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Cobre - Cu

Sumário
1. Introdução
2. Disponibilidade
3. Absorção
4. Cu na planta
5. Função do Cu
6. Sintomas de Deficiência
7. Sintomas de excesso
8. Fontes
9. Formas de Aplicação
introdução
 Abundante em rochas ígneas
 Formas de ocorrência Cu+, Cu2+
e metálica em alguns minerais;
 Pouco móvel no solo;
 Fração orgânica (ácidos húmicos
e fúlvicos) atua na complexação,
auxiliando na mobilidade e
disponibilização;
Disponibilidade
As principais características que influenciam a disponibilidade de Cu são as
seguintes:
 Textura: os solos arenosos, como os dos tabuleiros do Nordeste brasileiro, apresentam maior
tendência a serem deficientes em cobre que os argilosos ou barrentos. As argilas adsorvem o Cu
em forma trocável, disponível para as plantas. Outros componentes do solo, entretanto, como
óxidos e carbonatos, diminuem sua disponibilidade.
 pH do solo: a disponibilidade do Cu, tal como as do ferro, do manganês e do zinco, diminui à
medida que o pH aumenta, principalmente se passar de 6-7. O pH mais alto reduz a
solubilidade e aumenta a força pela qual o Cu é preso às argilas e à matéria orgânica, tornando-
o menos disponível. O excesso de calcário pode causar deficiência de Cu;
 Balanço de nutrientes: a deficiência de Cu é muitas vezes o resultado da interação negativa
entre ele e outros nutrientes do próprio solo ou do adubo. Assim, altos níveis de N agravam a
deficiência e excessos de fósforo (P), ferro (Fe), zinco (Zn) ou alumínio (Al) podem reduzir a
absorção de cobre.
Absorção
Cobre na planta
 Segundo Marschner (1995), na solução do solo, assim como nas raízes ena seiva do xilema,
mais que 98% do cobre encontram-se na forma complexada.
 O cobre é absorvido como Cu2+ e Cu-quelato e sua concentração nas plantas épequena,
geralmente entre 2 a 20 mg.kg-1 na matéria seca.
 Como a maior parte do cobre está complexada, os quelatos de cobre são as principais fontes de
Cu2+ na superfície das raízes
 A sua absorção parece ocorrer por processo ativo e existem evidências de que esteelemento
inibe fortemente a absorção de zinco e vice-versa.
 O Cu não é prontamente móvel na planta, embora possa sertranslocado das folhas velhas para
as novas
 Loneragan (1981) afirmou que o movimento édependente da concentração e, em plantas de
trigo bem supridas, o movimento dos grãospara as folhas pode ocorrer, mas em plantas
deficientes ele é relativamente imóvel.
Cobre na planta
 As culturas diferem em sua resposta ao Cu. Os cereais, os citros e a cana-de-açúcar são mais
sensíveis aos baixos níveis de Cu.
 O centeio é muito tolerante aos teores baixos. Na verdade, consegue extrair do solo duas vezes
mais Cu que o trigo.
 Nos cereais, a ordem de sensibilidade é geralmente a seguinte:

trigo > cevada > aveia = milho > centeio


ESTRUTURAL
Funções  Formação de
proteínas
 Mobilização de
ferro

ATIVADOR DE ENZIMAS
 Oxidase

Cu  Lacase
 Citocromo
 Plastocianina

2+ PROCESSOS
 Fotossíntese
 Respiração
 Regulação hormonal
 Fixação do N
Sintomas de deficiência
 Os sintomas aparecem inicialmente nas folhas novas das plantas. Elas ficam murchas e
enroladas.

Sintoma da deficiência de
cobre em planta de trigo

(Fonte: Ipni)
Sintomas de deficiência
 O pecíolo e talos das folhas mais novas ficam curvados para baixo.

Sintoma da deficiência de
cobre em planta de café

(Fonte: Yara)
Sintomas de deficiência
 As folhas não apresentam a mesma coloração verde. Ficam com tons amarelados ou verde
mais claro, e depois sofrem amarelecimento.

