Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Licao 3
Licao 3
As raízes da inquietação
Verso para memorizar
“Onde há inveja e rivalidade, aí há confusão e toda espécie
de coisas ruins” (Tg 3:16).
O álamo tremedor é uma bela árvore, podendo atingir
cerca de 15 a 30 metros de altura. Ele floresce em climas
frios, com verões frescos. Sua madeira é utilizada em
móveis e na fabricação de fósforos e papel. Cervídeos e
outros animais geralmente se alimentam de álamos
tremedores jovens durante invernos rigorosos, pois a
casca dessa árvore contém muitos nutrientes. O álamo
tremedor precisa de muito sol e cresce durante todo
otempo – mesmo no inverno, o que o torna uma
importante fonte de alimento para diferentes animais
nessa estação.
No entanto, o álamo tremedor é mais famoso
por ter um dos maiores sistemas de raízes do
mundo vegetal. Suas raízes se espalham por
rebentos subterrâneos e formam uma colônia
que pode se espalhar de forma relativamente
rápida, cobrindo grandes áreas. Um álamo
tremedor pode viver até 150 anos, mas o
organismo maior abaixo do solo pode viver por
milhares de anos.
Jesus disse que não veio trazer paz, mas espada. O que
isso significa, considerando que Jesus é o “Príncipe da
Paz” (Is 9:6)? Mt 10:34-39
A declaração de Jesus em Mateus 10:34-39 é chocante. O Salvador, que veio
como um Bebê indefeso, não na condição de rei, e que pregava amor ao
próximo e aos inimigos, disse a Seus seguidores que Ele traria divisão e conflitos.
Seus discípulos e Seu público podem ter se perguntado, como nós também
fazemos: “Como assim?”
Mateus 10:35-39 de fato trata de obediência e lealdade. Ao citar Miqueias 7:6,
Jesus desafiou Seu público a fazer escolhas para a eternidade. O filho devia amar
e honrar seus pais. Essa era uma exigência da lei que Moisés tinha recebido no
monte. Era parte do modo de operação exigido por Deus. Contudo, se esse amor
superasse o compromisso do ouvinte com Jesus, seria necessária uma decisão
difícil. Um pai e uma mãe deviam amar e cuidar de seus filhos. No entanto, se
esse amor superasse o compromisso dos pais com Jesus, também exigiria uma
decisão difícil. Jesus nos lembra de que as coisas mais importantes devem vir
primeiro.
Cristo expressou essa escolha ao formular três frases, e em cada uma utilizou o
termo “digno”. A dignidade não se fundamenta em elevados padrões morais
nem mesmo em vencer o pecado. A dignidade ou merecimento tem por base
nosso relacionamento com Jesus. Somos dignos quando O escolhemos acima de
todas as coisas – inclusive mãe, pai ou filhos. Escolhemos o sofrimento da cruz e
seguimos Jesus.
“Não tenho maior desejo do que ver nossa juventude imbuída do espírito da
religião pura que a levará a tomar a cruz e seguir a Cristo. Prossigam, jovens
discípulos de Jesus, controlados pelo princípio, envolvidos nas vestes de pureza
e de justiça. Seu Salvador os conduzirá à posição mais bem preparada aos seus
talentos e onde possam servir melhor” (Ellen G. White, Testemunhos Para a
Igreja, v. 5, p. 87).
Egoísmo
Como no caso do álamo tremedor e de seu sistema subterrâneo mais amplo, o
egoísmo é parte do sistema subterrâneo chamado “pecado”, que nos impede
de encontrar o descanso em Jesus. De todas as expressões do pecado em nossa
vida, o egoísmo parece ser a mais fácil de se manifestar, não é mesmo? Para a
maioria das pessoas, o egoísmo é tão natural quanto respirar.
PERGUNTA PARA A UNIDADE
Pense nas expressões de egoísmo em sua vida. Como o egoísmo afeta nosso
relacionamento com Deus, com nosso cônjuge e família, com a igreja,
vizinhos e colegas de trabalho? Qual é o segredo encontrado em Filipenses
2:5-8?
Ao se concentrar apenas em suas próprias necessidades e ambições, o homem
rico da parábola de Jesus se esqueceu de levar em consideração as realidades
celestiais invisíveis. Ser maior, melhor e ter mais não refletem os princípios
fundamentais do reino de Deus. Paulo nos apresentou um vislumbre do que
motivou Jesus ao decidir Se tornar nosso Substituto.
