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A SAÚDE NO IDOSO E O

ACONSELHAMENTO NA
FARMÁCIA

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O que é o envelhecimento biológico?

◦ De uma forma muito simplificada, o envelhecimento do organismo corresponde a uma série


de eventos que incluem o dano celular direto, a acumulação de lixo celular, de erros
genéticos assim como a sua reparação ineficaz.
◦ Estes eventos celulares traduzem-se nos sinais/sintomas do envelhecimento humano, como o
mau funcionamento de órgãos, que levam a doenças relacionadas com o envelhecimento, que
por sua vez poderão, a seu tempo, causar a morte.
Marcas do Envelhecimento

◦ Comunicação intercelular alterada: A comunicação entre células é fundamental para o bom


funcionamento dos órgãos.
◦ Instabilidade genómica: Leva a acumulação de erros genéticos que podem causar a morte
celular, senescência ou células com grande capacidade de divisão e sobrevivência –cancro.
◦ Senescência celular –Células senescentes são células com erros genéticos com incapacidade
de gerar novas células, mas também com incapacidade de morrerem. A sua manutenção nos
tecidos leva à desregulação da comunicação celular e também a processos inflamatórios e
outros, podendo resultar no mau funcionamento do órgão, inflamação generalizada ou
cancro.
Marcas do Envelhecimento

◦ Desgaste dos telómeros: Os telómeros são as extremidades dos cromossomas, contêm


estruturas de DNA repetitivas e têm a função de proteger o DNA aquando da divisão celular
para que não haja a perda de material genético importante durante a divisão celular. Mas
com as divisões sucessivas há um encurtamento dos telómeros e a proteção do DNA nas
divisões fica comprometida. 
Marcas do Envelhecimento
◦ Alterações epigenéticas: São alterações nas expressões dos genes que muitas vezes
determinam a velocidade de divisão celular, a expressão de proteínas supressoras de
tumores, etc. Sendo por isso, um fator relevante no envelhecimento celular, que determina
muitas alterações importantes que podem culminar numa doença.

◦ Perda da homeostase proteica: Significa que há a perda do equilíbrio das proteínas


celulares. Na maioria das vezes a decisão da divisão, da manutenção ou da morte celular é
feita por um equilíbrio das proteínas celulares. Quando existe um desequilíbrio poderemos
ver um evento celular acontecer que não deveria.
Alterações fisiológicas no idoso

◦ O idoso sofre uma série de alterações que vão condicionar os cuidados de higiene, como:
◦ A pele torna-se mais sensível e frágil;
◦ Há comprometimento da circulação sanguínea;
◦ Existe maior desidratação da pele;
◦ Capacidade de locomoção e movimentação condicionada;
◦ Em alguns casos imobilização total;
◦ Incontinência…
Cuidados com a Pele

◦ A pele como se torna muito mais sensível e frágil é necessário ter especial cuidado no banho.
◦ Os banhos devem ser:
◦ Curtos (a pele fica mais frágil e desidratada se estiver muito tempo em contacto com a água);
◦ Água morna, não muito quente porque pode causar queimaduras (atenção: sensibilidade reduzida
no idoso) e também pode eliminar a barreira lipídica protetora da pele;
◦ Sabonete/gel de banho/champô devem ser sem perfume,outras substâncias que possam causar
hipersensibilidade da pele;
◦ O uso de esponjas ásperas ou esfoliantes, que podem danificar ou eliminar a barreira natural da
pele, também deve ser evitado.
◦ Zonas púbicas, axilas, pregas da pele e região interdigital são locais de especial cuidado, pois o
crescimento de micro organismos nestes locais é mais fácil (como fungos e bactérias), pelo que
devem ser zonas de banho diário. Deve-se ter especial cuidado também na secagem (para não ficar
húmido porque os micro organismos gostam de humidade para a sua proliferação). 
Cuidados com a Pele
◦ A hidratação tópica é fundamental para a manutenção da estrutura da pele.
◦ O idoso, tal como a criança ou o adulto deve hidratar a pele diariamente, preferencialmente
após o banho, recorrendo ao uso de cremes hidratantes. Os hidratantes vão minimizar a
secura da pele, evitando o dano, descamação e o prurido, vão também proporcionar a
elasticidade da pele. 
◦ A escolha do hidratanteé importante porque o mesmo deve ser para pele muito seca e não
deve conter fragância.
Cuidados com a Pele
◦ A hidratação do organismo é fundamental para a manutenção da estrutura da pele.
◦ O idoso e a criança têm de ter especial atenção com a hidratação do organismo. Devem beber
água com regularidade, pois a probabilidade de desidratarem mais rápido é maior. Nas
pessoas idosas, torna-se ainda mais importante, pois previne complicações dos órgãos
internos e externos, como a pele.
◦ A falta de ingestão de água pode resultar em desidratação do organismo e da pele, além de
problemas no rins.
◦ A água é um hidratante natural, por isso, ajuda no combate às rugas e auxilia na produção de
colágeno. Também diminui a sensação de inchaço no corpo, provocado pela retenção de
líquido, pois elimina o causador deste mal –o sódio.
Cuidados com a Pele
◦ O sol favorece a produção de vitamina D no nosso organismo, porém, se houver uma
exposição em excesso, isso pode ser prejudicial à saúde. 
◦ Isto acontece porque poderemos ter situações de queimaduras solares que danificam a pele e
a exposição contínua ao sol provoca envelhecimento dermatológico e pode causar doenças
como o cancro da pele.
◦ Os cuidados com a pele do idoso em relação ao sol devem ser dobrados, pois nesta fase, há a
diminuição do tecido adiposo, que funciona como isolante térmico. Ficando estes mais
suscetíveis à insolação, também por conta da diminuição da água intracelular.
◦ A indicação é que se faça o uso de protetor solar, pelo menos 30 minutos antes da exposição
ao sol, para que ele possa penetrar na pele e agir de forma eficiente. Devem evitar saídas
entre as 10h e as 16h, quando o sol está mais intenso, e deve-se usar também chapéu e
roupas claras, que não absorvem o calor.
Cuidados com a Pele
◦ A alimentação é essencial para ter uma pele saudável. 
◦ Para além da ingestão de água que é fundamental, o idoso tal como a criança e o adulto deve
ingerir alimentos frescos como frutas e vegetais, ricos em vitaminas, minerais, precursores
do colagénio e antioxidantes (moléculas que combatem os radicais livres-causadores do
envelhecimento celular), para a manutenção da elasticidade e estrutura da pele. 
◦ Os frutos secos (sem adição de sal e açúcar), assim como, outros produtos ricos em óleos
vegetais, também contribuem para a manutenção de uma pele hidratada e saudável.   
Cuidados de lesões na pele

