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Prevenção de ITU

Educação
Infraestrutura para Vigilância de Manuseio correto
permanente e
prevenção processo do cateter
treinamento
Infecção do Trato Urinário (ITU)

As bactérias Gram negativas (enterobactérias e não fermentadores) são as


mais frequentes (E. coli), mas Gram positivos são de importância
epidemiológica, especialmente do gênero Enterococcus.
7. (CESPE 2013) No que tange à assistência de enfermagem a pacientes com
disfunções endócrinas, renais e reprodutoras, julgue os itens a seguir.

Os pacientes com infecção do trato urinário decorrente do uso de cateteres


urinários têm risco aumentado de sepse por microrganismos gram-positivos, razão
pela qual os cateteres devem ser irrigados a cada quatro horas.

Errada
Criar e implantar protocolos escritos Assegurar que a inserção do cateter
de uso, inserção e manutenção do urinário seja realizada apenas por
cateter; profissionais capacitados e treinados;

Infraestrutura para
prevenção

registrar: indicações do cateter,


Implantar sistema de documentação
responsável pela inserção, data e hora
em prontuário e
da inserção e retirada do cateter
Vigilância de processo
I. Estabelecer rotina de monitoramento e vigilância, considerando a frequência
do uso de cateteres e os riscos potenciais, como por exemplo, tipo de cirurgias,
obstetrícia e unidades de terapia intensiva - UTI;

II. Utilizar critérios nacionais para diagnóstico de ITU associada ao cateter;

III. Coletar informações de cateteres-dia;

IV. Calcular o indicador de densidade de ITU associada ao cateter.


Manuseio correto do cateter
I. Após a inserção, fixar o cateter de modo seguro e que não permita tração ou
movimentação;
II. Manter o sistema de drenagem fechado e estéril;
III. Não desconectar o cateter ou tubo de drenagem, exceto se a irrigação for
necessária;
IV. Trocar todo o sistema quando ocorrer desconexão, quebra da técnica
asséptica ou vazamento;
V. Para exame de urina, coletar pequena amostra através de aspiração de urina
com agulha estéril após desinfecção do dispositivo de coleta; Levar a amostra
imediatamente ao laboratório para cultura.
Manuseio correto do cateter
VI. Manter o fluxo de urina desobstruído;
VII. Esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor
individual e evitar contato do tubo de drenagem com o recipiente coletor;
VIII. Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga;
IX. Não há recomendação para uso de antissépticos tópicos ou antibióticos
aplicados ao cateter, uretra ou meato uretral;
X. Realizar a higiene rotineira do meato e sempre que necessário.
XI. Não é necessário fechar previamente o cateter antes da sua remoção.
Estratégias especiais para prevenção de ITU - Associada a um Cateter
(AC)
A. Implantar um programa na instituição para identificar e remover cateteres
desnecessários, utilizando lembretes ou ordens para interromper o uso e avaliar a
necessidade de remover o cateter.
I. Desenvolver e implantar política de revisão contínua, diária, da necessidade de
manutenção do cateter: a. Revisar a necessidade da manutenção do cateter; b.
padrão distribuídos no prontuário escrito ou eletrônico;
II. Implantar visita diária com médico e enfermeiro revisando a necessidade da
manutenção do cateter.
Estratégias especiais para prevenção de ITU - Associada a um Cateter
(AC)
B. Desenvolver protocolo de manejo de retenção urinária no pós-operatório,
incluindo cateterização intermitente e ultrassonografia - USG de bexiga, com
medida do resíduo pós-miccional;
I. Estabelecer sistema de análise e divulgação de dados sobre uso do cateter e
complicações;
II. Definir e monitorar eventos adversos além de ITU-AC, como obstrução do
cateter, remoção acidental, trauma ou reinserção após 24 horas da retirada;
III. Para melhor análise dos dados, estratificar de acordo com fatores de risco
relevantes (idade, sexo, duração, setor, doença de base). Revisar e divulgar os
resultados aos interessados em tempo hábil.
Estratégias que não devem ser utilizadas para prevenção
A. Não utilizar rotineiramente cateter impregnado com prata ou outro
antimicrobiano;
B. Não monitorar rotineiramente bacteriúria assintomática em pacientes
com cateter;
C. Não tratar bacteriúria assintomáticaa, exceto antes de procedimento
urológico invasivo;
D. Evitar irrigação do cateter:
I. Não realizar irrigação vesical contínua com antimicrobiano;
II. Não utilizar instilação rotineira de soluções antisséptica ou antimicrobiana
em sacos de drenagem urinária;
Estratégias que não devem ser utilizadas para prevenção
E. Não utilizar rotineiramente antimicrobianos sistêmicos profiláticos;

F. Não trocar cateteres rotineiramente;

Obs.: A bacteriúria assintomática não necessita tratamento, porém pacientes


grávidas, transplantados de rim, crianças com refluxo vesicoureteral, pacientes com
cálculos infectados e pacientes submetidos a cirurgias urológicas, deverão ser
avaliados para possível tratamento.
Recomendações para evitar ITU
a. Inserir sonda vesical no paciente apenas nas indicações apropriadas;
b. Realizar protocolos de sondagem, incluindo as situações perioperatórias;
c. Implantar protocolos escritos de uso, inserção com técnica asséptica e
manutenção do cateter;
d. A inserção do cateter urinário seja realizada apenas por profissionais
capacitados e treinados;
e. Remoção oportuna do cateter vesical;
f. Revisar a necessidade da manutenção do cateter;
g. Lembretes padrão distribuídos no prontuário escrito ou eletrônico;
h. Implantar visita diária com médico e enfermeiro revisando a necessidade da
manutenção do cateter.
Fatores de Risco

Não modificáveis – Sexo feminino, DM, idade, Imunosupressão,


desnutrição (alguns podem ser controlados).

Modificáveis – Indicação Adequada, Cuidados na Inserção, duração da


SVD, sistema fechado e manipulação do sistema.
Fatores de Risco para ITU

• Mulher;
• Pessoas com Diabetes mellitus;
• Mulheres que usam diafragma como método contraceptivo;
• Pessoas com histórico de cálculos renais (pedras nos rins);
• Pessoas com sonda vesical;
• Portadores de complicações com a próstata;
• Idosos;
• Pessoas com imunodeficiência
Medidas de Prevenção ITU
A – Adesão às medidas de prevenção de ITU-AC (higiene de mãos, educação,
técnica asséptica na inserção, manutenção adequada e vigilância);
B - Bexiga - Ultrassom de bexiga para evitar cateterização de demora;
C - Condom e cateter intermitente como alternativas possíveis;
D - Direcionar o uso de cateter urinário de demora apenas para os casos com
indicações claras;
E- Evitar manter cateter urinário por tempo desnecessário.

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