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DIA INTERNACIONAL DA

MULHER

8 DE MARÇO
CERB - 2 ANO EM FONTE:https://fundacaofhc.org.br/linhasdotempo/direito-das-
DATA: 07/03/23 mulheres
PROFª .: MARY JANUÁRIO
FEMINISMO
• O movimento feminista foi um ator importante na luta
contra a ditadura militar e, a partir da Constituição de
1988, que fez da igualdade entre homens e mulheres
cláusula pétrea, o Brasil entrou em sincronia com boa parte
do mundo em relação aos direitos das mulheres. O país, no
entanto, ainda não enfrentou a questão do aborto, que
continua ilegal (com algumas exceções) e, apesar de leis
como a Maria da Penha (2006), a violência contra a mulher
continua sendo um grave problema. Nos últimos anos, o
feminismo provocou uma reação conservadora e se tornou
um dos temas centrais da atual polarização.
Os direitos das mulheres na redemocratização

Os movimentos feministas foram importantes na redemocratização do Brasil. A partir de meados dos anos 1970, os direitos das mulheres passaram a integrar a agenda da oposição ao regime autoritário. Também nessa época começaram a surgir coletivos de mulheres negras. Em 1985, já sob a democracia, o presidente José Sarney criou  Conselho
o Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), com a participação de representantes da sociedade civil. No mesmo ano, enviou ao Congresso a proposta de convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. Com a perspectiva de influenciar o texto da nova Constituição, o Conselho lançou uma campanha com o slogan “Constituinte pra valer tem que ter palavra de mulher”.
 
O chamado “Lobby do Batom” não emplacou todas as suas reivindicações, mas a Constituição de 1988 foi um divisor de águas na luta das mulheres no Brasil. Nela, a igualdade legal entre homens e mulheres faz parte do capítulo dos direitos e garantias fundamentais dos indivíduos. 
Os debates sobre igualdade de gênero no
mundo
• Com a nova Constituição, o Brasil entrou em sincronia com
mudanças que ocorriam no mundo, na esteira dos movimentos
feministas. As discussões internacionais sobre o tema se
iniciaram em 1979 com a Convenção sobre a Eliminação de
todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, também
conhecida como Carta Internacional dos Direitos das
Mulheres, e desembocaram na Conferência de Pequim, em
1995, onde se afirmou que o lugar da mulher na sociedade não
é biologicamente determinado, mas social e culturalmente
construído, e se reconheceu que o feminismo é plural, uma vez
que as mulheres experimentam vivências e opressões
diferentes, sobretudo pelo cruzamento de gênero, raça e classe. 
As conquistas dos feminismos no Brasil e os
desafios recentes
• Durante o governo FHC, diversas legislações foram aprovadas em favor da
maior proteção dos direitos das mulheres, com destaque para o Código
Civil (2002), que pôs um ponto final na existência jurídica do “chefe de
família”, com direitos e obrigações iguais entre homens e mulheres no
exercício da “sociedade conjugal”. 
• No governo Lula, os direitos das mulheres ganharam maior visibilidade
política e importância institucional com a criação, com status de Ministério,
da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, em 2003. Em 2010, o
Brasil elegeu a primeira mulher presidente, Dilma Rousseff.
• O endurecimento das leis para punir a violência contra as mulheres
avançou com a aprovação da Lei Maria da Penha, em 2006, e da Lei do
Feminicídio, em 2015. Simultaneamente, multiplicaram-se as delegacias
especializadas em casos de violência contra a mulher. 

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