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Lembrete:
Os apontamentos em sala de aula e os comentários nesse arquivo digital devem ser complementados pela
leitura dos livros preconizados e indicados no primeiro dia de aula.
A consulta e crítica às diferentes referências, inclusive ao professor, é o que distingue o futuro profissional bem-
sucedido.

Licença:
Em muitos momentos “abriremos parênteses” para outros assuntos
dentro do tema principal. Essa tortuosidade não é para complicar. É
para reforçarmos e relacionarmos o tema principal com outros
assuntos vistos no Passado ou que veremos no Futuro.

Aviso:
A eventual citação de empresas e instituições nesta apresentação não
tem qualquer sentido de marketing, patrocínio ou depreciação... Norman Rockwell (‘crítico caipira’)
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Comentários de Aula

Visão geral de um sistema de Microirrigação


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Componentes do Sistema de Irrigação Localizada - IL


Antes de mostrarmos qualquer elemento gráfico ou figura, vamos entender as necessidades do sistema. Assim,
fica mais fácil construirmos mentalmente o sistema...
Nesse sentido, como discutido anteriormente:
- O sistema de IL pode ser pressurizado por gravidade, mas o mais frequente é fazê-lo com um conjunto moto-
bomba.
- O sistema de IL é muito suscetível aos entupimentos dos emissores. Nesse sentido, deve-se ter um conjunto de
tratamento da água, no qual, dentre outros processos facultativos (como a cloração), o da filtração é
imprescindível.
- A quimigação é muito condizente com os sistemas de IL. Nesse sentido, o conjunto de injeção de produtos
químicos é frequente nos sistemas de IL.
- Para acionar e controlar o conjunto moto-bomba, de tratamento da água, de injeção de produtos e fazer a
derivação de água para setores específicos, mantendo os outros desligados, emprega-se normalmente um
controlador de irrigação instalado no cabeçal de controle.
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Obviamente, os demais componentes são os relacionados ao transporte e distribuição da água, sendo eles:

- as Tubulações: de Sucção, de Recalque, de Quimigação, Principal, Secundárias, de Derivação, Laterais,


Coletoras.

- os Acessórios Hidráulicos e peças especiais: válvula de pé com crivo, joelhos, tês, curvas, válvulas de retenção,
registros, reduções (excêntricas e concêntricas), válvulas controladoras de vazão, válvulas reguladoras de
pressão, válvulas aliviadoras de pressão, válvulas de admissão ou expulsão de ar, manômetros, hidrômetros,
filtros de areia, de disco e de tela, etc.

- os próprios Emissores: microaspersores, gotejadores, bubblers.

A seguir apresenta-se o Esquema de um sistema de irrigação localizada (fora de escala)


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1- Eletrobóia

Sua função está ligada à segurança do sistema, pois desliga a bomba automaticamente caso falte água no
reservatório. Caso a bomba ficasse ligada, operando sem água (cuja passagem pela bomba transporta o calor
que essa libera - arrefecimento), ela iria superaquecer, podendo ser gravemente danificada.
A Eletrobóia também serve para outras situações, como evitar que o reservatório transborde, quando esse
recebe água de outra fonte.
Esse pode ser um elemento interessante em sistemas de pequeno porte.
Em sistemas de maior porte o desligamento da bomba em caso de pane seca poderia ser feito via controlador
de irrigação conectado a outros tipos de sensores.

http://www.kitsbrasil.com.br
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Controladores de Irrigação

driptips.toro.com/drip-irrigation-control-zone-equipment/

São usados para iniciar ou finalizar um evento de irrigação, mediante envio de um sinal elétrico à válvula
solenóide ou envio de sinal hidráulico à válvula hidráulica.
O sinal é controlado de acordo com a programação definida pelo irrigante.
Em controladores mais modernos é possível o ajuste automático da programação baseada em sensores
do solo ou do clima.
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Controladores de Irrigação

http://www.brasfort.net.br/produto/timer-digital/

Em sistemas mais simples, como na hidroponia em


pequena escala, pode-se usar um simples
temporizador para fazer o controle da aplicação de
água.

Nesse sentido, o timer pode ser usado para ligar


diretamente a bomba ou para acionar um relê
(contator) que acionará a bomba. Isso depende da
potência sustentada diretamente pelo timer.
http://didziel.loja2.com.br/2584612-TEMPORIZADOR-MT-2001
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Controlador
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2- Válvula de Pé com Crivo

A água inicia seu percurso no sistema ao entrar na válvula de retenção instalada na extremidade (‘ao pé’) da
Linha de Sucção. A função dessa válvula é manter a bomba escorvada (cheia de água).
Esse tipo de válvula de retenção é especial. Tem um aparato com ‘crivos’ que serve para uma primeira filtração
da água. Sua denominação é Válvula de Pé com Crivo.

O crivo serve como o primeiro filtro do


sistema. Além de impedir a entrada de
grandes partículas, o que aumentaria o
trabalho dos filtros (areia, disco/tela), serve
para proteger a Válvula de Pé:
caso partículas grandes se prendam nessa
válvula pode-se impedir seu fechamento,
Válvula de pé com levando à perda da escorva.
crivo
http://dominatoirrigacao.com.br/index.php?pagina=busca&grupo=3
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Controlador
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Após passar pela Válvula de Pé com Crivo, a água não mais retornará à fonte pela mesma tubulação, pois a
válvula de retenção tem como objetivo permitir o fluxo apenas unidirecional...
Ao passar pela válvula de retenção, a água é impelida em direção da Bomba através da Linha de Sucção.
Pelo princípio dos vasos comunicantes nem seria preciso que a Bomba estivesse ligada para a água da Linha de
Sucção atingir o mesmo nível da água no reservatório.
O fluxo nesse sentido sempre ocorreria, tendo como única limitação a pressão mínima necessária para abertura
da Válvula de Pé.
Vaso A Vaso B Vaso A Vaso B Vaso A Vaso B

Passado certo
tempo...
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Controlador
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Para a água chegar até a Bomba quando esta não é afogada, vencendo, portanto, o desnível de sucção, é
preciso que a Bomba esteja ligada.

