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CURSO DE ENFERMAGEM

DISCIPLINA: ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA IV


EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE
PROMOÇÃO DA SAÚDE: considerações iniciais

Créditos: Prof. Dr. José Martins Pinto Neto


Fernandópolis, 02 de abril de 2021
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874,


de 2019)

V - o pluralismo político.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
Título II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais

Capítulo I
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta


Constituição;

Mais 77.
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o
trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.        
OS DIREITOS SÃO FINANCIADOS PELOS IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES PAGOS PELA
POPULAÇÃO...

DO DIA 01/01/2021 AO DIA 02/04/2021, às 12 HORAS, FORAM ARRECADADOS PELAS TRÊS ESFERAS DE
GOVERNO

R$ 669.748.193.572.045,35
BILHÕES
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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA
DO BRASIL – 05/10/1988

Título VIII - Da Ordem Social

Capítulo II - Da Seguridade Social

Seção II - Da Saúde
O DIREITO À SAÚDE:

Art. 196 – A saúde é direito de todos e dever do Estado,


garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua

PROMOÇÃO, proteção e recuperação.


Art. 198 – As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de
acordo com as seguintes diretrizes:

I – descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

II – atendimento integral, com prioridade para as atividades


preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

III – participação da comunidade.


Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma
delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado
de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se
aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com
o respectivo número de ordem.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova
proposta na mesma sessão legislativa.
MAS ANTES DE FALARMOS SOBRE A NA

PROMOÇÃO DA SAÚDE VAMOS CONHECER

ABORDAR, PANORAMICAMENTE, SOBRE A

COMPLEXIDADE DO CONTEXTO ATUAL DA

SAÚDE NO BRASIL....
COMPLEXIDADE DO CONTEXTO DA SAÚDE
Dimensão geográfica do país (8,5 milhões de km2) e o 5º mais populoso com, aproximadamente,
212.767.495 milhões de habitantes, em 02/03/2021 (IBGE/2021) – apenas 7,6% é utilizado para a
agricultura (EUA: 18,3% e Dinamarca 74,7% - Veja, Edição 2585, ano 51, nº 23 de 06/06/2018). O censo
de 2010 contabilizou 305 etnias indígenas no Brasil, que falam 274 línguas diferentes.

Intenso processo de urbanização (85 a 90% da população) - O Brasil tem 13,6 milhões de pessoas
morando em favelas (aglomerados subnormais – IBGE). O levantamento revela que 89% dos moradores
de favelas estão em capitais e regiões metropolitanas. O Rio de Janeiro é o único estado da Região
Sudeste com mais de 10% da população vivendo em favelas.

As regiões Norte e Nordeste registraram maior percentual de pessoas vivendo em favelas – de 5% a


10%. Os estados do Amazonas, Pará, Maranhão e Pernambuco têm mais de 10% da população em
favelas.
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-01/moradores-de-favelas-movimentam-r-1198-bilhoes-por-ano

Publicado em 27/01/2020 - 22:58 Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil - São Paulo
O número de domicílios ocupados em favelas ou áreas análogas no Brasil chegou a aproximadamente 5,12 milhões
em 2019, informou a pesquisa “Aglomerados Subnormais 2019: Classificação preliminar e informações de saúde
para o enfrentamento à covid-19”, segundo o IBGE (19/05/2020).
Fonte: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2020/05/19/numero-de-domicilios-em-favelas-no-brasil-e-de-512-
milhoes-informa-ibge.ghtml

Relação paradoxal entre as unidades federadas – coexistência entre autonomia


federativa e práticas político-administrativas centralizadoras – a maior parte dos
impostos ficam com o Governo Federal.
COMPLEXIDADE DO CONTEXTO DA SAÚDE
5 TRANSIÇÕES ACONTECENDO NO BRASIL:

1) TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA (?) OU SUPERPOSIÇÃO


EPIDEMIOLÓGICA OU ACUMULAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA – doenças da
pobreza e da riqueza.

1.1) O vergonhoso retorno das doenças infecciosas e contagiosas no cenário


epidemiológico brasileiro como o SARAMPO e alta possibilidade de voltarmos a ter
POLIOMIELITE.... E agora temos a COVID-19 que, possivelmente, tornar-se-à
endêmica no Brasil e no mundo.
2) TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA:
O BRASIL ESTÁ ENVELHECENDO....

O número de brasileiros idosos de 60 anos e mais era de 2,6 milhões em 1950,


passou para 29,9 milhões em 2020 e deve alcançar 72,4 milhões em 2100. O
crescimento absoluto foi de 27,6 vezes. Em termos relativos a população idosa de
60 anos e mais representava 4,9% do total de habitantes de 1950, passou para 14%
em 2020 e deve atingir o impressionante percentual de 40,1% em 2100 (um
aumento de 8,2 vezes no peso relativo entre 1950 e 2100).

Fonte: https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/envelhecimento-populacional-no-brasil-e-no-mundo-segundo-as-novas-
projecoes-da-onu/
Outra informação:
O Brasil de 30 anos atrás não existe mais: um país jovem, com 10 idosos para
cada 100 trabalhadores ativos. Hoje, são 12 idosos para cada 100 trabalhadores
e, em 2060, serão 45 para cada 100 (Salto, Barros, 2017 –
Folha de S. Paulo, 4 de março de 2017 Opinião A 3).

Entre as consequências do envelhecimento da população, além do inevitável


aumentos dos gastos com saúde e aposentadorias, o IBGE destaca o maior
percentual de pessoas fora da idade de trabalhar e, portanto, de dependentes.
OS FATORES DO ENVELHECIMENTO SÃO VÁRIOS (MULTIFATORIAL).
DENTRE ELES...

“O que explica esse envelhecimento é a queda na taxa de fecundidade total, que


reduz o número de nascimentos ao longo do tempo. Essa queda é observada em todos
os estados brasileiros - primeiro nos estados do sul e sudeste e depois nas outras
regiões”, destacou Leila Ervatti, demógrafa do IBGE.
Fonte: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/546365/noticia.html?
sequence=1

“A longo prazo, a redução da população também impacta a quantidade de pessoas em


idade reprodutiva. Isso já ocorre em países europeus, onde as taxas de fecundidade são
muito baixas e, por consequência, há um reduzido número de pessoas em idade ativa,
sendo inclusive necessário que esses indivíduos recebam algum tipo de incentivo para
que tenha filhos pensando na população que sustentará os idosos - e cada vez mais
teremos mais idosos”.

Fonte: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/546365/noticia.html?sequence=1
TAXA DE FECUNDIDADE

A taxa de fecundidade também deve continuar caindo no Brasil, segundo o IBGE. Atualmente, é de
1,77 filho para cada mulher. Pela projeção, deverá cair para 1,66 em 2060. Em 2010, estava em
1,75 e chegou a 1,8 em 2015.

Roraima é hoje o estado com maior taxa de fecundidade (2,31 filho a cada mulher), seguido por
Amazonas (2,28) e Acre (2,22). As menores são as de Minas Gerais (1,62) e Rio Grande do Norte
(1,65).

A idade média em que as mulheres têm filhos é, atualmente, de 27,2 anos e, segundo o IBGE,
chegará a 28,8 anos em 2060, exceto em alguns estados brasileiros onde há muitos adolescentes
grávidas.

Já a projeção para a expectativa de vida do brasileiro ao nascer – atualmente de 72,7 anos para
homens e 79,8 anos para mulheres – é alcançar 77,9 anos para homens e 84,23 anos para as
mulheres em 2060.
Fonte:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/21837-projecao-da-populacao-2018-numero-de-habitantes-do-pais-d
eve-parar-de-crescer-em-2047
3) TRANSIÇÃO NUTRICIONAL:
54% com o IMC acima do Normal.
4) TRANSIÇÃO TECNOLÓGICA:

A excessiva incorporação de novas TECNOLOGIAS DURAS para os diagnósticos e


tratamentos nos serviços de saúde em detrimento da EPIDEMIOLOGIA E DA CLÍNICA
MÉDICA...

Tecnologias em Saúde de acordo com o médico Prof. Dr. Emerson Merhy:

LEVE,

LEVE DURAS e

DURAS (comentar sobre o conceito de densidade tecnológica na organização do SUS)


5) TRANSIÇÃO COMPORTAMENTAL:

NOVOS PARADIGMAS como, por exemplos:

Novas configurações familiares;

casamentos homoafetivos;

aceitação de movimentos LGBTQIA+ ; e

Ainda não somos uma sociedade liberal como a do Uruguai:


Controle da produção até a comercialização da Maconha pelo Governo
O significado de cada letra da sigla LGBTQIA+

LGBTQIA+ é o movimento político e social que defende a diversidade e busca mais representatividade e direitos
para a comunidade. O seu nome demonstra a sua luta por mais igualdade e respeito à diversidade. Entenda o
significado de cada letra da sigla LGBTQIA+.

L = Lésbicas
São mulheres que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outras mulheres.

G = Gays
São homens que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outros homens.

B = Bissexuais
Diz respeito aos homens e mulheres que sentem atração afetivo/sexual pelos gêneros masculino e feminino.

