito à fixação correta do cateter, sendo pela padronização do orientação para os familiares-acompanhantes. Os autores ainda
hospital, no homem na região supra-púbica e na mulher na região propõem um programa de educação continuada para enfermei-
interna da coxa. Há maior necessidade de envolvimento da equipe ros, com foco na divulgação destas medidas para a equipe e o
médica nos processos de prevenção de infecção, devendo a pres- familiar-acompanhante.
crição de procedimentos evasivos ser rotina diária, para melhor
avaliação da real indicação e necessidade de sua manutenção.O Palavras-chaves: ENFERMAGEM, EPIDEMIOLOGIA, PRECAUÇÕES
presente trabalho mostrou que o uso de IP é de uma grande valia
para o SCIH, revelando medidas que podem ser tomadas para a
diminuição de IH.
P588
Palavras-chaves:indicadordeprocesso,catetervesicaldedemora, RISCOS DE ACIDENTES DE TRABALHO EM PROFISSIOIS DA SAÚDE
infecção do trato urinário
Autor(es): Janaína Da Silva, Camila Megumi Naka Shimura, Denise
de Andrade, Annecy Tojeiro Giordani

P587 Instituição(ões):
A RELAÇÃO ENTRE O PROFISSIONAL ENFERMEIRO E AS MEDIDAS 1. EERP-USP, Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto
DE PRECAUÇÃO CONTRA MICROORGANISMOS
Resumo:
Autor(es):NELSONMARTINSFERREIRAJUNIOR,MARIAALICEPAES Os acidentes de trabalho são eventos que ocorrem com os traba-
DE LIRA DA PONTE LISBOA, ORLANDO JORGE GOMES DA CONCEI- lhadores no ambiente e em função de suas atividades laborais. O
ÇÃO, SANDRA EDO DE CARVALHO, ROBERTA FERRARI trabalho se constitui como importante atividade do ser humano
que trazem ganho do ponto de vista profissional e pessoal, porém
Instituição(ões): não é isento de riscos. Este estudo objetiva analisar os principais
1. HMSL, HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO LUIZ - UNIDADE ITAIM riscosocupacionaisqueosprofissionaisdesaúdeestãosujeitosem
suas atividades laborais, e refletir medidas que possam prevenir
Resumo: estes acidentes no trabalho. Para tanto, optou-se como método a
As infecções hospitalares (IHs) têm sido um problema desde que revisão integrativa da literatura por meio da seleção de artigos em
foram criados os primeiros hospitais. Elas são agravos de causa bases de dados como Medline, Lilacs e CINAHL. Utilizou-se como
infecciosa adquiridos pelo paciente após sua admissão no hospital palavras chave “acidentes”, “trabalho” e “saúde”, totalizando 12
e podem manifestar-se durante a internação ou após a alta, desde publicações nos últimos dez anos. Tal método permitiu avaliar e
que relacionadas à internação ou a procedimentos hospitalares. sintetizar criticamente as evidências disponíveis sobre as ocorrên-
Em 2007 o CDC (Centers for Disease Control) publicou uma atua- cias de acidentes de trabalhos contra os profissionais de saúde e
lização do documento sobre a aplicação dos cuidados por forma meios preventivos da manifestação de suas práticas. Como resul-
de transmissão, recomendando as seguintes condutas: Precaução tado se obteve diversos aspectos relacionados a acidentes de tra-
Padrão, Precaução de Contato, Precaução Respiratória para Gotí- balho, dentre elas: existem estimativas gerais de que anualmente
culas e Precaução Respiratória para Aerossóis. Diante da impor- aproximadamente dois milhões de mulheres e homens morrem
tância epidemiológica da morbimortalidade por IHs, são utilizadas em conseqüência de acidentes do trabalho e de doenças relacio-
técnicas e equipamentos como meio de evitar a propagação de nadasaotrabalho.Osprofissionaisdesaúdeestãoexpostosauma
micro-organismos no ambiente hospitalar. O presente estudo de sériede riscos, como os químicos,físicos,biológicos,psicossociais,
campo, descritivo, prospectivo, analítico e qualiquantitativo, ob- ergonômicos, mecânicos e os próprios acidentes. De acordo com
jetivou identificar o conhecimento dos enfermeiros, atuantes em os estudiosos da temática em questão os riscos biológicos são os
clínica médica-cirúrgica, sobre as precauções contra microorga- principais geradores de insalubridade e periculosidade a estes tra-
nismos; verificar a aceitação dos mesmos profissionais sobre as balhadores, pois uma vez em contato com fluidos corporais dos
condutas a serem seguidas; verificar se o tempo de formação e de clientes como o sangue por exemplo, pode haver transmissão de
contratação está relacionado com a adesão das mesmas medidas. microrganismos patogênicos, sendo o vírus do HIV, hepatite B e C
Noperíodode03à05/05/2010,oautoraplicouumformulárioem os principais deles. Vale, então ressaltar que medidas preventivas
umhospitalgeral,privado,dacidadedeSãoPaulo,comitensreco- devem ser adotadas na profilaxia de contaminação por meio de

367
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
acidentes, como a vacinação, o uso de equipamentos de proteção lise de custos, bundle PAV
individual (EPI), instrumentalizar os profissionais de saúde e ob-
servância as precauções-padrão. Assim, é fundamental os profis-
sionais de saúde atentar-se quanto as possíveis causas de aciden-
tes no ambiente laboral e, através de medidas simples como o uso P590
de EPI podem reduzir consideravelmente estes riscos. VIGILÂNCIA DE MANUTENÇÃO ACESSO VENOSO PERIFÉRICO DE
CURTA PERMANÊNCIA: UM INDICADOR DE QUALIDADE DE AS-
Palavras-chaves: Acidentes, Trabalho, Saúde SISTÊNCIA.

Autor(es):CLAUDIA COSTA SOUZA, IANICK SOUTO MARTINS, PA-


TRICIA SILVA FURTADO, CHRISTIANY MOÇALI GONZALEZ, ILENILCE
P589 FERREIRA AFONSO, ELAINE GAMA ARAUJO, ERIKA SILVA FREITAS,
PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA: ESTUDO ANA GOUVEIA MAGALHAES
DESCRITIVO E ANÁLISE DE CUSTOS
Instituição(ões): 1. HUCFF/UFRJ, Universidade do Brasil
Autor(es): Francyne Lopes, Norberto Luis Campos Martins, Cassia-
naGilPrates,FernandaPerpétuaNunesdosSantos,GrasieleCosta Resumo:
Rodrigues, Nair Cristina Fortuna Aguilera Introdução: O cateter venoso periférico de curta permanência
(CVP) é o dispositivo invasivo mais utilizado para assistência em
Instituição(ões): 1. HED, Hospital Ernesto Dornelles saúde. A mensuração das inadequações associadas à utilização do
CVPéfundamentalparaorientarintervençõesqueprevinamasin-
Resumo: fecçõesassociadas aestesdispositivos. Objetivo:Descreverasina-
Introdução: A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) dequações nos cuidados com CVP nos setores clínicos, cirúrgicos e
é uma das infecções hospitalares mais freqüentes nas Unidades emergência de um hospital universitário com 429 leitos. Método:
de Tratamento Intensivo (UTI). É a principal causa de mortalidade, Vigilância seccional, realizada nos meses de janeiro, abril, maio e
estimada em 24 a 50%, podendo chegar a 70% quando causada junho de 2008. Os itens foram avaliados para cada CVP: sitio de in-
por microoganismos multirresistentes. É a infecção cujo custo é serção,presençadedatadeinserção,qualidadedafixação,presen-
o mais elevado nas instituições de saúde, pelo elevado tempo de ça de sangue em circuito, integridade e data do equipo,qualidade
permanência (de 7 a 30 dias adicionais), uso prolongado de an- e tipo de oclusor. Foi avaliado à presença de sinais de processo
timicrobianos e demais custos despendidos para o tratamento. inflamatório no sitio de inserção do CVP. Coletado dado por en-
Objetivos: Verificar custo-oportunidade, tempo de permanência e fermeiros da Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar e
mortalidade nos pacientes com PAV. Métodos: Estudo descritivo registrado em ficha especifica para vigilância de inadequações
dos pacientes internados na UTI do Hospital Ernesto Dorneles em em CVP, digitados e analisados em Excel. Resultados: Dentre os
Porto Alegre, Rio Grande do Sul, que utilizaram ventilação mecâ- 553 CVP avaliados a freqüência de inadequações encontradas foi
nica de 2006 a 2008. A coleta de dados foi realizada através da 49%(n:1116), distribuídas em: sitio de inserção inadequada 8% (n:
contas hospitalares, prontuários dos pacientes e fichas da busca 86), ausência de data ou inserção por mais de 96 horas 22% (n:
ativa do serviço de controle de infecção.Resultados: 82 pacientes 249), má qualidade de fixação18% (n: 206), presença de sangue
desenvolveram PAV, o que representa uma taxa de 10,26/1000 em circuito15% (n: 172), manutenção inadequada de equipo 29%
VM-dia. A média de idade foi 72,3 anos e a permanência hospita- (n: 330), qualidade de oclusão 4% (n:25), presença de flebite ou
lar de 24,5 dias, sendo na UTI 35,7 dias. O custo médio da inter- celulite foi detectada em 4% (n: 48) pacientes. A distribuição geo-
nação hospitalar foi de R$ 44.517,10 e da internação na UTI de R$ gráfica das inadequações na manutenção dos CVP foi 25%(n:280)
19.875,32. A taxa de mortalidade foi de 72,5%, destes 94,9% mor- nas enfermarias clínicas,26%(n:290) nas enfermarias cirúrgicas e
reramna UTI.Quando aplicado o conceito de custo-oportunidade, 49% (n:546) na emergência. Conclusão: O estudo possibilitou um
obtivemosoresultadode2.126diasdeoportunidadeperdidos,ou diagnóstico da qualidade da manutenção dos CVP, onde observa-
seja, 216 pacientes poderiam ter ocupados os leitos da UTI neste mos falhas mais expressivas em relação à ausência de data, per-
período do estudo, aproximadamente 72 pacientes adicionais por manência do CVP, fixação e manutenção dos equipos no setor de
ano. O custo excedente por paciente internado na UTI com PAV emergência. Os resultados indicam necessidade de elaboração de
foi de R$ 14.423,93, resultando num custo excedente nos 3 anos ações voltadas para equipe de enfermagem como educação con-
de R$ 1.182.762,33. Estudos mostram que a implementação de tinuada e vigilância constante nos setores, visando melhoria dos
medidas preventivas reduzem em até 40% a incidência de PAV. Em cuidados com CVP em nossa instituição. Universidade do Brasil /
uma análise de cenário com redução de 20% da incidência, pode- Hospital Universitário Clementino Fraga Filho-Rio de Janeiro-RJ
mosinferirumareduçãode425diasdeinternaçãoemUTIemVM,
representando uma economia de R$ 236.552,47 e a possibilidade Palavras-chaves: ACESSO VENOSO PERIFÉRICO, INDICADOR, QUA-
de utilização destes dias de internação por 43 pacientes adicio- LIDADE DE ASSISTÊNCIA, VIGILÂNCIA
nais. Conclusão: A análise de custos de oportunidade mostra cla-
ramente o potencial benefício para a gestão hospitalar. A redução
na incidência de PAV implica em redução do tempo permanência
hospitalar e dos custos, proporcionando uma maior rotatividade P591
de pacientes na UTI, com um melhor aproveitamento dos dias de A IMPOTANCIA DA QUALIDADE DO AR EM AMBIENTES HOSPI-
oportunidade de tratamento gerados, além da melhoria da quali- TALARES CLIMATIZADOS E SUA INFLUÊNCIA NA OCORRÊNCIA DE
dade assistencial prestada. INFECÇÕES

Palavras-chaves: Pneumonia associada à ventilação mecânic, aná- Autor(es): JULIANA DIAS FERREIRA SILVA SILVA, ANNA KARLA

368
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
BRANDÃO MENEZES MENEZES, ANKILMA DO NASCIMENTO AN-
DRADE ANDRADE, EDJANE SOUSA ANDRADE ANDRADE, JOSENAL-
P592
“SING IN” EM CIRURGIAS OFTALMOLÓGICAS: UMA PROPOSTA
DADEALBUQUERQUEROLIMROLIM,JOSÉJONATHASALBUQUER-
PARAIMPLEMENTAÇÃODOPROGRAMADECIRURGIASSEGURAS
QUE DE ALMIDA ALMEIDA, MARÍLIA DIAS BRAGA BRAGA, MAURA
VANESSA SILVA SOBREIRO SOBREIRO
Autor(es): ISABELLE CALDAS AMORIM2,1, SIMONE MOREIRA2,1,
MARIA LUIZA CHRISPINO1, PATRICIA PATRICIA YVONNE MACIEL
Instituição(ões): 1. FSM, FACULDADE SANTA MARIA
PINHEIRO2
Resumo:
Instituição(ões):
Introdução: Na década de 30 surgiram os primeiros ambientes cli-
1. HON, HOSPITAL DE OLHOS DE NITEROI
matizados, onde temperatura e umidade do ar eram controladas,
2. ADLER, A ADLER CONSULTORIA LTDA
proporcionando conforto térmico para as pessoas que ali convi-
viam. Pois, a redução da temperatura de um ambiente é necessá-
ria a evaporação da água presente. Como conseqüência, tem-se: Resumo:
diminuição da concentração de oxigênio e diminuição da umidade Introdução: O presente estudo surgiu de reflexões advindas da
do ar e lesão de vias respiratórias, pele e mucosas constituindo preocupação com a segurança dos procedimentos cirúrgicos rea-
um risco eminente na transmissão de microrganismos em áreas lizados em um hospital especializado em cirurgias oftalmológicas,
hospitalares. A renovação do ar se faz presente em percentuais especialmente, no momento pré-operatório (“Sign In”). Com base
igual ou inferior a 10%. No Brasil, áreas hospitalares como as en- no conceito da campanha “Cirurgias Seguras Salvam Vidas” da Or-
fermariaseosambulatórios,sãoáreascríticas,queoferecemrisco ganização Mundial de Saúde (OMS) e no “check list” sugerido por
potencial para a infecção, em pacientes imunocomprometidos ou este grupo para o período perioperatório, fizemos a revisão de um
ainda pelo risco ocupacional relacionado ao manuseio de substân- instrumento já existente, pertinente às rotinas pré-operatórias no
cias infectantes, como centros cirúrgicos, terapia intensivas, UTI e intuito de engajar a instituição neste movimento. Objetivo: Tornar
outros.Oarcondicionadoécontaminadoporpartículas,comopo- a rotina pré-operatória parte de um programa de cirurgia segura
eira, uma vez que estas partículas são geradas na sua maioria por dentro de uma instituição especializada em cirurgias oftalmológi-
hospedeirosqueestãopresentesemambientesclimatizadosendo cas. Metodologia: realizamos uma revisão sistemática no impres-
muitas vezes um ambiente adequado para proliferação de muitos so utilizado pela instituição na avaliação pré-operatória realizada
microrganismos ocorrendo a contaminação de pacientes. Objeti- pela equipe de enfermagem. A etapa seguinte foi a elaboração de
vo: é mostra a importância de se ter um olhar especifico para os um check list utilizando alguns itens recomendados na proposta
aparelhos de ar condicionado pela a equipe hospitalar para a re- da OMS, incorporando alguns novos elementos em virtude da es-
alização de sua limpeza e troca dos filtros para se evitar um surto pecialidade cirúrgica. Tal alteração foi considerada valiosa a partir
de infecção hospitalar, buscando uma melhor qualidade do ar em da recomendação do programa de Cirurgia Segura para que itens
ambientes hospitalares climatizados e diminuir os fatores de risco sejam acrescentados ao check list visando o aprimoramento do
para IH. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória do instrumento com foco na prática do local. Resultados: O presen-
tipo bibliográfica. Realizada emlivros nacionais, artigos científicos, te estudo permitiu avaliar que embora a instituição apresentas-
revistas e dados disponíveis na internet. Resultados A bandeja do se uma rotina bem estabelecida e padronizada para o processo
sistema de ar condicionado foi indicada como principal fonte de de atendimento pré-operatório e com impressos padronizados, a
multiplicação microbiana, por formar biofilme, e, desencadear a formalização de um novo instrumento, inserido a um programa
cadeia de transmissão por não se ter uma atenção voltada para o de segurança de âmbito mundial, inserido no momento pré-oper-
ar condicionado, sem buscar medidas de prevenção de troca dos tatório, mais especificamente, antes da indução anestésica (Sign
filtros e limpeza dos mesmos em ambientes hospitalizados onde in), está trazendo aos profissionais envolvidos mais confiabilidade
setemaproliferaçãodemicrorganismoepossíveiscontaminações aos processos e, consequentemente, minimização de riscos com
empacientequeseencontramnaunidade.Conclusão:acredita-se conseqüente melhoria na qualidade da assistência prestada. Con-
que surtos epidemiológicos de infecção hospitalar estão relacio- clusão: aplicar a estratégia do programa de Cirurgia Segura Salva
nados ao ar climatizado. Este estudo permitiu-nos concluir que os Vidas foi um ganho para a equipe de enfermagem por trazer um
padrões e normas para manutenção da qualidade do ar em am- reconhecimento ao seu trabalho e uma ação de segurança benefi-
bientes hospitalares exigem cuidados importantes como a troca ciando o paciente e valorizando a instituição.
dos filtros, tendo o cuidado com as salas operatórias, e uma re-
novação do ar climatizado com ar externo. A captação do ar deve Palavras-chaves: CHECK LIST, CIRURGIA OFTALMOLOGICA, SEGU-
ser longe de fontes poluentes, como, fezes de pombos, vegetação RANÇA DO PACIENTE
abundante e construções. Entretanto há de se acreditar, que me-
didas simples podem ser adotadas, a partir da conscientização dos
profissionais nestas unidades buscando uma limpeza e organiza-
ção do setor que se encontra em sua responsabilidade, tendo em
P593
INDICAÇÃO DO USO LUVAS: O CONHECIMENTO DOS ACADÊMI-
vista a promoção e prevenção da saúde dos pacientes.
COS DE ENFERMAGEM E MEDICINA DE UMA UNIVERSIDADE PÚ-
BLICA DE GOIÁS
Palavras-chaves: Ar condicionado, conhecimento, Infecção hospi-
talar, Qualidade do ar
Autor(es): MARY ROCHA CARNEIRO GARCIA ZAPATA1, ADENÍ-
CIA CUSTÓDIA SILVA E SOUZA2, JANAÍNA VALADARES GUIMA-
RÃES2, SERGIANE ALVES BISINOTO2, MAYARA SILVA RODRIGUES2,
POLLYANY JOSÉ DA GUARDA2, PATRICIA GABRIELLA ROCHA-CAR-
NEIRO GARCÍA-ZAPATA3

369
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Instituição(ões): para um hospital. No contexto do Controle de Infecção Hospita-
1. HC-UFG, HOSPITAL CLÍNICAS, UNIVERSIDADE FEDERAL GOIÁS lar (CCIH), lançou-se o desafio que é promover ações de CCIH em
2. FEN-UFG, FACULDADE ENFERMAGEM, UNIVERSIDADE FEDERAL unidades que têm como premissa as internações de curta perma-
GOIÁS nência. Portanto, descrevemos as estratégias envolvendo a Pre-
3. FM-UFTM, FACULDADE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL venção,Tratamento,VigilânciaeControledasInfecçõesRelaciona-
TRIANGULO MINEIRO das à Assistência a Saúde. A Comissão de Controle de Infecção Pré
-Hospitalar(CCIPH) das UPA 24h conta com 2 médicas, uma enfer-
Resumo: meira e uma técnica de enfermagem para dar suporte “on-line” às
INTRODUÇÃO: A depender do tipo de procedimento, existe a in- ações das UPA que atualmente são 30. Para tanto, foram nomea-
dicação do tipo de luvas. Estas devem ser utilizadas tanto para a das as Subcomissões de Controle de Infecção Pré-Hospitalar que
proteção dos cuidadores quanto dos pacientes. OBJETIVO: Avaliar atuam como multiplicadores da CCIPH central. As ações da Comis-
o conhecimento sobre a indicação do uso de luvas estéreis e não sãodeControlePRÉ-HOSPITALARsediferenciamdeumaComissão
estéreis pelos acadêmicos de enfermagem e de medicina. METO- de Controle HOSPITALAR uma vez que suas ações estão voltadas a
DOLOGIA: Foram considerados os aspectos ético-legais e aplicado curta-permanência do doente, devendo ser de alto impacto e cur-
um questionário previamente avaliado e testado sobre o conheci- ta duração e envolvem: protocolos de manejo específico visando
mento do uso de luvas em 47 (97,9%) acadêmicos de enfermagem a padronização do atendimento, detecção e manejos precoces da
(AcEnf) e 93 (83,0%) acadêmicos de medicina (AcMed) do último Sepse e Meningite; rotina de antimicrobianos ressaltando o cará-
ano de uma universidade pública de Goiás. RESULTADOS: Ao se- ter inicial da terapêutica; imunizações dos profissionais de saúde
rem perguntados se o conteúdo sobre indicação do uso de luvas contra Hepatite B, Tétano e H1N1; ações frente às doenças emer-
foi formalmente abordado durante a graduação, consideraram gentes Dengue e H1N1 com treinamento das equipes de enfer-
que sim, 100% dos AcEnf, tanto para luvas estéreis como para não magem e médicos para atuarem com multiplicadores; Vigilância
estéreis; diferente dos AcMed que consideraram 86,0% e 84,9%, e controle de Acidentes com material biológico; além da criação
respectivamente. Dentre os procedimentos avaliados, foi consta- de um Informativo bimestral no intuito de divulgar as ações da co-
tado conhecimento dos acadêmicos quanto a indicação do uso de missão e demais temas de interesse aos profissionais de saúde. A
luvas não estéreis para a sondagem nasogástrica (AcEnf: 80,9 %, atuaçãodaCCIPHrepresentaumdesafiopor estasercompostade
AcMed, 63,4%) e para realização do exame físico de cavidade oral uma equipe pequena, com uma extensa área geográfica de abran-
(AcEnf 91,5%, AcMed 86,0%). Contudo, não houve diferença esta- gência, equipes de saúde heterogêneas além das características
tística entre os mesmos. O conhecimento dos acadêmicos quanto próprias da unidade devido a curta permanência dos doentes.
aindicaçãodousodeluvasestéreispara:i)omanuseioemlocalde
inserção de cateter venoso central (AcEnf 55,3%, AcMed 72,8%); Palavras-chaves: CCIH, UPA 24H, VIGILÂNCIA, CONTROLE
ii) a sondagem vesical de demora (AcEnf 97,9%, AcMed 85,9%); iii)
a sondagem vesical de alívio (AcEnf 95,7%, AcMed 60,2%). Sendo
esta última indicação, a única a apresentar diferença estatística
entre ambos acadêmicos (Χ²; p< 0,001). CONCLUSÃO: Em rela- P595
ção à indicação do uso de luvas estéreis e não-estéreis, os AcEnf EFEITOS POSITIVOS DA IMPLEMENTAÇÃO DE PRECAUÇÕES ADI-
apresentaram maior conhecimento que os AcMed, a exceção do CIONAIS.
manuseio do cateter venoso central. No entanto, ambos os gru-
posmostraramfragilidadeemalgunsaspectosquepoderiamcom- Autor(es): MARCIA BARBOSA MAGALHÃES GUIMARÃES, ELIANE
prometer tanto a segurança dos pacientes, quanto a dos próprios PEREIRA MACHADO CALDEIRA
acadêmicos. Instituição(ões): 1. CSC, CASA DE SAÚDE CAMPINAS
Palavras-chaves: Conhecimento, Controle de infecções, Estudan-
tes de Enfermagem, Estudantes de Medicina Resumo:
As infecções em Serviços de Assistência à Saúde (SAS) represen-
tam um problema de abrangência mundial, constituindo uma das
principais causas de morbidade e letalidade associadas a proce-
P594 dimentos clínicos. As precauções constituem estratégias efetivas
CCIH NO CONTEXTO DAS UPA 24H para a prevenção e controle das infecções em SAS. A identificação
de novos agentes infecciosos, a crescente expansão de infecções
Autor(es): SIBELLE NOGUEIRA BUONORA, PATRICIA MOUTA NU- e doenças já conhecidas tem estimulado a revisão das medidas de
NES DE OLIVEIRA, MARTA CRISTINA RAMOS DE OLIVEIRA, JORGE biossegurança nas atividades profissionais dos trabalhadores da
ANDRE LINHARES DE ALMEIDA, ALEXANDRE OLIVEIRA RIBEIRO saúde. A concepção e a prática de precauções/isolamento como
um instrumental de intervenção na prevenção e controle das do-
Instituição(ões): 1. CBMERJ, CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO enças transmissíveis estão atreladas ao avanço do conhecimento
ESTADO DO RIO DE JANEIRO científico e aos significados atribuídos pelas sociedades à saúde e
à doença. Objetivo: Relatar a efetividade da implantação de medi-
Resumo: das de precauções adicionais. Metodologia: Trata-se de um relato
O projeto da UPA 24 horas, baseado na Política Nacional de Ur- de experiência, descritivo, que foi desenvolvido em um hospital
gência e Emergência do Ministério da Saúde e nas necessidades privado, na cidade de Campinas. Onde houve a implementação do
identificadas pelo estado do Rio de Janeiro, foi instaurado em protocolo de normas e rotinas (PNR) estabelecendo novos méto-
maio de 2007, na Comunidade da Maré. A UPA é um serviço de dos de identificação dos pacientes em precaução, através de iden-
pronto-atendimento adulto e pediátrico que funciona em horário tificação dos prontuários, e prescrições com etiquetas coloridas e
integral sendo equipada tanto para atender a pequenas e médias pulseiras coloridas nos pacientes. Resultados: A implementação
emergências quanto a pacientes graves, até que sejam removidos do PNR, resultou no aumento da barreira contra a disseminação

370
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
de patógenos no que diz respeito as precauções. A realização da processos de limpeza e contribuir para a decisão sobre a utilização
capacitação de toda a equipe, inclusive corpo clinico e terceiriza- de melhores recursos para limpeza dos instrumentais cirúrgicos e
dos, proporcionou uma comunicação efetiva entre os colaborado- treinamento dos profissionais que atuam no setor.
res, evitando que informações em relação ao tipo de precaução
em que o paciente estava submetido se perdessem com as trans- Palavras-chaves: Indicador de qualidade, instrumentos cirurgicos,
ferências intersetoriais, como por exemplo: realização de exames, Limpeza, Centro de Material e Esterilização
transporte de pacientes, altas das unidades de terapia intensiva.
Conclusão: A prevenção relacionada ao controle de infecção em
SS Envolve a permanente vigilância e avaliação das ações assis-
tenciais desenvolvidas. Os guias e protocolos têm relevante im- P597
portância nas medidas de prevenção e controle de infecções, mas MODELO DE GERENCIAMENTO DE ANTIBIOTICOPROFILAXIA
não são suficientes. A capacitação periódica dos colaboradores, a CIRÚRGICA: MONITORIZAÇÃO E INTERVENÇÕES PROGRA-
busca de novos métodos de prevenção, e o trabalho multidiscipli- MADAS PARA MELHORIA DO PROCESSO.
nar, agregam qualidade e proporcionam um resultado satisfatório.
Autor(es): Mirian de Freitas Dalben, Ana Paula Matos Porto, Eloi-
Palavras-chaves: Biosegurança, Controle de infecção, Precaução sa Mara Dias Baptista Gagliardi, Renata Braz Ralio, Patrícia Boldrin
Ziani, Ronelly D. P. Rodrigues

Instituição(ões):1. Hospital Paulistano, Hospital Paulistano


P596
ELABORAÇÃO E APLICAÇÃO DO INDICADOR DE QUALIDADE DE Resumo:
LIMPEZA DE INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS EM UM HOSPITAL As infecções de sítio cirúrgico acarretam elevada morbidade e
UNIVERSITÁRIO mortalidade nos pacientes cirúrgicos. A antibioticoterapia cirúrgi-
ca, quando bem indicada, com a escolha correta do antimicrobia-
Autor(es):CRISTIANEDELIONBOTEROCOUTOLOPES,CARLAMORAES no e início no momento adequado, diminui a incidência deste tipo
de infecção hospitalar. A duração da antibioticoterapia também
Instituição(ões): 1. HU - USP, Hospital Universitário da Universida- tem importância no controle de infecção hospitalar e, se extendi-
de de São Paulo daportempoalémdonecessário,contribuiparaapressãoseletiva
eemergênciadeagentesresistentes.Objetivos:Implantarummo-
Resumo: delo de gerenciamento de antibioticoprofilaxia cirúrgica e realizar
INTRODUÇÃO:alimpezadosinstrumentaiscirúrgicoséfundamen- intervenções programadas para melhorar os indicadores e a as-
tal nos processos de desinfecção e esterilização e, se inadequada, sistência. Metodologia: Este trabalho consistiu num estudo pros-
podecomprometerseriamentetodooprocessamentodomaterial pectivo, quasi-experimental, realizado entre Maio de 2009 e Maio
pondo em risco a saúde dos usuários. Tendo em vista a necessida- de 2010. Através da revisão mensal de 30% dos prontuários dos
de de utilizar indicadores para monitorar os processos de limpeza pacientes submetidos a cirurgias limpas e potencialmente conta-
dos instrumentais nos Centros de Material e Esterilização (CME), o minadas (entre 250 e 350 prontuários mensais), foram levantados
enfermeirosquecompõemosubgrupodeIndicadoresdeEnferma- os seguintes indicadores: Adequação na escolha do antibiótico
gem de Centro Cirúrgico (CC), Recuperação Pós Operatória (RPA) e profilático, adequação no início da antibioticoprofilaxia cirúrgica,
CME ligado ao NAGEH - Núcleo de Apoio à Gestão Hospitalar do adequação na duração da antibioticoprofilaxia cirúrgica. Foram re-
Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH), elaboraram o in- alizadas quatro intervenções, de Agosto a Outubro de 2010, que
dicador: Incidência de instrumentais cirúrgicos encontrados sujos consistiram na criação de um protocolo de antibioticoprofilaxia
duranteoprocessodeinspeção.OBJETIVOS:aplicaroindicadorde cirúrgica, reunião com todas as equipes cirúrgicas para apresen-
qualidade descrito, sugerir instrumentos para a coleta de dados e tação e assinatura de comprometimento com o protocolo, trans-
divulgar os resultados obtidos. MÉTODO: trata-se de um estudo ferênciadaresponsabilidade deiníciodaantibioticoprofilaxiapara
prospectivo e transversal, realizado em um hospital escola do Es- os anestesistas através de reunião com cada um deles, elaboração
tado de São Paulo, nos meses de agosto de 2009 a maio de 2010. e envio de cartas quadrimestrais para todas as equipes cirúrgicas
Nesta instituição o processo de limpeza se dá por imersão em so- com desempenho comparativo entre elas em cada um dos indica-
lução enzimática, lavagem em lavadora ultrassonica, enxágüe em dores. Resultados: A adequação no início da antibioticoprofilaxia
água corrente, inspeção e secagem. Seguida de inspeção visual aumentou de 89% para 98% após as intervenções, a adequação
com lente intensificadora de imagem com foco de luz acoplado e ao início da antibioticoprofilaxia aumentou progressivamente de
utilização de ar comprimido em instrumentais com lúmen ou simi- 44-60% para 77-82% após as intervenções e a adequação na du-
lar. O número de instrumentais sujos, detectados no momento do ração da antibioticoprofilaxia aumentou de progressivamente de
preparo foi registrado em impresso próprio. Mensalmente, os da- 42% para 82% ao final do estudo. Conclusões: A monitorização da
dosforamcompilados,aplicadaafórmulapropostaqueé:número antibioticoprofilaxia é importante para garantir excelência na as-
de instrumentais com sujidades após limpeza dividido pelo total sistência aos pacientes cirúrgicos. Intervenções baseadas no com-
de instrumentais lavados multiplicado por 1000. RESULTADOS: os prometimento das equipes cirúrgicas e anestésicas com os proto-
valores obtidos variaram de 1,904 e 6,9065 instrumentais sujos colos de antibioticoprofilaxia e o fornecimento de “feedback” do
em cada 1000 avaliados. Em discussão com enfermeiros, integran- próprio desempenho aos profissionais parece ter impacto positivo
tes do grupo de Indicadores de Enfermagem de CC, RPA e CME, e duradouro na adequação da antibioticoprofilaxia.
o tempo empregado para compilação dos dados demostrou sua
aplicabilidade na prática, sendo compatível com as atividades diá- Palavras-chaves: antibioticoprofilaxia cirúrgica, controle de infec-
riasdoCME.CONCLUSÃO:Acomparaçãodestesresultadoscomos ção hospitalar, diminuição da mortalidade de pacientes, indicado-
de outras instituições pode fornecer subsídios para a análise dos res de qualidade, modelo de gerenciamento

371
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P598 paciente. Neste contexto, muitos desafios foram lan�ados,
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR: PILAR ES- dentre eles o gerenciamento de seguran�a do paciente. O ge-
TRATÉGICO PARA O PROCESSO DE ACREDITAÇÃO EM HOSPITAL renciamento de seguran�a consiste em medidas para prevenir
DA REDE SENTINELA ocorr�ncias adversas em uma Institui��o, como no Hos-
pital. Dentre as v�rias ocorr�ncias adversas que podem ser
prevenidas, a Infec��o Hospitalar (IH) � uma delas. Obje-
Autor(es): MARILENE ARARUNA, KARLA MOTTA, BARTOLOMEU
tivos: identificar publica��es atuais sobre gerenciamento de
SANTOS, MARIA DA CONCEIÇÃO LIRA
seguran�a na preven��o e controle de IH aos pacientes;
descrever as a��es voltadas para a preven��o e controle
Instituição(ões):1.UFPE,UNIVERSIDADEFEDERALDEPERNAMBU- de IH para a seguran�a do paciente. M�todos: Foi realizada
CO uma revis�o sistematizada da literatura cient�fica da sa�de
de publica��es entre os anos de 2006 at� 2010. Esta, dividi-
Resumo: daem2fases.Nafasedepr�-sele��ocoletaram-seosdados
Introdução: Hipócrates foi um dos pioneiros a expressar preocu- na Biblioteca Virtual de Sa�de. Foram utilizados os descritores:
pação com o desempenho de uma assistência à saúde com quali- Infec��o Hospitalar e Gerenciamento de Seguran�a. Onde,
dade. A qualidade na área da saúde foi dimensionada no contexto 236refer�nciasforamlistadas.Oscrit�riosdeinclus�oforam
industrial, inicialmente por pensadores americanos defensores de textos dispostos na �ntegra, em que totalizou 18 refer�ncias.
uma assistência à saúde diretamente ligada a medidas de preven- Seguido do idioma, portugu�s, com 01 refer�ncia; e ingl�s,
ção e controle das infecções, e que envolvam os diversos segmen- com 11. Na sele��o final, 03 manuais da OMS; 01 artigo
tos do Estabelecimento de Assistência a Saúde (EAS). Objetivo: em portugu�s e 04 em ingl�s foram listados. Resultados: Os
Avaliar um hospital geral da rede privada e colaborador da Rede tr�smanuaisdaOMS,publicadosrecentementeapontamparaa
SentineladaAgênciaNacionaldeVigilânciaSanitária(ANVISA),em seguran�a do paciente quanto � correta lavagem das m�os.
relação ao perfil da qualidade baseado nos moldes do processo As orienta��es destes manuais s�o para os administradores
da acreditação hospitalar. Métodos: O presente estudo avaliou o de hospitais, autoridades de sa�de p�blica e os profissionais
ProgramadeControledeInfecçãoHospitalar(PCIH),alémdospro- de sa�de. Nestes manuais h� as indica��es e t�cnicas
cessos e protocolos estabelecidos pela Comissão de Controle de para a higiene das m�os, prepara��o cir�rgica das mes-
Infecção Hospitalar (CCIH) desde a sua inserção na rede sentinela, mas,recomenda��esparaoscuidadoscomapeleeparaouso
como também a integração das lideranças da instituição, confe- da luva. Um artigo apontou para a Biosseguran�a adequada �
rindo o trabalho de educação continuada através da comprovação manuten��odasa�dedospacientes,comoaconten��o
pelas atas de freqüência das equipes multidisciplinares. Resulta- biol�gica atrav�s das precau��es e isolamentos. Outros
dos: A instituição analisada, foi inserida na listagem de hospitais tiveram como foco os �ndices de IH como indicadores de qua-
colaboradores da rede sentinela da ANVISA em março de 2005, lidade; e pr�ticas de enfermagem quanto ao controle das IH.
e iniciou o processo de planejamento, execução e supervisão de Conclus�o: as pesquisas sobre o tema est�o apontando para
atividades baseadas no modelo de gestão da qualidade: Planejar, as t�cnicas de lavagem das m�os, cuidados de enfermagem e
Fazer, Estudar e Agir (PDSA). A CCIH passou a utilizar os clássicos em como proceder em isolamentos e precau��es dos pacien-
instrumentos de vigilância epidemiológica baseados em indicado- tes. Todas, focando a qualidade da assist�ncia aos pacientes no
res, para promover ações de melhoria, correção de técnicas e não �mbito hospitalar.
conformidades na assistência prestada ao paciente. Conclusão: Palavras-chaves: infec��o hospitalar, gerenciamento de
É fundamental para instituições que desenvolvem atividades na seguran�a, qualidade da assist�ncia
área de saúde, a utilização de ferramentas de gestão de qualida-
de, com ênfase na CCIH que permeia todos os níveis no modelo
da Acreditação Hospitalar. No nível de Segurança, a CCIH com os
membros da equipe multidisciplinar de saúde, promovem ações P600
direcionadas para a prevenção das ocorrências infecciosas relacio- ESTRUTURA FÍSICA PLANEJADA EM UNIDADE DE TERAPIA INTEN-
nadas a assistência à saúde, com avaliação de seus impactos. SIVA: SEGURANÇA EM CONTROLE DE INFECÇÕES

Palavras-chaves: Qualidade, Acreditação hospitalar, Controle de Autor(es): CRISTIANE MORETTO SANTORO, MIRIAN WATANABE,
infecção, Gestão, Hospitais ELISABELI CIPRIANO SILVA, LUCIANA REZENDE BARBOSA

Instituição(ões): 1. HAOC, HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ


P599 Resumo:
GERENCIAMENTO DE SEGURAN�A NA PREVEN��O E CON-
INTRODUÇÃO: A infraestrutura física de uma unidade de terapia
TROLE DE INFEC��O HOSPITALAR
intensiva (UTI) segue padrões estabelecidos pela RDC/Anvisa nº
50de21defevereirode2002,porémobomplanejamentogarante
Autor(es): Renata da Costa Santos, Fernanda Santos Rodrigues melhores práticas com qualidade , segurança e controle de infec-
Araújo, Luciana Elem Pereira de Queiroz ção hospitalar. OBJETIVO: Relacionar o tipo de acomodação com
a taxa de infecção hospitalar. METODO: Estudo do tipo descriti-
Instituição(ões): 1. UFF, Universidade Federal Fluminense vo, prospectivo no período de janeiro de 2009 a março de 2010,
realizado na UTI de um hospital privado de 34 leitos, no qual os
Resumo: leitos foram divididos em 3 categorias de acordo com a estrutura
Introdu��o: A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) física: leitos abertos (box), leitos com móvel lavatório/vaso e leitos
lan�ou, em 2004, a alian�a mundial para a seguran�a do com banheiros privativos. Os leitos categorizados foram relacio-

372
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
nados com presença de infecções hospitalares, segundo sítio de os resultados apresentados e controle dos processos, e satisfação
infecção e microrganismos de maior prevalência. RESULTADOS: Os profissional. CONCLUSÃO: O método até então empregado com
leitos abertos (box) representam 20,1% na taxa de infecção hos- grande êxito em empresas automobilísticas, forneceu ao CIH uma
pitalar com predomínio de P.aeruginosa em sítio de infecção em nova perspectiva. Com um modelo de redução de desperdícios,
corrente sanguínea, ferida cirúrgica e pulmão. O mesmo compor- pois interfere no tempo de espera, na produtividade em exces-
tamento foi observado em leitos com banheiro privativo com 20,8 so e nas a tividades que não agregam valores. Proporcionaou o
% na taxa de infecção por S.aureus e E.faecalis em sítio de ferida desenho e a análise de todo o processo do SCIH, e este processo
cirúrgica. Os leitos com móvel lavatório/vaso foi implantada para trouxe mais solidez, agilidade e efetividade. Foi difícil quebrar pa-
melhor aproveitamento de espaço físico e praticidade de atendi- radígmas. Por fim, acreditávamos que o maior desafio fossse ente-
mento ao paciente crítico pela equipe multiprofissional, porém os der o método e transpô-lo para o contexto hospitalar, estávamos
leitos representaram 59,1 % na taxa de infecção com predomínio enganados,umdosmaioresdesafiosdométodoésuasustentação
de P.aeruginosa e E.coli, respectivamente em sítio de corrente em longo prazo.
sanguínea e urina. CONCLUSÃO: A implantação de novos recursos
de arquitetura é fundamental para o planejamento de uma nova Palavras-chaves: Lean, Six sigma, controle de infecção, vigilância
área, mas devemos considerar conceitos básicos de controle am- das infecções hospitalares, qualidade
biental para práticas em meio hospitalar.

Palavras-chaves: INFECÇÃO, QUALIDADE, SEGURANÇA


P602
GRUPO DE INTERESSE EM PREVENÇÃO DE PNEUMONIA ASSO-
CIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA: PARCERIA ENTRE MEMBROS
P601 EXECUTORES E CONSULTORES DE UMA COMISSÃO DE CONTROLE
LEAN SIX SIGMA: INOVAÇÃO NO CONTROLE DE INFECÇÃO HOS- DE INFECÇÃO
PITALAR
Autor(es): SIMONE MOREIRA, MAGDA DE SOUZA CONCEIÇÃO, LIA
Autor(es):MárciaFernandes1,ClaudiaReisStigliani1,FabianaSilva CRISTINA GALVÃO DOS SANTOS, ANTONIO CARLOS PEDROTO, VI-
Vasques2, Marivone Finco Araneda3, Nelson Ribeiro Filho1, Paula TOR MONTEIRO NOVAES JUNIOR, GLAUCIA DE MELO RODRIGUES,
Marques de Vidal2, Renata Braz Ralio1, Matusalém Carvalho1 FERNANDA RANGEL RAMOS, VANIA DONOLA DE MARTINI, VA-
LÉRIA PEREIRA CALÇADO, CRISTINA ALBUQUERQUE DE CAMPOS
Instituição(ões): SOUSA
1. HMA, Hospital Alvorada Moema
2. HIB, Hospital Itacolomy Butantã Instituição(ões): 1. HFB, HOSPITAL FEDERAL DE BONSUCESSO
3. HIRR, Hospital Itacolomy Rud Ramos
Resumo:
Resumo: Introdução: entre as Infecções Relacionadas à Assistência a Saú-
INTRODUÇÃO:ACulturaLEanéreconhecidacomoumadasformas de (IRAS) a Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV) é
de gestão mais eficiente do mundo. Obter as melhores p´raticas considerada uma das mais preocupantes dentro das Unidades de
aliada a custos acessíveis, em um processo continuo de aprimo- Terapia Intensiva (UTI). As recomendações de prevenção dessas
ramento. Para se alcançar este estágio, é necessário resolução infecções, que são inúmeras, são conhecidas pelos profissionais.
efetiva das não conformidades e busca progressiva de metas mais Contudo, fazer com que esses conhecimentos sejam compartilha-
exigentes. Pensando nisso o Serviço de Controle de Infecção Hos- dos entre os especialistas e, a partir delas surjam estratégias de
pitalar (SCIH) da rede de hospitais da MEdial Saúde adotou a me- ação é trabalhoso, mas pode nos remeter a bons resultados. Ob-
todologia Lean Six Sigma (LSS)como ferramenta de gestão. A qual jetivo: possibilitar que um grupo multidisciplinar de uma UTI com-
dizrespeitoáeficáciadoprocesso,comoobjetivodereduzirvaria- partilheseusconhecimentose,emumesforçoconjunto,elaboree
ção, eliminar falhas e melhorar o desempenho dos indicadores de apliqueestratégiasdeprevençãodePAV.Metodologia:aComissão
processo. OBJETIVO: Excelência operacional; Integração dos SCIHs de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de um hospital de alta
e as áreas da cadeia de valor; Padronizar processos respeitando complexidade da rede federal do Rio de Janeiro após a realização
as características das instituições; Utilizar controles e indicadores de algumas avaliações de processo identificou alguns pontos críti-
com base em fatos e dados; Assegurar procedimentos de Controle cos nas ações de prevenção de PAV. Ao realizar algumas reuniões
de Infecção Hospitalar (CIH) detro da legislação vigente; Promover isoladas com alguns profissionais para resolução desses proble-
e inovar melhorias na prática do CIH; Contribuir para a segurança mas identificou a necessidade de uma ação conjunta envolvendo
dos pacientes e profissionais. MÉTODO: Início em agosto/2007 e todososprofissionais–umgrupodeinteresse.Aconstruçãodesse
términoemjunho/2008.Foiacordadoque03hospitaisdaredese- grupo contou com enfermeiros, fisioterapeutas, médicos intensi-
riam o escopo do processo. As atividades foram realizadas através vistas e infectologistas, odontólogos, setor de educação continua-
dasetapasdoLSS:1ºetapa:definiredescreverosproblemase/ou da e grupo de suporte nutricional. A consolidação do conjunto de
oportunidades, os resultados e a situação atual; 2º etapa: medir e estratégias a serem empregadas no setor foi direcionada segundo
analisar, através das ferramentas, diagrama de causa e efeito, pa- a avaliação da CCIH e foi elaborada por cada especialista. Também
reto e o SIPOC; 3º etapa: aprimorar estabelecendo novas soluções a resolução de problemas estruturais bem como a difusão das ro-
a partir das descobertas anteriores; 4º etapa: controlar, através tinas a serem focadas ficou sob a responsabilidade de cada grupo
da avaliação contínua da capacidade do processo. RESULTADO: O que as identificou e elaborou respectivamente. A CCIH conduziu
LSS forneceu ao CIH um aperfeiçoamento, permitindo uma unifor- o desenvolvimento das ações de cada equipe e elaborou um ins-
mização das atividades, agilidade nos processos com resultados trumento para avaliação da aplicação das recomendações leito a
satisfatórios, além de uma confiabilidade da instituição perante leito implementando um acompanhamento semanal. Resultado: a

373
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
participaçãodosprofissionaisnaelaboraçãodosprotocolos,nare- Palavras-chaves: Ações Educativas;, Diabetes Mellitus., Programa
solução dos problemas estruturais e na divulgação das estratégias Saúde da Família.
foi trabalhosa, contudo, o comprometimento dos profissionais
apresentou-se como um trunfo na prevenção de PAV. Conclusão: a
estratégia de integrar as equipes visando que estas compartilhem
seus conhecimentos e firmem um compromisso com a segurança P604
na assistência prestada ao paciente já está nos remetendo a me- CAMPANHA PREVINA JÁ: IMPACTO NA TAXA DE UTILIZAÇÃO DE
lhoria dos resultados. CATETER VESICAL DE DEMORA E NA INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO
DO TRATO URINÁRIO NAS UNIDADES DE EMERGÊNCIA E DE TE-
Palavras-chaves:equipemultidisciplinar,grupodeinteresse,pneu- RAPIA INTENSIVA ADULTO DO HOSPITAL GERAL DE GUARULHOS
monia associada à ventilaçãomecânica, prevenção de infecção
hospitalar Autor(es): Noemi Evangelista Martins, Paula Zanellatto Neves,
Amanda Colanica Martuscelli, Andréa Azevedo Rodrigues, Ingridy
Fandim, Jacira Noemia Cassanho, Ana Claudia Marques Barbosa
Diaz, Ana Carolina Marteline Cavalcante Moysés
P603
AÇÕES ESDUCATIVAS NO PSF: DEPOIMENTOS DE USUÁRIOS POR- Instituição(ões):
TADORES DE DIABETES MELLITUS NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM- 1. HGG - ISCMSP, Hospital Geral de Guarulhos - ISCMSP
PB.
Resumo:
Autor(es): ALBERTINA MARTINS GONÇALVES1, JOANA MONIQUE Introdução: A Campanha Previna Já foi idealizada por equipe
FERNANDES ALMEIDA2, JOSÉ DE ANCHIETA F. NETO3 multidisciplinar composta pelo Serviço de Controle de Infecção
Hospitalar, Gerência de Risco, Educação Continuada e Vigilância
Instituição(ões): Epidemiológicacomafinalidadedereduzirastaxasdeinfecçãore-
1. HDPF, HOSPITAL DISTRITAL DE PEDRAS DE FOGO-PB lacionada à assistência à saúde, especialmente associadas ao uso
2. USBF, Unida Básica de Saúde da Família de Santarém - PB. de dispositivos invasivos. Inicialmente, foi implementada a moda-
3. CASM, Centro de Atenção a Saúde da Mulher lidade de Prevenção e Controle de Infecção Urinária Associada a
Cateter Vesical de Demora (ITU-CVD) baseada na divulgação dos
Resumo: critérios de indicação e manutenção de Cateter Vesical de Demora
INTRODUÇÃO: A educação em saúde é uma ação básica de saú- (CVD) através de marcadores visuais, envolvimento das lideran-
de importante, a qual estar baseada na reflexão crítica do grupo, ças técnicas e treinamento direto dos colaboradores. Objetivos:
onde o princípio dessa educação é o desenvolvimento da consci- Avaliar o impacto da Campanha Previna Já nas Taxas de Utilização
ência crítica das causas, dos problemas e das ações necessárias de CVD (TU CVD) e nas Densidades de Incidência de ITU-CVD (DI
para a melhoria das condições. OBJETIVO: Identificar junto aos ITU-CVD) nas Unidades de Emergência (UE) e de Terapia Intensiva
portadores de diabetes mellitus as ações educativas desenvolvi- (UTIA). Materiais e métodos: Análise retrospectiva e prospectiva
das pela equipe de saúde no PSF do Município de Santarém – PB e da TU CVD e DI ITU-CVD utilizando critérios do National Health-
analisarseessasaçõesvêmcontribuindoparaocontroledadiabe- care Safety Network (NHSN), referente aos meses pré e pós im-
tes mellitus e a prevenção de suas complicações. METODOLOGIA: plementação da Campanha Previna Já. Resultados: A Campanha
Tratou-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com método Previna Já com enfoque em Prevenção e Controle de ITU-CVD foi
quanti-qualitativo, realizada com 10 portadores de diabetes melli- elaborada em janeiro de 2010 e implantada no mês subseqüente,
tus, inseridos no Projeto Viver Bem desenvolvidos pela equipe de com evidências de redução na TU CVD de 35% e na DI ITU-CVD de
saúde do PSF de Santarém - PB. Foi utilizado um formulário se- 30,9% em março desse ano na UTIA. Em contrapartida, observou-
miestruturado para coleta dos dados. Durante todo o transcorrer se acréscimo na TU CVD e da DI ITU-CVD de aproximadamente
da pesquisa foram obedecidas a Resolução 196/96 e a Resolução 23%nomesmomêsnaUE.Conclusões:Aconscientizaçãosobreos
COFEN 311/2007. RESULTADOS: A partir da análise os principais critérios de indicação e manutenção de CVD apresentou impacto
dados encontrados foram que características socioeconômicas positivo na redução da TU CVD e da DI ITU-CVD na UTIA, reve-
dos pesquisados que 30% possuem a idade superior a 60 anos; lando-se como medida promissora na prevenção e controle dessa
70% eram do sexo feminino, sendo que deste total 75% tem como modalidade de infecção. Na UE consideramos que as dificuldades
profissão/ocupação a doméstica; 100% eram procedentes da ci- inerentes a setor como por exemplo a demanda de pacientes tor-
dade de Santarém; 50% teve seu diagnóstico confirmado de 1 a 5 nam este ambiente dinâmico e complexo, e a manutenção dos
anos e 50% vem sendo acompanhado a mais de seis anos. Quan- protocolos torna-se um desafio ainda maior que na UTIA.
to aos discursos do sujeito coletivo foi possível identificar que o
tratamento medicamentoso, atividades físicas e em grupos, e o Palavras-chaves: Infecção do Trato Urinário, Medidas de Preven-
controle nutricional são consideradas pelos participantes como ção, Unidade de Terapia Intensiva, Unidade de Emergência, Cam-
atividades educativas desenvolvidas pela equipe de saúde para o panha
controle da diabetes mellitus e prevenção de suas complicações.
CONCLUSÃO: Mediante o exposto esta pesquisa serve como refe-
rênciaparaqueosprofissionaiseeducadoresvenhamacreditarno
sonho compartilhado, com coragem de desenvolver novas formas P605
de trabalhar a assistência aos portadores de diabetes, conduzindo IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS PARA O DESCARTE DE RESÍDU-
a novos compromissos e mudanças, fazendo com que o ambiente OS DO GRUPO E NO HOSPITAL REGIONAL ALFREDO MESQUITA
de atendimento seja, além de um lugar privilegiado, um centro de FILHO (MACAÍBA/RN): UMA EXPERIÊNCIA DE PERSISTÊNCIA À
qualidade e cidadania. EDUCAÇÃO PERMANENTE.

374
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
no período de junho a dezembro de 2008 e janeiro a dezembro de
Autor(es): Héverton Fernandes Duarte, Rayana Garcia de Macedo, 2009. Do total de 562 isolamentos de junho a dezembro de 2008,
Maria Lindaelma Ferreira 194 (34%) foram incorretos. Nos meses de janeiro a dezembro de
2009, do total de 1996 isolamentos, 164 (8%) foram incorretos.
Instituição(ões): Foi realizada uma intervenção educativa no mês de dezembro de
1. HRAMF, Hospital Regional Alfredo Mesquita Filho 2008. A intervenção consistiu em treinamento “on the job” para
todos os colaboradores de enfermagem reafirmando a importân-
Resumo: ciadaindicaçãoadequada.Apósaintervençãomensurou-senova-
OdescarteinadequadodosresíduosdogrupoE,osperfurocortan- mente a adesão ao protocolo com melhora expressiva dos resulta-
tes, traz riscos à saúde e expõe os trabalhadores da área a infec- dos. Isso reforça a importância da educação continuada.
ções. A existência por si só de vasilhames específicos para descar-
te nos serviços não garante a efetividade do processo adequado. Palavras-chaves: recomendação, precauções e isolamento, ade-
É necessário que quem gera esses resíduos ou os manipula siga são, germe multiresistente, colonização
os protocolos estabelecidos pela legislação em vigor. No Hospital
Regional Alfredo Mesquita Filho - HRAMF, em Macaíba/RN, tem
sido frequente a negligenciação dessas normas por parte de al-
gunstrabalhadores.Diantedetaldiagnóstico,agestãodaUnidade P607
mobilizou-se para combater a incidência de acidentes com esse CONHECENDO O CONTEXTO DA OCORRÊNCIA DAS INFECÇÕES
tipo de resíduos. Para isso, implementou desde 2008 estratégias RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE NOS SERVIÇOS HOSPI-
de prevenção, via educação permanente, a saber: 1)memorandos TALARES NO MUNICÍPIO DE NATAL: UMA EXPERIÊNCIA JUNTO
circulares esclarecedores e disciplinadoes do problema; 2)exposi- AOS ALUNOS DE ENFERMAGEM
ção em murais dos flagrantes de descarte irregular; 3)reuniões e
rodas de conversa abordando o tema; 4)realização de oficinas de Autor(es): Elisângela Franco de Oliveira Cavalcante, Francisca Ida-
conscientização no HRAMF em parceria com o Conselho Regional nésia da Silva, Rayssa Horácio Lopes, Cleonice Andrea Alves Caval-
de Enfermagem e com a equipe estadual do Projeto Nascer; 5)di- cante, Maria Lúcia Azevedo Ferreira de Macedo
vulgação de protocolos nas aulas de alfabetização da educação de
jovens e adultos da Unidade; 6)sinalização textual dos vasilhames Instituição(ões): 1. EEN/UFRN, ESCOLA DE ENFERMAGEM DE NA-
de descarte. Além disso, a gestão do Setor de Limpeza e Higie- TAL DA UFRN
nização formou uma equipe ativista da causa e vem reforçando
nos diversos setores a importância do seguimento dos protocolos Resumo:
e também apresentou à alta gestão proposta de criação de uma OestudodasInfecçõesRelacionadasàAssistênciaàSaúde(IRAS)é
CCIH e de um plano oficial de gerenciamento dos resíduos, visan- umaáreaquemereceserdestacadanaformaçãodosprofissionais
do cada vez mais a minimização dos riscos à saúde e promovendo da saúde. Na enfermagem, esta é uma necessidade fortemente
assim a educação permanente efetiva. justificada, pois estes profissionais, em geral, lidam com situações
que requerem um rigor técnico e legal em suas práticas, para que
Palavras-chaves: PERFUROCORTANTES, DESCARTE, RESÍDUOS, minimizem os riscos de surgimento de IRAS, já que estas, confor-
EDUCAÇÃO PERMANENTE, ESTRATÉGIAS meestudospublicados,aumentamotempodeinternação,oscus-
tos, o desgaste do usuário, entre outros, constituindo-se em um
grave problema desaúde pública. Assim,sentimos necessidade de
introduzir em uma disciplina do curso técnico em enfermagem a
P606 discussão sobre a ocorrência de IRAS em serviços de saúde. Este
AVALIAÇÃO DA ADESÃO ÀS RECOMENDAÇÕES DE PRECAUÇÕES E trabalho teve como objetivo conhecer as IRAS mais comuns em
ISOLAMENTO DE PACIENTES COM RISCO DE GERME MULTIRESIS- quatro hospitais públicos de diversas especialidades no município
TENTE EM UM HOSPITAL PRIVADO de Natal. Método: Estudo descritivo de natureza qualitativa que
visa discutir sobre os tipos de IRAS mais comuns em quatro hospi-
Autor(es): SARITA S. LESSA *,CLAUDIA BINELLI, PAULA DAHER, PA- tais da cidade do Natal. Para tanto, realizamos divisão de uma tur-
TRICIA OLIVEIRA, NATHALIA GONÇALVES ma do curso técnico em enfermagem em grupos para que estes,
a partir de roteiro pré-estabelecido, realizassem coleta de dados
Instituição(ões): 1. HSC, Hospital São Camilo junto à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) dos
hospitais escolhidos, para conhecer: quais as IRAS mais comuns
Resumo: nas instituições visitadas. Resultados: os hospitais escolhidos se
Os profissionais que trabalham na prevenção e controle das in- caracterizam como: hospital geral; maternidade; hospital pediá-
fecções hospitalares, tem como encargo a detecção precoce dos trico e hospital referência para doenças infecciosas e parasitárias
pacientes colonizados ou infectados por microrganismos patogê- (DIPs). Após conhecerem a distribuição dos tipos de IRAS, obser-
nicos, afim de evitar riscos de infecção para si mesmo e para os varamqueàsinfecçõesdemaiorincidênciaforam:noHospitalGe-
pacientes que cuida diretamente. Este estudo tem como objetivo ral: infecção urinária; na maternidade: Infecção de Sítio Cirúrgico;
avaliar a adesão às recomendações de precauções e isolamento no Hospital Pediátrico: infecção urinária; e no Hospital referência
de pacientes com risco de germe multiresistente. A metodologia para DIPs: Infecção do trato respiratório (pneumonia associada a
utilizada foi a pesquisa descritiva na modalidade quantitativa. O ventilação mecânica). Conclusão: os discentes ao realizarem esta
estudo foi realizado em um hospital privado no município de São pesquisa puderam observar que os maiores índices de infecção
Paulo. Foram realizadas visitas diárias para busca ativa dos pacien- eram direcionados a áreas de maior realização de procedimentos
tes em precauções e isolamento com preenchimento de um for- invasivos, conseqüentemente, que prestam assistência a pacien-
mulário que contém o motivo, o tipo e a indicação do isolamento tes críticos. Por meio de estudos como este, os discentes podem

375
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
compreender o papel da enfermagem na prevenção e controle ximação dos discentes do Curso Técnico em Enfermagem com as
destas infecções. Diante do estudo realizado, percebe-se a impor- CCIHs proporcionou uma aprendizagem significativa e relevante
tância das discussões sobre IRAS serem introduzidas na formação na prevenção e controle das infecções hospitalares. Espera-se que
dos profissionais da saúde, em especial os técnicos em enferma- estes futuros profissionais promovam uma assistência livre de da-
gem, pois estes exercerão atividades, que a depender da forma de nos para os indivíduos que necessitam de assistência nos serviços
realização, influenciará na incidência das IRAS. de saúde. Os resultados apresentados consolidaram a aprendiza-
gem anterior ocorrida em sala de aula.
Palavras-chaves: assistência hospitalar, educação em enferma-
gem, infecção hospitalar, serviços hospitalares, Vigilância Epide- Palavras-chaves: infecção hospitalar, Programa de Controle de In-
miológica fecção Hospita, Serviços de Controle de Infecção Hospita, serviços
hospitalares, Vigilância Epidemiológica

P608
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DAS COMISSÕES DE CONTROLE P609
DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS NO MU- O USO DO GRUPO FOCAL COMO ESTRATÉGIA PARA A ADESÃO
NICIPIO DE NATAL/RN AOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Autor(es): Elisângela Franco de Oliveira Cavalcante, Francisca Ida- Autor(es): HELINY CARNEIRO CUNHA NEVES, ADENICIA CUSTÓDIA
nésia da Silva, Rayssa Horácio Lopes, Márcia Rique Carício SILVA E SOUZA, LUANA CÁSSIA MIRANDA RIBEIRO, DENIZE BOUT-
Instituição(ões): 1. EEN/UFRN, ESCOLA DE ENFERMAGEM DE TELET MUNARI, MARCELO MEDEIROS, ANACLARA FERREIRA VEI-
NATAL DA UFRN GA TIPPLE, SILVANA DE LIMA VIEIRA DOS SANTOS, KATIANE MAR-
TINS MENDONÇA
Resumo:

As Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde (IRAS) consti- Instituição(ões): 1. UFG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS
tuem-se, na atualidade, como problema a ser enfrentado pela
maioria dos serviços de saúde hospitalares. Sua prevenção e con- Resumo:
trole devem ser focos de atenção de toda a equipe multiprofissio- Introdução: As precauções padrão (PP), como prevenção primária
nal do hospital, bem como as ações de vigilância serem realizadas das exposições ocupacionais, continuam a serem eficazes e efi-
de forma intensa pela Comissão de Controle de Infecção Hospita- cientes na proteção dos trabalhadores da saúde, entretanto, ve-
lar (CCIH). Assim, pela necessidade de inserir as discussões sobre rificamos que a adesão a essas medidas é, por vezes, descontínua
a organização do trabalho da CCIH na formação de Técnicos em e contraditória. Diante disso, consideramos que as intervenções
Enfermagem, realizou-se este estudo. Método: estudo descritivo educativasnecessitamserabordadassoboenfoqueproblematiza-
de abordagem qualitativa, realizado com o intuito de aproximar dor que, a partir das vivências dos próprios profissionais, possam
os discentes do contexto real das ações de CCIH em serviços de discutir fragilidades, potencialidades e construir, de forma cons-
saúde hospitalares, conhecendo a organização, atuação e corpo ciente, estratégias capazes de mudar a prática de segurança na
profissional da mesma. Para tanto, foram realizadas visitas téc- assistência. Objetivo: Avaliar o uso do grupo focal como estratégia
nicas, em quatro instituições públicas, por grupos de alunos do para a adesão aos equipamentos de proteção individual. Meto-
último período do curso técnico em enfermagem. Nestas visitas, dologia: Estudo qualitativo realizado com estudantes de enferma-
foi utilizado instrumento de coleta de dados, pré-elaborado pe- gem do último semestre de uma universidade pública do Estado
los professores da disciplina de Biossegurança em Enfermagem, de Goiás. Foram observados os aspectos ético-legais. Os dados fo-
o qual contemplava os seguintes questionamentos: existência de ram coletados por meio da técnica do grupo focal utilizando-se de
Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH) no hospital; questões norteadoras. Participaram desse estudo 11 estudantes
organização da CCIH; realização de reuniões em situações de im- de enfermagem, os quais constituíram um grupo focal. Os dados
portância epidemiológica e metodologia adotada para Vigilância foram analisados pelo Método de Interpretação de Sentidos, se-
Epidemiológica na instituição. Resultados: quanto à existência de gundo os temas A Proteção para os estudantes de enfermagem e
PCIH no hospital: três instituições informaram possuir comissão O grupo como estratégia de adesão. Resultados: A discussão por
atuante com implementação do programa. Quanto à organização meio do grupo focal permitiu identificar que os sujeitos do estudo
da comissão, as instituições alegaram possuir enfermeiros, médi- conhecemosriscoseosbenefíciosdousodoEPI,noentanto,ape-
cos, farmacêuticos, microbiologistas, bioquímicos, e profissionais nas o seu uso não garante a proteção individual. Essa segurança
envolvidos na administração do hospital. Em relação à existência depende de variáveis como a consciência do risco,uso e manuseio
de reuniões em situações de importância epidemiológica, refe- corretos do EPI, estrutura organizacional e gerencial, disponibili-
renciaram realizar reuniões com periodicidade mensal, para dis- dade e acessibilidade aos equipamentos de proteção e relações
cussão das ocorrências dos últimos 30 dias, e semanalmente para no ambiente de trabalho. Evidenciaram que a utilização do grupo
os setores críticos; houve ainda relatos de reuniões quinzenais e focalpermitiuaconstruçãodoconhecimento,perfazendoumaco-
bimestrais em dois serviços distintos. O método de trabalho ado- nexãoentreateoriaeaprática,permitindoquetodossesentissem
tadoereferenciadofoi:vigilânciaepidemiológicacomintervenção responsáveis e participantes durante todo o processo. Conclusão:
através da implementação de medidas de controle; realização de Ogrupofocalpermitiuareflexãodasaçõeseatitudestomadasem
busca ativa e passiva; interface com o laboratório de microbiolo- relaçãoaousodosEPI,revelando-secomoumaboaestratégiaque
gia; e com a vigilância epidemiológica do município, em relação às poderá ser utilizada na política de educação permanente, para a
doenças compulsórias. Informaram ainda possuir relacionamento discussão dos problemas relacionados às medidas de segurança.
com familiares e com os profissionais assistenciais, na medida em Os participantes expressaram que a discussão em grupo, contribui
que disponibilizam informações e/ou dados. Conclusão: a apro- para uma maior consciência sobre os riscos de exposição e os be-

376
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
nefícios dos EPI, sinalizando mudanças de comportamento. miológica de IRAS, com evidente responsabilização dos profissio-
nais frente aos protocolos que ainda não tinham sido elaborados
Palavras-chaves: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL, ES- na instituição, também foi notado um comprometimento efetivo
TRATEGIA DE ADESÃO, ENFERMAGEM, GRUPO FOCAL na disseminação dessas normas em seus setores e avanços nos
processos de trabalho, em posteriores visitas da CCIH.

Palavras-chaves: Educação Permanente, Educação em Saúde, Ges-


P610 tão Ambiental, Epidemiologia Hospitalar, Biossegurança
ATUALIZAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL HOSPITALAR COMO ES-
TRATÉGIA PARA PROMOÇÃO EM SAÚDE

Autor(es): Wilton Rodrigues Medeiros1, Silvana Helena Neves de P611


Medeiros1, Maria Cláudia Medeiros D. R. Costa1, Simone Pedrosa AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Lima1,JoséAdersonLeão1,AlexandreMagnusdaSilveiraGomes1, SOBRE A INFLUENZA H1N1 2009
Joana D’Arc do Nascimento1, Sonaira Larissa Varela de Medeiros1,
MarjoriedaFonsecaeSilvaMedeiros2,TérciaLêdaCardosoBezerra1 Autor(es): NATHALIA MARCY BARBOSA DA CUNHA1, LARISSA MA-
RIA ISAAC MAXIMO1, MARIA EDUARDA PEREIRA DE QUEIROZ1,
Instituição(ões): NATALY DAMASCENO FIGUEIREDO2,1
1. HUAB-UFRN, Hospital Universitário Ana Bezerra
2. SIN-UFRN, Superitendência de Infra-estrutura da UFRN Instituição(ões):
1. EMSM, Escola de medicina Souza Marques
Resumo: 2. MS - HFL, Hospital Federal da Lagoa
Introdução: na perspectiva da promoção da educação sócio-am-
biental, que tem como um dos pressupostos, que os agentes ao Resumo:
reconhecer suas condutas se tornem colaboradores nas ações. Introdução: No ano de 2009 ocorreu uma pandemia de um novo
O Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB), unidade de porte vírus, Influenza A H1N1, conhecido popularmente por “gripe suí-
médio com 53 leitos, dedicados à assistência materno-infantil, na”. Por conta da capacidade de disseminação do vírus, o mesmo
atuando numa área de abrangência que compreende a Região do foi alvo de muita preocupação por parte de toda a sociedade. Ao
Trairi do Rio Grande do Norte. No biênio 2009/2010 planejou e longo da mesma, observou-se a importância de profissionais de
promoveuatravésda Comissão deControle deInfecçãoHospitalar saúde capacitados, para realização de diagnóstico e tratamento
(CCIH) e Núcleo Hospitalar de Vigilância Epidemiológica (NHVE) oportunos bem como medidas de prevenção e controle da epi-
a ATUALIZAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL HOSPITALAR COMO ES- demia. Este trabalho teve como objetivo avaliar o conhecimento
TRATÉGIA PARA PROMOÇÃO EM SAÚDE com o total de 180 horas/ de profissionais da saúde sobre a Influenza H1N1 2009. Material
aula. Objetivo: o curso teve como objetivo atualizar e aperfeiçoar e Métodos: A pesquisa teve como público alvo profissionais da
os conhecimentos em gestão do ambiente hospitalar e sua inter- saúde lotados em um hospital geral, localizado no município do
face com na qualificação da assistência, objetivando melhorias e Rio de Janeiro, que atuou como referência durante a epidemia de
adequações dos processos de trabalho, além de informar sobre 2009. Foi aplicado um questionário durante a campanha de va-
os conceitos básicos de Epidemiologia e controle das infecções cinação destinada a este grupo realizada pelo Núcleo de Epide-
relacionadas à assistência à saúde (IRAS); apoiar as ações de seu miologia do hospital. Os dados foram armazenados e analisados
controle na instituição, avaliar o processo de trabalho a partir das através do programa Epi Info, versão 3.5.1. Resultados: Do total de
normas e rotinas pautadas nos conceitos mais recentes da biosse- 1710 vacinados, 593 participaram da pesquisa (35 %). A média de
gurança, apresentar o papel do Setor de Farmácia e Laboratório idade observada foi de 38,9 anos (DP ± 11,96), sendo 62% do sexo
no controle de IRAS, confecção e reavaliação dos protocolos do feminino, 32,8% do sexo masculino e 5,1% ignorado. Em relação à
HUAB. Metodologia: O público-alvo se caracterizou pela multipro- categoria funcional, constatou-se que 20,1% eram médicos, 31,1%
fissionalidade, contando com pessoas chaves de cada setor ligada enfermeiros,14,5%outrasáreasdasaúde,25%outrasárease38%
a assistência no HUAB. A metodologia contou com aulas expositi- nãorespondeu.Naauto-avaliaçãodoconhecimentosobreadoen-
vas, seminários; discussões, debates, exibição de vídeos. O curso ça, 6% o considerou como muito bom, 38,2% bom, 44,4% razoável
teve sete módulos, foi iniciado com um módulo sobre “Meio Am- e 11,6% insuficiente. Em relação aos conhecimentos específicos
biente, apresentando-o como um sistema de suporte de vida e da sobre a doença, apenas 25% dos participantes responderam cor-
atividade de cada um. O seguinte apresentou os conceitos básicos retamente sobre o período de transmissão. Ao avaliar o conheci-
da Epidemiologia Hospitalar e IRAS. As Normas Regulamentado- mento sobre fatores de risco para complicações, a média obtida
ras relacionadas ao ambiente Hospitalar foi o próximo tema. Os foi de 4,3 (DP ± 2,9), sendo possível obter pontuação mínima de
processos de trabalho foram abordados no módulo denominado 0 e máxima de 10. Em relação aos conhecimentos gerais sobre a
“Biossegurança”. Logo após a Farmácia e Laboratório de Análises doença e identificação de sintomas de casos graves, a pontuação
Clínicas apresentou sua relação com o ambiente hospitalar e con- poderia variar de 0 a 5, sendo observado uma média de 3,6 (DP ±
trole de IRAS. O gerenciamento do ambiente hospitalar foi tema 1,1) e 2,5 (DP ±1,3), respectivamente. Conclusão: Os resultados
do módulo que tratou especificamente dos protocolos existentes apontam que o conhecimento demonstrado pelos profissionais
e em construção no HUAB. Resultados: Quinze profissionais de de saúde é insuficiente. Este grupo tem papel fundamental no en-
setores variados finalizaram o curso, compromissados de serem frentamento de uma provável segunda onda causada pelo vírus
multiplicadores desses conhecimentos. No final, foram apresen- Influenza Pandêmico. Por esta razão o resultado da pesquisa re-
tados os novos protocolos do HUAB. Conclusões: essa estratégia é força a importância de ações contínuas de educação e informação
recomendada em instituições hospitalares com perfil semelhante, direcionadas a este público, bem como subsidia o planejamento e
pois foi percebida qualificação no controle e na Vigilância Epide- organização das mesmas.

