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PROTOCOLO DE

PREVENÇÃO DE QUEDA
GT PREVENÇÃO DE QUEDAS – NSP / HUPE
RIO DE JANEIRO
2021
1. OBJETIVO

 Implementar medidas multidisciplinares sistematizadas para prevenção do


risco de queda.
 Define-se queda como deslocamento não intencional do corpo para um nível
inferior à posição inicial (ao chão ou quando paciente necessita de amparo),
causado por circunstâncias multifatoriais (BRASIL, 2013).
 
2. INDICAÇÃO

No momento da admissão na unidade

Diariamente, durante a internação hospitalar

Na transferência de unidade

A partir de qualquer alteração no seu quadro clínico

Fonte: Google Imagens | Figura 1


3. MATERIAIS
Escala Humpty Dumpty adaptada (para pacientes até 12 anos)

Escala de Morse adaptada (para pacientes acima de 12 anos)


◦ OBS: Essas escalas não se aplicam a paciente tetraplégico, em coma, sedado ou sem
atividade motora.
Prontuário do paciente

Pulseira amarela

Placa de leito com risco clínico


Fonte: Google Imagens | Figura 2
Apresentação do uso do prontuário eletrônico para
registro das medidas de prevenção de quedas
4. FATORES DE RISCO PARA QUEDA
 Idade: crianças <5 anos; idosos >65 anos

 Excesso ou déficit de peso

 Presença de doença crônica

 Histórico prévio de quedas

 Uso de polimedicação

 Comprometimento sensorial e cognitivo

 Uso de medicamentos como insulina, hipotensores, psicotrópicos

 Distúrbios psiquiátricos, depressão, ansiedade e/ou uso de drogas


4. FATORES DE RISCO PARA QUEDA
 Pós-operatório

 Hipoglicemia

 Agitação psicomotora

 Alteração na marcha

 Cama, berço ou incubadora com grades baixas ou sem grade de proteção

 Recém-nascido fora do berço

 Cama ou berço inadequado ao tamanho do paciente

 Degraus estreitos, superfícies de escada escorregadias, ausência de corrimão, tapetes soltos e


iluminação insuficiente
5. DESCRIÇÃO TÉCNICA DA INTERVENÇÃO
5.1 AVALIAÇÃO DE RISCO

• Cabe ao enfermeiro avaliar o risco de quedas

5.2 MEDIDAS GERAIS

Cabe à equipe multidisciplinar:

• Manutenção da pulseira de identificação (branca) com todos os dados legíveis

• Adequação da iluminação nas áreas de acesso de circulação de paciente

• Manutenção da circulação livre entre cama e banheiro

• Restrição da abertura de janelas


5.2 MEDIDAS GERAIS
• Fixação de avisos para que não se permaneça atrás das portas

• Certificação de que a cama está em condições adequadas e na posição mais baixa, exceto nos
momentos de realização de cuidados

• Observação às travas de segurança macas, cadeiras de rodas e berços

• Verificação das travas em camas, macas e berços

• Atenção aos itens pessoais do paciente, urinóis, comadres e brinquedos estejam ao seu alcance

• Garantia do transporte de pacientes entre unidades, na admissão e na alta hospitalar somente


em cadeira de rodas, maca ou berço, conforme protocolo de transporte
5.2 MEDIDAS GERAIS
• Acompanhamento do paciente durante sua deambulação

• Incentivo ao uso contínuo de óculos e prótese auditiva pelos pacientes

• Avaliação da necessidade de acompanhante durante internação

• Estímulo a pacientes/acompanhantes a pedir ajuda quando necessário

• Orientação a acompanhantes/pacientes pós procedimentos cirúrgicos, a levantar-se


após alimentação e com auxílio da equipe de enfermagem
 
5.2 MEDIDAS GERAIS
Cabe ao enfermeiro:
Orientação o paciente e acompanhante no momento da admissão na unidade de internação, a partir
de entrega de material educativo para prevenção de queda quanto ao (à):
ambiente, ressaltando a localização do banheiro
uso de sapato antiderrapante
uso da cama, conforme medidas gerais
cuidado ao levantar-se, sem antes permanecer um tempo sentado
chamar a equipe de saúde na presença de mal estar, tonturas ou vertigens
importância de comunicar a equipe caso o acompanhante se ausente
importância de manter o bebê/criança sempre com acompanhante
manter o bebê no berço e não na cama materna
5.2 MEDIDAS GERAIS
•Registro do risco de queda em prontuário
•Solicitação da assinatura do Termo de Prevenção de Queda na admissão e checar
nas transferências entre unidades (uma cópia deve ficar no prontuário e a outra
com o paciente ou responsável)
Cabe à equipe de limpeza:
 Isolamento e sinalização de áreas úmidas
 Comunicação a necessidade de manutenção/reparo hidráulico ou elétrico
5.3 MEDIDAS ESPECÍFICAS POR RISCO:
Cabe ao enfermeiro:
Realização do plano de cuidado individualizado, de acordo com o risco de queda (baixo,
moderado ou alto, conforme escala de Morse; ou baixo ou alto, conforme escala Humpty
Dumpty).
Discussão com equipe multidisciplinar o risco e a implementação de medidas preventivas para
queda.
Implementação de ronda de conforto e segurança (avaliação do ambiente).
Baixo Risco
 Implementação das medidas gerais

Moderado Risco
 Implementação das medidas gerais
 Supervisão e/ou auxílio nas atividades de higiene, conforto e mobilização. 

Alto Risco de Queda


 Colocação da pulseira amarela no paciente
 Sinalização de risco de queda no leito
 Implementação de medidas gerais
 Manutenção do leito do paciente com boa visualização da equipe de saúde
Alto Risco de Queda
 Comunicação à equipe de saúde e encaminhadores o alto risco de queda nas transferências de
cuidado (transferências entre unidades, passagem de plantão e outros momentos de troca de
equipe)
 Discussão com equipe médica sobre possíveis mudanças de medicamentos
 Acompanhamento nas atividades de higiene, conforto e mobilização
 Orientação a familiares sobre a importância de acompanhamento 24 horas
 Realização de ronda de conforto e segurança a cada 2 horas
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de prevenção de queda. Brasília: Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, 2013. Universidade Federal de Pelotas. NSP. POP Nº MIS-06. Reduzir o Risco de Quedas em
Adultos. 2016
Ganz DA, et al. Preventing falls in hospitals: a toolkit for improving quality of care. [Internet]. Rockville
(MD): Agency for Healthcare Research and Quality; 2013 Jan. [acesso em 2019 Nov 21]. 190 p. Disponível
em: http://www.ahrq.gov/sites/default/files/publications/files/fallpxtoolkit.pdf
SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Relatório Global da OMS sobre Prevenção de
Quedas na Velhice. 2010. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relatorio_prevencao_quedas_velhice.pdf. Acesso em: 04 de março
de 2021.
 
Revisão em abril 2021
GT Prevenção de quedas – NSP / HUPE

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