T = Transexuais
A transexualidade não se relaciona com a orientação sexual, mas se refere à identidade de gênero. Dessa forma,
corresponde às pessoas que não se identificam com o gênero atribuído em seu nascimento. As travestis também
são incluídas neste grupo. Porém, apesar de se identificarem com a identidade feminina constituem um terceiro
gênero.
Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/dicas/qual-o-significado-da-sigla-lgbtqia
 Q = Queer
Pessoas com o gênero 'Queer' são aquelas que transitam entre as noções de gênero, como é o caso das drag queens.
A teoria queer defende que a orientação sexual e identidade de gênero não são resultado da funcionalidade
biológica, mas de uma construção social.

I = Intersexo 
A pessoa intersexo está entre o feminino e o masculino. As suas combinações biológicas e desenvolvimento
corporal - cromossomos, genitais, hormônios, etc - não se enquadram na norma binária (masculino ou feminino). 

Assexual 
Assexuais não sentem atração sexual por outras pessoas, independente do gênero. Existem diferentes níveis de
assexualidade e é comum que estas pessoas não veem as relações sexuais humanas como prioridade. 

+
O + é utilizado para incluir outros grupos e variações de sexualidade e gênero. Aqui são incluídos os pansexuais,
por exemplo, que sentem atração por outras pessoas, independente do gênero. 

Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/dicas/qual-o-significado-da-sigla-lgbtqia
A ECONOMIA BRASILEIRA:

Em abril de 2019:

Oitava economia do mundo – 2,5% do PIB mundial (Chile: 0,36%,


Argentina: 0,68%, Bolívia: 0,06%). Fonte:
https://www.istoedinheiro.com.br/brasil-nao-e-mais-a-setima-economia-do-mu
ndo/
em 26/04/2019.

Em janeiro de 2020 a perspectiva era:

PIB do Brasil deve terminar a década como o 9º maior do mundo, atrás


de Reino Unido, Itália e Índia Fonte:
https://oglobo.globo.com/economia/pib-do-brasil-deve-terminar-decada-como-
9-maior-do-mundo-atras-de-reino-unido-italia-india-24168816 dia 08/01/2020
.
Em maio de 2020:

Brasil deve perder posto no top 10 das maiores economias. o Brasil cairá da posição de 9ª maior
economia do mundo para a 12ª colocação. O país já chegou a alcançar o 7º lugar, em 2011, à frente
de Reino Unido e Itália. As três nações que devem ultrapassar o Brasil são Canadá, Coreia do Sul e
Rússia. Fonte:
https://veja.abril.com.br/economia/brasil-deve-perder-posto-no-top-10-das-maiores-economias/

Em 2021:
A econômica brasileira deve ser superada por Canadá, Coreia do Sul e Rússia. Ao
passar para o 12° lugar no ranking das maiores economias do mundo.

Fonte: http://ohoje.com/noticia/economia/n/182374/t/brasil-cai-para-12%C2%B0-lugar-no-ranking-
das-maiores-economias-do-mundo
Estrutura econômica-social heterogênea (desigualdades):

Coeficiente de Gini do Brasil (2018): 0,509


Fonte: https://www.infomoney.com.br/economia/concentracao-de-renda-aumenta-no-brasil-e-indice-de-gini-e-o-maior-desde-2012-aponta-ibge /
em 16/10/2019 .
De toda a renda do país, 40% estão concentrados nas mãos de 10% da população.
A renda dos mais ricos é 33,8 vezes maior que a média dos 50% mais pobres.  Fonte:
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/10/16/desigualdade-aumentou-no-brasil-em-2018-aponta-ibge.ghtml em 16/10/2019

No Brasil, o 1% mais rico concentra 28,3% da renda total do país (no Catar essa


proporção é de 29%). Ou seja, quase um terço da renda está nas mãos dos mais
ricos. Já os 10% mais ricos no Brasil concentram 41,9% da renda total. Fonte:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/12/09/brasil-tem-segunda-maior-concentracao-de-renda-do-mundo-diz-relatorio-da-onu.ghtml em
09/12/2019.

GINI do Estado de São Paulo: 0,57


Uma outra Classificação de RENDA
Faixas Salariais x Classe Social – Qual a sua classe social?
Por Thiago Rodrigo Alves Carneiro -4 de agosto de 2020
Fonte: https://thiagorodrigo.com.br/artigo/faixas-salariais-classe-social-abep-ibge/
IDH do Brasil em 2019 (publicado em 15/12/2020): 0,765 (84º Lugar entre os 189 países
analisados). Esse IDH é considerado ALTO – perdemos 6 posições em relação ao IDH, de 2018,
onde estávamos na 79ª posição com um nota de 0,762.

O maior IDH é o da Noruega com 0,954, seguida da Suíça (2) – 0,946 e Irlanda (3) – 0,942 – Todos na
Europa

Os piores índices são de Níger (0,394), República Centro-Africana (0,397) e Chade (0,398) –
Continente Africano
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-12/brasil-fica-em-84o-lugar-em-ranking-mundial-do-idh
Os países são classificados em 4 grupos:

Muito alto desenvolvimento humano: IDH de 0,8 ou mais;

Alto desenvolvimento humano: IDH entre 0,7 e 0,799;

Médio desenvolvimento humano: IDH entre 0,551 e 0,699;

Baixo desenvolvimento humano: IDH de 0,550 ou menos.

Fonte: https://andrebona.com.br/como-se-mede-o-idh-de-um-pais/
COMPOSIÇÃO DO INDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH)

Até 1990, quando o IDH foi criado, o Produto Interno Bruto (PIB) era o principal indicador usado
para comparar países. O problema é que o PIB é um número da dimensão da economia de um
país, mas não traz nenhuma informação sobre outros aspectos da vida naquela nação.

No cálculo são computados três indicadores diferentes dos países:

•A expectativa de vida;

•A renda média per capita (divide-se o Produto Interno Bruto pela população);

•Quantos anos as pessoas no país estudaram (esse componente é separado em dois: a média de anos que os
adultos com mais de 25 anos estudaram e uma previsão de quantos anos as crianças antes da vida escolar
deverão estudar).

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/12/15/brasil-perde-cinco-posicoes-no-ranking-mundial-de-idh.ghtml
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/12/15/brasil-perde-cinco-posicoes-no-ranking-mundial-de-idh.ghtml
Por que Brasil é o sétimo país mais desigual do mundo?

Desigualdade enraizada
Essa história faz do Brasil o sétimo país mais desigual do mundo,
segundo o último relatório divulgado pelo Pnud (Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento), ficando atrás apenas de nações do
continente africano, como África do Sul, Namíbia, Zâmbia, República
Centro-Africana, Lesoto e Moçambique.
O levantamento tem como base o coeficiente Gini, que mede
desigualdade e distribuição de renda.
O documento, divulgado no fim de 2019, destaca ainda que apenas o
Catar tem maior concentração de renda entre o 1% mais rico da
população do que o Brasil. Fonte:
https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2020/02/20/por-que-brasil-e-o-setimo-pais-mais-de
sigual-do-mundo.htm
, dia 20/02/2020.
DESIGUALDADE SOCIAL: O QUE É, TIPOS, CAUSAS E
CONSEQUÊNCIAS!
13 de agosto, 2020
Fonte: https://www.stoodi.com.br/blog/geografia/desigualdade-social/

Tipos de Desigualdades:
Gênero,

Racial,

Econômica,

Regional,

etc.
Vamos olhar para as principais causas da desigualdade social no nosso país
desde a origem até problemas que mantêm ou até mesmo agravam esse quadro
nos dias de hoje:

o Brasil foi constituído como uma colônia de exploração e demorou a abolir a


escravidão;

a divisão de terras aconteceu de maneira desigual, concentrando grandes


territórios nas mãos de poucos;

a desigualdade da qualidade da educação de acordo com as classes sociais;

a evasão escolar e a dificuldade das classes mais baixas em conquistar boa


formação escolar e qualificação profissional;
as diferenças salariais e de oportunidades de emprego de acordo com raça e
gênero;
a inflação e os altos impostos que diminuem o poder de consumo,
principalmente das classes menos favorecidas;

a distribuição ineficiente da verba pública associada à corrupção;

o princípio capitalista do acúmulo de bens e da meritocracia;

o falta de estímulo para programas nas áreas socioculturais, da saúde e da


educação; e

a falta de melhor distribuição da renda.

Fonte: https://www.stoodi.com.br/blog/geografia/desigualdade-social/
Entre os efeitos da desigualdade social, identificamos:

aumento da pobreza absoluta, miséria e má qualidade na alimentação;

más condições de moradia, favelização e falta de saneamento básico;

precariedade na saúde e alta taxa de mortalidade infantil;

marginalização social, violência e falta de segurança pública;

falta de oportunidades de emprego;

má qualidade nos serviços públicos oferecidos.

Fonte: https://www.stoodi.com.br/blog/geografia/desigualdade-social /
Leiam a Reportagem de Ernesto Neves, Machado da Costa - Atualizada em 20
julho de 2020, 18h56, publicada na REVISTA VEJA.

Como a PANDEMIA amplia a crise da desigualdade social no Brasil e no


mundo,
A calamidade econômica fez do tema o assunto do dia. É o momento de tomar
medidas que acabem de vez com a visão de que esse mal não tem cura.

No Brasil, que não cresce há seis anos e ocupa a desonrosa posição de sétimo
país mais desigual do mundo, o Congresso discute dois projetos de reforma
tributária...