377
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Palavras-chaves: Informação, profissionais de saude, Influenza
H1N1
P613
CONHECIMENTO E APLICAÇÃO DA NR 32 NO ÂMBITO DA ENFER-
MAGEM.

P612 Autor(es): Elisângela Franco de Oliveira Cavalcante1, Cleonice An-


OFICINAMULTIPROFISSIONALCOMOESTRATÉGIADEEDUCAÇÃO drea Alves Cavalcante1, Karine Cordeiro de Lemos Vasconcelos
CONTINUADA PARA O CONTROLE E PREVENÇÃO DE BACTÉRIAS Silva2, Maria Lúcia Azevedo Ferreira de Macedo1, Rayssa Horácio
MULTIRESSISTENTES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Lopes1, Sheyla Gomes Pereira de Almeida1

Autor(es): Adriana da Silva Azevedo Instituição(ões):


1. EEN/UFRN, Escola de Enfermagem de Natal/UFRN
Instituição(ões): 2. UFRN, Departamento de Enfermagem/UFRN
1. HC/UFG, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás
Resumo:
Resumo: Os trabalhadores da saúde enfrentam diversas situações de ris-
Pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) co em seu ambiente de trabalho, o que os tornam vulneráveis ao
apresentam maior probabilidade de adquirir infecção em compa- acometimento de doenças e acidentes ocupacionais. Em 2005,
ração a outras unidades de internação, em razão da quantidade foi aprovada a Norma Regulamentadora (NR) 32, do Ministério
de procedimentos invasivos e a terapia antimicrobiana que são do Trabalho e Emprego, cuja finalidade é estabelecer as diretrizes
submetidos. A emergência de bactérias multirresistentes (BMR) básicas para a implementação de medidas de proteção à seguran-
é descrita como problema mundial de saúde pública e apontada ça e à saúde dos trabalhadores em serviços de saúde. Passados
como principal causa no aumento dos custos hospitalares, longa cinco anos, esta NR encontra-se em exigência de aplicação legal
permanência e alta mortalidade. Estratégias reconhecidas para em todo seu conteúdo. Com o objetivo de identificar o conheci-
prevenção e controle de BMR incluem ações educativas, uso ra- mento dos trabalhadores de nível médio de enfermagem sobre a
cional de antimicrobianos, vigilância do perfil dos microrganismos NR 32 e sua aplicação no ambiente de trabalho, realizou-se um
e monitoramento dos procedimentos invasivos. As ações, edu- estudo descritivo de abordagem quanti-qualitativo, onde foram
cativas merecem atenção especial, pois envolvem os profissio- entrevistados, em abril de 2010, 26 profissionais de nível médio
nais de saúde para maior adesão a tais medidas. Neste contexto, da enfermagem, atuantes em serviços de saúde diversos, que se
objetivou-se descrever a estratégia de educação continuada para encontravam realizando especialização técnica de enfermagem do
redução da incidência de BMR em duas UTI adulto em hospital trabalho na Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio
universitário de Goiânia-GO. Trata-se de um estudo quantitativo Grande do Norte, antes da disciplina que abordaria esta temáti-
com análise estatística descritiva. Considerados aspectos éticos. ca. Resultados: 08 desconhecem a norma. Dos 18 que afirmaram
Foram oferecidas oito oficinas de trabalho nos períodos matutino, conhecer a norma, 09 informaram terem conhecido por meio de
vespertino e noturno, de março a abril de 2010. Participaram das livros e apostilas, 01 por livros e apostilas, internet e cursos de
oficinas83profissionaisqueatuamnaUTI,divididosemgruposde capacitação, 01 por livros, apostilas e internet; e 09 por curso de
diferentes categorias: enfermagem, médicos, fisioterapeuta, ban- capacitação. Questionados sobre o que sabiam da norma, 07 res-
co de sangue, laboratório, maqueiros, higienização e estudantes, ponderam:normadesegurançaesaúdenotrabalho(SST);08com
sendo que a maioria foi representada pela equipe de enferma- exemplos pontuais: imunização, uso de equipamento de proteção
gem com 64,8%. Após informações sobre índices de BMR na UTI, individual (EPI) e coletivo, riscos ocupacionais, Comissão Interna
importância e medidas padronizadas para prevenção e controle de Prevenção de Acidentes, uso de adornos, direitos e deveres,
desses agentes houve a formação de 18 grupos com as diferentes exclusiva de trabalhadores celetistas. 03 não sabiam falar sobre a
categorias profissionais para discussão de estratégias, com o tema norma, mesmo afirmando que a conhecia. Questionados se a NR
“Enquanto profissional de saúde, como posso controlar e preve- 32 estava sendo aplicada no ambiente de trabalho, 12 responde-
nir BMR na UTI?”. Durante a oficina foi disponibilizado material ram que não, 01 não respondeu, 05 responderam que sim; destes,
didático para dinâmica de grupos. Entre as sugestões apresenta- apenas 02 conseguiram exemplificar esta aplicação. Questionados
das pelos grupos destacou-se: implementação da educação con- sobre qual seria a contribuição deles na aplicação desta norma,
tinuada (65,6%), intensificação da higienização das mãos (63,8%), 10 responderam: usando EPI, desprezando adequadamente resí-
cronograma para limpeza e desinfecção de artigos, equipamentos duos e perfurocortantes, organizando o ambiente de trabalho e
e superfícies (43,3%). A interação entre os profissionais, a troca de respeitando precauções. 02 responderam que contribuem divul-
experiências e o compartilhamento de problemas colaborou para gando informações e conhecimentos e orientando os colegas de
discussãoereflexãodaco-responsabilidadenocontroledeBMR.A trabalho. Sobre as dificuldades para implementação da norma,
oficina multiprofissional como estratégia de educação continuada referenciaram ausência de informações, e de divulgação da mes-
mostrou-se efetiva na medida em que ampliou conhecimento e ma, problemas na gestão dos serviços, conscientização dos pro-
promoveu o envolvimento dos profissionais na adesão às medidas fissionais e outros. Conclusão: percebe-se que a NR 32 ainda não
de controle para BMR. teve implementação em sua totalidade e que muitos profissionais
da enfermagem a desconhecem, e os que dizem a conhecer, não
Palavras-chaves: Educação continuada, Resistência bacteriana, conseguem entendê-la como um todo, reduzindo-a ao uso de EPI
Prevenção e controle de infecção e presença de riscos ambientais. A NR 32 contempla, além destas
citadas por estes profissionais, ações de mudança de comporta-
mento, educação permanente, gestão em SST, contenção biológi-
ca, proteção radiológica, englobando ainda os setores de apoio.

378
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Palavras-chaves: ambiente de trabalho, enfermagem do trabalho, 1. HRBA, HOSPITAL REGIONAL DO BAIXO AMAZONAS
equipamentos de proteção, Normas de segurança, saúde do tra- 2. NUMETROP HCFMUSP, NUCLEO DE MEDICINA TROPICAL DO
balhador DMIP/ HCFMUSP

Resumo:
INTRODUÇÃO: A infecção hospitalar é uma importante causa de
P614 morbidade e mortalidade em hospitais. O uso hospitalar do cate-
“IMPORTÂNCIA DE AÇÕES EDUCATIVAS NA DIMINUIÇÃO DA IN- ter venoso central, introduzido desde 1945, é amplamente aceito
CIDÊNCIA DOS ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO” em todas as áreas da medicina clinica. O cateter intravascular é
usado para fins de diagnóstico, terapia intravenosa, bem como,
Autor(es): ALCILENE CAVALCANTE BATISTA, MARIANA MARGARITA monitorar a pressão do sangue e outras funções hemodinâmicas,
MARTINEZ QUIROGA, SHEILA MARA BEZERRA especialmente em Unidades de Terapia Intensiva. A infecção rela-
Instituição(ões): cionada ao cateter permanece uma constante causa de infecção
1. HRBA, HOSPITAL REGIONAL DO BAIXO AMAZONAS DR WALDE- hospitalareestaassociadaàsignificantemortalidadeemorbidade
MAR PENNA de pacientes e elevados custos de permanência hospitalar. OBJE-
TIVO: Avaliar o grau de conhecimento dos profissionais de saúde
Resumo: quantoásmedidasdeprevençãodeinfecçõesrelacionadasacate-
INTRODUÇÃO: Os acidentes com exposição à material biológico ter venoso central em um hospital no Oeste do Pará. MATERIAL E
ocorrem por penetração da pele, com material médico-cirúrgico MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo, transversal, realizado
contaminados;contato com mucosas,com pele íntegra ou com so- noHospitalRegionaldoBaixoAmazonasdoParáem2009.Foiapli-
lução de continuidade. Os principais agentes infecciosos envolvi- cadoquestionárioanônimoevoluntariosobremedidasdepreven-
dos são os vírus do HIV, HBV e HCV. O risco de aquisição para HBV ção de infecção relacionada a cateter vascular nas Unidades de Te-
é6%a30%%,paraHCVde1,8%%,eparaHIVvariade0,1%a0,3%. rapia Intensiva Adulto, Infantil e Neonatal. O questionário incluía
As medidas para prevenir a transmissão são: evitar os acidentes, os seguintes dados: Categoria do profissional de saúde, tempo de
usarEPI´s,imunizaçãocontraHBVeoatendimentoadequadopós- trabalho na unidade, tempo de formado e quatro questões refe-
exposição.Amaioriadosacidentesacontece,segundoaliteratura, rentes a medidas básicas de prevenção de infecção relacionada a
por erros nas técnicas de realização de procedimentos. No Brasil, CVC. RESULTADOS: Foram entrevistados trinta e um profissionais
vários hospitais não dispõem de dados que permitam conhecer de saúde que aceitaram participar do inquérito: 58% eram técni-
a real profundidade do problema. OBJETIVO: Avaliar a importân- cos de enfermagem, 28% enfermeiros e 14% médicos. Deles, 41%
cia de ações educativas na diminuição da incidência de acidentes tinha de 1 a 5 anos de serviço, 36% tinha de 1 a 5 anos de forma-
com material biológico em um hospital terciário da região Oeste do e 32% tinha mais de 10 anos de formado. A percentagem de
do Pará. MATERIAL E MÉTODOS: Avaliação descritiva e retrospec- respostas corretas foram: 93% sobre higienização das mãos, 17%
tiva de acidentes por material biológico acontecidos nos anos de sobre a seqüência da técnica de passagem do cateter, 24% sobre
2008 e 2009 e de janeiro á abril de 2010. Foi realizada análise das escolha do sítio de inserção, 24% da troca de curativos. No grupo
fichas de notificação de acidentes por material biológico do SCIH, demédicos,oacertofoide43%dasquestões,entreosenfermeiro
quantificando o numero de acidentes em cada período e trei- 4 técnicos de enfermagem, 52% das questões foram respondidas
namentos realizados na instituição e a variação dos mesmos ao em forma certa. CONCLUSÕES: Embora seja um procedimento fre-
longo dos anos. RESULTADOS: Foram notificados 33 acidentes no quentemente realizado nas unidades de cuidados intensivos, os
ano de 2008, 18 acidentes em 2009 e 2 acidentes registrados no profissionais envolvidos ainda tem dúvidas enquanto as medidas
período de janeiro a abril de 2010. As campanhas educativas para a serem seguidas para prevenir a infecção do CVC. Com isto de-
prevenção de acidentes com material biológico foram realizadas mostra-se a necessidade de programas de educação continuada,
em Agosto de 2008, março e maio de 2009 e fevereiro de 2010. somadas as políticas de incentivo destes profissionais para posta
CONCLUSÃO:Observouseumareduçãode46%nonumerodeaci- em prática das medidas recomendadas.
dentesde2008para2009ede72%quandocomparadooprimeiro
trimestre de 2009 com o de 2010. Com este estudo demonstra se Palavras-chaves:AVALIAÇÃODECONHECIMENTOS,CONHECIMEN-
a grande importância de ações educativas sobre medidas preven- TOSDEPROFISSIONAISDESAUDE,INFECÇAORELACIONADAACVC
tivas relacionadas a acidentes com material biológico nas institui-
ções de saúde.

Palavras-chaves: ACIDENTES POR MATERIAL BIOLÓGICO, EDUCA- P616


ÇÃO EM SAUDE, PREVENÇÃO DE ACIDENTES CAMINHADA EM PROL À SEGURANÇA DO PACIENTE E MELHORIA
DA QUALIDADE DE VIDA COMO ESTRATÉGIA PARA AUMENTAR A
ADESÃO DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS DOS PROFISSIONAIS DE
SAÚDE.
P615
“AVALIAÇAO DE CONHECIMENTOS SOBRE MEDIDAS PREVENTI- Autor(es): Gustavo Mustafa Tanajura, Leila Santos de Souza, Je-
VAS ASSOCIADAS A CATETER VENOSO CENTRAL ENTRE PROFIS- fferson Araújo Couto, André Conceição Ferreira, Mariana Oliveira
SIONAIS DE SAÚDE” Lima, Francisnei Souza dos Santos

Autor(es): SHEILA MARA BEZERRA1, MARIANA MARGARITA MAR- Instituição(ões): 1. OSID, Obras Sociais Irmã Dulce
TÍNEZ QUIROGA1,2, ALCILENE CAVALCANTE BATISTA1
Resumo:
Instituição(ões): INTRODUÇÃO: a Infecção Relacionada à Assistência a Saúde (IRAS)

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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
representa um importante problema de saúde pública. Sua pre- ca-se a importância da biossegurança que, aplicada nos hospitais,
venção e controle depende, em grande parte, da adesão dos pro- corresponde à adoção de normas e procedimentos seguros e ade-
fissionais da assistência à saúde (PAS) às medidas preventivas, quados à manutenção da saúde dos pacientes, dos profissionais e
principalmente higienização das mãos (HM), e isso tem constituí- dos visitantes. Objetivo: Relatar a atividade de educação perma-
do um dos maiores desafios para os Órgãos de controle da Saúde. nente direcionada aos técnicos de radiologia de um Hospital Es-
A Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciou uma campanha vi- cola em relação às condutas de biossegurança. Desenvolvimento:
sandoàsegurançadospacientes,cujoumdosdesafiostemameta A atividade foi desenvolvida durante o Estágio Supervisionado III
dereduzirasIRAS,motivandoosestabelecimentosassistenciaisde realizada no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) de
saúde a promoverem práticas internas de incentivo a HM. OBJETI- um Hospital Escola no município de Goiânia. A dificuldade foi le-
VO: apresentar a estratégia de um hospital filantrópico da cidade vantada durante uma reunião da Comissão de Controle de Infec-
de Salvador – Bahia “caminhada em prol à segurança do paciente ção Hospitalar (CCIH) em relação às condutas de biossegurança,
e melhoria da qualidade de vida”. MÉTODOS: após adesão institu- em que a equipe de Enfermagem e Médica as realizava, mas os
cional a campanha da OMS, foram discutidas na Comissão de Con- profissionais do laboratório e da radiologia não os faziam. Dessa
trole de Infecção Hospitalar (CCIH) formas de aumentar a adesão forma, as condutas de biossegurança realizadas pela equipe de
dos PAS a HM, e decidido aproveitar a idéia da promoção interna Enfermagem e Médica eram anuladas em função das atitudes dos
de melhoria de Qualidade de Vida do Serviço de Gestão de Pesso- outros profissionais. A equipe de capacitação foi composta por
as (SGP) ao objetivo, e assim realizar uma caminhada dos PAS em enfermeiras do SCIH, acadêmica de enfermagem. A atividade foi
um dos parques da cidade de Salvador, no mês em comemoração realizada em dois momentos para contemplar os funcionários do
ao controle das IRAS. Na fase pré evento, foi divulgado nos meios matutino e vespertino. A capacitação abordou as seguintes con-
de comunicação institucional, através de cartazes, intranet e mu- dutas de biossegurança: higienização das mãos, equipamento de
rais, incentivando a adesão e a reflexão sobre qualidade de vida proteção individual, precauções padrão e isolamento (precaução
e segurança do paciente. Com participação de 150 profissionais, de contato, gotículas e aerossóis), exposição ocupacional a mate-
no dia do evento foi apresentada uma palestra sobre a relação rial biológico, fluxograma de acidente com material biológico do
entre qualidade de vida e melhoria da assistência à saúde e HM. Hospital Escola e enfatizamos condutas que devem ser realizadas
Feito atividade de aquecimento pelo professor de educação física, duranteosexamesderadiologia,como:higienizaçãodasmãosen-
realizada a caminhada e no final, uma apresentação de dança de tre os pacientes, realizar as condutas corretas de acordo com as
salãocoletiva.RESULTADOS:deumaformageralhouvemuitasava- precauções de cada paciente, higienização do chassi do raio – x,
liações positivas ao evento e durante o desenvolvimento da estra- dos mobiliários e superfícies da radiologia, do avental de chumbo
tégia, foi ampliada a interação entre os profissionais da CCIH, que e uso correto e adequado de EPI, entre outras. Foi utilizado data-
aceitaram o desafio da organização e execução do evento, e em show como recurso para a exposição do conteúdo. Conclusão: A
relação aos outros serviços, principalmente o SGP, Comunicação e experiência destaca a importância da educação permanente com
Lideranças, houve maior reflexão sobre o tema Segurança do Pa- todos os funcionários de uma instituição de saúde, não apenas
ciente. CONCLUSÃO: procedimentos simples e prazerosos podem com a equipe de enfermagem. A integração ensino-serviço viven-
resultar em um grande impacto na reflexão de difícil compreensão ciadaresultouembenefíciosparaainstituiçãodesaúdeeparasua
na prática. Normalmente os Profissionais de Controle de Infecção formação acadêmica.
Hospitalar utilizam formas de ensino usuais que nem sempre con-
seguem atingir de maneira eficaz o PAS, prejudicando o resultado Palavras-chaves: Biossegurança, Educação permanente em saúde,
final. Dessa forma, estratégias diferentes que os envolvem como Educação em saúde
construtor de seu próprio conhecimento profissional, desenvolvi-
mento de ideias, sentimentos e adequação aos aspectos culturais,
podem resultar em mudança de comportamento.
P618
Palavras-chaves: Segurança do paciente, Estratégia, Higienização CUIDANDO DO PROFISSIONAL QUE CUIDA: PROJETO PREVENIN-
das mãos, Campanha, Infecção Hospitalar DO INFECÇÃO HOSPITALAR DE FORMA SAUDÁVEL

Autor(es):MARIADASGRAÇASGONSALVESDEOLIVEIRA,CAMILLA
CUMMING DE OLIVEIRA, JAQUELINE SUZAN CARDOSO FREITAS
P617
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM UM SERVIÇO DE RADIOLOGIA DE Instituição(ões): 1. SCMBA - HSI, SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
UM HOSPITAL ESCOLA: BIOSSEGURANÇA DA BAHIA - HOSPITAL SANTA IZABEL

Autor(es):FRANCINEVIEIRAPIRES,MARINÉSIAAPARECIDAPRADO Resumo:
PALOS, ANA PAULA FREITAS LIMA, GABRIELLA RIBEIRO DE PAULA Introdução:Educaréaprincipalferramentadeintervençãonapre-
vençãoecontroledeinfecçãoparaamudançadecomportamento.
Instituição(ões): 1. FEN/UFG, Faculdade de Enfermagem da Uni- É fundamental o investimento no desenvolvimento da abordagem
versidade Federal de Goiás holística no processo de formação do profissional da assistência,
considerandoahumanizaçãodoensino,umaestratégianecessária
Resumo: para o estabelecimento de relações humanizadas com as pessoas
Introdução: A educação permanente é considerada um contínuo que esse profissional assiste. A maior dificuldade em se desenvol-
de ações de trabalho-aprendizagem que parte de uma situação ver habilidades que possibilitem a formação de cuidadores mais
existente e se dirige a mudá-la em uma situação diferente e dese- saudáveis reside no fato de que a capacitação desses profissionais
jada.Oambientehospitalarexpõeosprofissionaisdesaúdeauma ainda são respaldados por conceitos e teorias vinculados a uma
diversidade de riscos, especialmente os biológicos. Assim, desta- visão biologicista e restrita do ser humano. Objetivo: Comemorar

380
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
o Dia Nacional de Controle de Infecção Hospitalar de forma conti- à premiação dos três mais votados. Os projetos premiados em
nuada usando a educação e o cuidado com o profissional que cui- ordem de colocação foram: “Isolamento de contato: cuidado que
da, como a principal ferramenta de intervenção para melhoria da merecerespeito”,“CateterLimpo:prevenindoinfecçãoporcateter
qualidade da assistência. Métodos: Treinamento dos profissionais vascular” e “Correlação entre desnutrição e infecção hospitalar”.
de saúde, fora do ambiente de trabalho, com distribuição da carga Os dois primeiros projetos foram implementados na UTI clínica do
horária em duas horas de capacitação sobre a temática de preven- hospital. Conclusão: O evento sou Controlador de Infecção.. e Vc?,
ção e controle de infecção hospitalar relacionada com a terapia conseguiu a adesão e envolvimento dos colaboradores de várias
intravenosa, ministrado pelos profissionais do SCIH e duas horas categorias profissionais, onde todos se sensibilizaram, assumindo
de realização de terapias (alongamento e musicoterapia) voltadas também o papel de controlador de infecção.
para o cuidado com o profissional. Como estratégia de buscar a
adesão maciça dos profissionais, essa atividade foi incorporada na Palavras-chaves: INFECÇÃO, HOSPITALAR, PROFISSIONAL, PRE-
suacargahoráriadetrabalho,sendoalinhadopreviamentecomas VENÇÃO, MOTIVAÇÃO
chefias das unidades. Foi oferecida uma camisa personalizada, um
lanche energizante e sorteio de brindes. Resultados: Capacitaram-
se80%doprofissionaisdaenfermagemdohospital,priorizandoas
unidades consideradas mais críticas. 90,7% dos profissionais que P620
participaram da atividade conceituaram o projeto como ótimo. A ALTA DO PACIENTE E A INFECÇÃO HOSPITALAR: REVISÃO INTE-
Conclusão: Apesar das discussões a cerca da importância de uma GRATIVA DA LITERATURA
mudança de paradigma no ensino na área de saúde entendemos
que os hospitais necessitam aprimorar suas metodologias de en- Autor(es): Fernanda Santos Rodrigues Araújo, Enéas Rangel Teixeira
sino relacionadas ao cuidado, incluindo nesse contexto preocupa-
ções com a saúde do cuidador. Instituição(ões): 1. UFF, Universidade Federal Fluminense

Palavras-chaves: EDUCAR, PREVENÇÃO, INFECÇÃO, PROFISSINAL, Resumo:


HUMANIZAÇÃO Introdução: sabe-se que a infecção hospitalar é um dos problemas
que dificulta a alta do paciente. Isto, aumentando o tempo de per-
manência dos pacientes no ambiente hospitalar e demandando
da equipe de saúde cuidados precisos para o combate às infec-
P619 ções. Por isso, entender em quais situações a infecção hospitalar
INSERINDO O PROFISSIONAL DE SAÚDE NA PREVENÇÃO E CON- impede a alta dos pacientes motivou para desenvolver o presente
TROLE DAS INFECÇÕES HOSPITALARES: PROJETO SOU CONTRO- estudo. Objetivos: identificar publicações atuais na literatura que
LADOR DE INFECÇÃO E VC? tenham pesquisado sobre a relação alta do paciente e infecção
hospitalar e discutir sobre os achados. Métodos: revisão integrati-
Autor(es):JAQUELINESUZANCARDOSOFREITAS,MARIADASGRA- va da literatura, com 91 publicações pré-selecionadas após acesso
ÇAS GONSALVES DE OLIVEIRA, CAMILLA CUMMIG VIEIRA, ÁUREA na base de dados da Literatura do Caribe e da América Latina (Li-
ANGÉLICA PASTE, NEUSA MARIA NEVES DA SILVA lacs). Os descritores: Infecção Hospitalar e Alta do Paciente foram
utilizados. Ao final, 07 pesquisas foram selecionadas após passa-
Instituição(ões): 1. SCMBA - HSI, SANTA CASA DE MISERICÓRDIA rempeloscritériosdeinclusão deassunto(altado paciente);texto
DA BAHIA - HOSPITAL SANTA IZABEL completo;eanodepublicação(2002a2009).Resultados:aspubli-
caçõesabordaramsobreainfecçãonosítiocirúrgicocomorespon-
Resumo: sável pelo retardo da alta dos pacientes. As cirurgias do aparelho
Introdução: Para um efetivo controle de infecção hospitalar é digestivo são as maiores responsáveis pelas infecções hospitalares
importante ter no hospital profissionais motivados, trabalhando e maior tempo de permanência dos mesmos nos hospitais. Méto-
em equipe, respeitando cada um dentro de suas funções, atua- dosdedescontaminaçãodotubodigestivoparaevitarasinfecções
lizando-se com freqüência e com capacidade de auto avaliação. no pós-operatório são estudos atuais. E índices de infecções hos-
Objetivo: Envolver e motivar os colaboradores na elaboração de pitalares em pacientes que sofreram cirurgias estão sendo mensu-
projetos que possam contribuir com a prevenção e controle das rados no Canadá. Conclusão: no hospital, considerar as cirurgias
infecções hospitalares num hospital da cidade do Salvador. Méto- contaminadas como os maiores focos de infecção hospitalar e
dos: Baseou-se na elaboração de projetos científicos por parte dos montar/aplicar protocolos de atendimentos multiprofissionais aos
colaboradores das diversas unidades, com a temática livre, porém pacientes que fizeram esse tipo de procedimento, principalmente,
voltada para a prevenção e controle das infecções hospitalares. no período pós-operatório pode ser uma das soluções para dimi-
Os projetos foram analisados e selecionados pela equipe técnica nuir a demora da alta hospitalar aos mesmos.
do SCIH e Diretoria Médica, buscando os melhores para exposição
e premiação. A escolha dos projetos foi feita por todos os partici- Palavras-chaves: alta do paciente, alta hospitalar, infecção hospi-
pantes do evento, de forma democrática, dando oportunidade a talar, cirurgias
todos os presentes de julgarem os trabalhos expostos, elegendo o
mais criativo e objetivo, visando à implementação do mesmo no
hospital. Resultados: Foram inscritos 33 trabalhos. No dia 15 de
maio foram divulgados nas unidades do hospital os projetos que P621
foram classificados. Foram elaborados banners dos cinco primei- AS ESTRATÉGIAS DE UM SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO
ros projetosclassificados para ficaremexpostos no dia 29demaio, HOSPITALAR DIANTE DA PANDEMIA INFLUENZA A (H1N1)
noSimpósiodeTerapiaIntravenosa,ondeopúblicopresenteapre-
ciou os projetos expostos e votou, no final do Simpósio ocorreu Autor(es): Ricardo Faria Cordeiro, Katia Regina Pereira Claudio, Jo-

381
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
nas Leite Junior transmissãopelocontatodasmãosdosprofissionais. Adissemina-
ção desses pode favorecer o aumento de infecções e colonização
Instituição(ões): 1. HSJ, Hospital São José - Teresópolis de pacientes, e seu controle requer medidas que envolvem, entre
outras,asváriasformasdeprecauções.Esteestudoobjetivaidenti-
Resumo: ficaraadesãodosprofissionaisdeenfermagemnotreinamentode
Introdução:AinfluenzaAéumadoençarespiratóriaaguda(gripe), precauções e retratar a experiência dos enfermeiros que realiza-
causadapelovírusA(H1N1).Estenovosubtipodovírusdainfluen- ramaencenaçãoteatralcomoestratégiadeensinoaprendizagem.
za é transmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio da Trata-se de um relato de experiência de uma atividade educativa
tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pes- realizada em um Hospital escola do interior de São Paulo, visando
soas infectadas. Diante deste fato, o Serviço de Controle de Infec- atingir os profissionais de enfermagem, fisioterapeutas e técnicos
ção Hospitalar precisa realizar uma vigilância efetiva, fornecendo de laboratório, por um período de seis dias, totalizando 24 horas
equipamentosdeproteçãoindividual,implementandotreinamen- de treinamento. Participaram da encenação teatral: duas enfer-
tos em serviço e estabelecendo medidas para evitar a propaga- meiras do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), duas
ção da infecção em questão. Objetivo: Descrever as estratégias do enfermeiras do Serviço de Educação Continuada (SEC) e uma se-
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar diante da Pandemia cretáriadesseserviço.Talrecursoevidenciavaasrotinasdaprática
Influenza A. Método: a metodologia aplicada é de um relato de institucional buscando maior sensibilização sobre a importância
caso, onde serão apresentadas as estratégias para o controle da das precauções no controle e prevenção das infecções relaciona-
disseminação da Influenza A (H1N1) em uma Unidade Hospitalar dasáassistênciaàsaúde.Osmeiosdedivulgaçãoutilizadosforam:
da Região Serrana do estado do Rio de Janeiro. Resultados: Diante cartazes, jornal interno, e-mails e disponibilização de escalas para
do cenário de transmissão da Influenza A (H1N1), a preocupação agendamento das equipes. Após a encenação, foi proposto um
da população somada a falta de informações técnicas adequadas momento para discussão e esclarecimento de dúvidas finalizan-
para o manejo quanto a patologia existente, causaram impacto na do com uma avaliação de reação sobre o treinamento realizado.
assistência à saúde de uma forma geral. Neste cenário o Serviço O percentual total de participação foi de 40% do público alvo e,
de Controle de Infecção Hospitalar elaborou as seguintes estraté- considerando o quadro de pessoal de enfermagem (aproximada-
gias: Prioridade na assistência do setor de Pronto Atendimento: mente750profissionaisativos),aadesãofoide42%,comumtotal
Instalação de dispensadores de álcool gel na recepção; cartazes de 21% de enfermeiros. Segundo avaliação de reação, 70% dos
e informes quanto à prevenção da transmissão da doença; reali- participantes consideraram o treinamento como ótima estratégia.
zação de triagem dos pacientes portadores de sinais e sintomas Apesar da carga de trabalho destinada à organização, e de não ter
característicos da doença; aos pacientes onde foi indicada a inter- obtidoopercentualdeadesãoesperado,osenfermeirosdoSCIHe
nação hospitalar foi providenciado a precaução por gotículas e o doSECavaliamcomoumaexperiênciabastantepositivaereflexiva
início do tratamento foi caracterizado pela coleta do swab nasal paraopúblicoparticipante.Ametamínimaestabelecidaparaade-
e orofaríngeo para investigação diagnóstica. A notificação com- são aos treinamentos realizados na instituição é de 80% do públi-
pulsória foi realizada em todos os casos de internação hospitalar co alvo e, sendo assim, torna-se necessário rever as estratégias e
mediante a realização do swab. A capacitação foi ministrada para replanejarumnovomomentodeorientação.Apropostaparaesse
todos os funcionários das diversas áreas, onde foram esclarecidas novomomentoédepriorizaraparticipaçãodosenfermeiros,afim
as dúvidas, quanto à transmissão, prevenção e controle da doen- de subsidiar a supervisão e orientação realizada pelos mesmos,
ça. Sabe-se que a estratégia de maior impacto é a higienização das uma vez que são referência para o esclarecimento de dúvidas ou
mãos e com a instalação de dispensadores de álcool gel em todas tomada de condutas.
asunidadesdohospitalfoiobservadaumareduçãosignificativano
índice de infecção relacionada a assistência à saúde de uma forma Palavras-chaves: PRECAUÇÕES UNIVERSAIS, LAVAGEM DAS MÃOS,
geral. Conclusão: As estratégias adotadas pelo Serviço de Controle EDUCAÇÃO EM SAÚDE
de Infecção Hospitalar demonstraram eficácia no controle da dis-
seminação da Influenza A (H1N1) como também nas demais infec-
ções relacionadas a assistência à saúde.
P623
Palavras-chaves: Higiene das Mãos, Influenza A, Pandemia CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR: DESAFIOS DO PROFISSIO-
NAL ENFERMEIRO

Autor(es): Flavia Cristina Rodrigues1, Daniela Bicudo Argeliere2,2,


P622 Débora GotardeloAudebert Delage3
SENSIBILIZAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE SOBRE PRECAU-
ÇÕES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Instituição(ões):
1. HCMG, Hospital do Coração de Minas Gerais-Hospital Dr° João
Autor(es): MICHELI APARECIDA BARRETO, DANIELLE FABIANA Felício
CUCOLO, MARIA FERNANDA SCHNEIDER, SAMIRA DE OLIVEIRA 2. UNIFESP, Universidade Federal de São Pau
SANTIN, IRENE DA ROCHA HABER, MARIA FERNANDA FESTA MO- 3. UFJF, Universidade Federal de Juiz de Fora
RARI SCUDELER, LUIS FERNANDO WAIB
Resumo:
Instituição(ões): 1. HMCP-PUC CAMPINAS, HOSPITAL E MATERNI- INTRODUÇÃO: A Infecções Hospitalares (IH’s) atualmente repre-
DADE CELSO PIERRO-PUC CAMPINAS sentam um sério problema de saúde pública, e conseqüentemen-
te uma preocupação, não somente dos órgãos competentes, mas
Resumo: um problema de ordem social, ética e jurídica, representando um
A aquisição de microorganismos ocorre, geralmente, a partir da grande ônus sócioeconômico as instituições de saúde, em con-

382
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
seqüência dos altos custos hospitalares, a as implicações na vida instituição no período de 01/06/2009 à 31/10/2009, período da
dos usuários. OBJETIVOS: Visa identificar os desafios encontrados epidemiadeInfluenzaA(H1N1).Donúmerodeatestadosapresen-
pelos profissionais enfermeiros na abordagem da infecção hospi- tados, foram selecionados os casos de influenza com afastamento
talar bem como identificar as possíveis complicações destas e a em dias. Foi solicitada ao setor de gestão de pessoas a média sala-
percepção destes profissionais sobre os métodos de prevenção e rial dos cargos envolvidos no estudo, para a realização do cálculo
controle das infecções. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa biblio- doscustosgeradospeloafastamentodestesprofissionais.Resulta-
gráficadescritivacomabordagemqualitativa,quebuscaencontrar dos :Dos 881 atestados gerados no período de 01/06 a 31/10, 121
respostas aos problemas formulados, a partir do material já ela- foram afastamentos por Influenza (13,73%), e destes, 87 (71,9%)
borado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. ocorreram com os profissionais de enfermagem. O total de dias
Para coleta de dados foi realizado um levantamento bibliográfico de afastamento por influenza foi de 370 dias, sendo que os pro-
de livros especializados em Infecção Hospitalar, artigos, incluindo fissionais de enfermagem totalizaram 300 dias. Os custos gerados
aqueles que utilizaram dados epidemiológicos na abordagem da pelos afastamentos de acordo com a soma dos dias e cargo foram:
infecção, e publicações do órgão de saúde pública do Ministério mensageiro(5dias)R$283,00,auxiliardefarmácia(1dia)R$88,00,
da Saúde. RESULTADOS: Faz-se necessário que os profissionais de assistente administrativo (12dias) R$ 1.639,00, camareiro (2dias)
saúde e as instituições abandonem definitivamente a idéia sim- R$ 138,00, assistente de hotelaria (3dias) R$ 263,00, coord. nutri-
plista de que o controle de infecção nas instituições é de exclu- çãoedietética(1dia)R$259,00,copeiro(8dias)R$554,00,auxiliar
siva responsabilidade dos profissionais membros do Serviço de de cozinha (3dias) R$ 170,00, chefe de cozinha (2dias) R$ 189,00,
Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e se envolvam realmente assistente de atendimento (3dias) R$ 242,00, recepcionista (5dias)
como pessoas participantes e corresponsáveis desse processo. A R$ 346,00, auxiliar de enfermagem (91dias) R$ 9.419,00, técnico
conscientização dos profissionais de saúde, direcionada a estimu- de enfermagem (165dias) R$ 20.348,00, enfermeiro (44dias) R$
lar a percepção do risco e a eficácia de medidas de biossegurança, 8.527,00 e fisioterapeuta (6dias) R$ 858,00. O total dos custos
ainda constitui-se em um desafio a ser superado pelos controla- diretos gerados pelos afastamentos, de acordo com o cargo, nº
dores de infecção. Tais condições detectadas podem contribuir de atestados e a soma do total de dias foi de R$ 45.257,00. Con-
negativamente para uma assistência de enfermagem, insuficiente clusão: A análise dos dados demonstrou que os maiores custos
para prevenção de infecção, gerando maiores possibilidades de nos afastamentos por influenza ocorreram com os profissionais de
ocorrências de complicações. CONCLUSÕES: Foi evidenciado que enfermagem. Por ser a classe profissional de maior número de co-
programaseficazesdeprevençãoacarretamummenornúmerode laboradores, e devido às atribuições no cuidado ao paciente, é es-
infecçõeshospitalares,emelhorianastaxasdesobrevivência,com perado que encontremos estes resultados. Desta forma, podemos
uma redução na morbidade, tempo reduzido de internação e oti- direcionar as ações preventivas voltadas para equipe de enferma-
mização dos recursos hospitalares. Esta deveria ser a preocupação gem no manejo da influenza no ambiente hospitalar.
de todos os funcionários e departamentos do hospital, pois todos
são responsáveis por este processo, portanto é importante que os Palavras-chaves: INFLUENZA, ABSENTEISMO, CUSTOS, PROFISSIO-
profissionais de enfermagem principalmente os responsáveis pela NAIS DE SAUDE
prestação de cuidados a pacientes, obtenham mais informações
acerca dos procedimentos e dos riscos que os envolvem para que
assim possam prestar uma assistência de melhor qualidade, con-
tribuindo dessa forma para prevenção e o controle das infecções. P625
TÉCNICADEHIGIENIZAÇÃODASMÃOS:OFAZERVERSUSOFAZER
Palavras-chaves: controle de infecção hospitalar, prevenção, cons- COM QUALIDADE
cientização do profissional de saúde
Autor(es): KATIANE MARTINS MENDONÇA, ANACLARA FERREIRA
VEIGATIPPLE,HELINYCUNHACARNEIRONEVES,FABIANARIBEIRO
REZENDE, LUANA CÁSSIA MIRANDA RIBEIRO
P624
ABSENTEÍSMO E CUSTO DIRETO RELACIONADOS À INFLUENZA Instituição(ões): 1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA
EM PROFISSIONAIS DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO DA CIDADE DE UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
SÃO PAULO
Resumo:
Autor(es):CELSOAMARAL,LETICIACALICCHIO,DIEGOJESUS,EDU- O Ministério da Saúde editou o Manual “Lavar as mãos” no ano
ARDO MEDEIROS de 1989 a fim de promover uma normatização do procedimento
de Higienização das Mãos (HM) nos estabelecimentos de saúde, e
Instituição(ões): 1. HUSH, Hospital Unimed Santa Helena ilustrou, por meio de figuras, cada passo da técnica. O manual foi
reformulado em 2007 e complementado em 2008, pela Agência
Resumo: Nacional de Vigilância Sanitária, destacando a temática na esfera
Introdução: A influenza é uma infecção viral que afeta principal- nacional e apresentada as etapas: retirar adornos, abrir a tornei-
mente as vias aéreas superiores e ocasionalmente pode evoluir ra, molhar as mãos, evitar encostar-se a pia; aplicar sabão líqui-
para forma grave e morte. Os profissionais que atuam em ambien- do na palma da mão quantidade conforme fabricante). Friccionar
te hospitalar estão mais suscetível a desenvolver esta doença de- as mãos (palmas, dorso, espaços interdigitais, dorso dos dedos,
vidoocontatodiretocompacientesacometidosporinfluenza.Ob- polegares, polpas digitais e punhos); enxaguá-las, no sentido dos
jetivo: Verificar os custos diretos gerados através de afastamentos dedos para punhos, evitando contato direto das mãos com a tor-
médicos por influenza em profissionais de saúde. Metodologia: neira. Secar as mãos com papel toalha descartável, das mãos para
Foi realizado junto ao departamento de Medicina do Trabalho um punhos; desprezar o papel tolha na lixeira para resíduos comuns.
levantamento dos atestados apresentados pelos colaboradores da A duração da HM simples, é de 40 a 60 segundos. Destaca-se que

383
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
uma temática que começou a despertar questionamentos no sé- ros e acadêmicos de enfermagem na atividade educativa voltada
culo XIX, ainda hoje, é amplamente relevante e foco de diversos para a técnica de lavagem das mãos a técnicos de enfermagem
estudos e estratégias para aumento da adesão a uma técnica cor- na principal maternidade pública do agreste pernambucano.
reta. OBJETIVO: Identificar a adesão à HM e à técnica preconizada METODOLOGIA:Foram desenvolvidas atividades educativas por
entre profissionais da equipe de enfermagem durante o proces- acadêmicos de enfermagem sob supervisão dos enfermeiros do
so de preparo e administração de medicamentos em setores de serviço ao grupo de técnicos de enfermagem em todos os setores
urgência. METODOLOGIA: Estudo descritivo de corte transversal da unidade. Inicialmente foi entregue um questionário para rea-
realizado, no período de maio a julho de 2009, nos três hospitais lização de um pré-teste na expectativa de avaliar o conhecimen-
públicos da cidade de Goiânia-GO que possuem unidades de pre- to dos mesmos sobre a técnica de lavagem das mãos.A segunda
paro e administração de medicamentos nos setores de urgência. etapa consistiu-se na apresentação de uma mini-aula abordando
Os dados foram coletados por meio de check-list preenchido me- a temática. Na terceira etapa,os olhos dos técnicos de enferma-
diante observação dos profissionais da equipe de enfermagem. gem foram vendados e tinta guache azul ou preta foi usada em
Seguiu-se os aspectos ético-legais, aprovação por Comitês de Ética substituição do sabão para que eles demonstrassem como as
em Pesquisa (nº 065/08, 12/08, 118/08) e assinatura do Termo mãos eram higienizadas.Tal atividade possibilitou a detecção
de Consentimento Livre e Esclarecido. RESULTADOS E DISCUSSÃO: das falhas na adequada técnica de lavagem das mãos.No quarto
Durante o estudo atuavam nas unidades de preparo e administra- momento,o mesmo questionário foi aplicado para comparação
ção de medicamentos dos setores de urgência 193 profissionais avaliativa do pré-teste e pós-teste.RESULTADOS:O pré-teste evi-
da equipe de enfermagem e 130 consentiram participar e foram denciou que os técnicos de enfermagem tinham conhecimento
observados em 292 procedimentos, do início do preparo até con- sobre a lavagem das mãos,no entanto ainda apresentavam dúvi-
dutas após administração do medicamento. A adesão à HM nas das quando ao tempo e técnica correta de higienização.No mo-
oportunidades observadas foi de 37(28,5%) antes e de um (0,8%) mento demonstrativo,os profissionais apresentaram desatenção
após o preparo, e de oito (6,2%) antes e de 77 (59,2%) após a ad- aos locais de maior dificuldade de lavagem,tais como dobras dos
ministração. Em nenhum momento a HM foi realizada conforme a dedos,punhos,polegar,pregas anteriores das falanges e espaços
técnica preconizada pelos órgãos competentes, nacionais e inter- entre os dedos. No pós-teste, observou-se que todas as questões
nacionais. Destaca-se inicialmente que a adesão foi muito baixa, foram respondidas corretamente.CONCLUSÃO:A realização de tal
sendo o melhor índice após a administração de medicamentos, intervenção gerou propostas de melhoria na adesão a lavagem
evidenciando maior preocupação com o risco individual por parte correta das mãos.Foi sugerida a fixação de quadros demonstrando
do trabalhador. E, acrescenta-se a total desatenção quanto à qua- corretamente as etapas de lavagem das mãos,além de atividades
lidade do procedimento. Fato que ocorre, em meio a campanhas de educação continuada no serviço. Desta forma,evidenciamos
mundiaissobreasaúdedotrabalhadoreaatençãoàsegurançado que tal atividade constitui ferramenta imprescindível para modi-
paciente, onde o tema HM recebe destaque, pois quando realiza- ficação de condutas e redução dos índices de infecção hospitalar.
do, conforme técnica correta é capaz de minimizar risco individual
e coletivo. Palavras-chaves: Lavagem das mãos, Programa de controle de in-
fecção, Enfermagem
Palavras-chaves: Lavagem de Mãos, Equipe de Enfermagem, Infec-
ção Hospitalar, Exposição a Agentes Biológicos
P627
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CONTROLE DAS INFECÇÕES – ADE-
P626 SÃO DOS PROFISSIONAIS
LAVAGEM DAS MÃOS: ATIVIDADE EDUCATIVA PROMOVIDA POR
ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM PARA CONTROLE DE INFECÇÃO Autor(es): CYNTHIA ANGÉLICA RAMOS DE OLIVEIRA
HOSPITALAR
Instituição(ões): 1. HOF, Hospital Otávio de Freitas
Autor(es): Diego Augusto Lopes Oliveira1, Alecsandra Gomes de
Lucena Oliveira1,2, Raquel Bezerra dos Santos1,2, Juliana Cristina
Resumo:
Bezerra1,2, Niedja Francisca Bezerra1,2 Introdução: No ato de lavar as mãos reside a mais importante pro-
filaxia contra as infecções hospitalares, que, conjugada a outras
Instituição(ões): estratégias, representa medidas imprescindíveis para o controle
1. ASCES, Faculdade ASCES de infecção no ambiente hospitalar. Apesar de todas as evidên-
2. HJN, Hospita Jesus Nazareno cias mostrarem a importância das mãos na cadeia de transmissão
das infecções hospitalares e os efeitos dos procedimentos de hi-
Resumo: gienização na diminuição das taxas de infecção, muitos profissio-
INTRODUÇÃO: Atualmente o controle de infecção hospitalar nais têm uma atitude passiva diante do problema, enquanto os
é um dos principais focos de discussão para a manutenção da serviços adotam formas pouco originais e criativas para envolver
saúde,tendo em vista os altos índices de infecção originados em os profissionais. Objetivo: Avaliar a adesão dos profissionais de
ambiente hospitalar.A higienização das mãos é uma das ações saúde a técnica de lavagem das mãos numa Unidade de Terapia
mais eficientes na prevenção desta por impedir a propagação da Intensiva (UTI). Métodos: População composta pela equipe mul-
cadeia de transmissão de doenças.No entanto,evidencia-se que tiprofissional de uma UTI num período de 2 meses. Os dados fo-
esta prática não é devidamente realizada pelos profissionais de ram coletados através de observação direta da rotina da UTI no
saúde,dando origem a necessidade de atividades que proporcio- período da manhã, onde há um maior número de procedimen-
nem informações sobre a importância da técnica de lavagem das tos e profissionais e em dias aleatórios, para o qual se utilizou um
mãos para equipe.OBJETIVO:Relatar a experiência de enfermei- check-list contendo informações sobre a profissão, realização ou

384
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
nãodatécnica,realizaçãocorretadelavagemdasmãos,realização RESULTADOS: Os participantes mostraram-se bastante receptivos
dalavagemdasmãosemtodososprocedimentosearealizaçãoda às atividades propostas, evidenciando envolvimento, curiosidade
lavagem das mãos antes e depois de cada procedimento. Resulta- e interesse. A atividade mostrou-se uma estratégia inovadora de
dos: Observou-se que houve uma maior adesão dentro do grupo desenvolver ações educativas para o controle de infecção e pro-
de maior permanência na UTI que são as equipes de Enfermagem porcionou às crianças a oportunidade de aprender brincando. Os
e de Fisioterapia com 92%, e uma menor adesão pela equipe mé- estudantesexplicavamdemaneiraacessível,facilitandoacompre-
dica com 60%, já dentro do grupo de menor permanência na UTI ensãodetodos.Oconhecimentofoicompartilhadointerativamen-
como equipe de técnicos de hemodiálise, banco de sangue, RX, te com o uso de estratégias lúdicas e em seguida avaliado através
Laboratório e médicos especialistas que são chamados para dar do jogo da memória. Os participantes avaliaram positivamente às
laudos e pareceres houve uma adesão mínima com surpreenden- atividades e a consideraram uma estratégia educativa divertida à
tes 15%. Nenhuma equipe realizou a técnica correta, não realizou medida que permitiu a expressão de sentimentos, fantasias e mi-
emtodos osprocedimentos enem realizou antes edepois de cada tos acerca da prevenção de infecção através da lavagem das mãos.
procedimento. Conclusões: A lavagem das mãos parece um hábi- CONCLUSÃO: Essa atividade revelou a importância do papel da
to de difícil modificação e este estudo mostra que a maioria dos CCIH além dos limites hospitalares no processo do cuidar à medi-
profissionais de saúde lava as mãos de acordo com as suas neces- da que é possível estimular os sujeitos a refletirem sobre seus atos
sidades,deixandodefazê-lonosmomentosrecomendados.Novas e contribuir para promoção à saúde da comunidade. No contexto
intervenções são necessárias para se obter uma maior adesão a da Educação em Saúde, atividades lúdicas ganham espaço como
essa rotina básica na prevenção das Infecções hospitalares, uma ferramenta importante para a aprendizagem, uma vez que propõe
vez que a intervenção somente educacional tem sido insuficien- a participação direta da comunidade. Além disso, esta ação pro-
te no que diz respeito à adesão e forma correta de lavagem das porcionou ao estudante a oportunidade de realizar atividades que
mãos. integrem ensino, pesquisa e extensão.

Palavras-chaves: Higienização das Mãos, Infecção, Unidade de Te- Palavras-chaves:CCIH,Educaçãoemsaúde,Higienizaçãodasmãos


rapia Intensiva

P629
P628 FATORES QUE INFLUENCIAMNA ADESÃO DOS PROFISSIONAISDE
A CCIH ROMPENDO OS LIMITES HOSPITALARES NA PREVENÇÃO ENFERMAGEM À LAVAGEM DE MÃOS: UMA REVISÃO SISTEMÁ-
DE INFECÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA TICA

Autor(es): CECÍLIA OLÍVIA PARAGUAI DE OLIVEIRA, Deborah Dino- Autor(es): Cibely Freire de Oliveira, Ana Paula Andrade Ramos,
rah de Sá Mororó, Juliana Teixeira Jales Menescal Pinto, Nadja de Andressa Kaline Ferreira de Araújo, Carla Carolina da Silva Leite,
Sá Pinto Dantas Rocha, Daniele da Silva Macedo, Renata Cristina Jossana de Paiva Sales, Alexsandro Silva Coura, Inacia Sátiro Xavier
Barros Leite, Pâmela Katherine Nelson Campero de França

Instituição(ões): 1. HOSPED-UFRN, Hospital de Pediatria Professor Instituição(ões): 1. UEPB, Universidade Estadual da Paraíba
Heriberto Ferreira Bezerra
Resumo: Resumo:
INTRODUÇÃO: A lavagem das mãos é a maneira mais eficiente e INTRODUÇÃO: Segundo a Portaria 2.616/98, a técnica de higie-
econômica para a prevenção de infecções, e este fato é mundial- nização das mãos consiste na fricção manual de toda superfície
mente reconhecido. Entretanto, vários estudos apontam que a das mãos e punhos, utilizando-se sabão/detergente, seguida de
adesão dos profissionais da saúde e usuários à prática de higieni- enxágue abundante em água corrente, sendo considerada a ação
zação das mãos ainda é insatisfatória. Assim, a educação é o com- mais importante para prevenção e controle das Infecções Hospita-
ponente essencial para o trabalho da saúde na comunidade, e o lares (IH) desempenhada pelos profissionais de saúde. OBJETIVO:
profissional de saúde, na condição de educador, deve ultrapassar Identificar os fatores que influenciam no processo de adesão dos
o processo clássico de transferência de informação, levando o in- profissionais de enfermagem à lavagem de mãos. METODOLO-
divíduo a refletir em busca da adoção de hábitos saudáveis. OBJE- GIA: Foi realizada revisão sistemática nas bases MEDLINE, LILACS,
TIVO: Descrever a experiência de um grupo de estudantes sobre BDENF, WHOLIS, IBECS E ADOLEC. Utilizou-se como estratégia de
uma ação educativa acerca da lavagem das mãos na prevenção busca o cruzamento por descritores no comando da pesquisa on-
de infecção junto às crianças e adolescentes. METODOLOGIA: Es- line:“Enfermagem”,“AssistênciadeEnfermagem”,“CuidadosBási-
tudo descritivo, do tipo relato de experiência acerca de uma ativi- cos de Enfermagem”, “Lavagem de Mãos” e “Infecção Hospitalar”.
dade vivenciada na XV Feira de Ciência e Tecnologia (CIENTEC) da Posteriormente, foi realizada leitura exploratória e individual por
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) com uma três revisores, na qual 20 artigos foram selecionados. Foram con-
equipe interdisciplinar de estudantes de Enfermagem, Medicina siderados artigos relacionados à temática abordada como critério
e Psicologia coordenado pela Comissão de Controle de Infecção de inclusão. As abordagens trabalhadas possibilitaram a síntese
Hospitalar(CCIH)eNúcleoHospitalardeEpidemiologia(NHE),que integradaeoagrupamentodetrêscategorias:RecursosHumanos,
compõe o Núcleo de Vigilância à Saúde (NUVISA) do Hospital de Recursos Materiais e Estruturais e Educação Continuada. RESUL-
Pediatria Prof. Heriberto Ferreira Bezerra – HOSPED. Utilizou-se TADOS: Recursos Humanos: Podem ser levantados como fatores:
estratégias alternativas para a prevenção de infecções através da a deficiência de rotinas institucionais que valorizem o profissional
orientação da técnica de higienização das mãos com uso de tinta na execução da técnica em relação às vantagens desta adesão; a
guache, pintura de desenhos sobre a prevenção da gripe influenza negligência por parte dos profissionais na realização da técnica
A H1N1 e jogo da memória para avaliar as atividades realizadas. apropriada; muitas atividades executadas pelo mesmo profissio-

385
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
nal em um curto intervalo de tempo, resultantes de recursos hu- maior conformidade foi a palma da mão 1191 (92,7%). Conclusão:
manos desproporcionais à demanda dos serviços e pouca disponi- Os resultados indicam a necessidade de se investir em estratégias
bilidade em cooperar na adesão da técnica. Recursos Materiais e de treinamento para aumentar as conformidades na técnica de hi-
Estruturais:Acarênciademateriaiseinsumosnecessárioseinade- giene das mãos e assim possibilitar maior segurança ao paciente.
quação estrutural de alguns serviços implicam em dificuldades na
execução da técnica. Educação Continuada: A formação e a educa- Palavras-chaves: LAVAGEM DE MÃOS, INFECÇÃO HOSPITALAR, EN-
ção continuada são determinantes nas ações que condicionam os FERMAGEM
fatores de controle da IH, permitindo que ocorra uma mudança de
comportamentoquevemsendoreproduzidanosserviçosemrela-
ção à resistência dos profissionais, na qual, as ações de orientação
e capacitação permitam a adesão à rotina preconizada. CONCLU- P631
SÃO: O conhecimento dos fatores determinantes da não adesão AVALIAÇÃODOCUSTODATÉCNICADEHIGIENIZAÇÃODASMÃOS
pelosprofissionais deenfermagemnoprocessolavagemdasmãos
permitiuevidenciaranecessidadedaoperacionalizaçãodestanor- Autor(es):LUANALAÍSFEMINA,ANDREACECÍLIARODRIGUESMES-
maafimdequesejamreduzidososaltosíndicesdeIHnosserviços TRINARI, ANDRESSA BATISTA ZEQUINI, LUCIANA SOUZA JORGE,
de saúde pela equipe multiprofissional. MARLI DE CARVALHO JERICÓ, REGINA MARA CUSTÓDIO RANGEL

Palavras-chaves: Assistência de Enfermagem, Cuidados Básicos de Instituição(ões):


Enfermagem, Enfermagem, Infecção Hospitalar 1. FUNFARME, HOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Resumo:
Introdução: A higienização das mãos é o método mais eficaz e ba-
P630 rato para prevenção de infecção relaciona à assistência à saúde,
AVALIAÇÃO DA TÉCNICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM UM mas meios são necessários para ser realizada, tais como recursos
HOSPITAL ESCOLA materiais e competência técnica. O gerenciamento de custos visa
decisões em relação à alocação de recursos em seu melhor uso
Autor(es): LUANA LAÍS FEMINA, ANDREA CECÍLIA RODRIGUES para atender às necessidades institucionais e da clientela. Objeti-
MESTRINARI, ANDRESSA BATISTA ZEQUINI, LUCIANA SOUZA JOR- vos: Este estudo avaliou o consumo e o custo dos produtos utili-
GE, MARLI DE CARVALHO JERICÓ, REGINA MARA CUSTÓDIO RAN- zados na técnica de higienização das mãos. Método: É um estudo
GEL descritivo exploratório com abordagem quantitativa, por meio de
análise de relatórios do serviço de farmácia e almoxarifado hospi-
Instituição(ões): 1. FUNFARME, HOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSÉ talar, do ano de 2007, em um hospital de ensino no interior de São
DO RIO PRETO Paulo. Resultados: Foram consumidos no ano de 2007 o total de
10210litrosdeprodutoanti-séptico,considerando-seovolumede
Resumo: três mililitros para cada higienização das mãos, obtém-se um total
Introdução: Em 1846, Semmelweis observou a redução da taxa de de higiene/funcionário/dia de 9,9. O custo por cada higiene foi de
mortalidade ao instituir a lavagem das mãos. Nos anos de 1975 e R$0,006, aproximadamente 1 centavo por higiene mãos. Conclu-
1985, Centers for Disease Control and Prevention (CDC) publicou são: O uso de anti-sépticos tem sido bem aceito para higienização
guias sobre a prática de lavagem de mãos e, apesar das fortes evi- das mãos, demonstrado pelo seu alto consumo, porém é impor-
dências sobre sua importância na redução da transmissão cruzada tante ressaltar que sua efetividade somente será obtida quando
de microrganismos e da taxa de infecção hospitalar, a adesão per- todos os passos desta técnica forem seguidos.
manece baixa com média de 40%. É necessário que a higienização
das mãos se torne parte da cultura de segurança ao paciente. Ob- Palavras-chaves: CUSTOS HOSPITALARES, INFECÇÃO HOSPITALAR,
jetivo: Este estudo avaliou a eficiência da técnica de higienização LAVAGEM DE MÃOS
das mãos realizada por profissionais de saúde em um hospital de
ensino no interior de São Paulo. Método: Trata-se de um estudo
descritivo exploratório com abordagem quantitativa baseado na
análise de dados da Comissão de Controle de Infecção Hospita- P632
lar (CCIH) coletados entre agosto e dezembro de 2007. Utilizou-se PRÁTICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS DURANTE A ASSISTÊNCIA
um método para identificar inadequações na execução da técnica A PACIENTES EM ISOLAMENTO RESPIRATÓRIO PARA AEROSSÓIS:
de higienização das mãos e que se constitui na aplicação do álco- UMA REALIDADE OBSERVADA EM UM HOSPITAL DE DOENÇAS
ol gel acrescido de substância fosforescente e na introdução das INFECTO-CONTAGIOSAS DO CENTRO-OESTE
mãos em uma capela de madeira com luz negra, destacando-se
então as áreas de não-conformidades, ou seja, não atingidas pelo Autor(es): HÉLIO GALDINO JÚNIOR1, MONIQUE LOPES DE SOU-
gel durante o procedimento. Essa técnica era executada volunta- ZA1, LILIAN KELLY OLIVEIRA LOPES2, LUCIANA LEITE PINELI SI-
riamente pelos funcionários enquanto um observador preenchia MÕES2, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIPPL1
uma ficha de observação. Resultados: Foram preenchidos 1286
questionários, em que a ausência total de adornos foi de 915 Instituição(ões): 1. FEN/UFG, Faculdade de Enfermagem da Uni-
(71,1%) e a higiene total das unhas de 833 (64,8%). A conformida- versidade Federal de Goias
de de ambas as mãos foi de 117 (9,1) e a área mais higienizada foi 2. HDT, Hospital de doenças tropicais Anuar Auad
a palma da mão esquerda da mão esquerda em 1212 (94,3%) e de
não-conformidade foi o punho com 647 (50,3%). Na mão direita, o Resumo:
polegar foi a área de maior não-conformidade 704 (54,7%) e a de A higienização das mãos (HM) é uma prática que foi associada à

386
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
redução de infecções hospitalares desde 1846, quando Ignaz Sem- da higienização das mãos, além de atender as exigências legais e
melweis, implantou essa medida. Esta medida foi inserida como éticas, concorre também para melhoria da qualidade no atendi-
uma das ações mínimas a serem desenvolvidas com vistas à redu- mento e assistência ao paciente. Os benefícios destas práticas são
ção da incidência das infecções relacionadas à assistência à saúde, inquestionáveis,desdeareduçãodamorbidadeemortalidadedos
Apesar das diversas evidências científicas e das disposições legais, pacientes até a diminuição de custos associados ao tratamento
nota-se que grande parte dos profissionais de saúde não realizam dos quadros infecciosos. Objetivamos ressaltar a importância da
a HM antes e após o contato com os pacientes ou entre os proce- lavagem das mãos e a complexidade que a realização incorreta ou
dimentos no mesmo paciente. Assim este estudo teve como obje- a não realização da mesma traz como implicações para as institui-
tivodeavaliaraadesãodosprofissionaisdesaúde(PS)áhigieniza- ções, profissionais e pacientes rompendo questões éticas e legais.
ção das mãos em um hospital de doenças infecto-contagiosas do Trata-se de uma pesquisa de natureza bibliográfica e descritiva
estado de Goiás durante a assistência a pacientes em precauções realizada no mês de abril de 2010 junto a 18 periódicos e 2 livros
paraaerossóis(PA).Trata-sedeumestudotransversal,observacio- a cerca da temática publicados no período de 2005 a 2010 encon-
nalequantitativo.OestudofoirealizadoemumaInstituiçãodere- trados na base de dados da SCIELO, utilizando como descritores:
ferência no atendimento a doenças infecto-contagiosas da região Infecção hospitalar, bioética e lavagem das mãos. A lavagem das
centro-oeste. A população do estudo constituiu de PS que assisti- mãos é uma prática de assepsia simples, contudo considerada a
ram os pacientes que estavam em PA no período entre agosto de principal forma de prevenir e controlar as infecções, além de gerar
2009àfevereirode2010.Observadososaspectoséticos,osdados benefícios extensíveis àqueles envolvidos no processo de cuidado,
foram coletados por meio da observação das oportunidades que devendo configurar-se como um hábito que todos os profissionais
os profissionais tiveram de aderir a prática de HM. A observação de saúde devem realizar para prevenção de infecção hospitalar.
foi conduzida por meio de um check-list que foi construído basea- No entanto, o que se observa é que a falta de adesão à lavagem
do nos manuais de higienização das mãos do Ministério da Sáude, das mãos continua a representar um dos principais desafios para
após a construção o mesmo foi validado por enfermeiros experts os profissionais do Serviço de controle de Infecção Hospitalar, as
em controle de infecção hospitalar. Os dados foram analisados principais justificativas neste sentido são a falta de pias, ou a má
pelo programa SPSS 15.0. Foram observados 115 profissionais localização das mesmas, os custos elevados, a irritabilidade e a
desde a entrada do profissional, a execução do procedimento até toxicidade do produto e o tempo necessário para a prática, pois
a saída da enfermaria. Foram sujeitos da observação as categorias a mesma requer disponibilidade de tempo. Concluímos que é im-
profissionais: enfermeiro, técnico em enfermagem, médico, fisio- prescindível a busca de estratégias de conscientização quanto à
terapeuta, nutricionista, psicólogo, técnico em laboratório. 76% necessidade da higienização das mãos, pelas instituições, nas situ-
dos profissionais observados não higienizaram as mãos antes do ações relacionadas à assistência, e que este seja um tema ampla-
contato com o paciente. Foi observado que no momento após o mente discutido, praticado e lembrado com a clareza de que isto
contato com o paciente os profissionais realizaram com maior fre- representa segurança individual e coletiva.
qüência a lavagem das mãos, no entanto, mesmo assim o procedi-
mento deixou de ser realizado em por 55,7% dos profissionais. Os Palavras-chaves: Infecção Hospitalar, Bioética, Lavagem das Mãos
dados indicam uma baixa adesão á higiene das mãos pelos PS que
prestaram assistência a pacientes em PA, o que pode corroborar
para o aumento das taxas de infecção relacionada à assistência à
saúde, bem como na disseminação de germes multirresistentes.
P634
CONHECIMENTO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE UTI SOBRE
Palavras-chaves: Higienização de Mãos, Profissionais de saúde, HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
Precauções para aerossóis
Autor(es): Emilli Oliveira Feitosa, Karina Suzuki, Gabriella Ribeiro
de Paula, Regiane Aparecida dos Santos Soares Barreto, Marinésia
P633 Aparecida Prado-Palos, Fernanda Alves Ferreira
A BIOÉTICA NA LAVAGEM DAS MÃOS PARA PREVENÇÃO DE IN-
FECÇÃO HOSPITALAR Instituição(ões): 1. UFG - FEN, Universidade Federal de Goiás - Fa-
culdade de Enfermagem
Autor(es): Malu Micilly Porfírio Santos, Cora Coralina dos Santos
Junqueira, Maria Elizabete de Amorim Silva, Marília de Souza Leite Resumo:
Silva, Patrícia Simplício de Oliveira, Rebeca Silva Bezerra, VanessaIntrodução: A Higienização das Mãos (HM) é a medida de maior
Lopes Maia Dativo, Cizone Maria Carneiro Acioly impacto na prevenção das Infecções Associadas aos Cuidados em
Saúde (IACS). No trabalho cotidiano dos profissionais das Unida-
Instituição(ões): 1. UFPB, Universidade Federal da Paraíba des de Terapia Intensiva (UTIs) podemos observar a baixa adesão
à HM, o que é contraditório, uma vez que os pacientes interna-
Resumo: dos neste local estão geralmente, com o sistema imunológico
A infecção hospitalar representa atualmente uma preocupação comprometido e com maior exposição a dispositivos invasivos.
não somente dos órgãos de saúde competentes, mas um proble- Objetivos: Avaliar o conhecimento dos profissionais das UTIs so-
ma de ordem social, ética e jurídica em face às implicações na vida bre Higienização das Mãos. Metodologia: Estudo descritivo com
dosusuárioseoriscoaqueestesestãosubmetidos,podendooca- abordagemquantitativa,realizadonasUTIsneonatalecirúrgicade
sionar sofrimentos e gastos excessivos para o sistema de saúde. um hospital de ensino de Goiânia-GO. A população foi composta
Ainda, podem implicar em processos e indenizações judiciais, nos pelas equipes multiprofissionais destes setores. Os dados foram
casos comprovados de negligência durante a assistência presta- obtidos por meio de um questionário semi-estruturado composto
da. O controle de infecções nestes serviços, incluindo as práticas por perguntas aberta e fechadas após a assinatura do Termo de

387
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados e discussão: Foram deu a partir da observação dos profissionais durante a higieniza-
abordados 30 profissionais, sendo 8 (27%) enfermeiros, 4 (13%) ção das mãos. O presente trabalho foi submetido ao Comitê de
médicos, 16 (53%) técnicos em enfermagem 1 (3,5%) fonoaudi- Ética e Pesquisa do HGF (Hospital Geral de Fortaleza), e aprovado
ólogo e 1 (3,5%) psicólogo. 25 (83%) dos sujeitos relataram que com número 020701/09. Os participantes assinaram o Termo de
a HM foi exposta de maneira teórica e prática durante a gradua- Esclarecimento Livre e Esclarecido (TCLE). RESULTADOS: Das 53 hi-
ção, 4 (13%) dos sujeitos só tiveram o conteúdo teórico e apenas gienizações de mãos observadas: 31(58,5%) duraram de 00 a 10
1 (4%) negou contato com a técnica de HM durante a graduação. segundos, 18(33,9%) de 11 a 20 segundos, 03(5,7%) de 21 a 30
Os momentos mais citados para a realização da HM foram: antes e segundos, apenas 01(1,9%) teve um tempo de duração superior a
após os procedimentos e entrada e saída da unidade, ressaltando 30segundos.Observou-sequeumaltopercentualdeprofissionais
que apenas 1 profissional citou a importância da HM ao manipu- realizamoprocedimentonotempoinferioraorecomendadoepo-
lar objetos próximos ao paciente e nenhum citou a HM após ris- demos observar que houve um comprometimento na eficácia da
co de exposição a fluidos corporais, situações constituintes dos 5 higienização das mãos. CONCLUSÃO: O tempo médio gasto para
momentos considerados essenciais pela Organização Mundial de realizaçãodahigienedasmãosnaunidadeestudadafoiinferiorao
Saúde (OMS) para a prevenção de infecção. Quando questionados tempo recomendado pela ANVISA. Apesar da disponibilidade de
sobre quantas vezes a HM era realizada durante seu plantão os pias e produtos para realização do procedimento, esse não feito
resultados mostraram discrepância na quantidade variando de 10 de acordo com as recomendações técnicas. É de conhecimento de
àmaisde30vezes.Emborahaja relatosque26(76%)profissionais todos os profissionais da saúde a importância da higienização das
receberam orientações práticas sobre a HM na unidade, apenas 9 mãos, mas ainda observamos a realização dessa medida de forma
(30%) proferiram sempre realizar a técnica corretamente. Conclu- inadequada.
sões: Embora a maioria dos profissionais afirmasse contato com o
tema durante a graduação e na unidade, estes mostraram desco- Palavras-chaves: ENFERMAGEM, HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, IN-
nhecimento sobre as etapas preconizadas. Tornam-se necessárias FECÇÃO HOSPITALAR
estratégias de educação permanente focadas em como, quando e
porquê realizar a HM com o intuito de prevenir infecção e garantir
a qualidade da assistência.
P636
Palavras-chaves: Enfermagem, Higienização das Mãos, Infecção REPERCUSSÕESDACAMPANHADEHIGIENIZAÇÃODASMÃOSDO
Hospitalar IPEC/FIOCRUZ NO DIA MUNDIAL DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
COMO PARTE DA EDUCAÇÃO E DO ENSINO NA SAÚDE.

