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Acesso a Cultura

Ingrid Lorrany
Fernanda Melo
Elitização da Cultura
Ministério da Economia se diz favorável ao fim da meia-entrada
O Ministério da Economia em 2020 se posicionou pela extinção das regras
que determinam a meia-entrada em cinemas do país. Com isso, segundo
análise da Ancine, 80% dos ingressos comercializados em 2019 tiveram
algum tipo de meia-entrada. Isso beneficiou mais da metade da população
brasileira.

fonte:https://g1.globo.com/google/amp/economia/noticia/2020/08/04/ministerio-da-economia-se-diz-
favoravel-ao-fim-da-meia-entrada.ghtml
A cultura não é para todos!

● “Tem vários eventos culturais que eu deixo de frequentar por causa do


preço. Neste ano, eu deixei de ir ao Lollapalooza por causa disso”,
comenta o assistente de risco Bruno Souza, 31, que mora no Campo
Limpo, na zona sul....

● Apenas 13% dos brasileiros vão ao cinema alguma vez no ano; mais
de 92% nunca foram a um museu ou exposição de arte e 78% nunca
assistiram a um espetáculo de dança. Mais de 90% dos municípios
brasileiros não possuem salas de cinema, teatro, museus ou espaços
culturais multiuso e 73% dos livros estão concentrados nas mãos de
apenas 16% da população.

Fonte: https://www.cartacapital.com.br/blogs/32xsp/quanto-vale-o-ingresso-acesso-a-cultura-e-questao-de-
preco-em-sp/.
Fonte:UNESCO, IBGE, MINC, IPEA).
Pessoas que vivem em Cidades sem
Cinema ou Teatro
Pretos e Pardos Brancos

44%

37%
34%

25%
Se m c in e m a Se m T e a t r o
Constituição Federal
Cultura é direito do cidadão!

Como apontado no artigo a baixo


Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício
dos direitos culturais e acesso à s fontes da cultura
nacional, e apoiará e incentivará a valorizaçã o e a difusã o
das manifestaçõ es culturais.

Fonte:https://www12.senado.leg.br/publicacoes/estudos-legislativos/tipos-de-estudos/outras-
publicacoes/volume-v-constituicao-de-1988-o-brasil-20-anos-depois.-os-cidadaos-na-carta-cidada/
educacao-e-cultura-o-avanco-na-definicao-do-patrimonio-cultural-brasileiro-na-constituicao-federal-de-
1988
O MASP pede
socorro!
O MASP  aos 57 anos é um tesouro artístico
avaliado em 1 bilhão de dólares. Porém, hoje
vive uma situação preocupante por acumular
dívidas de 3,3 milhões de reais. Assim,
explicitando a negligência governamental, em
relação, a um patrimônio tão importante.

Fonte:http://www.forumpermanente.org/administ/arquivo_hibernante/masp/veja_sp​
“Um país não muda pela sua
economia, sua política e nem mesmo
sua ciência; muda sim pela sua
cultura.”
— Betinho
A cultura consiste em produções artísticas, expressões e modo de vida de um povo. Conhece-la é
essencial à população para a criação da sua identidade nacional, mas, apesar de grande importância, o acesso TESE
a meios artísticos é elitizado e pouco valorizado no Brasil. 
Primeiramente, vale destacar que o elitismo é um sistema que favorece um grupo minoritário de pessoas.
Exemplo disso é o acesso à cultura que não chega de forma homogênea a todas as regiões, favorecendo
áreas mais nobres. Prova disso, de acordo com o IBGE, é que 44% dos pretos e pardos vivem em cidades
ARGUMENTO 
sem cinemas, contra 34% da população branca. Além disso, as regiões metropolitanas concentram 41% de
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todo consumo cultural, o que prova que, onde se concentra a população branca e rica, também estão
os meios culturais. Com a concentração nestes espaços, o valor para o acesso é,
majoritariamente, inacessível às populações periféricas, predominantemente negras.  
ARGUMENTO 
Ademais, conhecer as raízes do país por meio da cultura é essencial para entender a sociedade atual e,
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consequentemente, evolui-la. Portanto, falta valorização deste meio no Brasil. Exemplo disso é o estado em
que o MASP se encontra atualmente: segundo o site Fórum Permanente, o Museu está devendo 3,3 milhões
de reais e isso pode significar que há uma baixa arrecadação de capital. Isto é, as pessoas não o frequentam,
ou seja, não o valorizam.
Portanto, cabe ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, por meio da pasta da cultura, criar
cotas para a população de baixa renda em shows, museus, teatros e cinemas, de modo que essa população
pague apenas metade do valor do ingresso. Dessa forma, a população pobre terá mais condições de acessar e
valorizar a cultura no Brasil.
PROPOSTA DE
INTERVENÇÃO
Elementos da Proposta
Portanto, cabe ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, por
meio da pasta da cultura, criar cotas para a população de baixa renda emAGENTE
shows, museus, teatros e cinemas, de modo que essa população pague
apenas metade do valor do ingresso. Dessa forma, a população pobre terá AÇÃO
mais condições de acessar e valorizar a cultura no Brasil.
EFEITO

MODO/DETALHAMENTO

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