Para fins de avaliação do submódulo leia mais em:


https://veja.abril.com.br/economia/como-a-pandemia-amplia-a-crise-da-
desigualdade-social-no-brasil-e-no-mundo/
DESEMPREGO:

A taxa de desemprego no Brasil foi de 14,1% no trimestre de


setembro a novembro de 2020 e atingiu 14 milhões de pessoas
(...) .
Fonte: ttps://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2021/01/28/pnad-continua---desemprego---novembro.htm?cmpid=copiaecola

A taxa de desemprego no Brasil alcançará um pico de 16,9%


neste primeiro semestre de 2021(...)
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/business/2021/02/05/desemprego-pode-chegar-a-17-no-1-semestre-diz-santander

Em 2019 com 93,4 milhões de pessoas tinham ocupação e caímos para


86,1 milhões no final de 2020.
 Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-02/desemprego-recua-para-139-no-4o-trimestre-segundo-ibge
A Taxa de Informalidade, em 2020, estava representada
por 33,3 milhões pessoas sem carteira assinada e  31,2
milhões de pessoas subutilizadas, que são aquelas
desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas
trabalhadas (...)
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-02/desemprego-recua-para-139-no-4o-trimestre-segundo-ibge
BOLSA FAMÍLIA:
É um programa da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc), que contribui para o
combate à pobreza e à desigualdade no Brasil. Ele foi criado em outubro de 2003 (?) e possui
três eixos principais: complemento da renda; acesso a direitos; e articulação com outras ações
a fim de estimular o desenvolvimento das famílias.

O Programa Bolsa Família atende às famílias que vivem em situação de pobreza e de extrema
pobreza. Foi utilizado um limite de renda para definir esses dois patamares. Assim, podem
fazer parte do programa: todas as famílias com renda por pessoa de até R$ 89,00 mensais; e
famílias com renda por pessoa entre R$ 89,01 e R$ 178,00 mensais, desde que tenham
crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos.

Há condicionalidades...... AS UBS(s) tem responsabilidades... Você sabe quais são elas?


Fonte: https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-programas/bolsa-familia
DO RENDA BRASIL À RENDA CIDADÃ... (NÃO ACONTECEU...)
Renda Cidadã: escolhido o nome que substituirá Bolsa Família
De acordo com o relator da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Pacto Federativo, Márcio Bittar, o
novo programa social do governo de Jair Bolsonaro deverá ser chamado de Renda Cidadã, em substituição ao
Bolsa Família. O senador informou que o mandatário deu o aval para a criação do programa na última quarta-
feira (23/09/2020).

Fonte: https://www.sunoresearch.com.br/noticias/renda-cidada-substituira-bolsa-familia/ Por Jader Lazarini.

Outra Reportagem:

Com fim do Renda Brasil, governo cria o Renda Cidadã para substituir o Bolsa Família
O presidente da república, Jair Bolsonaro, anunciou o cancelamento do Renda Brasil, que tinha como objetivo
substituir o Bolsa Família. Porém, está sendo analisada a criação de outro programa social, que deve receber o
nome de Renda Cidadã.

Fonte: https://fdr.com.br/2020/09/24/com-fim-do-renda-brasil-governo-cria-o-renda-cidada-para-substituir-o-bolsa-familia/ Por Glaucia Alves - 24 de setembro de


2020 - 13:37
AUXÍLIO EMERGENCIAL:
O auxílio, criado para combater os impactos da pandemia de covid-19 na população de baixa
renda e trabalhadores informais, já foi pago para 66,5 milhões de pessoas, num total de R$
166,4 bilhões. O valor de cada parcela foi de R$ 600, mas para mães chefes de família chega
a R$ 1.200.

O governo Federal queria que as parcelas fossem de R$ 200,00 mas o Congresso Nacional
aumentou o valor para R$ 600,00. Ele ameaçou vetar o aumento para “não virar o país da
agiotagem”... mas depois concordou...
Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/06/11/bolsonaro-prega-cautela-com-auxilio-para-nao-virar-paraiso-da-agiotagem.htm
REPORTAGEM UOL DO DIA 18/03/2021: Auxílio Emergencial - Bolsonaro assina 4 parcelas do novo auxílio; 22,6 mi ficam
sem o benefício.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou nesta quinta-feira (18/03) a MP (Medida Provisória) que cria o novo auxílio
emergencial, para trabalhadores informais e beneficiários do Bolsa Família. O auxílio emergencial 2021 será pago a partir de abril,
em quatro parcelas, com valores de R$ 150, R$ 250 ou R$ 375, dependendo da família. Serão beneficiadas 45,6 milhões de
pessoas, 22,6 milhões a menos do que no auxílio emergencial de R$ 600, pago em meados do ano passado (68,2 milhões de
pessoas).
Qual será o valor do benefício?
O valor do auxílio dependerá da condição de cada benefício: Para quem mora sozinho: R$ 150 Famílias com mais de uma pessoa
e que não são chefiadas por mulheres: R$ 250 Famílias chefiadas por mulheres: R$ 375

Quem poderá receber? É preciso atender uma série de critérios para receber o novo auxílio: ser trabalhador informal ou
beneficiário do Bolsa Família ter renda familiar mensal de até três salários mínimos (R$ 3.300) ter renda familiar por pessoa de até
meio salário mínimo (R$ 550) ter recebido o auxílio emergencial em 2020.

Quantas pessoas vão receber? Serão pagos R$ 43 bilhões para 45,6 milhões de pessoas: 28.624.776 pessoas que já estão nos
cadastros da Caixa (R$ 23,4 bilhões) 6.301.073 pessoas que estão no Cadastro Único do governo federal (R$ 6,5 bilhões)
10.697.777 de beneficiários do Bolsa Família (R$ 12,7 bilhões) Apesar de o Congresso ter autorizado a liberação de R$ 44 bilhões
para o auxílio, com a aprovação da PEC Emergencial, o governo afirmou que o programa custará R$ 43 bilhões, incluindo os
custos operacionais.
Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/03/18/bolsonaro-auxilio-emergencial-2021.htm
CUSTOS CRESCENTES EM SAÚDE E O (SUB)FINANCIAMENTO DA SAÚDE -
descumprimento da Lei Complementar 141/2012 - 15% MUNICÍPIOS E 12% ESTADOS)

ORÇAMENTO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE DE ACORDO COM O PORTAL


TRANSPARÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL:
Em 2016: 112,33 Bilhões; executados: R$ 100,19 BILHÕES;

Em 2017: 120,32 Bilhões; executados: R$ 102,71 BILHÕES;

Em 2018: 121,86 Bilhões; executados: R$ 108,18 BILHÕES;

Em 2019: 127,07 Bilhões; executados: R$ 114,18 BILHÕES

Em 2020 serão R$ 187,51 BILHÕES e foram executados R$ 150,62 BILHÕES até 31/12/2020.

Em 2021 – 134.504.686.733 (?) (SÓ SABEREMOS, EM 23 MARÇO 2021, QUANDO O CONGRESSO APRECIAR O
PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL - PLOA).

Fonte: http://www.portaltransparencia.gov.br/funcoes/10-saude?ano=2020
Lígia Giovanella, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde
Pública, diz que além de gastar menos do que as famílias, o Estado
brasileiro também gasta menos do que outros países que possuem
sistemas públicos universais, como a Espanha, o Reino Unido e a
Suécia, que investem em torno de 7% a 9% do PIB.

Nosso investimento público com saúde é em torno de 4% do PIB.


A gente precisa de pelo menos 8% do PIB. Precisamos dobrar os
investimentos. “Nossas riquezas nacionais nos permitiriam ter
investimentos mais elevados com saúde”.
MAIS UM GRAVE PROBLEMA PARA O SUS:

A JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE...

(CIDADÃOS/FAMÍLIA ENTRAM NA JUSTIÇA PARA GARANTIR O


CUMPRIMENTO DE DIREITOS GARANTIDOS NA ATUAL CONSTITUIÇÃO
DO BRASIL)

O ARTIGO 196 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 DIZ:

“A SAÚDE É UM DIREITO DE TODOS E UM DEVER DO ESTADO...”

Os analistas afirmam que a Judicialização da Saúde aumentará devido à


Emenda Constitucional 95/2016 que LIMITA os investimentos, por exemplo, em
saúde e educação pelos próximos vinte anos (até 2036).
COMPLEXIDADE DO CONTEXTO DA SAÚDE
SANEAMENTO BÁSICO:

BRASIL – 102ª colocação no ranking global do Banco Mundial;

•Lei do Saneamento Básico, publicada em julho de 2020, prevê


99% da população atendida por água potável e 90% atendida
por esgoto até 2033.
METADE da população não tem coleta de esgoto em sua residência;

35 milhões sem acesso a àgua potável...

META: Brasil é signatário dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da


ONU – compromisso de “assegurar a disponibilidade e gestão sustentável de água e
saneamento para todas e todos até 2030”.
COMPLEXIDADE DO CONTEXTO DA SAÚDE
ATÉ FEVEREIRO DE 2020:

Carga tríplice de doenças e agravos

Carga de doenças X Estoque de Saúde

1) Condições Crônicas de Saúde: HAS, DM, Oncológicos, Psiquiátricos, Neurológicos, etc.

2) Causas externas: acidentes e violência;


.

3) Doenças infecciosas e parasitárias


Hanseníase – 2º país do mundo só perdendo para a India.
COMPLEXIDADE DO CONTEXTO DA SAÚDE
Carga tríplice de doenças, agravos e eventos em saúde pública – (Portaria Ministerial nº 1061 de 18 de
maio de 2020 – Notificação de Doenças, Agravos e Eventos em Saúde Pública).

