“DESCALÇA VAI PARA A FONTE”

Luís De Camões

Joana e Carolina
10º3
Luís De Camões
 Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta português. Pouco se sabe
com certeza sobre a sua vida. Aparentemente nasceu em Lisboa, de
uma família da pequena nobreza.
 Camões escreveu poesias, epopeias e obras de dramaturgia. Foi
assim que tornou-se um poeta múltiplo, sofisticado e ao mesmo
tempo, popular.
 Ele possuía grande habilidade poética, na qual soube explorar
com muita criatividade as mais diferentes formas de composição.
 Escreveu várias obras especialmente o poema ”Os Lusíadas”,
uma das obras mais importantes da literatura portuguesa,
que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal.
 O Poema
“Descalça vai para a fonte
Lianor pela verdura;
Vai fermosa, e não segura.

Leva na cabeça o pote,

O testo nas mãos de prata,
Cinta de fina escarlata,
Sainho de chamelote;
Traz a vasquinha de cote,
Mais branca que a neve pura.
Vai fermosa e não segura.

Descobre a touca a garganta,

Cabelos de ouro entrançado
Fita de cor de encarnado,
Tão linda que o mundo espanta.
Chove nela graça tanta,
Que dá graça à fermosura.
Vai fermosa e não segura.”
Luís de Camões
 Tema
 O poema traça o retrato físico de Lianor, nele é exaltada e descrita a beleza e
graciosidade desta.
 MOTE: descreve a ação geral realizada por Lianor, a amada do sujeito poético.
 VOLTA: o poeta anda em volta do assunto tratado no MOTE.
 O poema divide-se, então, em 2 partes:
- Na volta, o sujeito poético faz a descrição da figura
feminina tratada.
- No mote, descrevendo tanto a sua beleza física como a
psicológica, demonstrando, assim, o fascínio que ela nele
exerce.
 Caracterização Lianor
■ Lianor é descrita como sendo bela, delicada, cabelos e tez clara, graciosa,
pura, inocente tímida e insegura.
■ Utilização de cores contrastantes (branco e vermelho, ouro e prata) que
acentuam a beleza da jovem.
■ O branco sugere a pureza e a inocência da jovem enquanto que o vermelho
denota a força, vida, alegria e a juventude, o ouro e a prata realçam o brilho
e a importância
■ Estas referencias tornam possíveis verificar que se trata de um retrato
idealizado, em que, mais que beleza física, se visiona a graça e a beleza
espiritual de Lianor.
Estrutura
 O poema é constituído por três estrofes: uma estrofe de três versos e duas
de sete versos. O último verso da 1ª estrofe é o refrão e, como tal, repete-se
no final de cada estrofe.
 Redondilha maior (sete sílabas métricas)
 Recursos expressivos: adjetivação (“fina”, “branca”, “pura”)
aliterações (vai e verdura)
hipérboles ( “chove nela graça tanta / que dá graça à
formosura”)
metáfora (“mãos de prata”, “cabelos de ouro
entrançado”)
 Esquema rimático: - abb – na 1ª estrofe
- cddccbb – na 2ª e 3ª estrofe