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NR 12 – SEGURANÇA DO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

INTRODUÇÃO
 
Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências técnicas, princípios
fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos
trabalhadores e estabelece requisitos para a prevenção de acidentes e agravos à saúde
nas fases de operação, limpeza, manutenção, inspeção, transporte, desativação e
desmonte de máquinas e equipamentos de trabalho no exercício laboral, em todas as
atividades econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas
Regulamentadoras – NR aprovadas pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978.

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CONCEITO BÁSICO
 
O homem não é apto, por si só, em seu meio de trabalho, a se proteger sem dispositivos de
segurança.
As máquinas e equipamentos devem se integrar, aos dispositivos de segurança. Dispositivos
de segurança normalizados diminuem sensivelmente os riscos existentes, mas não os
eliminam totalmente.
Ações adicionais como capacitação contínua para operadores e pessoal da manutenção, se faz
sempre necessário, bem como manutenções preventivas conforme manuais são
imprescindíveis.
Os três pilares básicos da segurança são:

•Proteções adequadas;
•Procedimentos;
•Capacitação.

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EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO

Os equipamentos de Içamento podem ser classificados como:


Talhas manuais e elétricas, pontes-rolantes, guindaste de cavalete, de torre, d e cabeça de
martelo, lança horizontal e móvel sobre rodas, esteiras elevadores.
Em relação aos transportadores, os principais são: de rolete, de correia, de rosca sem fim e
de caneca.
As operações envolvendo estes equipamentos representam um risco adicional no local de
trabalho. É importante que a operação de içamento seja coordenada com o restante do trabalho e
que seja dada especial atenção à possibilidade de queda de objetos.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
 
 
A movimentação de cargas compreende as operações de elevação, transporte e descarga de
objetos, que pode ser efetuada manualmente ou com recurso de sistemas mecânicos.
A movimentação mecânica de cargas permite que, de um modo planejado e seguro, e com
recurso a um determinado conjunto de materiais e meios, se movimentem cargas de um
determinado ponto para outro Esta operação compreende as seguintes fases:

• Elevação ou carga.
• Manobra livre ou movimentação.
• Assentamento ou descarga.
 
O crescente desenvolvimento das atividades na área de mineração, indústria e construção civil
tornam necessário o aumento de diversos equipamentos destinados à movimentação de cargas.
As máquinas e equipamentos de elevação apresentam uma grande variedade, sendo utilizados em
todos os setores da atividade industrial.
Os principais equipamentos e dispositivos que fazem parte das máquinas de elevação são:
Guindastes, Pontes rolantes, Elevadores, Guinchos.

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ELEVADOR

É um dispositivo de transporte usado para mover bens, pessoas, materiais, etc.


Correspondem a sistemas de elevação composto por:

a) Casa de máquinas – referente ao local onde normalmente são instalados os equipamentos de


tração e o quadro de força que aciona o elevador.
b) Cabina – refere-se ao compartimento empregado no transporte da carga.
c) Contrapeso – é uma parte essencial do sistema, que permite que a carga na cabina, seja
transportada parcialmente balanceada empregando menos energia na operação.
d) Caixa ou caixa de corrida – local em que a cabina se desloca.
e) Patamar ou pavimento – local através do qual a carga entra na cabina
Os principais fatores que diferem um elevador de outro são:
Capacidade de carga e tráfego velocidade
Acabamento interno, etc., sendo os principais determinantes na escolha adequada da
máquina de tração e sistema de controle do motor, assim como na seleção do quadro de comando
e cabina

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TIPOS DE ELEVADORES
 
Elevadores tipo cabo de aço
 
Guinchos
 
Guinchos são equipamentos de tração destinados a movimentação de cargas. (materiais
e pessoas ) Principais tipos de guinchos: por transmissão de engrenagens por corrente
automático com comando elétro- mecânico

