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Marcelo Gonçalves
CCIH- Hospital Barra D’Or
Prevenção de infecção do trato urinário associada ao uso de cateter
Sumário:
I. Conceito
II. Epidemiologia
III. Patogênese
IV. Microbiologia
V. Quadro Clínico
VI. Tratamento
VII. Prevenção
VIII. Referências bibliográficas
Fonte: ANVISA
Prevenção de infecção do trato urinário associada ao uso de cateter
Pelo menos UM dos seguintes sinais e sintomas, sem outras causas reconhecidas:
I. CONCEITO – ANVISA
Exemplo 1
Inserção Retirada
do CVD do CVD
D S T Q Q S S
D1 D2 D3 D4 D5 D6 ...
I. CONCEITO – ANVISA
Exemplo 2
Inserção Retirada
do CVD do CVD
ITU-AC
D S T Q Q S S
D1 D2 D3 D4 D5 D6 ...
OBS:
Cultura de urina com isolamento apenas de Candida spp, levedura não especificada, fungos dimórficos ou parasitas
não devem ser consideradas para o diagnóstico de ITU-AC. Considerar esses microrganismos, para fins de notificação,
apenas quando identificados na cultura de urina juntamente com outra espécie microbiana com ≥ 10 5 UFC/mL.
II. Epidemiologia:
Fatores de risco:
− duração do cateterização;
− sexo feminino;
− diabetes mellitus;
− colonização bacteriana da bolsa coletora;
− erros no cuidado (erros na técnica estéril, ausência de sistema coletor fechado, etc).
Prevenção de infecção do trato urinário associada ao uso de cateter
III. Patogênese:
IV. Microbiologia:
Prevenção de infecção do trato urinário associada ao uso de cateter
V. Quadro clínico:
− Febre;
− Desconforto/dor suprapúbica;
− Em pacientes com lesões raquimedulares: ↑espasticidade;
− Outras sinais e sintomas sistêmicos de infecção (inespecíficos e na dependência da gravidade):
hipotensão arterial, delirium, etc.
Obs: urina turva ou com odor desagradável: sem associação evidente com ITU ou bacteriúria
assintomática
Prevenção de infecção do trato urinário associada ao uso de cateter
VI. Tratamento:
− Antimicrobianos (de acordo com as recomendações da CCIH, ajustados após os resultados dos
exames microbiológicos);
− Remoção do CVD; ou cateterismo intermitente, se factível;
− Se necessário mantê-lo: substituição do CVD.
Prevenção de infecção do trato urinário associada ao uso de cateter
VII. Prevenção:
VII. Prevenção:
VII. Prevenção:
OBS: sempre dar preferência ao cateterismo intermitente e, para o sexo masculino, drenagem externa (condom).
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Prevenção de infecção do trato urinário associada ao uso de cateter
VII. Prevenção: Protocolo de Prevenção de ITU relacionada ao uso de CVD – Hospital Barra D’Or
Intervenção Quem faz Objetivo
Seguir indicações de uso do CVD. Médico Limitar o uso do CVD.
Retirar o CVD o mais precocemente possível. Médico/Enfermeiro Diminuir o risco de infecção.
Capacitar os profissionais quanto às técnicas assépticas (inserção e Gestores de Enfermagem Evitar contaminação por falha na técnica
manutenção dos cateteres.) de inserção ou falta de cuidado na
manutenção do cateter.
Limpeza do meato uretral três vezes ao dia com água e sabão, como Enfermagem Prevenir aderência bacteriana ao
também a cada evacuação. cateter por contaminação.
Manter bolsa coletora abaixo do nível da bexiga. Enfermagem Impedir o refluxo da urina e
contaminação da bexiga.
Esvaziar a bolsa coletora quando volume alcançar 2/3 da sua Enfermagem Evitar refluxo da urina e possível
capacidade. contaminação bacteriana.
Trocar o sistema de drenagem (sonda + coletor) somente em caso de Médico/ Evitar trocas desnecessárias diminui o
obstrução, vazamento ou sinais de infecção urinária. Enfermeiro risco de contaminação.
Não desconectar o cateter ou tubo de drenagem, exceto se a irrigação Médico/ Não interromper o sistema fechado,
for necessária. Enfermeiro diminuindo o risco de contaminação
bacteriana.
Para exame de urina não há necessidade da troca do cateter: proceder à Enfermeiro Impedir a contaminação na manipulação
desinfecção com álcool 70% (fricção três vezes) no ponto apropriado do sistema fechado.
para aspiração.
Prevenção de infecção do trato urinário associada ao uso de cateter
VII. Prevenção: Check-it prático para prevenção das ITU-AC (nas visitas diárias) - Hospital Barra D’Or
VII. Prevenção:
Monitoramento das ITU-AC: indicadores
Evidencia a qualidade da assistência prestada por meio da adesão às práticas de segurança (bundles de prevenção).
Este indicador traduz o quanto este fator de risco está presente na população analisada.
Prevenção de infecção do trato urinário associada ao uso de cateter
VII. Prevenção:
Cálculo mensal
*no de pacientes com CVD-dia: soma do número total de pacientes com CVD por dia na UTI, no período analisado.
VII. Prevenção:
Monitoramento das ITU-AC: indicadores
Cálculo mensal
* no de pacientes com CVD-dia: soma do número total de pacientes com CVD por dia na UTI, no período analisado.
**no de pacientes-dia: Soma do número total de pacientes por dia na UTI, no período analisado.
1.Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à
Saúde. Brasília: Anvisa, 2017.
2.Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Critérios Diagnósticos de Infecções Relacionadas à Assistência
à Saúde, Brasília: Anvisa, 2017.
3.NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES Nº 03/2019. Critérios Diagnósticos das Infecções Relacionadas à Assistência à
Saúde. ANVISA. Brasília, 31 de Janeiro de 2019
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