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HIDRODINÂMICA
Nova Mutum - MT
HIDRODINÂMICA
Vamos agora deduzir uma Figura 3 - Um fluido escoa da esquerda para a direita com
expressão que relaciona v e A no vazão constante por um segmento de tubo de comprimento L. A
caso do escoamento laminar de um velocidade do fluido é v1 no lado esquerdo e v2 no lado direito.
A área de seção reta é A1 no lado esquerdo e A2 no lado direito.
fluido ideal em um tubo de seção
Do instante t em (a) até o instante t + Δt em (b), a quantidade de
reta variável, como o da Fig. 3. fluido mostrada em cor violeta entra do lado esquerdo e uma
quantidade igual, mostrada em cor verde, sai do lado direito.
A EQUAÇÃO DE CONTINUIDADE
Como o fluido é incompressível, um volume igual ΔV do fluido (o volume verde na Fig. 3)
deve sair pela extremidade direita.
Podemos usar esse volume ΔV comum às duas extremidades para relacionar as velocidades e
áreas. Para isso, consideramos primeiramente a Fig. 4, que mostra uma vista lateral de um
tubo de seção reta uniforme de área A.
Figura 4 - Um fluido escoa com velocidade v constante em um tubo cilíndrico. (a) No instante t, o elemento do fluido e está
prestes a passar pela reta tracejada. (b) No instante t + Δt, o elemento e está a uma distância Δx = vΔt da reta tracejada.
A EQUAÇÃO DE CONTINUIDADE
Na Fig. 4a, um elemento e do fluido está prestes a passar pela reta tracejada perpendicular ao
eixo do tubo. Se a velocidade do elemento é v, durante um intervalo de tempo Δt o elemento
percorre uma distância Δx = vΔt ao longo do tubo. O volume ΔV do fluido que passa pela
reta tracejada durante o intervalo de tempo Δt é:
(01)
Quando aplicamos a Eq. (01) às duas extremidades do segmento de tubo da Fig. 3, temos:
(02)
ou
(03) (Equação da continuidade)
Essa relação entre velocidade e área da seção reta é chamada de equação de continuidade para
o escoamento de um fluido ideal.
A EQUAÇÃO DE CONTINUIDADE
De acordo com a Eq. (03), a velocidade do escoamento aumenta quando a área da seção reta
pela qual o fluido escoa é reduzida, como acontece quando fechamos parcialmente o bico de
uma mangueira de jardim com o polegar.
A Eq. (03) se aplica não só a um tubo real, mas também a qualquer tubo de fluxo, um tubo
imaginário formado por um feixe de linhas de fluxo. Um tubo de fluxo se comporta como um
tubo real porque nenhum elemento do fluido pode cruzar uma linha de fluxo; assim, todo o
fluido contido em um tubo de fluxo permanece indefinidamente no interior do tubo.
A Fig. 5 mostra um tubo de fluxo no qual a área de seção reta aumenta de A 1 para A2 no sentido
do escoamento. Com base na Eq. (03), com o aumento da área, a velocidade diminui, como
mostra o espaçamento maior das linhas de fluxo no lado direito da Fig. 5.
A EQUAÇÃO DE CONTINUIDADE
De modo semelhante, o menor espaçamento das linhas de fluxo na Fig. 5 revela que a
velocidade de escoamento é maior logo acima e logo abaixo do cilindro.
Em que é a vazão do fluido (volume que passa por uma seção reta por unidade de tempo). A
unidade de vazão do SI é o metro cúbico por segundo (m3/s).
A EQUAÇÃO DE CONTINUIDADE
De acordo com a Eq. (05), a massa que entra no segmento de tubo da Fig. 5 por segundo é
igual à massa que sai do segmento por segundo.
Exemplo 1: Largura do jato de água de uma torneira
A figura abaixo mostra que o jato de água que sai de uma torneira fica progressivamente mais
fino durante a queda. Essa variação da seção reta horizontal é característica de todos os jatos de
água laminares (não turbulentos) descendentes porque a força gravitacional aumenta a
velocidade da água. As áreas das seções retas indicadas são A0 = 1,2 cm2 e A = 0,35 cm2. Os
dois níveis estão separados por uma distância vertical h = 45 mm. Qual é a vazão da torneira?
Solução: A vazão na seção reta maior é igual à vazão na seção reta menor.