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Cabos de Aço

Nos elevadores de obra os cabos utilizados deverão ser de aço, com alma de
fibra.
Os cabos devem ser flexíveis, com diâmetro mínimo de 15,8mm (5/8”).
Os cabos devem possuir uma resistência mínima à ruptura de 15.000 kgf
(quinze mil quilograma força) e trabalhar com um
coeficiente de segurança de no mínimo 10 (dez) vezes a carga de ruptura.
Na fixação do cabo de aço deverão ser utilizados, no mínimo, 03 (três) grampos
(clips) e a disposição dos mesmos deverá ser
conforme figura abaixo (correta)

Obs:
Não é permitido o uso de cabos com emendas.
diâmetro mínimo da polia deverá ser de 400mm (quatrocentos
milímetros) e o diâmetro do canal da mesma será igual ao diâmetro do
cabo de aço
Não lubrificar os cabos de aço com óleo queimado.
Os cabos de aço que tiverem 6 (seis) fios partidos em um passo, deverão
ser substituídos
ELEVAORES TIPO CREMALHEIRA

Elevadores de carga e passageiros pelo sistema de cremalheira são


destinados ao transporte misto de cargas e passageiros, em compartimentos
separados, desde de que, o limite máximo.de peso especificado pelo
fabricante seja rigorosamente obedecido

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ELEVAORES TIPO CREMALHEIRA

Elementos
 
Cremalheira: Instalada no modulo da torre, trata-se de uma peça
fundamental na estrutura do elevador, responsável pelo tracionamento da
cabina junto com a motorização.
 

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ELEVAORES TIPO CREMALHEIRA

Conjunto Motorização: É instalado sobre o teto da cabina, e responsável pelo


movimento vertical (descida e subida) do elevador, o conjunto é composto por
dois Motoredutores e dois freios tipo eletromagnético ( Freio de trabalho do
elevador).

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ELEVAORES TIPO CREMALHEIRA

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS


 
A Resistência dos Materiais é um ramo da Mecânica Aplicada que estuda o
comportamento dos sólidos quando estão sujeitos a diferentes tipos de
carregamento.
Os sólidos considerados nesta disciplina são barras carregadas axialmente, eixos,
vigas e colunas, bem como estruturas que possam ser formadas por esses
elementos

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ESFORÇOS MECÂNICOS

São os esforços mecânicos:

•Tração
•Compressão
•Cisalhamento
•Flexão
•Torção
•Flambagem

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SISTEMAS DE CONTROLE

Sistema de Controle do Operador

O elevador pode ser operado pelo lado interno da cabine através de botões de subir, descer e
parar; ou de alavanca de controle que possui uma mola de retorno para a posição parar

Sistema de Controle Semi-automático

O elevador pode ser operado pelo lado externo da cabine, ou seja, no patamar base. Através
de botões de comando semelhantes aos da cabine. Onde ao apertar o botão parar o elevador
parará automaticamente no patamar seguinte

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EQUIPAMENTOS OPCIONAIS

Equipamento de Parada Automática

Este equipamento realiza a parada automaticamente no nível correto do patamar.

SISTEMA DE COMUNICAÇÃO
  
O sistema de Comunicação permite a comunicação entre os patamares e a cabine. Existem alguns
tipos de sistemas de comunicação via radio ou sistema de camera.

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ATENDIMENTO À SEGUNRANÇA SEGUNDO NR-12
 
São Consideradas Medidas de Proteção, a Ser Adotadas Nessa Ordem de
Prioridade:
Medidas de proteção coletiva;
Medidas administrativas ou de organização de trabalho;
Medidas de proteção individual.
Deve Atender ao Princípio de Falha Segura:
O princípio da falha segura requer que um sistema entre em estado seguro, quando
ocorrer falha de um componente relevante à segurança.
Parada Automática nos Patamares de Extremidades Superior e Inferior
Nos patamares de extremidades superiores e inferiores os limitadores são
montados na torre.
Assim os limitadores ativam chaves que automaticamente param a cabine nas
extremidades superior e inferior.
Estas chaves são montadas na torre nos patamares superior e inferior. Esta chave
corta a fonte de alimentação de energia em todas as fases e para a cabine caso a chave
limitadora normal não funcione

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Intertravamentos de Porta na Cabine do Elevador e Portas de Patamares

