BEATRIZ DE OLIVEIRA MANDU

EDURDA FERNANDES

OS MOVIMENTOS SOCIAIS

COLÉGIO DOM MACÁRIO SCHMITT

MAIO 2021
BEATRIZ DE OLIVEIRA MANDU

EDURDA FERNANDES

OS MOVIMENTOS SOCIAIS

Trabalho apresentado ao
professor Omar da disciplina
de sociologia do Terceiro
ano do Ensino Médio.

COLÉGIO DOM MACÁRIO SCHMITT

MAIO 2021
 SUMÁRIO

1 –
INTRODUÇÃO ............................................................................................p.3

2 – O QUE SÃO OS MOVIMENTOS SOCIAIS E SUAS CLASSIFICAÇÕES…

p.4

3 –
ORIGEM......................................................................................................p.5

4 – ALGUNS MOVIMENTOS NO BRASIL E NO

MUNDO................................p.6

4.1 – MOVIMENTO
NEGRO...................................................................p.6

4.2 – MOVIMENTO NEGRO NO

BRASIL...............................................p.7

4.3 – MOVIMENTO NEGRO NOS ESTADOS

UNIDOS.........................p.8

4.4 – MOVIMENTO
FEMINISTA.............................................................p.9

5 – IMPORTÂNCIA DOS MOVIMENTOS

SOCIAIS........................................p.12

6 – FONTES DE
PESQUISA...........................................................................p.13
 1 – INTRODUÇÃO

Neste trabalho há estudo sobre os movimentos sociais, mais

concretamente o que são, características, exemplos e importância.

Os objetivos dessa pesquisa são: a compreensão um pouco mais

aprofundada dos movimentos sociais e sua contribuição para a sociedade.

O trabalho está dividido em 6 capítulos: o primeiro mostra um pequeno

resumo do que toda a pesquisa mostrará; o segundo explana o conceito dos
movimentos sociais, suas características e motivações; o terceiro aborda a
origem desses movimentos, citando alguns que tiveram grande destaque na
história da humanidade; o quarto apresenta alguns exemplos de lutas sociais
no Brasil e no mundo, apresentando suas origens e motivações; o quinto
aborda a importância desses movimentos e seus impactos positivos na
sociedade e o sexto mostra os locais em que os alunos pesquisaram as
informações contidas no trabalho.

A metodologia do trabalho é internet.

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 2 – O QUE SÃO OS MOVIMENTOS SOCIAIS E SUAS
CLASSIFICAÇÕES

Os movimentos sociais são ações (movimentos sociais, os movimentos

populares, sindicais e as ONGs) realizados por um conjunto de pessoas em
prol de uma reinvindicação social que atenda os direitos de grupos
marginalizados, eles possuem uma ideologia, ou seja, uma ideia defendida, um
projeto que motivam a organização do movimento e uma hierarquia que pode
ser composta por um ou mais lideres, estes devem estar abertos a diálogos
com o Estado.

Esses movimentos contribuem para o fortalecimento do sistema

democrático, já que este visa uma sociedade igualitária em direitos, no entanto
por reivindicar essas questões do Estado (órgão responsável por proteger e
garantir a plena cidadania de todos os indivíduos) é comum haver uma relação
conflituosa entre essas duas vertentes, visto que a existência de uma agitação
que reivindica essas obrigações transparece a não realização destas. Logo,
regiões em que há maior desigualdade social, são mais propiciais a esses
movimentos, apesar de a maioria destes serem universais, ou seja, estão
relacionados às questões que afligem o mundo todo, como é o caso da luta
contra o racismo.

Os movimentos sociais podem ser classificados em três tipos quanto

seus objetivos:

 Redistribuidores: são organizados a fim de exigir ações

imediatas e concretas, como: direito ao voto.
 Reconhecimento: têm como objetivo mudar a estrutura da
sociedade, combatendo a desigualdade e preconceitos, como o
fim da discriminação racial.
 Bivalentes: combina os dois tipos, como o Movimento Indígena.

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 3 – ORIGEM

Sendo os movimentos sociais quaisquer agrupações sociais que

reivindicam direitos podem ter existido ao longo da história muitos destes,
principalmente após a organização dos agrupamentos socais e a criação do
Estado, ou seja, não há um marco inicial, no entanto, existem alguns que
possuem grande destaque, sendo eles: a Boston Tea Party (A Festa do Chá
em Boston, que ocorreu em 1773), a Revolução Americana (1776-1783) e a
Queda da Bastilha em 14 de julho de 1789.

