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de Cesário Verde
Transfiguração do real
Comparações
Imaginário do Poeta
Exclamações denunciam
uma intenção crítica e
depreciativa do sujeito
Memória/reflexão do “eu” poético
poético face à atualidade
Tempo de evasão: o tempo dos
da escrita do poema
Descobrimentos
Imaginário épico
Intertextualidade com Camões e Os Lusíadas
E o fim da tarde inspira-me; e incomoda! Duas reações opostas
De um couraçado inglês vogam os escaleres;
E em terra num tinir de louças e talheres
Flamejam, ao jantar, alguns hotéis da moda.
O sujeito poético afirma
que se sente
Referências temporais incomodado com o fim
da tarde
Parcialidade do Poeta: o sujeito poético mostra ter consciência da vida miserável das
varinas, mas também de que elas não têm consciência disso (a felicidade está na ordem
inversa da consciência).
Descrição e análise das
varinas
Vêm sacudindo as ancas opulentas!
Seus troncos varonis recordam-me pilastras;
E algumas, à cabeça, embalam nas canastras
As varinas são mulheres
Os filhos que depois naufragam nas tormentas. fortes e agitam as ancas
enquanto caminham.
Embalam os filhos, que
dormem nas canastras, à
O sujeito poético antevê a desgraça dos filhos, cabeça, onde costumam
quando estes crescerem. transportar o peixe.
Apresentação de
uma estátua,
Estátua de representando uma
Camões feita em personagem épica
bronze (Brõnzeo) do passado, com o
objetivo de a
Francis dos barcos homenagear;
Guigas tens comidaa?
Parte III
Ao Gás
Madalena e Luana
Longas descidas! Não poder pintar O sujeito poético expressa a
Com versos magistrais, salubres e sinceros, sua insatisfação em não
A esguia difusão dos vossos reverberos, poder “pintar” a cidade de
Lisboa com grande
E a vossa palidez romântica e lunar! esplendor, pois esta está
repleta de perigos.
Madalena e Luana
Que grande cobra, a lúbrica pessoa,
Que espartilhada escolhe uns xales com debuxo! O sujeito poético fica
surpreso por esta
Sua excelência atrai, magnética, entre luxo, personagem feminina
Que ao longo dos balcões de mogno se amontoa. e pela forma que se
apresenta
Madalena e Luana
Enumeração de
Referência espacial elementos que
Caracterizando o tipo de descrevem as
locais que observava sensações visuais
do sujeito poético.
Mariana e Matilde
Representa uma classe
E aquela velha, de bandós! Por vezes, social que são os pequenos
burgueses(cliente
A sua traîne imita um leque antigo, aberto, estrangeira de muito
Nas barras verticais, a duas tintas. Perto, importância)
Escarvam, à vitória, os seus mecklemburgueses.
Ostentação dos pequenos burgueses(vestido com traîne: acrescento farto e longo, a arrastar pelo
chão)
Desdobram-se tecidos estrangeiros;
Plantas ornamentais secam nos mostradores;
Flocos de pós de arroz pairam sufocadores,
E em nuvens de cetins requebram-se os caixeiros.
Mas tudo cansa! Apagam-se nas frentes
Os candelabros, como estrelas, pouco a pouco;
Da solidão regouga um cauteleiro rouco;
Tornam-se mausoléus aa armações fulgentes.
Parte IV
Horas Mortas
Mariana e Matilde
Por baixo, que portões! Que arruamentos!
Um parafuso cai nas lajes, às escuras:
Colocam-se taipais, rangem as fechaduras,
E os olhos dum caleche espantam-me, sangrentos.
Mariana e Matilde
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