Este dispositivo quando energisado não permite a movimentação do elevador caso


alguma porta de patamar esteja aberta.
Quando intertravado mecanicamente a porta de cabine e patamar não podem ser
abertas sem que a cabine esteja parada no respectivo patamar

São Proibidos
 
A utilização de chave geral como dispositivo de partida e parada;
A utilização de chaves do tipo faca nos circuitos elétricos;
A existência de partes energizadas expostas de circuitos que utilizam energia
elétrica

Dispositivos de Parada de Emergência


 
Os dispositivos de parada de emergência devem ser posicionados em locais de fácil
acesso e visualização pelos operadores em seus postos de trabalho e por outras pessoas,
e mantidos permanentemente desobstruídos.
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INFORMAÇÕES ADICIONAIS DE SEGURANÇA

O treinamento do operador é essencial para que ele se familiarize com a operação do


equipamento e com o funcionamento de cada um dos seus componentes.
•Nunca operar o equipamento quando a velocidade do vento exceder a 20 m/s (no
anemômetro) ou se faltar condições para a operação por problemas climáticos (chuvas,
descargas elétricas, etc.).
•Não permitir a presença de obstáculos na via de percurso da cabine ou do contrapeso.
•Não permitir o acúmulo de água na região da fundação. Deve existir drenagem.
•Manter a cabine limpa.
•Assegurar-se que a carga a ser transportada seja menor que a capacidade do
equipamento

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• Não abrir a porta e não permitir que partes do corpo ou objetos fiquem de fora da
cabine ou salientes enquanto ela se desloca.
•Manter as pessoas afastadas quando a cabine iniciar sua movimentação.
•Posicionar a cabine no nível do solo, travar o relê trifásico e desligar a alimentação de
energia do equipamento quando o trabalho se encerrar ao final do dia.
•Designar um inspetor fixo para fazer todas as inspeções do equipamento.
•Não permitir que pessoas alcoolizadas operem o equipamento.
•As instalações e ajustes do equipamento devem ser realizados sobre o teto da cabine.
•Assegurar-se de que a inspeção, manutenção e teste de queda sejam executados
periodicamente.
•Se houver interrupção momentânea da energia, esperar 03 segundos para operar o
equipamento quando os relês forem ligados.
•Inspecionar o equipamento após 10 minutos do desligamento da alimentação de
energia.

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INSPEÇÃO DIÁRIA

Verificar o relê de segurança da porta da cerca de proteção: o elevador não poderá


partir se a porta estiver aberta.
Inspecionar e assegurar-se de que o relê trifásico atua e que os relês de fim-de-curso
estão em ordem.
Inspecionar os relês de segurança da seguinte forma:
Abrir a porta de entrada da cabine.
Abrir a porta-alçapão.
Pressionar o botão de parada de emergência.
Não permitir a presença de obstáculos no caminho de percurso da cabine e do
contrapeso.
Inspecionar a folga da engrenagem entre pinhão e cremalheira. Assegurar-se de que a
folga esteja entre 0,2 – 0,5 mm.
 

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INFORMAÇÕES ADICIONAIS DE SEGURANÇA

Movimentação de pessoas

• É proibido o transporte de pessoas nos elevadores de materiais.


• Deve ser fixada uma placa no interior do elevador de material,
• contendo a indicação de carga máxima e a proibição de
• transporte de pessoas.

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INFORMAÇÕES ADICIONAIS DE SEGURANÇA

Quando houver transporte de carga o


comando deve ser externo.

Dispositivo de
segurança
que impeça a abertura
da barreira (cancela)
quando o elevador
não estiver no nível
do pavimento.

Rampas de acesso.
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INFORMAÇÕES ADICIONAIS DE SEGURANÇA

Deve ser fixada uma


placa no interior do
elevador
contendo a indicação
de carga máxima e a
proibição de transporte
simultâneo.

Em todos
os acessos à torre
do elevador deve
ser instalada uma
barreira (cancela)
de, no mínimo,
1,80m.
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CHECK LIST DIARIO PARA LIBERAÇÃO DO ELEVADOR

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O que não é permitido

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A importância dos cavaletes

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Obrigado

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