Autor(es): SONIA MARIA FERRAZ MEDEIROS NEVES NEVES1,1,1,


P635 LUDMILA MENDES DE MORAIS MORAIS1, VANDERLÉA POEYS CA-
AVALIAÇÃO DO TEMPO GASTO PARA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS BRAL CABRAL1, DIANA GALVÃO VENTURA VENTURA1, ANA CARLA
POR PROFISSIONAIS DE UMA UTI NEONATAL PECECO DA SILVA SILVA1, MARIA ISABEL FRAGOSO DA SILVEIRA
GOUVÊA GOUVÊA1
Autor(es): FRANCISCO ROGERLÂNDIO MARTINS DE MELO1, VIVIA- Instituição(ões):
NE DE SOUSA TOMAZ2, EDNA MARIA CAMELO CHAVES2, MAURI- 1. IPEC/FIOCRUZ, Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas
CÉLIA DA SILVEIRA LIMA2, JORG HEUKELBACH1 2. IPEC/FIOCRUZ, Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas
3. IPEC/FIOCRUZ, Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas
Instituição(ões): 4. IPEC/FIOCRUZ, Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas
1. UFC, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 5. IPEC/FIOCRUZ, Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas
2. FAMETRO, FACULDADE METROPOLITANA DA GRANDE FORTA- 6. IPEC/FIOCRUZ, Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas
LEZA
Resumo:
Resumo: INTRODUÇÃO: O hábito de higienizar as mãos previne e reduz
RESUMO: A importância da higienização das mãos começou a ser infecções, promovendo a segurança de pacientes, profissionais
citada no século XIX, quando Semmelweis comprovou a eficácia e demais usuários dos serviços de saúde.O dia 5 de maio marca
desta medida para reduzir os índices de febre puerperal. Com o o compromisso mundial de higienização das mãos. A Anvisa, em
passar dos anos vários outros especialistas realizaram diversos es- parceria com a OPAS/OMS/Brasil, vem desenvolvendo ações rela-
tudos que comprovaram cientificamente que a higienização das cionadas ao Primeiro Desafio Global, para Segurança do Paciente,
mãos reduz significativamente as taxas de infecção. O Ministério de iniciativa da Organização Mundial de Saúde - OMS, especial-
da Saúde preconiza diversas medidas de prevenção e controle de mente no tema “Higienização de mãos em Serviços de Saúde”. Um
infecções e enfatiza que a higienização das mãos é a principal me- exemplo de ação é a Pesquisa Higienização das Mãos OMS/Anvisa,
dida. A ANVISA recomenda que o tempo necessário para realizar com a participação de cinco Hospitais da Rede Sentinela, com a
esse procedimento varia em média de 15 a 30 segundos. OBJETI- finalidade de estimular a implantação e implementação da estra-
VO: Analisar o tempo gasto durante a higienização das mãos por tégia multifacetada da OMS para a melhoria da higienização das
profissionais da equipe de enfermagem de uma UTIN. METODO- mãos. Nós do Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas(IPEC)/
LOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quanti- FIOCRUZ, como hospital sentinela, não poderíamos ficar de fora
tativa, realizado em um hospital público no município de Fortale- e resolvemos no ano de 2009, aderir à participação. OBJETIVOS:
za-Ce, no período de novembro de 2009 a janeiro de 2010. Foram Enfatizaraimportânciadahigienizaçãodasmãosparaaprevenção
observadas 53 higienizações de mão, realizadas por 19 profissio- e a redução de infecções por bactérias multirresistentes ou fun-
naisqueintegramaequipedeenfermagemdaUnidadedeTerapia gos no IPEC/FIOCRUZ. MÉTODO: Distribuímos folderes e bottons
Intensiva Neonatal (UTIN) dessa instituição. A coleta de dados se auto colantes para a equipe de saúde de todos os setores do IPEC,

388
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
e também para os pacientes fazendo uma exposição oral sobre a Palavras-chaves: Infecção Hospitalar, Lavagem de Mãos, Unidade
importância da higienização das mãos. RESULTADOS: Constatamos de Terapia Intensiva
uma receptividade dos profissionais de saúde e pacientes em rela-
ção a nossa presença e a iniciativa da campanha. Durante a nossa
passagem pelos setores observamos uma sensibilização geral da
comunidade sobre o valor da medida preventiva. Conseguimos P638
chamar a atenção das pessoas, particularmente neste dia, para a HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: AVALIAÇÃO DA TÉCNICA REALIZADA
higienização das mãos como um ato de prevenção. CONCLUSÃO: POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UNIDADES DE TERAPIA IN-
No mês de maio deste ano estaremos realizando uma nova jorna- TENSIVA NEONATAL E PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL ESCOLA DE
da de mobilização para a higienização das mãos e esperamos com NÍVEL TERCIÁRIO.
estasiniciativasmanterosíndicesglobaisdentrodoesperadopara
o tipo de paciente de risco que o hospital recebe. Mantendo as Autor(es): Luiz Fernando Norcia Norcia, Ana Maria Souza Braguini
campanhas anualmente, esperamos ao longo dos anos, baixar o Braguini, Drielly Lívia Cristino Braga Braga, Regina Mara Custódio
índice de infecções por bactérias multirresistentes ou fungos, pela Rangel Rangel
transmissão de contato.
Instituição(ões): 1. FUNFARME, Fundação Faculdade Regional de
Palavras-chaves: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, EDUCAÇÃO, SAÚDE, Medicina de S J do Rio Preto
ENSINO
Resumo:
Considerando a higienização das mãos (HM) como uma importan-
te medida de controle das infecções relacionadas à assistência à
P637 saúde (IRAS), objetivou-se avaliar a realização da técnica de HM
AVALIAÇÃO DA ADESÃO À HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOSPELOS PRO- dos profissionais de saúde que atuam em unidades de terapia in-
FISSIONAIS DE SAÚDE EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA tensiva neonatal e pediátrica de um hospital escola de nível ter-
ADULTO DE UM HOSPITAL DE ENSINO ciário, o qual é referência para gestação de alto risco. A coleta de
dados foi realizada nos meses de agosto de 2009 e abril de 2010 e
Autor(es):DriellyLívia Cristino Braga,AndressaBatistaZequini, Lu- baseava-se na análise individual da técnica de HM de cada profis-
ana Laís Femina sional. Optou-se pela pesquisa qualitativa, sendo utilizado álcool
gel com características fosforescentes para avaliação das regiões
Instituição(ões): das mãos higienizadas adequadamente e um check list para re-
1. FUNFARME, HOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO gistro do sexo, categoria profissional, comprimento e presença de
sujidade das unhas, integridade do esmalte e utilização de adere-
Resumo: ços ao realizar a técnica de higiene das mãos. Em agosto de 2009 a
Introdução: As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) amostra totalizava 55 profissionais, destes, 98,2% do sexo femini-
apresentam-se como um grave problema ao país, aumentando a no, 76,3% auxiliares de enfermagem, 69,1% apresentavam unhas
morbimortalidade entre os pacientes e acarretando sofrimento e curtase7,27%apresentavamesmaltedescascado.Notou-sequeo
prejuízos ao sistema. Ações de prevenção e controle são indispen- polegarfoiaregiãohigienizadacommenorfrequência.Emabrilde
sáveis, com destaque na prática da higienização das mãos, pois 2010 a amostra foi composta por 65 profissionais, sendo ainda a
representa a medida de maior impacto e eficácia na prevenção maioria do sexo feminino (98,4%), 69,2% eram auxiliares de enfer-
das IRAS, promovendo a segurança dos pacientes nos serviços de magem. Já quanto as unhas curtas, o coeficiente aumentou para
saúde. Objetivo: O estudo avaliou a adesão dos profissionais de 43% e sobre a integridade do esmalte a taxa também aumentou,
saúde quanto à higienização das mãos. Métodos: Trata-se de um chegando à 9,23%. Apesar da frequente abordagem do tema, a
estudo descritivo com análise quantitativa. Para coleta dos dados, adesão a HM continua sendo um grande desafio também no que
utilizou-se um check-list para o registro das oportunidades de hi- se refere ao procedimento e as condições das unhas. Portanto, há
gienização das mãos, realizadas pelos profissionais de saúde que necessidadecontínuadaimplantaçãodeestratégiasjuntoaospro-
prestavam assistência, no período de março a abril de 2010 nas fissionais de saúde, a fim de conquistar melhorias tanto da adesão
Unidades de Terapia Intensiva - Adulto de um hospital de ensino. como da técnica de HM, para prevenir a disseminação de micror-
Resultados: Foram observadas 191 oportunidades de higienização ganismos causadores de IRAS.
das mãos. Dos sujeitos da observação, 101 (51%) corresponderam
à equipe de enfermagem, 49 (26%) a equipe médica e 41 (21%) Palavras-chaves: adesão, avaliação, higiene de mãos
outros profissionais. Das oportunidades, 92 (48%) ocorreram an-
tes do contato com o paciente; 125 (65%) antes da realização de
procedimentos assépticos; 136 (71%) após exposição a fluidos;
144 (75%) após contato com o cliente; 90 (47%) após contato com P639
oambiente.Conclusão:Oestudosinalizamaioradesãoapósaexe- HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPI-
cução de procedimentos. Torna-se importante a mudança de cul- TALAR: UM RESGATE DA LITERATURA
tura e conscientização dos profissionais de saúde sobre a impor-
tância da higienização das mãos visando à segurança do paciente Autor(es): Priscila Nunes, Danielly Meneses, Sabrina Bezerra, Gil-
e à qualidade da atenção prestada. Oferecer condições adequadas vânia Morais
para esta ação no ambiente de trabalho deve ser considerada, as-
sim como a realização de estratégias educacionais e envolvimento Instituição(ões):
de gestores e educadores. 1. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande

389
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Resumo: (IH). Metodologia: Realizado estudo bibliográfico selecionando
Conceitualmente, a infecção hospitalar é toda infecção adquirida publicações realizadas a partir de 2002 na Biblioteca Virtual da
outransmitidanoespaçohospitalar.Essetipodeinfecçãoremonta Bireme e Base de dados LILACS e SCIELO. Discussão e Resultados:
ao período medieval, contudo, as primeiras práticas voltadas para A HM é reconhecida, em vários estudos, como uma prática inti-
o seu controle surgem apenas em meados do século XVIII com a mamente relacionada à redução do risco de transmissão de pa-
medicalização da prática hospitalar. O rápido desenvolvimento do tógenos nosocomiais. Porém, de forma intrigante, pesquisas com
conhecimento das doenças e de instrumentos de intervenção no estudos observacionais mostram que a adesão dos PAS é baixa,
corpo biológico incorporou, ao modelo clínico predominante, co- apresentando uma média inferior a 50%. Enquanto isso, os servi-
nhecimento de bacteriologia e suas conseqüentes aplicações com ços de saúde, tanto a educação continuada quanto as comissões
isto a higienização das mãos tornou-se uma forma de prevenir as de controle de infecção hospitalar, adotam formas pouco originais
infecções hospitalares. Contudo, apesar da real importância e ne- e criativas para envolver os profissionais em campanhas educati-
cessidade, a anti-sepsia das mãos não é adotada nos serviços de vas. O fato de existir infecções preveníveis, cerca de 30%, exige da
saúde de maneira criteriosa e sistemática. Dada a relevância deste equipe de saúde e das instituições responsabilidade ética, técnica
tema o presente estudo de natureza bibliográfica tem como ob- e social no sentido de prover os serviços e os profissionais de con-
jetivo realizar um resgate da literatura acerca da higienização das diçõesdeprevenção. Estudos apresentamdiferentesmotivos para
mãos no controle de infecção hospitalar. As mãos são os principais a baixa adesão à HM como falta de motivação, ausência de pias
instrumentos de trabalho dos profissionais de saúde e por isso es- próximas ao paciente e de recursos adequados, reações cutâneas
tão relacionadas à transmissão de microorganismos que podem nasmãos,faltadetempo,irresponsabilidadeefaltadeconsciência
levar ao surgimento de infecções hospitalares. Nestes termos, a sobre a importância das mãos na transmissão de microrganismos
higienização das mãos apresenta-se como uma medida essencial (MO). Atualmente, o uso de álcool em gel é citado como uma for-
na redução da incidência desse tipo de infecção. A lavagem das ma de aumentar essa adesão, pois gasta-se menos tempo nesse
mãos tem como finalidade reduzir os microorganismos presentes procedimento,oprodutoagemaisrápidoeéeficaznaerradicação
na microbiota natural da pele bem como interromper o ciclo de de MO. Conclusão: O controle de infecções, incluindo as práticas
transmissão de infecções e doenças. Para tanto, é essencial o co- da HM, além de atender as exigências legais e éticas, colaboram
nhecimentosobreaimportânciadessapráticabemcomoaadesão também para melhoria da qualidade no atendimento e assistência
de todos os profissionais de saúde. No entanto, é possível afirmar ao paciente. Os benefícios destas práticas são inquestionáveis e
que a prática da lavagem das mãos é ignorada quanto ao seu valor abrangem desde a redução da morbidade e mortalidade dos pa-
eporisso negligenciadapor muitosprofissionais nos seus afazeres cientes até a diminuição de custos associados ao tratamento dos
diários, além disso, é dada pouca importância a técnica e as eta- quadros infecciosos. Dessa forma, é necessária uma especial aten-
pas de higienização das mãos. Como conseqüência aumenta-se a ção de gestores públicos, administradores dos serviços de saúde
probabilidadedetransmissãodepatógenosdeumpacienteparao e educadores para o incentivo e a sensibilização dos profissionais
outro, do ambiente para o paciente, do paciente para o profissio- à questão.
nal.Valeressaltarqueosenfermeirosestãodentreosprofissionais
que mais aderiram à higienização das mãos, contudo é necessária Palavras-chaves: Controle de Infecções, Educação Continuada, In-
a estimulação; através de campanhas educativas, de uma monito- fecção Hospitalar, Lavagem de Mãos
rização por parte do profissional responsável pela equipe de assis-
tência; e conscientização de todos os profissionais de saúde para
a importância da higienização das mãos uma vez que se constitui
numa prática simples e fácil de ser realizada. P641
A IMPORTANCIA DA LAVAGEM SIMPLES DAS MÃOS NO CONTRO-
Palavras-chaves: Controle de infecção hospitalar, Enfermagem, La- LE DE INFECÇÕES NOS SERVIÇO DE SAÚDE.
vagem de mãos
Autor(es): ANA CRISTINA RODRIGUES LUNA SILVA1, AUCILENE DE
ALMEIDA LUCENA FREIRE1, JOELMA DA SILVA1, TALYTA DAYANE
GOMESMARTINS1,GRAZIELABRITONEVESZBORALSKIHAMAD2,1
P640
BAIXA ADESÃO À HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: BUSCANDO ENTEN- Instituição(ões):
DER AS DIVERGÊNCIAS ENTRE A PRÁTICA E O IDEAL PRECONIZA- 1. PMCG, PREFEITURA MUNICIIPAL DE CAMPINA GRANDE
DO. 2. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

Autor(es): Vanessa Arias, Carmem Elisa Villalobos Tapia Resumo:


Introdução:A lavagem simples das mãos é considerada a ação
Instituição(ões): 1. PUC-CAMPINAS, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE isolada mais importante no controle de infecções em serviços de
CATÓLICA DE CAMPINAS saúde. Entretanto, a falta de adesão dos profissionais da área a
essa prática é uma realidade constatada ao longo dos anos e é
Resumo: objeto de estudos em diversas partes do mundo.Objetivos: Este
Introdução: A higienização das mãos (HM) é considerada a ação estudo objetivou identificar os aspectos importantes relativos à
isolada mais importante no controle de infecções em serviços de lavagem simples das mãos e sua correlação com o controle das
saúde, sendo também a mais eficiente e de menor ônus para as infecções nos serviços de saúde, bem como a técnica correta no
instituições. Objetivos: Realizar estudo bibliográfico sobre HM, procedimento de lavagem das mãos e a eficácia dos agentes anti-
buscando entender os motivos da baixa adesão dos profissionais sépticos no processo de higienização das mesmas.Método: Trata-
da área da saúde (PAS) à essa prática tão importante e reconhe- se de uma revisão bibliográfica exploratória e descritiva a luz da
cidamente eficaz na prevenção e controle de infecção hospitalar teoria científica respaldada em livros e artigos científicos.Resulta-

390
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
dos: Percebeu-se que a maioria das infecções hospitalares é vei- P643
culada pelas mãos dos profissionais, que na maioria das vezes não SUBSTITUIÇÃO DA LAVAGEM BÁSICA DAS MÃOS POR ÁLCO-
utilizam a técnica correta para a lavagem simples das mãos, sendo OL GEL PELOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE UMA UNIDADE DE
assim é necessária uma educação contínua para sensibilização dos PRONTO-ATENDIMENTO NA CIDADE DO RECIFE-PE
profissionais de que a lavagem simples das mãos é método mais
eficaz no controle de infecção nos serviços de saúde. Durante a
Autor(es): Karla Romana Ferreira de Souza, Emanuely Fernanda
avaliaçãoobservou-sequeousodeanti-sépticosparalavagemdas
Gomes de Araújo, Bartolomeu José dos Santos Júnior, Maria da
mãos é uma prática corriqueira, mas a despeito de seu largo uso,
Conceição Cavalcanti de Lira
não há um consenso sobre qual substância seria melhor aplicada
para este fim.Conclusão: Os resultados demonstraram a necessi-
dade de se promover maior sensibilização do profissional de saú- Instituição(ões): 2. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
de sobre a importância da lavagem correta e frequente das mãos
como coadjuvante no controle de infecção nos serviços de saúde. Resumo:
INTRODUÇÃO: O procedimento da lavagem das mãos tem a fina-
Palavras-chaves: controle de infecção, infecções nos serviços de lidade de remover sujidade e os microrganismos da flora transitó-
saúde, lavagem das mãos ria, onde deve-se friccionar as mãos com sabão ou detergente por
dez segundos, promovendo assim a biossegurança e prevenção
das infecções. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi comparar
a utilização da solução de álcool gel em áreas semi-críticas que
P642 possuíam torneiras automáticas, papel toalha e sabão liquido,
ANÁLISE DA ADESÃO À LAVAGEM DAS MÃOS DOS PROFISSIO- conforme determina os padrões de qualidade, em uma Unidade
NAIS DE SAÚDE NUMA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA de Pronto-Atendimento (UPA) que funciona 24 horas. MÉTODOS:
Foi realizado um estudo descritivo, exploratório e observacional
Autor(es): Karla Simone de Brito Brock, Albertina Martins Gonçal- com abordagem quantitativa. Avaliando a reposição diariamente
ves de ambos os produtos, onde o controle foi realizado através do
programa Excel, da Microsoft, e analisada por estatística descritiva
Instituição(ões): 1. HRA, Hospital Regional do Agreste simples: freqüência absoluta e percentual. A pesquisa foi desen-
volvida na cidade do Recife em uma Unidade de Pronto Atendi-
mento, no período de março a maio de 2010. Utilizou-se um ins-
Resumo:
trumento de coleta de dados validado pela Agência Nacional de
INTRODUÇÃO: A assistência ao paciente durante o período pós-
Vigilância Sanitária (ANVISA). RESULTADOS: Pôde ser observado
operatório imediato é muito importante e concentra-se em inter-
que ocorreu menor utilização de sabão líquido em relação ao uso
venções destinadas a prevenir ou tratar complicações. Partindo da
do álcool gel. Utilizando-se 20 litros de sabão neutro concentrado
premissa que é essencial para o controle de infecção a lavagem
pore50litrosdeálcoolgelpormês,demonstrandoumamaioruti-
das mãos, pois trata-se de um método simples, de baixo custo e
lização de álcool gel, que não substitui a lavagem básica das mãos,
comprovadamenteeficaznaremoçãodosmicrorganismosdaflora
podendo este tipo de prática contribuir para o risco ocupacional
transitória das mãos da equipe hospitalar. OBJETIVOS: Aperfeiçoar
e aumento das infecções nasocomiais. CONCLUSÃO: Portanto, es-
o processo educacional dos profissionais de saúde quanto à ade-
tudos adicionais são necessários para se definir qual formulação
são das lavagens das mãos em uma sala de recuperação anestési-
é mais efetiva na redução da transmissão de microorganismos no
ca.MÉTODOS:Foiutilizadoométododebuscaativaobservacional
serviço de saúde.
e análise de profissionais de saúde quanto à lavagem das mãos
durante os procedimentos executados aos pacientes. A sala de re-
cuperação deste hospital recebe em média 25 pacientes por dia Palavras-chaves: Biossegurança, Infecção Hospitalar, Microrganis-
de diferentes especialidades. A pesquisa foi realizada durante o mos, Prevenção
mês de abril de 2010 e foi constituída por 84 observações dire-
tas. Nesta instituição é prestada assistência a pacientes no pós-
operatório imediato, mediatos e também pacientes críticos que P644
deveriam ser encaminhados ao CTI. RESULTADOS: Durante a pes- HIGIENE DAS MÃOS: CONTRATOS DE PARCERIA ASSINADOS
quisa podemos observar na sala de recuperação anestésica onde
há uma grande rotatividade de profissionais e de pacientes, e por
Autor(es): SIMONE MOREIRA, LIA CRISTINA GALVÃO DOS SANTOS,
tratar-se esta unidade de alta complexidade, com uma média de
MAGDA DE SOUZA DA CONCEIÇÃO, ANA MARIA VEIGA MARQUES
400cirurgiasmensais,queaadesãoalavagemdasmãosaindanão
GRAÇA, ALEXANDRE CARDOSO BAPTISTA, TATIANA MARTINS AL-
é satisfatória. CONCLUSÃO: A partir da avaliação realizada obser-
VES, LUCIANA DE ARAUJO SOUZA, MAXWELL RODRIGUES LACER-
vamos que os profissionais não realizam a técnica correta de la-
DA, JOSÉ RODOLFO MARTINS DE SOUSA
vagem das mãos e principalmente aqueles que não permanecem
muito tempo na SRPA, como laboratório, técnicos de RX. Ao final
da análise pudemos constatar que mesmo este hospital promo- Instituição(ões): 1. HFB, HOSPITAL FEDERAL DE BONSUCESSO
vendo educação permanente em controle de infecção hospitalar
é necessário conscientizar estes profissionais de forma que sejam Resumo:
oferecidas melhores condições de atendimento aos pacientes e Introdução: a Organização Mundial de Saúde (OMS) atendendo a
para a equipe. resolução da Assembléia Mundial da Saúde de 2002 (Resolução
55.18) lançou em 2004 a Aliança Mundial para a Segurança do Pa-
Palavras-chaves: higienização das mãos, prevenção de infecção, ciente. Neste projeto, na primeira área de ação estão incluídos os
recuperação pós-anestésica desafios mundiais para a Segurança do Paciente. Neste aspecto o

391
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
primeiro desafio é atender a meta: cuidado limpo é cuidado se- hospital público do Rio de Janeiro. A coleta dos dados foi realiza-
guro. Desta forma, a higiene das mãos é reconhecida como uma da através de questionário auto-aplicável, não identificado, com-
ação simples e eficaz de combate as infecções relacionadas à as- posto por 35 questões. RESULTADOS: A análise do conhecimento
sistência à saúde sendo declarado o dia 05 de maio dirigido para mostrou que o álcool a 70% foi reconhecido como higienizador
propostas de incentivo à higienização das mãos e melhoria das das mãos por apenas 65,6% dos PS. A técnica correta de HM, bem
condiçõesparaaadequaçãodessaprática.Objetivo:estetrabalho, como a interferência de adornos nesta técnica foi descrita por
sob a forma de um relato de experiência, tem por objetivo descre- mais de 80% dos profissionais respondentes. Na análise da atitude
ver as iniciativas implementadas pela Comissão de Controle de In- apenas 13% consideraram o álcool a 70% mais eficaz que a lava-
fecção Hospitalar (CCIH) de um Hospital Federal, no município do gem simples das mãos, além de 62% acreditarem ser este apenas
Rio de Janeiro, inserido na campanha “Salve Vidas: Lave as Mãos” um complemento à higiene simples das mãos. Os adornos foram
desde 2009. Método: Este ano, seguindo as orientações da OMS reconhecidos como interferência na adequada HM por 90% dos
foram distribuídos folderes, dispositivos individuais de solução an- respondentes. Já nas questões relativas à prática foi observado
tisséptica (álcool 70%), realizadas chamadas pela intranet (teaser) que ainda 37% dos PS utilizavam relógios e 20% anéis durante o
e aplicação de adesivos da campanha nos profissionais aborda- horário de trabalho. Apenas 38% utilizam o álcool a 70% antes de
dos. Fizeram parte de nossa abordagem: atividades lúdicas como entrar no leito do paciente, e 62,7% antes de manipular dispositi-
a participação da Organização Não Governamental (ONG) Roda vosinvasivos.CONCLUSÃO:AIHestácomumenteassociadaamúl-
Gigante com o grupo “Doutores Palhaços” e foi adotada a estra- tiplas causas relacionadas ao processo ou práticas comportamen-
tégia da “assinatura de contrato” para o envolvimento do grupo. tais dos profissionais. Inquéritos sobre conhecimentos, atitudes e
Resultado: esse processo de abordagem dos profissionais chamou práticas possibilitam constatar que os indivíduos apresentam um
atenção de todos na instituição, até mesmo dos pacientes, seus comportamento não necessariamente associado a um conheci-
familiares e acompanhantes. Uma vez que a CCIH da instituição já mento adequado. Este parece um caminho capaz de auxiliar os
possui um trabalho de abordagem desse público, visando que os profissionais de Controle de Infecção e Educação Continuada a de-
mesmoparticipemdoprocessodecuidar,ogrupodefamiliaresfoi senvolver estratégias de intervenção capazes de motivar os PS na
abordado com a mesma ênfase durante toda a campanha. Con- assimilação de boas práticas com relação à HM.
clusão: os baneres com os contratos de adesão à campanha, assi-
nados pelos profissionais, pacientes e familiares ficarão expostos, Palavras-chaves: higiene de mãos, infecção hospitalar, controle de
divulgados durante todo o ano de 2010, buscando-se desta forma infecção
manter a visibilidade da campanha e a responsabilidade assumida
pelo grupo.
Palavras-chaves:CUIDADOSEGURO,HIGIENEDASMÃOS,PREVEN-
ÇÃO DE INFECÇÃO, SEGURANÇA DO PACIENTE P646
A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS PARA O CONTRO-
LE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - UMA REVISÃO DE LITERATURA.

P645 Autor(es): NATHALIA LIRA TAVARES SANTANA, MARCELA CRISTI-


CONHECIMENTOS, ATITUDES E PRÁTICAS DOS PROFISSIONAIS DE NA SILVA DA HORA, EMANUELA DE OLIVEIRA SILVA, MARIA DA
SAÚDE SOBRE A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM UNIDADES DE TE- CONCEIÇÃO CAVALCANTI DE LIRA, NATALY DOS SANTOS SOARES,
RAPIA INTENSIVA TAYANNE QUEIROZ DAMASCENO, ROSÁLIA TERESA CARVALHO DE
ALMEIDA, MONIKE MUNIZ DE SIQUEIRA
Autor(es): kátia Marie Simões e Senna1, Enirtes Caetano Prates
Melo2 Instituição(ões): 1. UFPE/CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PER-
NAMBUCO - CAV
Instituição(ões):
1. INC, Instituto Nacional de Cardiologia Resumo:
2. UNIRIO, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Introdução: Ignaz Semmelweis, em 1846, já demonstrava atra-
vés de seus estudos, a importância da lavagem das mãos para a
Resumo: prevenção de infecções hospitalares. Um pequeno gesto pode
INTRODUÇÃO: O risco para aquisição de infecção hospitalar (IH) ser uma medida bastante eficaz, garantindo assim a saúde do
nos países em desenvolvimento, como o Brasil é 2 a 20 vezes mais paciente e do profissional de saúde, sendo a maneira mais eco-
alto do que nos países desenvolvidos. A terapia intensiva estima a nômica do controle de qualidade do ambiente hospitalar. Porém,
ocorrência de IH em aproximadamente 30% dos pacientes inter- mesmo sabendo de todos esses benefícios, infelizmente nem to-
nadoscomumamortalidadeatribuídaemtornode44%.Ahigiene dos os profissionais aderem a esse costume de sempre lavar as
das mãos (HM) é reconhecida como uma das medidas mais efica- mãos. Objetivo: Orientar e alertar que uma simples higienização
zes na prevenção e controle das infecções. Entretanto, a adesão antes e depois de qualquer procedimento pode fazer a diferença
dos profissionais a esta medida oscila em torno de apenas 40%. no controle de infecções. Espera-se a conscientização e a adesão
OBJETIVO: Analisar os conhecimentos, atitudes e práticas (CAP) satisfatória dos profissionais de saúde. Metodologia: Trata-se de
dos enfermeiros e médicos sobre a HM. MÉTODOS: Estudo ana- um estudo de revisão bibliográfica que relata a importância de
lítico de corte seccional desenvolvido através de inquérito deno- uma boa higienização das mãos através de uma pesquisa na base
minado CAP. Inquérito que estabelece ser o comportamento em de dados da BIREME (Biblioteca Regional de Medicina), SCIELO
saúde originado na aquisição de um conhecimento correto pos- (Scientific Electronic Library Online) e LILACS (Literatura Latino-
sibilitando uma atitude favorável, e determinando sua prática. A americana de Ciencias da Saúde) utilizando-se as palavras-chave
população foi composta por 61 profissionais de saúde (PS) (médi- “Lavagem de mãos”, “Higienização das mãos” e “Controle de in-
cos e enfermeiros) lotados em Unidades de Terapia Intensiva em fecção hospitalar”. Foram também verificados alguns manuais de

392
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
lavagemdemãosdoministériodasaúdeeANVISA(AgênciaNacio- lavam as mãos após tal procedimento. Quanto à técnica de higie-
nal de Vigilância Sanitária). Resultado: A flora transitória das mãos nização das mãos, verificou-se que 78% dos respondentes sempre
é composta de bactérias freqüentemente responsáveis por surtos retiram adereços para lavar as mãos; 90% mantêm unhas curtas;
de infecções hospitalares, com isso são um veículo de contamina- 93% sempre lavam palma a palma; 86% sempre lavam palma com
ção e a lavagem das mãos elimina toda e qualquer possibilidade dorso da mão; 75% lavam os espaços interdigitais; 100% lavam o
de contaminação, já que sua finalidade é a remoção de sujidade, polegar isoladamente; e 71% lavam sempre os punhos. Quanto ao
suor,oleosidade,célulasdescamativaseamicrobiotadapele,pre- enxágüe e ao fechamento de torneira com papel toalha, verificou-
venindo assim a transmissão de agentes infecciosos por contato. se que 92% sempre fazem o enxágüe e 25% confirmaram nunca
Conclusão: Evidencia-se a contribuição das lavagens das mãos fecharem a torneira com papel toalha. CONCLUSÃO: Os resultados
para a redução da transmissão de microorganismos nos serviços desse estudo constataram que a prática da higienização das mãos
de saúde, garantindo assim a segurança do cliente e do profissio- pelosprofissionaisnãoérealizadacomtécnicacorreta,apontando
nal. Estudos comprovam que a adesão a essa prática é bastante para a necessidade de educação continuada em serviço
insatisfatória sendo preciso estratégias educacionais por parte da
instituição para conscientização desse profissional sensibilizando- Palavras-chaves: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, PROFISSIONAIS DE
o para a importância da higienização das mãos. SAÚDE, INSTITUIÇÃO DE SAÚDE

Palavras-chaves: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, LAVAGEM DE MÃOS,


CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

P648
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CONTROLE DAS INFECÇÕES RELA-
P647 CIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: REALIZAÇÃO DA TÉCNICA POR PRO-
FISSIONAIS DA SAÚDE EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DE Autor(es): Isabely Pereira Cavalcante, Débora de Sousa Nascimen-
JOÃO PESSOA – PB. to Guerra, Gabriela Neves Cavalcante, Catyanne Maria de Arruda
Ferreira
Autor(es): MARIA ELIANE MOREIRA FREIRE2,3, VERA LÚCIA RIBEI-
RO RODRIGUES1, ZODJA VITÓRIA DE OLIVEIRA1, JOSÉRIA MUNIZ Instituição(ões): 1. UEPB, UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA
DE MELO3
Instituição(ões): Resumo:
1. ICV, INSTITUTO CÂNDIDA VARGAS A higienização das mãos é uma prática considerada indispensá-
2. FASER, FACULDADE SANTA EMILIA DE RODAT vel no combater as infecções relacionadas à assistência à saúde
3. HULW, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY (IRAS). Os profissionais da área de saúde utilizam as mãos como
instrumento de assistência ao paciente, fazendo-se necessário
Resumo: uma atenção prioritária para conhecer e combater tais infecções.
INTRODUÇÃO: Dentre as medidas de precaução universal reco- A pele é um reservatório de vários microorganismos que podem
mendadas pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Uni- se transferir de uma superfície a outra, por meio de contato direto
dos da América, destaca-se a higienização das mãos, que é, isola- ou indireto. As mãos são uma via de transmissão por onde mais
damente, a medida mais simples e importante para a prevenção ocorre a propagação dos microorganismos durante a prestação de
e controle das infecções no âmbito dos serviços de saúde. OBJETI- assistência ao paciente. A lavagem das mãos reduz a flora bacte-
VO: Investigar como ocorre a realização da técnica de higienização riana, diminuindo o risco de transferência para outros pacientes.
das mãos por profissionais da área de saúde de uma maternidade Desse modo, o estudo em questão tem por objetivo demonstrar
pública. METÓDOS: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo à importância da higienização das mãos no combate as infecções
com abordagem quantitativa, realizado numa maternidade, lo- hospitalares relacionada à assistência a saúde. Para a condução
calizada em João Pessoa – PB. Participaram do estudo 143 pro- desse trabalho bibliográfico, levaram-se em consideração as se-
fissionais, dentre estes: anestesistas, auxiliares de enfermagem, guintes etapas operacionais: escolha do tema, elaboração do pla-
enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, obstetras, neonato- no detrabalho,identificação,localização, compilação,fichamento,
logistas, psicólogos, técnicos de enfermagem, técnicos de labora- análise e interpretação e redação. Conforme a literatura consulta-
tório.Emobservânciaaosaspectoséticos,oprotocolodepesquisa da pode-se observar que a higienização das mãos deve ser reali-
foiencaminhadoeaprovadoporumComitêdeÉticaePesquisalo- zada por todos os profissionais de saúde antes e após todo e qual-
cal. Os dados foram coletados no período de junho a setembro de quer procedimento relacionado ao paciente; tal prática necessita
2008, mediante aplicação de um formulário de pesquisa, conten- de uma monitoração rigorosa por parte da equipe de saúde e dos
do questões pertinentes aos objetivos propostos. Para viabilizar a membros da direção da instituição e a não adesão desta prática
análise dos dados, estes foram tabulados e agrupados em gráficos vem do alto número de procedimentos realizados pela enferma-
e tabelas e discutidos à luz da literatura. RESULTADOS: Quanto aos gem cotidianamente. Diante do exposto, concluímos que a higie-
dados dos participantes da pesquisa evidenciou-se que 39% des- nização das mãos deve ser seguida de forma correta para prevenir
tes encontravam-se entre 40 e 49 anos; 85% são do sexo femini- e combater as IRAS. Por isto faz-se necessário que formas eficazes
no; 62% informaram ter participado de eventos ou treinamentos decampanhas educativas envolvamos profissionais aseconscien-
sobre infecção hospitalar. Quanto a técnica de higienização das tizarem que necessitam integrar essas técnicas a sua rotina tanto
mãos, verificou-se que 94% dos participantes disseram que sem- no ambiente hospitalar quanto em qualquer lugar que a assistên-
pre lavam as mãos antes de procedimentos invasivos; 87% afirma- cia a saúde esteja sendo prestada.
ram que lavavam após; 77% disseram lavar as mãos antes do pro-
cedimento não invasivo, enquanto que 76% afirmaram que não Palavras-chaves: Higienização das mãos, Prevenção, Infecções

393
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P649 Resumo:
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS As mãos constituem a principal via de transmissão de microorga-
DESAÚDESOBREAIMPORTÂNCIADESTEATONOCONTROLEDAS nismos durante a assistência prestada aos pacientes, sendo a pele
INFECÇÕES. um possível reservatório destes, que podem se transferir de uma
superfícieparaoutra.Poressemotivo,ahigienizaçãodasmãoséa
medida mais simples, com menor custo e mais efetiva na preven-
Autor(es): GEANE RODRIGUES CHAVES, REBEKA ALVES CARIBÉ,
çãodasinfecçõeshospitalares(IH).Alimpezadasmãosrepresenta
FABIANE DE LIMA, ADELMA SOUZA FRANCO
um ato prioritário no que tange às técnicas higiênico-sanitárias,
resultando na remoção da sujidade, matéria orgânica, oleosida-
Instituição(ões): de, e conseqüentemente, reduzindo a carga microbiana. A falta de
1. HPMCG, UNIDADE PEDIÁTRICA HOSPITAL MARIA CRAVO GAMA adesão dos profissionais de saúde a esta pratica é uma realidade
quevemsendoconstatadaaolongodosanosetemsidoobjetode
Resumo: estudo em muitas pesquisas. Assim, objetivou-se descrever a im-
Introdução:As mãos representam o principal veà culo portância da higienização das mãos no controle de IH e fazer uma
de transmissão das infecções nosocomiais, assim, sua análise da adesão dos profissionais a referida prática. Trata-se de
higienização representa a medida isolada mais importante umestudobibliográficonosBancodeDados,LILACSeBDENF.Para
como estratégia de redução da incidência das infecções tal, utilizaram-se os seguintes descritores: “Higienização das mãos
hospitalares. Objetivo: Avaliar a percepção dos profissionais andinfecçãoandcontrole”.Estabeleceu-secomorecortetemporal
de saúde quanto à importância da higienização das mãos o período de 2000 a 2009. Localizaram-se nessas estratégias 28
como medida para redução das infecções hospitalares, artigos. Dentre os principais assuntos abordados estavam: avalia-
bem como seu comportamento frente a esta técnica. Meto- ção da microbiota presente nas mãos; grau de adesão e avaliação
dologia: Para a coleta de dados realizamos pesquisa utilizando da prática de higienização das mãos pelos profissionais de saúde;
questionário padronizado, incluindo profissionais médicos, de uso do álcool e outros produtos químicos como agentes antimi-
enfermagem, nutrição e serviços gerais que se disponibiliza- crobianos; e comparação da eficácia das técnicas de degermação
ram a responder as perguntas. A pesquisa foi realizada no perà dasmãos.Osestudosqueavaliaramacontaminaçãodasmãosdos
odo de março a maio de 2010, na Unidade Pediátrica Hospital profissionais mostraram que quanto maior o risco de infecção e
Maria Cravo Gamaa. Resultados: Na unidade existem 214 profis- a necessidade de cuidado do paciente, mais intensa será a carga
sionais que prestam assistência direta ou indireta à saúde entre microbiota das mãos. Em relação aos produtos usados na lavagem
médicos, enfermeiras, auxiliares, técnicos de enfermagem, das mãos, é possível extrair dos estudos analisados importantes
auxiliares de nutrição e auxiliares de serviços gerais. Foram contribuições para nortear a utilização segura dos alcoóis. Um
entrevistados 157 profissionais, com obtenção dos seguin- pontorelevanteobservadonesseestudoéofatodeograudeade-
tes resultados: Quando perguntados sobre a importância da são dos profissionais à higienização das mãos, não ser o desejável
higienização das mãos, 100% dos entrevistados reconhecem na maioria dos estudos, além do não uso da técnica correta. Dessa
a importância desta ação para o controle das infecções; forma, é evidente a necessidade de programar estratégias que de-
Em relação a freqüência com que realizam o técnica, 85% senvolvam maior conscientização e capacitação acerca desse ato
afirmam que não realizam a higienização antes e após cada importante para o controle das infecções hospitalares.
procedimento e; Quanto a realização correta da técnica,
apenas 8% dos entrevistados afirmam realizar e descreveram a Palavras-chaves:HIGIENIZAÇÃODASMÃOS,INFECÇÃO,CONTROLE
técnica correta. Conclusão: O estudo conclui que, apesar de
conhecera importância da higienização das mãos como me-
dida para prevenção das infecções, os profissionais ainda
apresentam resistência a este procedimento tendo como prin- P651
cipais justificativas o uso de antissépticos que ressecam a pele, AVALIAÇÃO DA ADESÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE À HI-
indisponibilidade de material adequado para a higienização GIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM UMA UTI NEONATAL DE CLÍNICA
adequada das mãos em todos os pontos e o tempo excessivo PARTICULAR DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
gasto na técnica.
Autor(es):DeniseCotrimdaCunha1,AlexandraSouzaLeite1,Julia-
Palavras-chaves: Infecção, Higienização das mãos, Profis- na Silva de Freitas1, Bianca Torres Rocha1, Odália Uiback Barros2,
sionais de Saúde Jofre Cabral2, Bernardo de França Paula1, Manoel de Carvalho2,
José Maria Lopes2

Instituição(ões):
1. CCIH Perinatal, Perinatal Laranjeiras
P650 2. UTI neonatal, Perinatal Laranjeiras
AIMPORTÂNCIADAHIGIENIZAÇÃODASMAÕSNOCONTROLEDE
INFECÇÃO HOSPITALAR
Resumo:
Desde 2007 o preparado alcoólico glicerinado está disponível para
Autor(es): DANILO GONÇALVES DANTAS, MARCELA PORTELA RE- uso na Unidade de Terapia Intensiva da Perinatal Laranjeiras, en-
SENDE RUFINO, KELLY DE SOUSA MACIEL, JOSYANNE ARAÚJO NE- tretanto dava-se muita ênfase à lavagem das mãos com água e
VES, MÁRCIA HELENA RODRIGUES DA SILVA sabãocomdegermanteentreumpacienteeoutro.Desdejulhode
2009, quando teve início um surto de colonização por bastonetes
Instituição(ões): 1. UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ Gram negativos produtores de ESBL na unidade, foi iniciado, pelo
SCIH, um trabalho de estímulo ao uso do preparado alcoólico em

394
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
todas as situações em que não houvesse sujidade nas mãos. O sa- brasileiras, proporcionando aos profissionais de saúde subsídios
bão com degermante foi trocado por sabão comum. Em maio de técnicos relativos às normas e os procedimentos para lavar as
2010, foi realizado um período de observação dos profissionais de mãos, visando à prevenção das infcções hospitalares, e em 2001,
saúde que trabalham dentro da UTI neonatal, para avaliação da como incentivo a adesão da lavagemdas mãos pelos profissionais
adesão ao método. Foi utilizado o questionário e a metodologia de saúde, a ANVISA lançou a campanha Lavagem das mãos- um
de observação disponíveis nos sites da Organização Mundial de pequeno gesto, uma grande atitude. Constata-se, portanto, que
Saúde e ANVISA. A taxa geral encontrada foi de 48%, sendo que a a intervenção educacional isolada não é considerada suficiente
categoria dos Enfermeiros obteve a melhor avaliação (72,2%), se- para adesão da prática correta da lavagem das mãos, acredita-se
guidadosTécnicosdeEnfermagemcom47,2%,Médicoscom47%, que uma distribuição adequada de lavatórios dentro das unidades
e Fisioterapeutas com 40%. O turno de trabalho com pior adesão contendosabãolíquidaepapeltoalhapoderiaofertarumamelhor
ao uso do preparado alcoólico glicerinado foi o da noite. Também adesão a este procedimentos. A educação voltada a esta técnica
observou-se a técnica incorreta para higienização das mãos. Este também é considerada imprescindível para o crescimento de cada
resultado foi repassado a todas as equipes de profissionais de saú- profissional, sendo que esta deve ser desenvolvida por menbros
de, com treinamento prático da técnica adequada e utilização de que atuem na equipe que possuam subsídios para exigir e forta-
recursos áudiovisuais, enfatizando os cinco momentos para higie- lecer uma correta técnica de lavagem das mãos,conscientizando
nização das mãos. Trinta dias após a primeira observação, e tendo o profissional da sua responsabilidade sobre o controle das infec-
finalizado o treinamento, decidiu-se por uma nova avaliação da ções relacionadas à assitência à saúde.
adesão. A taxa geral subiu para 62%; os Enfermeiros mantiveram
a adesão em 70%; os Técnicos de Enfermagem aumentaram a Palavras-chaves: Lavagem das mãos, Infecções, Educação continu-
adesão e a taxa foi de 64%; os Fisioterapeutas atingiram 70% de ada
adesão; entretanto os Médicos caíram para 44%. Nesta segunda
avaliação,houvemelhoranaadesãonoperíododanoite,eatécni-
ca para higienização das mãos e a quantidade do preparado alco-
ólico utilizada foram adequados, quando comparados ao período P653
anterior.Énecessáriocriarummecanismomaiseficazqueenvolva A PRÁTICA EDUCATIVA E A FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO
e convença a categoria dos médicos a colaborarem na prevenção EDUCADOR
das infecções relacionadas à assistência à saúde.
Autor(es): Elaine Drehmer de Almeida Cruz, Leila Maria Mansano
Palavras-chaves: higienização das mãos, adesão, UTI neonatal Sarquis, Eliane Sanchez Mazziero, Elizabeth Bernardino, Fernanda
Letícia Frates Cauduro, Gabriella Lemes Rodrigues de Oliveira
Instituição(ões): 1. UFPR, Universidade Federal do Paraná

P652 Resumo:
A IMPORTÂNCIA DAS LAVAGENS DAS MÃOS NO CONTROLE DAS O Programa Licenciar é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Gradua-
INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA DE SAÚDE ção da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e tem por objetivo
capacitar acadêmicos para atividades educativas, apoiar projetos
Autor(es): Emanuelle da Silva Lima, Jocasta Batista de Souza Tava- voltados à qualidade de ensino em educação formal e contextos
res,JulianaDiasPereiradeSouza,LucianaFerreiradeSouza,Maíra nãoformais,pormeiodeprojetosvinculadosaumCursodeLicen-
Massa da Cunha, Maria Auxiliadora F. Siza, Shirley Antas de Lima ciatura da Universidade. Entre as ações não formais está inserido
o ambiente de assistência à saúde, proporcionando integração
Instituição(ões): 1. UNIPÊ, Centro Universitário de João Pessoa entre a teoria e a prática do futuro profissional, com destaque ao
enfermeiro. Neste espaço, o manejo e cuidado ao paciente requer
Resumo: aproximação e contato físico. As mãos dos profissionais tornam-
A lavagem das mãos é considerada a medida mais simples, ecôno- se fontes de disseminação de microorganismos, alguns associados
mica e eficaz para minimizar a transmissão de microorganismo em às infecções relacionadas à assistência em saúde (IRAS). A higieni-
ambientes assistencias de saúde. Apesar de ser reconhecida mun- zação de mãos (HM) é reconhecida como uma das medidas mais
dialmente por contato, vários estudos apontam que adesão das eficientes e menos dispendiosas no controle de IRAS. Entretanto,
profissionais de saúde a prática de higienização das mãos é muito a baixaadesão a essa prática revela a necessidade da implementa-
insatisfatória. A transmissão de patógenos pelos profissionais da ção de estratégias educativas que reforcem a importância de sua
área da saúde, que atuam como vetores, influenciam na transmis- realização para que trabalhadores e usuários a reconheçam como
são de microorganismo patogênicos a pacientes vulneráveis. Com indispensável no processo assistência com vistas à segurança. O
a devida medida de controle de infecção, lavagem das mãos, um projeto “A higienização das mãos como prática de autocuidado e
terçodasinfecçõespodemserprevenidas.Oobjetivodesteémos- cuidado do usuário dos serviços de assistência à saúde” é reali-
trar a imprtância das mãos pela equipe de saúde contribuindo na zado desde 2007 em hospital universitário. Desenvolveu em três
redução de infcções transmitidas através docontato.Foi feita uma anos atividades de estudo e elaboração de material teórico, con-
busca computadorizada de artigos utilizando os sistema, SciELO e fecção e distribuição de materiais educativos, e realização de ati-
Lilacs, cobrindo o periodo de 2002 a 2009 e outros artigos com- vidades educativas de HM no ambiente de trabalho. Essas foram
pletos ou resumos de congressos citados nas publicações encon- realizadas em roda de conversa com pequenos grupos e partindo
tradas e considerados relevantes ao tema também foram consul- do conhecimento e dúvidas dos educandos, seguidas de breve ex-
tados e incluídos. Para uma melhor adesão dos profissionais de posição teórica e realização de HM com tinta guache branca. A
sáudeemrelaçãoàcorretatécnicadelavagemdasmãos,em1989 partirdoresultadoindividual eauto-observaçãodefalhas,eviden-
o Ministério da Saúde do Brasil editou o manual Lavar as Mãos ciadas pela distribuição heterogênea da tinta, a prática foi repeti-
com o objetivo de normatizar essa técnica nas unidades de saúde da pelo educando de acordo com demonstração do acadêmico.

395
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Participaram aproximadamente 900 trabalhadores de 26 setores, Autor(es): Fernanda Letícia Frates Cauduro, Elaine Drehmer de Al-
entre eles equipe de enfermagem e médica, fisioterapia, nutrição, meida Cruz
laboratório, serviço de limpeza e lavanderia. O projeto propiciou o
desenvolvimento de habilidades e competências ao planejamento Instituição(ões): 1. UFPR, Universidade Federal do Paraná
e desenvolvimento de atividades educativas, comunicação e de-
senvoltura, promoveu a HM, valorizou o conhecimento e a dimen- Resumo:
são social no ambiente de trabalho; e contribuiu para a formação A higienização de mãos(HM)é a medida mais simples e econômica
do futuro enfermeiro e educador, além de aproximar o aluno da paraaprevençãodeinfecçõesrelacionadasàassistênciaemsaúde
prática docente. (IRAS). Entretanto, a baixa adesão resulta na redução à seguran-
ça do paciente e demais usuários, bem como dos trabalhadores.
Palavras-chaves: Educação Continuada, Enfermagem, Lavagem de Em 2007 a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou, dentro
Mãos do Desafio Global para Segurança do Paciente, o programa Cui-
dado Limpo é Cuidado Seguro, o qual prevê estratégias mundiais
para a promoção da HM no meio assistencial. No mesmo ano o
Brasil aderiu a esse programa e manuais foram publicados para
P654 esclarecer e reforçar a temática junto aos profissionais de saúde.
AS CONDIÇÕES DE TRABALHO E A APLICABILIDADE DO GE- A pesquisa de abordagem qualitativa e caráter documental inti-
RENCIAMENTO DE RISCO À PRÁTICA DE HIGIENIZAÇÃO DE tulada “Promovendo a higienização de mãos: estratégias para a
MÃOS segurança de acadêmicos, trabalhadores e usuários dos serviços
de saúde” foi desenvolvida no período 2009-2010. Como parte
Autor(es): Priscila Almeida Cunico, Janaína Bathke, Fernanda Letí- do Programa de Iniciação Científica teve por objetivo conhecer
cia Frates Cauduro, Elaine Drehmer de Almeida Cruz os programas específicos da OMS em HM e métodos para a sua
divulgação, investigar as diretrizes e legislação federal, bem como
Instituição(ões): 1. UFPR, Universidade Federal do Paraná manuais publicados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA).NestetemaoprogramadaOMScontemplainformações
Resumo: relevantes que embasam cientificamente a importância da HM e
A garantia da qualidade e segurança na assistência prestada aos traz estratégias para estimular esta prática. Inclui a instituição do
usuários dos serviços de saúde tem sido discutida com o objetivo dia mundial de HM, os “Cinco Momentos para a HM”, a Estraté-
de se estabelecer estratégias para o seu alcance. Neste contexto gia Multimodal e o pacote de implementação para a promoção e
o Gerenciamento de Risco tem a finalidade de proporcionar segu- adesão em instituições de assistência em saúde. Com relação às
rança aos usuários e aos trabalhadores de saúde, considerando a diretrizes e legislação federal foram encontrados 10 arquivos na
estrutura básica, recursos humanos e serviço prestado.A higieni- página on line daANVISA,entredecreto,lei,portariaeresoluções,
zação de mãos (HM)é uma prática que contribui para a qualidade cujo período de publicação variou entre 1976 e 2008; apenas uma
e segurança da assistência já que visa reduzir a transmissão de mi- trata especificamente da HM como medida essencial à atenção à
crorganismosentreusuáriosetrabalhadoreseconseqüentemente saúde.Trêsmanuaisforamanalisadossendoqueoúltimo,lançado
prevenção de agravos à saúde. Este estudo considerou os princí- em 2008, agrega informações do programa da OMS e é direciona-
piosdogerenciamentoderiscodirecionadoàpráticadeHMeteve do não apenas a trabalhadores, mas administradores, educadores
por objetivo identificar as condições estruturais e de insumos da e autoridades sanitárias. A pesquisa permitiu o conhecimento de
Unidade de Terapia Intensiva Adulto de um Hospital Universitário estratégiaseprogramasmundiaisbemcomoasaçõesemnívelna-
para HM. Os resultados mostram deficiências emrelaçãoàs condi- cional que têm por diretriz a prevenção de IRAS por meio de uma
ções para uma prática ideal. Dos vinte e dois lavatórios analisados, prática simples e econômica com vistas à segurança do paciente.
90,9% propiciam o acúmulo de água; 72,7% propiciam respingos
no usuário; 63,63% encontram-se inacessíveis por algum tipo de Palavras-chaves: Educação, Estratégias Mundiais, Lavagem de
obstáculo e; 86,4% não possuem materiais educativos próximos e Mãos
visíveis. Com relação aos insumos, não havia solução degerman-
te em 90,9%, solução alcoólica em 59,1%, sabonete líquido em
36,4%. As lixeiras estavam com saco incorreto com a freqüência
de 86,37%. As condições estruturais e de insumos na unidade P656
investigada não favorecem a adesão à HM pelos trabalhadores, AVALIAÇÃO DA ADESÃO A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS DOS PRO-
exacerbando o risco ocupacional e expondo usuários criticamente FISSIONAIS DA SAÚDE: PROJETO ESPIÃO
enfermosaoriscodeagravosinfecciosospelatransmissãocruzada
de microrganismos. Autor(es): CLAUDIA BINELLI; SARITA SCORZONI LESSA; PATRICIA
OLIVEIRA;PAULA DAHER; NATHALIA GONÇALVES
Palavras-chaves: Condições de Trabalho, Gerenciamento de Ris-
cos, Lavagem de Mãos Instituição(ões): 1. HSC, HOSPITAL SÃO CAMILO

Resumo:
Infecções relacionadas à assistência a saúde afetam centenas de
milhares de pessoas em todo o mundo todos os anos. Como re-
P655 sultadoindesejadodabuscaporcuidados,essasinfecçõeslevama
PROMOVENDO A HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS: ESTRATÉGIAS doenças mais graves, prolongam a permanência dos doentes nos
PARA A SEGURANÇA EM SERVIÇOS DE SAÚDE hospitais.Ahigienizaçãodasmãoséumamedidabásicapararedu-
zirasinfecções.Emboraaaçãosejasimples,anão-observânciaen-

396
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
treosprestadoresdeassistênciaàsaúdeéumproblemadetodoo variáveis abordadas: sexo, faixa etária, tempo de serviço, grau de
mundo.Esteestudotemcomoobjetivoavaliaraadesãoàsoportu- escolaridade, além de perguntas subjetivas e observação partici-
nidades de higienização das mãos e investigar as possíveis causas pante que serviu de análise dos dados. As informações coletadas
ousituaçõesquepossampropiciarinfecçõeshospitalares.Ameto- forammantidassigilosasassegurandoaprivacidadeeoanonimato
dologia utilizada foi a pesquisa descritiva na modalidade quantita- dos sujeitos que aceitaram participar mediante termo de consen-
tiva. O estudo foi realizado em um hospital privado do município timento livre e esclarecido. A pesquisa foi realizada com 28 fun-
de São Paulo. Para a coleta de dados foi elaborado um “check-list” cionários de nível médio (auxiliares e técnicos de enfermagem), a
contendo 7 questões fechadas. No período de janeiro a fevereiro maior parte do sexo feminino com faixa etária entre 22 a 67 anos.
de 2009 um profissional do Serviço de Controle de Infecção Hospi- O tempo de serviço oscilou entre 01 a 35 anos, cujo grau de esco-
talar realizou visitas de observação nas unidades de internação e laridade variando desde o ensino fundamental ao ensino superior
unidades de terapia intensiva, contemplando os períodos manhã, completo. Durante o levantamento de dados, observou-se que os
tarde e noite. O profissional observa se os médicos, enfermeiros, participantes, responderam as questões subjetivas de maneira
técnicos de enfermagem, técnicos de laboratório e fisioterapeutas satisfatória, relatando sempre a infecção e a contaminação entre
higienizavamasmãosanteseapósarealizaçãodesuas atividades. as principais causas da falta de lavagem. Já na prática, notou-se a
Do total de 152 oportunidades de higienização das mãos, em 111 deficiência no procedimento abordado. Conclui-se que a maneira
(72%)ocorreuahigienizaçãocorretadasmãos.Entreascategorias mais simples e eficaz da prevenção de infecções hospitalares é a
dos profissionais da saúde, os técnicos de enfermagem higieniza- lavagem das mãos. Contudo, torna-se importante a realização de
ram as mãos em 82% das oportunidades, fisioterapeutas 745 das palestras e reciclagem, além de treinamentos e esclarecimentos
oportunidades, enfermeiros 72% das oportunidades e técnicos de sobre a redução de infecções hospitalares para um controle rigo-
laboratório e médicos em 55% das oportunidades. Este projeto roso do ambiente hospitalar.
conseguiu identificar pontos importantes como oportunidade de
melhoria para o controle de infecção. Ao observarmos os resul- Palavras-chaves: mãos, lavagem, infecção, hospitalar
tados, percebemos que a higienização das mãos ainda é o mais
apontado e está distribuído entre todos os profissionais, sendo
proporcional ao número de colaboradores e permanência no se-
tor. A chance de infecção cruzada de um paciente para outro au- P658
menta consideravelmente. Não basta apenas uma equipe praticar HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS NA REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS
corretamente, é necessário que todos entendam a importância do NA ATENÇÃO BÁSICA
cumprimento das recomendações de prevenção de infecção.
Autor(es): KEYTI CRISTINE ALVES DAMAS REZENDE, THAÍS DE AR-
Palavras-chaves: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, PROFISSIONAIS DA VELOS SALGADO, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIPPLE, ADENÍCIA
SAUDE, PROJETO ESPIÃO CUSTÓDIA SILVA E SOUZA, SERGIANE BISINOTO ALVES

Instituição(ões): 1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM-UNI-


VERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
P657
A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE LAVAGEM Resumo:
DAS MÃOS COMO MECANISMO NA REDUÇÃO DE INFECÇÃO Introdução:Os índices de infecções relacionadas a serviços de
HOSPITALAR DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE atendimento à saúde, dentre os quais se incluem os serviços de
TERESINA-PI. Atenção Básica, representam um dos principais indicadores de
qualidade de assistência. Esta importância é justificada pelos vá-
Autor(es): MARCOS RESENDE DE SOUZA LIMA, GISLAINE CASTRO rios fatores, que a sua ocorrência implica, tanto para o paciente,
DE ARAUJO, ELNA JOELANE LOPES DA SILVA DO AMARAL, NADIA quanto ao seu núcleo familiar ou ao Serviço de Assistência à Saú-
CRISTINA SANTANA GOMES, JOSIANE ALVES LIMA, GINA NOGUEIA de. O prevenção e o controle das mesmas pode ser realizado por
MATIAS DE ARAUJO meio das Precauções Padrão (PP). A Higienização das Mãos (HM),
umas das PP, é a medida individual mais simples, menos dispen-
Instituição(ões): 1. USOZ, Unidade de Saúde Dr. Ozéas Sampaio diosa e considerada, isoladamente, a ação mais importante para
a prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à
Resumo: saúde e esta deve ser realizada antes e após qualquer procedi-
A lavagem das mãos é considerada a medida mais eficaz na re- mento. A HM pode reduzir a microbiota transitória das mesmas e,
dução de infecções hospitalares. A simples lavagem com água e na maioria das vezes, interromper a cadeia de transmissão de mi-
sabão, reduz consideravelmente o grupo microbiano presente nas crorganismos.Objetivo : Verificar os recursos disponíveis para rea-
mãos, diminuindo a transmissão de doenças. A conscientização lizaraHMeaadesãoaestapráticapelosprofissionaisdeenferma-
dos profissionais de saúde sobre a técnica e indicação do proces- gem que realizam procedimentos nos serviços de atenção básica
so, diminui o surgimento de infecções nosocomiais. Este trabalho do distrito sanitário leste de Goiânia-Goiás. Metodologia: Estudo
tem como objetivo a percepção dos profissionais de saúde sobre a transversal, descritivo com abordagem quantitativa. Observados
lavagem das mãos no controle de infecções hospitalares. Trata-se os aspectos éticos a coleta de dados foi realizada no período de
deumestudodenaturezaqualitativacomatécnicadeobservação janeiro a março de 2010 por meio de observação direta, seguindo
participante, realizado em um hospital de pequeno porte do Mu- roteiro estruturado previamente validado e testado. Foram ob-
nicípio de Teresina-PI. O universo do estudo foram os profissionais servados os seguintes procedimentos: curativo, teste do pezinho,
de saúde, de nível médio, no período de 2009, que prestam as- teste da mamãe, exame de prevenção do câncer de colo uterino
sistência diretamente aos pacientes internados. A fonte de coleta e vacinação nas duas Unidades Básicas de Saúde, nove Unidades
de dados foi um questionário semi-estruturado com as seguintes de Atenção Básica à Saúde da Família e três Centros de Atenção

397
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Integral à Saúde, pertencentes ao Distrito Sanitário Leste do muni- uma especial atenção de gestores públicos, administradores dos
cípio de Goiânia – Go.Resultados: Verificou-se em todas as unida- serviços de saúde e educadores para o incentivo e a sensibilização
desobservadaspresençadepia,torneiradeacionamentomanual, do profissional de saúde à esta questão. Entretanto, apesar das di-
sabão líquido, papel toalha pardo e álcool 70%. Foi observado um versas evidências científicas e das disposições legais, nota-se que
total de 143 procedimentos, totalizando 286 oportunidades para grande parte dos profissionais de saúde ainda não segue a reco-
realizarHM,dentreessasaHMfoirealizadaanteseapós62proce- mendação de Ignaz em suas práticas diárias. Considerações finais.
dimentos (43,4%), apenas antes em 19 (13,3%), e apenas após em As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganis-
24 (16,8%). Do total de 167 HM, verificou-se que somente em 14 mosduranteaassistênciaprestadaaospacientes,poisapeleéum
(16,9%) a técnica de HM foi realizada corretamente e que a retira- possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se
da dos adornos ocorreu em 37 (44,6%) oportunidades. Não houve transferirdeumasuperfícieparaoutra,pormeiodecontatodireto
adesão à HM em 38 (26,5%) procedimentos. Conclusão: Os dados ou indireto. A necessidade da higienização das mãos é reconheci-
mostram que apesar da disponibilidade dos itens necessários para da também pelo governo brasileiro, quando inclui recomendações
a HM durante todo o período de observação, a adesão dos profis- para esta prática no Anexo IV da Portaria 2616/98 do Ministério
sionais a esta prática na atenção básica é baixa e se assemelha aos da Saúde, que instrui sobre o Programa de Controle de Infecções
índices hospitalares e que, quando realizada não é dada devida Hospitalares nos estabelecimentos de assistência à saúde no País.
atenção à técnica. O não cumprimento de uma PP coloca em risco Onde estudos bem conduzidos têm mostrado a importância da
profissionais e clientes. implementação de práticas de higienização das mãos na redução
das taxas de infecções pois especialistas em controle de infecções
Palavras-chaves: Atenção Primária à Saúde, Controle de Infecções, concorda que a higienização das mãos é o meio mais simples e
Lavagem de mãos eficaz de prevenir a transmissão de microrganismos no ambiente
assistencial tendo bons resultados na redução de infecções.

Palavras-chaves: conhecimeto, controle de infecção, higienização


P659 das mãos, importancia da tecnica
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

Autor(es): JULIANA DIAS FERREIRA SILVA SILVA1,1,1, ANNA KARLA


BRANDÃO MENEZES MENEZES1,1,1, ANKILMA DO NASCIMENTO P660
ANDRADE ANDRADE1,1,1, EDJANE SOUSA ANDRADE ANDRA- LAVAR OU NÃO LAVAR: O CONTROLE EM NOSSAS MÃOS!
DE2,1,1, JOSENALDA DE ALBUQUERQUE ROLIM ROLIM1,1,1, JOSÉ
JONATHAS ALBUQUERQUE DE ALMEIDA ALMEIDA1,1,1, KLEVIA Autor(es): CRISTIANE KARLA SILVA, FABIANE KARINA DIAS SILVA,
FRANÇA LANDIM LANDIM1,1,1 GISIANNE TOZATTO WAKIMOTO, THAÍS DE SOUZA MACHRY

Instituição(ões): Instituição(ões):
1. FSM, FACULDADE SANTA MARIA 1. CASS P. D. LTDA., CASS PROCESSAMENTO DE DADOS LTDA.
2. FSM, FACULDADE SANTA MARIA
Resumo:
Resumo: Introdução: As infecções relacionadas à assistência de saúde,
introdução em 1846, Ignaz Semmelweis, reportou a redução no constituem um grave problema e um grande desafio, exigindo
número de mortes maternas por infecção puerperal após a im- dos profissionais dos serviços, ações efetivas de prevenção e con-
plantação da prática de higienização das mãos em um hospital em trole. A lavagem das mãos é considerada uma medida primária
Viena. Desde então, esse procedimento tem sido recomendado importante no combate às infecções. Contudo, a falta de adesão
comomedidaprimárianocontroledadisseminaçãodeagentesin- dos profissionais, e um maior incentivo administrativo a esta prá-
fecciosos. Pois higienização das mãos é considerada a ação isolada tica, observa-se uma constante ao longo dos anos, mesmo assim
mais importante no controle de infecções em serviços de saúde. o tema é objeto de estudos em diversas partes do mundo. Ob-
Porem, a falta de uso da técnica é uma realidade que vem sendo jetivos: Aumentar a adesão dos profissionais de saúde à prática
constatada ao longo dos anos. A legislação brasileira, por meio da de higienização das mãos; prevenir infecções relacionadas aos
Portaria n. 2.616, de 12 de maio de 1998, e da RDC n. 50, de 21 serviços de saúde. Métodos: O trabalho é caracterizado através
de fevereiro 2002, estabelece, respectivamente, as ações mínimas de estudo bibliográfico, prática institucional e higienização basea-
a serem desenvolvidas com vistas à redução da incidência das da em evidências. Diversas são as publicações científicas que de-
infecções relacionadas à assistência à saúde e as normas e pro- monstram a correlação entre a lavagem das mãos e a redução das
jetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Objetivo taxas de infecções; reafirmando, que a técnica correta, ainda é o
orientar e mostrar a técnica correta de higienização das mãos, aos meio mais simples e eficaz de prevenir a transmissão de infecção
profissionais da saúde incentivando a realização por profissionais, noambienteassistencial.Resultados:Ousodeáguaesabãoreduz
evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos dos os microorganismos presente nas mãos permitindo a interrupção
mesmos de saúde para o paciente. Metodologia utilizada para o da disseminação de doenças; no entanto, produtos anti-sépticos
desenvolvimento do estudo foi a pesquisa exploratória, com revi- são necessários em condições específicas. Na tentativa de poupar
são e pesquisa bibliográfica em livros nacionais, artigos científicos, tempo, os profissionais de saúde realizam a técnica de lavagem
revistas e dados disponíveis na internet, favorecendo a reflexão e das mãos de forma inadequada, deixando esquecidas áreas como
familiarização sobre a higienização das mãos em serviços de saú- polegares, sulcos interdigitais, abaixo das unhas, punhos, lateral
de. Resultados Estudos sobre o tema avaliam que a adesão dos externa e interna das mãos, aumentando o risco para infecções.
profissionais à prática da higienização das mãos de forma constan- O sucesso da higienização das mãos é diretamente proporcional
teenarotinadiáriaaindaéinsuficiente.Dessaforma,énecessária à conscientização dos profissionais de saúde em aderirem à técni-

398
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ca correta, assim como; dos gestores em proporcionar condições CUSSÃO:Participaram130profissionaisdaequipedeenfermagem
adequadas para o desempenho deste ato, através de recursos que foram observados em 292 oportunidades de preparo e admi-
mínimos necessários como pias, dispensadores de sabão e papel nistração de medicamentos, nos quais foi mínima a adesão à HAM
toalha;bemcomoamelhoriadosrecursoshumanos.Conclusão:A antes (4; 8,2%) e nula após o preparo e antes da administração, e
atenção administrativa e dos multiplicadores no serviço de saúde, após (6; 4,5%). Esperava-se encontrar o contrário neste estudo,
deve estar voltada para o incentivo e a sensibilização dos profis- por tratar-se de setores de urgência em que condutas/procedi-
sionais em relação à adoção de práticas cotidianas, promovendo mentos exigem maior rapidez e otimização de tempo. Acredita-se
ações originais ecriativas para ampliar aadesão da técnicacorreta que um enfoque a esse produto, orientando profissionais, clientes
de higienização das mãos. As intervenções propostas devem ser e acompanhantes sobre finalidade e utilização poderia ser mais
direcionadas e diferenciadas conforme as atividades e os setores difundido na prática, especialmente para profissionais que lidam
de maior risco de contaminação, provendo fácil acesso ao método rotineiramente com situações emergenciais. Destaca-se que a
de escolha, permitindo que o tempo seja parceiro da equipe. adesão global à HM simples também foi baixa. Apesar de ter dis-
poníveltodososmateriaisnecessáriosparaarealizaçãodatécnica
Palavras-chaves: ANTISSEPSIA, CONSCIENTIZAÇÃO, FALTA DE TEM- de HM, em nenhum setor havia produtos para a pronta substitui-
PO, LAVAGEM DAS MÃOS, TÉCNICA INADEQUADA ção. E para a HAM havia disponível álcool a 70%, em dois setores
com dispensador e no restante dos setores, almotolias coletivas.