Ao ser ligada, a Bomba gera pressão relativamente positiva na Linha de Recalque (maior que a P. Atmosférica),
ao mesmo tempo que também gera uma pressão relativamente negativa, um vácuo parcial (menor que a P.
Atmosférica) na Linha de Sucção em sistemas de bombas não afogadas.

Por esse motivo, quando a Bomba está ligada, a Pressão Atmosférica que atua sobre a água no reservatório
supera a pressão negativa no tubo de sucção, fazendo com que a água seja impelida até o Rotor da Bomba.

Ou seja, na realidade não há Sucção. Existe sim a ação da Pressão Atmosférica que impele a água do
Reservatório até a Bomba.

É essa ‘força’ que faz com que se supere o desnível entre a superfície da água no Reservatório e a Bomba. Esse
desnível se chama Altura de Sucção, que é positiva em bombas não afogadas (eixo do rotor acima do nível da
água) ou negativa em bombas afogadas (eixo do rotor abaixo do nível da água). O comprimento vertical da
tubulação de sucção não pode ser confundido com a Altura de Sucção, inclusive para fins de cálculo de Hf.
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Observação:
O desnível da Linha de Sucção é medido da superfície da água no Reservatório até o eixo da Bomba. E não da
Válvula de Pé com Crivo até o eixo do rotor da Bomba.

Já a Perda de Carga da Linha de Sucção, que diz respeito à perda de pressão pelo atrito nas paredes do tubo, é
medida entre a Válvula de Pé com Crivo e a entrada da Bomba.

Essas são considerações importantes para o cálculo da Altura Manométrica da Linha de Sucção e, portanto, da
Altura Manométrica Total do Sistema.

Tubulações de Sucção em Bombas não afogadas precisam de válvula de pé? Justifique.


A colocação da Válvula de Pé com Crivo não pode ser instalada abaixo do nível da água. Justifique essa
recomendação.
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Critério para Válvula de Pé com Crivo:


A área útil do escoamento deve ser de no mínimo 150% da área da Linha de Sucção. Isso leva à necessidade de
se instalar uma Redução Concêntrica entre a Válvula de Pé com Crivo e a Linha de Sucção.

Critério do Crivo:
A área útil do crivo de escoamento deve ser de no mínimo 300 a 400% da área da Linha de Sucção.
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3- Tubulação vertical de descida da Linha de Sucção

Segmento da tubulação da Linha de Sucção que se conecta à Valvula de Pé com Crivo em uma extremidade e à
Curva de Raio Longo na outra extremidade.
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4- Curva de Raio Longo

Em sistemas de captação nos quais a Tubulação de Sucção tem um trecho vertical e outro horizontal, deve-se
usar, para conexão desses trechos, uma curva não abrupta, ou seja uma Curva de Raio Longo.
Curvas curtas geram mudanças bruscas no escoamento da água, aumentando a Hf localizada. Além disso,
podem favorecer o acúmulo de ar.

Opção a ser evitada: raio curto


maior turbulência
área mais sujeita à concentração de ar

Opção recomendada

https://tupy.collabo.com.br https://tupy.collabo.com.br
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Controlador
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5- Tubulação horizontal de descida da Linha de Sucção

Segmento da tubulação da Linha de Sucção que se conecta à Curva de Raio Longo em uma extremidade e à
Redução Excêntrica na outra extremidade. Para evitar acúmulos de ar:
Deve ser retilíneo e sem partes cuja seção esteja acima da cota de entrada da bomba.
Além de retilíneo, esse tubo horizontal deve ser ligeiramente inclinado em declive, da bomba em direção ao
reservatório.
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6- União

Para facilitar a retirada e recolocação da Bomba, pode-se usar uma União entre a Linha de Sucção e a Bomba,
antes da Redução Excêntrica.
Outra União deve ser usada entre a Bomba e a Linha de Recalque, após a Ampliação Concêntrica.

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Controlador
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7- Redução Excêntrica

Um pouco antes de chegar à Bomba a água deve passar por uma Redução Excêntrica.
Excêntrica porque o centro da seção de entrada não está alinhado com o centro da seção de saída, ou seja, as
‘aberturas’ não têm o mesmo centro.
Esse formato é importante para evitar a concentração de bolhas de ar nessa peça.
Para isso, é importante que a face retilínea da Redução Excêntrica fique para cima, mantendo a parte inclinada
para baixo.
É preciso usar essa Redução Excêntrica porque o diâmetro de entrada da Bomba é normalmente menor que o
diâmetro da Linha de Sucção.

Sempre que houver a necessidade de redução de diâmetro em Tubulações Horizontais é preferível usar
reduções excêntricas; reduções concêntricas deveriam ser usadas em Tubulações Verticais.

Parte retilínea para cima...