◦ Devido à fraca circulação sanguínea (principalmente microcirculação), à fraca resposta


inflamatória (resposta do sistema imune a uma agressão ao organismo), e ao baixo número de
plaquetas sanguíneas e percursores das novas células da pele, as lesões na pele do idoso
demoram muito tempo a cicatrizar, sendo que a probabilidade de infecionarem é grande.
◦ A diabetes é uma doença crónica que afeta quase metade da população idosa e que tem como
uma das principais consequências a diminuição da microcirculação e o aumento do risco de
infeção.
◦ Desta forma é essencial tomar todas as precauções que vimos acima sobre os cuidados a ter
com a pele, de forma a evitar as lesões que são de difícil tratamento e podem constituir
situações de especial gravidade. 
◦ Em caso de lesão da pele é essencial desinfetarbem a ferida e colocar uma substância que
auxilie a cicatrização.
Cuidados de lesões na pele

◦ Úlceras por pressão (úlcera de decúbito):


◦ “Uma ferida por pressão significa um dano ao tecido ou à pele que ocorre quando há uma
diminuição da circulação sanguínea provocada pela pressão aplicada a uma área específica.”
◦ Inicialmente, é possível observar uma ligeira vermelhidão na área afetada (o primeiro sinal
de danos nos tecidos). O tecido subjacente morre devido à deficiência de irrigação sanguínea.
Podem ser afetadas várias camadas de pele, músculos e ossos. A região do sacro, os
calcanhares, os cotovelos e as omoplatas são áreas consideradas de risco elevado.
Cuidados de lesões na pele

◦ Úlceras por pressão (úlcera de decúbito):


◦ Dependendo da extensão dos danos aos tecidos, as úlceras por pressão são classificadas em
quatro fases:
◦ Fase 1 Não há abertura da pele, mas a vermelhidão não fica branca quando pressionada.
◦ Fase 2 Os danos atingem a epiderme, a derme ou ambas. Em termos clínicos, os danos observados são
escoriações ou bolhas. A pele em redor poderá estar vermelha.
◦ Fase 3 Os danos estendem-se através de todas as camadas superficiais da pele, tecido adiposo,
diretamente e incluindo o músculo. A úlcera tem o aspeto de uma cratera profunda.
◦ Fase 4 Os danos incluem a destruição de estruturas de tecidos moles e osso ou de estruturas de
articulações.
Cuidados de lesões na pele

◦ Prevenção: Para evitar as úlceras por pressão é essencial tomar todos os cuidados com a pele
descritos acima e é também imprescindível aliviar a pressão exercida nas zonas de maior
risco.A melhor forma de conseguir aliviar a pressão é através do reposicionamento e
mobilização frequentes do doente, mas também com a utilização de um colchão adequado ou
de equipamento específico para reduzir a pressão. Além disso, a contínua inspeção das zonas
de risco, para serem detetadas possíveis lesões ainda em fase inicial, é muito importante,
para uma rápida atuação e tratamento.
Cuidados de lesões na pele

◦ Tratamento: Em caso de lesão as principais preocupações para o devido tratamento são: uma
ferida limpa, circulação suficiente e nutrição adequada tanto no que diz respeito às calorias
como aos nutrientes, bem como a ingestão adequada de líquidos. Este último aspeto constitui
muitas vezes um problema quando se trata de pessoas idosas (como regra básica, a ingestão
diária de líquidos deve corresponder a 40 ml por kg de peso corporal). 
◦ O tratamento adequado deve incluir uma limpeza minuciosa da ferida, remoção de tecidos
não vitais e um ambiente de ferida livre de urina e de fezes. Frequentemente, as úlceras de
fase 3 e 4 necessitam de desbridamento cirúrgico.
Incontinência

◦ A incontinência urinária é a perda involuntária de urina.