Sintoma da
deficiência de cobre
em planta de (A)
milho folha
amarelada e (B)
soja folha com
coloração verde
clara
(Fonte:(A) Esalq e (B) Biosoja )
Sintomas de deficiência
 Em algumas culturas, como o café, as plantas podem apresentar elevação nas nervuras
secundárias. Isso causa deformação na nervura central, que fica em forma de S.

Sintoma da deficiência de cobre em


planta de café

(Fonte: Yara)
Sintomas de deficiência
 Ocorre diminuição do transporte de água e solutos pelo xilema, devido à redução da
lignificação.
 Ocorre abortamento de flores, o que interfere na produção.

Sintoma da deficiência de cobre em


planta de trigo, da esquerda espigas
saudáveis e direita espiga com
deficiência de cobre

(Fonte: Ipni)
Sintomas de excesso
 Os sintomas de excesso de cobre ocorrem nas
raízes, devido à elevada concentração do
elemento no solo.
 Um indicativo da ocorrência é a lentidão no
crescimento das plantas. O desenvolvimento das
raízes é afetado, levando à morte dos tecidos.
 A planta tem dificuldade para absorver água e
nutrientes, refletindo no baixo porte e até morte
das plantas.

Plantas de videira em solos com


diferentes teores de cobre (A) parte
aérea e (B) sintomas de excesso de
cobre nas raízes
(Fonte: Gazeta-RS)
Sintomas de excesso

 Pode ocorrer também fitotoxicidade nas folhas


devido ao uso de produtos feitos à base de cobre.
Isso acontece principalmente com os fungicidas
cúpricos, causando queima, necrose e
deformação das folhas.

Fitotoxidade em folhas de uva


causadas por fungicida cúprico

(Fonte: Embrapa)
Sintomas de excesso
 O excesso de cobre, além dos sinais
visíveis nas plantas, prejudica a
fotossíntese. Afinal, o excesso afeta o
transporte de elétrons, a formação de
enzimas, proteínas e carboidratos.
 Outro ponto é saber a sensibilidade da
cultura ao excesso ou falta de cobre.
Algumas são mais sensíveis, outras
mais tolerantes à presença do
elemento no solo.

(Fonte: Ipni)
Fontes

Fertilizantes Escória de mineração, Quelatos de cobre,


foliares Óxido cúprico, Óxido Sulfato de cobre,
(fungicidas) cuproso Nitrato de cobre
Formas de aplicação
A adubação foliar é aplicada quando há
presença de sintomas de deficiência ou em
uma aplicação preventiva planejada.
Possui grande efeito residual e depende da
textura.

A aplicação do nutriente via solo, nas


linhas de plantio ou nas áreas perto das
raízes, é mais eficiente. Possui baixo
efeito residual e tem uma resposta mais
rápida nas plantas.
Cloro-cl
Sumário
1. Introdução
2. Cl na planta
3. Função do Cl
4. Sintomas de Deficiência
5. Sintomas de excesso
6. Fontes
7. Formas de Aplicação
Introdução
 No solo está presente na forma iônica Cl-,
prontamente disponível para ser absorvido pelas
plantas.
 É encontrado em todos os tipos de solo
brasileiro, devido ao fato de ser constituinte de
águas oceânicas.
 Essas águas evaporam, formando nuvens de
chuva que são depositadas em outras áreas do
continente.
 Assim, os íons ficam retidos nas soluções dos
solos, as vezes são lixiviados, porém, em sua
maioria são encontrados em excesso.
 Altos teores perto do mar
Cl na planta
 O elemento cloro é encontrado nas plantas como cloreto (Cl-). Ele é requerido
na etapa da fotossíntese em que O2 é produzido (foto-oxidação da H2O).
 O cloro é um elemento muito móvel
 Nas plantas possui grande solubilidade, atuando na regulação osmótica,no
movimento de nutrientes com cargas positivas (cátions) dentro e fora das
células das plantas e transpiração.
 Embora os requisitos de cloro sejam pequenos para manter o crescimento
adequado das plantas, as concentrações dentro delas são altas, semelhantes às
concentrações de macronutrientes.
Funções
Regulação osmótica,
conferindo menores Transporte de
efeitos causados por nutrientes com cargas
doenças; positivas como por
exemplo o potássio,
magnésio e cálcio;