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Redução Excêntrica

Modelo em PVC para Esgoto: não usado


no acoplamento da Bomba

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Controlador
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Ao longo da Linha de Sucção, a partir da Válvula de Pé, a água vai passando por zonas onde sua pressão
negativa (vácuo parcial) vai sendo intensificada. Ao chegar na Bomba, tem-se a menor pressão negativa. Essa
zona é favorável à coexistência de dois estados da água: líquido e gasoso. A presença de bolhas de ar é
explicada pelo seu desprendimento da massa líquida sob condições de temperatura e pressão de vapor.
Quanto maior o desnível de sucção mais forte é o vácuo parcial e mais fácil é o desprendimento das bolhas de
ar.
Por essa razão, a instalação das bombas deveria garantir que o desnível de sucção não aumente com o passar
do tempo.
Isso tem efeito no NPSH disponível.
Quando o NPSH disponível < NPSH requerido, a Bomba cavitará.
Além de outros problemas, a cavitação leva a um sistema que perde sua capacidade de vazão x pressão.
Nesse sentido, bombas instaladas sobre estruturas flutuantes são interessantes, desde que a Linha de Recalque
suporte as variações de nível sem provocar o desalinhamento e ruptura de peças e tubos.
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8- Moto-Bomba
Após entrar na Bomba, a água passa pelo seu Rotor ou Rotores, ganhando energia. Assim, a água que vinha com
pressão negativa passa, abruptamente, a ser impelida com pressão positiva.
É nessa transição abrupta que as bolhas de ar são implodidas, gerando os efeitos sonoros e corrosivos típicos da
cavitação.

Bomba

Rotor

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A energia adquirida pela Bomba advém do Motor. A energia


fornecida pelo Motor advém normalmente da Rede Elétrica ou
do uso de Combustível...
A Bomba é ligada ao Motor mediante alguma forma de
Acoplamento.

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Destaque da Bomba no Conjunto Moto-Bomba.

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Destaque do Motor no Conjunto Moto-Bomba.

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Destaque para o Acoplamento entre a Bomba e o Motor.

http://www.vanbro.com.br/site/produtos-bombas-centrifugas-multiestagio.php
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Controlador
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9- Ampliação Concêntrica

Na saída da Bomba encontra-se um diâmetro normalmente menor que o da Linha de Recalque.


Nesse sentido, deve-se adotar uma Ampliação Concêntrica (assumindo que a saída da Linha de Recalque se
inicia como uma tubulação vertical).

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10 - Tê, Curva, Bujão
Logo após a Ampliação Concêntrica (e a outra União) pode ser instalado um Tê, no qual se conecta uma Curva e
um Bujão. Em ocasiões nas quais seja necessária escorvar a bomba, pode remover o bujão e colocar água pela
curva.

Curva

A função do bujão/plugs pode ser


Bujão ou plug feita por tampões ou caps. https://tupy.collabo.com.br
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Controlador
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11 - Válvula de Retenção Vertical
Após o Tê do Bujão se instala uma Válvula de Retenção Vertical, visando evitar o retorno da água para o
reservatório. Isso é um mecanismo de proteção para a bomba, em caso de Golpe de Ariete, mas também é um
mecanismo de segurança, já que a água de irrigação pode conter produtos da quimigação que contaminariam a
fonte de recurso hídrico. Essa Válvula também serve para proteger a Bomba de ter que sustentar a carga
hidráulica presente no sistema após seu desligamento (independente do Golpe de Ariete).

http://www.mipel.com.br http://www.tigre.com.br/
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12 - Válvula ou Registro de Gaveta
Posteriormente, instala-se uma Válvula de Gaveta. Ao ligar a Bomba, a válvula deve estar fechada. Quando a
Bomba atingir a rotação (em RPM) ideal, abre-se, lentamente, a válvula. Antes de desligar a Bomba, a válvula
deve ser fechada lentamente. Movimentos lentos são importantes para evitar o Golpe de Ariete. Manter a
válvula fechada enquanto a Bomba está ligada não produzirá problema se não for por longo período; caso
contrário pode gerar superaquecimento.

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13 - Filtros de Areia ou Hidrociclones
A partir da Válvula de Gaveta a água flui pela Linha de Recalque até os componentes do Cabeçal de Controle.
Uma primeira passagem pode ser intuitivamente projetada no Sistema Primário de Filtração.
Assim, em muitos projetos a água entra em um ou vários Filtros de Areia, nos quais as partículas de maior
tamanho são retidas.
Essa função também pode ser desempenhada por Hidrociclones.

http://www.rainbird.com/landscape/products/filtration/SandMediaFilter.htm
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Filtração Retrolavagem
Descarga da retrolavagem Alimentação

Descarte

Água tratada http://www.yardneyfilters.com/tech_auto_backwashing_sys.aspx


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Depósito de partículas
centrifugadas...

https://www.toshiba.co.jp/sis/en/environment/municipal/02_06.htm http://www.irrishop.ro/en/p-p-537.html#prettyPhoto
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http://www.hydfilt.com/index.php?pg=urun_detay&urun_id=28&dil=en
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No caso do filtro abaixo, ainda que não seja um modelo para uso em sistemas agrícolas, ilustra-se bem o
princípio por trás da tomada de decisão sobre o momento de limpeza ou substituição dos cartuchos do filtro: ao
filtro se conecta o manômetro diferencial. Por facilidade, ao invés de mostrar o diferencial de pressão o
aparelho mostra os estados de limpeza do filtro: verde - limpo; amarelo - merece lavagem; vermelho – sujo ou
avariado.

http://www.waterfilters.net/pentek-143549-differential-pressure-gauge.html
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Controlador
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14 - Válvula de Retenção Horizontal da Quimigação
Após passar pelos Filtros de Areia ou Hidrociclones a água retorna à Linha de Recalque. Como logo depois virá o
sistema de injeção de produtos químicos é conveniente colocar entre este e a tubulação à montante uma
Válvula de Retenção Horizontal da Quimigação.
Colocar nesse mesmo ponto um Dreno de Baixa Pressão e uma Válvula de Ar também é recomendado.

