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O – ESTABILIDADE
LONGITUDINAL
PROF. SIDNEI ESTEVES
• CONCEITO: É A PROPRIEDADE QUE
TODO NAVIO TEM DE VOLTAR À SUA
POSIÇÃO NORMAL LONGITUDINAL,
QUANDO DELA TENHA SIDO AFASTADO,
OU SEJA, É A TENDÊNCIA QUE O NAVIO
POSSUI DE MANTER OS MESMOS
CALADOS.
L>B * ÂNGULOS DE CATURRO MENORES QUE ÂNGULOS
DE BALANÇO * GRANDE BML, LOGO GML SEMPRE>0.
CENTRO DE FLUTUAÇÃO – “F”
• DEFINIÇÃO: É O CENTRÓIDE
DA ÁREA DO PLANO DE
FLUTUAÇÃO.
• É O PONTO EM TÔRNO DO
QUAL O NAVIO EXERCE SEUS
6 GRAUS DE LIBERDADE
(MOVIMENTOS).
• É IMPORTANTE CONHECER
SUA POSIÇÃO, OU SEJA SUA
DISTÂNCIA EM RELAÇÃO ÀS
PERPENDICULARES (MEIO-
NAVIO OU PPAR) FORNECIDA
NOS PLANOS E/OU TABELAS
DE VALORES
HIDROSTÁTICOS.
GRAUS DE LIBERDADE DO NAVIO
• CONSISTEM DE 6 MOVIMENTOS, SENDO 3 LINEARES E 3
ANGULARES.
• TODOS EXERCIDOS EM TÔRNO DO CENTRO DE
FLUTUAÇÃO.
• LINEARES: ARFAGEM (HEAVE); CAIMENTO (SWAY) E
AVANÇO/RECUO (SURGE).
• ANGULARES: BALANÇO (ROLL); CATURRO (PITCH) E
CABECEIO (YAW).
• OBS: POR CONVENÇÃO “F” A RÉ DE MEIO-NAVIO
(DISTÂNCIA POSITIVA) E “F” A VANTE DE MEIO-NAVIO
(DISTÂNCIA NEGATIVA). ESSA CONVENÇÃO TAMBÉM
VALE PARA OS OUTROS PONTOS NOTÁVEIS (“G” E”B”).
TPC (TONELADAS POR CENTÍMETRO DE IMERSÃO
OU EMERSÃO) - t/cm
• PR F PV
• EXERCÍCIOS RECOMENDADOS : APOSTILA PARTE II: 09,10,11,36 E
37.
CÁLCULO ANALÍTICO DE EMBARQUE/DESEMBARQUE DE
PEQUENOS PESOS. ( ATÉ 5% DO ATUAL)
• A razão deste cálculo ser específico para peqs. pesos, é que
vamos trabalhar com elementos hidrostáticos como
constantes, sendo recomendável não exceder 5% do
deslocamento, para evitar variações nos elementos
utilizados. ( TPC, MTC e )0(F ).
• EXEMPLO:
• Num navio com Lpp = 120m, HV = 5,00m e HR = 6,00m,
embarcou-se um peso de 100 t a uma distância longitudinal
de 10m a vante do plano transversal de meio-navio (plano
aranha), )0( g = - 10m. Determinar os novos calados após
o embarque.
• Com o HM = 5,00m+6,00m/2 = 5,50m obtêm-se os valôres
hidrostáticos: TPC = 50 t/cm; MTC = 120 t.m/cm e )0(F =
+ 2,00m
CALUNGA:
60m )0( 60m
• |_____________________|_2m|__10m_____|______________|
• PR F g PV
• λ = 62m; λ’ = 58m e distância = 12m (Fg)
• 1) Supõe-se o peso embarcando em “F”, provocando uma imersão
paralela: i = p/TPC = 100t / 50t/cm = 02cm.
• HV =5,00m+0,02m = 5,02m; HR=6,00m +0,02m=6,02m
• 2) Remoção do peso para seu devido lugar, na distância Fg = 12m,
provocando uma variação no trim. VT=p.d/MTC VT = 100t . 12m /
120 t.m/cm = 10cm
• 3) Distribuição proporcional da VT (cálculo das variações a vante e a
ré)
• VAV = λ.VT/Lpp = 62m . 0,10m / 120m = 0,052m
• VAR = λ’.VT/Lpp = 58m . 0,10m /120m = 0,048m ou VAR = VT –
VAV = 0,10m – 0,052m = 0,048m
• 4) Determinação dos calados finais:
• HVf = HVi + VAV = 5,02m + 0,052m = 5,072m
CONT. EXEMPLO DE EMBARQUE PEQS. PESOS.
• VAV = λ .VT/Lpp
• VT = p.d/MTC = 95 .60/160 = 36cm = 0,36m
• VAV = 64,8 . 0,36/132 = 0,18m
• e = p/TPC = 95/24 = 4cm = 0,04m
• HVi = 7,20m
• VAV= 0,18m + ( somada, pois estamos trazendo o peso de ré p/vante,
• HV’ = 7,38m para cima do “F”, e daí, desembarcá-lo).
• e = 0,04m –
• HVf = 7,34m
-0,06 | +0,32
+0,20 | 0
- 0,22 | +0,09
+0,17 | -0,18
_____ | _______
+0,09m | +0,23m
EXERCÍCIO 2 e 3 – PLANO DE COMPASSO
• 2) O navio “SALVAÇÃO” está com HV = 6,21m e HR = 5,79m.