◦ A incontinência urinária pode ocorrer em homens e mulheres, em qualquer idade, mas é mais
comum entre as mulheres e idosos, afetando cerca de 30% das idosas e 15% dos idosos.
Embora a incontinência seja mais comum entre os idosos, não é uma parte normal do
envelhecimento. A incontinência pode ser repentina e temporária, como quando uma pessoa
está a tomar um determinado medicamento que tem efeito diurético ou pode ser duradoura
(crónica). Mesmo a incontinência crónica pode, algumas vezes, ser parcial ou totalmente
tratada.
Incontinência
◦ A incontinência fecal consiste na perda do controlo da defecação.
◦ Desta forma, após a consulta médica para avaliação da situação de incontinência e de obter o
respetivo tratamento (caso seja possível), a pessoa terá que adequar o seu estilo de vida a
esta nova realidade (que hoje em dia nem é tão limitativa dadas as opções que existem).
Mais uma vez, é reforçada a importância de uma boa higiene. No caso de uso de pensos para
perdas urinárias, cuecas absorventes ou fraldas, é essencial que sejam trocadas
frequentemente, para limitar os danos na pele (devido ao contacto com a humidade, e com
as substâncias ácidas e irritantes da urina e das fezes). As fezes para além de serem irritantes
também têm capacidade infeciosa pois as bactérias podem proliferar na pele e originar
infeções. 
Perda de mobilidade

◦ Para aumento da qualidade de vida e conforto existem uma série de equipamentos


geriátricos que auxiliam o dia-a-dia dos idosos. Como equipamentos de descanso (camas e
cadeiras articuladas, colchões com espumas redutoras de pressão), equipamentos que
auxiliam a movimentação (bengala, andarilho, cadeira de rodas, elevadores, scooter
elétrica), equipamentos que auxiliam a higiene (banheiras especiais e outros utensílios de
banho, adaptadores para a sanita, suportes, etc).
Desnutrição 

◦ Anorexia do envelhecimento
◦ Ingestão deficiente 
◦ Falta de apetite 
◦ Incapacidade de comer 
◦ Falta de alimentos 
◦ Medicamentos
◦ Digestão e/ou absorção prejudicada 
◦ Requisitos alimentares alterados 
◦ Excesso de perda de nutrientes 
◦ Doenças relacionadas com a desnutrição  (ex: cancro e doença renal crónica)
◦ Cirurgia 
Anorexia do Envelhecimento

◦ Dados gerais: anorexia atinge cerca de 20-30% das pessoas com mais de 65 anos;
◦ Processo identificado mais em homens do que em mulheres;
◦ Grande associação com desfechos negativos, que podem culminar em incapacidades, hospitalizações,
institucionalizações e maior risco de morte.
Desnutrição –Consequências

◦ Redução da imunidade
◦ Cicatrização retardada 
◦ Diminuição da força muscular e fadiga 
◦ Inatividade 
◦ Diminuição da capacidade reguladora 
◦ Impacto psico-social:
◦ Alterações do humor e atitude
◦ Depressão
◦ Apatia
◦ Hipocondria
◦ Perda da líbido e da auto-estima
◦ Redução da socialização
Suplementos Nutricionais Orais
◦Tipos de suplementos nutricionais orais
◦Formas de apresentação20:
◦ Batidos de leite ou suplementos estilo de iogurte; 
◦ Estilo de sobremesas pudim; 
◦ Suplementos com base de sumo de fruta; 
◦ Suplemento estilo “Savoury” que pode ser aquecido com cuidado para fazer uma sopa nutritiva; 
◦ Pós e líquidos que podem ser adicionados aos alimentos para torna-los mais nutritivos.
Suplementos Nutricionais Orais
◦ Utilização:
◦ Única fonte de nutrição;
◦ Administrados intervaladamente com as refeições principais.
◦ Função:
◦ Combate ou evicção da desnutrição;
◦ Outros adequam-se a situações patológicas específicas como a diabetes, disfagia, úlceras de pressão, oncologia,
doença renal crónica, entre outras.
◦ Insucesso devido a:
◦ Baixa palatibilidade;
◦ Efeitos adversos como vómitos e diarreia ;
◦ Custo elevado.
Exemplos de
Suplementos Nutricionais
Orais à Venda em
Portugal
Exemplos de Suplementos Nutricionais
Orais à Venda em Portugal
Exemplos de Suplementos Nutricionais
Orais à Venda em Portugal
Obesidade

◦ A obesidade é uma doença e, como tal, tem de ser diagnosticada, tratada e acompanhada. Sendo uma
doença progressiva, o acompanhamento pelos profissionais de saúde deve ser prolongado e muitas
vezes perpétuo, para assegurar o bem estar e a qualidade de vida do utente.

◦ •A doença da obesidade, além dos custos na saúde do utente que vamos aprofundar, tem custos
económicos, sociais, psicológicos e de longevidade associados.
Risco metabólico

◦ Do ponto de vista da distribuição da gordura, a obesidade pode ser:


◦ Ginóide(em forma de pêra): caracteriza-se por um aumento da gordura
da cintura para baixo. É a forma mais comum nas mulheres, tem menos
risco cardiovascular mas está associada, muitas vezes, ao aparecimento
de varizes e doenças das articulações.
◦ Andróide(em forma de maçã):a gordura localiza-se na zona da cintura e
zona superior do tronco. É mais frequente entre os homens e tem uma
estreita relação com o aparecimento de diabetes, hipertensão,
aterosclerose e o aumento de risco cardiovascular (síndrome
metabólico).