Aquela não havia sido a primeira vez que essa questão tinha sido levantada na
comunidade de seguidores de Jesus. Mateus 18:1 relata que os discípulos trouxeram essa
pergunta a Jesus e a formularam de maneira mais abstrata: “Quem é o maior no Reino
dos Céus?” A resposta de Cristo envolveu uma lição prática. Depois de chamar uma
criança, Ele a colocou no centro do grupo. As pessoas arregalaram os olhos e levantaram
as sobrancelhas. A ação de Jesus exigia uma explicação, e em Mateus 18:3 o Mestre
também ofereceu esta explicação: “Em verdade lhes digo: se vocês não se converterem e
não se tornarem como crianças, de maneira nenhuma entrarão no Reino dos Céus”.
A conversão é fundamental para encontrarmos o descanso em Cristo. Precisamos de
ajuda externa. De repente, percebemos que não podemos depender de nós mesmos, mas
precisamos confiar em Jesus. Vivenciamos uma transformação de nossos valores e
ambições. Jesus disse: “Confiem em Mim e dependam de Mim como esta criança. A
verdadeira grandeza é abrir mão de seus direitos e abraçar os valores do reino.”
Os discípulos ainda não tinham aprendido essa lição quando Jesus realizou a última ceia.
Suas disputas e rivalidades arruinaram um momento de comunhão que jamais se
repetiria.
Isso aconteceu depois que os discípulos estiveram com Jesus durante anos, ministrando
com Ele e aprendendo aos Seus pés. Que triste exemplo de como o coração humano é
corrupto! Contudo, no aspecto positivo, pense na graça do Senhor. Apesar dessa
discussão patética, Jesus não desistiu deles.
Hipocrisia
Um hipócrita é um fingidor, que deseja parecer
ser alguém que não é. O termo é usado sete
vezes em Mateus 23 no discurso em que Jesus
humilhou os escribas e fariseus, a principal
liderança religiosa judaica (Mt 23:13, 14, 15, 23,
25, 27, 29). Nos evangelhos, Jesus ofereceu
graça e perdão aos adúlteros, cobradores de
impostos, prostitutas e assassinos, mas Ele
demonstrou pouca compaixão pelos hipócritas
(Mt 6:2, 5, 16; Mt 7:5; Mt 15:7-9; Mt 22:18).
PERGUNTA PARA A UNIDADE
Jesus proferiu palavras severas e diretas, mas Seu envolvimento com aqueles que Ele
chamou de hipócritas foi cheio de amor e preocupação.
“Jesus olhou demoradamente para o templo e, depois, para os ouvintes. No rosto do Filho
de Deus, estava estampada a misericórdia divina. Com uma voz agitada por profunda
angústia de coração e amargas lágrimas, Ele exclamou: ‘Jerusalém, Jerusalém, que matas os
profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis Eu reunir os teus filhos,
como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!’” (Mt
23:37; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 620).
Eliminando a
inquietação
PERGUNTA PARA A UNIDADE
Leia João 14:1-6. Em meio à nossa inquietação, o que fazer para que nosso
coração tenha descanso? Como vencer a divisão, egoísmo, ambição,
hipocrisia e achar paz?
A vitória sobre a inquietação sempre começa com Jesus. Ele é o caminho, a verdade e a
vida. Ele conhece a direção certa quando vagamos sem rumo pelo deserto deste mundo
saturado pelos meios de comunicação; como Legislador divino, Ele é a verdade
personificada, e Seu Espírito nos guiará em toda a verdade (Jo 16:13). Quando estamos
magoados, cansados, esgotados, enfermos e desanimados, Ele é a vida – e não uma vida
qualquer. Ele nos prometeu vida em abundância (Jo 10:10). Isso inclui o eterno lar e a vida
eterna, mas também envolve uma vida diferente aqui. O Criador pode doar agora em
abundância e de maneira ilimitada.
“Que o coração de vocês não fique angustiado”. Essas palavras são um convite a viver na
expectativa. Quando nos sentimos tristes, Ele pode nos levantar. Ao lutarmos contra o
pecado, Ele é Aquele que não apenas começou, mas concluirá Sua boa obra em nós (Fp
1:6).
Ainda que as coisas fiquem ruins aqui, temos a promessa de Jesus. Ele está
preparando um “lugar” para nós. Nesse lugar a dor, inquietação e sofrimento
serão banidos para sempre. Essa é a esperança que recebemos em Cristo Jesus,
e ela é oferecida a todos nós, independentemente de quem sejamos, da nossa
origem e do nosso pecado.