Palavras-chaves: lavagem de mãos, equipe de enfermagem, pre-


P661 cauções universais
AADESÃODAEQUIPEDEENFERMAGEMÀHIGIENIZAÇÃOANTIS-
SÉPTICA DAS MÃOS EM UNIDADES DE PREPARO E ADMINISTRA-
ÇÃO DE MEDICAMENTOS EM SETORES DE URGÊNCIA E EMER-
GÊNCIA P662
A IMPORTÂNCIA DA ADESÃO À HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NA
Autor(es): KATIANE MARTINS MENDONÇA, ANACLARA FERREIRA PREVENÇÃO E NO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR: UMA
VEIGA TIPPLE, MILCA SEVERINO PEREIRA, FABIANA RIBEIRO RE- REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
ZENDE
Autor(es): Silvana Maria Pereira, Bárbara Maranhão Calábria Ca-
Instituição(ões): 1. FEN-UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA valcante, Denise Cibelle Rodrigues Marques, Lílian Braga do Nas-
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS cimento, Valesca Patriota Souza, Isabel Cristina Guerra Spavoc,
Viviane de Araújo Gouveia, Ellen Cristina Barbosa dos Santos
Resumo:
A Higienização das Mãos (HM) vem sendo discutida há décadas Instituição(ões):
e a adesão ainda é um desafio, no cotidiano do trabalho em saú- 1. UFPE-CAV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
de, como evidenciado pela literatura mundial. Em 2002, o termo
“lavagem de mãos” foi substituído por “HM”, que abrange a higie- Resumo:
nização simples, a antisséptica, a fricção de antisséptico e a antis- Embora a Organização Mundial de Saúde contemple a higieniza-
sepsia cirúrgica das mãos. Em situações de emergência é indicado ção das mãos como uma ferramenta essencial para a prevenção e
o uso de antisséptico, desde que a técnica de HM seja seguida controle da infecção hospitalar, a adesão a tal procedimento ainda
corretamente e as mãos não apresentem sujidade visível, pois há parece não estar em consonância com o esperado. Assim, a pre-
um consenso de que a Higienização Antisséptica das Mãos (HAM) sente investigação através de uma revisão integrativa teve como
tem a capacidade de reduzir a carga microbiana, sem remover su- objetivo buscar e avaliar as evidências científicas disponíveis so-
jidades. A utilização de gel alcoólico, preferencialmente a 70% ou bre a importância da adesão à lavagem das mãos na prevenção e
de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina, pode substituir no controle da infecção cruzada, no período de 1980 a 2010. Para
a HM com água e sabão, quando não estiverem visivelmente su- tanto, a seleção dos estudos foi realizada por meio de três bases
jas. A duração deste procedimento: de 20 a 30 segundos. Além de dados: PUBMED (National Library of Medicine), MEDLINE/BVS
disso, devem ser seguidas as etapas corretas para o alcance de (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online/Bibliote-
uma adequada técnica. A HAM aparece no cenário mundial como ca Virtual em Saúde) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do
medida para aumentar a adesão e otimizar o tempo dos profis- CaribeemCiênciasdaSaúde),resultandoem14artigoscientíficos.
sionais da área da saúde; entretanto, estudos têm demonstrado A apresentação dos artigos incluídos nessa revisão integrativa foi
baixa adesão a esta medida, apesar da indicação e do fácil acesso . distribuída em quadros, considerando os seguintes pontos: perió-
OBJETIVO: Identificar a adesão à HAM entre profissionais da equi- dico, ano/país, título, autoria, tipo de estudo, objetivo, resultados
pedeenfermagemduranteoprocessodepreparoeadministração e conclusão. Os resultados foram discutidos de forma descritiva
de medicamentos em setores de urgência e emergência. MÉTO- e em consonância com o objetivo proposto. Tendo em vista a im-
DO: Estudo descritivo de corte transversal realizado, no período portância do procedimento de lavagem das mãos na prevenção
de maio a julho de 2009, nos três hospitais públicos da cidade de da infecção hospitalar, destaca-se a restrita quantidade de artigos
Goiânia-GO com unidades de preparo e administração de medica- relacionados à temática, enquanto reforça-se a necessidade de
mentos nos setores de urgência e emergência. Os dados foram co- novosestudos, sobretudo,estudosreferentesàpromoçãodaedu-
letados por meio de check-list preenchido mediante a observação cação em saúde com o intuito de promover maior adesão ao pro-
dos profissionais da equipe de enfermagem. O estudo seguiu os cedimentodehigienizaçãodasmãos,pelosprofissionaisdesaúde.
aspectos ético-legais, aprovaçãopor Comitês de ÉticaemPesquisa
(nº 065/08, 12/08, 118/08) e assinatura do Termo de Consenti- Palavras-chaves: EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM, ENFERMAGEM,
mento Livre e Esclarecido pelos participantes. RESULTADOS E DIS- LAVAGEM DAS MÃOS, INFECÇÃO HOSPITALAR, PREVENÇÃO E

399
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
CONTROLE
Instituição(ões): 1. UFPB, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Resumo:
P663 O termo infecção diz respeito a adesão, crescimento e multiplica-
A PRÁTICA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM UMA UNIDADE DE ção de microrganismos em um hospedeiro com desenvolvimento
TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM GOIÁS de resposta imune, provocando dano em função do rompimento
da barreira fisiológica protetora deste (SILVA, ET AL., 2004, p.434).
Autor(es): Marissa Peu de Castro e Borges1, Valquiria Vicente da A higienização das mãos é medida individual mais simples e me-
Cunha Barbosa1, Suely Cunha Albernaz Sirico1, Mary Rocha Car- nos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções rela-
neiro Garcia Zapata1, Anaclara Ferreira Veiga Tipple2 cionadas à assistência à saúde (ANVISA, 2007, p.11), e se refere
à ação de lavar as mãos com água e sabão comum, água e sabão
Instituição(ões): com anti-séptico ou fricção com álcool a 70%. O presente estudo
1. HC-UFG, Hospital das Clínicas trata-se de uma revisão de literatura, com análise qualitativa, de-
2. UFG, Universidade Federal de Goiás senvolvida no período de 03/05 a 07/05 na Biblioteca Central do
CCS-UFPB, biblioteca eletrônica SCIELO, livros, artigos de revistas
Resumo: e periódicos, e tem como objetivos identificar na literatura nacio-
INTRODUÇÃO: A redução no número de mortes maternas por nal trabalhos (artigos e livros) que discutam sobre a importância
infecção puerperal no hospital de Viena, em 1846, após a im- da lavagem das mãos na prevenção de infecções e identificar as
plantação da prática sistemática de higienização das mãos (HM), dificuldades que os profissionais enfrentam para execução desse
proposta por Semmelweis, foi uma das primeiras evidências para procedimento. Foi observado que a maioria dos autores pesquisa-
que esse procedimento passasse a ser recomendado como medi- dos são enfermeiros, os estudos foram realizados com profissio-
da básica na prevenção e controle de infecções. OBJETIVO: Avaliar nais de enfermagem várias áreas e estudantes de graduação; os
adesão à prática da HM dos cuidadores que atuam na unidade de resultados revelaram que os alunos mais antigos tiveram o pior
terapia intensiva neonatal de um hospital escola em Goiás. MÉ- desempenho nas lavagens das mãos por terem uma maior liber-
TODOS: Estudo transversal, observacional, realizado entre feverei- dade para executar suas tarefas em estágios, pois seus estágios
ro e maio de 2010, durante a assistência aos neonatos, por duas não são supervisionados por professores em tempo integral; a
horas semanais. Observados os aspectos éticos e os dados foram implementação das estratégias de incentivo aos profissionais de
obtidos por meio do preenchimento de um check list previamente saúde, em uma unidade de terapia intensiva neonatal, promove-
avaliado e testado. RESULTADOS: Foram observados 99 procedi- ram pequeno impacto no aumento da adesão à higienização das
mentos que necessariamente deveria ocorrer a HM antes e após mãos, nos períodos durante e após a sua implementação, e no pe-
o cuidado. Em 44 (44,4%) foi observada a HM nos dois momentos. ríodo posterior, houve uma diminuição ainda maior dessa adesão;
Destes, somente um profissional fonoaudiólogo executou a técni- os procedimentos com maior freqüência de adesão foram aqueles
cacorretamente,os demais realizaram-na ade forma inadequada. com maior possibilidade de exposição do profissional aos riscos
Em relação à distribuição da HM por categoria foi encontrado em químicos e biológicos, ou seja, após a execução de procedimen-
cinco observações a adesão dos cuidadores fonoaudiólogo, fisio- tos. Conclui- se que em todos os artigos pesquisados, embora os
terapeuta e estudante de enfermagem em 100% das oportunida- profissionais valorizem e reconheçam a importância da lavagem
des. Das 23 observações a médicos a adesão foi de 83%. Em 17 adequada das mãos na prevenção de infecções, a falta do hábito
observações a enfermeiros, houve adesão em 59% e dentre os 52 os impede de realizar essa mudança de comportamento.
procedimentos realizados por técnicos em enfermagem, em 17%
houveadesãoàHM..Notou-seanãoadesãodestapráticanospro- Palavras-chaves: HIGIENIZAÇÃO, INFECÇÃO, SAÚDE
cedimentos realizados pelos técnicos em radiologia e da sala de
vacinas. CONCLUSÃO: As categorias que apresentaram adesão à
prática de HM, destacam-se fonoaudiólogos, fisioterapeuta e es-
tudante de enfermagem. A seguir a adesão de HM foi realizada, P665
porém com técnica incorreta, por médicos, enfermeiros e técnicos HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E USO DE LUVAS: CONHECIMENTO E
em enfermagem. Evidenciamos que os profissionais, técnico em PRÁTICA DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM E MEDICINA DE
radiologia e da sala de vacinas, não aderiram à HM. Além desta UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DE GOIÁS
baixaadesão,atécnicautilizadafoipredominantementeincorreta.
Autor(es): MARY ROCHA CARNEIRO GARCIA-ZAPATA ROCHA CAR-
Palavras-chaves: higienização de mãos, infecção hospitalar, pre- NEIRO GARCIA-ZAPATA1, ADENÍCIA CUSTÓDIA SILVA E SOUZA CUS-
cauções padrão, UTI neonatal TÓDIA SILVA SOUZA2, JANAÍNA VALADARES GUIMARÃES VALADA-
RES GUIMARÃES2, SERGIANE BISINOTO ALVES BISINOTO ALVES2,
MAYARA SILVA RODRIGUES SILVA RODRIGUES2, POLLYANY JOSÉ

DA GUARDA JOSÉ DA GUARDA2, LEONARDO ROCHA-CARNEIRO


P664 GARCÍA-ZAPATA ROCHA-CARNEIRO GARCÍA-ZAPATA3, MARCO TU-
LAVAGEM BÁSICA DAS MÃOS NA PREVENÇÃO DE LIO ANTONIO GARCIA-ZAPATA GARCIA-ZAPATA4
INFECÇÃO:REVISÃO LITERÁRIA
Instituição(ões):
Autor(es): ALANE BARRETO DE ALMEIDA, DÉBORA LUIZA DA COS- 1. HC-UFG, Hospital das Clínicas - Universidade Federal de Goiás
TA PEREIRA, LEIDYANNY BARBOSA DE MEDEIROS, LENILMA BENTO 2. FEN-UFG, Faculdade de Enfermagem - Universidade Federal de
DE ARAÚJO MENESES, LILIANA CRUZ DE SOUZA, THALITA RODRI- Goiás
GUES DE AZEVEDO 3. FM-UFG, Faculdade de Medicina-Universidade Federal de Goiás

400
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
4. IPTSP-UFG, Instituto Patologia Tropical Saude Pública-Univ Fed das infecções nos serviços de saúde. Objetivo: Avaliar as eviden-
Goiás cias disponíveis na literatura sobre importância da higienização
das mãos nos profissionais de saúde como prevenção de doenças
Resumo: transmitidas por alimentos. Métodos: Levantamento bibliográfico
INTRODUÇÃO: A adesão às Precauções Padrão (PP) é fundamen- por meio de revisão integrativa dos estudos sobre higienização
tal para a prevenção e controle de infecções relacionadas a assis- das mãos nos profissionais de saúde como prevenção de doenças
tência à saúde. OBJETIVOS: Avaliar o conhecimento e a prática de transmitidas por alimentos. Para seleção dos artigos foram utili-
higienização das mãos (HM) e uso de luvas estéreis e não estéreis zadas as bases de dados eletrônicas SciELO e Lilacs, utilizando-se
pelos acadêmicos de enfermagem (AcEnf) e medicina (AcMed) do dos descritores: “higienização das mãos”, “controle de infecções”
último ano da graduação. METODOLOGIA: Avaliou-se o conhe- e “doenças transmitidas por alimentos”; sem obter resultados
cimento de 48 (100.0%) AcEnf e 93 (83,0%) AcMed por meio de com os temas interligados. Não houve restrição quanto à data de
questionário. De forma pareada, foi observada a adesão à HM e publicação e o idioma. Outras publicações foram através de busca
uso de luvas pelos acadêmicos, durante as atividades de estágio manual. Resultados:No presentelevantamento,foram obtido oito
no hospital escola. Foi utilizado para coleta de dados um “Che- estudos selecionados relacionados com a temática, e os demais
ck list”. Ambos instrumentos foram previamente testados e os foram excluídos por não produzirem temática inter-relacionada.
aspectos ético-legais considerados. RESULTADOS: Quanto ao co- Os estudos obtidos na integra, foram revisados e analisados visan-
nhecimento da indicação de HM (antes e após o cuidado com o do-se identificar o tipo de relação existente entre higienização das
paciente)verificamosqueesseaspectofoievidenciadoem100,0% mãos e doenças transmitidas por alimentos. A higienização das
dos AcEnf e 91,0% dos AcMed. Em relação à prática de HM pelos mãos na prevenção destas doenças está baseada na capacidade
AcEnf e AcMed, foram observadas 116 e 328 oportunidades, res- da pele para abrigar microrganismos e transferi-los de uma super-
pectivamente. A adesão à HM foi observada em 26,9% (7/26) dos fície para a outra, por contato direto, pele com pele, ou indireto,
AcEnf e 2,6% (2/78) dos AcMed. Houve diferença estatística entre por meio de objetos. Os agentes etiológicos mais comuns estão
o conhecimento e a prática de HM por estes acadêmicos (Χ²; p ≤ presentes na matéria fecal de pessoas infectadas e podem conta-
0,001). Quanto ao conhecimento e a adesão ao uso de luvas, dos minar alimentos de forma direta através do esquema fecal-oral.
acadêmicos que puderam ser observados na prática, verificamos: No ambiente da assistência à saúde e nas atividades diárias, as
I) Luvas estéreis – 40,0% (10/25) dos AcEnf demonstraram conhe- mãos humanas estão constantemente em intenso contato com o
cimento e 91,7% (11/12) tiveram prática adequada ((Χ²; p= 0,009). ambienteaoredor,sendoconsensoqueatransmissãoporcontato
No entanto, 45,5% (35/77) dos AcMed revelaram conhecimento e desempenha o papel mais importante nesta dinâmica. Conclusão:
50,0% (2/4) prática adequada, (Exato de Fisher; p=1,000); II) Lu- Estarevisãodemonstrouquedevidoàgranderecorrênciadecasos
vas não estéreis – 64,0% (16/25) dos AcEnf evidenciaram conheci- e a simplicidade dos sintomas, as DTAs não obtêm sua devida im-
mento e 78,6% (11/14) deles tiveram prática adequada; enquanto portância. É comum observar profissionais de saúde alimentando-
que o conhecimento e prática dos AcMed foram respectivamente, se em locais públicos, ainda trajando jalecos ou batas, sem levar
39,7% (31/78) e 19,4% (6/31). CONCLUSÃO: O bom conhecimento emconsideraçãoqueessaatitudepodedesencadearDTAsetrans-
dos acadêmicos sobre HM mostrou dicotomia entre a teoria e a mitir infecções.
prática. À exceção da maior adesão ao uso de luvas pelos acadê-
micos de enfermagem, em especial as luvas estéreis, as demais Palavras-chaves: ALIMENTOS, DOENÇAS, HIGIENIZAÇÃO, MÃOS,
medidas de PP avaliadas tanto na teoria quanto na prática, mos- TRANSMITIDAS
traram insuficiência no processo de aprendizagem, sobretudo nos
acadêmicos de medicina, colocando-os em risco biológico e favo-
recendo a infecção cruzada.
P667
Palavras-chaves: lavagem de mãos, controle de infecções, biosse- IMPACTO DO INDICADOR DE ADESÃO Á HIGIENIZAÇÃO DAS
gurança MÃOS NA SENSIBILIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE

Autor(es): CLÁUDIA DE ALVARENGA DINIZ FONSECA¹, CÍNTHIA NE-


VES FONSECA¹, ADRIANA SILVA LINO¹, RITA DE CÁSSIA VIEIRA GO-
P666 MES¹, LETÍCIA DE MELO MOTA¹
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS PREVENINDO DOENÇAS TRANSMITI-
DAS POR ALIMENTOS (DTAs) Instituição(ões):
1. SCMC, HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS/ MG
Autor(es):EVALDAOLIVEIRASIMÕESLOPES,ANATRIELLEDONAS-
CIMENTO DINIZ, FERNANDA DE BARROS PATRÍCIO, MARIA CANDI- Resumo:
DA DIAS DE FRANÇA CAVALCANTI, VANIA TEREZA DO NASCIMEN- INTRODUÇÃO: A higienização das mãos é a medida mais simples
TO DINIZ e eficiente para prevenir Infecções Relacionadas à Assistência à
Instituição(ões): 1. HGV, Hospital Getulio Vargas Saúde (IRAS), visto serem as mãos sua principal via de transmis-
são. No entanto, estudos avaliam como insuficiente a adesão dos
Resumo: profissionais à prática na rotina diária.OBJETIVOS: Apresentar o
Introdução: As doenças alimentares constituem uma das princi- impacto do indicador de avaliação da adesão à higienização das
pais preocupações ao nível da Saúde Pública. A utilização simples mãos como instrumento para sensibilização dos profissionais. MÉ-
de água e sabão pode reduzir a população microbiana presente TODOS: Estudo prospectivo e descritivo realizado em hospital de
nas mãos e, na maioria das vezes, interromper a cadeia de trans- grande porte com 329 leitos e referência em atendimentos de alta
missão de doenças. A higienização das mãos é a medida individu- complexidade. Utilizou-se de formulário próprio para observação
al mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação mensal pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar de 20 ou

401
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
mais oportunidades de higienização das mãos em cada unidade dos com pesquisa bemcomo,atroca deexperiências entreaequi-
assistencial, sem ciência da equipe, contemplando o setor da pe realizadora e a comunidade. Objetivo: Relatar a experiência de
observação, a categoria profissional e a oportunidade da higie- atividades desenvolvidas pelo projeto de extensão “Mãos Limpas”
nização (antes e após o contato com o paciente e/ou realização em ações educativas de incentivo à HM em estabelecimentos de
de procedimentos e se esse era invasivo). Foi realizada avaliação saúde, centros infantis, eventos científicos e instituições de ensi-
temporal no período de março a maio de 2009, os dados foram no de níveis médio e superior. Métodos: O projeto está inserido
consolidados em planilha do Microsoft Excel seguido da divulga- no Núcleo de Estudos e Pesquisa em Infecção Associadas ao Cui-
ção dos indicadores. Cada unidade assistencial estabeleceu ações dado em Saúde (NEPIH) da Faculdade de Enfermagem da UFG e
de sensibilização dos profissionais das respectivas unidades por constituído por seus membros. Tem aprovação da Pró-Reitoria de
um período de seis meses. Reaplicou-se o indicador de janeiro a ExtensãoeCultura(PROEC-UFG)edaSecretariaMunicipaldeEdu-
março de 2010 para reavaliação dos dados. RESULTADOS: Dentre cação (para realização em CMEI – Centro Municipal de Educação
as 1026 observações realizadas em 2009, teve-se adesão geral de Infantil). Desde 2006 desenvolve ações voluntárias de incentivo à
53,4%, apresentando os enfermeiros maior índice, 95,1% (78/82), HM tendo como público alvo PAS, pacientes, acompanhantes, es-
e os médicos e técnicos de laboratório os piores resultados, 36,7% tudantes, e a partir de 2009, crianças, trabalhadores dos CMEI e
(77/210) e 21,3% (13/61). Observou-se ainda que a higienização pais. As ações são agendadas com a coordenação das instituições
das mãos no momento anterior ao contato com o paciente foi e duram aproximadamente uma hora. As estratégias são: oficinas,
inferior ao após o contato, 48,2% (231/479) e 54,8% (255/465). peças teatrais com fantoches; exposição banners e faixas do pro-
Os setores de maior e pior adesão foram o CTI neonatal, 85,5% jeto; distribuição de folders; demonstração da técnica de HM utili-
(59/69), e o Pronto Socorro, 30,2% (19/63). Em 2010, obteve-se zando tinta guache atóxica; e discussão da importância da mesma.
75,9% de adesão dentre o total de 1036 oportunidades, com au- Considerações finais: Acreditamos que o projeto contribui para a
mento em todas as situações de contato com o paciente (antes redução dos índices endêmicos de infecções e com a formação do
71,9% - 304/423 e após 70,0% - 262/375). Destacou-se a adesão grupo executor, pois proporciona a oportunidade de compartilhar
à higienização das mãos de 100% dos enfermeiros observados e experiências e de aprofundamento teórico sobre o assunto, que
melhoria expressiva dentre técnicos de laboratório, com 93,7% contribuemparaodesenvolvimentodehabilidadesparaapreven-
(89/95), permanecendo a classe médica com índice insatisfatório, ção de infecções. A interação ensino-serviço-comunidade é enri-
31,3% (50/160). Destacou-se a enfermaria da cardiologia, com au- quecedora tornando o grupo capaz de lidar com especificidades
mento de 30% em 2010. CONCLUSÃO: O indicador é um instru- de diferentes públicos para uma questão de relevância social.
mento satisfatório na sensibilização da maioria dos profissionais
sendo observada melhoria em todas as unidades, mesmo após Palavras-chaves: Controle de Infecções, Creches, Educação em
longo intervalo de reaplicação. Permanece um desafio a sensibi- Saúde, Lavagem de mãos
lização da classe médica.

Palavras-chaves: Indicador, Higienização das mãos, Infecções Rela-


cionadas Assistência à Sa P669
GRUPO DE HIGIENE DE MÃOS: EQUIPE MULTIPROFISSIONAL AU-
XILIANDO NA ADERÊNCIA A HIGIENE DE MÃOS

P668 Autor(es): Andréia Nunes de Barros Pacheco, Fabiana Silva Vas-


PROJETO MÃOS LIMPAS: CINCO ANOS DE ESTUDOS E TRABALHO ques, Jane Silva de Oliveira, Thiago da Silva Mendes, Silza Tamar
PARA UMA ASSISTÊNCIA MAIS SEGURA S. Andrade, Rodrigo Augusto Menezes da Silva, Jose Roberto Ca-
margo, Anderson Vieira de Almeida, Lourdes das Neves Miranda,
Autor(es): RAFAELA TEIXEIRA MONTEIRO, ANACLARA FERREIRA Sandra de Oliveira Guaré
VEIGA TIPPLE, GABRIELLA RIBEIRO DE PAULA, LANY FRANCIELY DA
SILVA FIGUEIREDO, THAÍS DE ARVELOS SALGADO, PRISCILLA SAN- Instituição(ões): 1. HGP, Hospital Geral de Pirajussara
TOS FERREIRA, FABIANA RIBEIRO DE REZENDE, MAYARA REGINA
PEREIRA, NÁDIA FERREIRA GONÇALVES RIBEIRO Resumo:
INTRODUÇÃO: A higiene de mãos (HM)é a medida mais simples,
Instituição(ões): 1. FEN/UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM / com menor custo e mais efetiva na prevenção das infecções hos-
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS pitalares. Considerando o desafio em implantar medidas elevem
a aderência dos profissionais da área da saúde (PAS), no ano de
Resumo: 2007 o Hospital Geral de Pirajussara (HGP), formou um grupo de
Introdução:Asmãosdosprofissionaisdaáreadasaúde(PAS)cons- HM multidisciplinar que atua ativamente nas ações relacionadas a
tituem a principal via de transmissão de microrganismos e o con- HM.OBJETIVO:ImplantaratividadesvisandoproporcionaraosPAS
trole de infecções depende, dentre outras medidas, da constante e gestores do HGP, conhecimento técnico para embasar as ações
orientaçãoreferenteàhigienizaçãodasmãos(HM)destes,alémde relacionadas às praticas de HM, à prvenção e à redução das infec-
pacientes e acompanhantes. Estabelecimentos que dão assistên- ções e promover a segurança de pacientes, profissionais e demais
ciaàscriançasdeformacoletiva,tambémsãolocaisquealiteratu- usuários do HGP. METODO: As ações relacionadas á aderência à
ra vem demonstrando aumento na ocorrência de infecções. Ações HM são discutidas em reuniões mensais, com a participação do
educativas sobre HM realizadas continuamente, proporcionam o Serviço de Controle de Infecção, Educação COntinuada, Médicos,
acesso de PAS ao tema, influenciam na adesão, na segurança e Segurança do Trabalho e Hotelaria. RESULTADO: Desde a sua cria-
qualidadedaatençãoprestadatantoemestabelecimentosdesaú- ção o grupo HM desenvolveu diversas atividades como: Campa-
de quanto em centros infantis. Essas atividades também oferecem nhas de HM anuais inovadoras, marcadas pela originalidade como
a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos adquiri- cuncurso de mascote em 2007; concurso para o logotipo do grupo

402
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
HM em 2008, com participação de 679 colaboradores; apresenta- venções(P<0.001).Amédiadeadesãofoi77,9%paraenfermeiros,
ção de grupo de teatro com música envolvendo a técnica de HM comparado com 52,6% para técnicos de enfermagem (P<0.001),
em 2009 com 546 colaboradores participando e em 2010 ocorreu e 44,6% médicos (P<0.001). A média de adesão nos momentos
a I Copa PIrajussara de HM, com 361 colaboradores. O grupo HM antes do contato com paciente foram significativamente menores
confecciona um relatório de atividades anualmente, condensando comparadas com os momentos após contato com paciente, 41,3%
todas as ações implementadas, disseminando as informações do e74,6%,respectivamente(P<0.001).Asvariaçõessazonaisdeade-
grupo. avaliação de produtos de HM mensalmente, obtendo au- são à higiene de mãos demonstraram menores taxas durante o
mento no consumo médio de álcool gel na unidade neonatal de primeiro trimestre do ano e o mês de julho, aumentando durante
19 litros/1000 paciente dia em 2008 para 28 litros/1000 pacien- o segundo e o terceiro trimestre e diminuindo mais uma vez no
tes dias em 2009. A estrutura de HM obteve melhora: a avaliação final do ano. Conclusões: As razões para a diminuição da adesão à
dos dispensadores de álcool gel obtinha 38% de conformidade em higiene de mãos durante os meses de janeiro, fevereiro, julho e o
2008, subindo para 79% em 2009. Em 2010, durante a I Copa Pi- final do ano podem estar relacionadas com o aumento do número
rajussara de HM foram avaliados questionários respondidos pelos de profissionais em férias nesses períodos, resultando em sobre-
colaboradores para verificar a adesão ao uso de álcool gel. Foram carga de trabalho. Os resultados desse estudo demonstram que a
respondidos 77 avaliações com 93,5% referindo que preferem monitorização contínua da adesão à higiene de mãos possibilita a
higienizar as mãos com água e sabão; 6,5% apenas com álcool e avaliação da influência dos aspectos sazonais nessa adesão. Ou-
7,8% relataram utilizar os dois. Em relação a não utilização álcoo- tros estudos relacionando a influência da sobrecarga de trabalho
lica 27,3% referiram que a mãos ficam pegajosas, 15,6% pelo dis- naadesãoàhigienedemãossefazemnecessáriosparacomprovar
pensador não funcionar, 9,1% ausência de dispensador; 1,3% falta essas possíveis diferenças sazonais.
de confiança no produto e 46,8% relataram utilizar o álcool gel.
CONCLUSÃO: As ações sistematizadas do grupo HM fomentaram Palavras-chaves: higiene de mãos, infecções hospitalares, sazona-
o tema entre os colaboradores do HGP, motivando a participação lidade
nascampanhasanuaisemelhoraaestruturadeHMatravésdeau-
ditorias e envolvimento da administração do HGP nesta questão.

Palavras-chaves: higiene de mãos, água e sabão, álcool gel P671


HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Autor(es): ligia alencar madeira, amanda tamires ferreira araujo,


P670 arlene debora sampaio, marlene meneses de souza teixeira
INFLUÊNCIA DA SAZONALIDADE NA ADESÃO DOS PROFISIONAIS
À HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Instituição(ões): 1. FALS, FACULDADE LEÃO SAMPAIO
NO SUL DO BRASIL
Resumo:
Autor(es): RODRIGO PIRES DOS SANTOS, LORIANE RITA KONKEWI- HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS LÍGIA ALENCAR MADEIRA*,AMANDA
CZ, FABIANO MARCIO NAGEL, THIAGO COSTA LISBOA, NÁDIA TAMIRES FERREIRA DE ARAUJO;ARLENE DEBORA SAMPAIO;
MORA KUPLICH, MÁRCIA ROSANE PIRES, JESSICA DALLÉ, THALITA ORIENTADOR:MARLENE MENEZES DE SOUZA TEIXEIRA( PROF. DA
SILVA JACOBY, SANDRA LUDWIG GASTAL, RENAN XAVIER FACULDADE LEAO SAMPAIO) FACULDADE LEÃO SAMPAIO-JUAZEI-
RODONORTE-CEAsmãossãoasprincipaisviasdetransmissãode
Instituição(ões): infecção, e sua higienização adequada é fundamental para a sua
1. HCPA, HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE prevenção e controle, além de ser um dos métodos mais baratos
e práticos. As mãos contêm milhares de microorganismos causa-
Resumo: dores de diversas doenças, algumas graves que podem levar até
Introdução: a higienização das mãos é uma medida simples para a morte. O hábito de lavar as mãos antes e depois de qualquer
prevenir infecções hospitalares, mas nem sempre é adotada pelos atividade que envolva contato direto e/ou indireto com alimentos,
profissionais de saúde. Objetivo: determinar a taxa de adesão dos materiais, pessoas e secreções, infelizmente ainda não parte do
profissionais à higienização das mãos e a influência da sazonalida- cotidiano de muitas pessoas seja por falta de informação, descui-
de, em UTI de pacientes adultos de um hospital universitário loca- do ou simplesmente na descrença do potencial de contaminação
lizado no sul do Brasil. Métodos: estudo observacional da adesão dasmãosoquepoderiaserevitadaporumasimpleslavagem.Este
àhigienizaçãodasmãosdosprofissionais deumaUTIdepacientes estudo tem como objetivo comprovar os fundamentos sobre lava-
adultos de um hospital universitário, realizado no período de 2006 gem de mãos encontradas na literatura científica. Este artigo é de
a 2009. Uma primeira observação foi realizada em janeiro de 2006 cunho qualitativo, baseado em dados bibliográficos, coletado em
(período de avaliação). Posteriormente, após várias intervenções artigos indexados na plataforma BIREME, MEDLINE, SCIELO, bem
(treinamentos, materiais audio-visuais, melhoria da disponibilida- como, em produções de livros acadêmicos. A utilização de hábi-
de dos insumos para higiene de mãos, como pias, sabão, papel- tos de higiene está intimamente ligada ao nível de escolaridade
toalha e álcool) as observações começaram a ser realizadas de das famílias, às condições econômicas e sociais, sendo estes de-
forma contínua e sistemática, de junho de 2006 a agosto de 2009 terminantes, em algumas situações, no desenvolvimento ou não
(períododeintervenção).Ascurvasdesazonalidadeforamrealiza- de doenças infecciosas. De acordo com a literatura as infecções
das durante o período de intervenção. Resultados: no período de constituem um grave problema de saúde pública, tanto pela sua
avaliação, janeiro de 2006, foram realizadas 166 observações e no abrangência como pelos elevados custos sociais e econômicos. O
períododeintervenção,dejunhode2006aagostode2009,foram conhecimentoeaconscientizaçãodosváriosriscosdetransmissão
observadas 17.664 oportunidades de higienização das mãos. A de infecções são imprescindíveis para que sejam evitados através
adesãoaumentoude30%paraumamédiade56,7%apósasinter- da prevenção. De acordo com TAYLOR (2007 p. 687) “a higiene das

403
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
mãos é a forma mais eficaz de ajudar a prevenir a disseminação cirúrgico, preparo pré-operatório das mãos
de organismos”.Conforme diretrizes recentes do CDC (2002) higie-
ne das mãos é um hábito prático, onde se utiliza sabão simples
e água. Para TIMBY (2007) esta é uma prática de anti-sepsia que
envolve o esfregar das mãos com sabão e água, na remoção de P673
sujidades. Conclui-se que a Educação em Saúde com foco no co- SITUAÇÕES VIVENCIADAS PELA EQUIPE CIRÚRGICA ENVOLVEN-
nhecimento e na aplicabilidade de hábitos de higiene das mãos é DO O PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS E SUA RELAÇÃO
imprescindíveis, como também, esta deve ser uma prática cons- COM A PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO
tante, dos profissionais de saúde antes e após qualquer procedi-
mento, para assim, evitar e/ou diminuir a transmissão cruzada de Autor(es): Gabriella Ribeiro de Paula, Regiane Aparecida dos San-
infecções, e minimizar os indicadores epidemiológicos. tos Soares Barreto, Thaís de Arvelos Salgado, Mayara Regina Pe-
reira
Palavras-chaves: HIGIENIZAÇÃO, INFECÇÃO, EDUCAÇÃO, SAÚDE
Instituição(ões): 1. FEN/UFG, Faculdade de Enfermagem da Uni-
versidade Federal de Goiás

P672 Resumo:
O PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS NO COTIDIANO DE UM Introdução: A antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório
CENTRO CIRÚRGICO das mãos constitui uma das medidas para redução das taxas de
morbi-mortalidade decorrentes de infecções de sítio cirúrgico
Autor(es): GABRIELLA RIBEIRO DE PAULA, REGIANE APARECIDA (ISC). Objetivos: Identificar e analisar situações que envolvam o
DOS SANTOS SOARES BARRETO, LARISSA OLIVEIRA ROCHA, SER- preparo pré-operatório das mãos. Métodos: Estudo descritivo
GIANE ALVES BISINOTO, ADENÍCIA CUSTÓDIA SILVA E SOUZA, qualitativo, com a utilização da técnica de incidente crítico, re-
MARIA ALVES BARBOSA, MARINÉSIA APARECIDA PRADO PALOS, alizado de fevereiro a março de 2010 no centro cirúrgico de um
MAYARA REGINA PEREIRA, THAIS DE ARVELOS SALGADO hospital de ensino de Goiânia-GO, aprovado em Comitê de Ética
sob o protocolo nº. 169/08. Os dados foram coletados por meio
Instituição(ões): 1. FEN/UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA de entrevistas, utilizando um roteiro semi-estruturado contendo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS duas questões norteadoras em que se solicitava ao entrevistado a
se lembrar de uma situação que aconteceu com ele ou que tenha
Resumo: presenciado envolvendo a antissepsia cirúrgica das mãos, especi-
Introdução: As infecções de sítio cirúrgico são responsáveis por ficando exatamente qual era a situação, o que foi feito e o que
14% a 16% do total de infecções associadas aos cuidados em saú- resultou. A categorização foi escolhida baseada na importância
de. Dentre as precauções para a redução de seus fatores de risco e predominância dos temas extraídos das situações. Resultados:
está a correta técnica de antissepsia cirúrgica ou preparo pré-ope- Foram entrevistados 14 profissionais e estudantes que relataram
ratóriodasmãosdosprofissionais antesdeprocedimentoscirúrgi- um total de 19 incidentes críticos. Deste, seis situações remetiam
cos. Objetivo: Identificar e analisar a prática da antissepsia cirúrgi- à recontaminação das mãos durante ou após a técnica, possibili-
ca das mãos por profissionais do Centro Cirúrgico de um hospital tando a transferência de micro-organismos para as mãos. Houve
deensinodeGoiânia-GO.Métodos:Trata-sedeumapesquisades- relatos de simples incidentes ocorridos por distração dos profis-
critiva quantitativa, aprovada em Comitê de Ética sob protocolo sionais, como toques em lavatórios, torneiras e mesas cirúrgicas.
169/2008, na qual foram observadas e registradas em checklist Contudo, uma das situações mais preocupantes consistiu no ato
específico, 54 técnicas, no decorrer de 2009. Apesar de o local de pegar embalagens não esterilizadas após a técnica, infringindo
disponibilizar a estrutura física e os recursos materiais que viabi- a assepsia do procedimento cirúrgico. Sete situações apontaram a
lizam a técnica e são recomendados pela Agência Nacional de Vi- preocupação dos profissionais em realizar e manter a técnica as-
gilância Sanitária (ANVISA), apenas 5,5% dos sujeitos executaram séptica. Foram relatados fiscalização dos profissionais para que a
movimentosunidirecionais,distaisparaproximais,negligenciando equipe cirúrgica realize corretamente técnica, solicitação de outra
a recontaminação por micro-organismos e prejudicando assim, a escova após a queda da que o profissional usava, e o ato de rea-
redução da carga microbiana das mãos e antebraços. Oitenta e lizar outra escovação no decorrer de uma cirurgia que perduraria
sete (87%) dos sujeitos escovaram vigorosamente os antebraços e um período superior ao efeito residual do antisséptico. Conclusão:
o dorso das mãos, regiões que poderiam ser apenas friccionadas, Este estudo evidenciou a discrepância das atitudes entreos profis-
aumentando o risco de colonização e contaminação devido a le- sionais e estudantes perante a técnica de antissepsia cirúrgica das
sões na pele provocadas pela abrasividade da escova. Observação mãos. Embora alguns profissionais mostrem conhecimento e cui-
relevante foi a duração das técnicas realizadas antes da primeira dado em manter o procedimento asséptico, outros demonstram
cirurgia do dia, já que a maioria dos profissionais utilizaram de 1 limitada percepção sobre o real objetivo da técnica. Estratégias
a 3 minutos, quando o consenso é de 3 a 5 minutos e de 2 a 3 devem ser desenvolvidas no setor para promover o aprendizado
para as cirurgias subseqüentes. Conclusão: O estudo apresenta sobre quando, como e o porquê da realização sempre correta da
falta de padronização do procedimento variando entre o exagero técnica, enfatizando a prevenção de ISC.
de alguns, à falta de elementos básicos de outros profissionais.
Tais atitudes e comportamentos apontam para a despreocupação Palavras-chaves: antissepsia cirúrgica das mãos, preparo pré-ope-
ou desatualização dos profissionais quanto à técnica de antissep- ratório das mãos, incidente crítico
sia cirúrgica das mãos recomendada pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) e ANVISA para tal procedimento.

Palavras-chaves: antissepsia cirúrgica das mãos, Infecção de sítio

404
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P674 P675
AVALIAÇÃO DE ANTISSÉPTICOS À BASE DE ÁLCOOL QUANTO AO ADESÃO A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO SERVIÇO DE EN-
PODER DE HIDRATAÇÃO E MELHORIA DA PELE DOS PROFISSIO- DOSCOPIA.
NAIS DA SAÚDE
Autor(es):LARISSAGARMSTHIMOTEOCAVASSIN,LUCIENEXAVIER
Autor(es): LUCIANA REZENDE BARBOSA1, James Arbogast1 SANTOS, RUBIA BOZZA, RENATA LOBO, VERA BORRASCA, MARIA
BEATRIZ SOUZA DIAS
Instituição(ões):
1. GOJO, GOJO AMÉRICA LATINA Instituição(ões): 1. HSL, HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS
2. GOJO, GOJO Industries, Inc.
Resumo:
Resumo: Introdução: A higienização das mãos (HM) é o método mais sim-
AVALIAÇÃO DE ANTISSÉPTICOS À BASE DE ÁLCOOL QUANTO AO ples e eficaz para prevenir a transmissão de microrganismos. Po-
PODER DE HIDRATAÇÃO E MELHORIA DA PELE DOS PROFISSIO- rém,dadosdaOrganizaçãoMundialdeSaúde(OMS)mostramque
NAIS DA SAÚDE *L BARBOSA, PhD1, J ARBOGAST PhD2, T CAR- profissionais de assistência a saúde (PAS) higienizam as mãos em
TNER BSE2, C BONDI MPH2, K DOBOS MBA2, D SALISBURY RN3, apenas 50% das oportunidades desejáveis. As taxas de adesão em
D MILLER PhD4 1GOJO AMÉRICA LATINA, SÃO PAULO, BRASIL; centros diagnósticos (CD) são pouco investigadas. Considerando-
2GOJO INDUSTRIES, INC. AKRON, OHIO, USA; 3AKRON GENERAL se o avanço tecnológico, o aumento de procedimentos invasivos e
MEDICAL CENTER, AKRON, OHIO, USA; 4CUDERM CORPORATION, o impacto da não adesão à HM nas infecções relacionadas a estes
DALLAS,TEXAS, USA. Introdução: A higienização das mãos é a prin- procedimentos motivou a inclusão do CD no programa de incenti-
cipal medida de prevenção e controle das IRAS. O rigor na exigên- vo e monitoramento da HM no HSL. Objetivo: Dimensionar a ade-
cia da prática resulta na ruptura da barreira de proteção e na má são à HM no Serviço de Endoscopia de um Hospital Privado Terci-
condição da pele dos profissionais da saúde. Objetivo: Avaliação ário da cidade de São Paulo. Dimensionar conhecimento teórico.
de cinco formulações disponíveis no mercado quanto à melhoria Metodologia: Estudo observacional da adesão a HM dos profissio-
da condição da pele com medidas quantitativas da hidratação da nais médicos, equipe de enfermagem, utilizando os cinco momen-
pele em profissionais da saúde. Método: Medidas da hidratação tos para HM, preconizada pela OMS. Após a primeira observação
cutânea com equipamento de bioengenharia (Courage+Khazaka identificou-se baixo índice de adesão nas categorias observadas.
MPA9 Corneômetro CM825). Pré-lavagem do antebraço com sa- Um plano de ação foi elaborado com a realização de treinamento
bonete neutro. Medida basal após o equilíbrio da pele. Aplicação “in loco” incluindo a aplicação detestede conhecimentoprée pós
e esfregação por 15 segundos de cinco formulações e um contro- treinamento. Realizadas aulas presenciais com vídeos abordando
le. Leituras em 10 e 120 minutos. ANOVA com múltiplas compa- a epidemiologia de transmissão de microorganismos, os cinco mo-
rações, alfa 0,05. Exame clínico por 28 dias em profissionais de mentos para HM com demonstração prática. Nova observação foi
quatro unidades de terapia intensiva, duas utilizando o produto realizada um mês após o treinamento. As ações foram feitas por
teste e duas o produto controle. Medidas da hidratação e análise quatro enfermeiros das áreas de Controle de Infecção Hospitalar
dadescamaçãodapele,questionáriosparaosprofissionais.Dados e Desenvolvimento de Enfermagem. Resultados: A taxa de adesão
na linha de base, em 14 e 28 dias. Estatística paramétrica e não detodos osprofissionais naprimeiraobservaçãofoi de23,3%com
paramétrica, alfa 0,05. Resultados: Quatro das cinco formulações a seguinte distribuição: enfermeiros: 30,4%; auxiliares e técnicos
não apresentaram melhoria na hidratação significantemente dife- deenfermagem:21,8%;auxiliardeenfermagemtrainee:20%;mé-
rente do controle. Uma formulação apresentou resultado superior dicos: 25%. Na segunda observação, realizada após treinamento,
e significativo de melhoria na hidratação. Nas unidades de terapia a adesão foi de 62,9% com a distribuição: enfermeiros: 90,0%; au-
intensiva, hidratação equivalente entre o grupo produto teste e o xiliares e técnicos de enfermagem: 71,3%; auxiliar de enfermagem
controlenalinhadebase.Melhoriasignificantementesuperiorem trainee: 82,6%; médicos: 27,9% O teste de conhecimento teóri-
14 (p<0,001) e em 28 dias (p<0,037) e Índice de descamação sem co mostrou 82,1% de acertos no pré teste e 85,7% no pós teste.
mudanças significativas em 14 dias no grupo produto teste. Gru- Conclusão: Apesar do bom resultado no teste de conhecimento
po controle com descamação significativa em termos de piora da teórico, as taxas de adesão foram baixas na primeira observação.
pele. Questionários mostram percepção de melhoria na pele em Programas de treinamento em HM podem ter impacto na adesão,
14 dias, p<0,05. Conclusão: Apenas um dos cinco produtos ava- conforme demonstrado nos resultados da segunda observação
liados fez jus à rotulagem. A presença de ingredientes hidratantes (23,3% para 62,9%). A intervenção realizada melhorou os dados
relatados na rotulagem bem como a alegação de hidratação não em todas as categorias profissionais, conforme gráfico acima. O
são suficientes para a hidratação e melhoria da pele. Critérios de- baixo impacto no resultado observado entre os médicos pode ser
vem ser estabelecidos para a adição de ingredientes hidratantes e justificado pela baixa adesão destes profissionais ao treinamento.
alegações devem ser avaliadas e comprovadas quantitativamente A meta estipulada no HSL (90%) não foi atingida apesar da melho-
por métodos padronizados. ra observada nas taxas de adesão após a intervenção. Campanhas
de incentivo à HM com utilização de diferentes recursos (banners,
Palavras-chaves: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, PRODUTO À BASE DE cartazes, adesivos, recursos eletrônicos, atividades com atores,
ÁLCOOL, HIDRATAÇÃO DA PELE, ADESÃO, INFECÇÃO HOSPITALAR distribuição álcool gel de bolso) foram planejadas para serem exe-
cutadas ao longo do ano, contemplando profissionais, pacientes
e familiares.

Palavras-chaves: Higienização das Mãos, Adesão, 5 Momentos,


Programas de treinamento, Serviço de Endoscopia

405
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P676 Vieira, Ana Karina da Câmara Dantas, Maria Betânia Maciel da Sil-
I COPA DE HIGIENE DE MÃOS DO HOSPITAL GERAL DE PIRAJUS- va, Tassyana Pessoa Assis dos Santos
SARA
Instituição(ões): 1. UnP, Universidade Potiguar
Autor(es): FABIANA SILVA VASQUES, ANDREIA NUNES DE BAR-
ROS PACHECO, JANE SILVA DE OLIVEIRA, THIAGO DA SILVA MEN- Resumo:
DES, CATIA ELAINE A. DA SILVA, LOURDES DAS NEVES MIRANDA INTRODUÇÃO: Um dos maiores desafios para os profissionais da
saúde é a alta incidência de infecção hospitalar, durante a inter-
Instituição(ões): 1. HGP, Hospital Geral de Pirajussara nação ou até mesmo após a alta do paciente seja este criança,
adolescente, adulto ou idoso. As infecções hospitalares são aque-
las adquiridas num ambiente hospitalar após a admissão do pa-
Resumo:
ciente e que se revelam ainda durante a internação ou após a
alta, podendo estar relacionada com o período de internação ou
Introdução: A Higiene de mãos (HM) é medida eficiente para evi- como nos procedimentos realizados durante a permanência do
tar transmissão cruzada de agentes infecciosos no ambiente hos- cliente na instituição; sendo esta considerada um grave problema
pitalar. Pode ser considerada como um dos pilares do programa de saúde pública no mundo inteiro, estando relacionada com a
de Controle de Infecção Hospitalar (CIH). O grande desafio nesta morbi-mortalidade, tempo de internação e custos relacionados
medida é aumentar a aderência dos profissionais de assistência à aos tratamentos utilizados. OBJETIVOS: O estudo tem como ob-
saúde. Pensando neste desafio o CIH do Hospital Geral de Pirajus- jetivo identificar através de uma revisão de literatura nas bases
sara criou um grupo de higiene de mãos com o intuito de avaliar e de dados eletrônicas disponíveis, artigos científicos que façam a
implantar um conjunto de medidas e recursos a fim de sensibilizar relação entre as infecções hospitalares e higienização das mãos.
e mobilizar os profissionais de assistência à saúde, atendendo a METODOS: Trata-se de um estudo realizado no período de Janeiro
vigente portaria 2616/98 anexo IV artigo 6. Objetivo: Realizar uma de 2010, no qual foram selecionados 24 artigos os quais atende-
campanha de higiene de mãos com participação ativa do maior ram aos critérios de seleção: artigos indexados no banco de dados
número possível de colaboradores utilizando o mote da copa do em concordância com o descritor previamente escolhido: higie-
mundo de futebol. Metodologia: Para elaboração da campanha nização das mãos e infecção hospitalar. RESULTADOS: Os resulta-
foram realizadas nove reuniões do grupo de HM (membros do dos mostraram que 29,1% consideram as infecções hospitalares
controle de infecção, supervisão de enfermagem, educação con- problema de saúde pública no mundo inteiro, 25% deixa evidente
tinuada, hotelaria, governança, manutenção e com participação que a lavagem das mãos como sendo indiscutivelmente uma das
variada de colaboradores assistenciais), sendo instituído a I Copa mais importantes medidas de prevenção e controle das infecções
Pirajussara de Higiene de Mãos. Os colaboradores deveriam for- hospitalares, 25% enfatizam a baixa aderência dos profissionais
mar seleções com 3 a 11 participantes, sendo um o capitão. A di- de saúde frente a esse respeito e 8,3% abordam a forma correta
nâmicadacampanhafoielaborarumaatividadeculturalenvolven- de higienização simples, anti-séptica e anti-séptica cirúrgica das
do a HM. As apresentações aconteceram entre 3 a 7 maio, houve mãos. CONCLUSÃO: As práticas de higienização das mãos fazem-
votação das três melhores seleções. Os brindes foram 400 camise- se necessária para impedir a transmissão de infecções veiculadas
tas personalizadas para todos os inscritos e sorteio entre os que ao contato bem como reduzir as infecções causadas pelas trans-
foram assistir. Para os três primeiros colocados foram distribuídos missõescruzadas,promovendoaassimasegurançadospacientes.
kitstorcidaparaacopamundial.Alémdisso,foramentreguespara
todos uma ficha de pesquisa para avaliação de tolerância e aceita-
Palavras-chaves: Enfermagem, Infecção hospitalar, Lavagem das
ção da preparação alcoólica em uso para a higienização das mãos.
mãos
Resultado:Foraminscritos15seleçõescomumtotalde78colabo-
radores. As apresentações variaram entre teatro, música, desenho
e artesanato. Como ouvintes foram 430 colaboradores. Foram res-
pondidas 77 fichas de avaliação com 93,5% referindo que prefe-
remhigienizarasmãoscomáguaesabão;6,5%apenascomálcool
P678
ADESÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM À PRÁTICA DA
e 7,8% relataram utilizar os dois. Em relação a não utilização alco- HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM UNIDADE HOSPITALAR DE CUIDA-
ólica 27,3% referiram que as mãos ficam pegajosas, 15,6% pelo DOS A PACIENTES PORTADORES DE DISTÚRBIOS HEMATOLÓGI-
dispensador não funcionar, 9,1% ausência de dispensador; 1,3% COS.
falta de confiança no produto e 46,8% relataram utilizar o álcool
gel. Conclusão: O percentual de colaboradores com participação Autor(es): Mona Lisa Menezes Bruno1,2,3, Socorro Milena Rocha
ativa na confecção da campanha foi de quase 20% do total de en- Vasconcelos1,2, Andreia Farias Gomes1,2,5, Andreia Morais Fer-
volvidos. A motivação dos colaboradores pode aumentar quando nandes Loiola1,2,4, Germana Perdigão Amaral1,2, Ana Paula Do-
utilizados motes lúdicos e/ou esportivos. nadi1,2,6, Rita Paiva Pereira Honório1,2
Palavras-chaves: higiene de mãos, campanha, infecção hospitalar Instituição(ões):
1. HUWC , Hospital Universitário Walter Cantídio
2. UFC, Universidade Federal do Ceará
P677 3. FATE, Faculdade Ateneu
A PRÁTICA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CONTROLE DAS IN- 4. UNIFOR, Universidade de Fortaleza
FECÇÕES HOSPITALARES: UMA REVISÃO DE LITERATURA. 5. UNICAMP, Universidade Estadual de Campinas
6. FEF, Fundação Educacional de Fernandópolis
Autor(es): Dharah Puck Cordeiro Ferreira, Alyne Noely Gouveia

406
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Resumo: 2. HUM, Hoapital Universitário de Maringá
Inúmerosestudosapontamecomprovamquealavagemdasmãos
evita a disseminação de microorganismos contribuindo para a re- Resumo:
dução das infecções hospitalares. Sendo as mãos o principal veí- INTRODUÇÃO. A higienização das mãos é considerada o procedi-
culo de transmissão dos microorganismos, sua higienização é sem mento isolado mais importante na prevenção das infecções re-
dúvida a rotina mais simples e eficaz contra as infecções em am- lacionadas à assistência à saúde. Entretanto a baixa adesão dos
bientes hospitalares a ser praticada e orientada por toda equipe profissionais da saúde a este procedimento constitui um desafio
de saúde. Dentre outros profissionais da saúde os da enfermagem para o controle de infecções em todo o mundo. A realidade desta
caracterizam-se como agentes mediadores das ações da equipe situação é pouco conhecida nos hospitais brasileiros. OBJETIVO.
multiprofissional, estando à frente dos cuidados diretos aos pa- Avaliar o padrão de higienização das mãos dos profissionais da
cientes, estabelecendo-se como uma das maiores forças de traba- saúde de uma unidade de terapia intensiva neonatal com 10 leitos
lho em saúde. Conscientes de que a equipe de enfermagem está de um hospital ensino, de porte médio, localizado na cidade de
associada ao maior número de manipulações dos pacientes, iden- Maringá, PR. MÉTODOS. Estudo observacional direto prospectivo.
tificamos a necessidade de investigar o processo de higienização O período de observação foi em torno de 30 minutos, distribuído
das mãos desses profissionais. Com o presente estudo objetiva- aleatoriamente nos turnos da manhã, tarde e noite, totalizando
mos verificar a adesão dos profissionais de enfermagem à prática 20 horas. Durante as observações, nenhuma instrução foi dada
da higienização das mãos na unidade de internação destinada a aos profissionais da saúde e ninguém sabia da existência do es-
tratamento de pacientes com distúrbios hematológicos e identi- tudo. A adesão à higienização das mãos foi avaliada antes e após
ficar as dificuldades encontradas a esta prática. Trata-se de um contato com paciente, com equipamento, ou ambos. A técnica de
estudo exploratório descritivo com abordagem quali-quantitativa, higienização, o tempo gasto na fricção das mãos, o produto usado
realizado na unidade de internação I do Hospital Walter Cantídio e a categoria do profissional da saúde foram também avaliados.
da Universidade Federal do Ceará. Participaram da pesquisa os 22 RESULTADOS. Nos 40 períodos de observação foram registradas
auxiliares/técnicos de enfermagem e 08 enfermeiros lotados na 363 oportunidades para a higienização das mãos. A taxa geral de
referida unidade. Este trabalho foi submetido ao comitê de ética adesão foi de 65,28% (237/363). A taxa mais alta foi de 78,50%,
dainstituição,respeitandoasnormasediretrizesinstituídasnaRe- observada na categoria de outros profissionais (i.e., fisioterapeu-
solução Nº 196/96 do ministério da saúde. Os dados foram cole- ta, nutricionista, fonoaudiólogo, técnico radiologista, laboratório,
tados a partir de instrumento contendo perguntas abertas acerca manutenção e higiene e técnico administrativo), seguida de mé-
do tema, e através da observação direta com roteiro pré-estabe- dicos com 70,50% e enfermeiros com 66,50%. A higienização das
lecido. Os resultados foram categorizados e apresentados em grá- mãos antes do contato com pacientes foi de 73,43% (141/192) e
ficos e tabelas. Verificamos que 43,4% dos participantes da pes- após o contato foi de 56,14% (96/171). O tempo médio e o desvio
quisa não referiram apresentar dificuldades para a realização do padrão de fricção das mãos foram de 7,95 ± 2,64 segundos. A fric-
procedimento de higienização das mãos e 56,6% dos participantes ção das pontas dos dedos e do polegar foram os passos da técnica
referiram dificuldades para realizar o procedimento, das quais as mais negligenciados, sendo realizados por, respectivamente, 25%
dificuldades mais apontadas foram:a falta de material como papel e 45% do pessoal da unidade. A maioria (78%) dos profissionais da
toalha e sabão, a ausência de lavabos dentro das enfermarias, a saúde preferiu utilizar o sabão líquido não medicamentoso ou clo-
existência de torneiras quebradas. A adesão dos profissionais de rexidina em vez do álcool gel. CONCLUSÃO. Os resultados mostra-
enfermagem à prática da higienização das mãos corresponde a ramumaboataxageraldeadesãoàhigienizaçãodasmãosefalhas
70% dos participantes, que realizam o procedimento em alguns na execução da técnica. O tempo de fricção das mãos ficou muito
dos momentos adequados e recomendados para a assistência à abaixo dos 20 segundos recomendados. O uso do álcool gel deve
saúde. Concluímos que apesar de a adesão dos profissionais de ser estimulado nesta unidade por ser mais efetivo do que o sabão
enfermagem à prática da higienização das mãos na unidade cor- comum ou anti-séptico detergente para a higienização das mãos.
responder a um nível satisfatório sugerimos, contudo, a aborda-
gem dos mesmos no intuito de promover maior conscientização à Palavras-chaves: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, TERAPIA INTENSIVA
prática de higienização das mãos e por outro lado enaltecer aque- NEONATAL, INFECÇÃO HOSPITALAR
les que a praticam eficazmente. É imprescindível que a equipe
de enfermagem atue diuturnamente na excelência dos cuidados
prestados e na garantia da segurança da assistência.
P680
Palavras-chaves: ADESÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM, CONCEITOS SOBRE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM PROFISSIO-
PACIENTES HEMATOLÓGICOS, PRÁTICA DA HIGIENIZAÇÃO DAS NAIS DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
MÃOS
Autor(es): Cesar Helbel2,1, Hiton Vizi Martinez2, Silvia Maria dos
Santos Saalfeld2, Mariluce Pereira Camargo Labegaline2, Celso
Luiz Cardoso1, Marcia Arias Wingeter2,1
P679
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA IN- Instituição(ões):
TENSIVA NEONATAL 1. UEM, Universidade Estadual de Maringá
2. HUM, Hospital Universitário de Maringá
Autor(es): Cesar Helbel1,2, Shirley Teresinha de Vargas Cardoso2,
Amanda Carina Cabral Coelho1, Celso Luiz Cardoso1 Resumo:
INTRODUÇÃO. Apesar das novas recomendações dos “Centers
Instituição(ões): for Disease Control and Prevention“ e da Organização Mundial da
1. UEM, Universidade Estadual de Maringá Saúde propondo o uso de preparações alcoólicas como procedi-

407
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
mento padrão para a anti-sepsia das mãos nas unidades de saú- grafias. RESULTADOS: Cliente submetido a tratamento cirúrgico de
de, em nosso hospital apenas 13% dos profissionais das unidades fratura exposta de tíbia esquerda em outra instituição, apresen-
de terapia intensiva (UTIs) utiliza de rotina o álcool gel para a hi- tando perda de tecido e evoluindo com infecção de partes moles.
gienização das mãos. OBJETIVO. Avaliar o nível de conhecimento Foram seguidas as seguintes etapas: 13/11/2009 a 02/12/2009:
dos conceitos sobre higienização das mãos quanto a importância, Preparação do leito da ferida para receber o enxerto – Inicialmen-
objetivo principal, produtos usados e grau de atividade antibacte- te a lesão se apresentava com exposição óssea e de tendões, pe-
rianadosagentesdegermantes.METODOS.Emumaamostraalea- quenas áreas com fibrina e bordas irregulares com pequena área
tória simples dos profissionais que atuam nas UTIs de adultos, pe- de necrose e grande quantidade de secreção purulenta. O trata-
diátrica e neonatal do Hospital Universitário de Maringá, Maringá, mento se iniciou com hidrogel amorfo livre de alginato nas áreas
PR, foi aplicado um pré-teste, durante uma campanha educativa, com fibrina, promovendo o debridamento e tela não aderente im-
com três questões, sendo uma relativa a razão mais importante da pregnada com parafina e 0,5% de clorexidina em toda a extensão
higienização das mãos, outra sobre qual o produto mais utilizado da lesão para reduzir o risco de colonização e traumas nas trocas.
na sua rotina para a higiene das mãos e a última para classificar Como curativo secundário foi utilizado a espuma de poliuretano
a atividade antibacteriana do sabão, clorexidina, povidona-iodo para controle de exsudato com alta taxa de transmissão de vapo-
(PVP-I) e do álcool líquido ou gel. RESULTADOS. Do total de 125 res úmidos. Com o tratamento houve diminuição na exsudação e
profissionais das UTIs, até o presente, 47 participaram do estudo, aumentodotecidodegranulação.Em02/12/2009foisubmetidoa
incluindo técnicos de enfermagem (14), médicos residentes (13), cirurgia para enxertia. Aberto curativo após 72 horas visualizou-se
enfermeiros (8), médicos (5), acadêmicos (4), fisioterapeutas (2) integraçãodamalhadepelecomausênciadeexsudação.Ocliente
e serviço de apoio (1); distribuídos igualmente nas três unidades, apresentou melhora clínica progressiva, com boa epitelização do
adulto, pediátrica e neonatal. A grande maioria (43/47; 91,48%); enxerto em malha. Cliente recebeu alta no 25º dia de internação.
respondeu que a razão mais importante para a higienização das CONCLUSÕES:Atravésdoestudofoipossíveldemonstraraeficácia
mãos na pratica hospitalar é para prevenir infecções que os pa- dotratamentoavançadonaenxertiaehouveumamelhorasatisfa-
cientesadquiremno hospital. Osabãocomumfoi registradocomo tória do cliente em tempo hábil.
o produto mais usado pelos profissionais (81%), seguido do álcool
liquido ou gel (43%) e clorexidina (23%). Quanto a atividade anti- Palavras-chaves: enxertia, ferida, tratamento avançado
bacterianadosprodutos,clorexidina,álcool,PVP-Iesabãocomum
foram classificados como bom ou ótimo por, respectivamente,
81%, 72%, 64% e 43% dos profissionais das UTIs. CONCLUSÃO. Os
resultados demonstram que a grande maioria dos profissionais P682
avaliados estão conscientes da importância da higienização das IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO ADEQUADA DA TÉCNICA EM EN-
mãos na prevenção das infecções hospitalares. O uso de álcool gel FERMAGEM COMO PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR EM
e anti-séptico detergentes, deve ser estimulado, porque apesar de PORTADORES DE FERIDAS
serem referidos como os produtos de maior efecácia antibacteria-
na, são os menos utilizados para a higienização das mãos nas UTIs. Autor(es): Malú Micilly Porfírio Santos, Cora Coralina dos Santos
Junqueira, Maria Elizabete de Amorim Silva, Marília de Souza Leite
Palavras-chaves: infecção hospitalar, higienização das mãos, tera- Silva, Patrícia Simplício de Oliveira, Rebeca Silva Bezerra, Vanessa
pia intensiva Lopes Maia Dativo, Cizone Maria Carneiro Acioly
Instituição(ões): 1. UFPB, Universidade Federal da Paraiba

Resumo:
P681 Infecção hospitalar, segundo o Ministério da Saúde, é qualquer
PREPARODOLEITODAFERIDAPARAENXERTIA:ESTUDODECASO infecção adquirida após a internação de um cliente no âmbito
hospitalar, podendo se manifestar durante a internação ou após
Autor(es): Juliana Vidal Sartori, Marisa Spinelli, Cassia Brunini Nor- a alta, quando puder ser relacionada com a hospitalização. Essas
cia Zenerato, Jaqueline Jesus Ferraz de Arruda, Ana Cristina Lobo infecções são as que mais acometem os portadores de feridas que
Macedo de Almeida Bucci, Renata Luiz da Silva Barbosa, Neila Mi- estão em hospitais, tendo em vista o quadro, em sua maioria, de
randa Martins Serafim, Ana Claudia Garcia, Daniele Cristina Zuza, debilitação e fragilidade, tanto físico quanto psicologicamente.
Jane Ivers Braga Portanto, a prevenção dessas infecções deve ser feita por todos
os profissionais envolvidos com a assistência ao cliente, principal-
Instituição(ões): 1. HUL, Hospital Unimed de Limeira mente a equipe de Enfermagem a partir da adoção das seguintes
medidas: higienização adequada das mãos, controle de saúde da
Resumo: equipe hospitalar (por meio dos Equipamentos de Proteção In-
INTRODUÇÃO: O enxerto cutâneo é um modo efetivo para res- dividual), educação ao cliente e de toda a comunidade, práticas
taurar ou reparar uma ferida. Na forma tradicional do tratamento adequadas de assepsia e conscientização profissional. A adoção
para enxertia é utilizado compressas embebidas em soro fisioló- e correta realização dessas medidas diminuem os riscos de pro-
gico. Neste estudo foi aplicado um tratamento avançado tecnolo- váveis infecções no ambiente hospitalar, garantindo um ambiente
gicamente para promover uma melhor cicatrização e proporcio- segurotantoparaocuidadorquantoparaapessoaqueestásendo
nar conforto ao cliente. OBJETIVO:Preparar o leito da ferida para cuidada.Oobjetivodesseestudoérefletiracercadosprocedimen-
enxertia, avaliando e acompanhando a evolução da cicatrização tos realizados, de forma adequada, pela equipe de Enfermagem
com uso de tratamento avançado tecnologicamente. MÉTODO: O como instrumento importante na prevenção de infecções hospita-
estudodecasofoirealizadoemumhospitaldemédioporte,noin- lares aos portadores de feridas. Trata-se de uma pesquisa de na-
terior de São Paulo, desenvolvido na forma de um estudo de caso tureza bibliográfica e descritiva, realizada em abril de 2010 junto
com consentimento livre e esclarecido e documentado com foto- a periódicos, livros e dissertações acerca da temática, publicados

408
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
no período de 2006 a 2010 em bibliotecas e instituições públicas além de possibilitar outras experiências como a revisão bibliográ-
no município de João Pessoa – PB, bem como on-line. Para aná- fica sistematizada e o intercâmbio entre acadêmicos, docentes e
lise dos dados foram selecionados 13 artigos científicos, 6 livros profissionais da área.
e 2 dissertações, pesquisados nos referidos locais. Os resultados
revelaram que essa maior proximidade que a equipe de enferma- Palavras-chaves:Bandagens,CurativosOclusivos,MecanismosDe-
gem estabelece com o cliente, traz atribuições e responsabilida- fensivos e Curativos, Normas
des maiores à categoria, pois qualquer procedimento realizado
de forma inadequada pode gerar riscos de infecções tanto para o
profissional quanto para o cliente. Tal fato vem a demonstrar a im-
portância do papel educador que o enfermeiro deve executar esti- P684
mulando a conscientização de sua equipe na utilização adequada ASSISTÊNCIADEENFERMAGEMNOUSODECURATIVONÃOCON-
das técnicas como prevenção e controle da infecção hospitalar. VENCIONAL EM QUEIMADURA: ESTUDO DE CASO
Conclui-se, ao avaliar a produção científica relacionada com a te-
mática no período referido, o quão as técnicas em Enfermagem Autor(es): ALBERTINA MARTINS GONÇALVES1, JOSÉ DE ANCHIETA
exercem papel importante no desenvolvimento de ações preven- F. NETO2, KARLA SIMONE DE BRITO BROCK1, MARIA ANARILDA
tivas de infecções hospitalares nos portadores de feridas, quando NOGUEIRA DE LIMA3, VALKÊNIA ALVES SILVA1
realizadas corretamente.
Instituição(ões):
Palavras-chaves: Prevenção, Infecção Hospitalar, Técnicas, Enfer- 1. HDPF, HOSPITAL DISTRITAL DE PEDRAS DE FOGO-PB
magem, Feridas 2. CASM, Centro de Atenção a Saúde da Mulher
3. NUTRIVIDA, NUTRIVIDA/PETROBRAS

Resumo:
P683 INTRODUÇÃO: Queimaduras são lesões da pele provocadas pelo
REVISÃO DO PROTOCOLO DE USO DE COBERTURAS UTILIZADAS calor, radiação, produtos químicos ou certos animais e vegetais,
EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO (HU) DO MUNICÍPIO DE CAM- que causam dores fortes e podem levar a infecções. As manifes-
PINAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA. tações locais mais importantes nas queimaduras são: não elimi-
nação de toxinas (não há suor), formação de substâncias tóxicas,
Autor(es): Vanessa Arias, Mônica Costa Ricarte dorintensaquepodelevaraochoque,perdadelíquidoscorporais,
destruição de tecidos e infecção. Classificam-se quanto ao agente
Instituição(ões): 1. PUC-Campinas, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CA- causador, profundidade ou grau, extensão ou severidade, locali-
TÓLICA DE CAMPINAS zação e período evolutivo. A assistência de enfermagem de qua-
lidade e o conhecimento de técnicas e curativos adequados por
Resumo: parte de quem cuida é imprescindível para a recuperação desses
Introdução: O tratamento de uma ferida e a assepsia cuidadosa pacientes, prevenindo, assim as complicações, evitando mutila-
tem como objetivo evitar ou diminuir os riscos de complicações, ções, deformidades irreparáveis e até a morte. OBJETIVO: Relatar
bem como facilitar o processo de cicatrização. A preocupação com a experiência da assistência de enfermagem em uso de curativo
os curativos das feridas é antiga e vários agentes podem ser utili- não convencional em um paciente queimado. METODOLOGIA:
zados, no entanto é fundamental uma análise detalhada da ferida Trata-sedeumrelatodeexperiência,comabordagemdescritiva.A
paraaescolhadocurativoadequado.Essaescolhairádependerdo pesquisa foi realizada no Hospital Distrital do Município de Pedras
tipo de procedimento, tamanho da ferida, presença de drenagem de Fogo - PB, no mês de setembro de 200, amostra foi composta
ousinaisdeinfecção.Objetivos:Nestetrabalhopretendeu-serevi- por uma paciente que sofreu queimadura por água fervente na
sar o protocolo de uso das coberturas indicadas no tratamento de mama esquerda, sendo utilizado para tratamento curativo espe-
feridas em um HU no município de Campinas. Metodologia: Trata- cífico com natura skin e pomada desbridante vera gel. Levaram-
se de um relato de experiência vivenciado pelas acadêmicas, resi- se em consideração os aspectos éticos e legais da pesquisa com
dentes, docentes e preceptoras de Enfermagem, em parceria com seres humanos para realização da pesquisa. RESULTADOS: O cura-
os membros da Comissão Interna de Curativo, a partir da vivência tivo não convencional respondeu satisfatoriamente no processo
prática e de pesquisa bibliográfica em base de dados. Inicialmente de cicatrização da lesão, com trocas e avaliações freqüentes, além
realizamos uma revisão bibliográfica tendo como base Banco de de uma assistência de qualidade, dedicação e, sobretudo paciên-
Dados On Line da Bireme (Lilacs e Scielo) e o acervo bibliográfico cia para o êxito da cura. CONCLUSÃO: O uso contínuo do curativo
da área de curativos disponível na Universidade, ambos publica- não convencional facilitou o processo cicatricial com melhora do
dos a partir de 2005. Em paralelo, tendo como ponto de partida o estadogeraldopaciente.Sendoassim,aescolhadoprodutoetéc-
protocolo deuso de coberturas instituído pelo Hospital,direciona- nicas adequadas para o tratamento de feridas deve ser analisada
mos a busca a fim de complementar as informações já existentes. de acordo com cada situação peculiar ao paciente, bem como a
Resultado: Como resultado, elaboramos uma tabela contendo dez importância de uma assistência de enfermagem qualificada con-
coberturas padronizadas pela instituição, que seguiu as seguintes tribuindo para uma recuperação mais rápida.
especificações: o nome genérico do produto, apresentação, ação,
indicação,contra-indicação,mododeuso,tempomínimoparatro- Palavras-chaves: Assistência de Enfermagem;, Queimadura:, Cura-
ca e circunstâncias em que o produto deverá ser substituído por tivo não Convencional
outro. Estas informações foram vinculadas a uma fotografia que
reproduz as características da ferida frente à indicação do produ-
to citado. Conclusão: Este estudo nos permitiu realizar a revisão
do protocolo de utilização de coberturas existente na instituição,

409
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
P685 Instituição(ões):
USO DE CURATIVO NÃO CONVENCIONAL EM ÚLCERAS VENOSAS: 1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo:
Autor(es): ALBERTINA MARTINS GONÇALVES1, JOSÉ DE ANCHIETA INTRODUÇÃO: Estima-se que cerca de 60% dos indivíduos com
F. NETO2, KARLA SIMONE DE BRITO BROCK1, MARIA ANARILDA câncer poderão ser submetidos ao tratamento radioterápico. Ape-
NOGUEIRA DE LIMA3, VALKÊNIA ALVES SILVA1 sardastécnicasmodernasderadioterapia,87%daspacientescom
câncer de mama, por exemplo, submetidas a radioterapia desen-
volvem dermatite induzida por radiação, ou radiodermite. Isso le-
Instituição(ões):
vanta a necessidade de avaliar, por meio de pesquisa científica, as
1. HDPF, HOSPITAL DISTRITAL DE PEDRAS DE FOGO-PB
estratégiasdeprevençãoetratamentoquantoasuaeficácia.Oco-
2. CASM, Centro de Atenção a Saúde da Mulher
nhecimento dessas evidências é de suma importância para a me-
3. NUTRIVIDA, NUTRIVIDA/PETROBRAS
lhoria da assistência de enfermagem ao paciente em tratamento
4. HDPF, HOSPITAL DISTRITAL DE PEDRAS DE FOGO-PB
radioterápico. Justifica-se, portanto, a realização de uma revisão
5. HDPF, HOSPITAL DISTRITAL DE PEDRAS DE FOGO-PB
de literatura sobre as avaliações das estratégias existentes como
forma de corrigir lacunas e dificuldades da prevenção e terapêuti-
Resumo: ca dessa condição. Dessa forma, o questionamento que orientou
INTRODUÇÃO: As úlceras ou feridas das extremidades inferiores a presente revisão foi: Quais as evidências existentes na literatura
são conseqüências de doenças venosas, arteriais ou neurovascu- acerca da efetividade das formulações dermatológicas utilizadas
lares, tais como varizes, trombose venosa, aterosclerose, diabe- na prevenção e tratamento da radiodermite em pacientes como
tes, hipertensão arterial entre outras. Os sintomas mais freqüen- tratamento oncológico? OBJETIVOS: Buscar e avaliar evidências
tes são dor, cansaço, sensação de peso nos membros inferiores, para utilização das substâncias na prevenção e tratamento da toxi-
edema, prurido nas áreas onde há inflamação da pele, afetando cidadedepeleinduzidapelaradioterapia.MÉTODOS:Foirealizado
principalmente tornozelos ou terço inferior das pernas e dos pés. uma revisão integrativa, no mês maio a junho de 2009. Foram rea-
O diagnóstico na maioria das vezes é clínico e algumas vezes são lizados levantamentos bibliográficos referentes ao tema proposto
necessários estudos mais detalhados da circulação venosa. O tra- na literatura nacional e internacional, sendo as seguintes bases de
tamentoconsisteemdiminuirahipertensãovenosapossibilitando dados: Scielo, Lilacs Medline e Google acadêmico. Os descritores
o processo de cicatrização. OBJETIVO: relatar a experiência do uso utilizados foram: “radiation dermatitis”, “moits desquamation in-
decurativonãoconvencionalemúlcerasvenosas.METODOLOGIA: jury”, “radiodermatite” e “enfermagem”. Os resultados contidos
Trata-se de um relato de experiência com abordagem qualitativa nosartigossobreaefetividadedaestratégiaforamanalisadoscom
e descritiva, realizada no Hospital Distrital do Município de Pedras base na classificação hierárquica de evidências de níveis II, III e IV.
de Fogo - PB, no mês de julho a setembro de 2009. A amostra foi Essa classificação hierárquica das evidências para a avaliação de
compostaporumpacienteportadordeúlceravenosaemmembro pesquisas ou outras fontes de informação é baseada na catego-
inferior direito, no qual foi utilizado o curativo Natura Skin e des- rização pela Agency for Health care Research and Quality (AHRQ)
bridante Verha gel. Levou-se em consideração os aspectos éticos dos Estados Unidos que confere a qualidade dos estudos. RESUL-
da pesquisa com seres humanos. RESULTADOS: No início do trata- TADOS: Foram localizados 1081 artigos, sendo selecionados 13 ar-
mento foi observado que a úlcera apresentava grande quantidade tigos de periódicos internacionais, todos em língua inglesa, sendo
de fibrina em toda sua extensão, com medidas de 3 cm de com- 77% com classificação de evidência II, 15% de evidência III e 8%
primento e 2cm de largura. A troca de curativo era realizada duas com nível de evidência IV, 38% publicados nos últimos cinco anos,
vezes ao dia com Natura Skin e Verha Gel na primeira semana, e a o que evidencia poucas evidências acerca do tema. CONCLUSÃO:
partir da segunda semana a cada 72h. O processo de cicatrização Foram evidenciadas várias soluções dermatológicas para preven-
da ferida foi satisfatório, diminuindo a extensão e profundidade ção e tratamento de dermatite, porém sem consenso, logo esta
da lesão em aproximadamente 8 semanas, evoluindo para a cica- área de investigação está aberta para estudos clínicos afim de elu-
trização. CONCLUSÃO: O uso contínuo do curativo não convencio- cidar essa necessidade e a efetividade das soluções encontradas.
nal facilitou o processo cicatricial com melhora do estado geral do
paciente.Sendoassim,aescolhadoprodutoetécnicasadequadas
Palavras-chaves: radiation dermatitis, moits desquamation injury,
para o tratamento de feridas deve ser analisada de acordo com
radiodermatite, enfermagem
cada situação peculiar ao paciente.