◦ O risco metabólico indica o risco de vir a desenvolver doenças associadas à


obesidade (nomeadamente diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares). 
◦ O risco metabólico mede-se com recurso ao índice de massa corporal (IMC)
e à avaliação do perímetro abdominal.
Doenças ou Complicações de Saúde
Associadas à Obesidade:
◦ Risco de DM Tipo 2
◦ Níveis de colesterol e triglicerídeos elevados no sangue (Dislipidemia)
◦ Pressão arterial elevada (hipertensão arterial –estima-se que a hipertensão seja 2,5 vezes mais
frequente nos indivíduos obesos que em pessoas com peso normal)
◦ Aterosclerose
◦ Outras doenças cardiovasculares ( Acidente Vascular Cerebral –AVC; Enfarte do Miocárdio)
◦ Problemas respiratórios, como a apneia de sono e asma
Doenças ou Complicações de Saúde
Associadas à Obesidade:
◦ Complicações no fígado
◦ Dores nas costas e nas articulações
◦ Risco de cancro (no pâncreas, esófago, rins, entre outros órgãos)
◦ Problemas urinários
◦ Depressão e falta de autoestima
◦ Entre outros…
DM TIPO I

◦ Diabetes Tipo 1, também conhecida como Diabetes Insulino-Dependenteé mais rara (a sua
forma juvenil não chega a 10% do total) e atinge na maioria das vezes crianças ou jovens.
◦ Existe uma destruição maciça das células produtoras de insulina.
◦ O próprio sistema de defesa do organismo (sistema imunitário) da pessoa com Diabetes é que
ataca e destrói as suas células
◦ Estas pessoas com Diabetes tipo 1 necessitam de terapêutica com insulina para toda a vida. 
DM TIPO II

◦ É o tipo mais comum de Diabetes.


◦ A Diabetes tipo 2 tem como principais fatores de risco a obesidade, o sedentarismo e a
predisposição genética.
◦ Na Diabetes tipo 2 existe um défice de insulina e resistência à insulina significa isto que, é
necessária uma maior quantidade de insulina para a mesma quantidade de glicose no sangue. 
Sintomas DM Tipo I

◦ Sintomas na criança e no jovem


◦ Quase sempre na criança e nos jovens a diabetes é do tipo 1 e aparece de maneira súbita e os
sintomas são muito nítidos.
◦ Urinar muito (por vezes, pode voltar a urinar na cama)
◦ Ter muita sede
◦ Emagrecer rapidamente
◦ Grande fadiga com dores musculares
◦ Dores de cabeça, náuseas e vómitos
Sintomas DM Tipo II

◦ Os sintomas relacionados com o excesso de açúcar no sangue aparecem, na diabetes tipo 2,


de forma gradual e quase sempre lentamente. 
◦ Por isso, o início da diabetes tipo 2 é muitas vezes difícil de precisar.
◦ Os sintomas mais frequentes são a fadiga, poliúria (urinar muito e com mais frequência) e
sede excessiva. Muitas vezes o doente não apresenta estes sintomas (ou dá-lhes pouca
importância) e o diagnóstico é feito por análises de rotina.
◦ Nas análises encontramos uma quantidade de açúcar no sangue aumentada (hiperglicemia) e
aparece açúcar na urina (glicosúria).
Complicações da Diabetes

◦ Com o passar dos anos, as pessoas com Diabetes podem vir a desenvolver uma série de
complicações em vários órgãos no nosso organismo. Aproximadamente 40% das pessoas com
Diabetes vêm a ter complicações tardias da sua doença. Estas complicações evoluem de
forma silenciosa e muitas vezes já estão instaladas quando são detetadas.

◦ Hoje é possível reduzir os seus danos através de um controlo rigoroso da glicemia, da tensão
arterial e das gorduras no sangue (lípidos), bem como de uma vigilância periódica dos órgãos
mais sensíveis (olho, rim, coração, etc.).
Complicações da Diabetes
◦ De um modo geral podemos dividir as complicações em:

◦ Microvasculares (lesões dos vasos sanguíneos pequenos): retinopatia, nefropatia e neuropatia;


◦ Macrovasculares(lesões dos vasos sanguíneos grandes): doença coronária, doença cerebral, doença
arterial dos membros inferiores e hipertensão arterial;
◦ Neuro, macro e microvasculares (incluem alterações de vasos sanguíneos pequenos, grandes e de
nervos): pé diabético;
◦ Outras complicações: disfunção sexual, infeções etc.
Pressão Arterial

◦ O que é?