Cálculos: De acordo com a Eq. (03), temos:
(x)
Em que v0 e v são as velocidades da água nos níveis correspondentes a A0 e A. Já que a água
cai livremente com aceleração g, também podemos escrever como:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788521632054/epubcfi/6/26[%3Bvnd.
vst.idref%3Dchapter02]!/
4/206/17:67[tes%2C%20pa
(XX)
Combinando as Eqs. (x) e (XX) para eliminar v e explicitando v0, obtemos
Elevando os dois lados da equação (x) ao quadrado e isolando , temos:
(xxx)
Igualando as equações (xx) e (xxx), temos:
Igualando as equações (xx) e (xxx), temos: (XX) (xxx)
Isolando :
= 28,6 cm/s
De acordo com a equação (4) calculamos a vazão,
A vazão da torneira é de
A EQUAÇÃO DE BERNOULLI
O termo é chamado de energia cinética específica (energia cinética por unidade de volume) do
fluido. A Eq. (06) também pode ser escrita na forma:
Entretanto, uma vez que não conhecemos as duas velocidades, não podemos calcular a
partir dessa equação.
(2) Como o escoamento é laminar, podemos aplicar a equação de Bernoulli. De acordo
com a Eq. (06), temos:
Solução:
(1) A situação descrita é equivalente à da água descendo
com velocidade v0 por um tubo largo de seção reta A
(o tanque) e depois se movendo (horizontalmente)
com velocidade v em um tubo estreito de seção reta a
(o furo).
(2) Como toda a água que passa pelo cano largo passa
também pelo cano estreito, a vazão é a mesma nos
dois “canos”.
(3) (3) Podemos também relacionar v a v0 (e a h) por
meio da equação de Bernoulli.
Cálculos: De acordo com a equação da continuidade
E portanto
O alto da caixa d’água é representado pelo lado esquerdo da equação e o furo pelo lado
direito. O zero do lado direito indica que o furo está no nível de referência
Continuação
Como v0 ≪ v para simplificar, vamos supor que ,
Essa é a mesma velocidade que um objeto adquire ao cair de uma altura h a partir do
repouso.
EXERCÍCIOS
1. Em um tubo recurvado, com diâmetro 2. O medidor de venture mostrado na
D1 = 125 mm no ponto 1, tem-se pressão figura abaixo reduz o diâmetro da
efetiva de p1 = 1,9 Kgf/cm2, assinalada no tubulação de 10 para um mínimo de 5 cm.
manômetro M. Pela extremidade 2, onde o Calcule a velocidade e a vazão no ponto 1,
diâmetro se reduz para D2 = 100 mm, supondo condições ideais (sem perdas e
com escoamento uniforme). Dados: ∆P/ γ
descarregaram-se 23,6 litros/s de água na
= 15,12 m. A1 = π.(D1)2/4 e A2 = π.(D2)2/4.
atmosfera. Calcular a perda de carga entre
1 e 2. Dados ρ = 1000 kg/m3 e g = 9,81
m/s2.
EXERCÍCIOS
3. No Venturi da figura abaixo, água escoa 4. Encontre uma relação entre a velocidade
como fluido ideal. A área na seção (1) é de descarga do bocal, V2, e a altura h da
3,10 in2 enquanto que a da seção (2) é 1,55 superfície livre do reservatório. Considere
in2. Um manômetro cujo fluido escoamento permanente e sem atrito.
manométrico é mercúrio (γHg = 13600
kgf/m3) é ligado entre as seções (1) e (2) e
indica um desnível “h” de 10 cm. Dado:
γH2O = 1000 kgf/m3. Pede-se:
a)As velocidades nos ponto (1) e (2).
b)A vazão de água em m3/s.
EXERCÍCIOS
5. Um líquido de peso específico de 9111 6. Ar escoa em regime permanente e á
N/m3 escoa por gravidade através de um baixa velocidade através de um bocal
tanque de 30 cm e um tubo capilar de 30 horizontal, descarregando livremente para
cm com uma vazão de 4,25 l/h, como a atmosfera. A área do bocal de entrada é
mostra na figura. As seções 1 e 2 estão à 0,1 m2 . No bocal de saída a área é 0,02 m2.
pressão atmosférica. Desprezando os Determine a pressão manométrica
efeitos de entrada, calcule a velocidade no necessária na entrada do bocal para
ponto 2. produzir uma velocidade de saída de 50
m/s. Dado: ρar = 1,23 kg/m3
EXERCÍCIOS
7. Um tubo U atua como um sifão d`água. A curva 8. Água escoa sob uma comporta num leito
no tubo está 1 m acima da superfície da água; a horizontal na entrada de um canal. À
saída do tubo está a 7 metros abaixo. O fluido sai montante da comporta, a profundidade da
pela extremidade inferior do sifão como um jato água é de 1,5 ft e a velocidade é
livre, a pressão atmosférica. Se o escoamento é desprezível. Na vena contracta (seção mais
sem atrito, determine (após listar as considerações
contraída do escoamento) à jusante da
necessárias) a velocidade do jato e a pressão do
fluido na curva. Considere o reservatório é muito
comporta, as linhas de corrente são
grande em comparação com o tubo. retilíneas e a profundidade é 2 in.
Determine a velocidade do escoamento à
jusante da comporta.
BIBLIOGRAFIA
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