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1º Mandamento: AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS

Quando fomos batizados nós nos tornamos cristãos. Isso quer dizer que nós não
somos apenas amigos de Cristo, mas que estamos inseridos (fazemos parte) no seu
projeto de salvação, de restauração. Relembrando que: os membros de um corpo
não sobrevivem longe da cabeça, por isso a importância de estarmos sempre junto
à Igreja, participando das missas e das datas festivas; incentivando os filhos e
amigos à santidade; pois a cabeça é uma instituição Santa, deixada por Jesus à
nós; por isso devemos fazer a nossa parte como católicos.

É complicado tentar explicar o primeiro mandamento em toda sua essência; pois o


chamado primordial de nossa alma é a santidade / estar junto de Deus para poder
vê-Lo novamente no paraíso. Porém, na prática, colocamos nossos projetos,
amigos, família, problemas, dinheiro… etc; à frente de Deus, nos esquecendo de
que tudo nessa vida passa, e não levaremos nada disso conosco. Mas, a alma que
é eterna, não morre ali.

Por que é tão difícil cumprir esse mandamento?


Pois só amamos aquilo que conhecemos… e como se conhece a Deus?
É bom meditarmos isso no nosso interior e começar a buscá-Lo diariamente...

Um exemplo prático de cumprir o primeiro mandamento é: confiar a nossa vida à


Deus, para que Ele trilhe o caminho que devemos percorrer. Para conseguirmos
ouvi-Lo, precisamos estar em oração, lutar para alcançar a santidade diariamente e,
o mais importante, estar em estado de graça.

"Esse é o maior e o primeiro mandamento." - Leia Mt 22, 34-40

É importante recordarmos que, no grego existem 4 “tipos de amor”:


- Amor fraternal (Storge): (Ex: Romanos 12,9-21), pode ser explicado como o
“amor de família, entre pais e filhos, irmãos e irmãs”, a passagem citada
anteriormente pode ser utilizada para compreender melhor os mandamentos
referentes ao nosso próximo.
Jesus nos diz em Mt 22,39-40: “Amarás teu próximo como a ti mesmo. Toda Lei dos
Profetas dependem desses dois mandamentos”

- Amor de Amizade (Philia): (Ex: Jo 21,15-17), é o tipo de amor mais encontrado


nas Escrituras. Ele abrange o zelo, cuidados de uma amizade profunda e
principalmente a lealdade (por isso chega a ultrapassar o amor EROS).A
reciprocidade e a lealdade são características essenciais desse amor, assim
como a troca de favores, o respeito e o apoio, Tudo isso torna esse amor
essencial para guiar relacionamentos entre amigos.
Na passagem citada acima Jesus pergunta para Simão (Pedro): “Simão, filho
de João, tu me amas?”, por três vezes. Pedro em todas as vezes responde
“sim, Senhor, tu sabes que te amo”.
O amor no qual Jesus se refere nas perguntas é o Ágape. Pedro ainda sem
compreender o verdadeiro mistério de Deus, responde Philia.
Jesus podendo ver a sinceridade na resposta de Pedro, lhe concede a
missão de continuar com sua Igreja, e no final da passagem diz “Segue-me!”.

- Amor Eros (amor entre os esposos): (Ex:1Cor 7,1-9) é o tipo de amor


encontrado entre marido e mulher, o amor que geram frutos (os filhos). Na
carta de São Paulo aos Coríntios, Paulo exorta o chamado de Deus para
essa vocação, e também alerta para as pessoas que não possuem
marido/esposa que vivam a castidade. Ele explica que cada cônjuge deve
cumprir seu papel dentro do matrimônio. A Palavra de Deus, diz que a esposa
deve ser submissa ao marido e ele a deve amar e proteger como Cristo fez
com a Igreja. Vivemos em uma sociedade onde os princípios cristãos e
biológicos foram distorcidos. Quando a mulher se submete ao marido,
significa que deve amá-lo, cuidá-lo e estar disposta a enfrentar as
dificuldades, ser seu alicerce, intercessora, educar os filhos, entre outras
virtudes.
O homem, recebeu a missão de amar a sua mulher como Cristo amou a
Igreja: se sacrificar, sustentar a fé, defendê-la, fazer com que se sinta segura,
jamais menosprezá-la, dar o exemplo aos filhos de como tratar a mãe… etc.

- Amor Ágape (o amor de Deus): (Ex: toda a história da criação e de


salvação da humanidade). Amor Ágape é o maior entre todos os amores
citados na bíblia. É o amor imensurável e incomparável de Deus para com a
humanidade. No decorrer da Sagrada Escritura, percebemos que Deus
sempre estava em prontidão para resgatar o seu povo, sempre. Mas o ápice
de tudo, dessa paixão, é aquela que vivemos até hoje, o mistério da remissão
dos pecados... da salvação.
“Vendo-nos mortos e privados de sua graça por causa do pecado, o que fez o
Eterno Pai? Pelo amor imenso ou melhor, pelo amor excessivo que nos tinha,
mandou seu querido Filho que pagasse por nossos pecados. Devolveu-nos
assim a vida tirada pelo pecado.
Como diz São Paulo: ‘Mas Deus que é rico em misericórdia, pelo
excessivo amor com que nos amou, quando estávamos mortos por
nossos pecados, vivificou-nos juntamente com Cristo’.

Dando-nos o Filho, não o perdoando para nos perdoar, deu-nos todos os


bens: sua graça, seu amor, o céu, os anjos para que nos guiasse e
protegesse, criou a terra para que todos os seres existentes. Todos esses
bens são certamente menores que o Filho de Deus!

Deus poderia ter utilizados de qualquer meio, qualquer criatura de sua criação
para fazer um “holocausto” de reparação por nossos pecados, mas Ele não
quis assim. Nos entregou Seu filho (que também é Deus) para servir de
reparação e nos trazer de volta à vida.

O Filho de Deus, pelo amor que nos tem, deu-se também a nós: ‘Amou-nos e
se entregou a si mesmo por nós’”.

Inteligência alguma compreenderá o quanto arde este fogo no coração de


Jesus Cristo. Assim como lhe foi mandado sofrer uma morte, do mesmo
modo, se Lhe tivesse sido ordenado que fosse mil mortes, Ele teria
amor bastante para sofrê-las todas. Foi-lhe imposto sofrer por todos os
homens; mas se lhe fosse pedido fazê-lo pela salvação de um só,
tê-lo-ia feito do mesmo modo que fez para todos. Assim como esteve
por 3h na cruz, se fosse necessário estar nela até o dia do juízo, Ele teria
amor para o fazer.

São João, e todos os evangelistas, fazem questão de expressar o amor de


um Deus, que saiu de seu trono, de entre os anjos... para se fazer
semelhante ao homem, sofrer nossas dores e sujeitando-se a todas as
misérias que os homens padecem. Se prestarmos bastante atenção na
narrativa da paixão, ou até mesmo durante a missa nos deparamos
diretamente com essa narrativa: “Sabendo que chegara sua hora de passar
deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo,
amou-os até o fim”. Repito: “sabendo que chegara a SUA HORA”.
O Redentor chamava aquela hora de “sua hora”, porque o tempo de sua
morte era o tempo desejado por Ele. Queria dar aos homens a última prova
de amor.

Estão conseguindo entender onde quero chegar?

Tarefa para dia 11/03/2023:

- Em família :
Ouvir a música “Lamentos do Senhor (povo meu, que te fiz eu?)” -
Eugenio Jorge e depois, fazer a leitura dos prints enviados no
grupo CATEQUESE CRISMA 2, escrever o que compreenderam
(pode ser algo simples).

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