◦ A pressão arterial é a pressão que o sangue exerce sobre a parede das artérias durante a sua
circulação. 
◦ Fala-se em pressão arterial “máxima e mínima”(ou “sistólica e diastólica”)referindo-nos ao
valor máximo alcançado com a contração do coração (sístole)e ao valor mínimo quando o
coração a seguir se distende e relaxa (diástole).
◦ Os valores normais para a pressão sistólica(em centímetros de mercúrio)vão, nos adultos,
de 10 até 13,9 cm Hg, e para a diastólica de 6 a 8,9 cm Hg.
Hipertensão Arterial
(HTA)

◦ Hipertensão arterial -ocorre quando o coração, ao


bombear sangue, exerce uma força excessiva contra
a parede das artérias. Acontece quando os valores da
máxima e da mínima forem iguais ou superiores a
14/9. 
◦ Aproximadamente uma em cada 3 pessoas adultas,
em Portugal, tem hipertensão.
◦ Na atual conjuntura (estilos de vida e alimentação
cada vez menos saudáveis) mais que 1 em cada 10
jovens sub-20 (isto é com menos de 20 anos de
idade) está a ter hipertensão arterial!
Hipertensão Arterial (HTA)

◦ É natural e normal que a pressão arterial aumente em alguns momentos, devido a esforços
físicos ou emoções. Também é natural que, após esses momentos, os valores da pressão
arterial voltem aos níveis normais.
◦ A hipertensão arterial só é grave e causa problemas de saúde quando permanece elevada ao
longo de meses, ou quando aumenta muito subitamente.
◦ É importante saber que a pressão arterial tem tendência a subir com a idade. Contudo, a
pressão arterial elevada no idoso não deve ser considerada normal.
Hipertensão Arterial e Doenças
Cardiovasculares

◦ A hipertensão arterial associa-se tanto à doença coronária, como ao AVCe à insuficiência


cardíaca e é o fator de risco cardiovascular modificável (que é possível modificar com o estilo
de vida e medicação) mais frequente, razão pela qual o seu tratamento é essencial na
prevenção dessas doenças.
◦ As doenças cardiovasculares são a causa de morte de, pelo menos, 34,1% da população
portuguesa, fundamentalmente como consequência do acidente vascular cerebral (AVC) e da
doença coronária.
Diagnóstico HTA

◦ Importante na medição!!!

◦ De modo a se obterem valores corretos é importante, antes de medir a pressão arterial,


descansar na posição sentada pelo menos durante 5 minutos. 
◦ Deve-se utilizar o mesmo aparelho e medir sempre no mesmo braço.
◦ O diagnóstico de hipertensão arterial requer a medição de uma pressão arterial elevada em
três ocasiões diferentes ao longo de um período de uma semana ou mais.
◦ Uma vez confirmada a existência de hipertensão, deverá consultar o médico para serem
também realizados outros exames que ajudem a entender a sua origem e/ou as complicações
a ela associadas e iniciar o tratamento adequado.
Doenças Cardiovasculares

◦ As doenças cardiovasculares mais preocupantes são:


◦ A doença das artérias coronárias (artérias do coração) –Angina de peito e Enfarte do
miocárdio a doença das artérias do cérebro –demência, tonturas e AVC (Acidente Vascular
Cerebral)
◦ Quase todas são provocadas por aterosclerose, ou seja, pelo depósito de placas de gordura e
cálcio no interior das artérias que dificultam a circulação sanguínea nos órgãos e podem
mesmo chegar a impedi-la. 
Fatores de Risco

Fatores de risco modificáveis:

◦ Açúcar elevado no sangue (diabetes)


◦ Colesterol elevado (hipercolesterolemia)
◦ Trigliceridos elevados (hipertrigliceridemia)
◦ Pressão arterial elevada (hipertensão arterial)
◦ Excesso de peso e obesidade
◦ Hábito de fumar (o tabaco contribui para o endurecimento e menor elasticidade das paredes das
artérias, promovendo a aterosclerose -a acumulação de gordura e de outros químicos que leva à
formação de trombos)
◦ Abuso de bebidas alcoólicas
◦ Pouco exercício físico (sedentarismo)
Hipercolesterolemia

◦ O colesterol é uma das gorduras que circulam no sangue. 


◦ Há vários tipos de colesterol entre eles temos o “bom” (HDL), que ajuda a remover o
colesterol mau da parede das artérias e o “mau” (LDL), que se acumula no interior das
artérias e provoca a aterosclerose.
◦ Valores de referência:
◦ colesterol total < 190 mg/dl
◦ colesterol ldl < 115 mg/dl
◦ colesterol Hdl≥ 40-45 mg/dl
Hipercolesterolemia
◦ Alimentos ricos em LDL:

◦ Carnes vermelhas, ovo, marisco, carnes processadas, manteiga, queijo, natas, alimentos fritos ou pré-
preparados.
◦ Alimentos ricos em HDL:
◦ Peixe, azeite, frutos secos, sementes, óleos vegetais.

◦ Exercício físico -aumenta HDL e baixa LDL


Triglicéridos

◦ Os triglicéridos são gorduras que resultam da transformação de alimentos, nomeadamente hidratos


de carbono e gorduras, e que circulam no nosso sangue.
◦ Estes são uma espécie de reserva de energia que o nosso organismo retira das calorias que
ingerimos “a mais”.
◦ Como baixar triglicéridos:
◦ Evitar o consumo em excesso de hidratos de carbono e açúcar, especialmente farinhas refinadas brancas,
optar sempre que possível pelo integral.
◦ Aumentar o consumo de fibras –ajuda a impedir a absorção em demasia de hidratos e gorduras.
◦ Evitar o álcool –pois é transformado em triglicéridos no nosso organismo.
◦ Evitar consumo de carnes vermelhas gordas e substituir por peixe e carnes magras. 
◦ Optar por gorduras vegetais em vez de gordura animal. 
◦ Prática de exercício físico –elimina reservas energéticas de triglicéridos do nosso organismo.
◦ •Triglicéridos < 150 mg/dL
Hipertensão