Após esses, muitos outros movimentos surgiram ao longo da história,

como: a luta contra a discriminação social, igualdade de gênero, contracultura,
movimentos contra ditaduras, etc. Essa força de organização social existe até
hoje e vem ganhando cada vez mais adeptos.

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 4 – ALGUNS MOVIMENTOS NO BRASIL E NO MUNDO

4.1 - MOVIMENTO NEGRO

O movimento negro é um fenômeno utilizado na forma de diferentes

organizações para lutar pelos direitos da população negra que sofre de
racismo.

Apesar das diferenças inerentes aos tipos de movimento que têm em

comum a temática racial, o denominador de todos eles é a reivindicação da
igualdade racial entre negros e brancos. Devido à escravização e ao
colonialismo (movimento histórico de invasão e colonização de países
americanos, africanos e asiáticos por parte de países europeus), que causou a
captura e comercialização de negros africanos como escravos em todo o
mundo, sobretudo nas Américas, ainda se vê hoje em dia as consequências de
um sistema extremamente desigual e cruel com os descendentes das pessoas
escravizadas.

Para escapar do trabalho forçado, os negros escravizados fugiram e se

organizaram em Quilombos. O Quilombo mais conhecido durante o período
colonial foi o Quilombo dos Palmares. Muitos escravos fugitivos resistiram
durante muito tempo aos ataques militares portugueses. Foi liderado por Zumbi
dos Palmares por vários anos, que mais tarde se tornou um símbolo do
movimento negro.

No início do período da República brasileira, o movimento negro

baseado no movimento popular (como Canudos) tornou-se seu próprio
símbolo. Além disso, eles participaram ativamente da revolta de Chibata, que
se caracterizou pela revolta de marinheiros (principalmente negros) que
sofreram castigos físicos. O Levante de Chibata pode ser visto como a última

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rebelião negra organizada (armada) do Brasil, pois os grupos negros passaram
a buscar outras formas de resistência, como grupos culturais, esportivos e de
lazer. Desde o tempo da escravidão, existe uma resistência pacífica, uma vez
que os africanos escravizados transformaram sua cultura em resistência social
por meio da religião, da dança, da crença, da alimentação e dos costumes.

4.2 - MOVIMENTO NEGRO NO BRASIL

Desde a década de 1990, a questão racial é tema de discussão no

Comitê Central do Sindicato, com destaque para a Central Única dos
Trabalhadores (CUT). A Central União Geral dos Trabalhadores (CGT)
organizou um seminário sindical nacional antirracismo no Rio de Janeiro em
1990. O resultado foi a criação do Comitê

Nacional contra a Discriminação Racial e Força Federal (FS). Esses

centros se uniram para criar o Instituto para a Igualdade Social da União das
Américas (INSPIR). Movimento negro no governo FHC Em 1995, o então
presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso criou um grupo de trabalho
interministerial para restaurar a população negra. A medida é baseada nos
resultados da grave desigualdade social entre negros e brancos divulgados
pelo IBGE e IPEA.

O governo Lula fez inúmeras conquistas sociais para os mais pobres,

principalmente o movimento negro. Em 2003, foi criada a Secretaria Especial
de Promoção da Igualdade Racial (SEPIR) com o objetivo de criar formas de
integração da população negra à sociedade. Em 2006, foi aprovada a "Lei de
Cotas", que promoveu um aumento substancial do número de negros e pardos
nas universidades federais.

O movimento negro mostrou-se cada vez mais diversificado, com outras

discussões em torno do preconceito contra mulheres negras, transexuais
negras e homossexuais negros. Da mesma forma, as discussões sobre direitos

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culturais exclusivos e branqueamento tornaram-se expressivas no debate.
Outra questão importante que precisa ser enfatizada diz respeito ao genocídio
da juventude negra, que é o principal objetivo do país. Políticos e intelectuais
têm lutado por esse grupo de pessoas, como Djamila Ribeiro, Núbia Moreira, e
a deputada federal Talíria Petrone (PSOL / RJ), e a vereadora do Rio Marielle
Franco (PSOL / RJ), morta pela violência em 2018 assassinato. Sua luta e
bandeira.