Movimento dos
estômatos: o cloro atua
nas células-guarda,
responsáveis por abrir e
fechar os estômatos;
Cl -
Hidratação e
turgescência das células
vegetais, auxiliando o
movimento e retenção de
Ativação de
água nas células;
enzimas envolvidas
na germinação e
transferência de
energia na planta.
Deficiência
 É mais comum encontrarmos consumo de
luxo e até toxidez do que deficiência de cloro
porque, como íon acompanhante de outros
nutrientes aplicados na forma de sais solúveis
como cloreto de potássio, cloreto de amônio,
cloreto de magnésio, cloreto de cálcio;
 Mas caso tenha, Os sintomas se manifestam
pela murcha dos ápices foliares e necrose
generalizada, podendo apresentar crescimento
de plantas reduzido.
Excesso / toxicidade do cloro
Os sintomas de toxidez são de difícil avaliação em
campo, uma vez que qualquer um dos cátions que o
acompanham em fertilizantes potássicos (com
destaque para o sódio) causam os mesmos indícios
visuais quando em excesso
O excesso de cloro também influi em alterações nas
propriedades físicas do solo, sendo a compactação a
mais afetada delas, o que vem a promover agregação
acentuada das partículas do solo e reduções na
produtividade de diversas culturas.
Na planta, causa impactos relacionados ao efeito
osmótico e efeito tóxico direto, que são mais
intensos nas raízes das plantas, que perdem água
através das raízes, criando o efeito "estresse salino".
Excesso / toxicidade do cloro
A maioria das plantas absorve cloro em níveis
acima do necessário, podendo induzir à
toxicidade, além de efeitos antagônicos como por
exemplo a menor absorção de nitrogênio.
Algumas culturas possuem sensibilidade ao
cloro, como por exemplo o tabaco, batata,
hortaliças, algumas variedades de soja e vários
frutos, sendo necessário tomar cuidado com a
água de irrigação e fertilizantes com cloro nestas
culturas.
fontes
Formas de aplicação
Existem diversos fertilizantes que possuem cloro na
sua composição, sendo o mais comum o cloreto de
potássio (KCl).
 Como o cloro é solúvel, se movendo junto com a
água, o local de aplicação do fertilizante não é tão
importante quando comparado, por exemplo, a
fertilizantes fosfatados.
O cloro pode ser aplicado na superfície do solo, pois
irá se mover verticalmente em direção às raízes,
devido à ação da água de irrigação ou da chuva.
Em situações de toxicidade por cloro, o objetivo é
reduzir a aplicação do elemento. Neste caso, podemos
substituir os fertilizantes, como por exemplo a
substituição do cloreto de potássio pelo silicato de
potássio.
Obrig
ada!
Referências

 OLIVEIRA , CARINA. Tudo o que você precisa saber sobre cobre nas plantas. Tudo o que
você precisa saber sobre cobre nas plantas, [S. l.], p. 1-5, 6 set. 2021.
 PRADO, Renato de Mello. Absorção, transporte e redistribuição dos nutrientes. Absorção,
transporte e redistribuição dos nutrientes, [S. l.], p. 1-5, 9 fev. 2004. Disponível em:
http://www.nutricaodeplantas.agr.br/site/culturas/algodao/abs_transp_redistr_nutr.php.
Acesso em: 20 maio 2023.
 NUEVO, Francisco. IMPORTÂNCIA DO MICRONUTRIENTE COBRE (Cu) NA
NUTRIÇAO VEGETAL DO MORANGUEIRO. TEC ÁGUA - TECNOLOGIA DA ÁGUA
LTDA - ME, [S. l.], p. 3-5, 22 set. 2019.
Referências

 FERREIRA, Paulo Afonso et al. Produção relativa do milho e teores folheares de nitrogênio,
fósforo, enxofre e cloro em função da salinidade do solo. Revista Ciência Agronômica -
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, v. 38, ed. 1, p. 7-16, 2007.
 MENDES, Antonio Spiassi; CARVALHO, Julia Cury; GOUVEIA, Aline Mendes. Cloro –
qual a importância para as plantas. Cloro – qual a importância para as plantas, [S. l.], p. 1-3,
21 maio 2023.
 International Plant Nutrition Institute. Cloreto. Nutri-Fatos, Piracicaba, SP, n. 11, [21--].

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