http://www.nebraskairrigation.com/secure/
http://nespal.cpes.peachnet.edu/agwateruse/initiative/images/2001.1108.SIRP_12.jpg waterdistributioncomponents/
http://ucanr.edu/sites/irrmgm/chemigation_safety_drawings/ CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.56
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A função da Válvula de Retenção Horizontal da Quimigação é evitar a contaminação da fonte hídrica por refluxo
de produtos químicos. Nessa mesma válvula de retenção especial se encontram:
uma válvula de ar anti-vácuo para evitar a formação de vácuo que
poderia prejudicar o funcionamento da válvula de retenção (ao
criar alguma resistência ao mecanismo de fechamento) e levar ao
retorno de produtos químicos;
um dreno de baixa pressão, cuja função é reforçar a segurança
quando a linha de recalque não está pressurizada. Assim, caso
eventualmente retorne alguma solução química pela válvula de
retenção fechada, o dreno, que é normalmente aberto sob baixa
pressão (e se fecha sob pressão), drenará os produtos vazados.

http://www.nebraskairrigation.com/secure/
waterdistributioncomponents/
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http://www.agri.idaho.gov/AGRI/Categories/Pesticides/Documents/Chemigation/IdChemigatorAG-12-8-15%20.pdf
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Controlador
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15 - Filtros de Tela, Filtros de Disco
Posteriormente, a água deve passar por um ou vários Filtros Auxiliares, para remoção de partículas menores
que não foram retidas pelos Filtros de Areia ou Hidrociclone.
Esses filtros auxiliares são Filtros de Disco e/ou Filtros de Tela. VÍDEOS: http://www.amiad.com/downloads.asp

http://www.rainbird.com/images/products/drip/control/LCRBY_1-5inch.jpg
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Controlador
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14 - Injetor de Produtos Químicos (exemplo: venturi)
Após passar pelo sistema de filtros, a água, mais livre de impurezas, pode então prosseguir para o sistema de
quimigação.
São vários os tipos de injeção de produtos químicos numa rede de irrigação. Por exemplo: injetor venturi,
tanques pressurizados (como os tanques de fertilizantes), injetor por tubos Pitot, bombas centrífugas, bombas
de pistão, bombas de diafragma, etc.
No exemplo que acompanhamos estamos usando o Injetor Venturi.
Algumas vezes, utiliza-se de um desvio na tubulação (by-pass).

http://www.plasnovatubos.com.br/venturi.html
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Algumas vezes, utiliza-se de um desvio na tubulação (by-pass) para instalar o injetor.

Desvio (by-pass)
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Controlador
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Controlador
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Controlador
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Controlador
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A partir do ponto em que se tem o By-Pass, a água tem dois fluxos:


O primeiro é o da continuidade na Linha de Recalque
O segundo é o by-pass propriamente dito
Desvio (by-pass)

A vazão de água que entra no by-pass é controlada pelas válvulas (manuais ou automatizadas) instaladas na
Linha de Recalque e nos tubos do próprio by-pass.
Válvulas manuais podem ser simples registros
Válvulas automatizadas podem ser acionadas por solenóides
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A partir do tubo de entrada do by-pass, a água chega ao Injetor venturi.


O venturi tem 3 seções: a de entrada, a intermediária e a de saída. Entre a entrada e a intermediária a área de
escoamento da água vai diminuindo (seção convergente). Entre a intermediária e a de saída a área de
escoamento da água vai aumentando (seção divergente).
Como a vazão é constante ao longo dessas 3 seções, pelo princípio previsto na equação da continuidade, a
velocidade é diferente.
Assim, na seção intermediária, de menor diâmetro, a velocidade da água aumenta.
Pelo princípio previsto no teorema de Bernoulli, para que a energia total da água se mantenha, há
transformação dos componentes da energia total. Como as seções do venturi têm a mesma energia de posição,
o que varia é a energia piezométrica (de pressão). Ou seja, na seção intermediária a velocidade aumenta
enquanto a pressão diminui.
Com a diminuição da pressão, cria-se um vácuo parcial (pressão menor que a P. atmosférica). Por isso, ao
conectarmos nesse ponto uma mangueira ligada a um reservatório de produtos químicos, a pressão atmosférica
atuará sobre a solução, impelindo-a para o venturi. Trata-se do mesmo processo descrito na Linha de Sucção
não afogada.
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Controlador
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.76

Pela ação da P. atmosférica a solução química sai do Tanque para a Mangueira de Sucção, passando por uma
Válvula de Pé com Crivo (em material resistente à corrosão).
Na Mangueira de Sucção também se pode colocar uma Válvula para controlar a Vazão de Injeção.
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Controlador
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Portanto, no Tubo de Retorno do By-Pass a água que escoa está misturada com solução química concentrada.
Ao chegar na Linha de Recalque essa solução se diluirá ainda mais, atingindo a concentração desejada de
produto químico.
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Controlador
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Essa solução diluída deve passar por um ou vários Filtros de Disco ou de Tela, visando a remoção de impurezas
ou precipitados químicos derivados do Tanque de Quimigação.

http://www.azudbrasil.com.br
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Controlador
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Controlador
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16 - Medidor de Vazão
A solução diluída segue então pela Linha de Recalque, onde se deve instalar um Medidor de Vazão quando se
deseja mensurar o volume de água/solução aplicado.

