Esta apresentação permite uma análise coletiva dos poemas do
manual, pois poderá escrever sobre os diapositivos para destacar, por exemplo, palavras ou partes dos poemas, salientar recursos estilísticos, assinalar o esquema rimático... Como? É muito simples: em modo de apresentação, selecione, no canto inferior esquerdo do diapositivo, a caneta ou o marcador e escolha uma cor. Poderá recorrer a cores diferentes para salientar aspetos distintos. Basta clicar novamente na caneta ou no marcador e escolher uma nova cor. No final, pode guardar a apresentação com ou sem as anotações. Luís, o poeta, salva a nado o poema Era uma vez Dias e dias há de salvar. um português grande pensar Nada que nada de Portugal. juntou Luís sempre a nadar O nome Luís a recordar. livro perdido há de bastar Ficou um livro no alto mar. toda a nação ao terminar - Mar ignorante ouviu falar. muito importante que queres roubar? Estala a guerra para estudar. a minha vida e Portugal Ia num barco ou este cantar? chama Luís ia no mar A vida é minha para embarcar. e a tormenta ta posso dar Na guerra andou vá d'estalar. mas este livro a guerrear Mais do que a vida há de ficar. e perde um olho há de guardar Estas palavras por Portugal. o barco a pique hão de durar Livre da morte Luís a nadar. por minha vida pôs-se a contar Fora da água quero jurar. o que sabia um braço no ar Tira-me as forças de Portugal. na mão o livro podes matar a minha alma mas não o livro saudade é vida sabe voar. se há de molhar. sem se lograr. Sou português Estas palavras A minha vida de Portugal vão alegrar vai acabar depois de morto a minha gente mas estes versos não vou mudar. de um só pensar. hão de gravar. Sou português À nossa terra O livro é este de Portugal irão parar é este o cantar acaba a vida lá toda a gente assim se pensa e sigo igual. há de gostar. em Portugal. Meu corpo é Terra Só uma coisa Depois de pronto de Portugal vão olvidar: faltava dar e morto é ilha o seu autor a minha vida no alto mar. aqui a nadar. para o salvar. Há portugueses É fado nosso a navegar é nacional Almada Negreiros, in por sobre as ondas não há portugueses Obras Completas – me hão de achar. há Portugal. Poesia, Ed. Estampa, A vida morta 1971 Saudades tenho aqui a boiar mil e sem par