CARGA DE DOENÇAS X ESTOQUE DE SAÚDE

EM FEVEREIRO DE 2021 DEVIDO À PANDEMIA DA COVID-19:

1) DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS


COVID-19 – 2º pais do mundo, só perdendo para os EUA em número de mortos
Hanseníase – 2º país do mundo, só perdendo para a Índia em número de casos novos (incidência)

2) CONDIÇÕES CRÔNICAS DE SAÚDE

3) CAUSAS EXTERNAS: ACIDENTES E VIOLÊNCIA (= 2ª posição)


COMPLEXIDADE DO CONTEXTO DA SAÚDE
Brasil é o quinto país no mundo em mortes por acidentes no trânsito
Mais de 40 mil pessoas morrem em acidentes de trânsito no Brasil.

56 bilhões de reais gastos por ano com acidentes de trânsito no Brasil.

É o quarto pior desempenho, perdendo apenas para Belize, República Dominicana e


a campeão Venezuela, que tem uma taxa de 45,1 mortes por 100 mil habitantes. A
instituição faz uma projeção de 1 milhão de mortes por ano em todo mundo até
2030.
http://www.rsim.com.br/por-ano-mais-de-40-mil-pessoas-morrem-em-acidente-de-transito-no-brasil /

Nos últimos seis anos, as internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS)
envolvendo motociclistas tiveram um crescimento de 115% e o custo com o
atendimento a esses pacientes de 170,8%.
Fonte: http://www.blog.saude.gov.br/35535-brasil-e-o-quinto-pais-no-mundo-em-mortes-por-acidentes-no-transito.html
COMPLEXIDADE DO CONTEXTO DA SAÚDE
Temos a 3ª maior população carcerária do mundo:
Dados de 15 de outubro de 2020 (o mais recente, na internet, até o dia 21/01/2021)
759 mil o número de presos no Brasil, em diferentes regimes prisionais.

Desses, 30% continuam sendo de presos provisórios.

O número total também inclui 51,8 mil presos que estão sob monitoramento de tornozeleira eletrônica, no Brasil.

O déficit de vagas no sistema carcerário também diminuiu de 312 mil para 231 mil. Este é o número de vagas que
estão em falta no sistema atualmente.

A maior parte dos presos tem entre 18 e 24 anos, o que corresponde a quase 160 mil presos. No segundo maior
grupo, aparecem presos de 25 a 29 anos. No total, a população carcerária é predominantemente masculina. Apenas
5% são mulheres.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2020/10/15/brasil-alcanca-a-marca-de-759-mil-presos
OUTRO PROBLEMA IMPORTANTE PARA O BRASIL que tem impacto nas
Políticas Públicas como a da Saúde (SUS) é a A DÍVIDA PÚBLICA:

Impulsionada pelos gastos com o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus


(covid-19), a Dívida Pública Federal - que inclui o endividamento interno e externo
do Brasil - fechou 2020 em R$ 5,01 trilhões, informou hoje (27/01/2021) a
Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Economia.
Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/agencia-brasil/2021/01/27/divida-publica-fecha-2020-acima-de-r-5-trilhoes.htm?cmpid=copiaecola
Em 2021, a dívida pública dos Estados Unidos atingirá cerca de 102% do PIB. Os dados ainda não são os
oficiais, mas se confirmada, será a maior relação entre dívida pública e PIB do país desde 1946, quando acabou a
Segunda Guerra Mundial, de 106,1%. Segundo Introini, no pós-guerra, alguns países chegaram a ter o dobro do
PIB em dívida pública. “Isso não foi um problema. Com o crescimento econômico, essa dívida foi diminuindo”.

Segundo o site estadunidense Debtclock, que mostra a relação entre PIB e dívida de alguns países, em 2020 o
Japão fechou o ano com 269,62% do PIB em dívida. Na mesma linha estão, Grécia (233,28%), Reino Unido
(108,08%), França (116,35%), Itália (162,30%) e Canadá (109,72%).

Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2021/01/11/para-economistas-divida-publica-nao-e-um-problema-como-defende-o-governo
O que é dívida pública? De onde ela vem? Quanto custa? Quem paga? Você provavelmente já ouviu ou fez essas
e outras perguntas sobre a dívida pública brasileira. Chegou o momento de saber as respostas e ganhar confiança
no seu bate papo com os amigos.
Assistam, obrigatoriamente, para fins de avaliações, os setes vídeos disponíveis online.
Para visualiza-los separadamente e encontrar os textos de apoio, acesse:
Vídeo 1: Apresentação da Série "Conheça a Dívida Pública
Vídeo 2: O que é a Dívida Pública
Vídeo 3: Quanto Custa a Dívida Pública
Vídeo 4: Quem Financia a Dívida Pública
Vídeo 5: Como o Governo Paga a Dívida Pública – Parte 1
Vídeo 6: Como o Governo Paga a Dívida Pública – Parte 2
Vídeo 7: Quem Administra a Dívida Pública
https://www.tesourotransparente.gov.br/videos/a-divida-em-videos/conheca-a-divida-publica-apresentacao
ORÇAMENTO DA UNIÃO - 2021

• ORÇAMENTO DE 2021 DEVE SER VOTADO PELO


CONGRESSO NO FIM DE MARÇO - Votação do relatório
Geral do Projeto da Lei Orçamentária Anual - Até 23/03/2021.
Fonte: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/02/11/orcamento-de-2021-deve-ser-votado-pelo-congresso-no-fim-de-marco
PROJETO DE LEI DO CONGRESSO NACIONAL N° 28, DE 2020.
Estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2021.

RECEITA DA UNIÃO: R$ 4.291.872.437.622,00 (quatro trilhões duzentos e noventa e um bilhões oitocentos e


setenta e dois milhões quatrocentos e trinta e sete mil seiscentos e vinte e dois reais).
Fonte: https://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?dm=8924545&ts=1615235539499&disposition=inline
EC – 95/2016
• Teto de Gastos voltou a vigorar em 2021
Outro fator que impacta diretamente no aumento da dívida pública é o limite imposto pelo Teto de Gastos às despesas primárias, das
áreas sociais, que não requerem a formação de dívidas para realizar o pagamento, sendo este feito somente a partir de contribuições,
impostos, concessões, privatizações e afins. A emenda constitucional, que foi aprovada em 2016, no governo de Michel Temer,
estabelece que as despesas do governo devem ser reajustadas, de um ano para o outro, de acordo com a inflação, pelos próximos 20
anos, e não devem ultrapassar esse limite.

O objetivo principal do Teto de Gastos é controlar a dívida pública, mas com o Orçamento de Guerra, aprovado pelo Congresso
Nacional devido à pandemia, as despesas públicas não ficaram sujeitas aos limites do teto durante o estado de calamidade pública. A
partir de janeiro de 2021, o Orçamento de Guerra perdeu a validade.

Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2021/01/11/para-economistas-divida-publica-nao-e-um-problema-como-defende-o-governo
Sistema de Informação sobre Orçamentos
Públicos em Saúde (SIOPS)
• O SIOPS é um sistema informatizado, de acesso público para o registro dos
orçamentos dos três entes da federação (Governo Federal, estados e municípios).
• Desde 2013, com a publicação da Lei Complementar 141/2012, esse registro é
obrigatório. É uma forma de garantir a aplicação dos recursos na saúde para
atendimento à população, de forma transparente, com acesso para todos, desde
usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) a órgãos de controle, que podem
acompanhar a aplicação de recursos na área da saúde.
Fonte:https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46421-estados-e-municipios-tem-ate-1-de-marco-para-informar-gastos-com-saude#:~:text=%C3%A1rea%20da%20sa
%C3%BAde.-,GASTOS%20COM%20SA%C3%9ADE,acumulada%20no%20per%C3%ADodo%20desde%202017.
Sistema de Informação sobre Orçamentos
Públicos em Saúde (SIOPS)
• A Constituição Federal determina que os estados e o DF devem investir o mínimo de
12% de sua receita, enquanto os municípios devem aplicar pelo menos 15% na saúde
pública. Já o Governo Federal aplica 15% da Receita Corrente Líquida, atualizada
pela inflação acumulada no período desde 2017.
• A aplicação mínima desses recursos é acompanhada por meio do SIOPS. Para isso, os
gestores do SUS, segundo a LC 141/2012, devem enviar, bimestralmente, informações
sobre os investimentos em saúde. Após o último bimestre (novembro e dezembro), são
verificados os percentuais mínimos que devem ser aplicados na saúde, durante todo o
ano.
• Fonte: https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46421-estados-e-municipios-tem-ate-1-de-marco-para-informar-gastos-com-saude#:~:text=%C3%A1rea%20da%20sa%C3%BAde.-,GASTOS%20COM
%20SA%C3%9ADE,acumulada%20no%20per%C3%ADodo%20desde%202017.
Sistema de Informação sobre Orçamentos
Públicos em Saúde (SIOPS)
• Os municípios e estados que não transmitirem os dados do ano passado terão os repasses
constitucionais e transferências voluntárias (convênios) suspensos até a regularização. Já os
municípios que transmitirem as informações, mas declararem percentual inferior ao previsto na
Constituição, terão parte dos recursos de transferências constitucionais redirecionados. Significa que
estes recursos deverão ser direcionados à saúde, mês a mês, até que toda a verba aplicada no ano
anterior seja reposta. Normalmente, este dinheiro iria para a conta do Tesouro Municipal ou Estadual,
e os gestores decidiriam onde aplicar os recursos.
• A partir da regularização do envio de informações ou do alcance do percentual mínimo exigido
constitucionalmente, é assegurada a liberação dos recursos em até 72 horas após a publicação dos
dados pelo gestor no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde.
Fonte https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46421-estados-e-municipios-tem-ate-1-de-marco-para-informar-gastos-com-saude#:~:text=%C3%A1rea%20da%20sa
%C3%BAde.-,GASTOS%20COM%20SA%C3%9ADE,acumulada%20no%20per%C3%ADodo%20desde%202017.
RESERVAS INTERNACIONAIS DO BRASIL

As reservas internacionais são os ativos do Brasil em moeda estrangeira e funcionam como uma espécie de seguro para o país fazer frente às
suas obrigações no exterior e a choques de natureza externa , tais como crises cambiais e interrupções nos fluxos de capital para o país.