Palavras-chaves: Úlcera venosa;, Tratamento;, Curativo não Con-


vencional
P687
LARVATERAPIA: TERAPÊUTICA DE BAIXO CUSTO NO TRATAMEN-
TO DE FERIDAS
P686
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA TOXICIDADE DE PELE INDUZIDA
PELA RADIOTERAPIA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS: UMA REVI- Autor(es):MICHELLEALINEVICENTEDASILVA,KARULYNEDASILVA
SÃO INTEGRATIVA. DIAS, SILVANIA DE SOUZA, EDJANE DA SILVA MENDONÇA, DORA-
LICE DE MOREIRA SANTANA, LUANA KEYCE PEREIRA TAVARES, MI-
CHELLE CARDOSO DA SILVA, CARLA ADRIANA DA SILVA GOUVEIA
Autor(es):HÊNIARAMALHODEMELORAMALHO,PATRICIACRISTI-
NA PASCOTO PASCOTO, SORAYA MARIA DE MEDEIROS MEDEIROS,
BERTHA CRUZ ENDERS ENDERS, GLAUCEA MACIEL DE FARIAS FA- Instituição(ões): 1. FEJAL/CESMAC, Faculdade de ciências biológi-
RIAS, ALESSANDRA ISIS CIRNE CIRNE cas e da Saúde/Centro Universit

410
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Resumo: científicos, exploratória e descritiva que objetivou descrever a in-
RESUMO: A utilização de larvas de insetos e práticas terapêuticas dicação correta do uso da sulfadiazina de prata a 1% no tratamen-
é uma área da medicina pouco conhecida no Brasil. Uma das mais to de feridas.Resultados: O uso da sulfadiazina de prata a 1%, está
interessantes aplicações de insetos com essa finalidade é a terapia indicado no tratamento de queimaduras, embora raros relatos na
larval,tambémchamadadebiocirurgia,queconsistenotratamen- literatura indiquem a substância para outras terapêuticas. A sulfa-
to de feridas superficiais ou profundas no corpo com auxílio de diazina de prata a 1%, deve ser aplicada de forma asséptica sobre
larvas de moscas varejeiras. Essa terapia é indicada para feridas a queimadura, e em seguida, coberto com camada de gaze absor-
crônicas, como abscessos em diabético ou escaras, porém o ob- vente, o creme deve ser trocado a cada 12 horas ou mais freqüen-
jetivo principal é o tratamento em feridas que apresentem tecido temente se a ferida for muito exsudativa, podendo ser aplicada na
em fase de necrose. O tratamento baseia-se na indução artificial área queimada basicamente de duas maneiras: método aberto ou
de miíase, conhecida popularmente como bicheira. A aplicação fechado, ambos de forma asséptica e após a ferida ser limpa, des-
deliberada de larvas de moscas nas feridas é uma inovação rela- bridada e inspecionada.Conclusão: A avaliação criteriosa da ferida
tivamente recente na medicina ocidental, mais amplamente usa- é essencial para a escolha adequada do curativo. A sulfadiazina de
da em algumas culturas antigas. OBJETIVO: Levar a comunidade prata a 1% está indicada na prevenção de colonização e tratamen-
científica e acadêmica o conhecimento de uma terapia acessível tode queimaduras. Os sais deprata desenvolvemaçãobactericida
à população de baixa renda e com resultados satisfatórios. Este e bacteriostática. A troca do curativo deverá ser realizada a cada
trabalho torna-se relevante pela conhecimento inovador das no- 12 horas ou de acordo com a saturação da cobertura secundária e
vas terapias para o tratamento de feridas. MÉTODO: Trata-se de a substância está contra-indiciada aos sensíveis a esta.
uma trabalho de revisão bibliográfica descritivo, sendo utilizado
buscaemsitesvalidados ebibliotecasdo CentroUniversitárioCes- Palavras-chaves: curativo, indicação, sulfadiazina de prata
mac e Universidade Estadual de Ciências e da Saúde de Alagoas.
RESULTADOS: Estudos indicam que a terapia que utiliza larvas não
apresenta efeitos colaterais significativos e pode ser mais vanta-
josa que os tratamentos convencionais. CONCLUSÃO: Tendo em P689
vista o alto custo dos cofres públicos nos tratamentos de feridas CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS DE UM HOSPITAL PÚBLICO
crônicas e de difícil cicatrização,torna-se esta uma boa opção para DOINTERIORDEPERNAMBUCOSOBREAUTILIZAÇÃODECOBER-
a saúde pública do país, acredita-se que no futuro próximo a tera- TURAS ESPECIAIS NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE FERIDAS
pia larval seja disseminada em maior número de países, devido ao
baixo custo e apresentar rápido e relevante resultado. Autor(es): Andréa Damasceno de Oliveira1, Ana Amélia Arnaud
Martins1, Maria Gorete Nascimento1,1,1, Paula Amorim2,1,1
Palavras-chaves: Baixo custo, Feridas, Larvaterapia., Tratamento.
Instituição(ões):
1. HRA, Hospital Regional do Agreste
2. ASCES, Faculdade ASCES
P688
A INDICAÇÃO DA SULFADIAZINA DE PRATA A 1% NO TRATAMEN- Resumo:
TO DE FERIDAS. INTRODUÇÃO: Os artigos para tratamento de feridas incluem
agentes tópicos e curativos, além daqueles que tem sido descri-
Autor(es): ANA CRISTINA RODRIGUES LUNA E SILVA, AUCILENE DE tos como “curativos avançados”. Cobertura é aquela que recobre
ALMEIDA LUCENA FREIRE, JOELMA DA SILVA, TALYTA DAYANE GO- a ferida, com o objetivo de promover a cicatrização e proteger
MES MARTINS, GRAZIELA BRITO NEVES ZBORALSKI HAMAD contra danos maiores. Produtos avançados são coberturas so-
fisticadas quando comparadas àquelas usadas na prática diária.
Instituição(ões): (DEALEY, 2008).OBJETIVOS: Avaliar o conhecimento dos enfer-
1. PMCG, Prefeitura Municipal de Campina Grande meiros de um Hospital Público do interior de Pernambuco sobre
a utilização de coberturas especiais padronizadas na unidade.
Resumo: METODOLOGIA:RESULTADOS: Foram entrevistados cinqüenta e
Introdução: O tratamento de feridas se dá através da realização um enfermeiros , sendo 1,8% entre 30 e 21 anos de formatura,
de curativos, que compreende os cuidados prestados a uma área 25,5% entre 21 e 20 ,62,7% 10 e 9 anos. Em relação à cobertu-
do corpo que sofreu solução de continuidade, tem como objetivos ra indicada para tecido de granulação 43,01% tiveram indicação
evitar infecção nas feridas assépticas; impedir ou reduzir a propa- parcialmente correta,. Na prevenção de dermatite periestomal ti-
gação de infecção em feridas sépticas; absorver secreções e facili- vemos 7,8% dos enfermeiros que não souberam indicar e 52, 9%
tar a drenagem, bem como promover a cicatrização e possibilitar com indicação parcialmente correta. Quando a amostra é distribu-
a avaliação da lesão. A sulfadiazina de prata a 1%, na forma tópica ída em precaução de úlceras por pressão, 43,1% souberam indicar
é antibacteriano tópico, que serve para o tratamento de queima- corretamente e 51% tiveram indicação parcial, Os Ácidos Graxos
duras, atuando na parede celular da bactéria, é bactericida contra Essenciais (AGE) foram indicados por 49,01% dos entrevistados,
diversas bactérias e possui também ação contra fungos, devendo Com relação ao tempo de trabalho no estabelecimento 70,6% tra-
ser evitada quando a área a ser tratada for superior a 25% da su- balham há quatro anos, 23,5% entre 10 a 12 anos e cinco a nove
perfície corporal.Objetivos: Pesquisar a indicação correta do uso anos 5,9%, Quando destacamos o conhecimento das coberturas
da sulfadiazina de prata a 1%, no tratamento de feridas; mensurar observou-se que 52,9% dos enfermeiros já foram apresentados
os efeitos da sulfadiazina de prata a 1%, no tratamento de feridas a algumas das coberturas padronizadas na instituição. É possí-
e investigar a periodicidade de troca de curativos com o uso da vel provocar um retardamento no processo de cicatrização, caso
sulfadiazina de prata a 1%.Método: Trata-se de uma revisão bi- ocorra uma seleção inadequada do curativo, presença de alergia a
bliográfica a luz da teoria científica respaldada em livros e artigos algum componente do produto, ou até mesmo manuseio errado

411
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
do curativo. (MALAGUTTI, 2010)O conhecimento do enfermeiro coberturas aplicadasno tratamentodeferidasdos pacientesinter-
inclui o planejamento das atividades desenvolvidas pela equipe nos, implementando ações que promovessem potencialização da
de enfermagem , a elaboração de plano de cuidados, utilizando cicatrização e promovessem qualidade de vida aos mesmos. RE-
metodologia científica pra prestar assistência individualizada, a SULTADOS: Observamos que a realização dos curativos mantendo
capacitação profissional para aprendizado de novas técnicas, vi- o meio úmido são os mais empregados e são comprovadamente
sando a melhora no atendimento e dos serviços prestados.( MAR- eficazes. Os produtos mais utilizados para realização dos mesmos
TNS,2009)A informação científica dos profissionais a respeito das foram: neomicina, colagenase, hidrogel e AGE. Percebeu-se que
normas a serem utilizadas nos procedimentos, diminui gastos, há um uso indevido destes, pois não são utilizados de acordo com
tempo de internação e melhora na qualidade de vida dos pacien- avaliação das lesões, outro fator que se configura como prejuízo
tes. CONCLUSÃO: Na análise dos dados, observou-se que os pro- aos pacientes é a indisponibilidade de coberturas especiais que
fissionais pesquisados participaram de poucas capacitações dire- comprometem a continuidade e a evolução satisfatória do trata-
cionadas ao uso de coberturas especiais. Visto que o enfermeiro é mento. CONCLUSÃO: O enfermeiro tem o conhecimento prático
o profissional referência neste atendimento, fazem-se necessárias e teórico a respeito da utilização correta de coberturas para os
atividades de educação permanente que considere novas estraté- diversos tipos de lesões, e deve atuar tanto junto à direção das
gias de ensino aprendizagem para promoverem a mudança desta unidades expondo o custo-benefício de se utilizar o tipo específico
realidade. Ao introduzir novos produtos, é necessária a capacita- de cobertura para cada caso, como na educação continuada das
ção dos profissionais envolvidos na realização de curativos e utili- equipes em prol do aperfeiçoamento das técnicas de cuidado de
zação de coberturas especiais. feridas, respeitando a assistência individualizada e visando abolir
custos desnecessários para a instituição e acelerar a evolução do
Palavras-chaves: terapêutica, conhecimento, enfermeiros, preven- quadro do paciente.
ção, controle
Palavras-chaves: Curativos, Cicatrização de feridas, Cuidados de
Enfermagem, Enfermagem
P690
A ENFERMAGEM E A UTILIZAÇÃO DE COBERTURAS EM FERIDAS:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA P691
UTILIZAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS EM FERIDAS
Autor(es): Débora Miria do Nascimento Macêdo Macêdo, Laís de
Macêdo Ferreira Santos Santos, Wilnika do Carmo Barros Barros, Autor(es): JONEIDE BEZERRA, GLAÚCIA ROCHA, JAINARA CUNHA,
Débora Soledade de Oliveira Oliveira, Iara TIene de Lima Melo JARIONE BARBALHO, KATIUSCIA REINALDO, TALIZY THOMÁS, VIR-
Melo, Diego Augusto Lopes Oliveira Oliveira GÍNIA GÓIS

Instituição(ões): Instituição(ões): 1. UNP, UNIVERSIDADE POTIGUAR


1. ASCES, Associação Caruaruense de Ensino Superior
Resumo:
Resumo: A pele é o maior órgão do corpo, funcionando como uma barreira
INTRODUÇÃO: Tem-se verificado avanços na compreensão dos mecânicadeproteçãoequandoàdescontinuidadedamesma,po-
processos e fenômenos envolvidos nas diversas fases da repara- dendo ser intencional ou não, gera-se uma ferida, onde não tem
ção tissular, o desenvolvimento de novas técnicas e produtos para faixaetáriaparaqueelasapareçam.Istotrazanecessidadedocui-
a realização de curativos e métodos coadjuvantes no tratamento dado da ferida com técnicas assépticas, tendo como objetivo evi-
deferidasavançacadadiamais.Otipodecoberturautilizadavaria tar ou diminuir possíveis contaminações, facilitando e otimizando
de acordo com a natureza, localização e tamanho da ferida. A se- assim o processo de cicatrização, uma vez que, as coberturas ide-
leção deveserfeita combase naspropriedades físicasdeproteção ais proporcionam condições adequadas para a reparação tecidu-
e o tipo de perda cutânea. Seu uso induz a reação inflamatória e al. No qual o Ácidos Graxos Essenciais (AGE) podem ser utilizados
contribui com a cicatrização por ativar macrófagos ou fibroblas- como cobertura primária e como hidratante da pele íntegra para
tos, produção de fatores de crescimento e outros mediadores do prevenção de feridas. Sua composição tem base de óleo vegetal,
processo de reparação. De modo geral, a cobertura adequada composto por Ácido Linoleico, Ácido Oleico, Ácido Caprílico, Ácido
pode resultar em uma cicatrização melhor, tanto estética como Cáprico, Ácido Láurico, Palmitato de Retinol (Vitamina A), Acetato
funcionalmente, desde que os princípios gerais dos cuidados com de Tocoferol (Vitamina E) e Lecitina de Soja. Este promove a angio-
as feridas, limpeza, umidade e cobertura sejam mantidos. A indi- gênese e a quimiotaxia, acelera o processo de granulação tecidual
cação inadequada de tratamento das lesões, sejam elas crônicas e forma uma barreira protetora na entrada de microorganismos.
ou agudas, podem agravar, em longo prazo, a situação do usuário, É indicado na profilaxia de úlceras de pressão, feridas com perda
resultando em ônus para a equipe de saúde e para a gestão como tecidual superficial ou parcial, feridas agudas e crônicas, com ou
um todo, considerando os gastos com materiais, internações e seminfecçãoequeimadurasdeprimeiroesegundograu.Sabendo
necessidade de tratamento sistêmico. OBJETIVO: Relatar a expe- disso tal pesquisa teve como objetivo realizar um estudo sobre a
riência de acadêmicas de enfermagem na utilização de coberturas relação dos ácidos graxos essenciais no tratamento e prevenção
em feridas em um hospital de médica complexidade da cidade de de feridas. Para tal, recorreu-se a uma pesquisa do tipo bibliográ-
Caruaru-PE. METODOLOGIA: A vivência se deu durante os estágios fica e descritiva embasada em livros e artigos científicos. Os resul-
curriculares do Curso de Graduação em Enfermagem – Bacharela- tados obtidos mostram que a utilização de AGE no tratamento de
do de uma Instituição de Ensino Superior (IES) no módulo de Clíni- feridas funciona como uma ferramenta terapêutica muito impor-
ca médica em Unidade de Saúde da cidade de Caruaru-PE. Duran- tante na revitalização dos tecidos. Apresentando melhores resul-
te esta atividade as alunas realizaram a avaliação e indicação das tados quando há primeiramente um debridamento. A evolução da

412
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ferida depende não somente das condições clínicas do paciente, P693
mas também de uma avaliação eficiente do leito da ferida e re- FASCITE NECROTIZANTE TRATADA EM UTI
gião perilesional, sendo necessário à construção de um plano de
cuidados que integre a cobertura ideal ao paciente, levando em
Autor(es): Luciana Medeiros Marinho Mendes Bezerra Martins,
consideração que o mesmo produto no mesmo tecido pode ter
Elisabeth Santiago Dreyer, Roseângela Maria das Neves Silva
resultados distintos dependendo da clínica do paciente.
Instituição(ões): 1. HMG, Hospital Memorial Guararapes
Palavras-chaves: ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS, CICATRIZAÇÃO, FE-
RIDA
Resumo:
Introdução: Fascite necrotizante é uma doença bacteriana destru-
tiva e rapidamente progressiva do tecido superficial, associada a
P692 altos índices de morbimortalidade se não tiver tratamento preco-
A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM ÚLCERAS ce. A s medidas preventivas para o não desenvolvimento de com-
POR PRESSÃO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. plicações são essências nessa assistência como: exames laborato-
riais, exames radiológicos, antibioticoterapia de amplo espectro
Autor(es): WESLLANY SOUSA SANTANA, KELLY DE SOUSA MACIEL, desbrindamento cirúrgico agressivo medidas de suporte clinico e
THALYTA PORTELA DE OLIVEIRA, MIRTES SOUSA SÁ, MARCELA nutricional.Objetivo: Relatar estudo de caso de um paciente inter-
PORTELA REZENDE RUFINO, MARIA HELENA BARROS ARAÚJO LUZ no na UTI que sobreviveu a uma fascite necrotizante.Referencial
teórico: A fascite necrotizante é desencadeacada em paciente
Instituição(ões): 1. UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI jovens e saudáveis, fatores agravantes como doenças crônicas e
malignas abusos de álcool uso de drogas endovenosas, lesões da
pele como varicela, ulceras crônicas, traumas abertos e fechados.
Resumo:
Métodos: estudo realizado em um hospital de médio porte da re-
As úlceras por pressão (UPP) são definidas como uma área de ne-
gião metropolitana do recife de Abril a Maio de 2009, com aplica-
crose tissular resultante da compressão de um tecido mole, entre
ção da ficha de avaliação do portador de lesão cutânea atendendo
uma proeminência óssea e uma superfície dura por tempo prolon-
a resolução 196/96 do conselho nacional de saúde aprovado pelo
gado. A assistência de enfermagem é de fundamental importância
pertinentecomitêdeéticaempesquisa.Resultado:estudo decaso
naprevenção,tratamentoereabilitaçãodospacientesacometidos
de L.A.S. S sexo masculino, profissão montador de moveis com
com UPP. Este estudo tem como objetivo, analisar publicações so-
evolução clinica favorável, fazendo uso de curativos especiais (sul-
bre a assistência de enfermagem aos pacientes com UPP, avaliar
fadiazina, hidrogel com alginato, pvpi).Conclusão: conclui-se que
medidas preventivas e os tratamentos adotados pelos enfermei-
os fatores existentes para o aparecimento da fasciite necrotizante
ros, por meio de uma pesquisa bibliográfica no Banco de Dados
foram: o trauma fechado que aconteceu no joelho e a colocação
LILACS, em artigos publicados no período de 2005 a 2009. Como
do gesso onde tudo leva a conclusão que havia alguma bactéria.
descritores aplicou-se: “úlcera por pressão and enfermagem” e
“tratamento”.Foramencontradastrintaeduaspublicaçõesdentro
da temática proposta, dos quais, 15 foram lidos e analisados, uma Palavras-chaves: Fascite Necrotizante, Tratamento, UTI
vezqueasdemais nãoseadequaramno período temporalestabe-
lecido ou nos critérios contextuais de inclusão. Dentre os selecio-
nadostrêseramdoanode2005,doisde2006,trêsde2007e2008 P694
e quatro de 2009. Os temas mais relevantes dos artigos escolhidos POLIHEXAMETILENO DE BIGUANIDA NA GANGRENA DE FOUR-
foram: fatores de risco para o desenvolvimento de UPP, ações e NIER – UMA EXPERIÊNCIA DE SUCESSO
cuidados de enfermagem, o grau de conhecimento dos enfermei-
ros sobre as UPP e, principalmente, prevenção e tratamento para
Autor(es): Elisabeth Santiago Dreyer1, Givaldo de Araújo Silva2,
as UPP, presentes em 93,33% dos artigos, evidenciando a impor-
Luciana Medeiros Marinho Mendes Bezerra Martins3, Sandra Si-
tância do assunto para evitar e/ou curar tal agravo. Dentre as me-
mone da Silva Souza4
didasdeprevençãocitadasconstavam:amudançadedecúbitoem
intervalos regulares, hidratação da pele com óleos, uso do colchão
caixadeovo,controledaumidade,dafricçãoecisalhamentoeain- Instituição(ões):
da uma nutrição adequada. Em relação às formas de tratamento 1. HOF, Hospital Otávio de Freitas
foram mencionadas: o uso de placas de hidrocolóides, hidrogel, 2. HOF, Hospital Otávio de Freitas
alginato de cálcio e outras coberturas, uso de laser AsGa 904 nm, 3. HMG, Hospital Memorial Guararapes
além da utilização do açúcar refinado, destinado ao tratamento 4. HMG, Hospital Memorial Guararapes
de infecção por Pseudomonas sp. Conclui-se que a enfermagem
temextremaimportâncianapromoçãodasaúde,avaliandoriscos, Resumo:
orientando a prevenção de danos e tratando das UPP para evitar Introdução: A Gangrena de Fournier, também conhecida como
agravos e complicações. Além disso, o estudo permitiu observar Síndrome de Fournier, é uma infecção polibacteriana sinérgica e
a importância da sistematização da assistência em enfermagem necrotizante, que envolve os planos faciais superficiais e profun-
(SAE)naimplementaçãodeplanosdecuidadosvisandoumaassis- dos da região perineal e genital. Os principais determinantes para
tência de qualidade ao paciente. uma evolução favorável são o reconhecimento precoce e um ex-
tensivo desbridamento cirúrgico, acompanhado de uma terapia
Palavras-chaves: ENFERMAGEM, TRATAMENTO, ÚLCERAS POR com antibióticos de amplo espectro, tratamento tópico e suporte
PRESSÃO nutricional. Objetivos: Relatar a evolução da cicatrização da ferida
decorrente da Gangrena de Fournier. Métodos: Trata-se de um es-

413
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
tudo descritivo, tipo relato de caso, realizado em uma instituição giu cinco categorias: conhecimento prévio sobre UP; avaliação do
pública do Recife, no período de maio à julho de 2009, respeitan- risco de UP; freqüência e locais de incidência de UP, recursos e
do-se as normas do Conselho de Ética em Pesquisa e à Resolução instrumentos utilizados na prevenção e tratamento de UP, e difi-
nº 196/96 do Ministério da Saúde. Resultados: JBS, 65 anos, sexo culdade dos enfermeiros na implementação de ações. Conclui-se
feminino, doméstica, procedente de Paudalho, admitida na emer- comadiscussãodosresultadosanecessidadederesgatarmedidas
gênciaemjulhode2009,comregiãoperinealevaginalaumentada que devem ser empregadas, pelos enfermeiros, na prevenção e
por edema e eritema doloroso, tecido epitelial escuro progredin- tratamento de UP proporcionando aos pacientes uma assistência
do para gangrena, com odor fétido (de mortificação) e enfisema de enfermagem de qualidade.
subcutâneo locorregional. Iniciaram-se os cuidados de suporte
clínico, urológico, nutricional, cirúrgico e acionada a equipe para Palavras-chaves: prevenção, úlcera, terapia, intensiva
tratamento tópico da lesão. Foi realizado o desbridamento cirúr-
gico, e posterior cobertura com gaze de algodão impregnada com
antimicrobiano polihexametileno de biguamida (PHMB) a 02%,
com o objetivo de combater o processo infeccioso, uma vez que P696
apresenta largo espectro de ação, sem relato de residência bacte- IMPORTÂNCIA DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE EN-
riana. Durante o tratamento tópico, em áreas de necrose e túneis, FERMAGEM APÓS DESBRIDAMENTO CIRÚRGICO EM ÚLCERA DE
foi utilizada cobertura de hidrogel amorfo e alginato de cálcio as- PRESSÃO EM PACIENTE IDOSO: ESTUDO DE CASO
sociado à gaze impregnada com PHMB, respeitando o momento
dalesão efasede cicatrização. Procedeu-seum acompanhamento Autor(es): BRUNA MAYARA DANTAS DE MEDEIROS, EUZERLANE
sistemático, com troca das coberturas a cada 24h, a fim de se pre- DOS SANTOS BATISTA, ELIANE DE SOUSA LEITE, LYNARA ALVES DE
parar o leito da ferida para cirurgia reconstrutora. A cicatrização ASSIS SILVA, FELIPE JOSÉ FERNANDES QUEIROZ PEREIRA, THAIRON
total ocorreu em 60 dias. Conclusão: Evidenciamos a necessidade JOSÉ MACHADO DE ARAUJO NÓBREGA
de avaliação diária e adequada do enfermeiro quanto à utilização
dos produtos e processo de cicatrização, bem como sua impor- Instituição(ões):
tância no tratamento multidisciplinar ao portador desta patologia. 1. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande

Palavras-chaves: Gangrena Founier, Infecção Polibacteriana, Po- Resumo:


lihexametileno de Biguanida, Tratamento Multidisciplinar INTRODUÇÃO: úlceras de pressão são áreas isquêmicas localiza-
das em tecidos moles, que ocorrem quando a pressão aplicada à
pele excede a pressão capilar normal, provocando lesão tecidual.
Dependendo do grau da lesão, o processo de limpeza envolvera
P695 a realização de desbridamento cirúrgico, técnica que consiste na
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE retirada de tecido necrosado, para reduzir e impedir a proliferação
ÚLCERAPORPRESSÃOEMUNIDADEDETERAPIAINTENSIVA–UTI de bactérias. Acredita-se que a Sistematização da Assistência de
Enfermagem (SAE) é uma das formas de prestar assistência indi-
Autor(es): Marcos Resende de Souza Lima, Gislaine Castro Araújo, vidualizada e humanizada ao idoso com úlceras de pressão após
Fabiola Moraes Carvalho, Maria Helena Barros Araújo Luz desbridamento cirúrgico, pois é o meio pelo qual o enfermeiro
consegue avaliar o idoso, as circunstâncias em que ele se encon-
Instituição(ões): 1. HGV, Hospital Getulio Vargas tra, seguindo etapas seqüenciais e interligadas, que são: história
clínica do idoso, os diagnósticos de enfermagem, o planejamento
Resumo: das ações, a implementação dos cuidados e avaliação desses cui-
As alterações da integridade da peleque comumenteresultamem dados prestados. OBJETIVOS: Sistematizar a Assistência de Enfer-
lesões denominadas úlceras por pressão ( U.P.), escaras ou úlceras magem na recuperação do paciente idoso submetido à desbrida-
de decúbito, tem sido relatadas como sendo objeto de preocupa- mento cirúrgico com úlcera de pressão. METODOLOGIA: Trata-se
ção da enfermagem desde o seu início com Florence Nightingale, de um estudo de caso realizado no município de Cajazeiras/PB,
porém o problema continua sendo bastante comum em pacientes no domicilio do paciente, que se encontrava em tratamento pós-
cuidados nos hospitais e domicílios. O NPUAP menciona prevalên- cirúrgico de desbridamento de uma úlcera por pressão. A coleta
cias variáveis de U.P. conforme a clientela e, o tipo de instituição, de dados foi realizada no período de março a julho de 2009, atra-
como de 3% a 14% em hospitais gerais, de 15% a 25% em serviços vés de um plano de cuidado. A pesquisa levou em consideração os
de pacientes crônicos e 7% a 12% em atendimento domiciliar. No Aspectos Éticos da Resolução n° 196/1996 preservando o direito
Brasil não conhecemos dados que indiquem a incidência e preva- do paciente. RESULTADOS: paciente com idade de 87 anos, por-
lência em hospitais, mas sabemos empiricamente que o problema tadora de Mal de Parkinson há cinco anos, anêmica, caquética e
existe e é bastante freqüente. Este estudo procurou conhecer a astênica, portadora de quatro úlceras por pressão. Inicialmente os
atuação do enfermeiro na prevenção e tratamento das Úlceras curativos foram realizados com Ácidos Graxos Essenciais – AGE,
de Pressão (UP) em UTI. Teve como objetivos identificar as causas houve a necessidade de antibioticoterapia, devido infecção por
de UP em pacientes das UTIs, referidas pelos enfermeiros, assim Proteus mirabilis, e durante o tratamento utilizou-se nos curativos
como verificar as medidas de prevenção e tratamento de UP utili- a colagenase por sete dias. A cicatrização ocorreu por segunda in-
zadas nessas UTIs. Trata-se de uma abordagem qualitativa, desen- tenção.Foramtraçadososseguintesdiagnósticosdeenfermagem:
volvida em duas UTIs de um hospital público de Teresina, estado Integridade da pele prejudicada, Nutrição desequilibrada: menos
do Piauí. Os sujeitos do estudo foram cinco enfermeiras, com ida- que as necessidades corporais, Integridade tissular prejudicada,
de entre 24 e 38 anos. Os dados obtidos foram coletados através Mobilidade prejudicada, entre outros. CONCLUSÃO: conclui-se,
de entrevista semi-estruturada e, como técnica complementar, foi que para garantir uma recuperação satisfatória de uma úlcera por
utilizada a observação participante. Na análise dos dados, emer- pressão no idoso gravemente comprometido após desbridamen-

414
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
to cirúrgico se faz necessário uma assistência de enfermagem de
qualidade esistematizada,utilizandoumplanodecuidado naqual
P698
FASCEITE NECROTIZANTE: COMPLEXIDADE E DESAFIO NO MANE-
as necessidades do paciente possam ser satisfeitas.
JO (RELATO DE CASO)
Palavras-chaves: SAE, Desbridamento Cirúrgico, Idoso
Autor(es): EVALDA OLIVEIRA SIMÕES LOPES, VANIA TERESA DO
NASCIMENTO DINIZ, ANA TRIELLE NASCIMENTO DINIZ

P697 Instituição(ões): 1. HGV, Hospital Getulio Vargas


FRAÇÃO BIOATIVA DE PRÓPOLIS NA CICATRIZAÇÃO DE ÚLCERA
DE PRESSÃO Resumo:
INTRODUÇÃO: A Fasceíte Necrotizante é uma síndrome infecciosa
Autor(es): Zenaldo Porfírio1,2,3, Valter Alvino2,3, Maria Amália4, rara e potencialmente fatal caracterizada pela destruição e necro-
Suzana Kelly1, Flávia Karene1, Flávia Soares3 se de tecidos, frequentemente associada a pequenos traumas,
que acomete principalmente parede abdominal, membros e perí-
Instituição(ões): neo. Direcionamos nosso trabalho a focar o tratamento tópico de
1. UNCISAL, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Ala- fasceíte necrotizante abrangendo complexidade e desafio no ma-
goas nejo,comosujeitodesteestudo.OBJETIVO:Descreverotratamen-
2. UFAL, Universidade Federal de Alagoas to tópico empregado diante do portador de fasceíte necrotizan-
3. CPML, 2. Centro de Patologia e Medicina Laboratorial te. METODOS: Estudo descritivo tipo relato de caso, realizado no
4. HPMAL, Hospital da Polícia Militar de Alagoas Hospital Público da cidade do Recife, no período de 30/03/2010 a
13/05/2010,vivenciadopelasautoras.Paraacoletadosdados,ob-
Resumo: teve o consentimento livre e esclarecido do paciente e assinatura
Úlceras de pressão ou escaras de decúbito são complicações que da autorização do termo de imagem. Os dados foram coletados a
acarretam demora no processo de reabilitação do paciente hos- partirdoprontuáriodopaciente,observação,avaliaçãoeacompa-
pitalizado, requerendo assistência interdisciplinar e especializada. nhamento da evolução da lesão. RESULTADOS: Paciente, M.R.F.C.,
São decorrentes de isquemia tecidual local provocada pela altera- sexo feminino, 18 anos, Pernambucana, admitida na emergência,
ção do reflexo de dor e conseqüentemente necrose tecidual. As proveniente do hospital da zona da mata de PE, apresentando
úlcerasdepressãocausamimpactoeconômicodevidoaocustodo área de necrose extensa em coxa, região inguinal e quadril a es-
tratamento que é demorado e muitas vezes com pouca eficiência; querda, sem crepitação, com dor no membro inferior esquerdo
além disso, podem causar a morte em paraplégicos, com freqüên- (MIE) há mais de uma semana, decorrente a depilação com mate-
cia de 7 a 8%. O trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia da rial cortante. Avaliada pelo plantonista, com sepse grave secunda-
própolis na cicatrização de escaras de decúbito. Para isso foi rea- ria a fasceíte necrotizante MIE com risco de desarticulação. Reali-
lizado um estudo de caso com o paciente W.A.S., sexo masculino, zado debridamento cirúrgico, antibioticoterapia (Tazocin,Targocid)
17 anos, natural de Maceió, casado, com história de trauma por e encaminhada a UTI, realizada avaliação da Comissão de Lesões
arma de fogo, apresentando úlcera por pressão sacral internado por solicitação do médico assistente no 3º DPO de debridamen-
no Hospital Geral de Alagoas. Foi utilizada a fração clorofórmica to cirúrgico , apresentando áreas de necrose e granulação. Com
da própolis vermelha sob a forma farmacêutica de pomada na es- acompanhamentomultidisciplinareinterdisciplinar,selecionamos
cara diariamente e foram realizadas medições a cada 7 dias até a coberturacompratadurantesetedias,gazenãoaderenteepoma-
completa cicatrização da ferida. Iniciamos o tratamento avaliando da enzimática disponíveis no serviço, com a finalidade combater
a ferida que classificava-se como úlcera por pressão sacral de 3 a infecção local, debridamento químico e manter o meio úmido,
graus segundo a escala de PUSH medindo 4,5 X 5,0 cm (largura x submetida a mais dois debridamento cirúrgico (03/04 e 15/.04)
comprimento). A úlcera também apresentava tecido desvitaliza- favorecendo a limpeza local e a cicatrização, mantivemos a gaze
do no leito da ferida, exsudado moderado e bordas irregulares. A não aderente. Avaliada pela cirurgia plástica 11/05/10, com 100%
própolis foi aplicada na lesão como único agente terapêutico. Na de granulação, tendo alta provisória 13/05/10, com acompanha-
segunda semana observamos uma diminuição da lesão juntamen- mento ambulatorial. CONCLUSÃO: O tratamento tópico utilizado
te com redução de tecido desvitalizado no leito da ferida. Com 14 mostrou-se eficazna recuperação,favorecendo a cicatrização para
dias de tratamento praticamente não havia tecido desvitalizado e cirurgia reconstrutiva, viabilidade e a funcionabilidade do MIE.
era evidente a diminuição do exsudato e a presença de tecido de
granulação. Com 21 dias a ferida apresentava tecido de granula- Palavras-chaves: COMPLEXIDADE, DESAFIO, FASCEITE, MANEJO,
ção desde o leito da ferida até o nível de bordas nesse momento NECROTIZANTE
medindo 2,0 X 1,6 cm (largura x comprimento). No 28° dia a ferida
apresentavatecidodeepitelizaçãocomencerramentodocurativo.
Dessa forma, constatamos que a fração bioativa da própolis é um
ótimo produto cicatrizante atuando também como um debridante
P699
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA
natural, sem que haja necessidade de métodos invasivos para a
PORTADORA DE FERIDA CIRÚRGICA INFECTADA
remoção de tecido necrosado acelerando o processo de cura das
úlceras de pressão.
Autor(es): LÃLIAN FIGUEIRÔA DE ASSIS, KARLA GRAZIELA SALDA-
NHA CAVALCANTE, LARISSA ROLIM DE OLIVEIRA, JOYCIMARA DOS
Palavras-chaves: Feridas, Própolis, Úlcera de pressão
SANTOS QUEIROGA, PRISCILA DAYANNE DOS SANTOS ARAÚJO,
KALLYNE RUBYAN DE OLIVEIRA QUEIROGA, ARIELLE WIGNNA BRA-
SILABRANTES,JUSSARAHERCULANORAMALHO,MARIAMÔNICA

415
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
PAULINO DO NASCIMENTO
Resumo:
Instituição(ões): INTRODUÇÃO: As úlceras vasculares vêm se constituindo um gran-
1. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE de problema de saúde pública em todo o mundo, sendo respon-
sáveis por considerável impacto econômico devido às elevadas
Resumo: incidências e a prevalências dessas lesões crônicas (NUNES et al.,
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) visa 2008;DEODATO,2007).Aetiologiadessasúlcerasadvémdainsufi-
de forma planejada e qualificada promover um plano assistencial ciênciavenosa crônica(IVC),empercentualque variade80a85%,
com embasamento cientà fico, com prevenção, promoção e e de doença arterial (5 a 10% dos casos), sendo o restante de ori-
um tratamento humanizado. Desta forma, elaboramos um plano gem neuropática (usualmente diabética) ou mista (MAFFEI, 2002).
assistencial à uma paciente com ferida cirúrgica infectada, de- OBJETIVO: delinear a produção científica, sobre protocolos de úl-
corrente de uma amputação no membro superior esquerdo cera venosa, nas bases de dados internacionais, publicados nos úl-
(MSE). O estudo teve como objetivos aplicar algumas etapas da timos 10 anos (2001 a 2010). METODOLOGIA: pesquisa bibliográ-
SAE a uma paciente internada na Clà nica Médica do Hospital fica sistematizada, realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS),
Regional de Cajazeiras-PB, identificar os principais diagnósticos PubMed e ISI Web of Knowledge, quanto ao tipo de apresentação,
deenfermagemeelaborarumplano decuidados. Trata-sedeuma método de pesquisa, tipo de estudo, idioma, ano de publicação e
pesquisa exploratória descritiva, do tipo estudo de caso, com categoria. Para isso, foram utilizados os seguintes descritores: “úl-
abordagem qualitativa, realizada nos dias 04 e 05 de novembro cera venosa” e “protocolos” (venous ulcer and protocols), segun-
de 2009 com S.A.C., 104 anos, admitida no dia 02 de novembro do a classificação dos descritores em ciências da saúde (DECS). Os
de 2009, apresentando quadro de edema, eritema e dor em ferida dados foram coletados de janeiro a março/2010, mediante utiliza-
cirúrgica no MSE (coto) com grande quantidade de secreção ção de formulário estruturado. RESULTADOS: Foram selecionados
purulenta. História de amputação do membro há oito dias 34artigos:05naLILACS;12noMEDLINE;06noPUBMED;11noISI
devido presença de um nódulo maligno. Inicialmente foi utili- Web of Knowledge. Predominaram os artigos na forma de resumo
zado um instrumento de coleta de dados (histórico de enferma- (85,3%), método quantitativo (79,4%), tipo de estudo descritivo
gem)padronizadopeladisciplinaEnfermagemClÃnicaIdaUniver- (58,8%), em inglês (85,3%) e no ano de 2001 (14,7%), foi ressalta-
sidade Federal de Campina Grande, que proporcionou conhecer do a avaliação (41,2%), implementação e testagem de protocolos
informações necessárias para a elaboração de um plano (29,4%) e diagnóstico da assistência (17,6%). CONCLUSÃO: A ela-
assistencial. Diante da aplicação do Processo de Enfermagem boraçãodeumprotocolodeassistênciaaportadoresdeUVrequer
(PE) foi possà vel elaborar os seguintes Diagnósticos de Enferma- o envolvimento de toda a equipe de saúde, em uma perspectiva
gem:IntegridadeCutâneaPrejudicadarelacionadaaoprocessoe multidisciplinar, com finalidade de instrumentalizar as ações dos
envelhecimento evidenciado pelo ressecamento, turgor e elastici- profissionais de saúde e sistematizar a assistência a ser prestada,
dadediminuÃdos,presençadeequimosesesoluçõesdecon- além de fornecer subsídios para implementação do cuidado.
tinuidade; Constipação relacionada a hábitos inadequados,
imobilidade, desidratação e ingesta insuficiente de fibras evi- Palavras-chaves: protocolos, revisão de literatura, úlcera venosa
denciado por volume e freqüência das fezes diminuà dos; Dor
agudarelacionadaÃferidacirúrgicainfectadaevidenciadoporre-
latos e expressão facial. Obteve-se como resultado um episódio
evacuativo, isso foi possà vel a partir da troca da dieta e um ba- P701
nho fora do leito, foi realizado curativo da ferida cirúrgica, com ATUAÇÃODOPRÓPOLISNACICATRIZAÇÃOTECIDUALDEFERIDAS
remoção parcial da necrose, possibilitando a diminuição da
dor, além de proporcionar orientação para prevenção de Autor(es): DANIELE VIEIRA DANTAS, RODRIGO ASSIS NEVES DAN-
úlceras de pressão. A experiência acadêmica proporcionou o TAS, ANA ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇA, GILSON DE VASCONCE-
reconhecimentodequeautilizaçãodemétodoeestratégia LOSTORRES,ANNALIVIADEMEDEIROSDANTAS,PATRÍCIACABRAL
de trabalho cientà fico para a identificação das situações FERREIRA, ROSEMARY ALVARES MEDEIROS, KÉSSYA DANTAS DINIZ
do binômio saúde/doença favorece o desenvolvimento da
assistência de enfermagem colaborando com a paciente em sua Instituição(ões):
singularidade, na busca de seu equilà brio fisiológico e psà quico. 1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Resumo:
Palavras-chaves: Sistematização da Assistência, Ferida
INTRODUÇÃO: O própolis é um material coletado nas plantas pe-
cirúrgica infectada, Cuidados
las abelhas e misturadas com a cera na construção e manutenção
da colméia. Ele possui uma composição química complexa, que
P700 atribuem-se propriedades antibacteriana, antifúngica, antiviral,
UTILIZAÇÃO DE PROTOCOLOS NA ASSISTÊNCIA A PORTADORES antiulcerogênica, anestésica local, hepatoprotetora, antitumoral,
DE ÚLCERAS VENOSAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA antiinflamatória e analgésica. OBJETIVO: Revisar na base de dados
TesesCapesasqueabordamaaplicabilidadeterapêuticadaprópo-
Autor(es): DANIELE VIEIRA DANTAS, RODRIGO ASSIS NEVES DAN- lis nas diversas áreas da saúde. METODOLOGIA: Estudo de revisão
TAS, ANA ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇA, GILSON DE VASCONCE- deliteraturarealizadonabasededadosTesesCapesatédezembro
LOSTORRES,ANNALIVIADEMEDEIROSDANTAS,PATRICIACABRAL de 2009, sendo utilizado como descritor “própolis”, destas, foram
FERREIRA, KÁTIA REGINA BARROS RIBEIRO, KÉSSYA DANTAS DINIZ encontradas 122 produções científicas. Utilizamos como critério
de inclusão na revisão as pesquisas que focalizavam a aplicabilida-
Instituição(ões): de do própolis como produto terapêutico, sendo selecionados 34
1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE trabalhos acadêmicos, dos quais, 79% de mestrado e 21% de dou-

416
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
torado. As variáveis analisadas foram: região de produção da tese/ câncer, 12,9% apresentavam emagrecimento, 12,9% anemia,
dissertação, área de conhecimento do estudo, tipo de estudo, si- 12,9% apresentaram alteração no turgor e elasticidade da pele,
tuação clínica,espéciepesquisada e resultados. RESULTADOS: Pre- 80,6% apresentaram alteração na umidade da pele e apenas 3,2%
dominaram estudos dos tipos experimentais (88%) e quase expe- apresentou alteração na temperatura corporal, 38,7% apresenta-
rimentais(12%),realizadospredominantementenaregiãosudeste va úlcera de pressão em estágio I, sendo destas, 74,2% em região
(82%),nasáreasdeaplicaçõesdaodontologia(43%),farmacologia sacra. CONCLUSÃO: Este estudo permitiu conhecer as característi-
(20%) e veterinária (14%), realizados em animais (38%), culturas cas clínicas e sociodemográficas dos pacientes em questão o que
de bactérias (29%), humanos (21%) e cultura de levedura (10%). favorece a qualidade da assistência e o direcionamento da equipe
As aplicabilidades terapêuticas mais freqüentes foram como an- de Enfermagem. Observa-se a necessidade de uma abordagem
timicrobiano (54%), antifúngico (10%), antiinflamatório (7%), preventiva e educativa para com o paciente, família e cuidador a
analgésico (5%), cicatrizante (5%), sendo encontrados resultados fim de integrá-los à prevenção e tratamento. O panorama atual
efetivos em 82% e não efetivos em 18% dos estudos analisados. das úlceras por pressão em pacientes hospitalizados é preocupan-
CONCLUSÃO: Verificamos uma predominância de estudos na área te. Para evitar que isso aconteça é necessária uma visão holística
de odontologia, seguida da farmacológica e veterinária, com gran- dosprofissionaisdesaúdeequeestejaenvolvidacomestecliente.
de efetividade nas situações clínico-dermatológicas empregadas,
denotandoaimportâncianoaprofundamentodaspesquisasdeste Palavras-chaves: enfermagem, fatores de risco, ulceras por pres-
fitoterápico, visto que o mesmo tem uma vasta aplicabilidade em são
diversas áreas da saúde.

Palavras-chaves: feridas, própolis, terapêutica


P703
IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO
DE PACIENTES COM MEDIASTINITE: UMA SÉRIE DE CASOS.
P702
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E SOCIODEMOGRÁFICAS DE PACIEN- Autor(es): Marília Perrelli Valença, Aracele Tenório de Almeida Ca-
TES COM FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE ÚL- valcanti,Millena Raphaella Pinheiro,Paula BatistaAlmeida,Vanes-
CERAS POR PRESSÃO INTERNADOS EM UM HOSPITAL ESCOLA DA sa Karla de Andrade Silva
CIDADE DO RECIFE.
Instituição(ões): 1. PROCAPE-UPE, Pronto Socorro Cardiológico de
Autor(es):MariliaPerrelliValença,AraceleT.deA.Cavalcanti,Élida Pernambuco-UPE
Cícera da Silva, Monica do N. Ferreira de Sena
Resumo:
Instituição(ões): INTRODUÇÃOMediastiniteéumagravecomplicaçãoinfecciosado
1. IMIP, Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira pós-operatório de cirurgias cardíacas e grandes vasos da base cujo
óbito se dá em até 47% dos casos. Durante o processo de detec-
Resumo: ção do problema, é imprescindível a sincronia de toda a equipe no
INTRODUÇÃO: A Úlcera por pressão (UP) é definida como uma tratamento do paciente. Neste contexto é relevante a avaliação de
lesão localizada na pele e/ou tecido ou estrutura subjacente, ge- cobertura curativa ideal para tratamento da lesão pelo enfermeiro
ralmente sobre uma proeminência óssea, resultante de pressão especialista. (1) OBJETIVOS Descrever a relevância da elaboração
isolada ou de pressão combinada com fricção e/ou cisalhamen- de plano assistencial de enfermagem frente ao paciente com me-
to. É consensual que as UP’s constituem um problema social e de diastinite. MÉTODOS Trata-se de uma série de casos de pacientes
saúde, causando aumento significativo da morbidade e mortali- internados em um hospital referência em cardiologia da cidade do
dade, e representando uma das principais complicações que aco- Recife durante o período de maio de 2009 a maio de 2010. Os As-
metem pacientes críticos hospitalizados. Os principais fatores de pectos Éticos da Pesquisa seguiram a Resolução 196/96 do CONEP,
risco para o desenvolvimento das UP`s são: extrínsecos: umidade, sob parecer número: 172/09. RESULTADOS Foram acompanhados
fricção e cisalhamento os intrínsecos: nutrição, idade, pressão ar- 11 pacientes submetidos a cirurgia cardíaca com esternotomia e
teriolar, além de outros fatores hipotéticos como: edema, estres- que posteriormente desenvolveram mediastinite dentro de 10 a
se emocional, fumo e temperatura. OBJETIVOS: Conhecer o perfil 19 dias de pós-operatório. Todos apresentaram sinais de infecção,
sociodemográfico e clínico dos pacientes internados assim como dor e hiperemia em ferida cirúrgica; leucocitose; hipertermia, ins-
os principais fatores de risco presentes para o desenvolvimento tabilidade esternal; exsudato com aspecto purulento e piora das
de UP`s em um hospital escola. METODOLOGIA: Trata-se de um condições clínicas, sendo que dois deles apresentaram deiscência
estudo descritivo, com delineamento transversal com abordagem de FO imediatamente após os primeiros sintomas. Como trata-
quantitativa. Os aspectos éticos foram conduzidos de acordo com mento, todos realizaram desbridamento, lavagem da cavidade e
a resolução 196 do Ministério da Saúde após aprovação do CEP antimicrobianos, sendo 6 baseados em cultura. Os principais diag-
do IMIP, sob o número de protocolo: 1567. RESULTADOS: Foram nósticos de enfermagem detectados foram: a) Dor aguda, relacio-
selecionados 31 pacientes acamados que estavam internados na nada a processo infeccioso; b) Integridade Tissular prejudicada,
UTIenaClínicamédica,sendo61,3¨%dospacientesdaUTI.Houve relacionada a procedimento cirúrgico; c) Risco para padrão Res-
predominânciadosexomasculinocom58,1%,61,3%dacorparda, piratório Ineficaz, relacionado à resposta inflamatória sistêmica a
com média de idade de 62,4 anos, onde 25,8% tinham o ensino agenteinfeccioso;d)Medo,relacionadoadéficitdeconhecimento
fundamental incompleto. Acerca do diagnóstico médico 38,7% do prognóstico. Foi elaborado um plano de assistência de enfer-
tinham patologias clínicas, quanto aos fatores de risco 58,1% ti- magem voltado para as necessidades individuais, com avaliação
nham mobilidade física prejudicada, 67,7% mantinham dieta por periódica das lesões pela enfermeira. A limpeza foi feita através
via enteral, 25,8% tinham diabetes, 19,4% DPOC, 22,6% AVC, 6,5% de irrigação com SF0,9% e utilizado cobertura primária com algi-

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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
nato de cálcio e prata a 2% e orientação aos enfermeiros assisten- dia 01/06/09 a epitelização dos tecidos. Foram mantidas as placas
ciais para troca secundária 2 vezes ao dia. Nos 3 primeiros dias, dehidrocolóidecomocoberturaprimária.Em08/06/09opaciente
trocou-se cobertura primária diariamente. No dia 4, ampliou-se o teve alta hospitalar. Registrou-se a progressão da epitelização das
uso da cobertura por 48 horas, permanecendo a troca diária, 2 lesões e discutiu-se sobre a continuidade da aposição de placas
vezes ao dia do curativo secundário. Na quarta a quinta semana de hidrocolóide com o paciente, salientando-se a necessidade de
de tratamento todos os casos já tinham a cavidade mediastínica otimizar a higiene para prevenção de agravos. CONCLUSÕES Con-
quase que totalmente preenchida com tecido granulativo, exsu- clui-se, a partir do caso relatado, a relevância da SAE no paciente
dação minimizada e odor ausente. Dez pacientes obtiveram alta acometidoporerisipela,atravésdoplanejamento,implementação
hospitalar e retornaram ao ambulatório de egressos para acompa- e evolução dos cuidados de enfermagem, seguindo o rigor cientí-
nhamento da cicatrização total da lesão e 1 foi a óbito. CONCLU- fico e partindo do pensamento crítico-reflexivo das necessidades
SÕES Percebeu-se que a atuação direta do enfermeiro especialista apresentadas pelo usuário
na evolução dos casos, com orientações diárias, colaboração da
equipe assistencial e esclarecimentos ao paciente trouxe confian- Palavras-chaves: sistematização, enfermagem, erisipela, SAE
ça e motivação, reduzindo tempo de estadia hospitalar, além de
contribuir para a menor letalidade.

Palavras-chaves: enfermagem, mediastinite, tratamento P705


INFESTAÇÃO DE TRAQUEOSTOMA POR MIÍASE

Autor(es): Rhycktielle Gladysman Ferrrer Carneiro, Nathalia Ra-


P704 poso Thompson, Thales Grôppo Felippe, Raphael Pietsch França
SISTEMATIZAÇÃODAASSISTÊNCIADEENFERMAGEM(SAE)FREN- Fontes, André Ricardo Acacio Veloso, Barbara de Queiroz Gadelha,
TE AO USUÁRIO ACOMETIDO POR ERISIPELA: RELATO DE CASO Barbara Proença do Nascimento, Marina de Oliveira Hoerlle, Vale-
ria Magalhaes Aguiar Coelho, Claúdia Soares Santos Lessa
Autor(es): Aracele Tenório de Almeida Cavalcanti, Marília Perrelli
Valença,RaulAmaralAraújo,NatáliaBeneditoOliveira,PolianaCa- Instituição(ões):
bral de Barros Silva 1. Unirio, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Instituição(ões): Resumo:
1.PROCAPE-UPE,ProntosocorrocardiológicodePernambuco-UPE INTRODUÇÃO A míiase é a infestação de humanos ou animais ver-
tebradosporlarvasdedípterosquesealimentamdetecidovivoou
Resumo: morto do hospedeiro ou de suas substâncias líquidas(GUIMARÃES
INTRODUÇÃO A SAE é a base para o planejamento, implementa- & PAPAVERO, 1999). Pode ser classificada em específica, semi-es-
ção e evolução dos cuidados de enfermagem, sendo resultado da pecífica e acidental. A miíase específica é composta de larvas que
reflexão e análise das necessidades do paciente.(1) Aplicou-se a necessitam de um hospedeiro para completar seu ciclo; a semi-es-
mesmaaocuidadoaumpacientecomerisipela,umprocessoinfec- pecífica, inclui as espécies que desenvolvem em hospedeiros que
cioso cutâneo, que se localiza frequentemente nos membros infe- permitam acesso facilitado, como ferimentos; e a acidental, que
riores,sendocausadapeloStreptococcusβhemolíticodogrupoA. em condições especiais pode causar infestações quando as larvas
Pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, sendo mais comum são ingeridas (Coelho; Carvalho, 1995). Entre as espécies de dípte-
nos diabéticos, obesos e portadores de deficiência circulatória nos ros, podemos destacar Cochliomyia hominivorax(Coquerel, 1858)
membros inferiores.(2) OBJETIVOS Demonstrar a eficácia da SAE e e Dermatobia hominis(Wiedemann, 1819), como as espécies mais
a relevância dos cuidados de enfermagem frente ao portador de relacionadasàdoençanaAmérica(Guimarães&Papavero,1999).A
erisipela. MÉTODOS Utilizar-se-á o método do relato de caso, visto miíase é diagnosticada normalmente em etilistas crônicos(GÓMEZ
queéalgorelevante,introduzindosugestõesparaaSAE.OsAspec- et al., 2003), diabéticos(TARSO et al., 2004), desnutridos, indivídu-
tosÉticosdaPesquisaseguiramaResolução196/96doCONEP,sob os com distúrbios psiquiátricos(MADEIRA et al., 1978), imunode-
parecer número: 172/09. RESULTADOS A. S., 54 anos, com lesões primidos, especialmente pessoas com precários hábitos de higie-
bolhosas e úlceras em MMII contendo tecido desvitalizado aderi- ne corporal e de baixo grau de instrução(MARTINEZ et al., 2003).
do e exsudação fétida abundante estendendo-se em face anterior, OBJETIVOSRelatodecasodeumpacienteacometidocomcarcino-
posterior e lateral. Foi avaliado em 08/05/09, quando curativos madebasedelínguaecominfestaçãodetraqueostomaporlarvas
foram iniciados com a limpeza diária com SF 0,9%, associado com de dípteros. MÉTODOS Relato de caso de paciente atendido em
uso da técnica de “slice” para debridamento, associados à anti- Hospital do Andaraí, Rio de Janeiro no ano de 2009 RESULTADOS
bioticoterapia sistêmica. A partir deste dia, não surgiram novas S.C., masculino, 58 anos, branco, residente em Campo Grande-RJ,
bolhas. Após 10 dias, observou-se redução de odor, porém com armador de ferro, Ensino Fundamental incompleto. Paciente eti-
exsudato abundante. Em 21/05/09, iniciou-se tratamento com co- lista e tabagista por 42 anos. Diagnosticado com carcinoma epi-
bertura de hidropolímero, com a finalidade de absorver exsudato, dermóide de base de língua em julho de 2009 após realização de
associado com placas de hidrocolóide e hidrogel visando debrida- biópsia. No mesmo período foi realizado traqueostomia e iniciou
mento autolítico em área desvitalizada. Manteve-se a troca das tratamento com radioterapia e quimioterapia. Em setembro foi in-
coberturassecundáriascommelhoradoestadogeralereduçãodo ternado em razão de mal estar, sendo visualizado larvas em sítio
edema. Efetuou-se a troca das coberturas secundárias 2 vezes ao da traqueostomia. Retiradas seis larvas do local, posteriormente
diaaténovatrocadecoberturaprimária.Anovatrocafoirealizada identificadas como Cochliomyia hominivorax. Institui tratamento
em25/05/09.Aindacomqueixasdedorporémcomtecidodegra- com ivermectina para combate às larvas remanescentes; antibio-
nulação e redução da exsudação. Trocou-se as coberturas secun- ticoterapia para prevenção de infecção secundária; curativo diário
dárias uma vez ao dia e sempre que necessário até 28/05/09. No com remoção das larvas restantes e troca da cânula de traqueos-

418
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
tomia. Paciente retomou tratamento com radioterapia e quimio- com a instituição, traz a segurança de uma assistência livre de ris-
terapia, em função da neoplasia, após resolução da miíase. CON- cos ao portador de feridas, além de diminuir custos referentes à
CLUSÃOAadequadalimpezadosítiodetraqueostomiaéessencial tratamentos inadequados.
pra evitar focos de miíase. Uma vez que haja a infestação é impor-
tante a retirada de todas as larvas e cuidados para impedir infec- Palavras-chaves: Assistencia, Curativos, Infecção, Segurança
ções secundárias. O paciente citado possuía fatores relacionados
à doença como baixa condição sócio-econômica; imunodepressão
devido radioterapia e quimioterapia; etilismo; baixa escolaridade;
além de ferida exposta, advinda da traqueostomia. Essas condi- P707
ções predispõem à infestação pelas larvas e o caso demonstra o ÚLCERASDEPRESSÃOUMCUIDADODAASSISTÊNCIAMULTIPRO-
perfil típico dos pacientes acometidos pela miíase. FISSIONAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Palavras-chaves: miíase, traqueostomia, Cochliomyia hominivorax Autor(es): Avanilde Paes Miranda

Instituição(ões): 1. UPE, Programa Mestrado em Hebiatria da Uni-


versidade de Pernambuco
P706
A IMPLANTAÇÃO DA COMISSÃO DE CURATIVO COMO ESTRATÉ- Resumo:
GIA NO CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS A ASSISTEN- Introdução: Atualmente em todo o mundo, as taxas de natalida-
CIA A SAUDE E NA SEGURANÇA DO PACIENTE de estão diminuindo, a expectativa de vida avançando e as popu-
lações envelhecendo que eleva o risco de desenvolver úlcera de
Autor(es):RicardoFariaCordeiro,KatiaPereiraClaudio,JonasLeite pressão. No Brasil, não há estatística precisa do número de pa-
Jr, Fabiana Euzebio Gonçalves Mello cientes que desenvolvem úlceras de pressão. Estudos epidemio-
lógicos têm sinalizado em decorrência do aumento das doenças
Instituição(ões): 1. HSJ, Hospital São José - Teresópolis crônico-degenerativas. Pressões prolongadas, imobilidade, mobi-
lidade comprometida, perda dos reflexos de proteção, deficiência
Resumo: sensitiva, fricção, traumatismo, incontinência urinária, umidade
Introdução:Ocuidadodeferidas,estimuladopeloaprimoramento da pele e idade avançada são fatores de risco. A nutrição é a base
contínuodetecnologiasepráticasinovadorasnocampointerdisci- primária de manutenção do organismo saudável. A deficiência de
plinar, vem ocasionando inúmeros questionamentos em relação à um único nutriente acarreta inúmeras conseqüências fisiológicas
eficácia dos produtos e/ou coberturas utilizadas no tratamento de e patológicas. Objetivo: Conhecer os fatores de risco que leva ao
feridas. Motivados por estes questionamentos, uma Comissão de desenvolvimento da úlcera de pressão frente a uma equipe mul-
Curativos foi composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem, tiprofissional. Metodologia: Desenvolvido através de uma revisão
médico, nutricionista e farmacêutico, para repensar a questão físi- da literatura acerca dos fatores de risco para desenvolvimento de
cae social enfrentada pelo portadorde feridas e asestratégias uti- úlcera de pressão. Considerando que é responsabilidade de toda
lizadas na assistência. A comissão contribui não só para a troca de uma equipe multiprofissional o cuidado com a úlcera de pressão.
conhecimentos, mas também para a validação e padronização dos O presente levantamento bibliográfico resultou da pesquisa na
produtos, redução de custos, maior qualidade no tratamento dos base de dados Pubmed, Scielo, Bireme no período de 2005-2010,
pacientes com feridas, resultando em benefícios para a instituição utilizando os seguintes descritivos: úlcera de pressão, úlcera pres-
e, em especial, para a segurança do paciente. A iniciativa de im- são e cuidados. Além dos artigos científicos foram incluídos livros
plantação partiu dos Serviços de Controle de Infecção Hospitalar, específicos. Resultado: As úlceras de pressão é responsabilidade
Educação Continuada e Gerência de Enfermagem de um Hospital de uma equipe multiprofissional, considerando assistência de en-
na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro. Objetivo: Descre- fermagem com as mudanças de decúbito, higienização adequada,
ver a implantação da comissão de curativos do referido hospital cuidadosparamanutençãodapeleintegra,usoadequadodecura-
e suas ações, como estratégia no controle de infecção hospitalar tivosquando foremnecessários.Comrelaçãoànutrição,avaliação
e na segurança do paciente. Método: A metodologia aplicada é do paciente para reposição das perdas dietéticas de forma ade-
de um relato de caso, onde serão apresentados todos os cami- quada a cada pessoa. O médico com sua avaliação clínica median-
nhos percorridos até a implantação e efetivação do serviço. Re- te cada patologia e suas possíveis necessidades para reposição
sultados: O primeiro ato foi a montagem da Comissão seguida de individuada. Conclusão: É muito importante a atuação da equipe
uma pesquisa de campo onde foram realizadas visitas técnicas em multiprofissional, por ser uma forma adequada de avaliação do
instituições onde a Comissão de Curativos já fora implantada; os paciente o vendo como um todo e prevenindo desta maneira a
representantes de coberturas foram contactados a fim de forne- formação de úlcera de pressão que hoje é um grande problema
cerem os materiais; a seguir, reunimos os profissionais das áreas de saúde pública pelo aumento na expectativa de vida que tem
de logística, faturamento e comercial a fim de viabilizar o projeto aumentado nas últimas décadas.
financeiramente; iniciou-se a realização dos curativos sempre sob
a responsabilidade de avaliação da Comissão. Obtivemos resulta- Palavras-chaves: cuidado, pressão, úlcera
dos significativos quanto ao tempo de permanência do paciente,
minimizando os riscos relacionados com a internação hospitalar,
pois desde então os enfermeiros das diversas unidades seguem o
protocolo estruturado em conjunto com a Comissão. Conclusão: P708
a iniciativa de implantação desse tipo de serviço deve ser reco- TRABALHADORES DE SAÚDE COLONIZADOS POR Staphylococcus
nhecidapelosgestoresemsaúde,poisumtratamentoadequadoe aureus RESISTENTE À METICILINA: REVISÃO INTEGRATIVA
qualificado,associado aprofissionais envolvidos ecomprometidos

419
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Autor(es): DAYANE DE MELO COSTA, MARINÉSIA APARECIDA PRA- Instituição(ões): 1. SCMS, Santa Casa de Misericórdia de Sobral
DO-PALOS, LARISSA OLIVEIRA ROCHA-VILEFORT
Resumo:

Instituição(ões): 1. FEN/UFG, FACULDADE DE ENFERMAGEM DA INTRODUÇÃO: As Infecções Relacionadas a Assistência a Saúde


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (IRAS)tem despertado grande interesse no meio científico, prin-
cipalmente em decorrência da substancial contribuição para o au-
Resumo: mento da morbimortalidade dos pacientes. OBJETIVO: Conhecer
Introdução: O Staphylococccus aureus resistente à meticilina a percepção de acadêmicos de enfermagem e medicina acerca da
(MRSA) é considerado como um dos agentes de maior impac- inserção de estudantes dos referidos cursos em uma Comissão de
to para as infecções associadas aos cuidados em saúde (IACS), a Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de um Hospital de Ensino.
partir da década de 60, quando foi identificada a primeira cepa. METODOLOGIA: Estudo com abordagem qualitativa, tipo explora-
Trabalhadores de saúde são portadores, em potencial, dessa bac- tória. Campo de investigação: Comissão de Controle de Infecção
téria, em decorrência da vulnerabilidade conferida no cotidiano HospitalardaSantaCasadeMisericórdiadeSobral/Ceará;Período
do trabalho. Sendo assim, esses trabalhadores podem atuar como de realização: março e abril de 2010. Os sujeitos do estudo foram
disseminadores desse microrganismo. Tal situação representa um quatro acadêmicos de medicina e três de enfermagem. Técnica
desafio para o controle das IACS. Diante disso, faz-se o seguinte paraanálisedosdados:análisedeconteúdo.Estapesquisaadotou
questionamento: Quais são as evidências científicas perante a os princípios básicos da bioética. RESULTADOS: Obtiveram-se três
colonização de trabalhadores de saúde por MRSA? Objetivo: Ca- unidades temáticas a seguir descritas: A ausência de disciplinas
racterizar as evidências da literatura atinente à colonização de curriculares com enfoque no controle das IRAS; O estudante como
trabalhadores de saúde por MRSA, no período de janeiro/1961 disseminador de conhecimento; O estudante como elo da cadeia
a abril/2010. Método: Revisão integrativa de publicações inde- de transmissão de infecções. CONCLUSÃO: Torna-se fundamental
xadas nas bases National Library of Medicine, Medical Literature a inserção de disciplinas nos cursos de graduação que tenham
Analysis and Retrieval System Online/Biblioteca Virtual em Saúde, enfoque na prevenção e controle das IRAS. Destaca-se também
e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saú- a importância dos estudantes como profissionais em formação e
de. As publicações foram rastreadas por meio do descritores em formadores de conhecimento, sendo de enorme relevância a in-
Ciências da Saúde/Medical Subject Headings: Pessoal de saúde/ serção dos mesmos em comissões de controle de infecção hos-
Health Personnel e Staphylococcus aureus Resistente à Meticili- pitalar, as quais se configuram como espaços de socialização de
na/Methicillin-Resistant Staphylococcus aureus. Foram incluídos saberes e disseminação de boas práticas.
no estudo os artigos originais completos e disponíveis on-line no
portal de periódicos CAPES; em inglês, espanhol e português; com Palavras-chaves: Comissão de Controle Infecção Hospitalar, Estu-
humanos. A coleta de dados foi realizada no mês de abril de 2010. dantes de Enfermagem, Estudantes de Medicina
Apósaleituradotítuloeresumodosartigosparaverificarsuaade-
quaçãoaoobjetivodoestudo,osresultadosforamdistribuídosem
tabela. Resultados: Das 69 publicações rastreadas, 17 atenderam
aos critérios de inclusão do estudo. A National Library of Medicine P710
apresentoumaiornúmerodeindexações(88,2%),sendoamaioria ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA CO-INFECÇÃO TUBERCULOSE/
das publicações no Brasil (23,5%), seguida pela Inglaterra (17,6%), HIV NO BRASIL
assim como no ano de 2009 (23,5%). Quanto ao sítio de coleta das
amostras, destacou-se a cavidade nasal (70,6%). Dentre o grupo Autor(es): FRANCISCO ROGERLÂNDIO MARTINS DE MELO1, MAU-
de trabalhadores, os enfermeiros e os médicos foram os mais in- RICÉLIADASILVEIRALIMA2,JORGHEUKELBACH1,MICHELLINESO-
vestigados. Conclusão: Há evidências sobre a colonização de tra- EIRO DE OLIVEIRA2, MICHELLE SOEIRO DE OLIVEIRA2
balhadores de saúde por MRSA na literatura, com maior volume
de publicações na National Library of Medicine, base bibliográfica Instituição(ões):
de alcance internacional. Quanto ao país de publicação, destacou- 1. UFC, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
seoBrasilpelatendênciadedisponibilização,viainternet,gratuita 2. FAMETRO, FACULDADE METROPOLITANA DA GRANDE FORTA-
das publicações. Em relação aos trabalhadores investigados, des- LEZA
tacou-se as equipes médica e enfermagem, devido as característi-
cas das atividades dsenvolvidas por eles durante a prática laboral. Resumo:
Esse tipo de estudo permite-nos conhecer o cenário das pesquisas INTRODUÇÃO: A infecção por HIV pode ser considerada um dos
e auxilia no desenvolvimento de ações para superar esse desafio. principais fatores de risco para que indivíduos infectados por
Mycobacterium tuberculosis desenvolvam tuberculose-doença.
Palavras-chaves: Literatura de Revisão como Assunto, Staphylo- O aumento da doença tuberculose em portadores de HIV/AIDS
coccus aureus, Resistência a Meticilina, Pessoal de saúde impõe sobrecarga aos serviços de saúde, expondo as deficiências
que existem nos programas de controle da tuberculose, e apre-
sentam desafios aos profissionais de saúde na definição do diag-
nóstico, na avaliação e no tratamento. OBJETIVO: Descrever os
P709 aspectos epidemiológicos da co-infecção tuberculose/HIV através
A RELEVÂNCIA DA INSERÇÃO DE ESTUDANTES NA CCIH: O OLHAR de análise de literatura científica nacional. METODOLOGIA: Estu-
DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM E MEDICINA do bibliográfico realizado em periódicos indexados nas bases de
dados LILACS, SCIELO, com delimitação a artigos publicados no
Autor(es): Diana Karla Muniz Vasconcelos, Patricia Batista Rosa, Brasil no período de 2005 a 2009, utilizando os descritores: Vigi-
Izabelly Linhares Ponte, Fabio Frota Vasconcelos, Carla Nayane lância epidemiológica; Tuberculose; Epidemiologia; HIV. RESULTA-
Medeiros de Melo, Eduardo Parente Viana DOS: Em total, foram analisados 12 artigos científicos. No Brasil

420
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
a ocorrência de co-infeçção por Mycobacterium tuberculosis em da categorização dos dados por sítio de instalação o assunto mais
infectadosporHIVfoide3a4%;houveumapredominânciaemin- pesquisado apresentou a Infecção do Sítio Cirúrgico como o mais
divíduos do sexo masculino, da faixa etária de 25 a 40 anos, da cor significativo dentre as infecções hospitalares. Provavelmente de-
de pele branca como também de pessoas vivendo em condições vido ao alto custo do tratamento, morbidade e mortalidade .Esta
sócio-econômicas desfavoráveis, de nível de escolaridade baixa e pesquisa também destacou que o Enfermeiro é atuante no Con-
provenientes do meio urbano. A apresentação clinica de tubercu- trole e Prevenção de IH, o que contribui com uma assistência mais
losecommaiorfrequênciafoiaformapulmonar,porém,asformas qualificada reforçando o seu papel de principal agente controla-
extra-pulmonares atingiram percentuais maiores que o esperado dor, inclusive assinalada na atual Legislação da ANVISA (Agência
A maioria dos casos foram diagnosticados em instituições publi- Nacional de Vigilância Sanitária), através da Portaria 2616/1998
cas e não privadas. Foi observado um percentual significativo de
abandono e não adesão ao tratamento. CONCLUSÕES: A análise Palavras-chaves:Enfermagem,InfecçãoHospitalar,ProduçãoCien-
bibliográfica mostrou que houve um aumento significativo no tífica
número de casos de tuberculose devido à ocorrência de infecção
pelo HIV. Programas que visem a melhorar a qualidade de vida da
população,esclarecendo as dúvidas sobre a síndrome da imuno-
deficiência adquirida, são importantes para que um controle mais P712
efetivo da tuberculose seja obtido. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO
AQUOSO DE Syzygium malaccense (L.) MERR. & L. M. PERRY
Palavras-chaves: EPIDEMIOLOGIA, HIV, TUBERCULOSE, VIGILÂN- FRENTE A BACTÉRIAS DO GÊNERO Clostridium
CIA EPIDEMIOLÓGICA
Autor(es): GUSTAVO RAFAEL SILVA DE LIRA1,2, CAROLINA DE AL-
BUQUERQUE WANDERLEY1,2, ANNA CAROLINA SOARES ALMEI-
DA1, BEATHRIZ GODOY VILELA BARBOSA1, ÉRIKA ROBERTA SILVA
P711 ARAÚJO2, RENÉ RODRIGUES MELO2, EULÁLIA CAMPELO PESSOA
ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DE ENFERMAGEM SOBRE O DE AZEVEDO XIMENES2
CONTROLE E PREVENÇÃO DE INFECÇÕES HOSPITALARES DE 2000
A 2008 Instituição(ões):
1. ICB/UPE, INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS/ UNIVERSIDADE
Autor(es): Márcia Valéria Rosa Lima DE PERNAMBUCO
2. UFPE, DPTO DE ANTIBIÓTICOS-UNIVERSIDADE FEDERAL DE PER-
Instituição(ões): 1. UFF, Universidade Federal Fluminense NAMBUCO

Resumo: Resumo:
INTRODUÇÃO: Este estudo tem o propósito de conhecer os tra-
balhos publicados na Base de Dados em Enfermagem (BDENF), As infecções por anaeróbios são comumente negligenciadas, pois
identificando as características da produção científica sobre o con- pouco se sabe sobre seu papel na microbiota normal. O gênero
trole e prevenção de infecções hospitalares sob a forma de artigos Clostridiumétoxigênicoeencontradoassociadoadiversaspatolo-
indexados (ordenados na forma de índice) nacionais, no período gias, além de ser capaz de formar endósporos resistentes ao calor.
de 2000 a 2008. OBJETIVOS: Identificar as produções científicas O tratamento de infecções causadas por clostrídios consiste em
de enfermagem nos últimos oito anos; Categorizar os dados en- cirurgia e administração combinada de antimicrobianos, devido
contrados a partir das principais produções científicas de enfer- à atividade limitada destes contra os anaeróbios e ao crescente
magem de acordo com o sítio de instalação de infecção hospitalar. nível de resistência no gênero. O gênero Sygyzium, pertencente
MÉTODO: As fontes de informação utilizadas na pesquisa foram à família Myrtaceae, fornece extratos usados na medicina tradi-
livros, artigos e pesquisa de dados on line; as palavras–chave fo- cional como agentes antimicrobianos e antiinflamatórios. Poucas
ramutilizadascomafinalidadedeagilizarabuscadematerialpara pesquisas têm sido publicadas acerca da atividade antimicrobia-
o estudo em questão nas seguintes bases de dados na Base de na de extratos vegetais sobre o gênero Clostridium. Diante disso,
Dados em Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana de
do Caribe em Ciências em Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Li- Syzygium malaccense (L.) Merr. & L.M. Perry (S. malaccense) fren-
brary Online (SCIELO). RESULTADOS: Após o levantamento de 129 te a diversas amostras de Clostridium spp. Os extratos foram ob-
publicações nas bases de dados Base de Dados em Enfermagem tidos a partir das folhas secas em Soxhlet com éter de petróleo,
(BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências em acetatodeetila,metanoleáguapor6horas.Osresíduosforamse-
Saúde (LILACS) e Scientific Library On-Line (SCIELO), foram 27 que parados da solução por filtração e os solventes eliminados com o
continham os descritores em questão “enfermagem”, “infecção auxílio de evaporador rotatório sob pressão reduzida. Em seguida,
hospitalar”, “prevenção” e “controle” que atenderam a exigência o material foi acondicionado em baixa temperatura. A atividade
do estudo.As 27 publicações escolhidas atenderam o período de antimicrobiana foi avaliada pelo teste de eluição de disco em meio
tempo estabelecido do estudo de 2000 a 2008. CONCLUSÃO: As líquidoeadeterminaçãodaconcentraçãoinibitóriamínima(CIM),
produções foram publicadas em maior número nos estados da realizada pelo método de microdiluição em placa para oito cepas
região Sudeste: Rio Janeiro, São Paulo e Minas Gerais por serem de Clostridium spp. e uma cepa padronizada, Clostridium aceto-
as principais cidades do País e também por causa de um maior butyricum ATCC 4259. As concentrações dos extratos variaram de
capital na região, e com isso as taxas de procedimentos invasivos 2000 a 15,6 μg/mL. O critério de interpretação foi o descrito por
e uso de antimicrobianos são maiores devido à complexidade das DallAngol2003,queclassificacomoumaboaatividadeaquelacuja
patologiasgerandoapossibilidadedeaparecerinfecçãohospitalar CIM é igual ou inferior a 100µg/mL; moderada entre 100-500µg/
na clientela com mais freqüência. O segundo objetivo que tratou mL e fraca de 500-1000µg/mL. Os valores obtidos pela determina-