◦ Quando se tem hipertensão arterial, isso significa que o sangue está a fluir com uma pressão
muito grande no interior das artérias, levando a que estas sejam estiradas excessivamente.
◦ Tal pode provocar o aparecimento de lesões na parede das artérias. o nosso corpo tenta
reparar essas lesões, mas o tecido reparado acaba por atrair glóbulos brancos, colesterol e
outras substâncias, que levam ao espessamento e perda de elasticidade da parede das
artérias, formando-se, por vezes, coágulos que levam à sua oclusão e ao compromisso da
circulação sanguínea.
◦ Estas situações podem conduzir ao aparecimento da aterosclerose e outras doenças
cardiovasculares, como o AVC.
◦ O aumento da pressão do sangue dentro das artérias também leva a que o coração tenha de
fazer um maior esforço para bombear o sangue, causando um aumento da espessura das
paredes do coração (hipertrofia), que pode trazer graves problemas mais tarde.
Hipertensão

◦ Para prevenir as DCV em adultos deve:


◦ Praticar atividade física regular (pelo menos 30 minutos, 5 vezes por semana);
◦ Ter hábitos alimentares saudáveis (comer mais fruta, vegetais, fibras e peixe e reduzir o consumo de
gorduras, açúcar e sal);
◦ Ter pressão arterial < 140/90 mm Hg;
◦ Ter colesterol < 190 mg/dl e colesterol ldl< 115 mg/dl;• Ter uma glicemia normal (glicemia em jejum
<100 mg/dl);•
◦ Não fumar;
◦ Evitar o stress excessivo.
Enfarte do miocárdio

◦ O enfarte do miocárdio é a consequência da oclusão súbita de uma ou mais artérias


coronárias (vasos sanguíneos que nutrem o músculo cardíaco).
◦ Quando uma destas artérias “entope”, a falta de irrigação do músculo faz com que essa
região do coração entre em sofrimento e, na ausência de restabelecimento da circulação,
morra.
◦ Sintomas:Podenãohaverqualquersintomaoupodemverificar-sealgunsdosseguintes:
◦ Dor prolongada no peito ou na região gástrica;
◦ Indisposição
◦ Náusea
◦ Vómitos
◦ Sudorese
Enfarte do miocárdio
◦ Tratamento:
◦ Nitroglicerina –Expande as artérias para facilitar a passagem de sangue

◦ Cateterismo–A componente terapêutica visa reabrir ou dilatar a artéria doente, tipicamente usando
um “stent” (uma pequena rede metálica em forma tubular)ou balão, permitindo a reperfusão da zona
de músculo cardíaco atingida. A este procedimento chamamos angioplastia ou intervenção coronária
percutânea (ICP).

◦ Cirurgia -A cirurgia está quase sempre reservada para as complicações graves do enfarte do miocárdio
e para o tratamento da doença coronária severa, crónica ou não. Uma técnica cirúrgica tem o nome
de “by-pass” da artéria coronária –substituição dos capilares para restabelecer a circulação. 
Acidente Vascular Cerebral -AVC

◦ O acidente vascular cerebral (AVC) resulta de diferentes fenómenos que afetam a circulação
cerebral, provocando alteração do funcionamento cerebral, seja por:
◦ Obstrução do fluxo sanguíneo (AVC isquémico);
◦ Rutura de uma artéria intracraniana (AVC hemorrágico).
◦ O AVC pode dar sintomas muito diversos, dependendo da zona do cérebro atingida.

◦ No entanto, os sintomas mais frequentes e que devem ser ensinados como sendo típicos de um
AVC são:
◦ Assimetria facial (boca ao lado);
◦ Dificuldade em falar;
◦ Falta de força num braço;
◦ Falta de visão;
◦ Forte dor de cabeça.
TAREFA
◦ O que são doenças reumáticas e qual o seu tratamento
◦ Quais as doenças reumáticas mais comuns
◦ Quais os tratamento possíveis
Fisiopatologia da Doença de
Alzheimer
◦ Características fisiológicas:

◦ A clivagem proteolítica da proteína precursora amilóide(APP) da superfície neuronal resulta na


produção, agregação e deposição da substância β-amilóide;
◦ Formação de placas amilóides, também conhecidas por placas senis a partir da aglomeração da
proteína β-amilóide
◦ Este evento leva à pela neurotoxicidade –perda neuronal
◦ A doença de Alzheimer caracteriza-se, histopatologicamente, pela maciça perda sináptica e
pela morte neuronal observada nas regiões cerebrais responsáveis pelas funções
cognitivas,incluindo o córtex cerebral, o hipocampo, o córtex entorrinale o estriado ventral.
Fisiopatologia da Doença de
Alzheimer
Tipos de Alzheimer

◦ Existem dois tipos diferentes de doença de Alzheimer:


◦ Doença de Alzheimer esporádica
◦ Afeta adultos de qualquer idade, mas ocorre habitualmente após os 65 anos. 
◦ Esta é a forma mais comum. 
◦ Parece não existir hereditariedade. Contudo, é possível que algumas pessoas possam herdar alguma
probabilidade para desenvolverem a doença numa idade avançada. O ApoE14 é o único gene associado a um
ligeiro aumento do risco de desenvolver doença de Alzheimer, de início tardio. 
◦ •Doença de Alzheimer familiar
◦ •Menos comum.
◦ A doença é transmitida de uma geração para outra. Se um dos progenitores tem um gene mutado, cada filho terá
50% de probabilidade de herdá-lo. 
◦ A presença do gene significa a possibilidade da pessoa desenvolver a doença de Alzheimer,
normalmente entre os 40 e 60 anos.
Sintomas

◦ Lapsos de memória e dificuldade em encontrar as palavras certas para objetos do quotidiano;


◦ Dificuldades de memória persistentes e frequentes, especialmente de acontecimentos recentes;
◦ Apresentar um discurso vago durante as conversações;
◦ Perder entusiasmo na realização de atividades, anteriormente apreciadas;
◦ Demorar mais tempo na realização de atividades de rotina;
◦ Esquecer-se de pessoas ou lugares conhecidos;
◦ Incapacidade para compreender questões e instruções;
◦ Deterioração de competências sociais;
◦ Imprevisibilidade emocional.
Diagnóstico

◦ Atualmente, não existe qualquer teste específico para identificar a doença de Alzheimer. 
◦ O diagnóstico clínico pode incluir a realização de: 

◦ História médica detalhada, 


◦ Exame físico e neurológico aprofundado; 
◦ Exame do funcionamento intelectual; 
◦ Avaliação psiquiátrica; 
◦ Avaliação neuro psicológica; 
◦ Análises à urina e ao sangue.
Tratamento (Tarefa)
◦ Qual o tratamento ?
O que é a doença de Parkinson

◦ É a segunda doença neurodegenerativa mais comum, sendo que a primeira é a doença de Alzheimer.
◦ É uma doença crónica que afeta o sistema motor que envolve os movimentos corporais, levando a
tremores, rigidez, movimentos corporais lentos, instabilidade postural e alterações da marcha.
◦ O nome "Parkinson" é uma homenagem do médico francês Jean-Martin Charcot ao neurologista James
Parkinson, que estudou os sintomas da doença.
O que é a doença de Parkinson

◦ A nível mundial esta doença atinge cerca de 1 a 2 pessoas em cada 1000, sendo mais frequente nos
europeus e norte-americanos do que nos asiáticos ou africanos. 
◦ Esta doença é ligeiramente mais frequente nos homens do que nas mulheres.
◦ A doença de Parkinson (DP) afeta cerca de:
◦ 0,4% das pessoas > 40 anos
◦ 1% das pessoas ≥ 65 anos
◦ 10% das pessoas ≥ 80 anos
◦ A média etária de início da doença é de aproximadamente 57 anos.
Sintomas
◦ Começa por tremor ligeiro numa mão, braço ou perna que pode aumentar em momentos de tensão.
Tipicamente, o tremor melhora quando o paciente move voluntariamente a extremidade afetada e
pode desaparecer durante o sono. 
◦ À medida que a doença progride, o tremor torna-se mais difuso, afetando outros locais. 
◦ Outros sintomas:
◦ Rigidez das extremidades;
◦ Movimentos corporais voluntários (bradicinésia) mais lentos; Quando afeta os músculos faciais, leva a
que o doente se babe, perturba o normal piscar dos olhos e interfere com a mímica facial (expressões);
◦ Instabilidade postural;
◦ Alterações da marcha;
Sintomas
◦ Depressão;
◦ Ansiedade;
◦ Alterações do sono;
◦ Perda de memória;
◦ Perda do olfato;
◦ Discurso indistinto;
◦ Dificuldades de mastigação e deglutição;

Sintomas

◦ Obstipação;
◦ Perda do controlo vesical;
◦ Regulação anormal da temperatura corporal;
◦ Aumento da sudação;
◦ Disfunção sexual;
◦ Cãibras, entorpecimento, formigueiros (parestesias) e dores nos músculos.
◦ A Doença de Parkinson é uma condição não reversível, que se prolonga por toda a vida. No entanto, a
qualidade de vida dos doentes pode ser substancialmente melhorada com a utilização da medicação,
que pode reduzir os sintomas em cerca de 75% dos pacientes.
Diagnóstico

◦ Atualmente, não existe qualquer teste específico para identificar a doença de Parkinson. 

◦ O diagnóstico clínico pode incluir a realização de: 


◦ História médica detalhada, 
◦ Exame físico e neurológico aprofundado; 
◦ Exame do funcionamento físico-motor e intelectual; 
◦ Avaliação psiquiátrica; 
◦ Avaliação neuro psicológica; 
◦ Análises à urina e ao sangue.
Depressão

◦ A depressão afeta aproximadamente um em cada seis idosos.


◦ Está associada a um impacto negativo no estado de saúde e qualidade de vida dos idosos. 
◦ Causas:

◦ Psicológicas
◦ As alterações sociais -diminuição da atividade, perda de entes próximos, etc. -que ocorrem nesta fase
da vida estão associados ao desenvolvimento de depressão. 
◦ Fontes de stress, como a redução dos rendimentos, evolução de uma doença crónica, perda gradativa
da independência ou isolamento social.
Depressão
◦ Biológicas:
◦ Teoria das Monoaminérgica-défice de neurotransmissores monoaminérgicos(serotonina,
noradrenalina e dopamina.
◦ A grande maioria dos fármacos que estão hoje disponíveis para o tratamento desta
perturbação baseiam-se 
◦ nesta hipótese. 
Depressão

◦ Sintomas:
◦ Diminuição da concentração e memória
◦ Problemas de sono
◦ Diminuição do apetite
◦ Perda de peso 
◦ Queixas somáticas (como dores pelo corpo)
◦ Tristeza, desânimo, angústia, falta de vontade, choro com facilidade.
Depressão
◦ Diagnóstico:

◦ Avaliação pelo psiquiatra e neurologista (para descartar a demência) da sintomatologia.


