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Após definir a lâmina bruta de água a ser aplicada por um sistema de irrigação, é preciso definir duas
variáveis importantes:
Se o emissor é capaz de aplicar a lâmina bruta num curto tempo, menor que a jornada diária, a área poderá
ser dividida em setores e o sistema irrigar diariamente. Por exemplo, se um sistema de gotejamento aplica 3
mm/hora e a jornada disponível é de 21 horas, a área total a ser irrigada pode ser dividida em 7 setores.
Em seguida é preciso observar se o sistema hidráulico é fixo ou portátil. Sistemas portáteis são aqueles que
tubos e emissores podem ser desmontados e transportados para outro setor. Esta situação é comum em
aspersão convencional com tubos de engate rápido. Neste caso, torna-se importante conhecer o turno de
rega (prazo máximo entre irrigações num mesmo setor). Em sistemas fixos (o sistema não muda de local), o
conhecimento do turno de rega (capacidade de campo, ponto de murcha) torna-se menos importante pois
podemos irrigar todos os dias ou até mesmo várias vezes num mesmo dia.
Em cada setor deve existir um cavalete com uma válvula que possa abrir ou fechar a passagem da água. O
acionamento da válvula acontece com a injeção de água na sua parte superior (câmara), deslocando um
diafragma para baixo, fechando a passagem de água pela válvula. Em alguns casos, pode-se injetar ar na
câmara ao invés de água. Cavaletes bem projetados possuem válvulas ventosas para remoção de bolhas de
ar e válvulas anti-vácuo com a função de evitar que a tubulação após a válvula venha sofrer colapso com o
fechamento da válvula hidráulica. Os cavaletes podem atender um setor, dois setores (cavalete duplo) ou
mesmo três (triplo). Seus componentes são ilustrados na figura abaixo.
Válvulas
A água de irrigação contém ar dissolvido cuja concentração pode variar conforme pressão e temperatura. Com
temperatura de 20 graus Celsius e pressão atmosférica de 1 bar, a água pode conter 2% de ar. O aumento da
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temperatura ou redução da pressão diminuem a quantidade de ar dissolvido na água, formando bolhas que podem
dificultar o fluxo da água. O decréscimo da velocidade abaixo de 0,6 m/s também forma bolhas de ar.
A ocorrência de ar na forma de microbolhas em água de irrigação é normal. Bolhas maiores podem ser formadas
pela sucção de bombas cuja entrada da tubulação esteja próxima da superfície da água. O aumento da velocidade
em passagens restritas possibilita a cavitação, diminuindo a pressão e formando ar dissolvido que, quando a pressão
se recupera aos níveis anteriores, o ar dissolvido transforma-se em bolhas de ar.
A presença de bolhas de ar dificulta o movimento da água porque a velocidade do ar pode ser até 30 vezes maior
que a da água, fato que leva alguns medidores de vazão ao mau funcionamento.
Antivácuo ½ pol
Fonte: Implebras
Ventosa plástica 100 mca Ventosa Comb. Plast 100 mca Ventosa e antivácuo Plás 100 mca Ventosa e antivácuo Plásti. 100 mca
(3/4 – 1 pol) (3/4 – 2 pol) (3/4 – 1 pol) (2 pol)
Ventosa 160 mca Ventosa comb. ferro 160 mca Ventosa comb. Ferro 160 mca Ventosa comb. 160 mca plástica
(3/4 – 1 pol) (2 – 8 pol) (2 – 8 pol) (2 – 8 pol)
Fonte: Bermad
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2. Válvulas hidráulicas
São válvulas para fechar e abrir a passagem de água para um determinado setor ou rede hidráulica
dreno
Água
ou ar
válvula
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Pressão baixa à montante: enviará água de montante (porta 2) para câmara (porta 3), dificultando a
passagem de água na válvula, o que faz subir a pressão à montante.
Pressão alta à montante: enviará água da câmara (porta 3) para fora da válvula (vent:dreno). A válvula se
abrirá e a água vai passar com mais facilidade, diminuindo a pressão à montante.
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3.6. Acessórios