Esse tipo de peça pode sofrer interferência da turbulência


localizada da água, razão pela qual os fabricantes recomendam
seções retilíneas de tubulação na sua instalação...

Posteriormente deve-se instalar uma


Válvula de Retenção Horizontal para
evitar o retorno da solução diluída
pela Linha Principal até o tanque de
Quimigação, o que poderia levar ao
transbordamento da calda
concentrada, o que seria um
problema ambiental e à saúde do
operador. http://v3valvulas.com.br/arquivos/206
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Alerta Netafim para suas instalações


Necessidade de instalar a tubulação de forma retilínea
Quando a água flui através do tubo, qualquer transição em um conector, joelho ou mudança no tamanho do tubo causa turbulência na água. Com o objetivo
de eliminar a turbulência, alguns medidores de vazão requerem tubos retilíneos antes e após seu local de instalação. Instalação de tubos retilíneos se refere
ao comprimento de tubo retilíneo necessário antes (a montante do medidor de vazão) e após (a jusante) o medidor. Quando houver necessidade de tubo
retilíneo, ventosas de ação contínua são usadas para remover o ar do sistema para a medição precisa. A seleção e a colocação apropriada da ventosa
dentro do sistema são necessárias.

http://www.netafimusa.com
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Controlador
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Controlador
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14 - Válvula Sustentadora de Pressão
Válvulas sustentadora de pressão ou válvula principal
Tem como função reduzir (nunca aumentar) a pressão da motobomba para as faixas de pressão necessária para
as áreas de campo.

Válvulas sustentadoras de pressão normalmente abertas regulam a pressão em um dado ponto durante a
operação.

Ao receber o sinal do controlador, a válvula fecha-se


parcialmente visando manter a pressão e a vazão .
Essa válvula é o último componente do cabeçal de
controle, localizado após os filtros, medidores de
vazão, injetores...

Fonte: Universidade Netafim


CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS
p.88
17 - Válvula Controladora da Vazão
Da Linha de Recalque a água passa para a Linha Principal, onde se pode instalar cavaletes para conexão das
válvulas controladoras de vazão.
Em cada Válvula Controladora de Vazão se conecta uma Linha Secundária.
No nosso exemplo temos uma Linha Principal com 3 Linhas Secundárias. Ou seja, temos 3 Unidades de Irrigação.

Cavelete

Válvula de Controle da Vazão

Válvula montada
no cavalete
Fonte: driptips.toro.com/drip-irrigation-control-zone-equipment/
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Modelos de Válvulas

http://rainbird.com/golf/products/valves/pesb.htm
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.90

Normalmente, na agricultura comercial as válvulas são instaladas em cavaletes, o que facilita sua visualização
no campo, ainda que as exponham ao vandalismo. Em raros casos esse tipo de peça especial é instalado em
caixas enterradas, opção mais usual em irrigação de paisagismo.

Cavalete Caixas Enterradas

Fonte: http://www.irrigacaodesucesso.com.br http://www.rainbird.com/


CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.91
14 - Válvula Reguladora de Pressão ou Regulador de Pressão

http://www.netafim.com
Atenção: O que visualizamos nos Reguladores Netafim acima não são múltiplas derivações. Por exemplo, o
modelo 2” x 6 (2000) não tem 6 saídas. Tem sim 6 molas que juntas garantem a redução da pressão.

Atenção: Alguns reguladores de pressão só regulam a pressão quando há fluxo de água


passando dentro deles. Do contrário, quando não há vazão, mas a água está pressurizada
(pressão estática), esses reguladores não funcionam: a pressão de saída será a mesma da
entrada.
Para esse tipo de regulador, sua instalação deve ser obrigatoriamente à jusante (depois) de
uma válvula de abertura/fechamento (registro, solenóide).

http://www.nelsonirrigation.com
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Controlador
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Controlador
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Lembrando:
Subunidade de Irrigação é a área irrigada sob o domínio de um Regulador de Pressão. Nessa subunidade se tem
uma Linha de Derivação e suas respectivas Linhas Laterais.

Unidade de Irrigação é a área irrigada sob o domínio de uma Válvula Controladora de Vazão. Nessa Unidade de
Irrigação se pode ter uma ou várias Subunidade de Irrigação.

Unidade Operacional é a área irrigada a cada operação de ligação do conjunto Moto-Bomba. Pode representar
uma Unidade de Irrigação ou ser a área irrigada resultante da operação simultânea de duas ou mais Unidades
de Irrigação.

No nosso exemplo, tem-se 3 Unidades de Irrigação. Uma Unidade de Irrigação com 2 Subunidades de Irrigação;
outra com apenas 1 Subunidade e outra com 3 Subunidades.

Caso o Controlador de Irrigação acione a Válvula Controladora de Vazão que alimenta a Linha Secundária que
tem 3 Subunidades de Irrigação, haverá passagem de água para essa parte do terreno.
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Controlador
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.97
Controlador
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.98

Estando a água na Linha Secundária seu próximo passo é alcançar a Linha de Derivação. Visando diminuir a
pressão excessiva no início da Linha de Derivação, costuma-se colocar na sua entrada um Regulador de Pressão.
Trata-se de uma válvula especial que reduz a pressão da água (nunca aumenta!).

Os Reguladores de Pressão não atuarão impedindo ou liberando vazão. Portanto, estando a Válvula de Controle
de Vazão aberta todas as Linhas de Derivação receberão água na Unidade de Irrigação.
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Controlador
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Controlador
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Finalmente, após atingir a Linha de Derivação de cada Subunidade de Irrigação a água chega até as Linhas
Laterais e, portanto, até os emissores.