4.3 - MOVIMENTO NEGRO NOS ESTADOS UNIDOS

A história dos Estados Unidos, principalmente no sul do país, é marcada

pela escravidão. O principal modelo econômico na parte sul dos Estados
Unidos são plantações em grandes extensões de terra. A plantação era
caracterizada por latifúndios, monocultura, trabalho escravo e exportação da
produção para a metrópole. Os trabalhadores escravos eram negros africanos
e foram escravizados até 1865. No entanto, o fim da escravidão não significa o
fim do racismo, principalmente por causa da discriminação racial dos sulistas
americanos. Eles acreditam que os negros são uma raça inferior e não podem
desfrutar dos mesmos direitos que os brancos. Por causa de sua autonomia
legislativa, os estados do Sul começaram a institucionalizar leis de segregação,
que previam a provisão de instalações separadas para negros e brancos em
locais públicos.

Por décadas, essas leis existiram em estados como Alabama, Geórgia,

Mississippi e Tennessee, e estabeleceram as seguintes medidas: casamentos
inter-raciais (pessoas de diferentes raças) eram proibidos; restringiam o acesso
dos negros a benefícios básicos; separaram os negros dos brancos em locais
públicos. Além disso, existem grupos racistas como Ku Klux Klan, que
defendem a violência contra a população negra sem penalidades severas.
Diante dessa situação, as comunidades negras dos estados do Sul começaram
a formar organizações voltadas para o combate ao racismo e ao apartheid por

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meio de algumas lideranças. O ponto culminante dessas lutas foi entre os anos
1950 e 1970. 1955 foi um dos grandes eventos que marcaram a resistência dos
negros americanos. Rosa Parks, membro da Associação Nacional para o
Progresso das Pessoas de Cor (NACCP), se recusou a dar seu assento no
ônibus a um passageiro branco.

Mesmo que seja para negros sentados em fila, a lei também determina
que, quando o veículo estiver totalmente carregado, os passageiros negros
devem ceder seus assentos para brancos. Rosa Parks foi presa e libertada
após receber fiança. Ele se juntou a Martin Luther King e boicotou o sistema de
ônibus. O projeto durou mais de um ano até 1956, quando a Suprema Corte
dos EUA declarou ilegal a segregação racial no transporte público.

Foram criadas organizações destinadas a lutar pelos direitos civis dos

negros estadunidenses. Foram elas:

Southern Christian Freedom Conference (SCLC-Southern Christian

Leadership Conference) - organizada por Martin Luther King Jr; Organização
da Unidade Afro-Americana - estabelecida por Malcolm-X, um dos maiores
defensores negros da América; A Lei dos Direitos Civis foi promulgada em
1964, que pôs fim às leis do apartheid nos Estados Unidos; Os Panteras
Negras. Desde então, os negros podem participar e ocupar os mesmos lugares
que os brancos.

4.4 - MOVIMENTO FEMINISTA

O movimento feminista é um movimento social e político voltado para a

discussão e luta pelos direitos das mulheres. O feminismo tem como base
impedir que as mulheres sofram com formas de desigualdade e opressão. O
movimento feminista começou no século 19, mas é muito diferente de hoje. Um
dos fatores mais influentes foi a Revolução Francesa e as mudanças sociais
que começaram nesta época. A partir das mudanças trazidas pela Revolução

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Francesa, as mulheres começaram a perceber a desigualdade que sofriam e,
gradualmente, começaram a questionar os modelos sociais e a lutar para
reduzir a desigualdade política e de poder. Este período é chamado de primeira
onda do feminismo. Ao mesmo tempo, surgiu o movimento sufragista. É
constituído principalmente por mulheres britânicas que desejam proteger o
direito das mulheres de participar nas eleições.

Após a Revolução Industrial na Inglaterra, as mulheres ocuparam

espaços mais importantes nos setores básicos da sociedade. No entanto, de
diretores de grandes empresas a gerentes de instituições de ensino famosas,
os direitos de voto não receberam o mesmo reconhecimento. O direito de voto
é limitado aos homens, enquanto as mulheres são consideradas incapazes de
exercer esse direito. Para garantir ainda mais essa conquista, depois que a
educadora Millicent Fawcett estabeleceu a Liga Nacional do Sufrágio Feminino,
o movimento feminista ganhará força no Reino Unido no século 19. A base
filosófica das eleições é o ideal do Iluminismo: embora a igualdade fosse
promovida, as mulheres não conquistaram os direitos que mereciam.

