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ANÁLISE DOCUMENTAL COMI

MÉTODO E TÉCNICA
SÔNIA VIRGÍNIA MOREIRA

Livro: Métodos e Técnicas de Pesquisa Em


Comunicação
Jorge Duarte e Antônio Barros Tiago Cesar
 A análise de documentos usada em muitas áreas de conhecimento – História,
Medicina, Psicologia – para a realização de pesquisas científicas.
 A utilização desta ferramenta investigativa no domínio da Comunicação não
possui um histórico de longa data, como acontece em outras áreas das Ciências
Sociais, mesmo porque a Comunicação só passou a fazer parte do campo
científico recentemente.
 A apropriação deste método nos estudos no campo comunicacional é utilizado
no resgate da história de meios de comunicação, personagens ou períodos. As
fontes mais comuns são os acervos de impressos (jornais, revistas, catálogos,
almanaques), ainda para a consulta a documentos oficiais, técnicos ou
pessoais.
 É pertinente pôr em relevo a questão de que a análise documental não deve ser
privilegiada, em detrimento de outros métodos, nas pesquisas científicas realizadas
na Comunicação.
 Os pesquisadores devem aproveitar o caráter abrangente da área comunicacional
para dialogar com teorias e métodos de outros campos de conhecimento.
 A interdisciplinaridade, os pesquisadores da Comunicação que identificam na
análise documental um recurso para os seus estudos precisam atentar para as
peculiaridades das áreas que utilizam como referência científica – ainda que hoje a
questão interdisciplinar permeie campos que tradicionalmente valem-se da análise
documental, como é o caso da história.
 Trata da identificação, a verificação e a apreciação de documentos para
determinado fim.
 Ao mesmo tempo é método e técnica: “método porque pressupõe o ângulo
escolhido como base de uma investigação. Técnica porque é um recurso que
complementa outras formas de obtenção de dados, como a entrevista e o
questionário.
 Qualitativa ao analisar teor e conteúdo do material escolhido para análise.
 Fontes secundárias é mais usual. São consideradas fontes secundárias não só a
mídia impressa (jornais, revistas, boletins), mas também os meios eletrônicos
(gravações magnéticas de som e vídeo, gravações digitais de áudio e imagem.
 Vantagens obtidas ao se utilizar como base de pesquisas as fontes secundárias,
com o baixo custo de que é é preciso dispensar quando opta-se pelo
aproveitamento de dados já disponíveis.
 Desvantagens está o fato de a analise ficar restrita às limitações das
informações já coletadas por outros pesquisadores, não havendo outras formas
de acessar informações diferentes ou até mesmo divergentes.
 Importante visitar os locais de coleta de dados (reais ou virtuais), vencer os
obstáculos da etapa de apuração e organizar o material, o pesquisador pode
então se dedicar à análise crítica dos documentos, que produzirá uma série de
desdobramentos
 Com relação à análise documental, julgo ser crucial enfatizar que a coleta de dados
empreendida apenas ganha sentido, tendo como premissa a ideia de que na área da
Comunicação privilegiam-se as pesquisas qualitativas, quando o material é
submetido à análise crítica.
 Sendo assim, cabe ressaltar a observação da autora de que muitas vezes a consulta
aos acervos pode estimular aspectos ou ângulos de abordagem não previstos na fase
de elaboração do projeto de pesquisa.
 Os percursos costuma ser solidário na busca e consulta de documentos, sendo que a
verificação cientifica é apurada no curso da pesquisa.
 O risco metodológico” inerente à análise documental, pois a realidade material dos
documentos pode não corresponder a suas expectativas, assim a consciência evita
resultados equivocados.
 Amostras a título de ilustração:

1. Radio Nacional, o Brasil em sintonia

2. Tia Ciata e a Pequena África no Rio de Janeiro

3. Crônicas do radio nos tempos áureos da Mayrink Veiga

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