A conexão de cada Linha Lateral na Linha de Derivação


se dá através de chulas e conectores, tês roscáveis com
adaptadores internos, etc.

http://www.plasnovatubos.com.br/ptubos/agricultura/adaptador-inicio-de-linha-pebdl/
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Controlador
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Controlador
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18 - Emissores
Então, finalmente a água, que entrou no sistema a partir de tubulações de sucção que podem ter 300 mm de diâmetro ou mais,
chega até os emissores, sendo emitidas por orifícios de saída normalmente inferiores a 10 mm (Aspersão) e 1 mm (Gotejamento).

Tubo gotejador IRRITEC (Júnior DP-line)

Fonte: www.irritec.com/pt-br/tubos-gotejadores-regulares/
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.105

Trabalhador da Netafim em linha de gotejamento para irrigação por árvore

Fonte: www.israel21c.org/environment/top-10-ways-israel-fights-desertification/
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.106

Emissores

O problema é que todos os emissores geram Hf localizada, que depende diretamente da sua inserção na
lateral...
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.107

Gotejadores Interlinha ou In-Line

São emissores cujas extremidades são conectadas à Lateral... ou seja, corta-se a Lateral em diferentes partes
(correspondentes ao espaçamento entre emissores) que depois são conectadas pelo emissor...

São pouco usados no Brasil. Estão em desuso...


São encontrados no Brasil no catálogo da AZUD...

http://www.marbroer.com

http://www.solostocks.com http://www.marbroer.com
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.108

Gotejador on-line da Toro... On-line: instalado sobre a Linha


Emissor On-line
Fonte: driptips.toro.com/drip-irrigation-control-zone-equipment/
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.109

Gotejador P1 da Irritec Fonte: www.irritec.com/pt-br/p1/

Dados do Fabricante: O gotejador plano, com espessura de apenas 2 mm soldado à parede do tubo, comporta perdas de carga quase
nulas.
O filtro de entrada do labirinto, com oito furos de passagem, exclui a possibilidade de oclusões.
O labirinto de fluxo turbulento, com novo perfil por uma elevada uniformidade de emissão, elimina a possibilidade de sedimentação mesmo
a baixas pressões de exercício.
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.110

Emissor integrado Tipo Pastilha

Gotejador P1 da Irritec Fonte: www.irritec.com/pt-br/p1/

Dados do Fabricante: O gotejador plano com espessura de apenas 2 mm soldado à parede do tubo, comporta perdas de carga quase nulas.
O filtro de entrada do labirinto, com oito furos de passagem, exclui a possibilidade de oclusões.
O labirinto de fluxo turbulento, com novo perfil por uma elevada uniformidade de emissão, elimina a possibilidade de sedimentação mesmo
a baixas pressões de exercício.
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.111

Gotejador Isiplast da Irritec Fonte: www.irritec.com/pt-br/isiplasttape/

A linha de derivação (em Azul) é em material flexível. As linhas laterais são iniciadas com mangueiras (amarelas) a partir das quais
os tubos-gotejadores são inseridos (debaixo do mulch plástico).
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.112
Emissor integrado Tipo Bóbi
Tubo gotejador regulado IRRITEC
Fonte: www.irritec.com/pt-br/tubos-gotejadores-autocompensantes-multibar/

Observe que a linha lateral com esse emissor está em desnível... Mas, o emissor é auto-compensante...
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.113

Observe que a irrigação é com linhas duplas: 2 linhas laterais por cada fileira de plantas

Tubo gotejador IRRITEC (Júnior DP-line)


Fonte: www.irritec.com/pt-br/tubos-gotejadores-regulares/
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.114

Observe que as linhas laterais não estão em nível. O emissor usado é não regulado... Isso é possível e comum, desde que a
variação de pressão esteja dentro do limite aceitável no projeto.

Tubo gotejador IRRITEC (Júnior DP-line)


Fonte: www.irritec.com/pt-br/tubos-gotejadores-regulares/
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.115

Exemplo de uso de tubo-gotejadores em plantas envasadas.

Tubo gotejador IRRITEC (Júnior DP-line)


Fonte: www.irritec.com/pt-br/tubos-gotejadores-regulares/
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.116

Exemplo de gotejador do tipo botão gotejador (on-line) com sistema anti-drenante.

Botão gotejador IRRITEC (I-drop)


Fonte: www.irritec.com/pt-br/idrop/

Sistema anti-drenante: evita que o emissor fique perdendo água após a despressurização do sistema. Emissores com esse
sistema só abrem passagem para a água após atingirem certa pressurização. Esse emissor interrompe a vazão quando a pressão
cai abaixo de 3 mca.
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.117

Exemplo de gotejador do tipo botão gotejador (on-line) regulado e não-regulado.

Botão gotejador IRRITEC Botão gotejador IRRITEC


(I-drop, auto-compenante) (I-drop, convencional)

Mantém a vazão em 2,2 L/h mesmo quando a pressão varia de 5 Para pressão variando de 5 a 35 mca, a vazão varia de 1,53 a
a 45 mca. 3,89 L/h.

Fonte: www.irritec.com/pt-br/idrop/
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.118

Emissores auto-compensantes permitem trabalhar com variações maiores de pressão sem comprometer a variação de
vazão...

É intuitivo, portanto, pensarmos que sempre deveríamos escolher esse tipo de emissor.

Mas, emissores auto-compensantes são mais caros...