421
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ção da CIM para o extrato aquoso de S. malaccense ficaram situ-
ados entre 62,5 e 125μg/mL e foram dependentes das amostras Instituição(ões): 1. UPE, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
ensaiadas. Estes valores variam de classificação entre moderada
e fraca atividade. Das nove amostras de Clostridium, os isolados Resumo:
clínicos mostraram-se mais sensíveis à ação do extrato aquoso de A boca sofre contínua colonização com microbiota estimada em
S. malaccense, cuja CIM foi de 62,5μg/mL, enquanto para outros, cerca de 10 bilhões numa boca saudável, aumentando conside-
incluindo a Clostridium acetobutyricum ATCC 4259, a CIM foi de ravelmente quando a higiene bucal não é adequada. A resposta
125μg/mL. do hospedeiro à infecção periodontal é imunoinflamatória ope-
rando nos tecidos gengivais para proteger o indivíduo localmente
Palavras-chaves: atividade antimicrobiana, CIM, Clostridium spp., e evitar que microorganismos se disseminem sistematicamente.
Syzygium malaccense Porém,podeocorrerumimpactonegativodainfecçãoperiodontal
sobre a saúde sistêmica, resultado da entrada de bactérias e seus
produtos na corrente sanguínea. Os efeitos das condições sistê-
micas nos tecidos periodontais, a exemplo da diabetes, têm sido
P713 bem documentados, entretanto, existem controvérsias e poucos
CUIDADOS BUCAIS EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE estudos acerca das conseqüências de infecções endo-periodontais
TERAPIA INTENSIVA. na saúde sistêmica. Está bem estabelecido que certas doenças são
fatores predisponentes para a doença periodontal. Atualmente,
Autor(es): Aurora Karla de Lacerda Vidal, Claudia Fernanda de La- as evidências também indicam o inverso, ou seja, que a doença
cerda Vidal, Dahra Teles Soares Cruz, Larissa Ventura Ribeiro, Ma- periodontal agrava um número relativamente grande de doenças.
ria Gabriela Pessoa de Melo Pereira, Nathália Valois Montarroyos Sugere-se, por exemplo, que infecção respiratória esteja relacio-
de Moraes nada, ao menos em parte, à aspiração de bactérias orofaríngeas
paraotratorespiratórioinferiorefalhadosmecanismosdedefesa
Instituição(ões): 1. UPE, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO do hospedeiro em eliminar a bactéria contaminante, as quais po-
dem se multiplicar e causar infecção. Assim, o objetivo deste es-
Resumo: tudo foi verificar a interrelação entre doenças bucais e sistêmicas
Higiene bucal deficiente é um achado característico nos pacien- através de estudo de revisão de literatura onde se buscou artigos
tes de UTI, bem como maior colonização do biofilme bucal por publicados disponíveis, na internet, nos sistemas de bases de da-
patógenos respiratórios que, podem ser uma fonte específica de dos: Medlars on line Literatura Internacional (Medline), Literatu-
infecção nosocomial importante em UTI, uma vez que as bacté- ra Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e
rias presentes na boca podem ser aspiradas e causar pneumonias Bibliografia Brasileira de Odontologia (BBO) presentes no site da
de aspiração. Assim, objetivou-se verificar o uso de protocolos de Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Os resultados revelam estudos
cuidados bucais em pacientes internados em UTI, através de es- que sugerem associação entre periodontite e bacteremia, endo-
tudo de revisão de literatura onde se buscou artigos publicados cardite bacteriana, doenças cardiovasculares, acidente vascular
disponíveis, na internet, nos sistemas de bases de dados: Medlars cerebral, diabetes mellitus, doenças respiratórias e partos pre-
on line Literatura Internacional (Medline), Literatura Latino Ameri- maturos. Assim, conclui-se que há relação direta de causa/conse-
cana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e Bibliografia Brasi- qüência entre as doenças bucais e sistêmicas nas duas vias, sendo
leira de Odontologia (BBO) presentes no site da Biblioteca Virtual necessário entender o indivíduo como um organismo único, com
de Saúde (BVS). Os resultados evidenciam que se faz necessário sistemasinterdependentese,destemodoénecessárioatuarjunto
a utilização de protocolo, de modo a favorecer e uniformizar os aos profissionais e população, que desconhecem e/ou minimizam
cuidados bucais em pacientes críticos. Ainda, entre os obstáculos a interrelação existente entre doenças bucais e sistêmicas. Fato
freqüentemente enfrentados pelo cirurgião-dentista para integrar que compromete a saúde e vida do indivíduo.
equipes multi/interdisciplinares em UTI, destaca-se a baixa priori-
dade do procedimento odontológico diante dos numerosos pro- Palavras-chaves: DOENÇAS BUCAIS, DOENÇAS SISTÊMICAS, CUI-
blemas apresentados pelo paciente, que, entretanto podem ser DADOS BUCAIS
agravados por infecções bucais. Conclui-se que é necessário atu-
ar junto aos profissionais de saúde com vistas à implementação
e utilização de protocolos de cuidados bucais em UTIs. Além de
conscientização da população para realização de correta higiene P715
bucaleavaliaçõesperiódicasparapromoção/manutençãodasaú- A ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPI-
de bucal, pois quando precária pode agravar condições sistêmicas, TALAR SOB A ÓTICA DE UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
comprometendo a vida.
Autor(es): ANDREA MONASTIER COSTA PATRICIA SOUZA, MARIA
Palavras-chaves: CUIDADOS BUCAIS, ODONTOLOGIA, UTI SALETE DA SILVA BOZZA

Instituição(ões): 1. UNIPAR, UNIVERSIDADE PARANAENSE


P714 Resumo:
DOENÇAS BUCAIS E SUA RELAÇÃO COM DOENÇAS SISTÊMICAS EsteestudotevecomoobjetivoanalisaravisãodaEquipeMultidis-
ciplinar do Hospital São Lucas da cidade de Cascavel-PR, à respeito
Autor(es): Aurora Karla de Lacerda Vidal, Camila Andurandy, LA- da atuação da CCIH sob a ótica de uma equipe multidisciplinar,
RISSA VENTURA RIBEIRO, Raíza Cardoso Pimentel, Renata Albino ressaltando sua importância e diretrizes. Para a realização do mes-
Barros, Sthefannie T.S. Marques moelaborou-seumapesquisadecampoexploratóriaebibliográfi-

422
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ca, utilizando-se para coleta de dados um formulário contendo 07 adesão de apenas 8,33 (N=20) mais a tricotomia foi encontrada
(sete) perguntas fechadas, o qual foi preenchido pela própria pes- em apenas 21,25% (N= 51) com a ressalva que neste número a
quisadora. Foram entrevistados um total de 10 colaboradores da maioria foi realizada pela própria paciente, em cirurgias ginecoló-
equipe multidisciplinar de uma instituição hospitalar na cidade de gicas/obstétricas. Conclusão: O estudo permitiu verificar que com
Cascavel-PR, sendo: 01 (um) diretor administrativo; 02 (dois) mé- relação aos antimicrobianos, deva ser realizado um novo estudo
dicos; 03 (três) enfermeiros; 01 (um) nutricionista; 01(um) farma- somente sobre esse tema e incluída todos os portes de cirurgia e
cêutico;01(um)auxiliardeenfermagem;01(um)auxiliardeservi- realizar mecanismos de introdução da padronização de antimicro-
çodeapoio.Apósacoletadosdados,osmesmosforamanalisados bianos, com a combinação de educação permanente e auditoria
através da pesquisa quanti-qualitativa, onde verificou-se que os do uso de antimicrobianos.
profissionais constituintes da equipe multidisciplinar possuem um
conhecimento superficial sobre CCIH, pois deixam a desejar em Palavras-chaves: Infecção, processos, sítio cirúrgico
algunsaspectos,taiscomoresponsabilidades.Otrabalhoemequi-
pe e a atualização dos profissionais (treinamentos e palestras), no
que diz respeito a maior conscientização sobre a atuação da CCIH,
são de grande valia para que se possa ter um melhor resultado P717
frente a problemática exposta por este estudo. SEPSE HOSPITALAR E COLONIZAÇÃO INTESTINAL EM NEONATOS
DE MUITO BAIXO PESO EM USO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL TO-
Palavras-chaves: ATUAÇÃO, CCIH, EQUIPE MULTIDISCIPLINAR TAL E CATETER VENOSO CENTRAL

Autor(es):Priscila Castro Cordeiro Fernandes, Daiane Silva Resen-


de, Rafaela Sodré Marques, Nayara Gonçalves Barbosa, Daniles
P716 Nunes Valadão, Cristiane Silveira de Brito, Vânia Olivetti Steffen
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO: AVALIAÇÃO DE PROCESSOS. Abdallah, Paulo Pinto Gontijo Filho, Denise von Dolinger de Brito

Autor(es): TELMA APARECIDA DE CAMARGO1, LUCIANA BARIA Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia
PERDIZ2
Resumo:
Instituição(ões): Introdução: Sepse hospitalar é a infecção mais freqüente em neo-
1. HMB, MISERICORDIA BOTUCATUENSE natos críticos. O uso de nutrição parenteral associada à atrofia da
2. UNIFESP, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO mucosa intestinal pode facilitar a translocação de microrganismos
do lúmen intestinal para a corrente sanguínea. Objetivos: Avaliar a
Resumo: taxa de incidência de sepse hospitalar na unidade, investigar a re-
As infecções de sítio cirúrgico como foi demonstrado nos relató- laçãoentreamicrobiotaintestinalpatogênicaeosmicrorganismos
rios do National Nosocomial Infections Surveillance (NNIS), é a isolados do sangue em neonatos em uso de nutrição parenteral e
terceira mais frequente das infecções hospitalares americanas, re- cateter vascular central (CVC). Métodos: Foram incluídos somen-
presentando14%a16%detodasasinfecçõesentrehospitalizados te os neonatos de muito baixo peso (<1500g). Swab perianal foi
(CDC, 2008). Já no Brasil um estudo de Ferraz et al. apresentou um coletado uma vez por semana à partir das primeiras 48 horas de
índice de 11% de infecções em 7.327 cirurgias (Medeiros, 2002). vida. Os isolados clínicos de sangue foram obtidos dos neonatos
O Study on the Efficacy of Nosocomial Infection Control (SENIC) com sepse clínica. A ponta do CVC foi removida sob condição as-
estabeleceu em 1985 que 30% das infecções seriam preveníveis, séptica, e analisada microbiologicamente por técnicas semi-quan-
atualmenteousamafalaremtaxazerodeinfecção,paratantonão titativa e quantitativa. Testes laboratoriais clássicos foram usados
adiantaváriasliteraturasnacionaiseinternacionaissobremedidas para identificar os microrganismos isolados de intestino, sangue
de prevenção de infecção se os profissionais não aderem a essas e ponta do CVC. O padrão de suscetibilidade aos antimicrobianos
medidas. (APECIH, 2009). Algumas publicações nacionais recentes foi determinado segundo o “Clinical Laboratory Standard Institu-
estão adotando os indicadores de processos em seus novos ma- te”. Resultados: Foram analisados 74 neonatos durante o ano de
nuais, como Centro de Vigilância Epidemiológica que elaborou um 2009, todos em uso de nutrição parenteral e antibióticos quando
manual de avaliação de qualidade de práticas de controle de in- as culturas do intestino iniciaram. A taxa de infecção hospitalar foi
fecção hospitalar e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária que alta (40,5%), sendo 21 (70,0%) correspondentes a sepse hospita-
publicou um manual sobre critérios nacionais de infecções de sítio lar, sem fonte identificada, na sua maioria (61,9%) relacionada ao
cirúrgico. Objetivos: Avaliar os processos adotados pela instituição CVC,comoitoneonatos(38,1%)comsepseassociadaaousodeste
com relação á prevenção de infecção de sítio cirúrgico. Métodos;: dispositivoinvasivo.Nototal,oStaphylococcuscoagulasenegativa
O trabalho é um estudo clínico observacional transversal, sobre as (SCoN) foi o agente mais freqüente, respondendo por 67,8% das
ações desenvolvidas em uma instituição privada de médio porte, amostras isoladas de sangue bem como 74,2% das recuperadas a
da cidade de Botucatu-SP. Foram analisados 240 procedimentos partirdointestino.Tantonosisoladosdesangue(45,8%)comonos
cirúrgicos classificados em médio e grande porte. Resultados: de intestino (100%), as amostras de SCoN apresentaram-se resis-
O estudo encontrou como ponto importante a inadequação de tentesàoxacilinaemultiresistentes.Doscasosdesepsehospitalar
antibiotico-profilático que apresentou taxas de não conformida- investigados, seis (28,6%) provavelmente originaram-se por trans-
de na indução anestésica de 42,50% (N=42) prevalecendo o uso locação intestinal, pois tiveram amostras indistinguíveis de SCoN
da droga sem estar recomendado em 14,58% (N=35), já no pe- nos dois sítios (intestino e sangue), maior (37,5%) nos casos de
ríodo pós-operatório as inconformidades apresentadas foram de sepse sem a ponta do CVC positiva. Conclusão: A sepse hospitalar
39,17% (N=94) dos procedimentos analisados, prevalecendo á foi a síndrome infecciosa mais freqüente e o SCoN multiresisten-
manutenção da droga sem recomendação em 10,25% (N=25). Em te aos antibióticos o principal agente etiológico. Verificou-se uma
relação ao banho pré-operatório o estudo demonstra uma baixa predominância de sepse relacionada (61,9%) sobre a associada à

423
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
CVC, com uma relação com a presença de SCoN no intestino maior Autor(es): REBEKA ALVES CARIBÉ, GEANE RODRIGUES CHAVES, FA-
37,5% vs 23,1% neste último grupo. Agradecimento ao apoio fi- BIANE DE LIMA, ADELMA DE SOUZA FRANCO
nanceiro concedido pela FAPEMIG
Instituição(ões): 1. HPMCG, Hospital Pediátrico Maria Cravo Gama
Palavras-chaves: sepse hospitalar, colonização intestinal, neona-
tos, nutrição parenteral Resumo:
Introdução - A diversidade de doenças e problemas de saúde que
acometem crianças e adolescentes representam um desafio para
a atual realidade brasileira. Nesse sentindo, o conhecimento do
P718 perfil dos pacientes e as enfermidades predominantes nesta faixa-
INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA ASSOCIADA E RELACIONA- etária torna-se necessário para otimizar ações de caráter preven-
DA A CATETER VENOSO CENTRAL EM NEONATOS CRÍTICOS tivo ou curativo. Objetivo - O trabalho teve como objetivo analisar
o perfil dos pacientes internados no hospital segundo faixa-etária,
Autor(es): Daiane Silva Resende, Jaqueline Moreira do Ó, diagnóstico, média de permanência e tipo de alta. Metodologia
DenisevonDolingerdeBrito,VâniaOlivettiSteffenAbdallah,Paulo - Estudo retrospectivo dos prontuários dos pacientes do Hospital
Pinto Gontijo Filho Pediátrico Maria Cravo Gama, Recife – PE durante o ano de 2009.
Resultados - Foram analisados 2.235 prontuários dos pacientes
Instituição(ões): 1. UFU, Universidade Federal de Uberlândia pediátricos, destes pacientes cerca de 17,8 %, 17,8%, 46,2% e
18,2% pertenciam às faixas etárias entre 0 a < 6 meses, 6 meses
Resumo: a < 1 ano e 1 ano a < 5 anos e maiores de 5 anos, respectivamen-
INTRODUÇÃO:Asinfecçõesdecorrentesanguínea(ICS)sãoaprin- te. Em relação aos diagnósticos dos pacientes foram apresentados
cipal causa de morbidade e mortalidade em Unidades de Terapia os seguintes resultados: 41,2% pneumonia, 14,5% asma, 10,7%
Intensiva Neonatal (UTIN). OBJETIVO: Investigar as ICS relacio- enteroinfecção, 9,3% estafilococcias, 9,2% desidratação, 7,8%
nadas e associadas a Cateter Venoso Central (CVC) em neonatos bronquiolite, 1,3% pielonefrite, 0,4% meningite viral, 0,7% infec-
críticos. MATERIAL E MÉTODOS: Foi realizada vigilância epidemio- ção trato urinário e 4,9% outros. A média de permanência foi de
lógica e definição de ICS utilizando o sistema “National Healthcare 4 dias e no que se refere à evolução do quadro cerca de 99,9%
Safety Network” (NHSN) em neonatos internados na UTIN de nível dos pacientes tiveram alta e 0,1% óbitos. Conclusão - Concluímos
III do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia que o maior índice de internação é representado pelas crianças
(HC-UFU), no período de agosto/2008 a março/2009. Todos os ne- com a faixa etária de 1 ano a < 5 anos. Em relação ao motivo da
onatos incluídos no estudo estavam em uso do CVC. As hemocul- internação, os diagnósticos mais prevalentes foram os relaciona-
turas foram realizadas através do BACTEC/ALERT® no laboratório dos com problemas respiratórios. Esse estudo constitui uma va-
de microbiologia do HC-UFU. As pontas de CVC foram submeti- liosa ferramenta para o conhecimento do quadro atual de saúde
das à análise microbiológica quantitativa, e semi-quantitativa, de dos pacientes pediátricos, bem como para subsidiar as políticas de
acordo com as técnicas de Vortexing e Maki, respectivamente. Os saúde específicas para esse tipo de faixa etária.
microrganismos recuperados foram identificados por testes feno-
típicos clássicos. O diagnóstico de infecção de corrente sangüínea Palavras-chaves: Epidemiologia, Perfil dos pacientes, Pediatria
foi realizado por critérios clínicos e microbiológicos. O trabalho foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFU. RESULTADOS:
Foram incluídos no estudo 140 neonatos em uso de CVC. A taxa
de incidência de ICS associada à CVC foi de 30% e as relacionadas P720
responderam por apenas 6,8%. Adicionalmente, verificou-se 44 BIOFILMEDENTÁRIO:ESTRUTURAMICROBIOLÓGICAASSOCIADA
(31,4%) pontas de CVC positivas sem evidências de ICS, caracte- ÀS INFECÇÕES
rizando uma infecção assintomática.O agente etiológico predomi-
nante foi o Staphylococcus epidermidis (44%) nas ICS associadas Autor(es): Janaína Da Silva, Denise De Andrade, Annecy Tojeiro
ao CVC, seguido de BGN (24,0%) e Staphylococcus aureus(14,0%). Giordani
Nas infecções assintomáticas, o Staphylococcus coagulase nega-
tivo predominou com 94,7%.CONCLUSÃO: A ICS é uma síndrome Instituição(ões):
infecciosa freqüente na unidade, com importante participação do 1. EERP-USP, Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto
CVC. As ICS associadas a CVC foram mais freqüentes (30,0%) do
que as relacionadas (6,8%). Houve uma alta freqüência de infec- Resumo:
ção assintomática (31,4%), o que requer maiores estudos à res- Biofilmeéamassamicrobianaresultantedamultiplicaçãoedesen-
peito da origem do patógeno. Agradecimento ao Apoio Financeiro volvimento de microorganismos aderidos na superfície de sólidos,
da FAMEMIG. em ambiente que contém líquidos. Não é uma massa compacta,
mas uma massa de microorganismos desenvolvidos em colunas e
Palavras-chaves: infecção de corrente sanguínea, neonatos críti- andares onde circulam líquidos contendo nutrientes, biocidas, ga-
cos,catetervascularcentral,unidadedeterapiaintensivaneonatal ses e subprodutos. Este estudo objetiva analisar as principais con-
seqüências causadas pela formação do biofilme dentário à saúde
humana e verificar meios que possam prevenir sua formação na
cavidade bucal. Para tanto, utilizou-se como método a revisão in-
P719 tegrativa da literatura através da seleção de artigos nas bases de
PERFIL DOS PACIENTES INTERNADOS NUM HOSPITAL PEDIÁTRI- dados Medline, Lilacs e CINAHL, por meio de palavras chave como
CO NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE - PERNAMBUCO. “saúde bucal”, “higiene” e “infecção”. Existem vários fatores que
contribuemparaformaçãodobiofilmedentário,dentreelasestáa

424
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
má higiene bucal, infecções periodontais recorrentes favorecidos do aprimoramento no processo de qualificação dos serviços de
pela alteração do epitélio bucal ocasionadas pela idade avançada, saúde O estudo sobre a infecção puerperal permitiu uma melhor
falta de vitamina C, diminuição do fluxo salivar e desidratação. As compreensão dessa doença que é considerada a principal causa
infecções dentárias quando presentes podem se disseminar por de morte materna no Brasil.
contigüidade, provocando graves complicações, afetando às vezes
estruturas como grandes vasos, provocando em clientes portado- Palavras-chaves: INFECÇÃO PUERPERAL, FATORES DE RISCO, CESÁ-
res de próteses ortopédicas, valvulares ou imunossuprimidos gra- RIA, SERVIÇOS DE SAÚDE, COMUNITÁRIOS
víssimas conseqüências levando ao óbito. No entanto, o biofilme
dentário tem sido atualmente associado às doenças como a pneu-
monia, problemas coronarianos e periodontais. Assim, dentre as
medidas profiláticas da formação do biofilme dentário está a hi- P722
giene rigorosa e freqüente dos dentes e da boca, que inibirão sua A PERCEPÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM E MEDICINA
formação e conseqüentes infecções locais ou sistêmicas. ACERCA DA EXISTÊNCIA E ATUAÇÃO DAS COMISSÕES DE CON-
TROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
Palavras-chaves: Saúde bucal, Higiene, Infecção
Autor(es):IzabellyLinharesPonteBrito,DianaKarlaMunizVascon-
celos, Patricia Batista Rosa, José Machado Linhares, Carla Nayane
Medeiros de Melo, Eduardo Parente Viana
P721
INFECÇÃO PUERPERAL:UM ESTUDO DOS FATORES DE RISCO Instituição(ões): 1. SCMS, Santa Casa de Misericórdia de Sobral

Autor(es): EDJANE DE SOUSA ANDRADE, JULIANA DIAS FERREIRA Resumo:


SILVA, JOSENALDA DE ALBUQUERQUE ROLIM, JOSE JONATHAS AL- INTRODUÇÃO: As Infecções Relacionadas a Assitência a Saúde
MEIDA DE ALBUQUERQUE, NEFERTITI PEREIRA LEITE (IRAS) constituem risco significativo para os usuários dos estabe-
lecimentos de saúde, especialmente, dos hospitais, exigindo a im-
Instituição(ões): 1. FSM, FACULDADE SANTA MARIA plementãção de ações específicas de vigilância, prevenção e con-
troledesseseventos.Diantedessaproblemática,torna-seexplícita
Resumo: a importância da existência de Comissões de Controle de Infecção
A infecção puerperal é o termo utilizado para descrever qualquer Hospitalar(CCIH). OBJETIVO Conhecer a percepção de estudantes
infecção bacteriana pós-parto; decorre da entrada de bactérias de enfermagem e medicina acerca da existência e atuação das
patogênicas no trato genital, antes ou durante o trabalho de par- CCIH´s. METODOLOGIA: Estudo com abordagem qualitativa, tipo
to ou no puerpério, constituindo-se uma das principais causas de exploratória, tendo como campo de investigação a Comissão de
morbimortalidade desse período com índices no Brasil que variam Controle de Infecção Hospitalar de um Hospital de Ensino da Zona
em torno de 1% a 7,2 %. Defini-se infecção puerperal como febre Norte do Estado do Ceará, no período de março e abril de 2010.
de no mínimo 38°C, durante dois dias quaisquer, dos primeiros 10 Ossujeitosdoestudoforamquatroacadêmicosdemedicinaetrês
dias do pós-parto, excluídas às 24 horas iniciais. A infecção pode de enfermagem, sendo usada a técnica de análise de conteúdo
ser localizada e envolver as mamas, assim como as estruturas do para categorização dos dados, adotando os princípios básicos da
canal de parto, incluindo-se a genitália externa, a vagina, o útero bioética. RESULTADOS: Obtiveram-se três unidades temáticas a
e os paramétrios; ou pode esparlhar-se pelo sistema circulatório seguir descritas: A relevância da CCIH na diminuição do período
ou linfático e causar celulite pélvica, tromboflebite séptica, peri- de internação e dos custos com os pacientes; a CCIH como ins-
tonite ou choque bacteriano. O objetivo do estudo foi caracterizar trumento de capacitação profissional no combate a disseminação
a infecção puerperal e verificar a associação entre a ocorrência das infecções e a CCIH como órgão fundamental para a melhoria
e os fatores de risco. O presente artigo faz um levantamento da da assistência prestada aos pacientes. CONCLUSÃO: Concluímos
bibliografia acerca da infecção puerperal e seus fatores de risco, queexisterelaçãosubstancialentreaatuaçãodaCCIHearedução
iniciando com a caracterização da infecção puerperal (conceito, da disseminação das IRAS, bem como da diminuição dos custos e
epidemiologia, etiopatogenia e diagnóstico) e a relação entre a do período de internação dos pacientes. Assim, tais comissões são
ocorrência e os fatores de risco. Constatou-se de acordo a literatu- imprescindíveis para a prevenção e controle das infecções advin-
ra pesquisada que a infecção puerperal é causada por diversos mi- das da prática assistencial vigente.
croorganismos, os sintomas abrangem: febre, calafrios, mal-estar,
náuseas,dorabdominaledrenagemuterinapurulenta.Oprincipal Palavras-chaves: Comissão Controle de Infecção Hospitalar, Estu-
fator de risco para infecção puerperal é a operação cesariana, que dantes de Enfermagem, Estudantes de Medicina
além dos fatores inerentes ao procedimento cirúrgico, pode en-
volver condições nem sempre adequada aumentando a incidên-
cia de infecções no período pós-parto. Entre os fatores de risco
comunitários para infecção puerperal verificou-se que o baixo ní- P723
vel socioeconômico e educacional da mulher estar relacionada a COMPORTAMENTO DA ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA HEPA-
uma maior morbidade. Os fatores de risco dos serviços de saúde TOESPLÊNICA EM UM MUNICÍPIO DO LITORAL SUL DO ESTADO
relacionam-se com a estrutura física adequada, ausência de recur- DE PERNAMBUCO
sos humanos capacitados, falta de equipamentos essenciais entre
outros. Tais achados reforçam a importância de diálogo entre o Autor(es): PAULA ELIZABETH CELERINO SILVA SILVA1, PAULA CA-
obstetra e a paciente no sentido de optarem pela cesárea eletiva ROLINA VALENÇA SILVA SILVA1, ANA LÚCIA COUTINHO DOMIN-
emsituaçõesqueapresenteriscomaternooufetalcomoformade GUES DOMINGUES2
evitar a realização de uma cesárea de emergência, como também

425
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Instituição(ões): métodos farmacológicos utilizados em um paciente com Neuro-
1. UFPE/CAV, Universidade Federal de Pernambuco toxoplasmose, associada ao HIV, co-relacionando com seus resul-
2. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco tados e a evolução clínica do paciente durante o internamento.
Métodos: O estudo, do tipo exploratório e observacional foi rea-
Resumo: lizado em um Hospital Universitário (HU) na cidade de Recife-PE
INTRODUÇÃO: Recentemente foram notificados casos de esquis- duranteomêsdemaiode2010.Osdadosforamcoletadosatravés
tossomose aguda e de focos de vetores da doença no litoral e em de prontuário do paciente e de visitas diárias na Unidade de Do-
periferia de áreas urbanas do Estado de Pernambuco, apontando enças Infecto-Parasitárias. Resultados: Foi observado que mesmo
para uma expansão da endemia com mudanças no seu perfil clíni- o paciente fazendo uso da terapia convencional para a doença
co-epidemiológico. Estudos confirmam que focos da doença vêm (pirimetamina combinada com sulfadiazina), além de outros fár-
surgindo localidades próximas das praias da região metropolitana macos para o controle de complicações associadas; manifestações
de Recife-PE, destacando o município de Ipojuca-PE. OBJETIVO: clínicas como cefaléia intensa, febre e rebaixamento do nível de
O trabalho descreve os principais aspectos sóciodemográficos e consciência puderam ser constatadas frequentemente devido ao
clínicos de portadores da forma grave hepatoesplênica da esquis- estado de imunodepressão conferido pela SIDA. Contudo consta-
tossomose. MÉTODOS: Estudo transversal, com 6 pacientes natu- tou-se que os episódios convulsivos, apresentados na fase inicial
rais deste município, no litoral sul do estado, recente área de foco, da doença e antes do início do tratamento, haviam cessado, refle-
atendidos em Hospital Universitário de Recife-PE, de setembro de tindo-se em pequena melhora no quadro clínico do paciente. Con-
2008 a março de 2009. Os casos foram diagnosticados por ultras- clusão:Odesenvolvimentodeinfecçãodosistemanervosocentral
sonografiadeabdomequeconfirmoufibroseperiportaleespleno- tem sido apontado como um dos fatores que influenciam negati-
megalia.RESULTADOS:Comprovou-semaiorocorrênciadadoença vamente o prognóstico dos doentes com SIDA, e sendo neuroto-
entre 31 a 60 anos, com predominância do sexo masculino 66,7%. xoplasmose caracterizada por uma patologia infecto parasitária de
A Hemorragia digestiva alta (HDA) esteve presente em 66,7% dos alcance neste sistema, é de fundamental importância a atuação
casos, embora 50% da amostra não tivesse realizado tratamento da enfermagem no sentido de prestar os devidos cuidados, o que
prévio para hipertensão portal, todos os pacientes foram tratados inclui a administração regular da terapia prescrita, a fim de evitar
previamenteparaesquistossomosecomopraziquantel.Aesteato- complicações neurológicas mais severas da doença.
sehepáticaestevepresenteem16,7%dospacientes,representan-
do uma importante patologia associada. CONCLUSÃO: O estudo Palavras-chaves: Neurotoxoplasmose, SIDA, Terapêutica
sugere o aparecimento da forma grave da doença no município
de Ipojuca-PE, bem como, a gravidade destes casos pela alta fre-
qüência de episódios de HDA, mostrando a necessidade priorizar
medidas de controle da doença nas comunidades de maior preva- P725
lência no Estado. AVALIAÇÃO DO ESTRESSE EM PACIENTES INFECTADOS POR
Palavras-chaves: Esquistossomose mansônica, Epidemiologia, He- MYCOBACTERIUM MASSILIENSE
matêmese, Pernambuco
Autor(es): JEAN MARCEL LEMES1, CRISTIANE GANZERT1, CLÁUDIA
LÚCIA MENEGATTI2

P724 Instituição(ões):
INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS E IMPLICAÇÕES NA EVOLUÇÃO 1. HCV - PR, HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA BRASILEIRA FLIAL DO
DA NEUROTOXOPLASMOSE ASSOCIADA À SÍNDROME DA IMU- PARANÁ
NODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA. 2. UP, Universidade Positivo

Autor(es):PaulaElizabethCelerinoSilvaSILVA,MariadaConceição Resumo:
Cavalcante de Lira LIRA, Gilvanildo Roberto da Silva SILVA, Hákilla INTRODUÇÃO: Situações estressantes podem trazer benefícios ao
Pricyla de Jesus Souza SOUZA, Larissa Riane de Aguiar Barbosa indivíduo desde que, na sua avaliação, essa não seja considerada
BARBOSA, Roberto dos Santos Siqueira SIQUEIRA excessiva. Quando o estressor é excessivo ou crônico aumenta a
suscetibilidade para manifestação de doenças, demora no proces-
Instituição(ões): so de restabelecimento da saúde, podendo ocorrer agravamento
1. UFPE/CAV, Universidade Federal de Pernambuco- UFPE/CAV de quadros clínico pré-existente. OBJETIVOS: Estabelecer junto
aospacientessuaspercepçõeseexperiênciaspessoaisaolongodo
Resumo: tratamento de tal infecção, considerando a interferência do nível
Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) de estresse. METODOLOGIA: Estudo de coorte transversal, onde
consiste em um conjunto de manifestações clínicas decorrentes se avaliou a presença ou ausência de estresse em pacientes adul-
da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), e pos- tos infectados por Mycobacterium massiliense pós procedimento
sui considerável incidência em vários países, apresentando-se videolaparoscópico. Participaram da pesquisa 18 pacientes, sendo
geralmente associada a outras afecções oportunistas; entre as 11 mulheres e 7 homens. Para a coleta de dados utilizou-se dois
quais se destaca a neurotoxoplasmose (NT), que nestes pacientes instrumentos: inventário padronizado ISSL e roteiro de entrevista
é causada pela reativação de uma infecção latente provocada pelo semi estruturado. RESULTADOS: A análise de dados foi quantita-
parasita intracelular Toxoplasma gondii. A NT manifesta-se clinica- tiva, usando: teste de qui quadrado, conversão das respostas em
mente de forma semelhante às outras complicações oportunistas porcentagem, cálculo de nível de significância (p0,05). Para a com-
que acometem o Sistema Nervoso Central (SNC) destes pacientes, paraçãoentreosmesesdetratamentooptou-seemagrupá-losem
podendo ocorrer concomitantemente no mesmo sítio, dificultan- duasfases:FaseI(atétrêsmeses)eFaseII(demaismeses).Aanáli-
do a confirmação diagnóstica. Objetivo: Descrever os principais se das entrevistas foi realizada com a categorização das respostas,

426
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
painel de juízes e análise esquemática. Averiguou-se presença de maiores cuidados desde a realização do procedimento, bem como
estresse em 78% dos pacientes, predominando o nível Resistência ao acompanhamento efetivo, principalmente por se tratar de pa-
(52%). Na fase I teve-se maior resposta da presença de estresse. cientes com maior idade e mais propensos a infecção, requerendo
Na fase II teve-se maior índice de ausência de estresse e adap- dos profissionais conhecimentos da técnica e das eventuais com-
tação ao tratamento, embora tenha casos de Exaustão e Quase plicações que podem decorrer do procedimento. Evidenciando a
exaustão (pacientes que retomaram o tratamento da Fase I. CON- importância de obedecer ao protocolo adotado pela instituição
CLUSÔES: As observações permitem hipotetizar que a presença de assim como, a relevância preconizada por alguns estudos quanto
estresse pode estar relacionada ao maior grau de aversividade do ao tempo de permanência do cateter.
tratamento e sua continuidade. Esses dados, em caráter preventi-
vo, abrem perspectivas para se pensar nos benefícios da inclusão Palavras-chaves: Cateterização Vesical, Epidemiologia, Pacientes,
da intervenção psicológica e/ou psiquiátrica durante o tratamento UTI
médico.

Palavras-chaves: Estresse, Infecção nosocomial, Mycobacterium


massiliense P727
PROCESSO CIRÚRGICO: CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA EM
HOSPITAL NO ALTO SERTÃO PARAIBANO

P726 Autor(es): Hermerson Nathanael Lopes de Almeida, Kennia Sibelly


CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE PACIENTES SUBMETI- Marques de Abrantes, Magaly Suênya de Almeida Pinto, Geofabio
DOS À CATETERIZAÇÃO VESICAL DE DEMORA NO SETOR DE UNI- Sucupira Casimiro, Mariana Queiroga Barbosa, Lilian Figueirôa de
DADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) Assis

Autor(es): Hermerson Nathanael Lopes de Almeida, Kennia Sibelly Instituição(ões):


Marques de Abrantes, Magaly Suênya de Almeida Pinto, Geofabio 1. UFCG, Universidade Federal de Campina Grande
Sucupira Casimiro, Mariana Queriroga Barbosa, Lilian Figueirôa de
Assis
Resumo:
Instituição(ões):1.UFCG,UniversidadeFederaldeCampinaGrande INTRODUÇÃO: No decorrer do século XIX os procedimentos ci-
rúrgicos foram se tornando audaciosos, e com o passar dos anos
Resumo: foram surgindo classificações de cirurgias em relação ao microor-
INTRODUÇÃO: O cateterismo vesical de demora refere-se à inser- ganismo presente no tecido operado, classificado ao final do ato
ção de um tubo flexível através do meato uretral até a bexiga, com cirúrgico. OBJETIVO: Caracterizar as cirurgias de um hospital no
finalidade terapêutica e/ou diagnóstica a fim de eliminar urina ou sertão da Paraíba e identificar o perfil de pacientes submetidos
instilar medicamentos. Apesar da cateterização ser considerada a estas cirurgias em relação ao tipo, classificação, grau de con-
um método seguro e efetivo, torna-se um fator de risco que pre- taminação e porte. METODOLOGIA: Estudo documental do tipo
dispõeopacienteàinfecção.OBJETIVOS:Caracterizarospacientes exploratório, descritivo, com abordagem quantitativa. A amostra
submetidosacateterizaçãovesicaldedemora(SVD)internadosno constou de 233 cirurgias realizadas no mês de Abril do corrente
setor de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional ano, no centro cirúrgico do Hospital Regional de Cajazeiras – PB.
de Cajazeiras (HRC). METODOLOGIA: Pesquisa quantitativa através Para coleta de dados utilizou-se o registro de cirurgias através de
do levantamento de dados com revisão retrospectiva dos pron- uma planilha previamente elaborada, no qual, descreve o proce-
tuários, tendo como amostra 19 pacientes submetidos ao proce- dimento cirúrgico e preenchimento por Enfermeiros plantonistas.
dimento de cateterização vesical no período de Março a Abril de Os dados foram submetidos a uma análise estatística simples,
2010. Os dados coletados foram submetidos a uma análise esta- respeitando os pressupostos da Resolução 196/96. RESULTADOS:
tística simples, respeitando os pressupostos da Resolução 196/96. Os dados apontaram que 75,1% referem-se ao gênero feminino e
RESULTADOS: Foram analisados 19 prontuários dos quais 73,7% 24,9% ao gênero masculino, em relação á faixa etária obtivemos
sendo do sexo masculino e 26,3% do sexo feminino. Com relação um percentual considerável nas quatro primeiras décadas de vida
à faixa etária foi constatada uma maior prevalência entre 81 a 90 perfazendo 66,1% em destaque a idade entre 20 a 29 anos com
anoscorrespondendoa26,6%,seguidode41a50e61a70ambos 33,9%. Quanto às cirurgias realizadas foram 33,9% para cesáreas,
com 21%. Com relação à taxa de permanência da SVD constatou- 10,7% curetagem, 15,9% para traumatismos ósseos, 4,7% histe-
se em 73,6% a permanência de 1 a 7 dias, 16% a permanência rectomia e 5,6% de colecistectomia, cirurgias essas de maior fre-
de 15 a 30 dias e 10,4% permanência de 8 a 14 dias. No que se qüência. Quanto ao potencial de contaminação as consideradas
refere ao diagnóstico desses pacientes observou-se maior frequ- limpas obtiveram 86,3%, as potencialmente contaminadas 6,4%,
ência das doenças respiratórias presentes em 52,6% dos casos contaminadas4,7%einfectadas3%.Emrelaçãoaclassificaçãodas
dos quais a pneumonia e a Insuficiência Respiratória Aguda (IRA) cirurgias as de urgência foram 66,1%, emergência 3,8% e eletivas
foram as mais frequentes; seguidas das doenças cardíacas com 31,3% e quanto ao porte de cirurgia 43,3% médio, 38,6% pequeno
21,1%, Acidente Vascular Encefálico (AVE) em 15,8% e intoxicação e 18,4% grande. CONCLUSÃO: È notório o alto índice de cirurgias
exógena em 10,5% dos casos. Em relação a conduta observamos cesáreas, sendo necessário uma avaliação mais precisa enquanto
que 47,3% foram transferidos, 42,3% foram a óbito, 5,2% recebe- assistência na evolução do trabalho de parto, a possível relação
ram alta para outro setor do hospital e 5,2% até o fim da coleta entre as quatro primeiras décadas de vida e as cirurgias ósseas
de dados ainda permaneciam internados. CONCLUSÃO: Com os decorrentes de traumas demonstram a necessidade da integração
dados obtidos percebemos que é significante o número de idosos de diversas secretarias com o intuito da diminuição, cuidado e
do sexo masculino submetidos à cateterização, sendo necessários educação nos diversos tipos de traumas. Além da falta de concor-

427
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
dância em relação à classificação das cirurgias e grau de contami- P729
naçãotornandoevidenteoconhecimentodeficienteporpartedos O PROCESSO DO CUIDAR EM ENFERMAGEM NA INFECÇÃO HOS-
profissionais no preenchimento de dados, necessitando assim de PITALAR
aperfeiçoamentocontinuadoparamelhoratuaçãoquantoàcarac-
terização de cirurgias.
Autor(es):MariaElizabetedeAmorimSilva,CoraCoralinadosSan-
tos Junqueira, Malu Micilly Porfírio Santos, Marília de Souza Leite
Palavras-chaves: Centro cirúrgico, Caracterização cirúrgica, Epide- Silva, Patrícia Simplício de Oliveira, Rebeca Silva Bezerra, Vanessa
miologia, Processo Cirúrgico Lopes Maia Dativo, Cizone Maria Carneiro Acioly

Instituição(ões): 1. UFPB, Universidade Federal da Paraíba


P728
MICROBIOTA DE OROFARINGE: PAPEL DA SALIVA E BIOFILME NA Resumo:
FISIOPATOGENIA DA VAP (PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILA- A infecção hospitalar é definida como aquela adquirida após a
ÇÃO) internação do paciente manifestando-se durante a internação,
depois da alta quando relacionada com a internação ou procedi-
Autor(es): Dahra Teles Soares Cruz, Stefanny Torres Marques, mentos hospitalares. Por existir infecções preventivas e controla-
AdriennyNunesdaSilvaTavares,CamilaAndurandy,RaízaCardoso das é importante que a equipe de saúde tenha responsabilidade
Pimentel, Aurora Karla de Lacerda Vidal ética, técnica e social para prover e propiciar serviços e condições
adequadas de prevenção e controle da infecção hospitalar, sendo
Instituição(ões):1. UPE, Universidade de Pernambuco estes inerentes ao processo de cuidar. O enfermeiro tem na sua
formação a capacitação para prestar um cuidado sem infecções
com ações preventivas e de controle em todos os domínios, prin-
Resumo:
cipalmente, com relação ao paciente. Além disso, os enfermeiros
Micoplasmas, fungos, parasitas e vírus podem causar pneumonia,
supervisionam as atividades dos demais profissionais de enferma-
sendo as bactérias a causa mais comum da doença. Os microor-
gem com a finalidade de vigiar as infecções hospitalares. Os enfer-
ganismos podem chegar aos pulmões através de aspiração de
meiros têm maior contato com o paciente e são responsáveis pe-
conteúdo da orofaringe ou estômago colonizado; ou, via hema-
los cuidados destinados a ele; logo, a enfermagem é essencial nas
togênica (por foco distante ou translocação bacteriana intestinal);
ações de prevenção, detecção e controle da infecção hospitalar.
também através de estruturas adjacentes (pleura e mediastino)
Contudo, as infecções hospitalares são multifatoriais, assim como
e ainda por inoculação através de aerossóis. A via principal para
toda a sua problemática, necessitando de uma equipe multipro-
a entrada de microorganismos no trato respiratório inferior con-
fissional. Com isso, objetiva-se caracterizar o processo de cuida-
siste na aspiração de secreção da orofaringe. Assim, objetivou-se
do dos profissionais de enfermagem frente à infecção hospitalar.
verificar o papel da saliva e biofilme dental na fisiopatogenia da
Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada em abril e maio de
Pneumonia Associada à Ventilação (VAP), bastante comum em in-
2010 utilizando artigos científicos dos bancos de dados BIREME e
divíduos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Foi
LILACS que se relacionam à temática abordada. Para análise dos
realizado estudo de revisão de literatura onde se buscou artigos
dados foram selecionados dez artigos publicados pesquisados nos
publicados disponíveis, na internet, nos sistemas de bases de da-
referidos locais. Entre os dez artigos selecionados das Revistas:
dos: Medlars on line Literatura Internacional (Medline), Literatura
Texto & Contexto em Enfermagem; Latino-Americana de Enfer-
Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e site
magem; Brasileira de Enfermagem; Escola de Enfermagem da USP,
da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Os resultados evidenciam
quatro retratam o papel da enfermagem no processo de cuidado
que o fato da boca ficar aberta (intubação traqueal) há favoreci-
na infecção hospitalar e as demais enfatizam a função da equipe
mento de desidratação da mucosa oral. Assim, a diminuição do
de saúde. Constatou-se que embora a prevenção e o controle da
fluxo salivar ocasionada permite o aumento da saburra ou biofil-
infecção hospitalar sejam de responsabilidade de todos da equipe
me lingual (matriz orgânica estagnada) no dorso da língua, favore-
de saúde, ainda recai sobre o profissional da enfermagem a maior
cendo a produção de componentes voláteis de enxofre, tais como
parte dessa função. Concluindo-se então, que este é de vital im-
mercaptanas(CHSH)esulfidretos(SH)quetêmodordesagradável
portância na prevenção e no controle da infecção hospitalar, pois
ecolonizaçãobacteriana.Nessecontexto,asalivaeobiofilmepos-
são os enfermeiros que têm maior contato com os pacientes e são
suem um papel fundamental na fisiopatogenia da VAP, pois uma
eles que na sua formação profissional adquirem conhecimentos
higiene deficiente gera alta concentração de patógenos na saliva,
científicos auxiliando-os na prevenção e no controle da infecção
que se aspirados para o pulmão em grandes quantidades, dete-
hospitalar. Sendo assim, todo o processo de cuidado do paciente é
rioram as defesas imunes do organismo. Ainda, o biofilme bucal
de responsabilidade do enfermeiro.
pode abrigar colônias de patógenos pulmonares e promover seu
crescimento. Alguns estudos demonstram que quando é realiza-
da higiene bucal adequada há redução de mortalidade em decor- Palavras-chaves: Enfermagem, Infecção hospitalar, Cuidado de En-
rência da pneumonia. Conclui-se que a colonização bacteriana da fermagem
boca favorece a VAP, sendo indicada a remoção mecânica da placa
através da escovação e utilização de fio dental, além de colutórios
sem álcool para assim evitar a infecção causada pela aspiração de P730
conteúdo da orofaringe. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PA-
CIENTE SUBMETIDA A TRATAMENTO DE DIABETES MELLITUS
Palavras-chaves: Fisiopatogenia da VAP, Microbiota de Orofaringe,
Pneumonia Associada à Ventilação, Saliva e Biofilme Autor(es): LARISSA ROLIM DE OLIVEIRA, LÍLIAN FIGUEIRÔA DE

428
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ASSIS, PRISCILA DAYANNE DOS SANTOS ARAÚJO, MARIA MÔNICA Instituição(ões): 1. UNIMED FORTALEZA, UNIMED FORTALEZA
PAULINO DO NASCIMENTO, ARIELLE WIGNNA BRASIL ABRANTES,
JOYCIMARADOSSANTOSQUEIROGA,KALLYNERUBYANDEOLIVEI- Resumo:
RA QUEIROGA, JUSSARA HERCULANO RAMALHO, KARLA GRAZIE- Introdução: A disseminação das aplicações de procedimentos in-
LA SALDANHA CAVALCANTE vasivos, o uso indiscriminado de antimicrobianos e a multiresis-
tência bacteriana tornaram crescente as infecções hospitalares,
Instituição(ões): desempenhando, assim, a Comissão de Controle de Infecção Hos-
1. UFCG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE pitalar (CCIH) uma função vital no controle destas infecções, com
responsabilidade de incentivar o uso racional de antimicrobianos.
Resumo: Oestudomultidisciplinar destasinfecçõestemcrescidoconsidera-
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) consiste velmentenosúltimosanos.Eistosedeveàdisseminaçãodemate-
na aplicação dos fundamentos teóricos da enfermagem de forma rial bibliográfico, com bancos de dados informatizados, com infor-
planejada e personalizada. Na prática vem revelando-se como um mações facilmente disponibilizadas para outros centros. Objetivo:
instrumento responsável por organizar as etapas necessárias para Realizar uma revisão sistemática de literatura sobre a participação
o cuidado, através da promoção de um atendimento humanizado, dos membros da CCIH (médico, farmacêuticos e enfermeiros) no
motivando a formação de um vínculo entre o cliente, profissionais controle de infecção hospitalar. Métodos: Estudo de revisão rea-
de saúde e familiares. O presente estudo objetivou a elaboração lizado através de busca restringida de artigos relacionados a par-
deumplanoassistencialparaumapacientehospitalizada,deacor- ticipação do farmacêutico, médico e enfermeiro no controle de
do com suas necessidades fisiológicas, psicológicas e espirituais, infecções hospitalares durante o período de 2005 à 2010, selecio-
visando um prognóstico satisfatório para a mesma. Trata-se de um nando as seguintes combinações de descritores: “Farmacêutico”
estudo de caso, com abordagem qualitativa, realizado com uma and “controle de infecção” and “hospital”, “médico” and “controle
paciente portadora de Diabetes Mellitus submetida à amputação de infecção” and “hospital” e “enfermeiro” and “controle de infec-
do terceiro pododáctilo E, como conseqüência de uma angiopatia, ção” and “hospital”, nos idiomas inglês, português e espanhol. As
admitida na Clínica Médica no dia 03 de Novembro de 2009 apre- bases de dados utilizadas foram: BVS,SCIELO e PUBMED . Resulta-
sentando fortes dores no MIE e diagnóstico médico de pé diabé- dos: Após a busca, foram encontrados um total de 2.097 artigos,
tico isquêmico. Diante da aplicação do Processo de Enfermagem sendo 55,4% (n=1.161) relacionados a atuação de enfermeiros,
(PE), foram encontrados os seguintes Diagnósticos de Enferma- 41,9% (n=879) a atuação de médicos e 2,7% (n=57) a atuação de
gem, de acordo com a NANDA 2008:Dor Crônica, relacionada ao farmacêuticos.Conclusão: O estudo demonstra uma elevada ca-
comprometimento da circulação evidenciado por relatos constan- rência de evidências científicas sobre a atuação do farmacêutico
tes de dor e expressões faciais; Mobilidade Física Prejudicada rela- no controle de infecção hospitalar e maior predomínio de artigos
cionada à perda de integridade de estruturas ósseas evidenciado contemplando a atuação do enfermeiro, podendo ser explicado
por movimentos lentos, atrofia dos espaços interósseos no MID; pelo papel deste profissional estar mais efetivado para o controle
Risco para a Integridade da Pele Prejudicada relacionada à má cir- de forma ampliada em diferentes partes do mundo. O trabalho
culação; Nutrição Desequilibrada: Mais do que as Necessidades multidisciplinar, neste sentido, requer uma maior abordagem na
Corporais relacionada a dificuldade de mudar padrão alimentar e literatura científica.
pouco conhecimento sobre a condição evidenciada pela ingestão
excessiva de carboidratos em relação às necessidades metabóli- Palavras-chaves: INFECÇÃO HOSPITALAR, CONTROLE, REVISÃO DA
cas; Déficit de Conhecimento relacionado à interpretação errônea LITERATURA
de informação evidenciada por seguimento inadequado de instru-
ções. Contudo, os referidos diagnósticos, mostraram-se de gran-
de valia para o progresso da paciente, de forma que foi possível
obter-se demasiados resultados satisfatórios de acordo com as P732
intervenções implantadas. Portanto, a Sistematização da Assistên- DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DAS COMISSÕES DE CONTROLE
cia de Enfermagem abrange todos os requisitos necessários para DE INFECÇÃO HOSPITALAR DE FORTALEZA - CEARÁ
promoção de uma saúde satisfatória, almejando unificar preven-
ção,educação,tratamentoeprincipalmenteocuidarhumanizado, Autor(es): Lia Fernandes Alves de Lima1,2, Ana Paula Rodrigues
para então obter-se um prognóstico de êxito. Costa1,2, Manuel Dias da Fonsêca Neto1,2, Maria de Lourdes Al-
ves Vieira1,2, Luciene Alice da Silva1,2
Palavras-chaves: Cuidado, Diabetes Mellitus, Processo de Enfer-
magem Instituição(ões):
1.CECISS/CE,ComitêEstadualdeControledeInfecçãoemServiços
de Saúde
2. SESA/CE, Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
P731
ANÁLISE DA ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE NO CON- Resumo:
TROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR: UMA REVISÃO DA LITERATU- Introdução A infecção hospitalar é hoje uma das principais cau-
RA sas de morte e aumento de custos hospitalares em nosso país. A
obrigatoriedade de uma Comissão de Controle de Infecção Hospi-
Autor(es): DANIELLE DE PAULA MAGALHAES, HENRY PABLO LO- talar (CCIH) e de um Programa de Controle de Infecção Hospitalar
PES CAMPOS REIS, MARIA LIANA DE MAGALHAES NASCIMENTO, (PCIH) é exigido pela lei Federal nº 9.431 de 6 de janeiro de 1997.
SAULO RODRIGO LUCAS RIBEIRO, JOEL BEZERRA VIEIRA, LARISSA Em 12 de maio de 1998 a partir da Portaria 2616 do Ministério
MENEZES LEITE, JULIO CESAR PASCOAL SILVA da Saúde foram implementadas as diretrizes e normas para a pre-
venção e o controle das infecções hospitalares. Objetivo O Comitê

429
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
Estadual de Controle de Infecção em Serviços de Saúde (CECISS) custos com medicamentos da operadora em 2009, ocupando o
resolveu traçar o diagnóstico situacional dos hospital da capital do primeiro lugar dos produtos A com cerca de 35,12% da curva ABC
estado, para avaliar as necessidades a serem combatidas. Resul- de medicamentos. Analisando-se a carteira de clientes, observa-
tados Foi utilizado questionário para avaliar cada instituição, com se uma ascensão do gasto per capita com esses medicamentos,
base na Portaria 2616. De 45 instituições solicitadas, 26 responde- passando de R$23,24/cliente em 2006 para R$27,66/cliente em
ram ao questionário (58%). 25 instituições possuíam CCIH, destas 2009, considerando o impacto orçamentário este acréscimo re-
14erampúblicas,7privadas,3filantrópicase1organizaçãosocial. percutiu em R$ 2.639.766,91. Analisando-se os ATM isoladamen-
Todos possuíam, pelo menos, 1 médico e 1 enfermeira, e apenas te, Meronem® representou os maiores custos em 2009 (10,65%),
15 possuíam farmacêticos, apenas 12 instituições possuíam 100% seguido deTargocid® (10,36%),Meropenem(8,18%)ePiperacilina
dos seus ativos exclusivos do setor. Os laboratórios de microbiolo- + Tazobactam (7,15%). Quanto ao grupo farmacológico, os Car-
gia eram próprios em 7 instituições, todas estas públicas. Mais de bapenêmicos foram os mais onerosos (27,02%). O gasto per ca-
60% possuíam sala exclusiva, computadores, acesso a internet e pita por grupo farmacológico foi maior para os Carbapanêmicos
telefone exclusivo. 22 utilizavam plano para uso racional de anti- (R$4.513,55/cliente), seguido das Oxazolidinodionas (R$3.528,09/
microbianos.Maisde70%têmmanuaisdeprevençãodepav,ipcs, cliente) e Glicopeptídeos (R$2.821,07/cliente). Analisando-se o
isc, itu, ineo, e higienização das mãos. 23 fazem acompanhamento gasto por hospital prestador, contata-se que um único hospital foi
de taxas, busca ativa, porém só 17 emitem perfil para o corpo clí- responsável por 31,35% dos gastos com estes medicamentos em
nico e 19 fazem divulgação de taxas. Apenas 5 fazem controle de 2009. Conclusão: O monitoramento contínuo dos indicadores de
IH pós-alta. Mais de 60% fazem ações educativas e de prevenção e custos permite fornecer informações precisas e sinalizar pontos
controle.Amaioriasdasdificuldadesapontadasforamaestrutura, críticos na gestão de insumos de alto custo em serviços de saúde,
antiga e deficiente, a falta de recursos humanos e falta de sistema ganhando notoriedade a gestão farmacoterapêutica de antimicro-
de notificação unificado. Conclusão Concluímos a necessidade de bianos para sinalizar pontos críticos aos atores envolvidos com o
maior aproximação do CECISS com os hospitais para que haja o controle de infecção e as operadoras de planos de saúde.
fortalecimento das ccih, assim como a disponibilização de cursos
de capacitação para os profissionais. Palavras-chaves: ANTIMICROBIANOS, CUSTOS, INDICADORES,
GESTÃO
Palavras-chaves: ccih, diagnóstico, hospitais

P734
P733 AVALIAÇÃO DO PAPEL DA APOPTOSE NAS DIFERENTES FORMAS
GESTÃO FARMACOTERAPÊUTICA DE ANTIMICROBIANOS (ATM): CLÍNICAS DA DOENÇA DE CHAGAS
A IMPORTÂNCIA DE INDICADORES DE ANÁLISE DE CUSTOS EM
UMA OPERADORA DE PLANOS DE SAÚDE Autor(es): ANA THEREZA CHAVES1, RODRIGO CORREA OLIVEIRA1,
MANOEL OTÁVIO ROCHA2, ANDREA TEIXEIRA CARVALHO1, FER-
Autor(es): MARIA LIANA DE MAGALHAES NASCIMENTO, HENRY NANDA FORTES DE ARAUJO1, JACQUELINE ARAUJO FIUZA1, RA-
PABLO LOPES CAMPOS REIS, SAULO RODRIGO LUCAS RIBEIRO, FAELLE CHRISTINE GOMES FARES1, GIOVANE RODRIGO DE SOU-
JULIO CESAR PASCOAL SILVA, JOEL BEZERRA VIEIRA, DANIELLE DE SA1,2, ELAINE MARIA DE SOUZA FAGUNDES2, JULIANA DE ASSIS
PAULA MAGALHAES, LARISSA MENEZES LEITE, CRISTIANE FREITAS SILVA GOMES1,2
ARAUJO, FRANCISCO GLAUBER GOMES ASSUNÇAO, ROMULO CE-
SAR MOURA SA Instituição(ões):
1. FIOCRUZ, 1Centro de Pesquisas René Rachou, FIOCRUZ
2. UFMG, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Instituição(ões): 1. UNIMED FORTALEZA, UNIMED FORTALEZA
Resumo:
Resumo: Vários mecanismos imunorreguladores têm sido propostos na in-
Introdução: Os custos com antibioticoterapia respondem por 20% fecção pelo protozoário T. cruzi como imunossupressão, apoptose
a 60% dos gastos na maioria dos hospitais, representando uma e citocinas reguladoras. O objetivo foi avaliar o papel da apop-
considerável parcela dos produtos “A” da Curva ABC de gestão fi- tose de linfócitos do sangue periférico de pacientes com doença
nanceira, exigindo sua monitorização e análise contínua. Objetivo: de Chagas, nas formas clínicas indeterminada (IND) ou cardíaca
Descrever indicadores de análise de custos para auxiliar na gestão (CARD), para compreender o papel da morte programa das célu-
farmacoterapêutica de antimicrobianos, em uma operadora de las no controle ou desenvolvimento da miocardiopatia. Sangue de
planos de saúde de Fortaleza, Ceará. Métodos: Estudo observa- indivíduos não infectados (NI) foi utilizado como controle. A apop-
cional de elaboração e aplicação de indicadores na gestão da anti- tose dos linfócitos, estimulados ou não por antígeno preparado
bioticoterapia (Janeiro a Dezembro/2009). Após levantamento do com epimastigota do T. cruzi, foi avaliada pelos métodos da ane-
faturamento, realizado por atuários, a ASSFAR propôs indicadores xina e da caspase 3+. Foi avaliado, por citometria de fluxo, alguns
de monitorização que auxiliasse na aferição de resultados quan- marcadores de ativação na superfície de linfócitos totais (LT) e das
to à aplicação de medidas de incentivo ao uso racional de ATM e subpopulações TCD4+ e TCD8+, além da presença de citocinas in-
controle de custos com a farmacoterapia da infecção hospitalar. tracelulares e plasmáticas.A medida do percentual de apoptose
Para tanto, foram definidas as diretrizes gerenciais para monito- de LT pela anexina, após o estímulo antigênico por EPI, mostrou
ramento contínuo de ATM da categoria A; desenvolvido plano de aumento significativo no grupo CARD em relação aos grupos NI e
trabalho com ênfase na gestão estratégica em farmacoeconomia IND. Na apoptose pelo método caspase 3+, verificou-se percen-
e definido os indicadores de resultados para gestão dos ATM. Re- tual significativamente maior nos LT dos pacientes com doença
sultados: Os ATM representaram 34,13% (R$ 11.026.695,87) dos de Chagas, independente da forma clínica, do que no grupo NI. A

430
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
avaliação da apoptose nas subpopulações de linfócitos T CD4+ e trabalho de definição de EA e quase eventos; mapeamento dos
CD8+ indicou maior suscetibilidade à apoptose de LT CD4+ naque- riscos de atividades assistenciais e processos utilizando ferramen-
les com doença de Chagas. Independente do estímulo específico tas de análise de perigos e riscos (APR); definição de estratégias
pelo EPI, verificou-se aumento no percentual de linfócitos TCD4+ para estímulo à notificação; criação de um sistema de fácil aces-
anexina+ nos grupos IND e CARD, enquanto que, a avaliação da so à notificação de EA e quase-eventos; utilização de ferramentas
apoptose pela caspase 3+, houve aumento somente após o estí- de qualidade para mapeamento de processos (Análise de Modo
mulo específico. Os LT CD8+ anexina+ no grupo CARD mostraram- e Efeito de Falha de Serviço de Saúde) e estudo retrospectivo de
se mais suscetíveis à apoptose, independente de estímulo especí- eventos adversos graves (Análise de Causa Raiz – ACR) além da di-
fico in vitro. Pela avaliação por caspase 3+, verificou-se também vulgação dos dados e indicadores (globais e por unidade) em rela-
nos grupos IND e CARD, aumento de apoptose de LT CD8+, após tórios, boletins, campanhas e eventos de gerenciamento de risco.
estímulo pelo EPI, em relação às culturas controle e ao grupo NI. Resultados: A disseminação da cultura de segurança na instituição
Nas citocinas intracitoplasmáticas, verificou-se aumento de LT, de se traduz pelo aumento contínuo das notificações ao longo dos
TCD4+ TCD8+ TNF-α+ nas culturas estimuladas por EPI dos indiví- anos (700 em 2008, 1225 em 2009 e 896 só no primeiro semestre
duos IND e CARD. O TNF-α, IFN-g e IL-2 foram maior no plasma cir- de 2010). A partir deste aumento, foi possível a subcategorização
culante de indivíduos do grupo CARD. Ao contrário, IL-10 foi maior dos principais eventos (erros de medicação, erros de identifica-
no plasma do grupo IND. Na avaliação de moléculas de superfície, ção) e os relatórios antes semestrais passaram a ser trimestrais,
pacientes com doença de Chagas apresentaram maior ativação utilizadoscomoimportantesferramentasparagestãoderiscosnas
celular determinada pela expressão de marcadores de ativação, unidades assistenciais. Ainda como resultado desta disseminação
após estímulo por EPI, que o grupo NI. A resposta de proliferação foi criada em 2010 a Gerência de Risco, que assume dentro do
dePBMCs,induzida porEPI,deindivíduosNI,INDeCARDmostrou organogramainstitucional,carátersistêmicoetransversal.Conclu-
menor resposta no grupo CARD em relação ao IND. A apoptose são: A segurança na assistência à saúde é elemento indissociável
observada nos pacientes com doença de Chagas pode estar envol- da qualidade e o modelo de organização para o melhor desempe-
vida na eliminação de linfócitos ativados, induzidos pelo T. cruzi. A nho dos serviços de saúde neste campo está em plena construção
associação com níveis elevados de citocinas inflamatórias no gru- no HGIS. O modelo de “gestão de risco” a partir da experiência
po CARD levaria à exacerbação da patologia. O controle do desen- consolidada nas atividades de vigilância, prevenção e controle de
volvimento da miocardiopatia chagásica no grupo IND poderia ser infecção hospitalar tem se mostrado uma alternativa viável.
decorrente da apoptose dos linfócitos ativados, sob o controle de
citocinas e células reguladoras. Palavras-chaves: Vigilância de Risco, Evento Adverso, Cultura de
Segurança
Palavras-chaves: DOENÇA DE CHAGAS, RESPOSTA IMUNE, APOP-
TOSE
P736
INTERVENÇÃO MULTIPROFISSIONAL NA PREVENÇÃO E CONTRO-
P735 LE DAS INFECÇOES RELACIONADAS Á ASSISTENCIA A SAÚDE: UM
A DISSEMINAÇÃO DA CULTURA DE SEGURANÇA NO HOSPITAL TRABALHO EDUCATIVO COM ACOMPANHANTES EM UM HOSPI-
GERAL DE ITAPECERICA DA SERRA TAL UNIVERSITÁRIO DE FORTALEZA/CE

Autor(es): ADRIANA PIRES DOS SANTOS, ALINE FERREIRA DE Autor(es): Marta Maria Costa Freitas, Edilene Maria Vasconcelos
MELO, CRISTIANE NICOLETTI, EVELIN AMARAL RAMOS, FABIANA Ribeiro,EmanuelaLimaBezerra,MykaellaCristinaAntunesNunes,
SIROMA, ICARO BOSZCZOWSKI, NAJARA MARIA PROCÓPIO AN- Neiva Francenely Cunha Vieira, Patricia Neyva da Costa Pinheiro
DRADE, RENATA BOSSATTO DE BARROS
Instituição(ões):
Instituição(ões): 1. HUWC, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTIDIO
1. HGIS, HOSPITAL GERAL DE ITAPECERICA DA SERRA
Resumo:
Resumo: A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) objetiva
Introdução: A busca pela cultura da segurança do paciente tem promover a prevenção e o controle de infecções hospitalares. Esta
se mostrado necessidade crescente em função das ampliações do comissão implanta e mantém o sistema de vigilância epidemio-
espaço democrático e da cidadania, da competição do mercado, lógica de infecções hospitalares; desenvolve ações de busca ativa
das exigências das certificações externas e da reflexão ética de dessas infecções; elabora treinamentos periódicos de capacitação
uma sociedade que incorpora novas tecnologias numa velocidade dos profissionais; realiza busca ativa aos pacientes com infecção,
cada vez maior. Objetivos: Descrever a implantação do programa dentre outras atividades. O papel da CCIH junto ao acompanhan-
de Vigilância de Risco do Hospital Geral de Itapecerica da Serra te é informá-lo quanto as condutas iatrogênicas, que favorecem
(HGIS) e a disseminação da cultura da segurança na instituição. infecções hospitalares, e orientá-lo das medidas preventivas de
Método: O Serviço de Vigilância de Risco (SVR) do HGIS foi criado infecção. As ações dos profissionais consistem em promover a
em 2008, com base no modelo estabelecido nas diretrizes e nor- educação em saúde, estimulando comportamentos saudáveis
mas definidas pela portaria 2616 do Ministério da Saúde de 1998 e que diminuam os riscos de infecção hospitalar. Com o objeti-
que rege as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar no Bra- vo de desenvolver novas atitudes no âmbito da prevenção das
sil. O SVR integra as frentes de farmacovigilância, hemovigilância, infecções hospitalares, foi elaborado um folder direcionado aos
gerenciamento de resíduos, serviço de controle de infecção hospi- acompanhantes. A construção do folder agregou conhecimentos
talar, tecnovigilância e define as bases para notificação de evento de diversos saberes, como: psicologia, serviço social, enfermagem
adverso (EA). No processo de implantação do serviço ressaltamos: emedicina.Paraaconstruçãodesseinstrumentofoirealizadarevi-

431
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
são de literatura sobre o assunto e houve uma investigação sobre no; a faixa etária média foi de 66 anos; o tempo de internação na
a incidência de acidentes com pérfuro-cortantes, como também UTI em média foi de 39 dias; o APACHE II em média foi 22 e valor
de condutas não adequadas ao ambiente hospitalar. O folder teve damortalidadepreditade43,22%;oantibióticoutilizadofoioMe-
caráter explicativo e informativo, contendo informações sobre a ropenem (40%); 70% das ICS foram por agentes multirresistentes.
CCIH, condutas que favorecem infecções e medidas preventivas Considerando que a ISC/CVC nesta população pode aumentar o
aos acidentes com pérfuro-cortantes. A abordagem aos acompa- tempodeinternaçãoemsetedias,oaumentodocustonointerna-
nhantes foi realizada em duas clínicas médicas de alta incidência mento relacionado à ISC nesta população estudada foi em média
de acidentes com pérfuro-cortante, o que justificou a necessida- de R$ 8.867,12 variando entre R$ 6.876,75 e R$ 14.751,75. Con-
de da intervenção. A intervenção consistiu em uma apresentação clusão: Os pacientes que desenvolveram ISC relacionada ao cate-
explicativa do folder junto ao acompanhante. Foram realizadas tereramidosos,tinhamtempoprolongadodointernamentoealto
10 orientações nas duas clínicas. Os resultados apontaram que risco de morte, estimado pelo APACHE II. A maioria das infecções
a iniciativa metodológica é válida, pois o instrumento mostrou- foi por germe multirresistentes e foram tratados com antibióticos
se acessível a compreensão dos acompanhantes e evidenciou-se de largo espectro. As ISC relacionadas a cateter levaram a um au-
como uma ferramenta de conhecimento das medidas preventivas mento significativo dos custos de internamento, portanto se faz
de infecções. Verificou-se que tal intervenção pode suscitar nos necessário medidas de intervenções preventivas.
acompanhantes a conscientização de que suas atitudes podem
contribuir para a prevenção das infecções hospitalares. Conclui-se Palavras-chaves: PERFIL EPIDEMIOLÓGIOCO, IMPACTO FINANCEI-
que trabalhos como este devem ter continuidade, pois cada inter- RO, INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA ASSOCIADA
venção colabora para prevenção e promoção da saúde.