No caso do Brasil, que adota o regime de câmbio flutuante, esse colchão de segurança ajuda a manter a funcionalidade do mercado de
câmbio de forma a atenuar oscilações bruscas da moeda local - o real - perante o dólar, dando maior previsibilidade e segurança para os
agentes do mercado.

Essas reservas, administradas pelo Banco Central, são compostas principalmente por títulos, depósitos em moedas (dólar, euro, libra
esterlina, iene, dólar canadense e dólar australiano), direitos especiais de saque junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), depósitos no
Banco de Compensações Internacionais (BIS), ouro, entre outros ativos.

Os dados de Reservas Internacionais do Brasil foram registrados em US $ 355,62 BILHÕES, em janeiro de 2021.
Fonte: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/reservasinternacionais
Que possamos crescer após a pandemia...
VOLTANDO A FALAR SOBRE
PROMOÇÃO DA SAÚDE...
O DIREITO À SAÚDE:

Art. 196 – A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante


políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua

PROMOÇÃO, proteção e recuperação.


Art. 198 – As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de
acordo com as seguintes diretrizes:

I – descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

II – atendimento integral, com prioridade para as atividades


preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

III – participação da comunidade.


ATENDIMENTO INTEGRAL =
INTEGRALIDADE = Artigo 198 da CF 1988
OU SEJA, O SUS DEVERÁ OFERTAR AÇÕE DE:
PROMOÇÃO, PROTEÇÃO, PREVENÇÃO,
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO, REABILITAÇÃO,
CUIDADOS PALIATIVOS, REDUÇÃO DE DANOS E
VIGILÂNCIA EM SAÚDE.
LEI FEDERAL Nº 8.080/1990 (Lei Orgânica da
Saúde – regulamentou o SUS)
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado
prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de
políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros
agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e
igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2º - O dever do Estado não
exclui o das pessoas, da família,
das Empresas e da sociedade.
O artigo 3º da Lei Orgânica da Saúde – nº 8080/1990 foi modificado pela Lei
Federal nº 12.864/2013 ficando com a seguinte redação:

“Art. 3º - Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do


A
País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros,
ALIMENTAÇÃO, A MORADIA, O SANEAMENTO
BÁSICO, O MEIO AMBIENTE, O TRABALHO, A
RENDA, A EDUCAÇÃO, A ATIVIDADE FÍSICA, O
TRANSPORTE, O LAZER E O ACESSO AOS BENS E
SERVIÇOS ESSENCIAIS.
HISTÓRICO DA PROMOÇÃO DA SAÚDE

• Em 1920, Charles-Edward Amory Winslow descreveu-a como sendo


“um esforço da comunidade organizada para alcançar políticas que
melhorem as condições de saúde da população e os programas
educativos para que o indivíduo melhore sua saúde pessoal, assim como
para o desenvolvimento de uma “maquinaria social” que assegure a
todos os níveis de vida adequados para a manutenção e o melhoramento
da saúde” (Wislow, 1920, p. 23 apud Buss, 2003).
HISTÓRICO DA PROMOÇÃO DA SAÚDE?

• EM 1945(?), O MÉDICO FRANCÊS, HENRY ERNEST SIGERIST,


ESCREVEU AS QUATRO GRANDES TAREFAS DA MEDICINA:  
1) PROMOÇÃO DA SAÚDE
• 2) PREVENÇÃO DE DOENÇAS
• 3) RECUPERAÇÃO DOS DOENTES
• 4) REABILITAÇÃO
• “A saúde se promove proporcionando condições de vida decentes, boas condições de trabalho, educação,
cultura física e formas de lazer e descanso”, para o que seria necessário “o esforço coordenado de políticos,
setores sindicais e empresariais, educadores, médicos e a população em geral”.
• Observação: ? = Tem autores que citam o ano de 1941, já outros citam 1945.
LEAVELL E CLARK (1965)

Hugh Rodman Leavell e Edwin Gurney Clark, escreveram um


famoso livro denominado “Medicina Preventiva”

COLOCARAM PROMOÇÃO DA SAÚDE COMO SENDO UM


COMPONENTE DA PREVENÇÃO PRIMÁRIA.... E A PARTIR DAÍ GEROU
UMA CONFUSÃO .... PROMOÇÃO COMO SENDO COMPONENTE DA
PREVENÇÃO....
A HISTÓRIA NATURAL
DAS DOENÇAS

Quadro
esquemático
que dá suporte
à descrição das
múltiplas e
diferentes
enfermidades
HISTÓRIA
“NATURAL”
DAS DOENÇAS
HISTÓRIA NATURAL DE QUALQUER DOENÇA NO HOMEM
Morte
Inter-relações entre AGENTE, HORIZONTE CLÍNICO Defeito, Invalidez
HOSPEDEIRO e AMBIENTE Sinais e Sintomas
QUE PRODUZEM Alterações de tecidos Recuperação
ESTÍMULO à doença
INTERAÇÃO HOSPEDEIRO- ESTÍMULO, REAÇÃO

Período de Pré-Patogênese Período de Patogênese


HISTÓRIA NATURAL DE
QUALQUER DOENÇA NO
PROMOÇÃO DE HOMEM
SAÚDE
PROTEÇÃO
REABILITAÇÃO
ESPECÍFICA
DIAGNÓSTICO
PRECOCE E
TRATAMENTO
IMEDIATO
LIMITAÇÃO E
INCAPACIDADE

PREVENÇÃO PRIMÁRIA PREVENÇÃO TERCIÁRIA


PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
NÍVEIS DE APLICAÇÃO DAS MEDIDAS PREVENTIVAS
• REFERÊNCIA DOS PRÓXIMOS SLIDES:
AYRES, J. R. C. M. Prevenção de agravos, promoção da saúde e redução de
vulnerabilidades. Clínica médica. Baueri: Manole, 2009. Disponível em
https://docplayer.com.br/49312680-Prevencao-de-agravos-promocao-da-saude-e-
reducao-de-vulnerabilidade-i-1-desenvolvimento-e-fundamentos-do-modelo-de-
historia-natural-da-doenca.html
PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO
(Prevenção Primária)

• PROMOÇÃO DA SAÚDE:
• Ações que incidem sobre melhorias gerais nas condições de vida de
indivíduos, famílias e comunidades, beneficiando a saúde e a qualidade
de vida de modo geral, obstaculizando um grande número de
diferentes processos patogênicos.
• Exemplos: Saneamento básico, com distribuição de água potável e
esgotamento sanitário; disposição e coleta de lixo adequada;
PROMOÇÃO DA SAÚDE
• Boas condições de moradia, nutrição, trabalho e transporte; acesso a
serviços, informações e insumos em educação, saúde, lazer e cultura;
controle da qualidade do ar, do nível de ruído, da radiação e de outras
fontes de poluição ambiental; regulação dos espaços públicos em relação
às segurança quanto a acidentes e violências; promoção e proteção dos
direitos humanos são exemplos de ações de promoção da saúde que, ao
longo do tempo, foram sendo incorporados às práticas de prevenção.
PROTEÇÃO ESPECÍFICA

A diferença é que aqui as ações são dirigidas a grupos específicos de


processos saúde-doença. As ações de proteção específica também
podem ser dirigidas primordialmente ao agente, ao hospedeiro ou ao
meio.
O exemplo clássico de ação preventiva para proteção específica é a
vacinação, Há um conjunto de vacinas que são recomendadas
rotineiramente e outras que podem ser necessárias apenas para grupos
específicos, como a vacina de febre amarela.
Continuação: PROTEÇÃO ESPECÍFICA

• Outra ação é a quimioprofilaxia, como a prescrição de isoniazida a alguns


contactantes de pacientes com tuberculose pulmonar, ou rifampicina para os
contactantes de doença meningocócica, ou de AZT para recém-nascidos de mães
infectadas pelo HIV, etc.
Continuação: PROTEÇÃO ESPECÍFICA

• Outras ações: combate aos criadouros domiciliares do Aedes aegypti


para o controle da dengue; o controle biológico das larvas dos
anopheles para a prevenção da malária; a fluoração da água para o
combate à cárie dentária; adição de iodo ao sal para combate do bócio
endêmico; a distribuição de camisinhas para a prevenção das doenças
sexualmente transmissíveis; fornecimento de material de injeção
descartável a usuários de drogas para reduzir a transmissão de aids e
hepatites;
Continuação: PROTEÇÃO ESPECÍFICA

• Controle de bancos de sangue para prevenir doenças transmitidas por sangue e


hemoderivados; medidas ergonômicas no ambiente de trabalho para reduzir a
ocorrência de acidentes; obrigatoriedade do uso do cinto de segurança para
redução de morbimortalidade em acidentes de trânsito; adoção de legislação
punitiva específica para coibir a violência doméstica; dentre tantas outras.
PERÍODO PATOLÓGICO OU PATOGÊNICO