◦ Historial clínico.
◦ Tratamento:
◦ Psicoterapia;
◦ Em depressões menos graves pode ser suficiente o tratamento psicoterapêutico. Porém, em casos
moderados a graves a utilização de fármacos é fundamental, quer como agente terapêutico em si,
quer por estabilizar psicologicamente o doente e permitir uma melhor intervenção psicológica.
Ansiedade

◦ A ansiedade é um sentimento incomodativo, disperso e indefinido.


◦ Na maioria dos casos, é uma reação normal ao stress do dia-a-dia, pois é a forma como o
corpo humano o enfrenta. 
◦ As reações de ansiedade normais não precisam de ser tratadas uma vez que elas são naturais
e esperadas. 
◦ No entanto, quando a ansiedade se transforma num medo irracional excessivo, pânico e
desenvolvimento de fobias, ela passa a ser patológica e transforma-se num transtorno
incapacitante, conhecido como transtorno de ansiedade.
◦ Processo desencadeado pelo sistema nervoso simpático e controlado/abolido pelo S.N.
parassimpático.
◦ São responsáveis pela ansiedade um excesso de neuro transmissão serotoninérgica. 
Ansiedade

◦ Sintomas:
◦ Nos idosos a fragilidade do sistema nervoso autónomo pode explicar o desenvolvimento deste tipo de
transtorno. 
◦ Dificuldade de concentração
◦ Desorientação e perda de memória
◦ Dores musculares e tensão muscular
◦ Dores de cabeça
◦ Falta de ar
◦ Aperto no peito
Ansiedade
◦ Sintomas:

◦ Tremores
◦ Transpiração excessiva
◦ Fadiga
◦ Irritabilidade
◦ Insónias
◦ Perturbações no sono
Ansiedade/Tratamento
◦ Terapias de relaxamento (ensaios de respiração, yoga…)
◦ Terapia psicológica
◦ Medicamentos sujeitos a receita médica: 
◦ Benzodiazepinas –agonistas dos recetores GABA inibindo as respostas serotoninérgicas–
exemplos: diazepam, lorazepam, bromazepam, alprazolam, loflazepatode etilo,
clorazepatodipotássico. –Na sua generalidade são seguros.
Ansiedade/Tratamento
◦ Barbitúricos –Pentobarbital, Butobarbital–Menos seguros, mais efeitos secundários.

◦ Medicamentos não sujeitos a receita médica e suplementos


◦ Valmel–suplemento alimentar –melatonina 
◦ Melamil–suplemento alimentar -melatonina
◦ Valdispert–extrato de raiz de valeriana 
◦ Stilnoite–extrato de passiflora, melatonina, extrato de papoila da califórnia e melissa
◦ Ansioval-melatonina, vitamina B6
◦ Valdispertstress –extrato de valeriana e extrato de Lupulo
Perturbações do Sono

◦ As perturbações do sono são comuns entre os adultos.


◦ 5% da população mundial de adultos sofre de insónias
◦ 20% de disfunções relacionadas com a apneia do sono

◦ •A qualidade do sono é determinante para o estado saudável do mesmo


Perturbações do Sono
◦ A insónia é definida como uma dificuldade em iniciar o sono ou manter o sono por períodos alargados de tempo.
◦ Sintomas das insónias
◦ Dificuldade em adormecer na hora de dormir
◦ Acordar a meio da noite com dificuldade em voltar a adormecer
◦ Acordar muito cedo de manhã com dificuldade em voltar a adormecer

◦ Consequências das insónias na saúde


◦ Os adultos que sofrem de insónia e não a tratam têm uma probabilidade 23% superior à restante população de
desenvolver depressões e sintomas depressivos
◦ Aumento do risco de problemas cardíacos
◦ Diminuição generalizada da qualidade de vida
◦ Estudos recentes revelam que sintomas de insónia podem levar a um aumento do risco de cancro na próstata
Insónia

◦ Tratamento:
◦ Um indivíduo com depressão tem uma maior tendência a ter insónias e um indivíduo com insónias tem uma maior
tendência a ter depressões. É necessário fazer o diagnóstico e o tratamento de ambas.
◦ Terapias de relaxamento (ensaios de respiração, yoga…)
◦ Ciclos de luz controlados
◦ Terapias como a estimulação cognitiva
Insónia

◦ Tratamento:
◦ Educar o utente para a higiene do sono
◦ Evitar a luz azul antes da hora de dormir
◦ Terapia psicológica
◦ Ansiolíticos: Benzodiazepinas e barbitúricos
◦ Alguns antidepressivos: Trazodona, mirtazapina…
◦ Medicamentos não sujeitos a receita médica e suplementos -(Iguais aos descritos no tratamento da ansiedade)

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