Palavras-chaves: INTERVENÇÃO MULTIPROFISSIONAL, PREVEN-


ÇÃO E CONTROLE, TRABALHO EDUCATIVO, ACOMPANHANTES P738
A IMPORTANCIA HISTÓRICA DA INFECÇÃO HOSPITALAR: DESA-
FIOS PARA O FUTURO

P737 Autor(es): Luciana Elem Pereira de Queiroz, Fernanda Santos Ro-


O PERFIL EPIDEMIOLÓGIOCO E O IMPACTO FINANCEIRO DE UMA drigues Araújo, Renata da Costa Santos, Suelem do Rozario
INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA ASSOCIADA A CATETER VE-
NOSO CENTRAL (ISC/CVC) Instituição(ões): 1. UFF, Universidade Federal Fluminense

Autor(es): ARIANNY DE MACEDO BRONDANI, ALAIN MARCIO LUY, Resumo:


CYNTHIAMARIAGOMESSALVADOR,RUCIELIMARIAMOREIRATO- Introdução: a infecção hospitalar tem relevância na história dos
NIOLO, MARCELO AMORIN hospitais, cujo início é marcado por fatos que mudaram a vida das
pessoas, da sociedade e do mundo. Essa história é alimentada por
Instituição(ões): ocorrências que traçaram e mudaram o curso hospitalar e o curso
1. HVCT, HOSPITAL VITA CURITIBA - CURITIBA/ PARANÁ das profissões que trabalham nesse tipo de instituição. Objetivos:
identificar textos que abordam sobre a história das infecções hos-
Resumo: pitalares; discutir sobre a história da infecção hospitalar. Métodos:
Introdução: Os cateteres venosos centrais vêm sendo utilizados foi feita uma revisão das publicações sobre o tema. Para as buscas
com maior freqüência nos pacientes internados nas Unidades de foi acessada a base de dados Literatura do Caribe e América Latina
Terapia Intensiva (UTI’s), estima-se que seja utilizado em 48% dos (Lilacs), com os descritores: História, Infecção, Hospital, Infecção
pacientes, correspondendo a aproximadamente a 5 milhões de Hospitalar.421referênciasforamlistadasemque,apósaaplicação
CVCdiaporanonosEstadosUnidos.Estautilizaçãopodeacarretar doscritériosdeinclusão(textoscompletosdisponíveisonlineeem
em infecções da corrente sanguínea. Estudos mostram que as ISC português) 11 referências foram listadas. Das 11 após leitura e re-
adquiridas no hospital prolongam em média o tempo de interna- leitura, 04 foram para a seleção final. 06 livros sobre a prevenção
ção de 5 a 7 dias e estipulam que os custos atribuídos por infecção da infecção hospitalar também foram consultados. Resultados:
são estimados entre $ 3.700 a $ 29.000 dólares. Objetivo: Des- dentro da história da infecção hospitalar, foram abordados pelos
crever o perfil epidemiológico dos pacientes que obtiveram uma artigoselivros,ahistóriadainfectologianaidademédia;asfiguras
ISC/CVC e avaliar o impacto desta infecção no custo da internação históricas do século XIX como Florence Nithgale e Semmelweis;
nestes clientes em uma UTI de um Hospital privado de Curitiba. lavagem das mãos; infecções de ferida operatória; prevenção de
Métodos: Caracteriza-se como pesquisa exploratória descritiva de infecção do sítio cirúrgico e tecnologias implementadas como a
campo, composta de dez pacientes de uma instituição hospitalar robótica. Também, o advento dos antimicrobianos, no século XX,
privada de Curitiba com ISC/CVC no período de dezembro 2008 a revolucionou o tratamento das infecções. E os surtos de infecção
dezembro de 2009. Na coleta dos dados foram avaliadas as fichas por Staphylococcus aureus, nas décadas de 50 e 60, e pelas bac-
epidemiológicasdeinfecçãohospitalar,os prontuários dospacien- térias gram negativas, na década de 70, originou o interesse para
tes quanto ao tratamento e seus custos. Organizados em planilha medidas de controle de infecção hospitalar, até os dias de hoje.
Excel composta de: a) perfil epidemiológico: nome, sexo, faixa etá- Conclusão: entender como se procedeu a história das infecções
ria, data da internação e de alta da UTI, diagnóstico, agente etioló- hospitalares pode auxiliar, no presente, nas ações que podem mi-
gico, APACHE II, o antibiótico; b) estimativa dos custos: do valor do nimizar ou evitar os riscos para o ressurgimento de velhos proble-
antibiótico, 7 diárias de internação na UTI, honorário médico, ma- mas da infecção hospitalar.
teriais utilizados, duas amostras de hemocultura e cultura da pon-
ta do CVC. Resultados: Quanto ao perfil da população pesquisada, Palavras-chaves: infecção, infecções, história, hospitalar
composta por 10 pacientes: 70% correspondem ao sexo masculi-

432
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ÍNDICE REMISSIVO

433
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ALMEIDA, V.P. ........................... P425
A ALMEIDA,A.B. ........................... P664
A, S.S.C. ........................... P049
ALMEIDA,A.C.S. ........................... O38
ABDALA, E. ........................... P139
ALMEIDA,J.A.L ........................... O14
ABDALLAH, V. O. S. ........................... O05 , P266 , P717 , P718
ALMEIDA,J.J.A ........................... P221 , P591 , P659
ABRAHÃO, T.A. ........................... P425
ALMEIDA,J.JA. ........................... P572
ABRAMCZYK, M. L. ........................... P191
ALMEIDA,N.F ........................... P471 , P550
ABRAMOVICI, S. ........................... P163
ALMINO,ML.B.F. ........................... P092
ABRANTES, A.W.B. ........................... P699 , P730
ALVARENGA, C. F. ........................... P574
ABRANTES, K.S.M. ........................... P149 , P197 , P726 , P727
ALVARENGA, S.C. ........................... P488
ABRÃO, J. B. O. ........................... P355
ALVES, A.M ........................... P058
ABREU, C. F. V. ........................... P277
ALVES, A.M. ........................... P059
ABREU, J.A. ........................... P441 ALVES, C. G. R. ........................... P193 , P473
ABREU, M.G.B. ........................... O25 ALVES, C.M.S. ........................... P526
ABREU, S. L. DE ........................... P075 ALVES, D.A. ........................... P186
ACIOLY, C.M.C. ........................... P257 , P364 , P633 , P682 ,
ALVES, E C ........................... P051 , P309
P729
ALVES, H.H.F. ........................... P481
ACIOLY, M.F. ........................... P389
ALVES, H.P. ........................... P500
ACQUESTA, A.L. ........................... P279
ALVES, J. ........................... P416 , P417
AFONSO, F.I ........................... P590 ALVES, J. ........................... P415
AFONSO, I . ........................... P121 ALVES, L. M. O. ........................... P090
AFONSO,I.F ........................... O08 ALVES, L. R. ........................... O60
AGUIAR, L.C. ........................... P405
ALVES, L.M.O ........................... P091
AGUIAR, L.K. ........................... P022 , P023
ALVES, L.M.O. ........................... P463
AGUIAR, R.A.L.P. ........................... P054
ALVES, L.R. ........................... O56
AGUIAR, S. ........................... P171
ALVES, S B ........................... P147
AGUIAR, T. ........................... P233 ALVES, S B ........................... P148
AGUILAR, A.P. ........................... P022 , P023
ALVES, S L A ........................... P148
AGUILERA, N.C.F ........................... P589 ALVES, S L A A ........................... P147
AHMAD,A.F. ........................... P246
ALVES, S.B. ........................... P024 , P354 , P570 , P571 ,
AIRES, A.L. ........................... P523
P658 , P665
AL, MUNHOZ ........................... O59
ALVES, SB ........................... P370
ALBUQUERQUE, E. M............................ P410
ALVES, T.E.A. ........................... P240
ALBUQUERQUE, J.D. ........................... P566
ALVES, T.M. ........................... P644
ALBUQUERQUE, M.F.P.M....................... O32 P441
ALVES, V.L.C. ...........................
ALBUQUERQUE, S.E.K............................ P161 , P162 , P484
ALVES, W. A. ........................... P195
ALBUQUERQUE, T. T ........................... P333
ALVES,P. J.S. ........................... P483
ALBUQUERQUE,J.J.A. ........................... P721
ALVES,S.B. ........................... P362
ALBUQUERQUE,L.K.DE GOMES ............ P295
ALVINO, V. ........................... P452 , P541 , P697
ALBUQUERUQE, T.T ........................... P316
AMARAL, C. ........................... O52 , P624 , P144
ALCANTARA, E. ........................... P171
AMARAL, E.M. ........................... P552
ALCANTARA, L. F. M. ........................... P090
AMARAL, M.M.S. ........................... P065 , P068
ALCANTARA, L.F.M. ........................... P091 , P463
AMARAL, R.M. ........................... P517
ALÉCIO, E.R.S. ........................... P481
AMARAL,E.J.L.S. ........................... P220
ALEMEIDA, E. L. ........................... P236
AMARAL,E.J.S. ........................... P657
ALENCAR, J. L. L. ........................... P508 , P509
AMARAL,G.P. ........................... P145 , P678
ALENCAR, M.A. ........................... P164
AMBROSI, C.B. ........................... P283
ALMEIDA JUNIOR, J. N............................ O27 , O17 P357 , P592
P400 AMORIM, I.C. ...........................
ALMEIDA, A. C. S. ........................... P207 , P251
P389 AMORIM, L.G.S. ...........................
ALMEIDA, A. C. S. ........................... P689
O42 , P712 AMORIM,P. ...........................
ALMEIDA, A.C.S. ........................... P737
AMORIN, M ...........................
ALMEIDA, A.G.C.S. ........................... P158 , P159
ANDRADE DE, D. ........................... P349 , P350 , P351
ALMEIDA, A.K.F. ........................... P154
ANDRADE, A. P. ........................... P562
ALMEIDA, A.N.G. ........................... P229
ANDRADE, A.L.S. ........................... P456
ALMEIDA, A.V ........................... P669 P585
P017 , P584 ANDRADE, B. ...........................
ALMEIDA, E.G.R. ........................... P289
P179 , O29 , P329 , P330 ANDRADE, D. ...........................
ALMEIDA, G.L. ........................... P446 , P447 , P540 , P291 ,
P149 , P197 , P726 , P727 ANDRADE, D. ...........................
ALMEIDA, H.N.L. ........................... P588 , P720
ALMEIDA, J. M. F. ........................... P603
ANDRADE, E. S. A. ........................... P591
ALMEIDA, J.A.L. ........................... O49 , P594
ANDRADE, FERNANDA SANTIAGO......... P108
ALMEIDA, M.S.B ........................... P343
ANDRADE, J.S. DE ........................... P035
ALMEIDA, M.T.G ........................... P349
ANDRADE, M.M ........................... P394 , P403 , P404
ALMEIDA, P. L. S. ........................... P136
ANDRADE, N.M.P. ........................... P150 , P198 , P514
ALMEIDA, P.B. ........................... P703
ANDRADE, N.P. ........................... P151
ALMEIDA, P.L.S ........................... P107 P261 , P284 , P735
ALMEIDA, P.L.S. ........................... P511 ANDRADE, NMP ...........................
ANDRADE, P.M ........................... P381
ALMEIDA, R.T.C. ........................... P535 , P646
ANDRADE, R.M. ........................... P074 , P174
ALMEIDA, S.G.P. ........................... P228 , P613
ANDRADE, S.T.S. ........................... P669
ALMEIDA, T.M. ........................... P523 P342
ALMEIDA, V. ........................... P271 ANDRADE, T. C. F. ...........................
ANDRADE, V. P. ........................... P270

434
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
ANDRADE, V.M.F.B. ........................... P256 , P319 ARRUDA, GIRLAYNE B............................ P371
ANDRADE,A.N ........................... P591 , P659 ARRUDA, GIRLAYNE B............................ P346
ANDRADE,A.N. ........................... P221 ARRUDA, J.J.F. ........................... P681
ANDRADE,E.A. ........................... P721 ARRUDA, MJC ........................... P262 , P518
ANDRADE,E.S ........................... P221 , P659 AS, LEVIN ........................... O59
ANDRÉ, M.C.D. ........................... P456 ASENSI, M.D. ........................... P269
ANDRÉ, M.C.D.P.B. ........................... O41 , P395 ASSEF, A.P. ........................... P271
ANDURANDY, C. ........................... P714 , P728 ASSEF, A.P.D.C.A. ........................... P269
ANJOS, M. A. M. ........................... P563 ASSEF, J.C. ........................... P553
ANJOS, M.A.M. ........................... P488 ASSIS, L.F. ........................... P149 , P197 , P726 , P727
ANTONIAZZI, A. ........................... P071 ASSIS, L.F. DE ........................... P699 , P730
ANTUNES, A. A. ........................... P421 ASSIS, R.K.A. ........................... P155 , P242 , P243
ANTUNES, A. A. A. ........................... P372 ASUNÇAO, F. G. G. ........................... P733
ANTUNES, M. M. ........................... P421 , P422 AZEVEDO, A.S. ........................... P612
ANTUNES, M. M. A. ........................... P372 AZEVEDO, H. ........................... P190
AOKI, E.E ........................... P462 AZEVEDO, M. ........................... P190
ARAÊJO, P.D.S. ........................... P699 AZEVEDO, M.B. ........................... O57
ARAGÃO,R.C.F. ........................... O32 AZEVEDO,HAIRTON ........................... P120 , P369
ARANEDA, M. F. ........................... P601 AZEVEDO,M. ........................... P492
ARANHA NETTO, S.N.Y........................... P552 AZEVEDO,MAISA ........................... P120
ARANHA NETTO, S.Y. ........................... P286 AZEVEDO,T.R. ........................... P664
ARANTES, A. P032

ARANTES,V.C.L.F. ........................... P317


ARARUNA, M. ........................... P598 B
ARAÚJO, .E.R.S. ........................... P712 BACHA, A.M. ........................... P286
ARAUJO, A M C ........................... P147 , P148 BACHA,A.M. ........................... P552
ARAÚJO, A.F.L ........................... P119 BACHION, M. M. ........................... P386 , P387 , P388
ARAÚJO, A.K.F. ........................... P629 BACHION, M.M ........................... P394 , P403 , P404
ARAUJO, A.T.F ........................... P671 BACHUR,L.F. ........................... P016
ARAÚJO, ANA CAROLINA M.................. P199 BAGLIE, S. ........................... P001
ARAÚJO, C A M ........................... P051 , P309 BAGNARA, F. ........................... O10
ARAUJO, C. F. ........................... P733 BALASSIANO, I.T. ........................... O44 , P408
ARAUJO, E. ........................... O20 , P121 BALBINO, A. C. ........................... P562
ARAÚJO, E. F. G. ........................... P643 BALBINO, A. F. ........................... P219
ARAUJO, E. P. Q. ........................... P378 BALSAMO, A. C. ........................... P501
ARAUJO, E.G.P ........................... P121 BALSAMO, A. C. ........................... P021 , P402
ARAÚJO, E.M.N. ........................... P556 , P557 BALSAMO, A. C. ........................... P576
ARAÚJO, F. S. R. ........................... P326 , P337 , P348 , P599 , BALSAMO, AC ........................... P332
P620 , P738 BALSAMO,A.C. ........................... P141 , P142 , P143
ARAUJO, F.F. ........................... P734 BALTIERI, S. ........................... O19 , O30 , P328
ARAUJO, F.M. ........................... P441 , P442 , P505 BALTIERI, S. R. ........................... P116 , P336
ARAÚJO, G.P.E ........................... P590 BALTIERI, S. R. ........................... P115
ARAÚJO, J. A. ........................... O18 BANDEIRA, M.T.S ........................... P407
ARAÚJO, J.G. DE ........................... P035 BANDEIRA, T.J.P.G. ........................... P517
ARAÚJO, M. A. S. ........................... P524 BAPTISTA, A.C. ........................... P074 , P174 , P644
ARAÚJO, M. P ........................... O60 BAPTISTA, C.L.B.M. ........................... P296
ARAÚJO, M.A.S ........................... P529 BARBALHO, J. ........................... P691
ARAUJO, M.T. ........................... P041 BARBARESCO, L.F. ........................... P027
ARAÚJO, N. P. ........................... P387 , P388 BARBOSA, B.G.V ........................... P712
ARAÚJO, N.P ........................... P394 , P404 BARBOSA, B.G.V. ........................... O40
ARAÚJO, P.D.S. ........................... P730 BARBOSA, G.L. ........................... P194 , P406 , P512
ARAÚJO, P.T.B ........................... P438 BARBOSA, H.C. ........................... P543
ARAÚJO, P.T.B. ........................... P506 , P507 BARBOSA, L. R. ........................... O62 , P674
ARAUJO, R. M. ........................... P515 , P516 BARBOSA, L. R. ........................... P600
ARAÚJO, R.A. ........................... P704 BARBOSA, L. R. A. ........................... P724
ARAÚJO, T.C.T. ........................... P558 BARBOSA, M. A. ........................... P672
ARAÚJO,A.F.O.L. ........................... P118 BARBOSA, M.A. ........................... O41 , P395
ARAUJO,C.G. ........................... P220 BARBOSA, M.D.F. ........................... P158 , P159
ARAUJO,E.G.P ........................... O08 BARBOSA, M.Q. ........................... P149 , P197 , P726 , P727
ARAUJO,E.P.Q ........................... P248 BARBOSA, N. G. ........................... P266 , P717
ARAUJO,G.C. ........................... P657 BARBOSA, R.L.S. ........................... P681
ARAÚJO,G.C. ........................... P695 BARBOSA, V.V.C. ........................... P081 , P663
ARAUJO,G.N.M. ........................... P220 , P657 BARBOSA,G.L. ........................... O51
ARAÚJO,P.T.B ........................... P182 BARBOSA,MJN ........................... P244
ARBOGAST, J. ........................... P674 BARBOSA,P.A ........................... P531
ARGELIERE,D.B. ........................... P623 BARBOSA,P.D.DE MELO........................... P295
ARIAS, V. ........................... P293 , P640 , P683 BARRETO, M. A. ........................... P340 , P622
ARMOND, G.A. ........................... P054 , P123 , P259 , P318 BARRETO, M.A. ........................... P287 , P467 , P468 , P475 ,
ARMOND,G.A. ........................... P076 , P077 P476 , P477 , P485 , P486 ,
ARRUDA, C. M. F. ........................... P005 P547

435
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
BARRETO, R. A. S. S. ........................... P634 , P672 , P673 BEZERRA NETO, A.M. ........................... P038 , P411
BARRETO, R.A.S.S. ........................... P097 , P458 BEZERRA, E.L. ........................... P154 , P736
BARRETO, S.M.A.G. ........................... P506 BEZERRA, J. C. ........................... P626
BARROS ,R. ........................... P492 BEZERRA, J. G. ........................... P691
BARROS, A.A.P ........................... P471 , P550 BEZERRA, J.G ........................... P251
BARROS, D.X. ........................... P222 , P223 , P224 BEZERRA, J.G. ........................... P207 , P558
BARROS, E.A.L. ........................... P083 BEZERRA, M.T.A.L ........................... P438
BARROS, E.M.L.R. ........................... P418 , P419 BEZERRA, M.T.A.L. ........................... P506 , P507
BARROS, J. F. ........................... P421 , P422 BEZERRA, N.F. ........................... P626
BARROS, J. F. B. ........................... P372 BEZERRA, R.S. ........................... P364 , P633 , P682 , P729
BARROS, O.U. ........................... P269 , P651 BEZERRA, S. M. ........................... P615
BARROS, R. ........................... P190 BEZERRA, S.M. ........................... P614
BARROS, R. A ........................... P312 BEZERRA, S.M.M.S ........................... P091
BARROS, R.A. ........................... P714 BEZERRA, S.M.M.S. ........................... P463
BARROS, R.M.A. ........................... P254 BEZERRA, S.T.T. ........................... P015 , P639
BARROS, RB ........................... P735 BEZERRA, T.L.C. ........................... P610
BARROS, W.C. ........................... P184 , P215 , P216 , P384 , BEZERRA,E.L. ........................... P482
P532 , P534 , P559 , P690 BEZERRA,S.M.G. ........................... P252
BARROS,RENATA; ........................... P120 BEZERRA,S.T.T. ........................... P304
BARROSO, D. N. ........................... P153 BEZERRA,Y.S.S. ........................... P236
BARROSO, D.N. ........................... P482 BG, SOUSA. .......................... O33
BARROSO, P.O. ........................... P499 BHERING,L. ........................... P583
BASSO, M ........................... P069 BISCOTTO, C. R. ........................... P075
BASTOS, .K.J ........................... P573 BISINOTO, CS ........................... P370
BASTOS,C.R.B ........................... P560 BISINOTO, S.A. ........................... P593 , P672
BASTOS,J.S ........................... P564 BISINOTO,C.S. ........................... P362
BATHKE, J. ........................... P654 BLEICH, A. ........................... P435
BATISTA, A. C. ........................... P615 BLOM, BERNADETE C ........................... P086 , P087 , P459
BATISTA, A.C. ........................... P614 BOLDRINI, C. ........................... O21
BATISTA, C. ........................... P303 , O64 BOMFIM, E. DE O. ........................... P008
BATISTA, C. ........................... P401 BONESSO, M.F. ........................... P398 , P399 , P450
BATISTA, E.S. ........................... P255 , P696 BONINSENHA, M.C. ........................... P200
BATISTA, J.A.N ........................... P343 BONOTTO, C.G. ........................... P293
BATISTA, L.J.A. ........................... P065 , P068 , P456 BORGES, GCM ........................... O63
BATISTA, MV ........................... P440 BORGES, J.C. ........................... P519
BATISTÃO, D.W.F ........................... P031 BORGES, L. F. A. ........................... P383
BATISTÃO, D.W.F. ........................... P110 BORGES, M.P.C. ........................... P081 , P663
BATSITA, R. B ........................... P312 BORGES, V. P. F. N. ........................... P213
BAÚ, M. ........................... P356 BORJA, S.M. ........................... P155
BAYERL, M.H ........................... P106 , P280 BORRASCA, V. ........................... P675 , O16
BEIJO, M.P. ........................... P289 , P350 BORRASCA, V. ........................... O45
BELA, A. V. ........................... P421 , P422 BORRASCA, V. L. ........................... O21 , P466
BELEI, R.A. ........................... P453 BORRASCA, V. L. ........................... P577
BELLESSO, M. ........................... P139 BORTOLON, M. ........................... P512
BELLO, A.R. ........................... O35 BOSZCZOWSKI , I. ........................... P514
BELLUOMINI, A.S ........................... P028 BOSZCZOWSKI ,I. ........................... P151
BELLUSSE, G. C ........................... P414 BOSZCZOWSKI, I ........................... O17 , P735
BELLUSSE, G.C. ........................... P042 , P567 BOSZCZOWSKI, I. ........................... P270
BELMONTE, M.S.S. ........................... P181 BOSZCZOWSKI, Í. ........................... O27
BELO, A. ........................... P401 BOTELHO, A.R.P. ........................... P517
BELTRÃO, C. ........................... P102 BOZZA, R. ........................... P675
BELTRÃO, E.M.B. ........................... P158 , P159 BRAGA, A. C. P. V. ........................... O46
BENEVENTTI, A.C.A. ........................... P093 BRAGA, A.M. ........................... P054 , P318
BENEVIDES, P.M ........................... P550 , P343 BRAGA, D.L.C. ........................... P637 , P638
BENITEZ, M.C. ........................... P329 BRAGA, E.F. ........................... P022 , P023
BENITEZ, M.C.M. ........................... P179 BRAGA, J.I. ........................... P681
BENITZ, M.C. ........................... P330 BRAGA, L.0. ........................... P237
BERANGER, R ........................... P070 BRAGA, L.O ........................... P238
BERANGER, R.W. ........................... P017 BRAGA, M.L. ........................... P123
BERNARDES, L.M. ........................... P298 BRAGA,A.S.C. ........................... P076
BERNARDINO, A. O. ........................... P366 , P367 BRAGA,M.D ........................... P221 , P591
BERNARDINO, A.O. ........................... P112 , P113 , P368 BRAGA,M.L. ........................... P076
BERNARDINO, E. ........................... P653 BRAGUINI, A.M.S. ........................... P638
BERTHO, E. ........................... P247 BRANCO, M. G. F. C. ........................... P235 , P361
BERTOLUCI, D.F.F. ........................... P314 BRANDI, S. ........................... P163
BERTRAND, R.R. ........................... P301 , P302 BRAUN, G. ........................... P443 , P444 , P445
BERTRAND,R.R. ........................... P267 BRAZ, N.J. ........................... P054
BETTA, C.A. ........................... P178 BRAZIER, J.S. ........................... P408
BETTCHER, LEDNA ........................... P086 , P087 , P459 BREDT, C. S. O. ........................... P007
BEZARRA, S.M.M.S. ........................... P090 BREDT, C.S.O ........................... P247

436
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
BREDT, C.S.O. ........................... P206 CANGUSSU, D. ........................... P318
BRITES, A. ........................... O54 CANGUSSÚ, D.B. ........................... P057
BRITO, C. S. ........................... P266 , P717 CANGUSSU,D.B. ........................... P123
BRITO, D. V. D. ........................... O05 , P266 , P717 , P718 CANTO, D. A. ........................... P305
BRITO, I. L. P. ........................... P722 CAPETT, M.S. ........................... P441
BRITO, J. R. S. ........................... P515 , P516 CAPOBIANGO, J.D. ........................... P453
BRITO, K.K.G. ........................... P010 CAPRA, M. ........................... P072
BRITO,J.A. ........................... P389 CAPUANO, E. ........................... P103 , P104
BRITO,J.D.U ........................... P119 CARACCIO, M.B.B. ........................... P578
BRITTO, J.V. ........................... P010 CARAMURU, D. M. ........................... P061
BRITTO, M.H.M.F. ........................... P405 CARBALLIDO, J.M. ........................... P442
BROCK, K. S. B. ........................... P396 , P684 , P685 CARBONI, E.K. ........................... P546
BROCK, K.S.B. ........................... P026 , P642 CARDOSO, A.K.M ........................... P207
BRONDANI, A.M. ........................... P737 CARDOSO, A.K.M. ........................... P558
BRUNETTI, L. M. ........................... O18 CARDOSO, C.L. ........................... P679 , P680
BRUNO,M.L.M. ........................... P145 , P678 CARDOSO, LG ........................... P273
BUCCI, A.C.L.M.A. ........................... P681 CARDOSO, M.F.S. ........................... O26 , P163
BUFFON, V. ........................... O10 , P071 CARDOSO, P. ........................... P071
BUONORA, S.N. ........................... O49 , P594 CARDOSO, R.F. ........................... P461 , P462
BUONORA,S.N ........................... O14 CARDOSO, S.T.V. ........................... P679
BURGO, L.E. ........................... P151 CARDOZO, F.G. ........................... P319
BURGO, LE. .......................... P284 CARDOZO, R. E. C. ........................... P524
BURGOS, T. ........................... P585 CARGNELUTTI, V ........................... P226
BURGOS, T.M.R. ........................... P538 , P311 CARGNELUTTI, V. ........................... P274
BURJAILI, B.O. ........................... P503 CARIBÉ, R.A. ........................... P649
BUTELLI, J. ........................... O10 CARIBÉ, R. A. ........................... P496 , P719

CARIBÉ, R.A. P175


CARÍCIO, M.R. ........................... P608
C CARIJÓ, JH ........................... P070
CABOCLO, R.M.F. ........................... O57 , P439 CARLESSE,F ........................... O22
CABRAL, A.B. ........................... P392 , P393 CARLOS, A. M. ........................... O02
CABRAL, D. B. ........................... P291 CARNEIRO, C. ........................... P416
CABRAL, F.A.P.J. ........................... P345 CARNEIRO, LR ........................... P070
CABRAL, J. ........................... P269 , P651 CARNEIRO, M ........................... P226 , P417
CABRAL, J.P.N. ........................... P345 CARNEIRO, M. ........................... P227 , P283 , P478
CABRAL, V.P. ........................... P019 , P636 CARNEIRO, M. ........................... P415
CABRAL,T.A. ........................... P045 CARNEIRO, M.O. ........................... P426
CAFFARO, R. ........................... P555 CARNEIRO, R.G.F. ........................... P705
CAIS, D. ........................... O17 CARNEIRO,A.S. ........................... P490
CAIS, D. P. ........................... O31 CARNEIRO,R.G.F. ........................... P189
CAIS, D.P. ........................... P048 , P320 CARRARA, D. ........................... P320
CAISA, D. P. ........................... P047 CARRARA, D. ........................... O31 , O18 , O46
CAIXETA, K. F. S ........................... P383 CARVALHO, A. C. ........................... P285
CAJUEIRO, P. ........................... P039 CARVALHO, A. G. ........................... P520
CALÁBRIA, W. B. ........................... P464 CARVALHO, A.T. ........................... P734
CALABRIA,W.B. ........................... P464 CARVALHO, B.M. ........................... P517
CALAZANS, L. B. S. ........................... P195 CARVALHO, D. ........................... O16
CALÇADO, V.P. ........................... P602 CARVALHO, D. L. M. ........................... P264
CALDEIRA, A. P. ........................... P083 CARVALHO, I.S. ........................... P172 , P173
CALDEIRA, E.P.M. ........................... P103 , P104 , P595 CARVALHO, J. C. ........................... P193 , P473
CALICCHIO, L. ........................... O52 , P624 , P144 CARVALHO, J.A. ........................... P198
CALICH, L ........................... P309 CARVALHO, JA ........................... P284
CALIL,R. ........................... P286 , P552 CARVALHO, K.M.P. ........................... P347
CALLEGARO-FILHO, D............................ O24 CARVALHO, L.M.A. ........................... P536
CAMARGO, J. R. ........................... P669 CARVALHO, M E G ........................... P067
CAMARGO, T.A ........................... P028 CARVALHO, M H G ........................... P066 , P315
CAMARGO,T.A ........................... P716 CARVALHO, M. ........................... P425 , P601 , P651
CAMINHA, M. F. C. ........................... O61 CARVALHO, S.C. ........................... O23 , P128
CAMOLESI, F. ........................... P115 , P116 , P336 CARVALHO, S.E. ........................... P587
CAMOLESI, F. ........................... O30 CARVALHO, V.B.B. ........................... P099
CAMPERO, P. K. N. ........................... P628 CARVALHO,F.C. ........................... P695
CAMPOS, B.C.O. ........................... P259 CARVALHO-ASSEF, A.P............................ O40
CAMPOS, C.L.F. ........................... P178 CASADO, R.J.A ........................... P465
CAMPOS, F. R. ........................... P414 CASADO, R.J.A. ........................... O32
CAMPOS, F.R. ........................... P042 , P567 CASADO,R.J.A. ........................... P464
CAMPOS, RPL ........................... P156 CASIMIRO, G.S. ........................... P149 , P197 , P726 , P727
CAMPOS,LRP ........................... P157 CASSANHO, J.N. ........................... P043 , P044 , P132 , P169 ,
CAMPOS,S.F. ........................... P236 P170 , P470 , P549 , P604
CANCIO, D.M. ........................... P555 CASSETARI,V.C. ........................... P142
CANEIRO, M. ........................... P274 CASTRO, C.M.M.B. ........................... P522 , P523

437
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
CASTRO, E. ........................... P331 CHIMARA, E. ........................... O03
CASTRO, E. A. R. ........................... P271 CHIMARA, E. ........................... P011
CASTRO, E. A. R. ........................... P424 CHIU,S.K. ........................... P267
CASTRO, E.A.R. ........................... P060 , P177 , O29 , O35 CHRISPINO, M. L. ........................... P592
CASTRO, E.A.R.C. ........................... P128 CINTAS, G.B.F. ........................... P297 , P299
CASTRO, K. K. A. ........................... P400 CIPRIANO, S. P. S. ........................... P187
CASTRO, K. K. A. ........................... P389 CIPRIANO,S.P.S ........................... P167
CASTRO, K.C.B. ........................... P411 CIPRIANO,S.P.S. ........................... P168
CASTRO, K.K.A. ........................... O42 CIRNE,A.I ........................... P686
CASTRO, S.T. ........................... P177 , P424 CISALPINO, P.S. ........................... P472
CASTRO, T.F. ........................... P297 , P299 CLAUDIO, K.P. ........................... P706
CASTRO, T.S. ........................... P060 CLAUDIO, K.R.P. ........................... P621
CASTRO,K.K.A. ........................... O38 CLEMENTE, W.T ........................... P054
CATARINO, C F ........................... P066 , P067 , P315 CLEMENTE, W.T. ........................... P057 , P318
CAUDURO, F.L.F ........................... P653 , P654 , P655 COCENTINO, B.C.B. ........................... P545
CAVAGLIERI, AG ........................... P455 , P321 COELHO, A. B. ........................... O23
CAVAGLIERI, AG; PASSOS,BC DOS; COELHO, A.C.C. ........................... P679
SANTOS,JF DOS; BORS........................... P363 COELHO, R.C. ........................... P546
CAVAGLIERI,AG ........................... P322 COELHO,V.M. ........................... P705
CAVALCANTE, A.B. ........................... P258 COELHO,V.M.A. ........................... P189
CAVALCANTE, A.C.M ........................... P169 , P170 COHEN, F ........................... O15
CAVALCANTE, B.M. ........................... P662 COIMBRA, D.G. ........................... P158 , P159
CAVALCANTE, C.A.A. ........................... P228 , P607 , P613 CONCEIÇÃO, M.S. ........................... P074 , P174 , P602 , P644
CAVALCANTE, D.A.S. ........................... P287 CONCEIÇÃO, O.J.G. ........................... P587
CAVALCANTE, E.F.O. ........................... P228 , P607 , P608 , P613 CONCEICÃO, P.V. ........................... P297
CAVALCANTE, F. S. ........................... P430 CONCEIÇÃO, P.V. ........................... P298 , P299
CAVALCANTE, F.S. ........................... O53 , P439 CONCENTINO, B.C.B ........................... P338
CAVALCANTE, G. M. ........................... P008 CONTERNO, L.O. ........................... P586
CAVALCANTE, I.P. ........................... P015 CORDEIRO, J. M. ........................... P308
CAVALCANTE, K.G.S. ........................... P699 , P730 CORDEIRO, L. ........................... O15
CAVALCANTE, R.JR. ........................... P452 CORDEIRO, L. ........................... P029
CAVALCANTE,G.N. ........................... P304 , P313 , P648 CORDEIRO, M.S. ........................... P055
CAVALCANTE,I.P. ........................... P304 , P313 , P648 CORDEIRO, R.F. ........................... P621 , P706
CAVALCANTI, A. S. ........................... P507 CORREA, J. ........................... O15 , P401
CAVALCANTI, A.M.M. ........................... P183 , P254 CORREA, J.E. ........................... P227
CAVALCANTI, A.S. ........................... P506 CORREA, L. ........................... O25
CAVALCANTI, A.T.A ........................... P543 CORRÊA, L. ........................... O26 , P163
CAVALCANTI, A.T.A. ........................... P099 , P703 , P704 CORREA, R. ........................... P271
CAVALCANTI, ATA ........................... P702 CORREAL, J.D ........................... O40
CAVALCANTI, M. C. D. F............................ P666 CORREIA, D. D. ........................... P524
CAVALCANTI, V.M.B. ........................... P536 CORREIA, J. B. ........................... O61

CAVALLER,A.P. ........................... P548 CORREIA, J.B ........................... P465


CAVALVANTE, FS ........................... O55 CORREIA, J.B. ........................... P122
CAVASSIN, E. D. ........................... P466 CORREIA,J. ........................... O32
CAVASSIN, L. ........................... P577 CORSO, L. ........................... O10
CAVASSIN, L. ........................... O16 CÔRTE REAL, M.E.M. ........................... P045
CAVASSIN, L. G. T. ........................... O21 , P466 , O45 COSTA JÚNIOR, P.B. ........................... P172 , P173
CAVASSIN, L. G. T. ........................... P675 COSTA, A. P. R. ........................... P101 , P732
CAZAROTTO, V.T. ........................... P406 COSTA, A.A.P. ........................... O49
CECCATO,A ........................... P138 COSTA, A.G. ........................... P556 , P557
CEDRAZ, M ........................... P208 COSTA, D. M. ........................... P390 , P391 , P395
CÉZAR, R.S. ........................... P397 COSTA, D.DE M. ........................... P053
CHACEL, M.E.A ........................... P281 COSTA, D.M. ........................... P002 , P003 , P024 , P097 ,
CHAGAS, M.D. ........................... P242 , P243 P241 , O39 , O41 , P374 ,
CHAMON, R.C. ........................... O53 P375 , P457 , P551 , P708
CHAMONE, D.A.F. ........................... P139 COSTA, DCSC ........................... P131 , P133 , P192
CHARNESKI, S.N. ........................... P001 COSTA, E. R. L. ........................... P270
CHAVES, A.T. ........................... P734 COSTA, FS ........................... P069
CHAVES, C ........................... P440 COSTA, G. V. C. O. ........................... P195
CHAVES, C. E. ........................... O17 COSTA, J.G ........................... P058
CHAVES, E.M.C. ........................... P635 COSTA, J.G. ........................... P059 , P432
CHAVES, G. R. ........................... P496 , P719 COSTA, L.M. ........................... P490 , P491
CHAVES, G.R ........................... P175 COSTA, M F ........................... P066 , P067 , P315
CHAVES, G.R. ........................... P649 COSTA, M.B.S. ........................... P010
CHAVES, K.H. ........................... P558 COSTA, M.C. ........................... P458
CHAVES, N.R.A. ........................... P580 COSTA, M.C.M.D.R. ........................... P610
CHIARATO,V.C. ........................... P143 COSTA, R. Q. ........................... P193 , P473
CHIARATTO, V. C. ........................... P021 , P402 COSTA, S. A. ........................... P210 , P234 , P525 , P544 ,
CHIARATTO, V. C. ........................... P501 P335
CHIARATTO,VC ........................... P332 COSTA, S. F. ........................... O27 , O17

438
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
COSTA, SF ........................... P440 DANTAS, B. T. ........................... P187
COSTA, SOUZA, BOZZA........................... P715 DANTAS, D. V. ........................... P323 , P365 , P700 , P701

COSTA, T X. .......................... P309 DANTAS, D.G. ........................... P300


COSTA, V. I. ........................... O18 DANTAS, L.A. ........................... P432
COSTA,L. M ........................... P489 DANTAS, M.M.L. ........................... P438
COSTA,P.R.F ........................... P471 , P550 DANTAS, R. A. N. ........................... P187 , P323 , P365 , P700 ,
COTRIM, D. ........................... O54 P701
COTRIM, J. A. ........................... O09 , P275 DANTAS, R.C.C. ........................... O04 , O06 , O07
COTTA, I.N. ........................... O01 DANTAS, S.C.C. ........................... P517
COURA, A.S. ........................... P431 , P504 , P629 DANTAS, S.R.P.E. ........................... P016
COUTINHO, A.C.F.P. ........................... O66 DANTAS, T A C ........................... P309
COUTINHO, R. L. ........................... P057 DANTAS, T. S. E. ........................... P515 , P516
COUTO, J.A. ........................... P616 DANTAS, V. D. ........................... P084
COUTO, N.S. ........................... P174 DANTAS,A.L.M. ........................... P166 , P167
COVA, V. F. ........................... P012 DANTAS,B.T. ........................... P166 , P167 , P168
CROCI, A. T. ........................... O02 , P561 DANTAS,D.G. ........................... P203 , P218 , P650
CRUZ, A. C. A. D. ........................... P219 DANTAS,R.A.N. ........................... P167
CRUZ, C.G. DE O. ........................... P580 DARWICHE, L ........................... P196
CRUZ, D.T.S. ........................... P713 , P728 DATIVO, V.L ........................... P257
CRUZ, E.D.A ........................... P653 , P654 , P655 DATIVO, V.L.M. ........................... P364 , P633 , P682 , P729
CRUZ, M.M. ........................... P285 DE ALMEIDA, A.V. ........................... P502
CRUZ, S. L. ........................... P366 , P367 DE BARROS, A.N. ........................... P178
CRUZ, S.L. ........................... P073 , P112 , P113 , P230 , DE LIMA, M.C.L. ........................... P538 , P311
P368 DE LIRA, G.R.S. ........................... P712
CUCOLO, D. F. ........................... P622 DE LUNA, M.F.T. ........................... P538 , P311
CUNHA JR, A.D. ........................... P206 DE MARCO, F.V.C ........................... P579
CUNHA, D.C. ........................... P269 , P536 , P651 DE MARCO, FVC ........................... P487
CUNHA, J. K. M. ........................... P251 , P691 DE OLIVEIRA, J.S. ........................... P502
CUNHA, J.K.M ........................... P568 DE OLIVEIRA, R.A.A. ........................... P538
CUNHA, J.K.M. ........................... P558 DE PAULA, G.R. ........................... P441 , P442
CUNHA, K.C. ........................... P349 DE PAULA, GABRIELLA RIBEIRO ............. P668
CUNHA, L ........................... P147 , P148 DE PAULA, P.P.C. ........................... P114
CUNHA, M.A. ........................... P285 DE REZENDE, FABIANA RIBEIRO ............ P668
CUNHA, M.L.R.S ........................... O11 , P449 DEANDRADE, T. G. ........................... P158
CUNHA, M.L.R.S. ........................... P398 , P399 , P450 , P451 DEANDRADE, T.G. ........................... P159
CUNHA, M.M. ........................... P046 , P652 DELAGE, D. G. A. ........................... P127
CUNICO, P.A. ........................... P654 DELAGE,D.G.A ........................... P341
CURI, D. ........................... P208 DELAGE,D.G.A. ........................... P623

DELGADO, J.C. P060 , P177 , P179 , P424 ,


O29 , P329 , P330 , P331
D DELLA GUARDIA, F.L.N. ........................... O65
D´INGIANNI, A.G. ........................... P146 , P260 , P344 DELLA VECHIA, P.C. ........................... O26
DA SILVA, C.C ........................... P579 DEUS, D.P.P. ........................... P457
DA SILVA, J. ........................... P412 DEUTSCH, A. A. ........................... O25
DA SILVA, P. K. F. ........................... P542 DI PIERO, K. ........................... P121
DA SILVA, PKF. ........................... P539 DIAS, A.A. ........................... P317
DA SILVA, R.F ........................... P542 DIAS, C.L. ........................... P196 , P239
DA SILVA,R. F. ........................... P539 DIAS, K. S. ........................... P687
DAL FORNO, C.B. ........................... O25 DIAS, M. B. G. S. ........................... O36
DALBEN, M ........................... P262 , P518 DIAS, M. B. S. ........................... O21 , O16 , P466 , O45 ,
DALBEN, M. F. ........................... P597 P577 , P675
DAL’GE, D.P. ........................... P163 DIAS, M. H. G. ........................... O18
DALLA BERNARDINA, D.S.F...................... P136 , P511 DIAS, R. A. ........................... P383
DALLE, J ........................... P033 , P034 DIAS,L.V ........................... P530 , P531
DALLÉ, J ........................... P096 , O63 , P670 DIAZ, A.C.B ........................... P169 , P170
DAMASCENO, A.S. ........................... P056 DIAZ, A.C.M.B. ........................... P043 , P044 , P132 , P470 ,
DAMASCENO, B.P.G.L............................ P176 P549 , P604
DAMASCENO, JOICE ........................... P086 , P087 , P459 DIAZ,MÁRIO ERNESTO PISCOYA .............. P108
DAMASCENO, L.S. ........................... P056 O34
DIDIER, M.E.V. ...........................
DAMASCENO, Q. S ........................... P385 DIEL, E.R. ........................... P406
DAMASCENO, Q.S. ........................... P474 P130 , P469
D’INGIANNI,A.G ...........................
DAMASCENO, T.Q. ........................... P535 , P646 P666 , P698
DINIZ, A. T. N. ...........................
DAMASCO, P.V. ........................... P060 , P177 , P179 , P424 , DINIZ, A.L.N. ........................... P022 , P023
O29 , P329 , P330 , P331 DINIZ, F. ........................... P541
DANTAS, A. K. C. ........................... P134 , P677 DINIZ, K. D. ........................... P084 , P365 , P700 , P701
DANTAS, A. L .M. ........................... P187 DINIZ, V. T. N. ........................... P666 , P698
DANTAS, A. L. M ........................... P700
DINIZ,A.L.N. ........................... P123
DANTAS, A. L. M. ........................... P323 , P365 , P701
DO RIO,R.C. ........................... P548
DANTAS, A. N. D. ........................... P084 P723
DOMINGUES, A.L.C ...........................
DANTAS, A. N. M. ........................... P084 O44 , P408 , P413
DOMINGUES, R.M.C.P............................

439
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
DOMINGUES, S.F ........................... P397 FERNANDES, ANTONIO TADEU ............. P382
DONADI, H. Â. ........................... P153 FERNANDES, B.S. ........................... P488
DONADI,A.P. ........................... P145 , P678 FERNANDES, C.F.M. ........................... P196 , P239
DONADI,H.A. ........................... P482 FERNANDES, F.M.N. ........................... P181 , P188 , O50
DOREA, E.O. ........................... P188 FERNANDES, K. ........................... P040
DORETTO, L. ........................... P196 FERNANDES, M. ........................... P601
DORNAUS, M.F.P. DA S............................ O25 FERNANDES, M.C.S ........................... P058 , P059
DOS SANTOS, KRN ........................... O55 FERNANDES, M.J.B.C ........................... P432
DREYER, E. S. ........................... P693 , P235 , P308 , P361 , FERNANDES, P. C. C. ........................... P266 , P717
P694 FERNANDES, S.A.R. P240
DREYER, ELISABETH S............................ P199 FERNANDES, S.L.N. ........................... P207 , P558
DUARTE, E.N.C. ........................... P249 FERNANDES, V.J.J. ........................... P182
DUARTE, H.F. ........................... P605 FERNANDES,K.M. ........................... P345
DUARTE, M.T.M ........................... P489 , P491 FERNANDES,R.M.F. ........................... P302
DUARTE,M.T.M ........................... P490 FERNANDES,S.L.N ........................... P568
DULLEY, F ........................... P069 , P440 FERRACINI, L.T. ........................... P502
DUTRA, M.C. ........................... O34 FERRACIOLI, K. R. C. ........................... P461
DUTRA,A.S. .......................... P531 FERRAIUOLI, G.I ........................... O15
FERRARI, R. ........................... P587
FERRAZ,G.C ........................... P471 , P550 , P343
E FERREIRA, A. M. ........................... P289
EMMEL, P.M. ........................... P478 FERREIRA, A.C. ........................... P418 , P419
ENDERS,B.C ........................... P686 FERREIRA, A.M ........................... P350 , P351
ESPÍNOLA, I. ........................... O28 FERREIRA, A.M. ........................... P450 , P349
ESPOSTO, E.M. ........................... O35 FERREIRA, B.C. ........................... O13
ESTEVES, F. ........................... O35 FERREIRA, C. ........................... P120 , P190
ESTRADA, F. M. ........................... P340 FERREIRA, D. C. ........................... P430
EUGENIO, NB ........................... P363 FERREIRA, D. P. C. ........................... P134 , P677
EVANGELISTA, L.B. ........................... P256 FERREIRA, D.C. ........................... O53 , P439

FERREIRA, DC ........................... O55


FERREIRA, E.O. ........................... P408
F FERREIRA, F. A. ........................... P634
F NETO, J. A. F. ........................... P268 , P396 , P603 , P684 ,
FERREIRA, G.P. ........................... P242
P685 FERREIRA, J. A. A. ........................... P377
F, DULLEY ........................... O33 FERREIRA, J.A.G. ........................... O47
F, L.C.T. ........................... P050 FERREIRA, J.S.A. ........................... P165
F, ROSSI ........................... O59 FERREIRA, M. A. ........................... P219
FABRINI,A.C. ........................... P077 FERREIRA, M. L. ........................... P605
FAGNANI, R ........................... P273 FERREIRA, M.K.M. ........................... P158 , P159
FAGNANI, R. ........................... P016
FERREIRA, M.L. ........................... O06
FAGUNDES, A. C. B. ........................... P075
FERREIRA, MTR ........................... P455
FAGUNDES, E.M.S. ........................... P734 FERREIRA, P. C. ........................... P084 , P187 , P323 , P365 ,
FAIDIGA, A. M. F. ........................... O18
P700 , P701
FALCÃO, L.S. ........................... P413 FERREIRA, P.S. ........................... P229
FALCÃO, M. A. P. ........................... P527 , P528
FERREIRA, PRISCILLA SANTOS ........................... P668
FALCÃO, M.A.P. ........................... P529 FERREIRA, V. L. B. ........................... P327
FANDIM, I. ........................... P604
FERREIRA,C.A ........................... P492
FARES, R.C.G. ........................... P734 FERREIRA,C.A.A ........................... P531
FARIA, ANA LUIZA DE SOUZA................. P014
FERREIRA,C.M.A. ........................... P304 , P313 , P648
FARIA, E.C. ........................... P287 FERREIRA,CLÁUDIA. ........................... P369
FARIAS, A. C. G. ........................... P105
FERREIRA,MTR ........................... P321 , P322
FARIAS, C. A. C. ........................... P342 FERREIRA,N.M.JR. ........................... P587
FARIAS,G.M ........................... P686
FERREIRA,P.C. ........................... P167
FARIAS,R.F.S. ........................... P317
FERRO, B. P. ........................... P285
FARINA, T. ........................... O10
FIGUEIRA, M. C. B. S. ........................... O61
FARINHA, M.B. ........................... P185 FIGUEIRA, P.H.M. ........................... P505
FARINHA, M.T.B ........................... P407 , P497 , P498 FIGUEIRDO, ND ........................... P611
FARINHA, M.T.B. ........................... P232 , P253 FIGUEIREDO, C E S ........................... P067
FAUTH, N.L.C. ........................... O51 FIGUEIREDO, C E S F ........................... P066 , P315
FÉ, M.M.M. ........................... P517 FIGUEIREDO, I. D. ........................... P075
FEIJÓ, R.D.F. ........................... P545
FIGUEIREDO, I.H.M. ........................... P035
FEITOSA, D. ........................... P107
FIGUEIREDO, L. F. S. ........................... P668
FEITOSA, D. S. ........................... P282 FIGUEIREDO, M R ........................... P066 , P067 , P315
FEITOSA, E. O. ........................... P634 FIGUEIREDO, M. C. P. ........................... P414
FELINTO, D. A. ........................... P562
FIGUEIREDO, R.C. ........................... P198
FELIPPE,T.G. ........................... P189 , P705 FIGUEIRÔA, E.O. ........................... P384 , P521
FEMINA, L.L. ........................... P379 , P290 , P630 , P631 ,
FILGUEIRA, F.A. ........................... P118
P637
FILGUIERA,F.A ........................... P119
FEREIRA, A.C. ........................... P616
FILHIOLINO, A.C.O. ........................... P320
FERLA, D. ........................... P071 FILHO, A. E. A. M. ........................... P508 , P509

440
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
FILHO, F. F. ........................... P509 FUENTEFRIA, D.B. ........................... P406
FILHO, N. R. ........................... P601 FUKUMA, DI ........................... P137
FIOD, F. ........................... P328 FURLAN, C., ........................... P428
FIORAVANTI, R.L. ........................... P200 , O58 FURTADO, A.J.N ........................... P573
FIORI, C.M. ........................... P206 FURTADO, M.G.A. ........................... P493
FISCHER, T ........................... P416 FURTADO, P ........................... P590
FISCHER, T. ........................... P417 FURTADO, P.R.P. ........................... P480
FISCHER, T. ........................... P415 FURTUNATO, A.K.F. ........................... P526
FIUZA, J.A . ........................... P734

FLEMING, M.E.C.K. ........................... P442


FLORENÇO, L.L.F. ........................... P557 G
FLORES, L. L. R. ........................... P080 G, FONSECA ........................... O33
FLORES, L. L. S. R. ........................... P079 GADELHA, P.S. ........................... P556 , P557
FONSÊCA NETO, M. D............................ P732 GADELHA,B.Q. ........................... P189 , P705
FONSECA, B.O. ........................... O35 GAGLIARDI, E. M. D. B. ........................... P597
FONSECA, C. A. D. ........................... P088 , P277 , P278 GAGLIARDI, EMD ........................... P262 , P518
FONSECA, C. N. ........................... P088 , P277 , P278 GALDINO JR, H. ........................... P632
FONSECA, C.A.D ........................... P089 GALDINO JÚNIOR, H. ........................... P155 , P241 , P243 , P362
FONSECA, C.A.D. ........................... P083 , P186 , P231 , P667 GALHOTO, A. ........................... P356
FONSECA, C.N ........................... P089 GALINDO NETO, N. M............................ P316
FONSECA, C.N. ........................... P083 , P667 GALVÃO, B. H. A. ........................... P358
FONSECA, D.P.L. ........................... P035 GALVÃO, M.C. ........................... P538
FONSECA, MARTHA M. R........................ P371 GALVÃO, S.F. ........................... O12
FONSECA, MARTHA M.F.......................... P199 GAMA, C. S. ........................... P209
FONSECA, MARTHA MARIA ROMEIRO.... P346 GANEM, F. ........................... O21
FONSECA,K.P.M ........................... P471 , P343 GANZERT, C. ........................... P725
FONTENELE, F. C. ........................... P101 GARCIA ZAPATA, M.R.C. ........................... P082 , P593
FONTES, A.M.S. ........................... P425 , P426 , P503 GARCIA, A.C. ........................... P681
FONTES,R.P.F. ........................... P189 , P705 GARCIA, C. D. ........................... P042
FORNO, C.B. ........................... P314 GARCIA, C. P. ........................... O36
FORTALEZA, C.M.C.B. ........................... P161 , P162 , P484 GARCIA, C.P. ........................... P139
FORTUNA, E.G. ........................... P045 GARCIA, L.M. ........................... P448
FRACASSO, F. ........................... P071 GARCIA, M. A. F. ........................... P326
FRACASSO, J. ........................... O10 GARCIA, R.M. ........................... P100
FRACASSO, L. ........................... P072 GARCÍA-ZAPATA, L. R. G. R............................ P665
FRANÇA, A.F. ........................... P523 GARCIA-ZAPATA, M. T. A. G............................P665
FRANÇA, A.M. ........................... P052 GARCIA-ZAPATA, M.R.C............................ P665
FRANÇA, I.S.X. ........................... P431 , P504 , P629 GARCÍA-ZAPATA, P.G.R.C............................ P593
FRANÇA, L.A ........................... P522 GARPELLI, F. R. ........................... O02
FRANÇA, R. ........................... P077 GARRIDO, P. ........................... O10 , P071 , P072
FRANÇA, S. B. ........................... P358 GASIGLIA, A. G. ........................... O31
FRANÇA, S.K.C. ........................... P697 GASPAR, J. ........................... P355
FRANCO, A. S. ........................... P496 , P719 GASPAR,M.D.R ........................... P001 , P373 , P560
FRANCO, A.S ........................... P175 , P649 GASPAROTTO,A.P. ........................... P016
FRANCO, F. ........................... P501 GASTAL, S ........................... P033
FRANCO, F. ........................... P021 , P402 GASTAL, SL ........................... P670
FRANCO,F ........................... P143 , P332 GAZETTA, JFC ........................... P156
FRANCO,F. ........................... P141 , P142 GAZETTA,JFC ........................... P157
FRANCO,L.M.C ........................... P076 GERACE, D.N. ........................... P279
FRANKEN,R.A. ........................... P548 GESSNER, R. ........................... P360
FREIRE, A. A. L. ........................... P641 GIAMBERARDINO, H.I.G............................ P510 , P339
FREIRE, M. P. ........................... O27 , O17 GIAROLLA,I ........................... P256
FREIRE, M.E.M. ........................... P176 , P647 GIMENES, A. A. R. ........................... P180
FREIRE, M.P. ........................... P139 GIOPPO, N.M.R. ........................... P428 , P433 , P434 , P435 ,
FREIRE, S.C.P. ........................... P526 P436 , P437
FREIRE, T.C.B. ........................... P405 , P493 , P533 GIOPPO, N.M.R., ........................... P427
FREIRE, T.R.M. ........................... P259 GIOPPO,N.M.R., ........................... P429
FREIRE,AAL ........................... P688 GIORDANI, A.T. ........................... P588 , P720
FREITAS, C. F. ........................... P423 GIOVANI, A. M. M. ........................... O02 , P561
FREITAS, E.S ........................... P590 GIOVANI, L. ........................... P264
FREITAS, E.S. ........................... P161 , P162 , P484 GIR, E. ........................... P355
FREITAS, J. S. C. ........................... P325 , P618 GIRÃO, E.S. ........................... P056 , P483
FREITAS, J.S. ........................... P269 , P651 GIRO, N.P.Z. ........................... P272
FREITAS, J.S.C. ........................... P324 , P619 GÓIS, V. B. P. ........................... P691
FREITAS, L.R. ........................... P575 GÓIS, V. B.P. ........................... P251
FREITAS, M. ........................... O28 GÓIS, V.B.P. ........................... P207 , P558
FREITAS, M. M. C. ........................... P153 GOIS,V.B.P ........................... P568
FREITAS, M.M.C. ........................... P154 , P482 , P483 , P736 GOMES, A V O ........................... P066 , P067 , P315
FREITAS, M.R. ........................... P285 GOMES, A.E.B. ........................... P161 , P162 , P484
FREITAS,DN ........................... P137 GOMES, A.M.S. ........................... P610

441
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
GOMES, C. ........................... P107 GUEDES,M.W.S ........................... P471 , P550 , P343
GOMES, C. C. ........................... P136 , P282 GUERRA, C.M. ........................... P140
GOMES, C.C. ........................... P511 GUERRA, F.Q.S ........................... P454
GOMES, D. T. Q. ........................... P005 GUERRA,D.S.N. ........................... P304 , P313 , P648
GOMES, J. ........................... P194 GUILARDE, A.O. ........................... P065 , P068 , P082 , P456
GOMES, J.A.S. ........................... P734 GUIMARÃES, J.V. ........................... P581 , P593 , P665
GOMES, L.S. ........................... O20 GUIMARÃES, M.B.M ........................... P103
GOMES, M. S. ........................... P423 , O60 GUIMARÃES, M.B.M. ........................... P104 , P595
GOMES, M.F.P. ........................... P297 , P299 GUIMARÃES, M.P. ........................... O04 , P027
GOMES, R. C. V. ........................... P088 , P277 , P278 GUIMARÃES, M.R.A.S............................ P519
GOMES, R.C.G. ........................... P667 GUIMARAES, T ........................... P440
GOMES, R.C.V ........................... P089 GUIMARÃES, T ........................... P069
GOMES, R.C.V. ........................... P083 GUIMARÃES, T. ........................... O27 , O17
GOMES, R.S. ........................... P016 GUIMARÃES, V.F. ........................... P010
GOMES, T.S.F. ........................... P251 GUIMARÃES,H. ........................... P492
GOMES,A.F. ........................... P145 , P678 GURGEL, A.C.M. ........................... P513
GOMES,N.C.G. ........................... P657 GUTIERREZ, P.P. ........................... P139
GOMES,N.C.S. ........................... P220

GOMES-DA-SILVA, M.C............................ O35


GONÇALVES, A. M. ........................... P026 H
GONÇALVES, A. M. ........................... P268 , P396 , P603 , P684 , HAAS, V.J. ........................... P446
P685 HABER, I. R. ........................... P340 , P622
GONÇALVES, A.A.Q. ........................... P281 HABER, I.R. ........................... P287 , P467 , P468 , P475 ,
GONÇALVES, A.M. ........................... P642 P476 , P477 , P485 , P486 , P547
GONÇALVES, G.I.S. ........................... P178 HADAD, D. J. ........................... O58
GONÇALVES, H. S. ........................... P528 HAMAD,GBNZ ........................... P641 , P688
GONÇALVES, H.S. ........................... P529 HAMADÉ, J.C. ........................... P110
GONÇALVES, M.L.M. ........................... P494 , P495 HAMERSCHLAK, N. ........................... O26
GONÇALVES, M.V.V ........................... P397 HARTMANN, N. ........................... P017 , P584
GONÇALVES, P. ........................... P083 HEEREN,A.S. ........................... O12
GONÇALVES, R.S. ........................... P040 , P586 HELBEL, C. ........................... P462 , P513 , P679 , P680
GONÇALVES, S. S. L. *. B. P. D. P. O. N. .. P606 HENRIQUE, B. ........................... P233
GONÇALVES, V.D. ........................... O35 HENRIQUE,L.M.P. ........................... P514
GONÇALVES, W. G. ........................... P520 HEUKELBACH, J. ........................... P710
GONÇALVES,F.P. ........................... O34 HEUKELBACH, J. ........................... P635
GONÇALVES,ROBERTA........................... P120 HINRICHSEN, S. L. ........................... P233
GONDIM, M. P. M. C. ........................... O61 HOERLLE,M.O. ........................... P189 , P705
GONTIJO FILHO, P. P. ........................... O05 , P266 , P717 , P718 HOFMANN, G. ........................... P107
GONTIJO FILHO, P.G. ........................... P030 HOLANDA, A. C. M. H............................ O18
GONTIJO FILHO, P.P. ........................... P031 , P032 , P110 , O43 HOLANDA, G.B.M.H. ........................... P182
GONTIJO FILHO, PAULO PINTO ............. P014 HOLANDA, P.R.I. ........................... P533
GONTIJO-FILHO, P. P. ........................... P027 HONÓRIO, R. P. P. ........................... P678
GONTIJO-FILHO, P.P. ........................... O04 , O06 , O07 HONÓRIO,R.P.P. ........................... P145
GONZALEZ, C. ........................... O08 , P121 HORA, M.C.S. ........................... P535 , P646
GONZALEZ, C.M. ........................... P536 HORIGOSHI,N. ........................... P301
GONZÁLEZ, M. H. ........................... P487 HOROCHOSKI, A.R. ........................... P206 , P247
GONZALEZ, M.C ........................... P590 HORTÊNCIO, C.H. ........................... P513
GONZALEZ,M.H ........................... P579 HUEB, W. ........................... P555

GOUVÊA,M.I.F.S. ........................... P636


GOUVEIA, M.N.G ........................... P058 , P059
GOUVEIA, S. M. M. ........................... O61 I
I, FARNÇA ........................... O59
GOUVEIA, V. A. ........................... P358
IAGHER, F. ........................... P356
GOUVEIA, V.A. ........................... P316 , P662
IAGHER, F. ........................... P582
GOUVEIA,C.A.S. ........................... P687
IBRAHIM, K.Y. ........................... P139
GOVEIA, V.R ........................... O47
GRAÇA, A.M.V.M ........................... P074 INHAQUITE, P. S. ........................... P424
INHAQUITE, P.S. ........................... P060
GRAÇA, A.M.V.M. ........................... P174 , P644
ISAÍAS, F. ........................... P185
GRANDO, A.P. ........................... P072
GRASSIOTTO, O.R. ........................... P286 , P552
GRILO, A. M. B. ........................... P095
GRILO, A.M.B. ........................... P094
K
J, PAEZ ........................... O59
GRILO, A.M.G. ........................... P062 , P063 ........................... O59
J, ROSA
GRILO,A.M.B. ........................... P064 ........................... P560
JABUR, K.O.
GRIMM, D.S ........................... P489 ........................... P137
JACKIU,M
GRIMM, D.S. ........................... P491 .......................... P670
JACOBY, TS.
GRMM,D.S. .......................... P490 ........................... P526
JÁCOME, M.L.P.
GROSS, J.B. ........................... P536
JÁCOME, P. R. L. A. ........................... P085
GUARDA, P. J. G. J. ........................... P665 ........................... O56
JÁCOME, P.R.L.A.
GUARDA, P.J. ........................... P593
JÁCOME-JÚNIOR, A.T. ........................... P085
GUARÉ, S.O. ........................... P279 , P669 ........................... P325
JAMBEIRO, P.

442
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
JAMBO,EVS ........................... P487
JANOTTI, L. ........................... P171
L
LABEGALINE, M.P.C. ........................... P680
JARDIM, L.I.S. ........................... P333
LACERDA, A.C.S. ........................... P013
JERICÓ, M. C. ........................... P630
LACERDA, M.R. ........................... P644
JERICÓ, M.C. ........................... P631
LACERDA, R.A. ........................... P020
JESUS, D. ........................... P144
LAFETÁ, L.P. ........................... P448
JESUS, D. ........................... O52 , P624
LAGE, M. F. ........................... P193 , P473
JESUS, L.A. ........................... P057 , P123 , P318
LAGE, M.F. ........................... P135
JESUS, L.C.L. ........................... P100
LAMA, S.D ........................... P573
JESUS, M. L. ........................... P079 , P080
LAMAS, C. ........................... O15 , P401 , O28
JESUS,L.A. ........................... P076
LAMAS, C. C. ........................... P029
JORGE, L. S. ........................... O03 , P630 ........................... O13
LAMBLET, L.C.R.
JORGE, L.S. ........................... P011 , P379 , P290 , P631 ........................... P659
LANDIM,K.F
JORGE, M.T. ........................... P425 , P426 , P503 ........................... P305
JR, J.R.O. ........................... O20 LANGE, F. M.
LANGER, S.S. ........................... P443 , P444 , P445
JUCÁ, M. B. ........................... P421 , P422 ........................... P302
JÚNIOR, A.R ........................... LAPCHIK, M.S.
P338 ........................... P267 , P301
LAPCHIK,M.S.
JÚNIOR, B.J.S. ........................... P249
LARA,S.F ........................... P530 , P531
JUNIOR, F. A. F. S. ........................... P075 ........................... O26
LASELVA, C.R.
JÚNIOR, F.A.F.S. ........................... P448 ........................... P274 , P415 , P416
LAZAROTO, D
JÚNIOR, H.G. ........................... P211 ........................... P227
LAZAROTO, D.
JUNIOR, J.L. ........................... P621 , P706 ........................... P226 , P417
LAZAROTO, DM
JÚNIOR, V. V. S. ........................... P423 ........................... P296
LAZZARINI, C.
JUNIOR,F.C.S ........................... P432
LEAL, P. R. ........................... O21
JUNQUEIRA, C.C.S. ........................... P257 , P364 , P633 , P682 ,
LEANDRO, A.P.G. ........................... P405 , P533
P729 ........................... P610
LEÃO, J.A.
JUNQUEIRA, M.S. ........................... P426
LEÃO, L. S. N. DE O. ........................... P386 , P388
JUSTAMENTE, M.B.P ........................... P489 ........................... P390 , P391
P526 LEÃO, L. S. N. O.
JUSTINO, M.A.R. ........................... LEÃO, L.S. N.O ........................... P395

LEÃO, L.S.N. DE O. ........................... P387


K LEÃO, L.S.N.O
LEÃO, L.S.N.O.
...........................
...........................
P458
P003 , O41 , P374 , P375 ,
KATO, T. ........................... P024
KAWAGOE, J.Y. ........................... O25 P394 , P403 , P404 , P457
KAZMIRCZAK, K. ........................... P007 LEÃO, L.S.O.N. ........................... O39
KEGELE, F C O ........................... P067 LEÃO, R.S. ........................... O40
KEGELE, F O ........................... P066 , P315 LEICHSENRING, M ........................... P273
KELLNER, S. R. ........................... P414 LEICHSENRING,M.L. ........................... P016
KELLNER, S.R. ........................... P042 , P567 LEITE, A.G.B. ........................... P319
KENIA, R. ........................... P190 LEITE, A.L.M. ........................... P196 , P239
KESSLER, A.C.I.F ........................... P407 , P497 , P498 LEITE, A.S. ........................... P651
KESSLER, A.C.I.F. ........................... P185 , P232 , P253 LEITE, A.S.L. ........................... P269
KIPNIS, A. ........................... P456 LEITE, C.C.S. ........................... P556 , P557 , P629
KLAUTAU, G.B. ........................... P553 , P554 , P555 LEITE, E.S. ........................... P255 , P696
KLAUTAU,G.B. ........................... P548 LEITE, L. M. ........................... P460 , P508 , P509 , P731 ,
KLEIN, N. M. ........................... P282 P733
KNIBEL, M. .......................... P070 LEITE, R. C. B. ........................... P628
KNUST, M. ........................... O02 LEITE, V.H. ........................... P054
KOBAYASHI, C.C.B.A. ........................... P456 LEITE,N.P ........................... P572
KOCH, B. ........................... P283 LEITE,N.P. ........................... P721
KOCH, B. E. ........................... P478 LEIVAS, A.F.G. ........................... P443 , P444 , P445
KOMAGATA, H. ........................... O36 LEMES, J. M. ........................... P725 , O09 , P275
KONKEWICZ, L. R. ........................... P034 LEMOS, L ........................... P093
KONKEWICZ, LR ........................... P033 , P096 , O63 , P670 LESSA, S.S.; BINELLI, C.;
KOROISHI, JHY ........................... P455 OLIVEIRA, P.; DAHER, P.;........................... P656
KOROISHI,JHY ........................... P321 LESSA,C.S.S. ........................... P189 , P705
KRAUSE, V.M ........................... P303 , O64 LEVIN, A. S. ........................... O27 , O17
KREBS, V.L. ........................... P338 LEVIN, A. S. S. ........................... O36
KRISTELLER, GAB ........................... P160 LEVY, CE ........................... P273
KRUEGER, L. N. ........................... P563 LIMA E SILVA, T.C. ........................... P317
KRÜGER, A. ........................... P185 LIMA NETO, A.V. ........................... P172 , P173 , P294
KRUMENAUER, EC ........................... P415 , P417 LIMA NETO, E.R. ........................... P238
KRUMMENAUER, E. ........................... P416 LIMA, A. B. M ........................... P391
KRUMMENAUER, E. ........................... P227 , P274 LIMA, A. B. M. ........................... P386 , P390 , P395
KRUMMENAUER, EC ........................... P226 LIMA, A. B.M. ........................... P387
KUCZYNSKI, A.P. ........................... P546 LIMA, A. I. F. ........................... P153
KUPLICH, NM ........................... P033 , P034 , P096 , P670 LIMA, A. P. F. ........................... P617
KUSANO, E. ........................... P328 LIMA, A.B.M. ........................... O39,O41,P374,P375,P394
KUWAHARA, C. ........................... P546 P403 , P404 , P457 , P458
LIMA, A.E.F ........................... P471 , P550 , P343

443
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
LIMA, A.E.F. ........................... P345 LISBOA, L. F. ........................... O33
LIMA, A.P.F. ........................... P245 LISBOA, M.A.P.L.P. ........................... P587
LIMA, A.R.M.C. ........................... P045 LISBOA, TC. .......................... P670
LIMA, A.W.S. ........................... P073 , P368 LOBO, R. ........................... P675
LIMA, C. R. O. ........................... P105 LOBO, R. ........................... O36
LIMA, C.J.B ........................... P078 LOIOLA,A.M.F. ........................... P145 , P678
LIMA, D. F. ........................... P005 LOPES, A.C.S. ........................... O56 , P392 , P393
LIMA, D.W.C. ........................... P251 LOPES, A.R.S. ........................... P259
LIMA, E.M.P. ........................... P519 LOPES, ADRIANA C. ........................... P346 , P371
LIMA, E.O ........................... P454 LOPES, CLBC ........................... P332 , P596
LIMA, E.S. ........................... P046 LOPES, E. O. S. ........................... P666 , P698
LIMA, F. ........................... P175 , P496 , P719 LOPES, F. ........................... P500
LIMA, F. A. O. ........................... P187 LOPES, F.O. ........................... P186
LIMA, F.S. ........................... P452 , P481 , P697 LOPES, F.P.P. ........................... P536
LIMA, G.B.C. ........................... P418 , P419 , P481 LOPES, I.G.A. ........................... P231
LIMA, G.L ........................... P378 LOPES, J.M. ........................... P651
LIMA, G.M.S. ........................... P538 , P539 , P542 LOPES, L.C. ........................... P055
LIMA, J.C.B. .......................... P078 LOPES, L.K.O. ........................... P098 , P152 , P152 , P155 ,
LIMA, L. C. ........................... P515 , P516 P222 , P223 , P224 , P241 ,
LIMA, L. F. A. ........................... P327 P241 , P242 , P243 , P551 ,
LIMA, L.F.A. ........................... P101 , P732 P551 , P632
LIMA, L.S. ........................... P122 LOPES, N.R.L. ........................... P480
LIMA, M. A. N. ........................... P396 , P684 , P685 LOPES, P.R.C. ........................... P023
LIMA, M. C. G. A. ........................... P235 LOPES, R.H. ........................... P607 , P608 , P613
LIMA, M. V. R. ........................... O37 , P711 LOPES,F ........................... P589
LIMA, M.H.S. ........................... P481 LOPES,L.K.O. ........................... P211 , P569
LIMA, M.O. ........................... P616 LORENA, N.S.O. ........................... P017 , P584
LIMA, M.P.D. ........................... P431 , P504 LOURENÇÃO, L. G. ........................... P265
LIMA, M.S. ........................... P635 , P710 LOURENÇO, L.L.F. ........................... P556
LIMA, M.T.A ........................... P182 LOURENÇO, P. H. A. ........................... P105
LIMA, M.V.R. ........................... P583 LOVATTO, CG ........................... P033 , P034 , P096
LIMA, N.C.B. ........................... P078 LUCENA, A.A. ........................... P039
LIMA, P. ........................... P282 LUCENA, R.N. ........................... P559
LIMA, P. R. G. ........................... P340 LUCENA,I.F ........................... P550 , P343
LIMA, R.R. ........................... P009 , P062 , P063 LUCENA,R.N. ........................... P036 , P037
LIMA, S.A. ........................... P046 , P306 , P307 , P652 LUCHI,A.C.B. ........................... P359
LIMA, S.L. ........................... P652 LUCHTENBERG, I. ........................... P339
LIMA, S.P. ........................... P610 LUNA, R. ........................... P208
LIMA, TA ........................... P440 LUNELLI, A. ........................... P296
LIMA,F. ........................... P649 LUNELLI, M. ........................... P194
LIMA,F.A.O ........................... P166 , P167 , P168 , P212 LUTTERBACH, L.G.S. ........................... P505
LIMA,F.S. ........................... P541 LUY, A.M. ........................... P737
LIMA,G.S ........................... P248 LUZ, D C ........................... P309
LIMA,J.A. ........................... P220 , P657 LUZ, M. C. G. ........................... P358
LIMA,M.C.DE LIMA ........................... P295 LUZ, M.H.B.A. ........................... P692
LIMA,M.R.S. ........................... P220 , P657 , P695 LUZ,M.H.B.A. ........................... P695

LIMA,R.R. ........................... P064


LIN, JW ........................... P261
LINHARES, J. M. ........................... P722 M
LINHARES,D.R. ........................... P141 M, BASSO ........................... O33
LINO, A. S. ........................... P088 , P277 , P278 M, PINHEIRO FREIRE ........................... O33
LINO, A.S ........................... P083 , P089 MA, SHIKANAI YASUDA ........................... O33
LINO, A.S. ........................... P667 MACEDO, D. S. ........................... P628
LINS, A.L.G.P ........................... P180 MACÊDO, D.M. N. ........................... P216
LINS, J.T.M ........................... P237 MACÊDO, D.M.N. ........................... P184 , P215 , P384 , P532 ,
LINS, R. C. F ........................... P210 , P234 , P525 , P544 , P534 , P690
P335 MACEDO, D.M.N.M. ........................... P559
LINS,RCF ........................... P244 MACEDO, H. ........................... P224
LIRA, A. C. O. ........................... O21 MACEDO, L. A. R. O. ........................... P527 , P528
LIRA, C.G. ........................... P480 MACÊDO, L.A.R.O. ........................... P529
LIRA, M. C. ........................... P233 MACEDO, M.L.A.F. ........................... P607 , P613
LIRA, M. C. ........................... P585 , P598 MACEDO, R. G. ........................... P605
LIRA, M. C. C. ........................... P217 MACHADO, AS ........................... P137
LIRA, M. C. C. ........................... P358 MACHADO, C.P.H. ........................... P478
LIRA, M. C. C. ........................... P643 MACHADO, C.R.C. ........................... P074 , P174
LIRA, M. C. C. ........................... P210 , P234 , P525 , P544 , MACHADO, F M ........................... P147 , P148
P335 , P724 MACHADO, H. A. S. ........................... P479 , P515 , P516
LIRA, M.C.C. P249 , P535 , P333 , P646 MACHADO, J ........................... P417
...........................
LIRA, MC P124 , P125 , P126 MACHADO, J. ........................... P416
...........................
LIRA,MCC P244 MACHADO, J. ........................... P227 , P274
...........................