• PREVENÇÃO SECUNDÁRIA:
• Atua já no período patogênico, isto é, nas situações onde o processo
saúde-doença já está instaurado. Ela visa, fundamentalmente, dois
objetivos. Um deles é propiciara melhor evolução clínica para os
indivíduos afetados, conduzindo ao máximo o processo para os
melhores desfechos, de preferência evitando a transposição do
horizonte clínico ou, pelo menos, minimizando a sintomatologia.
• O outro é interromper ou reduzir a disseminação do
problema a outras pessoas. Para atingir esses objetivos,
são definidos também dois níveis de prevenção de fase
secundária.
PERÍODO PATOGÊNICO OU PATOLÓGICO

• PREVENÇÃO SECUNDÁRIA:

• DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCE e

• LIMITAÇÃO DO DANO (ou LIMITAÇÃO DA INCAPACIDADE)


TRATAMENTO E DIAGNÓSTICO PRECOCE

• São os rastreamentos, ou screenings como exemplo a busca ativa e a realização


de exame bacterioscópico de escarro nos chamados sintomáticos respiratórios;
• Controle dos comunicantes intra e extradomiciliares de casos de TB e
Hanseníase;
• Papanicolaou; mamografia e exame físico das mamas;
• Dosagem de glicemia e colesterol, etc;
• Aferição da pressão arterial em adultos.
PERÍODO PATOGÊNICO OU
PATOLÓGICO

PREVENÇÃO
SECUNDÁRIA:

DIAGNÓSTICO E LIMITAÇÃO DO DANO


TRATAMENTO (ou LIMITAÇÃO DA
PRECOCE e INCAPACIDADE)
TRATAMENTO E DIAGNÓSTICO PRECOCE

Detecção precoce como um


termo abrangente que envolve
a detecção de um processo
patológico, podendo ser
realizada por duas ações
distintas, diagnóstico precoce
e o rastreamento:
Cabe ressaltar que o Caderno
de Atenção Básica nº 2 define:
Diagnóstico precoce: que é a
realização de exames
Baciloscopia de escarro para
indicados por protocolos para
sintomáticos respiratórios, na
indivíduos que apresentem
busca da tuberculose
sinais e sintomas de uma
pulmonar.
determinada doença. Como
exemplo:
DETECÇÃO PRECOCE

Rastreamento: Por
outro lado, o
rastreamento ou
screnning é quando Exemplo: exame de
através de protocolos próstata,
ou programas Papanicolaou, teste
organizados de glicemia em
realizamos exames pessoas a partir dos
em indivíduos que 40 anos.
não apresentam
sinais e sintomas da
doença.
PONDERAÇÕES:

Ao analisarmos as obras literárias


de Leavell e Clark não há
referência ao rastreamento, por
toda via, há de se salientar que tal
termo vem sendo abordado na
medicina com muita ênfase nas
últimas décadas.
PONDERAÇÕES: RASTREAMENTO...

A doença precisa ter um longo


período assintomática,

Contribuições da detecção
Para justificar o
nessa fase no prognóstico, o
rastreamento de
uma patologia rastreamento
deve se levar em
conta vários
Possibilidade de tratamento seria mais
critérios:
com prognóstico melhor se
detectada precocemente pelo amplo e com
rastreamento, mais testes.
Mínimo invasivo possível e o
custo pois diferente do
diagnóstico precoce que fará em
um grupo restrito com sinais e
sintomas,
LIMITAÇÃO DE INCAPACIDADE OU LIMITAÇÃO DE
INCAPACIDADES

• Refere-se às medidas aplicadas aos casos que já ultrapassaram o


horizonte clínico, encontrando-se o processo de adoecimento
plenamente instalado. O impacto das ações de prevenção neste nível
tende a ser menor, mas nem por isto menos relevantes. Aqui o objetivo é
cuidar dos casos com o mais eficazes e adequados recursos para que o
curso clínico possa tender, ao máximo possível, para a cura total ou com
poucas sequelas, ou reduzir e retardar ao máximo as complicações
clínicas.
LIMITAÇÃO DE INCAPACIDADE

• Nos casos de condições crônicas (como hipertensão primária, diabetes mellitus,


certos distúrbios mentais) ou cronificadas com recurso a suportes terapêuticos
(como a aids ou algumas doenças autoimunes). Assim, um cuidado integral, de
natureza interdisciplinar, de alta qualidade técnica, sensível às necessidades e
condições físicas, emocionais e sociais dos indivíduos, famílias e comunidades.
PREVENÇÃO TERCIÁRIA

• Refere-se, finalmente, ao momento em que o processo saúde doença


alcançou um termo final ou uma forma estável de longo prazo, a cura
com sequelas ou a cronificação, as quais também reclamam cuidados
preventivos específicos. Neste plano, o objetivo é conseguir que as
limitações impostas pela condição provoca da pelo adoecimento ou
agravo prejudiquem o mínimo possível o cotidiano e a qualidade de
vida das pessoas, famílias e comunidades afetadas.
PREVENÇÃO TERCIÁRIA

• O alcance deste objetivo requer esforços que podem passar por


medidas de reabilitação física, como no caso de restrições funcionais,
sequelas neuro-motoras ou necessidade de uso de próteses; apoios de
caráter psicoemocional, como em mutilações físicas, alterações
psicomotoras ou dificuldades emocionais que interfiram com a
autoimagem, a identidade, o equilíbrio mental ou a sociabilidade dos
afetados;
PREVENÇÃO TERCIÁRIA

• Até apoios de alcance social, como readaptação no trabalho, apoio


previdenciário, ajustes no ambiente doméstico, suporte jurídico contra
ações discriminatórias etc.
• Como se vê, qualidade de vida é a expressão chave aqui, e
INTERDISCIPLINARIDADE E INTERSETORIALIDADE são os
meios indispensáveis para que se alcance esse ideal.
OUTROS TIPOS DE PREVENÇÃO (ALÉM DA
PREVENÇÃO PRIMÁIRA, SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA
DE LEAVELL E CLARK)
• PREVENÇÃO ESTRUTURAL
• PREVENÇÃO PRIMORDIAL
• PREVENÇÃO QUATERNÁRIA
• Links para Leituras:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2996950/mod_resource/content/1/
texto%20sobre%20niveis%20de%20preven-epi%20graduac%C3%A3o.pdf
Prevenção Quartenária
Na década de 1990, Marc Jamoulle desenvolveu o conceito
de prevenção quaternária, que está descrito no dicionário da
Organização Mundial dos Médicos de Família (WONCA) como
"ação feita para identificar um paciente em risco de
supermedicalização, para protegê-lo de uma nova invasão médica
e sugerir a ele intervenções eticamente aceitáveis" (GUSSO, 2009)
http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_casos_complexos/unidade25/tema_01b.htm
No artigo “A incerteza, a consulta, a medicina centrada na pessoa e os riscos” de Sérgio Gustavo GUSSO
http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_casos_complexos/unidade25/tema_01b.htm
1973 – Lamfraboise – propôs a Teoria do Campo de Saúde
1974 – RELATÓRIO LALONDE (CANADÁ)
(A New Perspective on the Health of Canadians)

CONCEITO - CAMPO DE SAÚDE – DETERMINANTES DE SAÚDE – 4 AMPLOS


COMPONENTES:
• BIOLOGIA HUMANA – 17%
• AMBIENTE – 20%
• ESTILO DE VIDA – 53%
• ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE – 10%
(CARVALHO, 2010)
Becke (2001)
http://portalteses.icict.fiocruz.br/transf.php?script=thes_chap&id=00004002&lng=pt

A título de ilustração, mencionamos o clássico estudo de Dever,


publicado dois anos após o Informe Lalonde (apud Carvalho, 1996), que
utilizando as categorias do Campo da Saúde, estabeleceu a contribuição
de cada uma delas para a mortalidade nos Estados Unidos. Estilos de
vida e meio ambiente contribuíam respectivamente com 43% e 19%,
mas receberam apenas 1,2% e 1,7% dos recursos federais investidos em
saúde; sendo que 91% ficaram com os serviços de saúde.
DECLARAÇÃO DE ALMA ATA- 1978
OBJETIVO: SAÚDE PARA TODOS NO ANO 2000
• CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE CUIDADOS PRIMÁRIOS DE
SAÚDE Alma-Ata, URSS, 6-12 de setembro de 1978
• LER OBRIGATORIAMENTE:
http://cmdss2011.org/site/wp-content/uploads/2011/07/Declara%C3%A7%C3%A3o-Alma-Ata.pdf
CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE...
DÉCADO DE 80, 90 e 2000.

