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A Constituição brasileira estabelece que cabe ao poder público, com o apoio da comunidade, a
proteção, preservação e gestão do Patrimônio Histórico e Artístico do país.
O órgão federal que possui essa atribuição é Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional – IPHAN, do Ministério da Cultura.
No âmbito estadual, a SECULT, através da Coordenação de Registro e Conservação, é o
agente público responsável pelas políticas de preservação do patrimônio.
Patrimônio Imaterial: breve definição
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ FAÇO saber que o Poder Legislativo e eu sanciono a seguinte
Lei:
CAPÍTULO I
Disposições Preliminares
Art. 1º - O Patrimônio Cultural do Estado do Piauí é constituído pelos bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos
diferentes grupos formadores da comunidade piauiense e que, por qualquer forma de proteção, prevista em Lei,
venham a ser reconhecidos como valor cultural, visando à sua preservação.
Parágrafo Único – Integram, ainda, o Patrimônio Cultural do Estado, nos termos desta Lei, o entorno dos
bens tombados, os bens declarados de relevante interesse da cultura e as manifestações culturais existentes.
Art. 2º - Os bens e as manifestações de que trata esta Lei poderão ser de qualquer natureza, origem ou
procedência, tais como: históricos, arquitetônicos, ambientais, naturais, paisagísticos, arqueológicos,
museológicos, etnográficos, arquivísticos, bibliográficos, documentais ou quaisquer outros de interesse das
demais artes ou ciências.
§ 1º - Na identificação dos bens a serem protegidos pelo Governo do Estado levar-se-ão em conta os
aspectos cognitivos, estéticos ou afetivos que estes tenham para a comunidade.
§ 2º - Cabe à comunidade participar da preservação do patrimônio cultural, zelando pela sua proteção e
conservação.
CAPÍTULO V
Da Declaração de Relevante Interesse Cultural
Art. 29º - Quando o bem ou manifestação cultural se revestir de especial valor e, pela sua natureza ou
especificidade, não se prestar a proteção, pelo tombamento, o Governador do Estado poderá declara-lo de
relevante interesse cultural.
Parágrafo Único – A declaração de relevante interesse cultural do bem ou manifestação cultural exigirá
medidas especiais de proteção, por parte do Governo do Estado, seja mediante condições e limitações do seu
uso, gozo ou disposição, seja pelo aporte de recursos públicos, de qualquer ordem.
Art. 30º - As medidas de proteção, determinadas pelo Governo do Estado, visarão a possibilitar a melhor
forma de permanência do bem ou manifestação cultural, com suas características e dinâmicas próprias,
resguardando-lhes a integridade e a expressividade.
Art. 31º - O processo de declaração de relevante interesse cultural de bem ou de manifestação cultural será
instruído tecnicamente pelo Departamento do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural da Fundação Cultural e
encaminhado ao Conselho Estadual de Cultura, para deliberação.
Art. 34º - Declarados de relevante interesse cultural, bens ou manifestações, ainda que de natureza privada,
poderão receber estímulos fiscais, investimentos ou aportes de recursos públicos, desde que estes sejam
necessários à sua proteção, conservação e memória.
BENS DECLARADOS DE RELEVANTE INTERESSE CULTURAL
•Proposta foi referendada pela Cooperativa de Produtores de Cajuína do Piauí, das cidades de
Água Branca, Altos, Amarante, Monsenhor Gil, Pau D’ Arco Picos, Picos, Regeneração, Teresina e
Valença.
•A cajuína hoje cantada pelo poeta foi, supostamente, também cantada nas praticas cotidianas
de nossas populações em tempos passados de nossa origem étnica. Bebida derivada do “acaiu”
ou “acâi-ou”, nome tupi que significa fruto que se produz, fruto do pomo amarelo, hoje conhecida
por caju. A cajuína é uma bebida preparada com “água de cajú” ou suco de cajú clarificado, como
diz a linguagem da tecnologia agrícola atual. Trata-se de uma bebida típica do Nordeste do Brasil,
notadamente dos Estados do Piauí, Ceará e Maranhão.
BENS DECLARADOS DE RELEVANTE INTERESSE CULTURAL
•De iniciativa do Deputado Marcelo Côelho, teve o processo coordenado pela EMBRAPA Meio Norte;
•o Gado Pé-Duro constitui um patrimônio genético de valor incomensurável que está sendo resgatado e
deve ser tratado como uma questão de segurança nacional.
O gado Pé-Duro ou curraleiro é descendente dos bovinos trazidos pelos portugueses no período colonial.
Esses bovinos foram, aos poucos, adaptando-se a condições de pastagens de baixa qualidade, de seca e de
calor, resultando, depois de séculos, em animais muito resistentes a essas difíceis condições.
O Piauí foi, no passado, um grande exportador de carne para outras regiões. Nessa época, o pé-duro era o
gado criado em maior número no Estado. Por isso, o gado pé-duro, além de seu valor econômico, possui,
também, valor histórico.
O gado Pé-Duro é ainda um importante recurso genético para a pecuária brasileira, podendo ser, melhorado
através de seleção, utilizado em cruzamentos, ou até mesmo aproveitado para formar novas raças, seguindo-se
sistemas de cruzamentos bem planejados.
Nos últimos anos, porém, o gado pé-duro vem sendo eliminado das fazendas, encontrando-se em perigo de
extinção. Por esse motivo, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vem mantendo em São
João do Piauí,na zona semi-árida do Estado, uma fazenda para conservar o gado pé-duro, evitando seu
desaparecimento. O Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Banco do Nordeste (FUNDECI) e a
Fundação Banco do Brasil (FBB) colaboraram financeiramente para implantação dessa fazenda.
BENS EM ESTUDO
•ABOIO DO VAQUEIRO
BENS EM ESTUDO