444
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
MACHADO, JA ........................... P415 MARQUIM, A.P.S ........................... P237
MACHADO, JAA ........................... P226 MARQUIM, A.P.S. ........................... P238
MACHADO, L.N.C. ........................... P429 , P433 , P434 , P435 , MARTINEZ, H. V. ........................... P461
P436 , P437 MARTINEZ, H.V. ........................... P537 , P680
MACHADO, L.N.C., ........................... P427 , P428 MARTINEZ, M. B. ........................... P402
MACHADO, M.A.S. ........................... P024 , P097 , P098 MARTINHO, G.H. ........................... P057
MACHADO, S.P. ........................... O20 MARTINI, V.D. ........................... P602
MACHRY, T. S. ........................... P225 , P660 MARTINS, A. ........................... P451
MACHRY, T.S. ........................... P180 MARTINS, A.C. ........................... P007 , P206 , P247
MACIEL, A. L. P. ........................... P270 MARTINS, AF ........................... P129
MACIEL, K.S. ........................... P300 , P565 , P692 MARTINS, C.M.A. ........................... O66
MACIEL, L.M.C. ........................... P517 MARTINS, C.M.O. ........................... P196 , P239
MACIEL, M. A. ........................... P423 MARTINS, E ........................... P034
MACIEL, M.A.V. ........................... O56 , P392 MARTINS, F. C. ........................... P327
MACIEL,K.S. ........................... P650 MARTINS, F.C. ........................... O65
MACKEVICIUS, L.B. ........................... P297 , P299 MARTINS, I.S ........................... P590
MACUIEL, M.A.V. ........................... P393 MARTINS, I.S. ........................... P441
MADEIRA, C. ........................... P520 MARTINS, L. M. M. M. B............................ P693 , P235 , P308
MADEIRA, L.A ........................... P671 MARTINS, L. M. M. M. B............................ P694
MAGALAHAES, A. ........................... P120 MARTINS, L. M. S. ........................... P479
MAGALHÃES, A. ........................... P121 MARTINS, M. A. ........................... P386
MAGALHÃES, A.C.G ........................... P590 MARTINS, M.A. ........................... P387 , P388
MAGALHÃES, A.C.M. ........................... O23 MARTINS, M.M. ........................... P255
MAGALHÃES, D ........................... P078 MARTINS, N.E. ........................... P043 , P044 , P132 , P169 ,
MAGALHAES, D. P. ........................... P460 , P508 , P509 , P731 , P170 , P470 , P549 , P604
P733 MARTINS, T.D. ........................... P039
MAGALHÃES, G.F. ........................... P324 MARTINS, V.M ........................... P503
MAGALHÃES, K ........................... P238 MARTINS, W. M. B. S. ........................... P400
MAGALHÃES, K. ........................... P237 , P522 , P523 MARTINS, W. M. B. S. ........................... P389
MAGALHÃES, M.A.L. ........................... P494 , P495 MARTINS, W.M.B.S. ........................... O42
MAGALHÃES, M.G.P.A........................... P463 MARTINS,A.A.A. ........................... P689
MAGALHÃES, M.G.P.A............................ P090 , P091 MARTINS,N.L.C ........................... P589

MAGALHÃES, Y. ........................... P520 MARTINS,TDG ........................... P641 , P688


MAGALHAES,A.C.G ........................... O08 MARTINS,W.M.B ........................... O38
MAIA, K. M. ........................... P327 MARTUCCHI, S.D. ........................... O13
MAIA, R. C. F. ........................... P101 , P327 MARTUSCELLI, A.C. ........................... P604
MAIA, R. C. F. ........................... P153 MASTELO, M.S. ........................... P062 , P063
MAIA, R.C.F. ........................... P154 , P517 MASTELO,M.S. ........................... P064
MALAGUTI, S. E. ........................... P355 MATHOR, M. ........................... P561
MALAQUIAS, S. G ........................... P387 MATIAS, N.M. ........................... P269 , P536
MALAQUIAS, S. G. ........................... P386 , P388 MATO,J.C. ........................... P077
MALAQUIAS, S.G ........................... P394 , P403 MATOS, C. S. ........................... O54
MALESKI, A. L. A. ........................... P527 , P528 MATOS, J.A. ........................... P413
MALGUEIRO, F.P. ........................... P139 MATOS, L. R. B. ........................... O60
MALVEIRA, M. I. B. ........................... P075 MATOS, P. D. M. ........................... O54
MAMIZUKA, E.M. ........................... P310 MATOS, PDM ........................... O55
MANGINI, C ........................... P487 MATTEI, R.A. ........................... P434
MANGINI,C ........................... P156 , P157 MATTEI, R.A., ........................... P428
MANGINI,C. ........................... P579 MATTOS, C. S. ........................... P430
MANGUEIRA, S.O. ........................... P230 MATTOS, C.S. ........................... O57 , P420
MANGUEIRA,S.O. ........................... P073 MAURENTE, E.M ........................... P253
MANTESE, O.C. ........................... P032 MAXIMO, LMI ........................... P611
MARAGNI, G. G. ........................... O02 , P561 MAY, W. ........................... P072
MARCONDES, N. R. ........................... P433 MAZZIERO, E.S. ........................... P653
MARCONDES, N.R. ........................... P434 , P435 , P436 , P437 MEDEIROS FILHO, J.E. ........................... P078
MARCONDES, N.R., ........................... P427 , P428 , P429 MEDEIROS, B.M.D. ........................... P255 , P696
MARCY,NBC ........................... P611 MEDEIROS, E. ........................... O52 , P144 , P624
MARGATE, E. ........................... P038 , P411 MEDEIROS, E.A.S. ........................... P140
MARI, V. ........................... O10 , P071 , P072 MEDEIROS, I. M. ........................... P285
MARINHO, M.A.D. ........................... P173 MEDEIROS, J.V. ........................... P519
MARIZ, D. ........................... P285 MEDEIROS, JOSIAN ........................... P199
MARQUES, D.C.R. ........................... P662 MEDEIROS, M ........................... P609
MARQUES, E.A. ........................... O40 MEDEIROS, M. ........................... P201
MARQUES, E.C.F ........................... P579 MEDEIROS, M. S. ........................... P327
MARQUES, I.L. ........................... P494 , P495 MEDEIROS, M.F.S. ........................... P610
MARQUES, R. S. ........................... P266 , P717 MEDEIROS, M.I.P.A. ........................... P506
MARQUES, S. ........................... P520 MEDEIROS, R. A. ........................... P323 , P701
MARQUES, S. T. S.; ........................... P728 MEDEIROS, R.M.L. ........................... P543
MARQUES, S.M.A.A. ........................... P149 MEDEIROS, S.H. ........................... P610
MARQUES, S.T.S. ........................... P714 MEDEIROS, S.H.N. ........................... P183 , P254

445
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
MEDEIROS, S.L.V. ........................... P183 , P610 P700 , P701
MEDEIROS, S.M ........................... P212 MENDONÇA, E. S. ........................... P687
MEDEIROS, S.M. ........................... P041 , P240 MENDONÇA, F. G. ........................... P490
MEDEIROS, SHN ........................... P131 , P133 , P192 MENDONÇA, H.C. ........................... P135
MEDEIROS, SLV ........................... P131 , P133 , P192 MENDONÇA, K. M. ........................... P661
MEDEIROS, W.R. ........................... P183 , P254 , P610 MENDONÇA, K.M. ........................... P202 , P204 , P353 , P362 ,
MEDEIROS, WR ........................... P131 , P133 , P192 P625
MEDEIROS,L.B. ........................... P664 MENDONÇA, KM ........................... P609
MEDEIROS,R.K.S. ........................... P166 MENDONÇA, L.A.P. ........................... O34
MEDEIROS,S.M ........................... P686 MENDONÇA, L.H.L. ........................... P135
MEDICI, N.P. ........................... P413 MENDONÇA, S D ........................... P051
MEIRA, E.S. ........................... O13 MENDONÇA,A.E.O ........................... P167
MEIRA, L. A. ........................... P277 MENDONÇA,K.M. ........................... P569
MELLO, F.E.G. ........................... P706 MENEGATTI, C. L. ........................... P725
MELLO, L. R. B. ........................... P421 , P422 MENESES, D.S. ........................... P015 , P639
MELLO, M. J. G. ........................... O61 MENESES, R.C.P. ........................... O32
MELLO, M.J.G ........................... P465 MENESES, R.S.C.P ........................... P465
MELLO, M.J.G. ........................... P122 , O32 MENESES,L.B.A. ........................... P664
MELO, A.F. ........................... P150 , P151 , P198 MENEZES, B. ........................... P071
MELO, A.K.C ........................... P568 MENEZES, L.C.A. ........................... P054 , P318
MELO, A.L. ........................... P442 MENEZES, T. ........................... P513
MELO, A.O. ........................... P165 MENEZES, W. R. S. ........................... P342
MELO, AF ........................... P261 , P284 , P735 MENEZES,A.K.B ........................... P221 , P572 , P591 , P659
MELO, C. N. M. ........................... P722 , P709 MENEZES,J.R ........................... P471 , P343
MELO, D S ........................... P370 MENICUCCI, M.R. ........................... O34
MELO, D. S. ........................... P575 MENOLLI, D.R. ........................... P180
MELO, D.S. ........................... P097 , P098 , P229 MESTRINARI*, A. C. R............................ O03
MELO, E. C. P. ........................... P645 MESTRINARI, A. C. R. ........................... P630
MELO, E. M. M. ........................... P195 MESTRINARI, A.C.R. ........................... P011 , P631
MELO, E.M.S. ........................... P183 MICHELIM, L. ........................... O10 , P071 , P072
MELO, F.R.M. ........................... P635 , P710 MICHELON, S. ........................... P247
MELO, G. B. ........................... P027 MIKOWSKI, S.B.M ........................... P373 , P560
MELO, G. R. G. ........................... P217 MIKULENAS, AP ........................... P137
MELO, G.B. ........................... P030 MIKULENAS,AP ........................... P138
MELO, H.R. ........................... P041 , P240 MILAN,M ........................... P137
MELO, I.T.L. ........................... P184 , P215 , P216 , P384 , MINARINI, L.A.R. ........................... P499
P532 , P534 , P559 , P690 MINASI, L.B. ........................... P242 , P243
MELO, J.M.DE ........................... P647 MIRANDA, AVANILDE PAES........................... P707
MELO, L. ........................... P120 , P190 MIRANDA, C. S. V. ........................... P376
MELO, L.C. ........................... P180 MIRANDA, D. ........................... P415
MELO, L.P.M. ........................... P023 MIRANDA, D. ........................... P417
MELO, M. S. ........................... P015 MIRANDA, DANIELA ........................... P416
MELO, M.C.N ........................... P059 , P432 MIRANDA, E. J. P. ........................... O17
MELO, MICHELA C ........................... P199 MIRANDA, E.B. ........................... P152 , P155 , P211 , P241 ,
MELO, R. C. A. M. ........................... O60 P242 , P243 , P551
MELO, R.C.A. ........................... P392 MIRANDA, L,N. ........................... P676
MELO, R.R ........................... P712 MIRANDA, L.N. ........................... P178 , P272 , P279 , P502 ,
MELO, T. C ........................... P312 P669
MELO, V. ........................... P022 , P023 MIRANDA,I.C.LIMA ........................... P220
MELO,H.R ........................... P212 , P686 MIRANDA-FILHO, D.B............................ P347
MELO,M.C.N. ........................... P058 MNORAIS, A.O. ........................... P511
MENDES, C. S. ........................... P340 MOLINARO,DB ........................... P322
MENDES, C.S. ........................... P287 , P467 , P468 , P475 , MONDELLI, A.L. ........................... P450
P476 , P477 , P485 , P486 MONDINO, P.J.J. ........................... P442
MENDES, E. T. ........................... P440 MONTE, L. N. C. ........................... P515 , P516
MENDES, ET ........................... P069 MONTEIRO, G.T.R. ........................... P004
MENDES, F.M.R. ........................... P118 MONTEIRO, M.G.L ........................... P058 , P059
MENDES, F.R ........................... P119 MONTEIRO, M.L.S. ........................... P164
MENDES, J. ........................... P171 MONTEIRO, P. P. M. ........................... O61
MENDES, J.M ........................... P454 MONTEIRO, P.F ........................... P343
MENDES, L.C. ........................... P483 MONTEIRO, R.T. ........................... P002
MENDES, R. C. ........................... P577 MONTEIRO, RAFAELA TEIXEIRA ........................... P668
MENDES, T.S. ........................... P178 , P279 , P502 , P669 , MONTEIRO, W. M. S. ........................... P101 , P327
P676 MONTEIRO, W. M. S. ........................... P153
MENDES, T.V.B. ........................... P448 MONTEIRO, W.M.S. ........................... P154 , P517
MENDIZABAL, M. F. M. A...................... P421 , P422 MONTEIRO,M.L.S ........................... P006
MENDONÇA JÚNIOR, F. G.; MORAES DE , L. B. ........................... P265
PEREIRA, V. N.; DUARTE, M.................... P491 MORAES, N.V.M. ........................... P713
MENDONÇA JÚNIOR, F.G....................... P489 MORAES,C........................... P596
MENDONÇA, A. E. O. ........................... P084 , P187 , P323 , P365 , MORAIS, A. ........................... P107

446
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
MORAIS, A. O. ........................... P136 , P282 NAKAO, A.C.A.J ........................... P128 , O12
MORAIS, G.S.N. ........................... P639 NALETTO, M.A. ........................... P514
MORAIS, I. M. ........................... P515 , P516 NAMORA, E.S. ........................... O20
MORAIS, J.M.D. ........................... P010 NARDO, E. ........................... O62
MORAIS, L.M. ........................... P019 , P636 NASCIMENTO, A. A. P. ........................... P342
MORAIS, M. M. C. ........................... P400 NASCIMENTO, A.P. ........................... P446 , P540
MORAIS, M. M. C. ........................... P389 NASCIMENTO, D. B. ........................... P515 , P516
MORAIS, M.M.C. ........................... O42 NASCIMENTO, D. L. ........................... P217
MORAIS, R. A. ........................... P277 NASCIMENTO, E. R. ........................... P515 , P516
MORAIS, V.M.S. ........................... P411 NASCIMENTO, G. ........................... O28
MORAIS,M.M.C ........................... O38 NASCIMENTO, J.D. ........................... P610
MORANDI, A. C. ........................... O23 NASCIMENTO, L.B. ........................... P662
MOREIA, A.P.A. ........................... O04 NASCIMENTO, M. L. M. ........................... P460 , P508 , P509 , P731 ,
MOREIRA, A. C. A ........................... P380 P733
MOREIRA, A. P. A. ........................... P027 NASCIMENTO, M.M.P. DO........................... P699 , P730
MOREIRA, A. S. ........................... P005 NASCIMENTO, M.N. ........................... P163
MOREIRA, A.C.A ........................... P208 , P381 NASCIMENTO, P.V. ........................... P111
MOREIRA, A.P.A. ........................... O06 , P031 NASCIMENTO, R.F ........................... P109
MOREIRA, ANA CRISTINA AZEVEDO....... P564 NASCIMENTO,A.N ........................... P572

MOREIRA, B.M. ........................... P413 NASCIMENTO,B.P. ........................... P189 , P705


MOREIRA, CEN ........................... P137 NASCIMENTO,G.M ........................... P689
MOREIRA, M. ........................... P455 NASCIMENTO,R.E. ........................... P246
MOREIRA, M.C. ........................... O29 NATARABE, F.M. ........................... P546
MOREIRA, M.R. ........................... P031 , O43 NAZÁRIO, J. ........................... P480
MOREIRA, ME ........................... P455 NEPONUCENO, R.F. ........................... P052
MOREIRA, R.C.S. ........................... P480 NERES, S. F ........................... P320
MOREIRA, R.L.F. ........................... P057 NERES, S. F. ........................... O31
MOREIRA, S. ........................... P644 NERY, A. F. ........................... P285
MOREIRA, S. ........................... P017 , P074 , P174 , P357 , NETO, E.N. ........................... P194
P584 , P592 , P602 NEVES, F.C. ........................... P123
MOREIRA,M ........................... P321 , P322 NEVES, H C C N ........................... P370
MOREIRA,ME ........................... P321 NEVES, H.C.C. ........................... P098 , P201 , P202 , P204 ,
MORENO, L. F.R ........................... P042 P353 , P625
MORETTI, ML ........................... P273 NEVES, H.C.C.N. ........................... P024
MORETTI,M.L. ........................... P016 NEVES, HCC ........................... P609
MORORÓ, D. D. S. ........................... P628 NEVES, J.R. ........................... P272
MORORÓ, D. D.S. ........................... P507 NEVES, M.S. ........................... P171
MORORÓ, D.D.S ........................... P438 NEVES, P.Z. ........................... P043 , P044 , P132 , P169 ,
MORORÓ, D.D.S. ........................... P506 P170 , P470 , P549 , P604
MORORÓ, D.S. ........................... P182 NEVES, S.M.F.M. ........................... P019
MOSENA, G. ........................... P072 NEVES, S.MF.N. ........................... P636
MOTA, I.A. ........................... P494 , P495 NEVES, Z C P ........................... P147 , P148
MOTA, L. M. ........................... P088 , P277 , P278 NEVES, Z.C.P. ........................... P241 , P242 , P243
MOTA, L.M ........................... P089 NEVES,F.C. ........................... P076
MOTA, L.M. ........................... P083 , P448 , P667 NEVES,J.A. ........................... P203 , P218 , P352 , P650
MOTA, N. V. Y. V. ........................... O36 NICKEL, C. ........................... P144 , O52
MOTA,T.O ........................... P248 NICOLETTI, C ........................... P735
MOTTA, F.A. ........................... P510 , P546 , P339 NICOLETTI, C. ........................... O24
MOTTA, K. ........................... P598 NICOLI, J. R. ........................... P385
MOURA, E.R. ........................... P253 NICOLI, J.R. ........................... P474
MOURA,M.R.S.A.L. ........................... P464 NOBRE, R.G. ........................... P154
MOURÃO, R. B. ........................... P047 NÓBREGA, A. R. R. ........................... P153
MOURATO, A.T.B. ........................... P463 NÓBREGA, T.J.M.A. ........................... P696
MOYSÉS, A.C.M.C. ........................... P043 , P044 , P132 , P470 , NÓBREGA, T.M.A. ........................... P255
P549 , P604 NOGUEIRA, D.S.R. ........................... P334
MULATINHO, L.M. ........................... P164 NOGUEIRA, T.G. ........................... O34
MUNARETTO, C. ........................... P434 , P435 , P436 , P437 NORCIA, L.F. ........................... P638
MUNARETTO, C., ........................... P428 NOSCHANG, H. ........................... P512
MUNARI, D.B. ........................... P201 NOSCHANG, H. ........................... P194
MUNARI, DB ........................... P609 NOSCHANG, J. ........................... P512
MUNIZ, M.L.C. ........................... P538 NOUÉR, S. ........................... P121
MURO, M.D ........................... P546 NOUÉR, S. A. ........................... P430

MURTA, C. ........................... P076 NOUER, S.A. ........................... O44 , P408


NOUER,S.A ........................... O08
NOVAES JUNIOR, V.M............................ P602
N NUNES, A. B. T. ........................... P366 , P367
NAGAO, C............................ P336 NUNES, A.B.T. ........................... P112 , P113 , P368
NAGEL, FM ........................... P096 , P670 NUNES, L.O.N. ........................... P205
NAHUZ, M. C. ........................... P042 NUNES, M. R. C. M. ........................... P479
NAKAMURA, C.V. ........................... P462 NUNES, M.C.A. ........................... P736

447
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
NUNES, P.C. ........................... P015 , P639 OLIVEIRA, O.C.A. ........................... P537
NUNES, R.C. ........................... P288 OLIVEIRA, O.L. ........................... P334
NUNES, V.M.A. ........................... P172 , P294 OLIVEIRA, P.F.T. ........................... P065 , P068

OLIVEIRA, P.M.N ........................... O14


OLIVEIRA, P.M.N. ........................... O49 , P594
O OLIVEIRA, P.S. ........................... P257 , P364 , P633 , P682 ,
Ó, J. M. ........................... O05 , P718 P729
OLIVAL, S. ........................... O28 OLIVEIRA, R.C. ........................... P734
OLIVEIRA JÚNIOR, A.R............................ P037 OLIVEIRA, R.O. ........................... O20
OLIVEIRA JÚNIOR,A.R............................ P036 OLIVEIRA, S. ........................... P111
OLIVEIRA NETO, A.F. ........................... P552 OLIVEIRA, S. A. F. ........................... P358
OLIVEIRA, A. ........................... P451 OLIVEIRA, S. M. ........................... P507
OLIVEIRA, A. C. ........................... P385 OLIVEIRA, S.A.S. ........................... P196
OLIVEIRA, A. C. F. ........................... P268 OLIVEIRA, S.M.B ........................... P258
OLIVEIRA, A. D. ........................... P689 OLIVEIRA, T. C. A. ........................... P563
OLIVEIRA, A.C. ........................... P013 , P209 , P474 OLIVEIRA, T.P. ........................... P300 , P565 , P692
OLIVEIRA, A.D. ........................... P205 OLIVEIRA, V G ........................... P051
OLIVEIRA, A.D.S. ........................... P240 OLIVEIRA, Z.V.DE ........................... P647
OLIVEIRA, A.G. DE L. ........................... P626 OLIVEIRA,D.A.L. ........................... P036 , P037
OLIVEIRA, A.P. ........................... P053 OLIVEIRA,L.G.C. ........................... P016
OLIVEIRA, ADRIANA CRISTINA............... P108 OLIVEIRA,M. ........................... P077
OLIVEIRA, C. A. R. ........................... P376 , P377 , P627 OLIVEIRA,T.P. ........................... P252
OLIVEIRA, C. C. DE ........................... P618 OLIVEIRS, G.R.L. ........................... P653
OLIVEIRA, C. L. F. ........................... P235 OLSZEWSKI, J.M. ........................... P546
OLIVEIRA, C.F. ........................... P431 , P504 , P629 ORLANDI, B.M.M. ........................... P146 , P344
OLIVEIRA, C.O.P. ........................... P628 ORLANDI, B.M.M.O. ........................... P260
OLIVEIRA, D.A.L. ........................... P184 , P205 , P215 , P216 , ORLANDI,B.M.M ........................... P130 , P469
P532 , P534 , P559 , P626 , ORLETTI, L. G. ........................... P282
P690 ORSI, A.R. ........................... P411
OLIVEIRA, D.N.S. ........................... P117 ORTIZ, M ........................... P226
OLIVEIRA, D.R. ........................... O51 ORTIZ, M. ........................... P274
OLIVEIRA, D.S ........................... P534 , P690 OTUTUMI, S. T. ........................... P239
OLIVEIRA, D.S. ........................... P184 , P216 , P384 , P521 ,

P559
OLIVEIRA, E.G. ........................... P488 P
OLIVEIRA, F.J.A. ........................... O12 P, COMARIN ........................... O59
OLIVEIRA, G. C. ........................... P217 PACHECO, A.N.B. ........................... P279 , P669 , P676
OLIVEIRA, G.B. ........................... P038 , P411 PACHECO, D. ........................... P171
OLIVEIRA, G.Z ........................... P109 PADILHA, K.M ........................... P109
OLIVEIRA, J.A.V. ........................... P297 , P299 PADRE, A. ........................... P208
OLIVEIRA, J.K.A ........................... P292 PÁDUA, R.A.F. ........................... P461 , P462
OLIVEIRA, J.K.A. DE ........................... P214 PAES, Z. C. ........................... P164
OLIVEIRA, J.L. DE ........................... P093 PAIVA, D.M ........................... P109
OLIVEIRA, J.S. ........................... P178 , P669 , P676 PAIVA, E.M.M. ........................... P574
OLIVEIRA, K A ........................... P147 PAIVA, K.M.A. ........................... P164
OLIVEIRA, K A O ........................... P148 PAIVA, L.F.R. ........................... P057
OLIVEIRA, K.K.B. ........................... P041 PAIVA, M.H.R.S. ........................... P209
OLIVEIRA, K.K.D. ........................... P207 PAIXÃO, C. ........................... O28
OLIVEIRA, L. C. ........................... P562 PALACI, M. ........................... O58
OLIVEIRA, L. S. ........................... P217 PALAZZO, G. ........................... P224
OLIVEIRA, L.C. ........................... P040 PALHANO,S.C. ........................... P345
OLIVEIRA, L.F. DE ........................... P730 PALOS, M. A. P. ........................... P617 , P672
OLIVEIRA, L.M.A.C. ........................... P018 PALOS, M. A. P. ........................... P105
OLIVEIRA, L.R. DE ........................... P699 PALOS, M.A.P ........................... P395
OLIVEIRA, L.T.A.D.G. ........................... P314 PALOS, M.A.P. ........................... P024 , P097 , P098 , P204 ,
OLIVEIRA, M. P121 P224 , O41 , P354
OLIVEIRA, M. G. G. DE........................... P618 , P619 PALUDO, E. ........................... P283 , P478
OLIVEIRA, M. G. L. ........................... O03 PANUTTI, C ........................... P440
OLIVEIRA, M.A.S. ........................... P117 PARAMO, G. P. L. ........................... P264
OLIVEIRA, M.C.R. ........................... P594 PARENTE, H. M. A. ........................... P153
OLIVEIRA, M.C.R.A ........................... O14 PARREIRA, J.G. ........................... P553
OLIVEIRA, M.C.R.A. ........................... O49 PASCOAL, J. C. ........................... P508 , P509
OLIVEIRA, M.F. ........................... P009 , P250 PASCOTO,P.C ........................... P686
OLIVEIRA, M.G.L. ........................... P011 PASSADORE, L. F. ........................... P402
OLIVEIRA, M.P.B. ........................... P408 PASSOS, L. ........................... P107
OLIVEIRA, M.P.O. ........................... O20 PASSOS, L. N. ........................... P136 , P282
OLIVEIRA, M.R. ........................... P040 PASSOS, L.N ........................... P106 , P280
OLIVEIRA, M.S. ........................... P710 , P710 PASSOS, L.N. ........................... P511
OLIVEIRA, N.B. ........................... P704 PASTE, A. A. ........................... P325 , P619
OLIVEIRA, N.V.L. ........................... P317 PATRÍCIO, F. B. ........................... P666

448
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
PATRICIO, M. R. ........................... P345 PESSOTO,M.A. ........................... P286
PAULA, A.O. ........................... P209 PESTANA, A.G.S. ........................... P430
PAULA, B.F. ........................... P651 PETELIN, E. C. U. ........................... P080
PAULA, G. R. ........................... P617 , P634 , P672 , P673 PEZZI, T. ........................... P072
PAULA, G.R. ........................... P413 , P570 , P571 PIACESI,S ........................... P119
PAULA, M.C. ........................... O34 PIACESI,S. ........................... P118
PAULA, N.N ........................... P406 PIAZI, M.D. ........................... P128
PAULA, N.N. ........................... P194 , P512 PIERROTTI, L.C. ........................... P139
PAULA,N.N. ........................... O51 PIGNATARI, ACC ........................... P138
PAULIN, P. ........................... P453 PIGNATARI,ACC ........................... O22
PAULINO, R.G. ........................... P053 , P457 , P581 PIMENTA NETO, A. S. ........................... P195
PAULON, P. ........................... O48 PIMENTA, F. C. ........................... P390 , P391
PAVARIN, A. P. F. ........................... O03 PIMENTA, F.C. ........................... O39,O41,P374,P395,P458
PAVARIN, A.P.F. ........................... P011 PIMENTEL, R.C. ........................... P714 , P728
PEDIGONE, M.A.M.C. ........................... P042 , P414 , P567 PINELI SIMÕES, L.L. ........................... P152 , P155 , P241 , P242 ,
PEDRO, H. S. P. O03 P243 , P551
PEDRO, H.S.P. ........................... P011 PINHEIRO, D.O.B.P. ........................... P441
PEDROTO, A.C. ........................... P602 PINHEIRO, F. ........................... O45
PEDROZA, A.P. ........................... P197 PINHEIRO, L.S. ........................... O20
PEIXOTO, D ........................... P440 PINHEIRO, M.R. ........................... P543 , P703
PEIXOTO, M.K.A.V. ........................... P018 PINHEIRO, M.R.S. ........................... P099
PELEJA, E. B. ........................... P024 PINHEIRO, P ........................... P070
PELEJA, E.B ........................... P097 PINHEIRO, P. Y.M. ........................... P592
PELEJA, E.B. ........................... P002 , P098 , O39 , P375 PINHEIRO, P.A.P.C. ........................... P320
PERDIGÃO NETO, L. V............................ P327 PINHEIRO, P.N.C. ........................... P154 , P736

PERDIGÃO, R.L.D. ........................... P056 PINHEIRO,D.M.Q ........................... P471 , P550


PERDIZ,L.B. .......................... P716 PINHO, A. C. ........................... P520
PEREIRA, A.K.A. ........................... P405 , P493 , P533 PINHO, E. S. ........................... P213
PEREIRA, A.M.S. ........................... O23 , O58 , O35 PINHO,E.S. ........................... P569
PEREIRA, C. A. M. ........................... P561 PINTO, A.C.V.D. ........................... P186
PEREIRA, D. M. V. ........................... P355 PINTO, D C P ........................... P051 , P309
PEREIRA, D.L.C. ........................... P257 PINTO, J. T. J. M. ........................... P628
PEREIRA, E.M. ........................... O57 PINTO, J.T.J.M ........................... P182 , P438
PEREIRA, E.P.L. ........................... P398 , P399 PINTO, J.T.M. ........................... P507
PEREIRA, F. M. V. ........................... P355 PINTO, M. I. DE M. ........................... P191
PEREIRA, F.H.E. ........................... P488 PINTO, M.C.F.G. ........................... P442
PEREIRA, F.J.F.Q. ........................... P255 , P696 PINTO, M.S.A. ........................... P149 , P197 , P726 , P727
PEREIRA, F.M.S. ........................... O35 PINTO, RH ........................... P124 , P125 , P126
PEREIRA, H. E. S. ........................... P251 PINTO, T.J.M. ........................... P506
PEREIRA, H.E.S. ........................... P207 , P558 PINTO,F.S. ........................... P076
PEREIRA, J. ........................... P139 PINTYÁ, J.P. ........................... P009 , P250
PEREIRA, J.A.A ........................... O35 PIOSIADLO, L.C.M. ........................... P360
PEREIRA, J.A.A. ........................... P401 PIRES, A.S. ........................... P151
PEREIRA, K.B.C. ........................... P004 , P580 PIRES, D.DE D. ........................... P053
PEREIRA, L. ........................... P512 PIRES, D.F. ........................... P575
PEREIRA, M. I. F. ........................... O03 PIRES, F. V. ........................... P617
PEREIRA, M. R. ........................... P672 , P673 PIRES, F.V. ........................... P204 , P245 , P569
PEREIRA, M.G.P.M. ........................... P713 PIRES, L.L.S. ........................... P481
PEREIRA, M.I.F. ........................... P011 PIRES, M.L. ........................... P319
PEREIRA, M.R. ........................... P003 , P053 PIRES, MR ........................... P033 , P034 , P096 , O63 ,
PEREIRA, M.S. ........................... P661 P670
PEREIRA, MAYARA REGINA........................... P668 PISCOYA DIAZ, M. E. ........................... P013
PEREIRA, N. M. V. ........................... P355 POLI, H ........................... P416
PEREIRA, N.R. ........................... P494 , P495 POLI, H. ........................... P415
PEREIRA, P.S. ........................... P269 POLI, H. ........................... P417
PEREIRA, S.M. ........................... P316 , P317 , P662 PONCE, D. ........................... P161 , P162 , P484
PEREIRA, V. N.; ........................... P489 PONTE, I. L. ........................... P709
PEREIRA, V.C. ........................... O11 , P449 , P450 , P451 PONTES, N.F. ........................... O66
PEREIRA, V.N. ........................... P490 , P491 PONTES, T.M.T. ........................... P559
PEREIRA,A.G.A. ........................... P359 PORCHER, G. ........................... P478
PEREIRA,CAP ........................... O22 PORFÍRIO, Z. ........................... P418 , P419 , P452 , P481 ,
PEREIRA,D.L.C. ........................... P664 P541 , P697
PEREIRA,VAC ........................... P061 PORTILHO, N. P. ........................... P386
PERES, R.A. ........................... P182 PORTO, A. P. M. ........................... P597
PEREZ, M.A. ........................... P074 , P174 PORTO, APM ........................... P262 , P518
PERLINGEIRO, J. ........................... P553 PORTO, J.P. ........................... P032
PESSAMILIO, V.A. ........................... O34 PORTO, M.L.S. ........................... P526
PESSOA, B.F. ........................... P493 , P533 POSSUELO, L. ........................... P478
PESSOA, T. L. ........................... P507 PRADO PALOS, M.A. ........................... P002 , P003 , P053
PESSOA, T.L. ........................... P506 PRADO, G. V. ........................... O27

449
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
PRADO, L. ........................... P029 REIS, G.A.X........................... P453
PRADO, L. ........................... O28 REIS, G.L.M.R. ........................... P300 , P565
PRADO-PALOS, M. A. ........................... P390 , P391 , P634 REIS, H. P. C. ........................... P509
PRADO-PALOS, M.A ........................... P708 REIS, H. P. L. C. ........................... P460 , P508 , P731 , P733
PRADO-PALOS, M.A. ........................... O39 , P374 , P375 , P457 , REIS, M. D. ........................... P564
P458 REIS,G.L.M.R. ........................... P352
PRATA ROCHA, M.L. ........................... P030 REIS,G.L.R.R. ........................... P203
PRATES, C. ........................... P500 RENNER, J.D.P. ........................... P478
PRATES,C.G ........................... P589 RESENDE, D. S. ........................... O05 , P266 , P717 , P718
PRAXEDES, L. T.A. ........................... P251 RESENDE, E E ........................... P147 , P148
PRAXEDES, L.T.A ........................... P207 RESENDE, K C A L D ........................... P370
PRESTA, A. ........................... P582 RESENDE, M.A. ........................... O47
PRIMO, M.B.G. ........................... P065 , P068 RESENDE, V ........................... P156
PRIMO, M.G.B. ........................... P082 RESENDE,R.V. ........................... P076
PRUDÊNCIO,I.F. ........................... P123 RETTO, M. F. ........................... P495
PUSCHIAVO, T. H. ........................... P102 RETTO, M.F. ........................... P494

REUTER, T.Q P106 , P280


REZENDE, E.M. ........................... P318
Q REZENDE, F.R. ........................... P204 , P353 , P354 , P362 ,
QUEIROGA, J.S. ........................... P699 , P730 P625 , P661
QUEIROGA, K.R.O. ........................... P699 , P730 REZENDE, FR ........................... P370
QUEIROZ, C.B. ........................... P231 REZENDE, K.C.A.D. ........................... P570 , P571 , P658
QUEIROZ, D. L. ........................... P079 , P080 REZENDE, R.V. ........................... P259
QUEIROZ, F.M. ........................... P506 REZENDE,F.R. ........................... P569
QUEIROZ, JOSÉ I ........................... P199 REZENDE,R.V. ........................... P123
QUEIROZ, L. E. P. DE ........................... P326 , P348 , P738 RIBAS, R.M. ........................... O06 , P031 , P032
QUEIROZ, L.E.P ........................... P599 RIBAS, ROSINEIDE MARQUES.................. P014
QUEIROZ, L.E.P. ........................... P337 RIBEIRO, A.M. ........................... O65
QUEIROZ, MEP ........................... P611 RIBEIRO, A.O. ........................... O49 , P594
QUEIROZ, R.F. ........................... P056 RIBEIRO, E.M.V. ........................... P736
QUEIROZ, R.J. ........................... P058 RIBEIRO, F. ........................... P415
QUEIROZ-TELLES, F. ........................... P546 RIBEIRO, F. ........................... P416 , P417
QUERINO, D.R ........................... P564 RIBEIRO, F.B.Z ........................... P106 , P280
QUINONEIRO, A. C. ........................... O45 , P577 RIBEIRO, F.F. ........................... P176
QUIROGA, M. M. M. ........................... P615 RIBEIRO, F.R. ........................... P441
QUIROGA, M.M.M. ........................... P258 , P614 RIBEIRO, J. C. ........................... P042
RIBEIRO, K. R. B. ........................... P084 , P187 , P323 , P365 ,
P700
R RIBEIRO, L. M. ........................... P187
R, F.F. ........................... P049 , P050 RIBEIRO, L.C.M. ........................... P018 , P082 , P201 , P202 ,
RABELLO,R. ........................... P548 P222 , P245 , P625
RABELO, B.D.F. ........................... P294
RIBEIRO, L.V. ........................... P713 , P714
RABÊLO, J. I. C. ........................... P327
RABELO, M.A RIBEIRO, LCM ........................... P609
........................... P411
RABELO, M.A. RIBEIRO, M. ........................... P194
........................... P038
RAELI, F.P. RIBEIRO, M. A. ........................... P282
........................... P288
RALIO, R. B. RIBEIRO, M.C. ........................... P310
........................... P597 , P601 RIBEIRO, N ........................... P160
RALIO, RB ........................... P160 , P262 , P518
RIBEIRO, N.F.G. ........................... P002 , P003
RAMALHO, D.M. ........................... P345 RIBEIRO, NÁDIA FERREIRA GONÇALVES P668
RAMALHO, J.H. ........................... P699 , P730
RAMIRES, C. RIBEIRO, P. ........................... P520
........................... P357
RAMOS, A.P.A. RIBEIRO, R. ........................... P012
........................... P629 P544
RAMOS, E.A. RIBEIRO, R. K. B. ...........................
........................... P150 , P151 , P198 P052
RAMOS, E.M.N.M RIBEIRO, R.K.B. ...........................
........................... P281 RIBEIRO, S. R. L. ........................... P460 , P508 , P509 , P731 ,
RAMOS, EA ........................... P261 , P284 , P735 P733
RAMOS, F. ........................... P500
RIBEIRO, S.M.C.P ........................... O47
RAMOS, F.R. ........................... P602
RAMOS, M.C. RIBEIRO, V.B ........................... P397
........................... P408
RAMOS, P.Z. ........................... P413 RIBEIRO,A.O ........................... O14
RANGEL, HUDSON ........................... P086 , P087 , P459 RIBEIRO,A.S. ........................... P246
RIBEIRO,K.R.B ........................... P167
RANGEL, R. M. C. ........................... P630
RANGEL, R.M.C. ........................... P631 , P638 RIBEIRO,L.M. ........................... P166 , P167 , P168
RIBEIRONETO, J.P.M ........................... P465
RAUBER, J ........................... P226
RAUBER, J. ........................... P274 RIBOLI, D.F.M. ........................... P449
RICARDO, S. M. B. ........................... P193 , P473
RAULINO, V. M. A. ........................... P515 , P516
REINALDO, K. H. C. ........................... P251 , P691 RICARTE, M.C ........................... P109
REINALDO, K.H.C ........................... P207 RICARTE, M.C. ........................... P103 , P104 , P293 , P683
RICCHETTI, S.M.Q. ........................... P161 , P162 , P484
REIS, A. F. N. ........................... P265
RICHTMANN, R, ........................... P328
REIS, C. ........................... P574
RICHTMANN, R. ........................... P115 , P116 , P336
REIS, DO ........................... P261
RICHTMANN, R. ........................... O19 , P114 , O30

450
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
RICIERI, M.C. ........................... P510 , P546 , P339 ROUGE, A. ........................... P029
RIGOTTI, M.A ........................... P350 , P351 ROUGE, A. ........................... O28
RIGOTTI, M.A. ........................... P289 , P349 ROZARIO, S. ........................... P348 , P738
RIO, R.C. ........................... P553 , P554 , P555 RUEDA,JO* ........................... P061
RIOS, I.J.A. ........................... P093 RUFINO, M.P.R. ........................... P692
RIVETTI,L.A. ........................... P548 RUFINO, R. ........................... P179
ROCHA, A.C.D. ........................... P566 RUFINO,M.P.R. ........................... P218 , P252 , P650
ROCHA, B.T. ........................... P651 RUZZARIN, F. ........................... O10

ROCHA, E.A P058


ROCHA, E.A. ........................... P059
ROCHA, G. R. B. ........................... P691 S
ROCHA, G.R.B. ........................... P207 , P251 , P558 S, B.L. ........................... P049 , P050
ROCHA, L. O. ........................... P672 S, COSTA ........................... O59
ROCHA, L.A. ........................... O43 S, F.M.C. ........................... P049
ROCHA, L.C.S. ........................... P448 S, FIGUEIREDO COSTA........................... O33
ROCHA, M.O. ........................... P734 SÁ, K.R. ........................... P078
ROCHA, R. F. ........................... P193 , P473 SÁ, M.S. ........................... P692
ROCHA, R. L. ........................... P563 SA, R. C. M. ........................... P733
ROCHA, R.M ........................... P292 SÁ, R.B.S. ........................... P513
ROCHA, R.M. ........................... P214 SÁ,M.S. .. ......................... P218 , P252 , P352
ROCHA, S. P. D. ........................... P628 SAADE, N. ........................... P554
ROCHA, T. J. M. ........................... P524 SAALFED, S.M.S. ........................... P680
ROCHA,S.N. ........................... P092 SABA, M.B.V.S. ........................... P132 , P470 , P549
ROCHA-VILEFORT, L. O............................ P395 SABINO, S.S. ........................... P425
ROCHA-VILEFORT, L. O............................ P391 SADDI-ORTEGA, L. ........................... P472
ROCHA-VILEFORT, L. R............................ P390 SADOYAMA, G. ........................... P456
ROCHA-VILEFORT, L.O............................ P003 , O39 , P374 , P375 , SAKAI, P. ........................... O46
P457 , P458 , P708 SALAROLI, M. O. ........................... O27
RODRIGUES, A. L. L. ........................... P136 SALES, J.P. ........................... P629
RODRIGUES, A. R. B. ........................... O31 SALGADO, T. A. ........................... P672
RODRIGUES, A.A. ........................... P604 SALGADO, T. A. S. ........................... P673
RODRIGUES, A.L.L ........................... P200 SALGADO, T.A. ........................... P152 , P570 , P571 , P658
RODRIGUES, A.L.L. ........................... O58 SALGADO, THAÍS DE ARVELOS............... P668
RODRIGUES, D.O. ........................... O07 SALGE, A.K.M. ........................... P581
RODRIGUES, E R ........................... P370 SALLES, M.J.C. ........................... P130 , P146 , P260 , P469 ,
RODRIGUES, E.G. ........................... P354 , P362 P553 , P554 , P555 , P344
RODRIGUES, G.C ........................... P589 SALLES,M.J.C.. ........................... P548
RODRIGUES, G.M. ........................... P602 SALMITO, G.A. ........................... P154
RODRIGUES, J.L.N. ........................... P263 , P483 SALOMÃO, C. H. D. ........................... P291
RODRIGUES, L.A.S ........................... P454 SALVADOR, S.M.G ........................... P737
RODRIGUES, M. M. L. ........................... P527 , P528 SAMPAIO, A.D. ........................... P671
RODRIGUES, M. S. R. S............................ P665 SAMPAIO, C. ........................... P397
RODRIGUES, M.R. ........................... P263 SAMPAIO, J. ........................... O16
RODRIGUES, M.S. ........................... P593 SAMPAIO, L.F.F. ........................... O53
RODRIGUES, M.W. ........................... P505 SAMPAIO, LF ........................... O55
RODRIGUES, N. S. R. ........................... P575 SAMPAIO, M.A.A ........................... P288
RODRIGUES, P. L. ........................... O03 SAMPAIO, M.A.A. ........................... P164
RODRIGUES, P.L. ........................... P011 , P265 SAMPAIO, V.M.R. ........................... O65
RODRIGUES, R. D. P. ........................... P597 SAMPAIO,M.A.A. ........................... P006
RODRIGUES, T. ........................... O19 , P328 SANCHES, F.M. ........................... O12
RODRIGUES, T. B. ........................... P414 SANT´ANA, S.M.S.C ........................... P404
RODRIGUES, T. T. ........................... P115 , P116 , P336 SANTA´ANA, S. M. S. DE C...................... P387
RODRIGUES, T.B. ........................... P042 , P567 SANTANA, A.K.M. ........................... P038 , P411 , P418 , P419
RODRIGUES, V.L.R. ........................... P647 SANTANA, D.M. ........................... P687
RODRIGUES,F.C. ........................... P623 SANTANA, G.X. ........................... P526
ROLIM,J.A ........................... P591 , P659 SANTANA, I.L.S. ........................... P146 , P260 , P344
ROLIM,J.A. ........................... P721 SANTANA, JOSIMAR S............................ P199
ROMANELLI, R.M.C. ........................... P054 , P318 SANTANA, LO ........................... P284
ROMEIRO, W. ........................... O18 SANTANA, N.L.T. ........................... P535 , P646
ROSA, A.C. ........................... P206 SANTANA, W.S. ........................... P565 , P692
ROSA, A.F. ........................... P480 SANTANA,I.L.S. ........................... P130 , P469
ROSA, C. ........................... P271 SANTANA,W.S. ........................... P203
ROSA, I.R.M. ........................... P286 SANTANA,W.S> ........................... P252
ROSA, J.A ........................... P407 , P497 , P498 SANTIAGO,K ........................... O22
ROSA, J.A. ........................... P185 , P232 , P253 SANTIN, S. O. ........................... P622
ROSA, P. B. ........................... P709 , P722 SANTO, S.E. ........................... P272
ROSENDO, P.G ........................... P292 SANTO, V.A. ........................... P489
ROSENDO, P.G. ........................... P214 SANTORO, C.M. ........................... P600
ROSSI, F. ........................... O27 SANTOS DOS, I. N. P. ........................... P265
ROSSINI, F.A.F. ........................... P273 SANTOS FILHO, L. ........................... P025 , P078

451
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
SANTOS FILHO, V.F. ........................... P165 SANTOS, S.M.J. ........................... P317
SANTOS JÚNIOR, B. J. ........................... P217 , P358 SANTOS, SLV ........................... P609
SANTOS JÚNIOR, B. J. ........................... P643 SANTOS, T. M. F. ........................... P358
SANTOS, A P A M ........................... P067 SANTOS, T. P. A. ........................... P134 , P677
SANTOS, A.P. ........................... P150 , P198 SANTOS, V.A. ........................... P490 , P491
SANTOS, AP ........................... P261 , P284 , P735 SANTOS, Z. C. ........................... P366 , P367
SANTOS, B. ........................... P233 , P585 , P598 SANTOS, Z.C. ........................... P230
SANTOS, B.H.C. ........................... P078 , P454 SANTOS,A. ........................... P583
SANTOS, B.L. ........................... P288 SANTOS,A.M. ........................... P036 , P037
SANTOS, C.S. ........................... P298 SANTOS,A.P.S. ........................... P166
SANTOS, D A ........................... P147 , P148 SANTOS,E.C DOS SANTOS ........................... P295
SANTOS, D.R. ........................... P505 SANTOS,E.I.B. ........................... P036 , P037
SANTOS, D.R.L. ........................... P052 SANTOS,FC ........................... P244
SANTOS, E. M. ........................... P527 , P528 , P529 SANTOS,J.G.S. ........................... P482
SANTOS, E. P. ........................... P563 SANTOS,N.C. ........................... P141 , P142 , P143
SANTOS, E.C.B. ........................... P316 , P662 SANTOS,S.L.V. ........................... P362
SANTOS, F. C ........................... P210 , P234 , P525 , P544 , SANTOS,VR ........................... P157
P335 SANTOS-FILHO, J. ........................... O44 , P408 , P413
SANTOS, F. C. S. ........................... O03 SARAIVA, F. .......................... P231
SANTOS, F.C. ........................... P333 SARQUIS, L.M.M ........................... P653
SANTOS, F.K. ........................... P697 SARTORI, J.V. ........................... P578 , P681
SANTOS, F.P. DOS ........................... P093 SCATAMBURLO,L. ........................... P548
SANTOS, F.P.N ........................... P589 SCHETTINI, H.M.V.A. ........................... O50
SANTOS, F.S. ........................... P616 SCHLICHTING, D. ........................... O51
SANTOS, I. E. ........................... P195 SCHLICHTING, D. ........................... P194 , P512
SANTOS, I.B.C. ........................... P025 SCHNEIDER, M. F. ........................... P340 , P622
SANTOS, I.F. ........................... P196 , P239 SCHNEIDER, M.F. ........................... P287 , P467 , P468 , P475 ,
SANTOS, J. G. S. ........................... P153 P476 , P477 , P485 , P486 ,
SANTOS, J.J. ........................... P555 P547
SANTOS, JF DOS ........................... P363 SCHUENCK, R.P. ........................... O53 , O57 , P420 , P439
SANTOS, K. R. N. ........................... O54 SCHUENCK, RP ........................... O55
SANTOS, K. R. N. ........................... P430 SCODRO, R.B.L. ........................... P461 , P462
SANTOS, K.R.M. ........................... P541 SCUDELER, M. F. F. M. ........................... P340 , P622
SANTOS, K.R.N ........................... P439 SCUDELER, M.F.F.M. ........................... P287 , P467 , P468 , P475 ,
SANTOS, K.R.N. ........................... O07 , O53 , O57 , P420 P476 , P477 , P485 , P486 ,
SANTOS, L. A. U. ........................... O02 , P561 P547
SANTOS, L. M. ........................... P532 SEBA, V. ........................... O18
SANTOS, L. X. ........................... O21 , O16 , P466 , O45 , SECCO, D.A. ........................... O44 , P408
P577 , P675 SECCO, FLS. .......................... O63
SANTOS, L.C.G ........................... P074 SEIXAS,S.T. ........................... P045
SANTOS, L.C.G. ........................... P174 , P602 , P644 SEMAN, A. A. S. ........................... O21
SANTOS, L.M.F. ........................... P184 , P215 , P216 , P384 , SENA, MNF ........................... P702
P521 SENNA, K. M. S. ........................... P029
SANTOS, L.M.F.S ........................... P534 , P690 SENNA, K. M. S. E. ........................... P645 , O15
SANTOS, L.M.F.S. ........................... P559 SENNA, K.M.S. ........................... O28
SANTOS, L.O.O ........................... P414 SERAFIM,N.M.M. ........................... P681
SANTOS, L.S. ........................... P297 , P299 SETTE, G.C.S. ........................... P122
SANTOS, L.V. ........................... P152 , P155 , P241 , P551 SGARBI, L.P.S. ........................... P196 , P239
SANTOS, M. B. ........................... O21 SHIMABUKURO, P.M.S............................ O48
SANTOS, M. C. ........................... P423 SHIMABUKURO,PATRÍCIA
SANTOS, M.M.P. ........................... P257 , P364 , P633 , P682 , MITSUE SARUHASHI ........................... P382
P729 SHIMURA, C.M.N. P412 , P588
SANTOS, M.M.T. ........................... O01 SHIRAHIGE, C. A. ........................... O46
SANTOS, M.S. ........................... O15 SILVA, A P A M ........................... P066 , P315
SANTOS, M.Z. ........................... P196 , P239 SILVA, A. ........................... P190
SANTOS, Q. R. DOS ........................... P386 , P387 SILVA, A. M. ........................... P340
SANTOS, Q. ROSA. DOS........................... P388 SILVA, A. N. T ........................... P312
SANTOS, Q.R ........................... P403 , P404 SILVA, A.C.P. ........................... P019 , P636
SANTOS, R. B. ........................... P205 SILVA, A.M.F ........................... P333
SANTOS, R. B. DOS ........................... P626 SILVA, A.R.L. ........................... P039
SANTOS, R. C. ........................... P337 , P348 , P599 , P738 SILVA, AKS ........................... P131 , P133 , P192
SANTOS, R. DA ........................... P326 SILVA, AMANDA P. L. ........................... P199
SANTOS, RP ........................... P033 , P034 , P096 , O63 , SILVA, ANDREA M ........................... P371
P670 SILVA, ANDREA MENDES........................... P346
SANTOS, S. DE L. V. DOS........................... P386 , P388 SILVA, B. O. ........................... P400
SANTOS, S.A.G. ........................... P158 , P159 SILVA, B. O. ........................... P389
SANTOS, S.DE L. V. DOS........................... P387 SILVA, B.G.S. ........................... P483
SANTOS, S.L.V. ........................... P024 , P097 , P098 , P202 , SILVA, B.L. ........................... P176
P223 , O39 , P394 , P403 , SILVA, BC DOS P ........................... P363
P404 SILVA, C. A. ........................... P115 , P116

452
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
SILVA, C. A. ........................... P336 SILVA, M.W.L. ........................... P300 , P565
SILVA, C. A. ........................... P338 SILVA, N. M. N. DA ........................... P619
SILVA, C. K. ........................... P180 , P660 SILVA, P. E. C ........................... P723
SILVA, C. O. ........................... O54 SILVA, P. E. C. ........................... P234 , P724
SILVA, C.A. ........................... O19 , O30 , P328 SILVA, P. K. F. ........................... P542
SILVA, C.E.A. ........................... P676 SILVA, P. V. G. C. E. ........................... P095
SILVA, C.K. ........................... P225 SILVA, P.B.C. ........................... P240
SILVA, C.L. ........................... P001 , P373 , P560 SILVA, P.C.B ........................... P704
SILVA, C.P.R. ........................... P048 SILVA, P.C.V ........................... P723
SILVA, CF ........................... P033 , P034 , P096 SILVA, P.C.V. ........................... P311
SILVA, D. D. P. ........................... P277 SILVA, P.K.F. ........................... P539
SILVA, D.M. ........................... P073 , P230 SILVA, P.R.R. ........................... P010
SILVA, D.M.W. ........................... P038 , P411 SILVA, P.V.G.C. ........................... P094
SILVA, E M M ........................... P051 SILVA, PEC ........................... P124
SILVA, E.C. ........................... P600 SILVA, R. J. C ........................... P418 , P419
SILVA, E.F. ........................... P240 SILVA, R. M. N. ........................... P693
SILVA, E.M. ........................... P316 , P317 SILVA, R.A.M. ........................... P669
SILVA, E.O. ........................... P165 , P249 , P535 , P646 SILVA, R.C.L. ........................... P378
SILVA, E.P. ........................... P449 SILVA, S. C. P. ........................... P361
SILVA, EC ........................... P702 SILVA, S.R. DA ........................... P093
SILVA, F. K. D. ........................... P660 SILVA, T. M. ........................... P210 , P525 , P335
SILVA, F.I. ........................... P607 , P608 SILVA, T.S.B. ........................... P256 , P319
SILVA, F.J. ........................... P178 SILVA, V. A. ........................... P396 , P684 , P685
SILVA, F.K.D. ........................... P225 SILVA, V.B ........................... P378
SILVA, F.M. ........................... P123 SILVA, V.C.S. ........................... P446 , P540
SILVA, F.M.A. ........................... P022 , P023 SILVA, V.D. ........................... P263
SILVA, FE ........................... P137 SILVA, V.K.A. ........................... P703
SILVA, G. A. ........................... P694 SILVA, W.B. ........................... P526
SILVA, G. R. ........................... P724 SILVA,,R.B.C. ........................... P128 , O12
SILVA, G. R. F. E. ........................... P336 SILVA,A ........................... P492
SILVA, G.A.P. ........................... P122 SILVA,A.A. ........................... P092
SILVA, G.M. ........................... P022 , P023 SILVA,ACRL ........................... P641 , P688
SILVA, G.R. ........................... P085 , O30 SILVA,ALINE ........................... P120
SILVA, GR ........................... P124 , P125 SILVA,AM.O.A. ........................... P092
SILVA, H.G. ........................... O20 SILVA,B.O. ........................... O38
SILVA, I.T.C ........................... P292 SILVA,D.I ........................... P492 , P530 , P531
SILVA, I.T.C DA ........................... P214 SILVA,E.E.N.F ........................... P432
SILVA, J. ........................... P039 , P588 , P720 SILVA,E.E.P.DA. ........................... P236
SILVA, J. C. P. ........................... P460 , P731 , P733 SILVA,E.F. ........................... P359
SILVA, J. P. ........................... P217 SILVA,F.M ........................... P076
SILVA, J. R. ........................... P217 SILVA,F.S. ........................... P168
SILVA, J.B.P. ........................... O58 SILVA,G.A ........................... P127
SILVA, J.R.T. ........................... P100 SILVA,G.R.F. ........................... P218
SILVA, K.A.S. ........................... P105 , P458 SILVA,GR ........................... P126
SILVA, K.C ........................... P109 SILVA,J ........................... P641 , P688
SILVA, K.C.L.V. ........................... P613 SILVA,J.D.F ........................... P221 , P572 , P591 , P659
SILVA, K.K.M ........................... P312 SILVA,J.D.F. ........................... P721
SILVA, K.R. ........................... P276 SILVA,M.H.R. ........................... P203 , P352 , P650
SILVA, K.R.G ........................... P453 SILVA,M.W.L ........................... P203
SILVA, L. A. ........................... P732 SILVA,M.W.L. ........................... P352
SILVA, L. C. B. ........................... P195 SILVA,MAA ........................... O22 , P137 , P138
SILVA, L. M. F. ........................... P563 SILVA,PEC ........................... P244
SILVA, L. P. ........................... P264 SILVA,V.B ........................... P248
SILVA, L. R. T. E. ........................... P213 SILVA_SOBRINHO, A ........................... P491
SILVA, L.A.A. ........................... P696 SILVA-FILHO, E. A. ........................... P159
SILVA, L.F DA ........................... P580 SILVA-FILHO, E.A. ........................... P158
SILVA, L.M. ........................... P111 SILVA-SOBRINHO, A. ........................... P489 , P490
SILVA, M. B. M. ........................... P134 , P677 SILVEIRA, DT ........................... O63
SILVA, M. E.A. ........................... P257 SILVEIRA, I. R. ........................... P501
SILVA, M. S. L ........................... P257 SILVEIRA, I. R. ........................... P021 , P402
SILVA, M.A.J. ........................... P074 , P174 SILVEIRA, I.R. ........................... P020
SILVA, M.A.V.DA ........................... P687 SILVEIRA, M.B.V. ........................... P043 , P044 , P169 , P170
SILVA, M.B. ........................... P556 , P557 SILVEIRA, P. J. H. ........................... P219
SILVA, M.C. ........................... P687 SILVEIRA,I.R ........................... P142
SILVA, M.C.B ........................... P491 SILVEIRA,I.R. ........................... P143
SILVA, M.D.O. ........................... P052 SILVEIRA,IR ........................... P141 , P332
SILVA, M.E.A. ........................... P364 , P633 , P682 , P729 SILVEIRA,SA ........................... P156 , P157
SILVA, M.L.P. ........................... P250 SIMOES, L.L.P ........................... P211
SILVA, M.R. ........................... P279 SIMÕES, L.L.P. ........................... P632
SILVA, M.S.L. ........................... P364 , P633 , P682 , P729 SIMÕES, S.M.F. ........................... P004 , P580

453
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
SIMPSON,E.S. ........................... P319 SOUZA, J.D.P. ........................... P046 , P652
SINISGALLI, L. A. ........................... P102 SOUZA, J.G.L. ........................... P434
SIQUEIRA, A. B. M. ........................... P187 SOUZA, K. R. F. ........................... P217 , P358 , P643
SIQUEIRA, L.V.L ........................... P106 , P107 , P280 SOUZA, L. ........................... P169 , P170
SIQUEIRA, M.M. ........................... P535 , P646 SOUZA, L.A. ........................... P644
SIQUEIRA, R. S. ........................... P724 SOUZA, L.B. ........................... P135 , P452 , P472
SIQUEIRA, V.L.D. ........................... P461 , P462 SOUZA, L.F. ........................... P652
SIQUEIRA,A.B.M. ........................... P166 , P167 , P168 SOUZA, L.M.C ........................... P397
SIRICO, S.C.A. ........................... P081 , P082 , P663 SOUZA, L.S. ........................... P324 , P616
SIROMA, F ........................... P261 , P284 , P735 SOUZA, M. S. ........................... P285
SIROMA, F. ........................... O24 , P150 , P198 SOUZA, M.A. ........................... P065 , P068 , P082 , P456
SIROMA,F. ........................... P151 , P514 SOUZA, M.D.G. ........................... P237
SIZA, A.A.F. ........................... P306 SOUZA, M.D.G.S ........................... P238
SIZA, M.A. ........................... P307 SOUZA, M.L. ........................... P211 , P632
SIZA, M.A.F. ........................... P046 , P652 SOUZA, N. S. ........................... P527
SLVA, M.H.R. ........................... P300 , P565 SOUZA, N.S. ........................... P529
SÓ, A.L.M. ........................... P259 SOUZA, P.C. ........................... O20
SOARES, K.V.R. ........................... P183 SOUZA, PAULO BERTOLLUCCI DE ......... P382
SOARES, KVR ........................... P131 , P133 , P192 SOUZA, R. M. R. ........................... P217
SOARES, L. H. S. ........................... P542 SOUZA, S. ........................... O66
SOARES, L.H.S. ........................... P539 SOUZA, S. M. B. ........................... P409 , P410
SOARES, M.J.G.O. ........................... P025 SOUZA, S. S. S. ........................... P694
SOARES, N.S. ........................... P535 , P646 SOUZA, S.M. ........................... P256
SOARES, P. N. R. A. ........................... P358 SOUZA, V.P. ........................... P662
SOARES, R. E. ........................... O17 SOUZA,A.C.S. ........................... P362
SOBRAL, J. B. F. ........................... P508 SOUZA,C. ........................... O08
SOBREIRO,M.V.S ........................... P591 SOUZA,HP ........................... P244
SOLA, A.F. ........................... P140 SOUZA,L.C. ........................... P664
SOLANO, G.B. ........................... P431 , P504 SOUZA,S. ........................... P687
SOLON, A.R. ........................... P517 SPACOV, I. ........................... P585
SONOBE, H.M. ........................... P540 SPAVOC, I.C.G. ........................... P316 , P662
SOUSA JÚNIOR,J.S DE............................ P236 SPINELLI, M. ........................... P681
SOUSA, C. A. C. ........................... P602 STÁBELE, A.C.B.O. ........................... P224
SOUSA, C. P. C. ........................... P388 STADTLOBER, GF ........................... P455
SOUSA, C.B ........................... P110 STADTLOBER,GF ........................... P321 , P322
SOUSA, C.C ........................... P471 , P550 STAPE, A. ........................... P163
SOUSA, C.P.C. ........................... P566 STARLING, C.E.F. ........................... O23
SOUSA, D.F.P. ........................... P581 STEFFANI, J. A. ........................... P356 , P582
SOUSA, F.S. ........................... P566 STEIN, J ........................... P107
SOUSA, G. R. ........................... P473 STEMPLIUK, V. ........................... O16 , O45
SOUSA, G.R. ........................... P135 , P472 , P734 STIGLIANI, C.R. ........................... P601
SOUSA, I.S. ........................... P054 STRABELLI, T. M. V. ........................... O31 , O46
SOUSA, J.K.C. ........................... P053 STUMPF, C. C. ........................... P356 , P582
SOUSA, J.R.M. ........................... P644 SUCUPIRA, C. ........................... P191
SOUSA, L. ........................... P121 SUZUKI, K. ........................... P002 , P003 , P375 , P354 ,
SOUSA, M. N. A. ........................... P219 P634
SOUSA, N.F.C. ........................... P559 SVIDZINSKI, T.I.E. ........................... P537

SOUSA, T. K. P097
SOUSA, T.K. ........................... P098
SOUSA, V. J. ........................... P205 T
SOUSA, V.P. ........................... P197 T, GUIMARAES ........................... O33
SOUSA,F. ........................... P123 TADEU, C.N. ........................... P074
SOUTO, M.C.X. ........................... P448 TAKAGI, C. A. ........................... P501
SOUZA, A. C. S. ........................... P672 TAKAGI, C.A. ........................... P310
SOUZA, A. C. S. E. ........................... P593 TAKEDA, C. F. V. ........................... P327
SOUZA, A. M. A. ........................... P409 , P410 , P305 TAMBARA, L. C. ........................... P095
SOUZA, A.C.S. ........................... P018 , P201 , P202 , P222 , TAMBARA,L.C. ........................... P094
P354 , P570 , P571 , P658 , TANAJURA, G.M. ........................... P324 , P616
P665 TANAKA, I.I. ........................... P239
SOUZA, A.G.P. ........................... P420 TANCREDI, M.V. ........................... O01
SOUZA, A.R.F ........................... P438 TAPIA, C.E.V. ........................... P640
SOUZA, ACS ........................... P370 TARASCONI, B.V. ........................... P406
SOUZA, ADENICIA CUSTÓDIA SILVA........ P609 TAVARES, A.N.S. ........................... P728
SOUZA, C. ........................... P121 TAVARES, J.B.S. ........................... P046 , P652
SOUZA, C.R.C ........................... P590 TAVARES,L.K.P. ........................... P687
SOUZA, C.R.C. ........................... P408 TÁVORA, L.G.F. ........................... P056
SOUZA, D.S. ........................... P298 TAYRA,A. ........................... O01
SOUZA, E.N.V ........................... P438 TEIXEIRA, C. ........................... P012
SOUZA, H. P. J. ........................... P210 , P234 , P525 , P544 , TEIXEIRA, E. R. ........................... P620
P335 , P724 TEIXEIRA, J. B. S. ........................... P522

454
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
TEIXEIRA, J.B.S. ........................... P523 VARELA, E.M.S. ........................... P041 , P493
TEIXEIRA, L.A. ........................... P441 , P442 VARKULJA, G. F. ........................... O27
TEIXEIRA, L.M.C ........................... P090 VASCONCELOS, D. K. M............................ P562 , P722 , P709
TEIXEIRA, L.M.C. ........................... P091 , P463 VASCONCELOS, F. F. ........................... P709
TEIXEIRA, M.M.S. ........................... P671 VASCONCELOS, R.M.C............................ P521
TEIXEIRA, T. ........................... O30 VASCONCELOS,J.M.B. ........................... P025
TELES, A.V. ........................... P214 VASCONCELOS,M.G.L............................ P036 , P037
TELES, A.V.S ........................... P292 VASCONCELOS,S.M.R. ........................... P145 , P678
TELES, C.B. ........................... P009 VASQUES, F. S. ........................... P601
TENÓRIO, A.D.B. ........................... P112 , P113 VASQUES, F.S. ........................... P093 , P178 , P279 , P669 ,
TEODORO, C.R.S. ........................... O57 P676
THOMÁS, T. C. A ........................... P691 VASQUES, M. R. G. ........................... P029
THOMPSON, N.R. ........................... P705 VASQUES, M.R.G. ........................... O15 , P401 , O28
THOMPSON,N.R. ........................... P189 VAZ, L.F.G. ........................... P536
TIPPLE, A. F. V. ........................... P213 VEIGA, J.C.E. ........................... P554
TIPPLE, A.F.V. ........................... P081 , P201 , P202 , P204 , VEIGA, J.F..F.S. ........................... P286
P211 , P222 , P223 , P224 , VEIGA, T.P.C. ........................... P345
P229, P241 , P242 , P243 , VELOSO, M.P. ........................... P155 , P242 , P243
P374 , P353 , P354 , P570 , VELOSO,A.R.A. ........................... P189
P571 , P574 , P575 , P625 , VELOSO,R.A.V. ........................... P705
P632 , P658 , P661 , P663 VENTURA, D.G. ........................... P019 , P636
TIPPLE, AFV ........................... P609 VENTURINI, M ........................... P071
TIPPLE, ANACLARA FERREIRA VEIGA...... P668 VERAS, R.S. ........................... P347
TIPPLE, G M C ........................... P147 , P148 VERISSIMO, FABIANA ........................... P086 , P087 , P459
TIPPLE,A.F.V. ........................... P362 , P569 VIANA, E. P. ........................... P709 , P722
TOMAZ, V.S. ........................... P635 VIANNA, M.S. ........................... P318
TONELLI, K.S. ........................... P048 VIDAL, A. K. L ........................... P312
TONI, S.M.D. ........................... P040 , P586 VIDAL, A.K.L. ........................... P713 , P714
TONI,S.M.D. ........................... P359 VIDAL, C. M. ........................... P331
TONIDANDEL, D.A.G. ........................... O23 VIDAL, C.F.L. ........................... P713
TONIOLO, R.M.M ........................... P737 VIDAL, C.M. ........................... P179 , O29 , P329 , P330
TORITOMI, DT ........................... P518 VIDAL, K.L.A. ........................... P728
TORRES, G. V. ........................... P700 , P701 VIDAL, P. M. DE ........................... P601
TORRES, S. ........................... O13 VIDAL, P.M. DE ........................... P093
TOSCANO, C. M. ........................... O36 VIDIGAL, D. ........................... P208
TOSE, S. ........................... P107 VIEIRA, A. N. G. ........................... P134 , P677
TOSI, S. F. C. ........................... P136 , P282 VIEIRA, C. C. ........................... P619
TOSI, S.F.C. ........................... P511 VIEIRA, J. B. ........................... P508 , P509 , P731 , P733
TRABASSO, P ........................... P273 VIEIRA, J. D. G. ........................... P390
TRANCHESI, R ........................... P138 VIEIRA, J. G. ........................... P391
TRANCHESI,R ........................... P137 VIEIRA, J.D.G. ........................... P456
TRES, M. ........................... P417 VIEIRA, JANAÍNA JFERNANDES.............. P014
TRES, M. F. ........................... P415 VIEIRA, LETÍCIA B ........................... P086 , P087 , P459
TRES, MARIANA ........................... P416 VIEIRA, M. S ........................... P397
TREVISAN, D. J. ........................... P478 VIEIRA, N.F.C. ........................... P154 , P736
TRINDADE, M.S. ........................... P536 VIEIRA, T.C. ........................... P345
TROMBIM, P. E. B. ........................... O03 VIEIRA,E.R. ........................... P362
TROMBIM, P.E.B. ........................... P011 VIEIRA,F.C.R. ........................... P025
TROSTER, E.J. ........................... P163 VIERIA, M. L. A. ........................... P732
TURCHI, M.D. ........................... P456 VILAR, F.C. ........................... P009 , P250
VILAR,M.S. DE. ........................... P236
VILEFORT, L.O.R. ........................... O41
U VILELA, E.L.Q. ........................... P345
URBAEZ-BRITO, J.D. ........................... P118 , P281 VILELA, M. A. ........................... P389, P400
URBAN, A. M. ........................... P414 VILELA, M.A. ........................... O42
VILELA, M.F. ........................... P179 , O29 , P329 , P330
VILELA,M.A. ........................... O38
V VILLELA, D.A.L. ........................... P536
VACILLOTO, E. ........................... O30 VIONE, M.C. ........................... P283
VAL, A.F.C. ........................... P488 VIVI, I.M.C.M. ........................... P272
VALADÃO, D. N. ........................... P266 , P717 VOGEL, C. ........................... O26
VALADÃO, G. ........................... P357 VOLPATO, A.P. ........................... O01
VALE, E.L. ........................... P158 , P159 VORPAGEL, R. ........................... P103 , P104
VALE, F.B.L. ........................... P158 , P159 VOSS, E. ........................... P012
VALENÇA, M.P. ........................... P099 , P543 , P703 , P704
VALENÇA, MP ........................... P702
VALLE, D.A.
VALLE, J.
...........................
...........................
P499
O37
W
WAIB, L. F. ........................... P340 , P622
VANDERLEI, M.A.C.S. ........................... P697 WAIB, L.F. ........................... P287 , P467 , P468 , P475 , P476 , P477 ,
VAREJÃO, T. M. S. ........................... P320 P485 , P486 , P547

455
XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
WAISBECK, T.M.B. ........................... O26
WAKIMOTO, G. T. ........................... P660
WAKIMOTO, G.T. ........................... P225
WANDERLEY, M. C. A. ........................... P389, P400
WANDERLEY, M.C.A. ........................... O42 , P712
WANDERLEY,M.C.A. ........................... O38
WARTH, A.N. ........................... O25
WATANABE, E. ........................... P446 , P447 , P540
WATANABE, M. ........................... P600
WEBER, C.R.S. ........................... P522
WESCHENFELDER, M.C............................ P247

WINGETER, M.A. ........................... P680


WINKLER, M. ........................... P072
WITZEL, C.L. ........................... O11
WOLFGRAMM, E. ........................... O12

X
XAVIER, A.T. ........................... P538 , P311
XAVIER, D. S. ........................... P005
XAVIER, R ........................... P670
XIMENES, E.C.P.A ........................... P712
XIMENES, V. C. ........................... O60

Y
YAGUI, A. C. Z. ........................... O25
YAMAGUTI, K.C.C. ........................... P272
YANO, M.H. .......................... P469, P548
YANO, M.H. ........................... P130 , P146 , P260 , P344
YASSUDA FILHO, P., ........................... P429
YSHIOKA, S. ........................... O46

Z
ZANANDREA, B.B ........................... P194
ZANARDI, A.C.S ........................... P109
ZANDONADI,FN ........................... P322
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ZENERATO, C.B.N. ........................... P681
ZEQUINI, A. B. ........................... P630
ZEQUINI, A.B. ........................... P379 , P290 , P631 , P637
ZIANI, P. B. ........................... P597
ZUZA, D.C. ........................... P681

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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
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XII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.

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