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FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS - USP

ESTERILIDADE
Obtenção de Produtos Estéreis

Validações
Controles

Profa. Dra. Terezinha de Jesus Andreoli Pinto


Processos Esterilizantes

-Cinética de inativação microbiana :


- Térmico
- Irradiação
- Agentes químicos
- Remoção mecânica
- Filtração

Esterilização Após Envase X Manipulação Asséptica


Morte de Microrganismo por Calor Úmido

1- Morte do Microrganismo -- critério = reprodução

2- Curva de velocidade de destruição

Log C (N)
Eq.1aordem:

d CA
= - KC
dt


3- Mecanismo de Morte:

d CA d CA
Mas C H2O>>> CA = - KCA , sendo K’ = K CH2O
= KCA . C H20 dt
dt

2a ordem 1a ordem
4- Lei Logarítmica

log C C0
k= (ln C1-lnC2) log C t1>t2>t3......>tn
C1
t
k1>k2>k3...>kn
C2
K depende da temperatura  K1 k2 k3
nas equações usamos K no t3
t2
lugar da temperatura t1
t t

6- Energia de ativação

5- Tempo de redução decimal Arrhenius: d(lnk) = __E__ log k = log C - _Ea_


dT RT2 2,3RT
log N D= t_____
log C1-log C2
10000 log K
tg = -Ea
1000 2,3R
100
t = 2,3 . Log N1
10 D
k N2 Log KT1 = Ea 1–1
t KT2 2,303 RT T1 T2
1/T

Valor D K = T -Ea/RT
Geralmente:
-tempo de redução decimal nessa To Ea = 15 a 20 Kcal/mol
-tempo necessário para que a população se reduza à décima parte
Ea = 70 a 80 Kcal/mol p/ microorganismos resistentes
-tempo para percorrer 1 ciclo logarítmico
Portanto:
Curva de sobreviventes microbianos:
condições isotérmicas
100

10-1
“Slope” = K = 1
D= t
10-2 2.303 D

log No – log Nt
Fração sobreviventes

10-3

10-4

10-5
SAL= 106
10-6

10-7 Valor D
D= 2 , 303
10-8 K
Tempo de exposição
7- TDT = Tempo de Destruição Térmica
Técnica de tubos Temperaturas T1, T2, T3, T4, T5
N/M tubos N/M tubos N/M tubos D = ______t______
log N1- log N2

t1 t2 tn N1= população inicial: se aquecidos 10 tubos,


cada 1 c/ 106 esporos 10x106
N tubos
(  pH (Bacillus stearothermophylus) ind. Púrpura de bromocresol )

log TDT
T1 .x . Reta dos maiores tempos de
.x sobrevivência
Fator de correção .x x Reta dos menores tempos
(valores experimentais de destruição total
de TDT)
t1 t2 t3 T3 T2 T1 T
Curva de resistência térmica

D-Value (min)

Q10

Z-value

Temperatura (oC)

Z efeito da temperatura no tempo de esterilização: número de oC para alterar de 10x o tempo de morte

T2- T1 D2
Z= = 10 (T1 – T2) / Z
log D1-log D2 D1
Curva de sobreviventes ao calor

B - aglomerado de células; fase lag, antes do


microorganismo ser atingido de forma sensível.

C- diferenças na susceptibilidade individual dos


organismos (efeito protetor de células mortas,
idade ou resistência natural)

D- calor de ativação x inativação


Fórmula para Cálculo de F0

L= log -1(To-Tb)/Z = 10 (To-Tb)/Z


Onde:
To = temperatura do material
Tb = temperatura do processo (121oC)
Z= Temperatura necessária para alterar o valor D num fator de 10
L= Letalidade

F0 é então determinado integrando as letalidades através do processo de aquecimento

t
Fo = 10 (T-121)/ 10 .dt
o
ou
onde:
Fo =  10 (T-121)/ 10
. t t = intervalo de tempo entre medidas F0
T= temperatura do produto no tempo t em oC

Quando a temperatura do processo desvia de 121oC, a quantidade de tempo propiciando letalidade equivalente pode ser
determinada pela seguinte fórmula:
Fzt= Fz 121/L
onde:
Fzt= tempo equivalente a temperatura T fornecido ao material para a
finalidade esterilizante com um valor específico de Z
Fz121= tempo equivalente a 121oC fornecido ao material para a finalidade
esterilizante com um valor específico de Z (quando Z=10oC Fz121= F0)
vel. má dirtribuição
bolsa de ar

vel. difusão
difícil remoção
Programa de Validação

1- Define os objetivos da validação


2- Determina responsabilidades do pessoal envolvido
3- Qualifica o esterilizador e seu controle de processo
4- Identifica procedimentos de operação padrão (POP) para o processo do equipamento
5- Descrição e/ ou POP para calibração dos instrumentos
6- Identificação dos procedimentos de calibração para equipamento de monitoração
(Termopares, data loggers, etc.)
7- Executa os seguintes estudos:
A. Estudo de determinação de Bioburden
B. Estudo de desafio microbiológico
C. Estudo de distribuição de calor da câmara vazia
D. Estudo da penetração de calor na câmara com carga
E. Estudo do mapeamento do material
F. Avaliação da água de resfriamento (onde aplicável)
G. Teste de integridade de membranas filtrantes
8- Critério de aceitação dos parâmetros do processo
Plano de Validação para Esterilizadores

Qualificação do Esterilizador:
a) Qualificação da instalação
b) Qualificação da operação

Validação do produto:
a) Compatibilidade do processo com o produto
b) Desenvolvimento do ciclo de esterilização

Validação do processo:
a) Especificação dos parâmetros de controle
b) Revalidação: Frequência
Ítens - qualificação
Estudos de Estabilidade
Integridade “Container” – Fechamento

Utilidades
Atividades de Pré-Qualificação e Qualificação
Qualificação do Equipamento
Qualificação do Desempenho
Monitoração / Controle / Revalidação
Documentação
ESTERILIZAÇÃO POR RADIAÇÃO
Não Ionizante: UV, IV, Luz, Calor, Microondas,
Radiofrequência e Ultrassônicos
Radiação
Particulada: partículas:  e  (elétrons)
Ionizante
Raios eletromagnéticos ( e )

Mecanismo de ação: raios  ( energia) são os principais agentes de radionúcleos como: Co60 e
de dano RNA, DNA Cesium137

rad= equivalente a uma absorção de energia de 100ergs/g de matéria


Sistema internacional Gray (Gy)
1 Gy = 102 rad, 10 Gy = 1 Krad
10 Krad = 1 Mrad
Vantagens:
1- Probabilidade de ocorrência de 1 microorganismo vivo é praticamente zero;
2- Esteriliza o produto na embalagem final;
3- Não deixa resíduos;
4- Havendo estudo dosimétrico comprovado (FDA), dispensa o teste de esterilidade, eliminando assim a quarentena.

Itens de segurança necessária ao pessoal envolvido:


1-Exames de sangue semestrais;
2- Filmes dosimétricos lidos mensalmente;
3- Dosímetros de bolso para visitas;
4- Livro de visitas;
5-Contadores geiger para leitura direta da radiação ambiente;
6- Monitores de radiação ambiental que, acima de certo limite, emitem alarmes sonoros e desligam a fonte;
7- Válvulas pneumáticas de segurança, etc..
-Validação : “Overkill”
“Bioburden” / Bioindicador, combinado
“Bioburden” absolsuto

- Monitores Físico-químicos : Indicadores termoquímicos


Integradores termoquímicos

- Liberação : Convencional x Paramétrica


OBRIGADA !!

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