I CONFERÊNCIA – CARTA DE OTTAWA – 1986 –


PROMOÇÃO DA SAÚDE FOI DEFINIDA:
“É O PROCESSO DE CAPACITAÇÃO DA COMUNIDADE PARA ATUAR NA
MELHORIA DA SUA QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE, INCLUINDO UMA
MAIOR PARTICIPAÇÃO NO CONTROLE DESSE PROCESSO”.
Carta de Ottawa
PRÉ-REQUISITOS PARA A SAÚDE
As condições e os recursos fundamentais para a saúde são: Paz – Habitação – Educação – Alimentação
– Renda - ecossistema estável – recursos sustentáveis - justiça social e equidade O incremento nas
condições de saúde requer uma base sólida nestes pré requisitos básicos.
DEFESA DE CAUSA
A saúde é o maior recurso para o desenvolvimento social, econômico e pessoal, assim como uma
importante dimensão da qualidade de vida. Fatores políticos, econômicos, sociais, culturais,
ambientais, comportamentais e biológicos podem tanto favorecer como prejudicar a saúde. As ações de
promoção da saúde objetivam, através da defesa da saúde, fazer com que as condições descritas sejam
cada vez mais favoráveis
Ressaltar que:
• Vários desses pré-requisitos de Saúde já tinham sido discutidos na 8º Conferência
Nacional de Saúde, em março de 1986, como fatores determinantes e
condicionantes de saúde, portanto, antes mesmo dessa I Conferência Internacional
de Promoção da Saúde, que ocorreu em novembro de 1986, em Ottawa, Capital
do Canadá.
Relatório Final da 8º Conferência Nacional de Saúde – março de 1986
Eixo: Saúde como Direito
5 – Deste conceito amplo de saúde e desta noção de direito como conquista social, emerge a ideia que o pleno
exercício do direito à saúde implica em garantir:
Dessa forma no Artigo 3º da Lei 8080/1990 (Lei Orgânica da Saúde que
regulamentou o SUS) a saúde foi definida como sendo:
CAMPOS DE AÇÃO:
1- Construção de Políticas Públicas Saudáveis;
2- Criação de Ambientes Favoráveis;
3- Reforço de Ação Comunitária;
4- Desenvolvimento de Habilidades Pessoais e
5 – Reorientação dos Serviços de Saúde.
II Conferência – Declaração Adelaide (Austrália) - 1988

4 ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA PROMOVER AÇÕES IMEDIATAS DE POLÍTICAS


PÚBLICAS SAUDÁVEIS:

• APOIO À SAÚDE DA MULHER,


• ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO,
• TABACO E ÀLCOOL,
• CRIAÇÃO DE AMBIENTES FAVORÁVEIS.
III Conferência – Declaração SUNDSWAL (Suécia) - 1991

ENFOQUE PRINCIPAL FOI NA INTERDEPENDÊNCIA DE AMBIENTE E


SAÚDE.
AMBIENTES FAVORÁVEIS OU AMBIENTES SAUDÁVEIS:
FÍSICOS, SOCIAIS, CULTURAL, ECONÔMICOS E POLÍTICOS MAIS
FAVORÁVEIS Á SAÚDE....
IV CONFERÊNCIA – DECLARAÇÃO JAKARTA
(Indonésia) – 1997
(Promoção da Saúde no Século XXI)

PRINCIPAL ENFOQUE FOI O REFORÇO DA AÇÃO COMUNITÁRIA


• O EMPOWERMENT – EMPODERAMENTO DAS PESSOAS;
E para alcançar isso:

• ACESSO Á EDUCAÇÃO E À INFORMAÇÃO


(promover a responsabilidade social com a saúde, aumentar os investimentos, expandir parcerias -
intersetorialidade, fortalecer os indivíduos, assegurar infraestrutura para a promoção da saúde).
V Conferência – México - 2000

• Promoção da Saúde: Rumo a Maior Equidade”.


Reconheceu a responsabilidade dos governantes nas políticas de saúde,
assim como a necessidade do compartilhamento dessas estratégias entre
todos os setores sociais.
VI CONFERÊNCIA – Bangkok (Tailândia) - 2005

“Promoção da Saúde num Mundo Globalizado”

• A Carta de Bangkok se dirigiu a todas as organizações responsáveis pela manutenção dos objetivos de
saúde, e defendeu como requisito do desenvolvimento global as políticas e alianças capazes de capacitar
as comunidades para a melhoria social, além de reafirmar os valores e estratégias da Carta de Ottawa.
VII Conferência Nairobi (Quênia) - 2009

Tema 1 - Capacitação da comunidade necessariamente aborda


determinantes sociais, culturais, políticos e econômicos que sustentam a
saúde, e pretende estabelecer parcerias com outros setores na busca de
soluções.
Tema 2 - Alfabetização em Saúde
Tema 3 - Reforços dos sistemas de saúde Promoção da saúde requer um
sistema de saúde que funcione bem;
Tema 4 - Parcerias e ações intersetoriais.
VIII CONFERÊNCIA DE HELSINQUE (FINLÂNDIA) - 2013

• Saúde em Todas as Políticas (OMS, 2013) e através da mesma é firmado um


compromisso entre os governos, entidades e membros participantes para com a
equidade em saúde e a saúde em todas as políticas. Desse modo, a equidade é
enfatizada, sendo definida em Helsinki enquanto expressão da justiça social. A
saúde é apresentada como responsável por melhorar a qualidade de vida, aumentar
a capacidade de aprendizagem, fortalecer famílias e comunidades e melhorar a
produtividade da força de trabalho. Afirma que políticas equitativas ampliam
níveis de saúde, reduzem a pobreza e promovem inclusão social e segurança.
IX CONFERÊNCIA XANGAI (CHINA) 2016

• A Declaração de Xangai sobre Promoção da Saúde, que se compromete a fazer


escolhas políticas audaciosas para saúde, enfatizando as ligações entre saúde,
bem-estar e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável das Nações
Unidas e seus OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL;
• Fonte: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5298:lideres-globais-concordam-em-promover-saude-
para-alcancar-objetivos-do-desenvolvimento-sustentavel&Itemid=875
Essa Declaração...
• Destaca a necessidade de as pessoas poderem controlar sua própria
saúde - de estarem em posição de escolherem um estilo de vida
saudável. Observando a necessidade de ações políticas em diversos
setores e regiões, o documento ressalta o papel da boa governança e da
alfabetização em saúde na melhoria da saúde, bem como o importante
papel desempenhado pelas autoridades municipais e pelas
comunidades.

Fonte: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5298:lideres-globais-concordam-em-promover-saude-para-alcancar-objetivos-do-
desenvolvimento-sustentavel&Itemid=875
HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE
• PORTARIA Nº 687 MS/GM, DE 30 DE MARÇO DE 2006 (Já revogada);

• PORTARIA Nº 2.446, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2014 revogada pela

• PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 2 DE 27 DE SETEMBRO DE


2017. Consolidação das normas sobre as políticas nacionais de saúde do
Sistema Único de Saúde.
PORTARIA Nº 687 MS/GM, DE 30 DE MARÇO DE 2006
POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt0687_30_03_2006.html
Ações específicas:
• Alimentação saudável;
• Prática corporal/atividade física;
• Prevenção e controle do tabagismo;
• Redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas;
• Redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito;
• Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz; e
• Promoção do desenvolvimento sustentável
PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 2 DE 28 DE SETEMBRO DE 2017
ANEXO I
Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) (Origem: PRT MS/GM 2446/2014)
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ART. 3º SÃO VALORES FUNDANTES NO PROCESSO DE EFETIVAÇÃO DA PNPS:


I - A SOLIDARIEDADE, entendida como as razões que fazem sujeitos e coletivos nutrirem solicitude para com o
próximo, nos momentos de divergências ou dificuldades, construindo visão e metas comuns, apoiando a resolução
das diferenças, contribuindo para melhorar a vida das pessoas e para formar redes e parcerias;
II - A FELICIDADE, enquanto auto-percepção de satisfação, construída nas relações entre sujeitos e coletivos, que
contribui na capacidade de decidir como aproveitar a vida e como se tornar ator partícipe na construção de projetos e
intervenções comuns para superar dificuldades individuais e coletivas a partir do reconhecimento de potencialidades;
III - A ÉTICA, a qual pressupõe condutas, ações e intervenções sustentadas pela valorização e defesa da vida, sendo
pautadas para o bem comum, com dignidade e solidariedade;
IV - O RESPEITO ÀS DIVERSIDADES, que reconhece, respeita e explicita as diferenças entre sujeitos e
coletivos, abrangendo as diversidades étnicas, etárias, de capacidade, de gênero, de orientação sexual, entre
territórios e regiões geográficas, dentre outras formas e tipos de diferenças que influenciam ou interferem nas
condições e determinações da saúde;
PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 2 DE 28 DE SETEMBRO DE 2017
ANEXO I
Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) (Origem: PRT MS/GM 2446/2014)
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V - A HUMANIZAÇÃO, enquanto elemento para a evolução do homem, por meio da interação com o
outro e seu meio, com a valorização e aperfeiçoamento de aptidões que promovam condições melhores
e mais humanas, construindo práticas pautadas na integralidade do cuidado e da saúde;
VI - A CORRESPONSABILIDADE, enquanto responsabilidades partilhadas entre pessoas ou
coletivo, onde duas ou mais pessoas compartilham obrigações e/ou compromissos;
VII - A JUSTIÇA SOCIAL, enquanto necessidade de alcançar repartição equitativa dos bens sociais,
respeitados os direitos humanos, de modo que as classes sociais mais desfavorecidas contem com
oportunidades de desenvolvimento; e
VIII - A INCLUSÃO SOCIAL, que pressupõe ações que garantam o acesso aos benefícios da vida em
sociedade para todas as pessoas, de forma equânime e participativa, visando à redução das iniquidades.
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ANEXO I
Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) (Origem: PRT MS/GM 2446/2014)
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ART. 4º A PNPS ADOTA COMO PRINCÍPIOS:


I - A EQUIDADE, quando baseia as práticas e as ações de promoção de saúde, na distribuição igualitária de oportunidades, considerando
as especificidades dos indivíduos e dos grupos;
II - A PARTICIPAÇÃO SOCIAL, quando as intervenções consideram a visão de diferentes atores, grupos e coletivos na identificação de
problemas e solução de necessidades, atuando como corresponsáveis no processo de planejamento, de execução e de avaliação das ações;
III - A AUTONOMIA, que se refere à identificação de potencialidades e ao desenvolvimento de capacidades, possibilitando escolhas
conscientes de sujeitos e comunidades sobre suas ações e trajetórias;
IV - O EMPODERAMENTO, que se refere ao processo de intervenção que estimula os sujeitos e coletivos a adquirirem o controle das
decisões e das escolhas de modos de vida adequado às suas condições sócio-econômico-culturais;
V - A INTERSETORIALIDADE, que se refere ao processo de articulação de saberes, potencialidades e experiências de sujeitos, grupos e
setores na construção de intervenções compartilhadas, estabelecendo vínculos, corresponsabilidade e cogestão para objetivos comuns;
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ANEXO I
Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) (Origem: PRT MS/GM 2446/2014)
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VI - A INTRASSETORIALIDADE, que diz respeito ao exercício permanente da desfragmentação das ações e serviços ofertados por
um setor, visando à construção e articulação de redes cooperativas e resolutivas;

VII - A SUSTENTABILIDADE, que diz respeito à necessidade de permanência e continuidade de ações e intervenções, levando em
conta as dimensões política, econômica, social, cultural e ambiental;

VIII - A INTEGRALIDADE, quando as intervenções são pautadas no reconhecimento da complexidade, potencialidade e


singularidade de indivíduos, grupos e coletivos, construindo processos de trabalho articulados e integrais; e

IX - A TERRITORIALIDADE, que diz respeito à atuação que considera as singularidades e especificidades dos diferentes territórios
no planejamento e desenvolvimento de ações intra e intersetoriais com impacto na situação, nos condicionantes e nos determinantes da
saúde neles inseridos, de forma equânime.
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Art. 5º SÃO DIRETRIZES DA PNPS:


I - o estímulo à cooperação e à articulação intra e intersetorial para ampliar a atuação sobre determinantes e
condicionantes da saúde;
II - o fomento ao planejamento de ações territorializadas de promoção da saúde, com base no reconhecimento de
contextos locais e respeito às diversidades, para favorecer a construção de espaços de produção social, ambientes
saudáveis e a busca da equidade, da garantia dos direitos humanos e da justiça social;
III - incentivo à gestão democrática, participativa e transparente, para fortalecer a participação, o controle social e a
corresponsabilidade de sujeitos, coletividades, instituições e esferas governamentais e sociedade civil;
IV - ampliação da governança no desenvolvimento de ações de promoção da saúde que sejam sustentáveis nas
dimensões política, social, cultural, econômica e ambiental;
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V - estimulo à pesquisa, à produção e à difusão de experiências, conhecimentos e evidências que apoiem a tomada
de decisão, a autonomia, o empoderamento coletivo e a construção compartilhada de ações de promoção da saúde;
VI - apoio à formação e à educação permanente em promoção da saúde para ampliar o compromisso e a capacidade
crítica e reflexiva dos gestores e trabalhadores de saúde, bem como o incentivo ao aperfeiçoamento de habilidades
individuais e coletivas, para fortalecer o desenvolvimento humano sustentável;
VII - incorporação das intervenções de promoção da saúde no modelo de atenção à saúde, especialmente no
cotidiano dos serviços de atenção básica em saúde, por meio de ações intersetoriais; e
VIII - organização dos processos de gestão e planejamento das variadas ações intersetoriais, como forma de
fortalecer e promover a implantação da PNPS na RAS, de modo transversal e integrado, compondo compromissos e
corresponsabilidades para reduzir a vulnerabilidade e os riscos à saúde vinculados aos determinantes sociais.
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Art. 6º A PNPS TEM POR OBJETIVO GERAL promover a equidade e a melhoria das condições e modos de
viver, ampliando a potencialidade da saúde individual e da saúde coletiva, reduzindo vulnerabilidades e riscos à
saúde decorrentes dos determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais.
ART. 7º SÃO OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA PNPS:
I - estimular a promoção da saúde como parte da integralidade do cuidado na RAS, articulada às demais redes de
proteção social;
II - contribuir para a adoção de práticas sociais e de saúde centradas na equidade, na participação e no controle
social, visando reduzir as desigualdades sistemáticas, injustas e evitáveis, com respeito às diferenças de classe
social, de gênero, de orientação sexual e identidade de gênero, entre gerações, étnico-raciais, culturais, territoriais e
relacionadas às pessoas com deficiências e necessidades especiais;
III - favorecer a mobilidade humana e a acessibilidade e o desenvolvimento seguro, saudável e sustentável;
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ANEXO I
Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) (Origem: PRT MS/GM 2446/2014)
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IV - promover a cultura da paz em comunidades, territórios e Municípios;


V - apoiar o desenvolvimento de espaços de produção social e ambientes saudáveis, favoráveis ao desenvolvimento
humano e ao bem-viver;
VI - valorizar os saberes populares e tradicionais e as práticas integrativas e complementares;
VII - promover o empoderamento e a capacidade para tomada de decisão e a autonomia de sujeitos e coletividades
por meio do desenvolvimento de habilidades pessoais e de competências em promoção e defesa da saúde e da vida;
VIII - promover processos de educação, formação profissional e capacitação específicas em promoção da saúde, de
acordo com os princípios e valores expressos nesta Portaria, para trabalhadores, gestores e cidadãos;
IX - estabelecer estratégias de comunicação social e mídia direcionadas ao fortalecimento dos princípios e ações
em promoção da saúde e à defesa de políticas públicas saudáveis;
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ANEXO I
Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) (Origem: PRT MS/GM 2446/2014)
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X - estimular a pesquisa, produção e difusão de conhecimentos e estratégias inovadoras no âmbito das


ações de promoção da saúde;
XI - promover meios para a inclusão e qualificação do registro de atividades de promoção da saúde e da
equidade nos sistemas de informação e inquéritos, permitindo análise, monitoramento, avaliação e
financiamento das ações;
XII - fomentar discussões sobre modos de consumo e produção que estejam em conflito de interesses com
os princípios e valores da promoção da saúde e que aumentem vulnerabilidades e riscos à saúde; e
XIII - contribuir para a articulação de políticas públicas inter e intrassetoriais com as agendas nacionais e
internacionais.
DETERMINANTES SOCIAIS EM SAÚDE
(DSS)
REFERÊNCIAS PARA LEITURAS OBRIGATÓRIAS:
https://www.scielo.br/pdf/physis/v17n1/v17n1a06.pdf
https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/
3332/1/2mod_conc_saude_2016.pdf
Determinantes e Condicionantes de Saúde
Modelo de Göran Dahlgren e Margareth Whitehead, ambos da
Universidade de Liverpool (Inglaterra)
Vamos descrever cada uma das camadas:
• Primeira Camada: Determinantes individuais – Idade, sexo e fatores hereditários que exercem
influência sobre a capacidade de um indivíduo tem ter saúde. Por exemplo, doenças como
hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2 tendem a surgir devido á fatores genéticos
combinados com outros fatores;
• Segunda Camada: Comportamento e estilos de vida. Por exemplo, a hipertensão arterial
sistêmica têm um fator hereditário, no entanto depende do estilo de vida para iniciar a doença.
Aqui é evidenciado o livre-arbítrio que pode levar ao adoecimento ou não.
• Terceira Camada: Redes sociais e comunitárias. 
• Quarta camada: Fatores relacionados com as condições de vida e de trabalho: disponibilidade
de alimentos e acesso aos serviços essenciais como a saúde e educação.
• Quinta Camada: Macrodeterminantes relacionados às condições econômicas, culturais e
ambientais da sociedade e que possuem grande influência sobre as demais camadas.
 (BUSS, FILHO, 2007).
DIANTE DO EXPOSTO...
PREVENÇÃO DE AGRAVOS OU DOENÇAS NÃO É SINÔNIMO DE
PROMOÇÃO DA SAÚDE PORQUE EXIGE A PARTICIPAÇÃO DA
COMUNIDADE COM MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA E
ATUAÇÃO SOBRE OS FATORES DETERMINANTES E
CONDICIONANTES DE SAÚDE....
Principais Referências

• BRASIL. Ministério da Saúde. Projeto Promoção da Saúde. Cartas de promoção da saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
• BRASIL. Lei Federal nº 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação
da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Disponível em <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm>
• BUSS, P.; FILHO, Alberto. A saúde e seus determinantes sociais. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1,
abril, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br>.
• CZERESNIA, D.; FREITAS, C. M. (Orgs.) Promoção da saúde: conceitos, reflexões e tendências. Rio de Janeiro: FIOCRUZ,
2003.
• SERRA, R. M.; SANTOS, L. L.; FABBRO, A. M. D.; PASSOS, A. D. C. Promoção da saúde e prevenção de doenças. In:
FORSTER, A.C.; FERREIRA, J.B.B.; VICENTINE, F.B. Atenção à saúde da comunidade no âmbito da atenção primária à saúde
na FMRP-USP. Ribeirão Preto: FUNPEC, 2017. Cap. 9. p. 153-171 (prioritariamente da p. 153 a 164). Disponível em
http://rms.fmrp.usp.br/upload/file/Atencao_a_Saude_da_Comunidade.pdf
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