Após a morte de um membro do movimento feminista, o movimento se

torna mais proeminente: Emily Wilding Davison (1872-1913) se tornará a
primeira mártir do movimento feminista. Uma das conquistas de Emily após sua
morte foi a conquista britânica do direito de voto. O primeiro país a estender
esse direito às mulheres foi a Nova Zelândia. No Brasil, embora alguns estados
tenham concedido às mulheres o direito de voto desde 1928, o primeiro
governo de Getúlio Vargas finalmente garantiu o direito de voto em 1934. A
segunda onda do feminismo ocorreu nas décadas de 1960 e 1990. Nesse
período, a luta pela igualdade e pelos direitos sociais tornou-se mais intensa e
as mulheres começaram a questionar todas as formas de submissão e
desigualdade que enfrentavam.

As decisões sobre liberdade sexual, fertilidade e direitos reprodutivos

também fazem parte do debate nesta fase do movimento. Uma das principais
discussões da época era a opressão e os motivos pelos quais as mulheres
sofriam tantas formas de opressão. Foi também na segunda onda que as

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pessoas tomaram consciência coletiva e do poder dos sindicatos femininos
como um movimento de mudança social. Isso acontece porque as mulheres
estão começando a perceber que há algo que as une: todos foram
discriminados de alguma forma porque são todas mulheres. Ainda nessa
época, negras e lésbicas aderiram ao movimento feminista, trazendo mais
força e novas demandas, intensificando ainda mais a luta pelo feminismo.

A terceira onda do movimento feminista iniciada na década de 1990

mudou sua força no combate à violência contra a mulher, tanto física quanto
psicologicamente. Apesar de conquistar as leis que punem os agressores,
sejam eles em casa ou fora, a cultura da masculinidade arraigada na sociedade
continua essa violência. Os principais alvos das feministas são os países em
desenvolvimento, os muçulmanos e os países africanos, onde as mulheres
vivem à sombra dos homens ou sofrem rituais religiosos ou sociais. Uma das
características da terceira onda é a necessidade de entender que existem
diferenças de gênero, que devem ser respeitadas. Atualmente, muitos debates
são voltados para discutir os direitos das mulheres, chamar a atenção para as
diferenças entre homens e mulheres, comemorar o que foi conquistado e
pensar em como reduzir a violência contra as mulheres. No Brasil, a Lei Maria
da Penha é um dos avanços nessa questão feminista, contra a violência,
apesar de ainda necessitar de melhorias.

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 5 - IMPORTÂNCIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

Os movimentos sociais são extremamente importantes por que

organizam grupos com objetivo de mudar e questionar alguma causa ponto
representa a voz das pessoas e seus direitos, que geralmente estão sendo
questionadas, mostra o espaço importância de diversos grupos sociais,
pessoas marginalizadas e excluídas pela sociedade.

Quanto mais movimentos sociais, mais possibilidade de uma sociedade

mais democrática, com inserção de parcelas de pessoas em diversos âmbitos
vergonha antes do movimento social era voltado para uma questão de classe,
trabalhista, mas hoje em dia além disso, servem para diversas questões
políticas, raciais, ambientais, sociais e etc.

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 6 - FONTES DE PESQUISA

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/movimentos-sociais-breve-
definicao.htm> acesso em: 18/05/2021

https://www.stoodi.com.br/blog/historia/movimentos-sociais-o-que-sao/
#:~:text=Tipos%20de%20movimentos%20sociais,los%20em%20tr%C3%AAs
%20tipos%20diferentes.&text=Movimentos%20de%20classe%2C%20que%20t
%C3%AAm,as%20diferentes%20camadas%20da%20sociedade.> acesso em:
18/05/2021

https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/movimentos-sociais-
resumo/> acesso em: 18/05/2021

https://www.terra.com.br/noticias/educacao/historia/a-rebeliao-das-
massas-a-origem-dos-movimentos-
sociais,60c596875b8cf310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html> acesso em:

18/05/2021

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