Além disso, a membrana de silicone que permite sua maior tolerância à variação de pressão, sofre perdas em sua função
devido à agressão química sofrida quando se faz quimigação... Isso gera desuniformidade nas vazões aplicadas, perdendo-se
a grande vantagem desse emissor.
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.119

Emissor AZUD premier


Autolimpeza
Antidrenante
Autocompensante
Antisifão
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.120

Emissor AZUD premier

Autolimpeza: essas partições só deixam passar partículas menores que o orifício


de saída do emissor... É como um labirinto secundário que protege o labirinto
principal...

“Labirinto secundário”

Labirinto principal: em geometria especial mais larga, permite maior velocidade


da água e menor risco de obstrução
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.121

Emissor AZUD premier

Autocompensação: expoente de descarga zero...


Usa membrana de silicone

Membrana Silitec
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.122

Emissor AZUD premier

Antisifão:

Quando o sistema é desligado, cria-se na lateral uma diminuição da pressão devido à saída da
água... Se essa pressão é menor que a pressão atmosférica, caracteriza-se um vácuo parcial, ou
seja, um ambiente com pressão menor que a pressão atmosférica...

Assim, na ‘busca’ pelo equilíbrio vai haver entrada de ar na tubulação até que seja atingida a
pressão atmosférica...

Com o fluxo de ar para o interior do tubo, há também influxo de terra e água, o que pode causar
problemas de entupimento...

O mecanismo antisifão é baseado numa membrana que impede o retorno da água...

Esse mecanismo é ainda mais relevante na Irrigação Subterrânea


CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.123

Emissor AZUD premier

Antidrenante:

Quando a Lateral não está pressurizada ou está pressurizada com pressão baixa,
há esvaziamento de água a partir dos emissores quando esses são
convencionais.

Quando são anti-drenantes, os emissores só liberam água quando houver


pressão acima de um valor mínimo.

O mecanismo anti-drenante traz as seguintes vantagens:


Torna desnecessária o repreenchimento das Laterais ao início de cada irrigação.
Evita aplicação de lâmina não planejada (excessiva).
Evita a aplicação de produtos químicos em excesso quando o sistema for usado na Quimigação.
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.124

Como funciona um emissor auto-compensante?


CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.125

Emissor Não Regulado em Nível

Observe que a vazão é decrescente para Laterais em Nível, devido a perda de


pressão provocada pelo atrito (Hf).
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.126

Emissor Não Regulado em Aclive

Observe que a vazão também é decrescente para Laterais


Aclive, devido a perda de pressão provocada pelo atrito
(Hf) e a perda de energia potencial gravitacional já que a
água está ‘subindo a ladeira’...
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.127

Emissor Não Regulado em Declive

Para Laterais em Declive forte, a perda de


pressão devido ao atrito (Hf) é menor do que
o ganho de pressão devido ao desnível.
Assim, a pressão e, portanto, a vazão são
crescentes...
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.128

Caso os Emissores sejam Regulados e operem dentro de sua faixa efetiva de pressão, espera-se
manutenção da vazão e, portanto, da pressão ao longo da Lateral...
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.129

Emissores Regulados em Aclive

Observe que os emissores mantêm um mesmo


volume de bulbo de molhado, pois mesmo com
variação de Pressão mantêm uma mesma vazão.
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.130

Emissores Regulados em Declive

Observe que os emissores mantêm um mesmo


volume de bulbo de molhado, pois mesmo com
variação de Pressão mantêm uma mesma vazão.
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.131

Emissores regulados x Uniformidade de aplicação

Fonte: Universidade Netafim


CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.132
19 - Válvula de Limpeza de Final de Linha

No final da linha lateral se poderia colocar válvulas de limpeza.


Funcionam normalmente abertas quando o sistema está despressurizado ou sob baixa pressão.
Isso permite o fluxo de água para fora das lateral... A importância disso é limpar a água e suas impurezas, que
normalmente se depositam no final da lateral (baixa velocidade de escoamento nesse ponto)...
Fala-se que a velocidade mínima de limpeza está em torno de 0,3 m/s. Mas, são poucos os estudos no tema.

Associado às laterais, poder-se-ia colocar Linhas Coletores, para captar essa vazão e reduzir o desperdício de
água...
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.133
20 - Válvulas de Admissão e de Expulsão de Ar

Válvula ventosa instalada em cavalete de linha


de derivação...

Fonte: www.amanco.com.br
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.134

Quando a bomba é desligada há um movimento da água para os pontos mais baixos da tubulação devido à
inércia da própria água bombeada e também devido à gravidade.

Essa ausência da água na tubulação gera uma pressão interna na tubulação menor que a pressão atmosférica, ou
seja, gera uma pressão relativa negativa ou vácuo parcial.

As consequências disso são resumidas pela Ari Valves como:


Colapso dos tubos e acessórios hidráulicos (com risco de ruptura);
Entrada descontrolada de ar na tubulação, pelos emissores, com entupimento de emissores devido à ‘sucção’ de
água e solo para dentro do emissor (quando esse não for antisifão);
Risco de ondas se sobrepressão e de golpes pela liberação das bolsas de ar;
Danos por cavitação.
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.135

Como visto anteriormente, o vácuo parcial nas tubulações, gerado pela falta de água no sistema, é naturalmente
interrompido (busca pelo equilíbrio) quando entra ar no sistema (pressão interna iguala-se à pressão
atmosférica).
Isso pode ser planejado (com uso de válvulas anti-vácuo) ou pode ser descontrolado.

O fato é que no próximo acionamento do conjunto moto-bomba, as tubulações estarão com ar, que precisará
ser expulso...