Determinar :
• a) a quantidade de óleo a ser transferida de um tq. com baricentro
na CAV 65 para outro tq. com baricentro na CAV 50 de forma a
deixar o navio em águas parelhas;
• b) o tempo da operação sabendo-se que a vazão da bomba de
transferência é de 100 t/h;
• c) os calados finais.
• 3) O mesmo navio, agora atracado no porto de Santos, calando AV
= 5,50m e AR = 6,50m, vai efetuar um reparo no hélice, sendo
necessário embicar o navio de modo a ficar com um trim de –
1,00m. Determinar a quantidade de lastro a ser admitida no PKV a
fim de atender tal condição, informando também os calados
após o lastreamento.
RESOLUÇÃO EXERCÍCIOS 2 E 3 – PLANO DE COMPASSO
• 2) a) Trim final = 0 Trim inicial = 5,79m – 6,21m = - 0,42m
• VT = Tf – Ti = 0 – (-0,42m) = + 0,42m = 42cm ( p/ré )
• HM = 5,79 + 6,21 / 2 = 6,00m
• Nesta faixa de HM para cada 100 t transferidas a VT é de 14 cm,
logo para variar 42 cm temos que transferir 300 t
• b) Se a vazão é de 100 t/h, logo serão gastas 3 horas.
• c) HV = 6,21m HR = 5,79m
• V = 0,21m - V = 0,21m +
• HVF = 6,00m HRf = 6,00m
• 3) Tf = - 1,00m; Ti = + 1,00m; VT = - 2,00m = 200cm p/vante
• Variações p/ +100 t no PKV : AV = +31cm e AR = - 17,5cm, logo
VT = 48,5cm ------ 100t
200cm ------ x x = 412,4 t
Embarque das 412,4 t no PKV:
HV = 5,50m HR = 6,50m
V = 1,28m + V = 0,72m –
HVf = 6,78m HRf = 5,78m
EXERCÍCIO 4 e 5 – PLANO DE COMPASSO
• 4) Um navio tipo “PANAMAX” está com HV = 14,20m e HR =
13,82m. Vai entrar no dique em águas parelhas para reparos.
Determinar:
a) a quantidade de lastro a ser esgotada do PKV de modo a atender
a condição de entrada no dique;
b) os calados de entrada no dique.
Resp: a) 404 t b) 13,95m
5) O navio “MONTE CRISTO”, tipo SD-14 com HM = 7,00m, irá
efetuar uma viagem onde consumirá de dois tanques:
tanque 2: 180 t ( baricentro na CAV 120 )
tanque 6: 200 t ( baricentro na CAV 48 )
Visando chegar no destino em águas parelhas, quais deverão ser o
trim e os calados de saída?
Resp: Trim = + 0,10m ; HV = 6,95m e HR = 7,05m
DETERMINAÇÃO DO TRIM E DOS CALADOS EM EMBARQUE OU
DESEMBARQUE DE GRANDES PESOS ( ACIMA DE 5% DO ATUAL)
• Quando o embarque ou desembarque se tratar de peso considerável, não mais
poderemos considerar os elementos hidrostáticos como constantes, nem usar o plano
de compasso.
• Para determinarmos o trim e os calados finais, temos que trabalhar analiticamente
nas condições FINAIS de estabilidade longitudinal.
• Determinadas as posições longitudinais finais do CENTRO DE GRAVIDADE ( LCG) e
do CENTRO DE CARENA (LCB), em relação ao )0( ou em relação à PR, podem
ocorrer as seguintes hipóteses:
• 1) BG = 0, isto é “G” e “B” sobre uma mesma vertical, que pode estar a vante ou a
ré do )0( , ou até mesmo coincidir com ele. Quando isso acontece, o navio terminará
em águas parelhas ( trim = 0 ) ; LCG = LCB
• PR *G )0( PV
|_______________________|_______________________|
*B
• 2) No cálculo encontramos “B” a ré de “G”, então o navio terminará
embicado, pois o Centro de Carena “B”, irá se posicionar na mesma
vertical do Centro de Gravidade “G”, e como este está a vante, o
navio termina embicado.
• Não nos esqueçamos que o plano/tabela de dados hidrostáticos
fornece a posição longitudinal de “B” para o navio sem trim!
PR )0( *G PV
|____________________|____________________|
*B
3) No cálculo encontramos “B” a vante de “G”, então o navio
terminará derrabado, pois o Centro de Carena “B”, irá se posicionar
na mesma vertical do Centro de Gravidade “G”, e como este está a
ré, o navio termina derrabado.
PR )0( *G PV
|_____________________|____________________|
*B
OBS: No cálculo da VT, esta será o próprio TRIM final, pois estamos
partindo do trim da tabela (zero) para o trim real e a seguir calculam-
se as variações a vante e a ré
Cálculo do REAL:
REAL = 71831,6 t . 1,019 t/m³ / 1,025 t/m³ = 71411,12 t
CARGA = 51646,2 t
CONT. EXERCÍCIOS DRAFT SURVEY
• HMV = 11,275m HMN = 11,445m HMR = 11,455m
c = 0,001m - c = 0,001m - c = 0,005m +
HPV = 11,274m HMN = 11,444m HPR = 11,460m
TM = + 0,180m e Tpp = + 0,186m
HC = 11,274 + 6 . 11,444 + 11,460 / 8 = 11,425m
2 = 73826,75 t – 3 t = 73823,75 t
CARGA = 33277 t