Lembremos que: Bombas hidráulicas e os cálculos que fazemos para a rede hidráulica pressupõem escoamento
de água e não de água + ar!!!
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.136

Consequências negativas das bolhas de ar nas tubulações, conforme resumido pela Ari Valves:
- Perturbação do fluxo na tubulação, às vezes com completa interrupção da vazão;
- Altas perdas de carga (Hf) e, por conseguinte, perda de Pressão. Redução do rendimento da motobomba (a
resistência do ar gera Hf adicional, podendo inclusive interromper o fluxo de água);
;
- Golpes de Ariete que causam danos às tubulações, conectores e outros acessórios
- Leituras falsas nos medidores de vazão e válvulas dosadoras, que conduzem a erros na água consumida, a
infração aparente na cota contratada, no aproveitamento insuficiente das fontes de água disponíveis e à
aplicação insuficiente às plantas;
- Desuniformidade na aplicação de água devido às alterações na vazão e na pressão;
- Graves danos às peças giratórias de medidores, válvulas dosadoras, aspersores e microaspersores;
- Danos por corrosão;
-Risco de lesões aos trabalhadores devido às peças que se desprendem com força por efeito do ar que liberado
em alta velocidade.
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.137

Assim, é importante ter mecanismos para:

- evitar o vácuo na tubulação. Nesse caso, usar Válvulas Anti-vácuo, que permitem a entrada automática de ar
em pontos estratégicos do sistema, quando esse estiver sendo desligado.

- retirar o ar da tubulação. Nesse caso, usar Válvulas Ventosas para evitar os prejuízos do ar no sistema quando
esse estiver sendo ligado.

Alguns fabricantes têm Válvulas de Duplo Efeito, que têm dupla aptidão: permitem entrada e a expulsão de ar, a
depender da situação de operação.
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.138

Segundo Lima et al. (2010), as bolsas de ar movimentam-se com a água, mas podem ficar estacionadas em trechos
da tubulação, sempre que a velocidade da água for reduzida a valores < 0,6 m/s.

Locais de instalação de válvulas ventosas:


Parte mais alta dos filtros
Parte mais alta dos cavaletes ou das tomadas de água
Pontos de transição de aclive para declive

O número de ventosas depende:


-da topografia, do número de filtros, cavaletes, do número de transições topográficas (aclive/declive)
-da vazão
-do diâmetro da tubulação
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.139

Locais de instalação de válvulas anti-vácuo:


Após os registros de abertura e fechamento de água.
- Nos cavaletes após as válvulas manuais ou automáticas
- Após Moto-Bomba
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.140

Conforme a Ari Valves, as válvulas de ar a serem instaladas em sistemas de irrigação pertencem a três tipos
principais:
Cinéticas, Automáticas e Combinadas (Dupla Finalidade).

Válvula Cinética: libera grandes quantidades de ar das tubulações não pressurizadas, sendo
usadas geralmente no enchimento do sistema.
Essas válvulas podem também introduzir grandes quantidades de ar durante o esvaziamento dos
tubos e quando a coluna de água se separa.

Nomenclatura: Válvulas de Ar e Vácuo, Válvulas de Orifício Grande, Interruptoras de Vácuo,


Válvulas de Ár de Baixa Pressão e Válvulas de Alívio de Ar.

Válvula cinética Ari modelo AV 10 com pressão de trabalho de 2 a 100 mca

http://www.arivalves.com
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.141

http://www.arivalves.com

Válvula cinética Ari modelo AV 10 em rosca macho (esquerda) e em rosca fêmea (direita).

Note que a válvula de rosca macho tem um ponto de tomada de pressão.


CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.142

http://www.arivalves.com

Opera numa faixa de pressões negativas e positivas...


CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.143

Válvula Ventosa Automática: libera constantemente pequenas quantidades de ar das tubulações pressurizadas.

Nomenclatura: Válvula de expulsão de ar automática ou Válvula de Orifício Pequeno.

Válvula automática Ari modelo SG 10 com pressão de trabalho de 1 a 100 mca

http://www.arivalves.com
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.144

Válvula Ventosa Trifuncional: realiza as tarefas tanto das válvulas cinéticas quanto das automáticas, ou seja: libera ou admite
grandes volumes de ar durante o enchimento e o esvaziamento, respectivamente, e libera constantemente pequenas quantidades
de ar dos tubos pressurizados.

Nomenclatura: Válvula de Ar Combinada ou de Duplo Orifício

Orifício pequeno

Orifício grande

Válvula trifuncional Ari modelo DT-040 LP com pressão de


trabalho de 0,5 a 60 mca.

http://www.arivalves.com
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.145

Gráfico do funcionamento como orifício pequeno:


Com vazão (caudal) de injeção de ar (pressões Gráfico do funcionamento como orifício grande:
negativas) Com alta vazão de liberação de ar
Com vazão de liberação de ar (pressões positivas)
Pressão diferencial em relação à Pressão
Atmosférica, daí os valores negativos!!!

http://www.arivalves.com
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.146

Válvula Ventosa Trifuncional Ari instalada em cavalete

Fonte: www.arivalves.com
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.147

Válvulas ventosas

Fonte: bermard
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.148

Válvulas Anti-vácuo Quando aberta... está permitindo a entrada de ar... resolvendo o vácuo...

Fonte: bermard
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.149

Válvulas Anti-vácuo Plasnova instalada em cavalete

Observe que no mesmo cavalete estão instalados


dois manômetros, um registro e uma válvula
ventosa, uma válvula anti-vácuo, um filtro...

http://www.plasnovatubos.com.br
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.150

Válvulas ventosas (saídas de descarga em vermelho) acopladas no ponto de elevação de linhas de Recalque,
logo após a Bomba...

Fonte: palestra Edson Roberto Zanon/Naan Daan Jain

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